UNIDADE 7  Da aventura ao drama!

Nesta unidade vamos explorar os gêneros narrativo e dramático sobre um tema em comum. Acompanhem a história de Piter pã, organizada em quatro etapas que se relacionam.

Ilustração. Vista do alto de local com água do mar em azul-claro, com um pedaço de terra clara ao centro, morros em verde e alguns em marrom. Na parte superior, nuvem branca passando entre as montanhas. Na ponta superior, céu em azul-claro e outras nuvens maiores em branco.

EU SEI

Como os elementos da história são explorados em cada gênero?

A história de Piter pã é conhecida por crianças de diferentes gerações e traz marcas da história de vida de seu autor.

Ilustração. Paisagem em tons de azul-escuro, com céu noturno e vista geral de cidade. À esquerda, torre na vertical, onde vê-se um relógio redondo claro. Ao redor, prédios de tamanhos diferentes, alguns com cúpulas. Na parte superior, céu azul-escuro com nuvens claras. À direita, uma lua redonda branca e perto dela, sombra de uma pessoa sobrevoando com os braços abertos e uma perna esticada para baixo. À direita, uma silhueta menor de uma pessoa segurando com o braço, um guarda-chuva.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Narrativa de aventura

Compreender as características da narrativa de aventura, o contexto de produção e a circulação.

Capítulo 2 – Texto dramático

Compreender a estrutura e as características do texto dramático.

Respostas e comentários

UNIDADE 7

Da aventura ao drama!

Introdução

Esta unidade promove a reflexão e a compreensão das variações linguísticas geográficas que permeiam a Língua Portuguesa. Há também a compreensão, identificação e utilização de sujeito e predicado (sintagma nominal e sintagma verbal), período composto por coordenação e uso da vírgula em orações coordenadas assindéticas.

Os gêneros textuais abordados são as narrativas de aventura e drama, finalizando com uma proposta de desenvolvimento de um espetáculo dramático, seguido de sua encenação. Além disso, há uma retomada dos gêneros textuais biografia e campanhas de conscientização trabalhados no decorrer do bimestre.

Como todo final de bimestre, o Clube do livro propõe o compartilhamento das leituras feitas pelos estudantes com seus colegas e a busca por novas narrativas a serem lidas por eles, estimulando a prática da leitura e a interação entre os estudantes.

Competências gerais

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. (BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, Distrito Federal: Ministério da Educação, 2018. página 9.)

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

  1. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
  2. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
Ilustração. Seis crianças, uma perto da outra, formando uma roda irregular. Na parte inferior, dois meninos de cabelos com franja, ruivos, usando blusa de mangas compridas, gorro e calça em marrom. À direita, vê-se um menino de cabelos lisos pretos, de blusa três-quartos em azul-claro e colete bege. Um menino de cabelos loiros, blusa até os cotovelos em marrom e por cima, colete bege, com o braço esquerdo erguido para cima. À esquerda, menino loiro de cabelos curtos, de blusa branca três quartos com faixa preta sobre a testa e colete comprido em marrom. Perto, um menino de ponta cabeça, de cabelos encaracolados em castanho, com camiseta amarela, bermuda e sapatos verdes.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua, sistematização e ampliação da aprendizagem.

Ilustração. Um homem visto da cintura para cima, com o corpo para a esquerda. Ele tem cabelos longos encaracolados em azul-escuro, bigode fino em preto de chapéu verde e detalhe em amarelo, sobre a cabeça, com blusa de mangas compridas em verde e detalhes nos ombros, atrás das costas e pulsos em vermelho. Nos pulsos, babado branco de camisa branca por dentro. No lugar da mão esquerda há um ferro, similar a uma ponta de um anzol.

VAMOS COMPARTILHAR

Apresentação dramática

Planejar e produzir a apresentação de um texto dramático para os colegas e a comunidade escolar.

Respostas e comentários
  • Atividades preparatórias
  • A abertura desta unidade explora as imagens referentes ao texto narrativo e dramático sobre o Piter pã e à palavra drama. Explique as diferentes acepções para essa palavra. Se preciso, explore-a no dicionário para que eles vejam o que mais se encaixa nesse contexto.
  • Trabalhe o que é o sentido figurado atribuído a algumas palavras. Dê exemplos que sejam do cotidiano dos estudantes para que eles possam entender melhor essa relação. Trabalhe também as palavras relacionadas a drama (drama, dramaturgia, dramaturgo ou teatro, atores, palco, cenas, figurino etcétera), para que eles construam os esquemas mentais framesque os ajudarão a ativar o conhecimento de mundo em momento oportuno. Por exemplo, se convidarmos alguém para ir ao cinema, essa pessoa sabe do que estamos falando porque seu conhecimento de mundo foi ativado. Isso evita que tenhamos de descrever partes do evento.

O interlocutor, que escuta ou lê, pelo fato de ele também possuir esse conhecimento, será capaz de preencher aqueles vazios, aquilo que está implícito, com a informação certa.

Clêiman, Angela. Texto & Leitor: aspectos cognitivos da leitura. décima quinta edição Campinas: Pontes, 2013. página 26.

  • Ativando o conhecimento prévio, o leitor infere sobre o texto e são essas inferências que recuperam as informações implícitas e as que o leitor irá lembrar mais tarde.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Peça aos estudantes que abram o livro e leiam apenas o título da unidade, observando as imagens representadas. Com base no que foi observado e por meio dos conhecimentos pré-adquiridos, incentive-os a criar uma hipótese sobre o que será estudado nesta unidade e o que já conhecem sobre o assunto.
  • Em seguida, retorne para o livro indicando e questionando o que acreditam ser cada uma das etapas que serão desenvolvidas na unidade, explicando o que trabalharão em cada uma delas.

Tema Contemporâneo Transversal

Diversidade cultural.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

10. Redução das desigualdades.

Competências específicas de Língua Portuguesa

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

  1. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etcétera).
  2. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como fórmas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

EU SEI

Como os elementos da história são explorados em cada gênero?

Provavelmente você já conhece a história de Piter pã e dos Garotos Perdidos. Suas aventuras nos levam a descobrir personagens, cenários e enredos que fazem nossa imaginação ir longe.

As imagens a seguir, inspiradas na narrativa de aventura de Piter pã, retratam cenas das histórias por meio de silhuetas, selos e ilustrações.

Ilustração. Sete silhuetas em preto e com uma linha reta na vertical abaixo em marrom em cada uma. Da esquerda para a direita: um crocodilo com a boca aberta, onde vê-se os dentes pequenos e rabo longo. Um homem em pé, com o corpo para a direita, usando um chapéu sobre a cabeça, com a mão de ferro em formato de anzol e na outra mão, segura uma espada média. Um jovem de roupa de mangas compridas, saiote curto e par de botas compridas, com as mãos na cintura. Uma mulher sobrevoando com par de asas nas costas e vestido curto, com cabelos penteados para trás. Na ponta da direita, uma mulher de cabelos longos, com vestido comprido e mangas bufantes curtas. À esquerda e à direita dela, duas crianças pequenas.
Estas silhuetas representam os personagens Piter pã, uendi, Miguel, João, Sininho, Capitão Gancho e o crocodilo.
Ilustração. Vista do alto de local com água do mar em azul-claro, com um pedaço de terra clara ao centro, morros em verde e alguns em marrom. Na parte superior, nuvem branca passando entre as montanhas. Na ponta superior, céu em azul-claro e outras nuvens maiores em branco.
A Terra do Nunca é o mundo onde Piter pã vive com os Garotos Perdidos, defendendo-se das investidas do Capitão Gancho.
Respostas e comentários

Eu sei

Como os elementos da história são explorados em cada gênero?

  • Atividades preparatórias
  • Peça aos estudantes que observem as imagens da página e pergunte sobre qual narrativa elas se referem. São todas da mesma história ou se trata de histórias diferentes?
  • Em seguida, oriente-os a identificar do que se trata cada uma das imagens com relação à narrativa, podendo realizar algumas observações:

Silhuetas – peça aos estudantes que identifiquem os personagens e qual o papel de cada um deles na história, seja ele o vilão ou mocinho, seja protagonista ou personagem secundário.

Terra do Nunca – pergunte o que a ilha tem de especial para ser o lugar para onde os meninos perdidos fugiram, e quem são esses meninos perdidos?

  • Sininho e Piter pã – na história, Piter pã conta a uendi uma curiosidade sobre as fadas. Pergunte aos estudantes se eles se lembram da fala de píter: “As fadas nasceram graças às risadas das crianças. Quando uma criança para de acreditar em fadas, uma fada morre”. Converse sobre essa temática, sobre como acreditar nas coisas faz com que elas ganhem vida.
  • Crocodilo – pergunte aos estudantes se recordam sobre o relógio e o crocodilo. Lembre-os de que o Capitão Gancho tem medo do animal, pois foi ele quem tirou sua mão, durante uma batalha. Aproveite também para citar as diferenças entre crocodilo e jacaré: o primeiro é da Família Crocodilidae, tem o focinho mais afilado, é maior em comprimento, mais ativo e possui o quarto dente do maxilar inferior exposto, mesmo com sua boca fechada, enquanto o jacaré é da Família aligatoridae, tem o focinho arredondado, é menor e mais lento, além de não podermos observar o quarto dente. No Brasil, encontramos apenas espécies de jacaré, enquanto os crocodilos são comuns na África, Ásia, Oceania e nas Américas do Norte e Central.
  • Crianças voando – uendi, Miguel e João voam na frente do relógio Big Ben, localizado em Londres, sendo um de seus principais pontos turísticos e conhecido por sua grande pontualidade britânica.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe seis nove éle pê quatro seis

Selo. Selo na vertical. Ilustração de uma garota pequena à esquerda, sobrevoando com par de asas nas costas em azul-claro. Ela tem cabelos loiros, com coque e franja, usando vestido curto e sapatos em verde. Ela sorri para um menino à frente dela, de tamanho normal, visto do busto para cima. Ele tem orelhas pontudas com cabelos castanhos, usando gorro sobre a cabeça em verde, camiseta da mesma cor e olha para a garota sorrindo para ela. Na parte superior, à esquerda, texto: 41 USA. Ilustração. Selo na horizontal. Ilustração em tons de verde. Ao centro, em um local com água, um animal com a boca aberta, similar a um crocodilo verde mostrando os dentes. Perto dele, à esquerda, um relógio redondo de mesa em vermelho e na parte superior, botões dourados. Na parte superior, à esquerda, silhueta de uma mulher em bege e abaixo, letra em maiúscula: E. Na parte inferior, texto: DAY OF ISSUE. Ilustração. Selo na horizontal. Ilustração em tons de roxo. Foco de um relógio na vertical e na parte superior, um relógio redondo amarelo. Passando sobre ele, três pessoas sobrevoando, vistas de costas: um homem de chapéu sobre a cabeça, com terno e segura na mão esquerda, um guarda-chuva fechado na vertical. Ao lado, garota de mangas compridas para trás, vestes longas e um menino segurando nas mãos um urso de pelúcia. Entre eles, bolinhas pequenas em tons de amarelo-claro. À esquerda, silhueta de um busto de uma mulher e texto: 1 st. Na parte inferior, texto: ISSUE.
Em alguns países, como Estados Unidos, Reino Unido e Rússia, foram criados selos comemorativos para homenagear a história e o autor, djei ém bérri.
Ícone atividade oral.

1. O que você sabe sobre a história de Piter pã e de seus personagens? Compartilhe seu conhecimento com os colegas.

Ícone atividade em dupla.

2. Será que a história de Piter pã pode ser contada por outros meios além da narrativa? Junte-se a um colega e formulem hipóteses. Depois, compartilhem suas hipóteses com a turma.

Ícone atividade em grupos.

3. Em grupo, conversem sobre narrativas de aventura que foram significativas para vocês, aquelas de que se lembram até hoje. Essas histórias relatam aventuras incríveis vividas nos mais diferentes lugares. O que caracteriza o protagonista dessas aventuras? Listem algumas hipóteses.

Respostas e comentários

1. Resposta pessoal.

2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes concluam que é possível contá--la, por exemplo, em filme ou animação, em peça teatral, em quadrinhos, em audiolivro e outros.

3. Resposta pessoal. Os estudantes podem citar Simbá, o marujo, Robinson Crusoé, Alice no País das Maravilhas, entre muitas outras.

3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que o protagonista, ou personagem principal, é uma espécie de herói que se aventura por outros lugares e enfrenta com coragem os obstáculos e desafios que aparecem.

  • Atividades de desenvolvimento
  • Explore as narrativas permeadas de aventuras tratadas nesta unidade. Iniciar o trabalho perguntando aos estudantes: Vocês já leram histórias ou assistiram a filmes em que os personagens viveram grandes aventuras? O que aconteceu? Ouvir e intermediar a conversa, de modo que as ideias sejam partilhadas por todos.
  1. Espera-se que os estudantes compartilhem seu conhecimento sobre a narrativa, complementando entre si a história, tornando um momento de descontração e interatividade entre eles.
  2. É esperado que os estudantes concluam que é possível contá-la, por exemplo, em filme ou animação, em peça teatral, em quadrinhos, em audiolivro e outros. Pergunte a eles se já assistiram, leram ou ouviram algum outro formato dessa história, permitindo-lhes compartilhar suas experiências.

Para observar e avaliar

Aproveite para retomar as histórias trabalhadas na unidade 4, explorando algumas características das narrativas de aventura, como o personagem principal sempre ir atrás de uma aventura, mas essa aventura tem um final; as narrativas têm uma ou mais reviravoltas ou desafios que o protagonista tem de enfrentar; normalmente as narrativas de aventura têm seres fantásticos, lugares e criaturas imaginárias etcétera Observe a compreensão dos estudantes quanto a essa estrutura e, caso perceba dificuldades, ofereça outras opções de leituras extraclasse, com possibilidade de debate pós-leitura, envolvendo as caracterísitcas aqui mencionadas.

EU VOU APRENDER Capítulo 1

Narrativa de aventura

1. Comece a leitura pelos recursos de retomada da narrativa. Depois, faça uma leitura compartilhada com os colegas.

Voando com píter

◀◀

O que aconteceu

Os dárlin são uma família como tantas outras. O pai é uma pessoa muito séria e, às vezes, nervosa. A mãe, ao contrário, é alegre e sorridente. As três crianças amam sonhar com aventuras fantásticas. Nesses sonhos aparece, com frequência, um personagem misterioso chamado Piter pã.

▶▶

O que vai acontecer...

O senhor e a senhora dárlin são convidados para jantar na casa dos vizinhos e deixam os três filhos em casa sozinhos. A mãe está preocupada porque sente que há algum perigo. O cão Naná também late bem alto. Sim, está para acontecer algo incrível...

Quem você vai encontrar

Ilustração. Um garoto visto da cintura para cima, de chapéu azul sobre a cabeça e blusa de mangas compridas em tons de rosa e azul. Com o nome: JOÃO. Ilustração. Uma garota de cabelos loiros, usando vestido de mangas compridas em azul-claro. Com o nome: WENDY. Ilustração. Um menino de cabelos castanhos, de roupa azul-claro, segurando um urso de pelúcia, com o braço direito esticado para cima. Com o nome: MIGUEL. Ilustração. Uma garota de cabelos loiros, de vestido curto em lilás e com o corpo para baixo e par de asas em branco sobre as costas. Com o nome: SININHO. Ilustração. Um garoto visto da cintura para cima, de cabelos curtos ruivos, de blusa regata e saiote em verde. Ele está com o braço direito para cima e corpo para a direita. Com o nome: PETER PAN.

Piter pã e a fada Sininho entraram no quarto das crianças pela janela à procura da sombra de píter. A fada brilhava com uma luz muito forte e voava rápido pelo quarto. Encontrou a sombra numa gaveta. píter tentou colá-la com sabão em seu corpo, mas não conseguiu. Então, desatou a chorar e acordou uendi, que disse:

— Menino, por que você está chorando? Qual é o seu nome? Onde você mora? — perguntou uendi.

Ele respondeu:

— Eu me chamo Piter pã e moro... virando à direita na segunda estrela e depois seguindo em frente até o amanhecer.

Ilustração. Dentro de um quarto em tons em azul. Ao centro, cama com Wendy, menina loira deitada com cobertor em branco. Sobre o cobertor, Peter Pan sentado, com a cabeça para baixo de braços cruzados e perto dele, vê-se uma sombra. Ela está sobre o cobertor e sobre o chão. No alto, Sininho sobrevoando e em torno do corpo dela, luz em amarelo. Na ponta da direita da cama, um móvel de madeira com objetos em cima.
Respostas e comentários

Eu vou aprender

Narrativa de aventura

  • Atividades preparatórias
  • Nesta unidade, iremos aprofundar o gênero narrativa de aventura. As narrativas de aventura constituem um gênero textual que leva os estudantes ao mundo da imaginação, despertando seu interesse pela leitura. Relatam fatos fictícios vividos por personagens que enfrentam desafios e superam os obstáculos de fórma surpreendente.
  • Pergunte aos estudantes se eles acham que a história lida é uma narrativa de aventura e por quê. Analise passo a passo os elementos que compõem o texto narrativo: situação inicial, conflito, desfecho e finalização. Ao fazer essa análise, identifique coletivamente o protagonista e outros personagens da história, o local onde os fatos acontecem, as aventuras vividas pelo protagonista. Chame a atenção para o fato de o protagonista sair da sua realidade para viver as aventuras e depois retornar ao “mundo real”. Peça aos estudantes que identifiquem esses dois momentos na história. É importante que eles saibam que em toda narrativa há um narrador que conta a história e que esse narrador também é observador dos acontecimentos da narrativa, portanto, o texto é narrado em 3ª pessoa.
  • Nas páginas deste capítulo é possível desenvolver o tê cê tê Diversidade cultural, bem como o ó dê ésse Redução das desigualdades, mostrando aos estudantes os costumes e a cultura representados na história.
  • Atividades de desenvolvimento
  • Explore a proposta desta narrativa, que, em cada capítulo do livro, faz uma retomada da leitura do capítulo anterior, uma contextualização do que o estudante lerá neste capítulo e retoma os personagens que fazem parte do capítulo. São estratégias de antecipação de leitura que podem auxiliar os estudantes e de retomada para os que mostrarem alguma dificuldade na autonomia de leitura.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê zero quatro

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê três sete

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

ê éfe seis nove éle pê cinco três

píter disse que nunca teve uma mãe, mas que não chorava por isso. Ele estava triste porque não conseguia colar de novo sua sombra. Então, uendi costurou-a novamente com agulha e linha.

uendi disse a píter que daria um beijo nele, mas ele não sabia o que era um beijo. Então, píter presenteou uendi com um botão e ela prendeu o botão na sua correntinha. píter não sabia dizer sua idade, porque havia fugido de casa recém-nascido.

Ele não queria crescer. Queria continuar criança para sempre. Por isso, tinha ido morar com as fadas.

píter explicou que as fadas nasceram graças às risadas das crianças. Quando uma criança para de acreditar em fadas, uma fada morre. Depois, uendi viu a pequena fada Sininho.

píter contou que agora ele vivia na Terra do Nunca junto com os Garotos Perdidos.

Então, ele disse:

uendi, venha comigo contar fábulas às outras crianças!

píter explicou que podia ensinar a voar e que na Terra do Nunca viviam sereias.

uendi acordou João e Miguel. Piter pã soprou um pouco de pó de pirlimpimpim e os três irmãozinhos começaram a voar pelo quarto, primeiro com dificuldade, depois com mais facilidade. Enquanto o senhor e a senhora dárlin voltaram para casa, píter e as três crianças iam embora voando pela janela.

“Segunda estrela à direita e depois em frente até o amanhecer!” píter, Sininho, uendi, João e Miguel voavam em direção à Terra do Nunca.

Depois de três dias de voo, as crianças estavam com fome e com sono. Aprenderam então a dormir enquanto voavam, para não cair. Depois, elas viram finalmente, à distância, a Terra do Nunca. Era um lugar que já conheciam em seus sonhos!

reticências

Ilustração. Página dupla de livro. À esquerda, personagens sobrevoando no céu em tons de amarelo. Vê-se João com os braços esticados para cima, Wendy com os braços abertos, Miguel com o braço direito para cima, Sininho e Peter Pan com os braços abertos e pernas para trás. À direita, vista do alto de local com morros e cobertos em verde e à frente, uma embarcação em marrom e velas em bege.

. Piter pã. Adaptação de Carlo scatalhin. Tradução de Francesca Criceli. São Paulo: éfe tê dê; Itália: erriksãn, 2020. página 23-30.

Respostas e comentários
  • Atividades de desenvolvimento
  • Ensinar os estudantes a buscar procedimentos de leitura que levem à compreensão do texto contribui para a formação de leitores críticos e competentes. Fazer comentários e propor novas perguntas para ajudar cada um a construir suas próprias respostas.
  • Destaque o foco narrativo e o emprego dos verbos e das pessoas verbais. Leve os estudantes a reconhecer a predominância dos tempos verbais empregados em cada narrativa, nos trechos descritos pelo narrador e no discurso direto, bem como a importância da concordância verbal no desenvolvimento do texto. O efeito de sentido provocado pelo uso dos verbos em diferentes tempos verbais tem um propósito no desenvolvimento da trama, da mesma fórma que o foco narrativo tem influência sobre o leitor, que se torna mais próximo dos acontecimentos em textos narrados em 1ª pessoa e de um narrador-observador, em 3ª pessoa.
  • Retome com os estudantes as marcas estilísticas do gênero de aventura:

a) Apresenta como eixo uma linha temporal construída pelos eventos que se sucedem. b) Uso de marcadores para localização temporal e espacial dos episódios narrados (tempo como movimento, lugar como pausa no fluxo temporal, afeição pelo lugar em função do tempo). c) O texto pode ser narrado na 3ª ou 1ª pessoa. Quando o narrador é também personagem, há fusão do “eu” que enuncia de um espaço e de um tempo e o “eu” implicado nos eventos relatados. d) Uso de adjetivação para caracterizar os lugares por onde o protagonista passa.  e) Tendência a uso de vocabulário mais concreto com uma série de palavras que fazem referência aos lugares e a seus atributos ou ao modo de vida das pessoas. É possível encontrar palavras ou expressões que revelem o ponto de vista do personagem em relação às experiências relatadas.

NÓBREGA, Maria José. Mar de histórias. Disponível em: https://oeds.link/j9oEOu. Acesso em: 12 julho 2022.

  • Atividade complementar
  • É recomendável ler com a classe outros textos e/ou livros que apresentem narrativas de aventura. Ampliar o repertório permite aos estudantes estabelecer relações entre o que já conhecem e outras fórmas de construção de textos, para que possam utilizar novos recursos na escrita.

Para ampliar

Proponha aos estudantes que leiam aagá quê20.000 léguas submarinas em quadrinhos, de João Marcos, com ilustrações de uil, da Editora Nemo, em adaptação do livro de Júlio Verne. Converse sobre o efeito dos recursos das histórias em quadrinhos no conto de aventura. No YouTube, é possível ver uma animação que apresenta a agá quê. Disponível em: https://oeds.link/S92wDp. Acesso em: 11 julho 2022.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

  1. Quem é o narrador da história que você leu?
    1. Um narrador-personagem.
    2. Um narrador-observador.

▶ Como você chegou a essa conclusão?

  1. Qual é o cenário nesse trecho da história? Escreva a alternativa correta.
    1. A Terra do Nunca.
    2. A casa do vizinho.
    3. O quarto das crianças.
  2. Identifique a primeira pista de que algo está prestes a acontecer com as crianças.
  3. Como Piter pã conseguiu entrar na casa?
  4. Quem estava acompanhando o protagonista?
  5. O que Piter pã estava procurando no quarto? Onde encontrou o que procurava?

▶ Escreva, com suas palavras, como Peter recuperou sua sombra.

7. Leia as palavras nesta cruzadinha e crie perguntas para cada uma delas.

Versão adaptada acessível

Atividade 7.

Leia as palavras a seguir e crie perguntas para cada uma delas.

  1. Peter Pan
  2. Wendy
  3. Miguel
  4. Sombra
  5. Sininho
  6. João
Ilustração. Cruzadinha. A – na vertical: PETER-PAN B- na horizontal: WENDY C- na horizontal: MIGUEL D- na horizontal: SOMBRA E – na horizontal: SININHO F- na vertical: JOÃO.
Ilustração. Em uma sala com janela aberta e céu azul estrelado ao fundo, estão Peter Pan, Sininho sobrevoando, Wendy, João, Miguel e outras crianças com fantasias de animais, uma mulher de cabelos longos castanhos e vestido longo em azul com detalhes em vermelho e um homem de cabelos e bigode grisalhos com paleto vermelho, colete azul, gravata verde e calça bege.
Respostas e comentários

1. Resposta: alternativa b).

1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se refiram ao uso de pronomes e verbos na terceira pessoa do discurso.

2. Resposta: alternativa c).

3. A preocupação da mãe ao deixar os três filhos sozinhos em casa. O cão Naná também manifesta um pressentimento ao latir bem alto.

4. Pela janela do quarto das crianças.

5. A fada Sininho.

6. Estava procurando sua sombra, que foi encontrada em uma gaveta.

6. Resposta pessoal.

7. Sugestões de respostas: a) Quem estava chorando?; b) Quem costurou a sombra de píter?; c) Qual é o nome do irmão mais novo de ?; d) O que píter estava procurando?; e) Qual o nome da fada que acompanhava Piter pã?; f) Qual das crianças usa cartola?

Compreensão textual

Atividades de desenvolvimento

  1. Espera-se que os estudantes se refiram ao uso de pronomes e verbos na terceira pessoa do discurso. Peça a eles que destaquem alguns trechos desse uso.
  2. Explore com os estudantes oralmente questões básicas para a compreensão da narrativa ficcional:
    • O que aconteceu?
    • Quem eram os envolvidos?
    • Quando aconteceu?
    • Onde aconteceu?
    • Como se desenrolaram os fatos?
    • Por que tudo aconteceu?
  3. Pergunte aos estudantes se eles já vivenciaram alguma situação como a descrita nessa a atividade, a de ter a sensação de que algo estranho fosse acontecer e isso se concretizasse. Peça a eles que contem suas experiências.
  4. Se julgar apropriado, complemente dizendo quepíter, com suas habilidades de voo, conseguiu entrar pela janela do quarto que foi deixada aberta.
  5. Quem era a fada Sininho na narrativa? É interessante que os estudantes percebam que, normalmente, nas narrativas de aventura, o protagonista tem um parceiro, que lhe acompanha durante toda a história: no caso de Piter pã, sua parceira é a fada Sininho, que o ajuda, aconselha e está sempre ao seu lado.
  6. Espera-se que os estudantes percebam que, ao encontrar a sombra na gaveta e não conseguir colá-la sozinho, píter teve o auxílio de uendi, que a costurou novamente ao menino.
  7. Esta atividade trabalha com a formulação de perguntas possíveis para a resposta. É uma oportunidade de explorar com os estudantes a adequação de contextos e formulação de perguntas.

Depois de criarem as perguntas, explore as diferentes questões criadas pelos estudantes e a sua pertinência ou não para a resposta. Esta atividade pode ter um grau de dificuldade um pouco maior para os estudantes que mostraram dificuldade nas habilidades de compreensão de texto, por isso, se achar interessante, trabalhe em pequenos grupos.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe zero seis éle pê zero cinco

ê éfe zero seis éle pê zero seis

ê éfe seis sete éle pê zero quatro

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê três sete

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

  1. Descreva por que píter presenteou uendi com um botão.
  2. píter sabia dizer sua idade? Explique.
  3. Por que ele foi morar com as fadas?
  4. Como as fadas nasceram e como elas morrem, de acordo com Piter pã?
  5. Onde Piter pã vivia e com quem?
    1. Como píter explicou o caminho para chegar à Terra do Nunca?
    2. uendi e os irmãos aceitaram o convite para ir à Terra do Nunca? Como eles iriam até lá? Explique com suas palavras.
  6. Releia este trecho da história e responda às questões.

Enquanto o senhor e a senhora dárlin voltaram para casa, píter e as três crianças iam embora voando pela janela.

“Segunda estrela à direita e depois em frente até o amanhecer!” píter, Sininho, uendi, João e Miguel voavam em direção à Terra do Nunca.

Depois de três dias de voo, as crianças estavam com fome e com sono. Aprenderam então a dormir enquanto voavam, para não cair. Depois, elas viram finalmente, à distância, a Terra do Nunca. Era um lugar que já conheciam em seus sonhos!

Ilustração. Sobrevoando no céu em azul-claro, perto de nuvens e da lua redonda branca, Peter Pan e três crianças. Peter Pan de cabelos escuros com gorro, blusa de mangas compridas e calça em verde. Com a mão direita, ele segura na mão de Wendy, menina loira com cabelos presos para trás, de vestido de mangas curtas, bufantes, sapatos azuis e perto dela, João, garoto de cabelos escuros, de camiseta amarela, calça azul e sapatos vermelhos e na ponta, Miguel, menino de cabelos castanhos, de camiseta verde e macacão laranja.
  1. Onde estavam as crianças, quando os pais voltaram para casa?
  2. Descreva quanto tempo durou a viagem e o que aconteceu durante o percurso.
  3. As crianças já conheciam a Terra do Nunca?
  4. Explique a função das aspas nesse trecho.
  1. O que caracteriza a história de Piter pã como uma narrativa de aventura? Explique utilizando alguns elementos próprios desse gênero textual.
  2. Se os acontecimentos do trecho reproduzido na atividade 13 fossem contados pelos pais das crianças, você acha que a história seria a mesma?
Respostas e comentários

8. uendi disse a píter que daria um beijo nele, mas ele não sabia o que era beijo. Então, presenteou-a com um botão, que ela prendeu em sua correntinha.

9. píter não sabia quantos anos tinha, porque havia fugido de casa recém-nascido.

10. Porque ele não queria crescer, queria continuar criança para sempre.

11. As fadas nasceram graças às risadas das crianças. Quando uma criança para de acreditar em fadas, uma fada morre.

12. Ele vivia na Terra do Nunca com os Garotos Perdidos.

12.a) “Virando à direita na segunda estrela e depois seguindo em frente até o amanhecer."

12.b) Resposta pessoal.

13.a) Estavam voando para fóra do quarto, pela janela.

13.b) A viagem durou três dias. As crianças sentiram fome e sono e tiveram que aprender a voar dormindo.

13.c) Sim, conheciam de seus sonhos.

13.d) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes expliquem que as aspas identificam a fala do personagem píter.

14. Resposta pessoal. Ver sugestão de resposta nas orientações didáticas.

15. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que a história tem elementos e acontecimentos muito ligados ao imaginário das crianças e, se fosse contada pelos pais, provavelmente perderia esse contexto, tornando-se mais realista.

Atividades de desenvolvimento

  1. Aproveite a situação inusitada e pergunte aos estudantes se já vivenciaram alguma situação parecida à descrita pelo autor. Peça a eles que contem suas experiências.
  2. Espera-se que os estudantes percebam que o tempo na Terra do Nunca, onde píter vive, passa de maneira diferente do que vivenciamos; por esse motivo, provavelmente não tem a idade que aparenta.
  3. Pergunte aos estudantes se tomariam a mesma decisão que Piter pã e peça a eles que justifiquem seus motivos.
  4. Espera-se que os estudantes percebam que as fadas e a dinâmica de como elas nascem e morrem vem da característica da fantasia e do imaginário presentes na narrativa de aventura.
  5. Peça aos estudantes que se dividam em duplas ou trios e tentem explicar a seus colegas como chegar a sua casa a partir da escola, em palavras, desenhos, ou como preferirem. O objetivo é desenvolver noções geográficas de um percurso que eles fazem todos os dias.
  6. Leia com os estudantes o trecho da atividade. Em seguida, peça a eles que a realizem. Pergunte-lhes se já sonharam com alguma terra imaginária como a Terra do Nunca, onde coisas incríveis acontecem e seres encantados existem.
  7. Os estudantes podem citar viagem a lugar desconhecido, imaginário, desafios encontrados pelo caminho, presença de elementos fantásticos, mágicos, como a fada, as sereias, a Terra do Nunca e os garotos perdidos.

Ouça as hipóteses dos estudantes e, em seguida, explore os seguintes elementos: onde acontece a história; quem é o protagonista, suas características; quais desafios ele viveu.

15. Espera-se que os estudantes percebam que a história tem elementos e acontecimentos muito ligados ao imaginário das crianças e, se fosse contada pelos pais, provavelmente perderia esse contexto, tornando-se mais realista.

  • Peça aos estudantes que identifiquem os termos que caracterizam a narrativa em cada uma das questões.
  • Quem eram os envolvidos? – substantivos, adjetivos e locuções adjetivas; O que aconteceu? – verbos conjugados no presente e pretéritos perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito simples e composto, todos no modo indicativo; Quando? Onde? Como? Por quê? – advérbios e locuções adverbiais.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Sujeito e predicado (sintagma nominal e sintagma verbal)

Responda às questões no caderno.

1. Releia este parágrafo da narrativa Voando com píter.

uendi acordou João e Miguel. Piter pã soprou um pouco de pó de pirlimpimpim e os três irmãozinhos começaram a voar pelo quarto, primeiro com dificuldade, depois com mais facilidade. Enquanto o senhor e a senhora dárlin voltaram para casa, píter e as três crianças iam embora voando pela janela.

  1. Quantas orações há nesse trecho?
  2. Identifique e classifique os períodos nele presentes.
  3. A quem se referem os verbos “soprou” e “começaram”? Por que um está no singular e o outro no plural?

As orações, de fórma geral, são compostas de determinadas partes, chamadas de sintagmas. Esses sintagmas se relacionam uns aos outros, dando sentido aos enunciados da língua. Em uma oração, dois deles são mais comuns: o sintagma nominal e o sintagma verbal.

O sintagma nominal é aquele cuja parte mais importante é um substantivo. Já o sintagma verbal é aquele cuja parte mais importante é um verbo.

2. No trecho “Piter pã e a fada Sininho entraram no quarto das crianças pela janela à procura da sombra de píter”, há quantas orações?

▶ Identifique o sintagma nominal e o sintagma verbal presentes no período.

3. Leia a tirinha.

Tirinha. Composta por quatro quadros. Apresenta como personagens: Charlie Brown, menino careca e com um fio de cabelo fino fazendo pequeno topete e vestido com camiseta em amarelo com listra em preto. Snoopy, cachorro de pelos em branco com orelhas e focinho preto. Q1 – Charlie Brown à esquerda, com o corpo para a direita, visto dos ombros para cima, olhando para Snoopy sentado sobre telhado de casinha de cachorro em vermelho. Charlie Brown diz: ACHO QUE VOCÊ ESTÁ ESQUECENDO DE UMA COISA. Q2 – Charlie Brown olhando para frente, visto dos ombros para cima, com o braço direito para cima. Ele fala: NO FINAL DA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS O LOBO CAIU NUM CALDEIRÃO DE ÁGUA FERVENDO. Q3 – Charlie Brown com o corpo para a direita, braços abertos, de frente para Snoopy, diz para ele: ENTÃO VOCÊ ESTÁ COM MEDO DO QUÊ? Snoopy olha para baixo para Charlie Brown. Q4 – Snoopy sobre a casinha, olhando para frente com os olhos bem abertos, pensa: OS NETOS DELE PODEM ESTAR QUERENDO VINGANÇA!

chuls, tcharles em. Minduim. Estadão, São Paulo, 18 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/3W1Wq8. Acesso em: 29 maio 2022.

Respostas e comentários

1.a) Há cinco orações.

1.b) Período 1 (simples): uendi acordou João e Miguel. Período 2 (composto): Piter pã soprou um pouco de pó de pirlimpimpim e os três irmãozinhos começaram a voar pelo quarto, primeiro com dificuldade, depois com mais facilidade. Período 3 (composto): Enquanto o senhor e a senhora dárlin voltaram para casa, píter e as três crianças iam embora voando pela janela.

1.c) “Soprou” se refere a Piter pã. “Começaram” se refere aos três irmãozinhos. Estão, respectivamente, no singular e no plural porque se relacionam a termos no singular e no plural.

2. Uma oração, pois há apenas um verbo: “entraram”.

2. Sintagma nominal: Piter pã e a fada Sininho. Sintagma verbal: entraram no quarto das crianças pela janela à procura da sombra de píter.

Língua e linguagem

Sujeito e predicado (sintagma nominal e sintagma verbal)

  • Atividades preparatórias
  • Peça aos estudantes que se organizem em duplas. Cada um da dupla deverá pegar uma folha do caderno. Primeiramente, as duplas ficarão sentadas separadas para que possam escrever as orações, sem que o colega veja.
  • Cada estudante deverá escrever entre 5 e 10 sentenças (a critério do professor), com cores diferentes entre elas e com as palavras separadas, para que possam ser cortadas, para formar um quebra-cabeça.
  • Após todos escreverem suas frases, recortarem as palavras e misturá-las em um grande monte, os estudantes irão trocar os montes com sua dupla, para tentar ordenar as palavras de maneira a fazer sentido a oração.
  • Peça aos colegas que corrijam suas respostas e, juntos, identifiquem o sujeito e o predicado das orações criadas por ambos.
  • Atividades de desenvolvimento

1a. Se necessário, retome com os estudantes o conceito de oração: é uma frase que contém verbo (ou locução verbal).

1b. Peça a eles que façam essa atividade em duplas, para que se auxiliem ao responder. Espera-se que eles consigam identificar as orações e se cada uma delas é simples ou composta.

1c. Espera-se que os estudantes consigam identificar o sujeito de cada oração à qual se refere a pergunta.

  1. O sintagma nominal geralmente corresponde ao sujeito da oração. O sujeito é o termo que indica o ser sobre o qual se informa algo e com o qual o verbo concorda em pessoa e número. O sintagma verbal, por sua vez, corresponde ao predicado da oração. O predicado é o termo que corresponde a uma declaração sobre o sujeito e sempre apresenta verbo.
  2. Espera-se que os estudantes consigam identificar os sujeitos e predicados presentes em cada quadrinhos e, por meio do sujeito, compreender o tempo verbal utilizado nas orações.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe zero seis éle pê zero seis

ê éfe zero seis éle pê um zero

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

  1. Com que objetivo Chárli relembra ao snúpi o desfecho da história dos três porquinhos?
  2. Por que a resposta do snúpi causa o humor da tirinha?
  3. No segundo quadrinho, qual é o sujeito da oração?
  4. No último quadrinho, identifique o sujeito e o predicado da oração que corresponde à resposta do snúpi.
  5. Por que, nessa oração, o verbo está no plural?

Quando os sintagmas são compostos de mais de um elemento, sempre haverá um de maior importância. No caso do sujeito, geralmente o elemento mais importante é um substantivo. Quando o núcleo do sujeito é um substantivo, temos um sujeito simples. Quando o núcleo do sujeito apresenta mais de um substantivo, temos um sujeito composto. No caso do sintagma verbal, o elemento mais importante é, a princípio, o verbo. No entanto, a classificação do predicado depende de algumas características específicas, que veremos em outro momento.

4. Na notícia a seguir, alguns verbos foram propositalmente extraídos. No caderno, escreva esses verbos, de acordo com as instruções que estão entre parênteses. Não se esqueça de verificar o sujeito com qual esse verbo se relaciona.

Piter pã — O Musical da Broadway” ganha nova temporada em São Paulo

reticências

A produção que fez sua estreia em 2018, no Teatro Alfa, em São Paulo, três asteriscos (retornar, presente do indicativo) ao mesmo palco para uma nova montagem, estrelada por Mateus Ribeiro reticências e com algumas novidades de peso no elenco. Produzido pela Touché Entretenimento e Foco Cultural, o premiado espetáculo reticências três asteriscos (estrear, presente do indicativo) curta temporada nesta sexta, 03.

Para trazer um frescor à conhecida montagem, inspirada na famosa fábula de djei ém bérri, “Piter pã – O Musical da Broadway três asteriscos (contar, presente do indicativo) com Saulo Vasconcelos no papel icônico de Capitão Gancho/Senhor dárlin. Ele, que é considerado um dos maiores nomes do teatro musical brasileiro da chamada “era de ouro” reticências, três asteriscos (fazer, presente do indicativo) deste o seu grande retorno aos palcos, após longo hiato com direito a mudanças de estado e país. 

Pisacane, Grazy. “Piter pã – O Musical da Broadway” ganha nova temporada em São Paulo. A bróduei é aqui, São Paulo, 30 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/impo3V. Acesso em: 6 junho 2022.

Respostas e comentários

3.a) Com o objetivo de tranquilizar o cão, que aparentemente está com medo do lobo.

3.b) Porque ele não está com medo do lobo, mas sim de seus possíveis netos, algo ainda mais impensável que o próprio medo do lobo.

3.c) O sujeito é “o lobo”.

3.d) Sujeito: Os netos dele. Predicado: podem estar querendo vingança.

3.e) Porque concorda com o núcleo do sujeito (netos), que está no plural.

4. Retorna, estreia, conta, faz.

  • Atividades de desenvolvimento
  • No boxe conceito não fazemos referência à classificação dos predicados, pois, o predicado nominal, por exemplo, tem como núcleo o predicativo do sujeito, e não o verbo de ligação. Entretanto, o sintagma verbal é aquele que apresenta o verbo como termo principal, sendo o seu principal traço distintivo.

4. É esperado que os estudantes consigam identificar os verbos com base na compreensão de cada uma das frases de fórma a torná-la coerente por meio da utilização correta do tempo verbal. Peça aos estudantes que identifiquem qual foi o tempo verbal utilizado e pergunte se ele se aplica a todos os verbos ou se estes apresentam tempos verbais distintos.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Variação geográfica

Responda às questões no caderno.

Ícone atividade oral.

1. Leia a tirinha.

Tirinha. Composta por dois quadrinhos. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e calça em azul e vestido de blusa de mangas compridas em laranja. Uma menina de cabelos escuros emI chuquinha, de blusa de mangas compridas em verde, calça azul e bolsa de lado em cinza. Outra menina, de cabelos ruivos em coque com franja, camiseta branca e calça em lilás. Pai de Armandinho, visto da cintura para baixo, vestido de calça em azul-claro e sapatos em cinza. As cenas se passam em um local aberto. Q1 – À esquerda, árvore pequena de cor bege com folhas pequenas em verde e as três crianças à direita, uma ao lado da outra. Pai de Armandinho fala: MACAXERA, MANDIOCA E AIPIM SÃO NOMES DIFERENTES PARA A MESMA PLANTA! Armandinho com o corpo para a esquerda, pergunta olhando para a planta à frente deles: ESSE TOCO AÍ?Q2 – Pai de Armandinho à esquerda, puxando com as mãos a planta de caule bege e raízes abaixo em marrom, faz barulho: PLOCT! As três crianças olhando para o pai do Armandinho, com a cabeça para cima e boca aberta.

BECK, Alexandre. Armandinho. [sem local], 19 julho 2017. tãmbler: tirasarmandinho. Disponível em: https://oeds.link/kXrnR6. Acesso em: 30 maio 2022.

  1. No primeiro quadrinho, o pai do Armandinho informa que a mesma planta tem nomes diferentes. Em sua região, que nome essa planta recebe?
  2. Você conhece outros exemplos semelhantes ao da tirinha? Se sim, compartilhe com os colegas.
  3. Na sua opinião, por que essas diferenças acontecem?

Uma mesma língua assume diferentes características, dependendo da região em que é falada. Essas diferenças podem ser notadas tanto pelo sotaque dos falantes quanto pelo uso de determinadas palavras e expressões. Trata-se da chamada variação geográfica ou regional.

2. Observe as imagens a seguir.

Fotografia. Duas tangerinas na cor laranja com folhas verdes na parte superior e, à frente delas, uma outra, descascada, com os gomos aparentes. Fotografia. Um cesto de cor bege, forrado por dentro em branco e com dezenas de pães de cor creme. Fotografia. Mandioquinhas, legumes de tamanho médio de cor amarela, uma acima da outra. Há também três rodelas cortadas. Fotografia. Duas abóbora na cor laranja, grandes e em formato redondo.
  1. Em sua região, como se chamam esses alimentos?
  2. Você sabia que, em outras regiões, eles recebem nomes diferentes? Se souber, informe esses nomes.
Respostas e comentários

1.a) Resposta pessoal.

1.b) Resposta pessoal. Ver sugestões nas orientações didáticas.

1.c) Resposta pessoal.

2.a) e b) Respostas pessoais. Ver sugestões nas orientações didáticas.

Variação linguística

Variação geográfica

  • Atividades preparatórias
  • Proponha aos estudantes descobrir as variações geográficas de palavras da Língua Portuguesa. Para isso, escreva na lousa de maneira desordenada, as palavras com suas variantes.
  • Os estudantes deverão se dividir em duplas, e no caderno deverão separar as palavras de acordo com a sua equivalência, atentando que em alguns casos pode haver mais de duas opções, e circular o termo que é utilizado em sua região.

Alguns exemplos de palavras a serem utilizadas: menino – guri; almôndega – porpeta; baba – pelada; bebê – bruguelo; desconfiado – cabreiro; geladinho – sacolé – dindim; goiaba – araçá; salsicha – vina; mandioca – macaxeira – aipim.

  • Disponibilize aos estudantes um tempo para realizar a atividade e, em seguida, corrija-a na lousa, pedindo a eles que chequem quais acertaram ou não.
  • Em seguida, promova uma breve discussão sobre o que eles acreditam ser essas variações linguísticas, explicando brevemente o tema das variações geográficas presentes na Língua Portuguesa a ser trabalhado.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê zero um

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

3. Leia esta matéria.

Entenda de vez a polêmica entre biscoito e bolacha

Apesar da infinidade de memes e discussões acaloradas, biscoito e bolacha são sinônimos garantidos por lei. Por mais curioso que possa parecer, a polêmica virou questão política e até mesmo uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (anvisa) foi elaborada para explicar a rusga. A briga não é nova, mas não tem uma origem muito definida.

Para o chef consultor e professor do curso de gastronomia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (púquiParaná), Vavo Krieck, as duas palavras têm origens diferentes, mas se complementam no final das contas. É mais uma questão de regionalidade mesmo.

“Os cariocas constantemente me diziam: ‘é biscoito, bolacha é um tapaço’. Na verdade, os dois são feitos com massa de farinha de algum cereal, água, açúcar, gordura e fermento. O biscoito tem seus primeiros registros na língua portuguesa em 1317, enquanto bolacha aparece somente em 1543. Nesse quesito, biscoito saiu na frente”, explica.

Há regiões que usam a palavra bolacha, como o Sul e Centro-Oeste e parte do Norte, enquanto estados como Minas Gerais adotam as duas versões. Alguns estados do Nordeste usam biscoito, dispensando totalmente a palavra bolacha.

reticências

Fotografia. Um prato redondo branco com bolachas arredondadas, empilhadas uma sobre a outra e uma à frente na vertical.
Bolacha ou biscoito? A diferença de nome é um exemplo de variação geográfica ou regional.

GRANDI, Guilherme. Entenda de vez a polêmica entre biscoito e bolacha. Gazeta do Povo, Curitiba, 20 julho 2020. Disponível em: https://oeds.link/UynYXo. Acesso em: 30 maio 2022.

  1. Na sua região, como esse alimento é chamado?
  2. No texto, são apresentados exemplos que comprovam que a polêmica entre “biscoito” e “bolacha” é uma variação geográfica. Cite um desses exemplos.
  3. Após a leitura do texto e com base no que você aprendeu nesta seção, é possível dizer que existe uma forma mais ou menos “correta” de denominar esse alimento? Por quê?
Respostas e comentários

3.a) Resposta pessoal.

3.b) Sugestões de respostas. Exemplo 1: “Os cariocas constantemente me diziam: ‘é biscoito, bolacha é um tapaço’ reticências”. Exemplo 2: “Há regiões que usam a palavra bolacha, como o Sul e Centro-Oeste e parte do Norte, enquanto estados como Minas Gerais adotam as duas versões. Alguns estados do Nordeste usam biscoito, dispensando totalmente a palavra bolacha”.

3.c) Não, pois a diferença de nomenclatura é apenas uma questão de variação geográfica ou regional. Trata-se de fórmas diferentes de dizer a mesma coisa.

Atividades de desenvolvimento

1a. Pergunte aos estudantes se conhecem os outros nomes ditos pelo pai de Armandinho.

1b. Incentive os estudantes a discutirem os exemplos trazidos. Caso eles não se lembrem, cite exemplos comuns, tais como: abóbora/jerimum/moranga, mugunzá/canjica, curau/canjica etcétera

1c. Deixe os estudantes livres para formular hipóteses. Enfatize que não existe fórma “melhor” ou “pior”; existem fórmas diferentes.

2a. Espera-se que os estudantes identifiquem os alimentos por meio das imagens, provavelmente já surgindo alguma variação dos nomes utilizados por eles.

2b. Informe aos estudantes outros nomes pelos quais são conhecidos esses alimentos. Veja na sequência:

  • Tangerina, bergamota, mimosa, laranja-cravo, mandarina, fuxiqueira ou manjerica.
  • Pão francês, carequinha, pão de sal, cacetinho etcétera
  • Mandioquinha, batata baroa ou batata salsa.
  • Jerimum ou abóbora.

3a. Apesar de se tratar de uma mesma região, provavelmente se observará uma variação geográfica entre os estudantes da turma.

3b. Identifique os exemplos 1 e 2 para a turma e peça aos estudantes que completem no caderno suas respostas.

3c. Espera-se que eles percebam que, apesar de nomenclaturas diferentes, ambas estão corretas e contêm o mesmo significado, variando apenas pela região na qual são utilizadas.

Aproveite para explorar na notícia on-line o uso e função do recurso de hiperlink.

EU VOU APRENDER  Capítulo 2

Texto dramático

A cultura se expressa de vários modos, pela literatura, pela música, pela dança, pelas artes plásticas, por meio de produções como livros, quadros, filmes e peças teatrais.

Ícone atividade oral.
  1. Você já assistiu a alguma peça de teatro? Se sim, como foi sua experiência? Se não assistiu, como você imagina que seja? Explique à turma.
  2. Na sua opinião, um texto teatral, que é feito para ser encenado, é diferente de outros textos que você conhece, como narrativas de aventura ou contos? Por quê?
  3. Agora, faça uma leitura compartilhada com os colegas do trecho do texto dramático das aventuras de Piter pã.

Piter pã

djei ém bérri

Adaptação Pamela Pinheiro

Cena 3 – A fuga

(Sininho entra pela janela e começa a mexer no quarto, procurando a sombra de píter. Ela se esconde embaixo da cama. Entra píter)

píter: Sininho... Sino, cadê você? (Sininho aparece) Vamos, saia de baixo dessa cama e me diga de uma vez: descobriu onde eles guardaram a minha sombra?

(Som de sinos, Sininho aponta para o baú. píter vai até o baú e começa a tirar tudo de lá procurando a sombra. Sininho entra no baú para ajudar. píter pega a sombra e esquece Sininho lá dentro. píter espera que a sombra se una a ele, mas isso não acontece. Ele sai de cena e volta com um sabonete. Tenta colar a sombra com um sabonete. Como não consegue, senta-se perto da cama e começa a chorar)

uendi: (Acordando) Menino... Por que você está chorando?

(píter se levanta, faz uma curvatura graciosa, uendi faz o mesmo)

uendi: uendi ângela dárlin. E o seu?

píter: Piter pã.

uendi: Só isso?

píter: Só.

Respostas e comentários

1. Resposta pessoal.

2. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam as diferenças em relação aos outros gêneros, principalmente pela entrada das falas dos personagens e descrições de locais, situações ou cenários.

Eu vou aprender

Texto dramático

  • Atividades preparatórias
  • Este capítulo aborda o gênero textual “texto dramático”, finalizando com a proposta de montar uma encenação dramática ou teatro de fantoches. A abertura do capítulo explora as questões referentes ao teatro e à palavra drama. Explique as diferentes acepções para essa palavra. Se preciso, explore-a no dicionário para que eles vejam o que mais se encaixa nesse contexto.
  • Há uma reflexão que permeia a unidade e que se relaciona à valorização das artes, da curiosidade que move as pesquisas e as descobertas. Essa abordagem colabora para o desenvolvimento da Competência geral 2 da Educação Básica, na Bê êne cê cê.
  • Prepare previamente e traga para a sala de aula ilustrações de encenações teatrais. Mostre-as aos estudantes e peça a eles que observem as imagens e digam quem são as pessoas (atores), o que elas estão fazendo (encenando), onde elas estão (no palco), o que são as cortinas (cortinas que cobrem a coxia) e adereços (objetos e mobiliário do cenário). Complemente explicando que essas fotos são de cenas de peças teatrais. Pergunte onde mais podemos encontrar atuação de atores e complemente de acordo com a resposta deles: filmes, novelas, séries etcétera
  • Atividades de desenvolvimento
  • Reúna os estudantes para conversarem sobre as atividades 1 e 2. Inicie explorando a palavra “cultura”, percebendo o que eles entendem por essa palavra. Se preciso, mais uma vez, peça a eles que busquem as acepções no dicionário.
  1. Motive-os a contar suas experiências com o teatro e o que se lembram, como: personagens, cenários, figurinos, jogos de luzes, silêncio na plateia, aplausos, como é a atuação e a empostação de voz dos atores para que toda a plateia ouça etcétera Envolva-os para que se interessem pelo que irão estudar, falando sobre os teatros localizados na região onde vivem e os mais famosos do Brasil, a importância da cultura e da arte, os modos como a cultura está presente no nosso dia a dia e, às vezes, nem percebemos etcétera
  2. Peça aos estudantes que contem o que sabem sobre textos teatrais, como suas diferenças em relação a outros gêneros de texto, marcado principalmente pela entrada das falas dos personagens e descrições de locais, situações ou cenários.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê dois nove

ê éfe seis nove éle pê três um

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

uendi: Desculpe.

píter: Não faz mal.

uendi: Onde você mora?

píter: A segunda à direita, e depois sempre em frente, até de manhã.

uendi: Que endereço engraçado!

píter: Não é não.

uendi: Quer dizer, é assim que se escreve nas cartas?

píter: Não tem carta nenhuma.

uendi: Mas sua mãe recebe cartas, não recebe?

píter: Não tem mãe nenhuma.

uendi: Oh, píter, coitado! Não admira que esteja chorando! (Desce da cama e vai para junto dele)

píter: Estava chorando porque não consigo colar minha sombra. Além do mais, eu não estava chorando...

uendi: (Espantada) Ela descolou?

píter: Descolou.

uendi: Que horror! (Vê que ele estava tentando colar a sombra com o sabonete) Mas você estava colando com o sabonete? Bem coisa de menino mesmo. (Ri) Vai precisar costurar.

píter: O que é costurar?

uendi: Puxa, como você é ignorante!

píter: Não sou não.

uendi: Que gracinha! Eu costuro para você, meu pequeno. (Pega uma caixinha de costura e volta para perto de píter) Pode ser que doa um pouquinho.

píter: Ah, mas eu não chóro.

(uendi começa a costurar, píter aperta os dentes, mas não chora)

Ilustração. Em um local com solo marrom, paredes em marrom-claro, de frente para uma chaminé, Peter Pan à esquerda, sentado e com o pé direito perto de Wendy à frente dele. Ele tem cabelos curtos ruivos, com gorro sobre a cabeça, roupa de mangas até os cotovelos e saiote em verde. Sobre o pescoço, com pingente de cor marrom. Wendy, de frente para ele, sentada, de  cabelos até os ombros, de vestes longas em branco e tem nas mãos agulha e linha, costurando o pé dele. Sobre a chaminé, um vaso de planta em azul e à direita, vaso verde e urso de pelúcia em marrom.
Respostas e comentários

3. Comece a exploração do texto dramático da peça Piter pã conversando sobre quem é o autor. djei ém bérri, um escritor escocês, que criou Piter pã baseado na história que contou aos filhos de sua amiga Sylvia Llewelyn-Davies. Para criar o nome Piter pã, ele se inspirou no nome do mais novo dos filhos de sílvia (píter e no semideus dos pastores e dos rebanhos da mitologia grega (Pem).

  • A história narra as aventuras de Piter pã, um garoto que fugiu de casa porque não queria crescer. Os irmãos uendi, Djón e máikol, junto com píter e sua fada temperamental, vivem várias aventuras em uma jornada pela mágica Terra do Nunca.
  • Ativando o conhecimento prévio, o leitor infere sobre o texto e são essas inferências que recuperam as informações implícitas e as que o leitor irá lembrar mais tarde.
  • O texto dramático apresenta os elementos de uma narrativa, ou seja, relata fatos vividos por personagens em determinado tempo e lugar. Os fatos se desenvolvem por meio dos diálogos entre os personagens, sendo possível encontrar marcas de oralidade no texto. Os nomes dos personagens antecedem suas falas. Entre uma fala e outra, em geral há explicações do narrador que descrevem detalhes do cenário e indicam os gestos e expressões que os personagens devem apresentar durante as cenas. Muitas vezes, o texto teatral é organizado em atos, e cada ato tem diferentes cenas.
  • Atividades complementares
  • Se possível, sugerimos que os estudantes assistam a um espetáculo teatral apresentado na cidade onde moram antes de iniciar a leitura dos textos teatrais da unidade, o que contribui para promover a aprendizagem fóra da escola. É importante selecionar uma peça adequada a crianças dessa faixa etária. Combinar antecipadamente com os estudantes como devem agir antes, durante e após a apresentação. Pedir a eles que observem a atuação dos atores em cena, o figurino, o cenário, as luzes e os efeitos sonoros. Também é possível assistir a cenas de teatro de bonecos na internet. Propor a seguinte questão: Qual é a diferença no papel do ator quando manipula um boneco e quando ele é o próprio personagem?
  • Estimule uma pesquisa sobre um glossário de teatro. Disponível em: https://oeds.link/XFDjXF. Acesso em: 10 julho 2022. Trabalhe as palavras relacionadas a drama (drama, dramaturgia, dramaturgo ou teatro, atores, palco, cenas, figurino etcétera), para que eles construam os esquemas mentais (frames) que os ajudarão a ativar o conhecimento de mundo em momento oportuno.

Para ampliar

No sáite Companhia Trucks Teatro de Bonecos é possível assistir a alguns vídeos sobre as apresentações do grupo. Disponível em: https://oeds.link/rLsY0s. Acesso em: 10 julho 2022.

Proponha uma conversa sobre teatro de fantoches, sua criação e características.

uendi: Era melhor eu ter passado o ferro.

píter: (Começa a andar de um lado para o outro, feliz) Ah, como eu sou esperto. Viva a minha esperteza!

uendi: Seu convencido! Quer dizer que eu não fiz nada?

píter: Fez sim, um pouquinho.

uendi: Um pouquinho? Se não sirvo para nada, então posso muito bem ir embora...

(uendi volta para a cama e coloca a cabeça embaixo das cobertas. píter finge que vai embora, mas mesmo assim ela não olha. Ele vai até a beirada da cama)

píter: uendi, não vá embora. Eu não consigo parar de ser convencido e ficar me gabando quando eu estou feliz, uendi. uendi, uma menina vale mais que vinte meninos.

uendi: (Coloca a cabeça para fóra) Você acha mesmo, píter?

píter: Acho.

uendi: Pois eu acho uma gracinha você dizer isso. E vou me levantar de novo. (Senta-se na cama) Se você quiser, eu posso lhe dar um beijo.

(píter estende a mão, esperando ganhar alguma coisa)

uendi: Você não sabe o que é um beijo?

píter: Vou ficar sabendo assim que você me der.

(uendi dá um dedal para ele)

píter: Agora você quer que eu lhe dê um beijo?

uendi: Se você tiver vontade.

(uendi inclina o rosto em direção a píter, ele dá um botão para ela)

uendi: Vou usar o seu beijo com um cordãozinho em volta do pescoço. (Coloca um cordão no botão e o amarra no pescoço) Quantos anos você tem?

píter: Não sei... Mas ainda sou bem moço. uendi, fugi de casa quando nasci.

(uendi faz um gesto para píter se sentar mais perto)

píter: Foi porque eu ouvi meu pai e minha mãe conversando sobre o que eu ia ser quando crescesse. Eu não quero crescer nunca, quero ficar sempre criança e me divertir muito. Por isso eu fugi para os jardins de Kensington e vivi lá por muito tempo, no meio das fadas.

reticências

uendi: píter, você não vai me dizer que tem uma fada aqui dentro desse quarto!

píter: Ela estava aqui ainda agorinha. Por acaso você não a está ouvindo?

uendi: A única coisa que eu estou ouvindo é uma musiquinha parecida com o som de sinos.

Respostas e comentários
  • Atividades de desenvolvimento
  • Peça aos estudantes que identifiquem no texto falas que mostram que uendi e píter vêm de mundos diferentes (uendi: escreve o endereço da casa nas cartas, sabe costurar, quer passar a sombra a ferro etcétera; Piter pã: não sabe o próprio endereço, nem sua idade, não tem pai, nem mãe, tentou colar a sombra com sabonete, não sabe o que é um beijo, ou dedal etcétera). Amplie o debate estimulando os estudantes a imaginar outros contextos de vida diferentes e como as pessoas devem ter tolerância e respeito frente à diversidade. Auxilie-os a desenvolver uma postura de valorização e interesse pelas várias culturas.
  • Durante a leitura coletiva, proceda como se fosse o estudo do texto para a montagem da peça, observando não apenas o entendimento global do texto, mas também o que está implícito e explícito por meio de inferências ao longo da leitura. Ressalte o tipo de linguagem e trabalhe o que é o sentido figurado e como ele é atribuído a algumas palavras. Dê exemplos que sejam do cotidiano dos estudantes para que eles possam entender melhor essa relação. “Estude” o texto junto com os estudantes para, ao final, propor uma leitura dramática.
  • Explore o texto, cena por cena, por vários dias. Proponha um trabalho com leitura expressiva ou dramatização de algumas cenas com os estudantes para desenvolver entonação e expressão corporal. Convide estudantes diferentes para lerem a mesma fala e compare a entonação, pois cada pessoa pode expressar um texto dramático de maneira diferente. Aqui, reproduzimos apenas um trecho, mas, se julgar adequado, faça a leitura do texto inteiro: “O interlocutor, que escuta ou lê, pelo fato de ele também possuir esse conhecimento, será capaz de preencher aqueles vazios, aquilo que está implícito, com a informação certa.” (Clêiman, Angela.)

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê dois nove

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

píter: Pois bem, é ela, é Sininho. Essa é a língua das fadas. Acho que também estou ouvindo. (Contente) uendi, acho que tranquei a Sininho no baú.

(píter abre a tampa do baú, Sininho corre pelo quarto, muito brava)

píter: Você não devia ficar falando essas coisas. É claro que eu estou triste por ter trancado você lá dentro, mas como é que eu ia saber que você estava no baú?

uendi: Ah, Se ela parasse quieta um instantinho para eu poder ver...

píter: Elas quase nunca param quietas...

(Sininho senta-se um pouquinho)

uendi: Ah, que amor!

píter: Sino... Esta dama diz que gostaria que você fosse a fadinha dela.

(Sininho apenas mexe a boca enquanto sai um som de sinos)

uendi: Que foi que ela disse, píter?

píter: Ela não é muito educada. Disse que você é uma menina grande e feia, e que ela já é minha fada. (Para Sininho) Você sabe muito bem que não pode ser minha fada, Sino, porque sou um cavalheiro, e você é uma dama.

reticências

uendi: Se você não mora nos jardins de kensinton...

píter: Às vezes ainda moro...

uendi: Mas onde você mora na maior parte do tempo?

píter: Com os meninos perdidos.

uendi: Quem são eles?

píter: São crianças que caem dos carrinhos quando as babás não estão prestando atenção. Se em sete dias ninguém for procurar por eles, eles são mandados para a Terra do Nunca, para diminuir as despesas. Eu sou o chefe.

Ilustração. Dentro de uma nuvem redonda em tons de azul e lilás, uma mulher em tons de cor bege-claro, de cabelos curtos, roupas longas e sobre as costas, par de asas, com o braço direito esticado para frente. Perto dela, estrelas de cor branca e laranja.
Respostas e comentários
  • Atividades complementares
  • Proponha uma conversa sobre a importância de conhecer a arte dramática e fazer montagens teatrais. A turma perde a timidez, amplia os horizontes culturais e trabalha bem em grupo quando a arte cênica faz parte do currículo.
  • Durante a leitura, peça aos estudantes que expliquem a confusão criada por uendi com as palavras “beijo” e “dedal” (ela troca as palavras quando percebe que píter não conhece seus significados).
  • Estimule os estudantes a imaginar as diferenças entre o mundo de uendi (o mundo real de uma criança que vive na cidade) e o mundo de Piter pã (que vive longe da família, no mundo das fadas, piratas e crianças que sabem voar).
  • Peça a eles que identifiquem no texto a explicação para os “meninos perdidos” (São crianças que caem dos carrinhos quando as babás não estão prestando atenção).

uendi: Deve ser divertidíssimo.

píter: E é mesmo... Mas ficamos muito sozinhos, sabe? Não temos companhia feminina.

uendi: Não tem nenhuma menina?

píter: Não. Como você deve saber, as meninas são muito espertas e não caem dos carrinhos.

uendi: Acho lindo o seu jeito de falar nas meninas, píter. O João ali só nos despreza.

(píter vai até a cama onde está João e o empurra. João continua dormindo no chão)

uendi: Devo te lembrar que você não é o chefe aqui. (Ri) Mas eu sei que você só estava querendo ser gentil. Por isso, pode me dar um beijo.

píter: (Tristonho) Bem que eu achei que depois você ia querer ele de volta. (Oferece o dedal para ela)

uendi: (Gentil) Ah, meu Deus! Eu me confundi, não era um beijo que eu queria, era um dedal.

píter: O que é isso?

uendi: É assim. (Dá um beijo nele)

píter: Gozado... E agora? Também te dou um dedal?

(Sininho entra)

uendi: Se você quiser...

(píter dá um beijo em uendi, Sininho puxa o cabelo dela)

uendi: Ai!

píter: O que foi?

uendi: Tive a sensação de que alguém estava puxando o meu cabelo.

píter: Deve ter sido Sininho. Nunca a vi tão malcomportada assim.

reticências

(píter se levanta em um pulo e vai até a janela)

uendi: Aonde você vai?

píter: Contar aos outros meninos.

uendi: Não vá, píter. Eu sei tantas histórias. Ah, tantas histórias que eu poderia contar para os meninos.

(píter segura o seu braço e a puxa em direção da janela)

uendi: Me solte!

píter: uendi, por favor, venha comigo e conte...

uendi: Puxa, eu não posso... Pense só na mamãe, e além do mais eu não sei voar.

píter: Eu te ensino...

uendi: Que maravilha voar!

Respostas e comentários
  • Atividades de desenvolvimento
  • Nas páginas deste capítulo é possível desenvolver o tê cê tê Diversidade cultural, bem como o ó dê ésse Redução das desigualdades, mostrando aos estudantes os costumes e a cultura representados na história.
  • Peça aos estudantes que identifiquem o motivo da haver apenas meninos no grupo e não meninas (As meninas são muito espertas e não caem dos carrinhos).
  • Num dado momento do texto, uendi compara Piter pã com seu irmão, que por vezes a despreza. píter empurra o menino para fóra da cama e uendi o lembra de que ele não é o chefe da casa. Peça aos estudantes que expliquem por que uendi elogia píter (ele trata bem as meninas), mas depois logo o repreende (ele empurrou o João para o chão por desprezar as meninas).
  • Logo no início da peça, o autor estabelece o conflito entre Sininho e uendi. Peça aos estudantes que identifiquem elementos desse conflito (Sininho puxa o cabelo de uendi para que Piter pã não possa beijá-la).
  • Leia a seguir um conteúdo sobre o uso da dramatização:

Por volta dos 12 anos de idade, o jovem entra num período de profundas transformações, tanto no nível físico, quanto emocional e intelectual. No nível físico, a pré-puberdade tem início, caracterizando-se pela gradativa perda da harmonia corporal; os movimentos começam a se tornar angulosos e estabanados, os membros alongam-se e, ao mesmo tempo, uma grande energia e vitalidade manifestam-se, especialmente nos meninos, que precisam se livrar do excesso de , seja em esportes mais dinâmicos, seja em confrontos corporais entre eles ou com meninos mais velhos. A diferença entre meninos e meninas cresce cada vez mais. O comportamento das meninas oscila principalmente devido a vivências sentimentais e emocionais. reticências

Outra experiência que o jovem pode obter através do teatro, e que será importante para a vida, é a vivência de um processo de montagem que pode durar semanas e exigir dedicação e esforço. O jovem atualmente tende a ser imediatista, a querer tudo pronto e chegar ao fim de alguma coisa o mais depressa possível, seja do jeito que for. A montagem de uma peça teatral com todos os seus elementos, além de ser um trabalho coletivo que desenvolve a noção de grupo, reticências proporciona um mergulho no tema escolhido reticências. Isto requer um trabalho de construção gradativo e persistente, que treina a fôrça de vontade de cada um. reticências

Disponível em: https://oeds.link/tFdD4D. Acesso em: 7 julho 2022.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê dois nove

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

píter: Então? Eu te ensino a voar montada no vento. E uendi, lá tem sereias...

uendi: Sereias! Com rabos?

píter: Enormes! uendi, nós íamos te respeitar tanto!

uendi: Ah, ver sereias...

píter: uendi, você podia ajeitar nossas cobertas de noite. Nunca nenhum de nós teve ninguém que ajeitasse nossas cobertas de noite.

uendi: Ah... (Estende os braços para ele) É claro que é fascinante. Demais! Você ensina João e Miguel a voar também?

píter: Se você quiser...

(uendi vai até a cama e acorda João e Miguel)

uendi: Acordem! Piter pã está aqui e vai nos ensinar a voar!

Então eu levanto!

(João e Miguel se levantam)

(A píter) Você sabe voar mesmo?

píter: Sei sim!

e : Que maravilha!

uendi: Que amor!

píter: Sou mesmo. Um amor. Um amor.

Explique como a gente tem que fazer.

píter: É só pensar em coisas boas e esses pensamentos gostosos vão te fazer subir no ar.

Agora eu aprendi, uendi!

(João, uendi e Miguel tentam voar pulando das camas, mas só caem)

píter: Primeiro vocês precisam de um pouco de poeira das fadas. (Joga um pouco de glitter nas crianças)

Vamos voar lá fóra?

(João pega a sua cartola e todos saem pela janela. Em seguida entram Senhora dárlin, Senhor dárlin e Naná, mas já era tarde demais)

Ilustração. Paisagem em tons de azul-escuro, com céu noturno e vista geral de cidade. À esquerda, torre na vertical, onde vê-se um relógio redondo claro. Ao redor, prédios de tamanhos diferentes, alguns com cúpulas. Na parte superior, céu azul-escuro com nuvens claras. Ao centro, uma lua redonda branca e à frentedela, sombra de uma pessoa sobrevoando com os braços abertos e uma perna esticada para baixo. À direita, uma silhueta menor de uma pessoa segurando com o braço, um guarda-chuva, também voando.

, Piter pã. Adaptação de Pamela Pinheiro. Oficina de Teatro, centésima 2001-2013. 

Respostas e comentários
  • Atividades DE DESENVOLVIMENTO
  • Ao final da leitura silenciosa, pergunte aos estudantes o que acharam da leitura e qual é o assunto do texto. De acordo com as respostas, faça novas perguntas que os levem a perceber alguns elementos, como: as indicações entre parênteses, como sabemos quando é a fala dos personagens, a alternância entre diálogo e narração, a construção da narrativa por meio de diálogos etcétera
  • Retome a função do texto teatral, para que ele serve, levando-os a perceber que é um texto feito para ser encenado, então ler um texto teatral ou uma peça de teatro é diferente de assistir a uma peça, pois, quando encenada, há o cenário, os figurinos, a música, os atores representando os personagens (dando-lhes vida), etcétera Quando lemos um texto teatral, temos de imaginar tudo isso, pois é como se a peça acontecesse “dentro do leitor”. Ao ler, criamos o cenário, os figurinos, imaginamos os personagens, a trilha musical etcétera É uma experiência única e individual que, mais tarde, pode ser concretizada ao se produzir uma peça de teatro ou mesmo fazendo uma leitura dramática e usando vozes diferentes, alguns figurinos etcétera
  • Proponha uma conversa sobre o conflito interno de uendi. A menina não quer que píter se vá, pois tem várias histórias para contar para os meninos. Porém, ela diz que não pode ir, pois pensa em sua mãe. Pergunte aos estudantes o que imaginam que ela quis dizer com “pensar em sua mãe” (ela ficaria desesperada se sua filha fosse embora). Converse sobre os argumentos apresentados por píter: lá tem sereias, uendi seria muito respeitada, ela poderia ajeitar as cobertas dos meninos de noite.

Para ampliar

Proponha a leitura de “Mas por quê?” A história de – Uma peça musical. Coleção fóra de Cena. Rafael Gomes (Autor), Vinicius Calderoni (Autor), Gabriela Romeu (Compilador). Companhia das Letrinhas, 2021.

Nessa peça de teatro cheia de música e emoção, os leitores vão acompanhar o encontro da menina Cecília com um grupo extraordinário – e o que acontece depois que cada música de Elvis Preslei termina.

Para observar e avaliar

Durante a leitura compartilhada, observe as inferências que os estudantes estão fazendo para perceber se estão compreendendo o texto e construindo sentido. Caso algum deles demonstre dificuldade, faça novas perguntas para ajudá-lo a fazer as inferências e cruzamentos necessários para chegar à compreensão leitora ao final.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

  1. Onde se passa a cena do texto dramático lido?
    1. Como essa informação aparece no texto? Copie o trecho.
    2. Qual é a função do texto entre parênteses?
  2. O que você descobriu sobre o texto? Copie e preencha o quadro com as informações solicitadas.
Ícone modelo
Elementos da cena do texto dramático

Título do texto dramático

Autor

Adaptador

Número da cena e título

Personagens

Cenário

Enredo

  1. Observe os diálogos no texto. A linguagem utilizada é formal ou informal? Como você chegou a essa conclusão?
  2. Copie algumas marcas de oralidade utilizadas no texto dramático.
  3. Como é possível saber de quem é cada fala nos diálogos?
  4. Releia este diálogo entre João e píter.

João: Explique como a gente tem que fazer.

píter: É só pensar em coisas boas e esses pensamentos gostosos vão te fazer subir no ar.

Em um texto narrativo, como ficaria esse diálogo?

7. Que sinais de pontuação são utilizados no texto? Você acha que eles contribuem para a compreensão da história? Por quê?

No texto teatral ou dramático, geralmente, não há narrador, por isso os diálogos são fundamentais, bem como os elementos cenográficos e os efeitos de luz e som. Para identificar as falas, usa-se o nome do personagem antes de cada uma. As marcações ou orientações costumam ser feitas entre parênteses.

Respostas e comentários

1. No quarto das crianças.

1.a) “(Sininho entra pela janela e começa a mexer no quarto, procurando a sombra de píter. Ela se esconde embaixo da cama. Entra píter)."

1.b) Orientar atores e diretores sobre o contexto da cena e as ações a serem executadas.

2. Piter pãdjei ém bérriPamela Pinheiro Cena 3 – A fugaPiter pã, Sininho, uendi, João e Miguel.

O quarto das crianças, na casa onde moram. Resposta pessoal.

3. É informal.

3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes mencionem o vocabulário simples, as expressões populares, algumas construções que fogem à norma-padrão (te; você), as marcas de oralidade.

4. Ah, Puxa, Oh, É, Ai e outras.

5. Nos textos dramáticos, para identificar de quem é determinada fala, utiliza-se o recurso de colocar o nome do personagem antes da fala.

6. Resposta pessoal. Sugestão: — Explique como a gente tem que fazer — pediu João. — É só pensar em coisas boas e esses pensamentos gostosos vão te fazer subir no ar — respondeu píter.

7. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes destaquem o uso das reticências, dos pontos de interrogação e exclamação, dos dois-pontos, dos parênteses etcétera Devem mencionar que a pontuação organiza a fala dos personagens, os contextos das cenas e as ações dos personagens, quando necessário.

Compreensão textual

  • Atividades preparatórias
  • As atividades desta seção são de compreensão textual pela localização de informações. Explique a importância de reler o texto para identificar os elementos que auxiliam a responder cada pergunta ao invés de tentar lembrar o que foi lido.
  • Espera-se que eles demonstrem compreensão leitora, fazendo novas inferências sobre o texto. Motive-os a discutir primeiro em duplas e depois amplie a discussão com toda a turma.
  • Atividades de desenvolvimento

1a. As questões iniciais são relacionadas ao contexto da peça e onde ela se passa (no quarto das crianças). Explique que, geralmente, o texto teatral não tem narrador, a história se desenrola pelos diálogos dos personagens.

1b. Releia os textos entre parênteses com os estudantes, fazendo com que percebam que eles descrevem o que e onde acontecem as cenas, além de fornecer orientações (marcações) para os atores de como devem agir durante a cena. Elas também são conhecidas como “indicações de cena” ou rubricas. Muitas vezes, os textos teatrais são publicados, tornando-se acessíveis ao público em geral.

  • As atividades 2 a 8 permitem a iniciação dos estudantes para os princípios da Análise documental (sensibilização para análise de discurso), em que farão análise de elementos do texto.
  • A análise documental exige a definição de uma unidade de análise ou de um corpus documental. Em seguida, o pesquisador deve separar as análises em interna e externa, sendo que a primeira consiste em determinar a autoria, a data de publicação, como foi veiculado, o gênero, a função a que se destina, o público e outras informações que podem ser obtidas sem a análise do documento ou por meio de uma leitura superficial dele. A segunda, a análise interna, recorre a diversos métodos para estabelecer os sentidos do texto por meio de suas estruturas e de outros elementos inerentes ao documento.
  • Entre os métodos de análise interna destaca-se a análise do discurso. Com origem na Linguística, na Teoria Literária e na Filosofia, a análise de discurso pode ser dividida, de fórma geral, em análise dos significados, análise dos signos e dos códigos e análise dos significados, dos signos e dos códigos em relação aos seus usuários.

2. Oriente os estudantes para que, ao copiar o quadro para as informações da atividade 2, deixem uma quantidade de linhas maiores para que possam descrever o enredo, citando os acontecimentos principais. Em seguida, peça a alguns deles que compartilhem as respostas e estabeleçam comparações entre elas.

3 e 4. Instrua-os a comparar a linguagem dos diálogos e das rubricas (orientações entre parênteses) e sublinhar as marcas de oralidade no texto.

  1. Ressalte a importância de organizar textos pelo uso de marcadores do discurso e pontuação clara.
  2. Para orientar os estudantes, lembre-os de que em um texto narrativo os diálogos podem ser apresentados pelo discurso direto, como na sugestão, ou pelo discurso indireto. Dê exemplos utilizando outras falas do texto.
  1. Releia o trecho do texto que descreve o momento em que uendi e os irmãos decidem acompanhar Piter pã.
    1. O que motivou uendi a acompanhar Piter pã?
    2. Que argumento levou João a se levantar?
    3. O que as informações entre parênteses, nesse trecho, representam?
  2. Releia este trecho da narrativa de aventura de Piter pã, apresentada no capítulo anterior.

píter explicou que podia ensinar a voar e que na Terra do Nunca viviam sereias.

uendi acordou João e Miguel. Piter pã soprou um pouco de pó de pirlimpimpim e os três irmãozinhos começaram a voar pelo quarto, primeiro com dificuldade, depois com mais facilidade. Enquanto o senhor e a senhora dárlin voltaram para casa, píter e as três crianças iam embora voando pela janela.

Ilustração. Uma menina de cabelos castanhos longos, penteado para o lado, com top e cauda longa de peixe em branco e na parte inferior em rosa-claro. Ela está sentada sobre pedras cinzas empilhadas. Entre elas, folhas em verde e partículas pequenas em amarelo e laranja. Ela olha para trás e, perto dela, bolhas em azul-claro.
Compare-o com o trecho do texto dramático da página 223 para responder às questões.
  1. Os dois trechos exploram a mesma passagem? Explique.
  2. Observe novamente o trecho da narrativa de aventura e descreva sua estrutura.
  3. O que indica a conjunção “enquanto” nesse trecho?
  4. Agora, releia a última marcação da Cena 3 do texto dramático. A chegada dos pais se dá ao mesmo tempo que as crianças saem voando? Justifique sua resposta.
  5. Qual dos textos apresenta mais detalhes desse trecho da história? Que recursos são utilizados para isso?
  6. Descreva a estrutura do texto dramático.
  7. Releia o trecho e indique os diferentes termos usados para se referir aos mesmos personagens. Explique a razão desse recurso.
Ícone atividade oral.

10. Agora, dê sua opinião. De qual texto você mais gostou: do texto narrativo ou do texto dramático? Explique por quê.

Ícone atividade em grupos.

11. Para finalizar, que tal fazer uma leitura dramatizada do texto teatral? Você e os colegas, orientados pelo professor, vão selecionar quem fará o papel de cada personagem. Divirtam-se!

Respostas e comentários

8.a) Aprender a voar, conhecer sereias, poder cuidar dos meninos ajeitando suas cobertas à noite.

8.b) Que píter ia ensiná-los a voar.

8.c) Representam ações que os personagens fizeram, de modo que o leitor compreenda a cena.

9.a) Sim, ambos mencionam o fato de que as crianças poderiam aprender a voar por meio do pó de fada (pó de pirlimpimpim), ver sereias na Terra do Nunca, sair voando pela janela enquanto os pais voltavam para casa.

9.b) O texto se apresenta em sequências narrativas e descritivas, organizado em parágrafos, com o uso de vírgulas e pontos-finais.

9.c) A palavra foi usada com valor temporal, indicando simultaneidade: ao mesmo tempo que os pais voltavam para casa, as crianças saíam voando pela janela.

9.d) Não. Os pais chegam logo após a saída das crianças, o que é indicado pela locução adverbial de tempo “em seguida”.

9.e) O texto dramático, por apresentar diálogos e marcações que explicitam as ações.

9.f) O texto se organiza pelas falas dos personagens, identificadas pelos nomes e pelo uso dos dois-pontos. Apresenta a descrição das cenas e as ações dos personagens por meio das marcações entre parênteses.

9.g) uendi, João e Miguel; os três irmãozinhos; as três crianças. O recurso é utilizado para evitar repetições no texto.

10. Resposta pessoal.

Atividades de desenvolvimento

7. Ressalte a importância de organizar visualmente um texto que mistura diálogos e orientações de cena (rubricas) fazendo o bom uso de pontuação, parágrafos e parênteses. Explore o uso das reticências, dos pontos de interrogação, dos dois-pontos etcétera

8a. Retome o debate sobre o conflito interno de uendi, que não quer desapontar sua mãe, mas quer viver uma aventura. Alguns argumentos dados por Piter pã são vantagens para os meninos perdidos (ajeitar as cobertas).

8b. Pergunte à turma que outra vantagem João teria ao seguir píter (viver uma aventura com piratas e sereias).

8c. Retome a importância das orientações entre parênteses para contextualizar e explicar as cenas, como se fosse o narrador de uma história.

9a. Em duplas, eles podem observar na peça a divisão em cenas, a indicação das falas, o texto explicativo sobre o cenário e o posicionamento dos personagens, bem como os indicativos de expressão e da maneira de falar, estabelecendo a diferença da organização da narrativa de aventura. Registrar, na lousa ou em uma cartolina, as observações feitas pelos estudantes, que podem servir de consulta no momento de produzir o texto.

9b. Ressalte o fato de que os dois gêneros textuais podem conter descrições, narrações e diálogos, mas que a organização é diferente.

9c. Relembre a importância das orientações espaciais e da descrição das ações para auxiliar os atores na dramatização.

9d. Explore outras frases que tenham locuções adverbiais de tempo para que os estudantes identifiquem outros exemplos.

9e. Ressalte que a função de um texto dramático vai além da leitura por prazer, já que os atores necessitam de informações que os orientem na dramatização.

9f. Mostre outros exemplos de textos narrativos e dramáticos para que os estudantes possam identificar suas estruturas.

9g. Ressalte a importância de evitar a repetição por meio do uso de pronomes e sinônimos.

  1. Valorize as opiniões dos estudantes, estimulando o respeito aos colegas, a escuta ativa e o uso de recursos persuasivos em argumentos que justifiquem as opiniões.
  2. Enfatize a importância de perceber a entonação, o volume da voz e a intencionalidade durante a leitura. Em cada grupo, oriente a escolha dos papéis e nomeie um estudante para organizar a leitura.

Para ampliar

Pesquise outras fórmas de evitar a repetição de palavras. Disponível em: https://oeds.link/WhENZS. Acesso em: 8 julho 2022.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe zero seis éle pê um um

ê éfe seis sete éle pê zero quatro

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê dois nove

ê éfe seis nove éle pê cinco dois

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

LÍNGUA E LINGUAGEM

Período composto por coordenação

Respondam às questões no caderno.

Ícone atividade em dupla.

1. Releiam este trecho do texto dramático Piter pã.

píter: Sininho... Sino cadê você? (Sininho aparece) Vamos, saia de baixo dessa cama e me diga de uma vez: descobriu onde eles guardaram a minha sombra?

(Som de sinos, Sininho aponta para o baú. píter vai até o baú e começa a tirar tudo de lá procurando a sombra. Sininho entra no baú para ajudar. píter pega a sombra e esquece Sininho lá dentro. píter espera que a sombra se una a ele, mas isso não acontece. Ele sai de cena e volta com um sabonete. Tenta colar a sombra com um sabonete. Como não consegue, senta-se perto da cama e começa a chorar)

uendi: (Acordando) Menino... Por que você está chorando?

(píterse levanta, faz uma curvatura graciosa, uendi faz o mesmo)

  1. Observem a segunda marcação que aparece entre parênteses. Em: “píter pega a sombra e esquece Sininho lá dentro”, há quantas orações?
  2. Essas orações apresentam os elementos básicos que estudamos no capítulo anterior?
  3. Como as orações em questão se ligam para formar o período?

O período composto pode receber diferentes classificações, dependendo da relação que as orações estabelecem entre si. Quando elas são independentes umas das outras, o período é composto por coordenação. Quando as orações são dependentes umas das outras, o período é composto por subordinação.

Para entender melhor o que são orações independentes ou dependentes, observem os seguintes exemplos:

Exemplo 1

Miguel: Vamos voar lá fóra?

(João pega a sua cartola e todos saem pela janela. Em seguida entram Senhora dárlin, Senhor dárlin e Naná, mas já era tarde demais)

Na marcação entre parênteses, temos dois períodos compostos, cada um com duas orações. Todas elas estão completas do ponto de vista sintático, ou seja, têm os termos necessários para sua compreensão. São, portanto, independentes.

Respostas e comentários

1.a) Duas orações.

1.b) Espera-se que os estudantes digam que sim. Ver orientações didáticas.

1.c) Ligam-se por meio do conectivo (conjunção) “e”.

Língua e linguagem

Período composto por coordenação

  • Atividades preparatórias
  • Para essa atividade, os estudantes irão identificar e analisar períodos compostos no texto dramático da peça Piter pã. O objetivo é relembrar conceitos aprendidos nos capítulos anteriores sobre frases, orações e períodos, bem como ampliar os conhecimentos por meio da identificação de períodos compostos por orações separadas por vírgula, ou seja, períodos compostos por coordenação.
  • Atividades de desenvolvimento

1. Relembre aos estudantes que cada oração é formada em torno de um verbo e que eles devem identificar os verbos para encontrar as duas orações do período.

1b. É possível que alguns estudantes digam que na segunda oração, falta um sintagma nominal, pois o sujeito não está explícito. Caso isso ocorra, explique que, embora o sujeito não esteja visível, é a ele que se refere toda a informação contida no predicado. A sua ausência na oração se dá apenas por questões de coesão do texto, a fim de evitar a repetição de uma informação facilmente recuperável pelo contexto.

1c. Relembre com os estudantes outras conjunções que eles conhecem: e, mas, ou, logo, pois, que, como e por quê.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe zero seis éle pê zero sete

ê éfe zero seis éle pê zero nove

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê um sete

Exemplo 2

uendi: Tive a sensação de que alguém estava puxando o meu cabelo.

Nesse caso, o período é composto de duas orações, e a primeira precisa da segunda. Para comprovar isso, basta dividir o período e perceber que ambas precisam uma da outra para formar um todo compreensível. Este é um caso de orações dependentes sintaticamente.

Orações coordenadas assindéticas

2. Retornem ao texto da atividade 1. Na última marcação entre parênteses, as orações são dependentes ou independentes sintaticamente? Como elas estão separadas entre si?

As orações que formam o período composto por coordenação são chamadas de orações coordenadas. Quando unidas por um conectivo (conjunção), elas são chamadas de orações coordenadas sindéticas. Quando não apresentam conectivo (conjunção), elas são chamadas de orações coordenadas assindéticas.

  1. As orações da atividade 2 são classificadas como coordenadas sindéticas ou assindéticas? Por quê?
  2. Observem este cartaz.
Cartaz. Cartaz na vertical. Da metade para cima, fotografia de vagões em tons de cinza e azul, onde se veem portas e janelas. Na parte superior, hastes pretas conectadas a cabos na horizontal. À esquerda, um poste em branco e preto, placa em vermelho, escrito: PARE. Na parte superior, outra placa em preto e texto em laranja e mais acima, farol em vermelho. Na parte inferior, em fundo laranja, texto: PARE, OLHE, ESCUTE, APONTE E FALE. Estes gestos simples garantem a sua segurança ao atravessar uma passagem de nível. Mais abaixo, linha na horizontal com pequenos círculos e mais abaixo, logotipo.

SUPERVIA Trens Urbanos. Pare, olhe, escute, aponte e fale. Rio de Janeiro, 9 dezembro 2019. Facebook: SuperVia. Disponível em: https://oeds.link/y3tmfX. Acesso em: 31 maio 2022.

  1. Qual é o objetivo da campanha?
  2. Partindo desse objetivo, por que os verbos do texto principal do cartaz estão no imperativo?
  3. Quantas orações há nesse texto principal?
  4. Como essas orações se classificam?
Respostas e comentários

2. As orações são independentes. Elas estão separadas por vírgulas.

3. São assindéticas, pois não apresentam conectivo (conjunção).

4.a) Alertar a população sobre a necessidade de respeitar a sinalização das passagens em níveis.

4.b) Estão no imperativo porque exprimem recomendações ao público.

4.c) Há cinco orações.

4.d) São orações coordenadas. As quatro primeiras são assindéticas, e a última, sindética.

Atividades de desenvolvimento

  1. No período em questão (“píter se levanta, faz uma curvatura graciosa, uendi faz o mesmo”), peça aos estudantes que identifiquem os verbos (se levanta, faz, faz) e separem as orações antes de analisá-las. Pergunte qual é o sujeito da segunda oração: “faz uma curvatura graciosa” (píter). Pergunte por que o sujeito foi omitido (para evitar a repetição do nome píter). Explique que as três orações são independentes porque podemos compreender cada uma delas mesmo na ausência das outras duas.
  2. As três orações coordenadas estão separadas por vírgulas, sem conjunção e, portanto, são orações coordenadas assindéticas. Dê vários exemplos de orações coordenadas sindéticas e assindéticas e peça aos estudantes que criem mais orações com as conjunções que conhecem.
  3. Pergunte sobre a ilustração do cartaz e peça aos estudantes que identifiquem seus elementos: tema, autoria, ilustração, título, subtítulo e mensagem.

4a. Converse sobre as primeiras três palavras “pare, olhe, escute” e pergunte sobre a importância dessas ações ao atravessar a linha do trem. (veja mais ideias na seção Para ampliar).

4b. O modo imperativo pode ser usado para expressar ações que se exige do interlocutor. Elas podem expressar ordens, pedidos, sugestões ou conselhos. Os verbos do cartaz são formados a partir do presente do indicativo, eliminando-se o “s” ao final da conjugação.

4c. Peça aos estudantes que contem os verbos e relembre que cada oração é formada a partir de um verbo (5 orações ao todo).

4d. Proponha aos estudantes que circulem as vírgulas e sublinhem a conjunção “e”. Explique que a última oração está ligada por conjunção e, portanto, é uma oração coordenada sindética.

Para ampliar

Explique que a nova campanha sobre respeitar a sinalização da linha de trem foi lançada para incluir mais duas palavras ao velho islôgam “pare, olhe, escute”. A inclusão das palavras “aponte e fale” remete à técnica japonesa “Shisa Kanko”, de redução de acidentes por meio do aumento do foco atencional ao apontar para a tarefa e nomeá-la em voz alta. Mostre o vídeo que explica essa técnica; disponível em: https://oeds.link/h0ufB0. Acesso em: julho 2022. Converse sobre essa e outras estratégias para melhorar o foco na leitura e estudos. Pratique com os estudantes algumas das técnicas sugeridas neste linque: https://oeds.link/uR8ks7. Acesso em: 8 julho 2022.

A VOZ DO AUTOR

Biografia

1. Leia a biografia do autor de Piter pã.

djeimes méfiu bérri

. (djeimes méfiu bérri), o nono de dez filhos, nasceu na Escócia, em 1860, e faleceu em Londres, em 1937. Formou-se na Universidade de Edimburgo em 1882. Ainda estudante, tornou-se crítico de teatro e passou a fazer parte de um grupo de debates, o que o ajudou a superar a timidez. Após um breve período escrevendo para o Nottingham Journal, mudou-se para Londres, onde passou a publicar artigos e contos, sempre cheios de humor.

Escreveu peças teatrais e livros durante quase toda a vida, a maioria para o público adulto, inclusive a peça The Boy Who Wouldn’t Grow Up [O menino que não queria crescer], de 1904, que deu origem ao personagem Piter pã, sua mais famosa criação. Em 1911, o romance – ou Piter pã – foi publicado em livro, narrando a clássica história dos irmãos dárlin uendi, João e Miguel – que acompanham Piter pã em uma viagem pela Terra do Nunca, onde enfrentam o Capitão Gancho e seus piratas, além de muitos outros perigos.

GRUPO Autência. djeimes méfiu bérri. Autores, Belo Horizonte, 202?. Disponível em: https://oeds.link/c6Kape. Acesso em: 20 maio 2022.

2. Agora, saiba mais sobre o que o autor de Piter pã fez com seus direitos autorais.

Hospital de Londres detém direitos autorais de Piter pã

Por Marcelo Duarte

26 de julho de 2012

Esta estátua de Piter pã fica na porta de entrada do Great Ormond Street, um hospital em Londres especializado no tratamento de crianças.

Fotografia. Uma estátua de tamanho médio, garoto de cor marrom, cabelos curtos e com saiote em cinza. Ele está com o braço esquerdo para cima e braço direito dobrado, sentado sobre local com folhas verdes. Ao fundo, parte em vidro e contornos em azul.
Estátua de Piter pã, na porta de entrada do Great Ormond Street, um hospital em Londres.
Respostas e comentários

A voz do autor

Biografia

  • Atividades preparatórias
  • Nesta atividade, os estudantes vão ler e identificar elementos de uma biografia do autor da peça Piter pã, djei ém bérri. Relembre previamente as características de uma biografia, escrita na terceira pessoa.
  • Separe antecipadamente, trechos curtos de diferentes gêneros: narrativa, texto dramático, propaganda, notícia, autobiografia e biografia. Peça-lhes que leiam os textos e separem-nos em diferentes categorias, justificando suas escolhas.
  • Nas páginas deste capítulo é possível desenvolver o tê cê tê Diversidade cultural, bem como o ó dê ésse Redução das desigualdades, mostrando aos estudantes os costumes e a cultura representados na história.
  • Atividades de desenvolvimento
  1. Explore as informações sobre o autor e oriente os estudantes a identificar a função de cada parágrafo e sublinhar o trecho que resume o romance píter e uendi. Explore as informações organizadas cronologicamente e a ordenação de eventos. Explore a utilização de diferentes tempos verbais para falar da vida de e resumir a história.
  2. Explique aos estudantes o que são direitos autorais. Relacione Tinker Bellà tradução brasileira da fada “Sininho”. A seguir, leia um texto sobre os direitos autorais.

Direitos autorais são os direitos que todo criador de uma obra intelectual tem sobre a sua criação. Esse direito é exclusivo do autor, de acordo com o artigo 5º da Constituição Federal. Está definido por vários tratados e convenções internacionais, entre os quais o mais significativo é a Convenção de Berna.

Fonte: Disponível em:https://oeds.link/w9i25i. Acesso em: 8 julho 2022.

Para ampliar

Os estudantes podem conhecer mais sobre Kensington Park visitando o site e aprendendo sobre os locais que inspiraram a escrever o romance. “Piter pã é real em parque da realeza”. Disponível em: https://oeds.link/TeCzCq. Acesso em: 8 julho 2022.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê zero quatro

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê três sete

O tema reincidente tem um motivo especial. Apesar de nunca ter tido filhos, djeimes méfiu bérri (1860-1937), o criador da história do Piter pã, sempre gostou de crianças, o que o incentivava a apoiar o Great Ormond Street. Em 1929, ele foi chamado para integrar um comitê formado com o objetivo de recolher recursos para a compra de novas terras ao hospital. recusou o convite, mas prometeu contribuir de outra fórma.

Para a surpresa de todos, dois meses depois, o escritor cedeu todos os direitos de sua mais famosa obra ao hospital. só pediu que o valor arrecadado nunca fosse revelado ao público. Na época, a imprensa inglesa estimou que o presente renderia ao hospital cêrca de oito mil libras por mês.

Ninguém poderia prever que o personagem, então com 25 anos, seria transformado em um ícone infantil. Mais de 100 anos depois de sua criação, Piter pã continua presente na vida das crianças. O menino estrelou pelo menos dez filmes Róliudianos, incluindo os sucessos Hook (1991), com , Em Busca da Terra do Nunca (2004), com djoni dépi, e o clássico de animação da Disney Piter pã (1953).

Em 1987, quando djeimes méfiu bérri completou 50 anos de morte, a história de Piter pã ganhou domínio público no Reino Unido. Por serem os royalties uma importante fonte de renda, o hospital Great Ormond Street entrou com um recurso na justiça e conseguiu, em 1988, a aprovação da manutenção perpétua dos direitos dentro do Reino Unido.

reticências

DUARTE, Marcelo. Hospital de Londres detém direitos autorais de Piter pã. Guia dos curiosos, [sem local], 2012. Disponível em: https://oeds.link/XTuFU8. Acesso em: 21 maio 2022.

  1. Que frase no texto da biografia corresponde a estas datas entre parênteses (1860-1937)? Copie a frase no caderno.
  2. O segundo parágrafo do segundo texto menciona a expressão “tema reincidente”. O que o autor quis dizer com isso?
  3. Que motivo levou djei ém bérri a apoiar o hospital?
Respostas e comentários

3. (djeimes méfiu bérri), o nono de dez filhos, nasceu na Escócia, em 1860, e faleceu em Londres, em 1937.

4. A expressão refere-se a tudo que diz respeito a Piter pã no hospital: estátua do personagem, café temático, placa comemorativa, playground da fada Tinker Bell (Sininho) e um mural artístico.

5. O fato de gostar de crianças.

• Atividades de desenvolvimento

  1. Oriente os estudantes a reler o início da biografia e sublinhar os trechos referentes ao nascimento e morte do autor.
  2. Comente sobre o uso de prefixos e suas funções. O prefixo “re” indica repetição. Estimule a pesquisa de alguns outros prefixos.
  3. Peça aos estudantes que identifiquem no texto indícios de que gostava de crianças.

Para ampliar

  • Piter pã Escarlate. Geraldine méc cógrin. São Paulo: Salamandra, 2014.
  • Proponha a leitura do livro Piter pã , a continuação oficial da clássica história do menino que não queria crescer. Os detentores dos direitos sobre a obra Piter pã organizaram um concurso para encontrar alguém capaz de continuar as aventuras de píter na Terra do Nunca. Geraldine venceu o concurso e escreveu . Aproveite para comparar as duas histórias e sugerir a escrita de um texto dramático de um pequeno trecho da história.

PONTUAÇÃO

Uso da vírgula em orações coordenadas assindéticas

Responda às questões no caderno.

1. Leia o cartaz a seguir.

Cartaz. Cartaz na vertical. Ao centro, um cachorro e um gato, um ao lado do outro. O cachorro tem tamanho médio, de pelos em bege-claro, orelhas marrons e focinho preto, coleira cinza e olhando para a frente e com traços finos em amarelo perto do rosto. À direita, gato de tamanho médio de pelos em cinza, partes em cinza-preto e partes em branco no rosto, pescoço e patas. Ele tem olhos amarelos e olha para frente. Abaixo, texto: Não compre, ADOTE! E mais abaixo, texto e logotipo. Mais acima, à direita, logotipo com um cachorro em branco e manchas em marrom, sobre a cabeça, um pássaro em amarelo-claro e gato pequeno em cinza. Na parte inferior, texto em preto: AMIGO FIEL. Fundo da imagem em azul, com um vaso e folhagens dentro e à direita, mesa e porta-retratos.

FLORENÇO, Deivid. Não compre, adote! Prefeitura Municipal Iúna, Iúna, 8 outubro 2021. Disponível em: https://oeds.link/D640b1. Acesso em: 1º junho 2022.

  1. Você conhece essa campanha? Em caso afirmativo, informe qual é o objetivo dela.
  2. A imagem do cartaz sensibiliza o público? Por quê?
  3. Na parte verbal do cartaz, o período em destaque apresenta quantas orações? Elas são dependentes ou independentes? Por quê?
  4. Com base na resposta anterior, como se classificam o período e as orações que o compõem?
  5. Por que as orações estão separadas por vírgula?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até e.

  1. Você conhece essa campanha? Em caso afirmativo, informe qual é o objetivo dela.
  2. A imagem do cartaz sensibiliza o público? Por quê?
  3. Na parte verbal do cartaz, o período "Não compre, adote!" apresenta quantas orações? Elas são dependentes ou independentes? Por quê?
  4. Com base na resposta anterior, como se classificam o período e as orações que o compõem?
  5. Por que essas orações são separadas por vírgula?
Respostas e comentários

1.a) Respostas pessoais.

1.b) Sim, pois mostra um cão e um gato com expressão indefesa, como se pedissem algo, e ao mesmo tempo carinhosa, que pode inspirar o público a aderir à campanha.

1.c) Duas orações independentes, pois não exercem nenhuma função sintática em relação à outra.

1.d) O período é composto por coordenação, e as orações são coordenadas.

1.e) Porque são orações coordenadas assindéticas.

Pontuação

Uso da vírgula em orações coordenadas assindéticas

  • Atividades preparatórias
  • Nesta seção, os estudantes irão debater sobre a importância da pontuação para a compreensão do texto e a expressão de diferentes mensagens num cartaz publicitário de campanha de conscientização.
  • Escolha previamente e traga para a classe alguns exemplos de propagandas e cartazes com slogans que façam uso da pontuação para transmitir uma mensagem.
  • Atividades de desenvolvimento
  • Mostre algumas propagandas e cartazes que façam uso da pontuação para ajudar a transmitir uma mensagem e explore a importância da pontuação para a compreensão do texto.

1a. O objetivo da campanha é incentivar a população a adotar animais de estimação, dada a quantidade de cães e gatos abandonados.

1b. O uso do imperativo “adote” seguido de exclamação também é um apelo para que as pessoas mudem de atitude.

1c. Peça aos estudantes que sublinhem os verbos para identificar as duas orações independentes. Chame atenção para o fato de não ser especificado o que não deve ser comprado ou adotado, porque a imagem auxilia na compreensão de texto e é um exemplo claro de como devemos fazer a leitura integrada de elementos textuais e não textuais para a compreensão geral da mensagem.

1d. Relembre os tipos de período composto (período composto por coordenação ou subordinação) e orações (orações coordenadas sindéticas ou assindéticas).

1e. Comente com os estudantes que as orações coordenadas assindéticas são separadas por vírgulas quando estiverem seguidas. Quando houver junção de orações por meio de conectivo, nem sempre a assindética recebe vírgula. Por exemplo:

A menina chegou da escola e estava feliz.

Nesse caso, a primeira oração é assindética e não recebe vírgula.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe zero seis éle pê zero sete

ê éfe seis sete éle pê três dois

ê éfe seis sete éle pê três três

ê éfe seis nove éle pê zero dois

Como sabemos, o uso da pontuação contribui para a organização do texto, tornando-o mais claro e, em algumas ocasiões, mais expressivo. Com relação à vírgula, ela pode indicar uma pausa breve e serve para separar termos de uma oração e orações de um período.

2. Leia mais um trecho do texto dramático Piter pã.

a. Algumas vírgulas que separam as orações coordenadas assindéticas foram propositalmente excluídas. Identifique essas orações e reescreva-as utilizando adequadamente a vírgula.

Cena 2 – A sombra

(Quarto das crianças. Miguel, uendi, Naná e João em cena. Naná coloca Miguel nas costas.)

Miguel: Eu não vou pra cama! Não não não vou não vou. Naná, ainda não são nem seis horas. Ai, meu Deus do céu, assim eu não gósto mais de você. Já disse que não vou tomar banho não vou não vou e não vou!

(Naná o leva para a coxia. uendi e João estão brincando de ser os seus pais. Sra. dárlin entra)

João: Tenho o grande prazer de informar-lhe, senhora dárlin, que agora a senhora é mãe.

(uendi dança de alegria)

João: Tenho o grande prazer de informar-lhe que novamente a senhora é mãe. E de um menino que será o herdeiro.

(Miguel volta)

Miguel: Quero nascer também.

João: Desculpe-me, mas não queremos mais nenhum filho.

Miguel: Ninguém me quer...

(Sra. dárlin abraça Miguel)

Sra. dárlin: Eu quero eu quero muito um terceiro filho.

, . Piter pã. Adaptação de Pamela Pinheiro. Oficina de Teatro, centésima 2001-2013. 

b. Copie do texto um exemplo de orações coordenadas.

Respostas e comentários

2. a) Miguel: Eu não vou pra cama! Não, não, não vou, não vou. Naná, ainda não são nem seis horas. Ai, meu Deus do céu, assim eu não gósto mais de você. Já disse que não vou tomar banho, não vou, não vou e não vou! Sra. dárlin: Eu quero, eu quero muito um terceiro filho.

2. b) Sugestão de resposta: Eu quero, eu quero muito um terceiro filho.

  • Atividades de desenvolvimento
  • Faça a leitura do trecho da peça Piter pã e explore alguns elementos: contexto espacial (quarto das crianças) e personagens (Miguel, uendi, Naná, João e Senhoradárlin). Explique que a cena tem começo, meio e fim e peça aos estudantes que identifiquem os elementos básicos de uma narrativa:
  • situação inicial (Naná leva Miguel para tomar banho antes de ir para a cama, enquanto uendi e João brincam de ser seus pais);
  • interferência na narrativa (Miguel diz que também quer nascer);
  • clímax (Miguel diz que ninguém o quer);
  • desfecho da cena (a mãe o abraça e diz que quer muito ter um terceiro filho).

2. Nesta atividade, a vírgula é utilizada para separar as orações coordenadas assindéticas, mas aproveite para fazer a leitura do trecho e comentar o uso da pontuação para outras funções. Relembre o uso de parênteses para marcar as indicações de cena para os atores (rubricas).

  • Atividade complementar
  • Proponha uma pesquisa sobre os usos da vírgula. Peça aos estudantes que escrevam diferentes exemplos para ilustrar as explicações. Disponível em: https://oeds.link/laXymY. Acesso em: 10 julho 2022.

VOCÊ É O AUTOR!

Produção do texto dramático

Responda às questões no caderno.

Ícone atividade oral.
  1. O que você imagina que seja necessário para realizar uma apresentação teatral? Explique.
  2. Além, é claro, do autor do texto e dos atores, você sabe quem são os profissionais envolvidos na montagem de um espetáculo teatral?
Ícone atividade em grupos.

3. Em grupos, vocês vão elaborar um texto teatral a partir de um outro trecho da narrativa de Piter pã.

a) Leiam o trecho a seguir da aventura e analisem qual é a ideia principal.

Depois de três dias de voo, as crianças estavam com fome e com sono. Aprenderam então a dormir enquanto voavam, para não cair. Depois, elas viram finalmente, à distância, a Terra do Nunca. Era um lugar que já conheciam em seus sonhos!

Porém, píter, Sininho e as três crianças não conseguiam aterrissar. Havia muitíssimos piratas na ilha.

O chefe deles se chamava Capitão Gancho. No lugar da mão, Gancho tinha um gancho de ferro.

De repente, os piratas dispararam tiros de canhão. Ninguém foi atingido, mas píter, Sininho e os três irmãozinhos foram projetados no ar.

. Piter pã. Adaptação de Carlo scatalhin. Tradução de Francesca Criceli. São Paulo: éfe tê dê; Itália: erriksãn, 2020. página 30-31.

  1. Destaquem a caracterização dos personagens na cena.
  2. Localizem a história no tempo (quando acontece) e no espaço (onde acontece).
  3. Identifiquem a sequência dos acontecimentos: situação inicial, desenvolvimento, conflito, desfecho.
  4. Definam o tipo de narrador e observem em que pessoa o texto será escrito.
Ilustração. À frente, uma mesa grande de cor vermelha com cinco crianças ao redor, sentadas. Dois meninos de cabelos castanhos e uma menina ruiva, outra loira e outra de cabelos vermelhas. Sobre a mesa, livros e cadernos abertos. Mais ao fundo, uma estante na vertical com vários livros coloridos. Na parte superior, uma caixa amarela, globo terrestre e um vaso marrom com folhas verdes. À esquerda e à direita, um mural com papéis fixados.
Respostas e comentários

1. Resposta pessoal. Os estudantes podem citar, por exemplo: o texto dramático; atores, figurino, cenário, palco.

2. Resposta pessoal.

Você é o autor!

Produção do texto dramático

  • Atividades preparatórias
  • O objetivo desta seção é que os estudantes criem um texto dramático a partir de um novo trecho da narrativa de Piter pã e depois organizem a apresentação teatral. O objetivo é transformar as informações da narrativa para criar um texto teatral fazendo uso do discurso direto (diálogos) e indireto (orientações de cena), bem como de verbos de elocução: falar, perguntar, afirmar, responder, indagar, replicar, argumentar, pedir, implorar, comentar, exclamar.
  • Atividades de desenvolvimento
  1. Proponha uma conversa sobre o percurso de criação e execução de uma apresentação teatral, comentando sobre os elementos e colaboradores necessários. Os estudantes podem pesquisar mais informações na internet.
  2. Explore o que os estudantes sabem sobre estes profissionais: diretor, cenógrafo, maquiador, figurinista, operador de som e de luz e muitos outros.
  3. O texto teatral tem características semelhantes às do texto narrativo: personagens, lugar ou lugares onde ocorrem as ações (cenário) e acontecimentos que podem gerar conflitos e apresentar uma resolução. O escritor de peças de teatro pode criar uma história para ser encenada pelos atores ou pode escolher histórias de outros escritores e adaptá-las para o teatro.

Deve-se possibilitar um tempo para que os estudantes leiam o texto e discutam sobre ele, compreendendo seus personagens, espaço onde ocorre, sequência de acontecimentos etcétera

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe zero seis éle pê zero sete

ê éfe zero seis éle pê um um

ê éfe zero seis éle pê um dois

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê dois nove

ê éfe seis sete éle pê três dois

ê éfe seis sete éle pê três três

ê éfe seis sete éle pê três seis

ê éfe seis nove éle pê cinco zero

ê éfe seis nove éle pê cinco um

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe seis nove éle pê cinco seis



  1. Depois de analisar a narrativa, é hora de adaptá-la a um texto dramático. Vejam esta sugestão de roteiro de produção.
    1. Elementos da narrativa de aventura que serão preservados e os que serão modificados. Como ficará esse texto escrito?
    2. Descrição das cenas. Como o leitor saberá como é a cena?
    3. Marcações de cena ou orientações (sobre cenário, ambientação, iluminação, figurino, gestos, expressões faciais e vozes dos personagens, efeitos sonoros etcétera).
    4. Falas dos personagens. Quais personagens estão envolvidos? Como participarão da cena?
    5. Identificação dos personagens, colocando os nomes antes de cada fala.
  2. Para escrever o texto, é preciso considerar estes itens.
    1. Os fatos são contados por meio das falas dos personagens.
    2. As marcações de cena, colocadas entre parênteses, são fundamentais para situar o leitor.
    3. É desejável indicar efeitos de som, como barulho de sinos tocando se houver fala da Sininho, e outros, como personagem falando em voz alta, gritando etcétera
    4. Os sinais de pontuação devem demonstrar as emoções dos personagens.
  3. Escrevam o texto teatral seguindo o roteiro.
    1. Lembrem-se de conferir a pontuação, a ortografia, a concordância entre as palavras e o tempo verbal.
    2. Nas falas, usem palavras diferentes para se referir ao mesmo personagem ou à mesma situação, como vocês perceberam na narrativa.
    3. Ao final, leiam o texto para conferir se vocês usaram todos os elementos que queriam do texto original.

Se tiverem dúvidas durante a escrita de palavras, consultem o dicionário para conferir a ortografia ou conversem com o professor sobre a estrutura do texto.

  1. Troquem o texto com outro grupo para a revisão. Usem a pauta de revisão que construíram em outras unidades para verificar as características principais do texto teatral, a ortografia, a pontuação e a gramática.
  2. Façam os ajustes necessários, de acordo com o que foi apontado pelos colegas, e escrevam a versão final. Se possível, com a ajuda de um adulto, utilizem um processador e editor de texto.

▶ Leiam o texto antes de entregá-lo ao professor. Caprichem, pois vocês encenarão o texto que produziram!

Respostas e comentários

Atividades de desenvolvimento

4a. Relembre as etapas de uma narrativa com começo, meio e fim e peça aos estudantes que identifiquem os elementos básicos do trecho da história:

situação inicial (Depois de três dias de voo, as crianças estavam com fome e com sono);

  • interferência na narrativa (havia muitos piratas e as crianças não conseguiam aterrissar);
  • clímax (os piratas dispararam tiros de canhão);
  • desfecho da cena (todos foram projetados no ar).

4b. Oriente os estudantes a utilizar os sentidos para descrever uma cena (o que os personagens veem, ouvem, sentem, fazem?).

4c. Proponha aos estudantes incluir no roteiro orientações para os atores e os outros envolvidos na peça, incluindo informações sobre os adereços de palco e figurinos.

4d. Peça aos estudantes que incluam informações para todos os envolvidos (como os personagens principais e secundários devem atuar, marcações de cena, entrada e saída de cena etcétera

  1. Enfatize a necessidade de eles se atentarem aos elementos linguístico-gramaticais que aprenderam até o momento, de modo a utilizá-los em seu texto, como a entrada das falas, a descrição de outros elementos que ocorrem na cena, incluindo os referentes aos sentimentos, intenções, movimentos, sons etcétera
  2. Peça aos estudantes que criem os diálogos a partir da narrativa, incluindo sons, interjeições e orientações para os personagens saberem como agir.
  3. Oriente os estudantes a compartilhar seus roteiros com outros colegas para que façam a revisão. Depois, peça-lhes que conversem sobre pontos de melhoria no texto.
  4. Providencie acesso à sala de computação para que os estudantes façam suas correções no processador de texto.

ORALIDADE

Encenação de texto dramático

Ícone atividade em grupos.

Vocês vão apresentar o texto dramático que escreveram. Para isso, terão que escolher a fórma de teatro que gostariam de fazer: dramatizando, com fantoches ou até com silhuetas para teatro de sombras.

Conversem com o professor e os colegas, formem grupos e escolham como será a apresentação. Sigam as instruções.

Ilustração. Quatro silhuetas em preto de personagens com uma linha fina na vertical, debaixo de cada uma. Da esquerda para a direita: Um homem em pé, de chapéu com pluma, cabelos encaracolados até os ombros, uma espada na mão esquerda e mão direita em formato similar a um anzol. Ao lado, um jacaré com a boca bem aberta e cauda longa, com o corpo para a esquerda. Mais à direita, um garoto de cabelos curtos, um gorro pequeno sobre a cabeça, com as mãos sobre a cintura e par de botas nos pés. Sobrevoando, à direita, menina de cabelos penteados para trás, com par de asas sobre as costas e vestido curto.
As silhuetas e os fantoches podem ser feitos de diversos materiais, como papel, feltro ou meias.

Planejamento da apresentação

  1. Combinem com o professor e a turma:
    1. quando e onde serão as apresentações;
    2. quem será o público (haverá convidados?);
    3. qual será a ordem das apresentações;
    4. se todos usarão o mesmo palco ou cada grupo terá o seu, de acordo com o tipo de teatro escolhido para representar;
    5. se vocês precisarão do trabalho do contrarregra, que deve providenciar o material necessário para produzir a luz, o som e outros recursos durante o espetáculo.
  2. Discutam como será feita a apresentação do teatro: quem fará qual papel, uso ou não de fantasias, como será o cenário e se haverá iluminação e som.

Aqueles que não tiverem um papel ficarão responsáveis por outras atividades, como montar os cenários e cuidar do figurino, da luz, do som etcétera

Confecção de cenários e figurinos

3. Confeccionem os figurinos ou fantoches e produzam os cenários seguindo as instruções.

  1. Como os personagens serão caracterizados? Como será o figurino? Como será a caracterização ou a produção de fantoches ou silhuetas?
  2. Como será o cenário? Providenciem os materiais necessários para compô-lo.
Respostas e comentários

Oralidade

Encenação de texto dramático

  • Atividades preparatórias
  • Nesta seção, os estudantes irão encenar o texto dramático que escreveram na atividade anterior. Inicie a atividade escolhendo o texto e distribuindo os papéis entre os integrantes dos grupos. Providencie os materiais necessários para os estudantes fazerem os figurinos ou fantoches e cenário, além dos elementos para a apresentação, como iluminação e som.
  • Atividades de desenvolvimento
  1. Organize com os estudantes um roteiro de produção teatral, incluindo calendário de ensaios, produção de materiais, ensaio final e apresentações.
  2. Oriente os estudantes a identificar no grupo as pessoas que poderão dirigir os atores, encenar, preparar os figurinos, cuidar da sonoplastia e iluminação, criar os cenários e adereços de palco etcétera
  3. Auxilie na pesquisa sobre a produção de figurinos e fantoches, para que os estudantes recebam orientações sobre criação e confecção.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis nove éle pê cinco um

ê éfe seis nove éle pê cinco dois

ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

Ensaio

4. Preparem-se para encenar, lendo e estudando o texto. Nesta etapa, todos participam: os atores e a equipe da produção.

  1. Os atores devem marcar suas falas e observar as deixas para começar. Devem também observar a pontuação e as marcações de cena para dar o ritmo certo às falas do personagem.
  2. Os atores também devem ensaiar utilizando os figurinos ou fantoches, para ver qual é a marca de cena de cada um e como podem se movimentar em harmonia com os outros personagens que participam da cena.
Fotografia. Uma menina vista dos ombros para cima, olhando para frente sorrindo. Ela tem cabelos loiros divididos ao meio e penteados para trás, usando roupa de mangas curtas em branco e laranja. A menina segura nas mãos dois fantoches em enquadramento, de papel sobre uma vareta pequena na vertical. O fantoche à esquerda é uma menina de olhos fechados, sorrindo, de blusa azul-claro, saia longa em bege e com uma coroa sobre a cabeça. À direita, o fantoche é um menino de cabelos castanhos, com roupa de farda em cinza-claro, olhos fechados, rindo e com coroa dourada sobre a cabeça. Nas laterais do enquadramento há uma cortina em rosa-claro, acopladas e na parte superior, bandeiras pequenas coloridas.
No caso do teatro de fantoches, lembrem-se de posicioná-los de modo que só eles apareçam para o público.
  1. A equipe de apoio deve trabalhar com os atores para que tudo fique harmônico, principalmente a iluminação e o som.
  2. Se optaram por um teatro de sombra com as silhuetas, será preciso ambientar o espaço, garantindo que fique escuro e que haja uma fonte de luz e um anteparo adequados para criar as sombras.

Organização da apresentação

  1. Combinem com o professor e a turma:
    1. a elaboração dos convites com a data e o local das apresentações;
    2. definição de quem será o público: outras classes da comunidade escolar, familiares e outras pessoas da comunidade em torno da escola, convidados ligados ao teatro;
    3. qual será a ordem das apresentações e se acontecerão todas no mesmo dia.
  2. Encaminhem os convites e criem cartazes sobre as apresentações para distribuir na escola e na comunidade, se for o caso.
  3. Em uma folha à parte, escrevam os nomes dos componentes do grupo e a função de cada um na peça, para distribuir ou expor na apresentação.
  4. Ensaiem e se preparem para compartilhar!
Respostas e comentários

Atividades de desenvolvimento

4. Converse com a turma sobre a importância de compor um cenário convincente e produzir adereços que auxiliem os atores a contar a história. Oriente quanto à contextualização do período histórico (a história foi escrita em 1911 e os figurinos devem ser semelhantes às roupas usadas na época) e a caracterização correta de personagens como os piratas, a fadinha e os meninos perdidos.

Auxilie na expressão corporal, tom de voz, entonação e volume. Relembre a importância de falar voltado para o público, mas mantendo contato visual também com os outros personagens.

  1. Valorize todo o processo de produção da peça com uma apresentação aberta ao público da escola. Então, encoraje os estudantes a convidar colegas de outras turmas e familiares.
  2. A divulgação da peça também precisa de planejamento. Os estudantes poderão confeccionar cartazes e convites para comunicar sobre o evento.
  3. O libreto com as informações sobre o elenco e a equipe técnica deve ser ilustrado e pode conter um resumo sucinto da história.
  4. Os ensaios devem ser dirigidos por um estudante encarregado de coordenar os atores, mas a equipe técnica deve aproveitar esses momentos para decidir sobre os adereços necessários, ambientação, iluminação e sonorização da peça.
  • Atividades complementares
  • Proponha aos estudantes assistir ao filme “Hook A Volta do Capitão Gancho”, para contextualizar o cotidiano e os desafios dos Garotos Perdidos. Direção: istíven . Roteiro , .
  • Aos quarenta anos, píter (), que um dia já foi Piter pã, é um homem tão envolvido com o trabalho que deixou de dar atenção à família e esqueceu a sua origem. Mas o Capitão Gancho (Dãstin rófmãn) sequestra seus filhos, obrigando-o a retornar à Terra do Nunca.

CLUBE DO LIVRO

Durante este bimestre trabalhamos com cartazes publicitários, campanhas de conscientização, documentos e leis, relatos pessoais, biografias e autobiografias, encontrados em meios impressos e digitais.

Agora, chegou o momento de retomar o livro que você leu no bimestre anterior e compartilhar suas impressões com os colegas. Para isso, retome a ficha de leitura ou a resenha crítica com as informações sobre o livro, para ajudá-lo a relembrar.

Cartaz. Metade do fundo à esquerda, em amarelo e à direita, em branco. Ao centro, uma mulher vista dos ombros para cima, de cabelos pretos curtos, sorrindo, com a parte esquerda do rosto com máscara cirúrgica branca, tampando o nariz e boca. Ela usa blusa de cor azul com estampas de flores de pétalas em amarelo e rosa. Na parte inferior, texto: SAÚDE MENTAL O QUE VOCÊ PARA CUIDAR DA SUA? À esquerda, na parte superior, texto: “PRECISAMOS TER MAIS HUMILDADE E AMOR...VAMOS OUVIR MAIS O PRÓXIMO.” ROSILENE BARRETO (SERVIÇOS GERAIS DA SES). Na parte superior, à direita: JANEIRO BRANCO POR TRÁS DE CADA MÁSCARA ESTÃO AS EMOÇÕES. Abaixo, logotipos.
Campanha da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe, lançada no início 2022, sobre cuidados com a saúde mental.
Capa de livro. Fundo em marrom, com onze pessoas abaixo, umas próximas das outras. Há pessoas negras, brancas, pardas, asiáticas. Um dos homens usa um turbante branco sobre a cabeça e barba; há crianças, adultos e idosos. Na parte superior, o título do livro: Valentes - Histórias de pessoas refugiadas no Brasil; o nome dos autores: Aryane Cararo e Duda Porto de Souza, e o nome da ilustradora: Rafaela Villela.
O livro reúne histórias de vida emocionantes, de pessoas de mais de quinze nacionalidades, que vieram para o nosso país pelos mais variados motivos.

Relembrar

1. Traga para a escola o livro que você leu e a ficha de leitura preenchida.

▶ Se precisar, folheie o livro, releia alguns trechos ou relembre o nome dos personagens.

Apresentar e avaliar

Ícone atividade em dupla.

2. Junte-se a um colega e conte sobre o livro que leu. Faça um resumo do enredo, baseado na ficha de leitura, e use o cartaz publicitário que criou para apresentá-lo.

  1. Caso considere interessante, mostre algumas imagens ou leia trechos para o colega, para exemplificar alguns aspectos da história.
  2. Ao final de sua apresentação, dê sua opinião sobre o livro, explorando os pontos positivos e negativos.
  3. Descreva algum trecho de que mais gostou ou que considera divertido.
  4. Agora, troque com o colega e ouça atentamente o resumo do livro que ele leu. Se quiser, faça notas e peça esclarecimentos sobre o que não ficou claro.
Respostas e comentários

Clube do livro

  • Atividades preparatórias
  • Nesta seção, faremos a retomada do livro do bimestre passado e a escolha dos títulos desse bimestre. Organize uma feira do livro ao final do ano, com uma mostra de todo o trabalho envolvendo o Clube do Livro ao longo do ano.
  • Atividades de desenvolvimento
  1. Neste momento, os estudantes já devem estar familiarizados com as etapas do Clube do Livro e já sabem que eles devem trazer a ficha de leitura preenchida. Também devem estar preparados para falar sobre a história que leram e fazer uma apreciação crítica da narrativa e de seus personagens, utilizando o cartaz publicitário para ilustrar a apresentação.
  2. A leitura de trechos do livro enriquece o processo de troca e mobiliza os ouvintes a embarcar na narrativa.
  3. A recomendação deve conter informações sobre o livro, seu autor, breve resumo da história e opinião do autor da resenha crítica.
  • A questão dos refugiados tem ganhado holofotes pelo mundo inteiro, mas o preconceito, a xenofobia, as fake news e o medo frequentemente atrapalham a discussão. Para auxiliar na compreensão desse tema tão complexo e combater a desinformação, as jornalistas Aryane Cararo e Duda Porto de Souza reuniram histórias de vida emocionantes, de pessoas de mais de quinze nacionalidades, que vieram para o nosso país pelos mais variados motivos – desde dificuldades financeiras até perseguição baseada em raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero ou opinião política –, todas em busca de um lugar onde pudessem de fato viver.
  • Com uma linguagem acessível, a obra, indicada na seção Para ampliar, também traça um panorama histórico do refúgio no Brasil e no mundo, apresentando conceitos e dados, e traz infográficos sobre os principais conflitos que geraram esses fluxos migratórios. O resultado é um material humano e sensível, que dá voz a quem precisa ser ouvido e celebra as diferenças que tornam nossa nação tão plural. “A ampla pesquisa e os recortes históricos de Valentes tornam a obra uma referência de informação da causa que nos une: a humanitária.” – Agência da ônu para Refugiados (ei)

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis nove éle pê quatro seis

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

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3. Para concluir, crie uma avaliação sobre o livro, recomendando ou não a leitura, desta vez para toda a turma. Faça um breve comentário com a sua opinião e mostre o cartaz que você fez sobre a obra.

Próxima leitura

4. Escolha seu próximo livro utilizando as informações dos colegas e os cartazes apresentados. Se preferir, escolha um livro na biblioteca.

  1. Lembre-se de que pode pesquisar resenhas críticas ou indicações de livros em sites especializados em livros para sua idade. Peça ajuda a um adulto para identificar as fontes e orientar a pesquisa.
  2. Leia sempre o resumo e os comentários sobre a obra, seja nas fichas de leitura, seja nos sites.

Montagem de esquete

5. Você sabe o que é um esquete? Após a leitura, que tal criar um esquete de um trecho do livro que leu?

Esquete é um termo utilizado para caracterizar uma cena de curta duração, de caráter geralmente cômico, realizada por um número pequeno de atores, que podem ou não utilizar o improviso. Costuma ser apresentado no teatro, no rádio ou na televisão, sobre temas variados, mas geralmente inclui paródias sobre política, cultura e sociedade.

  1. Escolha uma cena, um acontecimento ou um diálogo do livro para utilizar na montagem da dramatização.
  2. Escolha os colegas que vão ajudá-lo a planejar e criar o esquete, seja como atores, seja apoiando a produção.
  3. Escolha o trecho do livro ou o diálogo que possa ser utilizado e transformado em um texto dramático.
  4. Se necessário, retome as orientações e o roteiro que utilizamos na criação do texto dramático, na seção Você é o autor!.
  1. Ensaiem os esquetes. Em um primeiro momento, eles serão apresentados em sala de aula. No final do ano, durante uma feira do livro, na qual serão expostos todos os materiais produzidos nesta seção, serão apresentados à comunidade escolar e aos familiares.
  2. Aproveite a leitura do novo livro que você escolheu!
Respostas e comentários

Atividades de desenvolvimento

4. A escolha do próximo livro deve estar baseada nas recomendações dos colegas e no interesse do estudante. Porém, eles podem visitar sáites com indicações de livros organizados por faixa etária. Disponível em:

  • https://oeds.link/9xwWHT
  • https://oeds.link/POEJYT
  • https://oeds.link/st2irp
  • https://oeds.link/MiPfMC
  • https://oeds.link/j2a08a (Acessos em: 9 julho 2022).

5a. O esquete teatral requer a adaptação da narrativa para um texto dramático, mas a produção é semelhante à de uma peça teatral de duração bem mais curta.

5b. Forme grupos e oriente-os a escolher quem serão os atores e os colaboradores da produção.

5c. Auxilie os estudantes a escolher cenas interessantes ou cômicas que se sustentem, para manter o interesse do público.

5d. Oriente-os a organizar um organograma do projeto para que eles saibam o que se espera de cada integrante da equipe em todas as etapas.

  1. Reúna todos os participantes da equipe para os ensaios iniciais para que os estudantes envolvidos na produção compreendam quais adereços, figurinos e cenários serão necessários confeccionar.
  2. Converse com a turma sobre o que eles já sabem sobre os livros que vão ler e o que esperam da história.

Para ampliar

Aryane Cararo (Autor), Duda Porto de Souza. “Valentes: Histórias de pessoas refugiadas no Brasil”. São Paulo: Editora Seguinte. primeira edição, 2020. 

Das mesmas autoras de Extraordinárias, Valentes é uma obra de referência sobre o tema do refúgio no Brasil.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

1. Você vai escrever mais uma parte da narrativa de aventura de Piter pã, baseada nos Garotos Perdidos. Observe a imagem e leia a legenda.

Ícone atividade em grupos.
Pesquisem em diferentes fontes documentais informações sobre os Garotos Perdidos e suas aventuras: filmes, livros, textos teatrais, programas de televisão, fotografias e ilustrações.
Ilustração. Seis crianças, uma perto da outra, formando uma roda irregular. Na parte inferior, dois meninos de cabelos com franja, ruivos, usando blusa de mangas compridas, gorro e calça em marrom. À direita, vê-se um menino de cabelos lisos pretos, de blusa três-quartos em azul-claro e colete bege. Um menino de cabelos loiros, blusa até os cotovelos em marrom e por cima, colete bege, com o braço esquerdo erguido para cima. À esquerda, menino loiro de cabelos curtos, de blusa branca três quartos com faixa preta sobre a testa e colete comprido em marrom. Perto, um menino de ponta cabeça, de cabelos encaracolados em castanho, com camiseta amarela, bermuda e sapatos verdes.
Os Garotos Perdidos eram os fiéis e bagunceiros seguidores de Piter pã. Para eles, o mundo era um eterno parque de diversões e imaginação!

2. Leia e preencha o roteiro para organizar a escrita desse episódio da narrativa de aventura.

Ícone modelo
Roteiro da narrativa de aventura

Quais são os personagens e como eles são apresentados?

Qual é a situação inicial?

Onde e quando a história acontece?

Qual é o conflito?

Como a história se desenvolve?

Qual é o desfecho deste episódio?

Há diálogos?

Qual é o tipo de narrador?

Será narrado em que pessoa do discurso?

3. Reúna todas as ideias e escreva esse episódio da narrativa de aventura.

  1. Lembre-se de usar adjetivos para descrever personagens e cenários, marcar o tempo, usar advérbios e locuções adverbiais para mostrar as circunstâncias e caracterizar o espaço onde .
  2. Observe a pontuação e o uso de parágrafos.
  3. Não se esqueça de criar um título para a sua produção.
Respostas e comentários

1, 2 e 3. Ver orientações didáticas.

Eu aprendi!

  • Atividades preparatórias
  • Para esta atividade, os estudantes irão retomar o que aprenderam sobre a criação de uma narrativa de aventura a partir do que leram sobre os Garotos Perdidos, um grupo de personagens da história Piter pã.
  • Atividades de desenvolvimento

1a. Esta atividade permite mais uma etapa de iniciação dos estudantes para os princípios da Análise documental (sensibilização para análise de discurso), onde farão análise de fontes documentais para levantar informações para criar hipóteses e construir o enredo de mais esse episódio da narrativa de aventura de Piter pã e os Garotos Perdidos. Esta etapa deve ser feita em grupos, pela complexidade da proposta e para que possam distribuir as fontes.

Inicie a atividade relembrando a história Piter pã e quem eram os Garotos Perdidos. Se necessário, leia trechos da história em que os Garotos Perdidos são citados e organize uma roda de conversa sobre as atividades que faziam juntos.

Oriente-os nas etapas:

Formule hipóteses:

Antes de analisar o documento, tenha esclarecida a sua hipótese acerca do objeto de estudo. Delimite sua observação e elabore questionamentos em torno dele.Dessa fórma, a análise e avaliação do ou dos será direcionada para validar (ou não) a sua hipótese. Por exemplo: quem são os Garotos Perdidos, por que não há meninas no grupo, o que costumam fazer, o que gostam ou não de fazer, como conseguem sobreviver sozinhos, e outras.

Análise documental:

A análise documental se define pelo tratamento analítico de um texto (considerando que toda manifestação de linguagem articulada pode ser considerada texto: textos verbais, visuais, sonoros, táteisreticências) ou conjunto deles (Córpus documental), estabelecendo relações entre esse texto ou corpus e o objeto de estudo.

Uma das fórmas de analisar um documento é por meio da análise do discurso. A análise visa compreender o discurso como materialidade ideológica, relacionando o interno (discursivização) com o externo (relação enunciado/enunciação). Investigar o uso das categorias “pessoa, espaço e tempo” é fundamental, pois estas podem não ser as mesmas da enunciação.

Habilidades Bê êne cê cê

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ê éfe seis nove éle pê cinco seis

4. Leia mais um trecho do texto dramático das aventuras de Piter pã, continuação do trecho que você leu na página 229.

uendi: O que aconteceu, pai querido?

Senhor dárlin: (Berrando) Que foi que aconteceu? Esta gravata... O nó, não quer dar nó. Pelo menos não em volta do meu pescoço. Em volta do pé da cama, sim. Já experimentei, para treinar, já consegui mais de vinte vezes. Mas em volta do meu pescoço, ah, isso não! De jeito nenhum! Ela pede desculpas, mas se recusa... (Para senhora Darling) Vou lhe avisar uma coisa, senhora mãe, se essa gravata não ficar direitinha no meu pescoço, nós não vamos ao jantar essa noite. E se eu não for ao jantar essa noite, nunca mais vou ao escritório. E se eu não for mais ao escritório, você e eu vamos morrer de fome e nossos filhos vão ser jogados na rua.

Senhora dárlin: Deixa eu experimentar, querido. (Dá um nó na gravata)

(Naná entra e esbarra no Sr. Darling, a Sra. Darling pega uma escova e começa a limpar a calça dele)

Senhor dárlin: É um erro termos uma cachorra como babá.

Senhora dárlin: djêordji, Naná é um tesouro.

BARRIE, J. M. Peter Pan. AdaptaНЛo de Pamela Pinheiro. Oficina de Teatro, c 2001-2013.

  1. Identifique o sujeito e o predicado das orações: “você e eu vamos morrer de fome e nossos filhos vão ser jogados na rua”.
  2. Por que os verbos dessas orações estão no plural?
  3. Na última marcação entre parênteses, quantas orações há no período?
  4. O período é composto por coordenação ou por subordinação? Por quê?
  5. Quantas orações sindéticas e assindéticas há nesse período?
  6. Na oração “Naná é um tesouro”, quais são os dois principais sintagmas que a compõem? Qual corresponde ao sujeito e qual corresponde ao predicado?
Respostas e comentários

4.a) Oração 1: “Você e eu”: sujeito; “vamos morrer de fome”: predicado. Oração 2: “nossos filhos”: sujeito; “vão ser jogados na rua”: predicado.

4.b) Porque concordam com os sujeitos, que estão no plural.

4.c) Há quatro orações.

4.d) Por coordenação, pois as orações são independentes.

4.e) Há duas orações sindéticas e duas assindéticas.

4.f) Naná (sintagma nominal/sujeito); é um tesouro (sintagma verbal/predicado).

Atividades de desenvolvimento

2. Oriente os grupos a debater as pesquisas realizadas, trazendo ideias e informações para o desenvolvimento do texto. Converse sobre a construção dos personagens, nomeando e descrevendo cada um deles de fórma aprofundada para enriquecer a narrativa.

Auxilie os estudantes a criar o episódio seguindo as perguntas do roteiro. Relembre a importância de elaborar uma narrativa com começo, meio e fim, incluindo um conflito a ser solucionado.

  1. Este é um bom momento para relembrar as características da construção de uma narrativa de aventura, quanto à escolha do vocabulário e dos tempos verbais. Oriente os estudantes a debater a história em grupo e criar um breve roteiro da narrativa com a sequência de eventos para norteá-los durante a escrita.
  2. Sugira aos estudantes que leiam toda a peça, explorando a leitura em vários dias, cena por cena. Proponha um trabalho com leitura expressiva ou dramatização de algumas cenas com eles para desenvolver entonação e expressão corporal.

4a. Espera-se que os estudantes consigam identificar o verbo de cada oração, para então definir sujeito e predicado.

4b. Explique a importância das concordâncias verbal e nominal, marca de gênero, número, pessoa etcétera, para que compreendam a relação de dependência. Dê exemplos e peça aos estudantes que encontrem outros casos de concordância no texto.

4c. Oriente os estudantes a identificar e sublinhar os verbos para então encontrar as orações e quantificá-las. Escreva a passagem na lousa e peça a eles que transcrevam as orações separadamente em seus cadernos.

“Naná entra / e esbarra no Senhor dárlin, / a Senhora dárlin pega uma escova / e começa a limpar a calça dele.”

4d. Relembre aos estudantes que as orações são independentes porque podemos compreender o que foi dito sem a necessidade da informação de outra oração, e que elas estão separadas por vírgulas ou conjunção.

4e. Peça aos estudantes que justifiquem suas respostas. Há duas orações seguidas de vírgulas (assindéticas) e duas segui- das de conjunção “e” (sindéticas).

4f. Explique que os sintagmas são unidades mínimas e que esses elementos possuem uma relação de determinação entre si. Dê exemplos de sintagmas nominais com um nome e seus respectivos determinantes e repita o processo com sintagmas verbais.

Para observar e avaliar

  • Se os estudantes demonstrarem dificuldades em relação aos objetivos pedagógicos da unidade, proponha mais atividades sobre os conteúdos abordados, como leituras de textos teatrais, com foco nos aspectos léxico-gramaticais trabalhados na unidade.
  • O registro da trajetória dos estudantes, que mostra suas conquistas e aprendizagens, pode ser feito por meio da sugestão de Instrumento de Acompanhamento de Aprendizagem, que se encontra na Seção Introdutória deste Manual do Professor.

VAMOS COMPARTILHAR

Apresentação dramática

Antes do espetáculo

1. No dia da apresentação, verifiquem se vocês têm tudo de que precisam para a interpretação.

  1. Confiram se o cenário e os acessórios estão organizados.
  2. Testem o som e a luz, ajustando-os de acordo com o ambiente e a quantidade de pessoas que assistirão ao espetáculo.
  3. Organizem os cartazes que apresentam os componentes do grupo e suas funções na apresentação: atores, diretores, contrarregras e outros.
  4. Organizem os figurinos e adereços ou os fantoches e silhuetas conforme a participação da cena e a ordem das falas.
  5. Façam atividades de concentração com todos os participantes do grupo. Preparem-se com aquecimento do corpo e da voz, bem como das emoções, para representar com mais desembaraço e naturalidade.

Na hora do espetáculo

  1. Observem a impostação de voz adequada para que todos os espectadores possam ouvir com clareza as falas.
  2. Caprichem nas expressões faciais e corporais. O ator também “conta” a história por meio de suas expressões, entonações e gestos.
Fotografia. Um menino visto da cintura para cima, de roupa com listras na horizontal em branco e azul, de lenço vermelho na cabeça, com cabelos longos escuros, finos e no lugar da mão direita um ferro, similar a um anzol. Ilustração. Um homem visto da cintura para cima, com o corpo para a esquerda. Ele tem cabelos longos encaracolados em azul-escuro, bigode fino em preto com chapéu verde e detalhe em amarelo, sobre a cabeça, com blusa de mangas compridas em verde e detalhes nos ombros, atrás das costas e pulsos em vermelho. Nos pulsos, babado branco de camisa branca por dentro. No lugar da mão esquerda há um ferro, similar a uma ponta de um anzol.
A caracterização do personagem pode ser feita com recursos simples, mas a postura, as expressões e a entonação de voz nos fazem acreditar e nos envolver com o personagem.
  1. Não fique parado no lugar ou deixe o fantoche parado. Movimente-se pelo palco, de acordo com a história que está sendo encenada.
  2. Divirtam-se! Encenar um texto teatral é criar um mundo novo e carregá-lo de sentimentos e emoções que envolvam a plateia, trazendo-a para dentro do texto encenado.

Lembrem-se de se posicionar virados para o público ou de posicionar bem os fantoches para que só eles apareçam. No caso das silhuetas, criem adequadamente as sombras.

Respostas e comentários

Vamos compartilhar

Apresentação dramática

  • Atividades preparatórias
  • Para esta atividade, os estudantes irão retomar os textos dramáticos que criaram nas seções anteriores. Faça uma leitura em voz alta, envolvendo os atores e a equipe de produção. Com base nas escolhas feitas anteriormente, os grupos iniciarão os ensaios com movimentação de palco e dramaturgia ou por meio da manipulação dos fantoches.
  • Atividades de desenvolvimento

Antes do espetáculo

É importante ressaltar que o sucesso da apresentação depende do número de ensaios e simulações organizados dias antes em preparação para o espetáculo, pois os estudantes e a equipe de apoio precisam se ambientar para exercer as atividades de dramaturgia e exposição frente ao público.

Auxilie os estudantes a definir previamente, dentre os participantes, quem irá exercer cada uma das funções especificadas na atividade 1.

Escolha algumas atividades de concentração para o aquecimento de corpo e voz.

Disponível em: https://oeds.link/oPqACy. Acesso em: 9 julho 2022.

Na hora do espetáculo

Relembre as marcações de cena e as deixas para cada fala, bem como os figurinos, adereços e outros objetos de cena. Outro aspecto essencial é a organização e o silêncio nos bastidores. Todos precisam saber onde e quando devem estar na coxia para que o espetáculo flua com sucesso.

O momento final de agradecimento também pode ser organizado previamente. Todos devem se posicionar no palco de fórma ordenada para receber os aplausos do público.

Habilidades Bê êne cê cê

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Após o espetáculo

Fotografia. Em um local aberto, com um banco de madeira clara à frente, e com toalhas brancas sobre ele. Atrás, seis crianças em pé, fantasiadas, com os braços para o alto, uma ao lado da outra. Vee-se três meninos e três meninas. Da esquerda para a direita: menino de chapéu e blusa em vermelho, de camisa branca por dentro e bermuda em azul. Ao lado, um menino de cabelos pretos encaracolados, par de óculos de grau, camisa jeans três-quartos e bermuda em azul-claro, ao lado um menino de cabelos pretos, de chapéu verde sobre a cabeça, um nariz redondo em vermelho, camisa em rosa e bermuda branca. Mais à direita, uma menina de cabelos longos para a direita, jardineira em azul-claro, lenço de onça-pintada em branco e amarelo, uma menina de cabelos castanhos, nariz de palhaço em vermelho, lenço em branco e vermelho sobre ela, de blusa branca, bermuda em azul. Na ponta extrema, menina de cabelos encaracolados loiros, de vestes longas em rosa. Ao fundo, local com vegetação.
Além de receber as palmas do público, aproveitem para receber um feedback do espetáculo e sugestões de aprimoramento.

6. Ao final do evento, distribuam aos espectadores uma ficha de avaliação como a do modelo a seguir, para que possam dar opiniões sobre as apresentações e fazer sugestões. Oriente-os a usar os emojis para os itens de avaliação e a dar sugestões para eventuais melhorias.

Ícone modelo

Comentários da dramatização
Imagem dos seguintes emojis: feliz; neutro; e triste.

Apresentações dos textos dramáticos

Dramatização de atores ou apresentação com fantoches e silhuetas

Cenários e ambientações

Produção, som e iluminação

Sugestões de melhorias

Avaliação

7. Reúnam-se para conversar sobre a apresentação, avaliando os pontos positivos e negativos e o que pode ser mudado em uma próxima vez.

  1. Todos participaram, desempenhando sua função?
  2. Cada um respeitou a função do outro durante o ensaio e o espetáculo?
  3. Houve problemas entre os colegas? Se sim, como vocês resolveram?
  4. O espetáculo saiu como vocês queriam? Expliquem.
  5. Vocês gostariam de encenar outra peça de teatro? Por quê?
Respostas e comentários

Atividades de desenvolvimento

Após o espetáculo

Explore com os estudantes o significado da palavra feedback, uma importante ferramenta para a compreensão do que precisa ser melhorado e quais comportamentos foram positivos, gerando uma conscientização valiosa para o processo de aprendizagem, pois evidencia ao estudante a diferença entre o resultado pretendido e o real. Se ela for respeitosa, pode gerar motivação para mudanças em atividades futuras.

Feedback

  1. Retorno da informação ou do processo; obtenção de uma resposta: Você já teve algum feedback do seu orientador em relação à sua dissertação?
  2. Realimentação.
  3. Retroalimentação.
  • Esta atividade permite explorar noções iniciais das práticas de pesquisa de Estudo de recepção.
  • Estudos de recepção têm a intenção de atribuir ao espectador o papel primordial, uma vez que a interação, que depende da recepção, promove diferentes interpretações e efeitos acerca do objeto. Isso significa que a interpretação não depende só do leitor, mas também é estimulada a partir do que a obra apresenta, embora cada interlocutor dê sentido segundo suas vivências.
  • Elabore a pesquisa com questões que envolvam os espectadores. Para a formulação das perguntas, pense no objeto e elabore questões buscando responder a perguntas relacionadas ao cotidiano, práticas sociais e efeitos, como as perguntas a seguir:
  • Que significado as pessoas atribuem a esses conteúdos?
  • Como elas interagem com o objeto e por quanto tempo?
  • Como o objeto é interpretado?
  • Quais são as emoções sentidas quando entram em contato com o objeto?
  • Como o objeto influencia o cotidiano dessas pessoas?
  • Para isso, adapte o quadro de comentários da dramatização com os exemplos de questões apresentadas e relacionando-as aos contextos das dramatizações.

Avaliação

Finalize a seção reunindo os estudantes em uma roda de conversa e propondo a avaliação e autoavaliação de todo o processo, desde a escrita do texto. Peça aos estudantes que realizem cada uma delas em uma folha à parte para serem entregues ao professor, analisando os momentos antes do espetáculo e durante ele.