CAPÍTULO 14 Climas e formações vegetais da América

Vários fatores podem influenciar as características do clima de uma região. No continente americano, tanto a latitude e a altitude quanto o relêvo e as correntes marítimas são os fatores que mais exercem influência nos diversos tipos climáticos e, consequentemente, nas variadas formações vegetais. Observe os mapas a seguir.

Climas da América

Mapa. Climas da América. Clima equatorial: oeste da América Central e norte da América do Sul. Clima tropical: sul da América do Norte, parte da América Central e norte da América do Sul. Clima subtropical: sudeste da América do Norte e da América do Sul. Clima temperado: faixa no oeste, norte, porção nordeste e áreas no sul da América do Norte. Clima mediterrâneo: pequena área no oeste da América do Norte e na costa sudoeste da América do Sul. Clima desértico: sudoeste da América do Norte, costa oeste e área sul da América do Sul. Clima semiárido: centro e sudoeste da América do Norte, pequena área no norte e região no nordeste e sudoeste da América do Sul. Clima frio: faixa no norte da América do Norte e no extremo sul da América do Sul. Clima polar: faixa no norte da América do Norte. Clima frio de montanha: área dispersa no noroeste da América do Norte e oeste da América do Sul. No canto inferior esquerdo, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto superior direito, a rosa dos ventos e na parte inferior, a escala: 1800 quilômetros por centímetro.

Vegetação original da América

Mapa. Vegetação original da América. Floresta tropical e equatorial: leste da América Central, norte e costa leste da América do Sul. Floresta temperada e subtropical: oeste e porção leste da América do Norte e sul da América do Sul. Floresta boreal (taiga): norte e faixa oeste da América do Norte. Savana: oeste da América Central, faixa no sudoeste da América do Norte, áreas no norte, nordeste e centro da América do Sul. Estepe e pradaria: centro e sul da América do Norte, oeste e sul da América do Sul. Vegetação mediterrânea: pequena área no oeste da América do Norte e no sudeste da América do Sul. Vegetação de altitude: faixas no oeste da América do Sul e áreas dispersas no nordeste da América do Norte. Tundra: faixa no norte da América do Norte. Deserto (quente ou frio): área no sudoeste da América do Norte e no sul da América do Sul. No canto inferior esquerdo, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto superior direito, a rosa dos ventos e na parte inferior, a escala: 1800 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa dos mapas: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 2225.

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Questão 1.

Compare os mapas de clima e de vegetação original do continente americano. Com o professor, identifique as relações existentes entre a distribuição dos diferentes tipos climáticos e as formações vegetais no continente.

O clima e as formações vegetais

Por causa de sua grande extensão no sentido norte-sul, o continente americano abrange diferentes latitudes, posição geográfica que favorece a existência de variados tipos climáticos. Nas baixas latitudes, próximas à linha do Equador, ocorre maior incidência da radiação solar e, por isso, há predomínio de climas mais quentes e úmidos, como os climas equatorial e tropical. Nessas áreas também é comum a ocorrência de furacões, como é possível ver na imagem da página 153.

Clima equatorial

Nas áreas de clima equatorial, as temperaturas permanecem elevadas durante o ano todo, ficando, em geral, acima de 25 graus Célsius. As precipitações, também abundantes ao longo do ano, atingem totais pluviométricos de aproximadamente 3 mil milímetros (milímetros). Nessas áreas de clima equatorial destaca-se, sobretudo na América do Sul, a floresta Equatorial. Por ser muito densa e ampla, essa formação vegetal influencia o elevado regime de pluviosidade da região.

Fotografia. Vista do alto. Nuvens com chuva sobre uma área coberta por vegetação com um rio sinuoso.
Chuva de convecção em área de floresta Amazônica, no município de Boa Vista, Roraima, em 2021.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

Chuva de convecção

Esquema. Nuvens com chuva sobre uma área com rios e solo coberto por vegetação. Há duas setas vermelhas em direção a nuvem. Em cada lateral, uma seta azul em direção ao solo, ela se curvam em direção a região afetada pela chuva, recomeçando o ciclo.

Fonte de pesquisa: MENDONÇA, Franscisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. página 72.

Por causa da intensa radiação solar sôbre a área equatorial, a floresta fornece grande quantidade de vapor de água para a atmosfera (setas vermelhas indicadas na figura). Essa umidade liberada pêlas plantas, pêlo solo e pêla água dos rios e lagos dá origem às chuvas de convecção, ou seja, chuvas geradas no próprio local a partir da evapotranspiraçãoglossário (setas azuis indicadas na figura).

Clima tropical

As regiões de clima tropical, localizadas principalmente na América do Sul, apresentam temperaturas médias elevadas durante o ano todo, normalmente acima de 22 graus Célsius; no entanto, apresentam variados níveis de precipitações ao longo do ano, com uma estação chuvosa e outra sêca. De modo geral, as precipitações anuais costumam atingir aproximadamente .1400 milímetros.

Nessas áreas ocorrem diversas formações vegetais, entre elas a savana, que no Brasil é denominada Cerrado, vegetação formada, principalmente, por pequenas árvores e arbustos com tronco e galhos retorcidos e casca grossa, além de vários tipos de plantas rasteiras que recobrem o solo.

Fotografia. Árvores baixas com galhos retorcidos e folhas verdes em uma área coberta por vegetação rasteira. Ao fundo há mais árvores.
Vegetação de Cerrado no município de Filadélfia, Tocantins, em 2021.

Na América Central e na costa do Brasil, também encontramos florestas tropicais, que estão sob forte influência das massas de ar quentes e úmidas vindas do oceano Atlântico. As serras existentes nessas regiões barram a passagem dos ventos úmidos, que, ao se elevarem, resfriam-se e precipitam-se, dando origem às chamadas chuvas orográficas ou chuvas de relêvo. Observe o esquema.

Fotografia. Casas na base de um morro coberto por vegetação. Acima deles, nuvens e chuva semelhante a névoa.
Chuva orográfica na Serra do Mar, Ilha Bela, São Paulo, em 2019.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

Chuva orográfica

Esquema. Nuvens com chuva sobre o lado esquerdo de uma montanha. Do solo à esquerda, seta que sobe em direção a nuvem, e outra à direita, que desce.

Fonte de pesquisa: , Braian djêi et al. The Blue Planet: an introduction to Earth system science. níu iórque: Djón e incorporação, 1999. página 285.

Climas temperado e subtropical

Nas médias latitudes, ou seja, nas regiões situadas entre os trópicos e os círculos polares, há predomínio dos climas temperado e subtropical. De modo geral, as áreas de clima temperado apresentam as quatro estações do ano bem definidas, com temperaturas amenas no outono e na primavera, verões quentes e invernos frios, com frequente ocorrência de neve.

Na América do Norte, as áreas de clima temperado abrigam as pradarias, compostas basicamente de plantas herbáceas, arbustos e gramíneas, assim como florestas temperadas, que se destacam pêla presença de plantas que perdem as folhas durante o outono e o inverno, chamadas de caducifólias.

Nas áreas onde predomina o clima subtropical, as temperaturas ao longo do ano normalmente são mais amenas se comparadas às do clima temperado, com chuvas durante a maior parte do ano.

Na América do Sul, nessas áreas onde predomina o clima subtropical, há presença de araucárias (pinheiros) nos estados da Região Sul do Brasil, e de pradarias na Argentina, no Uruguai e no estado do Rio Grande do Sul (área regionalmente denominada Pampas).

Fotografia. Um lago cercado por árvores em tons de verde, laranja e vermelho.
Vista de floresta temperada, em Quebec, no Canadá, em 2021.
Fotografia. Campo aberto com vegetação rasteira.
Pampas no município de Quiraí, Rio Grande do Sul, em 2020.
Fotografia. Destaque para araucárias, árvores altas, com galhos voltados para cima e outras árvores menores junto a elas.
Araucárias no município de São Joaquim, Santa Catarina, em 2021.
Climas frio e polar

Nas elevadas latitudes, onde há menor incidência de radiação solar, predominam climas com baixas temperaturas, como os climas polar e frio.

Nas áreas de clima polar, localizadas nos extremo norte do continente, os invernos costumam apresentar temperaturas muito baixas, muitas vezes abaixo de -19 graus Célsius, e os verões são mais amenos, com temperaturas em tôrno de 10 °C. Nessas áreas nota-se a predominância da tundra, vegetação formada por musgos e liquens, que se desenvolvem nos curtos períodos de verão, após o derretimento da neve.

Fotografia. Campo aberto com desníveis e vegetação rasteira em tons terrosos. Ao fundo, montanhas.
Vegetação de tundra no Alasca, Estados Unidos, em 2019.

Também nas elevadas lati­tudes estão localizadas as áreas de clima frio, em que as temperaturas médias no inverno são de aproximadamente -3 graus Célsius, e no verão ficam em tôrno de 10 graus Célsius. Nas áreas localizadas em uma ampla faixa no Canadá e parte dos Estados Unidos, desenvolve-se a floresta de coníferas, também conhecida como floresta boreal ou taiga, que apresenta aspecto homogêneo com predomínio de pinheiros.

Fotografia. Margem de um rio com muitos pinheiros entre rochas.
Floresta boreal em Manitoba, no Canadá, em 2021. Essa floresta é também chamada de taiga.

Furacões no Caribe

O sudeste dos Estados Unidos e o Caribe são regiões do planeta frequentemente atingidas por furacões, que podem causar alterações ambientais e enormes danos à população. Mas por que isso ocorre nessa região?

Os furacões são fenômenos climáticos com origem nos oceanos, em regiões tropicais. êles são formados devido à intensa incidência de radiação solar, que torna as águas relativamente quentes, constituindo uma zona de baixa pressão atmosférica. Nos períodos mais quentes do ano, êles ocorrem com maior frequência. Nessas regiões, costumam se formar ventos úmidos, que normalmente avançam em direção ao continente e contribuem para o deslocamento dos furacões.

Observe como é formado êsse fenômeno.

Fotografia. Imagem de satélite. À direita, o oceano, indicado pela letra A. À esquerda, costa dos Estados Unidos com muitas nuvens, letra B. Ao centro há um furacão com  formato espiral em sentido anti-horário, com letra C. No canto superior direito, seta apontando para o norte. Na parte inferior, a escala: 155 quilômetros por centímetro.
Imagem de satélite do furacão Matthew, na costa do Atlântico, aproximando-se dos Estados Unidos, em 7 de outubro de 2016.

A.

Os furacões se originam sôbre as águas aquecidas dos oceanos localizados nas áreas tropicais do planeta, quando a temperatura atinge cêrca de 27 graus Célsius. Os ventos alísios, vindos de diferentes direções, fazem o vapor da água aquecida subir, formando nuvens cumulonimbusglossário .

B.

À medida que absorve umidade e calor das águas dos oceanos tropicais, o furacão ganha mais fôrça e aumenta a concentração de cumulonimbus, tornando-se maior.

C.

Por causa do movimento de rotação da Terra, os furacões giram no sentido horário no hemisfério Sul e no sentido anti-horário no hemisfério Norte. Por serem movidos pêlo calor e pêla umidade das águas oceânicas, quando atingem as áreas continentais, os furacões perdem fôrça rapidamente.

Clima frio de montanha

Nas áreas montanhosas do oeste do continente, como nos Andes e nas Montanhas Rochosas, predomina o clima frio de montanha. De modo geral, a temperatura da atmosfera diminui, em média, 0,6 graus Célsius a cada 100 metros de altitude. Assim, nos terrenos com maiores altitudes, o cume das montanhas mais altas chega a ficar permanentemente coberto de neve e gêlo.

Fotografia. Vista de cima. Via entre uma floresta de pinheiros. Ao fundo, montanhas rochosas com neve.
Vegetação de altitude nas Montanhas Rochosas no Canadá, em 2018.

De acôrdo com a altitude do relêvo, a variação na temperatura do ar provoca mudanças significativas na vegetação. Em geral, nas áreas mais baixas desenvolvem-se florestas, e nas áreas mais altas ocorre uma vegetação mais rasteira, denominada vegetação de altitude, como mostra a ilustração desta página.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

Vegetação em diferentes altitudes

Esquema. Vegetação em diferentes altitudes. Morro com floresta temperada, com diferentes tipos de árvores na base; em seguida, floresta de coníferas, com muitos pinheiros; na sequência, campos de altitude, com um descampado com pequenos arbustos; acima, no topo, montanhas rochosas e no cume, geleiras, montanhas cobertas por neve.

Fonte de pesquisa: SAUVAIN, Filípe. Montanhas. São Paulo: Scipione, 1998. página 14. (Coleção Geodetetive).

Clima desértico e semiárido

O relêvo pode influenciar o clima de determinada área ao dificultar ou facilitar a circulação das grandes massas de ar.

As elevadas cadeias montanhosas do oeste do continente americano determinam a existência de áreas de clima desértico e semiárido nessa região. As massas de ar quentes e úmidas vindas do oceano Pacífico são barradas pêlas cadeias de montanhas norte-americanas. Perdendo a umidade na fórma de chuvas próximas ao litoral, as massas de ar chegam ao interior do continente com baixa umidade.

Isso explica a presença de áreas com formações vegetais desérticas e semiáridas, nas quais as plantas são adaptadas aos baixos níveis de pluviosidade ao longo do ano.

As áreas sob domínio de clima desértico apresentam grande amplitude térmicaglossário , diária e anual. As médias de temperatura podem variar bastante, entre 30 graus Célsius e 8 graus Célsius ao longo do ano. Já as médias térmicas diárias variam de 38 graus Célsius, durante o dia, passando para cêrca de -4 graus Célsius, à noite, queda que ocorre rapidamente. As precipitações não ultrapassam 250 milímetros ao ano.

Fotografia. Campo aberto com arbustos secos e árvores baixas em solo arenoso e seco.
Clima desértico em Escalante, Estados Unidos, em 2020.

As áreas de clima semiárido têm temperaturas com médias de 26 graus Célsius praticamente o ano todo, com totais de precipitação maiores do que nas regiões de clima desértico (de 500 milímetros a .1000 milímetros de chuvas por ano).

Na Região Nordeste do Brasil, as características do relêvo também influenciam bastante os baixos índices de precipitação. As altitudes mais elevadas ao longo da faixa litorânea funcionam como uma barreira aos ventos úmidos do litoral, o que determina a presença do clima semiárido.

Fotografia. Cactos, arbustos retorcidos, árvores baixas e secas em terreno arenoso. Ao fundo, formação rochosa.
Vegetação de Caatinga na ecorregião Raso do Catarina, Bahia, em 2021.

A influência das correntes marítimas no deserto do Atacama

As correntes marítimas exercem forte influência nos climas de diversas regiões do planeta. Isso porque elas podem alterar a umidade e a temperatura das massas de ar que circulam pêla atmosfera.

Um dos fatores que explicam a presença de áreas de deserto na costa oeste da América do Sul, como a do Atacama, que abrange o norte do Chile e o sul do Peru, é a influência da corrente marítima fria do Peru (ou de rrambolti), que torna frias e sêcas as massas de ar que seguem em direção ao Atacama. A Região da Patagônia, localizada tanto no sul do Chile quanto da Argentina, também recebe forte influência das correntes marítimas frias que circulam pêlas regiões mais próximas. Veja o mapa e a foto a seguir.

Correntes marítimas na América do Sul

Mapa. Correntes marítimas na América do Sul. Correntes quentes: correntes das Guianas que passam ao norte em sentido oeste; corrente do Brasil que passa na região nordeste no sentido sul/sudeste; correntes da Falklands, que passam na região sul em sentido sudeste. Correntes frias: Corrente do Peru ou de Humboldt na costa oeste em direção ao norte; corrente da Antártida no sul em direção ao norte. No canto inferior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. Na parte superior, a rosa dos ventos e na parte inferior, a escala: 1360 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 58.

A corrente marítima fria de rrambolti diminui a temperatura e a umidade da massa de ar que se desloca em direção ao continente. Ao chegar no continente, a massa de ar apresenta baixa umidade, fator que dificulta a formação de chuvas na região e torna o clima mais sêco, originando áreas de clima desértico.

Fotografia. Área deserta de cor escura. Ao fundo, solo de cor clara e montanhas.
Deserto do Atacama, no Chile, em 2019.

Clima, recursos hídricos e gestão da água

A presença humana em grandes desertos do planeta quase sempre foi limitada pêla falta de água dêsses locais. De fato, o recurso hídrico é extremamente escasso em regiões sêcas e áridas.

Contudo, o problema da baixa disponibilidade de água em algumas dessas regiões tem sido superado por meio da utilização de técnicas de irrigação, que abastece a população e garante o desenvolvimento das mais diversas atividades.

Um exemplo emblemático do uso de técnicas de irrigação pode ser observado no deserto de Sonora, no estado da Califórnia, localizado na porção sudoeste dos Estados Unidos. êsse deserto é uma das regiões mais áridas do território estadunidense, com pluviosidade anual de aproximadamente 250 milímetros (milímetros). Sua paisagem começou a ser transformada na década de .1930, com a implantação de um projeto de irrigação que desviou parte das águas do rio Colorado até o deserto. Com isso, grandes áreas desérticas foram ocupadas por uma agricultura altamente moderna e muito produtiva, modificando completamente a paisagem, como podemos observar na foto que mostra a área irrigada nos Estados Unidos.

Fotografia. Área plana com uma vasta plantação em verde. Ao fundo, solo seco e montanhas rochosas.
Com a irrigação, o estado da Califórnia, mesmo tendo grande parte de seu território formado por desertos, tornou-se um grande produtor agrícola dos Estados Unidos, sobretudo de frutas e vegetais. Na foto, observamos uma área irrigada na Califórnia, Estados Unidos, em 2021.

Apesar de o aproveitamento das águas do rio Colorado abastecer milhões de pessoas e contribuir com o desenvolvimento de uma agricultura próspera, sua exploração tem gerado conflitos relacionados ao contrôle e à gestão dessas águas. Tais conflitos se agravaram nos últimos anos em decorrência de sêcas históricas que atingiram a região. Em algumas cidades, os habitantes já tiveram de reduzir o consumo de água ou passaram a adotar o racionamento. Preocupados com a diminuição do nível das águas, ambientalistas e pescadores estão se opondo à abertura de novos poços e conseguindo proibir a irrigação nas áreas em que a situação é mais crítica. Para piorar a situação, estudos indicam que, ao longo das próximas décadas, o rio Colorado poderá perder boa parte de suas águas em razão das mudanças climáticas provocadas pêlo aquecimento global.

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Questão 2.

Pesquise projetos e iniciativas no mundo voltados para contornar o problema da escassez de água.

Questão 3.

As novas técnicas de irrigação podem favorecer a ocupação humana em grande parte do planeta, mesmo em ambientes pouco favoráveis a certas atividades econômicas. Debata com os colegas de que maneira, no caso de gestão de recursos hídricos, o emprêgo dessas tecnologias impacta na qualidade de vida das populações e afeta a biodiversidade.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Quais fatores naturais exercem maior influência nos tipos de clima e nas formações vegetais no continente americano?
  2. Explique a diferença entre chuva de convecção e chuva orográfica.
  3. Que argumento você utilizaria para explicar a uma pessoa que em nosso país não há ocorrência da vegetação de tundra?
  4. De acôrdo com o que você estudou, explique como a altitude exerce influência na vegetação. Justifique a sua resposta.

Aprofundando os conhecimentos

5. A foto a seguir mostra parte da cidade de grúv, Louisiana, Estados Unidos, inundada após a passagem do furacão Ida, em 2021, classificado como grau 4 na escala , que mede a intensidade dêsses fenômenos. Observe a foto e, em seguida, responda às questões.

Fotografia. Vista de cima. Sobrados amplos em palafita sobre águas escuras. Todas as casas possuem deques e varandas. Há algumas áreas com vegetação entre elas.
Vista da região de , no estado da Louisiana, Estados Unidos, em 2021.
  1. De acôrdo com o que você estudou, relate como êsse fenômeno tem origem.
  2. Explique por que um furacão como o Ida dificilmente atingiria o litoral da França.

6. Leia a manchete a seguir e, depois, responda às questões sôbre as formações vegetais no continente americano.

Cerrado perde área equivalente a quase duas vezes o Distrito Federal em 12 meses

Disponível em: https://oeds.link/M4BCeF. Acesso em: 17 julho 2022.

  1. A vegetação de Cerrado é influenciada por qual tipo de clima do continente americano?
  2. Cite três exemplos de formações vegetais que também se desenvolvem na América e associe-as ao tipo de clima que as influencia.

7. Leia o texto a seguir.

     Entre a longa Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, no país mais esticado do mundo, está o maior deserto latino-americano, o chileno Atacama. A aridez domina a região e os municípios próximos – são quase 1 500 quilômetros de extensão onde a média de chuvas é de 0,1 milímetros ao ano, com áreas onde a água fica sem cair por séculos. Nesse mar de sequidão, fica a região de Coquimbo, no município de Chungungo, que é banhado pêlo mar, e onde choveu apenas cinco vezes em todo o ano de 2013. Na área, a média histórica de chuvas é de apenas 100 milímetros ao ano – contra 1 500 milímetros em São Paulo, por exemplo. reticências

SILVA, Luiz Felipe. Esta região no deserto chileno tira água do ar sem gastar energia. Superinteressante, São Paulo, 23 junho 2015. Disponível em: https://oeds.link/sEHTbv. Acesso em: 17 julho 2022

  • Relacione o texto anterior com a influência da corrente marítima fria de nessa região.

8. Observe o climograma a seguir. Em seguida, identifique o tipo de clima que êle representa e relacione-o à descrição correta. Explique a sua resposta.

Climograma – Manaus, Amazonas

Gráfico. Climograma – Manaus, Amazonas. 
Mostrando a Precipitação (em milímetros) e a Temperatura (em em graus Celsius). 
A precipitação varia entre 100 e 350 milímetros, atingindo 120 em agosto e 350 milímetros em Abril. A temperatura se mantém na faixa dos 30 graus Celsius com um leve aumento entre julho e novembro.

Fonte de pesquisa: CLIMATEMPO. Climatologia e histórico de previsão do tempo em Manaus, BR. Disponível em: https://oeds.link/uuDb8A. Acesso em: 22 julho 2022

  1. êsse climograma retrata as características de um clima próximo ao Círculo Polar Ártico, ou seja, em elevadas latitudes.
  2. êsse climograma retrata as características de um clima próximo à linha do Equador, portanto, em baixas altitudes.

Glossário

Evapotranspiração
: processo pêlo qual a superfície terrestre libera certa quantidade de água para a atmosfera, ou seja, as plantas pêla transpiração, e os solos, rios e lagos, por exemplo, pêla evaporação.
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Cumulonimbus
: tipo de nuvem muito alta (seu tôpo pode alcançar 35 quilômetros de altura), geralmente com tôpo e base planos. À medida que aumenta de tamanho, fica mais e torna-se escura.
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Amplitude térmica
: diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registradas em um mesmo lugar, em um determinado período.
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