CAPÍTULO 19 A questão Palestina
Questão 1.
A manchete e a foto apresentadas a seguir retratam um dos principais focos de tensão mundial. Qual é êle? Conte para os colegas o que você sabe sôbre êsse conflito.
Israel autoriza despejo de mil palestinos na Cisjordânia
Folha de S.Paulo, São Paulo, 6 maio 2022. página. A13.
A manchete e a fonte abordam o conflito entre judeus (israelenses) e árabes (palestinos) pêlo contrôle do território da Palestina, no Oriente Médio.
Para entender as origens dêsse conflito, é preciso conhecer a história dêsses povos na região. Dois mil anos antes da Era cristã (2000 antes de Cristo), os judeus, na época chamados de hebreus, fixaram-se nessa região, conhecida hoje como Palestina, que já era ocupada por outros povos.
Séculos mais tarde, êsse território foi dominado por outros impérios, como o babilônico (587 antes de Cristo) e o romano (70 Depois de Cristo), que expulsaram os judeus de suas terras. As migrações forçadas, às quais os judeus foram submetidos, ficaram conhecidas como diásporas. Os judeus, então, se dispersaram por vários países, principalmente os da Europa, onde preservaram sua cultura e mantiveram a esperança de retornar à terra natal, chamada por êles de Sião.
No século sete, a região também foi ocupada por árabes muçulmanos, que, nesse território, ficaram conhecidos como palestinos. No século dezenove, os judeus reacenderam a esperança de retornar à Palestina com a disseminação do sionismo, movimento internacional que convocava os judeus a criar um Estado independente na Palestina, que até então se encontrava sob o domínio do Império Britânico.
Respostas e comentários
Questão 1. Resposta: Espera-se que os alunos respondam que a foto e a manchete se referem à questão Palestina. Incentive-os a conversar sôbre o assunto e a relatar o que sabem a respeito dêsse conflito histórico. Cuide para que o ambiente seja respeitoso e que todos escutem os colegas.
Objetivos do capítulo
- Conhecer aspectos do conflito entre israelenses e árabes na Palestina.
- Compreender o processo de expansão territorial promovida por Israel sôbre territórios palestinos.
Justificativas
No estudo dêste capítulo, os alunos terão a oportunidade de compreender as principais questões que envolvem o conflito gerado pêla disputa territorial entre israelenses e palestinos no Oriente Médio, contribuindo para o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero nove gê ê zero oito da Bê êne cê cê, uma vez que poderão analisar as causas e as consequências dessas transformações territoriais ao longo da história.
Por meio de análises de textos, mapas e fotos, êles poderão compreender melhor as informações, o que contribuirá para o entendimento dos motivos dos conflitos para a expansão territorial, contemplando saberes da habilidade ê éfe zero nove gê ê um quatro da Bê êne cê cê.
- Para iniciar o trabalho com o tema, promova uma roda de conversa, resgatando os conhecimentos prévios dos alunos. Para isso, organize a turma com as carteiras em semicírculo para que todos possam se ver, incentivando o respeito e o interêsse pêla fala do outro.
- A manchete de jornal é um ótimo recurso para explorar a opinião dos alunos sôbre os conflitos da Palestina. Incentive-os a ler a manchete e a expressar suas percepções. Assim, você terá um melhor entendimento do que é preciso fazer para ampliar os conhecimentos deles.
- Explore o contexto histórico dos conflitos armados na Palestina. Para isso, faça uma articulação com o componente curricular de História. Se possível, organizem uma linha do tempo com os fatos expostos no decorrer do texto.
- Comente com os alunos que nas primeiras décadas do século vinte, no mesmo período em que o nazismo se fortalecia na Alemanha como movimento político, outros regimes totalitários também ascenderam politicamente, como o fascismo, na Itália; o salazarismo, em Portugal; e o stalinismo, na antiga União Soviética.
- O conteúdo proposto nas páginas 222 a 225 está relacionado às Ciências Humanas, envolvendo os componentes curriculares Geografia e História. Explora aspectos das Competências específicas das Ciências Humanas 2 e 5, pois possibilita refletir sôbre eventos ocorridos no mesmo espaço e em tempos diferentes com base em conhecimentos das Ciências Humanas
Com o sionismo, milhares de judeus migraram para a Palestina nas primeiras décadas do século passado e fundaram inúmeras colônias agrícolas. Essa migração tornou-se ainda mais intensa durante a Segunda Guerra Mundial (19391945), quando os judeus foram perseguidos pêlo nazismoglossário .
Ao término da Segunda Guerra, os judeus já somavam quase um terço da população total da Palestina, fato que contribuiu para acirrar as hostilidades e os conflitos entre a comunidade judaica e a árabe. Na tentativa de encontrar uma solução pacífica para conflitos, os britânicos, que até então mantinham o contrôle da região, transferiram o problema para a ônu.
A partilha dos territórios proposta pêla ônu
Em 1947, a ônu propôs um plano de partilha dividindo o território palestino em dois Estados: um judaico e outro árabe. A divisão dos territórios foi realizada levando-se em consideração a maioria da população de judeus ou árabes neles existentes. O mapa a seguir representa a divisão do território palestino entre judeus e árabes proposta pêla ônu.
O plano de partilha da ônu foi aceito pelos judeus, pois selava os objetivos do movimento sionista de criar um Estado judeu.
A proposta, no entanto, foi imediatamente rejeitada pelos árabes da Palestina e também não recebeu apôio dos países árabes vizinhos, como Egito, Síria e Jordânia (Transjordânia).
Partilha da ônu para a região da Palestina (1947)
Fonte de pesquisa: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 103.
Questão 2.
Confira o mapa e identifique os territórios que pertenceriam ao Estado de Israel e ao Estado Palestino de acôrdo com a proposta da ônu.
Respostas e comentários
Questão 2. Resposta: Oriente e auxilie os alunos na leitura do mapa de fórma que êles identifiquem os territórios destinados ao Estado de Israel e da Palestina de acôrdo com a proposta da ônu.
- Aproveite os mapas temáticos que mostram a evolução das mudanças geopolíticas na região da Palestina, páginas 223 a 225, para promover o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero nove gê ê um quatro da Bê êne cê cê, o que contribui para interpretar, analisar e sintetizar as informações geopolíticas mundiais. A análise dos mapas também contribui para explorar a Competência específica de Ciências Humanas 5, pois permite comparar as modificações territoriais causadas pelos conflitos em diferentes épocas.
- Complemente as explicações sôbre os refugiados palestinos que deixaram a região devido aos ataques das fôrças israelenses com as informações do quadro a seguir, que mostra a distribuição dêsses refugiados pêlo mundo.
|
País |
Refugiados palestinos (em %) 2021 |
|---|---|
|
Egito |
68 |
|
Iraque |
8 |
|
Grécia |
5 |
|
Bélgica |
3 |
|
Canadá |
2 |
|
Outros países |
14 |
Fonte: u êne agá cê érre. Refugee data finder. Disponível em: https://oeds.link/t3xfBK. Acesso em: 15 julho 2022.
• Os conteúdos abordados no decorrer dêste capítulo propiciam o desenvolvimento da Competência específica de Geografia 3 da Bê êne cê cê, assim como da habilidade ê éfe zero nove gê ê zero oito, ao fazer uso do raciocínio geográfico usando princípios como extensão, localização e distribuição para analisar transformações territoriais considerando movimentos de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades, especificamente no Oriente Médio.
O conflito árabe-israelense
Em 1948, líderes políticos judeus proclamaram a independência de seus territórios, criando, assim, o Estado de Israel. Em resposta, os exércitos dos cinco países árabes, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, invadiram Israel na tentativa de acabar com o Estado judeu, dando início aos conflitos na região, que se arrastam até os dias atuais.
O exército israelense venceu a primeira guerra contra os países árabes, e o Estado de Israel ampliou suas fronteiras para além dos limites estabelecidos pêla ônu. Com o cessar-fogo, que pôs fim ao conflito, o Egito passou a controlar militarmente a Faixa de Gaza e a Jordânia ficou com o contrôle da Cisjordânia. A cidade de Jerusalém ficou dividida entre Israel e Jordânia.
O Estado palestino jamais foi proclamado e cêrca de 1,5 milhão de palestinos, reprimidos pêla guerra, fugiram das áreas ocupadas por Israel em direção aos países vizinhos, onde passaram a viver como refugiados.
A tomada da Cisjordânia por Israel
Em 1967, temendo uma nova reação dos países árabes, Israel organizou um grande ataque e tomou; a Cisjordânia e Jerusalém da Jordânia; a Faixa de Gaza e a península do Sinai do Egito; e as colinas de Golã da Síria. Confira o mapa.
Sem Estado, a situação do povo palestino motivou o aparecimento de vários grupos de resistência, muitos deles apoiados pelos países árabes. Um dos grupos mais antigos e conhecidos, a chamada Organização para a Libertação da Palestina (), foi criado em meados da década de 1960 pêla iniciativa de países árabes, entre êles o Egito, a Jordânia, a Argélia e a Tunísia. Mas, a partir de 1969, um grupo guerrilheiro passou a controlar a organização e a cometer vários atentados terroristas contra Israel.
No decorrer da década de 1970, novos conflitos bélicos eclodiram entre Israel e os países árabes, e os ataques terroristas também se intensificaram. Israel saiu vencedor de todas as guerras travadas com os árabes nessa década e ampliou bastante seu território.
Israel (1967)
Fonte de pesquisa: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 103.
Respostas e comentários
• Peça aos alunos que comparem o mapa que mostra Israel (1967) com o apresentado na página anterior. Oriente-os a observar a expansão do domínio israelense sôbre os territórios da região e a localização dos territórios que o Estado judeu anexou: as Colinas de Golã (tomadas da Síria), a Cisjordânia (território palestino) e a Península do Sinai (anexada do Egito).
Algo a mais
• Para complementar o estudo sôbre a questão palestina, sugerimos o documentário 5 câmeras quebradas, que narra a história de um agricultor palestino que utiliza uma câmera para denunciar, de maneira pacífica, a ocupação de suas terras por judeus israelenses. Ao final do documentário, produza um debate com os alunos, de fórma que todos participem expressando suas opiniões. O objetivo dessa atividade é a possibilidade de os alunos compreenderem um pouco mais o tema estudado.
> 5 CÂMERAS quebradas. Direção de e . França, 2011 (94 minutos).
No fim da década de 1970, Israel e os países vizinhos começaram a negociar e assinaram os primeiros acôrdos que marcaram o início do processo de paz entre árabes e israelenses. Por meio dêsses acôrdos, Israel devolveu parte das colinas de Golã à Síria e a península do Sinai ao Egito, que, em troca, reconheceram formalmente o direito de existência do Estado judeu.
Porém, após a assinatura dos acôrdos de paz com os países vizinhos, Israel passou a promover a ampliação de seus domínios sôbre os territórios palestinos com a construção de assentamentos e colônias de judeus na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
No fim da década de 1980, a renunciou aos conflitos armados e ao terrorismo e passou a ser reconhecida como principal representante do povo palestino, empenhada na construção do Estado palestino e nas negociações de paz com os israelenses. O processo de paz na região, que finalmente poderia culminar com a aceitação do Estado de Israel e a criação de um Estado palestino, no entanto, enfrenta muitos impasses e retrocessos devido à ação de grupos radicais de ambos os lados.
Em defesa dos palestinos, além da , atuam grupos armados que adotam a tática do terrorismo para atacar alvos civis israelenses. Do outro lado, grupos políticos radicais de Israel, apoiados por grande parte dos judeus que vivem nos assentamentos, defendem o uso da fôrça militar contra os palestinos, opondo-se a qualquer acôrdo para devolver os territórios por êles ocupados. Os mapas seguintes mostram a situação atual dos domínios de Israel e da Palestina.
Domínios de Israel e da Palestina (2018)
Fonte de pesquisa dos mapas: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 103.
Respostas e comentários
Um texto a mais
• Para complementar o tema desta página, leia o texto a seguir, que trata sôbre o muro erguido por Israel com o objetivo de impedir e controlar a entrada de palestinos nos territórios ocupados pelos israelenses.
O muro de Israel na Cisjordânia
A ideia de erguer uma barreira física para separar os territórios disputados por israelenses e palestinos começou a ser colocada em prática em 2004. O govêrno israelense iniciou a construção de um muro sob o argumento de evitar a infiltração de terroristas. Para os palestinos, no entanto, nada mais é que um sinônimo da segregação racial, pois impede que passem para partes da cidade de Jerusalém, além de cumprir o propósito israelense de incorporar partes das terras palestinas. Por êsse motivo, a construção do muro ganhou repercussão internacional e sofreu duras críticas da opinião pública, inclusive de certos setores da sociedade israelense.
Quando concluído o projeto, o muro se estenderá por aproximadamente 720 quilômetros, atravessando partes da Cisjordânia e o setor oriental de Jerusalém. Com tôrres de vigilância, barreiras eletrônicas, postos de patrulha e observação e trincheiras de até 2 metros de profundidade, o muro torna-se uma barreira quase intransponível.
Texto elaborado pelos autores.
Jerusalém: cidade sagrada
Jerusalém ou , “cidade da paz” em hebraico, foi fundada há mais de três mil anos. A cidade, que é uma das mais antigas do mundo, está geograficamente localizada na fronteira entre o Estado de Israel e o território palestino da Cisjordânia, em uma região de planaltos nas montanhas da Judeia, entre o Mar Mediterrâneo (a oeste) e o Mar Morto (a Léste).
Atualmente, a cidade possui cêrca de 952 mil habitantes, sendo considerada sagrada por três grandes religiões monoteístasglossário : o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. Ela também está dividida em duas áreas distintas: a cidade velha, a parte mais antiga, e a cidade nova, onde vive a maior a parte da população.
A cidade velha, que se estende por um pequeno espaço com cêrca de apenas 1 quilômetros, reúne templos, igrejas e monumentos considerados sagrados pelos judeus, cristãos e muçulmanos.
Atualmente, a cidade velha está dividida em quatro bairros: o cristão, o muçulmano, o judeu e o armênio. Confira o mapa.
Jerusalém – bairros da cidade velha
Fonte de pesquisa: , Djeimes M. The cultural landscape: an introduction to human geography. oitava edição níu Djerzí: pírson eduqueichion, 2005. página 215.
Respostas e comentários
- Questione os alunos se conhecem a cidade de Jerusalém. De acôrdo com as respostas, pergunte de onde êles conhecem, levando-os à reflexão. Oriente a leitura do mapa para que possam localizar os principais bairros da cidade. Caso seja necessário, peça-lhes que façam uma pesquisa sôbre os aspectos econômicos e políticos de Jerusalém.
- O tema desenvolvido nesta página viabiliza a Competência específica de Ciências Humanas 4 ao promover a valorização da identidade e da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
- Antes de começar o estudo desta página, resgate os conhecimentos prévios dos alunos a respeito da seguinte afirmação: “Jerusalém: cidade sagrada.”. Por fim, peça-lhes que troquem ideias com os colegas sôbre suas percepções e os escutem com atenção e respeito.
Um texto a mais
• Complemente o estudo do tema A esperança em meio aos conflitos, página 227, com o texto sôbre da vida de én frênqui .
én frênqui nasceu em 12 de junho de 1929, na cidade alemã de Fránquifut. Era de família judia, filha caçula de Óto e frênqui , e tinha uma irmã chamada margô.
Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, visando se afastar da crescente onda antissemita disseminada pêlo nazismo, sua família mudou-se para Amsterdã, na Holanda. Em 1942, já durante o conflito, sua irmã foi convocada para se apresentar em um campo de trabalho forçado na Alemanha, época em que a família foi para um esconderijo. Nesse período, én iniciou seu diário, registrando os acontecimentos e seus sentimentos sôbre a vida e a guerra.
Em 1944, én, os pais, a irmã e mais quatro pessoas que se escondiam no “Anexo Secreto” foram descobertos pêlo Serviço de Segurança alemão e deportados para o campo de concentração de áuchvitz, na Polônia. Dos oito capturados, ao final da guerra, somente o pai, Otto, sobreviveu. Ao retornar para a Holanda em busca da família, recebeu a notícia de que sua espôsa havia morrido. Durante os sete anos seguintes, Óto continuou sua procura pêlas filhas, mas descobriu que elas também morreram, vítimas de fome e doenças.
O diário e as anotações de én foram entregues a seu pai, que, em 1947, foi convencido pelos amigos a publicar os escritos de sua filha, com o nome O diário de én frênqui . A história recebeu várias edições e traduções, além de ser adaptada para o teatro e o cinema.
Texto elaborado pelos autores.
A disputa pêlo contrôle político sôbre essa cidade é tão antiga que se confunde com sua própria história. Desde 1967, quando Israel invadiu as terras da Cisjordânia, o govêrno israelense considera Jerusalém a capital do seu Estado, situação essa não reconhecida palestinos, que também reivindicam a cidade como capital de um futuro Estado Palestino.
Na tentativa de conter a eclosão de conflitos intensos pêlo contrôle dessa cidade, a ônu reconhece como capital do estado israelense apenas a cidade de , considerando Jerusalém cidade de domínio internacional.
A esperança em meio aos conflitos
Durante a Segunda Guerra Mundial (19391945), a garota judia én frênqui (19291945), junto com mais sete pessoas, viveu escondida dos soldados nazistas em cômodos de um prédio comercial localizado em Amsterdã, na Holanda. Em seu esconderijo, én frênqui escreveu um diário no qual expôs suas reflexões sôbre viver com a perseguição dos soldados nazistas aos judeus. Ela escreveu acêrca da esperança que tinha de ver a situação que vivia chegar ao fim.
O esconderijo de én frênqui foi descoberto em 1944 e todos acabaram capturados pelos nazistas. Ela morreu em 1945 em um campo de concentração na Alemanha. Leia um trecho do diário de én frênqui .
reticências Em tempos assim fica difícil; ideais, sonhos e esperanças crescem em nós, somente para ser esmagados pêla dura realidade. É um espanto que eu não tenha abandonado todos os meus ideais, já que parecem tão absurdos e pouco práticos. Mas me agarro a êles porque ainda acredito, a despeito de tudo, que no fundo as pessoas são boas. reticências
frênqui , én. O diário de én Tradução: Ivanir Alves Calado. vigésima terceira edição Rio de Janeiro: recór, 2006. página 341.
1. Qual é a mensagem principal dêsse trecho do diário de én frênqui ?
2. Em qual situação de sua vida você agiu com resiliência e esperança? Conte para os colegas.
Resiliência se refere à capacidade de se adaptar a situações adversas, como ocorre com as pessoas que moram em áreas de guerras e de conflitos, onde convivem diariamente com o medo e o sofrimento.
Respostas e comentários
Respostas 1 e 2 nas orientações ao professor.
- Proponha uma roda de conversa para que os alunos se expressem. Incentive o respeito às ideias expostas e fique atento para que não haja constrangimento entre êles.
- Ressalte atitudes que aprimorem a resiliência, que é a capacidade de se adaptar em situações adversas e saber superar desafios e obstáculos que se apresentam no dia a dia. Assim, a turma desenvolve a Competência geral 10 da Bê êne cê cê, agindo com autonomia e tomando decisões acertadas baseadas em princípios éticos.
- Na atividade 2, é explorada a prática argumentativa, uma vez que os alunos precisam explanar situações e atitudes que julgam necessárias em determinadas circunstâncias da própria vida ou da de outras pessoas.
Respostas
1. Embora a situação vivida fosse muito triste, ela se apegou aos seus ideais e à esperança de que a guerra acabaria, pois acreditava na bondade das pessoas.
2. Resposta pessoal. Solicite aos alunos que relatem situações de vida em que julgam importante ter resiliência e esperança.
Atividades
Faça as atividades no caderno.
Ampliando os conhecimentos
- Explique o que foi a diáspora judaica.
- Com base neste capítulo, explique o que foi o movimento sionista.
- O que tem causado retrocessos e impasses no processo de paz na região da Palestina?
- O que foi a Partilha da ônu?
- Quais territórios foram ocupados por Israel na guerra de 1967?
- De que maneira Israel passou a ocupar os territórios palestinos a partir da década de 1970?
Aprofundando os conhecimentos
7. Analise as fotos a seguir.
• As fotos indicam como o conflito entre judeus e palestinos tem sido uma questão de difícil solução. Pesquise em jornais, revistas ou na internet informações sôbre os últimos acontecimentos ocorridos entre árabes e judeus na disputa pêlo território da Palestina. Escreva no caderno um texto contendo as principais informações de sua pesquisa. Depois, apresente-o em sala de aula.
Respostas e comentários
1. Diáspora judaica é o têrmu utilizado para designar a migração forçada de judeus, quando foram expulsos de suas terras, a Palestina, por outros povos, como o babilônico (587 antes de Cristo) e romano (70 Depois de Cristo). Os judeus, então, se dispersaram por vários países, principalmente pelos da Europa, onde preservaram sua cultura e mantiveram a esperança de retornar à terra natal, chamada por êles de Sião.
2. Movimento internacional, no século dezenove, que convocava os judeus a criar um Estado independente na Palestina.
3. A ação de grupos radicais de ambos os lados, cada qual com interêssis próprios, que praticam ações terroristas e defendem a ação da fôrça militar.
4. Em 1947, a ônu propôs um plano de partilha dividindo o território palestino em dois Estados: um judaico e outro árabe. A divisão dos territórios foi realizada levando-se em consideração a maioria da população de judeus ou árabes neles existentes.
5. Em 1967, temendo uma nova reação dos países árabes, Israel organizou um grande ataque e tomou a Cisjordânia e Jerusalém da Jordânia; a Faixa de Gaza e a península do Sinai do Egito; e as colinas de Golã da Síria.
6. Israel passou a promover a ampliação de seus domínios sôbre os territórios palestinos com a construção de assentamentos e colônias de judeus na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
7. Resposta pessoal. Verifique se a pesquisa desenvolvida pelos alunos está condizente com a atividade.
- Aproveite as atividades propostas nesta página para verificar o aprendizado dos alunos. Em caso de dificuldades, proponha novas discussões e exercícios para que êles atinjam os objetivos de aprendizagem esperados. Se necessário, resgate os conteúdos trabalhados no decorrer do capítulo.
- As atividades exploram a Competência geral 1 da Bê êne cê cê, visto que os alunos utilizam conhecimentos adquiridos para explicar a questão da Palestina e as situações e os fatos ocorridos no Oriente Médio, ampliando e compreendendo melhor seus aprendizados sôbre o tema.
- A atividade 7 explora o pensamento computacional, pois incentiva os alunos à pesquisa, à elaboração de texto e à apresentação das conclusões da pesquisa, necessitando, assim, organizar essas etapas em sequência, com a finalidade de compreenderem os últimos acontecimentos ocorridos no conflito árabe-israelense. Se necessário, proponha a êles uma pesquisa em grupos. Lembre-os de buscar informações em sites e fontes confiáveis, executando o roteiro com base nos dados relevantes pré-selecionados.
Metodologias ativas
Desenvolva com a turma a estratégia aprendizagem baseada em problema (). Para isso, obtenha mais informações no tópico Metodologias e estratégias ativas, nas orientações gerais dêste manual. Selecione um problema como ponto de partida, por exemplo: os alunos deverão mediar uma reunião entre os principais líderes políticos judeus e palestinos. O que êles colocariam como critérios para essa reunião? Para isso, precisam utilizar seus conhecimentos prévios e também o que estudaram nos capítulos. Você pode sugerir a êles que trabalhem em duplas e discutam sôbre as melhores estratégias a serem utilizadas nessa mediação. Monitore as etapas dêsse trabalho. Quanto à síntese, ela poderá ser realizada de fórma escrita ou por meio de dramatização e oralidade.
Glossário
- Nazismo
- : movimento político alemão que pregava a suposta superioridade da raça ariana sôbre os outros povos. Liderado por Rítler, durante a Segunda Guerra Mundial, o nazismo perseguiu e matou milhões de judeus, grande parte nos chamados campos de concentração.
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- Monoteísta
- : que crê na existência de apenas um deus.
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