CAPÍTULO 8 Consumo e meio ambiente

Em muitos países, o crescimento desenfreado do consumo, nas últimas décadas, vem pressionando o ambiente com a intensa exploração de recursos naturais. Analise algumas informações a seguir.

Ilustração. Uma torneira pingando. De 1900 a 2010, a captação de água no mundo aumentou aproximadamente 630%. Ilustração. Uma plataforma com torres e grua no mar. O consumo de petróleo e a emissão de CO2 quase triplicaram nas últimas cinco décadas. Ilustração. Um machado fincado no tronco de uma árvore. A cada ano, uma área de floresta maior que o território da Costa Rica desaparece. Ilustração. Um navio com um mastro e pêndulo. A pesca marinha aumentou quase duas vezes nos últimos 65 anos.

Fontes de pesquisa: The World Bank. DataBank. Disponível em: https://oeds.link/E33S7s. fáo. Disponível em: https://oeds.link/xlsNP1. bê pê. Statistical Review of World Energy 2021. Disponível em: https://oeds.link/C058Is. Acessos em: 31 maio 2022.

Se a exploração dos recursos naturais continuar aumentando em ritmo tão intenso, sobretudo em razão da expansão do consumo, a população poderá enfrentar uma grave crise ambiental, decorrente da escassez e do esgotamento de determinados recursos naturais.

As reservas de petróleo e carvão mineral, assim como as de outros recursos naturais não renováveisglossário , tendem a se esgotar à medida que vão sendo exploradas. Alguns recursos considerados inesgotáveis também podem se tornar escassos, como a água potável, que está cada vez mais reduzida em muitas regiões do planeta, principalmente por causa da poluição e da superexploração das fontes hídricas.

O consumo ocorre de maneira desigual

O nível de consumo entre os países ocorre de maneira bastante desigual. O consumo em maior escala ocorre, principalmente, nos países ricos e industrializados, onde o poder aquisitivo da população é maior, o que possibilita o acesso à grande quantidade e variedade de bens e serviços.

Segundo dados do Banco Mundial, em 2020, por exemplo, enquanto a população dos Estados Unidos e da Alemanha usufruía de uma renda glossário per capitaglossário anual superior a 40 mil dólares, os habitantes do Haiti (na América Central), da Etiópia (na África) e do Nepal (na Ásia) sobreviviam com menos de .1300 dólares por ano.

A tabela a seguir mostra as grandes diferenças de consumo entre alguns países.

Consumo de petróleo, água, calorias e eletricidade em países selecionados

Países

Petróleo (consumo médio per capita em litros/dia) 2020

Água (consumo médio per capita em m³/ano) 2018

Calorias (consumo médio per capita em calorias/dia) 2019

Eletricidade (consumo médio per capita em kWh) 2020

Canadá

9,6

945

3.539

14.500

Estados Unidos

8,2

1.358

3.862

13.000

Austrália

5,5

697

3.417

10.300

Alemanha

1,5

343

3.559

6.800

Brasil

1,7

308

3.246

2.500

Argélia

1,3

248

3.493

1.300

Peru

1

500

2.786

1.300

Índia

0,5

563

2.581

800

Bangladesh

0,1

222

2.626

300

Fontes de pesquisa: Statistical Review of World Energy 2021. Disponível em: https://oeds.link/C058Is. F. acua-stat. Disponível em: https://oeds.link/SdwUju. FAO. faostát. Disponível em: https://oeds.link/bOYGIB. IEa (International Energy Agency). iéa Atlas of Energy. Disponível em: https://oeds.link/TrfqPQ. The World Bank. Energy use (kg of oil equivalent per cápita). Disponível em: https://oeds.link/LomN2Y. Acessos em: 1º junho 2022.

Questão 1.

Quais as diferenças de consumo entre países?

Questão 2.

Como podemos caracterizar o consumo da população brasileira se compararmos com o consumo da população do Canadá e de bãngladéch?

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

[Narrador]Consumo e Moda     [Apresentadora]  Olá, ouvintes! Eu sou a Renata.     [Apresentador]  E eu sou o Arthur!    [Apresentadora]  No nosso podcast de hoje nós vamos falar sobre consumo e moda.     [Apresentador] Esse assunto é muito importante. Afinal, usar roupas é uma necessidade na nossa sociedade.   [Apresentadora]  O problema, caros ouvintes, é quando o uso ultrapassa a necessidade e exageramos no consumo...     [Apresentador] Isso é o que chamamos de consumismo. No caso das roupas, deixamos de comprar de forma racional e acabamos enchendo o guarda-roupa com um monte de coisas de que não precisamos. Mas por que nós agimos assim?    [Apresentadora]  A indústria tem uma  estratégia que incentiva as pessoas a comprarem mais do que precisam. Alguns se tornam consumidores acelerados e compulsivos. Dessa forma, os produtores vendem mais e assim têm mais lucro.   [Apresentador] E vemos celebridades e outros influenciadores usando roupas da última coleção de marcas famosas.   [Apresentadora] Como vivemos na era da informação, recebemos um fluxo grande de notícias e propagandas por diferentes meios. E isso nos influencia a buscar padrões de beleza e comportamento muitas vezes artificiais e inatingíveis. Assim, compramos para tentar ficar mais perto desses padrões. Ou nos parecermos mais com as celebridades e influenciadores que admiramos.     [Apresentador] E isso vale não só para o setor de vestuário, mas também para comida, objetos de decoração, cosméticos e muitas outras coisas! No caso da moda, há até um nome para essa realidade que vivemos nos últimos anos: fast fashion.     [Apresentadora] Arthur, explica para a gente o que é fast fashion.  [Apresentador] É um termo em inglês que pode ser traduzido como moda rápida. As marcas aceleram o lançamento de novas coleções de roupas. E investem pesado em propaganda. Assim, as pessoas passam a se sentir fora de moda com mais facilidade, o que acaba por incentivar o consumo de novas peças em espaços de tempo mais curtos.     [Apresentadora]  Esse ciclo de produção acaba causando impactos ambientais e sociais muito negativos. Produzir em grande quantidade significa produzir em menos tempo, com qualidade inferior e custos mais baixos.      [Apresentador] Você falou algo importante, Renata. O custo. A mão de obra empregada na indústria da fast fashion é, em geral, muito mal paga, com péssimas condições de trabalho. Grandes marcas colocam suas fábricas em países mais pobres, às vezes bem distantes do consumidor final de seus produtos. Nesses locais, a população é mais vulnerável economicamente, e as taxas de desemprego são muito altas. Assim, é possível pagar salários mais baixos e dar condições de trabalho ruins, pois há muitas pessoas que aceitarão essas condições.     [Apresentadora]  Uma triste realidade que envolve a indústria da moda. E o que dizer dos impactos ambientais? São muitos. Veja só, quando o consumo em uma sociedade é muito acelerado, a tendência é que as pessoas descartem as coisas com mais rapidez. Até porque, nessa indústria, as roupas não são feitas para durar. Mesmo que você aceite estar fora de moda, a roupa se desgasta mais rápido que 50 anos atrás. Isso vai gerando muito, muito lixo que não tem destino certo.     [Apresentador]  É um problema das sociedades contemporâneas: nós dizemos que jogamos as coisas fora, mas não existe “fora” do planeta, tudo está conectado. Mesmo quando não enxergamos.    [Apresentadora]  Existem cada vez mais aterros, lixões e áreas lotadas de resíduos, desde eletrônicos e pneus, até os tecidos provenientes em grande parte dessa indústria da moda. Esses bolsões de descarte provocam profundos desequilíbrios nos ecossistemas mundo afora.   [Apresentador] Sem contar que todo ano toneladas de tecidos descartados encontram destino também em países empobrecidos, que têm políticas socioambientais mais frouxas.    [Apresentadora]  Uma das fibras mais utilizadas na produção das roupas fast fashion é o poliéster, um tipo de plástico. De acordo com alguns pesquisadores, quando essas roupas são lavadas liberam microplásticos, que acabam indo parar nas águas.     [Apresentador]  Há também a questão das fibras de algodão. Embora sejam naturais e não tenham o mesmo problema de poluição que o poliéster, seu cultivo em larga escala para abastecer essa indústria também é problemático. São necessários muitos químicos, o que polui solos, gera problemas de saúde para trabalhadores do campo e necessita do uso de uma quantidade excessiva de água!    [Apresentadora]  E para reciclar roupas, não é tão simples. Peças que têm uma composição de vários tipos de fibra acabam sendo mais complexas para o reaproveitamento.         [Apresentador] É importante percebermos que produzir mais roupas significa que mais roupas também são descartadas. É uma relação matemática, mas que pode ser alterada pelo comportamento humano. É importante valorizarmos roupas produzidas de formas mais sustentáveis e que tenham mais qualidade, que durem mais tempo. [Apresentadora]  E quando vamos às compras, nos perguntarmos se precisamos realmente daquelas peças de roupa.     [Apresentador] Acho que essa é uma das chaves dessa questão: uma autoavaliação sobre nossos padrões de consumo. Isso deixará nosso consumo mais consciente!  [Apresentadora] E chegamos ao final de mais um podcast. Obrigada por terem nos acompanhado até aqui e até a próxima!  [Apresentador]  Até a próxima, pessoal!   [Narrador]A trilha sonora inserida neste conteúdo é da Freesound.    

Consumismo

A crescente expansão do consumo é uma característica marcante da sociedade contemporânea e globalizada. A todo momento, assistimos ao lançamento de uma infinidade de produtos e serviços destinados a atender às mais diversas necessidades que, muitas vezes, são criadas para incentivar o consumo.

Na realidade, por um lado, todas as pessoas precisam consumir para sobreviver. Roupas, calçados, alimentos, remédios, moradias, escolas e hospitais são necessários à nossa subsistência. Consumir produtos e serviços, além de ser uma necessidade básica, é, sobretudo, um direito que deve ser garantido a todos os cidadãos para que possam viver de maneira digna.

Por outro lado, as pessoas também são incentivadas a consumir desnecessariamente, comprando muito além do que realmente precisam. A todo instante, somos “bombardeados” por uma grande quantidade de propagandas e de anúncios publicitários por meio das mídias digitais, dos comerciais de televisão e de rádio, das páginas dos jornais e revistas, dos outdoors expostos nas ruas e das promoções anunciadas nas vitrines das lojas.

Fotografia. Pessoas caminhando em um shopping com lojas e escadas rolantes.
Muitas vezes, incentivados por anúncios publicitários, adquirimos produtos sem realmente necessitar deles. Na foto, pessoas em shopping center na cidade de Belgrado, Sérvia, em 2020.

A propaganda e o consumismo

A grande quantidade de anúncios publicitários que observamos diariamente tem sido um dos mais importantes instrumentos de incentivo ao consumo e ao consumismo. De modo geral, o consumismo caracteriza-se pêlo desejo de comprar de maneira exagerada, ou seja, pêla aquisição de produtos sem que haja necessidade no momento.

Há casos em que não precisamos de uma roupa nova ou de um calçado no momento, mas somos incentivados a comprá-los ao vermos uma propaganda que anuncia promoções e descontos aparentemente vantajosos. Em outras situações, a compra também é facilitada pêla abertura de crediários que dividem o pagamento em várias prestações. Por outro lado, muitas vezes, as imposições feitas pelos padrões de beleza e moda atuais acabam impelindo, principalmente os jovens, a compras desnecessárias e à mudança de hábitos, de consumo e de aparência.

dêsse modo, é sempre importante refletirmos sôbre quando o ato de consumir (comprar) é algo que decidimos conscientemente ou se somos levados por impulso, por influência da mídia, se para atender a padrões impostos, que, muitas vezes, não estão de acôrdo com a nossa identidade, ou mesmo se fazemos isso para evitar atitudes preconceituosas.

Com a orientação do professor, reúna-se com três colegas e realizem as atividades a seguir.

  1. Juntos, procurem se lembrar de algumas propagandas que são veiculadas atualmente na televisão, no rádio e na internet.
  2. Quais dêsses anúncios publicitários mais chamaram a atenção de vocês? Por quê?
  3. Quais são os produtos apresentados nesses anúncios? Quais deles são dirigidos preferencialmente às crianças, aos jovens e aos adultos?
  4. É possível identificar, entre os anúncios, questões como modismo ou imposição de padrões de beleza?
  5. Vocês se sentiram influenciados a comprar alguns dêsses produtos? Quais? Por quê?
  6. Converse com os colegas sôbre a importância de avaliar os hábitos de consumo por impulso e a necessidade de superar padrões, respeitando a identidade de cada um.
Ilustração. Uma televisão com um braço segurando um megafone saindo da tela. Em frente há pessoas que observam e ícones como símbolo de play, câmera fotográfica, câmera de vídeo, carrinho de compras, nota musical, entre outros.

O consumo consciente

Você já observou que as propagandas, geralmente, utilizam imagens de pessoas de um certo padrão de beleza expressando sentimentos de alegria e prazer ao consumir o produto anunciado?

As propagandas têm como objetivo despertar, no consumidor, o desejo por determinado produto. Por isso, elas costumam recorrer à nossa emoção, associando imagens positivas aos objetos que estão divulgando. Sendo assim, é muito importante que tenhamos discernimento no ato de observar uma propaganda e comprar algo de que necessitamos. Ter discernimento significa avaliarmos uma situação com bom senso, ou seja, com clareza para conseguir tomar a atitude correta e necessária.

Sabe quando você acredita que precisa muito de um tênis que viu em uma propaganda na televisão, corre na loja para comprar e, no final, êle acaba sendo deixado de lado? As propagandas sempre vão tentar criar em nós a necessidade de adquirir um produto. É importante que essa consciência oriente nossos hábitos de consumo.

Avaliar uma propaganda com discernimento é refletir sôbre sua mensagem e decidir se realmente necessitamos consumir o produto alvo do anúncio. Quando fazemos isso, tornamo-nos consumidores críticos e conscientes.

Questão 3.

A imagem a seguir retrata uma propaganda recorrendo emocionalmente para que o produto seja consumido. Com os colegas da sala de aula, identifiquem algumas propagandas atuais que façam êsse tipo de apêlo.

Questão 4.

Você já se deparou com uma situação em que precisou avaliar se deveria ou não comprar algum produto? Comente com seus colegas como foi essa experiência.

Questão 5.

Faça essas questões também em casa, com seus pais ou responsáveis, e compartilhe as respostas com os colegas.

Fotografia. Um homem e uma mulher sentados em um sofá assistindo uma televisão. O homem aponta um controle remoto para a tela, onde há a inscrição: O tênis que te leva para qualquer lugar. O MELHOR PARA VOCÊ!

Desenvolver a autonomia significa ampliar a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões por conta própria. Com autonomia para decidir o que comprarmos, podemos consumir de maneira mais consciente.

Atitudes do consumidor consciente

Para que possamos atuar como consumidores críticos e conscientes, todas as vezes que compramos um produto ou adquirimos um serviço, devemos adotar algumas atitudes importantes. Veja algumas delas a seguir.

Estar atento à composição dos alimentos para ter uma alimentação saudável. Observe, por exemplo, se o alimento contém conservantes, corantes e aditivos. Essas informações podem ser encontradas na embalagem dos produtos.

Fotografia. Destaque para uma caixa de suco com foto de laranjas e as informações: 100 por cento laranja; Sem adição de açúcar e conservantes. Agite antes de beber. Conteúdo: 330 mililitros.

Estar consciente dos motivos que impulsionam a compra. Para isso, analise se os produtos adquiridos foram escolhidos por necessidade, desejo ou publicidade. Às vezes, o valor unitário do produto é o mesmo que o da suposta promoção.

Demonstrar que existe relação entre o que se compra e o que se consome. Adotar postura crítica em relação a produtos que possam contaminar o meio ambiente. Para isso, dê preferência ao uso de produtos que não prejudiquem a natureza, como o excesso de embalagens.

Fotografia. Embalagem descartável com seis maçãs.

Adotar atitude crítica diante da publicidade, analisando as vantagens e as desvantagens de adquirir o produto anunciado. Para isso, avalie se a propaganda é enganosa e fique atento à data de validade do produto. Às vezes, os estabelecimentos diminuem o preço de produtos que estão perto do vencimento.

Fotografia. Destaque para uma caixa de suco com as informações de Fabricação: 20 de novembro de 2018 e Validade: 20 de novembro de 2019.

Fonte de pesquisa: THOMAZELLI, Maria Cecília de A. V. G. Educação para o consumo. Guia para o professor. São Paulo: procôn, 1998. Disponível em: https://oeds.link/q7ZZoP. Acesso em: 1º junho 2022.

Questão 6.

De acôrdo com as atitudes apresentadas, você se considera um consumidor crítico e consciente? Comente com os colegas.

O tema é reticências

Educação ambiental

Pegada ecológica

A revisão dos nossos hábitos de consumo é cada vez mais urgente. Os problemas ambientais enfrentados atualmente indicam que já sofremos as consequências dêsse modo de vida baseado no consumo desenfreado.

Como fórma de quantificar o consumo humano e relacioná-lo aos recursos naturais da Terra, os pesquisadores canadenses Uilian rís e criaram, em 1990, o têrmu pegada ecológica. De modo resumido, êsse conceito indica quantos hectares produtivos na superfície terrestre seriam necessários para recompor os recursos gastos por um indivíduo, considerando seu padrão de consumo.

Observe, no esquema a seguir, qual era o tamanho, em média, da pegada ecológica da humanidade e dos habitantes de alguns países do mundo no ano de 2018. Confira também algumas atitudes que podemos tomar para diminuí-la.

Como reduzir a pegada ecológica?

Ilustração. Pegada pequena verde-claro. Pegada ecológica ideal 1,6 hectare global (gha). Ilustração. Pegada média verde-claro. Pegada da humanidade 2,8 hectares globais (gha). Ilustração. Pegada grande verde-escuro. Pegada de um estadunidense 9,7 hectares globais (gha). Ilustração. Pegada média verde-escuro. Pegada de um brasileiro 2,6 hectares globais (gha). Ilustração. Pegada pequena verde-escuro. Pegada de um serra-leonense 1,1 hectare global (gha).
Ilustração A. Uma pessoa tomando banho. Há bolhas sobre seu corpo e uma faixa cobre sua cintura.
Ilustração B. Uma lata de lixo verde com setas indicando um ciclo. Ao redor há área de vegetação e borboletas.
Ilustração C. Um homem de capacete andando de bicicleta em uma ciclovia. Ao lado de há um ônibus.

Fonte de pesquisa: Global Footprint Network. Disponível em: https://oeds.link/NZtDT7. Acesso em: 6 junho 2022.

Ilustração D. Um rapaz em frente a vitrine de uma loja com camisetas expostas e a palavra: PROMOÇÃO. Abaixo há um boné e um par de tênis. Há pontos de interrogação sobre a cabeça do rapaz. Ilustração E. Um homem atrás de um púlpito discursando. Atrás dele há turbinas eólicas.

D.

Consumo: evitar hábitos consumistas.

E.

Energia limpa: exigir dos governantes que invistam em fontes de energia limpas e renováveis.

Atualmente, a humanidade tem consumido 30% a mais dos recursos naturais do que a Terra pode oferecer. Se os padrões de consumo continuarem crescendo, em 2030 a demanda atingirá os 100%, e, então precisaremos de dois planetas para sustentar o mundo, o que não é possível.

É possível diminuir a pegada ecológica? Mais que uma possibilidade, reduzir os padrões de consumo é uma necessidade! Para isso, é preciso que haja conscientização e engajamento das pessoas, dos governos e das empresas.

Ícone 'Em grupo'.

Com os colegas, realize as atividades propostas a seguir.

  1. O que é possível concluir ao observar o esquema da pegada ecológica da humanidade?
  2. Existe possibilidade de reverter êsse cenário? Se sim, qual a solução?
  3. O que as diferenças entre as pegadas ecológicas dos três países indicamsôbre o padrão de consumo de suas populações?
  4. Agora, você e seus colegas vão avaliar o consumo na escola durante uma ou duas semanas. Para isso, será preciso um exercício de observação, para, depois, elaborar um relatório. Procurem observar o que consomem em sala de aula, como materiais, roupas, energia elétrica; no intervalo entre as aulas, como água para beber ou nos banheiros, além do lanche; e em outras dependências da escola (na biblioteca: livros; na sala de informática: computadores, energia elétrica etcétera).

Depois, baseados nessas observações e em grupos de até quatro integrantes, elaborem uma lista de atitudes que podem ser tomadas para minimizar o impacto gerado. Se possível, divulguem suas conclusões para a comunidade escolar.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Explique por que o aumento crescente do consumo no mundo pode ser apontado como um dos principais fatores responsáveis pêla crise ambiental que presenciamos hoje em dia.
  2. De acôrdo com o que você estudou neste capítulo, o consumismo está relacionado ao que você quer ou ao que você precisa? Justifique sua resposta.
  3. Imagine que você precise convencer alguém a deixar de ser consumista. Com base no que foi abordado neste capítulo, elabore um texto expondo os principais motivos pelos quais essa pessoa deve mudar sua atitude.
  4. Leia a afirmação a seguir.

A imensa quantidade de anúncios publicitários que observamos diariamente tem sido um dos mais importantes instrumentos de incentivo ao consumo e ao consumismo.

Explique o significado dessa afirmação no caderno.

Aprofundando os conhecimentos

5. As propagandas publicitárias, geralmente, utilizam imagens que anunciam um produto supervalorizando qualidades que, muitas vezes, êle não apresenta. Um exemplo disso está retratado nas fotos a seguir. Observe-as e responda às questões a seguir.

Fotografia. Um hambúrguer com pão, alface, tomate, queijo e carne.
Foto de um lanche anunciado.
Fotografia. Um hambúrguer caído, com tiras finas de alface sobre tomate e queijo.
Foto do mesmo lanche na realidade.
  1. De que fórma a propaganda revela que o consumidor está sendo enganado?
  2. Em sua opinião, qual é a ideia que as fotos transmitem? Verifique a opinião dos colegas e, juntos, conversem sôbre isso.
  3. Você já se sentiu enganado por alguma propaganda? Por quê?

6. Leia o texto a seguir.

A riqueza do e-lixo

     O consumo de aparelhos eletrônicos com elevada tecnologia vem aumentando mundialmente. Entre outras razões, isso acontece porque vivemos um período no qual a inovação tecnológica está aliada ao consumismo. As pessoas são incentivadas pêla indústria a adquirirem aparelhos de última geração, descartando aquilo que se considera “ultrapassado”. Dessa fórma, produtos eletrônicos em perfeito funcionamento são descartados em grande escala, comprometendo o meio ambiente.

     Os eletroeletrônicos descartados são comumente chamados de e-lixo. Essa categoria engloba diversos produtos, de eletrodomésticos de grande porte (geladeiras, máquinas de lavar e aparelhos de ar-condicionado) a peças pequenas e portáteis (celulares, lâmpadas fluorescentes e tocadores de ême pê três). Nesses equipamentos podem ser encontradas matérias-primas preciosas, como ouro, prata, paládio, cobre, alumínio, platina e aço. Isso torna o e-lixo uma verdadeira fonte de riqueza, que poderia ser mais comumente explorada por meio da reciclagem dêsses metais. Além disso, a reciclagem do lixo eletrônico diminui os prejuízos que êsse tipo de resíduo pode causar ao meio ambiente.

Texto dos autores.

Fotografia. Três homens de luvas, capacetes e macacões manuseando ferramentas em gabinetes de computadores que estão sobre uma bancada.
Na foto, pessoas realizam processo de reciclagem de lixo eletrônico, no estado de , Índia, em 2021.
  1. Você já havia pensado sôbre o destino do e-lixo que produzimos? Em sua opinião, êsse assunto é importante? Por quê?
  2. Você ou alguém que conhece (parentes, amigos) já substituiu algum aparêlhu em pleno funcionamento ao surgir outro mais novo no mercado? Por que isso acontece? Converse com os colegas e conheça a opinião deles.
  3. Em sua opinião, quem deveria ser o responsável pêla destinação adequada e pêla reciclagem do e-lixo? Por quê?

Glossário

Recurso natural não renovável
: elemento encontrado na natureza em quantidades limitadas. A exploração intensa dêsse recurso pode levá-lo ao esgotamento, pois sua formação é resultado de processos que levam milhões de anos para serem concluídos.
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Renda per capita
: o mesmo que renda por habitante. O valor dessa renda é obtido da divisão da renda total gerada em um país pelo seu número de habitantes.
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