UNIDADE 8 O ofício do poema à ! agá quê
Nesta unidade, vamos explorar poemas e histórias em quadrinhos. Acompanhem essa trajetória, organizada em quatro etapas que se relacionam.
EU SEI
O que são poemas e agá quê?
Explorar e pesquisar poetas e cartunistas que se destacam no cenário brasileiro.
EU VOU APRENDER
Capítulo 1 – Poema
Compreender as características dos poemas, sua estrutura e métrica.
Capítulo 2 – História em quadrinhos
Compreender a estrutura da agá quê, gênero textual que se caracteriza pelo uso de linguagem verbal e não verbal.
EU APRENDI!
Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua, sistematização e ampliação da aprendizagem.
VAMOS COMPARTILHAR
Feira do livro
Planejar e produzir uma feira do livro, na qual serão expostos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, e participar de avaliação coletiva.
EU SEI
O que são poemas e agá quê?
Ao ler um poema, principalmente em voz alta, conseguimos perceber as escolhas das palavras feitas pelo poeta para criar o ritmo e a melodia do texto. Ou seja, um poema não reúne apenas letras e palavras: ele também tem sonoridade.
- Você conhece algum poema ou tem um favorito? Se sim, recite-o para os colegas.
- Observe as imagens a seguir. Você conhece alguma ou algumas dessas pessoas? O que elas têm em comum?
- Forme um grupo com alguns colegas. Cada grupo será responsável por pesquisar um desses autores para conhecer um pouco de sua vida e obra.
- Terminada a pesquisa, compartilhem suas descobertas com os demais grupos.
História em quadrinhos – ou agá quê – é o gênero utilizado para narrar histórias por meio de desenhos e textos em sequência. Apresenta os elementos básicos das narrativas: enredo, personagens, tempo e lugar.
Nas agá quês, em geral, o texto verbal vem dentro de balões.
- Você costuma ler histórias em quadrinhos? Se sim, quais?
- Você tem um personagem de agá quê favorito? Conte aos colegas.
- As imagens referem-se a cartunistas brasileiros voltados para o público infantojuvenil. O que você sabe sobre cada um deles?
6. Você e um colega vão fazer uma pesquisa sobre um cartunistas e expor os achados por meio de um pequeno cartaz, com as informações mais relevantes.
▶ Comparem seu cartaz com os cartazes das outras duplas, apontando semelhanças e diferenças.
EU VOU APRENDER Capítulo 1
Poema
Responda às questões no caderno.
- Você já ouviu falar em Sérgio Capparelli ou leu algum poema dele? Se sim, conte aos colegas.
- Leia as informações que a Editora Projeto publicou sobre o autor, com uma pequena entrevista.
Sérgio Capparelli
Escritor
Cidade em que nasceu: Uberlândia, Minas Gerais.
Cidade onde mora: Parte do ano em San Vito al Talhiamento, no norte da Itália, parte em São Paulo, capital.
Data de nascimento: onze de julho de mil novecentos e quarenta e sete.
Livros que escreveu para a Projeto: A árvore que dava sorvete, 1999, e A lua dentro do coco, 2010. Tem participação nos livros Poesia fóra da estante, 1995, e Balaio de ideias, 2007.
Primeiro livro publicado/ano: 1973.
reticências
Como você trabalha/qual sua rotina?
No cotidiano, não tenho uma rotina ao escrever. A não ser em meio a um trabalho. Nesse caso escrevo de manhã. Na medida em que me jógo, passo a trabalhar dez, às vezes quinze horas por dia. Com frequência, a essas longas jornadas soma-se o fato de acordar de repente, no meio da noite, e escrever até o nascer do dia. Parece caos, mas não é. Ou melhor, é um caos organizado, com objetivos muito claros. Depois de tudo, a calmaria: momentos em que sobra tempo, mas não tenho o que escrever, momentos que falta tempo, mas sobram ideias.
Trabalha em outra área além dos livros?
Atualmente não. Durante muito tempo fui professor universitário. Estou aposentado. Disponho do tempo como me apetece.
EDITORA PROJETO. Sérgio Capparelli. Autores, Porto Alegre, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/KCMwCv. Acesso em: 27 maio 2022.
3. Leia silenciosamente este poema de Sérgio Capparelli. Depois, faça uma leitura compartilhada com os colegas.
O trabalho e o lavrador
O que disse o pão ao padeiro?
Antes de pão, eu fui farinha,
Farinha que o moinho moía
Debaixo do olhar do moleiro.
O que disse a farinha ao moleiro?
Um dia fui grão de trigo
Que o lavrador ia colhendo
E empilhando no celeiro.
O que disse o grão ao lavrador?
Antes do trigo, fui semente,
Que tuas mãos semearam
Até que me fizesse em flor.
O que disse o lavrador às suas mãos?
Com vocês, lavro essa terra,
Semeio o trigo, colho o grão,
Moo a farinha e faço o pão.
E a isso tudo eu chamo trabalho.
CAPPARELLI, Sérgio. O trabalho e o lavrador. In: CAPPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crianças. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 2019. página 22.
Para ampliar
111 poemas para crianças. Sérgio Capparelli. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 2019.
Para comemorar vinte anos da publicação de seu primeiro livro de poemas infantis, Boi da cara preta, Sérgio Capparelli reuniu nesse livro os 111 poemas para crianças que considera suas melhores produções. Todos os poemas são ilustrados por Ana Cláudia Gruzínsqui.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- Escreva estas informações sobre o poema lido.
- Título.
- Nome do autor.
- Nome da obra que traz o poema.
- Do que o poema trata?
- Você desconhece alguma palavra do poema? Em caso positivo, procure no dicionário o significado que mais se adequa ao contexto.
Vamos relembrar? Verso: cada uma das linhas de um poema. Estrofe: conjunto de versos. Entre as estrofes há um espaço maior do que entre os versos.
- Como o poema é dividido?
- Quantos versos ele apresenta?
- Quantas estrofes há no total?
- Liste os elementos e os profissionais envolvidos em cada etapa da produção do pão.
- Para você, qual mensagem o poema transmite?
- Na sua opinião, como a disposição das questões pode ajudar na compreensão do poema?
- No poema, que verso representa explicitamente a voz do eu lírico?
- Observe a imagem que ilustra o poema.
- O que ela representa?
- Como ela foi formada?
- Na sua opinião, qual foi a intenção do autor ao usar essa imagem para ilustrar o poema?
10. Releia o poema em voz baixa, percebendo as rimas.
- Copie as palavras do poema que rimam.
- Destaque as letras que compõem as rimas. Onde elas estão nas palavras?
- Em que versos as rimas aparecem?
11. Releia este verso e responda às questões.
O que disse o lavrador às suas mãos?
Com vocês, lavro essa terra,
Semeio o trigo, colho o grão,
Moo a farinha e faço o pão.
- No que esse verso se destaca dos demais no poema?
- Na sua opinião, por que o autor dá tanto destaque às mãos? Explique.
12. Observe esta obra de arte de Candido Portinari.
- Na sua opinião, a obra tem alguma relação com o poema de Sérgio Capparelli? Explique.
- Observe a pintura e descreva os elementos que chamam a sua atenção.
- Na sua opinião, qual foi a intenção do pintor ao representar a obra?
13. Agora, observe a releitura da obra de arte feita por Mauricio de Sousa.
- O que está representado no quadro? Quem é esse personagem?
- Por que o cartunista escolheu o personagem Chico Bento?
- Na sua opinião, qual foi a intenção de Mauricio de Sousa em fazer esse quadro?
14. Reflita, com os colegas e o professor, sobre o poema e os dois quadros e como eles se relacionam com o trabalho e as condições de vida do trabalhador rural brasileiro.
▶ Seria interessante pesquisar um pouco mais as condições de trabalho do lavrador brasileiro para apoiar a discussão.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Figuras de linguagem
Responda às questões no caderno.
1. Observe o cartaz.
govêrno Municipal lança nova campanha para uso de máscara e cuidados contra covíd-19. Prefeitura Municipal de Águas Frias, Águas Frias, 1º julho2020.
- Embora não se mencione no cartaz diretamente quem é o alvo da batalha, é possível identificá-lo. Quem é ele? Justifique sua resposta com elementos do cartaz.
- Qual é o objetivo dessa campanha? Como você chegou a essa conclusão, já que a parte verbal do cartaz não faz nenhum apelo diretamente ao público?
- A palavra “batalha” foi utilizada no sentido literal ou no sentido figurado? Por quê?
- Com que objetivo o autor do cartaz teria utilizado a palavra nesse sentido?
Quando utilizamos uma palavra em seu sentido principal ou convencional, dizemos que ela está em sentido literal. Nesse caso, ocorre denotação. Quando utilizamos uma palavra em sentido diferente do convencional, dizemos que ela está em sentido figurado. Nesse caso, ocorre conotação. As figuras de linguagem são fórmas de explorar o sentido conotativo de palavras ou expressões.
2. Leiam o poema e respondam às questões no caderno.
Cavalo branco
No meu sonho tinha um cavalo,
cavalo branco, que nem marfim,
ele corria na noite clara,
louco, na noite sem fim.
No meu sonho tinha um cavalo,
cavalo branco, que nem marfim,
por gineteglossário , o vento leste,
e legiões de querubins.
No meu sonho tinha um cavalo,
cavalo branco, que nem marfim,
cheirava à macegaglossário branda,
triturada com alecrim.
No meu sonho tinha um cavalo,
cavalo branco, que nem marfim,
fremiaglossário em um buçalglossário de prata,
a galope dentro de mim.
CAPPARELLI, Sérgio. Cavalo branco. : CAPPARELLI, Sérgio. Poemas para jovens inquietos: manual do professor. primeira edição Porto Alegre: Buqui, 2021. página 18.
- Do que trata o poema?
- Como o eu lírico descreve o cavalo?
- Nessa descrição, a que o eu lírico compara a cor do cavalo? ▶ Identifique no poema o verso em que essa comparação ocorre.
- Na sua opinião, por que os dois primeiros versos de cada estrofe se repetem ao longo de todo o poema?
A comparação é uma figura de linguagem que estabelece uma relação de semelhança entre dois elementos. Por meio dela, atribuímos características de um desses elementos ao outro.
3. Leiam a seguinte tirinha.
BECK, Alexandre. Armandinho. [ sem local], 27 março 2017. Tumblr: tirasarmandinho. Disponível em: https://oeds.link/hBYZnR. Acesso em: 14 julho 2022.
- Vocês sabem o que são indicadores ambientais? Caso não saibam, peçam auxílio ao professor.
- Como Armandinho justifica a afirmação feita no primeiro quadrinho?
- Considerando essa fala de Armandinho, podemos dizer que o pai se convenceu do argumento usado pelo garoto?
- Ao afirmar que os anfíbios são indicadores ambientais, Armandinho faz uma comparação direta ou indireta? Por quê?
A metáfora é uma figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra com sentido diferente do seu significado mais comum. Esse processo resulta de uma comparação indireta entre determinadas características presentes em dois elementos, uma relação de semelhança entre dois elementos.
4. Observem este outro cartaz.
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CURITIBA. SISMUC lança campanha “A Saúde pede socorro”. Curitiba: Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba, 18 fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/EiKTRq. Acesso em: 3 junho 2022.
- Qual é o objetivo desse cartaz?
- Como vocês chegaram a essa conclusão?
- Na frase principal do cartaz, há uma expressão utilizada para sensibilizar o público. Qual é essa expressão?
- De que maneira essa expressão auxilia no objetivo do cartaz e, consequentemente, da campanha?
- O ato de pedir socorro é algo relacionado aos seres humanos. No cartaz, porém, essa expressão é utilizada em relação à “Saúde”. Que efeito de sentido esse uso produz em relação à mensagem veiculada?
A personificação, também chamada de prosopopeia, é uma figura de linguagem que consiste em atribuir a seres inanimados características próprias de seres animados. Além disso, pode atribuir características humanas a seres não humanos.
5. As frases de para-choque de caminhão são conhecidas por trazerem reflexões sobre diversos temas. Muitas vezes, elas apresentam figuras de linguagem, pois esse recurso contribui para aumentar a expressividade dos enunciados. Vejam estas duas frases.
▶ Discuta com o colega o significado de cada uma dessas frases e identifique a figura de linguagem predominante nelas.ORTOGRAFIA
Palavras derivadas, prefixos e sufixos
Responda às questões no caderno.
1. Leia a tirinha.
DOURADO Rafael. Sapo bróders. Disponível em: https://oeds.link/b9YGfW. Acesso em: 9 julho 2022.
- O que leva o amigo de Minja a fazer a pergunta do primeiro quadrinho?
- O que a resposta de Minja revela?
- O que gera o humor na tirinha?
O substantivo “República”, que aparece na tirinha, é uma palavra primitiva, ou seja, que dá origem a outras palavras, como republicano. Já o verbo “republicar” é uma palavra originada do verbo “publicar”, ou seja, é uma palavra derivada. A derivação é um processo que fórma palavras novas a partir de uma palavra já existente.
No caso da palavra “republicar”, houve acréscimo da partícula re-, que, no contexto, indica repetição. Essa partícula é denominada prefixo. Se considerarmos o verbo “publicar”, ele poderia se transformar em um substantivo, por meio do acréscimo da partícula -ção, dando origem à palavra “publicação”. Essa partícula recebe o nome de sufixo. Na derivação prefixal, surge uma palavra nova por meio do acréscimo de prefixo à palavra primitiva. Na derivação sufixal, surge uma palavra nova por meio de acréscimo de sufixo à palavra primitiva.
2. Forme outras palavras utilizando o prefixo re- e o sufixo -ção. Siga o modelo seguinte.
Palavra primitiva: fazer.
Sufixo: re-
Palavra derivada: refazer.
Palavra primitiva: reparar
Sufixo: -ção
Palavra derivada: reparação.
Em alguns casos, um mesmo prefixo ou sufixo pode ter significados complementares ou até mesmo diferentes. O sufixo -oso, por exemplo, pode dar a ideia de quantidade ou de presença. Já o prefixo in- pode indicar, além de negação, a ideia de falta, inclusão ou movimento para dentro.
Além disso, alguns prefixos e sufixos podem gerar dúvidas quanto à escrita, sobretudo aqueles que têm pronúncia igual em algumas situações. Por exemplo: en- ou in-, -ês ou -ez.
O prefixo en- indica introdução, mudança de estado etcétera: enriquecer. O sufixo -ês é utilizado para formar adjetivos a partir de substantivos: Portugal – português. O mesmo vale para o feminino desses adjetivos: portuguesa. Por fim, o sufixo -ez é utilizado para formar substantivos a partir de adjetivos: polido – polidez. O mesmo vale para palavras no feminino: áspero – aspereza.
3. Escreva no caderno as palavras a seguir, completando-as com um dos prefixos e sufixos indicados nos quadros.
in- en- -oso -ês -esa -ez -eza
EU VOU APRENDER Capítulo 2
História em quadrinhos
- Como você escolhe o que vai comprar? Conte aos colegas.
- Leia a agá quê a seguir, em que a Mônica e a Magali estão em uma loja.
SOUSA, Mauricio de. Turma da Mônica: Revistas especiais, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/dmRTf7. Acesso em: 27 maio 2022.
- Imagine que você recebeu algum dinheiro e um dos seus familiares quer saber o que você vai fazer com ele. Escolha uma das atitudes e explique aos colegas o porquê dessa decisão.
- Poupar o dinheiro.
- Gastar o dinheiro de imediato.
- Planejar como gastar o dinheiro a médio prazo.
- Agora, leia a agá quê do Cascão indo às compras com o pai.
SOUSA, Mauricio de. Turma da Mônica: Revistas especiais, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/dmRTf7. Acesso em: 27 maio 2022.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- Qual é o assunto dessas duas histórias em quadrinhos?
- Releia a primeira agá quê apresentada.
- O que a Mônica e a Magali estão fazendo?
- Elas compraram algum brinquedo?
- Copie as falas do quadrinho que explica o que elas estão fazendo.
- Explique com as suas palavras o que significa “pesquisar preços”.
- A Mônica e a Magali ainda pretendem comprar algum brinquedo? Identifique o quadrinho que explica a decisão delas.
- Releia a última fala da Magali. O que significa a expressão “mais em conta”?
- Que os preços da loja estão em uma conta.
- Que os preços da loja estão mais baixos que os de outras lojas.
- Que a vendedora da loja sabe fazer conta.
- Com essa atitude, a Mônica e a Magali demonstram que:
- são consumidoras conscientes.
- não se importam de pagar mais por um produto de que gostaram.
- Vamos agora analisar a agá quê do Cascão. O que ele e seu pai estão fazendo na loja?
- Qual foi a atitude do pai do Cascão na primeira loja?
- Entrar na loja e comprar o tênis de que o filho gostou.
- Dar o dinheiro para o Cascão comprar o tênis em qualquer loja.
- Dar meia-volta e ir para outra loja de calçados.
- Como podemos deduzir que o pai do Cascão deu meia-volta?
- Reproduza o argumento que explica por que o pai do Cascão não comprou na primeira loja. ▶ Releia a resposta do Cascão para o pai. O argumento utilizado por ele seria suficiente ou não para você comprar? Explique a sua resposta.
- Qual foi o conselho que o pai do Cascão deu a ele?
- Releia os dois últimos quadrinhos. Cascão finalmente encontrou um tênis!
- Que recursos não verbais reforçam a fala do personagem de que gostou do tênis novo?
- Eles compraram mais alguma coisa? Como você descobriu?
- Que mensagem você depreende desses quadrinhos?
12. Volte ao primeiro quadrinho das duas agá quês e descubra o slogan das histórias.
- Que mensagem ele transmite?
- Crie um novo slogan para essas histórias. Depois, compartilhe-o com os colegas.
Educação financeira
- Quais destes ditados podem ser relacionados ao uso consciente do dinheiro? Converse com os colegas.
- De grão em grão, a galinha enche o papo.
- Quem come e guarda, duas vezes põe a mesa.
- Não conte com o ovo dentro da galinha.
- Quem tem cem, mas deve cem, pouco tem.
- Escolha um dos ditados e explique por escrito como ele se relaciona com o uso consciente do dinheiro.
- Mostre sua explicação a um colega e leia a que ele escreveu. Verifiquem se vocês concordam ou não com o argumento da explicação dada por cada um.
- Agora, compartilhe com os colegas e o professor.
- Pesquise como cada colega administra o seu dinheiro e quais atitudes costuma ter ao comprar. Siga as orientações do professor.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Polissemia, homonímia, sinonímia e antonímia
Responda às questões no caderno.
1. Leia o poema para responder às questões.
O cobrador
A cobra foi cobrar as contas
Que ela tinha de cobrar.
Eram tantas, tantas contas,
Todas contas de um colar.
Mas para cobrar essas contas,
As contas tinha de contar.
Contas e contas contou,
Nenhuma sem descontar.
E bem tonta, afinal de contas,
A cobra começou a errar.
Contava errado, descontava,
Contava de novo, somava.
E então, como num conto,
Rompeu-se o fio do colar.
E as contas todas, de repente,
Caíram, sem conta, a rolar.
E a cobra, assim, tonta, tonta,
Tonta, tonta, se pôs a chorar.
CAPPARELLI, Sérgio. O cobrador. : CAPPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crianças. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 2019. página 99.
- De acordo com o texto, o que teria levado a cobra a chorar?
- O autor faz um jôgo com a palavra “conta”, aproveitando que ela tem mais de um significado. Quais significados dessa palavra são trabalhados no poema?
Uma mesma palavra pode ter diferentes significados, tal como vimos no poema. A esse fenômeno damos o nome de polissemia.
- Partindo dessa definição, cite outras palavras polissêmicas que você conhece.
- Observe este cartaz.
QUEM requer maior cuidado no trânsito? Respeite os pedestres, ciclistas e motoqueiros. Prefeitura de Itajaí, Itajaí, 22 setembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/4St4hY. Acesso em: 4 junho 2022.
- Qual é o objetivo do cartaz?
- Como podemos saber a quem se referem os termos “maiores” e “menores” citados na parte superior do cartaz?
- Nesse contexto, as palavras “maiores” e “menores” estabelecem que relação de significado?
Os antônimos são palavras que, em determinado contexto, expressam significados opostos. Já os sinônimos são palavras de sentido aproximado que, em determinado contexto, podem ser substituídas umas pelas outras.
- Indique um sinônimo para o verbo “cuidar” utilizado no cartaz da atividade 3.
- Leia a tirinha.
BECK, Alexandre. Armandinho, Santa Maria, 4 dezembro 2015. Facebook: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/0EgH7d. Acesso em: 4 junho 2022.
- Qual é o humor da tirinha?
- Leia as palavras “cestas” e “sextas” em voz alta. Elas apresentam alguma diferença na pronúncia?
6. As palavras destacadas na atividade anterior são homônimas? Como elas se classificam?
VOCÊ É O AUTOR!
Poema visual
- Você sabe ou imagina o que é um poema visual? O que pode haver de diferente nesse poema?
- Você conhece algum poema visual? Em caso afirmativo, qual?
- Observe um poema visual de Sérgio Capparelli.
CAPPARELLI, Sérgio; Gruzínsqui, Ana Cláudia. O trapézio e o trapezista. In: CAPPARELLI, Sérgio; Gruzínsqui, Ana Cláudia. A casa de Euclides: elementos de geometria poética. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 2013. página 41.
A poesia visual explora a criação de imagens nos poemas, priorizando o efeito visual por meio da disposição de letras e palavras na página, entre outros elementos, como uso de cores. Em um poema visual, imagem e linguagem verbal se complementam para a criação dos sentidos do texto.
Escolha do tema
- Agora, o poeta será você! Selecione um ofício ou uma profissão do seu interesse para criar seu poema visual.
- Escreva uma lista de palavras que se relacionam com o tema. Não esqueça que algumas palavras podem rimar.
Seleção de imagens
6. Escolha imagens em livros, revistas ou sites que combinam com o tema escolhido.
- Selecione, entre as imagens escolhidas, aquelas que melhor representam o ofício.
- Pense em movimentos e sons que se relacionam ao tema.
- A partir daí, combine a imagem, a repetição do movimento ou do som e algumas das palavras que rimam. Deixe a criatividade ajudar nesse trabalho, no qual a linguagem se apoia na imagem, na sonoridade e na rima.
Escrita do poema visual
- Escreva seu poema visual em uma folha à parte e verifique alguns pontos.
- Escreveu todas as palavras de fórma adequada e respeitando a estrutura da imagem escolhida?
- Organizou o texto com o formato gráfico de acordo com a escolha do tema?
- A imagem e o texto do poema visual estão relacionados com o tema que você escolheu?
- Reescreva ou acrescente o que achar necessário.
Preparo da apresentação
9. Você e os colegas vão organizar uma apresentação dos poemas visuais para outra turma da escola. Combinem com o professor o dia da exposição e quem será convidado.
a) Lembre-se de providenciar uma cópia com a imagem do poema para expor no dia da apresentação.
Apresentação
10. Na exposição, apresente o seu poema visual para os convidados e explique o tema que escolheu.
ORALIDADE
Sarau poético
1. Com os colegas, façam uma leitura coletiva do poema de José De Nicola. Cuidem da entonação da voz e do ritmo para recitar o poema de fórma expressiva.
Ofícios
Andando um dia pela mata
me surpreendi com a bicharada [agitada.
Cada um fazia um comício
em defesa de seu ofício:
“Marceneiro ou carpinteiro
para mim é tudo igual”
– diz o ocupado Pica-pau –
“trabalho bem qualquer madeira.”
(Mas desconfio que, de verdade,
a sua especialidade
é só fazer peneira!)
“Eu faço buraco sem fim,
fininho, fininho assim!”
– grita, coberto de pó, o Cupim.
“Construo o meu próprio teto,
sou pedreiro e arquiteto.
Minha casa é redonda
e não tem janela
mas a porta está sempre aberta.
E mais: nela não se passa fome”
avisa o João-de-barro
transportando a matéria-prima
na cor,
no bico,
no nome.
“Aproveito a noite sem sono
e protejo a mata em seu abandono.
Enquanto todos dormem,
sou guarda-noturno:
fico de ôlho no fogo,
na bruxa
e, principalmente, no bicho-homem”
– fala, cansada, a Coruja.
E assim, todos fazem seu comício.
Menos um.
Pendurado em um canto,
paralisado como que por encanto,
um bicho tem ofício
muito estranho:
só enche a linguiça
esse danado do
Bicho-preguiça.
DE NICOLA, José. Ofícios. : DE NICOLA, José. Entre ecos e outros trecos. São Paulo: Moderna, 2002. página 38-39.
Organização do sarau
- Que tal organizar a apresentação do sarau com os colegas e o professor? Para isso, conversem sobre os seguintes itens:
- quem serão os convidados e como será feito o convite;
- o dia, o horário e o local do sarau;
- a disposição das cadeiras no local (em círculo ou semicírculo, por exemplo);
- o material necessário para realizar o sarau;
- a divisão das tarefas na organização e no dia do evento;
- a ordem de apresentação dos poemas;
- quem fará a introdução e o fechamento do sarau.
Escolha o seu poema
3. Agora, é hora de escolher alguns poemas para recitar. Com a turma e o professor, visite a biblioteca.
- Folheie os livros de poemas disponíveis e leia alguns.
- Escolha aquele de que você gostou mais. Se ficar na dúvida entre dois ou três, observe qual deles transmite a mensagem ou os sentimentos que você quer passar aos convidados.
Ensaio
4. Para recitar o poema, você precisa ensaiar. No sarau, você não deve ler o poema, por isso o ensaio é importante.
- Escreva o poema em uma folha à parte para a apresentação. Lembre-se: é apenas um apoio, não é para ler.
- Durante o ensaio, observe a entonação, a postura, a interpretação e o ritmo mais adequados para recitar o poema que você escolheu.
- Use um tom de voz audível a todos.
- Articule bem as palavras.
- Preste atenção em seus gestos e suas expressões faciais e corporais.
Se todos recitarem, revezem-se nas tarefas de ensaiar e orientar os ensaios, fazendo observações e dando sugestões.
5. Quando estiver recitando o poema, olhe para todos da plateia e não apenas para uma pessoa ou um lugar. ▶ Recite o poema da maneira mais natural possível, lembrando que você estará ao mesmo tempo expressando sentimentos e emoções.
CLUBE DO LIVRO
Durante este bimestre trabalhamos com narrativa de aventura, com texto dramático, poemas e histórias em quadrinhos, encontrados em meios impressos e digitais.
Chegamos ao fim do último bimestre do ano! É hora de compartilhar com os colegas as informações e avaliações do livro que você leu. Retome a ficha de leitura que você preencheu, para ajudá-lo a relembrar os itens importantes.
Relembrar
- Traga para a escola o livro que você leu com a ficha de leitura preenchida. ▶ Se precisar, folheie o livro, releia alguns trechos, relembre os nomes dos personagens.
- Lembre-se de que logo mais vamos organizar uma feira do livro, na qual poderemos expor tudo o que lemos e produzimos ao longo do ano. Haverá também grupos apresentando esquetes, o sarau poético e a exposição dos poemas visuais.
Apresentar e avaliar
3. Junte-se a um colega e conte sobre o livro que leu. Faça um resumo do enredo, baseado na ficha de leitura e no esquete que criou para apresentá-lo.
- Caso considere interessante, mostre algumas imagens ou leia trechos para o colega, para exemplificar alguns aspectos da história.
- Ao final de sua exposição, dê sua opinião sobre o livro, explorando os pontos positivos e negativos.
- Em seguida, ouça atentamente o resumo do livro que o colega leu. Se quiser, faça notas e peça esclarecimentos para os trechos que não ficaram tão claros.
- Para concluir, crie uma avaliação para o livro que você leu e explique aos colegas se recomenda ou não a leitura e por quê. Faça um breve comentário com a sua opinião.
Lembrem-se de registrar o tempo de apresentação de cada esquete, para ajudar na organização do dia da apresentação.
Preparação da feira do livro
- Você criou o seu esquete de um trecho do livro que leu. Chegou o momento de ensaiar para apresentá-lo à comunidade escolar e aos familiares.
- Apresente-o aos colegas da turma, como se fosse o dia da feira.
- Depois, ouça os comentários e as contribuições dos colegas.
- Faça as melhorias que considerar necessárias.
- Combinem com o professor o dia e o local da escola em que a feira do livro será realizada.
- Criem o convite e cartazes para comunicar o evento à comunidade escolar e aos familiares.
- Façam uma lista do que será preciso providenciar, como:
- mesas, murais ou locais de exposição dos livros, das poesias visuais, dos cartazes de publicidade e dos materiais produzidos no clube do livro;
- espaço para o sarau poético e a apresentação dos esquetes, com cadeiras; pode ser na biblioteca ou em um local aberto, mas que tenha um ambiente agradável, propício para as apresentações;
- aparelho de som e microfones.
EU APRENDI!
Responda às questões no caderno.
1. Leia o poema “Macarronada”.
Macarronada
Macarrão, macarronada,
Nada
De tão bom, na panela,
Nela
A fome se consome,
Some
E depois se transforma,
fórma
Macarrão, macarronada.
CAPPARELLI, Sérgio. Macarronada. ín: CAPPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crianças. Porto Alegre: Ele e Pê ême, 2019. página 24.
- Qual é o assunto ou tema do poema?
- Observe os versos e copie as palavras que rimam.
- O que essas palavras têm em comum?
2. Observe as palavras seguintes e identifique a relação de derivação em cada dupla.
a)
macarrão – macarronada
b)
forma – transforma
c)
some – consome
- Quais são as características de uma história em quadrinhos?
- Costuma ter um título.
- As imagens dos personagens podem expressar emoções e as situações que estão vivendo.
- Os balões podem trazer textos, imagens e onomatopeias.
- Há a presença de recursos não verbais.
- Leia a tirinha.
WATTERSON, Bill. O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 maio 2022. Caderno 2, página C6.
- Para justificar o fato de ainda não ter uma ideia para sua história, Calvin se vale de uma comparação. Retire do texto o trecho em que essa figura de linguagem ocorre.
- Por que a tirinha é engraçada?
- A palavra “ligar”, utilizada no segundo quadrinho, é polissêmica. Com qual sentido ela foi utilizada nesse contexto? ▶ Qual outro significado dessa palavra você conhece?
5. Leia esta outra tirinha.
, Teivis . bóbi . Frenc end Érnest Estadão, São Paulo, 4 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/8KKlRu. Acesso em: 4 junho 2022.
- Onde se passa a situação retratada na tirinha?
- De que maneira a parte visual da tirinha se liga à reflexão de um dos personagens?
- Que relação as palavras “verdes” e “maduras” estabelecem entre si nesse contexto? Partindo dessa relação, como elas podem ser classificadas?
VAMOS COMPARTILHAR
Feira do livro
Organização
- Durante o bimestre, algumas atividades foram elaboradas para serem apresentadas no final do ano. São elas:
- O esquete do Clube do livro e todas as propostas desenvolvidas nele para uma exposição, como os livros lidos pela turma, as fichas de leitura, as resenhas críticas, os cartazes e outros materiais que considerarem interessantes.
- Os poemas visuais produzidos na seção Você é o autor!, para apresentarem e exporem na feira do livro.
- O sarau poético com os poemas que vocês escolheram para declamar, em uma leitura expressiva.
- Vocês trabalharam muito e agora poderão mostrar à comunidade escolar e aos familiares como progrediram durante o ano!
- Distribuam o convite e os cartazes que criaram para comunicar o evento à comunidade escolar e aos familiares.
- Durante a feira, tenham em mãos a programação das apresentações e a definição dos locais dos eventos para informar aos convidados.
Montagem da feira
5. Uma vez definidos os ambientes na escola para as exposições e apresentações, sigam estas orientações para a montagem da feira.
- Para expor os livros que vocês leram no decorrer do ano, utilizem um ambiente com mesas e/ou estantes. Pode ser um espaço da biblioteca, por exemplo.
- Para as apresentações dos esquetes e do sarau poético, o espaço deverá ter cadeiras para que as pessoas possam se acomodar.
- Verifiquem o funcionamento do aparelho de som e dos microfones.
6. Vamos organizar cada espaço pensando na sua funcionalidade e usos, começando pelo Clube do livro!
- Os materiais do Clube do livro são um convite para os colegas e familiares acompanharem toda a produção do ano e como compartilharam as leituras.
- Organizem as produções por bimestre, para mostrarem sua evolução e os gêneros textuais que foram explorados.
- Uma fórma de convidar as pessoas à leitura é criar um cantinho aconchegante para conhecer os livros que vocês leram, acompanhados das fichas de leitura, das resenhas críticas, dos cartazes publicitários.
Sarau poético
7. O espaço para o sarau poético pode ser o mesmo dos esquetes, mas façam uma ambientação diferente para cada apresentação, para o público compreender a diferença de clima!
- Se for possível, tragam para esse momento os livros de poesia que pesquisaram para escolher os poemas que vão declamar. Novamente, as pessoas podem ser convidadas a ler depois das apresentações.
- Para o sarau, fiquem atentos à entonação, à postura, à interpretação e ao ritmo mais adequado para recitar o poema.
- Levem a folha em que escreveram o poema para servir de apoio. Não é para ler!
- Recitem o poema da maneira mais natural possível, lembrando que vocês estarão ao mesmo tempo expressando sentimentos e emoções.
- Organizem no espaço as poesias visuais que vocês produziram. Não se esqueçam de identificar com etiquetas os nomes dos autores.
Relatos e avaliações
- Depois da feira do livro, chegou o momento de avaliar o evento.
- Relate aos colegas e ao professor como foi sua experiência. Avalie sua participação na organização e nas apresentações, apontando eventuais falhas e sucessos.
- Ouça o relato de experiência dos colegas, para saber se conseguiram apresentar o que prepararam.
- Conversem sobre como foi a participação da comunidade, bem como a reação da plateia.
- Para finalizar, apontem o que poderia ser melhorado em uma próxima ocasião. Quem sabe no 7º ano...
Glossário
- buçal
- : arreio colocado na cabeça e pescoço do cavalo.
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- fremir
- : fazer muito ruído; rugir.
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- ginete
- : cavaleiro que andava armado de lança e adaga.
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- macega
- : tipo de erva daninha que nasce em terras cultivadas.
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