UNIDADE 7 África: aspectos naturais e população

Fotografia. Estrada de terra com baobás, árvores extremamente altas, com troncos bastante largos, e no topo, galhos finos e secos voltados para cima. Ao longo da estrada há também árvores menores e repletas de folhas verdes.
Na foto, árvores gigantes nativas do continente africano, denominadas baobás, Madagascar, África, em 2019.
Respostas e comentários

Aproveite a página de abertura e investigue o conhecimento prévio dos alunos a respeito dos assuntos abordados na unidade.

Pergunte aos alunos se conhecem a espécie da vegetação das páginas de abertura e se já ouviram falar nas árvores baobás. Conduza a aula conforme as respostas que receber sôbre as questões em estudo. Comente que a imagem representa parte dos aspectos naturais do continente africano.

Informe aos alunos que Madagascar é uma ilha que fica próximo a Moçambique, conhecida por conter muitos baobás. Se possível, leve um planisfério político para a sala de aula e localize Madagascar com a turma.

A África é o berço da história da humanidade. De acôrdo com vários estudos científicos, foi nesse continente que surgiram os primeiros ancestrais humanos, há cêrca de 2 milhões de anos. Ela apresenta grande diversidade de aspectos naturais, sociais, culturais e econômicos. Na imagem da página anterior, podemos observar uma paisagem com os imponentes baobás, árvores típicas de certas regiões do continente africano.

 

Iniciando a conversa

  1. Na foto da página anterior, vemos uma paisagem com baobás, árvore muito comum no continente africano. O que você sabe sôbre os aspectos naturais da África? Conte aos colegas.
  2. O que você sabe sôbre os conflitos no continente africano? Converse com seus colegas sobre êsse assunto.

 

Agora vamos estudar...

  • a divisão regional geográfica do continente africano;
  • as características naturais da África;
  • a desertificação do
  • a divisão étnico-cultural do continente africano;
  • os aspectos que caracterizam a população africana;
  • a urbanização do continente africano;
  • a questão da fome na África.
Respostas e comentários

Questões 1 e 2. Respostas nas orientações ao professor.

Respostas

1. Resposta pessoal. Observe se os alunos citam a diversidade climática e de formações vegetais presentes no continente africano.

2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a expor o que sabem a respeito dos conflitos africanos. Oriente-os a falar o que lembram a respeito dêsse assunto pelos meios de comunicação.

Metodologias ativas

Para iniciar o trabalho com os assuntos desta unidade, explore o conhecimento prévio dos alunos por meio da estratégia de metodologia ativa chamada Tempestade de ideias (Brainstorming). Mais in­formações sôbre essa aborda­gem podem ser encontradas no tópico Metodologias ati­vas, na primeira parte dêste Manual do professor. Para o desenvolvimento dessa estratégia, organize os alunos em grupos e distribua folhas de papel sulfite cortadas em quadrados e papel kraft. Solicite aos grupos que escrevam no tôpo do papel kraft o tema abordado e, em seguida, peça que escrevam nos quadrados de papel sulfite os elementos que conhecem sôbre o tema. Por fim, êles devem apresentar aos colegas de turma o que sabem. Verifique se os elementos indicados estão coerentes.

CAPÍTULO 23 Aspectos naturais da África

Com cêrca de 30,3 milhões de quilômetros, a África é o terceiro continente mais extenso da superfície terrestre, menor apenas que a Ásia e a América.

O continente africano apresenta uma extensa área costeira e é banhado pêlo oceano Atlântico (a oeste), pêlo oceano Índico (a Léste), pêlo mar Mediterrâneo (a norte) e pêlo mar Vermelho (a nordeste). êle é atravessado pela linha do Equador em sua área central e pelos trópicos de Câncer (a norte) e de Capricórnio (a sul).

Levando-se em consideração o critério da localização geográfica, os países africanos podem ser agrupados em cinco grandes regiões, como podemos observar no mapa a seguir.

Divisão regional da África

Mapa. Divisão regional da África. África do Norte ou Setentrional: Saara Ocidental (Parte do território do Saara Ocidental está sob controle de Marrocos), capital: El Aaíun, Marrocos, capital: Rabat, Argélia, capital: Argel, Tunísia, capital: Túnis, Líbia, capital: Trípoli, Egito, capital: Cairo. África do Oeste ou Ocidental: Senegal, capital: Dacar, Gâmbia, capital: Banjul, Guiné Bissau, capital: Bissau, Serra Leoa, capital: Freetown, Libéria, capital: Monróvia, Guiné, capital: Conacri, Costa do Marfim, capital: Abidjan, Mali, capital: Bamako, Mauritânia, capital: Nouakchott, Níger, capital: Niamel, Burkina Faso, capital: Ouagadougou, Gana, capital: Acra, Togo, capital: Lomé, Benin, capital: Porto Novo, Nigéria, capital: Abuja, Camarões, capital: Iaundê, Chade, capital: N’djamena, Sudão, capital: Cartum, Sudão do Sul, capital: Juba. África Central: Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, capital: São Tomé, Gabão, capital: Libreville, Congo, capital: Brazaville, Cabinda (território pertencente à Angola), República Centro-Africana, capital: Bangui, República Democrática do Congo, capital: Kinshasa. África Austral ou Meridional: Angola, capital: Luanda, Zâmbia, capital: Lusaca, Malauí, capital: Lilongue, Tanzânia, capital: Dodoma, Ruanda, capital: Quigali, Burundi, capital: Bujumbura, Uganda, capital: Campala, Quênia, capital: Nairóbi, Namíbia, capital: Windhoek, Botsuana, capital: Gaborone, Zimbábue, capital: Harare, Moçambique, capital: Maputo, Suazilândia, capital: Mbabane, África do Sul, capital: Bloemfontein e Pretória, Lesoto, capital: Maseru, Madagascar, capital: Antananarivo, Comores, capital: Moroni, Maurício, capital: Port Louis, Seicheles, capital: Vitória. Chifre da África: Eritreia, capital: Asmara, Djibuti, capital: Djibuti, Etiópia, capital: Adis Abeba, Somália, capital: Mogadíscio. No canto superior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior direito, rosa dos ventos e a escala: 730 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: raesbér, Rogério (organizador). Globalização e fragmentação do mundo contemporâneo. Niterói: edúfi, 2001. página 286.

Questão 1.

Identifique, no mapa, o nome de dois países situados em cada uma das re­giões africanas.

Respostas e comentários

Questão 1. Possível resposta: África do Norte ou Setentrional: Argélia e Líbia; África do Oeste ou Ocidental: Mali e Sudão; África Central: Congo e Gabão; África Austral ou Meridional: Angola e Quênia; Chifre da África: Etiópia e Somália.

Objetivos do capítulo

  • Analisar a divisão regional dos países do continente africano.
  • Identificar e analisar as principais características do relêvo, da hidrografia, do clima e da vegetação da África.
  • Compreender a formação do Sahel e refletir sôbre o problema da desertificação.

Justificativas

Este capítulo aborda o estudo dos aspectos naturais do continente africano (relêvo, hidrografia, clima e vegetação), destacando a divisão geográfica do continente e também alguns dos impactos ambientais ocasionados pêla degradação dos solos. Para isso, serão usados mapas do continente africano com informações, como localização, relêvo e hidrografia, desenvolvendo, assim, a habilidade ê éfe zero oito gê ê um nove da Bê êne cê cê.

Comente algumas das informações sôbre as regiões africanas.

  • África do Norte ou Setentrional: composta de países importantes econômica e culturalmente, inclusive pêla proximidade com a Europa, Argélia, Marrocos e Tunísia foram colônias francesas, e muitos de seus habitantes migraram para a Europa. O Egito se destaca pêla posição geográfica estratégica com o canal de Suez e pêla presença do rio Nilo.
  • África do Oeste ou Ocidental: formada por países de passado comum colonialista de exploração, prática do tráfico negreiro e formação de plantations, muitas vezes desenvolvidas pêlo recrutamento de habitantes das aldeias mais pobres para trabalhos forçados.
  • África Central: região marcada pêla presença de floresta Equatorial, a segunda maior floresta Tropical do mundo, com aproximadamente 3 605 560 quilômetros2. Ela se estende por cinco países da África: República Democrática do Congo, Congo, Gabão, Guiné Equatorial e República Centro-Africana.
  • Chifre da África: formado por países com grandes problemas econômicos e sociais, que recebem ajuda humanitária da ônu em razão das condições de pobreza e subnutrição da população.
  • África Austral ou Meridional: região rica em recursos minerais, marcada pêla exploração dos colonizadores que retiraram os habitantes nativos de suas terras, deslocando-os para áreas pobres ou levando-os para o trabalho nas minas. Nessa região está a África do Sul, país com a economia mais desenvolvida dêsse continente.

O relêvo africano

No relêvo do continente africano, predominam planaltos, que apresentam formas e altitudes variadas, formados por rochas muito antigas, datadas da era Pré-Cambriana (com mais de 2 bilhões de anos). Devido à origem antiga dêsses terrenos, os planaltos apresentam-se desgastados e aplainados por longos processos erosivos, fato que explica o predomínio de altitudes modestas (abaixo de .1000 metros) na maior parte do continente.

As regiões montanhosas mais elevadas do relêvo africano são:

  • Cadeia do Atlas: situada no noroeste do continente, chega a atingir mais de 4 mil metros de altitude; seu soerguimento iniciou-se há cêrca de 300 milhões de anos, na era Paleozoica.
  • Maciços montanhosos na região centro-oriental: formados por movimentos ­orogênicosglossário antigos, ocorridos na era Paleozoica. Há cêrca de 70 milhões de anos, novos movimentos tectônicos provocaram falhas geológicas e grandes derrames de lavas sôbre essas antigas formações. Essas falhas originaram o chamado rífiti véli, uma região marcada por grandes montanhas e profundas depressões. Nesse maciço, estão as mais elevadas altitudes do continente (como o quilimanjáro, ponto mais alto da África, com 5.895 metros de altitude, mostrado na foto a seguir). Nas depressões, formaram-se alguns dos maiores lagos africanos, como o Tanganica e o Vitória, onde estão as nascentes do rio Nilo.

As partes mais baixas do relêvo são formadas principalmente pêlas estreitas planícies costeiras, que apresentam altitudes reduzidas (abaixo de 200 metros) ao longo de praticamente todo o litoral africano.

Fotografia. Árvores de tamanhos variados em uma área coberta por vegetação rasteira. Ao fundo, montanha com o topo coberto por neve.
Vista do monte quilimanjáro, em 2021. Apesar de estar numa zona tropical, seu cume permanece coberto de neve o ano todo devido à sua altitude.
Respostas e comentários
  • Se necessário, relembre os alunos das eras geológicas, para que possam compreender a formação Pré-Cambriana do continente africano. Apresente imagens da Cadeia do Atlas e das outras fórmas de relêvo existentes no continente.
  • Auxilie os alunos a localizar as fórmas de relêvo, citadas nesta página, no mapa apresentado na página 251.
  • Apresente um mapa que mostre as placas tectônicas existentes na superfície terrestre e, nele, mostre que o continente se encontra sôbre a Placa Africana, fazendo divisa ao norte com a Placa Arábica. Sempre que possível, mostre imagens para os alunos, para que o processo de aprendizagem seja atrativo e ilustrativo para êles.

rífiti válêi

O rífiti válêi é um conjunto de falhas tectônicas na área oriental do continente africano. Nessa área, a placa tectônica africana se divide em duas menores que se movimentam em sentido contrário, produzindo uma intensa atividade vulcânica. Isso deu origem a elevações e falhas, que, por sua vez, originaram os grandes lagos da África: o Vitória e o Tanganica.

Se o movimento das pla­cas continuar, é provável que em alguns milhões de anos as placas se separem, originando uma enorme depressão inundada pêlas águas oceânicas.

O mapa mostra a localização do rífiti válêi na costa Léste do continente africano.

As placas tectônicas e o rífiti válêi

Mapa. As placas tectônicas e o Rift Valley. Área nordeste do continente africano. Altitude (em metros). Acima de 3.000: pequena área no nordeste. 2.001 a 3.000: área no nordeste e áreas menores no oeste. 1.001 a 2.000: área no nordeste e na costa oeste. 201 a 1.000: faixa no leste, nordeste e toda a porção oeste. 0 a 200: costa litorânea no nordeste e leste. Linha de falha: ao redor da Depressão Afar no nordeste, seguindo pela costa leste, passando pelo Rift Valley Orienta, e ao lado, pelo Rift Valley Ocidental. Limite de depressão: linha tracejada ao redor da Depressão Afar no nordeste. Limite da placa tectônica: linha no mar acima da porção nordeste. Vulcões ativos: dois na Depressão Afar, Nyamulagira e Nyiragongo no oeste e um no leste. Vulcões adormecidos ou inativos: Monte Elgon, Monte Quênia, Quilimanjaro, Monte Meru no leste. No canto superior esquerdo, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala: 430 quilômetros por centímetro.

Fontes de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 57. TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. página 364. REFERENCE World Atlas. décima primeira edição Londres: dórlin , 2021. página 7879.

Rede hidrográfica

A rede hidrográfica africana está distribuída de maneira irregular pêlo território, fato que se explica principalmente pêla existência dos diferentes domínios climáticos do continente.

Os maiores e mais importantes rios africanos concentram-se na área central do continente, área dominada pelos climas equatorial e tropical, tipicamente chuvosos. Essas chuvas abastecem as nascentes e o curso dos grandes rios, como o Nilo, o Congo e o Níger, além de seus respectivos afluentes.

Respostas e comentários

O esquema a seguir apresenta a formação do rífiti válêi, que pode auxiliar no estudo dêsse conjunto de falhas.

Esquema. Indicações com números. Recorte do Planeta com uma placa, indicada com a número 2, com uma rachadura, número 1, abaixo dela há magma, e acima o solo terrestre na superfície, número 3.

Fonte de pesquisa: TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. página 107108.

A ascensão do magma oriundo do manto provoca rompimento e fraturas na rocha 1. As correntes de convecção subsequentes a êsse fenômeno influenciam no afastamento das partes da placa rochosa 2, ocasionando falhas normais e desenvolvendo uma formação do tipo rífiti válêi 3.

Algo a mais

Para ampliar o tema sôbre rífiti válêi, apresente aos alunos o vídeo a seguir, no qual há explicações e ilustrações do surgimento da fratura.

> AULA África Oriental: Aula 7 rífiti válêi aula complementar África oriental. Professora . Disponível em: https://oeds.link/qxMcVl. Acesso: 8 julho 2022.

Nas áreas com predomínio de climas secos (áridos e semiáridos), os rios são escassos e, em geral, apresentam regimes temporários, secando completamente durante certos períodos do ano. A população dessas áreas sofre os efeitos da escassez de água, tanto para o abastecimento quanto para o desenvolvimento de diversas atividades, sobretudo agrícolas.

A exceção é o rio Nilo, que, apesar de grande parte de seu curso percorrer área de deserto, mantém-se perene, pois sua nascente e as nascentes de alguns de seus afluentes se encontram em áreas em que ocorrem chuvas frequentes.

Observe o mapa que mostra as altitudes do relêvo africano e a distribuição da rede hidrográfica no continente.

relêvo e hidrografia da África

Mapa. Relevo e hidrografia da África. Altitude (em metros). Acima de 3.000: pequenas áreas no oeste com MONTE QUÊNIA (5199 metros) e MONTE QUILIMANJARO (5.892 metros). 1.201 a 3.000: área na porção leste, sul, sudoeste e pequenas áreas no norte. 601 a 1.200: centro-sul e áreas no leste e norte. 301 a 600: centro, norte e nordeste. 0 a 300: área ao redor de toda a costa, em menor quantidade na costa nordeste. Há rios temporários na porção norte e rios permanentes no oeste, centro e sul do continente. No canto superior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala: 1020 quilômetros por centímetro.

Fontes de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 33.

FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 82.

Fotografia. O rio Nilo cortando uma cidade com muitos edifícios. Há diversas pontes sobre ele e na margem esquerda, construções baixas com cúpulas e um grande estacionamento.
O rio Nilo nasce na região do rífiti válêi e, após percorrer quase 7 mil quilômetros, deságua no mar Mediterrâneo. Suas águas são de extrema importância para a população que vive em suas margens, sobretudo nas áreas em que seu curso percorre o deserto do Saara. Na foto, observamos o trecho do rio Nilo em meio à cidade de Cairo, Egito, em 2021.
Respostas e comentários

Ainda sôbre a hidrografia da África, informe os alunos sôbre a importância do rio Nilo. Comente que, entre os recursos naturais do continente africano, destaca-se a presença dêsse rio. Ao longo de suas margens floresceu uma das maiores civilizações do mundo antigo: a egípcia. Aproveitando o regime de cheias e vazantes do rio, essa civilização cultivou as terras férteis e úmidas que o margeavam. O cultivo nas margens do Nilo foi prejudicado com a construção da barragem da hidrelétrica de Assuã, concluída em 1970, e alterou o regime de cheias do rio a jusante dessa barragem.

Clima e formações vegetais

A maior parte das terras do continente africano está localizada na zona intertropical da Terra, ou seja, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Apenas os extremos norte e sul estendem-se pêlas zonas temperadas. Em razão dessa posição geográfica, a África recebe grande radiação solar, o que explica o predomínio de climas com temperaturas elevadas na maior parte de seu território.

climas, no entanto, apresentam diferenças quanto aos índices de precipitações: enquanto o clima equatorial é chuvoso, o clima desértico é extremamente sêco. As diferenças climáticas existentes no território explicam, por sua vez, a grande diversidade de formações vegetais que caracteriza as paisagens africanas. Observe os mapas a seguir que mostram a distribuição dos tipos de clima e de vegetação no continente. Em seguida, conheça suas principais características.

Climas da África

Mapa. Climas da África. Clima equatorial: porção oeste e leste de Madagascar. Clima tropical: faixa no centro e porção centro-sul e oeste de Madagascar. Clima temperado: áreas no nordeste e sudeste. Clima mediterrâneo: áreas na costa do extremo norte e extremo sul. Clima desértico: porção norte, nordeste e área no sudoeste. Clima semiárido: faixa no norte e no oeste, área no nordeste e porção sul. No canto superior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior, a rosa dos ventos e a escala: 1200 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 20.

Vegetação original da África

Mapa. Vegetação original da África. Floresta tropical e equatorial: porção oeste e costa no leste e leste de Madagascar. Floresta boreal (taiga): área no nordeste. Savana: centro-sul e nordeste e oeste de Madagascar. Estepe e pradaria: faixas no norte e nordeste. Vegetação mediterrânea: costa no extremo norte e sul. Vegetação de altitude: área no norte, nordeste e sudeste. Deserto (quente ou frio): porção norte e costa no sudoeste. No canto superior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior direito, rosa dos ventos e a escala: 1200 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 22.

Questão 2.

Com base na observação dos diversos tipos de clima e de vegetação do continente africano apresentados nos mapas, você acha que é possível estabelecer uma relação entre êles? Justifique sua resposta escrevendo um texto em uma folha avulsa.

Respostas e comentários

Questão 2. Resposta: Verifique se os alunos percebem, por exemplo, que, nas áreas de clima quente e úmido, predominam as florestas equatoriais. Já nas áreas de clima desértico, muito quente e extremamente sêco, encontramos vegetação de deserto.

  • É muito importante a utilização dos mapas como ferramenta para apresentação dos climas e das formações vegetais do continente. Além dos mapas que se encontram neste livro, se possível, utilize outros em representações maiores. Oriente os alunos a observar os detalhes não apenas dos mapas, mas também das fotos e de outras representações que serão trabalhadas nesta unidade. Auxilie-os na interpretação dessas informações, para que elas se transformem em conhecimento.
  • O desenvolvimento dessas leituras e interpretações contempla a habilidade ê éfe zero oito gê ê um nove da Bê êne cê cê. Além disso, desenvolve a Competência específica de Ciências Humanas 7 da Bê êne cê cê ao trabalhar a linguagem cartográfica.
  • A questão 2 promove o desenvolvimento da prática de argumentação, ao mobilizar o raciocínio lógico por meio do estabelecimento de comparações e relações para elaborar a justificativa da resposta.

Clima equatorial

O clima equatorial predomina na região central do continente africano. As temperaturas são elevadas ao longo de todo o ano, mantendo-se geralmente acima de 25 ºC. As chuvas também são abundantes, com totais pluviométricos variando entre 2 mil e 3 mil milímetros por ano.

êsse clima favorece o desenvolvimento da floresta equatorial, densa e com grande diversidade de espécies animais e vegetais, assim como da floresta do Congo, segunda maior floresta tropical do mundo, superada apenas pêla Amazônia. Ela se estende por seis países da África, ocupando a porção centro-ocidental do continente.

Fotografia. Vista de cima. Floresta densa, repleta de árvores. No céu há nuvens.
Floresta equatorial no Gabão, em 2021.

Clima tropical

Ocorre em grande parte do continente, caracterizado pêla ocorrência de temperaturas elevadas durante o ano todo (médias entre 22 ºC e 25 ºC) e duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno sêco. As precipitações atingem cêrca de .1400 milímetros por ano.

Nesse clima, predominam as savanas, vegetação formada por árvores e arbustos geralmente dispersos na paisagem, com capim e gramíneas que cobrem os solos. Na savana, vivem os grandes mamíferos, como leões, zebras, elefantes e girafas.

Fotografia. Área plana com vegetação rasteira e antílopes pastando. Ao fundo árvores e montanhas entre nuvens.
Vegetação de savana no Parque Nacional , Quênia, em 2019.
Respostas e comentários

Relembre os alunos de que no Brasil também encontramos os climas equatorial, tropical e semiárido.

Atividade a mais

  • Solicite aos alunos que façam uma pesquisa dos climas e das vegetações presentes no continente africano que podem ser encontrados também no território brasileiro. Peça a êles que os comparem entre si. Para complementar a atividade, oriente-os a produzir cartazes, solicitando-lhes utilizar imagens com suas respectivas explicações. Em seguida, organize-os de fórma dinâmica para que exponham o que encontraram na pesquisa.
  • O desenvolvimento da atividade explora o pensamento computacional, mobilizando os alunos para se organizarem em grupos, escolherem fontes de pesquisa, buscarem e analisarem informações encontradas, selecionando e comparando o que é pertinente e, por fim, apresentando os resultados aos colegas.
  • Essa atividade explora aspectos da Competência específica de Geografia 3 da Bê êne cê cê ao abordar analogia, diferenciação, distribuição etcétera. Além disso, também favorece a Competência específica de Ciências Humanas 5 da Bê êne cê cê ao tratar de fenômenos semelhantes ocorridos em espaços variados.
Clima mediterrâneo

No extremo norte e no extremo sul do continente africano, atua o clima mediterrâneo, caracterizado por duas estações distintas: verão mais sêco e quente (com temperaturas que podem atingir 30 ºC) e inverno chuvoso e frio (com temperaturas que podem chegar a 0 ºC). Os índices pluviométricos variam entre 500 milímetros e .1000 milímetros anuais.

Nessas áreas, em geral, desenvolvem-se plantas arbustivas. São chamadas de garrigues quando apresentam pequeno porte e aparecem mais esparsas na paisagem, ou de maquis quando são mais densas e fechadas.

Fotografia. Área com vegetação rasteira e árvores na base de montanhas rochosas.
Vegetação mediterrânea, ao sudoeste do Marrocos, em 2022.
Clima temperado

O clima temperado ocorre em pequenas áreas da parte oriental do continente, onde se encontram altitudes mais elevadas, e no extremo sul, onde atuam os ventos vindos do litoral. êsse clima é caracterizado pêlas quatro estações bem definidas ao longo do ano: verão relativamente quente e mais sêco que o inverno, outono com temperaturas que vão diminuindo com o passar dos dias, inverno frio e primavera com temperaturas em elevação.

Nas áreas menos frias, desenvolvem-se as savanas. Já nas áreas de maior altitude, onde as médias de temperatura tendem a diminuir, desenvolve-se a vegetação de altitude, com predomínio de vegetação de pequeno porte, como as gramíneas e os arbustos esparsos.

Fotografia. Morros rochosos com arbustos em solo acidentado.
Vegetação em Abel Erasmus Pass, província de Limpopo, África do Sul, em 2020. Nessa região, predomina o clima temperado.
Respostas e comentários

Sugestão de avaliação

Proponha aos alunos a atividade a seguir e utilize-a como recurso para avaliação do processo de ensino-aprendizagem.

> Divida a turma em seis grupos e distribua um tipo de clima do continente africano para cada um. Solicite que pesquisem suas respectivas formações vegetais, destacando suas principais características. Oriente-os a criar um vídeo que contenha todas essas informações. > O vídeo deverá ter de 3 a 6 minutos. > Deverá conter imagens para ilustrar os climas e os biomas. > O som ao fundo do vídeo poderá ser os próprios alunos explicando, ou algo relacionado com o tema discutido. > Caso a escola possua, leve os alunos ao laboratório de informática para a realização da atividade proposta.

Resposta

Resposta pessoal. Verifique se os alunos identificam os elementos solicitados e auxilie-os no decorrer do processo. Comente com êles que o vídeo pode ser feito pêla câmera do telefone celular ou mesmo por aplicativos de criação de vídeos. Separe uma aula para que todos os grupos apresentem os vídeos que produziram.

  • Ao promover o uso da tecnologia para a criação de um vídeo sôbre os biomas, a atividade explora aspectos da cultura juvenil.
  • Essa atividade contempla a Competência geral 4 e a Competência específica de Ciências Humanas 7 da Bê êne cê cê, ao promover a utilização de tecnologias digitais na realização de uma atividade escolar.
Clima semiárido

O clima semiárido ocorre principalmente nas áreas de transição entre climas mais chuvosos e os desertos. Apresenta poucas chuvas, com índices pluviométricos que não ultrapassam 500 milímetros anuais, e temperaturas elevadas na maior parte do ano.

Nessas áreas, a vegetação são as estepes, compostas principalmente de gramíneas, arbustos e árvores dispersas na paisagem.

Fotografia. Área plana com solo arenoso onde há partes cobertas por vegetação rasteira e com arbustos baixos. Ao fundo há antílopes.
Vegetação de estepe na Namíbia, em 2021.
Clima desértico

Ocorre em uma extensa faixa mais ao norte do continente, no deserto do Saara, e no sudoeste, nos desertos da Namíbia e do kalarrári. Nesse clima, as chuvas são extremamente escassas (abaixo de 250 milímetros anuais) e a amplitude térmica varia muito ao longo do dia (as temperaturas podem chegar aos 50 graus Célsius durante o dia e cair para abaixo de 0 graus Célsius à noite).

A superfície dos desertos, em geral, é coberta por dunas de areia e solos pedregosos. A vegetação é escassa e adaptada aos rigores do clima, a exemplo dos cactos e de certas espécies de palmeiras e plantas rasteiras. Onde afloram os lençóis de água do subsolo desenvolvem-se os oásis, áreas geralmente férteis, devido à presença de água.

Nos desertos, podemos encontrar também alguns animais adaptados à es­cassez de água e à variação de temperatura, como o camelo.

Fotografia. Dunas de areia com um camelo e algumas plantas secas.
Paisagem do Deserto do Saara, na Tunísia, em 2020.
Respostas e comentários

Comente com os alunos que o deserto do Saara é considerado o maior deserto quente do mundo.

Algo a mais

sôbre os desertos, apresente aos alunos a notícia sôbre a vida nômade no Saara. Disponível em: https://oeds.link/XWgzqs. Acesso em: 8 julho 2022. A notícia retrata características do deserto e como vivem os povos que residem no deserto do Saara.

A desertificação do Sael

Na borda sul do Saara, encontra-se o Sael, uma região de transição entre as terras mais úmidas ao sul e o deserto extremamente árido ao norte. Ocupa uma faixa de terras que se estende do litoral Atlântico (oeste) ao mar Vermelho (Léste), com largura de 5 500 quilômetros (ver mapa). Nessa região semiárida, as chuvas são relativamente reduzidas (pluviosidade média anual entre 200 e 600 milímetros) e a vegetação é composta de domínios intercalados de savanas e estepes.

Nas últimas décadas, a região do Sael tem sido afetada pêlo avanço da desertificação, processo que se inicia com a degradação das terras, causando o empobrecimento de solos produtivos. Isso os torna completamente estéreis, semelhantes aos solos dos desertos.

A principal causa dessa desertificação está relacionada a uma ação antrópica (humana): o desmatamento. Extensas áreas de vegetação nativa do Sael vêm sendo desmatadas e ocupadas por agricultores e pastores para o desenvolvimento da agricultura e de pastagens para o gado. Além disso, também se derruba a vegetação para a obtenção de lenha, utilizada para produzir carvão, fazer moradias, cêrcas, currais etcétera

Com a retirada da vegetação, o solo, já arenoso, fica totalmente desprotegido e muito suscetível à ação erosiva dos ventos e das chuvas, e se torna mais pobre em nutrientes, fatores que levam à desertificação.

Região do Sael

Mapa. Região do Sahel. 
Faixa horizontal cruzando os países da porção norte do continente africano. No canto superior direito, a escala. E na parte inferior, à esquerda, a escala: 960 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: éfe tê dê, 2016. página 130.

Fotografia. Pasto repleto de animais próximo a um bebedouro. Atrás deles há um homem caminhando e árvores.
Área degradada devido à criação de gado na região do Sael, no país africano Burkina Faso, em 2019.

O avanço da desertificação também está ligado a fatores de ordem natural. A região do Sael foi atingida por grandes sêcas nas últimas décadas, contribuindo para intensificar êsse processo. Durante as grandes estiagens, as queimadas aumentam, destruindo ainda mais a vegetação, e, com os ventos, as dunas do deserto do Saara avançam em direção ao Sael, acelerando a desertificação.

Respostas e comentários

Sugestão de avaliação

Proponha aos alunos a atividade a seguir e utilize-a como recurso para avaliação do processo de ensino-aprendizagem.

> Apresente aos alunos a matéria da sôbre os problemas que a desertificação do Sahel causa à população. Disponível em: https://oeds.link/THQG0U. Acesso em: 11 julho 2022. > Organize os alunos em círculo e promova a estratégia de metodologia ativa chamada Debate sôbre a possibilidade da resolução dêsse problema no Sael. Caso cheguem à conclusão de que não há solução, peça a êles que desenvolvam medidas práticas para colaborar com a população que está sofrendo. Mais in­formações sôbre essa aborda­gem podem ser encontradas no tópico Metodologias ati­vas, na primeira parte dêste Manual do professor.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Você estudou que os países africanos podem ser agrupados por sua localização geográfica. Escreva as cinco grandes regiões nas quais países podem ser agrupados.
  2. Em que área da África se localiza o rífiti válêi? Descreva as características geológicas dessa região.
  3. A existência de diferentes domínios climáticos interfere na dinâmica da rede hidrográfica do continente africano? Justifique e exemplifique, em uma folha avulsa, sua resposta.
  4. Por que há o predomínio de climas quentes, com temperaturas médias elevadas, no continente africano?

Aprofundando os conhecimentos

5. Os climogramas a seguir referem-se a duas cidades localizadas na África. Observe-os.

Climograma - Assuã, Egito

Gráfico. Climograma - Assuã, Egito. Mostrando a Precipitação (em milímetros) e a Temperatura (em graus Celsius). A precipitação fica abaixo de 0 em todos os meses. A temperatura se mantém acima dos 15 graus Celsius, passando de 30 graus Celsius em maio, junho, julho, agosto e setembro, chegando a quase 35 graus Celsius em julho e caindo nos meses seguintes, chegando 17 graus Celsius em Dezembro.

Fonte de pesquisa: . Disponível em: https://oeds.link/YfXWML. Acesso em: 28 julho 2022.

Climograma - Toamasina, Madagascar

Gráfico. Climograma - Toamasina, Madagascar. Mostrando a Precipitação (em milímetros) e a Temperatura (em graus Celsius). A precipitação varia entre 100 e 500, atingindo 110 em setembro e 490 em maio, variando muito ao longo dos anos. A temperatura fica entre de 20 graus Celsius e acima de 25 graus Celsius em janeiro, fevereiro e março.

Fonte de pesquisa: . Disponível em: https://oeds.link/W01SGn. Acesso em: 28 julho 2022.

Com base nos climogramas, identifique qual tipo de clima cada um deles representa. Explique a sua resposta.

  1. Responda às questões a seguir.
    1. Observe os mapas das páginas 248 e 256. Em uma folha avulsa, escreva qual a relação entre a Mauritânia, o Sael e o fenômeno da desertificação.
    2. Quais são os fatores antrópicos e naturais que contribuem para a ocorrência dêsse fenômeno?
Respostas e comentários

1. África do Norte ou Setentrional; África Austral ou Meridional; Chifre da África; África Central; África do Oeste ou Ocidental.

2. Na área centro-oriental. Essa região é formada por movimentos orogênicos antigos, ocorridos no Paleozoico. Há cêrca de 70 milhões de anos, novos movimentos tectônicos provocaram falhas geológicas e grandes derrames de lavas sôbre essas antigas formações, que originaram grandes montanhas e profundas depressões.

3. Resposta nas orientações ao professor.

4. A maior parte do continente africano está localizada na zona intertropical da Terra, ou seja, entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Devido a essa posição geográfica, a África recebe grande insolação, o que explica o predomínio de climas quentes e temperaturas elevadas.

5. O climograma de Assuã representa o clima de deserto, pois mostra chuvas escassas e temperaturas elevadas durante todo o ano. Já o climograma de Toamasina representa o clima equatorial, pois mostra chuvas abundantes e temperaturas elevadas ao longo do ano.

6. a) Resposta nas orientações ao professor.

6. b) Resposta nas orientações ao professor.

  • Aproveite a seção Organizando os conhecimentos e verifique se os alunos conseguiram compreender o conteúdo, questionando-os sôbre o assunto e sanando as dúvidas existentes. êsse é um momento favorável para avaliar o processo de ensino-aprendizagem.
  • As atividades 3, 4 e 6 exploram a prática de argumentação, ao incentivar o aluno a relacionar, a analisar e a explicar temas de maneira consistente, embasados em conhecimentos que desenvolvam o raciocínio lógico.

Metodologias ativas

Para finalizar o trabalho com os assuntos dêste capítulo, proponha aos alunos a estratégia de metodologia ativa chamada Caminhada na galeria (Gallery walk). Mais in­formações sôbre essa aborda­gem podem ser encontradas no tópico Metodologias ati­vas, na primeira parte dêste Manual do professor. Para o desenvolvimento dessa estratégia, organize os alunos em duplas ou trios, e solicite-lhes que façam uma busca pêla internet ou na biblioteca da escola.

Distribua para as duplas ou trios os temas trabalhados neste capítulo, tais como o relêvo africano, a rede hidrográfica, o clima e a vegetação. Instrua-os a pesquisar características, curiosidades e imagens sôbre o tema e, em seguida, produzir cartazes. Para finalizar, promova estratégia de metodologia ativa chamada Caminhada na galeria (gallery walk), dentro da sala de aula com os cartazes. Disponha-os de maneira que seja visível a todos, de modo que os alunos consigam ficar próximo deles para explicá-los aos visitantes. Mais in­formações sôbre essa aborda­gem podem ser encontradas no tópico Metodologias ati­vas, na primeira parte dêste Manual do professor.

Respostas

3. Sim. São nas áreas dominadas por climas mais chuvosos, como o equatorial e o tropical, que se localizam na nascente e no curso dos grandes rios africanos. Já nas áreas dominadas por climas secos, os rios são escassos e geralmente apresentam regimes temporários. O rio Nilo, por exemplo, mantém seu curso perene mesmo atravessando regiões desérticas do Saara, porque suas nascentes se localizam nas áreas chuvosas de clima equatorial.

6. a ) A Mauritânia é um país localizado na região conhecida como Sael, que, por sua vez, se localiza ao sul do deserto do Saara. É uma região que tem sido afetada pêlo avanço da desertificação, processo que se inicia com a degradação das terras, causando o empobrecimento de solos produtivos, o que os tornam completamente estéreis, semelhantes aos solos do deserto.

6. b ) Os fatores antrópicos estão relacionados com o desmatamento para o desenvolvimento de culturas de subsistência e pastagens para o gado, e também para a obtenção indiscriminada de lenha. Já os fatores naturais estão ligados à ocorrência de grandes sêcas que atingiram a região nas últimas décadas, contribuindo para intensificar o processo de desertificação.

Glossário

Movimento orogênico
: movimento da crosta terrestre que provoca a elevação do relêvo e origina as cadeias de montanhas.
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