A ofensiva aliada
O Japão tinha planos de expansão territorial de seu império na Ásia, que contrariavam os interêssis estadunidenses. Em 1940, com a invasão dos japoneses na Indochina, os Estados Unidos estabeleceram um embargo comercial aos japoneses.
Em resposta a êsse embargo, no dia 7 de dezembro de 1941, o Japão realizou um bombardeio à base naval estadunidense em Pearl Harbor, no Havaí. Diante disso, os Estados Unidos, até então neutros no conflito, declararam guerra ao Japão e, consequentemente, aos países do Eixo. Assim, os Aliados, liderados por Inglaterra e França, ganharam um importante refôrço na guerra.
Em 1942, durante a Batalha de Stalingrado, na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o exército alemão sofreu com a intensidade do inverno na região e com a resistência soviética. Assim, no início de 1943, os alemães se renderam, marcando o início da derrocada nazista.
O Dia D: 6 de junho de 1944
Fonte de pesquisa: ALGARVE, Bruno; GIOVANI, Carlo. O Dia D: A invasão da Normandia. Aventuras na História, São Paulo, Abril, número 6, 2005. página 6-7. (Coleção Grandes Guerras).
O Dia D
No dia 6 de junho de 1944, as fôrças aliadas canadenses, britânicas e estadunidenses realizaram uma operação conhecida como “Dia D”, em que milhares de soldados desembarcaram na região da Normandia, no norte da França, invadindo territórios dominados pelos nazistas. Apesar da resistência dos nazistas, em agosto as tropas aliadas chegaram a Paris, retomando o contrôle da região.
O fim das agressões na Europa
Com o avanço dos Aliados nas diversas frentes de batalha, aos poucos, as fôrças do Eixo foram perdendo territórios e recuando. No início de 1945, a cidade de Berlim foi cercada e recebeu bombardeio intenso. Rítler e seus oficiais mais próximos refugiaram-se em um bunkerglossário .
No dia 30 de abril de 1945, pressionado pêlas derrotas, o líder nazista cometeu suicídio junto a sua companheira, Eva Bráun. No mês seguinte, a Alemanha apresentou sua rendição aos Aliados, encerrando as agressões na Europa. No entanto, o clima de tensão ainda continuava em outras regiões, como nos territórios em tôrno do oceano Pacífico.
Os efeitos da guerra
As batalhas da Segunda Guerra Mundial afetaram diversos países e causaram a morte de milhões de pessoas. Foram 16 milhões de soldados mortos entre os Aliados e 7 milhões entre os países do Eixo. Muitos civis também morreram, cêrca de 36 milhões de pessoas, o que tornou a Segunda Guerra Mundial o maior e mais violento conflito do século vinte.
O terror atômico
Em meados de 1945, enquanto a guerra já se encaminhava para um desfecho, os Estados Unidos e o Japão ainda disputavam a hegemonia sôbre alguns territórios no Pacífico.
Nessa época, o Japão já estava fragilizado, pois tinha poucos recursos para investir no conflito. No entanto, o govêrno japonês se recusava a anunciar a sua rendição.
Foi nesse contexto que Réui Trúman, o então presidente estadunidense, decidiu encerrar as disputas por meio de um ataque atômico ao Japão, com a justificativa de que as bombas evitariam as inúmeras mortes decorrentes do prolongamento da guerra.
Assim, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas, uma sôbre iroshíma, em 6 de agosto de 1945 e três dias depois, outra sôbre nagazáqui. A destruição nessas cidades japonesas foi imensa e milhares de civis morreram instantaneamente. Outras pessoas, afetadas pêla radioatividade, sofreram as consequências a longo prazo, desenvolvendo diversas doenças.
Após êsse ataque atômico, os japoneses se renderam, assinando o têrmu de rendição em setembro de 1945.
Projeto Manhattan
Os Estados Unidos foram o primeiro país a produzir armas nucleares. O desenvolvimento da bomba atômica envolveu diferentes setores em pesquisas e experimentos que ficaram conhecidos como Projeto manrátam, iniciado em 1939.
Hibakusha: os sobreviventes das bombas
Além do grande número de mortos, as bombas atômicas lançadas no Japão em 1945 deixaram milhares de feridos, que sofreram por causa de soterramentos, de queimaduras e da contaminação pêla exposição à radiação, entre outras consequências.
As pessoas que sobreviveram ao ataque nuclear no Japão são chamadas de Hibakusha, do japonês, “pessoas afetadas pêla bomba”. Leia a seguir o relato de um sobrevivente.
Kunihiko Bonkohara
reticências
Naquele tempo olhando cidade, tudo queimado. Tem fogo, fumaça subindo, subindo, subindo muito rápido. Aí cheguei em casa, olhei o telhado. reticências Toda casa estava no chão mas não havia pegado fogo. reticências
Aí êsse tempo, bastante gente fugindo assim: braço a frente, rosto queimado, pele vermelha, cabelo queimado, pele deslizando, roupa queimada, em baixo bolha de água. Tudo andando devagar! Aí, todo mundo pede socorro e água. Mas meu pai não deixou dá água. Porque corpo muito quente. Aí, se tomar água morre na hora. Água muito fria, com o choque morre.
reticências
LOULA, André Lopes. A “Associação Hibakusha Brasil pêla paz” e os sobreviventes de Hiroshima e Nagazaki no Brasil. 2017. Dissertação (Mestrado em História Social) - Programa de Pós Graduação em História, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. página 93.
Depois da guerra
As atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, o uso de novas tecnologias de destruição em massa, a destruição de diversas cidades e a morte de milhões de seres humanos foram fatores que contrariavam a ideia de progresso e o conceito de civilização que a sociedade ocidental pensava ter alcançado naquele momento.
Com o término da guerra vários países estavam em ruínas, e as antigas potências europeias, Inglaterra, França e Alemanha, estavam arrasadas.
Surgem novas potências mundiais
Nesse contexto, os Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas emergiram como novas potências mundiais. Os Estados Unidos, que já detinham considerável poder econômico antes de entrar no conflito, ajudaram diversos países em seu processo de reconstrução. Além disso, os estadunidenses dominavam a tecnologia de fabricação de bombas atômicas, fato que demonstrava seu enorme poder bélico perante os outros países.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, por sua vez, dominava enorme extensão territorial com diversas riquezas naturais, como o petróleo e o carvão, além de possuir o maior exército do mundo. Pouco tempo depois, os soviéticos também desenvolveram a bomba atômica.
A ascensão dessas duas potências, no período que ficou conhecido como pós-guerra, alterou a estrutura de poder econômico mundial. Após a Segunda Guerra Mundial, cada uma dessas potências estabeleceu sua área de influência no mundo, dividindo-o em dois blocos, o capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o socialista, liderado pêla União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Questão 2.
Em sua opinião, qual é o significado dessa charge?
Atividades
Faça as atividades no caderno.
Organizando os conhecimentos
- Quais medidas foram adotadas por Rítler, a partir de 1933, para fortalecer o poder da Alemanha?
- Explique o que foi a chamada “solução final”, posta em prática pelos nazistas.
- Escreva um pequeno texto sôbre os principais efeitos da Segunda Guerra Mundial.
- Quais foram as duas principais potências que emergiram após a Segunda Guerra? Explique como isso ocorreu.
Aprofundando os conhecimentos
5. Uma das táticas militares dos nazistas chamava-se blitzkrieg (do alemão, “guerra relâmpago”) e baseava-se no ataque coordenado entre fôrças aéreas e terrestres. Essa tática garantia uma ofensiva rápida e devastadora o suficiente para anular a defesa inimiga e conquistar rapidamente um território. Conheça as principais etapas dessa tática. Depois, faça as atividades a seguir.
1º – Um ataque aéreo destruía os principais pontos de comunicação.
2º – Tanques e blindados avançavam, abrindo caminho até o alvo principal.
3º – Uma infantaria motorizada eliminava possíveis focos de resistência à invasão.
a . Em seu caderno, relacione cada uma das etapas da blitzkrieg à imagem correspondente.
b . Em sua opinião, quais eram as consequências dessa tática militar para a população civil? Converse com os colegas.
Glossário
- Bunker
- : abrigo subterrâneo fortificado, utilizado como fórma de proteção em caso de ataques inimigos.
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