UNIDADE 1  Contos e mais contos

UNIDADE 1

Contos e mais contos

Introdução

Esta unidade tem como foco os gêneros textuais contos indígenas e contos africanos, possibilitando a análise de sua estrutura; características; contexto de produção e circulação; produção textual e gênero oral. O contato com esses gêneros textuais proporciona o desenvolvimento das Competências Gerais e Específicas da Base Nacional Comum Curricular (BNCCBê êne cê cê), listadas a seguir.

A unidade propõe reflexão, análise e compreensão textual dos contos trabalhados para que os estudantes possam aprofundar e ampliar o conhecimento adquirido nas aulas. Enfatiza o trabalho dos substantivos, sejam eles comuns ou próprios, simples ou composto, biformes ou uniformes, primitivos ou derivados, concretos ou abstratos, coletivos, todos eles em suas formasfórmas plural ou singular, assim como em grau aumentativo ou diminutivo; e adjetivos, classificado por adjetivos simples, compostos, primitivos, derivados e pátrios. Na proposta de acentuação, os estudantes retomarão conceitos trabalhados em anos anteriores por meio da classificação das palavras em: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

No fim da unidade, os estudantes terão a oportunidade de compartilhar com a comunidade escolar os contos que escreveram por meio da contação de contos.

• Atividades preparatórias
• Para dar início à unidade, solicite previamente aos estudantes que pesquisem na internet, com ajuda de um adulto, ou em livros, um conto para trazer para a sala de aula.

Competências gerais da Educação Básica

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formasfórmas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

Temas Contemporâneos Transversais (TCTtê cê tê)

• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
• Diversidade cultural.

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

10. Redução das desigualdades.

• Atividades de desenvolvimento

• Peça aos estudantes que abram o livro e leiam apenas o título do texto, observando as imagens estampadas. Com base no que foi observado e por meio dos conhecimentos preadquiridos, incentive-os a comentar o que sabem sobre contos e quais são os contos que já conhecem.
• Em seguida, retorne para o livro indicando e questionando sobre o que acreditam ser cada uma das etapas que serão desenvolvidas na unidade, explicando o que trabalharão em cada uma delas.
• Proponha uma dinâmica para os estudantes compartilharem seus contos com os colegas, dividindo-os em pequenos grupos com três ou quatro participantes. Cada estudante deverá ler a sua história para os demais presentes no grupo. Concluída a leitura, peça a eles que discutam sobre as histórias que ouviram, com base em algumas perguntas, conforme sugestão:
  • Qual conto chamou mais sua atenção e por quê?
  • Qual é o tema desse conto?
  • As histórias apresentam muitos ou poucos personagens?

Eu sei

O que são contos?

• Atividades preparatórias

• Analise com a turma as imagens e pergunte aos estudantes se eles conhecem os contos ilustrados. Explore os conhecimentos prévios sobre os contos, selecione um dos textos que inspiraram os livros-escultura para ler e analisar em sala de aula com os estudantes.
• Juntos, observem a estrutura, composta de: introdução (apresentação dos personagens, do espaço, do tempo, do contexto da narrativa); desenvolvimento (surge o conflito e os personagens têm de tomar decisões para resolvê-lo); clímax (momento de maior tensão na narrativa); conclusão (ou desfecho, mostrando a solução do conflito).
• Comente também os elementos presentes em um conto: poucos personagens; narrador (narrador personagem, narrador observador e narrador onisciente); tempo (quando e em que período a narrativa transcorre); espaço (cenário explícito ou implícito); enredo (o que acontece na narrativa) e o conflito.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF69LP49ê éfe seis nove éle pê quatro nove

EF69LP54ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

1. Resposta pessoal.

2. Resposta pessoal.

• Atividades de desenvolvimento

2. Divida a turma em grupos com três a quatro estudantes, que juntos, compartilharão os contos que foram importantes para eles e deverão selecionar um conto por grupo, de preferência, evitando que o mesmo conto seja selecionado por dois ou mais grupos. Instrua os grupos a analisar seus contos para compreender a sua finalidade.
3. Leve os estudantes à biblioteca e/ou ao laboratório de informática para que pesquisem a origem do conto. Algumas informações que podem buscar são: quem escreveu o conto original, em que ano foi escrito, o autor do texto pertence a qual região, com base em que história o conto foi escrito, o conto contém diferentes versões ou adaptações? Existem filmes, peças teatrais ou canções baseadas nesse conto? Estimule os grupos a encontrar o maior número de informações possivel.
4. Os grupos deverão apresentar aos colegas e ao professor seus contos em sala de aula. Para isso, permita que os estudantes desenvolvam a criatividade para escolher a maneira de apresentar, seja por meio de cartaz, apresentações audiovisuais, slides, um breve teatro, entre outros.

1, 2 e 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu vou aprender

Conto indígena

• Atividades preparatórias

• Estas páginas permitem o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTtê cê tê) da BNCC: Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras e Diversidade cultural.
• Leia o texto introdutório sobre contos, presente no livro. Em seguida, desafie os estudantes a se lembrarem de um conto que contenha algumas das situações citadas no segundo parágrafo do texto.
• Juntos, observem a fotografia da mãe segurando o bebê e pergunte aos estudantes quais características desse povo indígena eles conseguem perceber por meio da imagem, quais são as sensações que ela gera. Sugira que criem uma história hipotética para o momento em que essa fotografia foi tirada.
• “O saber das avós”, um dos contos do livro Catando piolhos, contando histórias, foi escolhido para incentivar os estudantes a valorizar a literatura indígena e o ensinamento dos mais velhos, respeitando-os. Como colocado na resenha do PNLDpê êne éle dê Literário 2018, esse livro é uma “narrativa em tom híbrido entre os gêneros conto e memória que trata das recordações de um menino indígena que descreve as tradições de seu povo Mundurukumundurukú, as quais lhes foram transmitidas, através das narrativas orais, pelos mais velhos de sua tribo”.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF67LP27 ê éfe seis sete éle pê dois sete

EF67LP28 ê éfe seis sete éle pê dois oito

EF67LP37 ê éfe seis sete éle pê três sete

EF69LP44 ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

EF69LP47 ê éfe seis nove éle pê quatro sete

• Atividades de desenvolvimento

• Este capítulo permite o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTtê cê tê) da BNCCBê êne cê cê: Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras e Diversidade cultural.

1. Permita que todos contem as histórias indígenas que conhecem. Ajude-os a lembrar de algumas lendas, como a da criação do mundo.
2. Pergunte se os estudantes já conheciam o povo Mundurukumundurukú; dependendo de suas respostas, peça a eles que pesquisem em livros ou bibliotecas virtuais. Em sala de aula, conversem sobre o que descobriram sobre esse povo, onde moram, que língua é usualmente falada, sobre sua cultura, suas tradições e sua história. Se for possível, mostre aos estudantes, no mapa, a localização do povo Mundurukumundurukú, que vive entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Explore a distância entre essas regiões e o local onde os estudantes vivem.

• Em seguida, pergunte se eles conhecem Daniel Mundurukumundurukú, o autor do conto que vão ler. Conte sobre o autor e sua obra, e diga que esse livro foi escrito em cima das lembranças de infância do autor e das lendas e histórias que escutou dos ancestrais.
• Comente sobre a ilustração representando a avó e as duas crianças. Explique-lhes que o que parece ser barba e bigode, na verdade, é uma pintura corporal tradicional usada por eles, antigamente, como marca da tribo. Com isso, a ilustradora Maté apresenta um dos traços da cultura e das tradições dos Mundurukumundurukú.

3. Deixe os estudantes opinar livremente sobre as possibilidades do conto por meio da interpretação do título.

• Para a leitura do texto, primeiramente dê aos estudantes um tempo para lerem individualmente, refletindo sobre o conto e abrindo um debate sobre suas percepções durante a leitura. Em seguida, repita a leitura de formafórma coletiva, fazendo pausas para que eles possam levantar hipóteses e fazer inferências.

Atividade 8, itens a, b.

1. Responda: Qual é o significado da palavra "topei" nessa frase, de acordo com o contexto?
2. Reescreva a frase usando outra palavra, sem alterar o sentido.

1. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

2. Resposta pessoal.

3. A briga do narrador com seu melhor amigo.

4. Espera-se que os estudantes respondam que ocorreu quando o narrador era criança, considerando o contexto da história.

5. “Precisa entender que as pessoas erram. Algumas vezes, erram sem ter noção de que estão fazendo algo ruim. Os amigos, às vezes, cometem erros também.” Respostas pessoais.

6. Ser capaz de “Olhar dentro de si mesmo e ser capaz de tomar as atitudes mais adequadas para viver bem”; encarar os problemas e não se esconder deles.

7. Porque ele mudou de opinião e fez as pazes com o amigo.

8.a) Deparar(-se) ou encontrar(-se) com alguém.

8.b) No caminho, encontrei meu amigo.

9. O discurso direto.

9. • Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes consigam perceber algumas marcas indicando os discursos direto e indireto, como a pontuação e os verbos de elocução. Chame a atenção para o predomínio do tempo presente do indicativo nos diálogos, dando ao leitor a impressão de que ele está acontecendo no momento da narrativa.

Compreensão textual

• Atividades de desenvolvimento

1. Pergunte aos estudantes o que acharam da história. Cuide para que todos aqueles que queiram comentar tenham oportunidade de expor sua opinião.

2 a 6. Exploram a compreensão leitora dos estudantes. Peça a eles que tentem responder às perguntas e, se necessário, que retomem o texto para localizar as informações.

7. É explorada a compreensão dos estudantes sobre a ação do neto ao final do texto. Proponha a eles que comentem essa atitude do neto e, se possível, que compartilhem com a turma alguma história pessoal semelhante à vivenciada pelo menino.
8. Aproveite para relembrar os conceitos de significados e sinônimos, peça aos estudantes para compartilhar os diferentes sinônimos que puderam lembrar, tentando buscar o maior número de sinônimos possível, em seguida, busque em um dicionário ou em uma biblioteca virtual outros sinônimos que poderiam se encaixar nesse contexto.
9. Após responderem à questão, pergunte aos estudantes como se daria determinada frase de discurso direto, se fosse reescrita em discurso indireto. Em seguida, peça a eles que analisem quais são as diferenças presentes nas frases com a utilização dos diferentes discursos (exemplos: pontuação e verbos).

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF67LP37 ê éfe seis sete éle pê três sete

EF69LP07 ê éfe seis nove éle pê zero sete

EF69LP12 ê éfe seis nove éle pê um dois

EF69LP44ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

10.a) A avó e o neto.

10.b) O amigo e Kaamá.

11. Resposta: alternativa a): narrador-personagem.

11. • Espera-se que os estudantes tenham percebido que o texto é narrado em primeira pessoa, indicando que o narrador participa da narrativa que está contando.

12. Em uma aldeia indígena.

13. Introdução: “Às mulheres velhas chamamos avós. [...]reticências ou confeccionam artefatos de barro.” Desenvolvimento: “Lembro-me de um dia em que cheguei [...]reticências O que aconteceu? [...]reticências Briguei com meu melhor amigo. [...]reticências Você precisa procurar seu amigo e conversar com ele.” Climax: “— Não estou com vontade [...]reticências Compreendeu, meu neto?” Desfecho ou final: “Fiz que sim com a cabeça [...]reticências igarapé.”

14. Respostas pessoais.

• Atividades de desenvolvimento

10 a 13. Retome as habilidades de compreensão textual. Estimule os estudantes a justificarem suas respostas. O objetivo é promover uma reflexão sobre quais características, situações ou em quais trechos puderam identificar as informações solicitadas.

14. Oriente os estudantes a preencher o quadro. Eles podem identificar transcrevendo o início e o final de cada uma das partes ou fazer um resumo. O importante é que consigam observar as partes da estrutura narrativa do conto.

Para ampliar

Atividade 1.

Releia este trecho do conto e observe as palavras "avó", "esteira", "banquinho", "piolhos", "amigo", "menina" e "Kaamá" para responder às atividades a seguir.

Atividade 1, itens a até c.

1. Analisando as palavras mencionadas, responda: O que todas têm em comum? Para responder, pense no papel que elas desempenham no texto.
2. O que a palavra “banquinho” revela sobre o objeto a que se refere? Como você chegou a essa conclusão?
3. Cite outras palavras do trecho que desempenhem a mesma função das palavras mencionadas.

1.a) São palavras que nomeiam seres (avó, piolhos, menina KaamáKaamá) e objetos (esteira, banquinho).

1.b) A palavra revela que era um objeto pequeno. Chega-se a essa conclusão pela presença do sufixo -inho que, nesse contexto, indica que se tratava de um banco pequeno.

1.c) Palavras, encontro, tronco, árvore, colo.

Língua e linguagem

Substantivo – função e flexão

• Atividades preparatórias

• Para relembrar os conceitos de substantivos aprendidos anteriormente, escreva algumas frases no quadro, com diferentes formasfórmas de uso de substantivos, para que os estudantes possam identificá-los e classificá-los. Para isso, é possível envolver os estudantes propondo que contribuam com sugestão de trechos de letras de músicas de que gostam, recortes de textos de diversos gêneros textuais (conto, fábula, crônica, artigo, notícia, reportagem, entre outros). Uma vez selecionado o trecho, escreva-o na lousa e convide a turma para participar das classificações.
• Permita que os estudantes discutam cada situação em pequenos grupos e, em seguida, compartilhe com a turma as conclusões que obtiveram. Se achar necessário, complemente as respostas dos estudantes.

• Atividades de desenvolvimento

1. O intuito é levar o estudante a refletir sobre aspectos gerais dos substantivos.

1a. Enfatize a segunda parte, na qual se menciona o papel dessas palavras no texto e a função que elas têm em comum: designar.

1b. Fazemos a ressalva do contexto uma vez que o sufixo em questão pode denotar, entre outras coisas, afeto, apreço, depreciação etc.etcétera

Embora seja uma resposta pessoal, é importante orientar os estudantes acerca das escolhas linguísticas do personagem. Inicialmente, o neto emprega o substantivo comum “menina” para situar a avó com relação à idade. Depois, ele especifica quem era a menina, isto é, KaamáKaamá, a garota de quem gostava. Para tanto, utiliza um substantivo próprio, a fim de particularizá-la.

1c. Caso seja de interesse, informe o tipo de designação desses substantivos: palavras (conceito), encontro (ação), tronco (objeto), árvore (ser), colo (lugar).

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF06LP02 ê éfe zero seis éle pê zero dois

EF06LP04 ê éfe zero seis éle pê zero quatro

EF06LP06 ê éfe zero seis éle pê zero seis

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2.a) Provavelmente para indicar que se tratava de uma cidade pequena, fato comprovado pela paisagem descrita no poema.

2.b) O autor certamente pretendia mostrar aspectos comuns da cidade, ou seja, casas que ficavam entre as bananeiras e mulheres que andavam entre as laranjeiras.

2.c) Não. O fato de utilizar apenas substantivos comuns mostra que se trata de um homem qualquer, de um cachorro qualquer e de um burro qualquer.

3.a) O substantivo é água-viva.

3.b) Águas-vivas. Na manchete, ele aparece no singular, pois refere-se especificamente à nova espécie batizada em homenagem ao Cebimar da USPúspi. No texto, utiliza-se o plural porque é informada a descrição de novas espécies.

• Atividades de desenvolvimento

2. As respostas se darão com base no poema de Carlos DrummondDrumôn de Andrade. Considerando a última frase do poema, é possível perguntar aos estudantes se, na opinião deles, a palavra “cidadezinha” poderia também ser utilizada de maneira depreciativa. Para melhor compreensão dos estudantes, dê o exemplo: “Nova Yorkiórque não passa de uma cidadezinha”. Finalizando as atividades, pergunte aos estudantes por que acreditam que na primeira estrofe o autor utiliza os substantivos no plural, enquanto, na segunda estrofe, utiliza-os no singular.

• No poema lido, há várias palavras que denominam generica­mente seres de uma mesma espécie, por exemplo: casas, mulhe­res, homem, cachorro. Elas pertencem ao grupo dos substantivos comuns. Se o autor quisesse se referir a seres específicos, teria de utilizar substantivos próprios. Nesse caso, poderia indicar o nome das mulheres, do homem ou do cachorro. No texto, o único subs­tantivo próprio é Deus, portanto, escrito com inicial maiúscula.

3. Promova uma discussão com os estudantes acerca de alguns aspectos do plural dos substantivos, como: substantivos terminados em –ão podem ser indicados pelas terminações: –ães (pão – pães), –ões (balão – balões) ou –ãos (cidadão – cidadãos); o plural dos substantivos terminados em –r e –z é indicado pelo acréscimo de –es: mulher – mulheres, rapaz – rapazes; o plural dos substantivos terminados em –al, –el, –ol e –ul é indicado pela troca do –l por –is: animal – animais, papel – papéis, farol – faróis; o plural dos substantivos terminados em –il pode ser indicado de duas formasfórmas: trocando-se o –l por –s (barril – barris) ou trocando o –il por –eis (fóssil – fósseis). No caso de água-viva, o plural obedece aos critérios dos substantivos compostos, sendo, no caso, águas-vivas.

• O plural dos substantivos geralmente é indicado pelo acréscimo de s no final da palavra. Por exemplo: análise – análises. Dependendo da terminação da palavra, pode haver outras formasfórmas de indicar o plural.
• A expressão “meu Deus”, de uso popular, é utilizada para demonstrar diferentes sensações como espanto, medo, entusiasmo, alegria, tédio, a depender do contexto da frase em que está inserida.

Para ampliar

4.a) Lucy se refere a Minduim como “treinador”, pois ele desempenha essa função no time.

4.b) A palavra treinador se origina do substantivo treino, que, por sua vez, se origina do verbo treinar.

4.c) A palavra seria treinadora, ou seja, estaria no feminino.

4.d) Para Lucy, seu rosto bonito “amoleceria” o coração do juiz. Provavelmente, ela utilizou o diminutivo no sentido de afetividade, ternura e até mesmo delicadeza.

5.a) Os substantivos “rapidez” e “precisão” são utilizados para sintetizar as características principais dos dois restaurantes. O fast foodfést fúd é conhecido por sua rapidez; a comida japonesa é famosa pelo rigor e requinte na preparação dos pratos e a precisão nos cortescórtes dos peixes.

5.b) Os substantivos em questão indicam características dos restaurantes apresentados.

• Atividades de desenvolvimento

4. Caso os estudantes digam que a palavra treinador vem diretamente do verbo “treinar”, aceite a resposta como correta, entretanto, explique que determinados substantivos (geralmente os que indicam ação) surgem de verbos. Esses substantivos, por sua vez, podem dar origem a outros substantivos, como é o caso de treinador.

4c. É importante enfatizar que gênero não corresponde especificamente ao sexo. No caso de substantivos que se referem a coisas, o gênero masculino ou feminino é convencional, ou seja, os objetos não têm sexo definido.

4d. Vale ressaltar que o grau não é visto como uma flexão, opinião defendida há décadas por linguistas como Câmara Júnior (2006 [1970]). São duas as razões principais para isso: em primeiro lugar, as palavras que se apresentam em grau aumentativo ou diminutivo não são formadas por desinências, como ocorre no masculino e no feminino ou no singular e no plural. Em segundo lugar, porque o grau denota uma mudança no significante da palavra, algo que não ocorre no caso da flexão.

• Na tirinha lida, o substantivo treinador é classificado como de­rivado, pois ele se formafórma com base em outra palavra já existente. O mesmo acontece com a palavra jogadores. As palavras time ou ano, por sua vez, não se originam de nenhuma outra palavra e, por isso, são substantivos primitivos.

5. Após ler a tirinha, pergunte aos estudantes se eles sabem em qual língua (inglês) está escrito o termo fast food e se sabem qual a sua tradução: comida rápida.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF69LP03ê éfe seis nove éle pê zero três

EF06LP02ê éfe zero seis éle pê zero dois

EF06LP04ê éfe zero seis éle pê zero quatro

EF06LP06ê éfe zero seis éle pê zero seis

6.a) A notícia trata da revoada de papagaios-charão, que acontece na cidade de Urupema, em Santa Catarina, vindos do Rio Grande do Sul atrás de alimentos.

6.b) Revoada é o coletivo de pássaros em voo. Os estudantes podem depreender o significado devido ao determinante “de papagaios” que acompanha o substantivo na manchete.

6.c) Porque concorda com revoada, e não com pássaros. No caso, concorda com o substantivo coletivo, que é o núcleo do sujeito.

• Atividades de desenvolvimento

• Para aprofundar a explicação sobre as três designações dos substantivos uniformes e suas especificidades: os substantivos epicenos designam alguns animais (como: a onça, a qual, para especificar o sexo, deve-se colocar a palavra macho ou fêmea após o nome – a onça macho / a onça fêmea); os substantivos comuns de dois gêneros nomeiam pessoas (geralmente suas ocupações). A diferença de gênero é feita pelos determinantes (exemplo: o pianista/ a pianista); os substantivos sobrecomuns designam pessoas e apresentam gênero fixo (exemplo: a criança, o ídolo).
• Explique aos estudantes que, pelo fato de os substantivos abstratos não serem palpáveis, dizemos que eles não têm existência própria. Enfatize também que a maior parte desses substantivos pertence ao gênero feminino e geralmente tem origem em adjetivos ou verbos.

6. Os estudantes são convidados a interpretar o texto lido. Caso perceba dificuldades, faça perguntas que os ajudem a responder às questões, como: O que há em comum entre a manchete e a legenda? (Espera-se que digam que em ambas aparece a palavra papagaio-charão). Com isso, identificam o tema. Depois, é possível seguir com outras perguntas que complementam a resposta: Em que região do Brasil ocorre a revoada? Qual é o atrativo para os voos diários desses pássaros?

6c. Explique que o verbo inserido nas orações estabelece uma relação de concordância com o sujeito, que neste caso é a palavra revoada, por isso permanece no singular.

• A manchete do texto lido apresenta uma palavra que designa um conjunto de seres da mesma espécie. Esse tipo de substantivo é chamado de coletivo.

Atividade 4, itens a até c.

1. O que levou Calvin a dizer que não precisava estudar ou aprender?
2. Que relação tem a pergunta do Haroldo com a fala anterior de Calvin?
3. O que as palavras "estudar", "aprender", "sobreviver", "ouvi", "você", "concordar" e "arrepiar" têm em comum? Para responder, observe a sílaba tônica de cada uma delas.

1.a) Resposta pessoal. Ver respostas nas orientações didáticas.

1.b) Resposta pessoal.

2. Condor, âmago, látex, Nobel, têxtil, íngreme, ruim, avaro.

3. Âmago, látex, têxtil, íngreme.

4.a) Certamente porque não gosta de estudar e pretende encontrar um caminho mais fácil para sobreviver, ou seja, usar seu charme e sua beleza.

4.b) Com essa pergunta, que requer conhecimento de Física para ser respondida, Haroldo mostra a Calvin a necessidade de estudar para adquirir conhecimento.

4.c) O acento tônico de todas elas recai na última sílaba.

Acentuação

Sílabas tônicas e palavras oxítonas

• Atividades preparatórias
• Inicie escrevendo as palavras “sabia” (1), “sábia” (2) e “sabiá” (3) na lousa. Pergunte aos estudantes como se pronuncia cada uma delas, quais são seus significados e quais são as semelhanças e diferenças entre elas. Em seguida, peça a eles que classifiquem essas palavras quanto à posição da sílaba tônica: paroxítona, proparoxítona e oxítona.
• Pergunte o porquê de suas escolhas; em seguida, explique a separação silábica de cada uma delas. Você pode comentar também que a palavra sabiá é um ditongo crescente, pois a semivogal vem antes da vogal que gera a entonação mais forte, provocando um “crescimento” na palavra.
• Pergunte aos estudantes quais outros acentos gráficos utilizamos na língua portuguesa e peça que tentem se lembrar de alguns casos para exemplificar. Sugestões: café, você, sofá, inteligência, hábito, entre outras.
• Atividades de desenvolvimento

1a. Auxilie os estudantes que apresentarem dificuldade; em seguida, peça que definam os termos com o auxílio de um dicionário físico ou digital. Condor: ave da família dos catartídeos, muito comum na Cordilheira dos Andes; âmago: o interior, o centro; látex: substância líquida e espessa encontrada em diversos vegetais; Nobel: prêmio dado a algumas pessoas que se destacam na ciência, nas artes ou na sociedade; têxtil: relativo a tecido; íngreme: algo que é extremamente inclinado, difícil de subir ou descer; ruim: algo que não expressa coisas boas; avaro: avarento, apegado ao dinheiro, popularmente chamado de “mão de vaca”.

1b. Embora a resposta seja pessoal, provavelmente os estudantes dirão que se basearam nos acentos gráficos. Entretanto, nem todas as palavras apresentam acento gráfico, o que pode ter dificultado a localização da sílaba tônica.

2. Se julgar necessário, dê mais exemplos de palavras para explicar a diferença entre acento tônico e acento gráfico. Comente com os estudantes que nem sempre a sílaba tônica é indicada por um acento gráfico. Por isso, precisamos entender a diferença entre acento gráfico e acento tônico.
3. Proponha que os estudantes trabalhem em grupos para identificar as sílabas tônicas e átonas. Se necessário, retome com eles esses conceitos, dizendo que as tônicas representam a sílaba pronunciada com mais ênfase e as átonas são aquelas pronunciadas com intensidade sonora menor. Exemplo: na palavra: lápis, temos: lá- (sílaba tônica) e -pis (sílaba átona). Com esse exemplo, conseguimos identificar facilmente a tônica por causa do acento, no entanto, é possível fazer essa localização em palavras não acentuadas também. Para isso, basta pronunciá-las para identificar a tonicidade. Exemplo: casa: ca- (sílaba tônica) e -sa (sílaba átona).

4a. e 4b. Permita que façam suposições oralmente sobre as respostas e, se necessário, complemente com informações que os auxiliem no entendimento.

4c. Escreva as palavras na lousa e proponha a leitura coletiva em voz alta para identificação da semelhança entre elas.

5. Todas elas são oxítonas.

6. A diferença entre elas é que apenas a palavra você tem acento gráfico para indicar a sílaba tônica.

7.a) Javali.

7.b) Jacaré.

7.c) Aracaju.

7.d) Amapá.

8. Avós/avó, ninguém, Kaamá, está, você/vocês, também.

9. As palavras oxítonas que recebem acento gráfico são aquelas terminadas em a, e, o e em.

10.a) baba

10.b) babá

10.c) cara

10.d) cará

• Atividades de desenvolvimento
• Ao explicar as palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, exemplifique-as com algumas palavras.

5 e 6. Proponha a retomada das palavras inseridas na atividade 4 para identificá-las quanto à sua tonicidade. Depois de descobrir que o acento tônico recai sobre a última sílaba em todas, pode-se afirmar que são oxítonas. E, para descobrir a diferença entre as palavras, chame a atenção dos estudantes para o uso do acento em uma delas.

7. Proponha um jogo de “forca” para as respostas que a turma tiver dificuldade em acertar.
8. Se os estudantes tiverem dificuldade, diga-lhes quantas palavras oxítonas acentuadas podem ser encontradas no texto.
9. Vale ressaltar que a regra abrange as formasfórmas acrescidas de –s: xará/xarás, café/cafés, vovó/vovós, refém/reféns.
10. Pergunte aos estudantes se eles sabem o que é cará. Se não souberem, explique que é um tubérculo, com casca marrom e interior de coloração branca-amarelada, semelhante a um inhame. Se possível, mostre uma imagem do cará.

• Proponha aos estudantes a realização de um bingo de palavras oxítonas, conforme passos a seguir:

• Faça no caderno uma tabela com três colunas de quatro linhas cada.
• Escolha 12 palavras da lista e escreva-as na tabela, com o devido acento gráfico quando necessário.
• À medida que as palavras forem ditadas, assinale as que você escreveu na sua tabela.
• Vence quem tiver assinalado primeiro todas as palavras ditadas, desde que escritas corretamente. Seguem as sugestões de palavras: chulé, maracujá, urubu, jabuti, dominó, robô, parabéns, calor, abacaxi, também, funil, anel, atrás, alguém, Pelé.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF67LP32 ê éfe seis sete éle pê três dois

EF69LP05ê éfe seis nove éle pê zero cinco

1 e 2. Respostas pessoais. Ver respostas nas orientações didáticas.

Eu vou aprender

Conto de artimanha

• Atividades preparatórias
• Estas páginas permitem o desenvolvimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODSó dê ésse): Redução das desigualdades.
• Retome com os estudantes o que é um conto – uma narrativa curta, breve – e sua estrutura: introdução (apresentação dos personagens, do espaço, do tempo, do contexto da narrativa); desenvolvimento (surge o conflito e os personagens têm de tomar atitudes para resolvê-lo); clímax (momento de maior tensão na narrativa, quando as ações vão mudar o rumo da história); conclusão (ou desfecho, mostrando a solução do conflito).
• Relembre-os também dos elementos do conto: poucos personagens, pois é uma narrativa breve; narrador (narrador personagem, narrador observador e narrador onisciente); tempo (quando e em que período a narrativa transcorre); espaço (cenário explícito ou implícito); enredo (o que acontece na narrativa); conflito (situação que gera a ação ou as ações realizadas pelos personagens; o conflito ajuda no desenvolvimento do enredo).
• Atividades de desenvolvimento
• Este capítulo permite o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos Transversais (TCT) da BNCCBê êne cê cê: Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras e Diversidade cultural.

1. Explore o que os estudantes sabem sobre conto de artimanha. Estimule-os a criar hipóteses e pesquisar o significado da palavra artimanha.

2 e 3. Apresente o protagonista Pedro Malasartes e explore o que os estudantes já sabem sobre ele. Convide-os a ler o texto sobre Pedro Malasartes. Explore as palavras do glossário e como elas se relacionam com o personagem e com o conceito de conto de artimanha. Verifique se sabem o que é compilação, astúcia e picardia. Se necessário, peça a eles que pesquisem na internet outros contextos em que essas palavras são utilizadas para ampliar o entendimento.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

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Locutor: Contos de Artimanha e seus personagens cativantes

Locutor: Sabe aquele personagem que faz tudo para enganar e mesmo assim a gente adora? Aquele malandro, que sempre dá um jeitinho para conseguir o que quer?

Protagonistas em contos de artimanha ou esperteza, esses personagens estão muito presentes na tradição oral brasileira, nas narrativas que são passadas de geração em geração. 

Não importa se são humanos ou animais, o papel principal dos contos de artimanha é representado por um ser que usa de esperteza e planos mirabolantes para enganar outros personagens e levar vantagem nas situações.

Um dos personagens mais conhecidos da nossa cultura é Pedro Malasartes, que, de acordo com o pesquisador Câmara Cascudo, teve origem na península Ibérica.

Ouça agora a leitura de “Sopa de Pedras”, um dos contos de artimanha mais populares da nossa literatura, estrelado por esse grande personagem:

Narradora: Sopa de Pedras 

Pedro Malasartes era um cara danado de esperto. Um dia ele estava ouvindo a conversa do pessoal na porta da venda. Os matutos falavam de uma velha avarenta que morava num sítio pros lados do rio. Cada um contava um caso pior que o outro: 

— A velha é unha de fome. Não dá comida nem pros cachorros que guardam a casa dela – dizia um. 

— Quando chega alguém pro almoço, ela conta os grãos de feijão pra pôr no prato. Verdade! Quem me contou foi o Chico Charreteiro, que não mente – afirmava outro. 

— Eta velha pão-duro! — comentava um terceiro.  – Dali não sai nada. Ela não dá nem bom-dia. 

O Pedro Malasartes ouvindo. Ouvindo e matutando. 

Daí a pouco entrou na conversa: 

— Querem apostar que pra mim ela vai dar uma porção de coisas, e de boa vontade? 

— Tu tá é doido! – disseram todos. — Aquela velha avarenta não dá nem risada! 

— Pois aposto que para mim ela vai dar — insistiu o Pedro.  — Quanto vocês apostam? 

A turma apostou alto, na certeza de ganhar. Mas Pedro Malasartes, muito matreiro, tinha um plano na cabeça. Juntou umas roupas, umas panelas, um fogãozinho, amarrou a trouxa e se mandou pra casa da velha. Era meio longe, mas pra ganhar aposta o Malasartes não tinha preguiça. 

O Pedro foi chegando e arranchando ali bem perto da porteira do sítio da velha. Esperou um tempo pra ser notado. Quando viu que a velha já tinha reparado nele, armou o fogãozinho, botou a panela em cima, cheia d’água, e acendeu o fogo. E ficou o dia inteiro cozinhando água.  

A velha, lá da casa, só espiando. E a panela fumegando. 

E o Pedro atiçando o fogo. 

Não demorou muito, a velha não aguentou a curiosidade e veio dar uma espiada. Passou perto, olhou, assuntou e foi embora. O Pedro, firme, atiçando o fogo. 

No dia seguinte, panela no fogo, fervendo água, soltando fumaça. Pedro atiçando o fogo. A velha olhando de longe, lá dentro de casa. 

Até que ela não conseguiu mais se segurar de curiosidade. Saiu e veio, provocando, olhar de perto. O Pedro pensou: “É hoje!”. 

Catou umas pedras no chão, lavou bem e jogou dentro da panela. E ficou atiçando o fogo pra ferver mais depressa. 

A velha não se conteve. 

— Oi, moço, tá cozinhando pedra? 

— Ora, pois sim, senhora, dona — respondeu o Pedro. – Vou fazer uma sopa. 

— Sopa de pedra? — perguntou a velha com uma careta. – Essa não, seu moço! Onde já se viu isso? 

— Pois garanto que dá uma sopa pra lá de boa. 

— Demora muito pra cozinhar? — perguntou a velha ainda duvidando. 

— Demora um bocado. 

— E dá pra comer? 

— Claro, dona! Então eu ia perder tempo à toa? 

A velha olhava as pedras, olhava pro Pedro. E ele atiçando o fogo, e a panela fervendo. A velha, meio incrédula, meio acreditando. 

— É gostosa essa sopa? — perguntou ela depois de um tempo. 

— É — respondeu o Malasartes. — Mas fica mais gostosa se a gente puser um temperinho. 

— Por isso, não — disse a velha. — Eu vou buscar. 

Foi e trouxe cebola, cheiro-verde, sal com alho. 

— Tomate a senhora não tem? — perguntou o Pedro. 

A velha foi buscar e voltou com três, bem maduros. 

Pedro botou tudo dentro da panela, junto com as pedras. E atiçou o fogo. 

— Vai ficar bem gostosa — disse ele. — Mas se a gente tivesse um courinho de porco... 

— Pois eu tenho lá em casa — disse a velha. E foi buscar. 

Couro na panela, lenha no fogo, a velha sentada espiando. Daí a pouco ela perguntou: 

— Não precisa pôr mais nada? 

— Até que ficava mais suculenta se a gente pusesse umas batatas, um pouco de macarrão... 

A velha já estava com vontade de tomar a sopa e perguntou: 

— Quando ficar pronta, posso provar um pouco? 

— Claro, dona! 

Aí ela foi e trouxe o macarrão e as batatas. 

O Malasartes atiçou o fogo pro macarrão cozinhar depressa. 

Dali a pouco, a velha já estava com água na boca! 

— Hum! A sopa tá cheirando bem! Será que as pedras já amoleceram? 

Em vez de responder, o Pedro perguntou: 

— A senhora não tem uma linguicinha no fumeiro? Ia ficar tão bom... 

Lá foi a velha de novo buscar a linguiça. 

Cozinha que cozinha, a sopa ficou pronta. Malasartes então pediu dois pratos e talheres. A velha trouxe. 

O Pedro encheu os pratos, deu um pra ela. Separou as pedras e as jogou no mato. 

— Ué, moço, não vai comer as pedras? 

— Tá doida! — respondeu o Malasartes. — Eu lá tenho dente de ferro pra comer pedra? 

E tratou de se mandar o mais depressa que pôde. Foi correndo pra venda, cobrar o dinheiro da aposta.

Locutor: Você já conhecia contos de artimanha?

Está curioso para ver quem conta um caso melhor que o outro?

Descubra outros contos de artimanha para você contar!

Locutor: Créditos: O conto “Sopa de Pedras”, compilado por Ruth Guimarães, foi publicado na obra Mitos, Contos e Lendas da América Latina e do Caribe em 2008, lançado no Brasil pela editora Melhoramentos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.

• Atividades de desenvolvimento

4. É apresentado um dos contos compilados por Ruth Guimarães (a autora será tema da seção A Voz do Autor). Comece perguntando aos estudantes o que seria uma sopa de pedras e por que o conto teria esse nome.

• Inicie uma leitura dramática, com diferentes entonações, vozes, gestos. Durante a leitura, faça pausas para que os estudantes possam formular hipóteses e fazer inferências. A seguir, são sugeridos alguns momentos para fazer as pausas.

1. Neste ponto, pergunte qual é a característica de Malasartes e peça aos estudantes que façam suposições sobre o personagem ser considerado tão esperto.
2. Chame a atenção deles para a expressão que descreve a velha e como essa característica é reforçada. Pergunte o que entendem por “unha de fome” e, no próximo parágrafo, que expressões reforçam essa característica.
3. Pergunte-lhes por que será que Malasartes tem tanta certeza de que a velha vai lhe dar uma porção de coisas, a ponto de querer apostar nisso.
4. Aqui é lançado o conflito da narrativa. Comente que até este ponto foram apresentados os personagens e suas características psicológicas. Comente também que não houve descrição do cenário, apenas uma localização, que pressupomos ser na cidade, pois a velha mora “meio longe”. Pergunte por que eles acham que a personagem não tem um nome. Leve-os a perceber que isso se dá por que o “causo” é sobre Pedro Malasartes, daí ser ele o único personagem com nome. Até aqui temos como personagens: os matutos (secundários), Pedro Malasartes (principal) e a velha (coadjuvante).
5. Por que vocês acham que é utilizada a expressão “cozinhando água”? O cenário mudou? Onde Malasartes está agora?

• Atividades de desenvolvimento

6. Por que vocês acham que Malasartes está “fervendo água”? O que ele está tentando fazer ao ferver a água? Será que é para atrair a atenção da velha? Quanto tempo se passou desde que o personagem colocou a panela no fogo? Que expressão indica isso?
7. Será que esse parágrafo pode ser considerado o clímax da história? Justifiquem a resposta.
8. Vocês acham que o Malasartes convenceu a velha de que a sopa de pedras é boa e dá para comer?
9. Por que vocês acham que a velha está “meio incrédula, meio acreditando”? Aqui, Malasartes sugere que a sopa ficaria mais gostosa com um temperinho. Por que ele disse isso? O que será que ele está tramando? Será que vai continuar a ferver a sopa, já que até agora ele só tem água e pedra na panela?
10. Malasartes continua sugerindo ingredientes para a sopa. Por que vocês acham que ele está fazendo isso aos poucos?

Para observar e avaliar

Habilidades BNCCBê êne cê cê

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• Atividades de desenvolvimento

11. Qual será a intenção da velha ao fazer essa pergunta? Será que ela ficou com vontade de experimentar a sopa de pedras?
12. Por que será que Malasartes, em vez de responder à pergunta, faz uma nova pergunta?
13. Pergunte aos estudantes: O que vocês acharam da história de modo geral? Vocês acharam que seria esse o desfecho? As hipóteses e inferências que vocês fizeram ao longo da leitura se confirmaram ou não?

• Proponha aos estudantes que, em grupos de quatro ou cinco componentes, recontem o conto uns para os outros. Estipule um tempo para essa atividade, como 10 minutos. Depois, cada grupo deve recontar o conto à turma. Trabalhe com eles o imaginário e os elementos que provavelmente vão acrescentar à história a percepção deles quanto ao enredo, os elementos da história original etcetcétera.
• Trabalhe a capacidade que eles já têm de síntese e de entendimento do que escutaram para poder recontar. Proponha-lhes que recontem o conto aos familiares e, na próxima aula, tragam o resultado: O que os familiares acharam da história?

Para ampliar

1. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

1• Resposta pessoal.

2. Respostas pessoais.

3. A aposta com os matutos.

4. Uma sopa de pedras.

4.a) Em uma sopa com temperos, vegetais, macarrão e carnes.

4.b) Para despertar a curiosidade da velha. Foi um chamariz para conseguir os ingredientes sem que ela se dessedésse conta.

5. Alternativa b)

6. Sugere que a sopa demorou para cozinhar.

7. Sim, deu certo, pois ele conseguiu fazer a sopa com ingredientes comestíveis e ganhar a aposta.

8. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que o personagem é descrito como muito matreiro porque ele é danado de esperto.

9. Pedro Malasartes, Pedro, Malasartes.

10. “Verdade!”, nesse contexto, funciona como uma interjeição, com a função de reforçar a declaração de que ele “não mente”.

Compreensão textual

• Atividades preparatórias
• Nesta seção, o foco do trabalho são a análise e a compreensão dos elementos do gênero textual conto de artimanhas. Estimule os estudantes a reler, explorar e debater como o autor desenvolve o enredo e apresenta as motivações e ações de seus personagens.
• Atividades de desenvolvimento

1. Os estudantes devem contar sua opinião sobre a história e debater acerca da veracidade da ideia principal. Estimule a participação de todos.
2. Os estudantes vão debater a questão ética: tirar proveito das pessoas.
3. O foco é a relação de causa e efeito, pois os estudantes devem compreender as motivações da personagem para criar uma artimanha. A causa da artimanha não é conseguir ingredientes para a sopa, mas ganhar a aposta com os matutos.
4. Trata do prato que Pedro Malasartes acabou fazendo: uma sopa de pedras virou uma sopa de legumes , temperos e carne. Para responder a essa pergunta, os estudantes devem considerar todos os detalhes descritos ao longo da conversa dele com a velha, uma vez que não está explícito no texto que ele fez a sopa de legumes.
5. Trabalhe com os estudantes a relação dos ingredientes de acordo com a ordem em que aparecem no texto para que eles cheguem à resposta correta.
6. Explore a expressão “cozinha que cozinha”. Peça aos estudantes outro exemplo de repetição de verbo (ou palavra) para estender uma ação: “vai que vai”, “conversa vai, conversa vem”.
7. Os estudantes devem inferir que Malasartes ganhou a aposta porque usou de artimanhas para convencer a velha a dar-lhe os ingredientes da sopa.

8 e 9. Abordam como o personagem Malasartes é descrito. Relembre a importância da utilização de adjetivos na caracterização de personagens nas narrativas.

10. Trabalhe com os estudantes o valor interjetivo de “Verdade!”, seguido da ênfase de que Chico Charreteiro é uma pessoa idônea, pois “não mente”.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

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11. No texto, matutos significa “caipiras”; matutando significa “pensando”.

12. Na porta da venda e, na maior parte, em frente ao sítio da velha senhora, perto da porteira.

13. Os matutos, Pedro Malasartes e a velha.

14. Alternativa b)

15. Eu ouvindo. Ouvindo e matutando. / Daí a pouco entrei na conversa. / [...]reticências E fiquei atiçando o fogo pra ferver mais depressa.

15.a) Tempo.

16. Ver orientações didáticas.

17. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que o conto é de artimanha porque tem um personagem (Pedro Malasartes) que usa sua esperteza, malandragem, para tentar enganar alguém (a velha) e ganhar uma aposta.

• Atividades de desenvolvimento

11. Os estudantes são estimulados a buscar os termos “matuto” e “matutando”. Após as pesquisas, proponha que compartilhem o que descobriram. Dependendo das respostas, complemente dizendo que, nesse contexto, “matuto” é um substantivo que nomeia um indivíduo que vive no campo, já “matutando” é um verbo que indica a ação de pensar demoradamente.
12. Complemente a questão perguntando qual é o cenário inicial do conto (a porta da venda).
13. O foco são os personagens da história: matutos, Malasartes e a velha. Aproveite para perguntar quem é o personagem principal (o protagonista, Malasartes), personagem secundário (os matutos) e coadjuvante (a velha).
14. Relembre com os estudantes os tipos de narrador: narrador personagem, que participa da história; narrador observador, que narra em 3ª pessoa; narrador onisciente, que também narra em 3ª pessoa, mas tem conhecimento total da história, até mesmo dos pensamentos dos personagens.
15. Explique aos estudantes que o personagem narrador fala na 1ª pessoa e conta a narrativa como se estivesse participando dela.
16. É explorada a estrutura do gênero textual conto. Oriente os estudantes a descrever resumidamente cada parte dela. A atividade pode ser feita em duplas.
17. Os estudantes devem explicar o que é um conto de artimanha. Se necessário, retome as características desses textos oralmente com a turma e proponha-lhes que escrevam no caderno um mapa mental para sintetizar as informações correspondentes ao gênero conto e ao conto de artimanha.

Para ampliar

1. Respostas pessoais.

1.d) Com 10 anos de idade.

1.e) Mário de Andrade foi seu mentor, orientando-a nas pesquisas sobre folclore.

A voz do autor

• Atividades preparatórias
• Nesta seção, os estudantes vão debater sobre o trabalho de escrita literária e a importância da valorização da literatura como expressão cultural e artística.
• Os estudantes irão conhecer mais sobre Ruth Guimarães, que fez pesquisas que resultaram na reunião dos contos de artimanhas. Ela foi diretora do Museu do Folclore de São Paulo e uma das primeiras autoras afrodescendentes reconhecidas no Brasil.
• Atividades de desenvolvimento

1. Os estudantes vão conhecer mais sobre a vida da autora por meio de pesquisa. Oriente-os a como realizá-la e quais fontes confiáveis de consulta podem utilizar. Quando os grupos estiverem conversando sobre o que encontraram na pesquisa, explore a época em que a autora viveu, colaborando para que entendam algumas falas e atitudes dos personagens de suas obras. Leve-os a refletir sobre o trajeto de vida e as motivações que levaram Ruth a desenvolver sua carreira profissional. Eles podem também construir uma linha do tempo com os eventos mais marcantes da vida dela. Converse com eles a respeito do papel que Mario de Andrade teve na vida e na obra de Ruth Guimarães ao ser seu mentor.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

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2. Resposta pessoal.

4.a) e b) Ver sugestões de respostas nas orientações didáticas.

• Atividades de desenvolvimento
• Incentive os estudantes a pesquisar o personagem Pedro Malasartes, para identificar suas características e personalidade, comparando-o a outros personagens marcantes que os estudantes conhecem.

2. Os estudantes devem pesquisar sobre a importância de Ruth Guimarães para a literatura brasileira.
3. Propõe a leitura de duas manchetes sobre a escritora.
4. Possibilita o desenvolvimento do Tema Contemporâneo Transversal (TCT) Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras. Explore a importância do resgate de personagens his­tóricos e a valorização de da­tas comemorativas, como cente­nários, para a preservação da cultura de um povo.

1.a) Pedro Malasartes é caracterizado como esperto, e a velha, como avarenta.

1.b) Por meio das palavras e expressões utilizadas, que servem para caracterizar os personagens em questão. Pedro Malasartes: “danado de esperto”. A velha: “avarenta”, “unha de fome”, “pão-duro”.

2.a) A expressão utilizada é “de pedra” .

2.b) Ela é composta de preposição (de) +mais substantivo (pedra).

Língua e linguagem

Adjetivos: função e flexão

• Atividades preparatórias
• Esta seção explora adjetivos e locuções adjetivas usadas para descrever os personagens. Retome com os estudantes o que eles já estudaram sobre adjetivos e elucide qualquer dúvida que possa prejudicar o entendimento das atividades propostas.
• Atividades de desenvolvimento

1. A releitura do trecho do conto tem o objetivo de mobilizar conhecimentos prévios acerca dos adjetivos, analisando o uso de cada palavra ou expressão para caracterizar os personagens Malasartes e a velha no contexto apresentado. Ao explorar o significado das palavras, o professor pode estimular os estudantes a buscarem outras palavras conhecidas para designar pessoas avarentas, como “mão de vaca”, “canguinha”, entre outras.

2 e 3. Os estudantes são estimulados a identificar locuções adjetivas. Retome as preposições para auxiliar na identificação das expressões e incentive-os a citar algumas locuções conhecidas para descrever pessoas. Aproveite para praticar a inflexão dos adjetivos, considerando o gênero do substantivo. 2c. No caso de “acreditando” (o mesmo ocorre em “panela fervendo”), seria possível trocar o verbo pelas palavras “crente” e “fervente”, por exemplo.

4. Ao ler o texto com os estudantes, explore se ele defende ou não a diversidade de línguas. Solicite que identifiquem quais palavras ou expressões confirmam essa posição e enfatize que não é possível ter total imparcialidade ao escrever. 

É importante ressaltar que os adjetivos concordam com os substantivos aos quais se relacionam, tanto no que se refere ao gênero quanto ao número. Com relação ao plural dos adjetivos simples, é importante destacar que os substantivos utilizados como adjetivos não flexionam no plural. Por exemplo: camisa vinho/camisas vinho.

• Os adjetivos classificam-se em:
  • simples – formados por apenas uma palavra, como em oficial e público;
  • compostos – formados por mais de uma palavra, como em afro-brasileiras;
  • primitivos – não se originam de nenhuma outra palavra, como em pleno;
  • derivados – originam-se de outra palavra já existente, como em territorial e originários;
  • pátrios – referem-se à nacionalidade, à procedência, à origem etc.etcétera, como em afro-brasileiras.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

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EF06LP04 ê éfe zero seis éle pê zero quatro

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2.c) Os adjetivos “boa” (na expressão “pra lá de boa”) e “gostosa” (no caso, “mais gostosa”).

2.d) Os adjetivos seriam utilizados no masculino: “bom” (“pra lá de bom”) e “gostoso” (“mais gostoso”).

2.e) As palavras são “incrédula” e “acreditando”. No caso da segunda palavra, trata-se de uma forma verbal no gerúndio que funciona como adjetivo.

3. “Unha de fome”.

4.a) Os adjetivos são: “afro-brasileiras” (relacionado a “línguas”), “cooficiais” (relacionado a “línguas”) e “quilombolas” (relacionado a “comunidades”). Estão no plural porque se referem a substantivos que também estão no plural.

4.b) Os adjetivos “cooficiais” e “quilombolas” são formados apenas por uma palavra. Já o adjetivo “afro-brasileiras” é composto de duas palavras.

4.c) Porque especificam o assunto a ser tratado, ou seja, determinada categoria de línguas (as afro-brasileiras) passará a ter determinado statusstátus (de cooficial) em locais que tenham uma comunidade específica (de quilombolas).

• Atividades de desenvolvimento
• Separe a turma em grupos a seu critério.
• Peça que cada estudante pegue uma folha de papel e um lápis ou uma caneta e divida a folha em 10 ou 5 colunas. Feito isso, eles devem riscar 5 linhas horizontais, que representam as rodadas.
• A quantidade de colunas e de rodadas ficará a seu critério. Se forem 10 colunas, cada acerto vale 10 pontos. Se forem 5 colunas cada acerto vale 20 pontos. Em ambos os casos, o total deve ser de 100 pontos.
• Em seguida, informe quais serão as categorias. As mais comuns são: nome, CEPcép (cidade, estado ou país), cor, animal, comida (ou alimento), parte do corpo, marca famosa, profissão, objeto e “Minha sogra é”. No caso desta última, que é a categoria em que se usam adjetivos, sugerimos que troque a expressão por “Meu amigo/Minha amiga é”. Além disso, oriente a turma com relação aos adjetivos respeitosos que devem ser utilizados nesta coluna.
• Posteriormente, apresente as regras do jogojôgo:
• Para iniciar o jogo é necessário escolher uma letra. Nesse caso, os estudantes deverão fazer a escolha ou por meio de sorteio (escrevem-se as letras em pequenos papéis e um deles escolhe um papel ao acaso) ou por meio de outros métodos que variam de região para região.
• O estudante que completar primeiro as colunas grita “stop” ou “adedonha” e todos devem parar de escrever.
• Se escreverem palavras iguais, ganham a metade dos pontos.
• Vence a rodada o jogador que obtiver mais pontos.
• Vence o jogojôgo quem tiver maior quantidade de pontos em todas as rodadas.

Respostas pessoais.

Você é o autor!

Escrita de conto

• Atividades preparatórias
• Para a criação dos contos nesta seção, se possível, solicite aos estudantes que façam todas as etapas em dispositivo eletrônico, como computador ou tablet.
• Providencie livros de contos que tenham imagens para a consulta dos estudantes.
• Atividades de desenvolvimento
• Nesta seção, os estudantes têm a oportunidade de criar um conto indígena ou de artimanha, seguindo as orientações das atividades. Para isso, retome com eles as características desses gêneros textuais, de modo que possam pensar na estrutura. Eles podem partir do tema e depois pensar no público-alvo, no suporte, no objetivo, ou fazer o processo inverso.
• Ao pensar o tema, os estudantes precisam planejar o modo como ocorrerá o desenvolvimento e os elementos importantes da narrativa: o que, como, por que, onde, quem, que tipo de narrador, presença ou não de diálogos e de que formafórma isso será representado.

1 a 4. Os estudantes podem fazer anotações dos elementos da narrativa e, aos poucos, visualizar a história que estão pensando. As anotações serão úteis na concretização do texto, que ocorrerá na orientação 5.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

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EF69LP56ê éfe seis nove éle pê cinco seis

EF06LP04ê éfe zero seis éle pê zero quatro

• Atividades de desenvolvimento
• Durante a construção do texto, incentive os estudantes a usar recursos de referenciação (lexical ou pronominal), recursos de coesão pronominal e articuladores de sentido. Oriente-os também a indicar as falas dos personagens (discurso direto) e do narrador e a organizar o texto em unidades de sentido (parágrafos).

6. É a etapa de revisão textual. Oriente-os a usar a pauta de revisão e a observar, em especial, o uso das conjunções e a relação que estabelecem com o texto, retomando, dessa formafórma, o que já foi estudado.
7. O foco é revisar o texto e fazer a versão final, de preferência em um software de texto digital. Para finalizar o conto, eles podem incluir imagens, como as de banco de imagens gratuitas ou imagens pessoais. Podem também fazer ilustrações, que depois serão escaneadas. Se possível, mostre a eles livros com imagens, para que tenham ideia da disposição desses elementos na página.

Oralidade

Contação de contos

• Atividades preparatórias
• Nesta seção, os estudantes terão a oportunidade de ler seus contos em voz alta para o grupo. A atividade propõe o compartilhamento da produção para apreciação dos estudantes da escola, valorizando o produto final e dando sentido e finalidade ao processo de escrita.
• Atividades de desenvolvimento

1. Traz um ponto importante, que é a não leitura da história, mas o uso do roteiro como um guia. Recorde com os estudantes a estrutura e as principais características do conto, já vistas anteriormente.

• Peça a eles que façam a releitura do conto e organizem as informações em título, início, surgimentos do conflito, desenvolvimento, momento de tensão (conflito), e desfecho da história.
• Os estudantes devem anotar informações sobre os personagens, contexto e outras considerações que contribuam para a compreensão do enredo. Essa formafórma de desconstrução e análise do texto que criaram é também uma oportunidade para refletir sobre a escrita e sua estrutura.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF67LP22ê éfe seis sete éle pê dois dois

EF69LP53ê éfe seis nove éle pê cinco três

EF69LP56ê éfe seis nove éle pê cinco seis

• Atividades de desenvolvimento
• Durante os ensaios, se possível, mostre aos estudantes um conto falado, de modo que percebam não só a estrutura mas também a formafórma de falar ao público. Isso é importante para que eles possam reconhecer a necessidade de interpretar e dar intenção à leitura dos contos que criaram.
• Os ensaios do texto são essenciais para que os estudantes possam apresentar corretamente os contos, inclusive flexionando adequadamente os verbos em concordância com os sujeitos das orações.
• Estimule os estudantes a preparar o local e convidar colegas e familiares para o dia do evento. Esse momento pode ter um tom de celebração que valorize o trabalho da turma e seu produto.
• Ao final da apresentação, é interessante promover um momento de interação com o público, de modo que os estudantes possam perceber seu desenvolvimento considerando tanto a atividade específica quanto as trocas com o grupo.
• Atividade complementar
• Se possível, proponha aos estudantes que filmem a contação, para que esse registro possa ser retomado depois para diversas análises e avaliações. Pode-se propor também que façam uma edição desse vídeo, selecionando os melhores momentos.

Clube do livro

• Atividades preparatórias
• Nesta unidade, inicia-se o Clube do Livro. As atividades de leitura devem sempre ajudar o estudante a se tornar um leitor proficiente, a superar as dificuldades e, acima de tudo, a desenvolver o gosto pela leitura. Por isso, as atividades devem ser feitas de formafórma natural e divertida em um ambiente seguro e respeitoso, no qual o estudante se sinta à vontade para perceber a leitura como um processo de aprendizagem e não um momento de constrangimento.
• Explique a dinâmica do projeto e o objetivo aos estudantes, para que entendam que, além do prazer da leitura, há outros propósitos, como ampliação do vocabulário, fluência na leitura, desenvolvimento de estratégias de leitura etc.etcétera
• Atividades de desenvolvimento
• Após as explicações, organize a ida à biblioteca da escola ou disponha de formafórma atrativa vários livros em um local da sala de aula, para que eles escolham o livro que querem ler no bimestre. Incentive-os a olhar as capas, ler os títulos e quem são os autores, a folhear etc.etcétera Os estudantes podem ler as atividades 3 e 4 como preparação para a escolha do livro.
• Após a leitura, diga a eles que deverão preencher a ficha de leitura e escrever um breve resumo da história.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF67LP28ê éfe seis sete éle pê dois oito

EF69LP46ê éfe seis nove éle pê quatro seis

EF69LP49ê éfe seis nove éle pê quatro nove

3. Respostas pessoais.

• Atividades de desenvolvimento

3 a 6. Focam o processo de escolha intencional do livro a ser lido e a leitura. Esse é um momento de valorização do hábito de leitura para diversão, além de ampliar horizontes e possibilitar práticas comunicativas. As perguntas das atividades 5 e 6 servem de diagnóstico para as dificuldades que os estudantes podem enfrentar no processo, além de servir para conhecer suas expectativas.

• Combine previamente com os estudantes que em determinado dia eles farão uma roda de conversa para falar sobre a experiência como leitor (como se organizaram para ler, por exemplo) e o livro que leram. Peça a eles que se preparem para esse momento seguindo as etapas da atividade 7 e fazendo anotações prévias. A atividade 8 desafia os estudantes a já escolher o próximo livro que lerão.

1 a 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu aprendi!

• Atividades preparatórias
• Estas páginas permitem o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos Transversais (TCT) da BNCCBê êne cê cê: Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras e Diversidade cultural.
• Reúna os estudantes em uma roda de conversa para que contem suas experiências com os aprendizados nesta unidade, explorando os seguintes questionamentos: Vocês já tinham familiaridade com o gênero textual conto de artimanhas? O que mudou depois dos estudos dessa unidade? Como foi para vocês poder se expressar nessas linguagens artísticas? O que pensam do Clube do Livro e da experiência da leitura por diversão?
• Atividades de desenvolvimento

1 a 4. Preparam o leitor para o tema da ecologia e para refletir sobre o título do conto “A árvore que falava” e o contexto da cultura indígena. Pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre a cultura dos povos originários do Brasil e a preservação de suas terras.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF06LP04ê éfe zero seis éle pê zero quatro

EF06LP06ê éfe zero seis éle pê zero seis

EF67LP27ê éfe seis sete éle pê dois sete

EF67LP28ê éfe seis sete éle pê dois oito

EF67LP37ê éfe seis sete éle pê três sete

EF69LP44ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

EF69LP47ê éfe seis nove éle pê quatro sete

EF69LP54ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

Atividade 14, item único

As formas verbais "pegou", "voltou", "contou" e "falou" se referem a que substantivo?

5. Uma árvore falou.

6. As crianças da aldeia, Verá e a árvore.

7. Em uma tarde muito quente.

8. Em uma aldeia indígena.

9. A árvore pediu água às crianças, que não viram ninguém e foram embora. Verá ficou, buscou água para a árvore e perguntou se ela tinha falado. Ela respondeu que sim, bebeu a água e agradeceu. Antes de ir embora, Verá se comprometeu a trazer água todos os dias, e assim o fez.

10. Porque a árvore estava com sedesêde.

11. Há verbos no passado e no presente.

12. Os tempos verbais ajudam o leitor a entender a organização do texto, percebendo quando é uma ação ou evento que já aconteceu ou que está acontecendo no presente no momento da narrativa.

13. O adjetivo “diferente”.

13. • Ele desperta o interesse do leitor, uma vez que toda a história gira em torno do fato de a árvore ser “diferente”: ela fala.

14. • Referem-se ao substantivo “menino”.

• Atividades de desenvolvimento

5 a 10. Analisam os elementos narrativos do conto. Os estudantes devem ser capazes de identificar os principais itens: onde, quando, quem, como, por quê.

11 a 14. Analisam alguns verbos e adjetivos e suas características.

15 e 16. Focam os autores e estimulam pesquisas para conhecê-los mais a fundo.

Vamos compartilhar

Livro de contos

• Atividades preparatórias
• Nesta seção, os estudantes vão retomar o conto que escreveram. Explique que não precisam reescrevê-lo totalmente, mas que podem melhorar, acrescentar elementos etc.etcétera
• Providencie dispositivos eletrônicos, como computador, tablets, notebooks, para os estudantes editarem seus textos.
• Atividades de desenvolvimento
• Durante o processo de escrita e reescrita, oriente os estudantes sempre que precisarem, em relação ao planejamento do texto, para seguirem a estrutura e as características do conto de artimanha ou conto indígena: fazer uso das substituições lexicais e pronominais para evitar as repetições, enriquecer o texto e contribuir para a coesão e a coerência; fazer paragrafação; entre outros.

2. Reúna os textos dos estudantes em um mesmo arquivo digital. Ele pode ser impresso e divulgado em mídias digitais. Caso tenha sido feito à mão, envolva o professor de Arte para a produção da capa e a montagem, por exemplo. Lembre os estudantes que eles também podem ilustrar os contos e a capa.

Habilidades BNCCBê êne cê cê

EF67LP23ê éfe seis sete éle pê dois três

EF69LP44ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

EF69LP49ê éfe seis nove éle pê quatro nove

EF69LP53ê éfe seis nove éle pê cinco três

EF69LP56ê éfe seis nove éle pê cinco seis

6. Respostas pessoais.

7. Respostas pessoais.

• Atividades de desenvolvimento
• Proponha aos estudantes uma busca na internet de espaços de divulgação do livro de contos da turma. Há comunidades que propõem a troca de materiais entre turmas da mesma faixa etária de lugares diferentes. Essa proposta pode viabilizar, além de mais leitura, a troca com crianças em diferentes contextos, ampliando o olhar dos estudantes para diferenças e valorização de culturas. Para isso, é importante que os estudantes estejam acompanhados do professor ou de um adulto.
• Proponha aos estudantes um evento de lançamento do livro de contos. Podem ser convidados familiares e outras pessoas da comunidade escolar. Se julgar adequado, pode acontecer no mesmo evento da atividade da seção anterior, na qual os estudantes fizeram o conto.