UNIDADE 7 A Europa no século dezenove e o Imperialismo

Pintura. Vista de uma rua movimentada. À esquerda, uma mulher, usando chapéu e vestido, está de pé em uma calçada. Ao lado, um homem calvo, usando camisa e calça, está com o braço estendido. Centralizado, um homem, usando cartola e fraque, está sentado em uma carruagem puxada por cavalos. À direita, várias pessoas em uma carruagem puxada por cavalos. Ao fundo, várias pessoas caminhando, algumas em carruagens e construção com várias janelas.
Uma avenida parisiense, óleo sôbre tela de Jan , feito no final do século dezenove, representando a cidade de Paris, na França.

Durante o século dezenove, os países europeus passaram por uma série de transformações políticas, econômicas e sociais.

Nesse período, houve o crescimento econômico e a industrialização de diversos países da Europa, assim como a ascensão de algumas potências mundiais.

Quando o século dezenove chegava a suas décadas finais, os europeus iniciaram um intenso processo de expansão territorial e de busca de novos mercados consumidores, que ficou conhecido como Imperialismo.

Iniciando a conversa

  1. Com base na observação da pintura, o que é possível saber sôbre o cotidiano em uma cidade europeia no século dezenove?
  2. Entre as inovações tecnológicas do século dezenove, estão a eletricidade, o automóvel, o telefone e o cinema. Como essas invenções fazem parte do seu cotidiano? Comente.
  3. O que você já sabe sôbre o Imperialismo? Conte aos colegas.

Agora vamos estudar...

  • a Revolução Liberal na França;
  • a unificação da Itália e da Alemanha;
  • algumas inovações nos campos científico e tecnológico;
  • a sociedade europeia do século dezenove;
  • o surgimento do capitalismo financeiro;
  • o Imperialismo europeu.

CAPÍTULO 13 As transformações na Europa no século XIX

Como vimos no início deste volume, com a derrota de Napoleão Bonaparte, foi realizado, em 1815, o Congresso de Viena, na Áustria. Nele, as principais potências europeias decidiram pela restauração das antigas fronteiras, anteriores ao Império Napoleônico, bem como das antigas monarquias absolutistas.

No entanto, muitos movimentos, influenciados pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, difundidos durante a Revolução Francesa, continuaram surgindo em diversos países da Europa e opondo-se ao retorno do Antigo Regime.

As revoluções na França

Na França, em 1815, após a queda de Napoleão, o rei Luís dezoito estabeleceu uma monarquia constitucional, reconhecendo alguns direitos dos cidadãos, como a igualdade de todos perante a lei e a liberdade de pensamento e de religião. Porém, êle sofria pressões de aristocratas que desejavam recuperar antigos privilégios.

Com a morte de Luís dezoito, em 1824, o irmão mais novo dele assumiu o poder. O novo rei, Carlos dez, governou de fórma autoritária, negligenciando diversos princípios constitucionais, atribuindo maiores poderes à Igreja católica e retirando o direito de voto de membros da burguesia.

Nessa época, a classe operária francesa estava sujeita a péssimas condições de trabalho e a baixos salários e, por isso, protagonizou diversos levantes contra o , que reprimiu a todos de fórma violenta.

Representação de barricadas construídas pelos parisienses durante conflito com o exército real francês, em julho de 1830.

Litogravura. Pessoas em confronto em uma rua, algumas estão correndo com armas na mão e outras caídas no chão. Entre elas, há pessoas fardadas e armadas. Centralizado, há uma pessoa segurando a bandeira da França. Ao redor, construções, pedaços de madeira e fumaça.
Defendendo uma barricada em frente ao Café de , de e . Litogravura, ​35centímetrospor23centímetros, século dezenove.

Assim, em julho de 1830, setores da pequena e da média burguesia, estudantes e trabalhadores iniciaram uma rebelião nas ruas de Paris e, após enfrentar o exército real, conseguiram que Carlos dez abdicasse. Para grupos sociais, interessava a realização de reformas políticas e econômicas e, fundamentalmente, o estabelecimento de uma República. No entanto, a grande burguesia defendia a manutenção do regime monárquico. Nessa disputa, os setores mais enriquecidos da burguesia saíram vitoriosos, tendo seus interêssis garantidos com a permanência da Monarquia e a coroação do rei Luís Filipe.

A instauração da República francesa

Durante o govêrno do rei Luís Filipe, os movimentos de oposição ao regime monárquico foram punidos com violência. Além disso, instituiu-se a censura à imprensa e também foram proibidas as reuniões e as manifestações políticas.

Como reação, em fevereiro de 1848, milhares de pessoas que se opunham ao govêrno, principalmente operários, estudantes e membros da pequena burguesia, organizaram-se novamente e deram início a rebeliões que tomaram as ruas de Paris com barricadas. Após intensas lutas entre a população e as fôrças repressivas, o rei abdicou do trono.

Litogravura. Centralizado, um trono vermelho com detalhes em dourado está em uma fogueira. Ao redor, dois homens colocam madeira na fogueira enquanto outros homens, alguns fardados e armados e outros com roupas coloridas, levantam as mãos. Ao fundo, algumas bandeiras da França.
Litogravura de autor desconhecido, feita no século dezenove.
Ícone ‘Atividade oral’.

Questão 1.

O que o trono representado na imagem simboliza?


Com a queda de Luís Filipe, foi criado um govêrno provisório, que restabeleceu a liberdade de imprensa e instituiu o direito de voto universal masculino. No entanto, os trabalhadores, que continuavam em condições desfavorecidas, promoveram greves e manifestações, que também foram duramente reprimidas pêlas fôrças do govêrno e causaram a morte de centenas de pessoas.

Em dezembro de 1848, o govêrno provisório realizou eleições presidenciais, e Luís Bonaparte (sobrinho de Napoleão) foi eleito presidente da nova República francesa.

A unificação da Itália

Em meados do século dezenove, a península Itálica era dividida em vários reinos e ducadosglossário , que formavam confederações e eram independentes entre si. A partir de 1848, diversos grupos nacionalistas mobilizaram-se pêla unificação da região.

Em 1859, Piemonte-Sardenha, ao norte da península, sob a liderança de Camillo , Conde de Cavúr, conquistou a autonomia política, livrando-se do domínio dos austríacos, que até então ocupavam algumas partes da península. O reino piemontês, assim, tornou-se independente e anexou os territórios da Lombardia e de Veneza.

No ano seguinte, cêrca de mil soldados nacionalistas, chamados camisas vermelhas, iniciaram um processo de tomada de poder no sul da península Itálica. Liderados pêlo revolucionário djiuzépe Garibaldi, êles conquistaram Gênova, avançaram para a Sicília e Nápoles, até dominar toda a região.

Ao conquistar essas regiões, os dois líderes tinham o objetivo de unir os reinos da península Itálica, mas cada um com um projeto diferente de govêrno. Camillo , mais conservador, defendia a manutenção de uma Monarquia forte e centralizada; Garibaldi, por sua vez, defendia mudanças radicais: a instauração da República e reformas sociais como a igualdade racial e a emancipação feminina.

djiuzépe Garibaldi, ao perceber que as diferenças políticas com Camillo poderiam comprometer a unificação da Itália, decidiu entregar o poder das regiões conquistadas ao rei Vítor Emanuel dois, de Piemonte-Sardenha. Assim, em 1861, êle foi coroado o primeiro rei da Itália unificada.

A unificação da Itália (séculos XIX-XX)

Mapa. A unificação da Itália (séculos 19-20). Mapa territorial destacando a Península Itálica e parte da Europa. Conforme a legenda. Estados dos Habsburgos: MÓDENA e TOSCANA. Cidades destacadas: Livorno e Florença. Estados dos Bourbons: REINO DAS DUAS SICÍLIAS e PARMA Cidade destacada: Nápoles. Reino da Itália em 1860: REINO DAS DUAS SICÍLIAS, ESTADOS PONTIFÍCIOS, TOSCANA, MÓDENA, PARMA, PIEMONTE E LOMBARDIA. Cidades destacadas: Gênova, Turim, Livorno, Florença, e Nápoles. Expansão territorial até 1870: SABOIA e VENEZA. Cidades destacadas: Veneza, Mônaco e Roma. Expansão territorial até 1919-1920: TIROL e ÍSTRIA. Cidade destacada: Zara. Na parte superior à direita, planisfério destacando parte da Europa. Abaixo, representação da rosa dos ventos e escala de 110 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: FRANCO JÚNIOR, Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. Atlas de história geral. São Paulo: Scipione, 1993. página 59.

A unificação da Alemanha

No início do século dezenove, os Estados da atual Europa Central (composta por países como Alemanha, Áustria, Bélgica e Hungria) formavam dezenas de reinos, principadosglossário e ducados. Após o Congresso de Viena, formou-se a chamada Confederação Germânica, na qual se destacavam o Reino da Prússia e o Reino da Áustria, que exerciam influência política e econômica na região.

Para aumentar o seu poder, a Prússia estabeleceu, entre os anos de 1828 e 1834, a Zollverein, uma aliança aduaneiraglossário entre a maioria dos Estados da Confederação Germânica, sem a participação da Áustria. Houve, entre os envolvidos, um aumento das trocas comerciais e o estímulo dos ideais de unificação.

Para consolidar o poder, o rei prussiano Guilherme um (1797-1888) nomeou Otto bísmarc (1815-1898) como primeiro-ministro, em 1861. bísmarc promoveu reformas que fortaleceram o exército. Além disso, ele deu início a guerras de expansão territorial contra a Dinamarca, em 1864, e contra a Áustria, em 1866.

Após diversas conquistas, a Prússia passou a liderar a Confederação Germânica do Norte, formada em 1867. A partir de 1870, bísmarc planejou vários ataques contra a França, com o objetivo, entre outros, de unir os Estados germânicos do sul com os Estados do norte nessas batalhas. Assim, após a vitória da Prússia nesses conflitos, formou-se a Alemanha como nação unificada.

A região francesa de Alsácia-Lorena, grande produtora de matérias-primas como ferro e carvão, foi anexada ao território germânico e, em 1871, o rei prussiano Guilherme um foi coroado kaiser (imperador) da Alemanha unificada.

A unificação da Alemanha (século XIX)

Mapa. A unificação da Alemanha (século 19). Mapa territorial destacado conforme a legenda: Zollverein 1828: PRÚSSIA  e HESS. Cidades destacadas: Berlim, Dantzig e Konigsberg. Zollverein 1834: Juntam-se SAXÔNIA, TURÍNGIA, BAVIERA, WURTTEMBERG. Cidade destacada: Munique. Confederação Germânica do Norte 1867: PRÚSSIA, MECKLENBURG, HOLSTEIN 1867, SHLESWIG, HANOVER, HESS, LUXEMBURGO, BADEN, WURTTEMBERG, BAVIERA, TURÍNGIA e SAXÔNIA. Cidades destacadas: Koingberg, Dantzig, Berlim, Frankfurt e Munique. Aquisições até 1888: LORENA, ALSÁCIA (1872) À direita, planisfério destacando parte da Europa. Abaixo, representação da rosa dos ventos e escala de 140 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: FRANCO JÚNIOR, Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. Atlas de história geral. São Paulo: Scipione, 1993. página 59.

As transformações científicas e tecnológicas

Ícone ‘Atividade oral’.

Questão 2.

Você sabia que muitas tecnologias presentes em nosso cotidiano foram inventadas no século dezenove? Se sim, cite alguns exemplos.


Entre a segunda metade do século dezenove e o início do século vinte, ocorreu a chamada Segunda Revolução Industrial, caracterizada pêla expansão do processo de industrialização nas cidades europeias e pêlo desenvolvimento e pêla aplicação de novas tecnologias nos meios de comunicação e de transporte.

Novas invenções no cotidiano

  • Na segunda metade do século dezenove, foi desenvolvida uma nova fonte de energia, a eletricidade. A novidade substituiu aos poucos o carvão, muito utilizado até o início do século vinte, principalmente como combustível para máquinas.
  • Na área das comunicações, a invenção do telégrafo, em 1837, permitiu a transmissão de mensagens de longa distância em questão de minutos por meio de impulsos elétricos transmitidos por fios. Algumas décadas depois, em 1876, foi inventado o telefone, que possibilitou a comunicação de longa distância pêla voz, em tempo real.
  • No final do século dezenove, o petróleo passou a ser utilizado como matéria-prima para a produção do óleo diesel e da gasolina, que se tornaram combustíveis para os motores de combustão recém-inventados. Muitos veículos foram desenvolvidos por causa da descoberta dêsses motores, como os navios de carga e os automóveis.
  • O cinematógrafo, criado pelos irmãos franceses Oguíste Limiér e , no final do século dezenove, deu origem a uma nova fórma de transmissão de informações e de entretenimento. êsse aparêlhu captava e projetava imagens em movimento, tornando-se muito popular, pois permitia até mesmo aos analfabetos o acesso à informação.
Material publicitário. No primeiro plano, ilustração de pessoas sentadas, e uma em pé, em frente a uma projeção em tela. Elas estão sorrindo. Ao fundo, projeção em preto e branco de uma pessoa caminhando e outra segurando um objeto. Nas laterais, cortinas vermelhas. Na parte inferior, o texto: CINÉMATOGRAPHE LUMIÈRE.
Material publicitário do século do cinematógrafo Limiér, em Paris, na França.

O positivismo

O desenvolvimento científico e tecnológico do século dezenove influenciou o surgimento da filosofia positivista. Segundo o positivismo, idealizado pêlo francês Oguíste Cônti (17981857), o conhecimento deve ser obtido por meios científicos e empíricos, de modo que possa ser comprovado racionalmente, isento de subjetividade ou de influência religiosa.

O positivismo considerava que o filósofo deveria ter as mesmas preocupações de um cientista, buscando conhecer as leis gerais que regem a natureza, ou, no caso, as ações humanas. Com isso, a humanidade seguiria, inevitavelmente, um caminho de progresso e de desenvolvimento intelectual e social.

Litogravura. Destacando busto de um homem com cabelos lisos e usando terno.
Auguste Comte, de Tony Toullion. Litogravura, século dezenove.

O evolucionismo

Foi também no século dezenove que uma nova teoria mudou a percepção sôbre a origem dos seres humanos: o evolucionismo, desenvolvido pêlo naturalista inglês chárlis Dárvin (1809-1882). De acôrdo com essa teoria, os seres vivos evoluem à medida que se transformam ao longo do tempo. Essas transformações ocorrem de acôrdo com uma seleção natural, por meio da qual os seres que melhor se adaptam ao ambiente possuem condições mais favoráveis de sobrevivência, transmitindo, assim, suas caracterís­ticas aos seus descendentes. Já os que possuem menos capacidade de adaptação ao ambiente são naturalmente extintos com o passar do tempo.

Fotografia em preto e branco. Homem calvo, com rugas e barba branca e longa, usando terno.
chárlis Dárvin, em 1879.

Essa teoria, publicada pêla primeira vez em 1859 no livro sôbre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a preservação de raças favorecidas na luta pêla vida (também conhecido como A origem das espécies), provocou reações diversas na época em que foi divulgada, principalmente porque contrariava a explicação religiosa da origem dos seres vivos, conhecida como criacionismo. Atualmente, porém, a teoria evolucionista de Dárvin é uma das mais aceitas e difundidas por cientistas e intelectuais para explicar a origem dos seres vivos.

História e Arte

Arte e criatividade na Europa do século dezenove

No final do século dezenove, a Europa passou por um período de grandes transformações, que ficou conhecido como Belle Époque (do francês, “bela época”) e que foi marcado pêla criatividade e pêla chegada das inovações da Segunda Revolução Industrial ao dia a dia de parte da população urbana. A descoberta da energia elétrica e a invenção dos automóveis, do cinema, dos eletrodomésticos e de novas fórmas de lazer urbano alteraram profundamente a cultura europeia na época, influenciando o modo de vida das pessoas.

A criatividade é uma característica inerente aos seres humanos. Seja para superar dificuldades, seja para suprir necessidades ou tornar mais confortáveis as condições de vida, o ato de criar, de inventar, foi e é fundamental para o desenvolvimento das diversas sociedades.

A criatividade também esteve presente nas diversas fórmas de expressão do século dezenove, como na pintura, na escultura, no desenho, na fotografia, na arquitetura, entre outros.

Na Belle Époque, as tendências artísticas tradicionais e clássicas passaram a ser questionadas. Artistas e arquitetos começaram a produzir obras e edifícios no estilo denominado Art Nouveau (do francês, “arte nova”), com a intenção de inovar o campo da arte. Na arquitetura, por exemplo, a Art Nouveau difundiu a leveza, a sinuo­sidade e o aspecto ornamental das construções. A ideia era afastar-se de uma arte “pesada” e “monótona” dos estilos clássicos, valorizando a assimetria e a inclusão de materiais novos na decoração, como o vidro e o ferro.

Casa Batlló, reconstruída no início do século vinte, de acôrdo com o projeto do arquiteto catalão Antoni Gaudí, inspirado no estilo Art Nouveau.

Fotografia. Fachada de edifício com cinco andares e muitas janelas, algumas com formato retangular e outras em formato circular. A fachada é azul com tons de verde e cor-de-rosa.
Fachada do edifício Casa , em Barcelona, Espanha, em 2020.

Impressionismo

Outra tendência artística que marcou o período da Belle Époque foi o movimento de pintores que surgiu na França, conhecido como Impressionismo. Com pinceladas rápidas e sem preocupação com contornos nítidos, os artistas representavam paisagens, pessoas e objetos conforme elementos apareciam sob a influência da luminosidade.

Assim, os artistas pintavam basicamente as “impressões” que tinham da realidade, de acôrdo com sua percepção pessoal. Tais ideias também estavam ligadas ao contexto de inovação da época e pretendiam romper com as concepções tradicionais de arte.

A seguir, um exemplo de pintura do Impressionismo francês.

Pintura. Várias pessoas caminhando. Entre elas, há homens usando terno e mulheres usando vestidos. Há também uma pessoa em uma carroça e trilhos sobre o chão. Ao fundo, a torre Eiffel e bandeiras da França.
Entrada para a Exposição Universal de Paris, 1889, de Jean . Óleo sôbre tela, 1889.

Transformando o meio urbano

Atualmente, a criatividade continua sendo essencial aos seres humanos para lidar com os novos desafios apresentados no dia a dia. No campo da arquitetura, por exemplo, o espaço urbano continua sendo transformado pêla criatividade de arquitetos, designers e artistas que se preocupam, principalmente, com o bem-estar das comunidades que vão residir no local.

Algumas tendências artísticas e arquitetônicas mais recentes têm se preocupado em inovar, contemplando a sustentabilidade e estimulando modos de vida mais saudáveis e a democratização do acesso aos espaços públicos. Várias iniciativas têm surgido nos últimos anos para que essas novas concepções de urbanidade sejam instituídas.

Pesquise em seu bairro, cidade ou região alguma iniciativa que proponha mudanças no espaço urbano. Anote no caderno as informações que você encontrou e compartilhe-as com os colegas.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Descreva a situação da Europa após a derrota de Napoleão Bonaparte.
  2. Como ocorreu o processo de unificação na Itália?
  3. O que foi a Zollverein e qual sua relação com o processo de unificação da Alemanha?
  4. Quais foram as principais inovações difundidas com a Segunda Revolução Industrial na Europa? Comente o impacto delas no dia a dia das pessoas.

Aprofundando os conhecimentos

5. Algumas invenções da Segunda Revolução Industrial foram essenciais para dinamizar as comunicações e aproximar pessoas que viviam em regiões distantes. Leia o texto a seguir e interprete a imagem que o acompanha. Depois, responda às questões.

Historicamente, acreditava-se que a invenção do telefone teria acontecido de maneira acidental por greém na tentativa de aperfeiçoar as transmissões do telégrafo, que possui conceitos estruturais muito semelhantes.

Ao telégrafo, contudo, era possível a transmissão de apenas uma mensagem por vez. Tendo bons conhecimentos de música, greém percebeu a possibilidade de transmitir mais de uma mensagem ao longo do mesmo fio de uma só vez na concepção de “telégrafo múltiplo”.

reticências

Mas atualmente, sabe-se que o telefone, na verdade, foi pensado enquanto [Antonio] pesquisava os efeitos das descargas elétricas no corpo humano, quando se descobriu a possibilidade de transmitir sons por meio de cabos telegráficos.

reticências

ALVES, Maíra. Patente do telefone completa 145 anos; conheça história do aparêlhu controverso. Correio Braziliense, 7 março 2021. Disponível em: https://oeds.link/ASTmBA. Acesso em: 9 junho 2022.

Gravura. Várias pessoas trabalhando. À esquerda, mulheres usando vestido e dispostas em fila. Elas estão de frente para um painel com vários fios. Algumas estão sentadas e outras em pé. Ao lado, uma mesa de trabalho, nela, há uma mulher ao telefone, um menino encostado e um homem em pé.
Gravura de autor desconhecido, feita em 1904, representando telefonistas trabalhando.
  1. Qual é a invenção destacada no texto? Você costuma utilizar êsse instrumento no seu dia a dia?
  2. Descreva as pessoas que trabalham no local representado na imagem.
  3. Você consegue identificar que tipo de trabalho essas pessoas estão realizando? Que tipo de instrumento elas estão operando?
  4. Na época em que o telefone foi inventado, a ligação entre um aparêlhu e outro era efetuada pêlas telefonistas, que conversavam com as pessoas e perguntavam a quem deveriam chamar. Elas conectavam o cabo de um telefone no painel e completavam a ligação. Observe a imagem ê reflita sôbre a utilização do telefone nos dias de hoje. Ainda a utilizamos dessa fórma? O que mudou?
  5. De acôrdo com o texto, qual invenção alêquissânder greém tentava aperfeiçoar quando criou o telefone?
  6. Qual fonte de energia foi importante para a invenção dos primeiros aparelhos de comunicação?

6. Observe a pintura a seguir e, depois, responda às questões.

Pintura. À esquerda, um homem com chapéu, está correndo, segurando uma espada na mão e uma arma no bolso. Ao lado, um homem, usando cartola e terno, está segurando uma arma. Centralizado, uma mulher, com chapéu vermelho, está segurando a bandeira da França e uma arma. Abaixo, uma pessoa está caída no chão e olhando para ela. À direita, um menino segurando duas armas. Ao redor, pessoas caídas no chão. Ao fundo, silhueta de uma cidade.
A Liberdade guiando o povo, de delacroá. Óleo sôbre tela, ​260centímetrospor325centímetros, 1830.
  1. Quem são as pessoas retratadas na pintura? Quais instrumentos elas carregam em suas mãos?
  2. Como a liberdade é representada? A que mobilização social francesa ela está relacionada?
  3. Em sua opinião, a pintura de delacroá consegue representar os ideais daquela mobilização social? Por quê?

7. O Impressionismo foi um movimento artístico do final do século dezenove, no período conhecido como Béu , que rompeu com alguns ideais considerados tradicionais e introduziu diferentes pontos de vista sôbre a própria arte. Analise a seguir a obra impressionista do pintor Claude Monet (1840-1926) e responda às questões.

Pintura. Dois trens sobre trilhos dentro de uma estrutura de metal. Eles sotam fumaça pelas chaminés. Nas laterais, silhueta de pessoas de pé entre a fumaça.
A Estação de Saint-Lazare: chegada do trem da Normandia, de Clôd . Óleo sôbre tela, ​80centímetrospor98centímetros, 1877.
  1. Descreva o local representado na tela.
  2. A que contexto histórico podemos relacionar essa obra? Por quê?
  3. Observe as características dos traços da pintura. Você consegue identificar contornos nítidos?
  4. Qual é a impressão que essa imagem provoca em você? Converse sôbre ela com os colegas.
  1. sôbre o evolucionismo, copie em seu caderno a alternativa correta.
    1. O evolucionismo prega a superioridade racial, em que somente as raças mais fortes sobrevivem no ambiente.
    2. Essa teoria defende que o conhecimento deve ser obtido por meios científicos e empíricos, de modo que êle possa ser comprovado racionalmente, isento de subjetividade ou de influência religiosa.
    3. De acôrdo com essa teoria, os seres vivos evoluem à medida que se transformam ao longo do tempo, de acôrdo com uma seleção natural. Os seres que melhor se adaptam ao ambiente têm condições mais favoráveis de sobrevivência.
    4. O evolucionismo é um período histórico que pode ser caracterizado pêla expansão do processo de industrialização nas cidades europeias e pêlo desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias nos meios de comunicação e de transporte.

Glossário

Ducado
: Estado independente cujo soberano ou soberana possui o título de duque ou duquesa.
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Principado
: Estado independente governado por um príncipe ou uma princesa.
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Aduaneira
: referente à aduana, imposto ou taxa cobrada sôbre a entrada ou saída de produtos de um país para outro.
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