CAPÍTULO 16 Os holandeses no Brasil
Como a produção e o comércio do açúcar geravam muitas riquezas para os colonizadores e para o govêrno português, outras nações europeias começaram a investir em projetos de ocupação das colônias ibéricas.
Em 1621, os holandeses fundaram a Companhia das Índias Ocidentais, cujo objetivo era ocupar as colônias espanholas e portuguesas na América e na África e lucrar com a produção de açúcar.
A Companhia das Índias Ocidentais investiu no aprimoramento de sua frota naval, tornando a Holanda uma potência naval militar e comercial. A pintura representa algumas embarcações holandesas dessa época.
O processo de refinamento e de comercialização dêsse produto já era bem conhecido na Holanda, pois era em Amsterdã, capital do país, que o açúcar brasileiro era refinado e distribuído para o mercado europeu.
Até meados do século dezesseis, a Holanda era uma antiga possessão da Espanha. Sua independência foi proclamada em 1581, após um período de guerras contra os espanhóis. Com a criação da União Ibérica (leia o boxe), a Holanda via a conquista de colônias ibéricas, principalmente o Brasil, como um modo de se apossar de territórios da Espanha.
União Ibérica
União Ibérica foi o nome dado à unidade política das coroas de Portugal e da Espanha entre os anos de 1580 e 1640.
Essa união foi resultado de uma crise que teve início em 1578, após a morte do rei português dom Sebastião. Como êle não tinha herdeiros, quem assumiu o trono foi seu tio, dom Henrique, que faleceu em 1580, também sem deixar herdeiros. Houve, então, uma disputa de poder entre sucessores portugueses e espanhóis.
Assim, ainda em 1580, a Espanha invadiu Portugal, dando início à união das coroas. A Espanha passou a dominar o Reino de Portugal e a controlar as colônias portuguesas, entre elas o Brasil.
A ocupação do Nordeste
Os holandeses pretendiam realizar o que chamavam de “conquista duradoura” no Brasil. Com êsse objetivo, em 1623, a Companhia das Índias Ocidentais organizou uma esquadra formada por 26 navios, .3300 homens e 450 canhões.
êles chegaram à Bahia em 1624 e tentaram ocupar Salvador, séde do govêrno-geral do Brasil. Porém, a capitania era muito bem fortificada e resistiu à invasão. Assim, em 1625, tropas portuguesas e espanholas conseguiram expulsar os holandeses da região. No entanto, pouco tempo depois, em 1630, em uma nova tentativa, êles invadiram Pernambuco e dominaram grande parte do litoral do atual Nordeste do Brasil.
O govêrno de Nassau
Entre os anos de 1637 e 1644, a colônia holandesa no Brasil, chamada Nova Holanda, foi administrada pêlo conde Maurício de Nassau (1604-1679). Um dos primeiros desafios do govêrno de Nassau foi reativar a produção de açúcar na região, que estava paralisada por causa dos conflitos desde a invasão.
A maior parte dos engenhos havia sido destruída, e muitas propriedades rurais foram abandonadas. Isso comprometeu a produção do açúcar, pois mesmo com a relevância de outros itens produzidos na Colônia, como o algodão e o tabaco, o açúcar ainda era o principal produto de exportação. Então, a Companhia das Índias Ocidentais financiou muitos colonos portugueses na aquisição de terras, trabalhadores escravizados e equipamentos para retomar a produção do açúcar.
Durante o govêrno de Nassau, Recife, que antes era um pequeno vilarejo, tornou-se a capital de Pernambuco. A cidade transformou-se com a construção de prédios, fortes, hospitais, obras sanitárias, pontes, ruas, jardins e canais.
Arte e ciência no Brasil holandês
Você sabia que muitas obras artísticas e pesquisas científicas ocorreram na época da presença holandesa no Brasil?
Em 1637, Maurício de Nassau trouxe em sua comitiva um grupo de 46 pessoas, formado por pintores, cronistas, naturalistas, arquitetos, cartógrafos, médicos, entre outros profissionais, que contribuíram para os avanços nos campos artístico, cultural e científico.
Por ordem de Nassau, foram construídos um jardim botânico com animais e plantas raros, uma grande biblioteca e o primeiro observatório astronômico das Américas, localizado no telhado da casa do próprio Nassau. Também foi criada a primeira sinagoga das Américas, para abrigar a comunidade judaica que havia imigrado para o Brasil.
A pintura a seguir mostra o observatório astronômico de Nassau.
O texto a seguir aborda a preocupação de Nassau com a Arte e a ciência.
reticências êle procurou dotar seu palácio – o de – de espaços apropriados para os estudos de plantas e animais locais e de outros pontos do planeta. Graças ao jardim botânico então construído no palácio, muitas plantas frutíferas puderam ser cultivadas e estudadas e muitas espécies de árvores tropicais foram transplantadas, também com a finalidade de estudo. reticências
SILVA, Luiz Geraldo. O Brasil dos holandeses. São Paulo: Atual, 1997. página 34. (Coleção A Vida no Tempo).
Os artistas da missão holandesa no Brasil, por não serem católicos, dedicaram-se a diversos outros temas. Suas obras não apresentavam o forte caráter religioso predominante até então na Colônia. êles retrataram paisagens e documentaram a fauna e a flora do continente, além de representarem grupos étnicos coloniais e cenas do cotidiano.
Os dois principais pintores désse grupo foram pôst e álbert équirráut , que viveram no Recife entre 1637 e 1644. pôst chegou ao Brasil aos 24 anos, tendo como tarefa principal documentar as paisagens do Brasil holandês, especialmente suas fortificações, pontes e obras públicas. Por êsse motivo, êle é considerado o primeiro paisagista das Américas.
Já álbert équirráut chegou ao país aos 26 anos, tendo como principal objetivo a realização de um grande levantamento a respeito da flora e da fauna da região. êle também retratou os tipos humanos e os hábitos da população colonial. As obras de équirráut foram oferecidas como presentes para os nobres europeus pêlo conde de Nassau, chegando aos reis da Dinamarca e da França, contribuindo muito para os interêssis das Coroas europeias pelos povos brasileiros.
Em 1647, Maurício de Nassau mandou publicar uma crônica sóbre todo o período de sua estadia em terras brasileiras. A grande obra, intitulada per ín Brasilia (Das coisas do octênio no Brasil, em português), continha o relato dos feitos de Nassau e uma grande variedade de gravuras, produzidas pelos artistas da missão holandesa.
A expulsão dos holandeses
Em 1640, com o fim da União Ibérica, Portugal restaurou sua monarquia. No entanto, o país passava por um período de crise econômica, o que retardou a tentativa de retomar o contrôle de suas possessões, principalmente as que estavam sob o domínio holandês, o que se efetivou apenas nos anos seguintes.
No Brasil, a situação estava cada vez mais complicada, especialmente para os colonos portugueses. Muitos deles eram senhores de engenho endividados por não conseguirem pagar os altos juros cobrados pelos financiamentos oferecidos pêla Companhia das Índias Ocidentais, no início do govêrno de Nassau.
Quando a Companhia decidiu cobrar dos senhores de engenho as dívidas atrasadas, gerou grande descontentamento entre êles. Isso contribuiu para que êsse grupo se manifestasse contra a presença holandesa no Brasil, aliando-se posteriormente às tropas luso-brasileiras nas batalhas pêla expulsão dos holandeses.
Após uma série de conflitos, os holandeses foram derrotados e obrigados a se retirar do Brasil em 1654, encerrando, assim, o período de dominação holandesa no Nordeste brasileiro.
Esta imagem representa uma das principais batalhas que contribuiu para a expulsão dos holandeses do Brasil.
A concorrência com o açúcar das Antilhas
Como vimos, os holandeses já conheciam o processo de refinamento e comercialização do açúcar. Durante o tempo em que permaneceram no Brasil, desenvolveram todas as etapas de produção de açúcar. Depois que foram expulsos, utilizaram êsse conhecimento na produção açucareira em suas colônias nas Antilhas. A oferta do açúcar antilhano no mercado europeu desvalorizou o produto brasileiro, agravando a crise econômica em Portugal.
História e Geografia
Mapeando a América portuguesa
Os mapas são uma das mais antigas fôrmas de representar os espaços geográficos. Além de serem importantes ferramentas de localização e orientação, neles podem ser representados espaços ocupados, espaços dominados, limites territoriais e visões de mundo.
Cada mapa representa, direta ou indiretamente, as intenções de quem o produziu ou o encomendou.
reticências
A cartografia nunca foi uma ciência neutra, que representa exatamente o espaço ou a realidade. Por trás de todo mapa, há um interêsse (político, econômico, pessoal), um objetivo (ampliar o território, melhorar a área agrícola etcétera) e um conceito (o direito sôbre determinada região, o uso do solo etcétera). “O mapa é uma representação adaptada da realidade. Por isso, nunca é isento”, diz Carla Gimenes de Sena, doutora em Pesquisa em Geografia e Cartografia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” ( Unésp), campus de Ourinhos.
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MOÇO, Anderson. A história dos mapas e sua função social. Nova Escola, São Paulo, 1º junho 2011. Disponível em: https://oeds.link/yPyHlK. Acesso em: 2 abril 2022.
Além dos mapas já trabalhados anteriormente, conheça, a seguir, outros mapas históricos que representam a colônia portuguesa. Repare nas semelhanças e diferenças entre êles.
Os mapas, como podemos observar, mostram-nos diversas visões que os europeus tinham sôbre os territórios coloniais. Cada elemento que compõe os mapas evidenciou seus interêssis, suas preocupações, sua visão de mundo, entre outros fatores na época em que foram produzidos ou publicados.
É possível perceber também que, com o passar dos anos, os mapas foram se tornando, de modo geral, mais detalhados e precisos, indicando o desenvolvimento das noções cartográficas e do conhecimento sôbre os territórios coloniais.
Atividades
Faça as atividades no caderno.
Organizando os conhecimentos
- Explique o que foi a União Ibérica.
- Comente a principal consequência da União Ibérica para o Brasil.
- Quais foram as principais transformações ocorridas em Recife com o govêrno holandês?
- Como era a produção açucareira no período de dominação holandesa no Nordeste brasileiro?
Aprofundando os conhecimentos
5. Analise a pintura a seguir, que representa algumas etapas da produção do açúcar. Depois, responda às questões.
- Identifique a data e o autor da pintura.
- Descreva os diferentes elementos representados nessa pintura.
- O autor dessa obra fazia parte da comitiva que veio ao Brasil com Maurício de Nassau em 1637. Que outros profissionais participaram dessa comitiva? Qual era seu objetivo?
- Quais relações podem ser estabelecidas entre a pintura e os assuntos que você estudou nesta unidade?
6. Durante o período em que ocuparam parte do atual Nordeste brasileiro, os holandeses enviaram diversos relatórios para a Holanda. Em um deles, datado de 1638 e intitulado Breve discurso sôbre o estado das quatro capitanias conquistadas no Brasil, êles relataram aspectos dos costumes e da população da Colônia. Leia, a seguir, um trecho dêsse relatório e, depois, responda às questões.
reticências
Os portugueses são em geral pouco curiosos com relação às suas casas e à direção doméstica, contentando-se com uma casa de barro, contanto que vá bem o seu engenho ou a sua cultura.
Possuem poucos móveis além daqueles que são necessários para a cozinha, cama e mesa e não podem ser dispensados. O seu maior luxo consiste em servirem-se à mesa de baixela de prata. Os homens usam pouco de vestidos custosos, vestem-se de estofos ordinários ou ainda de pano, trazendo os calções e o gibão golpeados com grandes córtes por onde se deixa ver um pouco de tafetáglossário . As mulheres, porém, vestem-se custosamente e se cobrem de ouro, trazem poucos diamantes ou nenhum, e poucas pérolas boas, e se ataviamglossário muito com joias falsas. Só saem cobertas e são carregadas em uma rede sôbre a qual se lança um tapete, ou encerradas em uma cadeira de preço, de modo que elas se enfeitam para serem vistas somente pêlas suas amigas e comadres.
reticências Não há profusãoglossário nos seus alimentos, pois podem sustentar-se muito bem com um pouco de farinha e um peixinho sêco, conquanto tenham galinhas, perus, porcos, carneiros e outros animais, de que também usam de mistura com aqueles mantimentos, sobretudo quando comem em casa de algum amigo. reticências
, . Breve discurso sôbre o estado das quatro capitanias conquistadas no Brasil. ín: MELLO, Evaldo Cabral de ( organizador). O Brasil holandês: (1630-1653). São Paulo: Pêngüim , 2010. página 258259.
- Segundo o relatório, como eram as casas dos portugueses no Brasil?
- Como era a alimentação dos colonos portugueses?
- Qual era a diferença entre as maneiras de se vestir dos homens e das mulheres?
- Qual trecho do relato chamou mais a sua atenção? Explique sua resposta.
O tema é reticências
Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
As comunidades quilombolas
Grande parte das comunidades quilombolas da atualidade descende de comunidades de africanos e seus descendentes que se formaram entre os séculos dezessete e dezenove. Você conhece ou pertence a alguma delas? Sabe se existem comunidades como essas no estado onde você mora?
Atualmente, o Brasil tem mais de 3 mil dessas comunidades espalhadas pelos diversos estados, com milhares de pessoas. Para constituir-se oficialmente como comunidade quilombola, é preciso que as pessoas que vivem nela, primeiro, autodefinam-se de acôrdo com determinada identidade étnica e cultural. Somente dessa fórma elas se tornam aptas a pleitear reconhecimento oficial do govêrno, podendo requisitar seus direitos e também investimentos para manter as necessidades básicas de seu dia a dia, como saneamento básico e educação, garantindo, assim, o direito à cidadania.
A educação escolar quilombola
No Brasil, cêrca de .1900 escolas estão localizadas em comunidades quilombolas. Um dos direitos reivindicados por grupos é que as escolas contribuam para uma educação adequada aos costumes e às tradições locais.
Assim, em 2012, foram criadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, legislação que tem como objetivo garantir que as instituições escolares quilombolas promovam o respeito aos valores culturais dessas comunidades, propondo, por exemplo, o estudo de temas ligados à cultura e à história locais.
A luta por direitos
Muitas comunidades quilombolas formaram-se há mais de 130 anos, ou seja, desde a época em que havia escravidão no Brasil. Os quilombolas buscam regularizar a posse de suas terras e querem ser reconhecidos pêla sociedade.
Em 1988, a Constituição brasileira estabeleceu que as comunidades quilombolas têm o direito de posse das terras que ocupam, além do direito de preservar suas tradições culturais. Em 2003, o Decreto número .4887/2003 estabeleceu uma política sistematizada de regulamentação e demarcação das terras quilombolas. Porém, mesmo amparadas pêla legislação, a maioria das comunidades quilombolas ainda não conseguiu ter seus direitos garantidos no Brasil.
Agora, responda às questões a seguir.
1. Qual é a primeira condição necessária para que uma comunidade quilombola seja reconhecida oficialmente como tal?
2. O que são as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola? Por que documento é importante?
3. Quais direitos a Constituição de 1988 garantiu aos quilombolas? E o Decreto número 4.887/2003, o que estabeleceu?
4. Essas legislações garantiram de fato os direitos dos quilombolas?
5. Em sua opinião, por que é importante que as comunidades quilombolas sejam reconhecidas?
O que eu estudei?
Faça as atividades em uma folha de papel avulsa.
- Analise as frases a seguir e, em uma folha de papel avulsa, reescreva as que estão incorretas, corrigindo-as.
- A resistência à escravidão se deu de várias fórmas, entre elas, pode-se considerar as rebeliões, os boicotes, as fugas, o estabelecimento de quilombos, a preservação das culturas e a compra de alforrias.
- A produção de açúcar era a única atividade econômica presente no perío- do colonial, e os senhores de engenho eram os detentores do maior prestígio social.
- As religiões de origem africana tinham sua prática proibida na Colônia, o que fez com que suas manifestações desaparecessem no Brasil.
- A União Ibérica favoreceu a presença holandesa no Brasil, pois ela instigou a rivalidade entre holandeses e espanhóis, assim como afrouxou parte da defesa do território.
- A presença holandesa no Brasil foi bastante desastrosa para região, que se estagnou econômica e socialmente por causa das guerras de resistência.
- Leia o texto a seguir e debata com os colegas de turma sôbre as questões propostas.
reticências A escravidão imposta pelos europeus aos povos africanos operou de fórma bastante diferente. A regularidade e a intensidade do comércio escravocrata atlântico impedem a comparação com outros modelos de escravidão anteriormente praticados, mesmo na própria Europa. O volume de pessoas que foi deslocado de seus locais de origem reticências criou uma categoria social na América, que, completamente privada de direitos e liberdades, compunha a base econômica da sociedade. Para evitar que êsse grupo viesse a se tornar uma ameaça, o desenraizamento cultural e social das pessoas que o compunham se fez de extrema importância. reticências
CHUEIRE, Lúcia. Religiosidades africanas e ameríndias. Curitiba: InterSaberes, 2021. página 7576.
- Quais foram os diferentes modelos de escravidão praticados anteriormente pelos europeus?
- De acôrdo com a leitura do texto e com seus conhecimentos, o que diferencia êsse modêlo dos demais?
- Ao que o texto se refere quando menciona o desenraizamento cultural e social dos povos africanos escravizados?
3. Leia o texto a seguir e, depois, responda às questões.
reticências O cultivo, a colheita e o beneficiamento exigiam muitos braços e equipamento caro, tornando a produção do açúcar lucrativa apenas quando feita em grande escala. Daí o predomínio da grande propriedade, pois os pequenos produtores só conseguiam sobreviver transferindo a etapa da transformação da cana em açúcar a um grande senhor de engenho, ao qual pagavam uma porcentagem variável da produção. reticências
MESGRAVIS, Laima. História do Brasil Colônia. São Paulo: Contexto, 2015. página 62.
- De acôrdo com o texto, quem eram os sujeitos que tinham o maior contrôle do engenho?
- Explique por que os pequenos produtores livres dependiam dos senhores de engenho.
4. Leia o texto a seguir e, depois, responda às questões.
Ainda nos séculos dezesseis e , a Mata Atlântica, que abastecia os engenhos de madeira, parecia inextinguível. Como qualquer colônia de exploração, o Brasil sofreu a dilapidação brutal de seus recursos naturais. O impacto direto das atividades coloniais dezessete sôbre os ecossistemasglossário existentes causou imediatos prejuízos . Animais, vegetais, ervas daninhas e micro-organismos patológicos se disseminaram de reticências fórma voluntária ou não, interferindo na paisagem.
O território não possuía fronteiras limitadas; nele, uma lavoura desgastada era imediatamente substituída por outra. Os conhecimentos agronômicos eram precários e não ajudavam a combater o modêlo usado. Pior, a concessão fácil de terras, sobretudo à elite, estimulava a prática de explorá-las de fórma pouco cuidadosa. reticências
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato. Uma história da vida rural no Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. página 4546.
- De acôrdo com o texto, quais foram os principais problemas ambientais causados aos ecossistemas no Brasil?
- Por quais motivos problemas ambientais ocorreram?
- Atualmente, mesmo com conhecimentos agronômicos mais avançados, problemas como a devastação das matas nativas ainda persistem. Por que isso ocorre? Converse com seus familiares e dê sua opinião sôbre isso.
Glossário
- Tafetá
- : tecido de fios de seda trançado.
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- Ataviar
- : enfeitar, embelezar.
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- Profusão
- : grande quantidade, abundância.
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- Ecossistema
- : sistema que inclui o conjunto de seres vivos e o ambiente, assim como a relação estabelecida entre eles.
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