CAPÍTULO 5 A formação do Japão

Há diversas teorias que buscam explicações sôbre os primeiros habitantes do arquipélagoglossário que hoje fórma o Japão. Baseando-se em estudos arqueológicos, uma dessas teorias defende que a região começou a ser povoada há cêrca de 30 mil anos por povos originários da península coreana. Acredita-se que os primeiros registros da cultura japonesa foram produzidos há aproximadamente 6 mil anos. Entre êles estão utensílios domésticos de barro, como potes e vasos, da cultura conhecida como .

Por volta de 300 antes de Cristo, em uma segunda onda migratória, pessoas originárias do norte da China teriam se fixado nas ilhas do atual Japão. Conhecidas como , essas pessoas formavam grupos sedentários que cultivavam arroz, criavam animais e conheciam técnicas de metalurgia. Aos poucos, a cultura tornou-se predominante na região.

O Japão no século III

Mapa. O Japão no século 3. Mapa territorial destacando uma ilha, entre o Oceano Pacífico e o Mar do Japão/Mar do Leste. As cidades destacadas são: Kyushu, Shikoku, Yoshino, Nara, Osaka, Kyoto, Kamakura, Honshu e Hokkaido. Na parte inferior à direita, planisfério destacando o parte da Ásia. À esquerda, e acima, representação da rosa dos ventos e, abaixo, escala de 230 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: blék, diéremi. World history atlas. Londres: dórlin quínderslei, 2005. página 264.

Reinos e impérios

A cultura prevaleceu por cêrca de 600 anos. Nesse período, as comunidades que se desenvolveram no arquipélago japonês estavam organizadas em clãs, cada um deles com um chefe, mulher ou homem. Para ampliar seus domínios, alguns chefes estabeleceram alianças entre os clãs, possibilitando a formação de diversos reinos.

Entre os séculos quatro e cinco, originou-se o Reino de , que se expandiu e formou um império. Nos dois séculos seguintes, no chamado período Asuka (552 e 710), o Império cresceu e recebeu diversas influências de outras culturas. Os chineses, por exemplo, introduziram a escrita ideográfica (do japonês, ) e o confucionismo. Além disso, monges coreanos difundiram a religião budista.

Períodos da história do Japão

A história do país que hoje conhecemos como Japão costuma ser dividida em períodos marcados por intenso desenvolvimento cultural e intelectual.

Período (710-794)

No ano de 710, estabeleceu-se a primeira capital fixa do Japão, em . Durante o período Nara, houve intenso desenvolvimento nas áreas da Arquitetura, das artes e da literatura. Também houve o aprimoramento da escrita e a produção de grande quantidade de registros documentais, como éditosglossário e ordens do govêrno, além de poemas.

Período Heian (794-1185)

O período Heian foi marcado pêlo surgimento da figura do samurai (do japonês, “aquele que serve”). Inicialmente, os samurais eram guerreiros que protegiam a propriedade de seus senhores.

Ao longo dos anos, seus métodos de luta foram aperfeiçoados e êles passaram a compor um novo grupo da sociedade, unido por um código de ética chamado buxido.

A ascensão dos xoguns (1185‑1867)

A partir do século doze, com o enfraquecimento do poder imperial e as disputas entre os clãs, desenvolveu-se um sistema de govêrno chamado xogunato, também conhecido como .

Após uma série de conflitos, , chefe de um clã guerreiro, recebeu o título de xogum (do japonês, comandante do exército).

êsse período costuma ser dividido em: período Kamakura (1185 a 1333), período Muromachi (1333 a 1603) e período Edo (1603 a 1867).

Pintura. Um homem, usando roupa preta, está sentado com as pernas cruzadas sobre um tapete vermelho com detalhes em amarelo. Acima, uma cortina com detalhes coloridos. Atrás das cortinas, uma paisagem com montanhas e uma pequena construção com uma árvore. Na frente do homem, uma escadaria com duas esculturas de animais quadrúpedes.
Pintura em tecido de autoria desconhecida, do século dezoito, representando Tocugaua , que se tornou xogum em 1603, dando início ao período Edo.

A sociedade na época do xogunato

Nos anos em que vigorou o sistema de xogunato, houve pouca possibilidade de mobilidade social. Conheça a seguir alguns aspectos da sociedade do Japão dessa época.

O poder do imperador

Desde o estabelecimento do Império , o imperador, ou (“imperador celeste”, em japonês), exerceu grande autoridade sôbre o Japão. Naquela época, acreditava-se que o era herdeiro dos deuses e que seu poder era transferido aos descendentes. Porém, na época do xogunato, o imperador perdeu parte de seu poder.

O xogum

O xogum era o supremo comandante militar do Japão e, embora devesse lealdade ao imperador, na prática era êle quem exercia o poder político.

Durante o período , o xogum governou o Império apoiado por um exército de guerreiros samurais. êle reprimiu grupos rebeldes e tornou o título de xogum permanente e hereditário.

O

Os eram senhores das terras e subordinados ao xogum. Apesar de êles administrarem essas terras, era o xogum quem detinha poderes sôbre elas.

Uma maneira de exercer contrôle sôbre o era o sistema (“presença alternada”). Nesse sistema, o era obrigado a passar quatro meses do ano na capital e oito meses nas terras por êle administradas. Quando voltava, a família dele permanecia na capital e ficava sob vigilância das autoridades. Além disso, o devia ao xogum o pagamento de impostos e a lealdade política e militar.

Xilogravura. Um homem, usando uma armadura com ombreiras, saia e proteção nas pernas e uma espada pendurada na cintura, está sentado. Ao lado, um capacete com detalhes em dourado.
Xilogravura de Utagáua (1797-1861) que representa , que foi no século dezesseis.

Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.

Os samurais

Os samurais serviam aos , protegendo suas terras em épocas de conflitos e cobrando impostos dos camponeses.

êles recebiam o , gratificação equivalente à quantidade de arroz suficiente para alimentar uma pessoa por um ano.

Os samurais formavam um grupo privilegiado na sociedade. No período Edo, época marcada pêla paz interna no Japão, muitos passaram a se dedicar a outras atividades, como ao comércio e ao ensino de artes marciais.

Os camponeses

A agricultura era a base da economia japonesa na época dos xoguns. O arroz era o principal produto cultivado e, apesar do grande valor comercial, os camponeses que o produziam formavam uma das camadas mais pobres e numerosas da população.

Trabalhando nas terras dos , êles estavam sujeitos à cobrança de altos impostos em troca de moradia e proteção. Para garantir a produção agrícola destinada ao pagamento dos impostos, os camponeses uniam suas famílias formando comunidades, lideradas por chefes escolhidos entre êles.

Xilogravura. Vista de uma paisagem. Pessoas, usando chapéu de palha, em uma plantação. À direita, há duas pessoas sobre uma pequena ponte de madeira. Ao centro, uma árvore grande. Ao fundo, alguns relevos elevados.
Xilogravura de Katsúxica Roksai que representa camponeses cultivando a terra, 1830.

Os comerciantes

Por volta do século dezessete, houve grande desenvolvimento econômico no Japão, acelerando o processo de urbanização de diversas cidades do Império. As atividades comerciais passaram a ser um meio importante de garantir boas condições de vida entre as camadas trabalhadoras da sociedade.

Nesse contexto, muitos comerciantes enriqueceram e ascenderam socialmente.

A religiosidade

A religiosidade foi um aspecto importante da cultura e da sociedade japonesa na época dos xoguns. Conheça a seguir algumas características das duas principais religiões da época: o xintoísmo e o budismo.

O xintoísmo

Como vimos, os japoneses acreditavam que o imperador era o herdeiro dos deuses. Essa maneira de pensar originou-se no xintoísmo, crença religiosa que provavelmente se desenvolveu no Japão por volta de 300 antes de Cristo

O xintoísmo é baseado no culto aos deuses, à natureza e aos ancestrais. De acôrdo com essa religião, o Universo é regido por fôrças naturais em constante transformação. Seus princípios visam à harmonia dos seres humanos com a natureza e, para isso, seus seguidores realizam orações e oferendas a fim de manter o equilíbrio das fôrças do Universo e pedir boas colheitas, proteção e paz.

O budismo

O budismo foi difundido no Japão por monges coreanos no século seis e, ao longo do tempo, foi adquirindo características próprias, diferenciando-se das fórmas de budismo praticadas pelos indianos e pelos chineses.

O budismo que se desenvolveu no Japão ficou conhecido como zenglossário -budismo, agregando elementos do xintoísmo, como o culto aos antepassados e alguns ritos funerários.

De acôrdo com alguns estudiosos, o zen-budismo se tornou popular no Japão por causa de sua simplicidade em relação ao xintoísmo e às outras vertentes de budismo praticadas na Ásia.

Fotografia. Estátua do Buda, homem  usando tecido ao redor do corpo e uma pedra no meio da testa. Ele está sentado, com as pernas cruzadas, as mãos juntas sobre as pernas e os olhos fechados.
Estátua do Buda no templo de , no Japão, em 2020.

O contato com o Ocidente

Em 1543, os japoneses entraram em contato com a cultura ocidental em razão da chegada de comerciantes portugueses à ilha de Tanegashima, situada no arquipélago de Osumi, na região sul do Japão.

Anos mais tarde, missionários jesuítas introduziram a religião cristã católica no Império, conquistando grande número de seguidores entre as várias camadas da sociedade.

Fotografia. Cruz de bronze, com detalhes na pontas. No centro, há uma pequena escultura de um buda sentado com as pernas cruzadas.
Crucifixo de bronze feito por cristãos japoneses por volta do ano de 1800. No centro dessa peça, há uma representação de Buda.

A política de isolamento

O contato com o Ocidente, no entanto, gerou muita instabilidade, com a ocorrência de disputas entre as esferas de influência religiosa, como a da Igreja católica e da Igreja protestante. O monoteísmo cristão, ao questionar a ideia de divindade do imperador, ameaçava o poder e a estabilidade política e social do Império.

Assim, no século dezesseis, as pessoas convertidas ao cristianismo passaram a ser perseguidas, e as que resistiam eram presas e condenadas à morte.

Comerciantes e missionários europeus passaram a sofrer sanções até serem expulsos do Império. Com exceção de poucos comerciantes holandeses, não foi permitida a entrada de estrangeiros no território e, a partir de 1637, nenhum japonês podia sair dos domínios do Império, e quem estivesse fóra deles não podia retornar. êsse isolamento permaneceu até o final do século dezenove, quando o sistema de xogunato terminou no Japão e o poder imperial foi restaurado. dêsse momento em diante, o país passou por um processo de mudanças políticas e de modernização.

Monumento. Uma parede de pedra. Centralizado, uma cruz composta por detalhes em relevo de várias pessoas, uma do lado da outra, com as mãos na frente do corpo.
Monumento aos 26 mártires perseguidos pêlas autoridades japonesas e crucificados na cidade de Nagasaki, Japão, em 1597. Foto  de 2018.

O buxido, código de conduta dos samurais

Entre os samurais, existia um rigoroso código de conduta que recebia o nome de buxido (traduzido do japonês, “caminho do guerreiro”). Como nunca chegou a ser escrito integralmente, o conhecimento sôbre êsse código preservou-se por meio da oralidade e de obras de samurais, que descreveram alguns dos aspectos relacionados ao buxido entre os séculos dezesseis e dezoito.

As bases do buxido são o equilíbrio, a disciplina e a lealdade, e ao samurai caberia a busca por um caminho de honra, de sabedoria e de coragem. De acôrdo com êsse código, tais virtudes poderiam ser alcançadas por meio da vitória sôbre seus adversários, e também sôbre si mesmo, combinando esfôrço físico e espiritual para superar os próprios limites.

Influência religiosa

Alguns ensinamentos religiosos tiveram influência sôbre o buxido. Segundo o budismo, a vida se refaz por meio da reencarnaçãoglossário , e a morte deve ser compreendida como uma transição para outra vida, e não como o fim. Apropriando-se dêsses preceitos, o buxido afirmava que a morte não deveria ser temida pelos samurais.

Já o xintoísmo ensina que tudo o que as pessoas possuem no presente é por causa do trabalho de seus ancestrais e, para honrá-los e agradecer-lhes, elas devem adotar uma conduta rígida. êsse modo de portar-se foi incorporado ao buxido, além de valores como a gratidão e a lealdade do samurai ao seu senhor.

Fotografia em tons de sépia. Quatro homens usando armaduras com ombreiras, capacetes e botas. À esquerda, um deles está sentado no chão com as pernas cruzadas. Ao lado, outro em pé, segurando uma lança com a mão. No centro, um homem sentado com uma lança longa na mão. À direita, outro homem sentado, segurando uma espada.
Grupo de samurais fotografado no final do século dezenove.

A honra samurai

Perder a honra ao ser desleal com seu senhor ou permanecer vivo após ser derrotado em uma batalha eram motivo de grande vergonha para os samurais e seus familiares. A má conduta de um samurai podia implicar consequências para todos da família, como a perda de terras e a descontinuidade da passagem da condição de samurai para seus herdeiros.

Agora, responda às questões a seguir.

Ícone 'Atividade oral'.

1. O que você achou mais interessante sôbre o código de conduta dos samurais?

Ícone 'Em grupo'.

2. Junte-se a um colega e formulem um código de conduta com alguns valores e metas que vocês julgam importantes na atualidade para haver uma sociedade mais justa e igualitária. Depois, apresentem-no ao professor e aos demais colegas.

O Estado japonês e o buxido

Atualmente, os samurais são considerados um dos símbolos mais representativos da cultura japonesa. Diversos filmes, animações, quadrinhos e jogos de videogame fazem referência a êles. Além disso, em diferentes momentos da história do país, o Estado fez uso da imagem dos samurais para obter algum tipo de apôio da população.

Durante o século dezenove, o Estado japonês procurou formar uma identidade nacional, com o objetivo de fazer com que a população adotasse alguns valores considerados importantes para o govêrno, como a lealdade ao imperador. Para isso, fez uso da figura do samurai e de sua conduta honrada, transformando-o em uma espécie de herói. Assim, o govêrno do Japão conseguiu que parte da população acreditasse que todo japonês pudesse se enxergar na condição de samurai, sendo disciplinado com o que o Estado acreditava ser um bem comum.

Desenho animado. Samurai Jack, um homem, com cabelos pretos e vestindo roupa branca, está correndo, segurando com as mãos uma espada.
Samurai Djék, personagem de um desenho animado estadunidense que fez bastante sucesso no Japão e também no Brasil.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Quais foram as influências de outros povos sôbre os japoneses durante o chamado período ?
  2. Explique quem eram os samurais, os xoguns e os .
  3. O que os princípios do xintoísmo recomendam?
  4. Por que o zen-budismo se tornou popular no Japão?
Ícone 'Ciências Humanas em foco'.

5. Copie o quadro a seguir no caderno e complete os espaços com as informações sôbre as antigas sociedades chinesa e japonesa.

Ícone Modelo.

Tópicos

China

Japão

1. Detinham o poder político

2. Detinham o poder econômico

3. Exerciam atividades mercantis

4. Exerciam atividades
no campo

Aprofundando os conhecimentos

6. O texto a seguir é um trecho de um antigo mito japonês que explica, entre outras questões, como surgiu o território do Japão e seus habitantes. Leia-o e depois responda às questões em seu caderno.

reticências

Conta a lenda que, antes de tudo, havia um céu muito azul salpicado de nuvens brancas onde viviam os deuses. Estes se pareciam com os homens, embora fossem mais poderosos, maiores, mais fortes, mais ligeiros e mais bonitos. Locomoviam-se como pássaros, voando sem a necessidade de colocar os pés no chão.

sôbre o mar, não havia qualquer ilha e a terra propriamente dita ainda não existia. Num dia qualquer, os deuses tomaram a decisão de criar o mundo, confiando a execução da tarefa a dois jovens deuses: e .

reticências “Casem-se e seus descendentes serão os mais belos de todas as criaturas”, teriam dito os deuses aos jovens, que, então, partiram felizes.

Ao chegar a um lugar muito bonito em fórma de um imenso semicírculo — o arco-íris — pararam na parte mais alta. levava consigo uma espada de ouro e com ela começou a remexer a água do mar imenso lógo abaixo deles. E eis que ocorre um milagre: quando retira a espada do mar, a espuma que havia se grudado nela escorreu, voltando ao mar, solidificando-se ao atingir a água, formando então a terra. As duas divindades desceram para lá e, felizes, resolveram ficar.

reticências Entre os filhos do casal estão as ilhas japonesas com seu solo, rochas, montanhas, rios, pinheiros, cerejeiras e seus habitantes, animais e seres humanos. reticências

, Célia. Os japoneses. São Paulo: Contexto, 2014. página 4950.

  1. Segundo o mito, o que existia no início de tudo?
  2. Como eram os deuses? Quem foram os responsáveis pêla criação da Terra?
  3. Quem são os filhos de e ?
  4. Produza um desenho para representar o trecho dêsse mito. Depois, apresente-o para os colegas e fale sôbre os elementos que você escolheu representar.
Versão adaptada acessível
  1. Segundo o mito, o que existia no início de tudo?
  2. Como eram os deuses? Quem foram os responsáveis pela criação da Terra?
  3. Quem são os filhos de Izanagi e Izanami?
  4. Use a criatividade para representar o trecho desse mito. Depois, apresente aos colegas e fale sobre os elementos que você escolheu representar.

7. Leia o texto a seguir sôbre algumas características do quimono, uma vestimenta tradicional japonesa.

reticências

São quatro os elementos que definem um quimono: o uso dos padrões geométricos de tecidos costurados com o mínimo córte para constituir a parte principal (mihaba); uma frente em que um lado sobrepõe ao outro (okumi), criando um efeito de “envelopamento”; uma gola em fórma de faixa (eri); e mangas com uma largura proporcional à dos braços (sode).

reticências

SILVA, Hermano. Sofisticação na moda. História viva: Japão. São Paulo: , 2008. página 75.

Fotografia. Uma mulher, usando um quimono, composto por uma espécie de vestido que vai até os pés. Sobreposto à letra ‘C’. Acima, na altura do busto, um casaco com mangas compridas e largas nos braços. Sobreposto à letra ‘A’. Tecido rosa com detalhes em vermelho amarrado na cintura. Sobreposto à letra ‘B’. Nos pés, calçado de madeira com sola alta. Sobreposto à letra ‘D’.
Mulher vestindo quimono tradicional, em , Japão, em 2018.

Em seu caderno, associe as letras indicadas na imagem às legendas a seguir.

1. – peça de roupa que cobre grande parte do corpo.

2. – tamancos altos de madeira.

3. – casaco usado sôbre o .

4. – tira ou faixa amarrada na cintura.

O tema é reticências

Ciência e tecnologia

Livro: do papiro ao digital

Os livros nem sempre tiveram o formato que conhecemos atualmente. Há cêrca de 2 mil anos, os livros dos antigos romanos eram escritos em rolos de papiroglossário . Foi somente na Idade Média, na Europa, que foram confeccionados os primeiros livros encadernados. êles podiam ser feitos de papiro, de pergaminhoglossário ou de papel, uma invenção chinesa do século dois. livros eram escritos e ilustrados à mão, um a um, e cada exemplar podia demorar meses, ou até mesmo anos, para ser produzido.

Na China, no século nove, foi desenvolvido um processo que facilitou a reprodução de livros: a xilogravura. Essa técnica consiste em talhar em relêvo uma peça de madeira com os caracteres que serão impressos, como um carimbo.

Já em 1041, os chineses passaram a entalhar os caracteres separadamente e, com êles, montavam o texto que seria impresso. êsse foi o princípio utilizado posteriormente pêlo alemão Iorranes Gutembergue para criar sua prensa de tipos móveis, que revolucionou a impressão de livros na Europa durante o século quinze.

Os livros e a revolução digital

Com a revolução tecnológica ocorrida nos séculos vinte e vinte e um, surgiram outros meios de produção, de registro e de propagação do conhecimento. Entre essas inovações estão os livros digitais, os chamados e-books. Assim, além das estantes, os livros também estão em computadores, smartphones e outros dispositivos eletrônicos.

Ilustração. Um homem, com cabelos e barba castanho e usando um tecido ao redor do corpo, está de pé, segurando com as mãos, um pergaminho.

Por causa dessas mudanças e da velocidade com que elas ocorrem, o futuro do livro impresso vem sendo discutido.

Muitos defensores do livro digital afirmam que êle democratiza o acesso à leitura, pois sua produção envolve menos custos, e que êle é mais prático por economizar espaço e poder ser acessado de qualquer parte do mundo. Entre os benefícios do livro digital também está a diminuição de danos ambientais, pois reduziria o uso de papel.

Defensores do livro impresso afirmam que a leitura no papel é muito mais confortável e que êle é mais duradouro. Argumentam, ainda, que o fim do livro impresso poderia resultar em um monopólioglossário da informação, praticado por empresas da internet.

O fato é que o livro continua sendo uma importante ferramenta para a transmissão de conhecimentos e para a preservação da cultura.

Ilustração. Uma mulher negra, com cabelos na altura da orelha, usando uma flor vermelha nos cabelos, brincos, vestido e pulseira, está segurando com as mãos um dispositivo semelhante à um tablet.

Agora, responda às questões.

Ícone 'Atividade oral'.

1. Qual é a relação entre a impressão de textos na China e o desenvolvimento da prensa de tipos móveis, de Gutembergue, na Europa?

Ícone 'Atividade oral'. Ícone 'Em grupo'.

2. Em sua opinião, qual será o destino do livro impresso e do livro digital? Você acredita que dois formatos podem conviver no futuro? Debata com os colegas.

Ícone 'Atividade oral'. Ícone 'Em grupo'.

3. Com um colega, façam a leitura de um texto impresso e, depois, leiam o mesmo texto em um suporte digital. Em seguida, troquem ideias sôbre essas leituras, mencionando as vantagens e as desvantagens de cada suporte.

O que eu estudei?

Faça as atividades em uma folha de papel avulsa.

1. Em uma folha de papel avulsa, ordene os acontecimentos listados a seguir a respeito da formação do Império Chinês.

A. Instabilidade política e revoltas sociais.

B. Revoltas de camponeses e fragilização do Império .

C. Crescimento da população dos povoados do vale do rio Amarelo.

D. Centralização do poder com o Império Qin.

E. Domínio mongol.

F. Organização das primeiras dinastias.

G. Dinastia Tang, expansão territorial e desenvolvimento no campo das artes.

H. Centralização do sistema administrativo do mais longo Império Chinês.

I. Campanhas militares de .

  1. Analise as afirmativas a seguir com relação ao cotidiano da sociedade chinesa durante a dinastia . Depois, em uma folha de papel avulsa, copie apenas a que estiver correta.
    1. Durante a dinastia , os camponeses precisavam pagar impostos aos proprietários de terra para realizar a prática agrícola.
    2. O cultivo de arroz era feito nos aterros e nas encostas dos morros e a produção era destinada à exportação para outros reinos da Ásia.
    3. As crianças não podiam frequentar escolas.
    4. Não existiam estabelecimentos comerciais nas cidades, as pessoas precisavam produzir tudo o que consumiam.

3. sôbre a sociedade japonesa na época do xogunato (séculos doze ao dezenove), copie o quadro a seguir em uma folha de papel avulsa e complete-o.

Ícone Modelo.

Posição social

Subordinação/Liderança direta

Função

Imperador

Autoridade divina

Xogum

Liderança militar e política.

Daimio

Samurai

Daimios

Camponês

Daimios

Comerciante

4. Leia o texto a seguir e, depois, realize um debate com base nas questões que o seguem.

reticências No estado em que se encontrava a economia japonesa, não parece ter havido uma relação normal entre a causa, o tráfico e o efeito, a conversão, operação grave e dolorosa, sobretudo para os xintoístas e os budistas.

Por outro lado, os jesuítas explicaram as novas noções que introduziam com palavras novas, tomadas ao português. Ganharam alguns letrados para o seu partido. Os outros davam menos importância para definições metafísicas e dogmáticas. Com frequência, os neófitos não chegavam a perceber diferenças entre o cristianismo e as múltiplas seitas budistas, e as confusões favoreceram as conversões. Por esta tríplice razão, os êxitos dos missionários são, talvez, muito mais fáceis de explicar do que se pensava. E, enfim, não podemos deixar de levar em conta a própria fôrça da expansão do cristianismo entre os japoneses, mais individualistas e mais abertos às influências exteriores do que os chineses.

, . História geral das civilizações: os séculos dezesseis e dezessete – a Europa e o mundo. Rio de Janeiro: Bêrtrãn Brasil, 1995. página 292.

  1. De acôrdo com o texto, a conversão ao cristianismo foi mais sentida por quem?
  2. Quais foram os fatores que dificultaram e facilitaram a conversão ao cristianismo?
  3. Quem foram os responsáveis pêla conversão dos japoneses ao cristianismo?
  4. Qual é a importância do processo de conversão para a sociedade japonesa?
  5. Após o debate com os colegas, escreva um texto em uma folha de papel avulsa explicando como ocorreu a conversão dos japoneses ao cristianismo e quais foram os seus principais impactos.

Glossário

Arquipélago
: conjunto de ilhas.
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Édito
: publicação de uma lei, de uma ordem judicial.
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Zen
: palavra de origem sânscrita cujo significado está relacionado à meditação e à contemplação.
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Reencarnação
: crença na vida após a morte.
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Papiro
: planta cujas tiras do caule eram usadas para produzir um tipo de folha.
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Pergaminho
: tipo de suporte para escrita feito com pele de animal, como cabra ou carneiro.
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Monopólio
: privilégio que uma empresa possui para controlar e explorar determinado serviço ou produto.
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