CAPÍTULO 2  O tempo

O ano que se inicia, os meses de férias, o dia do aniversário de alguém, a hora de acordar. Esses são apenas alguns exemplos de como o tempo e a passagem dele estão presentes em nosso cotidiano. Você já parou para pensar sôbre isso?

Tempo e cotidiano

Observe as situações a seguir. Elas representam a nossa relação com unidades de medida de tempo.

Ilustração. Uma menina com cabelos ondulados na altura do ombro, usando uniforme escolar e uma mochila nas costas. Ela está andando com os olhos fechados e sorrindo. Atrás, placa com relógio e termômetro digital.
Quando termina a última aula do dia, Clarissa volta para a casa a pé. Ela leva aproximadamente cinco minutos caminhando da escola até sua casa.
Ilustração. Uma menina usando touca e óculos de natação. Ela está nadando em uma piscina. À direita, um homem usando uniforme. Ele está de perfil, segurando um cronômetro com as mãos e olhando para a menina.
Júlia participa de competições de natação e está treinando para superar seu recorde anterior. Ela precisa ser rápida, pois cada segundo é importante.

História e Ciências

O tempo cronológico

O tempo que podemos contar é chamado tempo cronológico. êle é dividido em unidades de medida, como segundo, minuto, hora, dia, semana, e assim por diante. As unidades de medida do tempo cronológico tornam a vida mais prática, pois podemos planejar nossas tarefas e nossos compromissos diários, por exemplo.

Atualmente, os instrumentos mais comuns para marcar a passagem do tempo cronológico são o calendário e o relógio.

Possivelmente, os primeiros marcadores do tempo tiveram origem por meio da observação de fenômenos da natureza e da percepção de que êles se repetiam, como a passagem do dia e da noite, as fases da lua, as estações e as marés. Por estar relacionado aos fenômenos naturais, êsse tempo é chamado tempo da natureza.

Com base nisso, foi possível a elaboração de instrumentos para medir o tempo e a sua passagem, como o calendário. Os calendários estão presentes na cultura de vários povos há milhares de anos.

Com êles, registramos a passagem dos dias, organizamos as atividades diárias, marcamos as datas comemorativas e as festividades religiosas, entre outras atividades.

Respostas e comentários

Objetivos do capítulo

  • Reconhecer a importância do tempo para o estudo da História.
  • Saber que há diferentes calendários.
  • Compreender a estrutura de uma linha do tempo.

Justificativas

Os conteúdos abordados neste capítulo são relevantes para que os alunos identifiquem formas distintas de periodização e de contagem do tempo, o que favorece o trabalho com a habilidade ê éfe zero seis agá ih zero um.

Os alunos também conhecerão a importância das medidas de tempo para a construção do saber histórico, abordagem que contribui para desenvolver aspectos da habilidade ê éfe zero seis agá ih zero dois.


  • Aproveite o assunto destas páginas para abordar a habilidade ê éfe zero seis agá ih zero um, comentando com os alunos as diferentes concepções de tempo. Informe que o tempo cronológico foi criado pêlo ser humano com base na percepção dos fenômenos naturais, enquanto o tempo histórico analisa as permanências e as transformações nas sociedades em um período específico, considerando diferentes ritmos. A reflexão sôbre o tempo cronológico também permite a integração entre os componentes curriculares de História e de Ciências.
  • O trabalho com estas páginas possibilita abordar aspectos da Competência específica de Ciências Humanas 7, pois parte da premissa de que diferentes linguagens, além de diversos gêneros textuais e tecnologias digitais, podem ser utilizadas no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado à duração, à simultaneidade, à sucessão e ao ritmo.
  • Durante a reflexão proposta no início da página 30, questione os alunos sôbre a forma como sentem e observam a passagem do tempo em seu cotidiano, contribuindo, assim, para que desenvolvam o autoconhecimento. Incentive-os a perceber as duas dimensões do tempo em suas vidas: o cronológico, pêlas datas de aniversário ou pêla rotina, e o histórico, nas mudanças na cidade onde vivem.

Um texto a mais

Conheça um pouco mais sôbre os calendários lendo o texto a seguir, do historiador Jác Le Goff.

reticências O instrumento principal da cronologia é o calendário, que vai muito além do âmbito do histórico, sendo antes de mais nada o quadro temporal do funcionamento da sociedade. O calendário revela o esfôrço realizado pêlassociedades humanas para domesticar o tempo natural, utilizar o movimento natural da lua ou do sol, do ciclo das estações, da alternância do dia e da noite. Porém, suas articulações mais eficazes – a hora e a semana – estão ligadas à cultura e não à natureza. O calendário é produto e expressão da história: está ligado às origens míticas e religiosas da humanidade (festas), aos progressos tecnológicos e científicos (medida do tempo), à evolução econômica, social e cultural (tempo do trabalho e tempo de lazer). êle manifesta o esfôrço das sociedades humanas para transformar o tempo cíclico da natureza e dos mitos, do eterno retôrno, num tempo linear escandido por grupos de anos: lustro, olimpíadas, século, eras, etcétera reticências

Hoje, a aplicação à história dos dados da filosofia, da ciência, da experiência individual e coletiva tende a introduzir, junto dos quadros mensuráveis do tempo histórico, a noção de duração, de tempo vivido, de tempos múltiplos e relativos, de tempos subjetivos ou simbólicos. O tempo histórico encontra, num nível muito sofisticado, o velho tempo da memória, que atravessa a história e a alimenta.

[...]

LE GOFF, Jác. História e memória. Tradução: Bernardo Leitão êti áli. quinta edição Campinas: Editora da unicâmpi, 2003. página 12-13.

Tipos de calendário

Dois astros são utilizados como as principais referências para os calendários: a Lua e o Sol.

No calendário lunar, um ano possui 12 meses de 29 ou 30 dias e acompanha as fases da lua. Os meses se iniciam com a lua nova. No calendário solar, um ano corresponde à volta completa que a Terra realiza em tôrno do Sol e à passagem das estações do ano (primavera, verão, outono e inverno).

O calendário usado no Brasil e em muitos países é chamado calendário gregoriano. êle é baseado no movimento da Terra em relação ao Sol, e nele o ano é organizado em meses, semanas e dias.

O calendário chinês

Ao longo da história, diversas sociedades criaram diferentes maneiras de se organizar e de se orientar no tempo. Por isso, o calendário varia de acôrdo com as necessidades e as crenças de cada cultura.

O calendário chinês, por exemplo, é um dos mais antigos do mundo. êle é lunissolar, pois utiliza o Sol e a Lua como referências, além de ser dividido em fases de 12 anos. Nessas fases, cada ano está relacionado ao nome de um animal da astrologiaglossário chinesa. São 12 animais representados: o rato, o boi, o tigre, o coelho, o dragão, a serpente, o cavalo, o carneiro, o macaco, o galo, o cão e o porco.

Ilustração. Calendário compostos por ideogramas chinês e ilustrações de animais da astrologia chinesa: rato, búfalo, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e javali.
Calendário chinês do século dezenove.
Respostas e comentários

O assunto sôbre os diferentes tipos de calendário favorece a abordagem de aspectos da Competência geral 6 ao promover a valorização da diversidade de saberes e vivências culturais. Para promover a abordagem dessa competência, incentive os alunos a ler a imagem do calendário chinês, observando seus elementos. Peça a êles que identifiquem os motivos da moldura, composta essencialmente de flores e folhas, e também os animais nela representados, associando-os aos meses do ano. Em seguida, comente que as maneiras de medir o tempo são culturais e que o calendário, portanto, é uma manifestação das tradições culturais de um povo. Assim, alguns são regidos por costumes religiosos; outros, por fenômenos da natureza. Aproveite o momento e promova o respeito por essa diversidade cultural e sua valorização.

O relógio

O primeiro relógio a marcar a passagem do tempo com precisão foi o relógio mecânico. Inventado por volta do ano de 1300, foi também o primeiro a marcar o horário por meio do posicionamento dos ponteiros.

Desde aquela época, foram criados diferentes tipos de relógio. Atualmente êles ainda são muito utilizados, porém grande parte das pessoas passou a ver as horas também em aparelhos de celular e smartwatches, dispositivos parecidos com um relógio de pulso e que são conectados ao celular.

Fotografia. Um relógio preto de pulso com visor composto por imagens ponteiros e aplicativos.
Smartwatch.

O tempo e a História

Um dos aspectos que definem a História é a possibilidade de percebermos as mudanças e as permanências que ocorrem nas sociedades humanas ao longo do tempo.

Quando analisamos historicamente o tempo para perceber essas mudanças e permanências, adotamos o chamado tempo histórico.

No tempo histórico, as mudanças são as alterações que ocorrem em determinado período da História. Já as permanências podem ser consideradas elementos que, apesar das mudanças, conservam características ao longo do tempo.

Confira a foto do cinema Rio Branco. Analisando a imagem, podemos perceber que as pessoas que viviam no início do século vinte se vestiam de modo diferente das pessoas atualmente. A maneira como certas palavras eram escritas também mudou.

Já o hábito de ir ao cinema para ver filmes pode ser considerado uma permanência. Isso porque, apesar de todas as mudanças tecnológicas, êsse hábito continua fazendo parte do cotidiano de muitas pessoas.

Fotografia em preto e branco. Várias pessoas em pé, muitas delas vestindo terno e chapéu. Atrás, cartaz com o texto: CINEMATOGRAPHO.
Pessoas na entrada do cinema Rio Branco, no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, no início do século vinte.
Respostas e comentários

Sugestão de avaliação

Uma maneira de exercitar e avaliar o conhecimento dos alunos sôbre o tema das diferentes concepções de tempo é organizar essas informações em um quadro na lousa. Do lado esquerdo do quadro, escreva as diferentes concepções de tempo e do lado direito escreva, conforme os alunos forem respondendo, as características de cada uma dessas concepções. Por exemplo: Tempo da natureza: estações do ano (primavera, verão, outono e inverno), nascer do sol; pôr do sol; períodos de chuva; períodos de estiagem. Tempo cronológico: tempo gasto no preparo de um bôlo; data de nascimento de uma pessoa; tempo usado por um atleta para percorrer uma piscina olímpica; duração de uma aula de História; tempo restante para o próximo Natal; duração de um jôgo de futebol. Tempo histórico: transformações nos hábitos alimentares de uma família; permanências de tradições religiosas; mudança do presidente de um país; preservação do monumento de determinado local. À medida que responderem, refute ou confirme as respostas, preenchendo os espaços do esquema.

Se os alunos tiverem alguma dificuldade com as respostas, retome com êles a diferença entre as concepções, destacando as principais características dos tempos cronológico, da natureza e histórico.

Tempo histórico e sociedade

À medida que estudamos a história de diferentes sociedades, percebemos que as mudanças e as permanências não ocorrem no mesmo ritmo em todas elas. Cada sociedade, grupo social ou mesmo indivíduo possui a própria história e vive uma realidade particular.

reticências É só olharmos à nossa volta, para perceber que na sociedade brasileira existem pessoas e grupos diferentes, vivendo histórias diferentes: nem todos se vestem de modo igual, moram em tipos de casa iguais, brincam com brinquedos iguais, fazem o mesmo tipo de trabalho, acreditam nos mesmos deuses, compartilham os mesmos sonhos e memórias ou dançam a mesma música. Existem diferenças e desigualdades que marcam e marcaram a nossa sociedade desde que ela começou a se formar.

reticências

TURAZZI, Maria Inez; GABRIEL, Carmen Teresa. Tempo e História. São Paulo: Moderna, 2000. página 36-37.

Utilizar a perspectiva do tempo histórico para estudar as sociedades ao longo dos anos nos ajuda a compreender por que uma sociedade pode ser tão diferente de outra. Essa perspectiva nos torna também mais capazes de valorizar a grande diversidade de culturas que existe no mundo.

O modo como levamos os alimentos à boca faz parte de nossa história. No Brasil, é comum utilizarmos talheres, como colhér e garfo. Em países orientais, como China e Japão, o mais comum é utilizar hashi (pauzinhos) para se alimentar.

Fotografia. Três crianças japonesas, uma menina com cabelos lisos, usando blusa estampada. Ao lado, um menino usando blusa azul e outro menino usando blusa preta. Elas estão sentados, segurando com as mãos um hashi, duas varetas utilizadas como talheres. Na mesa, potes brancos com alimentos.
Crianças comendo com hashi em escola no Japão, em 2018.
Respostas e comentários

Atividade a mais

As mudanças e permanências históricas podem ser percebidas em diversas situações do dia a dia, como nas expressões que utilizamos ao conversar com alguém, nos objetos de nosso cotidiano, nos lugares que frequentamos etcétera Incentive os alunos a analisar algumas dessas situações, verificando se há permanências ou transformações com relação aos itens solicitados na pesquisa de imagens a seguir. Para isso, siga as orientações.

Materiais

  • revistas e/ou jornais
  • cola
  • tesoura com pontas arredondadas
  • cartolina
  • canetas coloridas

Desenvolvimento

a ) Organize os alunos em duplas e disponibilize algumas revistas e jornais que possam ser recortados.

b ) As duplas deverão recortar imagens de:

• lugares que mostrem construções antigas e atuais;

• objetos antigos, como telefone, máquina de escrever, ferro de passar, peças de vestuário, meios de transporte, entre outros;

• os mesmos objetos mencionados anteriormente, porém da atualidade, ou seus correspondentes atuais.

c ) Após providenciar os recortes, as duplas devem colar as imagens em um cartaz da seguinte maneira: de um lado, as situações e/ou os objetos que representem o passado; de outro, os que representem o presente.

d ) Para finalizar, as duplas vão apresentar os trabalhos para o restante da turma, apontando as diferenças e as transformações entre as representações nas imagens.

O tempo que orienta

Para facilitar a compreensão da história de determinada sociedade, o tempo pode ser organizado de diferentes maneiras. Um dos primeiros passos para a organização do tempo é o estabelecimento de uma cronologia.

A cronologia indica o início e o fim do período estudado. Por meio da cronologia, é possível situar os acontecimentos ou os fatos históricos de acôrdo com a ordem em que ocorreram no tempo.

O tempo dividido

Ao estudar História, é importante compreendermos algumas medidas de tempo. As mais utilizadas são:

  • década: período equivalente a dez anos. Exemplo: a década de 1990 se iniciou no ano de 1991 e terminou no ano 2000;
  • século: período equivalente a 100 anos. Os séculos geralmente são representados em números romanos. Exemplo: o século vinte (ou seja, século 20) teve início no ano de 1901 e terminou no ano 2000;
  • milênio: período equivalente a 1.000 anos. Exemplo: o segundo milênio começou no ano 1001 e terminou no ano 2000.

Confira duas regras para identificar o século ao qual cada ano pertence.

Para anos terminados em 00, elimine os dois últimos zeros. Exemplos: 1900 = século dezenove; 2000 = século vinte.

Para anos não terminados em 00, córte os dois últimos algarismos e some 1. Exemplos: 1453 = 14 + 1 (século quinze); 1889 = 18 + 1 (século dezenove).

A linha do tempo

Uma das ferramentas utilizadas para a organização e a orientação temporal é a linha do tempo. Ela nos ajuda a organizar as informações históricas dentro de uma cronologia. Com ela, podemos perceber o que aconteceu antes ou depois de determinado fato ou qual foi a sua duração.

A cronologia europeia e outras cronologias

Essa cronologia foi elaborada de acôrdo com acontecimentos e referências da história do continente europeu. Ela é organizada em cinco períodos: Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

Porém, a cronologia europeia não é a única que existe. Em países orientais, como o Japão, os períodos históricos são diferentes. Existe, por exemplo, o período Yayoi (300 antes de Cristo a 300 no calendário gregoriano), caracte­rizado pêla expansão da agricultura e pêlo uso de metais no território japonês.

Respostas e comentários

O assunto destas páginas, relativo à linha do tempo e seus marcos como escolhas, favorece o trabalho com a habilidade ê éfe zero seis agá ih zero um, possibilitando que os alunos entendam que há diferentes formas de compreender a noção de tempo e de periodização dos processos históricos.

Confira a seguir um exemplo de linha do tempo baseada na cronologia da história europeia.

Imagem meramente ilustrativa

Gire o seu dispositivo para a posição vertical

Linha do tempo. Linha roxa na vertical com uma seta na extremidade de baixo. À esquerda, há algumas anotações de datas. À direita, há informações sobre as respectivas datas e marcos históricos.Indicado na linha do tempo com destaque em laranja: Antes de 5000 antes de Cristo e até de 3500 antes de Cristo: Pré-História.Em caixa de texto laranja: Pré-História 2,5 milhões a 3500 antes de Cristo. Em caixa de texto branca: Por volta de 3500 antes de Cristo. Invenção da escrita cuneiforme.O termo Pré-História significa 'antes da história'. A cronologia europeia foi criada com base na ideia de que a história dos seres humanos teria começado após a invenção da escrita. Atualmente, esse termo ainda é usado, mas é criticado, pois se sabe que povos desse período tinham história. Os historiadores utilizam fontes como ferramentas da época e pinturas rupestres para estudar esse período.Indicado na linha do tempo com destaque em azul: 3500 antes de Cristo e 476 antes de Cristo: Idade Antiga ou Antiguidade.Em caixa de texto branca: Ano 1 Nascimento de Jesus Cristo.No calendário gregoriano, o marco inicial é o nascimento de Jesus Cristo. Por isso, utilizamos as siglas a. C. (antes de Cristo) e d. C. (depois de Cristo) após o ano ou o século. Porém, quando nenhuma sigla é indicada, entende-se que a data se refere a um aconteci mento posterior ao nascimento de Cristo.Em caixa de texto branca: 476 Invasão de Roma pelos hérulos.Nesta linha do tempo estão indicadas as datas de alguns acontecimentos. Eles marcam o início e o fim de períodos históricos europeus, como a invasão da cidade de Roma por povos germânicos, iniciada em 476, que marca o fim da
Antiguidade e início da Idade Média. Para organizar a linha do tempo são escolhidos fatos históricos considerados relevantes.Indicado na linha do tempo em cor vermelha: 476 e 1453: Idade Média. Em caixa de texto branca: 1453 Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Indicado na linha do tempo com destaque em amarelo: 1453 e 1789: Idade Moderna.  Em caixa de texto branca: 1789 Início da Revolução Francesa.Por volta de 2000: Idade Contemporânea. Em caixa de texto verde: Idade Contemporânea 1789 até os dias atuais.
Respostas e comentários
  • Para auxiliar os alunos na leitura e na análise da linha do tempo, comente que êsse recurso envolve ideias de simultaneidade, posterioridade e anterioridade. Assim, em relação a determinado ponto na linha, o que aconteceu antes se situa do lado esquerdo ou na parte de cima; e o que aconteceu depois, do lado direito ou na parte de baixo. Aproveite o momento e chame a atenção para o fato de que a História não é fundamentada apenas em datas e periodizações.
  • Explique para os alunos que, apesar de os fatos da linha do tempo serem considerados marcos, as mudanças de estruturas que caracterizam a transição entre um período e outro são lentas e processuais.

Um texto a mais

O texto a seguir trata da questão do estabelecimento de período na História. Leia-o para aprofundar seus conhecimentos sôbre o assunto.

reticências

O estabelecimento de período na História nunca é definitivo e não responde a critérios rigorosos, até porque nossas vidas e a das coletividades não podem ser condicionadas por um único fato.

reticências

Utiliza-se a periodização para facilitar a compreensão de uma totalidade; ela nada mais é do que uma ferramenta prática. É fundamental, portanto, entender como os fatos históricos se articulam e como as permanências e rupturas caracterizam determinado período de tempo.

reticências

bósqui, Caio César. Por que estudar história? São Paulo: Ática, 2007. página 46.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Explique o que são as unidades de medida de tempo.
  2. Como podemos perceber a passagem do tempo observando a natureza? Cite exemplos.
  3. Como a observação das fases da lua e do movimento da Terra em relação ao Sol serviu de base para a criação de calendários?

Aprofundando os conhecimentos

4. Com base na observação dos fenômenos da natureza, os indígenas Guarani criaram um tipo de observatório solar. A ilustração a seguir representa êsse observatório, conhecido também como relógio solar vertical. Analise-a.

Esquema. Ilustração tridimensional de uma bússola verde. No ponto central, haste vermelha. Sobreposto o número 1. A partir dessa haste, saem várias linhas retas. Na parte superior,  linha vertical reta com a letra 'N'. Ao lado, o número 5. À esquerda, linha horizontal reta com a letra 'O'. Ao lado, o número 3. Entre a linha com a letra 'O' e a linha com a letra 'N', há uma linha diagonal reta com o número 4. À direita, linha horizontal reta com a letra 'L'. Ao lado, o número 7. Entre a linha com a letra 'N' e a linha com a letra 'L', há uma linha diagonal com o número 6. Na parte inferior, linha vertical reta com a letra 'S'. Ao lado, o número 9. Entre a linha com a letra 'S' e a linha com a letra 'L', há uma linha diagonal reta com o número 8. Entre a linha com a letra 'S' e a linha com a letra 'O'. Há uma linha diagonal reta com o número 2.

1. No centro do observatório há uma haste cuja sombra é projetada no chão. A peça aponta para o zênite, a região mais alta do céu, que representa nhanderú, um de seus principais deuses.

2. Direção que marca o pôr do sol no início do verão.

3. Oeste: representa Tupã, deus das águas. É também a região que marca o pôr do sol no início da primavera e do outono.

4. Direção que marca o pôr do sol no início do inverno.

5. Norte: representa Jakaira, deus da neblina.

6. Direção que marca o nascer do sol no início do inverno.

7. Léste: representa Karai, deus do fogo. É também a região que marca o nascer do sol no início da primavera e do outono.

8. Direção que marca o nascer do sol no início do verão.

9. Sul: representa Nhamandu, deus do sol e das palavras.

Fonte de pesquisa: AFONSO, Germano. Mitos e estações no céu tupi-guarani. saientifiqui Américan Brasil, São Paulo, Segmento, número 14, página 48, 2009.

Respostas e comentários

1. Resposta: As unidades de medida de tempo são utilizadas para marcar e medir a passagem do tempo, como os segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas e os meses.

2. Resposta: Podemos perceber a passagem do tempo por meio da observação dos ciclos da natureza, como o movimento aparente do Sol, as fases da lua, as marés, a posição das estrelas no céu noturno e as estações do ano.

3. Resposta nas orientações ao professor.

As atividades da página incentivam a percepção dos alunos quanto aos diferentes métodos de contagem do tempo em nossa sociedade, desde o cronológico até os realizados com base na sucessão dos fenômenos da natureza. A atividade 4 possibilita a análise da concepção de tempo para as sociedades indígenas por meio da análise de uma representação do observatório. O desenvolvimento desta atividade permite abordar a habilidade ê éfe zero seis agá ih zero um.

Resposta

3. Ao observar as fases da lua, os seres humanos verificaram um intervalo de 29 ou 30 dias para que uma mesma fase se repetisse. Ao longo do tempo, passou-se a usar esses intervalos como parâmetro para a criação dos calendários. Ao observar o movimento da Terra em relação ao Sol (movimento aparente do Sol), foi possível criar um calendário baseado no tempo que o planeta leva para dar uma volta completa em tôrno da estrela maior, obtendo-se mais contrôle sôbre a passagem das estações do ano.

  1. Por que o observatório solar anterior é importante para o povo Guarani?
  2. Quais deuses estão relacionados ao observatório? Comente a relação entre esses deuses e os pontos cardeais (Norte, Sul, Léste e Oeste).
  3. E você, costuma observar o Sol? De que maneira a observação do Sol e de seu movimento aparente pode orientar suas atividades diárias?

5. Analise as imagens a seguir, que mostram trabalhadores do campo em diferentes épocas e lugares. Depois, responda às questões no caderno.

Pintura 'A'. À esquerda, uma mulher com roupas brancas, cabelos na altura do busto. Ela está segurando com uma das mãos um cesto e com a outra mão jogando sementes no chão. Ao lado, um homem usando tecido ao redor da cintura. Ele está caminhando, segurando com as mãos um arado de madeira preso a dois bois. Abaixo, diversas árvores frutíferas na encosta de um rio.
Trabalhador rural utilizando o arado, no Egito Antigo, África. Pintura tumular, século treze antes de Cristo Vila de el-Medina, Tebas, Egito.
Fotografia 'B'. Um homem, usando camisa e short. Ele está sobre um trator azul arando a terra. No fundo, plantação.
Trabalhador rural utilizando trator em Quérson, Ucrânia, em 2021.
  1. Com base na cronologia europeia apresentada na linha do tempo das páginas anteriores, identifique o período histórico a que se refere cada uma das imagens.
  2. Que atividade as pessoas representadas nas imagens estão realizando?
  3. Em sua opinião, essa atividade ainda é importante na atualidade? Por quê?
  4. Com base na concepção de tempo histórico, analise as duas imagens e escreva as mudanças e as permanências.
Respostas e comentários

4. a) Resposta nas orientações ao professor.

4. b) Resposta nas orientações ao professor.

4. c) Resposta nas orientações ao professor.

5. a) Resposta: a – Idade Antiga ou Antiguidade; B – Idade Contemporânea.

5. b) Resposta: Ambas as imagens mostram trabalhadores rurais arando a terra.

5. c) Resposta: Espera-se que os alunos reconheçam a importância do trabalho do agricultor. As atividades do campo nos fornecem produtos essenciais, como alimentos e matérias-primas para a fabricação de diversos utensílios.

5. d) Resposta: Atualmente, o trabalho de arar a terra é principalmente feito com o auxílio de máquinas, como tratores e arados maiores, de maneira diferente de como era feito no Egito Antigo. No entanto, o trabalhador rural continua exercendo um importante papel nessa e em outras atividades no campo.

  • A atividade 5 permite que o aluno analise a periodização (mudanças e permanências) comum aos processos históricos. Por meio da análise de fontes imagéticas, será possível a êles estabelecer as continuidades e as rupturas em relação ao trabalho no campo em épocas distintas, como no antigo Egito e na atualidade. Essa abordagem favorece o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis agá ih zero um.
  • Antes de iniciar a atividade 4, oriente os alunos quanto à função da rosa dos ventos. Ela representa uma volta completa no horizonte, indica os pontos cardeais Norte, Sul, Léste e Oeste e os intermediários. Assim como a rosa dos ventos, o observatório indígena ilustrado na página 36 apresenta as indicações referentes aos pontos cardeais.

Respostas

4. a) O observatório solar é importante porque auxilia o povo Guarani em suas atividades cotidianas, como caça, pesca, coleta e rituais.

b) Os deuses relacionados ao observatório são: Jakaira (Norte), Nhamandu (Sul), Karai (Léste) e Tupã (Oeste). Para os Guarani, cada ponto cardeal representa um deus, pois é também próximo a essas regiões que o início e o fim das quatro estações do ano são identificados, trazendo algum tipo de fenômeno natural que se relaciona ao poder atribuído aos deuses.

c) Resposta pessoal. Verifique se os alunos compreendem, por exemplo, que há momentos em que a incidência do Sol está mais forte (ao meio-dia, por exemplo). Essa observação e o movimento aparente do Sol podem orientar atividades realizadas nos períodos diurno e noturno. Permita que êles se expressem quanto às atividades que costumam fazer com base nessas observações.

O tema é reticências

Diversidade cultural

Constelações indígenas

Se você olhar para o céu em uma noite sem nuvens, em um lugar com poucas luzes, verá inúmeras estrelas. Há muito tempo elas despertam curiosidade e interêsse nas pessoas.

Como vimos nesta unidade, acredita-se que por meio da observação dos fenômenos da natureza os seres humanos tenham elaborado as primeiras maneiras de medir a passagem do tempo. A observação das constelaçõesglossário no céu, por exemplo, cujas posições mudam ao longo do ano, contribuiu para a elaboração dos mais antigos calendários.

Os desenhos das constelações são muito variados e geralmente estão associados a pessoas, animais ou objetos da história e da cultura de um povo.

Para os Guarani Êmibiá, povo indígena que vive em diferentes regiões do Brasil, o céu não é muito diferente do observado por outras pessoas. No entanto, algumas constelações têm diferentes nomes e significados para êsse povo. A constelação de Kuruxu, por exemplo, que corresponde à constelação do Cruzeiro do Sul, fórma para os Guarani Êmibiá o desenho de uma cruz. Porém, êles não consideram a estrela que fica fóra do desenho da cruz, que é conhecida como Intrometida.

Ilustração. Cinco indígenas olhando para o céu com muitas estrelas. Quatro estrelas fazem o desenho de uma cruz. Entre os indígenas, há uma fogueira acesa. Nas laterais, duas moradias.

Esta ilustração é uma representação artística contemporânea produzida com base em estudos históricos.

Fonte de pesquisa: AFONSO, Germano. Mitos e estações no céu tupi-guarani. saientifiqui Américan Brasil, São Paulo, Segmento, número 14, 2009.

Respostas e comentários

Objetivos

  • Perceber a relação entre o modo de vida de um povo indígena e os fenômenos e elementos da natureza.
  • Valorizar a diversidade étnica e cultural brasileira.

  • O trabalho com essa seção possibilita abordar o tema contemporâneo transversal Diversidade cultural, pois evidencia um aspecto da percepção sóbre o mundo do povo indígena Guarani Êmibiá, demonstrando aos alunos que há diferentes pontos de vista e distintas fórmas de manifestar saberes, crenças e valores.
  • Leia o texto da seção com os alunos, permitindo que façam comentários e questionamentos referentes ao tema abordado.
  • Peça a êles que descrevam oralmente as ilustrações, comentando o que mais lhes chamou a atenção. É importante explicar, nesse momento, que as constelações vistas pelos indígenas e que foram representadas na ilustração correspondem às que são visíveis no hemisfério Sul, onde se localiza o Brasil. Assim, pessoas que vivem no hemisfério Norte, como nos Estados Unidos, em Portugal ou na Espanha, por exemplo, podem observar outras constelações, que são visíveis nesse respectivo hemisfério.

Analise outra constelação importante para os Guarani Êmibiá, chamada constelação da Ema (Guyra nhandu). Para os Guarani Êmibiá que vivem na Região Sul do país, o aparecimento dessa constelação, no mês de junho, indica o início do inverno. Já para os Guarani Êmibiá que vivem no Norte, a mesma constelação indica o início do período de sêca.

Ilustração. Céu com muitas estrelas, entre elas, há o desenho de uma ema. Abaixo, telhados de moradias indígenas.

Esta ilustração é uma representação artística contemporânea produzida com base em estudos históricos.

Fonte de pesquisa: AFONSO, Germano. Mitos e estações no céu tupi-guarani. Scientific American Brasil, São Paulo, Segmento, número 14, 2009.

Agora, responda às questões a seguir.

Ícone ‘Atividade oral’.

1. Por que a constelação da Ema é importante para os Guarani Êmibiá que vivem no Sul e no Norte do Brasil?

Ícone ‘Atividade oral’.

2. Você já parou para observar os desenhos formados pêlas constelações? Conseguiu identificar alguma? Com o que ela se parecia? Faça um desenho e mostre para os colegas.

Versão adaptada acessível

2. Você já ouviu falar em alguma constelação além das citadas anteriormente? Descreva-a aos colegas.

Orientação para acessibilidade

2. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é levar os alunos a descrever a constelação associando seu desenho a uma figura que represente uma pessoa, um animal, um objeto, entre outras.

Ícone ‘Atividade oral’.

3. Em sua opinião, por que é importante manter o conhecimento tradicional dos povos indígenas? Explique sua opinião aos colegas.

Ícone ‘Atividade oral’.

4. Pergunte aos seus familiares se êles costumavam ou se costumam observar o céu e as constelações. Em caso afirmativo, procure saber o que êles perceberam nessa observação. Anote a resposta no caderno e, em sala de aula, conte aos colegas o que você descobriu.

Respostas e comentários

Questões 1 a 4. Respostas nas orientações ao professor.

  • As atividades da página permitem que os alunos tenham acesso a diferentes fontes de informação por meio de consultas aos familiares, sôbre o céu e as constelações. Também incentiva o contato com noções introdutórias de práticas de pesquisa, por meio de observação, tomada de nota e construção de relatórios com base nos relatos obtidos.
  • O tema dessa seção explora assuntos que são de domínio do componente curricular de Ciências, como a formação de constelações na esfera celeste. Para que essa articulação ocorra, convide o professor dêsse componente a participar da discussão e, com êle, explique aos alunos que a esfera celeste é composta de estrelas que aparentam estar próximas umas das outras quando olhamos para o céu. Explique também que, desde o ano de 1922, 88 constelações são reconhecidas por uma instituição científica chamada União Astronômica Internacional (UAI).

Respostas

1. A Constelação da Ema é importante, pois seu aparecimento marca o início do inverno para os Guarani Êmibiá do Sul e o período de sêca para os do Norte.

2. Resposta pessoal. Se necessário, solicite aos alunos que realizem essa atividade em casa (no período noturno) e levem o desenho para a aula seguinte. Caso tenham dificuldade de visualizar as constelações por fatores relacionados à poluição do ar, por exemplo, peça-lhes que façam uma pesquisa em livros, revistas ou na internet sôbre outras constelações. Para essa opção, estabeleça um prazo de dois dias para a entrega do resultado.

3. Resposta pessoal. Oriente os alunos sôbre a importância de preservar e transmitir os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas, pois representam uma das fórmas de compreender a natureza na atualidade.

4. Resposta pessoal. Por meio dessa atividade, os alunos podem desenvolver noções introdutórias da prática de pesquisa de observação, tomada de nota e relatório à medida que são incentivados a conversar com seus familiares, tentando descobrir se êles já observaram ou não o céu e as constelações. Peça-lhes que analisem atentamente a maneira como seus familiares reagirão ao questionamento, fazendo anotações sôbre isso. Pode acontecer de responderem que nunca observaram o céu – nesse caso, incentive os alunos a convidá-los a fazer êsse exercício e, caso seja possível, peça-lhes que anotem suas impressões sôbre a dinâmica. Ao final, oriente-os a construir um relatório com base em tudo o que foi conversado e verificado com seus familiares. Depois, solicite aos alunos que levem essas anotações para a sala de aula, a fim de compartilhá-las com os colegas.

O que eu estudei?

Faça as atividades em uma folha de papel avulsa.

1. Leia com atenção o texto a seguir e responda ao que se pede.

reticências

Quando se diz que “a História é o estudo do homem no tempo”, rompe-se com a ideia de que a História deve examinar apenas e necessariamente o Passado. O que ela estuda, na verdade, são as ações e transformações humanas (ou permanências) que se desenvolvem ou se estabelecem em um determinado período de tempo, mais longo ou mais curto. reticências

BARROS, José dassunção. História, espaço e tempo: interações necessárias. Varia História, Belo Horizonte, volume 22, número 36, julho/dezembro 2006. página 461.

  1. De acôrdo com o texto, por que a História não estuda somente o passado?
  2. Para o autor, qual é o objetivo principal do estudo da História?

2. Os iorubás são uma das maiores etnias do continente africano. Um dos calendários utilizados por êles é o calendário gregoriano, como o nosso. Porém, os nomes dos dias da semana e seus significados são diferentes. Confira.

Dia da semana

Significado

Equivalente no calendário gregoriano

Ojô-Aicu

Dia da Imortalidade

Domingo

Ojô-Ajé

Dia dos Ganhos e dos Lucros

Segunda-feira

Ojô-Ixegum

Dia da Vitória

Terça-feira

Ojô-Riru

Dia do Sacrifício

Quarta-feira

Ojô-Rubó

Dia da Criação

Quinta-feira

Ojô-Eti

Dia dos Impasses

Sexta-feira

Ojô-Abametá

Dia das Sugestões

Sábado

  1. No calendário iorubá, quais são os dias da semana correspondentes aos sábados e aos domingos?
  2. Você conhece o significado dos dias da semana no calendário gregoriano? Faça uma pesquisa e escreva o significado de cada um em uma folha de papel avulsa.
  3. Quais são as semelhanças e as diferenças entre os dias da semana dos iorubás e os do calendário gregoriano?
  4. Os calendários podem ser considerados fontes históricas? Quais informações podemos obter ao analisá-los?

3. A ciência histórica é construída por meio da união de vários elementos, como a memória, o tempo, o espaço e o diálogo com outras ciências. Considerando isso, copie na folha de papel avulsa somente a alternativa correta.

Respostas e comentários

1. a) Resposta nas orientações ao professor.

1. b) Resposta nas orientações ao professor.

2. a) Resposta nas orientações ao professor.

2. b) Resposta nas orientações ao professor.

2. c) Resposta nas orientações ao professor.

2. d) Resposta nas orientações ao professor.

1. e 2. Objetivos

A atividade 1 permite avaliar se os alunos compreendem a construção do saber histórico, favorecendo o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis agá ih zero dois. Já a atividade 2 avalia se êles compreendem que há diferentes tipos de calendário, levando-os a compará-los por meio da discussão de fórmas distintas de periodização e contagem do tempo nas diversas sociedades, o que estabelece um diálogo com a habilidade ê éfe zero seis agá ih zero um.

Como proceder

Se os alunos tiverem dificuldades na realização da atividade 1, retome a leitura do texto com a turma, a fim de destacar o que foi assimilado quanto aos fenômenos do tempo presente. Se eles tiverem dificuldade em responder à atividade 2, peça-lhes que escrevam no caderno os dias da semana do calendário iorubá e o equivalente no gregoriano. Na sequência, solicite a eles que associem os significados expostos no quadro ao calendário iorubá, de acôrdo com o dia da semana. Chame a atenção da turma para o fato de os calendários, assim como o iorubá e o gregoriano, serem fontes históricas, pois dizem respeito à maneira como as pessoas, em diferentes culturas, organizam o tempo em seu dia a dia.

Respostas

1. a ) O texto afirma que a História é o estudo do homem no tempo, o que significa que ela deve compreender as ações humanas em quaisquer períodos, inclusive o presente.

b ) Para o autor, o objetivo principal do estudo da História é conhecer as mudanças e as permanências nas ações humanas em períodos específicos, que podem ser longos ou curtos.

2. a ) Sábado: Ojô-Abametá, que é dedicado ao Dia das Sugestões; domingo: Ojô-Aicu, que é dedicado ao Dia da Imortalidade.

b ) Domingo: Dia do Senhor; segunda-feira: segundo dia; terça-feira: terceiro dia; quarta-feira: quarto dia; quinta-feira: quinto dia; sexta-feira: sexto dia; sábado: descanso.

c ) Entre as semelhanças, estão o número de dias da semana, que são sete. Quanto às diferenças, são os nomes e seus significados.

d ) Sim. O calendário é uma das principais fórmas de marcar a passagem do tempo, indicando as datas importantes para a cultura de um povo, como as comemorações e os feriados. êle é organizado de acôrdo com esses elementos culturais, como no caso dos iorubás, que nomeiam os dias da semana segundo as atividades que consideram mais importantes em seu cotidiano.

  1. O estudo da História permite que cada um de nós se reconheça no contexto em que vivemos, identificando apenas as culturas semelhantes à nossa.
  2. A maior contribuição do estudo da História é que ela nos possibilita conhecer a cultura e a sociedade dos povos do passado, mas não nos ajuda a compreender situações do presente.
  3. Estudar a História leva ao conhecimento das tradições, dos costumes, dos hábitos e das crenças de diferentes sociedades, possibilitando uma percepção melhor sôbre as diferenças e semelhanças entre as pessoas.
  4. O estudo da História não interfere no modo como percebemos o mundo ao redor, sendo importante apenas para os historiadores.

4. Leia os conceitos a seguir e relacione, em uma folha de papel avulsa, cada um deles com a definição correspondente.

1. Tempo cronológico

2. Tempo da natureza

3. Tempo histórico

A. fórma de medida do tempo que se relaciona às mudanças e às permanências ocorridas em um determinado contexto.

B. Concepção de tempo que se baseia na observação dos astros e da repetição dos fenômenos naturais.

C. Tipo de tempo que pode ser contado por meio de unidades de medida, como os minutos e os segundos.

5. Leia as afirmativas a seguir. Depois, escolha os conceitos do quadro para completar cada uma delas em uma folha de papel avulsa.

Fontes históricas • imateriais • sujeitos históricos • tolerância • materiais

  1. Conhecer outras culturas permite que cada um de nós se coloque no lugar do outro, transformando-nos em indivíduos com mais .
  2. são vestígios produzidos pelos seres humanos e que podem fornecer informações sôbre sua passagem pêla Terra. Aqueles que agem na construção do conhecimento histórico são chamados de .
  3. É possível dividir as fontes históricas em duas grandes categorias: as fontes , como os monumentos, as esculturas e as cartas, e as fontes , como as festas, as danças e os modos de fazer de um povo.
Respostas e comentários

3. Resposta: Alternativa c.

4. Resposta: 3 – a; 2 – B; 1 – C.

5. a) Resposta: tolerância.

5. b) Respostas: fontes históricas; sujeitos históricos.

5. c) Respostas: materiais; imateriais.

3., 4. e 5. Objetivos

As atividades 3 e 5 avaliam se os alunos tecem reflexões sôbre a produção do saber histórico e as fontes que permitem a construção de maneiras diversas de registro, favorecendo o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis agá ih zero dois. Já a 4 avalia se eles compreenderam que há diferentes concepções de tempo, discutindo fórmas distintas de periodização e contagem, dialogando, assim, com a habilidade ê éfe zero seis agá ih zero um.

Como proceder

Se os alunos tiverem dificuldades na realização das atividades 3 e 5, retome a leitura de alguns tópicos do capítulo História e vida, a fim de levá-los a relembrar os objetivos dos estudos históricos, bem como conceitos importantes para a História. Se apresentarem dificuldades na realização da atividade 4, peça-lhes que citem o que vem à cabeça a respeito das diferenças entre as três concepções de tempo mencionadas, fazendo as correções necessárias. Na sequência, oriente-os a retomar as atividades.

Algo a mais

  • Para saber mais a respeito das fontes históricas, leia o livro indicado a seguir. > Pínsqui, Carla Bassanezi; LUCA, Tania Regina de. O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2012.
  • Os textos indicados a seguir a seguir fornecem mais informações sôbre o modo de vida de alguns povos indígenas e sua relação com os elementos da natureza. > AFONSO, Germano Bruno. As constelações indígenas brasileiras. Disponível em: https://oeds.link/fF0Jh7. Acesso em: 2 abril 2022. > OLIVEIRA, Melissa. Astronomia Tukano. Povos Indígenas no Brasil. Disponível em: https://oeds.link/9I7fdm. Acesso em: 2 abril 2022.

Glossário

Astrologia
: estudo da suposta influência dos corpos celestes na vida das pessoas.
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Constelação
: desenho formado por linhas imaginárias que ligam estrelas visíveis no céu.
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