UNIDADE 3  Entrevista: Quem é o jovem de hoje?

As propostas desta unidade foram desenvolvidas em quatro etapas que se completam. Acompanhe!

Fotografia. À direita, uma menina de cabelos longos em vermelho-escuro, com par de óculos de grau, de blusa de mangas compridas em preto, com um crachá pendurado no pescoço em bege-claro. Ela olha para frente sorrindo, com o braço direito apoiado em um guarda-corpo na horizontal em marrom-claro. Em segundo plano, local com solo em verde, mesas pequenas em branco e acima, esfera terrestre. No alto, céu noturno em azul-escuro.

EU SEI

Como as entrevistas podem nos ajudar a conhecer o jovem de hoje?

Compreender a função de entrevistas para investigar os anseios e a cultura dos jovens nos dias de hoje.

Composição de fotografia com ilustração. Ao fundo, vista parcial de uma pessoa do pescoço para baixo, com a mão esquerda sobre uma tela de cor preta. Ao centro, ilustração em branco, de duas letras: IA, dentro de um cérebro. Ao redor, símbolos pequenos diversos como cifrão de dinheiro, casa, carrinho de compras, prédio, usinas, antenas, rodovia, entre outros.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Entrevista com especialista

Compreender as características da reportagem, o contexto de produção e a circulação.

Capítulo 2 – Análises com

Compreender o uso da Inteligência Artificial para fazer análises e previsão de tendências.

Ilustração. Um telefone celular na vertical com contorno em azul e na tela e perto dela, símbolos diversos que se sobressaem.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e de ampliação da aprendizagem.

Fotografia. Uma pessoa vista da cintura para cima, usando blusa de mangas compridas em cinza, segurando nas mãos, à frente do rosto, uma folha branca com um ponto de interrogação preto.

VAMOS COMPARTILHAR

Mostra da pesquisa

Promover a interação com os colegas e com a comunidade por meio do compartilhamento da pesquisa sobre os jovens.

EU SEI

Como as entrevistas podem nos ajudar a conhecer o jovem de hoje?

1. Leia uma reportagem sobre jovens ativistas.

10 jovens ativistas que vão te inspirar a lutar por um mundo melhor

A pouca idade não impede esses combatentes de assumir a frente do movimento para proteger o meio ambiente. Conheça jovens inspiradores em todo o mundo que estão fazendo a diferença

Por Redação, do Um Só Planeta

03/01/2022

A crise climática está afetando milhões em todo o mundo de fórma desigual e ameaçando catastroficamente as gerações futuras. Ainda assim, as vozes das pessoas mais afetadas pelo aquecimento global são as que costumam ser ignoradas ou silenciadas.

Mas esses jovens ativistas se recusam a ficar calados. Eles se mobilizaram e se mantiveram em mesas de debate e entrevistas, provando estar entre as influências mais persuasivas e notáveis na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (cópi vinte e seis), realizada em novembro em Glasgow, na Escócia.

Cada um dêsses agentes de mudança usou sua voz, perspectiva e habilidades de uma fórma única, todos exigindo compromissos sérios e ações eficazes, mesmo quando aqueles que ainda buscam lucrar à custa da saúde do planeta tentaram intimidá-los.

Do Brasil à Colômbia, da Etiópia ao Paquistão, aqui estão alguns agentes de mudança que você precisa conhecer:

reticências

Fotografia. Vista do alto para baixo, uma mulher de  cabelos pretos para cima, usando roupa de mangas curtas em azul e estampa em vermelho-escuro, com contornos em amarelo. Perto dela, vegetação com folhas em verde.
maitik avirama, Colômbia Cofundadora de uma organização que conecta jovens ativistas ambientais na Colômbia, também participou de uma sessão da Agência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas sobre justiça climática. É possível acompanhar o trabalho dela em seu póde kést em espanhol, Radio Savia, onde a jovem discute a interseccionalidade entre os direitos de gênero e o ambientalismo, bem como destaca tópicos urgentes como a violência mortal que os ambientalistas enfrentam regularmente na Colômbia.
Fotografia. À direita, uma menina de cabelos longos em vermelho-escuro, com par de óculos de grau, de blusa de mangas compridas em preto, com um crachá pendurado no pescoço em bege-claro. Ela olha para frente sorrindo, com o braço direito apoiado em um guarda-corpo na horizontal em marrom-claro. Em segundo plano, local com solo em verde, mesas pequenas em branco e acima, esfera terrestre. No alto, céu noturno em azul-escuro.
Mikaelle Farias, Brasil Aos 20 anos, Mikaelle é a única nordestina a compor a delegação brasileira de 16 jovens do Fridays For Future, movimento global de ativistas pelo clima liderados pela sueca Tãnberg, para a cópi vinte e seis, a Conferência das Partes da Nações Unidas. Enquanto as discussões sobre o papel do Brasil na agenda climática global tomavam grande destaque por causa da Amazônia, Mikaelle esperava fortalecer a conscientização sobre os impactos do aquecimento global no Nordeste.
Fotografia. Uma mulher indígena vista da cintura para cima, de cabelos escuros, de franja, até os ombros, olhando para cima, ao longe. Ela tem pinturas no rosto com linhas finas em preto, usando na cabeça um cocar de penas nas cores marrom, azul e amarelo, blusa de mangas curtas de linhas em vermelho, azul e branco, com colares da mesma cor. Ao fundo, pessoas vistas de costas à direita e à esquerda, folhas em verde.
Tchai Suruí, Brasil Nascida no povo Suruí, em Rondônia, Txai foi a única brasileira e indígena a falar na abertura oficial da última Conferência de Cúpula do Clima da ônu, a cópi vinte e seis. Ela é filha de Almir Suruí, 47, uma das lideranças indígenas que mais se destacam no combate ao desmatamento na Amazônia. Além de fundadora do Movimento Juvenil Indígena de Rondônia, também esteve na cópi vinte e seis como integrante da delegação juvenil do Engajamundo — organização não governamental de lideranças juvenis. No comunicado histórico, Tchai Suruí chamou a atenção do mundo para quem está na frente do combate à crise climática e apontou para a necessidade urgente de defender a Amazônia do desmatamento.

10 JOVENS ativistas que vão te inspirar a lutar por um mundo melhor. Um só Planeta, abre colchetesem localfecha colchete, 3 janeiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/K0k9Wh. Acesso em: 13 junho 2022.

Ícone. Atividade oral.
  1. O que você sabe sobre a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (cópi vinte e seis)? Converse com os colegas e o professor.
  2. Qual é a importância da participação dos jovens em eventos como esse? Explique.
  3. Por que é importante a participação de uma delegação brasileira numerosa e jovem no evento? O que o Brasil tem que preservar?

EU VOU APRENDER Capítulo 1

 Entrevista com especialista

  1. Você já leu ou assistiu a uma entrevista? Em caso afirmativo, qual era o foco da entrevista? Como era o formato? Comente.
  2. Leia a manchete e o título auxiliar da entrevista a seguir. Formule hipóteses sobre o que será tratado no texto e anote-as.
  3. Faça uma leitura em voz alta compartilhada com os colegas do texto a seguir.

Quem são e o que querem os jovens de hoje? Entrevista com o pesquisador José Machado Pais.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul – 24/07/2017

Em maio deste ano o professor e pesquisador José Machado Pais, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, participou como professor visitante reticências do Programa de Pós-Graduação em Educação, entre elas uma palestra pública sobre um dos seus principais temas de investigação: Jovens e transições de vida. reticências

Parte de seus estudos, nos últimos 30 anos, é sobre culturas juvenis e tem como foco a realidade de diferentes países (Europa, África e América Latina). A partir deles pode-se dizer que, independentemente do país, o jovem contemporâneo tem aspirações comuns?

Um traço comum aos jovens de diferentes latitudes geográficas e sociais é o da conquista do presente. Aspiração que aliás ecoa num dos trechos do último cedê (Vem), da cantora brasileira Mallu Magalhães: “não sou do passado nem do futuro eu só gósto do agora”… Fernando Pessoa, em suas fases de desassossego, também alinhava com semelhante diapasãoglossário : “Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já não o tenho”. Quer isto dizer que os jovens não têm aspirações de futuro? De maneira nenhuma. Só que essas aspirações são moldadas pela imprevisibilidade do futuro. O presente abre-se ao futuro, mas a um futuro imprevisível. reticências Entre os jovens de hoje, o futuro já não se planeia a longo prazo. As aspirações e decisões adoptam-se e adaptam-se em função das circunstâncias.

Fotografia. Um homem visto dos ombros para cima, olhando para a direita, sorrindo. Ele é calvo e com cabelos grisalhos ao redor. Ele usa camisa de gola em azul e blusa preta por cima de mangas compridas. Ao fundo, vista parcial de cadeiras estofadas em azul e uma pessoa sentada desfocada.
José Machado Pais

Em que medida as tecnologias da informação e comunicação aproximam – ou afastam – esses jovens? E que impacto isso tem no seu processo de transição para a vida adulta, em uma sociedade dita “globalizada”?

Hoje, as culturas juvenis desdobram-se em culturas digitais. Os jovens procuram conectar-se. Eles mobilizam-se nas redes sociais, tecem tramas de cumplicidade, envolvem-se em novas redes de comunicação de suporte à participação cívica e política: websites, reticências, blogs, fóruns, protestos on-line etcétera Os jovens das regiões mais empobrecidas do mundo não estão fóra desta onda. Segundo relatórios do Banco Mundial, há em alguns países africanos mais pessoas com acesso a um celular do que a água corrente, conta bancária ou eletricidade.

A África está vivendo um período de crescimento tão acelerado na utilização das novas tecnologias que o relatório do Banco Mundial chama--lhe mesmo “a década móvel”. As tecnologias de informação permitem um conhecimento em rede com efeitos ainda inexplorados nos processos educativos e formativos dos jovens.

Com o que sonha o jovem hoje? A formação universitária, o primeiro emprêgo – aspirações relevantes para as gerações anteriores – ainda fazem parte do ideário juvenil?

O que mudou significativamente? A consciência de que o diploma por si só não é nenhuma varinha mágica de acesso ao emprêgo, embora assegure melhores inserções profissionais. Por isso mesmo, a formação universitária continua a ser valorizada como trampolim de mobilidade social, embora o acesso à universidade continue de difícil acesso a muitos jovens. Alguns nem sequer conseguem finalizar o ensino obrigatório, em grande parte por falta de condições econômicas.

Em um mundo que parece estar permanentemente em crise, em que 1% da população mais rica detém 51% da riqueza mundial, o jovem parece estar desencantado com a fórma como as instituições sociais olham para – e por – ele, surgindo assim uma descrença em relação ao futuro e uma frustração com relação ao presente.

Há desencanto mas há também o encanto que apela à mudança. Tudo acontece nas brechas societaisglossário . Num sentido tradicional, o conceito de brecha refere-se a fendas associadas a desarranjos, assimetrias, exclusões sociais. reticências Contudo, noutro sentido essas brechas podem fazer surgir oportunidades de vida. reticências

Podemos dizer que as instituições – a começar pela família e pela escola – encontram dificuldades para compreender esse jovem que carece de portos de abrigo e âncoras de segurança, mas que, ao mesmo tempo, necessita alçar voo para ganhar a vida?

Nem sempre a família e a escola têm valorizado devidamente a ludicidade criativa. Hoje em dia, o ambiente familiar não é muito propício ao convívio. A televisão intrometeu-se abusivamente na teia das relações familiares. Já poucos são os avós que contam histórias aos netos, cada vez mais grudados à televisão e aos jogos de computador. Por outro lado, na escola há quem advogueglossário a ideia de que a aprendizagem requer sacrifícios, uma escolha entre estudo e lazer. Mas que lazer? Se lazer rima com prazer, com que direito eliminamos a possibilidade de haver prazer no aprender?

reticências

A escola é hoje um porto de abrigo ou um espaço de tensão – e muitas vezes de frustração – para o jovem? O que o jovem espera da escola e o que efetivamente ela lhe apresenta?

A escola pode ser para os jovens um espaço de abrigo ou de tensão, mas também de exclusão ou de inovação. Há que questionar se o futuro para o qual se orienta a educação e formação dos jovens é o futuro que verdadeiramente os espera. reticências Cumpre à escola saber transmitir conhecimentos, mas o seu principal desafio é o de saber estar aberta à inovação, à produção de novos conhecimentos, implicando os seus alunos nesse desafio.

Quais são os principais desafios que a escola – e os professores – encontram para acolher um jovem que desconfia do que o futuro lhe reserva? É possível dar conta desses desafios estritamente no âmbito escolar? Ou a rua, e tantos outros espaços sociais, também pode apontar caminhos de mudança?

Os caminhos da mudança passam por contornar algumas inércias que persistem no sistema educativo. Não me refiro ao mudar por mudar, como acontece com sucessivas reformas curriculares, mais dependentes de orientações político-partidárias do que educacionais. Outro traço de persistência institucional é a compartimentação dos saberes, impedindo uma aproximação integradora de distintas fórmas de conhecimento reticências. No cruzamento de distintos domínios do saber surge frequentemente uma tensão criativa. A criatividade passa pela capacidade de conectar o desconectado.

O senhor é uma referência nos estudos que tomam o cotidiano como perspectiva metodológica. Como o senhor define a sociologia da vida cotidiana e de que forma ela nos ajuda a compreender os fenômenos de interconectividade entre a escola e a sociedade?

Uma vez, um repentista brasileiro, Françuá do Ceará, deu-me uma curiosa definição do repente. Dizia-me: “O repente é instantâneo / É o que se faz avessado / No meio do povo estranho / Veja o meu detalhado”… Esse fazer detalhado e avessado pode ser tomado como uma estratégia de pesquisa social: quer quando buscamos nos detalhes do cotidiano a revelação do social; quer quando miramos e remiramos achados exóticos do cotidiano, de natureza comportamental, para lhes achar os seus avessos endóticosglossário , de natureza social. Tudo está ligado. Não é possível entender a escola sem olhar o seu avesso, tecido de constrangimentos sociais. Não faz sentido pensar a escola fóra dos mundos sociais de que faz parte. reticências

Em que medida o cotidiano como alavanca para o conhecimento pode contribuir para a construção de práticas que fortaleçam as relações estabelecidas no interior das instituições educativas e de socialização?

O conhecimento cotidiano é um conhecimento prático, feito de experiências acumuladas. As instituições educativas são, ou deveriam ser, campos de socialização dessas experiências, janelas abertas para os vastos horizontes do que é possível fazer com a riqueza do conhecimento. Qualquer conhecimento deixa de o ser quando se mumifica em sua inérciaglossário . reticências O ensino de largo alcance é o que permite exercitar criativamente o uso dessas ferramentas. Há que contemplar a criatividade como uma das dimensões mais relevantes das instituições educativas.

reticências

Ilustração. Um grupo de dezenas de jovens, homens e mulheres, juntos, um ao lado do outro. Mais à direita, um homem sentado em uma cadeira de rodas, com um livro sobre os joelhos, de cabelos pretos, blusa de mangas compridas em cinza, calça verde e sapatos em marrom. A maioria dos jovens está com livros e cadernos e alguns com mochila nas costas. Todos os jovens estão olhando para a frente sorridentes. Uma menina, ao centro, de cabelos longos vermelhos, blusa de mangas compridas na cor rosa, saia verde; ela está com os braços para cima, como em comemoração.

QUEM são e o que querem os jovens de hoje? Entrevista com o pesquisador José Machado Pais. ú cê ésse Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 27 julho 2017. Disponível em: https://oeds.link/QcKKTC. Acesso em: 13 junho 2022.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade oral.
  1. Após ler o texto, suas hipóteses se confirmaram ou não? Comente.
  2. Que pistas a manchete dá sobre a reportagem?
  3. No primeiro parágrafo, para ilustrar o assunto, o entrevistador introduz uma exemplificação. Como isso fica marcado no texto e qual efeito produz no leitor?
  4. Releia a primeira pergunta e responda: que recurso o entrevistador utilizou para retomar os 30 anos de estudo do pesquisador?
    1. Qual é a importância dos nomes citados entre parênteses nessa pergunta?
    2. Qual é a função da expressão “independentemente do país” utilizada entre vírgulas?
  5. O nome do jornalista que fez a entrevista aparece em algum momento? O que isso pode significar?
  6. Leia a explicação sobre entrevista.

A entrevista é um gênero textual oral feito como se fosse um diálogo entre o entrevistador e o entrevistado, com o objetivo de informar sobre um assunto. Se a entrevista for circular em um veículo impresso, ela é transcrita e reescrita para retirar as marcas de oralidade, substituindo-as por outros recursos, como pontuação, reticências, aspas.

  1. Como podemos perceber esse diálogo entre o entrevistador e o entrevistado?
  2. Observe a primeira resposta do entrevistado. Em que momento foram utilizadas as aspas? Com que função?
  3. Qual é a intenção do entrevistado ao destacar a fala de terceiros?

Para ampliar

Entrevistas – Contos de fadas. Carolina Moreyra e Odilon Moraes. São Paulo: Moderna, 2020.

Nessa obra, os autores apresentam entrevistas exclusivas com 12 dos personagens mais queridos, carismáticos, polêmicos ou temidos dos contos de fadas. Leia e divirta-se!

Capa de livro. Fundo de cor bege-claro, com ilustrações de personagens diversos que remetem aos contos de fada. Na ponta da esquerda, um lobo visto parcialmente, do pescoço para cima, orelhas na vertical e focinho fino. Na ponta da direita, três porquinhos em pé, de cor bege-claro, um ao lado do outro. Ao centro, título de livro e nome dos autores.
  1. Como é a linguagem utilizada na entrevista?
  2. Para responder à terceira pergunta, o entrevistado inicia dizendo:

O que mudou significativamente? A consciência de que o diploma por si só não é nenhuma varinha mágica de acesso ao emprêgo, embora assegure melhores inserções profissionais.

  1. Qual foi a intenção dele ao iniciar a resposta com uma pergunta?
  2. Observe o termo destacado no trecho. Que efeito de sentido ele produz?
  3. Nesse trecho, o entrevistado utiliza a expressão “por si só”. Ao que ele se refere?
Versão adaptada acessível

Atividade 8, item b.

Observe o termo "significativamente" no trecho. Que efeito de sentido ele produz?

  1. Quem são e o que querem os jovens de hoje? Copie no caderno as frases que respondem a essa questão, na sua opinião.
    1. Os jovens de hoje vivem o cotidiano do presente, o futuro já não se planeja a longo prazo.
    2. Os jovens procuram conectar-se e mobilizam-se nas redes sociais.
    3. Eles envolvem-se em novas redes de comunicação de suporte à participação cívica e política: uébisaites, redes sociais, blogues, fóruns, protestos on láine etcétera
    4. A juventude valoriza a formação universitária como trampolim de mobilidade social, mas ainda é de difícil acesso para muitos jovens.
    5. Há um desencanto pelas instituições sociais, mas há também o encanto que apela à mudança; os jovens buscam as brechas nas estruturas sociais para improvisar e ser formador de opinião.
    6. Nem sempre a família e a escola têm valorizado devidamente a ludicidade criativa, o prazer de aprender.
    7. O conhecimento cotidiano é um conhecimento prático, e os jovens gostariam de participar com criatividade.
Ilustração. Uma moça vista da cintura para cima, de cabelos escuros penteados para trás, em rabo de cavalo, usando blusa de mangas compridas em laranja e calça azul. Ela olha para cima, à direita e dedo indicador da mão esquerda perto da bochecha. Perto, à direita, três pontos de interrogação em cinza.

10. Com os colegas e o professor, discutam as questões e reflitam como a frase a seguir pode se relacionar com o cotidiano da escola.

Tudo está ligado. Não é possível entender a escola sem olhar o seu avesso, tecido de constrangimentos sociais.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Adjunto adnominal

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade em dupla.

1. Releiam este trecho da reportagem “10 jovens ativistas que vão te inspirar a lutar por um mundo melhor”.

A crise climática está afetando milhões em todo o mundo de fórma desigual e ameaçando catastroficamente as gerações futuras. Ainda assim, as vozes das pessoas mais afetadas pelo aquecimento global são as que costumam ser ignoradas ou silenciadas.

Mas esses jovens ativistas se recusam a ficar calados. Eles se mobilizaram e se mantiveram em mesas de debate e entrevistas, provando estar entre as influências mais persuasivas e notáveis na 26a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (cópi vinte e seis), realizada em novembro em Glásgôu, na Escócia.

Cada um dêsses agentes de mudança usou sua voz, perspectiva e habilidades de uma fórma única, todos exigindo compromissos sérios e ações eficazes, mesmo quando aqueles que ainda buscam lucrar à custa da saúde do planeta tentaram intimidá-los.

  1. O que as palavras e expressões em destaque têm em comum?
  2. A que classe de palavras elas pertencem?
  3. Identifiquem a que termo se refere cada uma das palavras e expressões em destaque.
  4. O que os termos relacionados a essas palavras e expressões têm em comum, quanto à classe gramatical?

O adjunto adnominal é o termo da oração que se liga a determinado substantivo com o objetivo de caracterizar, determinar, especificar ou detalhar esse nome. As classes de palavras que representam o adjunto adnominal são: o adjetivo e as locuções adjetivas, o artigo, o numeral e o pronome.

2. Releiam mais este trecho da mesma reportagem.

É esse tempo de incertezas que leva os jovens a ampliar o espaço da experiência, o do cotidiano. Umas vezes como refúgio às ameaças do futuro, outras vezes como um espaço de concretização de desejos e aspirações.

  1. Indiquem a que classes de palavras pertencem os termos destacados no texto.
  2. Que função sintática esses termos desempenham em relação ao núcleo ao qual se relacionam?
  3. Do ponto de vista do significado, que contribuições esses termos dão ao texto?

3. Leiam esta agá quê.

História em quadrinhos. Composta por quatro quadros. Apresenta como personagens, dois sapos de cor verde e detalhes no rosto de bolinhas em amarelo. Um deles tem olhos pretos, camiseta de gola em amarelo, calça cinza e sapatos em marrom. O outro sapo tem olhos azuis, de casaco e sapatos em vermelho, com calça em azul. As cenas se passam em uma cozinha de cor cinza.
Q1 – Os dois sapos na cozinha, um de frente para o outro, à esquerda, o de olhos pretos e o da direita, de olhos azuis. Este segura uma colher na mão direita e diz para o outro: OLHA SÓ A SOBREMESA NOVA QUE EU INVENTEI! COLHER DE BRIGADEIRO.
Q2 – O sapo da esquerda, de olhos pretos, comenta: ISSO JÁ EXISTE E SE CHAMA BRIGADEIRO DE COLHER.
Q3 – O sapo da direita, ainda com a colher na mão, com as pálpebras abaixadas, fala: OLHA DE PERTO.
Q4 – Foco na colher de cor marrom com protuberâncias em marrom-claro.

DOURADO, Rafael. Sapo bróders. abre colchetesem localfecha colchete, 2019. Disponível em: https://oeds.link/izdKIa. Acesso em: 23 junho 2022.

  1. No segundo quadrinho, por que o sapo que está falando corrige o interlocutor?
  2. Como a ilustração do último quadrinho nos auxilia a compreender que o autor da receita estava correto?
  3. Como se classificam sintaticamente os termos “de brigadeiro” e “de colhér”? De que maneira eles contribuem para o humor da agá quê?

ORTOGRAFIA

Formação de palavras: prefixos que expressam negação

Responda às questões no caderno.

1. Releia este trecho da entrevista com o pesquisador José Machado Pais.

O futuro teme-se não apenas pelo que dele se espera, mas sobretudo por não se saber o que dele esperar. Teme-se o futuro pela sua imprevisibilidade. É esse tempo de incertezas que leva os jovens a ampliar o espaço da experiência, o do cotidiano. Umas vezes como refúgio às ameaças do futuro, outras vezes como um espaço de concretização de desejos e aspirações. Neste caso, o imprevisto é mais atrativo do que o previsto ou o entrevisto. Não faz sentido controlar o horizonte de espera em relação a aspirações que podem caducar com a passagem do tempo.

  1. Qual é o significado das palavras em destaque? Se necessário, consulte o dicionário.
  2. O que essas palavras têm em comum?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, item a.

Qual é o significado das palavras "imprevisibilidade", "incertezas" e "imprevisto"? Se necessário, consulte o dicionário.

Você já sabe que, por meio do acréscimo de prefixos e sufixos, podemos formar novas palavras, em um processo chamado de derivação. Quando acrescentamos um prefixo à palavra primitiva, temos derivação prefixal. Quando acrescentamos um sufixo, temos derivação sufixal. Todas as palavras destacadas no trecho da atividade anterior apresentam um prefixo que dá ideia de negação, também já estudado. No quadro a seguir, é possível ver os prefixos que transmitem a ideia de negação em português.

Prefixo

Características

Exemplos

a-

Prefixo de origem grega. Diante de vogais, assume a forma an-.

amoral
analfabeto

des-

Prefixo de origem latina.

descortês

i-/in-

Prefixo de origem
latina. Diante de palavra iniciada por
r, torna-se ir-.

imoral
inviável
irreversível

Diante de palavra iniciada por b ou p, escreve-se im-.

improdutivo
imbatível

  1. Com base nos prefixos estudados, forme palavras com os radicais a seguir:
    1. leal
    2. mortal
    3. reconhecível
    4. dependente
    5. moral
    6. típico
    7. favorável
    8. constante
    9. relevante
    10. reparável
    11. fiel
    12. próprio
    13. humano
    14. legal
    15. responsável
    16. operante
  2. Pesquise os adjetivos correspondentes às descrições a seguir.
    1. Que não tem responsabilidade.
    2. Que não varia, não muda.
    3. Que não é honesto.
    4. Que não está satisfeito.
    5. Que está fóra do domínio da razão.
    6. Que não é tóxico.
    7. Que não está contente.
  3. Agora, utilize esses adjetivos para completar as lacunas das frases a seguir. Ao inserir os adjetivos, faça as adaptações necessárias.

a. Os estudantes deverão comprar tinta

Espaço para resposta
para pintar o desenho.

b. Todos pareciam

Espaço para resposta
com a notícia.

c. Era um medo

Espaço para resposta
, já que não havia motivos para isso.

d. A atitude foi considerada 

Espaço para resposta
pelo juiz.

e. Nunca se satisfazia com nada, ou seja, era naturalmente 

Espaço para resposta
.

f. Como o fenômeno não apresentava nenhuma modificação, era considerado

Espaço para resposta
.

g. Não se pode adotar uma postura

Espaço para resposta
em relação às crianças.
Ilustração. Uma pessoa vista da cintura para cima, de frente para um púlpito de madeira, segurando na mão esquerda um martelo de juiz. A pessoa tem peruca branca curta, com par de óculos de grau, de roupa de mangas compridas em preto e gola em branco, com botões em amarelo. Na ponta da esquerda, base de martelo. Ao fundo, parede em cinza.

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Análises com IA

Titulo do carrossel
Imagem meramente ilustrativa

Gire o seu dispositivo para a posição vertical

  1. Você sabe o que é Inteligência Artifical ? Onde ela está sendo usada no seu cotidiano?
  2. Faça uma leitura em voz alta compartilhada com os colegas de um trecho do artigo científico divulgado na revista Ciência Hoje.

A era da inteligência artificial

Artigo

Fazer prediçõesglossário com base em um grande volume de dados. Diagnosticar doenças a partir de informações genéticas, históricos médicos e exames. Encontrar o suspeito de um crime com reconhecimento facial. Raciocinar dentro de um cenário de incertezas. Realizar análises financeiras e avaliar os riscos de uma empresa a partir de consultas de megadados. Todas essas tarefas, antes feitas por nós, humanos, já podem ser executadas com Inteligência Artificial, a i á. Mas, afinal, como definir essa tecnologia que está mudando nosso mundo e promete transformar mais ainda nossa sociedade?

A envolve tecnologias computacionais que atuam inspiradas – ainda que ajam de fórma diferente – na maneira humana ou de outros seres biológicos de sentir, aprender, raciocinar e tomar decisões

São várias as definições da . Uma delas a descreve como a atividade dedicada a tornar as máquinas inteligentes, e inteligência é a qualidade que permite que uma entidade funcione adequadamente e com previsão em seu ambiente. Ainda que não tenhamos uma definição exata, podemos dizer que envolve tecnologias computacionais que atuam inspiradas – ainda que ajam de fórma diferente – na maneira humana ou de outros seres biológicos de sentir, aprender, raciocinar e tomar decisões. Uma descrição mais simples seria: é uma área multidisciplinar cujo objetivo é automatizar atividades que requerem inteligência humana.

Composição de fotografia com ilustração. Ao fundo, vista parcial de uma pessoa do pescoço para baixo, com a mão esquerda sobre uma tela de cor preta. Ao centro, ilustração em branco, de duas letras: IA, dentro de um cérebro. Ao redor, símbolos pequenos diversos como cifrão de dinheiro, casa, carrinho de compras, prédio, usinas, antenas, rodovia, entre outros.
A Inteligência Artificial pode ser utilizada nas áreas de conhecimento, econômica, financeira, industrial, agrícola e outras.

Prima-irmã da computação

Há pouco tempo a era vista como ficção científica, sua história se confunde com a da própria computação. O britânico Alan (1912-1954), conhecido como pai da computação, foi um dos pioneiros na área. reticências macárti alcunhou o termo inteligência artificial, definindo-o como “a ciência e a engenharia de produzir máquinas inteligentes”.

A partir deste evento, as primeiras pesquisas e resultados usando começaram a surgir. Em 1959, aparece pela primeira vez o termo machine lãrnin para se descrever um sistema que permitia aos computadores aprender alguma função sem serem programados diretamente para isso. De uma fórma simples, a máquina após o aprendizado – que seria fornecer dados de entrada para um algoritmoglossário – seria capaz de executar a tarefa de fórma automática.

reticências

Nos anos 1990, com o surgimento da internet comercial, a sofreu um novo impulso ao ser usada para o desenvolvimento de sistemas de navegação. O protótipo do que seria hoje o Google surgiu nessa época como uma ferramenta baseada em programas que analisavam os dados da rede e os classificavam em grupos de interesse predeterminados. reticências

Trampolim para a

Mas o que está transformando este início de século 21 na “era de ouro da ”? É possível elencar alguns aspectos:

1 – Alta conectividade: não somente a sociedade mundial encontra-se mais conectada digitalmente, como também as máquinas, por meio de diferentes sensores.

2 – Baixo custo computacional: cada vez mais, “chips” eletrônicos com capacidade de processamento igual ou maior que os modelos anteriores são lançados e com custos cada vez menores.

3 – Grande quantidade de dados (Big Data): vivemos num mundo em que a quantidade de dados como fonte de informação tem aumentado de uma fórma exponencial. Processar esses dados e extrair conteúdos relevantes tem sido um grande desafio, e a tem se mostrado uma ótima ferramenta para tal.

4 – Machine Learning: o aprendizado de máquina se baseia em algoritmos e modelos matemáticos para extrair ou reconhecer padrões escondidos em um conjunto de dados. Essa capacidade de associar dados novos aos padrões aprendidos permite que essas máquinas, por exemplo, possam identificar objetos em imagens ou vídeos.

reticências

o deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável. Baseado em redes neurais inspiradas na capacidade cognitiva do cérebro humano, o deep learning dispensa uma etapa de pré-processamento de dados – que é obrigatória no machine learning – e é capaz de interpretar dados recebidos de fórma primária. Os sistemas ou máquinas baseados em deep learning são capazes de aprender e se aperfeiçoar quanto mais são expostas ao uso. Alguns exemplos são reconhecimento facial em tempo real, sistemas de busca na internet e chat-bots.

Linha do tempo. À esquerda, dados de Ano de 1950 a 2020. À direita, textos e ilustrações.
Ano: 1950: ondas de grande magnitude com curvas.
Ano: 1960-1970: Inteligência Artificial – máquinas funcionam inspiradas no comportamento humano.
Ano: 1990-2000: ondas finas na horizontal em roxo, azul e verde ramificadas. Texto: Machine Learning – Máquinas são capazes de fazer predições com erros mínimos.
Ano: 2010 e 2020: Linhas finas na horizontal ramificadas em roxo e azul. Texto: Deep Learning – Máquinas aprendem e se aperfeiçoam com o uso.

Um risco para os humanos?

Diante de tanta evolução, que impactos positivos ou negativos essas mudanças proporcionadas pela terão na sociedade? Haverá menos empregos, com as máquinas substituindo os humanos? Essa análise não é simples e nem definitiva, uma vez que estamos no meio de um processo de transformação. Mas é possível apontar alguns sinais do que, provavelmente, ocorrerá no futuro.

Em primeiro lugar, é preciso ver que a é parte de um contexto maior resultante das transformações digitais que já impactam as economias mundiais. Dentro dêsse cenário, mudanças são esperadas nas relações de e trabalho. De acôrdo com um estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações , há uma tendência de se separar as atividades com tarefas automatizáveis e de se valorizar as atividades humanas. Com isso, espera-se que o trabalhador do futuro seja responsável por gerenciar riscos, estratégias e operações de suas atividades. Assim, aquelas ações mais repetitivas e mecanizadas serão, provavelmente, assumidas por máquinas inteligentes. Nesse futuro, aponta o estudo, as relações de trabalho devem ser mais horizontais, substituindo a linha vertical “patrão-empregado”, e os profissionais terão um papel mais autônomo no trabalho e na produção de valor.

Outro aspecto importante é o uso dessas novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida da sociedade. Segundo o estudo do ême cê tê Í cê, as transformações digitais, incluindo a , podem ser empregadas para combater a fome, aumentando, por exemplo, a produtividade agropecuária, reduzindo as perdas no campo e na logística de distribuição. Podem ainda reduzir o impacto das mudanças climáticas, por meio de uma rede de sensores inteligentes que, associada às técnicas de , faça mitigação ou prevenção de desastres naturais.

A discussão sobre como será o nosso futuro com a inteligência artificial não se esgota nesses tópicos. Há muito mais o que refletir sobre suas implicações positivas e negativas. Mas o primeiro passo é conhecer e divulgar a tecnologia à sociedade para que seja empregada da fórma mais justa possível.

reticências

Para países que estão atrás nessa corrida, como o Brasil, um caminho para minimizar o atraso tecnológico, talvez, seja criar mecanismos ou leis que endureçam a imposição externa de tecnologias de com potencial para comprometer, por exemplo, a economia. Melhor solução seria acelerar o desenvolvimento na área, mas isso não será possível para muitas nações.

Charles Prado

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (in metro)

Matéria publicada em 24.12.2019

PRADO, Charles. A era da inteligência artificial. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 24 dezembro 2019. Disponível em: https://oeds.link/xBtVk8. Acesso em: 14 junho 2022.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade oral.
  1. O que mais chamou sua atenção ao ler o texto? Ele trouxe informações novas para você? Quais?
  2. Você desconhecia algum termo técnico usado na matéria? Em caso afirmativo, qual ou quais?
  3. Que definições de são dadas pelo autor no início do texto?
  4. Observe o infográfico e suas informações. Com que parte do texto ele se relaciona?
  5. Identifique os aspectos que transformaram a em destaque no século 21.
    1. Alta conectividade e baixo custo computacional.
    2. Grande quantidade de dados (Big data).
    3. Machine learning, aprendizado baseado em algoritmos e modelos matemáticos.
  6. Onde essa reportagem pode ter circulado?
  7. Qual é o público-alvo da reportagem?
  8. Que tipo de linguagem foi utilizada pelo articulista?
  9. Em que pessoa do discurso o artigo foi escrito e que tempos verbais o articulista utilizou?
  10. Quem assina o artigo científico? Você acha que ele tem autoridade para falar do assunto?

As reportagens de divulgação científica geralmente são escritas por um jornalista, mas, às vezes, também por cientistas e acadêmicos. Por ser uma reportagem, encontramos nelas recursos próprios de textos jornalísticos, como as citações diretas ou indiretas da opinião de especialistas no tema.

11. Releia este trecho. Na sua opinião, com que intenção se utilizou essa pergunta na introdução do texto?

Mas, afinal, como definir essa tecnologia que está mudando nosso mundo e promete transformar mais ainda nossa sociedade?

12. Releia este trecho e identifique a alternativa que melhor explica o parágrafo.

Já o deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável. Baseado em redes neurais inspiradas na capacidade cognitiva do cérebro humano, o deep learning dispensa uma etapa de pré-processamento de dados – que é obrigatória no machine learning – e é capaz de interpretar dados recebidos de fórma primária. Os sistemas ou máquinas baseados em deep learning são capazes de aprender e se aperfeiçoar quanto mais são expostas ao uso.

  1. O deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável, sendo obrigatória uma etapa de pré-processamento de dados.
  2. O deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável, pois dispensa uma etapa de pré-processamento de dados.
  1. Observe mais uma vez o infográfico e responda às questões.
    1. Quantos anos o infográfico representa no período de desenvolvimento do ?
    2. Escreva que tecnologia representa cada período.

De 1950 a 1980.

De 1980 a 2010.

De 2010 a 2020.

  1. Na sua opinião, as tecnologias que envolvem a atingiram seu ponto máximo ou continuarão a se desenvolver?

14. Observe a fotografia e explique, com suas palavras, o que ela representa e qual tecnologia está sendo utilizada.

Fotografia. Rua em cinza com retângulos na vertical em amarelo, por onde passam dezenas de pessoas em pé. Ao fundo, à esquerda e à direita, prédios com muitas janelas e céu em cinza-claro.
Análise da capacidade de aprendizado de máquina na identificação de pessoas na cidade, utilizando o recurso de Inteligência Artificial.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Adjunto adverbial: advérbios e expressões adverbiais

Responda às questões no caderno.

1. Releia este trecho do artigo “A era da Inteligência Artificial”.

A partir deste evento, as primeiras pesquisas e resultados usando começaram a surgir. Em 1959, aparece pela primeira vez o termo machine learning para se descrever um sistema que permitia aos computadores aprender alguma função sem serem programados diretamente para isso. De uma fórma simples, a máquina após o aprendizado – que seria fornecer dados de entrada para um algoritmo – seria capaz de executar a tarefa de fórma automática.

  1. A que classe de palavras pertencem os termos em destaque?
  2. Quanto ao significado, que ideia esses termos transmitem?
  3. Identifique no trecho outros termos que pertençam à mesma classe de palavras.
Versão adaptada acessível

Atividade 1, item a.

A que classe de palavras pertencem os termos "A partir deste evento", "Em 1959", "pela primeira vez" e "após o aprendizado"? 

2. Leia este outro trecho do mesmo artigo.

Nos anos 1990, com o surgimento da internet comercial, a sofreu um novo impulso ao ser usada para o desenvolvimento de sistemas de navegação. O protótipo do que seria hoje o Google surgiu nessa época como uma ferramenta baseada em programas que analisavam os dados da rede e os classificavam em grupos de interesse predeterminados. reticências

  1. Identifique no trecho dois adjuntos adverbiais que indiquem circunstância de tempo.
  2. Com qual finalidade o autor teria utilizado esses adjuntos adverbiais?
  3. Que circunstância podemos observar no adjunto adverbial “para o desenvolvimento de sistemas de navegação”?
  4. A que termo da oração esse adjunto adverbial se refere? A que classe de palavras esse termo pertence?

3. Leia a notícia a seguir.

Mona Lisa ganha vida com Inteligência Artificial

Digite "Mona Lisa Digital" em um buscador e você vai encontrar mais de 28 milhões de resultados. Mona Lisa é a pintura mais famosa do mundo. Produzida por Leonardo da Vinci, é também a obra que gera maior interesse das pessoas e a quantidade de curiosos deve aumentar por causa da tecnologia. Agora, a nova moda do momento é recriar obras-primas com a ajuda de sistemas de Inteligência Artificial . Muitos artistas têm criado todos os tipos de composições surreais usando o dal-li, da OpenAI, uma ferramenta de que gera imagens a partir de algumas palavras de texto descritivo e que, agora, possibilita "expandir" obras de mestres usando o modelo de aprendizado de máquina.

Com isso, a pintura mais famosa do mundo pode ser vista de outras maneiras. É possível ver Mona Lisa com corpo inteiro e com o cenário de fundo bem maior que o original. Pode-se também ver estudos digitais de como seria seu rosto atual. Obviamente, trata-se de um experimento, mas é sensacional poder ver Mona Lisa a partir dessas outras dimensões. reticências

Ilustração. Um quadro na vertical da imagem de Monalisa. Mulher vista da cintura para cima, de cabelos castanhos divididos ao meio, na altura dos ombros. Ela usa roupa de cor marrom, até os ombros. Em segundo plano, local com solo marrom, rio de cor azul e vegetação em verde e morros. O céu é de cor cinza-claro. Ela olha para frente com um leve sorriso.
Interpretação de Mona Lisa, famosa pintura de Leonardo da Vinci. Ilustração vetorial.

CONSIGLIO, Keka. Mona Lisa ganha vida com Inteligência Artificial. Isto É, São Paulo, 23 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/B5rYXX. Acesso em: 23 junho 2022.

  1. Segundo a autora, por que a tecnologia pode aumentar o interesse pela Mona Lisa?
  2. Que expressão adverbial é utilizada para indicar que a tecnologia seria a causa do aumento dêsse interesse?
  3. Que adjunto adverbial a autora utiliza para delimitar o tempo em que ocorre a “nova moda”?
  4. De acôrdo com o texto, como a famosa pintura de Leonardo da Vinci pode ser vista?

ORALIDADE

Entrevista

Objetivo

Ícone. Atividade em grupos.

1. Em grupos, vocês vão organizar e produzir uma entrevista com a comunidade escolar, com os familiares e, se possível, com a comunidade em torno da escola, respondendo à pergunta:

Quem são e o que querem os jovens de hoje?

  1. Tenham em mente a função da entrevista e perguntas que colaborem com seu objetivo.
  2. Façam uma pesquisa prévia sobre o assunto e sobre o público-alvo escolhido, para saber como elaborar as perguntas e tecer comentários durante a entrevista, se necessário.

Elaboração do roteiro

  1. Discutam como será o roteiro de perguntas da entrevista tendo em vista o objetivo e as informações que vocês querem obter do entrevistado.
  2. Pensem em como perguntar o que é preciso (como, o que, por que, quando, onde etcétera), prevendo oportunidades para que os entrevistados aprofundem o que foi questionado.
  3. Elaborem um roteiro com as perguntas, com base na pesquisa feita sobre o assunto e de acôrdo com o público-alvo.
  4. Tomem cuidado com perguntas muito pessoais ou sobre acontecimentos difíceis da história da pessoa. Usem modalizações, mas sem perder a clareza.
  5. Planejar a linguagem a ser utilizada é fundamental para alcançar os objetivos: sejam sucintos e claros, sem se perder em divagações e opiniões pessoais ou perguntas com múltiplas finalidades.
  6. Para ordenar as perguntas no roteiro, é recomendável começar por aquelas de caráter mais geral e objetivas, deixando para o final questões mais profundas e reflexivas.
  7. Caso os entrevistados sejam pessoas sobre as quais já se saiba algo (um especialista, um escritor ou uma pessoa com vida mais pública), recomenda-se fazer uma pesquisa previamente. Nesse caso, o roteiro pode incluir perguntas com o objetivo de confirmar os dados coletados ou para que a pessoa aprofunde certos temas com informações complementares.
  8. Elaborem também uma introdução e o encerramento da entrevista.

Aplicação da entrevista

  1. Estabeleçam com o professor como vocês vão se organizar para pesquisar membros da comunidade escolar, combinando horários e as turmas que farão parte da pesquisa. No caso da comunidade em torno da escola, façam combinados claros e escolham os adultos que irão acompanhá-los.
  2. Combinem previamente quanto tempo vai durar a entrevista e mantenham-se dentro do limite.
  3. Expliquem à pessoa qual é o propósito da entrevista.

Avisem ao entrevistado sobre a duração da pesquisa e já pensem em fórmas sutis e educadas de retomar o turno de fala, caso seja necessário. 

  1. Peçam autorização para gravar (áudio ou vídeo) e esclareçam de que fórma esse registro será utilizado e o que será feito com as informações. Se possível, tirem fotografias para registro.
  2. Listem os recursos necessários para a entrevista, a edição e a análise dos dados.
  3. Garantam que os equipamentos estejam funcionando. Certifiquem-se de que as condições são propícias ao registro (silêncio, qualidade do microfone etcétera).
Fotografia. Uma jovem vista do busto para cima, de cabelos curtos em preto e partes em verde perto do pescoço, com franja na frente. Ela usa blusa de cor verde, olha para frente sorrindo. Perto dela, uma mão de outra pessoa segurando um microfone preto. Ao fundo, em segundo plano, parte com folhas verdes, desfocada.
Durante a entrevista, fiquem atentos às trocas de turnos, ao tom e à empostação da voz, à clareza, ao ritmo etcétera Verifiquem se os equipamentos de gravação estão funcionando. Pensem em um plano B caso haja algum imprevisto.

Análise da entrevista

  1. Após a aplicação da entrevista, façam a transcrição para ajudar na organização das informações. Nessa etapa, é preciso cuidado para reproduzir exatamente o que foi dito, tanto pelo entrevistador quanto pelo entrevistado.
  2. Lembrem-se de que, como entrevistadores, vocês vivenciaram a experiência e captaram dados de natureza verbal, não verbal e observacional, o que pode enriquecer a base de dados quando forem escrever o relatório da entrevista, na próxima seção.

VOCÊ É O AUTOR!

Relatório da entrevista

Objetivo

1. Vocês vão escrever um relatório com a análise dos dados da entrevista que fizeram. Para isso, sigam as etapas descritas a seguir.

Etapas de análise

  1. Releiam as perguntas do roteiro para classificá-las como respostas diretas e respostas mais abertas, que podem trazer informações além do tema.
  2. Primeiro, identifiquem as que têm respostas diretas, ou seja, respostas objetivas e diretamente ligadas ao tema da entrevista.
  3. Leiam as respostas dadas nas entrevistas e tentem criar critérios em comum, para categorizá-las. Por exemplo:

Jovens gostam de música, gostam de viajar e de...

  1. Criem um quadro com ambas as categorias e as questões correspondentes, onde podem aparecer como respostas.
  2. Façam a categorização de todas as entrevistas considerando as respostas diretas, o que já vai mostrar uma tendência relacionada a alguns aspectos da questão pesquisada na entrevista.
  1. Agora, voltem para as questões mais abertas, com informações que vão além do tema da entrevista, mas que permitem conhecer melhor o entrevistado e o que está implícito em suas respostas.
    1. Leiam as respostas dessas questões e analisem o conteúdo e o contexto, para identificar algumas palavras-chave em comum.
    2. Analisem se é possível identificar algumas relações, como: de inclusão, de causa e efeito, parte pelo todo e outras. Por exemplo:

Os jovens gostam de ouvir música para se divertir com os amigos.

Palavra-chave: música

Causa e efeito: música para se divertir

Incluídos: com os amigos amizade (que pode ser uma nova palavra-chave, conforme a frequência)

c. Completem o quadro com as palavras-chave identificadas nesta segunda etapa de análise, ampliando as categorias que conseguiram identificar.

Análise das categorias

  1. Vamos refletir sobre o resultado das análises feitas. Escrevam em notas os resultados observados nas categorias de análise e as primeiras hipóteses de conclusão que já observaram.
  2. Organizem as notas em um mural e comecem a construir os argumentos de conclusão que utilizarão no texto do relatório. As notas permitem que vocês possam mudar a sequência e repensar a estrutura que querem utilizar. Se possível, registrem com fotografias para usar depois, na mostra que será organizada.
Ilustração. De frente para um mural grande, de cor branca e com vários papeis afixados, oito pessoas em pé, vistas de costas, olham para o painel. Ao centro, um homem de frente, de cabelos castanhos, blusa por dentro em vermelho e por cima em cinza, com calça de cor cinza-escuro. Ele está com o braço esquerdo erguido para o alto.

Escrita do relatório

  1. O relatório tem como objetivo descrever toda a etapa de pesquisa, a bibliografia consultada, a entrevista, a pesquisa de campo, a análise dos dados e as conclusões.
  2. Escrevam a primeira versão do relatório e considerem uma estrutura que normalmente apresenta os seguintes elementos: capa, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia. Sigam as orientações do professor para cada um dos elementos.

Revisão

  1. Quando entenderem que o relatório está pronto, escrevam a versão final. Utilizem a pauta de revisão para orientar essa etapa. Façam os ajustes necessários e a edição do material.
  2. Conversem com os colegas e o professor para definir a melhor maneira de divulgar os relatórios de entrevista. Lembrem-se de que vocês registraram a etapa de entrevista com fotografia e áudio, eventualmente vídeo.

CLUBE DO LIVRO

Nesta unidade, vamos retomar os livros que vocês leram no bimestre anterior e compartilhar suas avaliações com os colegas.

Relembrar

1. Traga para a escola o livro que você leu e a ficha de leitura preenchida.

Se precisar, folheie o livro, releia alguns trechos, relembre os nomes dos personagens, pois você vai compartilhar a história com os colegas.

Ilustração. Em um local aberto, com três livros gigantes e quatro jovens perto deles. À esquerda, uma jovem deitada de barriga para baixo sobre um dos livros, com blusa regata em branco e jardineira em azul-claro, de cabelos marrons e um livro de capa em azul nas mãos. Ao lado dela, um garoto sentado de pernas cruzadas, de cabelo loiros, com um gorro sobre a cabeça em cinza-escuro, de camiseta e calça da mesma cor, com um notebook aberto em cinza-claro, sobre as pernas. Mais à direita, uma rede laranja pendurada entre as plantas e uma jovem deitada nela. Ela usa camiseta azul-escuro, de calça e sapatos em verde-claro, chapéu amarelo sobre a cabeça. Ela olha para frente e segura nas mãos, um livro de capa em bege. Na extremidade da direita, um garoto sentado no chão encostado em dois livros gigantes, de cabelos castanhos, de blusa regata em amarelo e branco, de calça verde e sapatos em marrom, segurando nas mãos, um livro de capa em verde.

Apresentar e avaliar

  1. Junte-se a um colega e conte sobre o livro que você leu.
    1. Faça um resumo do enredo, com base nas anotações da ficha de leitura.
    2. Caso considere interessante, mostre algumas imagens ou leia trechos para o colega, a fim de exemplificar alguns aspectos da história.
    3. Descreva algum trecho de que mais gostou ou que considera divertido.
    4. Ao final do resumo, dê sua opinião sobre o livro, explorando os pontos positivos e negativos.
  2. Agora, é a vez do colega compartilhar a experiência de leitura.
    1. Ouça atentamente o resumo do livro que ele leu.
    2. Se quiser, faça perguntas e peça esclarecimentos sobre os trechos que não ficaram tão claros.
  3. Para concluir, crie uma avaliação sobre o livro que você leu, explicando ao colega se recomenda ou não a leitura e por quê.
  4. Compartilhem suas avaliações com as outras duplas.

Escolha da próxima leitura

  1. Você deve entrevistar alguém que já tenha lido o livro pelo qual você se interessou ao ouvir as avaliações ou que aprecie o autor.
    1. Convide a pessoa a ser entrevistada e combine dia, horário e local com ela.
    2. Elabore um roteiro de perguntas com base nas informações sobre o livro ou as obras do autor que está escolhendo.
    3. Nas perguntas, ou quando estiver interagindo com o entrevistado, utilize modalizações e linguagem clara.
    4. Tome nota de comentários que ele faça sobre o livro ou sobre o autor que possam ajudá-lo a tomar uma decisão.
  2. Chegou o momento de escolher seu próximo livro, com base nas informações obtidas.
  3. Caso prefira, escolha um livro na biblioteca.

Para isso, você pode pesquisar se há resenhas críticas ou indicações de livros em sáites especializados em livros para sua idade. Peça ajuda a um adulto para orientar a pesquisa.

Para o próximo Clube do livro

9. Aproveite a leitura e lembre-se de anotar as informações para compartilhar com os colegas ao final do bimestre.

Após a leitura, você vai complementar a sua ficha de leitura com comentários que registrem sua percepção do livro, o prazer da leitura e o quanto ela contribuiu ou não na sua evolução como leitor.

Composição de fotografias. À frente, um livro grande aberto, com páginas que se mesclam à paisagem do local com vegetação seca em amarelo. Sobre o livro, três pessoas sentadas, uma ao lado da outra. Da esquerda para a direita: pessoa de cabelos castanhos, de blusa de mangas compridas em verde. Ao lado, pessoa de cabelos castanhos, de blusa em marrom e na ponta da direita, um homem de chapéu marrom e blusa de mangas compridas em cinza-escuro e calça em bege. Em segundo plano, morros grandes em azul e céu acima, em tons esbranquiçados.
A prática de leitura é capaz de cultivar no leitor o desejo de ler, de alimentar o imaginário e o encantamento, propiciando uma transformação.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

1. Faça uma leitura silenciosa da reportagem sobre e os jovens.

Inteligência Artificial no contexto brasileiro: olhar da juventude

Adaptado de: Inteligência Artificial: incluindo a perspectiva de crianças e adolescentes no debate (Panorama Setorial da Internet nº 3, 2020)

Acessar, usar e interagir com tecnologias baseadas em inteligência artificial faz parte do cotidiano de crianças e adolescentes. Dados da pesquisa tíc Kids Online Brasil 2019, do Cetic.br|NIC.br, apontam que 89% das crianças e adolescentes de nove a 17 anos eram usuários de internet (95% declararam acesso pelo celular). Além disso, 68% afirmaram ter utilizado redes sociais e 79%, enviado mensagens instantâneas.

reticências

Algoritmos baseados em estão incorporados às plataformas e a outras aplicações on-line utilizadas por crianças. reticências

Entre 2019 e 2020, o UNICEF realizou, com o apoio do govêrno da Finlândia, consultas globais com especialistas em , infância e direitos digitais para a elaboração do Guia de Política para Inteligência Artificial e Infância. Ciente da importância de dar voz às populações jovens nos processos que as envolvem, o projeto incluiu workshops com esse público.

Dois dos workshops ocorreram em Manaus Amazonas e São Paulo São Paulo e reuniram 42 adolescentes participantes, com idades entre 12 e 19 anos. A seguir, um resumo sobre as percepções dos jovens nas entrevistas em profundidade:

Benefícios associados ao uso de

• o acesso rápido e prático à informação; a agilidade para realizar atividades específicas;

• a sugestão de filmes e músicas adequada aos gostos pessoais;

• a melhora no diagnóstico e no tratamento de doenças;

• o desenvolvimento de carros que dirigem sozinhos; 

• a possibilidade de aprender novos idiomas;

• o potencial de desenvolvimento de sistemas personalizados para acompanhar idosos, melhorar a acessibilidade e ajudar aqueles com dificuldade de compreensão.

Dúvidas e preocupações

• o uso de seus dados;

• a falta de clareza sobre etapas de desenvolvimento de sistemas;

• os possíveis impactos sociais;

• o futuro do trabalho;

• as incertezas em relação ao contrôle e à responsabilização dos atores envolvidos em toda a cadeia de desenvolvimento das tecnologias.

As respostas nas entrevistas demonstram que aspectos centrais às discussões sobre – como privacidade e proteção de dados pessoais – fazem parte de suas preocupações, o que reforça a necessidade de que os princípios de sejam adequados às demandas das populações jovens.

reticências

Sem que as perspectivas e as necessidades específicas de crianças e adolescentes sejam de fato consideradas, o desenvolvimento de tecnologias seguras, justas, equitativas e voltadas às demandas dêsse público não será efetivo. É determinante que essa população seja consultada e inserida nas arenas de participação, tendo contato com a multiplicidade de atores e interesses envolvidos na cadeia de produção das tecnologias.

Ilustração. Um telefone celular na vertical com contorno em azul e na tela e perto dela, símbolos diversos que se sobressaem.

INTELIGÊNCIA Artificial no contexto brasileiro: olhar da juventude. Educadigital, abre colchetesem localfecha colchete, 4 maio 2021. Disponível em: https://oeds.link/N4u8Ia. Acesso em: 15 junho 2022.

  1. Qual é o tema principal dessa reportagem?
  2. Qual foi a estratégia da UNICEF para dar voz às populações jovens?
  3. Que prática de pesquisa foi utilizada nesses workshops?
  4. O que as respostas dadas nas entrevistas demonstraram sobre os aspectos centrais das discussões a respeito de ?
  5. Na manchete, podemos observar a presença de um adjunto adverbial. Qual é ele e que função desempenha no texto?
  6. Ainda na manchete, notamos a presença de dois adjuntos adnominais. Identifique-os e informe a sua função.
  7. Identifique no texto uma palavra que tenha um prefixo de negação.

VAMOS COMPARTILHAR

Mostra da pesquisa

Objetivo

Ícone. Atividade em grupos.

1. Você e os colegas vão organizar uma mostra de todo o processo de pesquisa e entrevistas para responder à questão:

Quem são e o que querem os jovens de hoje?

Planejamento da mostra

  1. Vocês trabalharam muito e agora poderão mostrar à comunidade escolar, aos familiares e à comunidade do entorno da escola o que descobriram ao longo das entrevistas.
    1. Criem um cartaz ou um mural com trechos das leituras feitas na unidade e outras que pesquisaram para conseguir compreender o contexto da questão.
    2. Descrevam o processo de criação da entrevista, o público-alvo e o roteiro de perguntas.
    3. Utilizem as fotografias e os vídeos para exemplificar a pesquisa de campo, mesmo que retirando a fala das pessoas e utilizando um fundo musical, para preservar as informações individuais.

É importante preservar as informações pessoais e não expor nenhum entrevistado a uma situação constrangedora.

3. Registrem toda a etapa de análise da entrevista, a categorização, a criação da metodologia de análise e a discussão sobre a estrutura do roteiro de entrevista.

Nessa etapa, vocês utilizarão quadros, planilhas digitais e outros recursos que devem estar visíveis na mostra.

  1. Deixem disponível para leitura o roteiro de entrevista impresso, descrevendo todo o processo da pesquisa e o público-alvo.
  2. As notas sobre as categorias e a organização do relatório, também registradas por fotografias, podem exemplificar a mostra.
  3. Deixem disponível para leitura em um computador ou tela o relatório que vocês produziram da entrevista, descrevendo todo o processo e as etapas da pesquisa.

Convite para a mostra

  1. Converse com os colegas e o professor e definam:
    1. dia e horário em que realizarão a mostra;
  1. local e mobiliários necessários;
  2. público que será convidado: comunidade escolar, familiares e comunidade do entorno da escola, principalmente os que participaram da entrevista.
  1. Elaborem e distribuam o convite. Podem também criar alguns cartazes para divulgar o evento.
  2. Façam um levantamento do que é necessário para a montagem e demonstração dos materiais.

Resposta à pergunta

10. Construam um mural ou uma apresentação com isláidis, respondendo à pergunta inicial e identificando o perfil do jovem de hoje na região em que vivem. Não se esqueçam de incluir imagens, criando a persona.

Fotografia. Uma pessoa vista da cintura para cima, usando blusa de mangas compridas em cinza, segurando nas mãos, à frente do rosto, uma folha branca com um ponto de interrogação preto.
Persona é um personagem semifictício, baseado em dados e comportamentos reais, que representa o jovem de um local específico delimitado.

Montagem

  1. Escolham ambientes na escola que permitam fazer as exposições e as apresentações.
    1. Um dos locais deve ter mesas ou estantes para a exposição dos livros que pesquisaram sobre aspectos relacionados ao tema e discutidos com os colegas.
    2. Organizem um ambiente para expor os murais, os cartazes e as apresentações digitais que criaram. Esse espaço precisará ter cadeiras ou lugares para que as pessoas possam se acomodar e, se possível, aparelho de som e microfones. Pode ser a biblioteca ou um local aberto, mas que seja agradável para as apresentações.

Dia da mostra

12. Escolham uma pessoa para abrir a mostra e explicar ao público como organizaram cada parte. Alguns estudantes devem ficar responsáveis pelas etapas para explicar e tirar dúvidas se surgirem e até mesmo orientar e organizar as apresentações com recursos digitais.

Relatos e avaliações

13. Depois da mostra, ouçam o relato de experiência dos colegas para saber se conseguiram apresentar o que prepararam, como foi a participação da comunidade e a reação ao perfil do jovem de hoje.

Glossário

diapasão
: em sentido figurado, indica um padrão de pensamento.
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societal
: relativo à estrutura, organização ou função da vida em sociedade.
Voltar para o texto
advogar
: defender (alguém ou algo) com razões e argumentos.
Voltar para o texto
endótico
: que é evidente, mas não se vê.
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inércia
: falta de movimento, de atividade; apatia.
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predição
: previsão de algo que ainda pode acontecer no futuro.
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algoritmo
: conjunto finito (que tem fim ou limite) de diretrizes e procedimentos que levam à solução de um problema.
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