Capítulo 7  África Antiga: Egito e Cuxe

Vimos na unidade anterior que o ser humano teve origem e se desenvolveu no continente africano há milhões de anos. A África também foi o local de desenvolvimento de grandiosas sociedades, como estudaremos a seguir.

O Egito Antigo

Os primeiros grupos humanos chegaram à região onde se formou o Egito, no vale do rio Nilo, há cêrca de 7 mil anos. Essas populações dedicavam-se principalmente às ativi­dades agrícolas. Ao longo do primeiro milênio de ocupação dêsse território, formaram-se as primeiras comunidades, conhecidas como nomos. Os chefes dos nomos eram denominados nomarcas. 

A importância do rio Nilo

Ícone ‘Atividade oral’.

Questão 1.

Analise o mapa a seguir e identifique as cidades estabelecidas próximo ao rio Nilo.

O Egito Antigo (c. 3500 a.C.)

Mapa. O Egito Antigo (cerca de 3500 antes de Cristo). Mapa territorial do Egito, conforme legenda: Fronteira entre o Baixo e o Alto Egito: destacado por linha pontilhada Regiões férteis: Área central, permeada pelo Rio Nilo e seus afluentes, onde estão localizadas as cidades: Alto Egito: Tebas, Assuã, Abu Simbel e Semna. Baixo Egito: Saqqara, Mênfis, Heliópolis, Gizé e Tamis. Regiões desérticas: As demais regiões do Egito e da Península do Sinai, distantes do Rio Nilo. Na parte inferior esquerda, planisfério destacando parte da África e Ásia. Ao lado, representação da rosa dos ventos e escala de quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: quínder, rrérman; ríguelmân, Werner. The Penguin Atlas of World History. Lôndon: Pêngüim búks, 2003. página 22.

Vimos que os rios Tigre e Eufrates foram fundamentais para o desenvolvimento das primeiras cidades mesopotâmicas. Ao observar o mapa, podemos perceber que, no Egito Antigo, o rio Nilo teve um papel semelhante, pois garantiu aos nomos elementos fundamentais para o desenvolvimento das comunidades: água, terra fértil e uma diversidade de animais para caça.

O rio Nilo é um dos mais extensos do mundo, com cêrca de .6500 quilômetros de comprimento. Geralmente êle passa por um período de cheia entre os meses de agosto e setembro.

Quando as águas do Nilo baixavam, entre os meses de fevereiro e março, as terras ao redor ficavam com uma camada de nutrientes denominados húmus, que fertilizavam o solo. Além de fornecer ótimas condições para o desenvolvimento da agricultura, o Nilo era uma importante via de transporte, ligando o norte e o sul do Egito.

O primeiro faraó

Com o passar do tempo, os nomos cresceram e se tornaram cidades. Por volta de 4000 antes de Cristo, algumas delas chegaram a abrigar cêrca de 2 mil pessoas.

Conflitos administrativos dividiram essas cidades em dois reinos: o Baixo Egito, localizado no norte da região, e o Alto Egito, localizado no sul.

Em 3200 antes de Cristo, o governante do Alto Egito, Menés, unificou os dois reinos e centralizou o poder em suas mãos, tornando-se o primeiro faraó do Egito.

O faraó

O governante egípcio, chamado faraó, era considerado o representante dos deuses na Terra. Por isso, de acôrdo com a mentalidade religiosa da época, êle deveria governar conforme a vontade das divindades, a fim de garantir o bem-estar de seus súditos.

Natureza e religiosidade

Os antigos egípcios eram politeístas, e a religiosidade deles estava presente em vários aspectos da vida, influenciando suas relações sociais e a fórma como percebiam os fenômenos naturais.

Para os egípcios, adorar os deuses e cumprir os preceitos religiosos eram maneiras de manter o equilíbrio do Universo. Cada um dos deuses representava um elemento da natureza ou um animal importante para a sociedade.

Seth era o deus da desordem, do deserto e da guerra.

Escultura. Figura humana vestindo tecido ao redor da cintura e chapéu na cabeça. Tem nariz longo e pontiagudo. O braço direito está erguido para trás e, o braço esquerdo, esticado para baixo e para frente.
Estátua em bronze, cêrca de 1300 antes de Cristo

hótus era considerado o deus dos céus, e seus olhos representavam o Sol e a Lua.

Escultura. Figura humana vestindo tecido ao redor da cintura e com cabeça de falcão. Ela está com as duas mãos erguidas para frente e com as palmas voltadas para cima.
Estátua em bronze, cêrcade 1060 antes de Cristo
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Questão 2.

Qual é a relação entre a natureza e a religiosidade egípcia?

Sociedade e cotidiano no tempo dos faraós

A seguir, vamos conhecer alguns aspectos do cotidiano da sociedade egípcia.

Os trabalhadores

Diversos trabalhadores atuavam nas cidades egípcias, entre êles os funcionários do govêrno, que auxiliavam o faraó na administração do reino.

Um dos principais funcionários do govêrno era o escriba, responsável pêlo registro da arrecadação de impostos, da produção agrícola e dos censosglossário populacionais. Os escribas desfrutavam de grande prestígio, pois dominavam os conhecimentos da leitura e da escrita.

Havia também os militares, encarregados de proteger a população e os limites territoriais do Egito em caso de invasão. Os soldados também participavam de guerras contra outros povos e viajavam em expedições comerciais, protegendo os mercadores egípcios.

Entre os trabalhadores urbanos havia, por exemplo, os comerciantes e os artesãos, que podiam ser joalheiros, sapateiros, ferreiros, oleirosglossário . Seus conhecimentos geralmente eram passados de geração para geração.

Pintura. Ilustração dividida em duas partes. Na superior, pessoas com tecido ao redor da cintura trabalhando. Uma delas está inclinada com um cesto na mão. Ao lado, pessoa próxima a uma estrutura elevada. Outras três pessoas carregam vasos no ombro e são seguidas por uma outra pessoa. Próximo a elas, duas pessoas menores carregando um grande vaso inclinado. Acima, uma pessoa sentada em um banco pequeno e com uma ferramenta na mão. Na parte inferior, pessoas com tecido ao redor da cintura trabalhando. Uma delas carrega dois cestos por meio de uma vara com cordas. Em seguida, uma pessoa com objeto longo e fino na mão, outra pessoa carregando um vaso e outra com um chicote em uma das mãos. Ao lado, três pessoas inclinadas e uma em pé.
Detalhe de pintura tumular produzida em cêrca de 1000 antes de Cristo representando as atividades de trabalhadores urbanos. Tumba de réquimirê, em Tebas, Egito.

Os camponeses representavam a maioria da população e eram os responsáveis pêlo cultivo de produtos alimentícios. Grande parte dêsses alimentos era produzida no campo, entre êles trigo, cevada, uvas, figos e rabanetes.

Pintura. Um grupo de homens usando tecido ao redor da cintura. Eles estão inclinados em uma plantação, segurando com uma das mãos uma lâmina e cortando os ramos de trigo.
Detalhe de pintura tumular produzida em cêrca de 1400 antes de Cristo representando camponeses colhendo trigo. Tumba de Menna, em Tebas, Egito.

A vida após a morte

Os egípcios tinham a crença na vida após a morte, e diversos vestígios arqueológicos indicam grande preocupação com o sepultamento dos mortos.

O corpo da maioria das pessoas era sepultado em pequenos túmulos. Já os faraós e os membros das camadas mais altas da sociedade costumavam ser sepultados em grandes construções, as pirâmides.

Fotografia. Imagem de seis pirâmides localizadas em uma área deserta, sendo três grandes e três pequenas.
As pirâmides de gizé, construídas por volta de 2550 antes de Cristo, no Egito. Foto de 2021.

A pirâmide era o local onde, após a morte, o espírito aguardava o momento de voltar à vida em outro mundo. Por isso, junto ao corpo, eram depositados diversos pertences e objetos de uso cotidiano.

Junto ao corpo do faraó, eram depositadas também estatuetas, chamadas ushebtis, que representavam seus súditos. Os egípcios acreditavam que esses súditos serviriam e protegeriam os faraós após a morte.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

[Diego]

A religiosidade para os egípcios

[Ana]

[tom de voz animado]

Olá! Bem-vindos ao nosso podcast “De olho na História”.

[Diego]

[tom de voz animado]

Olá, Ana! Olá, pessoal!

[Ana]

[tom de voz divertido]

No episódio de hoje, vamos viajar até o Egito, escavar túmulos antigos, descobrir algumas múmias... Vai ser divertido, não acha, Diego?

[Diego]

[tom de voz fingindo medo]

Bem, eu gosto de História, do Egito Antigo, mas essa conversa de descobrir múmias não é comigo, não…

[Ana]

[risos, depois tom de voz explicativo]

[risos]

Falando sério, a gente vai conversar sobre como a religião dos antigos egípcios entendia o processo da morte.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Perfeito, Ana! Para aprofundar esse tema, vamos começar pela lenda de Anúbis, o deus da vida após a morte.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Sim! Mas, antes, é preciso lembrar que os antigos egípcios eram politeístas, cultuavam vários deuses. E a religiosidade estava presente em muitos aspectos de suas vidas.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Boa, Ana! Anúbis também era considerado deus da mumificação e dos ritos funerais, guardião de tumbas e cemitérios. Era representado com corpo humano e cabeça de chacal.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Essa forma de representação é chamada de antropozoomórfica. Vários deuses egípcios eram representados assim: parte do corpo era humana; outra parte, animal.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Como em toda mitologia, as histórias costumam ter variações. No caso de Anúbis, na versão que se tornou mais conhecida, ele aparece como filho dos deuses Osíris e Néftis. 

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Só que Osíris era casado com Ísis, e Néftis era esposa de seu irmão Set, deus do caos e da guerra.

[Diego]

[tom de voz sério e explicativo]

Pois é, ao descobrir a traição, Set terminou por matar Osíris. Coube, então, a Anúbis a tarefa de embalsamar o corpo. Considerado o primeiro embalsamador, Anúbis se tornou, então, o deus da mumificação.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Umas das características da religiosidade dos egípcios era a crença de que a vida não terminava com a morte. Eles achavam que era preciso preservar o corpo para usufruir dele na outra vida. Daí a prática da mumificação.

[Diego]

[tom de voz sugestivo]

Muitas múmias egípcias já foram descobertas. Na internet, a gente encontra diversas imagens de corpos mumificados, envolvidos por faixas. Procurem dar uma olhada. Mas, Ana, como era feita a mumificação?

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Primeiro, o cérebro e as vísceras do morto eram retirados e guardados em vasos chamados canopos. O coração ficava no corpo, pois era considerado o centro da consciência.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Em seguida, os egípcios passavam produtos na pele do cadáver, para desidratar e conservar o corpo.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Depois de 70 dias, aproximadamente, o corpo era preparado, recebia perfumes e, então, era enfaixado e depositado em caixões de madeira chamados sarcófagos.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

O custo desse processo era bem alto. E como nem todos podiam pagar por ele, havia um processo mais simples, feito com produtos mais baratos, para as pessoas pobres.

[Ana]

[tom de voz decepcionado]

Infelizmente, essas múmias não se preservaram. As que já foram encontradas são de pessoas de classes abastadas, mumificadas pelo processo mais caro.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Inclusive, pela análise dos túmulos, os pesquisadores conseguem saber qual era a posição social do morto. 

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Verdade! Bem, junto do corpo mumificado, além de objetos pessoais, eram colocados textos com orações, feitiços e desenhos, para ajudar o morto em sua viagem ao outro mundo.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Esses textos formavam uma espécie de guia de proteção chamado “Livro dos Mortos”.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Eles acreditavam que esses textos ajudariam o morto a vencer possíveis obstáculos no pós-morte, apontando o caminho da verdade e da justiça.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

A alma do morto, então, seria levada por Anúbis para o Tribunal de Osíris, onde seria julgada. Ela deveria relatar que não havia cometido nenhuma infração às leis egípcias.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Para verificar se a alma dizia a verdade, seu coração era colocado em uma balança e deveria ser mais leve do que uma pena de avestruz, a pena da verdade e da justiça.

[Diego]

[tom de voz explicativo, alegre]

Se o coração do morto fosse mais leve que a pena da verdade, ele poderia entrar no Duat, o submundo dos mortos governado por Osíris.

[Ana]

[tom de voz explicativo, pesaroso]

Mas, se o coração pesasse mais que a pena, a cabeça do morto seria devorada por Sobek, um deus com cabeça de crocodilo.

[Diego]

[tom de voz conclusivo]

É, a religiosidade era levada muito a sério pelos antigos egípcios.

[Ana]

[tom de voz conclusivo]

Ela regulava tanto as normas da vida como as da morte.

[Diego]

[tom de voz de encerramento]

Bem, por hoje paramos aqui.  

[Ana]

[tom de voz de encerramento]

Aproveitem para pesquisar mais sobre a religiosidade no Egito Antigo. Até a próxima! 

[Diego]

[tom de voz de encerramento]

Tchau, pessoal!

[Narrador] O áudio inserido neste conteúdo é da Incompetech.  

O processo de mumificação

Para os egípcios, o corpo das pessoas sepultadas nas pirâmides precisava ser conservado até que elas retornassem à vida. Por isso, o corpo passava por um processo de mumificação, feito pelos embalsamadores. Observe.

Ilustração A. Pessoa com tecido ao redor da cintura. Ela está de pé e de costas, retirando as vísceras de um cadáver deitado. Acompanha o texto: O cérebro e as vísceras eram retirados e o corpo era higienizado. Ilustração B. Duas pessoas usando tecido ao redor da cintura. Uma delas está segurando um vaso, e o outra está com as mãos sobre o vaso. Na frente, o cadáver. Acompanha o texto: As partes
retiradas do corpo eram guardadas em vasos chamados canopos. Ilustração C. Pessoa com tecido ao redor da cintura e com as mãos sobre o cadáver. Ao lado, uma tigela. Acompanha o texto: Produtos como o natrão, um tipo de sal, eram passados na pele para desidratar o corpo e conservá-lo. Ilustração D. Pessoa com tecido ao redor da cintura. Elas está envolvendo o cadáver em uma faixa. Ao lado, um recipiente. Acompanha o texto: Após cerca de 40 dias, o corpo era enfaixado e depositado em uma espécie de caixão feito de madeira chamado sarcófago, com o formato do corpo do morto.

A ilustrações sôbre o processo de mumificação são representações artísticas produzidas com base em pesquisas históricas.

Fonte de pesquisa: Rrárvi, Gill; REID, Struan. The Usborne Encyclopedia of Ancient Egypt. Lôndon: Usborne pãblichin, 2001. página 62.

Investigando fontes históricas

A produção agrícola no Egito Antigo

No Egito Antigo, o trabalho agrícola fazia parte do dia a dia da maioria da população e envolvia diferentes atividades. O cultivo da uva, por exemplo, era dividido em diversas etapas e era feito por vários trabalhadores. Essa atividade era fundamental para a produção do vinho.

Vamos analisar, a seguir, uma fonte histórica que mostra como era realizado o cultivo da uva no Egito Antigo. A pintura encontra-se na tumba de nact, na antiga cidade de Tebas, e foi produzida por volta de 1421-1413 antes de Cristo

Pintura. À esquerda, três pessoas com tecido ao redor da cintura, elas estão em um grande tanque redondo pisando em uvas. Acima, ramos de uvas penduradas em uma haste de madeira. Sobreposto à letra 'C'.  Ao lado, uma pessoa inclinada, na direção do tanque, coletando um líquido roxo. Sobreposto à letra 'D'. Acima, jarras com tampa. Sobreposto à letra 'E'. À direita, ramos com diversos cachos de uva. Sobreposto à letra 'A'. Abaixo, duas pessoas com tecido ao redor da cintura, colhendo os cachos de uva. Sobreposto à letra 'B'.
Detalhe de pintura tumular feita por volta de 1400 antes de Cristo Tumba de nact, Tebas, Egito.

A. A plantação de uvas, também chamada de vinha, estava geralmente situada nas proximidades do rio Nilo.

B. A colheita da uva, também chamada de vindima, ocorria geralmente no final de julho.

C. Depois de colhidas, as uvas eram pisoteadas e esmagadas pelos trabalhadores, para que o líquido pudesse ser extraído da fruta.

D. O líquido obtido das uvas era fermentado e colocado em jarras de cerâmica, que, depois, eram lacradas.

E. Jarras de cerâmica para armazenar vinho. Muitas delas apresentavam inscrições parecidas com rótulos contendo o ano de produção, o tipo de vinho, a qualidade, a origem e o nome do proprietário.

Além das uvas, outro produto cultivado no Egito Antigo era o trigo, ingrediente utilizado no preparo de alguns alimentos, como os pães.

A fonte a seguir representa as etapas de cultivo e de produção do trigo, em que podemos identificar uma das ferramentas desenvolvidas pelos egípcios para aumentar a produtividade agrícola: o arado. Essa ferramenta permite revolver o solo para que êle fique mais propício ao crescimento das raízes e das plantas.

Analise a imagem a seguir e depois faça as atividades.

Pintura. À esquerda, duas pessoas com tecido ao redor da cintura, inclinadas em uma plantação, segurando foices com as mãos e colhendo trigo. Sobreposto à letra 'A'. À direita, duas pessoas com tecido ao redor da cintura carregando um cesto grande. Sobreposto à letra 'B'. Na parte inferior, várias pessoas usando tecido ao redor da cintura, segurando com as mãos enxadas. Elas estão de perfil e inclinadas. Sobreposto à letra 'C'. Seguido, duas pessoas conduzem um boi com arado. Sobreposto à letra 'D'.
Detalhe de pintura tumular feita por volta de 1400 antes de Cristo Necrópoleglossário Sheikh Abd el-Qurna, Tebas, Egito.

1. Copie em seu caderno o quadro a seguir e complete-o com as letras correspondentes às etapas do cultivo do trigo, identificadas na imagem por a, B, C e D.

Ícone Modelo.

O solo era arado pelos trabalhadores com o auxílio de enxadas.

Os animais também eram utilizados no processo. Nesse caso, os bois puxavam o arado.

A colheita do trigo era feita com as mãos e com a ajuda de foices.

O trigo era armazenado e transportado em grandes cestos.

Ícone ‘Atividade oral’.

2. Compare a imagem desta página com a da página anterior. Quais são as semelhanças entre elas? E as diferenças?

Ícone ‘Ciências Humanas em foco’.

3. Faça uma pesquisa sôbre o cultivo de uva e de trigo na atualidade. Depois, escreva um texto comparando o cultivo dêsses produtos no Egito Antigo e na atualidade.

O Reino de cuxe

Na região da Núbia, localizada há alguns quilômetros ao sul do Egito, havia diversas riquezas naturais, como jazidas de ouro e de pedras preciosas, além de um solo fértil. Seus moradores, chamados de cuxitas, praticavam o comércio, a agricultura, a mineração e a pecuária. Nessa região, por volta do ano 1800 antes de Cristo, desenvolveu-se o Reino de cuxe, que tinha como capital a cidade de Querma. Analise o mapa da região da Núbia.

Os egípcios mantinham relações comerciais com os cuxitas, adquirindo produtos como cereais, peles de animais e minérios, principalmente ouro e ferro. Porém, em 1570 antes de Cristo, os egípcios invadiram e dominaram Querma, transformando o Reino de cuxe em uma colôniaglossário egípcia.

Pessoas consideradas criminosas ou que haviam sido aprisionadas em guerras também podiam ser enviadas de cuxe para o Egito, onde eram escravizadas.

A região da Núbia (cerca de 1000 a.C.)

Mapa. A região da Núbia (cerca de 1000 antes de Cristo). Mapa destacando o território da Núbia, próxima ao Rio Nilo. Conforme legenda: Extensão do Reino de Cuxe. Região da Núbia, composta pelas cidades: Querma, Napata e Méroe. Na parte inferior à esquerda, planisfério destacando parte da África e Ásia. À direita, na parte superior, representação da rosa dos ventos e escala de 230 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: blék, diéremi (edição). World History Atlas. Lôndon: dórlin Kindersley, 2005. pê ponto 30-31.

Ícone ‘Atividade oral’.

Questão 3.

Quais cidades cuxitas foram representadas no mapa?

A escravidão em Cuxe

Na sociedade cuxita, muitos trabalhos eram realizados por pessoas escravizadas. Essas pessoas, em sua maioria prisioneiras de guerra, podiam trabalhar na agricultura, com artesanato ou no exército, como era o caso dos arqueiros que estão representados na imagem.

Fotografia. Esculturas de madeira de coloração escura representando figuras masculinas com tecidos coloridos ao redor da cintura e segurando um arco com uma das mãos.
Estátuas em madeira representando arqueiros do exército núbio, século dois antes de Cristo

A formação de um novo reino

Por volta de 1070 antes de Cristo, o Egito foi abalado por crises políticas, seguidas de revoltas populares e ondas de fome. Nessa época, aproveitando a fragilidade de seus dominadores, os cuxitas articularam uma invasão militar no Egito para reconquistar sua autonomia.

Os cuxitas se reorganizaram politicamente e deram início à formação de um novo reino, com capital em Napata. Fortalecidos, êles passaram a conquistar outras regiões, até que, por volta de 730 antes de Cristo, dominaram todo o Egito. Essa dominação durou aproximadamente 100 anos.

Nesse período, os governantes cuxitas ficaram conhecidos como faraós negros.

Escultura. Destacando o rosto de uma pessoa com detalhes em dourado nos cabelos.
Escultura em pedra, produzida no século oito antes de Cristo, que representa um faraó cuxita que governou o Egito.

A influência egípcia em Cuxe

Após séculos de contatos, de relações comerciais e de disputas entre Núbia e Egito, muitos elementos da cultura egípcia foram incorporados pelos cuxitas.

Durante o período dos faraós negros, por exemplo, tornou-se comum na Núbia o costume de construir pirâmides e templos religiosos. Além disso, êles mumificavam os mortos e faziam pinturas tumulares.

Pintura. Duas pessoas negras com chapéu vermelho, roupas coloridas e estampadas. Atrás, na parede, elementos da escrita egípcia composto por linhas e desenhos coloridos.
Nobresglossário cuxitas representados em pintura tumular egípcia de 1180 antes de Cristo Tumba de Ramsés três, Vale dos Reis, Egito.

Méroe

Durante o século seis antes de Cristo, os egípcios expulsaram os cuxitas de seu território e invadiram Napata. Com isso, os cuxitas transferiram sua capital para Méroe, cidade que ficava mais distante do Egito. Além disso, Méroe possuía solos férteis e estava localizada perto de importantes rotas comerciais.

A agricultura e o comércio

A região de Méroe era formada por extensas planícies férteis e úmidas. No verão, ocorriam chuvas abundantes, por isso um sistema de irrigação foi desenvolvido para aproveitar as águas do rio Nilo.

Há indícios de que o comércio era bastante desenvolvido na nova capital. Em escavações arqueológicas foram encontrados grandes depósitos de madeira e de marfim na antiga cidade de Méroe, indicando que estes podem ter sido alguns dos principais produtos comercializados. Outros produtos, como ouro, peles de animais e artigos artesanais, também faziam parte dêsse comércio.

Com o grande fluxo comercial, os cuxitas estabeleceram contato e intercâmbio cultural com outros povos, como os sírios, os persas, os indianos, os gregos e os romanos.

Vários aspectos da cultura cuxita revelam a influência de outros povos. Na arquitetura desta construção é possível identificar traços de influência greco-romana, como o estilo das colunas.

Fotografia. Ruínas de templo, destacados pelas colunas, porta central e janelas laterais. Elas estão em um tom avermelhado. Atrás, algumas árvores pequenas.
Templo religioso em Naqa, na antiga Méroe, Sudão, em 2018.

O modo de vida nas vilas e nas cidades cuxitas

Muitas vilas e cidades cuxitas desenvolveram-se às margens do rio Nilo. Nelas, havia uma grande variedade de habitações, revelando as diferenças sociais entre seus moradores. O interior das casas era simples, contendo poucos móveis. A cerâmica era amplamente utilizada nessas residências. De modo geral, as pessoas mais pobres utilizavam cerâmicas produzidas pêlas mulheres da família. Já as famílias mais ricas compravam cerâmicas prontas, muitas vezes importadas do Egito.

As vestimentas cuxitas também revelavam diferenças sociais. As pessoas mais ricas andavam calçadas e se vestiam com linho ou tecidos de algodão, em sua maioria na côr branca. As pessoas mais pobres andavam descalças e se vestiam apenas com pedaços de couro.

A escrita meroíta

Os cuxitas desenvolveram um sistema de escrita que ficou conhecido como escrita meroíta. Inicialmente, êsse sistema foi inspirado na escrita egípcia, mas, ao longo do tempo, tornou-se bastante diferente de seu modêlo inspirador.

A escrita meroíta ainda não foi totalmente decifrada, e muitos estudiosos continuam trabalhando para compreendê-la.

Por essa razão, não é possível entender o significado de vários documentos escritos produzidos no Reino de cuxe, o que dificulta conhecer parte de sua história. Apesar disso, a análise de outros vestígios arqueológicos também pode fornecer pistas sôbre os cuxitas, o que possibilita a continuidade das pesquisas históricas.

Escultura. Placa de argila com elementos da escrita cuxita.
Placa de argila do século cinco antes de Cristo com inscrição meroíta.

As candaces

As mulheres da família real tinham um papel importante no govêrno do Reino de cuxe. As rainhas cuxitas recebiam o nome de candaces, ou rainhas-mães.

Não se sabe exatamente a influência que elas tiveram em todos os períodos da civilização cuxita. Há indícios de que inicialmente as candaces cuidavam da organização familiar, mas aos poucos passaram a ocupar cargos na vida pública.

Diversas rainhas-mães chegaram a assumir o poder político do reino. Muitas delas se tornaram famosas, sendo conhecidas também em regiões distantes.

As imagens nas paredes de templos e de pirâmides confirmam a importância das rainhas-mães. Elas eram representadas em posições de destaque, muitas vezes demonstrando fôrça e poder.

Relevo. Silhueta de uma mulher com os braços erguidos para cima. Nas laterais, ideogramas dispostos verticalmente.
Detalhe de relêvo de 1250 antes de Cristo representando a candace Amanitore. Sítio arqueológico de Wad ban Naqa, Sudão.
Relevo. À esquerda, uma mulher com roupa estampada e com um chapéu. Sobre o chapéu, há um pássaro. Ao lado, uma mulher com proporções maiores que a outra, segurando um cetro com uma das mãos. A outra mão toca o rosto da mulher com o chapéu. À esquerda e acima delas, há ideogramas na vertical.
Estelaglossário do século um antes de Cristo que representa a candace Amanischahete (à direita), ao lado da deusa Amesemi.
Ícone ‘Atividade oral’.

Questão 4.

Verifique a fonte histórica Estela, do século um antes de Cristo, e identifique como é possível relacionar a representação da candace a uma posição de destaque.

História e Arte

Uma homenagem às candaces

A relevância das candaces no Reino de cuxe e a fôrça das mulheres negras na atualidade inspiraram a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro, a produzir um samba-enrêdo para homenageá-las no desfile do Carnaval de 2007. Leia o texto a seguir, que aborda o tema escolhido e nos permite perceber como as candaces estão presentes na memória e na história da cultura afro-brasileira.

reticências

O carnavalesco Renato Lage para 2007 optou por um resgate das origens da escola, que sempre se notabilizou e se destacou por enredos com temática africana. reticências Candaces” foi o enrêdo escolhido, contando a saga da dinastia de rainhas da África Oriental, muito antes de Cristo. [De acôrdo com Renato Lage e Márcia Lavia]:

reticências o Salgueiro vem desvendar em seu enrêdo a história das Candaces, dinastia de rainhas da África Oriental que comandaram, antes da era cristã, um dos mais prósperos impérios do continente.

Mais do que uma linhagem de rainhas, Candace torna-se um conceito, através do qual a fôrça da mulher negra se faz presente em lutas, conquistas e no legado matriarcal que venceu o tempo e as distâncias.”

reticências

MIGÃO, Pedro. Candaces. Galeria do Samba, Rio de Janeiro, 3 maio 2011. Disponível em: https://oeds.link/2WiwOD. Acesso em: 10 março 2022.

Agora, responda à questão a seguir.

Ícone ‘Atividade oral’.
Em sua opinião, qual é a importância das candaces para a representatividade feminina afro-brasileira na atualidade? Você conhece outra manifestação cultural que faz referência às mulheres negras ou à ancestralidade africana? Converse com os colegas.
Ilustração. Um pandeiro colorido com confete e serpentina. Dentro dele, a alegoria de uma mulher negra com chapéu, colete e pulseira dourada. No fundo, pessoas fantasiadas com chapéus de penas na cor laranja.
Desfile da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro, em 2007.

Sítios arqueológicos de Méroe

Os vestígios deixados pelos cuxitas têm fornecido muitas informações sôbre essa civilização. A antiga cidade de Méroe, que foi capital do Reino de cuxe, possui diversos sítios arqueológicos. Esses sítios arqueológicos, por sua importância cultural, foram declarados Patrimônio Cultural da Humanidade pêla unêsco, em 2011.

Nesses lugares, já foi encontrada imensa variedade de objetos e construções, incluindo pirâmides, templos religiosos, palácios e oficinas.

Fotografia. Pessoas com tecido cobrindo o corpo e a cabeça. Elas estão empurrando carrinhos de mão perto de algumas pirâmides.
Arqueólogos realizam escavação em um sítio arqueológico de Méroe, Sudão, em 2019.

O grande número de templos e de representações de divindades encontrados nesses sítios indica a importância que a religiosidade tinha para os cuxitas. Entre as divindades, havia o deus leão, Apedemak, considerado o deus da guerra.

unêsco

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (unêsco) é uma instituição que, entre outras atividades, incentiva a preservação de bens culturais e naturais considerados de grande valor para a humanidade.

Fotografia. Muro de pedra com a silhueta de perfil de pessoas com cabeça de animais.
Relevos representando divindades antropozoomórficasglossário no Templo de Apedemak, o deus leão, encomendado pêla candace Amanitore, no século um antes de Cristo Naga, Sudão, em 2018.

Descobertas arqueológicas em Cuxe

Assim como acontece com diversas civilizações antigas, o trabalho arqueológico é fundamental para esclarecer a história cuxita.

Por meio da escavação de cemitérios e de túmulos reais, por exemplo, os arqueólogos obtiveram informações sôbre os costumes funerários dessa sociedade. Entre os fatos que puderam observar, êles notaram que rainhas e reis eram comumente sepultados com objetos que demonstrassem seu poder e sua riqueza. Além dêsse aspecto, as joias encontradas nos túmulos evidenciam que os artesãos cuxitas tinham alto nível técnico e artístico.

Grande quantidade de cerâmicas e de fornos para produzi-las também foi encontrada pelos arqueólogos. Isso indica que a cidade foi um importante centro de fabricação e de comercialização de produtos cerâmicos.

Há indícios de que existiam também muitos marceneiros e escultores na cidade. Por causa dêsse número expressivo de artesãos, os arqueólogos acreditam que o comércio pode ter sido uma das principais atividades econômicas do Reino de cuxe.

Grande parte do conhecimento sobre os cuxitas foi obtida por meio de estudos arqueológicos, e ainda há muito para descobrir. Portanto, para que se conheça mais sôbre a história de cuxe, é fundamental a preservação dêsse patrimônio.

Fotografia. Bracelete de ouro, decorado várias pedras coloridas. Centralizado, o desenho de uma mulher com asas.
Bracelete de ouro encontrado em Méroe, que pertenceu à candace Amanischahete, governante de Méroe no século um antes de Cristo
Fotografia. Um vaso de cerâmica com  pontos, linhas, formas geométricas e desenhos de cobras vermelhas e pretas.
Vaso de cerâmica cuxita de cêrca de 500 antes de Cristo, encontrado em escavações arqueológicas.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Como ocorreu a unificação do Egito Antigo?
  2. Quais eram as principais características da religiosidade dos antigos egípcios?
  3. Qual era a ideia que os antigos egípcios tinham sôbre a morte?
  4. Copie o quadro a seguir no caderno, completando-o com as funções exercidas pelos trabalhadores do Egito Antigo. Leia o exemplo.
Ícone Modelo.

Militares

Protegiam a população e os limites territoriais do Egito, além de acompanhar comerciantes em expedições e participar de guerras.

Trabalhadores urbanos

Camponeses

5. Em seu caderno, produza um pequeno texto com as palavras do quadro a seguir.

mulheres • papel • cuxita • sociedade • candaces govêrno

  1. Leia as alternativas a seguir, identifique a correta e copie-a em seu caderno.
    1. A escravidão em cuxe era uma prática comum. A principal fórma de escravizar um indivíduo ocorria por meio da cobrança de dívidas.
    2. Por volta de 730 antes de Cristo, os cuxitas dominaram todo o Egito. Essa dominação durou cerca de 100 anos. Os governantes cuxitas dêsse período eram chamados de faraós negros.
    3. A escrita meroítica era completamente original, sem influências de outros povos, tendo sido decifrada pelos historiadores durante o século dezenove.
    4. As trocas comerciais e as culturais estabelecidas pelos cuxitas limitaram-se às cidades da região da Núbia, sem estabelecer contato com outros povos.

7. Identifique as capitais cuxitas a seguir e relacione cada uma delas à definição correspondente.

A. Napata

B. Méroe

C. Querma

1. Capital do reino durante o período de invasão cuxita no Egito.

2. Primeira capital cuxita, criada por volta de 1800 antes de Cristo

3. Nova capital do reino, instituída após a expulsão dos cuxitas do Egito.

Aprofundando os conhecimentos

8. Leia o texto a seguir, analise a imagem e, depois, responda às questões.

Durante a Antiguidade, o [Reino de cuxe] foi considerado uma das regiões mais ricas do mundo conhecido. reticências A produção do ouro deve ter constituído uma ocupação importante reticências. Recentes escavações realizadas em Méroe e Mussawarat es-Sufra revelaram templos com muros e estátuas folheados a ouro. Além de constituir uma das principais fontes de riqueza e de grandeza do reino, a exportação do ouro exerceu grande influência sôbre as relações com o Egito e Roma. Calcula-se que, durante a Antiguidade, [cuxe] produziu cêrca de .1600000 kg​ de ouro puro [...].

mórr-tar, Gamal (edição). História geral da África, dois: África Antiga. 2. edição Brasília: unêsco, 2010. página 314.

Fotografia. Anel de ouro com detalhes em azul e verde. Centralizado, há um olho e duas cobras na lateral.
Anel de ouro do século um antes de Cristo encontrado em Méroe.
  1. De acôrdo com o texto, qual metal era a fonte de riqueza do Reino de cuxe? Na relação com quais povos a exportação dêsse metal exerceu influência?
  2. Conforme o texto e a imagem, para que esse metal podia ser utilizado?

9. Os egípcios utilizavam uma escrita baseada em hieróglifos, símbolos que podiam representar ideias gerais ou o som das palavras. No século dezenove, o pesquisador Jan-François champolión analisou a Pedra de Roseta, fragmento de uma estela que continha inscrições em três idiomas. Com base nos estudos dêsse pesquisador, foi possível decifrar os hieróglifos egípcios. Observe a fonte e os detalhes apresentados de algumas de suas inscrições.

Fotografia. Peça de pedra preta com pontos brancos dividido em três partes: Sendo a parte superior: escrita em Hieróglifo com 14 linhas. Na parte central: escrita em Demótico com 32 linhas. Na parte inferior: escrita em Grego com 54 linhas.
Reprodução da Pedra de Roseta, século dois. Acervo do Museu Britânico, Londres, Inglaterra. Ao comparar as duas escritas que formam o nome Ptolomeu, champolión descobriu a chave para decifrar os hieróglifos egípcios.
Fotografia. Destaque de recorte da Pedra de Roseta com elementos de escrita em hieróglifo.
Detalhe da pedra de Roseta com a palavra Ptolomeu em hieróglifo.
Fotografia. Destaque de recorte da Pedra de Roseta com elementos de escrita em grego.
Detalhe da pedra de Roseta com a palavra Ptolomeu em grego

Junte-se a um colega e, com base nessas informações, pesquise sôbre como a escrita dos antigos egípcios foi decifrada. Vocês podem utilizar diferentes fontes de informação nessa pesquisa, como livros, revistas, sites, podcasts ou mesmo programas de televisão que tratam do assunto. Procurem também por outras fotos da Pedra de Roseta e identifiquem nelas os hieróglifos egípcios e a escrita grega. Reúnam essas informações em um cartaz, que pode conter ilustrações, fotos e textos criados por vocês ou retirados das fontes utilizadas. Por fim, expliquem qual é a importância da tradução dos hieróglifos para o estudo da história egípcia.

10. A mumificação era um processo muito importante para a religiosidade egípcia da Antiguidade. Analise a imagem a seguir e responda às questões.

Fotografia. Múmia de pessoa com o corpo enfaixado e dentro de uma caixa aberta de vidro. Na região da face, há desenhos da boca, dos olhos, sobrancelhas e dos cabelos. Acima prateleiras de vidro com diversos artefatos.
Múmia egípcia no Museu Egípcio de Turim, Itália, em 2022.
  1. Como é possível descrever a múmia presente na imagem?
  2. Qual era o significado da mumificação para os egípcios?
  3. Quais grupos sociais eram mumificados no Egito Antigo?

11. Analise a imagem a seguir, que mostra um sítio arqueológico cuxita, e responda às questões.

Fotografia. Ruínas de pirâmides cuxitas. À direita, ruína de um portal.
Pirâmides cuxitas no sítio arqueológico de Méroe, Sudão, em 2019.
  1. Quais elementos estão presentes na imagem do sítio arqueológico?
  2. Como a imagem reforça a relação entre o Reino de cuxe e o Egito Antigo?
  3. Por que os cuxitas tinham características culturais e políticas semelhantes às dos egípcios?
  4. Que outras influências egípcias presentes na cultura cuxita podemos citar?

Glossário

Censo
: coleta de dados, contagem para fins de informação e contrôle.
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Oleiro
: ceramista.
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Necrópole
: cemitério.
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Colônia
: neste caso, cidade ou reino ocupado e administrado por outro, localizado além de seu território.
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Nobre
: que pertence à nobreza, grupo que detém o poder político e privilégios herdados por nascimento.
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Estela
: monumento, coluna ou placa em que os povos da Antiguidade faziam inscrições.
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Antropozoomórfico
: que apresenta características humanas e de outros animais.
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