UNIDADE 8  Lenda e cordel

As propostas desta unidade foram desenvolvidas em quatro etapas que se relacionam. Acompanhe!

Ilustração. Um menino negro com o corpo da cintura para baixo em um redemoinho cinza e da cintura para cima, vê-se o corpo dele. Ele tem cabelos pretos, com um gorro vermelho sobre a cabeça dele, a língua para fora e com as palmas das mãos abertas, perto das bochechas.

EU SEI

Como os povos contam suas histórias?

Compreender o valor cultural das lendas indígenas e dos cordéis.

Ilustração. De frente para um rio de água em azul-claro, à direita, sobre a areia, uma mulher indígena sentada. Ela tem cabelos longos pretos, sem roupa, com um colar em amarelo sobre o pescoço e pernas cruzadas. À direita dela, um tuiuiú, pássaro de penas brancas, de parte em vermelho no pescoço, cabeça e bico comprido em preto. Mais atrás, na areia, outros tuiuiús, uma tartaruga pequena. Nas extremidades da esquerda e da direita, vegetação rasteira em verde, com outros animais. Ao fundo, grande quantidade de árvores de folhas verdes. No alto, céu em azul, com o sol visto parcialmente em laranja e contorno em amarelo. Na ponta superior, à direita, dois pássaros sobrevoando de penas em vermelho e branco, com bico fino preto. Perto deles, várias borboletas sobrevoando.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Lenda indígena

Compreender os elementos da lenda indígena, o contexto de produção e sua circulação.

Capítulo 2 – Cordel

Compreender os elementos do cordel, o contexto de produção e sua circulação.

Xilogravura. Dois homens sentados em um banco em local aberto. Eles usam o mesmo tipo de roupa: chapéu arredondado, camisa de gola de mangas compridas, calça, sapatos pretos. Eles seguram nas mãos um violão e em volta, notas musicais. À direita, vegetação rasteira, um cacto. Na parte superior, à direita, lua redonda com crateras.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e ampliação da aprendizagem.

Fotografia. À frente, duas crianças sentadas de frente para uma mesa em bege, cada uma segurando um livro nas mãos. À esquerda, menina de cabelos pretos, divididos ao meio, em chuquinhas, de blusa de mangas curtas, listrada em rosa e branco e capa do livro nas mãos em azul-claro. À direita, menino de cabelos pretos, de camiseta em azul e segurando livro de capa em amarelo. Ao fundo, um menino loiro, visto parcialmente, para a esquerda. Ele tem cabelos castanhos lisos, com camiseta listrada em branco e azul-claro. Ele está com as mãos sobre livros organizados em uma estante grande em marrom.

VAMOS COMPARTILHAR

Apresentação de final de ano

Promover a interação dos estudantes com a comunidade escolar por meio da divulgação das lendas pesquisadas.

EU SEI

Como os povos contam as histórias?

As lendas indígenas são textos de tradição oral que se relacionam com aspectos como o amor, o medo, a origem de vários elementos da natureza, a existência, os desafios da vida e as perdas pela morte e o renascimento.

Mistério, fantasia e seres sobrenaturais estão presentes nas narrativas, em histórias contadas de geração em geração. Assim como outras linguagens artísticas, as lendas também refletem a cultura e os costumes de povos e seus ideais.

Nos dias de hoje, a literatura indígena chega a nós por meio de textos contados pelos próprios indígenas, mostrando a pluralidade cultural do nosso país.

Ilustração. Uma sereia, mulher com o corpo metade humano e metade para baixo como peixe. Ela tem cabelos longos em castanhos lisos, sem blusa e parte igual peixe, de nadadeira em azul-claro. Ela está sentada sobre uma planta aquática em verde, de formato arredondado e segura nas mãos, uma estrutura azul na vertical.
A lenda da Iara tem origem no povo tupi-guarani. Uma jovem indígena, admirada por ser uma grande e bela guerreira, causava inveja em seus familiares, que tentaram acabar com sua vida. Ela acabou sendo salva pelos peixes do rio, e a lua cheia, penalizada, transformou-a em sereia.
Ilustração. Uma serpente de tamanho médio de cor verde no dorso e na parte interna em bege-claro. Sobre o dorso dela, chamas em laranja, com a boca aberta e língua vermelha para fora e dois dentes afiados na parte superior e na parte inferior. Na parte inferior do rabo, corpo contorcido.
Boitatá é uma serpente de fogo que protege os animais da floresta. A lenda tem diferentes versões, e, em uma delas, ela se transforma em uma árvore em chamas para queimar os invasores que querem destruir a floresta.
Ilustração. Um boto cor-de-rosa, animal de tamanho médio, corpo longo similar a um golfinho, de focinho longo. Ele está com o corpo para a direita, parte inferior contorcida.
Na lenda do boto cor-de-rosa, esse ­animal, que vive nos rios amazônicos, transforma-se, nas noites de festa junina, em um belo rapaz que seduz as ­jovens bonitas para ter filhos.
Ilustração. Um menino negro com o corpo da cintura para baixo em um redemoinho cinza e da cintura para cima, vê-se o corpo dele. Ele tem cabelos pretos, com um gorro vermelho sobre a cabeça dele, a língua para fora e com as palmas das mãos abertas, perto das bochechas.
A lenda do saci-pererê é mais conhecida na região Sul do Brasil e sofre influência das culturas africana e indígena. O saci é um ser que vive nas florestas e é conhecido por suas travessuras.
Ícone. Atividade oral.
  1. Descreva as imagens e conte o que você sabe sobre elas.
  2. Na sua opinião, por que as pessoas contam as lendas de geração em geração?
  3. As imagens ilustram lendas do folclore brasileiro. Quais outras você conhece?

EU VOU APRENDER Capítulo 1

Lenda indígena

Ícone. Atividade oral.
  1. Que elementos você espera encontrar no texto de uma lenda indígena?
  2. Leia o título da lenda a seguir. Na sua opinião, qual deve ser o assunto do texto?
  3. Agora, faça uma leitura silenciosa da lenda.

A lenda dos diamantes

Há muito tempo, vivia às margens de um rio uma tribo de índios onde morava um casal muito feliz, Itagibá e Potira. Itagibá significa “braço forte” e ele era um guerreiro destemido. Potira, cujo nome quer dizer “flor”, era uma índia jovem e formosa.

Viviam todos tranquilos até que um certo dia começou a guerra contra uma tribo vizinha. Itagibá teve que partir para a luta. Despediu-se com tristeza da esposa querida e seguiu com os outros guerreiros. Potira não derramou uma só lágrima, mas seguiu, com os olhos cheios de pesar, a canoa que conduzia o esposo até que ela desaparece no curso do rio.

Passaram-se muitos dias sem que Itagibá voltasse para sua tribo.

Todas as tardes, a índia esperava a volta de seu amado, sentada à margem do rio ouvindo o cricrilar dos grilos, o canto das aves e o ruído das folhas com a brisa que batia. Permaneceu serena e confiante na esperança de que Itagibá voltaria logo.

Finalmente, Potira foi informada de que seu esposo havia morrido como um herói e jamais regressaria. Potira chorou muito e derramou muitas lágrimas. Vencida pelo sofrimento, Potira passou o resto de sua vida à beira do rio, chorando sem cessar. Suas lágrimas puras e brilhantes misturam--se com as areias brancas do rio. Tupã, o deus dos índios, transformou as lágrimas de Potira em diamantes, daí a razão pela qual são sempre encontrados entre os cascalhos dos rios e regatos.

QUEIROZ, Tânia Dias; GRILLO, Leila Maria. A lenda dos diamantes. ín: QUEIROZ, Tânia Dias; GRILLO, Leila Maria. Origami e folclore. São Paulo: Êxito, 2003. p. 49-52.

4. Observe a imagem a seguir. Que elementos estão representados nela? Que relação pode ser feita entre a imagem e a lenda?

Ilustração. De frente para um rio de água em azul-claro, à direita, sobre a areia, uma mulher indígena sentada. Ela tem cabelos longos pretos, sem roupa, com um colar em amarelo sobre o pescoço e pernas cruzadas. À direita dela, um tuiuiú, pássaro de penas brancas, de parte em vermelho no pescoço, cabeça e bico comprido em preto. Mais atrás, na areia, outros tuiuiús, uma tartaruga pequena. Nas extremidades da esquerda e da direita, vegetação rasteira em verde, com outros animais. Ao fundo, grande quantidade de árvores de folhas verdes. No alto, céu em azul, com o sol visto parcialmente em laranja e contorno em amarelo. Na ponta superior, à direita, dois pássaros sobrevoando de penas em vermelho e branco, com bico fino preto. Perto deles, várias borboletas sobrevoando.
Ilustração de valdermar de Andrade e Silva, da obra Lendas e mitos dos índios brasileiros.

5. A imagem é de autoria de valdermar de Andrade e Silva, artista plástico, escritor e pesquisador brasileiro. Leia o texto sobre o autor.

reticências

valdermar pintor, se inspirou e começou a passar para a tela tudo aquilo que via. Não escapou à sua sensibilidade a vida bucólicaglossário do silvícola. As feições serenas das suas figuras mostram bem as gentes xinguanas.

reticências

Sem escola de arte, movido apenas pela intuição e sensibilidade artística, valdermar vem se projetando entre os melhores primitivistas do país.

reticências

Nos quadros de valdermar, a mata completa o cenário. As largas florestas, quando vistas do alto, se apresentam como uma grande planície ondulada. O verde das copas vai-se tornando mais escuro nas partes mais baixas da ondulação. Essas nuances não escaparam ao pincel do artista.

Orlando Villas Bôas

SILVA, valdermar de Andrade e. Lendas e mitos dos índios brasileiros. quarta edição São Paulo: éfe tê dê, 2015. página 10, 11 e 53.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

  1. Escreva os nomes dos personagens principais da lenda e algumas das suas características, conforme o texto.
  2. Qual é o significado dos nomes dêsses personagens?
  3. Como era a vida deles e o que aconteceu para mudar isso?
  4. O que aconteceu com Itagibá? Qual foi a reação de Potira?
  5. Releia este trecho da lenda.

Passaram-se muitos dias sem que Itagibá voltasse para sua tribo.

Todas as tardes, a índia esperava a volta de seu amado, sentada à margem do rio ouvindo o cricrilar dos grilos, o canto das aves e o ruído das folhas com a brisa que batia. Permaneceu serena e confiante na esperança de que Itagibá voltaria logo.

Finalmente, Potira foi informada de que seu esposo havia morrido como um herói e jamais regressaria.

  1. O que Potira fazia enquanto esperava a volta do marido? Ela demonstrava aflição ou não? Explique por quê.
  2. Identifique e escreva a sequência descritiva dêsse trecho.
  3. Nesse trecho, podemos perceber a noção de tempo?
  1. Qual é a função dos marcadores de tempo no texto?
  2. Ao saber que seu amado havia morrido, como Potira reagiu?
  3. Releia este trecho do texto. Que relação se pode estabelecer com o título da lenda?

Suas lágrimas puras e brilhantes ­misturam-se com as areias brancas do rio. Tupã, o deus dos índios, transformou as lágrimas de Potira em diamantes, daí a razão pela qual são sempre encontrados entre os cascalhos dos rios e regatos.

Ilustração. À frente, um rio com água em tons de verde e perto, pedras pequenas. Ao fundo, local com vegetação rasteira em verde e flores de pétalas vermelhas, árvores com troncos longos e na parte superior, folhas em verde. Entre as árvores, vê-se céu em azul-claro.
  1. As lendas geralmente misturam acontecimentos fantásticos com elementos que poderiam ser reais.
    1. Que acontecimento fantástico é descrito nessa lenda?
    2. Nessa lenda, há elementos ou seres que poderiam ter existência real? Em caso afirmativo, qual ou quais?
  2. Para você, as lendas são sempre iguais ou podem apresentar variações? Por quê?
  3. Copie e complete com termos adequados esta explicação sobre lendas.

Lenda é uma história transmitida pela

espaço para resposta.

 através das gerações. Combina fatos 

espaço para resposta.

e históricos com expressões de fantasias, medos, dúvidas e elementos 

espaço para resposta.

que estão no imaginário de um povo.

Ícone. Atividade em dupla.

12. Faça com um colega uma leitura compartilhada do texto a seguir, que é outra versão da mesma lenda. Depois, conversem coletivamente sobre as questões.

potira

As lágrimas eternas

Tupi

A linda e meiga potira amava o jovem valente chefe da aldeia, o guerreiro Itajibá, o braço de pedra. Ambos se encontravam frequentemente nas areias brancas do rio, onde permaneciam durante horas admirando a natureza e trocando juras de amor, enquanto aguardavam o casamento.

Um dia, a aldeia foi atacada por inimigos, e Itajibá partiu para a luta.

Ansiosa, potira esperava sua volta, caminhando às margens do rio.

Muito tempo depois, os guerreiros regressaram, informando à jovem que o chefe havia morrido. Inconsolável, potira voltava todos os dias à praia, chorando sua grande perda. Sensibilizado, Tupã, o Deus do Bem, transformou suas lágrimas em diamantes. Assim, as águas levavam suas preciosas pedrinhas até a sepultura do guerreiro, como prova de seu eterno amor.

SILVA, valdermar de Andrade e. potira. ín: SILVA, valdermar de Andrade e. Lendas e mitos dos índios brasileiros. quarta edição São Paulo: éfe tê dê, 2015. página 52-54.

  1. Existem semelhanças entre as duas versões? Em caso afirmativo, quais?
  2. Que elementos ou fatos são diferentes? Expliquem.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Período composto por coordenação adversativa

Responda às questões no caderno.

1. Releia este trecho da “Lenda dos diamantes”.

Viviam todos tranquilos até que um certo dia começou a guerra contra uma tribo vizinha. Itagibá teve que partir para a luta. Despediu-se com tristeza da esposa querida e seguiu com os outros guerreiros. Potira não derramou uma só lágrima, mas seguiu, com os olhos cheios de pesar, a canoa que conduzia o esposo até que ela desaparece no curso do rio.

  1. A que classe gramatical pertence as palavras em destaque?
  2. Que valor semântico a primeira palavra em destaque introduz entre as orações?
  3. Com relação à segunda palavra em destaque, você consegue identificar o valor semântico que ela introduz entre as orações por ela ligadas? Em caso afirmativo, explique.
Versão adaptada acessível

Atividade 1.

  1. A que classe gramatical pertence as palavras "e" e "mas"?
  2. Que valor semântico a palavra "e" introduz entre as orações?
  3. Com relação à palavra "mas", você consegue identificar o valor semântico que ela introduz entre as orações por ela ligadas? Em caso afirmativo, explique.

As conjunções coordenativas adversativas estabelecem uma relação de contraste ou oposição entre as orações. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto e senão. Há também locuções conjuntivas adversativas, por exemplo: no entanto. Ao conectarem duas orações, essas conjunções costumam ser precedidas de vírgula.

2. Leia a tirinha a seguir.

Tirinha. Composta por três quadros. Apresenta como personagens: Begofredo, um sapo de cor laranja, com detalhes em amarelo, de roupa e calça em azul e jaleco em branco, de par de tênis em cinza. Outro sapo em verde, detalhes em amarelo na cabeça, com olhos em azul, usando blusa de frio e sapatos em vermelho, de calça azul-claro. As cenas se passam em uma cozinha com armário e uma geladeira em branco. Q1 – À esquerda, Begofredo, com o corpo para a direita, mãos na cintura, olhando para o sapo verde. Este o olha com o cenho franzido, segurando na mão direita um liquidificador cinza com líquido dentro em marrom. Ele diz: PERAÌ BEGOFREDO... VOCÊ MEXEU NO NOSSO LIQUIDIFICADOR... MAS CHAMOU DE... ELEVADOR. Q2 – Begofredo segurando na mão direita um controle de cor cinza, apertando um botão vermelho dele e com uma luz em verde na parte superior. Ele diz: É QUE EU PROVIDENCIEI ALGUMAS FUNCIONALIDADES EXTRAS! Q3 – Begofredo olha com os dentes cerrados para o outro sapo, segurando o controle. À direita, o sapo verde, com o liquidificador explodido, com o líquido marrom que vai até o teto e faz o barulho de: SPLASH. O líquido está esparramado no rosto do sapo verde, de olhos bem abertos.

DOURADO, Rafael. Sapo Brothers. São Paulo, [20--]. Disponível em: https://oeds.link/bsyIeO. Acesso em: 8 julho 2022.

  1. Por que Begofredo teria mudado o nome do liquidificador para “elevador”?
  2. Na fala do primeiro quadrinho, que relação se estabelece entre as duas orações ligadas pela conjunção “mas”?
  3. Caso quiséssemos tirar as reticências presentes nas duas orações, como esse período seria escrito?

3. Leia, a seguir, o trecho de uma matéria.

Conheça a pipoca feita com as sementes da vitória-régia

A vitória-régia é uma das maiores plantas aquáticas do mundo – chega a medir 3 métros de diâmetro. O que pouca gente sabe é que essa planta típica da Amazônia tem diversos usos na culinária. É possível até preparar pipoca com as sementes da vitória-régia, que parecem muito com a pipoca tradicional ou até mesmo com a pipoca de sorgo.

reticências

Plantas Alimentícias não Convencionais (pânqui – escreve-se sem o S, mesmo no plural) é uma sigla utilizada para plantas que têm potencial alimentício, porém não são consumidas, pelo menos não em larga escala, ou não em determinada região, sendo que muitas delas são cultivadas somente por pequenos produtores e em escala doméstica.

reticências

Grande parte das pânqui são rústicas, ou seja, dificilmente são atacadas por pragas e necessitam de pouco cuidado, mas atenção, isto não é uma regra, assim como qualquer outra planta, algumas necessitam de ambiente ideal para seu desenvolvimento. Outras se desenvolvem em qualquer ambiente, porém em condições adequadas têm uma melhor produção.

reticências

EMÍLIO. Conheça a pipoca feita com as sementes da vitória-régia. Clube da Pipoca, abre colchetesem localfecha colchete, 12 abril 2022. Disponível em: https://oeds.link/A49RHJ. Acesso em: 8 julho 2022.

  1. Você tinha conhecimento da curiosidade relatada na notícia? Em caso negativo, o que achou dessa possibilidade de consumo?
  2. As conjunções destacadas são coordenativas adversativas. Explique a ideia que cada uma delas traz no contexto em que foram utilizadas, com base nas informações veiculadas no texto.
  3. Caso substituíssemos essa conjunção por “mas”, haveria mudança no sentido? Seria necessário modificar algo na pontuação? Por quê?
Versão adaptada acessível

Atividade 3, item b.

As conjunções "porém" e "porém" são coordenativas adversativas. Explique a ideia que cada uma delas traz no contexto em que foram utilizadas, com base nas informações veiculadas no texto.

ORTOGRAFIA

Grafia de palavras homônimas: trás e traz

Responda às questões no caderno.

1. Leia esta lenda.

A lenda da vitória-régia

Os pajés Tupis-Guaranis acreditavam que a Lua era um guerreiro audacioso, forte, valente e belo. Nas noites de luar ele desce à Terra, por trás das serras. reticências

Havia uma índia jovem e bonita chamada Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo. Sabendo que a Lua era um guerreiro, por ele se apaixonou. Todas as noites, por muito tempo, ela subia as colinas e perseguia a Lua na esperança de que a visse e a transformasse em estrela. Porém, a Lua não notava a sua presença e Naiá chorava de tristeza.

Uma noite, Naiá chegou à beira de um lago e viu nas águas a imagem da Lua refletida. Ficou radiante! Acreditando que a Lua veio buscá-la, atirou-se nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista.

Penalizada com o destino da bela índia, a Lua recompensou seu sacrifício, transformando-a em uma estrela diferente, numa “Estrela das águas”, que é a planta vitória-régia.

A vitória-régia é uma planta cujas flores perfumadas e brancas abrem-se somente à noite, recebendo em sua corola rosada os raios amarelos do seu amado.

Fotografia. Vista geral de local com rio em tons de verde e várias plantas com o formato arredondado de cor verde e linhas finas com bordas para cima. Ao centro, uma planta menor e parte à esquerda com pétalas em branco.
As flores da vitória-régia abrem somente à noite.

QUEIROZ, Tânia Dias; GRILLO, Leila Maria. A lenda da vitória-régia. ín: QUEIROZ, Tânia Dias; GRILLO, Leila Maria. Origami e folclore. São Paulo: Êxito, 2003. página 59-60.

  1. Você já conhecia a lenda da vitória-régia? Em caso afirmativo, como você tomou conhecimento dessa lenda?
  2. De acôrdo com a lenda, por que as flores da vitória-régia se abrem apenas à noite?
  3. No trecho Nas noites de luar ele desce à Terra, por trás das serras. reticências”, o que a palavra em destaque significa?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, item c.

No trecho “Nas noites de luar ele desce à Terra, por trás das serras. [...]”, o que a palavra "trás" significa?

As palavras homônimas são aquelas que apresentam a mesma escrita (homógrafas) ou a mesma pronúncia (homófonas). No caso das palavras trás e traz, elas são denominadas homófonas, pois apresentam a mesma pronúncia, porém são diferentes na escrita.

  • Trás: é uma palavra que se refere a lugar e fórma locuções adverbiais, pois sempre é acompanhada de uma preposição. Geralmente é utilizada como sinônimo de atrás, após. Exemplo:   Não sei o que está por trás daquela porta.
  • Traz: é uma conjugação do verbo trazer no presente do indicativo (3ª pessoa do singular) ou no imperativo afirmativo (2ª pessoa do singular). Exemplos:   Todos os dias, ele traz um livro diferente.   Traz esse lápis logo, menino!

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Composta por dois quadros. Apresenta como personagem, Recruta Zero, homem com chapéu, camiseta de gola e calça em azul e par de sapatos em laranja. Um sargento, homem de cabelos finos em preto. Q1 – Dentro de um local com uma porta à esquerda, Recruta Zero, de frente para a porta, diz: VOU AO ARMAZÉM. À direita, o sargento sentado de frente para uma mesa marrom diz: UMAS COISINHAS PRA MIM? Q2 – Recruta Zero com o corpo para a esquerda, caminhando e levando um carrinho de compra com vários alimentos dentro e ele pensa: COISINHAS PRO SARGENTO É COISA DEMAIS PRA MIM. À direita, vista parcial de local de paredes em rosa e vitrina por onde vê-se vegetais verdes.

WALKER, Mort. Recruta Zero. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 2 abr. 2022. Caderno 2, p. C6.

  1. A primeira palavra da fala do sargento foi retirada propositalmente. De acôrdo com o contexto, a lacuna deve ser preenchida com trás ou traz? Justifique.
  2. Por que o sargento teria empregado o diminutivo na palavra “coisas”?
  3. O que as aspas indicam na fala do Recruta Zero?

3. Identifique as frases que devem ser completadas com trás e as que devem ser completadas com traz.

a. Ao sair, verifique se não deixou nada para 

espaço para resposta.
.

b. Quase sempre, ele

espaço para resposta.
algo para lanchar com a família.

c. A entrada deve ser feita pela porta de 

espaço para resposta.
do salão.

d. Quando você voltar do Rio de Janeiro, me

espaço para resposta.
uma lembrança?

e. Não gósto de pessoas que falam por

espaço para resposta.
.

PESQUISA DE LENDAS

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade oral.
  1. Na sua família, os adultos costumam contar lendas?
  2. Você conhece alguma lenda que é comumente contada pelas pessoas da região em que você vive? Comente com os colegas.

Objetivo

3. Vocês farão uma pesquisa sobre as lendas que são contadas na região em que vivem.

Ilustração. Um lobisomem grande, em pé, com o corpo para a direita. Ele tem pelos ao redor do corpo de cor cinza-escuro, focinho fino, garras finas nas patas dianteiras e traseiras, com o corpo ereto, como bípede. Em segundo plano, árvores com muitas folhas. No alto, céu azul-escuro, com nuvens e uma lua redonda branca.
Algumas lendas são conhecidas em várias regiões com diferentes versões. Uma delas é a lenda do lobisomem, presente no folclore brasileiro e no latino-americano.

Pesquisa

  1. Pesquisem em livros de literatura, coletâneas de lendas, jornais e revistas impressos ou digitais, ou em sáites.
  2. Alguns artigos, estudos e teses feitos por especialistas, instituições e universidades de sua região podem ajudar na pesquisa e análise documental.
  3. Como as lendas podem refletir a cultura e os costumes de povos e seus ideais? Façam uma entrevista sobre o assunto com familiares, professores e especialistas para ajudar a fazer um levantamento sobre as lendas da região. Sigam as instruções do professor.
  4. É importante tentar identificar alguns aspectos sobre as lendas, como origem, veiculação, o público que as compartilham e outras informações que podem ser obtidas sem a análise do documento ou por meio de uma leitura superficial dele.

Analisem também as entrevistas para identificar esses aspectos.

8. Depois, é preciso analisar o texto das lendas, buscando compreender a narrativa e identificar aspectos que remetam à cultura da região.

Organizando os dados da pesquisa

9. Criem um quadro com o levantamento das lendas que já conseguiram identificar na região em que vivem. A quantidade de vezes em que o nome de uma das lendas é citado nas pesquisas ou entrevistas fortalece a hipótese de fazer parte da cultura.

Formule a hipótese

10. Ao escolher as versões das lendas, vocês precisam delimitar a hipótese que será objeto de estudo da pesquisa, o que ajudará a selecionar as fontes e os documentos de validação.

Análises

  1. Selecionem as diferentes versões da mesma lenda e comecem a análise, uma por vez, analisando e comparando o discurso conforme as orientações a seguir.
    1. Organizem novamente um quadro ou um esquema com as informações que descobriram sobre as lendas: títulos, origens, autoria, como foram veiculadas, se são lendas urbanas ou da tradição indígena, o perfil do público que as contam, entre outros.
    2. Comece com a análise dos significados, estabelecendo a relação entre partes de um texto e seu significado, tal como compreendidos pelo emissor ou pelo público-alvo.
    3. Estabeleçam um tema de análise (uma palavra, um conceito, uma figura de linguagem, um personagem) e verifiquem suas recorrências, se é empregado com o mesmo significado ao longo do texto e com qual frequência ocorre.
    4. Em seguida, procedam a uma análise dos signos e dos códigos com o objetivo de identificar as relações que têm entre si e com as linguagens de origem. Por exemplo, Tupã associa-se às crenças do Deus dos indígenas, do Deus do bem, relacionando a mensagem expressa a um elemento do gênero textual, a presença de elementos místicos.

Lembrem-se de registrar as fontes e as referências bibliográficas que utilizaram durante toda a pesquisa.

Conclusão e avaliação

  1. Organizem as informações que descobriram e que apresentam confiabilidade e construam a conclusão da pesquisa, descrevendo o contexto da pesquisa e a validação ou não da hipótese inicial.
  2. Se acharem interessante, criem fichas ou cartazes com as informações de cada lenda que conseguiram comprovar que faz parte da cultura da região.
  3. Com a pesquisa sobre as lendas registrada, avaliem a participação e todo o processo de pesquisa da turma.
  4. Combinem com os colegas e o professor como podem compartilhar os trabalhos.

Decidam qual é o melhor meio de divulgação e compartilhamento, de acôrdo com o público-alvo que vocês escolheram. Vamos nos organizar na seção Vamos compartilhar!

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Cordel

Ícone. Atividade oral.
  1. Você sabe o que é literatura de cordel e por que recebe esse nome?
  2. Que características você conhece dêsse gênero textual?
  3. Alguns cordéis são ilustrados com xilogravuras. Você conhece esse tipo de gravura? Já viu alguma parecida com a da página seguinte?
Versão adaptada acessível

Atividade 3.

Alguns cordéis são ilustrados com xilogravuras. Você conhece esse tipo de gravura? Conhece alguma parecida com a da página seguinte?

4. Leia o cordel a seguir. Antes, leia o título e explique o que você entendeu.

Um cordel sobre o cordel

Modalidade: sextilha

Um cordel sobre o cordel

Eu pretendo apresentar.

É uma arte versejada

Da cultura popular

Que nasceu lá no Nordeste

Para o mundo apreciar.

São as rimas de cordel

Encaixadas nas sextilhas

Nos martelos e galopes

Nas oitavas e setilhas.

Que encantam muito mais

Do que as setes maravilhas.

O cordel só é aceito

Com os versos bem rimados.

Cada verso bem medido

Todos bem metrificados.

Assim manda a tradição

Dos poetas inspirados.

É na fórma de folhetos

Que ele tem sua tradição

Porém hoje outras fórmas

Temos de publicação

Como livros e internet

E outras tantas que virão.

O cordel pode conter

Alguns temas atuais

Ou histórias inventadas

Ou mil causos naturais

Pois os versos do cordel

Contam isso e muito mais.

O folheto nordestino

É uma arte genial.

E a origem dêsse nome

Provém lá de Portugal.

Esse nome porque era

Pendurado no varal.

Pendurar os folhetinhos

Não é nossa tradição

Ora iam em barbantes

Ora em bancas ou no chão.

O barbante não foi regra

Do poeta do sertão.

 

O cordel era vendido

Lá nas feiras do Nordeste

Lá no Brejo ou Cariri

No Sertão ou no Agreste.

Hoje está pelo Brasil

Desde o Norte até o Sudeste.

 

O cordel vendido em feiras

Precisava entonação.

Pra história ficar boa

E chegar ao coração

Corpo e voz tinham que ter

Uma grande expressão.

 

Pra dizer um bom cordel

Tem que ser bem inspirado

Pois ninguém aguenta ouvir

Um cordel desanimado.

Mas o verso fica lindo

Quando é bem declamado.

Vejam só qual é a técnica

Dos poetas do Sertão

Que paravam sua história

Num momento de emoção

Para o povo então comprar

Seu folheto campeão.

 

E assim muitos poetas

As famílias sustentaram.

Com a venda dos folhetos

Muitos lucros aumentaram.

Porém hoje, os folhetos

Novos passos conquistaram.

 

O cordel hoje é presente

Lá nas feiras culturais

Faculdade e escolas

E também outros locais.

Todo mundo abriu as portas

Para os versos naturais.

Xilogravura. Em preto e branco. Um casal ao centro, à esquerda, homem de chapéu, terno e cabelos escuros e de braços dados com uma mulher de cabelos curtos, vestes longas e um buquê de rosas na mão direita. À esquerda do casal, quatro pessoas de chapéu de cangaceiro, arredondado, tocando instrumentos: sanfona, pratos e um com um microfone na mão. À direita do casal, três outras pessoas com o mesmo tipo de chapéu cangaceiro e tocando instrumentos: pandeiro, sanfona e tambor. Na parte superior, vê-se metade do rosto das pessoas, uma ao lado da outra, cactos e na ponta da esquerda, pontas do sol.
A literatura de cordel também é conhecida como folheto ou literatura popular em verso.

OBEID, César. Um cordel sobre o cordel. ín: OBEID, César. Desafios de cordel. São Paulo: éfe tê dê, 2009. p. 10-13.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

  1. Qual é o assunto dêsse cordel?
  2. Explique, com suas palavras, o que é o cordel e qual é sua origem.
  3. Conte quantas estrofes há nesse cordel e quantos versos compõem cada estrofe.
    1. Logo abaixo do título há uma pista sobre o número de versos. Que pista é essa?
    2. Todo cordel tem sempre seis versos em cada estrofe? Copie do texto a estrofe que explica a resposta.
  4. Releia esta estrofe do cordel.

O cordel só é aceito

Com os versos bem rimados.

Cada verso bem medido

Todos bem metrificados.

Assim manda a tradição

Dos poetas inspirados.

  1. Que características do gênero a estrofe explora?
  2. Que palavras rimam nessa estrofe?
  3. Em quais versos você identificou as palavras que rimam?
  1. Conforme o texto, que temas são comumente utilizados nos cordéis? Qual estrofe dá essa informação?
  2. Releia esta outra estrofe.

É na fórma de folhetos

Que ele tem sua tradição

Porém hoje outras fórmas

Temos de publicação

Como livros e internet

E outras tantas que virão.

  1. Qual é o assunto abordado nessa estrofe?
  2. Onde tradicionalmente o cordel é publicado? E atualmente?
  3. O que o último verso prevê?
  1. Qual é a origem do nome cordel?
  2. Em que região do Brasil o cordel é bem presente na cultura?
  3. Como os folhetos são expostos?
  4. Releia estas estrofes.

O cordel vendido em feiras

Precisava entonação.

Pra história ficar boa

E chegar ao coração

Corpo e voz tinham que ter

Uma grande expressão.

 

Pra dizer um bom cordel

Tem que ser bem inspirado

Pois ninguém aguenta ouvir

Um cordel desanimado.

Mas o verso fica lindo

Quando é bem declamado.

  1. Qual é o assunto abordado nessas estrofes?
  2. Para quem esses versos dão dicas?
  3. No verso “Pois ninguém aguenta ouvir”, a quem a palavra “ninguém” se refere?

11. O autor, em uma estrofe, diz qual é a técnica para envolver o ouvinte. Transcreva a estrofe e explique o que compreendeu.

Na sua opinião, podemos considerar que essa é uma estratégia publicitária para envolver o ouvinte? Explique.

12. Transcreva a estrofe que explica onde o cordel está presente atualmente. Depois, discuta com os colegas o que vocês compreenderam sobre esse gênero textual.

Para ampliar

Cordel África. César Obeid. São Paulo: Moderna, 2014.

Os cordéis dêsse livro levam o leitor a uma viagem pela cultura dos povos que vieram do continente africano e acabaram por se mesclar ao nosso país, adquirindo dimensões próprias. Conhecer as influências dessas culturas contribui para acabar com preconceitos que persistem em nossa sociedade.

Capa de livro. Ao centro, dois homens de tons em azul, levando uma mulher sentada em acento, carregado por hastes pelos homens. A mulher em tons de vermelho, com um leque na mão direita. À esquerda, um cachorro em vermelho virado para a esquerda. Ao fundo, cinco pessoas em pé, uma perto de um animal quadrúpede. Mais atrás, prédios e casas em tons de branco e azul e mais à direita, prédios em tons de amarelo e vermelho. Na parte superior, título do livro e nome do autor.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Coesão referencial: sintetização

Responda às questões no caderno.

1. Releia este trecho de “Um cordel sobre o cordel”.

O cordel pode conter

Alguns temas atuais

Ou histórias inventadas

Ou mil causos naturais

Pois os versos do cordel

Contam isso e muito mais.

O folheto nordestino

É uma arte genial.

E a origem desse nome

Provém lá de Portugal.

Esse nome porque era

Pendurado no varal.

 

Pendurar os folhetinhos

Não é nossa tradição

Ora iam em barbantes

Ora em bancas ou no chão.

O barbante não foi regra

Do poeta do sertão.

Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a e b.

  1. O que as palavras e as expressões "isso", "folheto nordestino", "desse nome", "Esse nome" e "os folhetinhos" têm em comum?
  2. Na primeira estrofe, a que classe gramatical pertence a palavra "isso"? Como essa palavra se classifica?
  1. O que as palavras e as expressões destacadas têm em comum?
  2. Na primeira estrofe, a que classe gramatical pertence a palavra destacada? Como essa palavra se classifica?
  3. Qual é a função dessa palavra no contexto em que foi utilizada?
  4. A que se referem as expressões “o folheto nordestino” e “os folhetinhos”? Por que foram utilizadas?
  5. As expressões “esse nome” e “dêsse nome” referem-se a que nome? Caso substituíssemos o pronome “esse” pelo pronome “este”, o sentido seria o mesmo? Por quê?
Fotografia. Na parte superior, bandeirolas coloridas penduradas uma ao lado da outra em verde, azul, rosa e amarelo. Ao fundo, em outros varais, livros de literatura de cordel, a maioria com ilustração em xilogravura.
Tradicionalmente, os cordéis são publicados em folhetos.

No 6º ano, você estudou a coesão; agora, vamos exercitar mais um pouco esse fator indispensável à construção de bons textos, que cumprem seu papel comunicativo. Antes, é necessário relembrar esse conceito. Para isso, vamos a mais uma atividade.

2. Leia a tirinha a seguir.

Tirinha. Composta por quatro quadros. Apresenta como personagens: Charlie Brown, menino com um fio de cabelo preto à frente, camiseta de gola amarela com listra na horizontal em preto, calça azul e sapatos marrons. Outro menino de cabelos pretos finos, de casaco e sapatos em vermelho e calça em azul. Snoopy, cachorro de pelos brancos com partes em preto, gorro de aviador na cabeça em marrom, par de óculos de aviador em cinza e cachecol em vermelho. Q1 – O menino de casaco vermelho, em pé, com o corpo para a direita, de frente para a entrada de uma casa, vista parcialmente, em marrom. Ele diz para Charlie Brown, visto parcialmente na entrada: PRECISO DE SUA AJUDA, CHARLIE BROWN. Ao fundo, chão coberto por neve em branco. Q2 – O menino de casaco vermelho, visto dos ombros para cima, fala: QUANDO O PAPAI NOEL TROUXER O MEU CACHORRO, VOU TER QUE APRENDER COMO CUIDAR DELE. Q3 – Os dois meninos caminham para a direita, dentro de um cômodo com paredes em amarelo e passagem em marrom à direita. O menino de casaco vermelho fala: SE VOCÊ ME MOSTRAR O QUE DÁ PARA O SEU CACHORRO COMER E ONDE ELE DORME, TALVEZ EU APRENDA ALGUMA COISA. Q4 – À esquerda, o menino de casaco vermelho, visto da cintura para cima, corpo para a direita, onde está Snoopy. Ele está sentado, com o corpo para a esquerda e pensa: O QUE AQUELE GAROTO ESTÁ FAZENDO NA PISTA? Ao fundo, vegetação rasteira em verde e acima, céu em azul-claro.

SCHULZ, Charles M. Minduim. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 3 jul. 2022. Caderno 2, p. C6.

  1. Em que consiste o humor da tirinha?
  2. No segundo quadrinho, a que se refere a palavra “dele”, que aparece na fala do amigo de Charlie?
  3. No terceiro quadrinho, podemos dizer que a palavra “ele”, também presente na fala do amigo, refere-se ao mesmo elemento? Por quê?
  4. A que classe gramatical pertence essa palavra? Como ela se classifica?
  5. No terceiro quadrinho, imagine que o amigo de Charlie quisesse utilizar outra palavra para se referir ao elemento retomado pela palavra “ele”. Que palavra ele poderia usar? Como ficaria a fala do garoto nesse caso?
  1. Agora que você já realizou duas atividades que tratam da coesão, explique com suas palavras o conceito dêsse termo.
  2. Leia as manchetes a seguir.

Família encanta a internet ao compartilhar dia a dia com seus lobos híbridos

CÂMARA, Ana Carolina. Família encanta a internet ao compartilhar dia a dia com seus lobos híbridos. Amo meu Pet, Rio Grande do Sul, 9 julho 2022. Disponível em: https://oeds.link/0Xk1W5. Acesso em: 9 julho 2022.

Comemore o Dia da Pizza, neste domingo (10), conhecendo sua história e curiosidades

SOUZA, Edi. Comemore o Dia da Pizza, neste domingo (10), conhecendo sua história e curiosidades. Folha de Pernambuco, Recife, 9 julho 2022. Disponível em: https://oeds.link/yzigav. Acesso em: 9 julho 2022.

Versão adaptada acessível

Atividade 4, itens a até c.

  1. Como se classificam as palavras "seus" e "suas"?
  2. A que elementos do texto elas se referem?
  3. Que outra palavra poderíamos usar para indicar essas mesmas relações?
  1. Como se classificam as palavras destacadas?
  2. A que elementos do texto elas se referem?
  3. Que outra palavra poderíamos usar para indicar essas mesmas relações?
  1. Agora, sintetize os principais tipos de pronome que nos auxiliam a tornar nossos textos mais coesos.
  2. Leia um trecho deste cordel.

Nas asas da leitura

Neste Cordel falarei

Sobre meu melhor amigo,

Que me ajuda a encontrar

Lazer, trabalho e abrigo.

Desde meus primeiros anos,

Ele é parte dos meus planos

E segue sempre comigo.

 

Leio livro em minha cama,

Em ônibus, metrô ou trem,

Em navio ou avião,

Ou mesmo esperando alguém.

Leio para o povo ouvir

Leio para transmitir

A riqueza que ele tem.

reticências

 

Há quase seis mil anos

A Ásia surpreendeu,

Pois, criando o alfabeto

A escrita apareceu.

Veja só que linda ação,

Foi aí dessa união

Que nosso livro nasceu.

Xilogravura. Em preto e branco. Vários livros empilhados um sobre o outro.

SENNA, Costa. Nas asas da leitura. ín: SENNA, Costa. Cordéis que educam e transformam. São Paulo: Global, 2012. página 49-56.

  1. Em que parte da vida do narrador se deu seu primeiro contato com os livros? Justifique com um trecho do texto.
  2. Na primeira estrofe, a quem o pronome “ele” se refere?
  3. E na segunda estrofe, que elemento do texto essa palavra retoma?
  4. Que ideia do texto a expressão “dessa união” retoma?

7. Com base em todas as atividades realizadas até aqui, responda: além dos pronomes possessivos, que outro recurso podemos utilizar para manter a coesão do texto?

8. Leia o texto a seguir.

A história da xilogravura de cordel: o papel da técnica na essência da arte

Antes de saber como aconteceu a história da xilogravura de cordel é preciso entender o que esse gênero significa. O cordel é uma tradição que chegou ao Brasil por meio de Portugal e se caracteriza por um tipo de literatura que começou oralmente para disseminar notícias para aqueles que não tinham acesso a elas.

O uso da técnica de xilogravura criou e propagou a literatura de cordel. Afinal, sua produção era simples e seu custo bastante baixo. Logo, foi fundamental para sustentar a tradição e manter fortes as raízes das histórias e das pessoas que as contavam.

reticências

De fórma simples, a xilogravura é uma técnica em que o artista entalha a madeira, pinta as suas partes elevadas e, por fim, pressiona a madeira em papel ou tela. reticências

Ao escrever e imprimir suas histórias, a xilogravura nordestina e o cordel se tornaram um só elemento e, assim, se transformaram em uma linguagem de expressão, contando e documentando uma história.

reticências

Apesar de ter mudado, a xilogravura nordestina ainda mantém as raízes fortes do sertão. Assim, replica e cria suas histórias.

reticências

Xilogravura. Em preto e branco. À esquerda, um cacto coberto por espinhos. À direita, um boi com par de chifre e no alto, um pássaro sobrevoando para a direita, entre nuvens e um par de borboletas. Mais à direita, uma flor no solo.
A xilogravura e o cordel se tornaram um só elemento e representam uma parte importante da nossa cultura.

AGÊNCIA PAPOCA. A história da xilogravura de cordel: o papel da técnica na essência da arte. LAART, 21 junho 2019. Disponível em: https://oeds.link/4yJCLc. Acesso em: 9 julho 2022.

  1. De acôrdo com o texto, o que facilitou a divulgação da xilogravura e, consequentemente, do cordel?
  2. A técnica em questão apresenta uma forte ligação com determinada região do Brasil. Qual é essa região?
  3. Identifique os elementos referenciados pelas palavras e expressões em destaque.
Versão adaptada acessível

Atividade 8, item c.

Identifique os elementos referenciados pelas seguintes palavras e expressões: "esse gênero", "elas", "sua", "as", "suas" e "suas".

ORALIDADE

Peleja

Ícone. Atividade oral. 
Ícone. Atividade em dupla.

1. Você sabe o que é uma peleja? Converse com um colega e formulem uma hipótese.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Locutora: A peleja do boto cor-de-rosa com a sereia Iara        

Locutora: Nada mais brasileiro do que a literatura de cordel nordestino, não é mesmo? Agora imagine um cordel sobre dois personagens de lendas folclóricas brasileiras da região Norte: O Boto e a Iara! Isso sim é que é a representação da nossa identidade nacional.

Mas, antes de ouvir a peleja, vale lembrar que a literatura de cordel é uma manifestação popular muito representativa no Nordeste brasileiro.

De herança portuguesa, os versos são escritos em folhetos e apresentados em uma espécie de varal. É daí que vem o nome cordel. E eles têm uma linguagem mais informal, popular mesmo, para tratar de assuntos locais e da cultura da região.

Acompanhe agora o texto ‘A peleja do boto cor-de-rosa com a sereia Iara’, de autoria de Alexandre de Morais.

Boto [voz masculina] e Sereia [voz feminina]

Numa tarde de domingo

Após uma chuva fina

O rio corria manso         

Acompanhando a neblina

Para se entregar ao mar

E cumprir a sua sina

[...]

Era o cenário perfeito

Para o Boto cor-de-rosa

Aparecer pelas margens

Todo solto, todo prosa

E aproximar-se das moças

De forma mais glamourosa

 

Só que também era hora

Da bela Sereia Iara

Surgir nas pedras do rio

E ainda na tarde clara

Apresentar aos rapazes

Sua beleza tão rara

 

Surgiu então um conflito

Entre o Boto e a Sereia

Cada qual queria só

Dominar rio e areia

E assim deu-se entre os dois

Uma briga muito feia

 

Disse o Boto: — Vá embora

Que esse rio é todo meu!

Disse ela: — Nada prova

Que ele seja todo seu

Se quiser saia você

Que aqui quem manda sou eu

[...]

Mas o boto retornou

Para tudo resolver

Disse: — Daqui um de nós

Tem que desaparecer

E a peleja aconteceu

Como agora vamos ver

 

Boto — Dona Sereia, você

É bem atraente e bela

Tem um canto encantador

Que grande atração revela

Mas não moro numa casa

Com mulher mandando nela

 

Sereia — Na verdade sou aquela

Que encanta todo ambiente

Você também é bonito

Muito forte e atraente

Mas não queira por ser homem

Ser melhor nem diferente

[...]

Boto — Que direito você tem

De querer julgar a mim

Cada um tem o seu jeito

E o meu jeito é assim

Já acho que essa conversa

Tá precisando ter fim

 

Sereia – Ah, seu Boto, agora sim

Fizeste boa proposta

Porque conviver com brigas

Ninguém deve, ninguém gosta

Pra selar nossa amizade

Te convido pr’uma aposta

 

Boto – pois ‘sim’ é minha resposta

Quero acabar essa briga

A mãe natureza ensina

Não devemos ter intriga

Diga qual é a aposta

Diga logo minha amiga

 

Sereia – A aposta é muito antiga

Porém diverte um bocado

Vamos juntos mergulhar

Nos mantendo lado a lado

E ganhando quem passar

Maior tempo mergulhado

 

Boto – Adoro ser provocado

E adoro competição

Uma aposta deste tipo

Eu nunca abro mão

Mas me responda: — O que ganha 

Quem se tornar campeão?

 

Sereia – A maior premiação

Será a nossa amizade

Nosso tempo aqui nas margens

Reduzirá à metade

Sendo assim nós poderemos

Ficar só e à vontade

 

Boto – Então vamos, na verdade

Um acordo assumir

Em um dia vou vir eu

No outro você vai vir

E assim nós não mais teremos

Razão para discutir

 

Sereia – Vamos também decidir

Que precisamos nos ver

Quem sabe todos os sábados

Logo após ao amanhecer?

Tenho certeza que assim

Bons amigos vamos ser

 

Disse o Boto: — Que prazer

Ter conversado contigo.

Já a Sereia: — Que bom

Poder te ter como amigo.

E os dois conviveram bem

Como irmãos num só abrigo

 

Dão o boto e a Sereia

Um exemplo de respeito

Outro dia ouvi dizerem

Um pensamento perfeito:

— Bem que os humanos podiam

Conviver do nosso jeito!

Locutora: E aí? Do que você mais gostou? Da lenda, dos versos ou dessa junção dos dois?

Locutora: Créditos: Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound. O texto “A peleja do boto cor-de-rosa com a sereia Iara”, de autoria de Alexandre de Morais, foi extraído do livro de mesmo nome, publicado em 2012 pela editora Suinara.

2. Leia este cordel e descubra como foi a peleja entre dois personagens de lendas indígenas.

A peleja do Boto cor-de-rosa com a Sereia Iara

Numa tarde de domingo

Após uma chuva fina

O rio corria manso

Acompanhando a neblina

Para se entregar ao mar

E cumprir a sua sina

reticências

Era o cenário perfeito

Para o Boto cor-de-rosa

Aparecer pelas margens

Todo solto, todo prosa

E aproximar-se das moças

De fórma mais glamourosa

Só que também era hora

Da bela Sereia Iara

Surgir nas pedras do rio

E ainda na tarde clara

Apresentar aos rapazes

Sua beleza tão rara

 

Surgiu então um conflito

Entre o Boto e a Sereia

Cada qual queria só

Dominar rio e areia

E assim deu-se entre os dois

Uma briga muito feia

Disse o Boto: — Vá embora

Que esse rio é todo meu!

Disse ela: — Nada prova

Que ele seja todo seu

Se quiser saia você

Que aqui quem manda sou eu

reticências

Ilustração. Um boto cor-de-rosa, animal com o corpo de formato similar a um golfinho, com o dorso em rosa, parte inferior do corpo em rosa-claro e branco, olhos em azul, sobrancelhas e um bigode pequeno em preto. Sobre a cabeça, um chapéu branco, com faixa ao meio em rosa. Ao redor do corpo, bolhas em cinza.
O boto cor-de-rosa é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro.

Mas o boto retornou

Para tudo resolver

Disse: — Daqui um de nós

Tem que desaparecer

E a peleja aconteceu

Como agora vamos ver

Boto — Dona Sereia, você

É bem atraente e bela

Tem um canto encantador

Que grande atração revela

Mas não moro numa casa

Com mulher mandando nela

Sereia — Na verdade sou aquela

Que encanta todo ambiente

Você também é bonito

Muito forte e atraente

Mas não queira por ser homem

Ser melhor nem diferente

Boto — Que direito você tem

De querer julgar a mim

Cada um tem o seu jeito

E o meu jeito é assim

Já acho que essa conversa

Tá precisando ter fim

 

Sereia — Ah, seu Boto, agora sim

Fizeste boa proposta

Porque conviver com brigas

Ninguém deve, ninguém gosta

Pra selar nossa amizade

Te convido pr’uma aposta

Boto — Pois ‘sim’ é minha resposta

Quero acabar essa briga

A mãe natureza ensina

Não devemos ter intriga

Diga qual é a aposta

Diga logo minha amiga

Sereia — A aposta é muito antiga

Porém diverte um bocado

Vamos juntos mergulhar

Nos mantendo lado a lado

E ganhando quem passar

Maior tempo mergulhado

Ilustração. Uma pequena sereia sentada com o corpo para a esquerda, sobre um coral com ramificações em tons de azul, lilás e rosa. Ela tem cabelos em rosa-escuro para o alto, com uma presilha em branco, olhos fechados, top branco e parte inferior do corpo como cauda de peixe em azul e ponta em verde. Ao redor, pequenos peixes nadando em rosa e roxo. Ela sorri e está com as mãos sobre os joelhos.
De acôrdo com o folclore brasileiro, a sereia Iara vive no rio Amazonas.

Boto — Adoro ser provocado

E adoro competição

Uma aposta deste tipo

Eu nunca abro mão

Mas me responda: — O que ganha

Quem se tornar campeão?

Sereia — A maior premiação

Será a nossa amizade

Nosso tempo aqui nas margens

Reduzirá à metade

Sendo assim nós poderemos

Ficar só e à vontade

Boto — Então vamos, na verdade

Um acôrdo assumir

Em um dia vou vir eu

No outro você vai vir

E assim nós não mais teremos

Razão para discutir

 

Sereia — Vamos também decidir

Que precisamos nos ver

Quem sabe todos os sábados

Logo após o amanhecer?

Tenho certeza que assim

Bons amigos vamos ser

Disse o Boto: — Que prazer

Ter conversado contigo.

Já a Sereia: — Que bom

Poder te ter como amigo.

E os dois conviveram bem

Como irmãos num só abrigo

Dão o Boto e a Sereia

Um exemplo de respeito

Outro dia ouvi dizerem

Um pensamento perfeito:

— Bem que os humanos podiam

Conviver do nosso jeito!

Ilustração. Dentro da água de cor azul-claro, um boto cor-de-rosa, com o corpo para a direita.
Ilustração. A pequena sereia descrita anteriormente, com o rosto para a esquerda, olhos fechados, braços esticados e cauda para a direita. Sobre a cabeça dela, uma coroa de flores e ao redor dela, peixes coloridos nadando de cor roxa, azul, vermelha e rosa. Ao fundo, água em azul-claro.

MORAIS, Alexandre. A peleja do boto cor-de-rosa com a sereia Iara. São Paulo: Suinara, 2012. página 4, 6, 8, 16, 18, 20.

3. Releia a quarta estrofe e explique por que surgiu um conflito entre o Boto e a Sereia.

Surgiu então um conflito

Entre o Boto e a Sereia

Cada qual queria só

Dominar rio e areia

E assim deu-se entre os dois

Uma briga muito feia

  1. Para resolver o conflito, que aposta a Sereia sugeriu ao Boto? Localize no texto.
  2. Qual foi a solução para resolver o conflito?
Ícone. Atividade oral.

6. Releia a última estrofe e converse com os colegas sobre o que compreenderam dela.

Proposta

  1. Você e os colegas vão apresentar o cordel da peleja entre o Boto e a Iara. Preparem-se!
    1. Ensaiem as estrofes que cada um vai declamar.
    2. Memorizem os versos de cada estrofe.
    3. Falem em voz alta, com emoção e energia.
    4. A entonação deve dar ênfase ao ritmo e às rimas de cada verso.
    5. Providenciem imagens do Boto e da Iara para ajudar a identificar quem você representa.
  2. Releiam as estrofes do cordel das páginas 258 a 260 e vejam as dicas de como declamar.

Escreva, com suas palavras, o que é preciso fazer para que seu cordel seja bem declamado. Lembrem-se de que a expressão corporal e facial são importantes em uma declamação.

Apresentação e avaliação

  1. Agora, com os colegas e o professor, organizem o dia da apresentação. Não se esqueçam de convidar os colegas das outras salas e os familiares!
  2. Forme uma roda com os colegas. Conversem sobre as apresentações da peleja, os pontos positivos e os negativos e o que vocês fariam diferente em uma próxima vez.

VOCÊ É O AUTOR!

Escrita de lenda

1. Agora, você terá a oportunidade de escrever uma versão da lenda que escolher. Siga as orientações.

Seleção da lenda

  1. Com a ajuda do professor, você e os colegas da turma vão escolher uma lenda para criar uma nova versão dela. Vocês também podem contar a lenda em fórma de cordel, em versos.
  2. A lenda pode ser escolhida em uma consulta aos livros na biblioteca, aos livros disponibilizados pelo professor ou na pesquisa de lendas que fizeram da região. Lembre-se de que o texto que você escreverá é uma versão da lenda selecionada, portanto precisa manter alguma semelhança.
Ilustração. Nas bordas, estilo xilogravura em preto com pontinhos pequenos em branco e na parte superior, título: CORDEL. Mais abaixo, ilustrações de seis personagens: um boto com olhos fechados, bico para frente e chapéu sobre a cabeça. Uma mula sem cabeça, com chamas em amarelo no pescoço. Uma serpente contorcida, com chamas em laranja no dorso. Na parte inferior, uma sereia de olhos fechados e cauda para a direita. Um saci-pererê, menino negro, um gorro sobre a cabeça e bermuda em vermelho, se equilibrando com a perna direita. Um lobisomem, lobo bípede, com garras finas e afiadas e focinho fino.
Essas são algumas das lendas que fazem parte do folclore brasileiro: boto cor-de-rosa, mula sem cabeça, boitatá, sereia Iara, saci Pererê e lobisomem.

Planejamento

  1. Nesta etapa, você terá de tomar algumas decisões para definir, por exemplo: 
    1. a temática da lenda;
    2. o foco narrativo e o tipo de narrador;
    3. espaço, tempo (cronológico, no caso) e as ações (o que acontece dentro da história);
    4. o ou os personagem ou personagens;
    5. se haverá diálogo e quais personagens terão fala;
    6. como será a apresentação (situação inicial), o desenvolvimento e o final.
  2. Após o planejamento, faça um roteiro de escrita, listando todos os tópicos que você planeja escrever na introdução, no desenvolvimento e no final. Veja esta sugestão.
    Ícone modelo.
(Nome da lenda)

Introdução

Desenvolvimento

Final

  1. Considere mais alguns pontos:
    1. quem será o leitor, ou seja, o público-alvo;
    2. qual é o objetivo;
    3. em que meio a lenda será publicada.

Elaboração

  1. Para escrever, lembre-se da linguagem das lendas e observe, entre outros aspectos:
    1. as características e a estrutura do gênero;
    2. a descrição dos personagens, do cenário e do tempo;
    3. o uso de organizadores para dar sequência aos eventos e os marcadores que irão indicar tempo e espaço, por exemplo;
    4. o uso adequado dos recursos linguísticos e gramaticais disponíveis;
    5. elementos coerentes com a cultura da região de origem da lenda.

Lembre-se de usar: adjetivos para descrever personagens e cenários; marcadores de tempo; advérbios e locuções adverbiais para mostrar as circunstâncias e onde o evento ou as cenas acontecem (o espaço); figuras de linguagem; pontuação e ortografia corretas.

8. Depois de escrever, leia o texto para ver se ainda há algo a ser ajustado ou melhorado.

Revisão e edição

  1. Pronta a primeira versão, comece a etapa de revisão e edição.
    1. Troque o texto com um colega para que ele leia, revise e faça sugestões. 
    2. Para a revisão, utilize a pauta de revisão, listando os itens que devem ser conferidos durante a leitura.
    3. Verifique as sugestões apontadas pelo colega e faça os acréscimos, as reformulações e os ajustes que considerar necessários para melhorar ainda mais o texto.
    4. Se possível, digite a lenda, utilizando um processador e editor de texto. Você também pode ilustrá-la.

Apresentação e avaliação

  1. Com o professor e os colegas, organizem um evento para que todos possam compartilhar as lendas e conhecer o trabalho uns dos outros. O ano está acabando e podemos organizar uma apresentação da pesquisa e da versão da lenda que vocês escreveram!
  2. Após as apresentações, avaliem como foi o processo de produção para cada um, identificando pontos positivos e negativos e as melhorias que podem ser feitas em uma próxima vez.

CLUBE DO LIVRO

Durante este bimestre, trabalhamos com contos africanos, lendas indígenas e cordel, encontrados em meios impressos e digital.

Ilustração. Na parte inferior, solo em marrom-claro com listras em zigue-zague em preto. Mais acima, espirais em quadrado de cor vermelha em solo preto. Ao centro, um homem negro, alto, com o corpo para a esquerda, usando gorro e saiote de cor bege, colar branco e uma bolsa de lado de cor cinza sobre o ombro direito e segura uma lança na mão direita. Perto dele, três casas com telhado preto, triangular e uma árvore à direita. Em segundo plano, à esquerda, dois elefantes caminhando para a direita. À esquerda, um árvore. Mais ao fundo, morros. No alto, em tons de marrom-claro, céu, sol redondo branco e dois pássaros sobrevoando.
Os contos populares africanos fazem parte de uma cultura que envolve tradição oral, em que as histórias eram contadas para crianças e adultos, usando ilustrações coloridas e vivas. Muitos protagonistas das histórias são animais que costumam trazer ensinamentos morais e de sobrevivência.
Xilogravura. Uma mulher à esquerda, de mãos dadas dançando com o homem à frente dela. Ela tem cabelos pretos em uma trança, com vestido vermelho de mangas curtas e sapatos pretos. Ele tem cabelos pretos, de blusa de mangas compridas em laranja, calça e sapatos pretos, de chapéu marrom sobre a cabeça. Em segundo plano, à esquerda, morro e um cacto e à direita, uma igreja, casa e morro. No alto, céu com nuvens brancas e metade para cima, céu em azul-escuro com estrelas brancas e pequenas. Mais acima, dois varais com bandeirinhas pequenas coloridas em verde, rosa, azul, vermelho, laranja e amarelo.
O cordel é comum na cultura do Nordeste, com suas estrofes rimadas, desafios e repentes. Para declamar um bom cordel é preciso boa entonação de voz, expressão corporal adequada, uma apresentação inspirada.
Ilustração. Dois meninos idênticos, um ao lado do outro. Eles têm cabelos curtos em laranja, com olhos e saiote em verde, colar no pescoço, uma corda na diagonal do corpo e pés invertidos para trás. O menino da direita segura na mão direita, uma lança fina e boca fechada. O da esquerda, olha para frente sorrindo, com as duas mãos na cintura.
A lenda do curupira, um ser mítico que protege a floresta, é uma das mais conhecidas do folclore brasileiro. É bastante popular na região Norte do Brasil, sobretudo no Amazonas e no Pará.

Agora que chegamos ao fim do último bimestre do ano, é hora de compartilhar com os colegas as informações e avaliações do livro que você leu.

Relembrar

  1. Traga para escola o livro que você leu com a ficha de leitura preenchida. Se precisar, folheie o livro, releia alguns trechos, relembre os nomes dos personagens.
  2. Lembre-se de que, no bimestre passado, você organizou um esquema sobre o livro que leu, que também pode ajudá-lo na apresentação aos colegas.

Apresentar e avaliar

  1. Junte-se a um colega e conte sobre o livro que leu. Faça um resumo do enredo, baseado na ficha de leitura e no esquema que criou para apresentá-lo.
    1. Ao final de sua exposição, dê sua opinião sobre o livro, explorando os pontos positivos e negativos.
    2. Em seguida, ouça atentamente o resumo do livro que o colega leu. Se quiser, faça notas e peça esclarecimentos para os trechos que não ficaram tão claros.
    3. Para concluir, crie uma avaliação para o livro que você leu e explique aos colegas se recomenda ou não a leitura e por quê.

Preparação para a apresentação de final de ano

  1. Você criou o esquema do livro que leu. Chegou o momento de ensaiar para apresentá-lo à comunidade escolar e aos familiares.
    1. Antes, apresente-o aos colegas da turma, como uma espécie de ensaio.
    2. Depois, ouça os comentários e as contribuições dos colegas.
    3. Faça as melhorias que considerar necessárias.
  2. Combine com os colegas e o professor o dia e o local da escola em que acontecerá a apresentação do final de ano.
  3. Criem o convite e os cartazes para comunicar o evento à comunidade escolar e aos familiares.
  4. Para a montagem do final do ano, façam uma lista do que será preciso providenciar, como:
    1. mesas, murais ou locais de exposição dos livros, da pesquisa sobre lendas da região em que vivem, dos cartazes com os esquemas, das versões das lendas que escreveram e dos materiais produzidos no Clube do livro;
    2. espaço com cadeiras para a apresentação das lendas, pelejas ou leituras expressivas; pode ser a biblioteca ou um local aberto, desde que seja um ambiente agradável, propício para as apresentações;
    3. aparelho de som e microfones.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

1. Leia o texto a seguir.

Desafio das palavras invertidas

Modalidade: sextilha; última estrofe, setilha.

Poeta 1 Pra pegar este poeta

Sigo nesse itinerário

Quero ver se seu repente

Com o meu já fórma um páreo.

Das palavras “lavo” e “lava”

Diga rápido o contrário.

 

Poeta 2 – Sei brincar com ao contrário

Que meu verso é genial

A palavra “lavo” inverto

E transforma-se em “oval”

A palavra “lava” inversa

Não tem dúvida que é “aval”.

 

Poeta 1 – Seu repente foi legal

Mas eu quero te pegar

O contrário de “acenos”

Quero ver você rimar.

De “maré” inverta as letras

Só não pode se afogar.

 

Poeta 2 – Você tenta me pegar

Mas meu verso nunca breca.

Que o contrário de “acenos”

Minha rima diz “soneca”.

De “maré” resulta em “eram”

Minha fonte nunca séca.

 

Poeta 1 – Se sua rima nunca séca

Já inverta sem demora

As palavras “mela” e “ia”

E também a doce “amora”.

Ou você responde certo

Ou então desista agora.

 

Poeta 2 – Dá “aroma” o de “amora”

E de “mela” dá “além”

O contrário de “ia” é “ai”

Que não perco pra ninguém.

Mas agora eu pergunto

Pra testar você também.

 

Poeta 1 – Acho bom mudar

[também

Que sou fera quando inverto.

Só pergunto tudo certo

Só respondo com acerto

Que eu vou sair sorrindo

E você num grande aperto.

 

Poeta 2 – Eu te mando um

[desconserto

Porque sou bom cantador

Das palavras “rodo” e “aluna”,

Dê o contrário sem temor.

Não esqueça de rimar

O contrário de “ator”.

 

Poeta 1 – O de “rodo” é “odor”

De “ator” eu digo é “rota”

O de “aluna” é “anula”

Sempre dez é minha nota.

Você tenta me pegar

Mas eu fujo em cambalhota.

 

Poeta 2 – Hoje não teve derrota

E nem versos agredidos.

Poeta 1 – Sua rima é poliglota

E seus versos coloridos.

Poeta 1 e 2 – É melhor parar agora

Se ficar mais meia hora

Nós caímos invertidos.

OBEID, César. Desafio das palavras invertidas. ín: OBEID, César. Desafios de cordel. São Paulo: éfe tê dê, 2009. página 51-53.

Xilogravura. Dois homens sentados em um banco em local aberto. Eles usam o mesmo tipo de roupa: chapéu arredondado, camisa de gola de mangas compridas, calça, sapatos pretos. Eles seguram nas mãos um violão e em volta, notas musicais. À direita, vegetação rasteira, um cacto. Na parte superior, à direita, lua redonda com crateras.">
A literatura de cordel e o repente de viola são dois elementos da cultura popular brasileira.
  1. Na sua opinião, por que o texto recebeu esse título?
  2. Qual é o gênero textual dêsse texto?

Quantas estrofes e versos ele tem? Qual é a modalidade dele?

  1. Esse desafio constitui um repente. O que você sabe sobre repente?
  2. Nos versos “Seu repente foi legal / Mas eu quero te pegar”, como se classifica a conjunção em destaque? Que ideia ela introduz ao unir as duas orações?
Versão adaptada acessível

Atividade 5.

Nos versos “Seu repente foi legal / Mas eu quero te pegar”, como se classifica a conjunção "mas"? Que ideia ela introduz ao unir as duas orações?

Identifique no texto mais dois exemplos em que essa conjunção foi usada e com a mesma finalidade.

6. Leia esta tirinha.

Tirinha. Composta por três quadros. Apresenta como personagem, uma borboleta de cor marrom, de cabeça preta com par de asas em marrom. Q1 – Texto: LANÇAMENTO DO LIVRO. A borboleta marrom de cabeça preta, vista da metade do corpo para cima, sorrindo. Ela segura um livro branco na mão direita, com título em preto: MUDEI MINHA VIDA, e na parte inferior, uma lagarta de cor laranja. A borboleta diz: EU ERA UMA SIMPLES LAGARTA. Q2 – A borboleta vista de longe, com asas grandes, diz: MAS VIREI UMA BORBOLETA EXUBERANTE! Q3 – Vista do alto de uma sala com vários insetos perto um do outro. Uma lagarta verde, pergunta: ISSO NÃO ACONTECE COM TODAS AS LAGARTAS? À direita, a borboleta marrom, em cima de uma cadeira, de frente para uma mesa autografando um livro, diz: TIREM ESSE CARA DAQUI!

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Folha de São Paulo, São Paulo, 30 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/VESkrX. Acesso em: 9 julho 2022.

  1. Qual é a crítica nela presente?
  2. No segundo quadrinho, que informação o pronome “isso” retoma?

VAMOS COMPARTILHAR

Apresentação de final de ano

Organização

  1. Durante o bimestre, algumas atividades foram elaboradas para serem apresentadas no final do ano. São elas:
    1. os esquemas do Clube do livro e todas as propostas desenvolvidas nele para uma exposição, como os livros lidos pela turma, as fichas de leitura, os cartazes e outros materiais que considerarem interessante;
    2. as lendas e pesquisa das lendas produzidas na unidade, para apresentarem e exporem na Feira do livro;
    3. a peleja ou o desafio de cordel para uma apresentação de rima e encantamento para os ouvintes.
  2. Vocês trabalharam muito e agora poderão mostrar à comunidade escolar e aos familiares como progrediram durante o ano. Distribuam o convite e os cartazes que criaram para comunicar o evento à comunidade escolar e aos familiares.
  3. Durante o evento, tenham em mãos a programação das apresentações e a definição dos locais, para informar aos convidados.

Depois, se quiserem, podem organizar um livro de lendas para ser doado à biblioteca.

Montagem do evento

  1. Uma vez definidos os ambientes na escola para as exposições e apresentações, sigam estas orientações para a montagem do evento.
    1. Para expor os livros que vocês leram no decorrer do ano, utilizem um ambiente com mesas e/ou estantes. Pode ser um espaço da biblioteca, por exemplo.
    2. Para as apresentações das pelejas e das lendas, o espaço deverá ter cadeiras para que as pessoas possam se acomodar.
    3. Verifiquem o funcionamento do aparelho de som e dos microfones.
  2. Vamos organizar cada espaço pensando na sua funcionalidade e usos, começando pelo Clube do livro!
    1. Os materiais do Clube do livro são um convite para os colegas e familiares acompanharem toda a produção do ano e como vocês compartilharam as leituras.

b. Organizem as produções por bimestre, para mostrarem sua evolução e os gêneros textuais que foram explorados.

Fotografia. À frente, duas crianças sentadas de frente para uma mesa em bege, cada uma segurando um livro nas mãos. À esquerda, menina de cabelos pretos, divididos ao meio, em chuquinhas, de blusa de mangas curtas, listrada em rosa e branco e capa do livro nas mãos em azul-claro. À direita, menino de cabelos pretos, de camiseta em azul e segurando livro de capa em amarelo. Ao fundo, um menino loiro, visto parcialmente, para a esquerda. Ele tem cabelos castanhos lisos, com camiseta listrada em branco e azul-claro. Ele está com as mãos sobre livros organizados em uma estante grande em marrom.
Uma fórma de convidar as pessoas à leitura é criar um cantinho aconchegante para conhecer os livros que vocês leram, acompanhados das fichas de leitura, dos esquemas e cartazes. Nesse espaço, é preciso um pouco mais de silêncio, para que todos possam aproveitar a leitura.

Apresentação de final de ano

  1. O espaço para a apresentação das lendas pode ser o mesmo das pelejas ou desafios de repente, mas façam uma ambientação diferente para cada apresentação, para o público compreender a diferença de clima!
    1. Se for possível, tragam para esse momento o processo de pesquisa das lendas da região e os livros de lendas consultados para criar suas versões.
    2. Para a leitura das lendas, fiquem atentos à entonação, à postura, à interpretação e ao ritmo mais adequado para criar um clima relacionado com a história.
    3. Levem a folha em que escreveram a lenda para servir de apoio. Não é para ler!
    4. Organizem no espaço as lendas que vocês produziram por escrito. Não se esqueçam de identificar com etiquetas os nomes dos autores.

Novamente, as pessoas podem ser convidadas a ler depois das apresentações.

Relatos e avaliações

  1. Depois da apresentação do final de ano, chegou o momento de avaliar o evento.
    1. Relate aos colegas e ao professor como foi sua experiência. Avalie sua participação na organização e nas apresentações, apontando eventuais falhas e sucessos.
    2. Ouça o relato de experiência dos colegas, para saber se conseguiram apresentar o que prepararam.
  2. Conversem sobre como foi a participação da comunidade, bem como a reação da plateia.
  3. Para finalizar, apontem o que poderia ser melhorado em uma próxima ocasião. Quem sabe, no 8º ano...

Glossário

bucólico
: que faz parte da natureza, da vida natural.
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