UNIDADE 3 Entrevista: Quem é o jovem de hoje?
As propostas desta unidade foram desenvolvidas em quatro etapas que se completam. Acompanhe!
EU SEI
Como as entrevistas podem nos ajudar a conhecer o jovem de hoje?
Compreender a função de entrevistas para investigar os anseios e a cultura dos jovens nos dias de hoje.
EU VOU APRENDER
Capítulo 1 – Entrevista com especialista
Compreender as características da reportagem, o contexto de produção e a circulação.
Capítulo 2 – Análises com
Compreender o uso da Inteligência Artificial para fazer análises e previsão de tendências.
EU APRENDI!
Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e de ampliação da aprendizagem.
VAMOS COMPARTILHAR
Mostra da pesquisa
Promover a interação com os colegas e com a comunidade por meio do compartilhamento da pesquisa sobre os jovens.
EU SEI
Como as entrevistas podem nos ajudar a conhecer o jovem de hoje?
1. Leia uma reportagem sobre jovens ativistas.
10 jovens ativistas que vão te inspirar a lutar por um mundo melhor
A pouca idade não impede esses combatentes de assumir a frente do movimento para proteger o meio ambiente. Conheça jovens inspiradores em todo o mundo que estão fazendo a diferença
Por Redação, do Um Só Planeta
03/01/2022
A crise climática está afetando milhões em todo o mundo de fórma desigual e ameaçando catastroficamente as gerações futuras. Ainda assim, as vozes das pessoas mais afetadas pelo aquecimento global são as que costumam ser ignoradas ou silenciadas.
Mas esses jovens ativistas se recusam a ficar calados. Eles se mobilizaram e se mantiveram em mesas de debate e entrevistas, provando estar entre as influências mais persuasivas e notáveis na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (), realizada em novembro em cópi vinte e seis Glasgow, na Escócia.
Cada um dêsses agentes de mudança usou sua voz, perspectiva e habilidades de uma fórma única, todos exigindo compromissos sérios e ações eficazes, mesmo quando aqueles que ainda buscam lucrar à custa da saúde do planeta tentaram intimidá-los.
Do Brasil à Colômbia, da Etiópia ao Paquistão, aqui estão alguns agentes de mudança que você precisa conhecer:
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10 JOVENS ativistas que vão te inspirar a lutar por um mundo melhor. Um só Planeta, abre colchete sem local fecha colchete, 3 janeiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/K0k9Wh. Acesso em: 13 junho 2022.
- O que você sabe sobre a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ( cópi vinte e seis)? Converse com os colegas e o professor.
- Qual é a importância da participação dos jovens em eventos como esse? Explique.
- Por que é importante a participação de uma delegação brasileira numerosa e jovem no evento? O que o Brasil tem que preservar?
EU VOU APRENDER Capítulo 1
Entrevista com especialista
- Você já leu ou assistiu a uma entrevista? Em caso afirmativo, qual era o foco da entrevista? Como era o formato? Comente.
- Leia a manchete e o título auxiliar da entrevista a seguir. Formule hipóteses sobre o que será tratado no texto e anote-as.
- Faça uma leitura em voz alta compartilhada com os colegas do texto a seguir.
Quem são e o que querem os jovens de hoje? Entrevista com o pesquisador José Machado Pais.
Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul – 24/07/2017
Em maio deste ano o professor e pesquisador José Machado Pais, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, participou como professor visitante reticências do Programa de Pós-Graduação em Educação, entre elas uma palestra pública sobre um dos seus principais temas de investigação: Jovens e transições de vida. reticências
Parte de seus estudos, nos últimos 30 anos, é sobre culturas juvenis e tem como foco a realidade de diferentes países (Europa, África e América Latina). A partir deles pode-se dizer que, independentemente do país, o jovem contemporâneo tem aspirações comuns?
Um traço comum aos jovens de diferentes latitudes geográficas e sociais é o da conquista do presente. Aspiração que aliás ecoa num dos trechos do último cedê (Vem), da cantora brasileira Mallu Magalhães: “não sou do passado nem do futuro eu só gósto do agora”… Fernando Pessoa, em suas fases de desassossego, também alinhava com semelhante diapasãoglossário : “Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já não o tenho”. Quer isto dizer que os jovens não têm aspirações de futuro? De maneira nenhuma. Só que essas aspirações são moldadas pela imprevisibilidade do futuro. O presente abre-se ao futuro, mas a um futuro imprevisível. reticências Entre os jovens de hoje, o futuro já não se planeia a longo prazo. As aspirações e decisões adoptam-se e adaptam-se em função das circunstâncias.
Em que medida as tecnologias da informação e comunicação aproximam – ou afastam – esses jovens? E que impacto isso tem no seu processo de transição para a vida adulta, em uma sociedade dita “globalizada”?
Hoje, as culturas juvenis desdobram-se em culturas digitais. Os jovens procuram conectar-se. Eles mobilizam-se nas redes sociais, tecem tramas de cumplicidade, envolvem-se em novas redes de comunicação de suporte à participação cívica e política: websites, reticências, blogs, fóruns, protestos on-line etcétera Os jovens das regiões mais empobrecidas do mundo não estão fóra desta onda. Segundo relatórios do Banco Mundial, há em alguns países africanos mais pessoas com acesso a um celular do que a água corrente, conta bancária ou eletricidade.
A África está vivendo um período de crescimento tão acelerado na utilização das novas tecnologias que o relatório do Banco Mundial chama--lhe mesmo “a década móvel”. As tecnologias de informação permitem um conhecimento em rede com efeitos ainda inexplorados nos processos educativos e formativos dos jovens.
Com o que sonha o jovem hoje? A formação universitária, o primeiro emprêgo – aspirações relevantes para as gerações anteriores – ainda fazem parte do ideário juvenil?
O que mudou significativamente? A consciência de que o diploma por si só não é nenhuma varinha mágica de acesso ao emprêgo, embora assegure melhores inserções profissionais. Por isso mesmo, a formação universitária continua a ser valorizada como trampolim de mobilidade social, embora o acesso à universidade continue de difícil acesso a muitos jovens. Alguns nem sequer conseguem finalizar o ensino obrigatório, em grande parte por falta de condições econômicas.
Em um mundo que parece estar permanentemente em crise, em que 1% da população mais rica detém 51% da riqueza mundial, o jovem parece estar desencantado com a fórma como as instituições sociais olham para – e por – ele, surgindo assim uma descrença em relação ao futuro e uma frustração com relação ao presente.
Há desencanto mas há também o encanto que apela à mudança. Tudo acontece nas brechas societaisglossário . Num sentido tradicional, o conceito de brecha refere-se a fendas associadas a desarranjos, assimetrias, exclusões sociais. reticências Contudo, noutro sentido essas brechas podem fazer surgir oportunidades de vida. reticências
Podemos dizer que as instituições – a começar pela família e pela escola – encontram dificuldades para compreender esse jovem que carece de portos de abrigo e âncoras de segurança, mas que, ao mesmo tempo, necessita alçar voo para ganhar a vida?
Nem sempre a família e a escola têm valorizado devidamente a ludicidade criativa. Hoje em dia, o ambiente familiar não é muito propício ao convívio. A televisão intrometeu-se abusivamente na teia das relações familiares. Já poucos são os avós que contam histórias aos netos, cada vez mais grudados à televisão e aos jogos de computador. Por outro lado, na escola há quem advogueglossário a ideia de que a aprendizagem requer sacrifícios, uma escolha entre estudo e lazer. Mas que lazer? Se lazer rima com prazer, com que direito eliminamos a possibilidade de haver prazer no aprender?
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A escola é hoje um porto de abrigo ou um espaço de tensão – e muitas vezes de frustração – para o jovem? O que o jovem espera da escola e o que efetivamente ela lhe apresenta?
A escola pode ser para os jovens um espaço de abrigo ou de tensão, mas também de exclusão ou de inovação. Há que questionar se o futuro para o qual se orienta a educação e formação dos jovens é o futuro que verdadeiramente os espera. reticências Cumpre à escola saber transmitir conhecimentos, mas o seu principal desafio é o de saber estar aberta à inovação, à produção de novos conhecimentos, implicando os seus alunos nesse desafio.
Quais são os principais desafios que a escola – e os professores – encontram para acolher um jovem que desconfia do que o futuro lhe reserva? É possível dar conta desses desafios estritamente no âmbito escolar? Ou a rua, e tantos outros espaços sociais, também pode apontar caminhos de mudança?
Os caminhos da mudança passam por contornar algumas inércias que persistem no sistema educativo. Não me refiro ao mudar por mudar, como acontece com sucessivas reformas curriculares, mais dependentes de orientações político-partidárias do que educacionais. Outro traço de persistência institucional é a compartimentação dos saberes, impedindo uma aproximação integradora de distintas fórmas de conhecimento reticências. No cruzamento de distintos domínios do saber surge frequentemente uma tensão criativa. A criatividade passa pela capacidade de conectar o desconectado.
O senhor é uma referência nos estudos que tomam o cotidiano como perspectiva metodológica. Como o senhor define a sociologia da vida cotidiana e de que forma ela nos ajuda a compreender os fenômenos de interconectividade entre a escola e a sociedade?
Uma vez, um repentista brasileiro, Françuá do Ceará, deu-me uma curiosa definição do repente. Dizia-me: “O repente é instantâneo / É o que se faz avessado / No meio do povo estranho / Veja o meu detalhado”… Esse fazer detalhado e avessado pode ser tomado como uma estratégia de pesquisa social: quer quando buscamos nos detalhes do cotidiano a revelação do social; quer quando miramos e remiramos achados exóticos do cotidiano, de natureza comportamental, para lhes achar os seus avessos endóticosglossário , de natureza social. Tudo está ligado. Não é possível entender a escola sem olhar o seu avesso, tecido de constrangimentos sociais. Não faz sentido pensar a escola fóra dos mundos sociais de que faz parte. reticências
Em que medida o cotidiano como alavanca para o conhecimento pode contribuir para a construção de práticas que fortaleçam as relações estabelecidas no interior das instituições educativas e de socialização?
O conhecimento cotidiano é um conhecimento prático, feito de experiências acumuladas. As instituições educativas são, ou deveriam ser, campos de socialização dessas experiências, janelas abertas para os vastos horizontes do que é possível fazer com a riqueza do conhecimento. Qualquer conhecimento deixa de o ser quando se mumifica em sua inérciaglossário . reticências O ensino de largo alcance é o que permite exercitar criativamente o uso dessas ferramentas. Há que contemplar a criatividade como uma das dimensões mais relevantes das instituições educativas.
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QUEM são e o que querem os jovens de hoje? Entrevista com o pesquisador José Machado Pais. ú cê ésse — Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 27 julho 2017. Disponível em: https://oeds.link/QcKKTC. Acesso em: 13 junho 2022.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- Após ler o texto, suas hipóteses se confirmaram ou não? Comente.
- Que pistas a manchete dá sobre a reportagem?
- No primeiro parágrafo, para ilustrar o assunto, o entrevistador introduz uma exemplificação. Como isso fica marcado no texto e qual efeito produz no leitor?
- Releia a primeira pergunta e responda: que recurso o entrevistador utilizou para retomar os 30 anos de estudo do pesquisador?
- Qual é a importância dos nomes citados entre parênteses nessa pergunta?
- Qual é a função da expressão “independentemente do país” utilizada entre vírgulas?
- O nome do jornalista que fez a entrevista aparece em algum momento? O que isso pode significar?
- Leia a explicação sobre entrevista.
A entrevista é um gênero textual oral feito como se fosse um diálogo entre o entrevistador e o entrevistado, com o objetivo de informar sobre um assunto. Se a entrevista for circular em um veículo impresso, ela é transcrita e reescrita para retirar as marcas de oralidade, substituindo-as por outros recursos, como pontuação, reticências, aspas.
- Como podemos perceber esse diálogo entre o entrevistador e o entrevistado?
- Observe a primeira resposta do entrevistado. Em que momento foram utilizadas as aspas? Com que função?
- Qual é a intenção do entrevistado ao destacar a fala de terceiros?
Para ampliar
Entrevistas – Contos de fadas. Carolina Moreyra e Odilon Moraes. São Paulo: Moderna, 2020.
Nessa obra, os autores apresentam entrevistas exclusivas com 12 dos personagens mais queridos, carismáticos, polêmicos ou temidos dos contos de fadas. Leia e divirta-se!
- Como é a linguagem utilizada na entrevista?
- Para responder à terceira pergunta, o entrevistado inicia dizendo:
O que mudou significativamente? A consciência de que o diploma por si só não é nenhuma varinha mágica de acesso ao emprêgo, embora assegure melhores inserções profissionais.
- Qual foi a intenção dele ao iniciar a resposta com uma pergunta?
- Observe o termo destacado no trecho. Que efeito de sentido ele produz?
- Nesse trecho, o entrevistado utiliza a expressão “por si só”. Ao que ele se refere?
Versão adaptada acessível
Atividade 8, item b.
Observe o termo "significativamente" no trecho. Que efeito de sentido ele produz?
- Quem são e o que querem os jovens de hoje? Copie no caderno as frases que respondem a essa questão, na sua opinião.
- Os jovens de hoje vivem o cotidiano do presente, o futuro já não se planeja a longo prazo.
- Os jovens procuram conectar-se e mobilizam-se nas redes sociais.
- Eles envolvem-se em novas redes de comunicação de suporte à participação cívica e política: uébisaites, redes sociais, blogues, fóruns, protestos on láine etcétera
- A juventude valoriza a formação universitária como trampolim de mobilidade social, mas ainda é de difícil acesso para muitos jovens.
- Há um desencanto pelas instituições sociais, mas há também o encanto que apela à mudança; os jovens buscam as brechas nas estruturas sociais para improvisar e ser formador de opinião.
- Nem sempre a família e a escola têm valorizado devidamente a ludicidade criativa, o prazer de aprender.
- O conhecimento cotidiano é um conhecimento prático, e os jovens gostariam de participar com criatividade.
10. Com os colegas e o professor, discutam as questões e reflitam como a frase a seguir pode se relacionar com o cotidiano da escola.
Tudo está ligado. Não é possível entender a escola sem olhar o seu avesso, tecido de constrangimentos sociais.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Adjunto adnominal
Responda às questões no caderno.
1. Releiam este trecho da reportagem “10 jovens ativistas que vão te inspirar a lutar por um mundo melhor”.
A crise climática está afetando milhões em todo o mundo de fórma desigual e ameaçando catastroficamente as gerações futuras. Ainda assim, as vozes das pessoas mais afetadas pelo aquecimento global são as que costumam ser ignoradas ou silenciadas.
Mas esses jovens ativistas se recusam a ficar calados. Eles se mobilizaram e se mantiveram em mesas de debate e entrevistas, provando estar entre as influências mais persuasivas e notáveis na 26a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ( cópi vinte e seis), realizada em novembro em Glásgôu, na Escócia.
Cada um dêsses agentes de mudança usou sua voz, perspectiva e habilidades de uma fórma única, todos exigindo compromissos sérios e ações eficazes, mesmo quando aqueles que ainda buscam lucrar à custa da saúde do planeta tentaram intimidá-los.
- O que as palavras e expressões em destaque têm em comum?
- A que classe de palavras elas pertencem?
- Identifiquem a que termo se refere cada uma das palavras e expressões em destaque.
- O que os termos relacionados a essas palavras e expressões têm em comum, quanto à classe gramatical?
O adjunto adnominal é o termo da oração que se liga a determinado substantivo com o objetivo de caracterizar, determinar, especificar ou detalhar esse nome. As classes de palavras que representam o adjunto adnominal são: o adjetivo e as locuções adjetivas, o artigo, o numeral e o pronome.
2. Releiam mais este trecho da mesma reportagem.
É esse tempo de incertezas que leva os jovens a ampliar o espaço da experiência, o do cotidiano. Umas vezes como refúgio às ameaças do futuro, outras vezes como um espaço de concretização de desejos e aspirações.
- Indiquem a que classes de palavras pertencem os termos destacados no texto.
- Que função sintática esses termos desempenham em relação ao núcleo ao qual se relacionam?
- Do ponto de vista do significado, que contribuições esses termos dão ao texto?
3. Leiam esta agá quê.
DOURADO, Rafael. Sapo bróders. abre colchete sem local fecha colchete, 2019. Disponível em: https://oeds.link/izdKIa. Acesso em: 23 junho 2022.
- No segundo quadrinho, por que o sapo que está falando corrige o interlocutor?
- Como a ilustração do último quadrinho nos auxilia a compreender que o autor da receita estava correto?
- Como se classificam sintaticamente os termos “de brigadeiro” e “de colhér”? De que maneira eles contribuem para o humor da agá quê?
ORTOGRAFIA
Formação de palavras: prefixos que expressam negação
Responda às questões no caderno.
1. Releia este trecho da entrevista com o pesquisador José Machado Pais.
O futuro teme-se não apenas pelo que dele se espera, mas sobretudo por não se saber o que dele esperar. Teme-se o futuro pela sua imprevisibilidade. É esse tempo de incertezas que leva os jovens a ampliar o espaço da experiência, o do cotidiano. Umas vezes como refúgio às ameaças do futuro, outras vezes como um espaço de concretização de desejos e aspirações. Neste caso, o imprevisto é mais atrativo do que o previsto ou o entrevisto. Não faz sentido controlar o horizonte de espera em relação a aspirações que podem caducar com a passagem do tempo.
- Qual é o significado das palavras em destaque? Se necessário, consulte o dicionário.
- O que essas palavras têm em comum?
Versão adaptada acessível
Atividade 1, item a.
Qual é o significado das palavras "imprevisibilidade", "incertezas" e "imprevisto"? Se necessário, consulte o dicionário.
Você já sabe que, por meio do acréscimo de prefixos e sufixos, podemos formar novas palavras, em um processo chamado de derivação. Quando acrescentamos um prefixo à palavra primitiva, temos derivação prefixal. Quando acrescentamos um sufixo, temos derivação sufixal. Todas as palavras destacadas no trecho da atividade anterior apresentam um prefixo que dá ideia de negação, também já estudado. No quadro a seguir, é possível ver os prefixos que transmitem a ideia de negação em português.
Prefixo |
Características |
Exemplos |
---|---|---|
a- |
Prefixo de origem grega. Diante de vogais, assume a forma an-. |
amoral |
des- |
Prefixo de origem latina. |
descortês |
i-/in- |
Prefixo de origem |
imoral |
Diante de palavra iniciada por b ou p, escreve-se im-. |
improdutivo |
- Com base nos prefixos estudados, forme palavras com os radicais a seguir:
- leal
- mortal
- reconhecível
- dependente
- moral
- típico
- favorável
- constante
- relevante
- reparável
- fiel
- próprio
- humano
- legal
- responsável
- operante
- Pesquise os adjetivos correspondentes às descrições a seguir.
- Que não tem responsabilidade.
- Que não varia, não muda.
- Que não é honesto.
- Que não está satisfeito.
- Que está fóra do domínio da razão.
- Que não é tóxico.
- Que não está contente.
- Agora, utilize esses adjetivos para completar as lacunas das frases a seguir. Ao inserir os adjetivos, faça as adaptações necessárias.
a. Os estudantes deverão comprar tinta
para pintar o desenho.b. Todos pareciam
com a notícia.c. Era um medo
, já que não havia motivos para isso.d. A atitude foi considerada
pelo juiz.e. Nunca se satisfazia com nada, ou seja, era naturalmente
.f. Como o fenômeno não apresentava nenhuma modificação, era considerado
.g. Não se pode adotar uma postura
em relação às crianças.EU VOU APRENDER Capítulo 2
Análises com IA
Gire o seu dispositivo para a posição vertical
- Você sabe o que é Inteligência Artifical ? Onde ela está sendo usada no seu cotidiano?
- Faça uma leitura em voz alta compartilhada com os colegas de um trecho do artigo científico divulgado na revista Ciência Hoje.
A era da inteligência artificial
Artigo
Fazer prediçõesglossário com base em um grande volume de dados. Diagnosticar doenças a partir de informações genéticas, históricos médicos e exames. Encontrar o suspeito de um crime com reconhecimento facial. Raciocinar dentro de um cenário de incertezas. Realizar análises financeiras e avaliar os riscos de uma empresa a partir de consultas de megadados. Todas essas tarefas, antes feitas por nós, humanos, já podem ser executadas com Inteligência Artificial, a i á. Mas, afinal, como definir essa tecnologia que está mudando nosso mundo e promete transformar mais ainda nossa sociedade?
A envolve tecnologias computacionais que atuam inspiradas – ainda que ajam de fórma diferente – na maneira humana ou de outros seres biológicos de sentir, aprender, raciocinar e tomar decisões
São várias as definições da . Uma delas a descreve como a atividade dedicada a tornar as máquinas inteligentes, e inteligência é a qualidade que permite que uma entidade funcione adequadamente e com previsão em seu ambiente. Ainda que não tenhamos uma definição exata, podemos dizer que envolve tecnologias computacionais que atuam inspiradas – ainda que ajam de fórma diferente – na maneira humana ou de outros seres biológicos de sentir, aprender, raciocinar e tomar decisões. Uma descrição mais simples seria: é uma área multidisciplinar cujo objetivo é automatizar atividades que requerem inteligência humana.
Prima-irmã da computação
Há pouco tempo a era vista como ficção científica, sua história se confunde com a da própria computação. O britânico Alan (1912-1954), conhecido como pai da computação, foi um dos pioneiros na área. reticências macárti alcunhou o termo inteligência artificial, definindo-o como “a ciência e a engenharia de produzir máquinas inteligentes”.
A partir deste evento, as primeiras pesquisas e resultados usando começaram a surgir. Em 1959, aparece pela primeira vez o termo machine lãrnin para se descrever um sistema que permitia aos computadores aprender alguma função sem serem programados diretamente para isso. De uma fórma simples, a máquina após o aprendizado – que seria fornecer dados de entrada para um algoritmoglossário – seria capaz de executar a tarefa de fórma automática.
reticências
Nos anos 1990, com o surgimento da internet comercial, a sofreu um novo impulso ao ser usada para o desenvolvimento de sistemas de navegação. O protótipo do que seria hoje o Google surgiu nessa época como uma ferramenta baseada em programas que analisavam os dados da rede e os classificavam em grupos de interesse predeterminados. reticências
Trampolim para a
Mas o que está transformando este início de século 21 na “era de ouro da ”? É possível elencar alguns aspectos:
1 – Alta conectividade: não somente a sociedade mundial encontra-se mais conectada digitalmente, como também as máquinas, por meio de diferentes sensores.
2 – Baixo custo computacional: cada vez mais, “chips” eletrônicos com capacidade de processamento igual ou maior que os modelos anteriores são lançados e com custos cada vez menores.
3 – Grande quantidade de dados (Big Data): vivemos num mundo em que a quantidade de dados como fonte de informação tem aumentado de uma fórma exponencial. Processar esses dados e extrair conteúdos relevantes tem sido um grande desafio, e a tem se mostrado uma ótima ferramenta para tal.
4 – Machine Learning: o aprendizado de máquina se baseia em algoritmos e modelos matemáticos para extrair ou reconhecer padrões escondidos em um conjunto de dados. Essa capacidade de associar dados novos aos padrões aprendidos permite que essas máquinas, por exemplo, possam identificar objetos em imagens ou vídeos.
reticências
Já o deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável. Baseado em redes neurais inspiradas na capacidade cognitiva do cérebro humano, o deep learning dispensa uma etapa de pré-processamento de dados – que é obrigatória no machine learning – e é capaz de interpretar dados recebidos de fórma primária. Os sistemas ou máquinas baseados em deep learning são capazes de aprender e se aperfeiçoar quanto mais são expostas ao uso. Alguns exemplos são reconhecimento facial em tempo real, sistemas de busca na internet e chat-bots.
Um risco para os humanos?
Diante de tanta evolução, que impactos positivos ou negativos essas mudanças proporcionadas pela terão na sociedade? Haverá menos empregos, com as máquinas substituindo os humanos? Essa análise não é simples e nem definitiva, uma vez que estamos no meio de um processo de transformação. Mas é possível apontar alguns sinais do que, provavelmente, ocorrerá no futuro.
Em primeiro lugar, é preciso ver que a é parte de um contexto maior resultante das transformações digitais que já impactam as economias mundiais. Dentro dêsse cenário, mudanças são esperadas nas relações de e trabalho. De acôrdo com um estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações , há uma tendência de se separar as atividades com tarefas automatizáveis e de se valorizar as atividades humanas. Com isso, espera-se que o trabalhador do futuro seja responsável por gerenciar riscos, estratégias e operações de suas atividades. Assim, aquelas ações mais repetitivas e mecanizadas serão, provavelmente, assumidas por máquinas inteligentes. Nesse futuro, aponta o estudo, as relações de trabalho devem ser mais horizontais, substituindo a linha vertical “patrão-empregado”, e os profissionais terão um papel mais autônomo no trabalho e na produção de valor.
Outro aspecto importante é o uso dessas novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida da sociedade. Segundo o estudo do ême cê tê Í cê, as transformações digitais, incluindo a , podem ser empregadas para combater a fome, aumentando, por exemplo, a produtividade agropecuária, reduzindo as perdas no campo e na logística de distribuição. Podem ainda reduzir o impacto das mudanças climáticas, por meio de uma rede de sensores inteligentes que, associada às técnicas de , faça mitigação ou prevenção de desastres naturais.
A discussão sobre como será o nosso futuro com a inteligência artificial não se esgota nesses tópicos. Há muito mais o que refletir sobre suas implicações positivas e negativas. Mas o primeiro passo é conhecer e divulgar a tecnologia à sociedade para que seja empregada da fórma mais justa possível.
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Para países que estão atrás nessa corrida, como o Brasil, um caminho para minimizar o atraso tecnológico, talvez, seja criar mecanismos ou leis que endureçam a imposição externa de tecnologias de com potencial para comprometer, por exemplo, a economia. Melhor solução seria acelerar o desenvolvimento na área, mas isso não será possível para muitas nações.
Charles Prado
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia ( in metro)
Matéria publicada em 24.12.2019
PRADO, Charles. A era da inteligência artificial. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 24 dezembro 2019. Disponível em: https://oeds.link/xBtVk8. Acesso em: 14 junho 2022.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- O que mais chamou sua atenção ao ler o texto? Ele trouxe informações novas para você? Quais?
- Você desconhecia algum termo técnico usado na matéria? Em caso afirmativo, qual ou quais?
- Que definições de são dadas pelo autor no início do texto?
- Observe o infográfico e suas informações. Com que parte do texto ele se relaciona?
- Identifique os aspectos que transformaram a em destaque no século 21.
- Alta conectividade e baixo custo computacional.
- Grande quantidade de dados (Big data).
- Machine learning, aprendizado baseado em algoritmos e modelos matemáticos.
- Onde essa reportagem pode ter circulado?
- Qual é o público-alvo da reportagem?
- Que tipo de linguagem foi utilizada pelo articulista?
- Em que pessoa do discurso o artigo foi escrito e que tempos verbais o articulista utilizou?
- Quem assina o artigo científico? Você acha que ele tem autoridade para falar do assunto?
As reportagens de divulgação científica geralmente são escritas por um jornalista, mas, às vezes, também por cientistas e acadêmicos. Por ser uma reportagem, encontramos nelas recursos próprios de textos jornalísticos, como as citações diretas ou indiretas da opinião de especialistas no tema.
11. Releia este trecho. Na sua opinião, com que intenção se utilizou essa pergunta na introdução do texto?
Mas, afinal, como definir essa tecnologia que está mudando nosso mundo e promete transformar mais ainda nossa sociedade?
12. Releia este trecho e identifique a alternativa que melhor explica o parágrafo.
Já o deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável. Baseado em redes neurais inspiradas na capacidade cognitiva do cérebro humano, o deep learning dispensa uma etapa de pré-processamento de dados – que é obrigatória no machine learning – e é capaz de interpretar dados recebidos de fórma primária. Os sistemas ou máquinas baseados em deep learning são capazes de aprender e se aperfeiçoar quanto mais são expostas ao uso.
- O deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável, sendo obrigatória uma etapa de pré-processamento de dados.
- O deep learning é um subconjunto do machine learning e também a tecnologia que o torna aplicável, pois dispensa uma etapa de pré-processamento de dados.
- Observe mais uma vez o infográfico e responda às questões.
- Quantos anos o infográfico representa no período de desenvolvimento do ?
- Escreva que tecnologia representa cada período.
▶ De 1950 a 1980.
▶ De 1980 a 2010.
▶ De 2010 a 2020.
- Na sua opinião, as tecnologias que envolvem a atingiram seu ponto máximo ou continuarão a se desenvolver?
14. Observe a fotografia e explique, com suas palavras, o que ela representa e qual tecnologia está sendo utilizada.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Adjunto adverbial: advérbios e expressões adverbiais
Responda às questões no caderno.
1. Releia este trecho do artigo “A era da Inteligência Artificial”.
A partir deste evento, as primeiras pesquisas e resultados usando começaram a surgir. Em 1959, aparece pela primeira vez o termo machine learning para se descrever um sistema que permitia aos computadores aprender alguma função sem serem programados diretamente para isso. De uma fórma simples, a máquina após o aprendizado – que seria fornecer dados de entrada para um algoritmo – seria capaz de executar a tarefa de fórma automática.
- A que classe de palavras pertencem os termos em destaque?
- Quanto ao significado, que ideia esses termos transmitem?
- Identifique no trecho outros termos que pertençam à mesma classe de palavras.
Versão adaptada acessível
Atividade 1, item a.
A que classe de palavras pertencem os termos "A partir deste evento", "Em 1959", "pela primeira vez" e "após o aprendizado"?
2. Leia este outro trecho do mesmo artigo.
Nos anos 1990, com o surgimento da internet comercial, a sofreu um novo impulso ao ser usada para o desenvolvimento de sistemas de navegação. O protótipo do que seria hoje o Google surgiu nessa época como uma ferramenta baseada em programas que analisavam os dados da rede e os classificavam em grupos de interesse predeterminados. reticências
- Identifique no trecho dois adjuntos adverbiais que indiquem circunstância de tempo.
- Com qual finalidade o autor teria utilizado esses adjuntos adverbiais?
- Que circunstância podemos observar no adjunto adverbial “para o desenvolvimento de sistemas de navegação”?
- A que termo da oração esse adjunto adverbial se refere? A que classe de palavras esse termo pertence?
3. Leia a notícia a seguir.
Mona Lisa ganha vida com Inteligência Artificial
Digite "Mona Lisa Digital" em um buscador e você vai encontrar mais de 28 milhões de resultados. Mona Lisa é a pintura mais famosa do mundo. Produzida por Leonardo da Vinci, é também a obra que gera maior interesse das pessoas e a quantidade de curiosos deve aumentar por causa da tecnologia. Agora, a nova moda do momento é recriar obras-primas com a ajuda de sistemas de Inteligência Artificial . Muitos artistas têm criado todos os tipos de composições surreais usando o dal-li, da OpenAI, uma ferramenta de que gera imagens a partir de algumas palavras de texto descritivo e que, agora, possibilita "expandir" obras de mestres usando o modelo de aprendizado de máquina.
Com isso, a pintura mais famosa do mundo pode ser vista de outras maneiras. É possível ver Mona Lisa com corpo inteiro e com o cenário de fundo bem maior que o original. Pode-se também ver estudos digitais de como seria seu rosto atual. Obviamente, trata-se de um experimento, mas é sensacional poder ver Mona Lisa a partir dessas outras dimensões. reticências
CONSIGLIO, Keka. Mona Lisa ganha vida com Inteligência Artificial. Isto É, São Paulo, 23 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/B5rYXX. Acesso em: 23 junho 2022.
- Segundo a autora, por que a tecnologia pode aumentar o interesse pela Mona Lisa?
- Que expressão adverbial é utilizada para indicar que a tecnologia seria a causa do aumento dêsse interesse?
- Que adjunto adverbial a autora utiliza para delimitar o tempo em que ocorre a “nova moda”?
- De acôrdo com o texto, como a famosa pintura de Leonardo da Vinci pode ser vista?
ORALIDADE
Entrevista
Objetivo
1. Em grupos, vocês vão organizar e produzir uma entrevista com a comunidade escolar, com os familiares e, se possível, com a comunidade em torno da escola, respondendo à pergunta:
Quem são e o que querem os jovens de hoje?
- Tenham em mente a função da entrevista e perguntas que colaborem com seu objetivo.
- Façam uma pesquisa prévia sobre o assunto e sobre o público-alvo escolhido, para saber como elaborar as perguntas e tecer comentários durante a entrevista, se necessário.
Elaboração do roteiro
- Discutam como será o roteiro de perguntas da entrevista tendo em vista o objetivo e as informações que vocês querem obter do entrevistado.
- Pensem em como perguntar o que é preciso (como, o que, por que, quando, onde etcétera), prevendo oportunidades para que os entrevistados aprofundem o que foi questionado.
- Elaborem um roteiro com as perguntas, com base na pesquisa feita sobre o assunto e de acôrdo com o público-alvo.
- Tomem cuidado com perguntas muito pessoais ou sobre acontecimentos difíceis da história da pessoa. Usem modalizações, mas sem perder a clareza.
- Planejar a linguagem a ser utilizada é fundamental para alcançar os objetivos: sejam sucintos e claros, sem se perder em divagações e opiniões pessoais ou perguntas com múltiplas finalidades.
- Para ordenar as perguntas no roteiro, é recomendável começar por aquelas de caráter mais geral e objetivas, deixando para o final questões mais profundas e reflexivas.
- Caso os entrevistados sejam pessoas sobre as quais já se saiba algo (um especialista, um escritor ou uma pessoa com vida mais pública), recomenda-se fazer uma pesquisa previamente. Nesse caso, o roteiro pode incluir perguntas com o objetivo de confirmar os dados coletados ou para que a pessoa aprofunde certos temas com informações complementares.
- Elaborem também uma introdução e o encerramento da entrevista.
Aplicação da entrevista
- Estabeleçam com o professor como vocês vão se organizar para pesquisar membros da comunidade escolar, combinando horários e as turmas que farão parte da pesquisa. No caso da comunidade em torno da escola, façam combinados claros e escolham os adultos que irão acompanhá-los.
- Combinem previamente quanto tempo vai durar a entrevista e mantenham-se dentro do limite.
- Expliquem à pessoa qual é o propósito da entrevista.
Avisem ao entrevistado sobre a duração da pesquisa e já pensem em fórmas sutis e educadas de retomar o turno de fala, caso seja necessário.
- Peçam autorização para gravar (áudio ou vídeo) e esclareçam de que fórma esse registro será utilizado e o que será feito com as informações. Se possível, tirem fotografias para registro.
- Listem os recursos necessários para a entrevista, a edição e a análise dos dados.
- Garantam que os equipamentos estejam funcionando. Certifiquem-se de que as condições são propícias ao registro (silêncio, qualidade do microfone etcétera).
Análise da entrevista
- Após a aplicação da entrevista, façam a transcrição para ajudar na organização das informações. Nessa etapa, é preciso cuidado para reproduzir exatamente o que foi dito, tanto pelo entrevistador quanto pelo entrevistado.
- Lembrem-se de que, como entrevistadores, vocês vivenciaram a experiência e captaram dados de natureza verbal, não verbal e observacional, o que pode enriquecer a base de dados quando forem escrever o relatório da entrevista, na próxima seção.
VOCÊ É O AUTOR!
Relatório da entrevista
Objetivo
1. Vocês vão escrever um relatório com a análise dos dados da entrevista que fizeram. Para isso, sigam as etapas descritas a seguir.
Etapas de análise
- Releiam as perguntas do roteiro para classificá-las como respostas diretas e respostas mais abertas, que podem trazer informações além do tema.
- Primeiro, identifiquem as que têm respostas diretas, ou seja, respostas objetivas e diretamente ligadas ao tema da entrevista.
- Leiam as respostas dadas nas entrevistas e tentem criar critérios em comum, para categorizá-las. Por exemplo:
Jovens gostam de música, gostam de viajar e de...
- Criem um quadro com ambas as categorias e as questões correspondentes, onde podem aparecer como respostas.
- Façam a categorização de todas as entrevistas considerando as respostas diretas, o que já vai mostrar uma tendência relacionada a alguns aspectos da questão pesquisada na entrevista.
- Agora, voltem para as questões mais abertas, com informações que vão além do tema da entrevista, mas que permitem conhecer melhor o entrevistado e o que está implícito em suas respostas.
- Leiam as respostas dessas questões e analisem o conteúdo e o contexto, para identificar algumas palavras-chave em comum.
- Analisem se é possível identificar algumas relações, como: de inclusão, de causa e efeito, parte pelo todo e outras. Por exemplo:
Os jovens gostam de ouvir música para se divertir com os amigos.
Palavra-chave: música
Causa e efeito: música para se divertir
Incluídos: com os amigos → amizade (que pode ser uma nova palavra-chave, conforme a frequência)
c. Completem o quadro com as palavras-chave identificadas nesta segunda etapa de análise, ampliando as categorias que conseguiram identificar.
Análise das categorias
- Vamos refletir sobre o resultado das análises feitas. Escrevam em notas os resultados observados nas categorias de análise e as primeiras hipóteses de conclusão que já observaram.
- Organizem as notas em um mural e comecem a construir os argumentos de conclusão que utilizarão no texto do relatório. As notas permitem que vocês possam mudar a sequência e repensar a estrutura que querem utilizar. Se possível, registrem com fotografias para usar depois, na mostra que será organizada.
Escrita do relatório
- O relatório tem como objetivo descrever toda a etapa de pesquisa, a bibliografia consultada, a entrevista, a pesquisa de campo, a análise dos dados e as conclusões.
- Escrevam a primeira versão do relatório e considerem uma estrutura que normalmente apresenta os seguintes elementos: capa, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia. Sigam as orientações do professor para cada um dos elementos.
Revisão
- Quando entenderem que o relatório está pronto, escrevam a versão final. Utilizem a pauta de revisão para orientar essa etapa. Façam os ajustes necessários e a edição do material.
- Conversem com os colegas e o professor para definir a melhor maneira de divulgar os relatórios de entrevista. Lembrem-se de que vocês registraram a etapa de entrevista com fotografia e áudio, eventualmente vídeo.
CLUBE DO LIVRO
Nesta unidade, vamos retomar os livros que vocês leram no bimestre anterior e compartilhar suas avaliações com os colegas.
Relembrar
1. Traga para a escola o livro que você leu e a ficha de leitura preenchida.
▶ Se precisar, folheie o livro, releia alguns trechos, relembre os nomes dos personagens, pois você vai compartilhar a história com os colegas.
Apresentar e avaliar
- Junte-se a um colega e conte sobre o livro que você leu.
- Faça um resumo do enredo, com base nas anotações da ficha de leitura.
- Caso considere interessante, mostre algumas imagens ou leia trechos para o colega, a fim de exemplificar alguns aspectos da história.
- Descreva algum trecho de que mais gostou ou que considera divertido.
- Ao final do resumo, dê sua opinião sobre o livro, explorando os pontos positivos e negativos.
- Agora, é a vez do colega compartilhar a experiência de leitura.
- Ouça atentamente o resumo do livro que ele leu.
- Se quiser, faça perguntas e peça esclarecimentos sobre os trechos que não ficaram tão claros.
- Para concluir, crie uma avaliação sobre o livro que você leu, explicando ao colega se recomenda ou não a leitura e por quê.
- Compartilhem suas avaliações com as outras duplas.
Escolha da próxima leitura
- Você deve entrevistar alguém que já tenha lido o livro pelo qual você se interessou ao ouvir as avaliações ou que aprecie o autor.
- Convide a pessoa a ser entrevistada e combine dia, horário e local com ela.
- Elabore um roteiro de perguntas com base nas informações sobre o livro ou as obras do autor que está escolhendo.
- Nas perguntas, ou quando estiver interagindo com o entrevistado, utilize modalizações e linguagem clara.
- Tome nota de comentários que ele faça sobre o livro ou sobre o autor que possam ajudá-lo a tomar uma decisão.
- Chegou o momento de escolher seu próximo livro, com base nas informações obtidas.
- Caso prefira, escolha um livro na biblioteca.
▶ Para isso, você pode pesquisar se há resenhas críticas ou indicações de livros em sáites especializados em livros para sua idade. Peça ajuda a um adulto para orientar a pesquisa.
Para o próximo Clube do livro
9. Aproveite a leitura e lembre-se de anotar as informações para compartilhar com os colegas ao final do bimestre.
▶ Após a leitura, você vai complementar a sua ficha de leitura com comentários que registrem sua percepção do livro, o prazer da leitura e o quanto ela contribuiu ou não na sua evolução como leitor.
EU APRENDI!
Responda às questões no caderno.
1. Faça uma leitura silenciosa da reportagem sobre e os jovens.
Inteligência Artificial no contexto brasileiro: olhar da juventude
Adaptado de: Inteligência Artificial: incluindo a perspectiva de crianças e adolescentes no debate (Panorama Setorial da Internet nº 3, 2020)
Acessar, usar e interagir com tecnologias baseadas em inteligência artificial faz parte do cotidiano de crianças e adolescentes. Dados da pesquisa tíc Kids Online Brasil 2019, do Cetic.br|NIC.br, apontam que 89% das crianças e adolescentes de nove a 17 anos eram usuários de internet (95% declararam acesso pelo celular). Além disso, 68% afirmaram ter utilizado redes sociais e 79%, enviado mensagens instantâneas.
reticências
Algoritmos baseados em estão incorporados às plataformas e a outras aplicações on-line utilizadas por crianças. reticências
Entre 2019 e 2020, o UNICEF realizou, com o apoio do govêrno da Finlândia, consultas globais com especialistas em , infância e direitos digitais para a elaboração do Guia de Política para Inteligência Artificial e Infância. Ciente da importância de dar voz às populações jovens nos processos que as envolvem, o projeto incluiu workshops com esse público.
Dois dos workshops ocorreram em Manaus Amazonas e São Paulo São Paulo e reuniram 42 adolescentes participantes, com idades entre 12 e 19 anos. A seguir, um resumo sobre as percepções dos jovens nas entrevistas em profundidade:
Benefícios associados ao uso de
• o acesso rápido e prático à informação; a agilidade para realizar atividades específicas;
• a sugestão de filmes e músicas adequada aos gostos pessoais;
• a melhora no diagnóstico e no tratamento de doenças;
• o desenvolvimento de carros que dirigem sozinhos;
• a possibilidade de aprender novos idiomas;
• o potencial de desenvolvimento de sistemas personalizados para acompanhar idosos, melhorar a acessibilidade e ajudar aqueles com dificuldade de compreensão.
Dúvidas e preocupações
• o uso de seus dados;
• a falta de clareza sobre etapas de desenvolvimento de sistemas;
• os possíveis impactos sociais;
• o futuro do trabalho;
• as incertezas em relação ao contrôle e à responsabilização dos atores envolvidos em toda a cadeia de desenvolvimento das tecnologias.
As respostas nas entrevistas demonstram que aspectos centrais às discussões sobre – como privacidade e proteção de dados pessoais – fazem parte de suas preocupações, o que reforça a necessidade de que os princípios de sejam adequados às demandas das populações jovens.
reticências
Sem que as perspectivas e as necessidades específicas de crianças e adolescentes sejam de fato consideradas, o desenvolvimento de tecnologias seguras, justas, equitativas e voltadas às demandas dêsse público não será efetivo. É determinante que essa população seja consultada e inserida nas arenas de participação, tendo contato com a multiplicidade de atores e interesses envolvidos na cadeia de produção das tecnologias.
INTELIGÊNCIA Artificial no contexto brasileiro: olhar da juventude. Educadigital, abre colchete sem local fecha colchete, 4 maio 2021. Disponível em: https://oeds.link/N4u8Ia. Acesso em: 15 junho 2022.
- Qual é o tema principal dessa reportagem?
- Qual foi a estratégia da UNICEF para dar voz às populações jovens?
- Que prática de pesquisa foi utilizada nesses workshops?
- O que as respostas dadas nas entrevistas demonstraram sobre os aspectos centrais das discussões a respeito de ?
- Na manchete, podemos observar a presença de um adjunto adverbial. Qual é ele e que função desempenha no texto?
- Ainda na manchete, notamos a presença de dois adjuntos adnominais. Identifique-os e informe a sua função.
- Identifique no texto uma palavra que tenha um prefixo de negação.
VAMOS COMPARTILHAR
Mostra da pesquisa
Objetivo
1. Você e os colegas vão organizar uma mostra de todo o processo de pesquisa e entrevistas para responder à questão:
Quem são e o que querem os jovens de hoje?
Planejamento da mostra
- Vocês trabalharam muito e agora poderão mostrar à comunidade escolar, aos familiares e à comunidade do entorno da escola o que descobriram ao longo das entrevistas.
- Criem um cartaz ou um mural com trechos das leituras feitas na unidade e outras que pesquisaram para conseguir compreender o contexto da questão.
- Descrevam o processo de criação da entrevista, o público-alvo e o roteiro de perguntas.
- Utilizem as fotografias e os vídeos para exemplificar a pesquisa de campo, mesmo que retirando a fala das pessoas e utilizando um fundo musical, para preservar as informações individuais.
É importante preservar as informações pessoais e não expor nenhum entrevistado a uma situação constrangedora.
3. Registrem toda a etapa de análise da entrevista, a categorização, a criação da metodologia de análise e a discussão sobre a estrutura do roteiro de entrevista.
▶ Nessa etapa, vocês utilizarão quadros, planilhas digitais e outros recursos que devem estar visíveis na mostra.
- Deixem disponível para leitura o roteiro de entrevista impresso, descrevendo todo o processo da pesquisa e o público-alvo.
- As notas sobre as categorias e a organização do relatório, também registradas por fotografias, podem exemplificar a mostra.
- Deixem disponível para leitura em um computador ou tela o relatório que vocês produziram da entrevista, descrevendo todo o processo e as etapas da pesquisa.
Convite para a mostra
- Converse com os colegas e o professor e definam:
- dia e horário em que realizarão a mostra;
- local e mobiliários necessários;
- público que será convidado: comunidade escolar, familiares e comunidade do entorno da escola, principalmente os que participaram da entrevista.
- Elaborem e distribuam o convite. Podem também criar alguns cartazes para divulgar o evento.
- Façam um levantamento do que é necessário para a montagem e demonstração dos materiais.
Resposta à pergunta
10. Construam um mural ou uma apresentação com isláidis, respondendo à pergunta inicial e identificando o perfil do jovem de hoje na região em que vivem. Não se esqueçam de incluir imagens, criando a persona.
Montagem
- Escolham ambientes na escola que permitam fazer as exposições e as apresentações.
- Um dos locais deve ter mesas ou estantes para a exposição dos livros que pesquisaram sobre aspectos relacionados ao tema e discutidos com os colegas.
- Organizem um ambiente para expor os murais, os cartazes e as apresentações digitais que criaram. Esse espaço precisará ter cadeiras ou lugares para que as pessoas possam se acomodar e, se possível, aparelho de som e microfones. Pode ser a biblioteca ou um local aberto, mas que seja agradável para as apresentações.
Dia da mostra
12. Escolham uma pessoa para abrir a mostra e explicar ao público como organizaram cada parte. Alguns estudantes devem ficar responsáveis pelas etapas para explicar e tirar dúvidas se surgirem e até mesmo orientar e organizar as apresentações com recursos digitais.
Relatos e avaliações
13. Depois da mostra, ouçam o relato de experiência dos colegas para saber se conseguiram apresentar o que prepararam, como foi a participação da comunidade e a reação ao perfil do jovem de hoje.
Glossário
- diapasão
- : em sentido figurado, indica um padrão de pensamento.
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- societal
- : relativo à estrutura, organização ou função da vida em sociedade.
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- advogar
- : defender (alguém ou algo) com razões e argumentos.
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- endótico
- : que é evidente, mas não se vê.
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- inércia
- : falta de movimento, de atividade; apatia.
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- predição
- : previsão de algo que ainda pode acontecer no futuro.
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- algoritmo
- : conjunto finito (que tem fim ou limite) de diretrizes e procedimentos que levam à solução de um problema.
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