UNIDADE 5  Ciência: a importância das abelhas!

As propostas desta unidade foram desenvolvidas em quatro etapas que se completam.

Composição horizontal de fotografias e ilustração em azul. Ao fundo, números e linhas se sobrepõem e ao redor, círculos com imagens dentro com cenas diferentes: mãos de uma pessoa digitando em um teclado preto; vista geral de uma cidade com vários prédios e céu em azul-claro com nuvens; um aparelho com o braço mecânico; mão de uma pessoa com luva em azul-claro, segurando uma pipeta e ao fundo, vista parcial de uma pessoa. Ao centro, rosto de uma mulher para a esquerda, com a mão encostando o queixo, de par de óculos de grau, cabelos escuros penteados para trás; três pessoas caminhando uma atrás da outra; uma mulher em pé, com o corpo para a esquerda; duas mãos de pessoas diferentes se cumprimentando; e mão de uma pessoa segurando um celular e tocando a tela dele.

EU SEI

Por que é importante divulgar informações científicas?

Compreender os recursos que podemos utilizar para investigar e divulgar informações científicas.

Fotografia. Próximo a uma planta de pétalas brancas e parte interna em roxo, com gomos em verde e partes em amarelo na ponta superior, uma abelha com corpo listrado em preto e amarelo, sobrevoando. Ela é de tamanho médio, par de antenas finas na frente da cabeça. Em segundo plano, desfocado, local com vegetação verde.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Texto de divulgação científica

Compreender as características do texto, o contexto de produção e sua circulação.

Capítulo 2 – Infográfico e ficha técnica

Compreender o uso de infográficos e de fichas técnicas.

Fotografia. Dentro de um laboratório, duas pessoas vistas uma ao lado da outra. À esquerda, um homem de cabelos e barba rala pretos, com um par de óculos de proteção transparentes, vestido com jaleco de gola branca e por dentro, camisa em azul-claro. Ele olha para a direita, onde há uma mulher de cabelos encaracolados escuros, de jaleco em branco e nas mãos, um par de luvas em azul-claro e par de óculos de proteção transparente. Ela olha para baixo, e segura na mão direita, uma pipeta transparente na vertical. Do lado direito, um microscópio sobre a mesa. Ao fundo, vista parcial de outro homem com o mesmo tipo de vestimenta.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e ampliação da aprendizagem.

Fotografia. Vista do alto de local com uma mesa de madeira. Cinco pessoas sentadas de frente para ele. Da esquerda para a direita: pessoa de cabelos pretos, de blusa de mangas compridas em marrom, com lápis amarelo na mão esquerda sobre tablet preto. Mais ao centro, uma menina de cabelos pretos lisos amarrados para trás, de blusa azul e ao lado, menina de cabelos pretos divididos ao meio, de blusa de mangas compridas em vermelho-escuro, com o braço direito esticado para frente, mão sobre teclado de notebook. Na ponta da direita, uma menina de cabelos castanhos penteados para trás, de blusa de mangas compridas amarela e perto dela, pessoa de cabelos pretos, blusa de mangas compridas em verde, segurando na mão um lápis sobre caderno de página em bege.

VAMOS COMPARTILHAR

Revista científica

Promover a interação com os colegas e com a comunidade por meio da divulgação de uma revista científica.

EU SEI

Por que é importante divulgar informações científicas?

Vimos recentemente, com a pandemia da covid-19, a importância de aproximar a comunidade científica da sociedade e criar materiais de divulgação e engajamento com uma linguagem acessível à população. No entanto, a população brasileira, de modo geral, tem pouco contato com informações científicas.

Veja alguns fatores que justificam a comunicação das instituições de pesquisa científica com a população em geral.

1 – Informar os cidadãos sobre o trabalho realizado pelas diversas instituições com os investimentos e impostos pagos pela sociedade.

Fotografia. Dentro de um laboratório, duas pessoas vistas uma ao lado da outra. À esquerda, um homem de cabelos e barba rala pretos, com um par de óculos de proteção transparentes, vestido com jaleco de gola branca e por dentro, camisa em azul-claro. Ele olha para a direita, onde há uma mulher de cabelos encaracolados escuros, de jaleco em branco e nas mãos, um par de luvas em azul-claro e par de óculos de proteção transparente. Ela olha para baixo, e segura na mão direita, uma pipeta transparente na vertical. Do lado direito, um microscópio sobre a mesa. Ao fundo, vista parcial de outro homem com o mesmo tipo de vestimenta.
A verba destinada à pesquisa é primordialmente originária do financiamento público, o que confere aos cientistas a responsabilidade de manter a sociedade informada.

2 – Envolver os cidadãos na atividade científica de modo a torná-la mais familiar.

Composição horizontal de fotografias e ilustração em azul. Ao fundo, números e linhas se sobrepõem e ao redor, círculos com imagens dentro com cenas diferentes: mãos de uma pessoa digitando em um teclado preto; vista geral de uma cidade com vários prédios e céu em azul-claro com nuvens; um aparelho com o braço mecânico; mão de uma pessoa com luva em azul-claro, segurando uma pipeta e ao fundo, vista parcial de uma pessoa. Ao centro, rosto de uma mulher para a esquerda, com a mão encostando o queixo, de par de óculos de grau, cabelos escuros penteados para trás; três pessoas caminhando uma atrás da outra; uma mulher em pé, com o corpo para a esquerda; duas mãos de pessoas diferentes se cumprimentando; e mão de uma pessoa segurando um celular e tocando a tela dele.
Entender o Universo sempre foi um desejo do ser humano.

3 – Estabelecer a ciência como componente da cultura.

Fotografia. Uma criança vista da cintura para cima, de cabelos castanhos curtos, olhos puxados, sorridente. Está sentada de frente para uma mesa coberta por papel branco e com objetos espalhados: fios e outras peças pequenas. Ao fundo, à direita, duas meninas vistas parcialmente.
A ciência está entrelaçada à sociedade, mantendo uma relação de reciprocidade e gerando relações necessárias entre os cidadãos e os valores culturais de seu tempo e de sua história.

4 – Inspirar os jovens a seguir as carreiras científicas.

Fotografia. Duas crianças, uma ao lado da outra, sentadas em um local com vegetação rasteira. Da esquerda para a direita: garoto de cabelos encaracolados em castanhos, de blusa branca por dentro, avental azul por cima e blusa de mangas compridas em amarelo e azul. Usa par de luvas brancas nas mãos e segura na mão esquerda uma lupa redonda. À direita, menina de cabelos escuros penteados para trás, de blusa em laranja com outra por cima de mangas compridas em vermelho, com par de luvas na mão em branco, com prancheta e folhas onde escreve algo com a mão direita.
Incentivar os jovens a fazer ciência é a fórma mais eficaz de despertar vocações científicas.

SATO, Susana Narimatsu. A infografia na divulgação científica: um estudo de caso da revista Pesquisa fapésp. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. (Adaptado).

  1. Converse com os colegas e o professor sobre as questões seguintes e registre as hipóteses formuladas.
    1. Qual é a importância da pesquisa científica?
    2. Por que há um distanciamento entre a sociedade e as instituições de pesquisa?

EU VOU APRENDER  Capítulo 1

Texto de divulgação científica

Há muitas maneiras de nos informarmos sobre os mais diversos assuntos, como o avanço da tecnologia, a descoberta de novos remédios ou vacinas, o comportamento de algum animal, entre tantos outros. Mas quem produz todo esse conhecimento e como ele é divulgado?

Cientistas e estudiosos costumam publicar seus estudos em revistas e jornais especializados, que têm como público-alvo especialistas de determinada área. E como nós, leitores em geral, ficamos sabendo das descobertas e dos estudos realizados? Será que lemos o mesmo tipo de texto? É aí que entra o texto de divulgação científica. Vamos conhecer um pouco mais sobre isso?

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Locutor: Abelhas e sua importância para o mundo

Locutor: Olá!

Quando você pensa em abelhas, você pensa na preservação do meio ambiente e na produção de alimentos ou no zumbido irritante, no ferrão, na dor de uma picada e em uma possível alergia?

Pois é, eu também pensava em todas essas coisas ruins. Mas, talvez, esteja na hora de mudar essa mentalidade. E uma forma de alterar nosso pensamento é conhecendo mais sobre o assunto.

A primeira coisa que você tem que saber sobre as abelhas é que está nas mãos delas, ou melhor, nas pernas, a conservação da biodiversidade e a valorização do seu papel na segurança alimentar e nutricional. E tudo isso por meio da polinização.

Isso porque, segundo pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, são as abelhas que fazem cerca de oitenta por cento da polinização do mundo.

Ou seja, elas levam o pólen da parte masculina da flor para a parte feminina iniciando a reprodução das plantas.

Muitos alimentos que você consome diariamente, como maçã, laranja, tomate e até couve, dependem da abelha para existir. Sem falar na alfafa, que é amplamente utilizada na alimentação do gado. Olha só, você já tinha pensado que até para termos carne precisamos das abelhas?

Não precisa sair correndo toda vez que você vir uma abelha.

Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no mundo existem mais de 20 mil espécies, sendo que mais de três mil delas são encontradas no Brasil.

E a maioria das nossas espécies nativas, as que têm origem brasileira, costuma não ter ferrão, ou melhor, o ferrão é atrofiado e por isso não causa incidentes graves.

Agora existem as exóticas invasoras, ou seja, as abelhas africanizadas, que têm o nome científico Apis mellifera e são originárias da África, da Ásia e da Europa e foram trazidas para o Brasil para a produção de mel. 

São exóticas invasoras, pois causam prejuízos à biodiversidade local e, sim, têm ferrão. São uma espécie híbrida, resultante do cruzamento de abelhas africanas e ocidentais.

Mas elas não atacam por serem agressivas, e sim por se sentirem ameaçadas.

Normalmente o que acontece é que elas procuram defender sua colmeia ou então se assustam com ruídos e tremores, cheiros fortes – como os de perfume – e movimentos rápidos.

A dica para evitar ataques é: se você vir um grande número de abelhas juntas, deixe o local sem grande estardalhaço. E preste atenção caso haja abelhas onde você está quando for ingerir algum líquido ou comida doces.

Bem, o problema atual não é nem de longe o ataque das abelhas, e sim a diminuição da população desses insetos no mundo.

O fato causa tanta preocupação que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, criou o Dia Mundial das Abelhas, comemorado em 20 de maio.

A data tem o intuito de ajudar na divulgação da importância do inseto.

Fatores como o uso indiscriminado de agrotóxicos e inseticidas, a poluição, as alterações climáticas e o plantio de culturas geneticamente modificadas são apontados como os principais vilões para a diminuição do número de abelhas existentes no mundo.

E agora, depois de todas essas informações, você ainda acredita que as abelhas só servem para produzir mel e ferroar as pessoas? E você sabe quais ações têm sido feitas na sua região para preservar as abelhas?

Locutor: Créditos: Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.

Ícone. Atividade oral.

1. Observe as fotografias a seguir.

Fotografia. Vista de baixo para cima, de plantas com folhas pequenas cor verde-claro, com pétalas em branco e em volta, várias abelhas em amarelo e preto sobrevoando e algumas pousando nas flores. No alto, céu em azul-claro com nuvens brancas espalhadas.
Fotografia. À esquerda, duas plantas com pétalas de cor amarela e caule em verde. À direita, duas abelhas com o corpo em amarelo e preto, uma sobrevoando e outra pousada na flor. Ao fundo, parte desfocada com vegetação verde.
Abelhas polinizando flores de pereira.                                                        Abelhas coletando pólen das flores.
  1. Conte aos colegas o que você sabe sobre as abelhas.
  2. Para você, por que as abelhas são importantes para nós e para a natureza?
  3. Você conhece algum produto fabricado pelas abelhas? Se sim, qual?
  4. Você já ouviu falar que algumas espécies de abelhas podem ser extintas?
  1. Leia o título do artigo a seguir.
    1. Qual deve ser o assunto do texto?
    2. Que informação ele apresenta sobre o assunto, na sua opinião?

3. Agora, leia o artigo.

Abelhas em apuros!

cê agá cê Artigo

Já ouviu falar que as abelhas estão desaparecendo em várias regiões do nosso planeta? Infelizmente, isso não é notícia falsa. Em várias partes do mundo as abelhas não têm retornado para a colmeia, após saírem para sugar o néctar das flores. No Brasil, os apicultores – que são especialistas em criação de abelhas – informam que as abelhas estão morrendo dentro das caixas de criação. Por que isso está acontecendo? Por que o desaparecimento das abelhas é uma preocupação? A cê agá cê ajuda você a descobrir agora!

Para entender a importância das abelhas, vamos começar imaginando-as na colmeia. Estão todas lá reunidas quando, de repente, bate aquela fome. Para encher a barriga, elas voam, pousam numa flor e se alimentam de seu néctar. Mas ainda não ficaram satisfeitas. Então, elas pousam em outra flor e sugam mais néctar. E assim vão fazendo até que decidem voltar para a colmeia.

Acontece que, ao pousarem em uma flor, as abelhas levam consigo diversos grãos de pólen, que ficam grudados no seu corpo. Pousando em outra flor, esses grãos de pólen podem se soltar e cair no estigma, que é a parte feminina da flor. E aí o que acontece? A polinização!

Quando uma flor é polinizada, ela dá origem a sementes, que ficarão envoltas pela polpa de um fruto.

Pronto: você acaba de descobrir a importância das abelhas na natureza. Elas contribuem para a reprodução das plantas!

Existem outros polinizadores naturais, como o vento, a água e até mesmo outros insetos que também se alimentam do néctar das flores. Mas não há dúvida, as abelhas são as principais polinizadoras em todos os ambientes terrestres do mundo.

Logotipo. Três letras uma ao lado da outra: chc – Ciência Hoje das Crianças.
Fotografia. Uma abelha com o corpo para a direita, coberta de pólen em amarelo. Ao fundo, parte preenchida em amarelo.
Abelha coberta de pólen.

Flores polinizadas = alimentos!

As flores polinizadas das plantas cultivadas na agricultura se transformam em sementes, que, por sua vez, se transformam nos alimentos que consumimos, como as frutas e os legumes.

Algodão, soja, café, laranja, tomate, melão, castanha, canola, maçã, maracujá e caju são alguns dos exemplos de culturas que dependem da polinização para maior e melhor produção de frutos e sementes.

Na natureza, as flores das plantas silvestres polinizadas pelas abelhas resultam na produção de mais frutos, que vão servir de alimento a uma incrível diversidade de animais. Ao se alimentarem dos frutos, os animais engolem as sementes, que sairão em suas fezes e, em contato com o solo e água, farão brotar novas plantas, que irão produzir flores e serão polinizadas pelas abelhas. É um ciclo que não acaba nunca! E no qual as abelhas têm um papel importantíssimo.

Fotografia. Próximo a uma planta de pétalas brancas e parte interna em roxo, com gomos em verde e partes em amarelo na ponta superior, uma abelha com corpo listrado em preto e amarelo, sobrevoando. Ela é de tamanho médio, par de antenas finas na frente da cabeça. Em segundo plano, desfocado, local com vegetação verde.
Abelha polinizando a exótica flor de maracujá.

O sumiço das abelhas

Há muito tempo, os apicultores vêm percebendo o desaparecimento das populações de abelhas. A primeira notícia sobre o desaparecimento delas veio dos Estados Unidos, em 2006, quando os apicultores da Califórnia observaram grande perda de colôniasglossário de abelhas. No ano seguinte, apicultores de vários países da Europa observaram o mesmo fenômeno. No Brasil, os apicultores de diversos estados também vêm percebendo isso. E o pior: o número de perdas das colônias de abelhas só aumenta! Os pesquisadores deram a este desaparecimento das abelhas nas caixas (ou colônias) de criação o nome “Desordem do Colapsoglossário da Colônia” (DCC).

A principal causa da DCC tem sido explicada pelo uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras. Os agrotóxicos são substâncias químicas usadas para matar insetos e outros organismos que possam atacar as plantações. Além disso, por falta do devido conhecimento, os agrotóxicos têm sido aplicados no período da floração – exatamente quando as abelhas visitam as flores em busca do néctar e pólen.

Os principais estudos sobre a diminuição das populações de abelhas foram realizados com a abelha da espécie Ápis mellífera e tem indicado que produtos químicos existentes nos pesticidasglossário contaminam o néctar e o pólen das flores. Os inseticidas podem provocar alterações no comportamento das abelhas. Após visitarem as flores contaminadas, as abelhas perdem a sua capacidade de aprendizado e memorização, causando a sua desorientação. Por isso, não conseguem mais voltar para a colônia e desaparecem em meio à natureza.

Fotografia. Em uma estrutura circular em bege-claro, várias abelhas ao redor. Elas têm o corpo preto, com contornos em amarelo. Ao fundo, tons de marrom-claro.
Entrada da colônia da abelha jataí (Tetragonisca angustula).

Colônias contaminadas

Quando as abelhas não retornam, ocorre o enfraquecimento da colônia, restando apenas a rainha, algumas poucas operárias jovens e as larvas. Mas também há problema quando as abelhas conseguem retornar depois de sugar o néctar de flores com agrotóxicos: elas levam pólen contaminado para dentro das colônias. Isso reduz a movimentação e a capacidade de comunicação entre as abelhas afetando a divisão de trabalho, os cuidados com as larvas e a limpeza da colônia. Como as abelhas são insetos sociais, que se organizam na divisão dos trabalhos, essas alterações podem resultar em drásticos efeitos à sobrevivência da colmeia.

Embora a maioria dos estudos aponte para relação do uso excessivo de agrotóxicos no desaparecimento das abelhas, outros fatores precisam ser investigados: como a ação de um novo parasita que possa estar atacando as abelhas, as mudanças climáticas ou talvez uma combinação dêsses fatores que podem estar deixando as abelhas mais frágeis, fazendo com que adoeçam e morram.

Sem plantas no mundo

A polinização é considerada um serviço ambiental muito valioso na produção de sementes e frutos das plantas. É através da polinização que mais da metade das plantas do mundo conseguem se reproduzir – estamos falando tanto da vegetação natural como da agricultura. Então, grandes perdas de populações de abelhas (sejam as criadas pelos apicultores ou aquelas existentes na natureza) podem levar à extinção de plantas e de animais que dependem das plantas para viver.

Grandes perdas econômicas também podem ser esperadas na produção agrícola, porque a diminuição de polinizadores pode não causar a extinção por completo da planta cultivada, mas resulta na diminuição da quantidade e na perda de qualidade de frutos. Ou seja: se as abelhas desaparecem, a qualidade dos alimentos piora e os países perdem muito dinheiro.

Um exército é necessário

Se passarmos algum tempo observando as flores em um jardim, vamos perceber como são diferentes as abelhas que as visitam. Estima-se que existam três mil espécies de abelhas originais do território brasileiro. Mas justamente a abelha que mais vemos, a Ápis mellífera, é a única que não tem origem no país. Apesar de ser a maior produtora de mel e excelente polinizadora, ela sozinha não é capaz de lidar com a grande diversidade de flores existentes no mundo natural. Para realizar a grande tarefa da polinização das mais diferentes flores é preciso um exército de abelhas.

Fotografia. Uma pessoa vista dos ombros para baixo, com macacão de mangas compridas em bege-claro, segurando nas mãos, uma placa de madeira com favos de mel e muitas abelhas em volta. A caixa está com a metade para baixo, dentro de uma caixa de cor branca, com detalhes em azul-claro. Em segundo plano, vegetação rasteira em verde-claro e à direita, árvores de folhas em verde-escuro.
Caixa de criação de abelha.

Desde os dinossauros

As abelhas existem desde o tempo dos dinossauros. Como sabemos disso? Ora, os pesquisadores encontraram uma abelha que viveu 100 milhões de anos atrás preservada em âmbarglossário , uma resina transparente produzida pelas plantas daquela época, que ao secar endurece como o vidro. reticências Essas habitantes tão antigas não podem sumir do mundo agora, você não acha?

Cristina Santos – Bióloga Doutora em Comportamento Animal e Escritora

SANTOS, Cristina. Abelhas em apuros. cê agá cê, Rio de Janeiro, 17 setembro 2019. Disponível em: https://oeds.link/7SrEJC. Acesso em: 18 junho 2022.

4. Conheça agora a abelha do tempo dos dinossauros!

UMA ABELHA DE 100 MILHÕES DE ANOS

cê agá cê Notícias Bichos

Cientistas anunciaram a descoberta do mais antigo fóssil de abelha já encontrado. Preservado em âmbar, ele tem 100 milhões de anos e mede apenas 2,95 milímetros. Quarenta milhões de anos mais antigo do que outros fósseis de abelha já encontrados, esse incrível vestígio do passado foi descoberto em Burma, um país do sudeste da Ásia. Em homenagem ao local em que foi achada, a espécie de abelha que por tanto tempo ficou preservada foi batizada pelos cientistas de Melittosphex burmensis.

O fóssil recém-descoberto mostra que, mesmo há cem milhões de anos, as abelhas já tinham desenvolvido importantes características apresentadas por elas atualmente. Um exemplo são os pelos presentes nas pernas, que, acreditam os cientistas, são importantes para coletar o pólen das flores, que as abelhas comem ou levam para suas larvas nas colmeias.

Ao visitar diferentes flores, as abelhas acabam carregando o pólen de uma para outra, auxiliando a reprodução das plantas. No fóssil de cem milhões de anos foram encontrados diversos grãos de pólen e acredita-se que a origem das abelhas contribuiu para a rápida diversificação das angiospermas – plantas com flores – do início até a metade do período conhecido como Cretáceo, que vai de 145 a 65 milhões de anos atrás, aproximadamente.

Fotografia. Em tons de amarelo-claro, um fóssil de uma abelha em marrom, com patas e antenas finas. Na parte inferior, à esquerda, pequenas esferas escuras. O fundo é em amarelo.
O mais antigo fóssil de abelha já descoberto está preservado em âmbar.

UMA abelha de 100 milhões de anos. cê agá cê, Rio de Janeiro, 21 maio 2010. Disponível em: https://oeds.link/9zBMIt. Acesso em: 18 junho 2022.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

  1. Explique por que o texto “Abelhas em apuros!” é considerado de divulgação científica.
  2. Qual é o principal assunto do texto?
  3. Quem escreveu o texto e qual é a importância de citar sua profissão?
  4. Na sua opinião, por que a autora inicia o texto explicando a importância das abelhas?
  5. Observe, pelo endereço do sáite, onde o texto foi publicado. Com base nisso, podemos dizer que ele foi produzido para que público? Identifique a alternativa adequada.
    1. o público adulto.
    2. o público infantojuvenil.
  6. O texto é escrito em que pessoa do discurso?
  7. Identifique a ou as alternativa ou alternativas que caracteriza ou caracterizam a linguagem utilizada no texto.
    1. É clara e objetiva.
    2. Apresenta termos científicos.
    3. É formal.
    4. É informal.
  8. Logo após o título, há duas perguntas:

“Por que isso está acontecendo?”;

“Por que o desaparecimento das abelhas é uma preocupação?”.

Você acha que essas perguntas foram respondidas? Explique.

  1. Qual é a importância das abelhas?
  2. Explique o significado do intertítulo “Flores polinizadas = alimentos!”.
  3. Releia este trecho do texto.

Pronto: você acaba de descobrir a importância das abelhas na natureza. Elas contribuem para a reprodução das plantas!

A quem a autora do texto está se dirigindo? Que efeito esse recurso produz?

Fotografia. Na horizontal, um favo, em marrom de formato tubular coberto por mel, líquido marrom translúcido. Perto dele, uma abelha preta e na parte superior, à esquerda, duas abelhas sobrevoando e próximo, um favo na vertical.
Favos da colmeia, onde as abelhas produzem e armazenam o mel.
  1. O sumiço das abelhas é algo recente?
  2. Segundo o texto, qual é a principal causa da DCC?
  3. O que os principais estudos sobre a diminuição das populações de abelhas, feitos com a espécie Apis mellifera, têm indicado?

Por que essa contaminação é nociva para as abelhas e para as colônias?

15. Releia este trecho do texto e explique que alerta ele faz.

É através da polinização que mais da metade das plantas do mundo conseguem se reproduzir – estamos falando tanto da vegetação natural como da agricultura. Então, grandes perdas de populações de abelhas (sejam as criadas pelos apicultores ou aquelas existentes na natureza) podem levar à extinção de plantas e de animais que dependem das plantas para viver.

  1. As fotografias e as legendas ajudam você a entender melhor o texto? Por quê?
  2. Releia esta frase do texto e explique a função da expressão “ou seja”.

Ou seja: se as abelhas desaparecem, a qualidade dos alimentos piora e os países perdem muito dinheiro.

  1. Qual é a relação entre o segundo texto apresentado, “Uma abelha de 100 milhões de anos?”, e o texto principal?
  2. Vocês acharam importante a publicação dêsses textos? Justifiquem a resposta.

Para ampliar

Abelhas. Piótre Sorrá (Autor), Olga baguinsca chinzato (Tradutora). São Paulo: dáblio ême éfe Martins Fontes, 2019.

“Queremos convidá-lo a um reinado mágico das abelhas. Observe de perto a sua anatomia, espreite para dentro da sua casa, conheça os seus costumes. Veja como dançam e entenda por que e quando o fazem. Verifique de onde sabemos que elas apareceram no mundo antes dos dinossauros e por que estavam no manto usado por Napoleão. Acompanhe um apicultor em suas tarefas, faça um passeio num caminhão que leva as colmeias a um pomar de amendoeiras e saboreie diferentes tipos de mel. Só tenha cuidado com uma coisa: não deixe ser picado por elas!”

Capa de livro. Ilustração de um homem visto dos ombros para cima. Ele tem bigode branco, com um chapéu sobre a cabeça em cinza-claro, com tela tapando o rosto e roupa de gola em cinza-claro. Ao redor, folhas de cor verde e abelhas em tons de amarelo e preto. Em segundo plano, céu em azul-claro.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Modos e tempos verbais I: modo indicativo

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade em dupla.

1. Releiam este trecho do texto “Abelhas em apuros!”.

Quando uma flor é polinizada, ela origem a sementes, que ficarão envoltas pela polpa de um fruto.

Pronto: você acaba de descobrir a importância das abelhas na natureza. Elas contribuem para a reprodução das plantas!

Existem outros polinizadores naturais, como o vento, a água e até mesmo outros insetos que também se alimentam do néctar das flores. Mas não dúvida, as abelhas são as principais polinizadoras em todos os ambientes terrestres do mundo.

  1. Em que modo estão os verbos destacados?
  2. Em que tempo eles se encontram?
  3. Por que foi usado esse tempo?

Como já sabemos, o modo indicativo apresenta os fatos como certos, seja no presente, no passado ou no futuro.

2. Observem a tirinha a seguir.

Tirinha. Composta por dois quadros. Apresenta como personagem, Recruta Zero, homem de cabelos pretos finos, de chapéu, roupa em verde e par de sapatos em marrom. Uma mulher de cabelos loiros com franja, blusa regata em preto e com um colar de pérolas brancas no pescoço.
Q1 – A mulher loira, sentada à esquerda, segurando um objeto preto na mão, retangular, olha para frente e fala: TODAS AS MINHAS AMIGAS CONHECERAM O NAMORADO PELA INTERNET. À direita, Recruta Zero visto da cintura para cima e diz: VOCÊ ME CONHECEU AQUI.
Q2 – Vista do local geral, com uma lixeira cinza à esquerda, com papéis e perto, a mulher loira sentada olhando para recruta, enquanto este segura uma vassoura marrom, varrendo o local. A mulher diz: SIM, VOCÊ TIROU MEUS PÉS DO CHÃO. À direita, Recruta Zero, segurando a vassoura nas mãos e acrescenta: COMO AGORA!

WALKER, Mort. Recruta Zero. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 jun. 2022. Caderno 2, p. C6.

  1. Em que tempo se encontram os verbos presentes na tirinha?
  2. O que o uso dêsse tempo revela sobre os fatos mencionados?
  3. O que a namorada do Recruta Zero tinha em mente ao dizer que ele tinha tirado seus pés do chão?
  4. Qual é o humor da tirinha?

3. Leiam esta outra tirinha.

Tirinha. Composta por seis quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos azuis, camiseta branca, bermuda marrom. Pai de Armandinho, homem de calça em azul e sapatos em cinza. Sapinho de cor verde, olhos e boca em preto.
Q1 – Armandinho à esquerda, com a cabeça para cima e braço esquerdo esticado para frente, diz para o pai, à frente dele: QUE TAL A GENTE FAZER UM JORNAL AQUI DE CASA? O sapinho também olha para o pai e este diz: BOA IDEIA!
Q2 – O pai de Armandinho, à direita, pergunta para ele: QUEM SERÁ O REPÓRTER? Armandinho à esquerda, com o corpo para a direita, diz: EU! E o pai pergunta: ILUSTRADOR? Armandinho responde: EU! O pai pergunta: EDITOR? Armandinho responde: EU TAMBÉM! O sapinho continua olhando para o pai de Armandinho. O pai de Armandinho está fora do quadro.
Q3 – À direita, o pai de Armandinho, pergunta: VOU SER O REVISOR? Armandinho, à esquerda, responde: JÁ É O SAPO! O sapinho olha para Armandinho à esquerda.
Q4 – O pai de Armandinho fala: SE VOCÊ FARÁ QUASE TUDO NO JORNAL... QUAL A MINHA FUNÇÃO? Ao lado do Armandinho à esquerda, o sapinho olha para o pai.
Q5 – À esquerda, Armandinho com o braço esquerdo esticado para frente, diz: SERÁ A MAIS IMPORTANTE! A RAZÃO DE UM JORNAL EXISTIR! Ao lado dele, o sapinho olha para o pai.
Q6 – À esquerda, Armandinho e o sapinho na mesma posição. O pai diz: O LEITOR? E o menino responde com a mão esquerda para frente: O ANUNCIANTE!"

béc, Alexandre. Armandinho. abre colchetesem localfecha colchete, 13 março 2022. feicibúk: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/2jvZD3. Acesso em: 27 junho 2022.

  1. Qual é o humor da tirinha?
  2. A maioria dos verbos da tirinha se encontra em que tempo?
  3. Por que isso ocorre?
  4. Que tempo a locução verbal “vou ser” expressa?

4. Escrevam as frases seguintes completando-as com os verbos indicados entre parênteses. Para saberem o tempo adequado, considerem o contexto de cada enunciado.

a. Aquele professor sempre

animado para a primeira aula. (chegar)

b. No ano passado,

muitos protestos por melhores condições de vida. (haver)

c. Quando você se mudou de cidade, eu já

do interior. (voltar)

d. Naquele ano, todos os estudantes se

muito. (esforçar)

e. Não sei por que eles

tão apreensivos. (estar)

f. Naquela comemoração de final de ano, muitos pais

com as apresentações dos estudantes. (chorar)

ORTOGRAFIA

Formação de palavras: derivação e composição

Responda às questões no caderno.

1. Leia a tirinha a seguir.

Tirinha. Composta por três quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e calça em azul, camiseta branca, mochila em laranja sobre as costas. Uma menina ruiva de coque, com uma presilha amarela, camiseta branca e calça azul. Sobre as costas dela, uma mochila em verde. Uma senhora vista da cintura para baixo, de saia longa em amarelo, meias em cinza e sapatos em marrom, com uma bengala na vertical em cinza. Q1 – Texto: ELA É BEM VELHINHA... E VIVE DE RENDA! A senhora com o corpo para a esquerda, caminhando e em volta do corpo dela, traços finos trêmulos. Q2 – A menina ruiva, caminhando para a esquerda, fala: ENTÃO ELA É RENTISTA... Mais à direita, Armandinho responde: NÃO, NÃO... Q3 – Texto: RENDEIRA! À direita, a senhora em pé parada de frente para um tear, com estofado em azul, parte superior em marrom e utensílios com linhas brancas de tecer.

béc, Alexandre. Armandinho. abre colchetesem localfecha colchete, 13 junho 2017. feicibúk: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/PsKI8l. Acesso em: 27 junho 2022.

  1. Você sabe o significado da palavra rentista? Em caso afirmativo, explique. Se não souber, consulte um dicionário.
  2. Em que consiste o humor da tirinha?
  3. Qual processo de derivação está presente nas palavras “rentista” e “rendeira”?

No processo de formação de palavras por derivação, além da derivação prefixal e da derivação sufixal, existe a chamada parassíntese, que ocorre quando adicionamos simultaneamente um prefixo e um sufixo ao radical da palavra, como nos exemplos a seguir:

buraco – esburacar   tarde – entardecer   noite – anoitecer

No entanto, nem toda palavra que apresenta prefixo e sufixo é formada por parassíntese. Se o acréscimo do prefixo e do sufixo não for simultâneo, temos derivação prefixal e sufixal. Por exemplo:

Infelizmente; desnivelar

Geralmente, a parassíntese dá origem a verbos derivados de substantivos e adjetivos.

  1. Forme novas palavras com base nos seguintes radicais. Para isso, consulte o quadro de prefixos e sufixos a seguir.
    1. montar
    2. natural
    3. emoção
    4. cortejo
    5. judicial

Em português, há alguns prefixos e sufixos muito usados para formar novas palavras, como podemos ver no quadro a seguir.

PREFIXOS

SUFIXOS

anti-

Ação contrária, oposição: antipatia.

-ão

Aumentativo: salão, portão.

extra-

Posição inferior, fora de: extraoficial.

-agem,
-aria,
-eiro

Formam substantivos a partir de outros substantivos: folhagem, barbearia, barbeiro.

hiper-

Posição superior, excesso: hiperativo.

-ez,
-eza,
-ice

Formam substantivos a partir de adjetivos: altivez, destreza, criancice.

pre-

Algo anterior: prefácio.

-dor,
-mento

Formam substantivos a partir de verbos: jogador, armamento.

pos-

Algo posterior: posfácio.

-ado,
-ano,
-ar,
-ês/esa,
-oso

Formam adjetivos a partir de substantivo: fardado, cuiabano, estelar, português, desastroso.

re-

Movimento para trás ou repetição: refazer.

-ecer,
-ejar,
-izar

Formam verbos: agradecer, cacarejar, utilizar.

super- sobre-

Posição superior: sobreloja, super-homem.

-mente

Forma advérbios: felizmente, frequentemente.

3. Leia esta outra tirinha.

Tirinha. Composta por dois quadros. Apresenta como personagens: Begofredo, um sapo de cor laranja e com detalhes na cabeça em amarelo e olhos em preto, de blusa de mangas compridas em azul-claro e calça em azul-escuro e sapatos cinzas. Um sapinho de cor verde com detalhes em amarelo na cabeça e olhos em azul, de blusa de mangas compridas e sapatos em vermelho, de calça cinza. As cenas se passam em local de frente para uma lava-louça em cinza de tamanho médio com porta de vidro aberta. Q1 – À esquerda, Begofredo com o corpo para a direita, mãos na cintura, de boca fechada, olhando para a direita. Ao lado dele, o sapo de cor verde, segurando na mão esquerda um prato sujo, de frente para lava-louça e fala com o cenho franzido: Ô BEGOFREDO, ESSA LAVA-LOUÇA TÁ COM DEFEITO! ESTÁ TUDO SUJO! Q2 – Begofredo, diz sorrindo para o outro sapo: É QUE TEM QUE LAVAR ANTES DE COLOCAR NA MÁQUINA. À direita dele, o sapo verde olhando para a esquerda, sorrindo e com o prato na mão esquerda.

DOURADO, Rafael. Sapo bróders, abre colchetesem localfecha colchete, 2021. Disponível em: https://oeds.link/d7eeXo. Acesso em: 27 junho 2022.

  1. Em que consiste o humor da tirinha?
  2. Identifique na tirinha uma palavra formada por composição.
  3. Nessa palavra, a composição se deu por justaposição ou aglutinação? Por quê?

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Infográfico e ficha técnica

1. Observe o infográfico e identifique qual é o assunto principal.

Infográfico. Texto: ABELHA – Associação Brasileira de Estudos das Abelhas. Abelhas e Produção de Alimentos no Brasil Os polinizadores melhoram o rendimento e qualidade de frutos e sementes de mais de 60% das plantas cultivadas usadas como alimento no Brasil. Reunimos neste material 14 espécies de abelhas polinizadoras e os principais cultivos agrícolas que polinizam. 1 – Jataí – Tetragonisca angustula – 6 mm (de cor marrom-claro e marrom-escuro) Frutos: abacate, melancia, pimentões, morangos e outros. 2 – Abelha-vibradora - Exomalopsis auropilosa – 5,6 mm (com corpo peludo em marrom-escuro) Frutos: goiaba, pimentões, morango e entre outros. 3 – Abelha-cachorro, arapuá, irapuã - Trigona spinipes – 6,5 mm (com corpo e asas em marrom-escuro) Frutos: Abacate, abóbora, morango, coco, pera, pimentões, tangerina, laranja, melancia e outros. 4 – Mandaçaia - Melipona quadrifasciata – 10 mm (com corpo peludo, parte inferior em listras de cor amarelo e preto e asas em marrom e par de antenas sobre a cabeça). Frutos: Abóbora, goiaba, morangos, pimentões, maçãs e outros. 5 - Abelha de mel, abelha melífera africanizada = Apis mellifera – 12 mm (corpo com pelos de cor marrom-escuro e par de asas pequena). Frutos: abacate, abóbora, açaí, cebola, coco, girassol, goiaba, laranja, maçã, melancia, morango, pera, pêssego, pimentões, tangerina e entre outros. 6 – Abelha-de-óleo - Centris tarsata – 13,7 mm (abelha coberta por pelos em marrom-claro e par de asas da mesma cor). Frutos: Goiaba, morangos, caju e outros. 7 – Abelha-de-óleo - Centris similis – 16,6 mm (corpo com pelos em marrom claro à frente e atrás em marrom-escuro). Frutos: Tomate, maracujá e outros. 8 – Oxaea flavescens – 17 mm (corpo com pelos em marrom-claro, olhos escuros e par de antenas pequenas) Frutos: Abóbora, berinjela, girassol, goiaba, tomate, maracujá e outros. 9 – Abelha-das-orquídeas - Eulaema nigrita – 19 mm (corpo coberto com pelos pretos e par de asas em marrom pequeno). Frutos: goiaba, tomate, maracujá e outros. 10 – Abelha-de-óleo - Centris aenea – 19,6 mm (corpo coberto com pelos em marrom e par de antenas pequeno) Frutos: Goiaba, tomate e outros. 11 – Mamangava, mamangava-de-chão - Bombus morio – 20 mm (corpo em marrom-escuro, ponta inferior em laranja e no dorso, par de asas finas em marrom-claro). Frutos: Abóbora, berinjela, girassol, goiaba, maracujá, tomate e outros. 12 – Mamangava, mamangava-de-chão - Bombus pauloensis – 21 mm (corpo coberto por pelos pretos e asas em preto com contornas nas pontas em marrom. Frutos: pera, tomate, maracujá, berinjela e outros. 13 – Abelha-de-óleo - Epicharis flava – 22 mm (corpo coberto com pelos em marrom-claro e asas em preto). Frutos: goiaba, tomate, maracujá e outros. 14 – carpinteira, mamangava, mamangava-de-toco, mangangá - Xylocopa frontalis – 30 mm (corpo coberto por pelos pretos e da mesma cor, par de asas). Frutos: abóbora, goiaba, tomate, maracujá, cebola e outros. Texto: Conhecer as espécies de abelhas mais importantes para a produção agrícola ajuda no desenvolvimento de melhores estratégias para o manejo sustentável e a conservação desses polinizadores. Aponte seu celular para o código QR ao lado e conheça mais sobre elas! À direita, imagem do QR code. Na ponta inferior, símbolos e links para redes sociais e site.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DAS ABELHAS – ABELHA. Abelhas e produção de alimentos no Brasil. abre colchetesem localfecha colchete, 9 setembro 2020. Disponível em: https://oeds.link/ePOKlO. Acesso em: 18 junho 2022.

2. Leia as explicações que constam do infográfico e veja se sua hipótese sobre o assunto se confirmou ou não.

Os polinizadores melhoram o rendimento e a qualidade de frutos e sementes de mais de 60% das plantas cultivadas para a produção de alimentos. Por isso, 14 abelhas essenciais para a polinização de cultivos agrícolas no Brasil são – ou deveriam ser – as “queridinhas” de produtores rurais e consumidores.

As abelhas elencadas no cartaz incluem espécies sociais e solitárias. Tirando a abelha africanizada (Apis mellifera), que é híbrida de subespécies introduzidas no País para a produção comercial de mel, todas as demais são nativas do Brasil. Entre elas, estão abelhas sem ferrão, como a jataí, que está distribuída em todo o País, e espécies vultosas, como as mamangavas, que chegam a três centímetros de comprimento e que possuem papel relevante na polinização de algumas frutíferas, como o maracujá. reticências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DAS ABELHAS – ABELHA. Abelhas e produção de alimentos no Brasil. abre colchetesem localfecha colchete, 9 setembro 2020. Disponível em: https://oeds.link/ePOKlO. Acesso em: 18 junho 2022.

3. Leia a ficha técnica da abelha jataí. Ficha técnica é outro gênero textual utilizado na divulgação de pesquisas científicas.

Infográfico. Na parte superior, título: Tetragonisca angustula (Latreille) Jataí, jaty Fotografia. À esquerda, abelha de corpo de tamanho médio de cor marrom, par de antenas em bege. Fotografia. Uma colônia, estrutura tubular cinza com abelhas em volta. Texto: Hábito de nidificação: Ocos em árvores e cavidades em rochas, paredes, caixas de luz e de cartas. Ninho: Favos de cria horizontais sobrepostos, com presença de células reais, envoltos por invólucro. Os potes de alimento são ovais e há depósitos de resina viscosa e de cera branca pura. Construído com cerume, o tubo de entrada possui tamanho variável, podendo ser inclinado ou no formato de gancho com o orifício de entrada voltado para cima Colônia: Uma rainha-mãe e 5.000 operárias em média (de 2.000 a 8.000 operárias). Aspectos gerais: Operárias vivem cerca de 24 dias (máximo: 76 dias). As guardas são maiores que as demais operárias. Durante o dia, elas permanecem posicionadas sobre tubo de entrada ou voando pairadas próximas a ele. As rainhas virgens podem ser aprisionadas em câmaras reais. De dois a sete dias após a cópula, a rainha inicia a postura de ovos. Distância máxima de voo: 0,6 km Tamanho aproximado: 4 mm Ilustração. Silhueta da abelha em preto e ao fundo em amarelo. Fotografia. A abelha vista de lado com o corpo para a esquerda, onde vê-se o par de antenas sobre a cabeça. Fotografia. A abelha vista de frente, na cabeça um par de antenas e três patas de cada lado. Fotografia. A abelha vista com o corpo de costa, par de asas no dorso translúcido. Ilustração. Mapa do Brasil em laranja, com pequenas partes em cinza no Nordeste. Fotografia. Vista frontal da abelha com corpo amarelo e preto, par de antenas pequenas e asas longas e translúcidas. Fotografia. Vista de cima para baixo, corpo em preto e amarelo, asas translúcidas e cabeça achatada. Mais abaixo, três logotipos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DAS ABELHAS – ABELHA. Fichas catalográficas das espécies relevantes para a meliponicultora: série 1. abre colchetesem localfecha colchete, centésima2015-2020. Disponível em: https://oeds.link/C1WuEt. Acesso em: 18 junho 2022.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade oral.
  1. O que você achou do infográfico? Ele é informativo? Conte sua opinião aos colegas.
  2. Quais são os elementos que compõem esse infográfico?
  3. Qual é o título do infográfico?
  4. Releia o primeiro parágrafo do texto de introdução do infográfico.
    1. Como as abelhas contribuem para a produção de alimentos?
    2. Qual foi o critério de organização do material do infográfico?
  5. Como o infográfico apresenta as espécies de abelhas?
  6. Onde esse infográfico pode ter circulado?
  7. Qual é o público-alvo do infográfico?
  8. Observe o detalhe de uma das abelhas do infográfico.
Infográfico. Abelha vista de lado, com corpo de cor alaranjada, com asas translúcidas, cabeça preta. Texto: Jataí – Tetragonisca angustula – 6mm (de cor marrom-claro e marrom-escuro) Frutos: abacate, melancia, pimentões, morangos e outros.
  1. Por que o infográfico incluiu imagens de alimentos além das informações sobre cada espécie de abelha?
  2. Por que alguns alimentos estão destacados e outros mostram apenas a sombra da imagem?
  1. Observe novamente o infográfico e responda às questões.
    1. Qual é a espécie de abelha que contribui com a maior quantidade de polinização de produções? Com quantos alimentos?
    2. Qual espécie contribui com a menor quantidade de polinização de produções? Com quantos alimentos?

10. Leia a explicação sobre infográficos.

Infográfico é um recurso utilizado para transmitir informações por meio do uso de imagens, desenhos e demais elementos visuais gráficos. Em geral, o infográfico é acompanhado de texto, resultando em uma síntese didática e objetiva do assunto tratado. É utilizado em meios acadêmicos, jornalísticos, científicos e como recurso em projetos profissionais.

Em que o infográfico que você leu nesta seção está de acôrdo com essa explicação?

  1. Você já utilizou uma ficha técnica em seus estudos? De que ela tratava?
  2. Qual é a função da ficha técnica?

A ficha técnica apresenta informações específicas de algum objeto ou ser vivo organizadas em tópicos ou características, de modo objetivo e sintético e em um formato de quadro, com informações verbais e não verbais.

  1. Como a ficha técnica da abelha jataí, reproduzida na página 155, se relaciona com o texto da mesma página?
    1. Que informações essa ficha técnica apresenta?
    2. Qual é a função do mapa do Brasil na ficha técnica?
  2. Releia o texto de divulgação científica da página 143. Como ele se relaciona com o infográfico e com a ficha técnica? Explique.
  3. Releia este trecho do texto de divulgação científica.

A polinização é considerada um serviço ambiental muito valioso na produção de sementes e frutos das plantas. É através da polinização que mais da metade das plantas do mundo conseguem se reproduzir – estamos falando tanto da vegetação natural como da agricultura. Então, grandes perdas de populações de abelhas (sejam as criadas pelos apicultores ou aquelas existentes na natureza) podem levar à extinção de plantas e de animais que dependem das plantas para viver.

  1. Explique com suas palavras como esse trecho é mostrado no infográfico.
  2. Na ficha técnica, há alguma informação que se relaciona com esse trecho do texto?

LÍNGUA E LINGUAGEM

Modos e tempos verbais: imperativo e subjuntivo

Ícone. Atividade em dupla.

Responda às questões no caderno.

1. Observem o seguinte cartaz.

Cartaz. Retangular com fundo em cinza-claro. Na parte inferior, uma flor de pétalas em amarelo, onde está pousada uma abelha de cor preta com amarelo, sobre tubos amarelos ao centro. Perto, dois caules com folhas verdes. Na parte superior, texto em rosa e uma frase em amarelo: NÃO DESMATE – NÃO QUEIME – CULTIVE AS FLORES! SALVE AS ABELHAS. Na ponta inferior, à esquerda, logotipo.
GEASPI lança campanha de preservação das abelhas do semiárido piauiense. Universidade Federal do Piauí – ú éfe pê í, Teresina, 4 dezembro 2019. Disponível em: https://oeds.link/3EQcl8. Acesso em: 28 junho 2022.
  1. Qual é o objetivo da campanha?
  2. Com base no que você estudou sobre as abelhas nesta unidade, por que essa campanha é importante?
  3. Em que modo estão os verbos do cartaz? Por que esse modo foi empregado?
  4. Do ponto de vista sintático, quem é o sujeito a que se referem esses verbos? Quem ele representa?
  5. Como se classificam sintaticamente os verbos utilizados no cartaz?

Como já sabemos, os verbos no modo imperativo são utilizados para exprimir uma ordem, uma solicitação, um pedido, um convite ou um conselho. Por se referir sempre a alguém, os verbos nesse modo só apresentam segunda e terceira pessoas (do singular e do plural) e primeira pessoa do plural. O modo imperativo apresenta duas fórmas: imperativo afirmativo e imperativo negativo.

2. Leiam a tirinha.

Tirinha. Composta por quatro quadros. Apresenta como personagem: Charlie Brown, menino de camiseta em amarelo de gola e listra em preto na horizontal, de bermuda em preto e sapatos em marrom, com chapéu em bege-claro sobre a cabeça. Q1 – Charlie Brown de corpo para a direita, falando: JOE, EU ACHO QUE O ÔNIBUS ESTÁ SAINDO. À direita, vista parcial de ônibus. Q2 – Charlie Brown correndo para a direita, com os braços esticados para frente, boca aberta e perto dele, fumaças. Ele fala: JOE, PODIA AUTOGRAFAR MAIS RÁPIDO? O ÔNIBUS ESTÁ SAINDO! PODE JOGAR A BOLA PRA MIM, JOE?! Q3 – O menino está com os braços esticados, correndo e com gotas de suor em volta do rosto, com os olhos bem arregalados e diz: O ÔNIBUS ESTÁ SAINDO! JOGA A BOLA, JOE! JOGA A BOLA!!! Q4 – O menino com o corpo para o ar, pernas para o alto, braços esticados e perto dele, a bolinha branca e o barulho: BONK! E o chapéu no ar à direita em bege-claro.

SCHULZ, Charles M. Minduim. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 28 jun. 2022. Caderno 2, p. C6.

  1. O que causa o humor da tirinha?
  2. Em “Joga a bola, Joe”, em que modo e em que pessoa está o verbo? Por que esse modo é utilizado?
  3. Por que Charles repete o verbo “jogar” no terceiro quadrinho?
  4. Se Charles não quisesse que Joe lançasse a bola, como deveria formular a frase?

3. Agora leiam o trecho de uma matéria sobre abelhas.

Comércio ilegal de abelhas na internet é ameaça a espécies

“Abelhas jataí, ótimas para polinizar seu jardim, fazemos envios para todo o Brasil”. Anúncios como esse não são raros na internet e, em alguns cliques, é possível adquirir a própria colônia de abelhas sem ferrão. Esse comércio, no entanto, sem as devidas autorizações e cuidados, é ilegal e uma das principais ameaças à conservação de espécies brasileiras.

O biólogo e pesquisador do Instituto Nacional da Mata Atlântica (Inma) Antônio Carvalho desenvolveu métodos de mineração de dados na internet para analisar anúncios de vendas de abelhas sem ferrão. reticências

Carvalho ressalta que a criação de abelhas, mesmo em áreas urbanas, não é proibida e nem a sua comercialização, mas é necessário que os interessados tenham os devidos registros nos órgãos ambientais e que sejam tomados cuidados para evitar prejuízos à fauna e à flora local.

Tocárnia, Mariana. Comércio de abelhas na internet é ameaça a espécies. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 2 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/VKPdBp. Acesso em: 28 junho 2022.

  1. Do que trata a notícia?
  2. O que diz a lei a respeito da criação e da comercialização de abelhas?
  3. Em que tempo e modo estão as fórmas verbais “tenham” e “sejam”, no terceiro parágrafo? Por que foram empregadas no modo e no tempo em questão?

Você já sabe que o modo subjuntivo expressa um fato como incerto, hipotético e geralmente é utilizado em orações subordinadas. Esse modo divide-se em três tempos: o presente do subjuntivo, utilizado para expressar possibilidade ou dúvida; o pretérito imperfeito do subjuntivo, usado para exprimir uma hipótese ou condição; e o futuro do subjuntivo, empregado para expressar um fato que pode ou não acontecer.

VOCÊ É O AUTOR!

Escrita de texto de divulgação científica

Em grupos, vocês vão planejar, produzir e publicar um texto de divulgação científica que será utilizado na apresentação de um seminário e na elaboração de uma revista científica.

Planejamento e escolha do tema

  1. Discuta com os colegas de grupo os itens seguintes.
    1. Qual será o tema do texto? O que sabemos e o que não sabemos sobre esse tema?
    2. O que precisamos pesquisar para complementar o que sabemos e validar o texto de divulgação científica?
    3. Como faremos a pesquisa, a seleção e a curadoria das informações?
    4. Quais são as fontes confiáveis para a pesquisa? Como percebemos a qualidade do texto escolhido?
    5. Como vamos utilizar essas fontes e organizá-las para, depois, referenciá-las no texto?
    6. Quem são os especialistas na área que podem ser entrevistados?
    7. Quais serão os recursos utilizados para introduzir a voz do entrevistado ou de outros textos: citação direta, indireta ou paráfrase?
    8. Usaremos outros recursos, como fichas técnicas, gráficos e infográficos? Eles serão retirados de alguma fonte ou serão produzidos pelo grupo com base em dados e informações pesquisadas?
Fotografia. Cinco jovens sentados de frente para uma mesa, um perto do outro. Da esquerda para a direita, um rapaz visto parcialmente de costas, de cabelos castanhos e camiseta com listras em branco e preto, de frente para um notebook. Atrás, garota de cabelos trançados em preto, em coque e blusa de cor azul-claro. Ela olha para a direita, sorrindo e olhando para tablet branco, nas mãos de uma menina loira. Ela usa par de óculos de grau em preto e blusa em xadrez em rosa e preto, olhando para o tablet. Na ponta da direita, menino de  cabelos escuros, de camisa xadrez em vermelho e preto e na ponta da direita, uma menina. Ela tem cabelos longos castanhos, de blusa de mangas curtas em branco e preto, com o braço direito para frente, perto do notebook. Ao fundo, paredes brancas, com lousa em branco e contorno em madeira.
O trabalho de pesquisa em grupo é uma oportunidade de desenvolver a escuta atenta e o respeito à diversidade de opiniões.

2. Após a escolha do tema, façam um roteiro com a estrutura e os tópicos de cada parágrafo, além das imagens, fichas técnicas, gráficos e infográficos, se houver.

Os textos de divulgação científica têm a finalidade de divulgar ao público em geral o conhecimento ou o resultado de estudos e pesquisas científicas. Sua função é compartilhar com a população saberes que podem ajudá-la a compreender melhor o mundo em que está inserida.

Produção textual

  1. Com base no roteiro do texto de divulgação científica e levando em conta o que foi discutido no planejamento, comecem a produção textual.
    1. Observem a linguagem, que deve ser clara, objetiva e adequada ao público-alvo. 
    2. Estabeleçam onde e como introduzir outras vozes no texto, como a dos entrevistados e de autores citados (citação direta entre aspas, ou indireta usando o recurso de “segundo ou de acôrdo com tal autor”, por exemplo).
    3. Observem também a progressão do tema e como o texto será organizado para que tenha uma sequência.
    4. Com relação às imagens, aos gráficos ou infográficos, estabeleçam uma relação clara entre eles e o texto verbal. Coloquem títulos e/ou legendas perto do parágrafo a que se referem.
    5. Leiam novamente o texto e vejam se há algo a ajustar antes da revisão.

Revisão e edição de texto

  1. Após a escrita, passem à revisão e à edição do texto.
    1. Troquem o texto com outro grupo, para que o revisem. Utilizem a pauta de revisão que vocês estão construindo desde a Unidade 1.
    2. Combinem como serão feitas as marcas de revisão, os comentários e as sugestões no texto.
    3. Analisem o que foi apontado pelos colegas, façam os ajustes necessários e editem o texto.
    4. Digitem o texto em um processador e editor de texto. Em seguida, façam uma pré-diagramação e analisem a melhor disposição dos textos e das imagens.
  2. Conversem com o professor e os outros grupos para definir como farão a montagem da revista científica e como será compartilhada e divulgada para a comunidade escolar.

ORALIDADE

Seminário

Chegou o momento de organizar um seminário sobre os textos de divulgação científica que vocês produziram.

O seminário é uma situação de comunicação, seguida de debate, que tem como principal objetivo apresentar informações sobre determinado tema a um grupo de pessoas. No nosso caso, o seminário ficará restrito à turma. Ao final, teremos a oportunidade de refletir sobre os temas e avaliar os desempenhos.

Organização

  1. Para a organização do seminário, formem grupos e sigam as orientações a seguir.
    1. Dividam as tarefas, desde a preparação até a apresentação do texto aos colegas de turma.
    2. O texto que produziram na seção Você é o autor! vai servir de base para a elaboração do seminário, que apresenta uma narrativa característica. Ou seja, será preciso fazer uma adaptação.
    3. Observem aspectos do tema que considerem importantes e produzam um esquema da apresentação com essas informações. Além disso, elaborem perguntas para reflexão que estimulem a participação da plateia.
    4. Os seminários utilizam a linguagem verbal, porém vocês podem usar dataxôu, painéis ou outro recurso digital nas apresentações. Por isso, descubram e preparem os recursos disponíveis.

Planejamento

  1. Nas informações a serem apresentadas, o importante é garantir coerência, qualidade e clareza.
  2. Planejem uma apresentação de até 10 minutos, tempo que cada grupo terá para sua apresentação.
  3. Filmes, vídeos ou músicas, entre outros recursos, tornam a apresentação mais agradável para a plateia. Lembrem-se de inserir esses recursos para exemplificar o tema.
    1. Organize os materiais necessários para sua apresentação: se for uma apresentação digital com slides, providencie o computador e um projetor, mas se optou por cartazes com esquemas ou infográficos, exponha-os de fórma que as pessoas possam ver.
    2. Lembre-se de apresentar os integrantes do grupo e o tema do seminário.

Apresentação do seminário

  1. A postura é muito importante em um seminário; por isso, o apresentador deverá permanecer de frente para a plateia e dirigir o olhar para todo o público.
  2. As falas das apresentações devem ser articuladas e em um tom de voz adequado.
  3. A apresentação deve ser organizada, expondo a ideia central e os argumentos que justificam, explorando as considerações sobre o tema e possíveis sugestões ou soluções.
  4. Apresentem o seminário quando vocês estiverem seguros do conteúdo e fiquem atentos ao tempo previsto.
  5. Estejam abertos para perguntas e deem os esclarecimentos necessários.
Fotografia. Seis pessoas vistas de costas, sentadas cada uma em uma cadeira. À frente delas, à esquerda uma mulher de cabelos encaracolados ruivos e blusa de cor rosa. Ela olha para a direita, em direção a um homem. Este é visto de costas e de frente para um flip chart. Ele tem cabelos castanhos, de blusa de mangas compridas em xadrez em branco, azul e vermelho.
Para apresentar o seminário é necessário ensaiar. Embora você não precise decorar o texto, ele não deve ser lido na apresentação.

Avaliação e recepção

  1. Ao final do seminário, distribuam uma avaliação aos espectadores para que possam dar opiniões sobre as apresentações e recepções dos recursos e conteúdos apresentados.
    1. Como o público interagiu durante os seminários? Foram feitas perguntas e/ou contestações de informação?
    2. Como a apresentação dos seminários foi avaliada?
    3. Os conteúdos foram considerados relevantes?
    4. Como os temas abordados influenciam o cotidiano das pessoas?
  2. Agora, reúnam-se para conversar sobre as apresentações, avaliando os pontos positivos e negativos e o que pode ser mudado em uma próxima vez.
    1. Todos participaram, desempenhando sua função?
    2. Cada um respeitou a função do outro nos ensaios e durante a apresentação do seminário?
    3. Houve problemas entre os colegas? Como vocês resolveram?
    4. A apresentação dos seminários saiu como vocês queriam? Expliquem.

CLUBE DO LIVRO

Chegou o momento de falar sobre o livro que você leu no segundo bimestre. Nesse meio tempo, você deve ter feito outras leituras nos momentos de lazer. Retome a ficha de leitura com as informações que você inseriu, para compartilhá-las com os colegas.

Relembrar

1. Traga para escola o livro que você leu e a ficha de leitura preenchida.

Se precisar, folheie o livro, releia alguns trechos, relembre os nomes dos personagens.

Fotografia. Uma mulher vista da cintura para cima, sentada de frente para mesa de cor bege. Ela tem cabelos crespos e armados, de blusa de mangas compridas em branco, caneta na mão direita, escrevendo sobre caderno, olhando para baixo. Perto dela, um notebook cinza aberto. À direita, vista parcial de folhas em verde. Ao fundo, à esquerda, vista parcial de estante em madeira de bege e branco.
Retome a sua ficha de leitura, as anotações e algum trecho de que você mais gostou para compartilhar com os colegas.

Apresentar e avaliar

  1. Junte-se a um colega e conte sobre o livro que você leu.
    1. Faça um resumo do enredo, com base nas anotações feitas na ficha de leitura.
    2. Caso considere interessante, mostre algumas imagens ou leia trechos para o colega, a fim de exemplificar alguns aspectos da história.
    3. Descreva algum trecho de que mais gostou ou que considera divertido.
    4. Ao final do resumo, dê sua opinião sobre o livro, explorando os pontos positivos e negativos.
  2. Agora é a vez do colega compartilhar a experiência de leitura.
    1. Ouça atentamente o resumo do livro que ele leu.
    2. Se quiser, faça perguntas e peça esclarecimentos sobre os trechos que não ficaram tão claros.
  3. Para concluir, crie uma avaliação sobre o livro que você leu, explicando ao colega se recomenda ou não a leitura e por quê.

Escolha da próxima leitura

Você está convidado a escolher um livro para sua próxima leitura. Pode ser um livro de aventura, um romance, uma coletânea de contos ou uma história em quadrinhos. Para este bimestre queremos que você escolha uma leitura que proporcione entretenimento e prazer.

Vá até a biblioteca da escola ou da cidade. Calmamente, percorra as diversas seções, selecione um livro, leia a orelha e/ou a quarta capa. Dê uma folheada, leia algum trecho. De repente, você vai encontrar o livro que mais prendeu sua atenção, que o transportará para outra realidade. Pronto, você foi fisgado. Divirta-se!

Fotografia. Em um local com vegetação em verde, garota à esquerda, de cabelos longos pretos, trançados, de camiseta branca. Ela olha para baixo, em direção ao livro, sorrindo. Mais, à direita, garoto de cabelos encaracolados em castanho, faixa em vermelho sobre a cabeça, de camiseta amarela, sorrindo e olhando para a esquerda. Ele segura nas mãos um livro de capa em verde. Ao fundo, árvores de folhas em verde.
Normalmente, a leitura por prazer está associada à leitura de literatura. Permita-se ficar entretido com um livro literário.

Para o próximo Clube do livro

5. Aproveite a leitura! E lembre-se de preencher as informações para compartilhar com os colegas ao final do bimestre.

Após a leitura, você vai complementar a sua ficha de leitura com aspectos que registrem sua percepção do livro, do prazer da leitura e o quanto ela contribui ou não na sua transformação como leitor.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

1. Observe este infográfico sobre a abelha.

Infográfico. Seis fotos conectadas:  
1 – Uma abelha de tamanho médio de corpo em amarelo e par de asas translúcidas no dorso. 
2 – Uma abelha em amarelo e preto, sobre uma flor de pétalas em amarelo-claro.  
3- Colmeia, estrutura em tom de amarelo com furos e no entorno e com várias abelhas. 
4 – Uma colmeia com partes em marrom-escuro e duas abelhas em amarelo e preto. 
5- Uma pessoa vista parcialmente, de roupa branca e luvas em amarelo, segurando na mão esquerda, um caixote em marrom com muitas abelhas. Ao fundo, céu em azul-claro. 
6- Um recipiente redondo com mel marrom dentro e perto, uma colher de madeira redonda por onde é derramado o mel. À direita, pedaços de favo, estruturas em bege-claro.
  1. Qual é o assunto do infográfico?
  2. Descreva cada uma das etapas do infográfico.
  3. Crie um título para o infográfico.
  1. Faça um texto de divulgação científica que contextualize o infográfico.
    1. Escreva a introdução ou um texto que motive o leitor a ler.
    2. Desenvolva o texto com informações que ajudem a conscientizar as pessoas sobre a importância das abelhas e o risco de elas desaparecerem.
    3. Descreva os fatores que estão contribuindo para a diminuição das abelhas.
    4. Faça um fechamento com dados e informações da região em que vive sobre a diminuição e o risco observados.
    5. Você pode escolher imagens da sua região ou de uma fonte que pesquisou. Não se esqueça de criar a legenda da imagem e colocá-la próxima do parágrafo que ela complementa.

3. Leia o texto em destaque na ficha técnica a seguir.

Infográfico. Friesella schrottkyi (Friese) Mirim-preguiça Fotografia. Abelha de corpo de tamanho médio, com a cabeça para frente e par de antenas e corpo coberto por pelos marrons. Fotografia. Colmeia arredondada em bege-claro e ao redor, abelhas. Fotografia. Abelha descrita anteriormente com a cabeça para a esquerda, com par de antenas e sobre o dorso, par de asas em marrom. Fotografia. Abelha com a cabeça para frente, par de antenas e ao redor, patas finas em tons de marrom. Fotografia. Abelha vista de costas, corpo arredondado marrom-escuro e sobre o dorso, par de asas translúcidas. Ilustração. Mapa do Brasil em cinza, com estados do sudeste e do Paraná em destaque em laranja. Fotografia. Abelha vista frontalmente, com a cabeça para a esquerda, par de antenas e no dorso, par de asas translúcidas com as pontas arredondadas. Fotografia. Abelha vista de cima para baixo, de corpo em marrom-escuro, com par de asas em branco e à esquerda, cabeça achatada e par de asas. Texto em destaque. Aspectos gerais: Operárias vivem cerca de trinta dias. As forrageiras saem de seus ninhos por volta das nove horas ou quando a temperatura ambiente atinge cerca de vinte e um graus. O maior número de forrageiras no campo ocorre entre dezesseis e dezessete horas. Comumente, as operárias fecham a entrada do ninho ao anoitecer. As rainhas virgens podem ser aprisionadas em câmaras reais.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DAS ABELHAS – ABELHA. Fichas catalográficas das espécies relevantes para a meliponicultora: série 1. abre colchetesem localfecha colchete, centésima2015-2020. Disponível em: https://oeds.link/C1WuEt. Acesso em: 18 junho 2022.

  1. Que tempo e modo verbal predominam nessa ficha técnica?
  2. Justifique o uso dêsse tempo e modo.
  3. A palavra “comumente” é formada por composição ou derivação? Por quê?

4. Agora, leia mais um trecho da notícia “Comércio ilegal de abelhas na internet é ameaça a espécies”.

Para ele [Carvalho], além de ações por parte do govêrno, com fiscalizações e conscientização e ação conjunta da comunidade científica e da comunidade em geral, uma fórma de combater o comércio ilegal é conscientizando os próprios criadores.

“Eu trabalho com meliponicultoresglossário há muitos anos, vejo que a lei veio e eles ainda não se adaptaram. Vejo que a principal fórma é a educação dos meliponicultores para o problema, para que entendam que eles são as principais vítimas, porque as próprias colônias deles podem sofrer com a inclusão de parasitas no ambiente onde estão fazendo seus negócios. Trazer os meliponicultores para o nosso lado é muito importante”, defende o pesquisador.

  1. Na palavra “ilegal”, ocorre derivação ou composição?
  2. No segundo parágrafo, em que tempo e em que modo estão os verbos “veio” e “adaptaram”?
  3. Nesse mesmo parágrafo, por que o verbo “entender” é utilizado no presente do subjuntivo?

VAMOS COMPARTILHAR

Revista científica

Objetivo

  1. Que tal montar uma revista científica infantojuvenil? Com os colegas e o professor, organizem-se para começar a produção.
  2. A revista será composta dos textos de divulgação científica que vocês escreveram.

Planejamento

  1. Façam o planejamento da elaboração da revista.
    1. Qual será o nome da revista?

Lembrem-se de que o nome tem que se relacionar com assuntos da ciência.

  1. Qual é o objetivo de fazer essa revista?
  2. Como será organizada? Por temas, por exemplo?
  3. Qual será o público-alvo da revista e onde ela vai circular?
  4. Ela será impressa ou digital?
  5. Como ela será divulgada?
  6. Como será a divisão das tarefas?
  7. Que recursos tecnológicos serão necessários para construir a revista e organizar os textos?
  8. Ela será doada à biblioteca e/ou disponibilizada on-line?

Estrutura

4. Para apoiar as decisões, pesquisem em revistas impressas e digitais e sáites de divulgação científica para descobrir como se organizam.

Fotografia. Vista do alto de local com uma mesa de madeira. Cinco pessoas sentadas de frente para ele. Da esquerda para a direita: pessoa de cabelos pretos, de blusa de mangas compridas em marrom, com lápis amarelo na mão esquerda sobre tablet preto. Mais ao centro, uma menina de cabelos pretos lisos amarrados para trás, de blusa azul e ao lado, menina de cabelos pretos divididos ao meio, de blusa de mangas compridas em vermelho-escuro, com o braço direito esticado para frente, mão sobre teclado de notebook. Na ponta da direita, uma menina de cabelos castanhos penteados para trás, de blusa de mangas compridas amarela e perto dela, pessoa de cabelos pretos, blusa de mangas compridas em verde, segurando na mão um lápis sobre caderno de página em bege.
Na pesquisa digital, é possível ver diferentes recursos que o meio permite, como índices remissivos, hiperlinks, interação, QR Codes e outros.
  1. Observem os elementos que estruturam uma revista.
    1. Elas têm partes ou subtítulos?
    2. Como será a capa da revista?
    3. Existe sumário ou índice com os títulos e páginas? Na versão digital, eles são remissivos?
    4. Como entra o crédito das pessoas que produziram e suas funções?
    5. Onde entrarão as referências bibliográficas das fontes de pesquisa?
  2. Agora, classifiquem os textos de divulgação científica que produziram, respeitando as categorias e os títulos que criaram.
  3. Releiam os textos que vocês produziram e selecionem os termos científicos que apresentam mais dificuldade de compreensão. Eles serão colocados em um glossário ao final da revista, com os respectivos significados.

Produção

  1. Definida a estrutura, chegou o momento de planejar e montar a revista.
  2. Digitem os textos utilizando um editor e processador de texto. Os textos digitados servirão tanto para a versão impressa quanto para a digital.
  3. Na versão digital, é preciso definir o programa que utilizarão e o formato da revista, que pode ser um slide show, um blogue, entre outros. O formato influencia a estrutura e a diagramação que farão.

Diagramação é a técnica de distribuir texto e imagem na página de modo harmônico, que contribua para passar a informação ao leitor. Criem títulos organizadores e chamativos.

  1. Para organizar a revista, lembrem-se de:
    1. numerar as páginas para facilitar a organização e a distribuição do conteúdo;
    2. decidir como será a capa e as imagens que farão parte dela;
    3. reservar o verso da capa para escrever o nome dos colaboradores dos textos e da produção da revista;
    4. na última página, após o glossário, deixar espaço para as referências bibliográficas utilizadas durante toda a pesquisa e a produção dos textos de divulgação científica;
    5. escolher dois ou três colegas da turma para fazer o sumário da revista;
    6. no caso da revista impressa, fazer várias cópias, se possível;
    7. pedir ao professor que faça um texto introdutório, explicando todo o processo, desde a escrita dos textos até a produção da revista.
  2. Com a revista pronta, organizem uma exposição para compartilhar com toda a comunidade escolar e, se quiserem, com os familiares. Divirtam-se!

Glossário

colapso
: destruição de uma estrutura, de um sistema.
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colônia
: conjunto de seres vivos da mesma espécie que vivem junto.
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pesticida
: substância utilizada no combate a pragas.
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âmbar
: substância dura produzida por pinheiros que existiram tempos atrás.
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meliponicultor
: pessoa que se dedica à criação de abelhas sem ferrão.
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