UNIDADE 8 A expansão do território colonial
Respostas e comentários
A fotografia de abertura desta unidade possibilita aos alunos realizar uma análise da arquitetura colonial e das concepções artísticas barrocas. Além disso, ao verificar que a igreja tem grande destaque no meio urbano de Ouro Preto, êles poderão refletir sôbre o papel da religiosidade na sociedade colonial. Auxilie-os a identificar a igreja e a descrever os casarões, também típicos dêsse período histórico.
Por sua importância histórica e em razão de ter grande parte da arquitetura dos tempos coloniais conservada, a cidade de Ouro Preto foi tombada em 1938 pêlo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ifãn). Outro reconhecimento importante foi concedido pêla Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (unêsco), que, em 1980, declarou a cidade patrimônio mundial.
A partir do final do século dezesseis, iniciou-se no Brasil Colônia o processo de exploração de áreas distantes do litoral, impulsionando a expansão do território para o interior.
Uma das consequências da expansão foi a descoberta de minas de ouro e de diamante, entre o final do século dezessete e o início do século dezoito. êsse fato tornou a mineração uma das principais atividades econômicas da Colônia e atraiu milhões de pessoas para o interior do território. Nessa época, várias cidades foram fundadas nas áreas próximas às minas.
Iniciando a conversa
- Qual edifício se destaca na paisagem retratada na página anterior? O que isso indica sôbre os costumes dos habitantes da cidade no século dezoito?
- Você sabe quais atividades econômicas eram realizadas no Brasil Colônia, no século dezoito? Comente.
- Você conhece alguma cidade colonial fundada há mais de 300 anos? Em caso afirmativo, comente sôbre as características arquitetônicas dessa cidade.
Agora vamos estudar...
- a importância da pecuária no Brasil Colônia;
- os aldeamentos indígenas;
- as bandeiras e a expansão dos limites territoriais;
- a descoberta do ouro;
- a circulação de mercadorias e a integração territorial;
- a sociedade colonial;
- a resistência à escravidão.
Respostas e comentários
Questões 1 a 3. Respostas nas orientações ao professor.
Respostas
1. O edifício que se destaca na foto é uma igreja, o qual apresenta características da arquitetura colonial. O destaque dessa construção no meio da paisagem urbana leva-nos a pensar que a religião católica tinha, no século dezoito, papel central na vida dos habitantes da cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto.
2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a refletir sôbre os produtos e serviços essenciais para a manutenção da vida no Brasil colonial, como o cultivo de alimentos e a criação de animais, além das atividades já estudadas, a exemplo da produção de açúcar nos engenhos.
3. Resposta pessoal. Caso os alunos já tenham visitado alguma cidade colonial fundada no século dezoito, incentive-os a se lembrarem dos elementos arquitetônicos característicos dêsse período que possam ter observado e, depois, a contar para a turma. Em caso negativo, verifique se na cidade onde moram há algum edifício típico dessa época, então faça comentários sôbre êsse local e, se possível, apresente algumas imagens.
CAPÍTULO 17 Rumo ao interior da Colônia
Nos capítulos anteriores, estudamos que a economia colonial era baseada na grande propriedade rural (engenho), na agricultura de exportação (tendo como principal produto o açúcar) e na utilização de mão de obra escravizada.
Inicialmente, a colonização portuguesa se concentrou no litoral, e o interior do território era habitado principalmente por povos indígenas. A partir do final do século dezesseis e início do século dezessete, porém, os portugueses começaram a formar povoados em territórios que ultrapassavam os limites estabelecidos em 1494 pêlo Tratado de Tordesilhas, que dividia as terras do continente americano entre Portugal e Espanha.
Nos séculos dezessete e dezoito, outras atividades econômicas tornaram-se importantes na Colônia, entre elas a pecuária, a exploração das chamadas drogas do sertãoglossário e a mineração. Verifique no mapa.
Principais atividades econômicas na Colônia portuguesa (séculos XVII-XVIII)
Fonte de pesquisa: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2002. página 41.
Questão 1.
De com o mapa, qual era a principal atividade econômica desenvolvida no litoral da Colônia? E quais eram desenvolvidas no interior?
Respostas e comentários
Questão 1. Resposta: No litoral, a atividade desenvolvida era a produção de cana-de-açúcar. No interior, eram desenvolvidas a pecuária, a exploração das drogas do sertão e a mineração.
Objetivos do capítulo
- Analisar como ocorreu a formação territorial do Brasil.
- Estudar as relações entre os indígenas e os jesuítas.
- Compreender o papel das bandeiras, entradas e monções na ampliação do território.
- Reconhecer a contribuição indígena no Brasil colonial.
Justificativas
O movimento de interiorização da Colônia possibilitou o contato com outras práticas econômicas, destacando-se a pecuária e a exploração das drogas do sertão e da mineração. Dessa maneira, o conteúdo dêste capítulo, evidenciado nas páginas de abertura, contempla a Competência específica de História 5, tratando da movimentação de pessoas e mercadorias pêlo território da América portuguesa.
O trabalho proposto neste capítulo favorece o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero sete agá ih um dois, ao descrever a distribuição da população existente no território, considerando a diversidade étnica e cultural.
- O trabalho com esta página favorece uma abordagem de aspectos da habilidade ê éfe zero sete agá ih um um, ao tratar da formação do território da América portuguesa por meio de um mapa com informações históricas.
- Ao analisar o mapa que mostra as principais atividades econômicas na Colônia entre os séculos dezessete e dezoito, peça aos alunos que observem a divisão proposta em 1494 pêlo Tratado de Tordesilhas. Explique-lhes que a configuração que consta na representação cartográfica é a do Brasil atual, não correspondendo, portanto, à realidade do século dezesseis. Foi feita apenas para dar uma ideia de por onde o meridiano divisório passaria nos dias de hoje. A análise e a reflexão propostas pêlo mapa contribuem para o desenvolvimento do saber geográfico.
- Comente que o fato de os portugueses não terem respeitado essa divisão, avançando pêlo interior em vários movimentos, como o bandeirante, e por meio de atividades como a criação de gado e a exploração de drogas do sertão, permitiu tomar posse efetiva de terras antes habitadas por diversos povos indígenas, mas sem a presença espanhola. Foram movimentos que constituíram o território brasileiro atual, e isso foi legalizado por meio de muitos outros tratados com a Espanha e países vizinhos ao longo dos séculos.
A importância da pecuária na Colônia
A criação de gado foi uma das atividades que contribuiu para a interiorização do território da Colônia. O gado bovino foi trazido para o Brasil no início da colonização e era utilizado nos engenhos para mover as moendas de açúcar, transportar produtos, auxiliar no arado da terra, além de fornecer carne, leite e couro para os moradores.
A atividade pecuária lógo ganhou importância econômica e começaram a ser formados pastos fóra dêsses locais. Com receio de que os animais fossem criados em áreas destinadas às plantações de cana-de-açúcar, produto muito mais rentável, em 1701, a Coroa portuguesa proibiu a atividade pecuária no litoral.
As fazendas de gado
Com a proibição, a pecuária avançou para o Sertãoglossário da atual Região Nordeste do Brasil. Fazendas de gado bovino começaram a ser formadas às margens dos rios, entre êles o rio São Francisco.
Nessas fazendas, a organização do trabalho era diferente da que havia nos engenhos de açúcar. As atividades de um engenho requeriam um grande número de pessoas escravizadas para sua realização, além de um rígido contrôle da produção. Já nas fazendas de gado, era preciso um número reduzido de pessoas, incluindo os africanos escravizados e os chamados vaqueiros — estes faziam seu trabalho de maneira mais independente, em uma vasta extensão de terras.
Na atual Região Sul do Brasil, a pecuária era desenvolvida desde o século dezesseis, quando os colonizadores trouxeram os primeiros bois e cavalos. Nessa região, predominavam extensas planícies cobertas de pastos, o que favorecia essa atividade.
No final do século dezessete, com a expansão do território, a região passou a ser ocupada por colonos que se dedicavam à criação de mulas, animal que se tornou o principal meio de transporte de pessoas e de mercadorias no período colonial.
Respostas e comentários
Sugestão de avaliação
Ao trabalhar o conteúdo desta página, é importante explorar com os alunos as diferentes atividades econômicas, e mesmo as sociais, que contribuíram para o adentramento do território e o povoamento do interior do país.
Peça aos alunos que construam um quadro informativo e, ao longo do estudo dêste capítulo, registrem quais atividades foram praticadas, em quais regiões, e o que foi desenvolvido por meio dessas atividades (vilas, cidades, outras práticas econômicas etcétera).
Ao final do capítulo, os alunos terão o quadro completo, com essas informações sistematizadas, podendo ser avaliado o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero sete agá ih um dois.
A exploração das drogas do sertão
Outra importante atividade que contribuiu para a expansão do território colonial foi a exploração das drogas do sertão, desenvolvida na atual Região Norte do Brasil. Além de serem utilizados na alimentação, produtos tinham uso medicinal e terapêutico, e seu comércio gerava grandes lucros. Nessa época, tais produtos tornaram-se muito valiosos, como o cacau e o cravo, e muitos foram utilizados como moeda de troca no território colonial. Leia o texto a seguir.
reticências o cacau era abundante na região, e sua importância econômica foi das maiores desde que as côrtes europeias aderiram ao chocolate como bebida. Tanto que, para estimular sua coleta e mesmo o plantio, no fim do século dezessete o govêrno português determinou a isenção de impostos de exportação para o produto. reticências
Outros produtos significativos, de uso alimentar e como , eram: a salsaparrilha, o pau-cravo, a noz de pixurim, a castanha-do-pará, o gergelim, o pequi, o anil e a baunilha.
reticências
quítin, Vallandro; MARANHÃO, Ricardo. Caminhos da conquista: a formação do espaço brasileiro. São Paulo: Terceiro Nome, 2008. página 221.
Questão 2.
Quais produtos amazônicos são citados no texto? Algum deles faz parte do seu cotidiano? Comente com os colegas.
Jesuítas e indígenas
A grande presença de populações indígenas no norte da Colônia chamou a atenção de missionários religiosos europeus.
Os padres da Companhia de Jesus, ordem religiosa fundada na Europa, em 1534, empreenderam diversas ações na região com o objetivo de catequizar os povos indígenas, convertendo-os ao cristianismo. Os jesuítas (como eram chamados) também se destacaram por combater a escravização dêsses povos.
Para facilitar a conversão dos indígenas ao cristianismo, muitos jesuítas aprendiam as línguas nativas, entre elas o guarani.
Respostas e comentários
Questão 2. Resposta: Cacau, salsaparrilha, pau-cravo, noz de pixurim, castanha-do-pará, gergelim, pequi, anil e baunilha. O restante da resposta é pessoal.
- Visando a aprofundar a reflexão dos alunos sôbre a história dos alimentos utilizados na culinária brasileira e discutir aspectos ligados à saúde do ser humano, aproveite o conteúdo desta página, que aborda as chamadas drogas do sertão, para desenvolver um trabalho com o tema contemporâneo transversal Educação alimentar e nutricional. Explique a importância do uso de determinadas plantas e raízes como temperos e um dos principais meios para conservar os alimentos, sobretudo em uma época em que não havia sistema de refrigeração. Entre produtos estava a canela, o urucum e o pau-cravo, por exemplo. Aproveite para destacar também a regionalidade dêsses alimentos, comentando que boa parte deles é cultivada até os dias de hoje na Região Norte do país e continua sendo bastante consumida por seus habitantes, como é o caso da castanha-do-pará. Acrescente que êsse alimento é rico em diversas vitaminas e minerais que contribuem para a nossa saúde, melhorando o funcionamento do sistema cardiovascular e aumentando nossa imunidade.
- Para auxiliar os alunos a responder à questão 2, apresente a êles alguns exemplos de pratos nos quais produtos podem ser utilizados, pois, por vezes, êles podem conhecer a culinária, mas não seus ingredientes específicos.
Apesar de exercer forte oposição à escravização indígena, os jesuítas exploravam sua mão de obra em diversas atividades, como na agricultura, na criação de animais e, principalmente, na coleta de drogas do sertão. Eram os indígenas que entravam nas matas, coletavam produtos e os transportavam até os aldeamentos, também denominados missões ou reduções, para depois serem vendidos na Europa.
Os aldeamentos indígenas
Nos aldeamentos indígenas, administrados pelos jesuítas, o modo de vida dos nativos era completamente alterado. Além de serem submetidos a uma rígida rotina de trabalho, êles estavam sujeitos a atividades como educação religiosa, leitura e escrita, além de aprender os hábitos e os costumes do colonizador, como usar roupas de algodão e fazer orações.
Muitos colonos criticavam o trabalho catequizador dos jesuítas por causar, de acôrdo com êles, a redução da mão de obra nativa. Como os jesuítas combatiam a escravização dos indígenas, havia constantes atritos entre os missionários e os colonos. Por isso, muitos deles foram expulsos das áreas próximas dos engenhos, direcionando-se para o interior do norte e do sul da Colônia, onde fundaram novos aldeamentos.
No entanto, a contínua busca pêla mão de obra indígena não evitou que aldeamentos também sofressem ataques, principalmente de expedições que buscavam aprisionar os nativos para vendê-los como pessoas escravizadas. Para resistir a ataques, indígenas e missionários construíram pequenas fortalezas e formaram tropas armadas.
Respostas e comentários
- Explique aos alunos que um aspecto que impulsionou a ocupação colonial portuguesa no norte da Colônia foi a invasão da região pelos franceses. Em 1612, êles fundaram a cidade de São Luís, no atual estado do Maranhão. Os portugueses, preocupados em garantir a posse das terras coloniais, empenharam-se em defender a região e expulsar os franceses. Para isso, enviaram soldados, que, com a ajuda dos nativos, construíram fortes em locais estratégicos.
- No século dezessete, os senhores de engenho da capitania do Maranhão enfrentavam uma crise econômica com a queda do preço do açúcar, o que causou também a dificuldade em comprar escravizados. Com isso, os colonos passaram a invadir os aldeamentos jesuítas com o intuito de capturar indígenas para o trabalho escravo. Essa situação gerou um conflito entre os colonos da capitania e os jesuítas. Estes últimos procuraram apôio do govêrno português, que, por sua vez, determinou, em 1680, a proibição de escravizar indígenas.
- Oriente a leitura da imagem presente na página, pedindo aos alunos que identifiquem quem são as pessoas representadas e o que estão fazendo. Essa prática contribui para o desenvolvimento da Competência específica de História 3.
Atividade a mais
- Após abordar o conteúdo desta página, questione os alunos sôbre a quantidade de indígenas que existem atualmente no Brasil. Peça a êles que tentem estimar se êsse número é maior ou menor do que o de indivíduos que habitavam o território que hoje corresponde ao Brasil, antes da chegada dos europeus.
- Explique que, apesar da drástica diminuição da população nativa do território brasileiro após o início do processo de colonização, o número de indígenas no Brasil vem crescendo nos últimos anos.
- Para finalizar, solicite aos alunos que pesquisem como vivem povos na atualidade e tentem identificar quais fatores têm propiciado o crescimento dessa população ao longo dos últimos anos.
A capitania de São Vicente
A capitania de São Vicente foi fundada em 1534 e ficava localizada no litoral do atual estado de São Paulo.
Nessa capitania, assim como em outras da Colônia, a produção de açúcar foi uma das primeiras atividades econômicas. Entretanto, essa produção não obteve o mesmo êxito que o alcançado na Região Nordeste.
O declínio dos engenhos da capitania de São Vicente impulsionou muitas pessoas a subir a Serra do Mar e a se instalar no planalto de Piratininga, perto de onde foi fundada a vila de São Paulo de Piratininga e o colégio jesuíta, em 1554. Mais tarde, a vila formada no local deu origem à cidade de São Paulo. Atualmente, o local do antigo colégio jesuíta abriga o Museu Anchieta.
Em São Vicente, os habitantes desenvolviam atividades agrícolas voltadas para o mercado interno, por meio do cultivo de produtos como o milho, o trigo, o algodão, o feijão e a mandioca.
Eram os indígenas escravizados que realizavam a maior parte do trabalho nas lavouras, o que tornava a captura e a venda dos nativos uma importante fonte de lucro para alguns colonos. Assim, diversas expedições de apresamentoglossário de indígenas foram feitas no interior do território, as chamadas bandeiras. Embora inicialmente não fosse seu principal objetivo, nessas expedições também se realizavam buscas por minerais preciosos, como ouro, prata e pedras preciosas.
Respostas e comentários
- O assunto sôbre os movimentos dos bandeirantes favorece a abordagem de aspectos da Competência específica de Ciências Humanas 3, pois os alunos poderão entender de que maneira os integrantes das bandeiras intervieram na natureza, explorando-a para a busca de pedras e metais preciosos; e nas sociedades indígenas, capturando nativos, escravizando-os e até dizimando etnias.
- Explique aos alunos que, ao passo que nas capitanias da Região Nordeste a economia açucareira florescia, baseada na mão de obra escravizada, tornando os senhores de engenho muito ricos, na capitania de São Vicente, onde hoje é o estado de São Paulo, havia muitas dificuldades para os colonos. êles viviam basicamente de uma economia de subsistência, isto é, plantando para produzir os alimentos que consumiam e fabricando objetos de que necessitavam. As vilas eram muito pobres e, por isso, os paulistas passaram a se organizar para incursões ao interior, com o propósito de apreender indígenas e, depois, vendê-los como escravos.
- No início do século dezessete, os habitantes da vila de São Paulo desenvolviam atividades agrícolas voltadas para o consumo e para o mercado interno, como o cultivo do milho, do trigo, do algodão, do feijão e da mandioca. Diferentemente dos engenhos do nordeste da Colônia, a mão de obra africana escravizada era pouco utilizada na vila de São Paulo. Os produtos comercializados pelos colonos que viviam no local não eram tão lucrativos quanto o açúcar, o que tornava êsse tipo de mão de obra muito caro para a maioria deles.
Tipos de bandeiras
Os integrantes das bandeiras ficaram conhecidos como bandeirantes. Inicialmente, êles realizavam alianças com aldeias que estavam em guerra com povos rivais, adquirindo indígenas capturados nas batalhas. Com o aumento da procura por mão de obra indígena, os bandeirantes passaram a atacar diretamente as aldeias para capturar os indígenas. Essas expedições ficaram conhecidas como bandeiras de apresamento.
Aos poucos, algumas populações indígenas do litoral foram sendo dizimadas. Outras se deslocavam para o interior da Colônia para evitar os ataques. Além disso, muitas missões jesuíticas foram atacadas pelos bandeirantes, pois elas reuniam grande número de indígenas.
fatores fizeram com que os bandeirantes realizassem expedições cada vez mais distantes do litoral. Em meados do século dezessete, êles chegaram a territórios que hoje fazem parte das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.
A partir da segunda metade do século dezessete, houve intensificação das bandeiras em busca de minerais preciosos. Em parte, isso ocorreu por causa do incentivo da Coroa portuguesa, que passou a oferecer prêmios e títulos de nobreza para os que encontrassem fontes dêsses minerais.
As expedições em busca de pedras e de metais preciosos ficaram conhecidas como bandeiras de prospecçãoglossário . No final do século dezessete, os bandeirantes encontraram as primeiras minas de ouro em regiões onde hoje se localiza o estado de Minas Gerais.
Bandeiras de apresamento e bandeiras de prospecção (século XVII)
Fonte de pesquisa: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2002. página 39.
Questão 3.
De acôrdo com o mapa, considerando o ponto de origem, quais foram as vilas e cidades mais distantes que as bandeiras alcançaram?
Respostas e comentários
Questão 3. Resposta: Gurupá e Belém, localizados no atual estado do Pará.
- Auxilie os alunos a responder à questão 3, fazendo um trabalho de análise do mapa, o que contribuirá para o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero sete agá ih um um, e também do saber geográfico, ao mostrar as bandeiras e entradas como um dos fatores para a expansão e a configuração territorial da América portuguesa.
- As expedições sertanistas promovidas pelos paulistas passaram para a História com a denominação de bandeiras, mas não há um consenso sôbre a razão dêsse nome. Alguns historiadores afirmam que o motivo foi o fato de êles levarem um estandarte à frente, outros dizem que havia na época uma expressão para identificar ataque a aldeias indígenas: “levantar bandeira”. Já outros estudiosos de História dizem que levar uma bandeira à frente da expedição era uma prática herdada dos portugueses medievais.
Algo a mais
• Para aprofundar seus conhecimentos sôbre as bandeiras, acesse o link indicado a seguir.
> SOUSA, M. B. de. O objetivo econômico da bandeira e sua natureza jurídica. Revista da Faculdade de Direito, São Paulo, úspi, volume 50, página 272318, janeiro 1955. Disponível em: https://oeds.link/e0OiHe. Acesso em: 18 junho 2022.
O cotidiano durante as bandeiras
Uma bandeira podia durar semanas ou meses e reunir centenas de pessoas. Considerando essas questões, procure imaginar quem eram essas pessoas e como era o cotidiano delas durante o tempo da expedição.
Os indígenas constituíam a maior parte dos integrantes de uma bandeira, seguidos por mamelucosglossário . Já os europeus e seus descendentes, que geralmente lideravam as expedições, eram em menor número.
Os bandeirantes caminhavam a pé, mata adentro, seguindo, principalmente, por trilhas já formadas pelos nativos. êles partiam no início da manhã e acampavam ao entardecer, realizando poucos intervalos para se alimentarem. Em seus acampamentos, dormiam em redes e faziam fogueiras para espantar insetos e animais ferozes. Geralmente, tinham poucos recursos e levavam apenas a roupa do corpo e alguns equipamentos.
Monções e entradas
Além das bandeiras, havia outras expedições:
As monções eram expedições que utilizavam vias fluviais para abastecer as regiões mineradoras do atual Centro-Oeste do território. As embarcações carregavam mantimentos, armas e munições, além de mercadorias para serem comercializadas nos povoados e nas vilas que se formaram nas margens dos rios.
As entradas eram expedições financiadas pêla Coroa portuguesa que partiam do litoral da atual Região Nordeste rumo ao interior do território. Tinham o objetivo de explorar o interior da Colônia para combater ataques às vilas e às cidades realizados por indígenas ou por outros invasores europeus. Além disso, também buscavam minérios preciosos.
Esta ilustração é uma representação artística contemporânea feita com base em estudos históricos.
Fonte de pesquisa: MONTEIRO, Djón Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
Respostas e comentários
• O bandeirantismo iniciou e perdurou no século dezessete. No século dezoito, com a descoberta de minas de ouro e diamante nas regiões mais centrais do território, assistiu-se à fixação de populações em novas vilas e cidades, que floresceram em decorrência da mineração. Com isso, os movimentos exploratórios do sertão diminuíram, tendo já o Brasil colonial adquirido a configuração mais ampliada que originou nosso país.
Algo a mais
• O livro indicado aborda como eram as bandeiras em uma narrativa fictícia, pautada em estudos históricos.
> Iásbequi, Mustafá. Os bandeirantes. São Paulo: Ática, 2003.
Alimentação
Os bandeirantes obtinham alimentos principalmente através da pesca, da caça e da coleta de alimentos que encontravam pêlo caminho, como frutas, palmito e mel. Muitas vezes, êles roubavam alimentos das plantações mantidas por indígenas. Em outras ocasiões, os próprios bandeirantes plantavam feijão, abóbora e milho, que costumavam colhêr apenas na viagem de volta.
Nas monções, diversos suprimentos, como feijão, farinha, toucinho e galinhas, eram transportados nas embarcações.
Entretanto, nem sempre havia alimentos para todos, e há relatos sôbre bandeirantes que passaram fome durante as expedições ou até morreram pêla falta de alimentação.
A representação dos bandeirantes
É comum que em algumas representações de bandeirantes, como em pinturas e monumentos, êles apareçam imponentes, bem-arrumados, utilizando botas de cano alto e carregando armas de fogo. Muitas dessas representações buscam valorizar a figura do bandeirante como um bravo explorador, de fórma a enaltecê-los como heróis fundadores.
Entretanto, estudos recentes contestam essa imagem, revelando que era mais comum que êles caminhassem descalços e utilizassem roupas desgastadas, além de, muitas vezes, preferir arcos e flechas a armas de fogo, já que elas podiam apresentar problemas por causa da ferrugem provocada pêla umidade.
Respostas e comentários
• Comente que a ideia do bandeirante como um herói desbravador foi construída a partir do século dezenove, principalmente após o ciclo do café, que elevou economicamente a província de São Paulo. A elite paulista, em uma tentativa de projetar São Paulo como região importante no país, passou a propagar a ideia de que, em suas origens, a região tinha sido habitada por homens valentes e intrépidos. Peça aos alunos que reflitam sôbre as condições difíceis em que viviam os bandeirantes na realidade, e que comparem com as imagens de bandeirantes feitas por artistas dos séculos dezenove e vinte, todos bem-vestidos, bem alimentados e calçados.
Atividade a mais
• A imagem dos bandeirantes como heróis, no entanto, vem sendo questionada pêla historiografia e pêla sociedade. Nos últimos anos, alguns projetos de lei vêm sendo apresentados no intuito de reconstruir essa narrativa e propor uma reflexão a respeito dos atos praticados pelos bandeirantes.
Os saberes indígenas na vida colonial
O modo de vida e as expressões culturais indígenas exerceram grande influência sôbre o cotidiano da Colônia. Muitos bandeirantes recorreram aos conhecimentos dêsses povos para adentrar as matas e os territórios ainda desconhecidos. Os habitantes dos povoados e das fazendas formados no interior também adotaram elementos indígenas no seu modo de vida.
Mata adentro
As expedições em direção ao interior do território brasileiro, muitas vezes, exigiam o conhecimento de técnicas de navegação fluvial. Assim, a experiência indígena foi indispensável para os bandeirantes e os monçoeiros na escolha dos materiais a serem utilizados para a fabricação de canoas e no desenvolvimento dos sistemas de navegação.
Os bandeirantes também aprenderam a caçar seguindo os rastros deixados pelos animais. Além disso, muitos passaram a caminhar descalços e a se alimentarem de acôrdo com as tradições dos povos indígenas.
Modo de vida
Acostumados com a vida na mata e com o clima da região, os indígenas desenvolveram técnicas de cultivo adaptadas às condições do território onde viviam.
Esta ilustração é uma representação artística contemporânea feita com base em estudos históricos. Fontes de pesquisa: DONATO, Hernâni. Os índios do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 2010; MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio. São Paulo: Callis, 2000.
Respostas e comentários
- O conteúdo destas páginas relativo aos saberes dos povos indígenas permite trabalhar a habilidade ê éfe zero sete agá ih um dois, pois propicia o estudo de aspectos relacionados aos costumes dos nativos no Brasil colonial, compreendendo-os como parte da população brasileira nesse período.
- Conhecer os saberes indígenas, suas técnicas de navegação, de caça e alimentação possibilita aos alunos enxergar outra perspectiva do processo de colonização, tendo mais contato com a história dos povos nativos. dêsse modo, contemplam-se aspectos da Competência geral 6 no que se refere à valorização de saberes e experiências culturais de diferentes povos.
A coivara, por exemplo, é um método em que, antes do plantio, se queima a vegetação rasteira como fórma de limpar e adubar o terreno. Depois de alguns anos, quando o solo se esgota, uma nova área de plantio é aberta, enquanto a área esgotada é desocupada, para permitir que o solo possa ser restabelecido naquele local.
Atualmente, a coivara ainda é comum em diferentes lugares do Brasil, mas essa prática é combatida pêlas autoridades ambientais. Se praticada em larga escala e por muito tempo no mesmo lugar, ela se torna altamente prejudicial ao solo e contribui para a devastação da mata nativa.
Outra contribuição indígena foi a prática da medicina preventiva e curativa com a utilização de elementos naturais, como ervas, plantas e minerais, na produção de medicamentos para tratar e evitar doenças.
Questão 4.
Você conhece ou já ouviu falar de saberes tradicionais indígenas? Comente com os colegas.
Os saberes indígenas na atualidade
Os conhecimentos tradicionais da medicina curativa, além de terem sido importantes no dia a dia colonial, mantêm-se presentes na sociedade atual.
Muitas aldeias utilizam elementos naturais no tratamento de doenças e na melhoria da qualidade de vida.
Para que conhecimentos continuem sendo transmitidos de geração para geração, algumas comunidades têm buscado organizar materiais para registrar e divulgar sua cultura.
Um exemplo é a cartilha intitulada Cartilha de plantas medicinais ( ), que foi desenvolvida com a participação de comunidades das aldeias da Terra Indígena caxinauá Nova Olinda, no município de Feijó, estado do Acre. Nela, estão registrados tipos e maneiras de preparar e usar de diversas plantas medicinais. êsse registro serve tanto para os aprendizes do povo caxinauá quanto para estudiosos da cultura indígena.
Respostas e comentários
Questão 4. Resposta nas orientações ao professor.
• Ao abordar o assunto relativo à prática da coivara, trabalhe com os alunos o tema contemporâneo transversal Educação ambiental. Explique-lhes que o hábito de queimar a mata para limpeza do terreno e plantio faz parte da cultura tradicional de subsistência dos povos indígenas. Por outro lado, as queimadas empreendidas pêlo europeu colonizador tinham o objetivo de desmatar extensas áreas para o plantio da cana-de-açúcar, que não era realizado de modo sustentável e tinha o objetivo de gerar lucros. De maneira semelhante, a ação de latifundiários e de empresas madeireiras na atualidade ainda gera grandes desastres ambientais, pois são desmatadas extensas áreas naturais, colocando em risco a fauna e a flora locais, além da população que vive nos arredores. Explique que, apesar disso, existem iniciativas governamentais e não governamentais que procuram fiscalizar e controlar a atuação dessas empresas, a fim de reduzir os impactos causados pêlas queimadas e pêla exploração desenfreada dos recursos naturais.
Resposta
Questão 4. Espera-se que os alunos comentem os possíveis aspectos tradicionais das culturas indígenas que possam conhecer. Procure orientar as respostas dos alunos de modo a evitar visões preconceituosas e produção de estereótipos. Incentive a valorização das culturas indígenas ressaltando a riqueza e a diversidade dos saberes dêsses povos sôbre a natureza e as práticas de prevenção e cura de doenças, por exemplo.
Atividades
Faça as atividades no caderno.
Organizando os conhecimentos
1. De que maneira cada uma das atividades econômicas mencionadas a seguir contribuiu para a expansão do território brasileiro? Copie o esquema no caderno, completando-o com a resposta a essa pergunta.
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Atividade |
Pecuária |
Extração de drogas do sertão |
Bandeiras |
Entradas |
Monções |
|---|---|---|---|---|---|
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Resposta |
- Quem eram os jesuítas? Como era a relação deles com os indígenas?
- Cite as principais diferenças entre as bandeiras de apresamento e as bandeiras de prospecção.
Aprofundando os conhecimentos
4. Leia o texto a seguir, que aborda os diversos usos das drogas do sertão no período colonial, e, depois, faça o que se pede.
reticências A definição [“droga”] abarcava reticências uma infinidade de plantas, vegetais, tintas, óleos, raízes e mercadorias de lã ou seda. E devido à baixa circulação de moedas metálicas, as “drogas” cumpriam também o papel de facilitar as trocas no território luso-americano.
Entre os africanos da Bahia, a aguardente era trocada por feijões, aipins e batatas. No Pará, os indígenas que trabalhavam no plantio do gengibre recebiam pagamento com cacau, que, assim como o cravo e a salsa, era moeda corrente na Amazônia. reticências
As drogas tinham também sua importância para a saúde da população. Distantes das boticas europeias, vulneráveis às moléstias tropicais e pouco familiarizados com as plantas medicinais da flora brasileira, os colonos tinham de se submeter aos ensinamentos naturais, procurando combiná-los com as vagas noções terapêuticas que traziam da metrópole. As fórmulas milenares que conheciam nem sempre eram suficientes para combater os males causados por bichos e plantas típicos da mata tropical. reticências
AVELAR, Lucas. Uso se branco, abuso se preto. Revista de História da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Sabin, ano 10, número 110, Sul.página.
Respostas e comentários
1. Resposta nas orientações ao professor.
2. Resposta: Os jesuítas eram religiosos da Companhia de Jesus. êles vieram ao Brasil com a intenção de propagar a fé católica aos nativos nos aldeamentos, chamados missões ou reduções. Mesmo exercendo forte oposição à escravização indígena, êles mantinham práticas de exploração de trabalho dos nativos.
3. Resposta: As bandeiras de apresamento eram expedições com o objetivo de capturar indígenas para o trabalho escravizado. As bandeiras de prospecção eram expedições que buscavam pedras e metais preciosos no interior da Colônia.
• As atividades 1 a 6 objetivam a sistematização do conhecimento construído ao longo do capítulo, bem como o desenvolvimento das habilidades ê éfe zero sete agá ih um zero, ê éfe zero sete agá ih um um e ê éfe zero sete agá ih um dois da BNCC, pois propiciam a reflexão a respeito da sociedade colonial brasileira, o desbravamento e ocupação do território e as atividades econômicas praticadas.
Resposta
1. Pecuária: A atividade passou a ser realizada em regiões do sertão, para não interferir na produtividade dos engenhos, localizados no litoral. Assim, principalmente os pecuaristas incorporaram à Colônia diversos territórios do interior; Drogas do sertão: A coleta das drogas do sertão, na Região Norte, foi expandida e ganhou grande destaque, sendo importante para o comércio e para as práticas locais. Assim, ampliou-se a ocupação da região; Bandeiras: Expedições que buscavam encontrar indígenas para serem escravizados e/ou buscar minérios preciosos. Muitas delas dirigiram-se a regiões afastadas, que foram incorporadas ao território brasileiro; Entradas: Expedições financiadas pêla Coroa portuguesa que partiam do litoral do Nordeste rumo ao interior do território colonial. Tinham como objetivo explorar o interior da Colônia e combater possíveis ataques às vilas e cidades; Monções: Expedições que utilizavam meios fluviais para abastecer as regiões mineradoras do atual Centro-Oeste. Geralmente, partiam de um povoado às margens do rio Tietê, onde hoje se localiza o município Pôrto Feliz, em São Paulo.
- Que tipos de produtos eram chamados de drogas do sertão?
- Cite pêlo menos dois exemplos que mostrem a importância das drogas do sertão no período colonial.
- Considere a seguinte oração: “os colonos tinham de se submeter aos ensinamentos naturais”. Qual foi o papel dos indígenas com relação a isso?
5. Analise a representação do bandeirante Domingos Jorge Velho (1641-1705) e faça o que se pede.
- Descreva a pintura e o modo como o bandeirante foi representado. Atenção para a vestimenta, para as armas e para a postura dele.
- Em sua opinião, qual era a intenção do artista ao representar o bandeirante dessa maneira?
- De acôrdo com estudos recentes, os bandeirantes eram realmente do modo como aparecem em muitas representações? Explique.
6. Muitas cidades brasileiras, ruas, praças, bairros e estátuas receberam nomes de bandeirantes como Domingos Jorge Velho e Antônio Raposo Tavares. Apesar de terem contribuído para a expansão do território brasileiro, alguns estudiosos ressaltam que, no período das expedições, grande quantidade de indígenas foi dizimada pelos bandeirantes.
• Com seus colegas de turma, façam uma pesquisa em livros, revistas e na internet e procurem informações sôbre os tópicos a seguir. Utilizem também os temas estudados no capítulo para organizar sua argumentação.
a. Em sua cidade existe alguma rua, praça, bairro ou monumento em homenagem aos bandeirantes? Se sim, descreva-o.
b. Qual foi a importância atribuída aos bandeirantes na história colonial?
c. Em sua opinião, as práticas bandeirantes tiveram diferentes papéis e efeitos na história do Brasil? Por quê?
Respostas e comentários
4. a) Resposta: As drogas do sertão eram diversos produtos coletados, como plantas, tintas, óleos, raízes etcétera
4. b) Resposta: As drogas do sertão eram utilizadas como moedas de troca e também compunham as práticas medicinais da região.
4. c) Resposta: Muitas tradições de origem indígena, relacionadas à medicina curativa e que utilizavam drogas do sertão e ervas, foram incorporadas pelos colonos. As técnicas europeias nem sempre eram úteis, devido às particularidades das doenças da região, por exemplo. Dessa fórma, eram em grande parte substituídas pelos ensinamentos indígenas.
5. a) Resposta nas orientações ao professor.
5. b) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o bandeirante foi representado como um herói.
5. c) Resposta: De acôrdo com estudos recentes, os bandeirantes utilizavam outros armamentos, como arco e flechas e muitos andavam descalços e vestiam roupas desgastadas.
6. Resposta nas orientações ao professor.
- A atividade 5 permite trabalhar a habilidade ê éfe zero sete agá ih um zero, uma vez que a análise do documento histórico incentiva os alunos a identificar outra interpretação a respeito dos bandeirantes, desmitificando a imagem de heróis ou super-humanos. Além disso, a atividade possibilita trabalhar a Competência específica de História 3, uma vez que os alunos, por meio da análise da pintura e das questões, são levados a elaborar hipóteses, a questionar e a ter uma visão crítica sôbre fatos do passado.
- Na realização do item b da atividade 6, oriente os alunos na percepção do papel de dualidade dos bandeirantes, principalmente com base em pesquisas atuais, que têm criticado o papel dos bandeirantes não só analisando seu aspecto de “herói”, mas também levando em conta a destruição dos povos e das culturas indígenas provocada por êles.
Respostas
5. a ) O bandeirante foi representado com uma vestimenta aparentemente de boa qualidade, com acessórios em couro, chapéu, portando arma de fogo e facão. Sua postura na imagem é de superioridade e imponência.
6. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam o papel dual dos bandeirantes na história do Brasil. êles já foram tratados como heróis por parte da historiografia tradicional, mas, ao longo dos anos, a visão sôbre êles passou por transformações.
Glossário
- Drogas do sertão
- : produtos originários da região amazônica, como cacau, cravo, baunilha, salsaparrilha, urucum, anil etcétera, além de óleos vegetais e de raízes.
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- Sertão
- : como era chamada no período colonial a região afastada do litoral, ou o interior.
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- Apresamento
- : aprisionamento, captura.
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- Prospecção
- : trabalho de busca e pesquisa de jazidas minerais.
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- Mameluco
- : mestiço que tem ascendência indígena e europeia.
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