UNIDADE 8 A Europa na Idade Média
O que você imagina quando ouve falar em Idade Média? Você já deve ter visto filmes, livros, histórias em quadrinhos, jogos e séries de televisão ambientados nessa época.
Nesta unidade, vamos conhecer melhor êsse período histórico da Europa, que ocorreu entre os séculos cinco e quinze e que, por vários motivos, desperta interêsse até os dias de hoje.
Iniciando a conversa
- Quais elementos típicos do mundo medieval podem ser identificados na capa de filme da página anterior?
- Em sua opinião, por que a Idade Média foi representada em uma animação da atualidade?
- Cite o nome de algum livro, filme ou jôgo da atualidade que seja ambientado na Idade Média.
- Muitos costumes da Idade Média estão presentes em nosso cotidiano. Você sabe dizer quais? Conte para os colegas.
Agora vamos estudar...
- os aspectos do feudalismo e da sociedade feudal;
- o cotidiano na Alta Idade Média;
- as transformações técnicas e econômicas na Baixa Idade Média;
- as Cruzadas;
- a crise do sistema feudal.
CAPÍTULO 19 A Alta Idade Média
Para entendermos a Idade Média, precisamos compreender as transformações pêlasquais o Império Romano passou na Europa e a formação de reinos germânicos nessa região. Vamos relembrar.
Alta e Baixa Idade Média
Em geral, os historiadores consideram que a Idade Média teve início após a desagregação do Império Romano do Ocidente, em 476, e se estendeu até 1453, ano de conquista da cidade de Constantinopla pelos turco-otomanos. Geralmente os historiadores dividem o período em: Alta Idade Média (séculos cinco a dez) e Baixa Idade Média (séculos onze a quinze).
A formação dos reinos germânicos
Com a desagregação do Império Romano, a partir do século cinco, a economia tornou-se essencialmente agrária e, na política, houve a fragmentação do poder, exercido até então de maneira centralizada. Além disso, a Igreja católica se fortaleceu e se tornou, no Ocidente, uma instituição poderosa e influente.
No decorrer do tempo, diversos reinos germânicos foram formados nas regiões do antigo Império, como a península Itálica, a Gália (atual França) e a Bretanha (atual Reino Unido). Analise o mapa.
Reinos germânicos (século VI)
Fonte de pesquisa: , , . The Penguin Historical Atlas of the Medieval World. Lôndon: Pêngüim búks, 2005. página 21.
Questão 1.
Quantos reinos germânicos você pode identificar no mapa? Cite o nome de cada reino.
O Reino Franco
Fundado no ano de 481, na Gália, o Reino Franco foi um dos mais poderosos reinos germânicos, principalmente por causa da aliança entre seus governantes e a Igreja, com a conversãoglossário do rei Clóvis ao catolicismo, por volta de 495. Com o apôio da Igreja, Clóvis uniu os francos e fundou a dinastia Merovíngia.
Na passagem do século oito para o nove, êsse reino foi governado por Carlos Magno, que liderou a fundação do Império Carolíngio. Sob seu govêrno, os francos conquistaram muitos territórios, derrotando militarmente diversos povos e convertendo-os ao cristianismo.
Os governantes francos impuseram uma nova organização política nos territórios dominados, que foram divididos em condados administrados por condes e marqueses, nobres leais ao Império Carolíngio.
Para a formação educacional dêsses administradores, Carlos Magno reuniu diversos intelectuais para alfabetizar e instruir os clérigos, os nobres e os seus familiares. Nessa época, foram construídas escolas e bibliotecas e fomentou-se a produção intelectual. êsse período de valorização da cultura ficou conhecido como Renascença Carolíngia.
Após a morte de Carlos Magno, em 814, seus sucessores não conseguiram manter a unidade administrativa do Império. Sem uma autoridade central, os grandes senhores de terras passaram a exercer maior poder e influência em suas regiões.
A sociedade de ordens
Na Idade Média, a sociedade era formada por camadas sociais bem definidas, determinadas pêla origem do indivíduo. Essas camadas eram chamadas de ordens e estavam divididas em clero, nobreza e trabalhadores, havendo pouca mobilidade social entre elas.
Essa divisão social estava baseada em uma visão da Igreja que afirmava que, no mundo criado por Deus, havia divisões de tarefas entre os membros da sociedade. Assim, cada camada teria a sua função: os nobres () garantiam a proteção de todos; o clero () orava pêla salvação da humanidade; e os camponeses () garantiam o sustento da população.
Colocando êsse modêlo como uma escolha divina, a Igreja buscava evitar que camponeses, por exemplo, questionassem a condição social que lhes tinha sido atribuída.
O clero
Entre os membros do clero estavam o papa, os bispos e os cardeais, os quais desfrutavam de grande poder e prestígio na Idade Média. êles não pagavam e frequentemente recebiam doações de terras dos senhores feudais. Por isso, durante o período Medieval, a Igreja católica tornou-se uma das instituições mais ricas da Europa.
A nobreza
Composta de senhores feudais, cavaleiros, duques, condes e marqueses, a nobreza medieval era detentora de terras e riquezas. O prestígio social e as riquezas de grande parte dessa ordem provinham das relações de fidelidade com o rei e de seus serviços prestados. Além disso, muitos nobres obtinham terras e riquezas em campanhas militares de conquista.
A exploração do trabalho dos camponeses nas terras dos nobres também garantia riquezas e grande poder político à ordem da nobreza.
Os trabalhadores
A ordem dos trabalhadores reunia principalmente a população camponesa, que se dedicava à agropecuária. Os camponeses dividiam-se em: servos, que trabalhavam nas terras dos senhores feudais em troca de proteção e do uso de parte da terra para o próprio sustento e o de sua família, sendo obrigados a pagar diversos tributos aos seus senhores; vilões, que trabalhavam nas terras dos senhores feudais e podiam ser proprietários de pequena parte delas em troca de proteção; e escravizados, que exerciam diversas atividades nos castelos dos nobres aos quais pertenciam e não recebiam remuneração.
Tipos de tributos
Corveia: trabalho não remunerado realizado nas terras senhoriais.
Talha: parte de tudo o que era produzido pelos servos.
Banalidades: taxas pagas pêlo uso de equipamentos da propriedade feudal, como moinho e forno.
Capitação: pago por cada servo que vivia no feudo.
A escravidão e a servidão
Durante a Idade Média, existiam diferentes fórmas de trabalho: havia os servos, os trabalhadores livres e as pessoas escravizadas. Porém, se comparado ao período da Antiguidade Clássica na Europa, a quantidade de pessoas escravizadas na Idade Média era consideravelmente menor.
Em sociedades antigas, como na Grécia e em Roma, havia grande população de escravizados. De modo geral, a pessoa escravizada era considerada uma propriedade.
Na antiga sociedade romana, como vimos na unidade 6, um indivíduo podia ser escravizado se fosse prisioneiro de guerra ou se tivesse contraído uma dívida que não pudesse pagar. Já na Idade Média, a maior fôrça de trabalho vinha dos servos, que prestavam serviços e pagavam tributos para os nobres em troca de proteção e do uso de parte das terras de seus senhores.
Os mosteiros na Idade Média
Com o fortalecimento da Igreja católica ao longo da Idade Média, o clero passou a ter maior influência política e poder econômico. lógo, os clérigos passaram a administrar reinos e grandes extensões de terra, envolvendo-se em questões que iam além das funções religiosas. clérigos eram membros do clero secular, constituído pelos párocos (padres), bispos e arcebispos.
Alguns clérigos, no entanto, acreditavam que o clero havia se afastado de alguns princípios cristãos ao se envolver em questões políticas e financeiras. Surgia assim o clero regular: constituído por monges e monjas, governados por abades e abadessas que seguiam rigorosas regras de uma ordem monástica.
A mais antiga ordem monástica conhecida é a de São Bento, fundada em 529. Seus membros são chamados de beneditinos.
As diferentes ordens religiosas
A ordem de São Bento definiu um conjunto de regras que acabou sendo seguido pêla maioria dos mosteiros medievais. Essas regras enfatizavam a importância do trabalho, do silêncio e da oração pelos monges beneditinos, que faziam votos de pobreza, obediência e castidade.
Posteriormente, surgiram as ordens chamadas de “mendicantes”, como os franciscanos (ordem de São Francisco) e os dominicanos (ordem de São Domingos). monges tinham como característica a prática da caridade e da evangelização. As ordens monásticas existem até hoje, com seus membros buscando preservar os princípios do cristianismo católico.
A preservação da cultura clássica
A biblioteca era um dos lugares mais importantes do mosteiro. Ali ficavam armazenados milhares de manuscritos de textos cristãos e outros textos não religiosos, como escritos filosóficos e poéticos da Grécia Antiga e da Roma Antiga.
Os monges encarregados de fazer cópias dêsses textos eram chamados de “copistas” e passavam horas absorvidos na dura tarefa de transcrever à mão os textos antigos. Graças a êsse trabalho, muitas cópias de escritos da Antiguidade sobreviveram até os dias de hoje.
Como era o dia a dia nos mosteiros?
Os monges passavam os dias orando, estudando (principalmente textos sagrados) e realizando rituais religiosos.
Além da atividade de copistas, os monges costumavam trabalhar na agricultura, na criação de animais, no preparo de refeições, na lavagem de roupas, na manutenção da estrutura física do mosteiro, entre outras atividades.
Suseranos e vassalos
Durante a Idade Média, houve uma fragmentação do poder político, que passou a ser exercido pelos grandes proprietários de terras, chamados senhores feudais. O poder deles era baseado nas relações de vassalagem, um costume medieval que trazia influências germânicas e romanas e que consistia nos laços de fidelidade e honra entre um suseranoglossário e um vassaloglossário , em troca de diversos benefícios.
Os benefícios oferecidos pelos suseranos em troca da fidelidade dos vassalos eram chamados feudos. Os feudos eram diversificados, podiam ser objetos de valor ou mesmo o direito de cobrança de impóstos em determinada região. No entanto o mais comum era a doação de terras que formavam uma propriedade feudal.
Essas relações sociais de vassalagem influenciaram o sistema de organização política, econômica e social da Idade Média, que ficou conhecido como feudalismo. A propriedade das terras ou dos feudos garantia aos senhores feudais os poderes políticos de exercer autoridade administrativa, jurídica e militar em seus domínios.
Os feudos territoriais, ou mansos senhoriais, eram habitados por camponeses, que cultivavam as terras do senhor feudal e lhes forneciam os meios de vida. Além disso, êles criavam animais e produziam vinho, utensílios domésticos, tecidos e outros produtos manufaturados.
Questão 2.
Explique como se davam as relações entre suseranos e vassalos no contexto do feudalismo.
Os castelos
Você já deve ter visto a imagem de castelos da época medieval em filmes, jogos ou séries de televisão. Mas você já parou para pensar nas funcionalidades dessas construções?
Nos feudos territoriais, os castelos cumpriam basicamente duas funções: a de defesa militar, constituindo uma fortaleza, e a de habitação, servindo de moradia para o senhor feudal e sua família. Nesse local, viviam também parentes, empregados e soldados encarregados da defesa do castelo.
Até o século onze, muitos castelos eram construções simples, de pequenas dimensões e feitos de madeira. Depois passaram a ser construídos com pedras, circundados por grandes muralhas e fossos, e a abranger grandes dimensões.
Ao redór do castelo e dentro das muralhas, havia o pátio, onde ficavam as estrebarias e os canis. No local, havia também lojas de artesanato, ferrarias, poços para a captação de água e outros elementos importantes para a vida no castelo.
Ainda na atualidade existem muitos castelos medievais. Vários deles constituem Patrimônios da Humanidade, por estarem ligados ao modo de vida das sociedades medievais.
Questão 3.
Quais eram as funções dos castelos nos feudos medievais?
O cotidiano medieval
Durante a Idade Média, de maneira geral, houve grande influência da Igreja católica em diversos aspectos do cotidiano da sociedade europeia. Conheça a seguir algumas características do cotidiano medieval.
Festas
Muitas festividades celebradas na Europa, na Alta Idade Média, estavam ligadas ao ciclo agrícola e às expressões religiosas anteriores ao cristianismo.
Conforme a Igreja católica aumentava sua influência sôbre a sociedade da época, essas festas passavam a ser mais reprimidas. Uma das fórmas pêla qual isso ocorreu foi a imposição de comemorações cristãs nas datas em que essas festividades aconteciam. A festa de São João, por exemplo, passou a ser comemorada nas proximidades do dia em que se celebrava o solstício de verão no hemisfério Norte.
Atualmente, as antigas festas pagãs ainda são comemoradas em vários países.
Vestimentas
As vestimentas utilizadas durante o período Medieval costumavam variar de acôrdocom a região da Europa, e características como côres e tipos de tecidos marcavam as diferenças sociais.
Os camponeses usavam roupas feitas com tecidos simples e grosseiros, como túnicas curtas amarradas na cintura, que facilitavam sua mobilidade durante o trabalho. Já os nobres vestiam-se de maneira luxuosa, com roupas feitas de seda e de veludo de diversas côres.
Alimentação
Você imagina como era a alimentação na Idade Média? Em sua opinião, todas as ordens da sociedade medieval tinham o mesmo tipo de alimentação?
Assim como as vestimentas, os tipos de alimentos consumidos pêla população medieval também variavam. Entre os nobres, a alimentação era diversificada e incluía principalmente o consumo de carnes de diferentes animais, como galinha, carneiro e porco, acompanhadas por vários tipos de verduras, legumes e cereais.
Já a alimentação dos camponeses era menos diversificada, baseada no consumo de cereais, como trigo e aveia, que eram consumidos na fórma de mingaus e pães. Nas raras vezes em que comiam carne, a mais consumida era a de porco, por causa da facilidade de criação dêsses animais.
cardápio pouco variado fez com que boa parte da população europeia ficasse suscetível a uma série de doenças relacionadas à baixa ingestão de alimentos ricos em nutrientes e, portanto, necessários à saúde do corpo.
Heranças medievais
Muitos objetos e hábitos do nosso dia a dia tiveram origem na Idade Média. O texto a seguir, do historiador Hilário Franco Júnior, explica melhor êsse assunto. Por meio da leitura dêsse texto, você poderá perceber como o passado e o presente estão constantemente relacionados em nossa cultura.
A herança medieval no século vinte
Se olharmos para o esqueleto e não apenas para a nova face e as novas roupagens do Ocidente no século vinte, reticências encontraremos muito da Idade Média. Ainda que popularmente pouco entendida e percebida, ela está presente no cotidiano dos povos ocidentais, mesmo daqueles que como nós, na América, não tiveram um “período medieval”. É verdade que há tendência a se creditar muitas dessas características a outros momentos históricos (Grécia clássica, Modernidade), mas isso se deve ao enraizamento do preconceito em relação à Idade Média. Ainda agora, na passagem do século vinte ao vinte e um, vivemos no Ocidente muito ligados à herança medieval.
O patrimônio linguístico ocidental é quase todo medieval, já que, com exceção do basco, idioma cujas origens continuam desconhecidas para os especialistas, as demais línguas formaram-se na Idade Média. Uma terça parte da população mundial atual, isto é, 2 bilhões de pessoas, pensa e se exprime com instrumentos linguísticos forjados na Idade Média. De fato, ao lado do latim legado pêla Antiguidade — e durante a Idade Média empregado nos ofícios religiosos, nas atividades intelectuais e na administração, mas língua morta no sentido de não ser mais língua materna de ninguém —, no século oito nasceram os idiomas chamados de vulgares, falados cotidianamente por todos, mesmo pelos clérigos. reticências
reticências
O patrimônio da cultura material do Ocidente apresenta igualmente uma longa lista de elementos criados ou difundidos pêla Idade Média, objetos sem os quais a vida moderna seria inimaginável, mas que dificilmente as pessoas associam àquele período. Lembremos alguns: calça comprida (século cinco), atrelagem rígida de animais de tiro, ferradura (ambos do século dez), colhér (século onze), álcool ( cêrca dê 1100), atrelagem de animal em fila, moinho de vento, leme vertical, chaminé, tear com pedal (todos do século doze), camisa com botão ( cêrca dê 1204), óculos ( cêrca dê 1285), roda dentada (1298), carrinho de mão, ferro fundido, luneta, serra hidráulica, macaco-elevador, roda de fiar, espêlho de vidro (todos do século treze), fole hidráulico (1311), garfo, relógio mecânico (os dois do século catorze) reticências.
reticências
O patrimônio intelectual de origem medieval é impressionante. Dele fazem parte as universidades, que até hoje preservam de suas origens no século doze a pedagogia (aulas expositivas e debate de textos), a concessão de título (tese submetida a uma banca examinadora), a concessão do direito de exercício profissional (licentia docendi), a estrutura administrativa (reitor, divisão em faculdades), o auxílio aos membros necessitados (concessão de bolsas aos estudantes carentes). reticências
FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média, nascimento do ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006. página 157158, 163.
Atividades
Faça as atividades no caderno.
Organizando os conhecimentos
- Que século marcou o início e qual marcou o fim da Idade Média? êsse período de tempo compreende quantos séculos ao todo?
- Imagine que você seja filho de camponeses da Idade Média. Com base nisso, escreva no caderno um pequeno texto sôbre alguns aspectos de seu cotidiano.
- A sociedade medieval era dividida em ordens. Analise o quadro a seguir, reproduza-o e complete as lacunas em seu caderno.
Ordem |
Integrantes |
---|---|
Clero |
|
Nobreza |
|
Trabalhadores |
Aprofundando os conhecimentos
4. Leia o texto e analise a imagem. Depois, responda às questões.
reticências
As buscas arqueológicas permitiram encontrar utensílios de cozinha e deduzir o tipo de alimentação consumida pêlo pobre medieval, quase sempre à base de cereais. O consumo de pão era grande – e diminuía à medida que se subia na escala social. Comiam-se ainda lentilhas, ervilhas, um pouco de peixe, pequenas caças ou carne de animais domésticos, com variações regionais de cardápio.
reticências
, Jan. Vida de camponês. História Viva: Especial Grandes Temas, São Paulo, Editorial, número 32, página 48.
- De acôrdo com o texto, como os estudiosos conseguiram descobrir qual era a alimentação da população pobre durante o período Medieval?
- Descreva a imagem. Que produto está sendo feito?
- Relacione a imagem com o texto e comente a alimentação de um camponês no período em estudo.
5. Para defender os feudos, os senhores feudais dispunham de guerreiros treinados na arte da cavalaria. Além de defender os territórios, os cavaleiros também participavam de campanhas militares, invadindo territórios inimigos. Para se protegerem nas batalhas, êles usavam armaduras. Leia a seguir as informações sôbre as partes de uma armadura e, no caderno, relacione-as com as respectivas letras representadas na foto.
1. Elmo: protegia a cabeça e o rosto do cavaleiro.
2. Perneira: era composta de quatro peças: o coxote, que protegia as coxas; a joelheira; a greba, que protegia a canela; e o escarpe, que cobria os pés do guerreiro.
3. Braço de ferro: era composto de quatro peças: o espaldar, que protegia os ombros; as placas de braço e antebraço; e a cotoveleira.
4. Manopla: peça que protegia o punho e a mão do cavaleiro.
5. Cota de malha: feita de anéis de ferro entrelaçados, era usada para proteger o cavaleiro do golpe de algumas armas cortantes.
Investigando fontes históricas
As iluminuras medievais
Os livros e outros manuscritos produzidos ao longo do período Medieval continham diversas imagens, que eram utilizadas para ilustrar e adornar textos. Conhecidas como iluminuras, além de deixar os livros mais atraentes, essas imagens podiam auxiliar algumas pessoas a compreender melhor determinado conteúdo, como uma história bíblica. Veja a análise a seguir.
A. Alguns temas abordados nas iluminuras se relacionavam ao cotidiano da população ou à religiosidade, como no caso a seguir.
B. As primeiras letras da página, do capítulo ou do parágrafo podiam receber um tratamento especial. Por serem ornamentadas, elas ficaram conhecidas como “letras capitulares”.
C. Esta imagem representa uma cena religiosa que mostra a ascensão de Cristo. Observe a presença da auréola e do caráter de superioridade atribuído à figura de Jesus.
D. Muitas iluminuras tinham ornamentos em ouro, conferindo destaque às imagens. Além disso, o ouro transmitia maior importância ao documento.
E. Naquele momento da história europeia, a língua latina ainda era a mais usada nos escritos religiosos, como no caso dêste manuscrito.
F. Além das imagens narrativas, as iluminuras podiam ser feitas com uma função meramente ornamental.
Agora, analise a iluminura a seguir e responda às questões.
1. Qual é o tema central da cena representada na iluminura?
2. Você consegue identificar a pessoa destacada com a letra B? Justifique sua resposta com elementos da imagem. Em sua opinião, por que essa pessoa está em destaque?
3. Descreva o que as pessoas identificadas com as letras C e D estão fazendo. É possível diferenciá-las das outras pessoas? Como?
4. O recurso identificado com a letra a recebe o nome de letra capitular. Você já viu algum livro atual com êsse recurso? Conte aos colegas.
5. Em sua opinião, as iluminuras podem ser consideradas fontes históricas? Por quê?
Glossário
- Conversão
- : mudança, ato de converter-se, ou seja, tornar-se adepto ou seguidor de uma religião.
- Voltar para o texto
- Suserano
- : neste contexto, era um senhor feudal que tinha domínio sôbre outros feudos.
- Voltar para o texto
- Vassalo
- : pessoa que oferece ao suserano trabalho e fidelidade em troca de proteção.
- Voltar para o texto