O cotidiano dos trabalhadores livres

As cidades do Império Romano eram agitadas. Desde cedo, muitos trabalhadores já estavam nas ruas realizando diversas atividades. Para muitos deles, restava pouco tempo para o lazer e a vida social.

Os moradores das cidades costumavam tomar banho gratuitamente nas termas públicas. êles também frequentavam circos e anfiteatros para assistir aos espetáculos públicos.

O papel das mulheres

As mulheres romanas podiam participar da vida pública. Muitas delas frequentavam banquetes e reuniões sociais, discutiam questões políticas e eram proprietárias de estabelecimentos comerciais.

As mulheres ricas tinham acesso à educação e mais tempo para se instruir. Algumas se tornavam poetisas. Entretanto, elas não podiam votar, não tinham direitos políticos e não podiam exercer cargos públicos.

Pintura. Destacando o busto de uma mulher com cabelos curtos na altura da orelha, brincos e um adorno na cabeça. Ela está segurando um pincel com uma mão e, com a outra, um livro.
Detalhe de afresco do século um representando uma poetisa romana, em Nápoles, Itália.

A alimentação

A alimentação das pessoas pobres não era muito variada. Elas costumavam fazer três refeições por dia. Na primeira, que ocorria pêla manhã, costumavam comer pães e azeitonas e beber vinho diluído em água.

A segunda refeição era realizada próximo do meio-dia. Nela, eram consumidos, principalmente, pães, frutas e legumes. A terceira refeição ocorria no início da noite e costumava ter o mesmo cardápio do almôço.

A carne era muito cara e, por isso, pouco consumida entre os pobres. Já a alimentação das pessoas ricas costumava ser mais diversificada. Além de pães, azeitonas, queijos e vinhos, o cardápio dos ricos incluía diversas frutas e legumes, ovos, ostras e diferentes tipos de carnes.

Relevo. Desenhos representando uma tábua com peixes, uma colher e alimentos com forma circular.
Detalhe de relêvo romano do século um que representa alimentos sôbre uma mesa.
Respostas e comentários
  • O conteúdo sôbre o cotidiano dos trabalhadores livres propicia aos alunos entender as relações próprias do mundo do trabalho, aspecto preconizado pêla Competência geral 6, e permite uma abordagem determinada pêla habilidade ê éfe zero seis agá ih um sete ao tratar da escravidão e suas características na Roma Antiga.
  • O tema das mulheres na sociedade romana possibilita trabalhar a Competência geral 9, pois promove o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem qualquer tipo de preconceito. Além disso, contempla a habilidade EF06HI19 ao destacar o papel da mulher na Roma Antiga, os limites de sua participação na vida pública – que se restringia a reuniões sociais e discussões relacionadas à política –, sua atuação em atividades comerciais, o acesso à educação e, por outro lado, a falta de direitos políticos e o fato de não poderem exercer cargos públicos.

Sugestão de avaliação

Para aferir a aprendizagem dos alunos acêrca da situação das mulheres na Antiguidade romana, escreva na lousa as seguintes questões:

1. sôbre o papel das mulheres na Antiguidade romana, é correto afirmar que elas sempre tiveram intensa participação política tanto na República quanto no Império?

2. Ao comparar a situação das mulheres romanas com a das gregas, especialmente as de Atenas, encontramos algumas semelhanças e diferenças. Escreva: a ) Uma semelhança. b ) Uma diferença.

3. Em sua opinião, em qual das duas sociedades, a grega ou a romana, as mulheres tinham mais direitos? Justifique.

Respostas

1. Não, pois as mulheres romanas não tinham participação política, uma vez que não votavam nem faziam parte dos órgãos governamentais.

2. a ) As mulheres não eram consideradas cidadãs, isto é, não tinham participação política.

b ) As mulheres de Atenas eram educadas para se dedicarem ao casamento, ao lar e aos filhos, além disso, a maioria delas não participava de atividades públicas; ao passo que as mulheres romanas podiam participar de diversas atividades públicas, como banquetes e reuniões sociais, nas quais eram discutidos assuntos relacionados à política.

3. Resposta pessoal. Os alunos talvez concluam que as romanas tinham mais direitos, porque as patrícias, por serem ricas, tinham acesso à educação e se instruíam mais.

Caso os alunos tenham dificuldade para responder às questões, retome o conteúdo referente às mulheres gregas, estudado na unidade 5, e o conteúdo específico sôbre as mulheres romanas, neste capítulo. Em seguida, realize a atividade oralmente, pedindo aos alunos que ajudem os colegas que apresentam dificuldades com as respostas. Aproveite o momento para ensejar a importância de combatermos a misoginia (ódio ou aversão às mulheres) em nosso cotidiano, buscando sempre promover uma imagem positiva das mulheres nos mais diversos âmbitos e contribuindo para que possamos alcançar a igualdade entre os gêneros. O texto apresentado na seção Um texto a mais aprofunda a discussão sôbre o conceito de misoginia, reforçando a importância de compreender e reconhecer o fenômeno em nossa sociedade, com vistas a cobrar do poder público políticas para o seu combate.

Diversão e lazer

Imagine que você viveu na Roma Antiga. Quais atividades voltadas ao lazer seriam possíveis de realizar nesse período? Em sua opinião, é possível realizá-las nos dias atuais?

Teatro

O teatro romano foi influenciado pêlo teatro grego, tendo como principais gêneros a tragédia e a comédia. Outro gênero de sucesso era o satírico, que tem sua criação atribuída aos romanos. O teatro satírico ridicularizava um indivíduo, uma organização ou uma situação.

Mosaico. Uma máscara com cabelos ondulados e um laço na cabeça. Os olhos e a boca estão abertos. Ao lado, uma máscara com folhas na cabeça, barba e a boca aberta com um sorriso.
Detalhe de mosaico romano do século dois representando máscaras de tragédia e comédia.

Circo romano

Os circos eram muito apreciados pelos romanos e ofereciam diversos espetáculos, como apresentações de malabaristas, acrobatas e ilusionistas.

Uma das principais atrações dêsses circos eram as corridas de carros puxados por quatro cavalos (quadriga). Essas corridas eram realizadas por quatro equipes de côres diferentes: azul, branca, vermelha e verde.

Mosaico.  À direita, dois homens em um veículo com duas rodas puxado por quatro cavalos, um do lado do outro. Ao lado, outro homem segura um dos cavalos.
Detalhe de mosaico romano do século representando uma quadriga.

Luta de gladiadores

A luta de gladiadores era o espetáculo mais violento e popular do Império Romano. Elas ocorriam em anfiteatros ou em circos. Geralmente, os gladiadores eram pessoas escravizadas que recebiam um treinamento para realizar os combates. Além de lutarem entre si, os gladiadores também podiam lutar com animais ferozes, como leões e ursos.

Mosaico. Dois homens lutando e outro no meio. À esquerda, um homem com capacete e escudo. Ele está de costas. Ao lado, um homem com tecido na cintura, segurando uma lança com as mãos na direção do homem com o capacete e o escudo. Entre eles, um homem com tecido ao redor do corpo que os observa lutando.
Detalhe de mosaico romano do século representando uma luta de gladiadores.
Respostas e comentários

Professor, professora: Após abordar os tópicos dessa página com os alunos, retome essa questão. Espera-se que os alunos expressem suas opiniões e identifiquem semelhanças e diferenças entre as atividades de lazer no passado e no presente.

Antes de começar a trabalhar os conteúdos da página, leia com os alunos a reflexão proposta na situação-problema que inicia a abordagem. Peça-lhes que verbalizem suas reflexões, compartilhando com os colegas como imaginam que seriam as atividades de lazer naquela época. êles podem responder ao questionamento com base em seus conhecimentos prévios adquiridos, por exemplo, por meio de agá quês ou filmes. Depois disso, mostre-lhes as possibilidades de lazer na Roma Antiga, como o teatro, o circo e as lutas de gladiadores, abordadas na página, verificando se êles compreendem que essas atividades faziam parte do cotidiano naquele contexto.

Um texto a mais

A misoginia e a violência de gênero são temas que vem pautando os debates e o dia a dia dos sujeitos na sociedade contemporânea. Cotidianamente nos deparamos com manchetes nos meios de comunicação que expõem esta violência, consistente em desde agressões físicas e psicológicas até o feminicídio, denotando quão urgente é a compreensão dos fatores que levam a este comportamento humano que assola a sociedade contemporânea e desestrutura famílias, bem como o cotidiano de vida de milhares de mulheres.

Tal compreensão, ao aclarar a origem e os fatores que levam a este fenômeno, poderá contribuir para que se possam desenvolver políticas públicas e ações, materiais e imateriais, de combate à violência da mulher, haja vista que, apesar das lutas travadas em âmbito público e privado, o número de agressões e feminicídio ainda vem crescendo a cada ano.

AGUIAR, Rodrigo Queiroz de; PELÁ, Márcia Cristina Hizim. Misoginia e violência de gênero: origem, fatores e cotidiano. Revista Sapiência: Sociedade, Saberes e Práticas Educacionais, volume 9, número 3, 2020. página 6869. Disponível em: https://oeds.link/ae7JbL Acesso em: 14 junho 2022.

A religiosidade

Os antigos romanos eram politeístas, e a religiosidade deles estava presente no co­tidiano de diferentes maneiras. Nas moradias, as pessoas geralmente tinham pequenos altares, onde faziam oferendas aos deuses domésticos (conhecidos como ). De acôrdo com essa crença, os protegiam a casa, o alimento e a família.

Larário. Altar esculpido na parede composto por duas colunas laterais e uma cobertura em formato triangular. Na parte central, há a pintura de três pessoas com tecido ao redor do corpo. As duas pessoas nas laterais seguram com uma das mãos erguidas um objeto. Abaixo, uma serpente.
Larárioglossário romano do século um. Acervo da Casa dos , Pompeia, Itália.

Os altares públicos também eram muito comuns. Existiam altares do lado de fóra dos templos, onde os sacerdotes conduziam rituais para homenagear os deuses.

Entre os diversos tipos de culto, havia também o culto ao imperador. Os imperadores eram adorados como seres superiores, mesmo depois da morte. A população devia prestar homenagens a êles, e os que se recusassem a fazê-las eram considerados traidores.

Fotografia. Detalhe em relevo de um altar. Duas pessoas, uma de frente para a outra, com a mãos sobre um altar.
Altar do século dois construído em homenagem ao imperador Galiano.
Ícone ‘Atividade oral’.

Questão 4.

Você conhece algum deus ou deusa da religiosidade romana? Qual?

Respostas e comentários

Questão 4. Resposta pessoal. É possível que os alunos respondam afirmativamente e citem os deuses mais conhecidos, como Júpiter, Marte e Diana. Ou ainda, citem deuses da religiosidade grega. Nesse caso, comente que a religiosidade grega influenciou a religiosidade romana.

A questão 4 permite desenvolver aspectos da habilidade ê éfe zero seis agá ih um um, pois auxilia na caracterização das configurações sociais e políticas da Roma Antiga ao abordar sua religiosidade.

Um texto a mais

A religião romana incorporou elementos de diversos povos conforme foi sendo moldada ao longo da expansão territorial. sôbre o tema, leia o texto a seguir.

reticências

A religião romana é resultado de uma complexidade de influên­cias oriundas das populações neolíticas autóctones, dos povos indo-europeus que povoaram a Itália e dos etruscos, cujo comportamento religioso já apresentava características orientais e gregas. Efetivamente, o processo de assimilação e de integração étnica, cultural e religiosa acompanhou as etapas de expansão territorial romana.

Desde as origens os romanos apresentaram uma religiosidade marcada pêla preocupação em determinar as distintas relações entre homens e o mundo dos deuses. Para os romanos, assim como para as sociedades agrárias em geral, a normalidade estava vinculada à sequência ordenada das estações. Qualquer mudança representava a possibilidade de catástrofes, denunciando uma crise nas relações entre os deuses e os homens. Era preciso estabelecer fórmas de diálogos entre os deuses e os homens que correspondessem à valorização religiosa das realidades naturais, das atividades humanas e dos acontecimentos. Toda ação humana deveria estar encadeada para evitar a hostilidade dos deuses [...]. Por isso, o homem devia estar atento para os prodígios ou presságios que proclamavam o descontentamento ou a cólera dos deuses. reticências

MENDES, Norma Musco. Roma Republicana. São Paulo: Ática, 1988. página 2223. (Série Princípios).

Influências etruscas e egípcias

A religiosidade dos antigos romanos foi influenciada por diferentes povos. A primeira grande influência veio da cultura etrusca. Os romanos adotaram diversas práticas dos etruscos, como a arte da adivinhação. Por exemplo, acreditava-se que era possível prever ou adivinhar determinado fato por meio da observação do comportamento dos pássaros.

Os deuses cultuados pêla população romana eram bastante diversificados. O culto a Ísis, deusa de origem egípcia, por exemplo, era muito comum em várias regiões do Império. Outras divindades orientais também eram bastante cultuadas, como Mitra (deus persa do Sol) e Cibele (deusa frígiaglossário da fertilidade).

Escultura. Figura humana feminina com adorno nos cabelos, usando um vestido que deixa as formas do corpo expostas. Ela está de pé, com a braço direito levando e a mão esquerda segurando um objeto próximo à perna.
Deusa Ísis. Escultura em mármore do século um encontrada no templo dedicado a Ísis, em Pompeia.

Influências gregas

Os romanos foram fortemente influenciados pêla religiosidade grega. Muitos de seus deuses revelam características semelhantes aos dos deuses gregos. Por exemplo, Júpiter apresenta diversas semelhanças com Zeus, o líder dos deuses do panteão grego.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

[Diego]

Mitologia grega e romana

[Diego]

[tom de voz animado]

Olá! Sejam bem-vindos ao nosso podcast “De olho na História”.

[Ana]

[tom de voz animado]

Oi, pessoal! Hoje a nossa conversa vai nos transportar para a Antiguidade clássica.

[Diego]

[tom de voz animado]

Sim, vamos falar sobre as mitologias grega e romana...

[Ana]

[tom de voz animado]

... que influenciaram muito a nossa cultura: teatro, cinema, quadrinhos... Vamos entender isso melhor?

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Na Antiguidade, tanto os gregos como os romanos, também chamados de latinos, cultuavam várias divindades. Por isso, suas religiões são chamadas de politeístas.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

As religiões desses dois povos tinham muitas similaridades. Na verdade, os romanos acabaram incorporando muitos aspectos da religião grega. E esses aspectos se fundiram com as suas próprias crenças. O nome disso é sincretismo religioso.

[Diego]

[tom de voz curioso]

Sincretismo religioso, então, acontece quando elementos de religiões diferentes se misturam, se fundem, é isso?

[Ana]

[tom de voz curioso]

Exato! Mas, Diego, como surgem os mitos?

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Os mitos nascem de histórias que são contadas e transmitidas de uma geração para outra. Essas narrativas geralmente procuram explicar o que é de difícil compreensão, como a origem do mundo ou os fenômenos da natureza.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

E um aspecto curioso da mitologia grega é que os deuses, apesar de serem imortais, possuíam características humanas.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Sim, os deuses gregos tinham sentimentos, amavam, odiavam, eram vaidosos, sentiam inveja... Às vezes se apaixonavam e acabavam se envolvendo com humanos. Tinham até filhos!

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Os filhos dessas uniões eram considerados semideuses, e alguns se tornaram heróis. O herói é outra figura importante da mitologia grega, não é?

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Sim, o herói possuía poderes, como força, inteligência ou velocidade, superiores aos humanos, mas eram mortais.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Esses heróis inspiraram muitas histórias, na literatura, no teatro, no cinema. Um caso famoso é o de Hércules, que é o nome latino do herói grego Héracles, filho de Zeus com Alcmena, uma humana.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

É bom lembrar que Zeus é considerado o mais poderoso dos deuses gregos. Era cultuado como o senhor do céu, dos raios e das tempestades.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Você sabia que existem diversas histórias em quadrinhos com inspiração mitológica? É o caso, por exemplo, da Mulher Maravilha.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Sim! Nessa HQ, a super-heroína Diana é uma das filhas da Amazona Hipólita com Zeus. É uma semideusa, com poderes sobre-humanos.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Hipólita aparece, também, na peça Sonho de uma noite de verão, de William Shakespeare. Na história, ela é prometida em casamento a Teseu, outro semideus da mitologia grega.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Outra curiosidade sobre os deuses é que muitos deles representavam as forças da natureza. Para os gregos, eventos naturais, como tempestades e vendavais, eram manifestações divinas.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Os deuses latinos também eram assim?

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Já dissemos que as mitologias grega e romana eram parecidas, não é? Os deuses latinos são muito similares aos gregos, apesar de terem nomes e, às vezes, algumas características diferentes.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

É verdade. Por exemplo, o poderoso Zeus, que citamos há pouco, para os romanos, é Júpiter. Só que enquanto a principal atribuição de Zeus era comandar os outros deuses, Júpiter se caracterizava mais por defender a cidade e o império romano.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

São vários os deuses gregos, com seus correspondentes latinos. Por exemplo, o grego Hades, deus do submundo e dos mortos, corresponde ao deus Plutão, dos romanos.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

E tem muito mais. A grega Deméter, deusa da agricultura, era chamada de Ceres em Roma. Já Poseidon, senhor dos mares para os gregos, corresponde ao deus latino Netuno.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

A deusa grega da beleza e do amor, Afrodite, era chamada de Vênus pelos romanos. E Dioniso, deus grego do vinho e das festas, equivale ao deus latino Baco.

[Ana]

[tom de voz explicativo]

Há também o deus da guerra, que, para os gregos, era Ares, e, para os romanos, Marte. Já o importante deus grego Apolo, que possuía inúmeros atributos, em Roma era chamado de Febo.

[Diego]

[tom de voz explicativo]

Um deus latino de quem todo mundo já ouviu falar é Cupido, filho de Vênus e Marte. Para os gregos, era Eros, filho de Afrodite e Ares.

[Ana]

[tom de voz animado]

Essa lista podia ir longe, pois existem vários outros deuses e semideuses. Deixo, então, uma sugestão para vocês: façam uma pesquisa para conhecer outras divindades mitológicas e suas histórias.

[Diego]

[tom de voz animado e conclusivo]

Ótima ideia! Aproveitem para descobrir outras obras que foram inspiradas nas mitologias grega e romana. Vocês vão se surpreender.

[Ana]

[tom de voz animado]

Sim, há muitos livros, contos, filmes, desenhos e até videogames com inspiração mitológica.

[Diego]

[tom de voz de despedida]

Bem, é isso. A gente fica por aqui. Até a próxima!

[Ana]

[tom de voz de despedida]

Tchau, pessoal! Até mais.

[Narrador]

O áudio inserido neste conteúdo é da Incompetech.

Pintura. À esquerda um pássaro escuro. À direita, Júpiter, figura humana masculina com cabelos e barba, usando ramos de oliveira na cabeça e um tecido caído no ombro. Ao lado, cupido, figura humana infantil. O cupido está apoiado no ombro direito de Júpiter, apontando o dedo para baixo. No fundo, montanhas.
Detalhe de afresco do século um representando Júpiter e Cupido.
Respostas e comentários
  • O tema da religiosidade romana, como trabalhado nestas páginas, permite valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo social e cultural para entender e explicar a realidade romana, abordando, desse modo, a Competência geral 1.
  • O mesmo tema, a religião, abordado pela perspectiva das influências etruscas, egípcias e gregas, permite analisar e compreender o movimento de populações no tempo e no espaço e seus significados históricos, contemplando aspectos da Competência específica de História 5.

Investigando fontes históricas

Os afrescos romanos

Os romanos costumavam pintar cenas do cotidiano em paredes, conforme indicam os registros arqueológicos datados do século um antes de Cristo em diante. Uma das principais técnicas que êles utilizavam era a dos afrescos.

Na maioria das vezes, essas pinturas eram bem planejadas, levando em consideração a posição da parede e a luminosidade do ambiente. O tema da pintura, geralmente, era escolhido pêla pessoa que encomendava a obra.

Vamos analisar um afresco do século dois que representa uma embarcação comercial romana.

Fonte 1

Pintura Fonte 1. Uma embarcação a remo e com mastro. Sobreposto à letra 'B', com a escrita: Isis Giminiana. Dentro dela, uma pessoa de estatura baixa sobre a cabine segurando uma vara. Sobreposto à letra 'C', com a escrita: Farnaces Magister. No centro do barco, três pessoas, uma segurando um objeto na mão, uma  segurando um cesto e a outra despejando o conteúdo de um saco dentro do cesto. Sobreposto à letra 'A', com a escrita: Arascantus. À direita, uma pessoa com roupa branca sentada próximo a uma tábua que serve de rampa. Nela, há duas pessoas com roupas brancas segurando sacos na cabeça e subindo na embarcação.
Detalhe de afresco do século dois representando romanos abastecendo uma embarcação com mercadorias.

Verifique como os trabalhadores entram na embarcação carregando os sacos de produtos para serem comercializados. A inscrição (A) provavelmente era o nome do proprietário da embarcação.

A embarcação romana representada no afresco, identificada como ísis (B), é uma típica embarcação usada no comércio, com apenas um mastro. O capitão que liderava a viagem, nesse caso, de acôrdo com a inscrição, foi identificado como (C).

O carregamento de mercadorias era uma das atividades realizadas em , um dos principais portos romanos que abasteciam a capital do Império. Nesse local, havia grande circulação de pessoas e de mercadorias.

Respostas e comentários

Objetivos

  • Compreender as características de um afresco.
  • Perceber que os afrescos romanos trazem representações de diversos aspectos da cultura e do cotidiano na Roma Antiga.

Um texto a mais

A arte parietal teve grande expressividade na civilização romana. Leia mais detalhes a seguir.

No estudo das artes romanas existe um capítulo especial das chamadas artes parietais: pinturas e grafites cujos suportes eram paredes, os muros e os tetos. A grande ênfase dos estudos se deu pêlas pinturas parietais. reticências

A técnica pictórica era o afresco e [era] realizada estendendo as côres sôbre uma capa de cal e pó de mármore, ainda úmida, aplicada um pouco antes. reticências Os extratos de preparação, até sete, feitos com areia e cal, eram dispostos sôbre o muro bem sêco, usando progressivamente grãos mais finos que serviriam tanto para alisar as irregularidades do muro como para isolar a parede pintada das infiltrações. Comumente encontra-se uma capa de extratos cerâmicos entre o muro e os extratos de preparação, utilizado para evitar os danos da umidade. Em geral, antes de estender a última camada, o pintor mais experiente traçava as linhas fundamentais do sistema decorativo, e, depois, deixava o lugar para os parietarii, que pintavam as paredes de cima para baixo, e aos imaginarii, que executavam os quadros figurados.

reticências

FUNARI, Pedro Paulo ; , Marina Regis. A arte parietal romana e diversidade. ín: ENCONTRO DE HISTÓRIA DA ARTE, 1., 2005, Campinas. AnaisreticênciasCampinas, unicâmpi, 2005. página 305. Disponível em: https://oeds.link/CSvE0K Acesso em: 21 junho 2022.

Agora, observe outros afrescos romanos e responda às questões a seguir.

Fonte 2

Pintura Fonte 2. Quatro pessoas dentro de um barco pequeno. No centro do barco, duas pessoas estão sentadas segurando remos. Em cada ponta do barco, uma pessoa em pé olhando para o corpo de água. No corpo de água há diversos peixes de formatos, cores e tamanhos diferentes, como peixe-espada e polvo.
Detalhe de afresco do século um antes de Cristo representando pescadores romanos em uma embarcação.

Fonte 3

Pintura Fonte 3. Sete pessoas, uma do lado da outra, com tecido ao redor do corpo. Algumas delas estão olhando para cima na direção de uma bola.
Detalhe de afresco do século um representando romanos realizando atividades de lazer, como um jôgo de bola.
Ícone ‘Atividade oral’.

1. Descreva a embarcação, as pessoas e os animais representados na fonte 2.

Ícone ‘Atividade oral’.

2. Há semelhanças entre as cenas representadas nas fontes 1 e 2? Quais?

Ícone ‘Atividade oral’.

3. Quais são as diferenças entre as fontes 1 e 2? Cite elementos que você observou para justificar sua resposta.

Ícone ‘Atividade oral’.
  1. As fontes 1 e 2 mostram cenas relacionadas ao trabalho no cotidiano dos romanos na Antiguidade. Qual aspecto do cotidiano é representado na fonte 3?
  2. Produza um texto explicando a importância dos afrescos como fontes históricas para conhecermos melhor o cotidiano dos antigos romanos. Inclua em seu texto as informações que você descobriu na análise anterior.
Respostas e comentários

Questões 1 a 5. Respostas nas orientações ao professor.

O conteúdo da seção, bem como as questões propostas, permite o desenvolvimento da Competência específica de História 3, pois propicia aos alunos elaborar questionamentos, hipóteses e argumentos em relação a documentos e contextos históricos, além de valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e adquirir conhecimentos e experiências que lhes possibilitam entender as relações próprias do mundo do trabalho, contemplando parte da Competência geral 6.

Respostas

1. Na fonte 2, há uma embarcação simples e sem mastro. Nela, duas pessoas seguram os remos e outras duas observam a água e pescam. Na imagem, estão representados também alguns animais, como peixes, golfinhos e polvos.

2. Sim. As cenas das imagens representadas nas fontes 1 e 2 representam atividades relacionadas ao trabalho no cotidiano romano e, em ambas, fica evidente a utilização de embarcações nas atividades.

3. Embora nas duas fontes apareçam embarcações, elas são bem diferentes. A da fonte 1 é maior, contém um mastro e um capitão em destaque. A embarcação da fonte 2 é mais simples. Outra diferença são as atividades realizadas: a fonte 1 representa o comércio, a 2, a pesca.

4. A fonte 3 mostra uma cena de lazer na qual algumas pessoas estão jogando bola e outras, conversando.

5. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que os afrescos são importantes fontes históricas sôbre Roma na Antiguidade, pois representam acontecimentos ocorridos naquela época, mostrando diversas atividades que a população realizava, como as relacionadas ao trabalho e ao lazer. Com uma análise cuidadosa, é possível verificar como eram os instrumentos de trabalho ou quais eram os jogos praticados. sôbre a técnica do afresco, se achar necessário, retome algumas informações do texto citado na seção Um texto a mais.

A educação na Roma Antiga

Você já imaginou como era o dia a dia de uma criança romana da Antiguidade? Muitas delas, além de praticar atividades de lazer, também tinham de ajudar os familiares nos trabalhos domésticos e nas atividades diárias. Além disso, para se tornarem adultos responsáveis, elas deviam ser educadas de acôrdo com certas tradições.

A primeira etapa da educação de uma criança romana acontecia geralmente no ambiente familiar. As meninas costumavam acompanhar a mãe nas tarefas da casa, aprendendo a fiar lã e assar pães, entre outras atividades. Já os meninos podiam frequentar os espaços públicos com o pai, para aprender como funcionava a política e como eram as relações sociais fóra do ambiente familiar.

A educação formal era comum entre as camadas sociais mais ricas. Ao completar sete anos, as crianças ingressavam nas instituições de ensino, nas quais aprendiam a ler, a escrever e a fazer contas. O grego e o latim eram as línguas ensinadas na Roma Antiga.

Relevo. Uma criança com tecido ao redor do corpo. Ela está em um veículo preso à um pequeno animal equestre.
Detalhe de relêvo em mármore do século três representando um menino brincando.
Relevo. Um homem, com cabelos e barba ondulada usando tecido ao redor do corpo, está sentado em uma cadeira. Sobreposto ao número 1. Ao lado, uma criança sentada segurando um pergaminho com as mãos. Sobreposto ao número 2. À direita, uma criança de pé segurando com a mão um ábaco. Sobreposto ao número 3.
Detalhe de relêvo romano do século dois representando um professor e seus alunos em uma instituição de ensino.

1. O professor sentava-se em uma espécie de cadeira conhecida como .

2. Naquela época, não existiam cadernos ou livros como conhecemos hoje. Os alunos escreviam sôbre rolos de papiro ou pergaminhosglossário . Nas escolas, os alunos sentavam normalmente em cadeiras e usavam os joelhos como apôio para escrever.

3. Como as escolas na Roma Antiga eram privadas, cada aluno deveria levar seu material. Para estudar Matemática, utilizavam o ábacoglossário , que existe até os dias atuais.

Respostas e comentários

Atividade a mais

Peça aos alunos que produzam um texto narrativo com base nas informações destas páginas. Nele, deve ser contada a história do dia a dia de uma criança moradora da Roma Antiga. Para redigir o texto, oriente-os a utilizar os recursos da página, como imagens, boxes explicativos e legendas, além do conteúdo principal. O texto também pode ter outras personagens além da criança romana. Explique aos alunos que a história poderá variar, dependendo das personagens que escolherem, se masculinas ou femininas, se pertencentes às camadas mais ricas ou pobres. Permita que êles estabeleçam relações com o seu dia a dia escolar, mas lembre-os de que se trata de contextos históricos diferentes. Por motivo, a atividade contribui para que os alunos desenvolvam noções sôbre o conceito de anacronismo, na medida em que devem evitar comparações que atribuam aos costumes dos antigos romanos impressões ou valores do tempo presente. Ao finalizar a atividade, peça a êles que compartilhem suas narrativas, orientando que cada um leia, em voz alta, sua produção para os colegas.

Ao completar 12 anos, os meninos eram incentivados a ler as obras de poetas gregos e romanos considerados importantes.

A maioria das meninas não chegava a êsse estágio da educação formal, pois elas tinham de começar a se preparar para o casamento.

Os materiais utilizados para escrever nas instituições escolares eram feitos de bronze e de madeira.

Fotografia. Tabuleta em forma retangular de madeira e bronze com elementos da escrita latina em branco. Há uma rachadura no meio da tabuleta.
Suporte para escrita do século três usado por um estudante romano.

Os meninos que continuavam os estudos chegavam ao chamado ensino superior. Para alcançar êsse estágio, êles precisavam demonstrar interêsse e habilidades para atuar na vida política ou para desempenhar alguma atividade relacionada ao Direito, às Ciências ou à Matemática.

Além dêsses conteúdos, as aulas eram voltadas ao ensino da oratória, a fim de que aprendessem como discursar e como defender uma ideia em público. Nessa etapa, muitas aulas eram realizadas nos espaços públicos para que os alunos entrassem em contato com o dia a dia da política.

Nesse relêvo romano, um jovem romano exercita gestos comuns da prática da oratória, o que pode ser observado pêla postura dele e pêla posição de suas mãos.

Relevo. À esquerda, uma criança com tecido ao redor do corpo. Ela está de perfil, com uma mão levantada. Ao lado, um homem com tecido ao redor do corpo. Ele está sentado, olhando para a criança com uma das mãos no queixo.
Detalhe de relêvo romano do século três.

Formação militar

Os meninos romanos, além de serem educados no ambiente familiar e nas instituições escolares, recebiam uma formação militar. Nos treinamentos, êlesaprendiam noções de disciplina e técnicas de utilização de armamentos e também passavam por uma rigorosa preparação física.

A formação militar era bastante valorizada e foi muito importante para a expansão e a manutenção do Império.

Respostas e comentários
  • Peça aos alunos que leiam, no boxe da página, as informações referentes à formação militar no contexto do Império Romano. Indique a correlação entre essa opção e a estrutura expansionista de Roma, característica, inclusive, dos impérios do mundo antigo. Dessa fórma, o tema contempla a habilidade ê éfe zero seis agá ih um três.
  • A respeito da infância em Roma, comente com os alunos que havia um estatuto jurídico específico para essa fase da vida. De acôrdo com êle, a infância era compreendida em três fases: a da criança, momento em que ainda eram bebês e não falavam; a dos impúberes, ou seja, a idade que precedia a puberdade e na qual as crianças ficavam sob a tutela de um adulto; e a idade em que o adolescente era considerado quase um adulto, que ia desde a puberdade até completar 25 anos.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Explique como o poder era exercido durante o período em que Roma foi governada por reis e cite o nome dessa fórma de govêrno.
  2. Cite duas influências dos etruscos no desenvolvimento da civilização romana.
  3. Copie em seu caderno o quadro a seguir e descreva cada um dos grupos da sociedade romana antiga.
Selo Modelo.

Grupo social

Descrição

Patrícios

Plebeus

Clientes

Escravizados

  1. O que era a Assembleia da Plebe? Explique quais eram as suas principais funções.
  2. Além das conquistas militares, de que outras maneiras os romanos realizaram sua expansão territorial? Explique.
  3. Qual é a relação entre a expansão territorial do Império Romano e a construção da rede de estradas romanas?
  4. Cite duas influências de outros povos para a formação da cultura e da religiosidade dos antigos romanos.

Aprofundando os conhecimentos

8. Nas escavações realizadas em Pompeia, foram encontradas mais de 10 mil inscrições, conhecidas como . sôbre êsse tema e sôbre o grafite na atualidade, leia os textos a seguir e, depois, responda às questões.

reticências Em geral eram escritos em ambientes fechados, embora muitos sejam encontrados nas paredes externas das casas pompeianas. Impulsivo, imediato e espontâneo, o grafite é um registro singular que marca um momento específico ou uma necessidade pessoal de deixar registrada uma insatisfação, uma piada ou uma declaração de amor, tornando-se, portanto, uma fonte de inestimável valor para o estudo dos anseios e paixões cotidianas a partir de uma perspectiva coletiva. reticências

GARRAFFONI, Renata Senna. Arte parietal de Pompeia: imagem e cotidiano no mundo romano. Domínios da Imagem, Londrina, volume 1, número 1, novembro 2007. página 155. Disponível em: https://oeds.link/JgpBZo Acesso em: 16 março 2022.

Respostas e comentários

1. Resposta: O rei exercia o poder com auxílio de um Senado, que aprovava ou vetava as suas decisões, e de uma Assembleia, que reunia os cidadãos para discutir os problemas da cidade. Essa fórma de govêrno era chamada de monarquia.

2. Resposta nas orientações ao professor.

3. Respostas nas orientações ao professor.

4. Resposta: A assembleia da Plebe era composta de representantes dos plebeus que defendiam seus direitos no Senado, como o casamento entre patrícios e plebeus, o acesso a cargos públicos e políticos e o fim da escravidão por dívida.

5. Resposta: Por meio do estabelecimento de alianças concessão de fôrças militares e cargos públicos aos povos aliados.

6. Resposta: A ampla rede de estradas permitia um domínio maior sôbre o território e facilitava a comunicação e a circulação de pessoas, assegurando a extensão do território.

7. Resposta: A religiosidade romana foi influenciada pelos gregos, que legaram aos romanos uma grande quantidade de deuses. Dos etruscos, os romanos adotaram algumas práticas, como a adivinhação.

  • As atividades desta página abordam aspectos da habilidade ê éfe zero seis agá ih um um, pois permitem que os alunos caracterizem o processo de formação da Roma Antiga e suas configurações sociais, políticas e culturais, como a divisão social entre plebeus, patrícios, clientes e escravizados, a centralização em tôrno da figura política do imperador e as influências de outras culturas.
  • A atividade 8 aborda as inscrições encontradas na cidade de Pompeia e propõe que os alunos as relacionem com os grafites da atualidade. Dessa maneira, é possível identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade deles. São aspectos que permitem o trabalho com a Competência específica de Ciências Humanas 3.
  • Essa mesma atividade permite o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis agá ih zero dois por chamar a atenção para uma fórma de registro da Antiguidade romana, no caso, os grafites de Pompeia, possibilitando aos alunos levantar hipóteses sôbre a vida naquele período e estabelecer conexões com a atualidade.

Respostas

2. Algumas influências dos etruscos são: lutas de gladiadores, difusão do alfabeto grego, hábito de vestir toga, corridas de biga e estilo arquitetônico.

3. Patrícios: Pessoas originadas das famílias ricas romanas, proprietárias de terra. Plebeus: Homens livres que trabalhavam como artesãos, agricultores e comerciantes. Clientes: Pessoas que eram dependentes dos patrícios e por êlesprotegidas, prestando-lhes serviços. Escravizados: Em sua maioria, prisioneiros de guerra que trabalhavam em obras públicas, na agricultura, na mineração, nas lojas ou nas oficinas.

reticências Eram detalhes de obras de arte, figuras das histórias em quadrinhos, e ainda piões e jacarés que enfeitavam a cidade. A proposta dos grafiteiros era levar a arte para as ruas, para “transformar o urbano com uma arte viva, popular, de que as pessoas participem, acrescentando ou tirando detalhes das imagens” reticências. êles queriam que a sua arte estivesse ao alcance de todos e não fechada em galerias ou museus.

O sucesso foi enorme. Por todos os lugares havia marcas dêsses artistas grafiteiros. reticências

santana, Renata. Grafite, a arte que todo mundo vê. Carta Capital, 13 outubro 2014. Disponível em: https://oeds.link/3ahJCn Acesso em: 16 março 2022.

  1. Com base no que foi tratado nos textos, cite um elemento em comum entre as inscrições encontradas em Pompeia e os desenhos em grafite da atualidade.
  2. Você já viu em seu bairro ou em sua cidade alguma imagem feita por grafiteiros? sôbre o que ela tratava? Converse com os colegas sôbre o assunto.

9. Leia e interprete o texto a seguir sôbre uma das mais importantes conquistas das lutas dos plebeus por direitos políticos.

reticências Somente depois de mais de dois séculos de luta entre plebeus insatisfeitos e patrícios poderosos, é que os plebeus conseguiram progressivamente obter direitos políticos iguais aos [dos] nobres. Por volta de 450 antes de Cristo, os plebeus conseguiram que as leis segundo as quais as pessoas seriam julgadas fossem registradas por escrito, numa tentativa de evitar injustiças do tempo em que as leis não eram escritas e os cônsules reticências administravam a justiça como bem entendiam, conforme suas conveniências. O conjunto de normas finalmente redigidas foi chamado “A Lei das Doze Tábuas”, que se tornou um dos textos fundamentais do Direito romano reticências. A publicação dessas leis, na fórma de tábuas que qualquer um podia consultar, por volta de 450 antes de Cristo, foi importante, pois o conhecimento das “regras do jôgo” da vida em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e potencialmente limitador da hegemonia e arbítrioglossário dos poderosos. [...]

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2017. página 83. (Coleção Repensando a História).

  1. Por que A Lei das Doze Tábuas foi uma importante conquista dos plebeus por direitos?
  2. Por que foi importante que A Lei das Doze Tábuas fosse publicada e estivesse ao alcance de todos?
  3. Atualmente, temos um conjunto de leis que garante nossos direitos e deveres. Como êle se chama? Como podemos ter acesso a êle?
Respostas e comentários

8. a) Resposta: O elemento em comum que pode ser citado é que ambas as inscrições pretendem envolver a população, seja na Roma Antiga, seja na atualidade.

8. b) Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilhar suas experiências com os colegas, pois esse é o objetivo dessa atividade: motivá-los a expor suas vivências.

9. a) Resposta: A Lei das Doze Tábuas foi importante porque evitava injustiças cometidas pelos cônsules.

9. b) Resposta: Foi importante que as leis estivessem ao alcance de todos, pois elas eram um instrumento que garantia os direitos e deveres da população.

9. c) Resposta: O conjunto de leis que garante nossos direitos e deveres se chama Constituição da República Federativa do Brasil. êle pode ser acessado por meio de livros e pêla internet.

  • A atividade 9 possibilita a abordagem da habilidade ê éfe zero seis agá ih um dois, pois, com base em seu desenvolvimento, os alunos podem inferir sôbrea importância da Lei das Doze Tábuas para a conquista de direitos até então negados aos plebeus, associando o conceito de cidadania às dinâmicas de inclusão e exclusão que permeavam o período. O conteúdo da atividade pode ser articulado também com aspectos da Competência geral 1, pois possibilita que os alunos valorizem e utilizem conhecimentos historicamente construídos sôbre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade em que vivem. Do mesmo modo, possibilita o trabalho com elementos da Competência específica de História 3, pois os leva a elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos históricos.
  • A atividade 9 possibilita ampliar a compreensão sôbre a conquista de direitos como um processo histórico ao longo do tempo e, portanto, pode ser analisada pêla perspectiva do tema contemporâneo transversal Educação em direitos humanos. Nesse sentido, verifique com especial atenção o item c, pois nele é possível relacionar o conteúdo da luta dos plebeus na Roma Antiga com a realidade brasileira na atualidade.

10. Leia o texto a seguir e, depois, responda às questões.

reticências

Em Roma, com o crescimento do Império, os libertos passaram a ter uma situação à parte, pois alguns deles tornaram-se funcionários públicos e atingiram os mais altos postos do Estado. Outros enriqueceram-se no comércio, de modo que alguns libertos chegaram a participar da aristocracia, ainda que não tivessem certos direitos, como a possibilidade de serem eleitos para algum cargo.

De modo geral, pode dizer-se que sempre houve possibilidade de mudar de posição, na sociedade romana, mas, em toda a história de Roma, sempre houve dois grandes grupos sociais: as classes subalternas e as classes altas, ou pessoas de poucas posses e aquelas com muitos recursos. Podiam ascender socialmente aqueles que estavam em contato com as elites, como é o caso dos escravos de homens ricos e que obtinham a liberdade, tornando-se êles próprios milionários. A maioria dos escravos não estava nesta situação e os livres pobres tampouco tinham tais oportunidades.

Com o desenrolar das conquistas, Roma passou a basear grande parte de sua economia no trabalho escravo. Os escravos eram fundamentalmente prisioneiros de guerra, o que obrigava os governantes a se empenharem, constantemente, na conquista de novos territórios. Os escravos podiam pertencer ao Estado ou a particulares. Trabalhavam nas grandes obras públicas, oficinas, agricultura, minas, pedreiras e também como criados, músicos, professores, secretários, podiam também ser gladiadores reticências.

Com o sucesso das conquistas, aumentou significativamente o número de escravos advindos das capturas de prisioneiros de guerra. Até o século três antes de Cristo havia em Roma apenas alguns poucos escravos. Porém, após o sucesso romano nas guerras púnicas, a partir do século três antes de Cristo, o número de escravos multiplicou-se muito. Os cidadãos ricos passaram a possuir centenas e por vezes milhares de escravos. Os grandes proprietários exploravam o trabalho escravo em seus domínios, enquanto os comerciantes e administradores o utilizavam em suas lojas, oficinas e escritórios. Devido aos maus-tratos, houve tanto em Roma como na Itália inúmeras revoltas de escravos nos séculos dois e um antes de Cristo reticências.

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2007. página 9596. (Coleção Repensando a História).

Mosaico. À esquerda, um homem com tecido ao redor do corpo. Ele está de pé segurando um jarro sobre o ombro. O homem inclina o jarro em direção de um pote que é segurado por outro homem, vestindo pano ao redor do corpo.
Mosaico do século três que representa um escravizado trabalhando em uma cidade no Império Romano.
Respostas e comentários
  • A atividade 10 contempla as habilidades ê éfe zero seis agá ih um dois e ê éfe zero seis agá ih um sete, pois permite que os alunos discorram sôbre o conceito de escravidão na Roma Antiga e a presença de uma sociedade notadamente hierarquizada, estabelecendo conexões com o conceito de cidadania e com as dinâmicas de inclusão e exclusão que marcavam êsse processo.
  • A atividade 10 ainda possibilita que os alunos desenvolvam a leitura inferencial. Para isso, incentive-os a ler o recurso em silêncio e, depois, organize a turma em uma roda de conversa na sala de aula para que êles possam fazer suas inferências com base nos indícios apresentados pêlo autor do texto e também em seus conhecimentos prévios. Incentive o desenvolvimento da argumentação, pedindo-lhes que respondam aos questionamentos propostos de maneira oral e com base nas primeiras inferências levantadas. Depois, oriente-os a retomar a leitura do recurso e a responder às questões no caderno.
  1. Qual é o tema central abordado no texto?
  2. Quais são as duas grandes divisões sociais que, segundo o autor, se mantiveram essenciais para os antigos romanos?
  3. Com o aumento das conquistas, a economia romana passou a se basear em que tipo de trabalho?
  4. Explique qual era a relação entre o aumento das conquistas romanas e o crescimento do número de escravizados.
  5. A quem poderiam pertencer as pessoas escravizadas na Roma Antiga? Quais eram os trabalhos desenvolvidos pêlas pessoas escravizadas?
  1. Analise a imagem a seguir.
    1. O que êsse vaso parece representar? Quais detalhes dele fizeram você chegar a essa conclusão?
    2. Quais letras do alfabeto etrusco você consegue identificar nesse vaso?
    3. Com base nas informações do capítulo, explique de que modo o alfabeto etrusco está relacionado com o alfabeto latino, que usamos atualmente.
Fotografia. Vaso de cerâmica escuro com forma de uma animal com bico, crista e duas patas. No vaso há linhas tracejadas e elementos da escrita etrusca.
Vaso de cerâmica feito por volta de 650 antes de Cristo Nele, estão escritas algumas letras do alfabeto etrusco.

12. Neste capítulo, estudamos vários aspectos da vida dos antigos romanos. Vimos que, com o passar do tempo, Roma construiu um império, e nas cidades foram erguidos diferentes espaços públicos, dedicados a garantir momentos de lazer, trabalho e convivência entre seus cidadãos. Retome os temas abordados nas páginas anteriores e escreva no caderno um texto imaginando que você era um cidadão na Roma Antiga. Use sua criatividade e descreva alguns aspectos da cultura romana, sua arquitetura urbana, os espaços públicos e os sujeitos históricos que viviam na cidade. Depois, apresente sua história aos colegas.

Respostas e comentários

10. a) Resposta: O tema central abordado no texto são as divisões sociais na antiga sociedade romana.

10. b) Resposta: De acôrdo com o autor, na Roma Antiga havia cidadãos e não cidadãos e livres e não livres.

10. c) Resposta: Com o aumento das conquistas, a economia romana passou a se basear no trabalho de escravizados.

10. d) Resposta: Os escravizados eram fundamentalmente prisioneiros de guerra, assim, quantos mais territórios conquistados, maior o número de pessoas dominadas.

10. e) Resposta: As pessoas escravizadas podiam pertencer ao Estado ou a particulares. Elas trabalhavam em diferentes áreas, em diversas atividades, como agricultura, grandes obras públicas, pedreiras, minas, oficinas, e também eram criados, músicos, professores, secretários e gladiadores.

11. a) Resposta nas orientações ao professor.

11. b) Resposta nas orientações ao professor.

11. c) Resposta nas orientações ao professor.

12. Resposta nas orientações ao professor.

A atividade 11 permite a abordagem das habilidades ê éfe zero seis agá ih zero dois e ê éfe zero seis agá ih zero nove, pois, com base na análise de uma fonte histórica, no caso, um vaso romano, o aluno poderá levantar argumentos e proposições sôbre o alfabeto etrusco e suas influências na cultura ocidental, por meio do alfabeto latino. A atividade também possibilita um trabalho com a Competência específica de História 3, por proporcionar aos alunos a elaboração de questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, no caso, o vaso de cerâmica do século sete antes de Cristo

Respostas

11. a) O vaso parece representar uma ave com características parecidas com as de um galo, como a crista, o formato do bico e as patas.

b ) Auxilie os alunos a identificar as letras. Alguns caracteres podem ser relacionados às letras do nosso alfabeto: P, M, S, T, V.

c ) O objetivo aqui é levar os alunos a perceber que o passado continua vivo no presente. Para explorar essa atividade de maneira articulada com o componente curricular de Língua Portuguesa, peça-lhes que reconheçam as semelhanças entre o alfabeto etrusco e o que utilizamos hoje. Comente que os etruscos se inspiraram no alfabeto fenício. Aproveite para explorar a importância do legado dessas civilizações, que na Antiguidade desenvolveram sistemas de escrita presentes até hoje na fórma como escrevemos e nos comunicamos.

12. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mobilizem os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo para escrever seus textos. Reforce para êles que é possível retomar os conteúdos trabalhados, a fim de que relembrem aspectos da cultura e da organização social na Roma Antiga. Embora seja um exercício de se imaginar vivendo em outro período histórico, é relevante mencionar para os alunos a importância de evitar os anacronismos, atribuindo valores do contexto histórico que êles estão vivenciando ao contexto sôbre o qual estão escrevendo. Caso se trate de uma turma numerosa, também é possível que êles realizem a atividade em grupos, de modo que possam se ajudar mutuamente. No momento da apresentação dos trabalhos, permita que complementem informações, por meio de uma conversa, para que haja diálogo e troca de conhecimento.

Glossário

Larário
: tipo de altar dedicado aos deuses .
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Frígia
: neste caso, refere-se a alguém originário da Frígia, região da antiga Ásia Menor.
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Pergaminho
: pedaço de couro usado como suporte para a escrita.
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Ábaco
: tipo de calculadora manual.
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Arbítrio
: decisão tomada por vontade ou interêsse particular.
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