UNIDADE 4  Aventura e informação

Nesta unidade, vamos trabalhar com gêneros que compõem narrativa de aventura e informação. Acompanhe a trilha dessa aventura, organizada em quatro etapas que se relacionam.

Ilustração. Dentro de um buraco, local tubular em marrom. À esquerda e à direita, panos em tons de branco e preto, objetos espalhados: livros, jarras e uma estante pequena à direita em marrom. Passando por estrutura na vertical, uma menina de cabelos pretos para cima e vestido de cor azul. Mais abaixo dela, um coelho branco com orelhas compridas na vertical, colete marrom e um relógio de bolso com corrente saindo para trás.

EU SEI

É possível se aventurar e, ao mesmo tempo, adquirir informações?

Explorar textos que possam nos divertir e trazer informações de fórma mais organizada e científica.

Ilustração. Um local com várias redes coloridas, umas perto das outras, com crianças nelas vistas parcialmente. Ao centro, vê-se uma menina de rede em vermelho, de cabelos pretos divididos ao meio e um gato branco e partes em marrom. Na parte superior, flores de pétalas em vermelho e cachos de bananas em amarelo, com um chapéu arredondado em bege à direita.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Narrativa de aventura

Compreender as características da narrativa de aventura, o contexto de produção e a circulação.

Capítulo 2 – Verbete de enciclopédia

Compreender a organização dos verbetes nos meios impressos e digitais em que circulam.

Fotografia. Vista geral de praia de água em marrom, com ondas à direita. Pela água, uma pessoa em pé sobre uma prancha vermelha. A pessoa usa camiseta em cinza e bermuda preta, com o corpo para a esquerda.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua, sistematização e ampliação da aprendizagem.

Fotografia. Vista geral de uma sala, com uma mesa grande ao centro em marrom e com crianças ao redor, sentadas, com os braços sobre a mesa. Na ponta da direita, um homem sentado sobre a mesa, de cabelos escuros, de camisa de cor branca e calça em cinza e cinto em marrom-escuro. Em segundo plano, à esquerda, parede em azul e cartazes e à direita, janelas grandes.

VAMOS COMPARTILHAR

Planejamento e produção de seminário

Promover a comunicação com os colegas e a comunidade escolar por meio de um seminário.

EU SEI

É possível se aventurar e, ao mesmo tempo, adquirir informações?

Provavelmente você já conhece algumas narrativas de aventuras, como os clássicos 20 mil léguas submarinas, de Júlio Verne, As viagens de gúliver, de djônatãn suífiti, ou mesmo O Mágico de Oz, de L. Frank Baum. Além disso, deve saber que o personagem de uma narrativa de aventura passa por viagens, desafios e missões que lhe permitem explorar e conhecer diferentes lugares e personagens, que podem fazer parte da realidade ou do imaginário.

Observe as imagens a seguir, inspiradas nas narrativas. Elas retratam cenas das histórias por meio de ilustrações.

Ilustração. Dentro de um oceano em azul, com um submarino na horizontal de tamanho médio, com luzes redondas em laranja. Ao fundo, à direita, perto da ponta do submarino, um polvo cinza com tentáculos grandes.
Em 20 mil léguas submarinas, de Júlio Verne, o professor Pierre M. Aronnax e seu assistente participam de uma expedição à procura de um monstro marinho gigante que ataca navios. Ao caírem no mar, descobrem que o monstro é, na verdade, um submarino pilotado pelo Capitão Nemo.
Ilustração. Dentro de um buraco, local tubular em marrom. À esquerda e à direita, panos em tons de branco e preto, objetos espalhados: livros, jarras e uma estante pequena à direita em marrom. Passando por estrutura na vertical, uma menina de cabelos pretos para cima e vestido de cor azul. Mais abaixo dela, um coelho branco com orelhas compridas na vertical, colete marrom e um relógio de bolso com corrente saindo para trás.
Em Alice no País das Maravilhas, de líuis quéról (pseudônimo de Charles Lãtuidgi dódson), uma menina cai em uma toca de coelho e se perde em um mundo encantado.
Ilustração. Um homem gigante, deitado, com o corpo enrolado com cordas escuras sendo puxadas por homens minúsculos, vestidos de blusa branca, casaco vermelho, calça e chapéu preto. O homem gigante tem cabelos longos escuros, blusa de cor azul e detalhes em branco, calça vermelha, meias brancas e sapatos em preto. No chão e parede de cor cinza.
Em As viagens de gúliver, de djônatãn suífiti, o personagem resolve deixar sua família para desbravar novas terras. Encontra lugares com habitantes bem peculiares, desde seres pequeninos até gigantes. Se ele estava atrás de aventura, conseguiu!
Ilustração. Local com solo em amarelo e laranja, por onde passam duas pessoas em pé, vistas de costas. À esquerda, um homem de cabelos curtos grisalhos, de chapéu sobre a cabeça em azul-claro, casaco de mangas compridas e calça em azul. De braço dado com ele, uma menina de cabelos escuros em chuquinha, blusa de mangas compridas bufantes em branco, vestido longo em azul, meias brancas e sapatos em vermelho, segurando na mão direita, um cesto marrom. Ao fundo, castelo de cor verde, com torres finas na vertical. Ao fundo, céu em azul-claro e partes em branco.
Em O Mágico de Oz, de , a menina dóróti é levada por um ciclone para um reino mágico. Ela cruza esse lugar mágico à procura do famoso Mágico de Oz, que poderá ajudá-la a voltar para casa.
Ícone atividade oral.
  1. Você conhece algumas dessas histórias ou outras? Quais?
  2. Para você, o que são narrativas de aventura? Converse com um colega e formulem hipóteses. Depois, compartilhem suas conclusões com o professor e a turma.
  3. Na sua opinião, narrativa de aventura pode ter informações imaginárias misturadas com informações reais?
  4. Verbetes de enciclopédia, dicionários e revistas científicas podem ajudar a compreender melhor alguns fatos de uma narrativa de aventura? Explique.

EU VOU APRENDER  Capítulo 1

Narrativa de aventura

Muitos autores escreveram sobre as aventuras que imaginaram, como os já citados Júlio Verne, em 20 mil léguas submarinas, Viagem ao centro da Terra e Volta ao Mundo em 80 dias, e L. Frank Baum, em O Mágico de Oz. Essas histórias tradicionais, cheias de mistérios e surpresas, levaram seus protagonistas a lugares incríveis e a situações inusitadas, jamais pensadas antes.

A literatura infantojuvenil brasileira é marcada por narrativas de experiências vividas, logo o assunto é abordado do ponto de vista de quem o relata (narrador em primeira pessoa), que descreve fatos, cenários e tempo. Vamos conhecer nesta unidade uma das aventuras da série Diário de Pilar, da escritora Flávia Lins e Silva, que já conta com seis volumes sobre a personagem-título da coletânea. Você conhece essa personagem?

Pilar é uma menina curiosa e aventureira que adora descobrir os mitos do mundo todo, sempre defendendo a natureza, os animais e as pessoas.

Junto com o seu mais-do-que-amigo Breno e seu gato, Samba, ela embarca em sua rede mágica para se aventurar pelo mundo. Pilar já esteve na Grécia, na Amazônia, no Egito, em mátchu pítchu, na África, na China…

Ilustração. Menina de cabelos castanhos, com duas tranças, de blusa regata em branco, com jardineira em saia em azul e detalhe em vermelho, de calça por baixo. Ela é de cor branca e vermelha e par de tênis das mesmas cores. Na mão direita, uma maleta em marrom e no braço esquerdo, um gato de pelos em branco, patas e rabo em marrom.

SILVA, Flávia Lins e. Pilar. Flávia Lins e Silva, [sem local], centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/lRKWRc. Acesso em: 28 abril 2022.

Pilar e seu amigo Breno criaram a Sociedade dos Espiões Invisíveis, em busca de soluções para os mistérios do passado. Um desses mistérios é o paradeiro do pai, que a menina não conheceu e do qual só tem uma foto antiga. Por não ter pai, sofre bullying de uma colega de sala, que a chama de esquisita e não a convida para sua festa de aniversário, o que a deixa ao mesmo tempo triste e enfurecida.

Disposta a seguir uma pista da localização do pai, dada por um recorte de jornal que traz uma notícia incompleta, entra na rede mágica com Breno e o gato Samba, indo parar na Amazônia.

Então, que tal navegar com esse trio no Diário de Pilar na Amazônia?

1. Faça uma leitura compartilhada com os colegas deste episódio da narrativa de Pilar.

Um mar de redes

Eu nunca tinha visto um barco assim: três andares repletos de redes coloridas, umas coladas nas outras. Dentro delas, pessoas de todo o Brasil e do mundo. Algumas dormiam, outras jogavam dominó, comiam frutas ou conversavam. De repente, ouvi um miado muito familiar e vi Samba numa rede vermelha, com o focinho enfiado numa cumbucaglossário , no colo de uma garota morena.

— Samba! O que você está comendo, seu gato guloso?! Venha já aqui!

Gatos, porém, são muito rebeldes, e Samba apenas lambeu o beiço todo roxo. A garota logo sorriu para nós, perguntando:

— O gato é seu? Acho que ele gosta de açaí. Tomou minha cumbuca todinha!

— Desculpe. É que... ele devia estar com fome, tentei explicar, um pouco envergonhada.

— O gato da Pilar é sempre guloso, tem um estômago de leão!, implicou o Breno.

— Quando o barco parar, busco outra cumbuca de açaí para você. Aliás, meu nome é Pilar. E o seu?

— Eu me chamo Maiara. Mas não precisa se preocupar em buscar nada, Pilar. Até porque o barco agora só vai parar amanhã!

— Amanhã?, Você está brincando, né? Que barco mais demorado é esse? Aliás, que rio enorme é esse?

Ilustração. Um local com várias redes coloridas, umas perto das outras, com crianças nelas vistas parcialmente. Ao centro, vê-se uma menina de rede em vermelho, de cabelos pretos divididos ao meio e um gato branco e partes em marrom. Na parte superior, flores de pétalas em vermelho e cachos de bananas em amarelo, com um chapéu arredondado em bege à direita.

— Já descemos todo o rio Negro, passamos por Manaus e agora estamos chegando ao encontro das águas, olhem ali!, apontou Maiara.

— Encontro das águas?, eu e Breno nos entreolhamos, sem saber do que ela falava.

— Nunca ouviram falar do encontro do rio Negro com o rio Solimões? É quando eles se juntam que o nosso rio maior passa a ser chamado de Amazonas, contou Maiara.

— Amazonas?! Estamos navegando no Amazonas?! O maior rio do mundo que incrível!, exclamei, entusiasmada.

— Não sei se é o maior, mas certamente é o que tem mais água!, comentou Breno, com seu jeito técnico e objetivo.

Curiosos corremos para a proaglossário para ver aquele rio imenso. Bem ali na nossa frente, uma corrente de água escura e outra de água barrenta formavam um rio bicolorglossário debaixo do barco. Que beleza! Na mesma hora, olhei para o meu colar de globo terrestre, querendo descobrir exatamente onde estávamos.

— Que pena que Manaus já ficou para trás. Queria tanto conhecer a capital do Amazonas...

— Você quer conhecer tudo, é, Pilar?, perguntou nossa nova amiga, rindo.

— Se quero. Meu sonho é conhecer o mundo inteirinho: país por país, cidade por cidade.

— O nome disso é gulodice geográfica! inventou Breno.

Meu amigo até que tinha razão, mas o que eu podia fazer com toda aquela minha curiosidade sem fim? Eu queria mesmo conhecer cada cantinho do globo terrestre, cada comida diferente, cada maneira de viver. Interrompendo meus pensamentos, Breno apontou para a água intrigado:

— Não acha estranho, Pilar? Por que será que o rio escuro e o barrento não se misturam?

— Vai ver são feito água e azeite, muito diferentes.

— O mais escuro é o rio Negro, e o barrento, o Solimões, explicou Maiara.

Pelo visto, aquela garota sabia tudo da vida ali pelo Amazonas e, com a lista de perguntas transbordando, saí disparando:

Ilustração. Vista do alto de um navio com borda de ferro em branco. Dentro dele, vê-se três crianças de costas. Da esquerda para a direita: menina de cabelos curtos pretos de roupa estampada em amarelo, laranja e vermelho. Ao centro, um menino de cabelos castanhos, camiseta em cinza e mangas em azul, bermuda e sapatos em marrom com os braços sobre a borda do navio. À direita, um gato pequeno visto de costas, de pelos brancos e partes em marrom e uma menina de cabelos pretos trançados, blusa em branco, jardineira azul, calça listrada em branco e vermelho e sapatos da mesma cor. Em segundo plano, mar com água em azul e à direita, areia em amarelo.

— Como você sabe de tudo isso? Você mora aqui perto? De onde vem? Para onde vai?

— Moro em Novo Airão, no alto do rio Negro, mas cismei de ver onde o rio termina.

— Ora essa, todo rio termina no mar!, respondeu Breno, sempre muito lógico.

— Mas, como é esse tal de mar?, quis saber Maiara.

Foi então que compreendemos que ela nunca tinha visto o mar e começamos a contar:

— É salgado!

— É verde!

— É azul!

— Tem ondas enormes com espuma muito branca!

— Salgado com espuma branca? Preciso conhecer, preciso muito!, disse Maiara, abrindo um sorriso enorme.

Enquanto ela queria conhecer o mar, eu precisava entender mais sobre os rios. Reparando em torno, notei que o Amazonas parece funcionar como uma grande avenida por onde transitam barcos, pessoas, mercadorias, peixes, histórias. Em suas margens, podemos ver casas de madeiras bem coloridas, algumas suspensas na água, as palafitasglossário , outras flutuando sobre toras, como jangadas presas à terra. Ali na nossa frente, passavam barcos a remo, barcos a motor, pedaços de árvore e até pedaços de terra desgarrados da margem.

reticências

SILVA, Flávia Lins e. Diário de Pilar na Amazônia. Rio de Janeiro: Pequena zarrár, 2019. página 22-25.

  1. A região em que você vive tem alguma semelhança ou não com a paisagem descrita na narrativa? Faça relações comparativas com a sua região.
  2. O que você sabe sobre o rio Amazonas?
  3. Você conhece as embarcações a motor que fazem a navegação fluvial, levando passageiros e mercadorias?

Para ampliar

“Flávia Lins e Silva nasceu no Rio de Janeiro, mas sempre sonhou em viajar pelo mundo. Formou-se em jornalismo, imaginando ser um dia correspondente internacional. Como isso não aconteceu, acabou inventando um personagem que ama viajar e sofre de gulodice geográfica: a Pilar”.

Para saber mais, acesse o site da autora. Disponível em: https://oeds.link/LWj6BO. Acesso em: 28 abril 2022.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

  1. Qual é o cenário nesse trecho da história? Escreva no caderno a alternativa correta.
    1. A floresta Amazônica.
    2. O rio Negro.
  2. Onde a protagonista se encontra?
  3. Quem são os coadjuvantes nesse episódio da narrativa?
  4. O que Samba estava fazendo quando Pilar ouviu um miado? Como o gato reagiu quando ela o chamou? Copie do texto a sequência que explica a reação.
  5. Relacione, no caderno, os personagens às palavras e às expressões apresentadas.
    1. Samba.
    2. Breno.
    3. Maiara.
    4. Pilar.
    1. Sabia de tudo ali, morena.
    2. Guloso, estômago de leão.
    3. Curiosidade sem fim, envergonhada.
    4. Intrigado, lógico.
  6. O que levou Pilar e Breno a correrem para a proa e ver o rio?
    1. Escreva no caderno o parágrafo com a sequência descritiva desse momento.
    2. Que palavras Pilar utilizou para descrever o rio?
    3. Que efeito de sentido o ponto de exclamação confere à frase “Que beleza!”?
  7. A história é narrada em 1ª ou em 3ª pessoa? Copie no caderno a alternativa que completa a frase seguinte. Portanto, o narrador é:
    1. um narrador-personagem;
    2. um narrador-observador.
  8. Releia no texto o trecho em que Pilar explica que tem um sonho.
    1. Será que a expressão “gulodice geográfica” existe? O que você entende por esse termo?
    2. Qual é a função da palavra “mas” neste trecho?
    3. Observe a primeira frase do trecho. Que parte representa a fala da personagem? E que parte é a voz do narrador?
    4. Quando o travessão é usado no texto? O que ele indica?

9. Releia o trecho onde o encontro das águas dos rios e responda às questões.

  1. Explique com suas palavras quando o rio passa a ser chamado de rio Amazonas.
  2. Relendo o trecho, podemos dizer com certeza que o rio Amazonas é o maior do mundo? Breno está certo disso? Por quê?
  3. Leia este trecho de uma matéria sobre o rio Amazonas e confirme se ele é ou não o maior do mundo e o que levou a essa constatação.

Com .6992 quilômetros de comprimento, o rio Amazonas é o mais extenso do mundo

Até 2016, acreditava-se que o rio Nilo era o mais extenso do planeta.

A Amazônia é um lugar cercado de belezas naturais e recordes. reticências Em 2016, por exemplo, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais fizeram novas medições via satélite e afirmaram que o rio Amazonas tem .6992 quilômetros de extensão.

Assim, ficou confirmado que o Amazonas é mais extenso que o rio Nilo, até então considerado o maior rio do mundo.

reticências

COM .6992 quilômetros de comprimento, o rio Amazonas é o mais extenso do mundo. Portal Amazonia, Manaus, 24 julho 2021. Disponível em: https://oeds.link/YAfZ9v. Acesso em: 29 abril 2022.

10. Observe a imagem e a legenda que a acompanha. Copie o trecho do texto Um mar de redes com a sequência descritiva em que a protagonista faz uma comparação do rio.

Fotografia. Vista geral de cima para baixo, local com rio ao centro, longo de água em marrom por onde passa uma embarcação branca e partes em azul. À esquerda e à direita, vegetação de folhas em verde. Na parte superior, céu em azul-claro e nuvens brancas.
Vista aérea do rio Amazonas em Belém do Pará. A região amazônica conta com a navegação hidroviária como um dos únicos meios de acesso à totalidade dos municípios da região.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Coesão referencial

Responda às questões no caderno.

1. Releia este trecho do relato de Pilar.

— Moro em Novo Airão, no alto do rio Negro, mas cismei de ver onde o rio termina.

— Ora essa, todo rio termina no mar!, respondeu Breno, sempre muito lógico.

— Mas, como é esse tal de mar?, quis saber Maiara. reticências

  1. A que classe gramatical pertence a palavra destacada? Como ela se classifica?
  2. Que papel ela desempenha no texto?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a, b.

  1. A que classe gramatical pertence a palavra "esse"?
  2. Que papel ela desempenha no texto?

2. Junte-se a um colega para ler este outro trecho do relato e responder às questões no caderno.

— Salgado com espuma branca? Preciso conhecer, preciso muito!, disse Maiara, abrindo um sorriso enorme.

Enquanto ela queria conhecer o mar, eu precisava entender mais sobre os rios. Reparando em torno, notei que o Amazonas parece funcionar como uma grande avenida por onde transitam barcos, pessoas, mercadorias, peixes, histórias. Em suas margens, podemos ver casas de madeiras bem coloridas, algumas suspensas na água, as palafitas, outras flutuando sobre toras, como jangadas presas à terra. reticências

  1. A que classe gramatical pertencem as palavras destacadas?
  2. Todas essas palavras desempenham a função de retomar elementos do texto. Indiquem quais elementos essas palavras retomam.
  3. Imaginem que, em vez de utilizar essas palavras, a autora tivesse usado novamente os elementos a que elas se referem. O que aconteceria com o texto?
  4. Com base na resposta anterior, a que conclusão vocês chegaram sobre o uso das palavras em destaque?
Versão adaptada acessível

Atividade 2, itens a até d.

  1. A que classe gramatical pertencem as palavras "ela", "outras" e "algumas"?
  2. Todas essas palavras desempenham a função de retomar elementos do texto. Indiquem quais elementos essas palavras retomam.
  3. Imaginem que, em vez de utilizar essas palavras, a autora tivesse usado novamente os elementos a que elas se referem. O que aconteceria com o texto?
  4. Com base na resposta anterior, a que conclusão vocês chegaram sobre o uso das palavras em destaque?

Os pronomes pessoais de 3ª pessoa também são muito utilizados para retomar informações no texto. Eles representam as pessoas do discurso e flexionam em pessoa (primeira, segunda e terceira), em número (singular e plural) e em gênero (masculino e feminino). Esses pronomes também mudam quanto à fórma, e podem ser retos ou oblíquos.

3. Leiam a tirinha e descubram o objetivo de Calvin ao propor a nova regra.

Tirinha. Composta por quatro quadros. Apresenta como personagens Calvin, menino pequeno de cabelos arrepiados, camiseta listrada, bermuda preta e cabelos claros e o pai dele, homem alto de cabelos escuros, com par de óculos de grau, camisa de gola e calça. As cenas se passam em uma sala com sofá e um abajur perto. Q1 – Calvin à esquerda, em pé, de frente para o pai, diz: ACHO QUE PRECISAMOS DE UMA NOVA REGRA AQUI EM CASA. O pai sentado no sofá com livro nas mãos de frente para Calvin, pergunta: É? E QUAL É ELA? Q2 – Calvin visto da cintura para cima, olhando para a direita, fala: DE AGORA EM DIANTE TODA VEZ QUE VOCÊ FOR ME DIZER ALGUMA COISA, EU NÃO QUERO OUVIR AS RAZÕES, EXPLICAÇÕES, SUTILEZAS OU CONTEXTO. Q3- Calvin, à esquerda, visto da cintura para cima, ao lado do sofá. Ele diz: EU QUERO OUVIR APENAS FRAGMENTOS SONOROS DE 10 SEGUNDOS! À direita, o pai de Calvin, sentado e segurando o livro nas mãos. Ele olha para Calvin com olhos bem abertos. Q4 – Calvin caminhando para frente, com as mãos sobre os ouvidos, olhos bem fechados, fala: ACHO QUE ESSA REGRA NÃO EMPLACOU.

uáterson bil. O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 abr. 2022. Caderno 2, página C6.

  1. No último quadrinho, por que Calvin chegou à conclusão de que a regra não emplacou?
  2. No primeiro quadrinho, a que se refere o pronome “ela”?

4. Leiam a seguinte matéria e respondam às questões.

Ônibus temático com floresta dentro vai levar educação ambiental a crianças

Veterinária Manu cársten criou o Jungle Truck e quer visitar escolas e comunidades

Era uma vez um ônibus que, por 20 anos, transportou muitas pessoas de um lado ao outro do país. Reuniu filhos e pais, apresentou amigos, até que chegou a hora de se aposentar.

reticências O Jungle Truck, nome oficial do veículo, assume agora a função de educar muitas e muitas crianças a respeito do meio ambiente e de sua preservação.

Ele é um projeto da veterinária paulista Manu cársten, que pretende alcançar até mesmo os lugares mais longínquos de São Paulo com seu ônibus temático, todo pintado à mão.

reticências Fizemos a textura de plantas da Amazônia, tem fezes cenográficas de animais, o exoesqueletoglossário do escorpião, sonorização com a vocalização do lobo-guará, tem as pegadas da onça pintada. E tem um tronco caído com fungos!”, conta Manu.

Manu lembra que, com a grande ocupação urbana atual, é comum que muitas crianças nunca tenham chegado perto de animais antes, excetuando-se, claro, os animais domésticos. “Algumas nunca pegaram na terra”, completa.

FRANCO, Marcella. Ônibus temático com floresta dentro vai levar educação ambiental a crianças. Folha de São Paulo, São Paulo, 11 fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/QoIRTu. Acesso em: 5 maio 2022.

  1. Do que trata a matéria lida?
  2. Segundo o texto, o que teria motivado a veterinária a ter essa ideia?
  3. No terceiro parágrafo, há um pronome pessoal que retoma algo mencionado. Qual é esse pronome e o que ele retoma?
  4. No último parágrafo, utiliza-se um pronome indefinido para retomar um elemento. Qual é esse pronome e que elemento ele retoma?

5. Leiam a tirinha e expliquem qual o humor.

Tirinha. Composta por três quadros, apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, camiseta em laranja. Pai de Armandinho, calça em azul-claro e sapato em azul-escuro. Q1 – À esquerda, um gaveteiro com três gavetas e à direita, alguém fora do quadrinho diz: DIGITALIZEI TODOS OS DOCUMENTOS! A PAPELADA FOI TODA PRA RECICLAGEM! Q2 – À direita, Armandinho em pé, olhando para o pai dele, fala: SALVEI TUDO EM UM PEN DRIVE. A MEMÓRIA DIGITAL! O pai dele, responde: MINHA NOSSA... Q3 – Ambos no mesmo local e posição. O pai diz: E ONDE ESTÁ ESSA MEMÓRIA, FILHO? À direita, Armandinho, responde: GUARDEI! SÓ NÃO LEMBRO ONDE...

BECK, Alexandre. Armandinho, [S. l.], 21 agosto 2017. tãmbler: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/A0b3Iv. Acesso em: 5 maio 2022.

  1. O que indica a fala do pai no segundo quadrinho? Por que ele tem essa reação?
  2. No primeiro quadrinho, há uma expressão que retoma algo anteriormente dito por Armandinho. Identifiquem essa expressão e informem a qual elemento ela se refere.

6. Leiam a sinopse do filme As aventuras de gúliver.

O viajante e aventureiro gúliver é convidado a retornar a Lilliput, cidade que ele salvou da frota inimiga da vizinha Blefuscu. Quando ele chega, só encontra indignação, pânico e uma multidão desesperada, pois o Rei de Lilliput fez seu povo acreditar que o lendário Gigante gúliver estava voltando. Em vez disso, eles descobrem um homem comum, quando toda a cidade estava se preparando e construindo acomodações para receber um gigante. reticências

TAVEIRA, néferson. As aventuras de gúliver. Cinepop, [sem local], 23 janeiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/GUQq6y. Acesso em: 5 maio 2022.

  1. Como se classificam os pronomes destacados?
  2. Quais palavras ou ideias esses pronomes retomam no texto?
  3. No caderno, reescrevam a última frase do texto substituindo a palavra “eles” por uma expressão equivalente.
Versão adaptada acessível

Atividade 6, itens a até c.

  1. Como se classificam os pronomes "ele" e "eles"?
  2. Quais palavras ou ideias esses pronomes retomam no texto?
  3. No caderno, reescrevam a última frase do texto substituindo a palavra “eles” por uma expressão equivalente.

7. Leiam um trecho da obra Viagens de gúliver.

No dia 5 de novembro, que era o início do verão naquela região, o tempo estava completamente instável, o céu ficava escuro do nada. Foi numa dessas drásticas mudanças que os marinheiros avistaram uma pedra a meio comprimento de proa do navio. Porém, o vento estava tão forte que fomos levados diretamente a ela. O choque dividiu o navio em dois. reticências Os remos caíram de nossas mãos, pois não éramos capazes de segurá-los em razão do cansaço. Depois disso, ficamos no bote à mercê das ondas. Em pouco tempo, fomos a pique após sermos atingidos por uma enorme onda vinda do norte. Não sei dizer exatamente o que aconteceu com meus companheiros do bote ou com aqueles que estavam no navio após o choque contra a rocha; mas concluí que todos estavam perdidos. Eu, de minha parte, nadei feito um louco e fui empurrado pelo vento e pela maré. reticências Acredito que era por volta das oito horas da noite. Avancei aproximadamente oitocentos metros, mas não descobri nenhum sinal de moradia ou habitantes. Minha condição física era tão precária que não vi quase nada ao meu redor. reticências Me deitei na grama, muito rasteira e macia, onde dormi profundamente como há muito não fazia. Segundo meus cálculos, dormi por aproximadamente nove horas seguidas, pois quando acordei já era dia. Tentei me levantar, mas não consegui me mexer. Descobri algo muito estranho: meus braços e pernas estavam fortemente presos ao chão; e meu cabelo, comprido e grosso, preso à terra da mesma maneira.

Swift, Djônatan. Viagens de gúliver. Edição bilíngue. Tradução Renato rósquel. São Paulo: , Instituto Mojo, 2019. página 22-23.

  1. De acordo com o texto, o que teria causado o acidente?
  2. Observem as palavras destacadas. No caderno, separem essas palavras nos seguintes grupos:
    1. Retomam ideias ou outras palavras.
    2. Antecipam ideias ou outras palavras.
  1. Agora, informem quais dessas palavras são pronomes substantivos e quais são pronomes adjetivos.
  2. Escolham duas dessas palavras e informem a quais outras palavras ou ideias elas se referem.
Versão adaptada acessível

Atividade 7, itens a até d.

  1. De acordo com o texto, o que teria causado o acidente?
  2. Observem as palavras "dessas", "ela", "O choque", "disso", "aqueles" e "todos". No caderno, separem essas palavras nos seguintes grupos:
    1. Retomam ideias ou outras palavras.
    2. Antecipam ideias ou outras palavras.
  3. Agora, informem quais dessas palavras são pronomes substantivos e quais são pronomes adjetivos.
  4. Escolham duas dessas palavras e informem a quais outras palavras ou ideias elas se referem.

PONTUAÇÃO

Interrogação, exclamação e ponto-final

Responda às questões no caderno.

Ícone atividade em grupos.
Ícone atividade oral.

1. Leiam este trecho da história de Pilar em voz alta.

— Samba! O que você está comendo, seu gato guloso?! Venha já aqui!

reticências

— O gato é seu? Acho que ele gosta de açaí. Tomou minha cumbuca todinha!

— Desculpe. É que... ele devia estar com fome reticências

— O gato da Pilar é sempre guloso, tem um estômago de leão! reticências

— Quando o barco parar, busco outra cumbuca de açaí para você. Aliás, meu nome é Pilar. E o seu?

— Eu me chamo Maiara. Mas não precisa se preocupar em buscar nada, Pilar. Até porque o barco agora só vai parar amanhã!

— Amanhã?, Você está brincando, né? Que barco mais demorado é esse? Aliás, que rio enorme é esse?

— Já descemos todo o rio Negro, passamos por Manaus e agora estamos chegando ao encontro das águas, olhem ali! reticências.

  1. Quais aspectos do texto vocês observaram ao fazer a leitura em voz alta? Por quê?
  2. Que sinais de pontuação são empregados no texto?
  3. Explique o uso do ponto de exclamação em seguida ao ponto de interrogação na primeira fala do trecho.

2. Leiam a tirinha a seguir.

Tirinha. Composta por três quadros, apresenta como personagens dois homens, um com chapéu pequeno sobre a cabeça e outro com nariz comprido e cabelos pretos. Ambos são vistos em tons de azul-claro e bege-claro. Q1 – O homem com o chapéu à esquerda, diz para o outro que o observa de boca fechada e olhos bem abertos: VOCÊ ESQUECEU MEU ANIVERSÁRIO. Q2 – O homem de cabelos pretos à direita, com o braço direito para cima e boca bem aberta, fala: VOCÊ QUE ESQUECEU DE AVISAR! Q3 – O homem de chapéu à esquerda, comenta: E A CULPA AINDA É MINHA? O outro homem o olha sorrindo.

GALHARDO, Caco. Daiquiri. Folha de , São Paulo, 12 fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/99tbvT. Acesso em: 4 maio 2022.

  1. Expliquem o humor da tirinha.
  2. Nos dois primeiros quadrinhos, o que indicam os sinais de pontuação empregados?
  3. Seria possível pontuar a primeira frase da tirinha de outra fórma, mantendo o sentido original do texto? Em caso afirmativo, como?

O ponto é o sinal de pontuação que utilizamos para encerrar uma frase declarativa. Quando ele finaliza determinado texto, é chamado de ponto-final.

O ponto de interrogação é o sinal de pontuação que usamos para finalizar uma frase interrogativa direta.

O ponto de exclamação é o sinal de pontuação que utilizamos ao fim de frases para indicar entonação que expressa surpresa, indignação, espanto, ordem etcétera

3. Leiam um trecho da seguinte matéria.

Memórias que ficam da Adalbertolândia, parque encantado no Sumaré

reticências

Encasquetar é uma palavra engraçada, e como é engraçada a Adalbertolândia! Adalbertolândia é um parque privado, isto é, um espaço pra lazer que não foi inventado pela prefeitura, pelo govêrno, ou pelo Estado: foi criado dentro de uma propriedade privada No caso, um terreno que seu Adalberto tinha no Sumaré, bem na frente da casa dele

reticências

Ele criou o parque pois, quando chegou ao Sumaré, via as crianças brincando na lama – e o terreno da família, lá, desperdiçado Desperdício é quando você transforma uma coisa útil em inútil: e existe coisa mais útil do que brincar em um parque

reticências

Pois é, o próprio proprietário desprivatizador foi quem construiu todos os bancos de madeira, trouxe balanço, gangorra, conversando com todo mundo, sorrindo, sempre gentil

reticências

O gentil Seu Adalberto foi o , o Mauricio de Sousa, a Ruth Rocha do Sumaré: uma pessoa que sabe que a infância é um espaço público, que sabe que brincar nunca deverá ser propriedade privada, brincar nunca poderá ser coisa vendida

reticências

BRESSANE, Ronaldo. Memórias que ficam da Adalbertolândia, parque encantado do Sumaré. Folha de São Paulo, São Paulo, 1º abril 2022. página C8. Disponível em: https://oeds.link/FgOSaX. Acesso em: 6 maio 2022.

  1. Alguns sinais de pontuação foram retirados do texto. No caderno, escrevam os trechos que precisam de pontuação e informem qual deve ser o sinal empregado.
  2. O que fez com que seu Adalberto decidisse criar o parque?
  3. Por que o jornalista afirma que seu Adalberto “foi o uili uonca, o Mauricio de Sousa, a Ruth Rocha do Sumaré”?

EU VOU APRENDER  Capítulo 2

Verbete de enciclopédia

Além dos textos de divulgação científica, há outros meios de acesso a conteúdos científicos. Um deles é a enciclopédia! Nas enciclopédias, tanto impressas quanto on-line, encontramos verbetes com informações relativas à ciência.

  1. Você sabe o que é uma enciclopédia e para que ela serve?
  2. Você já fez alguma busca em enciclopédia? Conte aos colegas.
  3. Faça uma leitura silenciosa do verbete da enciclopédia impressa.

Açaí

Euterpe oleracea Mart.

O açaí é uma palmeira amazônica que cresce em terrenos alagáveis à beira de rios, nos Estados do Amazonas, Pará, Maranhão e Amapá. Diferentemente de seu parente do leste brasileiro – a jussara () –, que possui um tronco único –, fórma densas touceiras que reforçam a beleza de planta e por isso a recomendam para paisagismo.

Dela aproveita-se o máximo. As folhas prestam-se para cobertura de casas e sua madeira, apesar de frágil, é usada na fabricação de ripas e caibros. A fibras das folhas são empregadas na produção de chapéus, esteiras e cestas, e os cachos de frutos, já secos, transforma-se em vassouras.

Mas é dos frutos que vem seu mais apreciado produto: o vinho de açaí, que, apesar do nome, não é alcoólico. Produzido a partir da maceração dos frutos em água, é um importante complemento para alimentação das populações ribeirinhas, e atualmente também apreciado no resto do Brasil, como um eficiente energético natural.

Fotografia. Vista geral de baixo para cima de várias árvores compridas, de caule fino e folhas verdes. No alto, céu em azul-claro com nuvens brancas.
A palmeira açaí, também conhecida como palmito-açaí, açaí-do-pará, jussara, atinge a altura de 20 a 25 metros, com tronco múltiplo formando touceiras que chegam a criar quase 25 plantas. É encontrada da região amazônica até a Bahia, em terrenos alagados ou áreas úmidas.
Fotografia. Entre folhagens verdes, um ramo de cor bege com vários frutos pequenos aglomerados de cor roxo-escuro.
Os frutos do açaí merecem destaque como um abundante alimento para aves e peixes da região amazônica.

ÁRVORES do Brasil. Curadoria Inês Cordeiro. São Paulo: Antonio Bellini Editora e Cultura, 2004. página 20.

4. Agora leia um verbete da Enciclopédia do Estudante.

A luta pela preservação da natureza do Brasil

Tem-se procurado despertar a consciência dos cidadãos e chamar atenção do poder público para a necessidade de atitudes preservacionistas.

O Brasil é um dos países com maior biodiversidade do planeta. Grande parte da Floresta Amazônica está em território brasileiro. Além disso, estão no Brasil duas das 34 áreas conhecidas como hotpots: o Cerrado e a Mata Atlântica. Hotpotssão áreas ricas em espécies com alto grau de endemismo (ou seja, que só existe ali). E que estão ameaçadas de extinção. O Brasil também tem sete Reservas da Biosfera apontadas pela Unesco como Patrimônio da humanidade.

As riquezas naturais brasileiras

Foi do solo brasileiro que saíram as riquezas que sustentaram por muitos séculos os governos estrangeiros: o ouro, os diamantes, as pedras preciosas e semipreciosas. Mais tarde, a partir do fim do século dezenove, o Brasil descobriu-se também rico em petróleo (o “ouro negro”).

Quanto às possibilidades de cultivo, logo se notou – conforme as palavras de Pero Vaz de Caminha (escrivão da esquadra de Pedro Alvares Cabral que relatou a chegada dos portugueses ao Brasil) – que “nesta terra, em se plantando, tudo dá”.

O Brasil possui uma das maiores bacias hidrográficas do planeta, a Bacia Amazônica. Além dela, há abundância de água doce em outras bacias menores, mas não menos importantes, como a do rio São Francisco e a do Paraná, além da ocorrência de um grande aquífero cuja maior parte se encontra sob o solo brasileiro reticências.

Fotografia. Pousada sobre um galho de árvore em marrom, uma ararinha-azul, de tamanho médio, com asas em azul-escuro e corpo em azul-claro, com bico de cor cinza e olhos em preto, com garras finas de cor cinza.
A ararinha-azul () é uma ave endêmica brasileira que está praticamente extinta por causa da degradação do seu hábitat e do tráfico de animais silvestres.
Fotografia. Vista geral de local com rio extenso de água escura entre vegetação verde. Na parte superior, céu em azul-claro e nuvens brancas.
O arquipélago de Anavilhanas, no rio Negro, é formado por cêrca de quatrocentas ilhas ou mais, dependendo do volume de água. É um dos maiores arquipélagos fluviais do mundo.

ENCICLOPÉDIA do Estudante: Ecologia. Tradução Nelson Caldini Junior. São Paulo, Moderna, 2008. página 150.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

  1. Do que trata o verbete A?
  2. Como as informações sobre esse verbete são organizadas?
  3. Além do texto escrito, que outros elementos complementam as informações desse verbete?
  4. A que público se dirige uma enciclopédia?
  5. Além das enciclopédias impressas ou on-line, onde mais vocês acham que podemos encontrar verbetes?
  6. O que é o açaí? Descreva como ele é.
  7. Onde o açaí pode ser encontrado?
  8. Explique o que você compreendeu da frase “Dela aproveita-se o máximo” utilizada no verbete.
  9. Há algum termo no verbete que você desconhece? Em caso positivo, faça uma pesquisa no dicionário e escreva o significado adequado ao contexto.
  10. O que são as populações ribeirinhas citadas no verbete? O que você sabe sobre elas?
Fotografia. À esquerda, uma casa na horizontal em tons de bege e partes em laranja e telhado em triângulo em marrom. Ela está sobre estruturas finas na vertical e ao redor, várias árvores de folhas verdes. Na ponta da direita, um varal com roupas estendidas.
Casas de palafitas com palmeiras de açaí na comunidade ribeirinha às margens do rio Japurá, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Floresta Amazônica, Tefé, Amazonas, abril de 2017.
  1. Considere agora o verbete B da Enciclopédia do Estudante e responda às questões.
    1. Qual é o título do verbete?
    2. Como as informações desse verbete estão organizadas?
  2. Procure no verbete a palavra ou as palavras que você desconhece e, com o apoio do dicionário, escreva os significados no caderno.
  3. Faça, no caderno, um resumo com as principais informações de cada subtítulo: “A flora e a fauna brasileiras”, “As riquezas naturais brasileiras”.
  4. Releia o trecho sobre a flora e a fauna brasileira e copie uma sequência explicativa.
  5. Observe os dois verbetes que você leu e, com a ajuda do professor, conheça outros verbetes impressos ou digitais. O que você descobriu sobre a estrutura e a linguagem de verbetes de enciclopédia? Compartilhe com os colegas.
  6. Leia este parágrafo. O que você entende das palavras de Pero Vaz de Caminha?

Quanto às possibilidades de cultivo, logo se notou – conforme as palavras de Pero Vaz de Caminha (escrivão da esquadra de Pedro Alvares Cabral que relatou a chegada dos portugueses ao Brasil) – que “nesta terra, em se plantando, tudo dá”.

Fotografia. Folha de papel cor bege-claro com texto manuscrito em letra escura cursiva, em português antigo.
A carta de Pero Vaz de Caminha, datada de 1º de maio de 1500 e dirigida ao rei de Portugal Dom Manuel, é considerada um dos documentos fundadores de nossa história. Nela, o escrivão registra suas primeiras impressões de uma terra nova e diferente.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Advérbio e locução adverbial

Responda às questões no caderno.

Ícone atividade oral.

1. Releia o primeiro parágrafo do verbete A.

  1. Que palavras ou expressões do texto são utilizadas para indicar os lugares onde cresce o açaí?
  2. Por que essas palavras ou expressões são importantes no texto?
  3. No trecho “Diferentemente de seu parente do leste brasileiro reticências fórma densas touceiras reticências”, que ideia a palavra destacada transmite?
  4. A que verbo o advérbio do trecho se refere?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até d.

  1. Que palavras ou expressões do texto são utilizadas para indicar os lugares onde cresce o açaí?
  2. Por que essas palavras ou expressões são importantes no texto?
  3. No trecho “Diferentemente de seu parente do leste brasileiro [...] forma densas touceiras [...]”, que ideia a palavra "diferentemente" transmite?
  4. A que verbo o advérbio do trecho se refere?

Os advérbios são palavras que se ligam aos verbos para indicar diferentes circunstâncias. Os conjuntos de duas ou mais palavras que funcionam como advérbios são chamados de locuções adverbiais.

2. Agora, releia este trecho do verbete B.

Foi do solo brasileiro que saíram as riquezas que sustentaram por muitos séculos os governos estrangeiros: o ouro, os diamantes, as pedras preciosas e semipreciosas. Mais tarde, a partir do fim do século dezenove, o Brasil descobriu-se também rico em petróleo (o “ouro negro”).

  1. Nesse parágrafo, há algumas locuções adverbiais de tempo. Quais são elas?
  2. A que verbos essas locuções se ligam?
  3. Que efeito de sentido o uso dessas locuções provoca no texto?
  4. Destaque uma locução adverbial de lugar e informe sua função no texto.

3. Leia a tirinha.

Tirinha. Composta por dois quadros. Apresenta como personagens Recruta Zero, homem de cabelos escuros lisos, com chapéu arredondado, com blusa até os cotovelos e calça em verde. Outro homem, um pouco gordo, cabelos finos pretos, com chapéu e farda verde como o outro. Q1 – À esquerda, o homem um pouco gordo, sentado de frente para mesa de cor marrom, segurando uma prancheta marrom nas mãos, diz olhando para Recruta Zero: VAI TRABALHAR NA COZINHA HOJE, ZERO! Recruta Zero à direita, olhando para o outro, o pergunta: NÃO PODE NUNCA ME PEDIR DIREITO? Q2 – Em segundo plano, à esquerda, um soldado em verde, de cabelos pretos, de frente para uma cama em cinza, onde está o Recruta Zero deitado segurando nas mãos um papel amarelo. O que está em pé diz: O QUE É ISSO? O soldado na cama, fala: UM CONVITE FORMAL PARA TRABALHAR NA COZINHA. À frente deles, o homem um pouco gordo, com o cenho franzido, olhando ao longe.

Recruta Zero. Estadão, São Paulo, 20 abril 2022. Disponível em: https://oeds.link/DuZvMw. Acesso em: 6 maio 2022.

  1. O que incomoda o Recruta Zero? Que palavras do primeiro quadrinho permitem compreender esse incômodo?
  2. A que classe gramatical essas palavras pertencem?
  3. Explique o humor da tirinha.

Por meio dos advérbios, também é possível compreender o ponto de vista de quem fala ou escreve. Nesse caso, eles funcionam como modalizadores, que são elementos que indicam o modo como uma pessoa apresenta seus argumentos.

4. Leia o seguinte artigo de opinião.

A rota da sustentabilidade é urgente

É preciso cumprir os compromissos anunciados e combater com energia as ilegalidades, em especial o desmatamento.

O ano de 2021, certamente, será um marco para os livros de História. Além da dolorosa pandemia de covíd-19, que ainda está em curso, também chegamos ao momento decisivo com relação ao futuro que estamos legando ao nosso planeta. O que era mudança do clima tornou-se emergência climática. É sobre a sobrevivência da humanidade que estamos falando.

reticências

O Brasil deu sinais de que busca retomar seu lugar de cooperação na questão ambiental. O País fez movimentos como a adesão ao acôrdo das Florestas e Uso do Solo e à iniciativa sobre emissões de gás metano, somados à revisão da Contribuição Nacionalmente Determinada (ene dê cê, na sigla em inglês), com anúncio de neutralidade de carbono até 2050 e fim do desmatamento até 2028. reticências

Uma verdadeira jornada que levou ao Reino Unido milhares de cidadãos de todo o mundo, com destaque para os jovens. O Brasil esteve muito bem representado por academia, ônguis, iniciativa privada, indígenas, lideranças subnacionais, entre outros. reticências

rartun, Paulo. A rota da sustentabilidade é urgente. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 7 dezembro 2021. Opinião.

  1. Observe o título e o subtítulo do artigo de opinião. O que eles transmitem ao leitor? Que palavras e expressões contribuem para isso?
  2. Ainda nessa parte do texto, há uma locução adverbial que expressa o ponto de vista do autor em relação ao que está sendo dito. Qual é essa locução?
  3. Como o autor avalia a participação do Brasil na jornada que ocorreu no Reino Unido? Que palavras do texto mostram essa opinião do jornalista?

ORALIDADE

Modalizadores

1. Faça uma leitura silenciosa do artigo a seguir sobre a Amazônia.

Artigo: Salvar a Amazônia está ao alcance de todos

Correio Braziliense

postado em 10/06/2021

Projetos de erre e dê dê mais dão protagonismo a empresas e pessoas físicas na proteção da maior biodiversidade do planeta

Todos os anos a Organização das Nações Unidas elege um problema ambiental com o qual o planeta precisa lidar para ser o tema do Mês do Meio Ambiente. É uma fórma de chamar a atenção para questões essenciais que nem sempre recebem a atenção devida. Em 2021, é a restauração de ecossistemas.

Para um país como o Brasil, que tem 60% da maior floresta tropical do mundo, esse é um assunto que não deveria sair nunca da pauta. Mas sabemos que, na prática, apesar das questões ambientais estarem ganhando cada vez mais visibilidade e relevância, especialmente com os pilares é ésse gê, ainda está muito longe do ideal e do necessário. A começar pelo pouco conhecimento que temos sobre a Amazônia e, principalmente, a respeito do que cada um pode fazer para preservá-la. Vale lembrar que em torno de 50% das emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil são provenientes do desmatamento da Amazônia.

Sim, a preservação da Amazônia está ao alcance de todos nós, especialmente das empresas. reticências Ela é muito mais que um conjunto esplêndido de árvores milenares. É a maior biodiversidade do globo terrestre, com cêrca de 60 mil espécies de plantas e animais — um ecossistema riquíssimo que está clamando por socorro.

E é possível que pessoas físicas e jurídicas ajudem a reverter a situação dramática de destruição que temos acompanhado nos últimos anos. O caminho é investir em projetos de erre e dê dê mais (Redução de Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal – com o objetivo de preservar áreas imensas na Amazônia Legal que sofrem grandes pressões de desmatamento) para que avancem além dos 2 milhões de hectares atuais para a meta necessária de 50 milhões em toda a Floresta Amazônica até 2030.

Ilustração. Em preto e branco. Um rosto de uma pessoa virado para a esquerda, com os contornos do corpo em folhas. Em segundo plano, árvores e folhagens ao redor. No alto, céu por onde se veem pássaros sobrevoando.

Para isso, basta que cada companhia e todos os cidadãos que puderem adicionar mais uma conta de consumo a seu rol de boletos mensais decidam compensar suas emissões de cê ódois, por meio de projetos de geração de crédito de carbono na Amazônia.

reticências

Há muitas empresas bem intencionadas que colocam grande volume de recursos em projetos sustentáveis, mas com baixo retorno para o meio ambiente. É possível aumentar exponencialmente a taxa de retorno e salvar a Amazônia. Por isso, proponho que usemos a provocação da ônu para assumir a parte que nos cabe na preservação de um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

DALLAN, Janaína. Artigo: Salvar a Amazônia está ao alcance de todos. Correio Braziliense, Brasília, Distrito Federal, 10 junho 2021. Disponível em: https://oeds.link/WvkzEg. Acesso em: 1º maio 2022.

2. Vamos treinar nossa argumentação e apresentá-la na fórma de um debate.

Instruções

A sala se dividirá em três grupos: dois discutirão as ideais do texto, argumentando sobre aspectos que mais chamaram a atenção, e um será o auditório, que assistirá ao debate e, ao fim, poderá fazer perguntas. Tomem notas que sirvam de consulta para o debate.
  1. No dia marcado pelo professor, que será o mediador do debate, cada grupo terá um tempo para apresentar seus pontos de vista sobre o tema tratado no texto. Em seguida, os grupos poderão fazer perguntas uns aos outros, no tempo delimitado pelo mediador.
  2. A quantidade de perguntas que cada grupo fará, bem como o tempo de apresentação e resposta, ficará a cargo do professor.
  3. Depois, o auditório poderá se manifestar, seja para apenas dar sua opinião, seja para fazer perguntas aos grupos.
  4. Por fim, todos farão uma síntese das ideias levantadas no debate.

Atenção ao tom de voz e ao modo como fala. Evite determinados tipos de palavras ou expressões e use modalizadores para exprimir seu ponto de vista.

INFOGRÁFICO DA PRODUÇÃO DO AÇAÍ

1. Leia o infográfico que descreve as etapas de produção do açaí.

Raízes da produção

Do cacho ao pote

Infográfico. Raízes da produção. Do cacho ao pote. Composto por nove ilustrações e textos. Na ilustração 1, uma árvore de tronco na vertical em marrom, de folhas verdes. No alto, uma pessoa pendurada, de cabelos ruivos, camiseta verde e calça roxa, segurando nas mãos, frutos redondos em roxo. Abaixo da ilustração lê-se o texto:  1 Colheita. Os coletores, chamados de peconheiros, escalam as palmeiras de 20 metros de altura com facões, e descem com o cacho de açaí nas mãos. Na ilustração 2, um barco passando em um rio. Abaixo da ilustração lê-se o texto: 2 Travessia. Pequenos barcos passam de casa em casa diariamente recolhendo o açaí em latas. Seus donos são chamados de “atravessadores”. Na ilustração 3, cestos com frutos dentro. Abaixo da ilustração lê-se o texto: 3 Venda. Os barcos levam todo o açaí para os mercados centrais à beira do rio. Lá, ele é vendido em cestas para comerciantes locais e para a indústria. Na ilustração 4, um tanque lavando os frutos. Abaixo da ilustração lê-se o texto: 4 Lavagem.
O fruto, então, passa por um regime de higienização e é banhado em uma solução de cloro que elimina micro-organismos. Na ilustração 5, um homem ruivo colocando frutos em um vasilhame grande esférico.  Abaixo da ilustração lê-se o texto:   5 Despolpamento. O açaí é batido com água para formar uma pasta na concentração desejada. O caroço é separado e reservado em um contêiner. Na ilustração 6, vários sacos com frutos. Abaixo da ilustração lê-se o texto, 6 Congelamento. Freezers gigantes armazenam o açaí envazado em saquinhos. Depois de congelado, segue para o transporte. Na ilustração 7, um caminhão laranja carregando os sacos. Abaixo da ilustração lê-se o seguinte texto: 7 Transporte. A polpa congelada segue do Norte até as fábricas de mix espalhadas por todo o País. A maior parte delas se concentra no Sudeste. Na ilustração 8, um quiosque de venda de cor roxa com símbolo do fruto e teto em verde. Abaixo da ilustração lê-se o texto: 8 Produção do mix. Na fábrica, vem a mistura com o guaraná, os espessantes e os conservantes. Algumas marcas também produzem sorvetes e energéticos de açaí. Na ilustração 9, dois potes roxos fechados de tamanhos diferentes, com etiquetas em amarelo e roxo. Abaixo da ilustração lê-se o texto: 9 Chegada ao mercado. Essa é a parte que você conhece. Os produtos chegam aos supermercados, quiosques e lanchonetes de todo o País [...].

ROSSINI, Maria Clara. Como o açaí conquistou o mundo. Superinteressante, São Paulo, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/huZylT. Acesso em: 29 abril 2022.

Ícone atividade oral.
  1. O que você achou do infográfico? Ele é informativo? Conte sua opinião aos colegas.
  2. Quais são os elementos que compõem esse infográfico?
  3. Qual é o título do infográfico?
  4. Qual é o subtítulo? Que função ele tem no infográfico?
  5. Por que o infográfico não utilizou somente as imagens? Explique.
  6. Escreva no caderno a alternativa correta. Os textos correspondentes a cada imagem do infográfico constituem:
    1. sequências narrativas;
    2. sequências descritivas e informativas.
  7. O verbete que você leu anteriormente sobre o açaí se relaciona a quais etapas da produção descrita no infográfico?
  8. Na narrativa de aventura de Pilar, o gato Samba toma o açaí da cumbuca de Maiara. No infográfico, depois de qual etapa de produção essa situação seria possível?
  9. Qual é a função do infográfico da produção do açaí? Explique com suas palavras.
  10. Leia um texto que explica um pouco mais sobre infográficos.

O que é um infográfico:

Infográfico é uma ferramenta que serve para transmitir informações através do uso de imagens, desenhos e demais elementos visuais gráficos. Normalmente, o infográfico acompanha um texto, funcionando como um resumo didático e simples do conteúdo escrito.

Os infográficos são úteis nos mais variados setores, desde o meio acadêmico (apresentações de trabalhos científicos, por exemplo) até no ambiente profissional (em textos jornalísticos, apresentações de projetos empresariais e etcétera).

INFOGRÁFICO. significados ponto com, [sem local], centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/NpkTOO. Acesso em: 12 maio 2022.

Em que o infográfico que você leu nesta seção está de acordo com essa explicação?

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

A carta de Pero Vaz de Caminha é considerada o primeiro documento sobre o Brasil e teria sido escrita no dia 1º de maio de 1500.

Observe a transcrição de um trecho do documento.

Posto que o capitam moor, desta vossa frota e asy os outros capitaães screpuam a vossa alteza a noua do achamento desta vossa terra noua que se ora neesta nauegaçam achou, nom leixarey tambem de dar disso minha comta avossa alteza asy como eu milhar poder aimda que pera o bem contar e falar o saiba pior que todos fazer.

Fotografia. Folha de papel cor bege-claro com texto manuscrito em letra escura cursiva, em português antigo.

CARTA de Pero Vaz de Caminha – história e análise do texto. uól, São Paulo, 22 abril 2010. Disponível em: https://oeds.link/bRpUff. Acesso em: 5 maio 2022.

Responda às questões no caderno.

Ícone atividade oral.

1. O que mais chamou a sua atenção na leitura da transcrição?

Ícone atividade em dupla.
  1. Em comparação com a escrita atual, o texto apresenta inúmeras diferenças. Junte-se a um colega e aponte algumas delas.
  2. Algumas palavras do texto são pronunciadas, hoje, de maneira diferente da registrada na carta. Deem exemplos.
  3. No texto, há um pronome pouco usado no Brasil atualmente. Qual é ele? A que pessoa se refere?
  4. Agora, leiam uma versão mais modernizada do mesmo trecho.

Posto que o Capitão-mor desta vossa frota e os outros capitães escrevam a Vossa Alteza dando notícia do achamento desta vossa terra nova, que nesta navegação agora se achou, não deixarei também de dar conta disso a Vossa Alteza da melhor maneira que puder, ainda que, para o bem contar e falar, o saiba fazer pior que todos.

CAMINHA, Pero Vaz de. A carta de Pero Vaz de Caminha. Comentários e notas de Douglas Tufano. São Paulo: Moderna, 2000. página 25.

  1. As adaptações feitas no texto contribuíram para facilitar o entendimento do conteúdo? Por quê?
  2. Comparando os dois trechos, a que conclusão podemos chegar quanto ao uso da língua portuguesa?

Uma das características mais importantes das línguas é que elas estão em constante transformação. Isso acontece em razão de um fenômeno natural chamado de variação linguística. Esse fenômeno é muito complexo e faz com que as línguas se modifiquem por várias razões, entre elas históricas, regionais, culturais etcétera

8. Faça uma leitura compartilhada com os colegas do texto a seguir.

Toda língua muda

reticências

Irene dá um sorriso maroto e fingindo um tom de ameaça anuncia: — Mas a coisa pode ficar ainda mais complicada...

— Como, tia?

— Pegue por exemplo, um texto de jornal escrito no começo do século vinte. Você vai sentir diferenças no vocabulário e no modo de construção da frase. Recue mais um pouco no tempo e tente encontrar alguma coisa escrita no começo do século dezenove, em 1808, por exemplo, quando a família real portuguesa se transferiu para o Brasil. Mais diferenças ainda. Dê um salto ainda maior e tente ler a famosa carta de Pero Vaz de Caminha ao rei dona Manuel primeiro dando a notícia do descobrimento do Brasil. Um texto de 1500, último ano do século quinze! Tem muita coisa ali que a gente nem consegue entender! O que todos esses textos têm em comum?

— Foram todos escritos em português, não é? — arrisca Sílvia

— Sim — responde Irene.

— Por que será então que eles vão se tornando cada vez menos compreensíveis para um brasileiro no início do século vinte e um? — quer saber Vera.

— Porque toda língua, além de variar geograficamente, no espaço, também muda com o tempo. A língua que falamos hoje no Brasil é diferente da que era falada aqui mesmo no início da colonização, e também é diferente da língua que será falada aqui mesmo dentro de trezentos ou quatrocentos anos!

reticências

Banho, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. décima sétima edição São Paulo: Contexto, 2014. página 21-22.

Ícone atividade oral.
  1. Irene menciona a carta de Pero Vaz de Caminha, que trabalhamos na atividade anterior. Você concorda com a afirmação dela? Por quê?
  2. O que você entendeu da frase “— Porque toda língua, além de variar geograficamente, no espaço, também muda com o tempo”?

VOCÊ É O AUTOR!

Escrita de uma narrativa de aventura

Você e os colegas vão produzir uma narrativa de aventura como se fosse a próxima com Pilar e os amigos.

1. Antes de pensarem sobre a aventura que vão escrever, pesquisem em verbetes de enciclopédia informações que possam ajudar a descrevê-la. Vejam alguns temas que apareceram na narrativa de Pilar:

rio Amazonas; encontro do rio Negro com o Solimões; palafitas; navegação hidroviária no rio Amazonas; comunidades ribeirinhas.

  1. Selecionem os verbetes que vão utilizar e os reproduzam em folhas avulsas para depois organizarem uma enciclopédia da turma.
  2. Planejem a escrita da sua aventura respondendo às questões do roteiro a fim de organizar a narrativa. Para isso, copiem o quadro a seguir.
    Ícone modelo
Roteiro da narrativa de aventura

a) Quem são os personagens (primários e secundários)?

b) Qual é o assunto?

c) Que conflito vai fazer a história se desenvolver?

d) Onde a história acontece?

e) Quando ela acontece?

f) Qual é a duração da narrativa?
(Ela acontece em 1 dia, 2 dias, 1 semana e como isso será indicado no texto para o leitor: hoje, no dia seguinte, amanhã à tarde etc.)

g) Haverá diálogos?

( ) Sim.

( ) Não.

h) Qual é o tipo de narrador?

( ) narrador-personagem.
( )narrador-observador.
( ) narrador-onisciente.

i) Será narrado em:

( ) 1ª pessoa.

( ) 3ª pessoa.

4. Agora, planejem a estrutura da narrativa. Descrevam, no quadro copiado no caderno, os momentos da narrativa. Utilizem as informações e os fatos que pesquisaram nos verbetes para compor a estrutura.

Ícone modelo
Estrutura da narrativa (enredo)

Introdução
(situação inicial)

Desenvolvimento
(surgimento do conflito)

Clímax
(momento de maior tensão)

Desfecho ou final
(solução do conflito)

  1. Definam o protagonista e os personagens secundários. No planejamento, aproveitem para detalhar os personagens com suas características e personalidades.
  2. Agora é o momento de pôr a mão na massa! Escrevam a narrativa em uma folha à parte.
    1. Organizem o texto em parágrafos e utilizem os sinais de pontuação adequados.
    2. Criem um título para a narrativa de aventura.
  3. Com o primeiro esboço pronto, troquem o texto com outra dupla para fazer a revisão. Façam, em uma folha à parte, uma pauta de revisão como a do modelo da página 35.
  4. Revejam o que foi indicado pelos colegas e façam os ajustes necessários.
  5. Passem a narrativa a limpo, se possível, usando um editor e processador de texto. Para isso, peçam ajuda a um adulto. Separem as narrativas que utilizarão na seção “Vamos compartilhar”.
  6. Para finalizar, organizem todos os verbetes pesquisados em uma enciclopédia da turma, que será utilizada como fonte de pesquisa para a seção “O que aprendi”.

Para ampliar

róbim udi e outras histórias de aventura para crianças. Quarto Editora, 2016.

As páginas desse livro, ricamente ilustradas, contam as aventuras emocionantes de personagens clássicos da literatura, como róbim udi, o cientista Pierre Aronnax, Tom Sóier e Robinson Crusoé.

Capa de livro. À esquerda, homem de cabelos castanhos, roupa de mangas compridas em verde, capa bege sobre as costas e segura na mão direita arco e flecha. Mais abaixo, uma ave similar a gaivota de penas brancas, bico amarelo e asas pretas. Abaixo, um menino de cabelos castanhos, de blusa de mangas compridas em marrom, calça azul e chapéu sobre a cabeça em bege, com as mãos sobre o chão. Perto dele, um saco de cor bege. À direita, um homem visto parcialmente de blusa de mangas compridas em branco, colete, calça e sapatos marrons, segurando na mão direita, uma arma longa marrom. Ao fundo, em azul-claro e acima, título do livro.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

1. Em uma folha à parte, faça uma nuvem de palavras com todos os conteúdos que você aprendeu nesta unidade.

Você pode construir sua própria nuvem de palavras ou utilizar um programa digital para elaborá-la. Para isso, peça a ajuda de um adulto. Veja o exemplo dado.

Nuvem de palavras. Palavras coloridas, uma perto da outra: Samba, Maiara, Açaí, Pilar, Breno, Amazonas, Verbete, Barco, Aventura, Enciclopédia, Rio.

2. Leia este trecho da narrativa de aventura de Pilar e responda às questões.

— Mas, como é esse tal de mar?, quis saber Maiara.

Foi então que compreendemos que ela nunca tinha visto o mar e começamos a contar:

— É salgado!

— É verde!

— É azul!

— Tem ondas enormes com espuma muito branca!

— Salgado com espuma branca? Preciso conhecer, preciso muito!, disse Maiara, abrindo um sorriso enorme.

Enquanto ela queria conhecer o mar, eu precisava entender mais sobre os rios.

Fotografia. Vista geral de praia de água em marrom, com ondas à direita. Pela água, uma pessoa em pé sobre uma prancha vermelha. A pessoa usa camiseta em cinza e bermuda preta, com o corpo para a esquerda.
A pororoca consiste no encontro das águas do rio com as águas do mar. Essa palavra vem da língua tupi e significa “estrondo”. O fenômeno acontece naturalmente e está, diretamente, relacionado às fases da lua. Rio Amazonas, 2022.
Você já viu o mar? Como o descreveria para Maiara?
  1. Você já sabe que a maioria dos rios deságua no mar. Alguns rios volumosos, como o Amazonas, ao entrarem em contato com o oceano, provocam um fenômeno chamado pororoca. Você já ouviu falar nesse fenômeno? Em caso positivo, como e quando ele ocorre? Se não souber, faça uma pesquisa.
  2. Quais são os principais elementos que formam uma narrativa de aventura?

5. Leia mais um trecho de As viagens de gúliver para responder às atividades de 6 a 8.

Confesso que quando me levantei e olhei em volta, nunca tinha visto nada mais engraçado: o país parecia um jardim. Os campos fechados, geralmente com cêrca de doze metros quadrados, eram iguais a canteiros de flores. Neles, as árvores mais altas tinham aproximadamente um metro e meio de altura. À minha esquerda estava a cidade, que parecia mais um cenário de teatro de bonecos.

reticências

À medida que as notícias a meu respeito se espalhavam pelo reino, um número cada vez mais prodigioso de pessoas ricas, ociosas e curiosas chegava para me ver. Por esse motivo, boa parte das aldeias ficou praticamente vazia. Isso resultou em um grande descaso com a lavoura e os assuntos domésticos daquele reino. Tudo poderia ter sido pior se sua majestade imperial não tivesse atuado, por meio de várias proclamações e ordens de Estado, contra esse inconveniente. Ele ordenou que aqueles que já haviam me visto retornassem para suas casas. Só podiam chegar a menos cinquenta metros de minha casa aqueles que possuíssem licença do tribunal. reticências

Swift, Djônatan. Viagens de gúliver. Edição bilíngue. Tradução Renato rósquel. São Paulo: Sésqui, Instituto Mojo, 2019. página 36, 41 e 42.

  1. O que chamou a atenção do narrador ao chegar ao país em questão?
  2. Por que o reino passa a ter dificuldades após a chegada do narrador?
  3. Observe o seguinte trecho.

Isso resultou em um grande descaso com a lavoura e os assuntos domésticos daquele reino. Tudo poderia ter sido pior se sua majestade imperial não tivesse atuado, por meio de várias proclamações e ordens de Estado, contra esse inconveniente. Ele ordenou que aqueles que já haviam me visto retornassem para suas casas.

  1. Quais elementos do texto os trechos destacados retomam?
  2. No caderno, reescreva o parágrafo substituindo os trechos destacados por outros que também contribuam para a coesão do fragmento.
Versão adaptada acessível

Atividade 8, itens a, b.

  1. Quais elementos do texto os trechos "isso", "tudo", "esse inconveniente", "ele" e "aqueles" retomam?
  2. No caderno, reescreva o parágrafo substituindo esses trechos por outros que também contribuam para a coesão do fragmento.

VAMOS COMPARTILHAR

Aventuras recontadas

Você vai reler a narrativa de aventura que escreveu e recontá-la aos colegas. Prepare-se para essa aventura!

Preparação para contar a história

1. Leia a narrativa mais de uma vez para guardar bem os acontecimentos. O professor vai marcar o dia das apresentações.

Fotografia. Vista geral de uma sala, com uma mesa grande ao centro em marrom e com crianças ao redor, sentadas, com os braços sobre a mesa. Na ponta da direita, um homem sentado sobre a mesa, de cabelos escuros, de camisa de cor branca e calça em cinza e cinto em marrom-escuro. Em segundo plano, à esquerda, parede em azul e cartazes e à direita, janelas grandes.
Após combinar a data com o professor e os colegas, planeje os momentos para ler e se preparar para a contação de história.

2. Anote, resumidamente, os tópicos de desenvolvimento da narrativa em uma folha à parte para que você possa segui-los durante a apresentação.

Esquema. Textos enumerados em retângulos coloridos.  01 – Título da narrativa e nome do autor  02 – Início da narrativa  03 – Surgimento do conflito  04 – Desenvolvimento do conflito (enredo)  05 – Momento de maior tensão da história  06 – Desfecho ou solução do conflito

3. Ensaie e preste atenção a alguns detalhes, como:

  1. a empostação da voz, para que seja audível a todos;
  2. os gestos e as expressões corporais e faciais;
  3. o uso de tons de voz diferentes, ou mesmo vozes diferentes, no caso de haver diálogos, para deixar a narração mais envolvente e divertida.

Contando a história

4. No dia da apresentação, fique tranquilo. Lembre-se de que você leu a história e se preparou para contá-la. Tudo vai dar certo!

  1. Ao contar a história, dirija-se a todos da plateia. Não fixe o olhar em apenas uma ou duas pessoas.
  2. Articule bem as palavras para que sejam compreendidas pelos ouvintes.
  3. Use os tópicos que você preparou como apoio, mas não fique lendo-os. Inicie dizendo qual é o título do conto e que ele é de sua autoria.

Avaliando a contação

8. Avalie, no caderno, as apresentações usando a escala muito ruim, ruim, mais ou menos, bom e muito bom. Você pode traçar um quadro como o do modelo a seguir.

Avaliação individual

a. Como foi a minha apresentação da narrativa de aventura?

Imagem dos seguintes emojis: muito triste; triste; neutro; feliz; muito feliz.

b. Como foi a apresentação dos colegas?

Imagem dos seguintes emojis: muito triste; triste; neutro; feliz; muito feliz.

c. Como avalio o evento em geral?

Imagem dos seguintes emojis: muito triste; triste; neutro; feliz; muito feliz.

9. Formem uma roda e conversem sobre as narrativas apresentadas, o gênero narrativa de aventura e a apresentação de vocês.

Enquete para escolha da narrativa

  1. Façam uma enquete entre os colegas para saber as narrativas de que mais gostaram e por quê. Lembrem-se de que o objetivo era produzir uma narrativa de aventura como se fosse a próxima aventura com Pilar e os amigos.
  2. Após a enquete, escolham uma das narrativas entre as melhores. Com a ajuda do professor, encaminhem a narrativa escolhida à autora Flávia Lins e Silva, pelo e-mail de contato diariodepilar@gmail.com.
    1. No mesmo e-mail, escrevam uma carta contando o que leram e do que mais gostaram sobre as aventuras de Pilar.
    2. Contem também como foi o processo de produção e escolha da narrativa de aventura de vocês.
    3. Finalizem a carta se despedindo da autora e solicitando que ela dê sua opinião sobre a aventura.

Para ampliar

Para conhecer mais livros da autora Flávia Lins e Silva, acesse o link: https://oeds.link/Efn1LI. Acesso em: 12 maio 2022.

Glossário

cumbuca
: recipiente fabricado com a casca do fruto da cuieira, usado como utensílio doméstico por indígenas e caboclos para conter água ou qualquer outro líquido. O mesmo que cuia. O termo pode ser usado para outros recipientes que tenham o mesmo formato.
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bicolor
: que apresenta duas cores; bicolorido.
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proa
: a parte dianteira de um navio, oposta à popa.
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palafita
: conjunto de estacas que sustentam habitações construídas sobre a água. Habitação construída sobre estacas na água.
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exoesqueleto
: esqueleto externo que tem a função de sustentar e proteger certos animais.
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