CAPÍTULO 11 Independências na África e na Ásia

Desde meados do século dezenove até o início do século vinte, alguns países europeus, como França, Bélgica, Inglaterra e Portugal, impuseram uma dominação colonial em várias regiões da África e da Ásia. Essa dominação estava baseada na ocupação territorial e na submissão política, econômica e cultural dos povos dominados. êsse conjunto de práticas de dominação é característica do chamado neocolonialismo, para diferenciar das práticas coloniais vigentes no início da Idade Moderna, nos séculos dezesseis e dezessete.

As sociedades locais, no entanto, resistiram de diferentes maneiras. No contexto do fim da Segunda Guerra Mundial, formaram-se movimentos organizados política e ideologicamente que difundiram ideias de valorização das culturas locais e de emancipação, as quais influenciaram as lutas pêla independência na Ásia e na África.

A independência na Índia

Na Ásia, um dos principais movimentos de resistência à dominação colonial ocorreu na Índia, dominada pelos britânicos desde o século dezenove.

Os diversos movimentos de contestação e resistência à dominação deram origem, em 1885, ao Partido do Congresso, resultado da articulação de diversos intelectuais indianos que defendiam a expulsão dos ingleses e a independência da Índia.

Cartaz. Na parte inferior, o texto: THE TAJ MAHAL. VISIT INDIA. No fundo, ilustração de um jardim com pessoas caminhando. Atrás, um palácio dourado com torres e cúpulas.
Cartaz de uma agência britânica explorando economicamente o turismo na Índia, em 1935.

O contato com os ingleses

Desde o início do século dezessete, ingleses e indianos mantinham relações comerciais.

No entanto, em 1756, um conflito envolvendo um súdito do imperador indiano com os ingleses deu início a uma violenta reação militar inglesa e ao processo de dominação. Em 1858, com a conquista da cidade de Punjab, os ingleses consolidaram seu domínio colonial sôbre a Índia.

Gandhi e o anticolonialismo

Na primeira metade do século vinte, uma das figuras mais importantes na luta anticolonialista na Índia foi morrândas Karamchand Gândi (1869-1948), também chamado de Marrátma (traduzindo do hindi, “Grande Alma”) Gândi. êle defendia a luta pêla independência por meio da resistência pacífica, baseada nos conceitos de não violência e de desobediência civil.

Um dos exemplos de desobediência civil liderada por Gândi foi a realização de um boicote aos produtos ingleses. Muitos indianos passaram a confeccionar a própria roupa, em vez de comprar as importadas.

As ideias e as atitudes de Gândi influenciaram muitas pessoas a resistir ao domínio britânico e a continuar pressionando os colonialistas, até que a independência da Índia foi conquistada, em 15 de agosto de 1947.

Em outro ato de desobediência civil na Índia, em 1930, Gândi liderou a Marcha do Sal contra o monopólio britânico da extração de sal. Gândi e seus seguidores marcharam cêrca de 400 quilômetros, partindo da cidade de Ahmedabad em direção ao litoral para retirar um pouco de sal como fórma de protesto.

Fotografia em preto e branco. Pessoas usando roupas e chapéu branco. Eles estão descalços e caminhando em uma estrada de terra.
Gândi e seguidores durante a Marcha do Sal, na Índia, 1930.

Os conflitos pós-independência na Índia

Durante o processo de independência, conflitos religiosos internos opuseram a maioria da população hindu e a minoria muçulmana. Esses embates levaram à criação de dois países em agosto de 1947: a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.

No entanto, a intolerância religiosa entre hindus e muçulmanos permaneceu e os conflitos territoriais dificultavam a paz na região. Marrátma Gândi, que pregava a tolerância religiosa e a convivência pacífica entre os indianos, foi assassinado em janeiro de 1948 por um fundamentalista hindu.

Os conflitos entre Índia e Paquistão ocorrem ainda hoje. A disputa pêla hegemonia na região, por exemplo, levou os dois países a desenvolver armas nucleares no final do século vinte, gerando tensão na comunidade internacional.

Os processos de independência na África

As lutas pêla independência nos países africanos aconteceram de diferentes maneiras e, em diversos casos, o combate e a resistência armada foram fundamentais. Houve também casos de independências conquistadas por meio da resistência pacífica ou de acôrdos com os países colonialistas.

Além disso, no contexto da Guerra Fria, a rivalidade entre a União Soviética e os Estados Unidos fazia com que êles competissem pêlo apôio de países ao redor do mundo. Por isso, ambas as potências pressionavam os países europeus para que interrompessem o colonialismo, defendendo o direito de autodeterminação das nações africanas com o intuito de atraí-las para as respectivas áreas de influência.

Luta armada pêla independência

A Argélia foi um dos países onde ocorreram conflitos armados na luta pêla independência. Entre os anos de 1954 e 1962, os argelinos, liderados pêla Frente de Libertação Nacional (éfe éle êne), engajaram-se em vários confrontos contra os colonizadores franceses até a conquista de sua independência, em 5 de julho de 1962.

Nos países sob domínio português, foram organizados movimentos que lutavam por independência, como o Movimento Popular de Libertação de Angola (ême pê éle a), a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Fotografia em preto e branco. Dois homens negros, usando chapéu e blusa e com armas em punho, estão caminhando por um corpo de água que os encobre até a cintura. Atrás, árvores.
Guerrilheiros do ême pê éle a durante a guerra pêla independência da Angola, em 1968.

A Revolução dos Cravos

Em Portugal, na década de 1970, grande parte da população estava insatisfeita com o govêrno. Um dos fatores foi a manutenção das colônias na África, que mobilizava muitos recursos humanos e financeiros.

Essa situação, junto à pressão dos movimentos pêla independência na África, levou à eclosão da Revolução dos Cravos, ocorrida em 25 de abril de 1974. Nesse dia, grupos de militares insatisfeitos lideraram uma marcha até a séde do govêrno em Lisboa para depor o presidente Marcelo Caetano.

Em poucas horas, a ditadura que vigorava no país desde 1933 foi derrubada, sem violência e com grande adesão da população, que ocupou os espaços públicos com faixas e cartazes comemorando o fim da ditadura.

A pressão popular e os acôrdos de independência

Em outros países, como a Costa do Ouro, atual Gana, a independência foi conquistada por causa da grande pressão popular exercida sôbre o colonizador britânico.

Nesse país, desde 1946, o intelectual e político Kwame nkruma (1909-1972), do Partido da Convenção Popular, liderava uma luta baseada nos princípios da resistência pacífica, por meio da desobediência civil, promovendo manifestações, boicotes e greves contra os colonizadores britânicos.

Enfrentando a pressão popular pêla independência e as críticas da comunidade internacional, os britânicos cederam, reconhecendo a independência da Costa do Ouro em 1957, que passou a chamar-se Gana.

A partir de 1960, outros países tiveram sua independência reconhecida. Diversos acôrdos foram estabelecidos entre colonizadores e novos países independentes, como Camarões, Costa do Marfim, Nigéria, Senegal e Congo.

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Questão 1.

De acôrdo com o mapa a seguir, quais foram os primeiros países africanos do século vinte a se tornarem independentes?

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Questão 2.

Quais foram os últimos países a se tornarem independentes?

As independências na África (século XX)

Mapa. As independências na África (século 20). Mapa territorial destacando as independências conforme legenda: 1922-1955: LÍBIA e EGITO. 1956-1957: TUNÍSIA, MARROCOS, GANA e SUDÃO 1958-1960: MAURITÂNIA, SENEGAL, GUINÉ, MALI, BURKINA FASSO, COSTA DO MARFIM, TOGO, BENIN, NÍGER, NIGÉRIA, CAMARÕES, CHADE, REPULPLICA CENTRO-AFRICANA, GUINÉ EQUATORIAL, CONGO, GABÃO, REP. DEM. DO CONGO, SOMÁLIA e MADAGASCAR. 1961-1970: ARGÉLIA, GÂMBIA, SERRA LEOA, UGANDA, QUÊNIA, RUANDA, BURUNDI, TANZÂNIA, MALAUÍ, ZÂMBIA, BOTSUANA, ÁFRICA DO SUL, LESOTO e SUAZILÂNDIA. 1971-1976: SAARA OCIDENTAL, GUINÉ-BISSAU, ANGOLA e MOÇAMBIQUE. 1977-1993: NAMÍBIA, ZIMBÁBUE, ERITREIA e DJIBUTI. Territórios independentes: MAURÍCIO, ETIÓPIA e LIBÉRIA. No canto inferior, à esquerda, planisfério destacando a África e parte da Ásia e Europa. Seguido, representação da rosa dos ventos e escala de 700 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: Álan, Tôni (ediçãoponto). A era nuclear: 1950-1990. Rio de Janeiro: Abril, 1993. página 92.

A luta no campo das ideias

Nas primeiras décadas do século vinte, formou-se uma elite intelectual africana que difundiu ideias contra o racismo sofrido pêla população local e contra a dominação colonial, as quais influenciaram os movimentos de independência.

Kwame nkruma foi um dos maiores defensores da igualdade racial, do combate ao colonialismo e da unificação dos diversos povos negros na África e em outros continentes.

Fotografia em preto e branco. Destacando o busto de um homem negro, usando camisa de gola. Ele está sentado com a mão direita sobre um papel na mesa e a mão esquerda abaixo do queixo. Atrás, estante com livros.
Kwame nkruma (1909-1972).

A ideia de unificação dos povos negros deu origem ao pan-africanismo, que se consolidou no século dezenove por meio de pensamentos de intelectuais afro-americanos nos Estados Unidos. Depois, essas ideias foram difundidas na África e em outras regiões, fortalecendo movimentos como o da negritude, a partir de 1939. A negritude valorizava o conjunto de elementos culturais próprios das sociedades africanas e afrodescendentes negras em contraposição à cultura dominante, branca e ocidental, além de nutrir forte sentimento anticolonial.

A situação pós-independências

Os países recém-independentes tiveram de lidar com uma série de dificuldades causadas por décadas de dominação e exploração europeia.

Muitos países enfrentaram períodos de instabilidade política e guerras civis. Além disso, diversas instituições, como hospitais e escolas, foram desmanteladas, já que muitos profissionais europeus voltaram às suas nações de origem.

O Congo, ex-colônia belga, por exemplo, passou por uma transição conturbada. Após conquistar a independência, em 1960, o ativista político Patríce Lumúmba assumiu o cargo de primeiro-ministro.

Lumumba propunha um govêrno nacionalista, que contrariava os interêssis das potências capitalistas. Poucos meses depois de sua posse, no entanto, êle foi deposto por um golpe militar liderado pêlo coronel Mobutu. Acusado de ser comunista, Lumumba foi sequestrado e assassinado. O regime ditatorial imposto por Mobutu perdurou até 2006, quando se realizaram as primeiras eleições presidenciais.

Fotografia em preto e branco. Um homem negro, com camisa branca, está com os braços para trás, preso por um soldado. Atrás, outro soldado.
Patrís Lumumba (ao centro) capturado pêlas tropas do coronel Mobutu, em janeiro de 1961, em quimcháça, Congo.

O Apartháide na África do Sul

No século dezessete, colonizadores europeus de religião calvinistaglossário dominaram o sul do atual território da África do Sul. Desde sua chegada, os colonizadores praticavam um tipo de segregação racista. Utilizando uma justificativa religiosa, procuravam desestimular o casamento entre europeus calvinistas e nativos. Mais tarde, os descendentes dêsses primeiros colonizadores ficaram conhecidos como africânderesglossário .

Motivados por interêssis econômicos na região, no início do século dezenove, os ingleses conquistaram o território que era dominado pelos africânderes. Estes, por sua vez, iniciaram a conquista de outros territórios próximos. Em 1910, com o objetivo de exercer maior domínio sôbre a população nativa, britânicos e africânderes formaram um Estado unificado, chamado União da África do Sul.

Nesse Estado, as pessoas que não eram de origem europeia tinham direitos políticos e sociais restritos. A maior parte da população, formada por negros, mestiços e descendentes de indianos, tinha direito a ocupar apenas 8% das terras do país.

Na década de 1920, surgiram movimentos de resistência contra a discriminação racial. Em resposta a esses movimentos, os descendentes de europeus limitaram cada vez mais os direitos do restante da população.

Assim, em 1948, teve início uma política conhecida como Apartháide, que traduzindo da língua dos africânderes significa “segregação”. O Apartháide impôs uma série de medidas racistas que separavam as pessoas de pele branca das demais. Entre outras medidas, o casamento entre pessoas consideradas de raças diferentes tornou-se crime, os espaços públicos passaram a ser divididos e houve separação de escolas, hospitais, cinemas, transportes públicos e bairros, sempre destinando aos descendentes de europeus os melhores serviços.

Fotografia em preto e branco. Um homem e uma mulher negra estão caminhando e olhando na direção de um túnel com a placa: NET BLANKES WHITES ONLY.
Túnel com passagem permitida apenas para brancos, África do Sul, em 1977.

A luta contra o Apartháide

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Questão 3.

Por que é importante lutarmos por leis que garantam uma sociedade mais justa e igualitária?

Nas décadas seguintes, houve uma intensa mobilização contra o Apartháide. O Estado reagiu de maneira violenta. Em 1962, em uma manifestação contra medidas racistas, 69 pessoas foram mortas pêla polícia. No mesmo ano, uma das principais lideranças dos movimentos contra a segregação racial, Nelson Mandela (1918-2013), foi preso por seu ativismo e condenado à prisão perpétua.

Apesar da repressão violenta praticada pêlo Estado, a luta contra o Apartháide continuou na África do Sul. Além disso, devido à repressão e à luta contra o Apartháide, a política racista praticada pêlo govêrno sul-africano passou a ser repudiada internacionalmente. A África do Sul tornou-se um país cada vez mais isolado, condenado por diversos países e pêla ônu.

Cartaz. Na parte superior, o texto: FREE NELSON MANDELA. Na parte inferior, o texto: July 18 1978 his 60th birthday. Centralizado, fotografia em preto e branco de um homem negro, com bigode e barba, usando um terno. Ele está de pé em uma rua.
Cartaz veiculado na África do Sul defendendo a libertação de Nelson Mandela, de 1978.

No final da década de 1980, o govêrno sul-africano começou a negociar e a tomar algumas medidas que marcaram a transição para o fim do apartheid, como acabar com algumas das leis que sustentavam o regime de segregação. Nelson Mandela foi libertado em 1990 e eleito presidente do país em 1994, colocando fim definitivo ao Apartháide. Em seu govêrno, êle procurou unir a população sul-africana e reconstruir o país em tôrno de valores de liberdade e igualdade.

Fotografia. No primeiro plano, jovens negros usando uma camisa com a fotografia de um homem. Ao fundo, pessoas estão em uma rua carregando cartazes e faixas.
Manifestação contra o Apartháide em Joanesburgo, África do Sul, em 1989.

História e Língua Portuguesa

O discurso de Mandela

O discurso é um recurso utilizado na comunicação com o objetivo de transmitir ideias e opiniões em determinado contexto.

O discurso que vamos conhecer a seguir foi proferido por Nelson Mandela. êle recebeu diversos prêmios e condecorações por sua luta, exercendo um papel muito importante na política do país até sua morte, em Joanesburgo, no final de 2013.

reticências

Hoje, todos nós temos, por meio de nossa presença aqui, e das celebrações em outras partes do nosso país e do mundo, que conferir glória e esperança à liberdade recém-conquistada.

Diante da experiência de um extraordinário desastre humano que durou muito tempo, deve nascer uma sociedade da qual toda a humanidade se orgulhará.

As nossas ações diárias enquanto sul-africanos comuns devem produzir uma realidade sul-africana que reforçará a crença da humanidade na justiça, fortalecerá a sua confiança na nobreza da alma humana e sustentará as nossas esperanças de uma vida gloriosa para todos.

Tudo isto devemos a nós mesmos e aos povos do mundo, hoje aqui tão bem representados.

reticências

Esta união espiritual e física que partilhamos com esta pátria comum explica a profunda dor que carregávamos em nossos corações quando víamos o nosso país despedaçar-se em um terrível conflito, quando o víamos, desprezados, banidos e isolados pelos povos do mundo, por ter se tornado a séde universal da fatal ideologia e prática do racismo e da opressão racial.

reticências

Chegou a hora de curar as feridas.

Chegou o momento de superar os abismos que nos dividem.

A hora de construir está entre nós.

Finalmente conquistamos a nossa emancipação política. Comprometemo-nos a libertar todo o nosso povo da escravidão e da pobreza, das privações, do sofrimento, da desigualdade sexual e de quaisquer outras fórmas de discriminação.

Conseguimos dar os últimos passos rumo à liberdade em condições de paz relativa. Nós nos comprometemos a construir uma paz completa, justa e duradoura.

Nós triunfamos no esfôrço de implantar a esperança no coração de milhões de compatriotas. Assumimos o pacto de construir uma sociedade na qual todos os sul-africanos, pretos ou brancos, possam caminhar de cabeça erguida, sem receios no coração, certos do seu inalienável direito à dignidade humana: uma nação arco-íris, em paz consigo mesma e com o mundo.

reticências

Que haja justiça para todos.

Que haja paz para todos.

Que haja trabalho, pão, água e sal para todos.

Que cada um saiba que, para cada corpo, a mente e a alma foram libertados para se realizarem.

Nunca, nunca e nunca mais esta maravilhosa terra volte a experimentar a opressão de uns sôbre os outros, nem a sofrer a humilhação de ser a escória do mundo.

Que reine a liberdade.

O sol nunca se porá sôbre uma conquista humana tão gloriosa.

Que Deus abençoe a África!

Obrigado.

MANDELA, Nelson. Statement of the President of the African National Congress, Nelson Mandela, at his Inauguration as President of the Democratic Republic of South Africa, Union Buildings, Pretoria. South African Government, 10 maio 1994. Disponível em: https://oeds.link/PmlVy1. Acesso em: 20 maio 2022. (Tradução nossa).

Agora, responda às questões a seguir.

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1. Explique o que é um discurso político.

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2. Qual é o assunto principal do discurso de Nelson Mandela?

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3. Levando em consideração o contexto em que êsse discurso foi feito, comente sôbre a intenção de Mandela ao fazê-lo.

Fotografia. Em primeiro plano, um homem negro com cabelos grisalhos usando blusa verde. Ele está de perfil, com uma das mãos para cima com o punho fechado e sorrindo. Atrás, pessoas negras com uma das mãos para cima com o punho fechado.
Nelson Mandela saúda eleitores após um discurso na cidade de Rustemburgo, África do Sul, em 1994. O braço erguido e o punho cerrado simbolizam a fôrça, a vontade de lutar, a resistência às adversidades e a desejada vitória.

Glossário

Calvinismo
:doutrina religiosa criada por João Calvino (1509-1564) no contexto dos movimentos de reformas religiosas ocorridos na Europa durante o século dezesseis.
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Africânderes
: também conhecidos como bôeres, eram europeus calvinistas que descendiam de alemães, franceses, britânicos, mas principalmente holandeses.
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