UNIDADE 1  Poemas

As propostas do seu livro de Língua Portuguesa foram desenvolvidas em quatro etapas que se completam.

Poema visual. Título: Pôr do Sol. 
Ao centro, um círculo redondo amarelo e ao redor, frase: O que poderia ser mais belo do que nosso astro em rubro-amarelo na tangente do horizonte? Na parte inferior, à direita: assinatura: Fábio Bahia @poema.concreto.

EU SEI

Como os poemas expressam a cultura?

Compreender o valor cultural dos poemas e sua função social.

Fotografia. Um bicho-preguiça em um galho de árvore. Ele tem pelos marrons, cabeça achatada, olhos e focinhos escuros, com patas longas. Ele se segura com a pata dianteira direita no galho e com a outra, para a esquerda, onde veem-se as garras longas e finas de cor bege. Em segundo plano, outras árvores e folhas verdes.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Poema e cultura

Compreender as tradições e os valores culturais transmitidos pelos poemas.

Capítulo 2 – Poema visual

Compreender os elementos do poema visual, o contexto de produção e a circulação.

Respostas e comentários

UNIDADE 1

Poemas

Introdução

O foco desta unidade é o gênero textual poema, com ênfase no valor cultural e na função social que ele representa. Com isso, o estudante é convidado a ler e apreciar diferentes poemas para, então, seguir para a compreensão textual e para o estudo da estrutura que caracteriza esse gênero de texto.

Compreender as tradições e os valores culturais transmitidos pelos poemas é um dos objetivos da unidade e será apresentado principalmente no Capítulo 1 com a reflexão sobre como os poemas expressam a cultura. Ler e apreciar, interpretar o conteúdo, refletir sobre os diferentes sentidos e significados, identificar as características e os elementos que compõem o poema são tarefas propostas com a intenção de ampliar o conhecimento dos estudantes sobre o gênero textual, e isso inclui o estudo das figuras de linguagem como metonímia, antítese, hipérbole, assonância, aliteração, entre outras.

Outro destaque da unidade é o trabalho com o poema visual, envolvendo os elementos que o compõem, o contexto de produção e a circulação. O recurso gráfico dialoga com o texto, ampliando o sentido para além das palavras, convida o estudante a observar como as palavras estão dispostas, a assistir, a refletir e a acompanhar o movimento, o desenho, o som e as imagens criadas na composição do poema. Destaca-se também o desenvolvimento da oralidade no trabalho de leitura e interpretação do poema visual e o estudo do eu lírico.

O processo de aprendizagem tem início com a apreciação dos poemas, passa pela reflexão e interpretação dos versos e imagens, aprofunda o conhecimento sobre o gênero buscando apresentar as estruturas e figuras de linguagem e culmina no convite à criação e ao compartilhamento das produções.

Competências gerais da Educação Básica

  1. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
  2. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
  3. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

Cartaz na vertical. Na parte superior, fotografia do rosto de uma menina indígena. Ela tem cabelos longos com franja, escuros e lisos. Sobre a cabeça dela, uma faixa trançada em vermelho e, mais acima, um cocar visto parcialmente em verde. Ela tem pinturas em laranja, na horizontal, perto dos olhos e sorri. Ao fundo, local com vegetação verde. Na parte inferior, texto: EM UM MUNDO DE DIFERENÇAS ENXERGUE A IGUALDADE.  
O Brasil tem 31 milhões de crianças negras e indígenas. A maioria sofre com a discriminação racial, sem ter acesso à educação, à saúde e ao desenvolvimento. Ajude a mudar essa realidade. Contribua para uma infância sem racismo. Participe desta campanha. Acesse: www.unicef.org.br
Na parte direita, logotipos.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e ampliação da aprendizagem.

Composição de ilustração com fotografia. Estrutura similar a um robô pequeno de cor cinza, com pernas e braços em preto. Ele segura nas mãos um papel de cor bege-claro com texto em preto: NAVEGANHO. Essa palavra se repete abaixo dela mesma, mas de cabeça para baixo. Acima, onde seria a cabeça, um RG pendurado de cor verde e contornos em bege. Ao fundo, parte em cinza-escuro e acima, em cinza-claro.

VAMOS COMPARTILHAR

Videopoema

Promover a interação dos estudantes com a comunidade escolar por meio da divulgação dos videopoemas produzidos.

Respostas e comentários
  • A avaliação é contínua e formativa e oferece aos estudantes a oportunidade de refletir sobre seu desempenho e de reformular respostas com base nas discussões em grupo e nas intervenções do educador.
  • Aspectos da cultura indígena são discutidos com base na leitura de diferentes poemas que revelam um importante trabalho com os Temas Contemporâneos Transversais no eixo do Multiculturalismo, prezam pelo respeito à diversidade cultural e pela valorização das matrizes históricas e culturais do Brasil.
  • Ao final da unidade, os estudantes trabalharão em grupos, usando recursos tecnológicos para produzir um videopoema e expô-lo a outras turmas da comunidade escolar.
  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Para dar início ao trabalho com o gênero textual poema, coloque a palavra “poema” no centro da lousa. Peça aos estudantes que pensem no sentido e no significado dessa palavra para cada um. Deixe que falem livremente o que pensam e sabem sobre o assunto e, à medida que forem falando, coloque outras palavras ao redor da palavra central, construindo uma impressão coletiva. É possível que palavras como “amor” e “rima” apareçam na fala deles como uma representação das ideias iniciais sobre o gênero textual e sobre o que povoa o imaginário de muitos a respeito da função romântica do poema.
  • Depois da roda de conversa, vale perguntar se eles conhecem poemas, se costumam lê-los e se sabem trechos de memória. Estimule-os a apresentar aos colegas alguns poemas. É possível que apareçam cantigas infantis como poemas cantados e que todos guardam na memória por serem rimados e de frases curtas e repetidas. Deixe que a memória de infância povoe o momento de abertura dêsse gênero textual em sala de aula.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

  1. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como fórma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as fórmas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

Temas Contemporâneos Transversais (tê cê tê)

  • Diversidade cultural.
  • Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
  • Educação ambiental.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ó dê ésse)

  1. Redução das desigualdades.

15. Vida terrestre.

EU SEI

Como os poemas expressam a cultura?

Ao ler um poema, principalmente em voz alta, conseguimos perceber as escolhas das palavras feitas pelo poeta para criar o ritmo e a melodia do texto. Ou seja, um poema não reúne apenas letras e palavras: ele também tem musicalidade.

Assim como outras linguagens artísticas, os poemas também refletem a cultura e os costumes de povos e seus ideais.

Como se sabe, as inovações tecnológicas repercutem na organização do pensamento humano e na estrutura das relações sociais. Consequentemente, esses avanços modificam as fórmas de produção artística, permitindo que surja um novo fazer poético, influenciado pelos suportes computacionais e midiáticos. Isso exige dos leitores um olhar diferente e novos modos de ver, ler, ouvir e sentir a poesia.

As imagens a seguir mostram alguns dêsses novos fazeres poéticos.

Composição de fotografia com ilustração. Captura de tela. Contorno retangular em bege-claro. Na parte superior e inferior, duas faixas em amarelo. Na ponta da esquerda, uma das faixas com texto: Coçar. Na parte inferior, faixa com texto: Unhar. Ao centro, imagem similar a uma mão com luva branca em um palco. No pulso dela, laço de cor laranja e para baixo, dois dedos na vertical e os outros para trás. Ao redor, hastes na vertical em madeira. Na parte inferior, texto: As UNHAS são CASCOS da gente Unhar quando LUTAR Servem para pintar quando ENFEITAR Coçar quando COÇAR Mais à direita, foto da imagem central descrita anteriormente.

Videopoema “Cascos”. Disponível em: https://oeds.link/CKF163. Acesso em: 28 maio 2022.

Respostas e comentários

Eu sei

Como os poemas expressam a cultura?

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Antes de ler o texto introdutório, apresente aos estudantes a seguinte questão: O poema expressa a cultura de um lugar, de uma época ou de determinado grupo? Permita a eles que manifestem suas ideias e citem exemplos. Complemente com outras questões, como: Um poema do início do século dezenove seria semelhante a outro escrito atualmente? Mesmo mantendo a temática, seriam parecidos? Quais seriam as semelhanças e as diferenças?
  • Faça a leitura comentada do texto introdutório e use os exemplos trazidos pelos estudantes para evidenciar as ideias apresentadas. Caso não tenham citado as inovações tecnológicas e suas interferências na fórma de ler e apreciar poemas na atualidade, peça a eles que pensem em como isso aparece no texto e no cotidiano de todos.
  • Convide os estudantes a observar atentamente os poemas “Cascos”, “Bichos tipográficos animados”, “Pôr do Sol” e “Escada”, apresentados na seção. Depois de alguns minutos, abra a roda de conversa para que falem sobre as impressões que tiveram e pergunte como perceberam o recurso gráfico apresentado.
Poema visual. Palavra: lesma, com grafia feita de várias linhas finas contornando cada letra em preto.

Poema visual animado, de Guto Lacaz. Disponível em: https://oeds.link/IC3q7A. Acesso em: 6 junho 2022.

Poema visual. Título: Pôr do Sol. 
Ao centro, um círculo redondo amarelo e ao redor, frase: O que poderia ser mais belo do que nosso astro em rubro-amarelo na tangente do horizonte? Na parte inferior, à direita: assinatura: Fábio Bahia @poema.concreto.

Ciberpoema “Pôr do Sol”, de Fábio Bahia. Disponível em: https://oeds.link/zS2I4Y. Acesso em: 6 junho 2022.

Poema visual. Palavra: Escada, com letras coloridas, repetida na vertical, diagonal para direita em várias vezes."

Poema visual “Escada”, de Avelino de Araújo. Disponível em: https://oeds.link/z6TvYX. Acesso em: 6 junho 2022.

Ícone. Atividade oral.
  1. Onde os poemas mostrados nas imagens são publicados?
  2. Qual é a diferença entre o poema visual impresso e o poema animado? Explique sua hipótese.
  3. Agora, assista aos poemas com os colegas e o professor.

Como foi a experiência de assistir à animação dos poemas, em relação à observação das imagens estáticas? Explique.

Respostas e comentários

1. Os estudantes devem perceber, pela composição dos nomes – ciber, vídeo e animação –, que esses poemas se valem de recursos tecnológicos digitais, portanto utilizam a internet como meio de divulgação.

2. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

3. • Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Apresente a proposta de leitura das imagens impressas e, se possível, assista com os estudantes aos videopoemas, chamando a atenção deles para os diferentes formatos. Em seguida, permita-lhes que leiam e respondam no caderno às questões propostas.
  1. Leve os estudantes a perceber que, no poema visual, a imagem ou o recurso gráfico dialoga com o texto escrito e ajuda na construção do sentido; no poema animado ou com recursos tecnológicos, a interação com o leitor é maior, uma vez que o ritmo da leitura é dado por sua construção palavra por palavra, em movimento, até formar a imagem final, como nos videopoemas “Pôr do Sol” e “Escada”.
  2. Pergunte aos estudantes como se pode “assistir” a um poema. Leve-os a perceber que é uma nova visão do poema, que sai das páginas do livro para atingir outros suportes, criando assim outra fórma de interação com o leitor.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

EU VOU APRENDER Capítulo 1 

 Poema e cultura

1. Faça uma leitura silenciosa do poema de Márcia Uáina Kambeba.

A

União dos povos

Nós, povos indígenas

Habitantes do solo sagrado

Mesmo sem nossa aldeia

Somos herdeiros de um passado.

 

Buscamos manter a cultura

Vivendo com dignidade

Exigimos nosso respeito

Também vivendo na cidade.

 

Somos parte de uma história

Temos uma missão a cumprir

De garantir aos tanu muariryglossário

Sua memória, seu porvir.

Vivendo na rytamaglossário do branco

Minha ukaglossário se modificou

Mas a nossa luta por respeito

Essa, ainda não terminou.

 

Pela defesa do que é nosso

Todos os povos devem se unir

Relembrando a bravura

Dos Kambeba, dos Macuxi

Dos Tembé e dos Kocama

Dos valentes Tupi-Guarani.

 

Assim, os povos da Amazônia

Em uma grande celebração

Dançam o orgulho de serem

Representantes de uma nação

Com seu canto vêm dizer:

Formamos uma aldeia de irmãos.

KAMBEBA, Márcia Uáina. União dos povos. ín: KAMBEBA, Márcia Uáina. ái kakíri tâma Tama: eu moro na cidade. São Paulo: Jandaíra, 2020. página 36.

Respostas e comentários

Eu vou aprender

Poema e cultura

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Antes de iniciar a leitura do poema “União dos povos”, apresente a obra Tama: eu moro na cidade, da autora Márcia Kambeba, como uma produção que, por meio da linguagem poética, procura ajudar as pessoas a compreender a importância de conhecer e respeitar os povos indígenas. Esse livro é um convite a conhecer um pouco da cultura brasileira pela poesia indígena. Leia um trecho da apresentação:

O livro , que significa “Eu moro na cidade”, apresenta poemas relacionados à pesquisa de mestrado que realizei na aldeia Tururucari-Uka, quando dona Teca era zana (Tuxaua). Poemas descoloniais, que buscam ajudar as pessoas a compreender a importância de se conhecer e ajudar os povos, para que não sejam completamente dizimados em seu território do sagrado, em sua cultura, em sua ciência. Os povos indígenas, mesmo que de fórmas diferentes, mantêm o mesmo ideal, de conservar a cultura originária como herança ancestral. Sempre em contato com a Natureza, da qual sentem-se parte integrante.

KAMBEBA, Márcia . : eu moro na cidade. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020. página 11.

  • Converse com os estudantes sobre os elementos da cultura dos povos originários, os quais precisamos conhecer e respeitar. Coloque na lousa as ideias apresentadas e deixe-as até o final da leitura dos poemas para que possam ser discutidas pela turma.
  • Em seguida, converse sobre a importância da oralidade na leitura dos poemas, dando ênfase à variação de ritmos, às modulações no tom de voz, à sonoridade, à musicalidade e às pausas necessárias.
  • Vale pedir aos estudantes que façam a leitura silenciosa dos poemas para identificar a temática, as palavras desconhecidas e as rimas, quando houver.
  • Nas páginas deste capítulo é possível desenvolver os tê cê tê Educação ambiental, Diversidade cultural e Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras, bem como o ó dê ésse Redução das desigualdades, mostrando aos estudantes a necessidade de respeitar os costumes e a diversidade da cultura dos povos indígenas e a importância da preservação ambiental.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

  1. Explore o significado das palavras do glossário. Na sua opinião, qual é a origem dessas palavras?
  2. Agora, leia outro poema da mesma autora.

B

Mergulho fundo

Mergulhei no rio profundo

Rio de espiritualidade

Rio que me traz esperança

Rio de ancestralidade.

 

Nas profundezas ouvi

O canto dos pajés

A beleza da mãe-d’água

Nas águas escuras

dos igarapés.

 

Mergulho no rio e vou fundo

Em busca do meu sagrado

E vejo no rio espelhado

A imagem do meu eu.

 

Sem pressa voltarei

Sou filha da mãe da mata

Minha pele retrata

A cor que dela peguei

 

Pachamamaglossário !

Com a lama me abracei.

Ilustração. Em plano de fundo, uma mulher vista da cintura para cima, com o corpo para a direita, de cabelos longos escuros, com coroa de flores sobre a cabeça. Ela está de olho fechados, abraçando com os braços, uma esfera com cursos de água em azul-claro e partes com vegetação em verde e partes em marrom.

KAMBEBA, Márcia Uáina. Mergulho fundo. ín: KAMBEBA, Márcia Uáina. ái kakíri tâma Tama: eu moro na cidade. São Paulo: Jandaíra, 2020. página 28.

Para ampliar

ái caquiri tâma: eu moro na cidade. Márcia Uáina Kambeba. São Paulo: Jandaíra, 2018.

No livro, a autora constrói uma ponte entre sua origem indígena e a vida em Belém do Pará, apresentando a história de seu povo e sua luta em poesias e imagens repletas de emoção e verdade.

Capa de livro. Ao centro, fotografia do rosto de uma indígena, vista dos olhos para cima e o resto do rosto e corpo dentro da água de um rio. Ela tem cabelos longos pretos divididos ao meio e olhos pretos. Em segundo plano, folhas verdes. Na parte superior, título de livro e subtítulo.
Respostas e comentários

2. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Oriente os estudantes a localizar as palavras de origem indígena e criar hipóteses para seus significados, de acôrdo com o contexto. Chame a atenção deles para o glossário ao final do texto. Leve-os a reconhecer que algumas palavras não estão contempladas no glossário por se tratar de nome de povos e que é possível encontrar informações adicionais na internet, sob supervisão de um adulto.
  • Converse também sobre o significado das palavras “ancestralidade”, “igarapé”, “pajé” e “sagrado” ou outras que os estudantes não conheçam. Estimule-os a comentar o que sabem e a usar o dicionário físico ou digital para buscar os significados.
  1. Depois de estarem familiarizados com os poemas e terem conversado sobre as palavras e seus conceitos, é hora de propor a leitura em voz alta. Se julgar interessante, divida a turma em grupos de quatro a cinco integrantes e peça-lhes que leiam os poemas em voz alta, revezando entre eles para que cada um leia um pequeno trecho. Esse é um bom momento para avaliar a competência leitora, a fluência, a desenvoltura, a musicalidade, o ritmo e o tom de voz. É importante explicitar que a oralidade é uma das habilidades a serem desenvolvidas durante o ano e que, pouco a pouco, a leitura de poemas e outros textos será aperfeiçoada.

Criar um ambiente em que as diferenças sejam respeitadas e que todos sintam-se confortáveis ao ler, aprimorando a oralidade e a fluência na leitura, é fundamental para que o grupo se desenvolva.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

1. Faça um quadro como o do modelo a seguir e escreva as informações sobre os poemas lidos.

Ícone modelo.

Poema

A

B

a) Título

b) Nome do autor

c) Nome da obra que traz o poema

d) Tema do poema

 

  1. Como os poemas são organizados?
  2. Releia estas estrofes do poema A e responda às questões.

Nós, povos indígenas

Habitantes do solo sagrado

Mesmo sem nossa aldeia

Somos herdeiros de um passado.

 

Buscamos manter a cultura

Vivendo com dignidade

Exigimos nosso respeito

Também vivendo na cidade.

  1. Que versos apresentam rimas? Copie as palavras que rimam.
  2. Quais termos são utilizados para se referir aos indígenas?
  3. Qual é a mensagem dessa segunda estrofe?

4. Leia novamente a última estrofe do poema A. Quem são os representantes de uma nação?

Respostas e comentários

1.a) A – União dos povos; B – Mergulho fundo.

1.b) A – Márcia Kambeba; B – Márcia Uáina Kambeba.

1.c) A – ái caquiri tâma: eu moro na cidade; B – : eu moro na cidade.

1.d) A – União dos povos indígenas, suas culturas e o respeito aos povos da Amazônia; B – Desenvolvimento da espiritualidade e da ancestralidade da cultura indígena feito pelo eu lírico no decorrer de seu próprio desenvolvimento.

2. Os poemas são organizados em estrofes com versos.

3.a) As rimas estão no segundo e quarto versos das estrofes. As palavras que rimam são: sagrado – passado; dignidade – cidade.

3.b) Nós, povos, habitantes, herdeiros, nossa, nosso.

3.c) Buscar respeito e dignidade para manter a cultura indígena mesmo vivendo na cidade.

4. Os povos da Amazônia, que, juntos, formam uma aldeia de irmãos, a nação indígena.

Compreensão textual

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Apoie os estudantes na realização das atividades de compreensão textual e permita que sejam realizadas em duplas para que haja um diálogo entre eles e a possibilidade de confrontarem ideias, especialmente nas questões de interpretação do conteúdo dos poemas.
  • A tarefa de entender a estrutura dos poemas, a organização dos versos e estrofes e a identificação das rimas é tão importante quanto as discussões a respeito da cultura indígena e da fórma como está apresentada nos versos lidos. Converse com os estudantes sobre diversidade cultural e valorização do multiculturalismo como proposta dos Temas Contemporâneos Transversais .
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Converse com os estudantes sobre a diferença entre o eu lírico e o autor do poema. Muitos podem não perceber ou não entender a diferença e, nessa hora, é importante apresentar as características do eu lírico. Podemos dizer que o eu lírico é a voz que expressa sentimentos, emoções, opiniões e pensamentos no poema. É uma criação do autor e o que está escrito no poema deve ser atribuído ao eu lírico, e não ao poeta. Assim, ao ler um poema, é importante fazer a distinção entre a voz representada nele e o autor que escreveu os versos.
  2. Destaque que a estrutura do poema segue uma organização própria, ou seja, é composta de versos e estrofes. O verso é a frase e a linha do poema. Já a estrofe é o conjunto de versos. Em alguns poemas, os versos se repetem ao final das estrofes e, nesse caso, falamos em refrão ou estribilho, bastante comuns em algumas músicas e que nos fazem memorizar com mais facilidade por conta da repetição.
  3. Nos versos do poema “União dos povos”, as rimas podem ser classificadas como rimas externas, pois aparecem nas palavras ao final de cada verso, como “sagrado” e “passado”, “dignidade” e “cidade”, ambos pares de rimas presentes, respectivamente, no segundo e quarto versos de cada estrofe.

5 e 6. Converse com os estudantes sobre a diferença entre sentido literal e sentido figurado. Solicite a eles que apresentem exemplos do cotidiano que representam a ideia de sentido figurado, como “Eu fiquei uma ‘fera’”. Podemos notar que, nesse exemplo, “fera” diz respeito ao estado emocional da pessoa, que pode ser interpretado como bravo, irritado, nervoso, e não à caracterização de um animal feroz.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

  1. Releia o poema B e responda às questões.
    1. Na sua opinião, qual foi a intenção da autora ao dar o título de “Mergulho profundo” ao poema?
    2. Identifique e escreva a estrofe que descreve esse mergulho.
Fotografia em preto e branco. Um jovem visto de costas, em um rio, com o corpo da cintura para cima, braço direito segurando em ramo de árvore. Ele tem cabelos escuros lisos, músculos flexionados do braço. Em segundo plano, rio e reflexo da vegetação ao redor.
Jovem indígena mergulhando no rio, Amazonas, 2020.

6. Releia as estrofes finais do poema.

Sem pressa voltarei

Sou filha da mãe da mata

Minha pele retrata

A cor que dela peguei

 

Pachamama!

Com a lama me abracei.

  1. O que você entendeu dessas estrofes?
  2. No verso “Com a lama me abracei”, o verbo “abraçar” está no sentido próprio ou figurado? O que o eu lírico quis dizer com isso?
  3. Quem o eu lírico representa nesse poema?

7. Procure no poema as palavras que rimam com as palavras a seguir.

espiritualidade  pajés  sagrado  mata  voltarei

Ícone. Atividade oral.

8. Agora, reflita sobre o título do livro que traz os poemas lidos: eu moro na cidade. Que relação teria esse título com a temática dos poemas? Dê sua opinião.

Para ampliar

Varal de poesia. Henriqueta Lisboa e outros. São Paulo: Ática, 2021.

Nesse livro, quatro poetas brasileiros convidam os jovens leitores a conhecer mais a fundo o mundo da poesia; um mundo cheio de ritmo, em que sons e significados andam juntos, repleto de diferentes emoções e sentimentos e no qual as coisas já conhecidas adquirem novos significados. Leia e se encante com as poesias!

Capa de livro. Um local de solo em amarelo-escuro com pouca vegetação rasteira. Na ponta da direita, perto de um abismo, uma escada marrom na direita, de frente para galhos de árvore de cor marrom e folhas em verde. Entre os ramos e galhos, um ninho com pássaro de penas em azul e à esquerda, pássaro de penas em laranja. Na parte superior, céu em cinza. Na parte superior, título de livro e nome dos autores.
Respostas e comentários

5.a) Resposta pessoal. A autora usa de fórma figurativa o mergulho em busca de seu autoconhecimento, do desenvolvimento de sua própria imagem e de seus valores.

5.b) A terceira estrofe.

6.a) Resposta pessoal. A autora destaca a relação íntima que tem com a mata, com a mãe terra.

6.b) Está no sentido figurado. O eu lírico transmite a ideia de que não renegou sua origem.

6.c) O eu lírico representa a própria autora, que faz no poema um “mergulho” em sua vida, resgatando sua origem.

7. espiritualidade – ancestralidade; pajés – igarapés; sagrado – espelhado; mata – retrata; voltarei – peguei, abracei.

8. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

  • Reforce que, quando uma palavra é usada em seu sentido literal, expressa seu sentido real. O sentido figurado ocorre em situações particulares de uso e sugere ideias para além do sentido mais usual. No caso do poema, a palavra “mergulho” aparece no sentido figurado, já que o eu lírico não está de fato mergulhando nas águas dos rios da Amazônia, e sim olhando profundamente para suas emoções. Assim como o verbo “abraçar” que, no poema, não significa dar um abraço na lama, e sim acolher e manter ligação com sua origem.
  1. A relação entre o título do livro e a temática dos poemas pode não parecer tão direta e simples; portanto, vale elaborar uma resposta coletiva. Retome a leitura dos poemas para identificar trechos que mostrem que morar na cidade é bem diferente de morar em uma aldeia e os poemas fazem referência ao solo sagrado, à mata e aos igarapés. Uma resposta pode estar ligada ao fato de que, mesmo morando na cidade, há um vínculo com a história ancestral, uma valorização da origem indígena e uma luta pelo reconhecimento e pelo respeito à cultura. Os dois poemas apresentam versos que justificam a resposta.
  • O povo Kambeba, do qual a autora se origina, também é chamado de Omágua, que significa “o povo das águas”, e vive em cinco aldeias: quatro na região do médio Solimões e uma no baixo rio Negro, no Amazonas. Veja informações adicionais em Para ampliar.
  • O livro ái caquiri tâma: eu moro na cidade, de Marcia Uáina Kambeba, aparece como uma boa sugestão de leitura. Converse com os estudantes sobre o prazer de ler sem o compromisso de realizar tarefas escolares. Crie na sala de aula um ambiente de convite à leitura e dedique um tempo semanal para que todos tenham a liberdade de escolha e possam ampliar o repertório por meio da leitura de diferentes gêneros textuais. Levar os estudantes com regularidade à sala de leitura ou à biblioteca da escola também é uma prática que pode gerar o surgimento de leitores. Sugerimos a leitura do artigo disponível em Para ampliar para informações adicionais sobre a leitura por prazer.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proposta de atividade em dupla: Como seria um poema se fosse escrito por nós vivendo em outro país ou outro lugar com características bem diferentes das reais? Liste lugares que poderiam ser o novo endereço dos estudantes. Peça-lhes que pesquisem na internet ou em livros informações sobre o lugar escolhido e estimule-os a criar versos em que o eu lírico valorize seu local de origem e sua história. Estimule a criatividade e peça a cada dupla que crie pelo menos uma estrofe para ser lida e compartilhada com os colegas de sala.

Para ampliar

MACIEL, Benedito. Kambeba. Instituto Socioambiental, dezembro/2007. Disponível em: https://oeds.link/5V1SIF. Acesso em: 5 julho 2022.

RODRIGUES, Paulo; CARDOSO, Rosimeiri; GONZAGA, Sílvia. Práticas de leitura no livro didático: a falta do prazer da leitura na formação do leitor. , agosto/2020. Disponível em: https://oeds.link/lCu1fh. Acesso em: 5 julho 2022.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Rimas

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade oral.

1. Releia este trecho do poema “Mergulho profundo”.

Mergulhei no rio profundo

Rio de espiritualidade

Rio que me traz esperança

Rio de ancestralidade.

  1. O que os versos destacados têm em comum quanto à sonoridade?
  2. Como se dá a rima entre esses versos?
  3. Os sons que produzem as rimas são idênticos ou apenas semelhantes?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, item a.

O que os versos "Rio de espiritualidade" e "Rio de ancestralidade" têm em comum quanto à sonoridade?

A rima é a repetição de sons ou de sílabas. Essa repetição é um recurso de estilo muito comum na poesia, pois confere ritmo e sonoridade ao texto poético. Quando a correspondência entre sons é completa, a rima é chamada de perfeita. Quando essa correspondência é parcial, a rima é denominada imperfeita.

  1. Como se classificam, então, as rimas presentes no trecho destacado na atividade 1?
  2. Agora, releia mais este trecho do mesmo poema.

Pela defesa do que é nosso

Todos os povos devem se unir

Relembrando a bravura

Dos Kambeba, dos Macuxi

Dos Tembé e dos Kocama

Dos valentes Tupi-Guarani.

  1. Quanto à sonoridade, o que os versos destacados têm em comum?
  2. Como se classificam as rimas presentes nesses versos? Por quê?
Versão adaptada acessível

Atividade 3, item a.

Quanto à sonoridade, o que os versos "Todos os povos devem se unir", "Dos Kambeba, dos Macuxi" e "Dos valentes Tupi-Guarani" têm em comum?

4. Releia os dois últimos versos do poema.

Pachamama!

Com a lama me abracei.

Identifique o par de palavras que rimam nesses versos.

Também podemos classificar as rimas de acôrdo com sua posição nos versos. Aquelas que se encontram no fim dos versos são chamadas de externas. Já as que se encontram dentro dos versos, como as que estão no meio, são chamadas de internas.

Respostas e comentários

1.a) Ambos apresentam rima.

1.b) Por meio dos sons finais das palavras “espiritualidade” e “ancestralidade”.

1.c) São idênticos.

2. São rimas perfeitas.

3.a) Os três apresentam rima.

3.b) As rimas são imperfeitas, pois se baseiam em sons semelhantes. Entre “unir” e “Macuxi” e entre “Macuxi” e “Guarani” o único som que se repete – estabelecendo a rima – é o do /i/.

4. • “Pachamama” e “lama”.

Língua e linguagem

Rimas

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Antes de iniciar o estudo das rimas em poemas, pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre rimas e peça exemplos, que podem ser retirados de outros poemas que conhecem ou de letras de músicas apropriados para o contexto de sala de aula. Registre a estrofe na lousa e peça ajuda para identificação das rimas, grifando em cor diferente as palavras rimadas.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 a 4. Proponha aos estudantes que usem as informações apresentadas sobre rimas para criar um mapa conceitual no caderno. Faça na lousa um pequeno modelo em que a palavra “RIMA” esteja em destaque no centro superior da folha e dela saiam três setas indicando: definição, correspondência entre sons e posição nos versos.

  • Em duplas, os estudantes devem reproduzir o modelo apresentado e acrescentar as informações sobre o que define uma rima, a diferença entre rima perfeita e imperfeita e entre rimas externas e internas.
  • Em seguida, usando uma cor de caneta diferente, os estudantes devem completar com exemplos retirados dos poemas apresentados na unidade.
  • A elaboração de um mapa conceitual de síntese é uma importante ferramenta de registro e pode oferecer um material seguro e de fácil leitura dos conceitos trabalhados. Os primeiros mapas podem ser conduzidos e orientados por você para, então, serem aprimorados pelos estudantes que, ao longo do tempo, desenvolvem a capacidade de criar seus mapas conceituais sem a necessidade de seguir um modelo prévio.

Para observar e avaliar

A proposta de construção de um mapa conceitual com os conceitos apresentados é uma boa oportunidade para observar a habilidade dos estudantes na localização de informações essenciais e distribuição no espaço destinado a cada uma delas. Vale fazer uma análise coletiva na lousa oferecendo a eles a oportunidade de rever e reformular a produção tanto do ponto de vista do conteúdo quanto da fórma no uso de cores, tamanho das letras e setas.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

5. Leia o poema a seguir.

Flechas

Poema visual. Folha em branco. Sobre ela, texto em cinza de fundo e nas pontas de cada frase, textos em preto. De cima para baixo:
Aqueles
Pássaros
Que morrem em pleno voo
Renascem
Flechas

CAPPARELLI, Sérgio; Gruzínsqui, Ana Cláudia. Flechas. ín CAPPARELLI, Sérgio; Gruzínsqui, Ana Cláudia. Poesia visual. São Paulo: Global, 2002. página 28.

  1. Compare-o aos poemas lidos anteriormente nesta unidade. Quanto à estrutura, o que ele tem de diferente?
  2. Observe atentamente a disposição das palavras no texto. O que elas formam? Como esse formato se relaciona à temática do poema?
  3. O que se pode notar nesse poema com relação à rima?

Embora a rima seja muito comum no texto poético, nem sempre ela está presente. Em alguns poemas, há a ausência de rimas entre os versos. Nesse caso, eles são chamados de versos soltos.

6. Agora, leia este outro poema.

Poema visual. Folha em branco. Sobre ela, duas palavras em preto: Pássaro e Avião. A palavra avião está escrita de forma espelhada.

Em cada avião bate

o coração de um pássaro.

POLITO, rrônald; LACAZ, Guto. Pássaroãiva. ín: POLITO, rrônald; LACAZ, Guto. A galinha e outros bichos inteligentes. São Paulo: ô zé, 2017. página 16-17.

  1. Os versos do poema podem ser chamados de soltos? Por quê?
  2. O que chama a atenção na parte mais visual do poema?
  3. Comparando a parte visual com os versos a que se relacionam, qual teria sido a intenção do autor, na sua opinião?
Respostas e comentários

5.a) A disposição das palavras no texto, bem como a fonte utilizada (letra cursiva). Além disso, há versos com apenas uma palavra.

5.b) As palavras formam uma flecha ou um pássaro, estabelecendo uma relação visual com a menção a “pássaros” e “flechas”, elementos mencionados no poema.

5.c) Os versos não rimam.

6.a) Sim, pois não apresentam rima.

6.b) A junção entre as palavras pássaro e avião, esta última escrita ao contrário e ligada à primeira.

6.c) Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Diferente do que foi discutido nas questões 1 a 4 sobre rima, apresente aqui os poemas visuais “Flechas” e “Pássaroãiva” com destaque ao que apresentam de fórma visual, antes mesmo da leitura das palavras, ou seja, leve os estudantes a pensar no poema com base na imagem trazida por ele e só depois peça-lhes que leiam e façam a correspondência entre texto verbal e a fórma como as palavras estão distribuídas no espaço da folha.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

5 e 6. A fórma como as palavras estão dispostas nos poemas visuais rompe com a ideia de um poema com estrofes de quatro versos e com rimas externas. Nos poemas visuais apresentados, é possível identificar versos com apenas uma palavra e ausência de rima. Tudo isso pode gerar um estranhamento que deve ser superado pela apreciação da estética que, nesse tipo de poema, carrega em si a disposição das palavras compondo o conteúdo que quer apresentar.

Converse com os estudantes sobre o significado de versos soltos e pergunte a eles se há possibilidade de incluir a informação no mapa conceitual produzido anteriormente. Essa é uma boa fórma de mostrar que, à medida que eles vão lendo e aprimorando conhecimentos, podem rever os mapas e completar com novas ideias e novos dados.

6c. O poema “Pássaroãiva” apresenta várias possibilidades de interpretação; entretanto, vale destacar a parte visual, que parece ilustrar uma colisão entre o avião (escrito ao contrário) e o pássaro. Essa ideia também se reforça nos versos, por meio do verbo “bater”, que dá ideia de encontro das palavras e faz alusão ao coração do pássaro batendo.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Figuras de linguagem: metonímia, antítese e hipérbole

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade em dupla.

1. Observem este cartaz.

Cartaz na horizontal. Fotografia de dois trabalhadores em pé. À frente, homem visto da cintura para cima de capacete amarelo sobre a cabeça, óculos protetores de lentes transparentes, blusa de gola em cinza e casaco de mangas compridas em amarelo, de alças em preto nos ombros e segura nas mãos, mangueira preta com tubo em amarelo-claro. Ele está em local com vegetação rasteira na vertical em bege-claro e mais ao fundo, um homem visto de costas, com o mesmo tipo de roupa, segurando nas mãos um utensílio na vertical em preto, com a ponta superior quadrada. Na parte superior, em tons de amarelo. À esquerda, texto: DIGA SIM À VIDA E NÃO À QUEIMADA. Na parte inferior, texto: AJUDE A PROTEGER A NATUREZA E A SAÚDE DE TODOS NÓS! queimadaNÃO. Na ponta da direita, dois logotipos.

BRASIL. Cênáu lança campanha "Diga Sim à Vida e Não à Queimada”. Presidência da República, Brasília, Distrito Federal, 19 agosto 2020. Disponível em: https://oeds.link/HrQVCa. Acesso em: 13 junho 2022.

  1. Qual é o objetivo dêsse cartaz?
  2. Como a parte visual do cartaz contribui para a mensagem que se pretende passar?
  3. Qual é a função do jôgo de palavras presente em: “Diga sim à vida e não à queimada”?

2. Agora, leiam a tirinha.

Tirinha. Composta por quatro quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, com camiseta em laranja. Um outro menino de cabelos castanhos arrepiados, camiseta em azul-claro e bermuda em azul. Um sapinho de cor verde, com olhos e sorriso em preto. Q1 – O menino de cabelos castanhos, com o corpo para a direita, segura na mão esquerda com o braço esticado, um objeto retangular branco e tela azul. Ele diz: HOJE FALTOU ÁGUA. O SUL SOFRE COM A SECA! Q2 – Armandinho, com uma máscara cirúrgica branca no rosto, de frente para um telefone, à esquerda, de cor vermelha, sobre uma mesa de canto em cinza e dois livros com capas em amarelo. De frente para ele, o sapinho observando Armandinho com os olhos bem arregalados. Armandinho fala: E A FLORESTA AMAZÔNICA ESTÁ SENDO DEVASTADA! Q3 – O menino de cabelos castanhos, com o corpo para a direita, braços abertos e segurando objeto na mão, pergunta: E DAÍ? Q4 – Armandinho ainda de frente para o telefone, fala: E DAÍ QUE GRANDE PARTE DAS CHUVAS DO SUL VEM DE LÁ! O sapinho no mesmo lugar, observando-o.

béc, Alexandre. Armandinho. 6 maio 2020. feicibúk: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/pD6drJ. Acesso em: 13 junho 2022.

  1. Qual é a crítica presente nela?
  2. Ao dizer que “o Sul sofre com a sêca”, a quem o garoto do primeiro quadrinho se refere exatamente?
  3. Na fala dêsse personagem, há uma figura de linguagem que vocês já devem conhecer. Vocês conseguem identificá-la?
Respostas e comentários

1.a) Conscientizar a população sobre a importância de impedir queimadas, incentivando-a a denunciar.

1.b) A imagem pode levar o leitor a se identificar com os brigadistas, fazendo com que se enxerguem na mesma situação, ou seja, atuando para proteger a natureza

1.c) Persuadir o público leitor a agir em favor da vida, não permitindo a realização de queimadas. O jôgo de palavras se dá por meio da oposição entre “sim” e “não”, o que reforça a mensagem contida na réchitégui QueimadaNÃO.

2.a) O desmatamento da Floresta Amazônica.

2.b) Às pessoas que vivem no Sul do Brasil.

2.c) Personificação. No caso, utiliza-se um verbo que indica uma ação humana – “sofrer” –, relacionado ao “Sul”, que não é uma pessoa.

Língua e linguagem

Figuras de linguagem: metonímia, antítese e hipérbole

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Converse com os estudantes sobre as funções de um cartaz e destaque a importância das palavras, frases e da escolha de imagens para transmitir a ideia que se quer divulgar. Coloque a frase “Diga sim à vida e não à queimada” e pergunte a eles que frases e imagens usariam em um cartaz publicitário que tivesse a intenção de divulgar a ideia da frase.
  • Escreva as ideias na lousa e peça aos estudantes que observem o cartaz desta página, divulgado pelo govêrno Federal, orientando-os a comparar as semelhanças e as diferenças entre as ideias do grupo e as representadas no cartaz.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Peça aos estudantes que observem e identifiquem as diferentes informações apresentadas no cartaz, envolvendo o texto verbal e não verbal. Organize-os em duplas para que possam discutir e realizar as atividades propostas. As duplas devem ser estimuladas a produzir respostas completas, claras e coerentes às questões propostas. As parcerias na realização de atividades favorecem a integração entre os estudantes e o desenvolvimento da criatividade e do trabalho em conjunto.
  • O cartaz da questão 1 pode ser analisado com base em sua produção e circulação. É possível conversar com os estudantes sobre quem produziu, onde circula e com qual intenção. A escolha da imagem, das frases e das cores também deve ser considerada na tarefa de interpretar o cartaz.
  • O cartaz da questão 1 e a tirinha da questão 2 tratam das questões ambientais com foco nas queimadas e no desmatamento. Essa é uma oportunidade de levar os estudantes a refletir sobre o ó dê ésse 15, que trata da vida terrestre e defende, entre outras ações, a implementação da gestão sustentável das florestas no sentido de deter o desmatamento e restaurar as florestas degradadas.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê três oito

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

As figuras de linguagem são recursos textuais que usamos para tornar nosso discurso mais expressivo. Na parte superior do cartaz, há uma antítese, que consiste em aproximar palavras com sentidos opostos, com o objetivo de dar ênfase à mensagem transmitida.

Na fala da personagem do primeiro quadrinho, além da personificação, há outra figura de linguagem, chamada metonímia. Ela consiste na utilização de um termo no lugar de outro, desde que haja uma relação de sentido entre ambos.

3. Leia este poema.

Poema visual. Folha em branco, com escrita em preto, estilizada com pontos pequenos acima da frase: O amigo de Alepo.

Eu viajo na rede

de noite e de dia,

perdi os meus pais

e as verdes olivas.

reticências

Eu viajo na rede

pela Macedônia,

faz frio no campo

e morro de insônia.

reticências

Obrigado, Vinícius,

muito obrigado,

cheguei a Berlim,

um grande abraço.

CAPPARELLI, Sérgio. O amigo de Alepo. ín: CAPPARELLI, Sérgio. Poemas para jovens inquietos: manual do professor. primeira edição Porto Alegre: Buqui, 2021. página 102-103.

  1. Observe a arte presente no título do poema. O que ela sugere?
  2. Qual é a relação entre essa arte e o tema do poema?
  3. No primeiro parágrafo, o eu lírico conta algo que lhe aconteceu. Como isso se relaciona à cidade mencionada no título do poema?
  4. No verso “e morro de insônia”, qual é o objetivo do eu lírico?

No poema lido, o eu lírico se vale de uma figura de linguagem conhecida como hipérbole. Ela é utilizada para transmitir uma ideia de intensidade àquilo que se diz.

Respostas e comentários

3.a) Sugere uma escrita árabe.

3.b) O tema fala de um amigo de Alepo, cidade síria, que se corresponde com Vinícius. Na Síria, o idioma é o árabe, daí a referência no visual do título do poema.

3.c) O eu lírico diz ter perdido os pais, provavelmente no conflito do qual a cidade de Alepo foi palco, de 2012 a 2016.

3.d) Enfatizar a insônia. Para isso, utilizou a expressão “morro de”, para destacar que tinha muita insônia.

  1. Comece pelo título e pergunte aos estudantes se eles conhecem os lugares citados no poema – “Aleppo”, “Macedônia” e “Berlim” – e peça-lhes que façam uma breve pesquisa de localização. Na busca, eles devem encontrar com facilidade a identificação de Aleppo como uma cidade na Síria e Berlim como capital da Alemanha. Comente sobre a guerra civil na Síria que aconteceu a partir de 2011 e se tornou um conflito de grandes proporções, configurando-se uma catástrofe humanitária com grande quantidade de pessoas mortas, feridas e que vivem em situação de pobreza extrema. Muitos abandonaram o país em busca de refúgio em várias partes do mundo. Veja informações adicionais em Para ampliar.
  • Compreender a Macedônia é tarefa mais complexa, já que existe o país Macedônia do Norte e uma região da Grécia chamada Macedônia. Se julgar necessário, enfatize que a informação mais recente é que Macedônia do Norte é um país que fazia parte da antiga Iugoslávia e que, em 2019, passou a ser reconhecida como tal.
  • Converse com os estudantes sobre as figuras de linguagem como recursos que tornam o discurso mais expressivo. Forneça exemplos e peça-lhes que citem outros que indiquem como as palavras podem intensificar um discurso. Faça a leitura compartilhada das figuras de linguagem e das explicações sobre antítese, personificação, metonímia e hipérbole. Permita aos estudantes que apresentem suas dúvidas e façam comentários.
  • No caso da hipérbole, por remeter a um exagero, explique que é um recurso muito persuasivo. Por essa razão, é amplamente utilizada na publicidade e na vida cotidiana ao dizermos “um milhão de vezes”, “morrer de medo”, “morrer de vontade”, “um frio de congelar”, entre outras expressões.
  • No caso da metonímia, enfatize a presença no cotidiano e apresente alguns dos principais casos, como:
    • O autor pela obra: “gósto de ler Xêiquispíer.” (a obra de Xêiquispíer).
    • O singular pelo plural: “O brasileiro é alegre.” (os brasileiros são).
    • O produto pela marca: “gósto de tomar Nescau.” (achocolatado).

Para ampliar

LEONARDI. Ana Carolina. 5 fatos para entender Aleppo. Superinteressante, dezembro 2016. Disponível em: https://oeds.link/8KmjdY. Acesso em: 5 julho 2022.

A VOZ DO AUTOR

A cultura indígena tem sido preservada pela tradição oral, em que narrativas, costumes e a própria língua são transmitidos por meio de conversas e contação de histórias. Márcia Uáina ­Kambeba é uma dessas vozes. Em suas obras, cria uma ponte entre sua origem indígena e a vida na cidade de Belém do Pará.

1. Leia o texto da autora indígena Márcia Uáina Kambeba em que ela explica suas origens.

"Fotografia. Uma mulher vista dos ombros para cima, de cabelos longos escuros lisos, com uma coroa de plumas sobre a cabeça em tons de azul, pinturas em vermelho nas bochechas. Ela olha ao longe, para a esquerda, sorrindo e está com as mãos sobre objetos tubulares em marrom. Na parte superior, um galho de árvore marrom. Em segundo plano, folhas verdes."
Márcia Uáina Kambeba.

Sou indígena Omágua/Kambeba e, para mim, hoje, falar dos povos indígenas é falar de minha própria história. Mas, para conhecer melhor sobre os povos indígenas, de modo particular o povo Omágua/Kambeba, e manter uma aproximação é preciso primeiro começar tratando-os como de fato são: diferentes étnico, cultural e socialmente, respeitando a diversidade. Chamando-os como se autodenominam, Omágua/Kambeba, Guarani, Tembé, Tikuna etcétera Assim, a identidade de cada pessoa estará vinculada à etnia à qual pertence, levando em conta suas particularidades manifestadas no modo de vida e na territorialidade, o que os torna diferentes dos não indígenas.

A luta dos povos Omágua/Kambeba e dos demais povos não se resume apenas a defender seus limites territoriais. Lutam também por uma fórma de existência presente no modo diferente de viver, ver, sentir, pensar, agir e de seguirem construindo sua história, exigindo seus direitos, tendo como um dos objetivos o ensino da língua materna. A língua Omágua/Kambeba, durante anos, vem apresentando sinais de declínio, mas se mantém viva pelos ensinamentos às crianças e aos adultos.

Mas, quem são os Omágua/Kambeba? Abro aqui um parêntese para explicar que Omágua (nome original da etnia) significa, pelo que se pôde colhêr nas pesquisas, “cabeça de homem”, e Kambeba (apelido dado ao povo devido à prática da remodelação do crânio) significa “cabeça-chata”. Hoje, fazemos uso dos dois termos para nos referirmos à etnia. Ressalto ainda que esse povo sempre usou roupas, confeccionavam suas próprias vestimentas desde o século 18, e por este e outros motivos foram tidos pelos viajantes da época como povo de mais razão.

Respostas e comentários

A voz do autor

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Introduza a leitura do texto da autora Márcia Uáina Kambeba apresentando um breve vídeo em que ela se apresenta e fala um pouco da sua formação e da sua história de luta. O vídeo tem duração de 3 minutos 51 segundos e é o episódio 6 da série “Mulheres do Pará”. Nele, a autora mostra que, por meio da arte e da educação, foi possível realizar muitas mudanças nas aldeias do Pará e que a mulher indígena pode ir além dos estereótipos associados a ela tradicionalmente. Disponível em: https://oeds.link/XUI0JT. Acesso em: 6 julho 2022.
  • Apresente também uma breve biografia da autora: Nasceu em 1979 em Belém de Solimões e, aos 8 anos, mudou-se para São Paulo de Olivença, onde estudou até o Ensino Médio. Em Tabatinga, graduou­‑se em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas (). Especializou-se em Educação Ambiental e escreveu sua tese de mestrado sobre a cultura do povo Kambeba. Aos 14 anos, escreveu seus primeiros versos, mas passou longos anos sem produzir poemas e, ao finalizar o mestrado, voltou ao ofício de escritora e teve a ideia de transformar seu trabalho em poesia. Escreveu, então, seu primeiro livro, ái caquiri tâma, que significa “eu moro na cidade”.
  • Nas páginas deste capítulo é possível desenvolver os tê cê tê Educação ambiental, Diversidade cultural e Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras, bem como o ó dê ésse Redução das desigualdades, mostrando aos estudantes a necessidade de respeitar os costumes e a diversidade da cultura dos povos indígenas e a importância da preservação ambiental.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • O texto da autora revela aspectos da cultura e da história do povo Kambeba e introduz o assunto citando a diversidade étnica, cultural e social dos povos e enfatizando a necessidade de serem reconhecidos como se autodenominam: Guarani, Tikuna, Kambeba e tantos outros. Tem relação direta com o tê cê tê Multiculturalismo: diversidade cultural, educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
  • Organize grupos para pesquisar os direitos dos povos tradicionais com relação à cultura e à demarcação de terras. Oriente-os a usar fontes seguras, como os sáites governamentais (), os de universidades estaduais e federais, além do sáite da ônu e do Conselho Nacional dos Direitos Humanos . O Instituto Socioambiental (Ísa) é uma fonte segura e completa, que pode ser consultada para coletar dados sobre direitos dos indígenas.

Para ampliar

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos. Disponível em: https://oeds.link/Z3RFTe; Conselho Nacional dos Direitos Humanos. Povos livres, territórios em luta – Relatório sobre os direitos dos povos e comunidades tradicionais. Disponível em: https://oeds.link/8gFC0p. Acesso em: 6 julho 2022.

Os Omágua/Kambeba hoje estão territorializados em toda calha do rio Solimões, no Amazonas. Existem famílias em aldeia perto do município de Manacapuru, no rio Cueiras, adentrando o rio Negro. Os municípios onde há presença do povo são São Paulo de Olivença, Amaturá, Tefé, Coari, Alvarães e Manaus, capital do Amazonas. São aproximadamente 50 mil indígenas, ou mais, do povo Omágua/Kambeba, falantes do tronco Tupi. Alguns blogs e literaturas ainda com informações erradas apontam 780 no total reticências. Habitantes da várzea e da terra firme, o povo com o tempo foi retornando ao seu lugar e formando novas aldeias em terras que foram de seus antepassados.

É importante dizer que os povos indígenas, hoje, e em particular o povo Omágua/Kambeba, mesmo aldeados, não deixam de ter uma relação com a cidade, manifestada no cotidiano na utilização de aparelhos eletrônicos que facilitam a comunicação, na busca de saberes na escola do “branco”, não com a intenção de apagar nossa língua-mãe, mas de modo a contribuir com nossa luta em prol da manutenção do nosso tesouro ancestral, uma vez que a flecha deu lugar a uma luta política, com argumentos bem consistentes por nossos direitos à conservação do patrimônio material e imaterial, e à interculturalidade, respeitando nossa fórma de ser. O mesmo se dá com a cidade. É comum encontrar na Casa do Amazonense uma rede feita de tucum, um fogão à lenha, um alto consumo de peixe, a macaxeira, a banana, além de nomes de pessoas e cidades que representam a cultura e a língua dos povos indígenas como Iracy (nome de pessoa) e Icoaracy (nome de cidade).

Na cultura indígena mantemos nossa narrativa oral, mesmo que a escrita tenha uma importância fundamental na transmissão de saberes. Nas rodas de conversas ouvem-se narrativas contadas e recontadas pelos mais velhos com direito à repetição, para melhor assimilação e entendimento. O povo Kambeba, segundo os sábios, nasceu de uma gota d’água que cai, topa numa folha de samaumeira, chega ao igarapé e daí nasce o homem e a mulher. Para muitos, isso parece ser “lenda” ou “mito”, mas para o povo Kambeba essa explicação de como nasceu faz parte da construção do ser-pessoa, da sua cosmologia, da sua existência no planeta. É uma verdade que se mantém por séculos, vai sendo repassada, e precisa ser perpetuada nas crianças em fórma dessa fôrça de ser um povo das águas, nascido de uma gota, que veio com a chuva, enviado por tâna canatú aietú (nossa luz radiante).

Respostas e comentários
  • As informações coletadas pelos grupos devem ser registradas no caderno de fórma resumida para, então, serem compartilhadas. Cada grupo apresenta pelo menos uma informação coletada e aguarda os comentários e as informações complementares dos demais grupos. Proponha a produção de um registro coletivo e colaborativo, que pode ser apresentado em um painel exposto na sala.
  • Fazer um levantamento prévio dos direitos dos povos tradicionais oferece aos estudantes um repertório de informações que contribui para que a leitura do texto seja mais produtiva e contextualizada.
  • A leitura do texto pode ser feita em duplas, em três etapas diferentes. A primeira leitura deve ser direta, sem pausas ou interrupções. Com ela se tem uma noção do assunto tratado e das temáticas abordadas ao longo do texto.
  • Na segunda leitura, é importante identificar palavras desconhecidas e que precisam de uma busca de significados no dicionário e trechos que exigem uma leitura mais atenta. Feito isso, é hora de consultar o dicionário e criar um glossário. As informações que precisam ser esclarecidas podem ser organizadas em fórma de perguntas. Abra espaço para a troca de ideias entre as duplas a fim de sanar as dúvidas.
  • A terceira leitura tem o propósito de interpretar e realizar com segurança as atividades propostas. Decida se essa é uma tarefa que pode ser realizada individualmente, já que boa parte da compreensão do texto foi discutida e compartilhada.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Solicite aos estudantes que representem o nascimento do povo Kambeba apresentado no texto com um poema ou um desenho. Para os que optarem por produzir um poema, oriente-os a listar as palavras que não podem ser desprezadas, já que representam a tradição oral e a explicação dos mais velhos para o surgimento do povo Kambeba. Os que optarem pela produção de um desenho também precisam atentar para os elementos fundamentais para o entendimento da narrativa oral. Organize os poemas e os desenhos com uma exposição no painel da sala.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis nove éle pê zero sete

ê éfe seis nove éle pê dois oito

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe seis nove éle pê zero um

ê éfe seis nove éle pê zero sete

ê éfe seis nove éle pê dois sete

É importante repetir que os Kambeba não andavam nus. Plantavam algodão, teciam suas vestimentas e ainda comercializavam com outros povos. As mulheres usavam longas mantas, e as meninas, saias e blusas; os homens, calças até o joelho e blusas de mangas compridas. A moda Kambeba ganhou aceitação de vários povos, que passaram a comprar as peças. O mesmo se dava com a produção das botas, feitas com o látex extraído da seringueira. As mulheres usavam botinas curtas, e os homens, botas de cano longo. O povo Kambeba alimentava-se de tubérculos em geral, batata-doce, peixes, caças, plantava roças. Hoje, continua com suas plantações em roças coletivas e procura manter a roupa usada no século 16, criando novos modelos a partir do que se tem. A moda indígena presente no cotidiano é feita em parceria com a Natureza, pois dela vem tudo de que se precisa para produzir cultura e arte.

reticências Os povos indígenas, mesmo que de fórmas diferentes, mantêm o mesmo ideal, de conservar a cultura originária como herança ancestral. Sempre em contato com a Natureza, da qual sentem-se parte integrante.

reticências

KAMBEBA, Márcia Uáina. ái caquiri tâma: eu moro na cidade. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020. página 8-11.

Responda às questões no caderno.

  1. Como a autora descreve a si mesmo? Copie o trecho do texto.
  2. De acôrdo com o texto, qual é o requisito básico para conhecer melhor os indígenas?
  3. Para conhecer a identidade de cada indígena, qualquer que seja sua denominação, precisamos considerar que:
    1. a identidade de cada um estará vinculada à etnia à qual pertence, às particularidades manifestadas no modo de vida e na territorialidade, o que os torna diferentes dos não indígenas.
    2. a identidade de cada pessoa é única e independe de seu modo de vida, de sua cultura e de sua territorialidade.
    3. a identidade de cada pessoa estará vinculada em parte à sua etnia e cultura, podendo se desvincular dela sem estabelecer qualquer relação.
  4. Quais são os principais aspectos da luta dos povos Omágua/Kambeba e dos demais povos?
Respostas e comentários

1. "Sou indígena Omágua/Kambeba e, para mim, hoje, falar dos povos indígenas é falar de minha própria história."

2. É preciso começar tratando-os como de fato são: diferentes étnico, cultural e socialmente, respeitando a diversidade.

3. Resposta: Alternativa a).

4. A luta dêsses povos não se resume a defender seus limites territoriais, mas também a uma fórma de existência presente no modo diferente de viver, ver, sentir, pensar, agir e de seguir construindo sua história, exigindo seus direitos e tendo como um dos objetivos o ensino da língua materna.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Faça a leitura do trecho final do texto e pergunte aos estudantes quais informações sobre o povo Kambeba chamaram a atenção deles. É possível que o uso e a confecção de roupas e sapatos e a ideia de uma moda indígena seja algo novo e desconhecido para muitos deles; então, vale discutir os estereótipos e os preconceitos que existem com relação à comunidade indígena, categorizando todas como uma só, quando, na verdade, guardam características bem singulares e que as diferenciam umas das outras.

1 a 4. Peça aos estudantes que se reúnam em duplas e façam um registro do texto escolhendo um título para cada um dos oito parágrafos lidos. Nomear os parágrafos (no caderno) é uma fórma de organizar a leitura e as ideias apresentadas, facilitando, assim, a localização de dados em um texto. Esse procedimento é um exercício interessante para um registro resumido. Se perceber que a tarefa é muito complexa ou desafiadora para as duplas, proponha a criação coletiva dos títulos dos parágrafos.

  1. Essa atividade permite explorar o tê cê tê Diversidade cultural e o ó dê ésse Redução das desigualdades.
  1. Ouvir respostas elaboradas de diferentes formas oferece aos estudantes a oportunidade de criar repertório e rever suas respostas.
  2. Estimule os estudantes a buscar a localização do povo Kambeba no atlas escolar ou na internet. No caso do atlas, a localização será mais adequada quando observarem o mapa político da Região Norte ao lado do mapa físico. No mapa político, podem identificar os municípios e, no físico, é possível ver a área da floresta, o traçado do rio e seus afluentes. No mapa do Brasil, a escala não permitirá a visualização da região do rio Amazonas que, em determinado trecho, é chamado de Solimões.
  3. Converse sobre as estatísticas que comprovam o crescimento expressivo da população indígena. A não realização do censo 2020 não permite uma atualização dos dados, mas é evidente que a ideia de que os indígenas estão desaparecendo precisa ser revista e discutida.

Desde 1991 o Censo Demográfico coleta dados sobre a população indígena brasileira, com base na categoria indígena do quesito cor ou raça. O Censo 2000 revelou um crescimento da população indígena muito acima da expectativa, passando de 294 mil para 734 mil pessoas em apenas nove anos.

í bê gê É. Estudos especiais. O Brasil indígena. Disponível em: https://oeds.link/wDV4rM. Acesso em: 5 julho 2022.

7. As propostas da questão devem ser discutidas abertamente, pois carregam dois temas importantes: o uso dos eletrônicos pela comunidade indígena e a relação com o não indígena. Muitos acreditam que os povos indígenas deveriam permanecer nas florestas sem contato com os eletrônicos ou com os “brancos”.

7a. Comente com os estudantes que manter relação com os recursos eletrônicos e os saberes das escolas de não indígenas permite aos povos indígenas estruturar argumentos em busca de seus direitos e da preservação do patrimônio material e imaterial de suas culturas.

7b. Pergunte aos estudantes por que a palavra “branco” aparece entre aspas e leve-os a concluir que, nesse caso, “brancos” aparecem como não indígenas, e a cor da pele não é a única nem a principal diferença entre indígenas e não indígenas.

7c. Vale ressaltar aos estudantes que a escola do “branco” nem sempre leva em consideração os saberes e as línguas dos indígenas.

  1. Onde estão localizadas as aldeias dos povos Omágua/Kambeba?
  2. O povo Omágua/Kambeba está em risco de ver extintas sua cultura e aldeias? Quantos Omágua/Kambeba existem atualmente?
  3. Releia o segundo parágrafo do texto da página 22.
    1. Como se manifestam as relações do povo Omágua/Kambeba com a cidade?
    2. Quem é o “branco” a que a autora se refere? Por que, na sua opinião, esse termo está entre aspas?
    3. Qual é a intenção dos povos indígenas ao frequentar a escola do “branco”?
  4. Como o povo Omágua/Kambeba transmite sua cultura para as gerações seguintes? Copie as alternativas corretas.
    1. Mantendo a narrativa oral, mesmo que a escrita tenha uma importância fundamental na transmissão de saberes.
    2. Fazendo rodas de conversas em que os mais velhos contam e recontam narrativas, com direito à repetição, para melhor assimilação e entendimento.
    3. Incentivando o registro em livro para que os “brancos” possam conhecer e se conscientizar sobre a importância de respeitar a cultura indígena.
  5. Escreva com as suas palavras qual a origem do povo Kambeba e como é repassada para os jovens.
Ícone. Atividade oral.

10. Qual é o ideal dos povos indígenas? Converse com os colegas sobre a importância dêsse ideal.

Fotografia. Vista geral de local com floresta de folhas em verde e chamas em laranja e partes em amarelo. Na parte superior, grande quantidade de fumaça em cinza.
As queimadas na Floresta Amazônica brasileira para abrir espaço para pastagem e garimpo não autorizados costumam acontecer nas áreas de demarcadas para os povos indígenas.
Respostas e comentários

5. Hoje, eles estão territorializados em toda a calha do rio Solimões, no Amazonas. Existem famílias em aldeia perto do município de Manacapuru, no rio Cueiras, adentrando o rio Negro.

6. Provavelmente não há esse risco, uma vez que o povo, com o tempo, foi retornando ao seu lugar e formando novas aldeias em terras que foram de seus antepassados. Hoje há aproximadamente 50 mil indígenas, ou mais, do povo Omágua/Kambeba, falantes do tronco Tupi, contrariando algumas informações que apontam 780 no total.

7.a) Na utilização de aparelhos eletrônicos que facilitam a comunicação e na busca de saberes na escola do “branco”.

7.b) O “branco”, aqui, representa o povo não indígena. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

7.c) Buscar outros conhecimentos e saberes de modo a ter argumentos consistentes para lutar pelos seus direitos e pela conservação de seu patrimônio.

8. Todas as alternativas.

9. Resposta pessoal.

10. O ideal dos povos indígenas, mesmo que de fórmas diferentes, é conservar a cultura originária como herança ancestral e estar sempre em contato com a Natureza, da qual sentem-se parte integrante.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Permita aos estudantes que apreciem o poema “Amazônia”, declamado pela autora Márcia Kambeba no vídeo a seguir, sem a necessidade de realizar uma tarefa sobre ele. Disponível em: https://oeds.link/z9FdqI. Acesso em: 6 julho 2022.
  • Coloque o vídeo para ser assistido novamente e, dessa vez, peça aos estudantes que fiquem atentos aos gestos e às expressões faciais, às rimas e à entonação da voz da autora durante a declamação do poema. Converse sobre o que sentiram e como a oralidade pode intensificar a leitura.
  • Termine conversando com eles sobre a presença de palavras de origem indígena e a possibilidade de compreender o significado de algumas delas pelo contexto e de outras, não, já que exigem um conhecimento da língua.
  • Apresente aos estudantes os vídeos da campanha do Ministério Público Federal que apresenta uma metodologia de fiscalização das áreas degradadas com base em imagens de satélite. Permita-lhes que manifestem suas opiniões e ideias sobre as questões ambientais da Amazônia e o impacto na vida das comunidades indígenas.
    • Amazônia Protege – videocase (3 minutos). Disponível em: https://oeds.link/eINQp0. Acesso em: 5 julho 2022.
    • Amazônia Protege – videoanimação (30 segundos). Disponível em: https://oeds.link/xLIL8x. Acesso em: 5 julho 2022.

Para ampliar

cuara assú”, Márcia Uáina Kambeba (4 minutos 13 segundos). Disponível em: https://oeds.link/LkSZUq. Acesso em: 5 julho 2022.

unicéfi. Guia de orientação das Nações Unidas no Brasil para denúncias de discriminação étnico‑racial. Disponível em: https://oeds.link/m92Wax. Acesso em: 5 julho 2022.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê três dois

ê éfe seis nove éle pê um dois

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Poema visual

Ícone. Atividade oral.

1. Ao olhar um texto, como você sabe que é um poema e não um texto narrativo, por exemplo? Como o poema costuma ser disposto na página?

Versão adaptada acessível

Atividade 1.

Como você sabe que um texto é um poema e não um texto narrativo, por exemplo?

  1. Será que há outras fórmas que podemos incorporar aos poemas para dar novos significados a eles? O que você acha?
  2. Observe a capa deste livro de poemas, com atenção à disposição dos elementos que a compõem.

O que você acha que a letra do título representa?

Capa de livro. Fundo em branco e título: h’ e outros bichos inteligentes. Na parte inferior, nome dos autores.

4. Agora, leia este poema do livro h’ e outros bichos inteligentes.

A preguiça

Dizem que ela é muito lenta

e que chega sempre atrasada,

ou que nem se movimenta,

não pondo o pé fóra de casa,

mas a verdade é que a preguiça

não se altera e nunca enguiça.

 

Outros pensam que ela é tonta,

meio cega, meio surda,

ou então que é uma marota,

mais esperta que uma pulga,

mas o fato é que a preguiça

não fica enchendo linguiça.

 

Todo mundo fala demais,

até mesmo que ela é roliça,

mas como quem sabe o que faz,

a preguiça se espreguiça.

Poema visual. Fundo em branco e texto: pregu...

POLITO, Ár; LACAZ, Guto. A preguiça. ín: POLITO, rrônald; LACAZ, Guto. A galinha e outros bichos inteligentes. São Paulo: ô zé, 2017. página 10-11.

Respostas e comentários

1. e 2. Respostas pessoais. Os estudantes precisam considerar os elementos verbais e não verbais, suas estruturas em estrofes e versos e a percepção de rimas e outros recursos linguísticos, que se complementam para a criação de sentidos do texto.

3.• Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que o título substitui a expressão “a galinha”, com base no texto logo abaixo da letra.

Eu vou aprender

Poema visual

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Retome com os estudantes o conceito de poema visual. Pergunte a eles como explicariam o que é um poema visual para pessoas que não conhecem ou nunca ouviram falar dêsse assunto. Pedir a eles que pensem em uma fórma de explicar exige organização das ideias e elaboração do discurso. Faça um registro coletivo na lousa com as frases e explicações soltas seguindo a fala dos estudantes. Em seguida, coletivamente, proponha a elaboração de um texto que explique o que é um poema visual. Essa explicação deve ficar no painel da sala para que, ao final do capítulo, seja recuperada e ampliada ou reformulada.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Apresente aos estudantes e retome com eles algumas informações fundamentais para o entendimento do que é um poema visual, como:
    • Elementos verbais (palavras) e não verbais (imagens) se complementam para a criação do sentido do texto.
    • Prioriza o efeito visual, por meio da disposição das letras, das palavras, das cores, entre outros, na página.
    • Várias produções artísticas, como poemas digitais, vídeos e desenhos no papel, podem servir de suporte para a apresentação de um poema digital.
  • A infopoesia é uma fórma de usar a linguagem visual no computador para produzir um poema.
  • Converse com os estudantes sobre os poemas apresentados, “A preguiça” e “Um gato”, e peça-lhes que observem a fórma como estão dispostos na folha e façam a leitura silenciosa de cada um deles. Em seguida, solicite a alguns estudantes voluntários que leiam os poemas e manifestem suas impressões sobre eles.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

5. Faça uma leitura compartilhada com os colegas deste outro poema da mesma obra.

Um gato

Era um gato, de fato,

como qualquer outro gato,

mas não corria atrás de rato,

peixe nem que servissem num prato.

 

Ainda assim era um gato,

mesmo gostando de nadar,

ou apenas ficar deitado

numa banheira e se esbaldar.

 

Também não subia em telhado,

não subia nem em cadeira,

não gostava de lugar alto,

vivia bem numa esteira.

 

No entanto ele era um gato,

só que não dava um miado,

nunca o viram ronronar,

mas sabia sapatear.

 

Gato que não se lambia,

preferia usar um pente,

e cortava as unhas rente

pois usava sempre luvas.

 

Apesar de tudo, um gato,

mesmo que dançando na chuva,

um gato como não se via

e não se vê, mas é fato.

Poema visual. Fundo em branco e ilustração em preto. Letra G como corpo de um gato, letra O como a cabeça. Acima, duas orelhas pequenas.

POLITO, rrônald; LACAZ, Guto. Um gato. ín POLITO, rrônald; LACAZ, Guto. A galinha e outros bichos inteligentes. São Paulo: ô zé, 2017. página 22-23.

6. Observe os elementos nos fundos brancos dos dois poemas. Na sua opinião, qual foi a intenção do autor?

Respostas e comentários

6. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que o autor utilizou recursos que não apenas lembravam os animais dos poemas, como alguma característica deles.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Organize os estudantes em cinco grupos e entregue a cada um deles uma palavra. Ao receber a palavra, eles devem planejar um poema visual desenhando em uma folha de sulfite. Peça-lhes que conversem sobre a palavra que será usada e a fórma como serão dispostas as informações para que possam compor uma imagem que faça referência ao tema apresentado para cada grupo. As palavras sugeridas são: ovo, lixo, aranha, chove, caracol e rio. É importante destacar que essas são apenas sugestões e que podem ser substituídas por você ou pelos próprios estudantes.
  • Oriente a produção de um rascunho e peça aos estudantes que façam a versão definitiva para ser exposta aos demais. Permita-lhes que façam comentários e deem sugestões ao grupo que estiver apresentando. Lembre-se de pedir que a fala dos estudantes sobre a produção dos colegas seja respeitosa e construtiva.
  • Ao final, peça aos estudantes que busquem na internet os poemas cujos nomes foram distribuídos entre os grupos: “O ovo”, de Símias de Rodes; “Lixo, luxo e caracol”, de Augusto de Campos; “Aranha”, de Salette Tavares; “Chove”, de apolinér; e “Rio: o ir”, de Arnaldo Antunes. Estimule a apreciação dos poemas e dos comentários com base na comparação entre o que produziram e a criação dos poetas.
  • Apresente aos estudantes os autores do livro: Guto Lacaz, autor dos poemas visuais, e rrônaldo Polito, autor dos poemas verbais.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

1. Faça uma ficha com informações do livro, como no modelo.

Ícone modelo.

Título do livro

Autores

Editora

Ano de publicação

2. Como é a composição dêsses poemas?

Para você, a parte escrita do poema complementa a visual? Por quê?

  1. Quais foram os bichos inteligentes dos poemas lidos?
  2. No poema “A preguiça”, como os autores representaram o bicho? Descreva o que você vê no poema visual.
Versão adaptada acessível

Atividade 4.

No poema “A preguiça”, como os autores representaram o bicho? Descreva o poema visual.

Fotografia. Um bicho-preguiça em um galho de árvore. Ele tem pelos marrons, cabeça achatada, olhos e focinhos escuros, com patas longas. Ele se segura com a pata dianteira direita no galho e com a outra, para a esquerda, onde veem-se as garras longas e finas de cor bege. Em segundo plano, outras árvores e folhas verdes.
O bicho-preguiça se move muito lentamente e passa praticamente o tempo todo pendurado em um galho, sem se mexer.
  1. Que palavras foram usadas no poema para caracterizar esse bicho?
  2. Releia a primeira estrofe do poema e identifique como é esse animal para o eu lírico. Em que versos ele explica?
  3. No poema, as palavras “dizem”, “outros” e “todo mundo” se referem a quem?
  4. O que a expressão “Não fica enchendo linguiça” representa no poema?
  5. A última estrofe do poema conclui o que o eu lírico pensa sobre o bicho. Em quais destes versos aparece essa conclusão?
Respostas e comentários

1. e outros bichos inteligentes; rrônald Polito e Guto Lacaz; ô zé, 2017.

2. Os poemas se apresentam em fórma de imagem (poema visual) e texto (poema verbal), ou seja, há uma correlação imagem--texto.

2.• Resposta pessoal. Os estudantes devem perceber que imagem e linguagem verbal se complementam para criar o efeito de sentido desejado.

3. A preguiça e o gato.

4. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

4.a) Lenta, atrasada, tonta, cega, surda, marota, esperta, roliça.

4.b) Nos versos “Mas a verdade é que a preguiça // não se altera e nunca enguiça”.

4.c) Referem-se às pessoas em geral, ao senso comum sobre o modo como esse bicho é visto.

4.d) Que o bicho-preguiça não faz movimentos à toa, ou seja, ele não gasta tempo com coisas que não sejam próprias de sua natureza.

4.e) Nos dois últimos versos. O eu lírico considera que as pessoas falam mal do bicho, mas na verdade ele sabe o que faz.

Compreensão textual

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Apresente a tarefa de identificar dados como título, autor, editora e ano de publicação como um procedimento que deve ser repetido em todas as áreas do conhecimento sempre que os livros forem usados em pesquisas para coleta de dados. É uma fórma segura de registrar de onde foram tiradas as informações que se pretende usar.
  • Explique aos estudantes que a função da questão é a de verificar se foi possível compreender o tema do capítulo, que discute o poema visual e sua representação com palavras e imagens.
  1. Explore com os estudantes essa nova maneira de “ver” a poesia, contemplando não só o texto verbal, mas também a imagem. Chame a atenção para o modo como o nome do bicho-preguiça foi escrito no poema visual. O fato de ter deixado a palavra incompleta e seguida de reticências passou a ideia de algo não terminado, como se houvesse uma preguiça de concluir a palavra e continuar escrevendo. dêsse modo, os autores conseguiram caracterizar o animal com esse recurso, criando uma interdependência que constrói o sentido do poema.

Organize a turma em duplas ou trios e oriente-a na realização da questão para que ocorra de fórma organizada com uso de linguagem clara e respostas completas. Pedir que leiam as respostas em voz alta é uma fórma de fazer os estudantes perceberem se o texto está claro e bem elaborado ou confuso, necessitando de reformulação. Quando isso acontecer, permita à dupla ou ao trio reescrever a resposta para, então, ler para a sala.

5. No poema “Um gato”, que elementos formam a imagem dêsse animal? Observe e descreva.

Poema visual. Fundo em branco e ilustração em preto. Letra G como corpo de um gato, letra O como a cabeça. Acima, duas orelhas pequenas.

a. Por que você acha que essas letras foram usadas?

Fotografia. Em uma escadaria de cor cinza, um gato de pelos laranja, com o corpo para a esquerda, com coleira em preto. Mais à esquerda, vista parcial de janela, com vaso cinza e folhas em verde.
Um lindo gato ruivo se sentou na escada perto de uma janela, lembrando a representação do poema.
  1. Releia a primeira estrofe do poema. Que jôgo de palavras você observa nela? Por que esse recurso foi utilizado?
  1. Identifique as alternativas em que o eu lírico apresenta as caraterísticas do gato. Depois, aponte as caraterísticas que, na vida real, são tidas como comuns a qualquer gato.
    1. O gato não corria atrás de rato.
    2. Não comia peixe.
    3. Ele gostava de nadar e ficar apenas deitado numa banheira.
    4. O gato não subia em telhado, não subia nem em cadeira e não gostava de lugar alto.
    5. Ele não dava um miado ou um ronronar.
    6. O gato sabia sapatear.
    7. Ele não se lambia, preferia usar um pente.
    8. Ele cortava as unhas rente, pois usava sempre luvas.
    9. Dançava na chuva.
  2. Releia a última estrofe do poema.
    1. O que a expressão “Apesar de tudo” indica no primeiro verso?
    2. A que conclusão podemos chegar sobre a existência ou não de um gato como retratado no poema?
    3. Que expressão, no último verso, confirma a existência de tal gato para o eu lírico?
Respostas e comentários

5. A imagem é formada pela letra g, que remete ao corpo e ao rabo do gato, e pela letra o, que remete à cabeça, coroada pelas orelhinhas.

5.a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que ambas as letras, além de lembrarem o corpo do animal, fazem parte de seu nome.

5.b) O jogo é com a palavra “gato”, que, pela alteração de sua letra inicial, deu origem às palavras “fato”, “rato”, “prato”. O recurso foi utilizado para construir rimas.

6. Todas as alternativas são características apresentadas no poema. Apenas as alternativas a e b podem ser consideradas reais.

7.a) A expressão indica que, embora as características dos gatos apresentadas no poema não retratem o animal real, para o eu lírico tratava-se de um gato, o que é reforçado pela expressão “mas é fato”.

7.b) Pelas duas últimas estrofes, segundo a afirmação “como não se via e não se vê”, deduz-se que não existe gato como o descrito.

7.c) A expressão “mas é fato”, deixando claro para o leitor que o gato existe, embora apenas na imaginação do eu lírico.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes compreendem a organização de atividades em duplas ou trios, o que deve ser orientado e acompanhado. Explique que realizar as tarefas em pequenos grupos não é para que dividam as partes e trabalhem de fórma isolada, e sim para que troquem ideias, discutam as possibilidades e elaborem as respostas cuidando da ortografia, pontuação, acentuação, clareza e coerência. Em pequenos grupos, um regula e apoia o outro e a troca pode ser enriquecedora.

Durante a realização das atividades, circule entre eles para observar se compreenderam bem os enunciados e faça intervenções quando julgar apropriado.

Para ampliar

A Oficina de arte e cultura trabalha uma sequência de atividades com o gênero poesia virtual e propõe uma produção textual com os estudantes. A oficina é oferecida pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária , que é uma organização da sociedade civil que atua desde 1987. A autora da oficina é América dos Anjos Costa Marinho, formada em Pedagogia e licenciada em Letras pela Universidade de São Paulo (úspi). Disponível em: https://oeds.link/L27u4m. Acesso em: 5 julho 2022.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

LÍNGUA E LINGUAGEM

Figuras de linguagem: assonância e aliteração

Responda às questões no caderno.

Ícone. Atividade oral.
Ícone. Atividade em grupos.

1. Leiam o poema.

Poema visual. Fundo em branco e título com letra em preto, estilizado com pequenos pontos atrás, contornando a palavra DORA.

— Oh Dora, oh Dora,

onde é que você mora?

— Em um sítio, na montanha

com janelas digitais.

 

— Oh Dora, oh Dora,

o que é que você faz?

— Eu me balanço, deitada,

em uma rede banda larga.

 

— Dora, oh Dora,

o que faz com o cursor?

— Eu salvo os teus arquivos

no meu computador.

CAPPARELLI, Sérgio. Dora. ín: CAPPARELLI, Sérgio. Poemas para jovens inquietos: manual do professor. primeira edição Porto Alegre: Buqui, 2021. página 67.

  1. O que mais chamou sua atenção no poema? Comente com os colegas e o professor.
  2. De que maneira o eu lírico explora o significado das palavras “janelas” e “rede”?
  3. Releiam os dois primeiros versos de cada estrofe. Qual som se repete com mais frequência? Que efeito essa repetição provoca no texto?

Algumas figuras de linguagem exploram a expressividade dos textos por meio dos sons. A assonância consiste na repetição, de maneira ordenada, de sons vocálicos iguais. Quando isso ocorre com sons consonantais, a figura de linguagem recebe o nome de aliteração.

Respostas e comentários

1.a) Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

1.b) Ele acrescenta a elas características que as convertem em vocabulário relacionado à computação.

1.c) O som /barra (o aberto). Ele confere ritmo ao poema, explorando sua musicalidade.

Língua e linguagem

Figuras de linguagem: assonância e aliteração

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • As figuras de linguagem assonância e aliteração são recursos sonoros e, por essa razão, é imprescindível que os estudantes façam uma leitura oral dos poemas.
  • Antes da leitura em voz alta, os estudantes devem ter um tempo para que se familiarizem com os textos. Peça a eles que façam a leitura silenciosa e em voz baixa simulando um ensaio. Assim, poderão perceber a repetição do som das vogais e consoantes.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Convide um estudante para fazer a leitura em voz alta do poema “Dora”. Para que todos possam refletir sobre a sonoridade do poema, peça a ele que a leitura seja repetida duas ou três vezes.
  • Sugira que conversem sobre a sonoridade provocada pela repetição da vogal “O” (aberta) no início de cada estrofe, que dá ao poema uma certa musicalidade.
  • Outro aspecto que pode chamar a atenção dos estudantes é o uso das palavras “rede” e “janela”. O poema começa citando o sítio como lugar onde ela mora e, então, as palavras “janela” e “rede” poderiam ter outro sentido que não o da linguagem digital.
  • Leia com os estudantes a explicação sobre as figuras de linguagem que têm a expressividade marcada pela sonoridade: assonância e aliteração. Retome o poema “Dora” para identificar a assonância como a figura de linguagem representada nele.
  • Em seguida, leia a questão e verifique se todos conseguem perceber que, no caso do provérbio popular, trata-se de aliteração. Cite também “O rato roeu a roupa do rei de Roma” como exemplo.

Habilidades Bê êne cê cê

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ê éfe seis sete éle pê três oito

ê éfe seis nove éle pê cinco três

2. Leiam este provérbio popular.

“Quem com ferro fere com ferro será ferido.”

Que figura de linguagem ele apresenta? Expliquem.

3. Agora, leiam este outro poema.

Velho Chico

O

Rio

São Francisco

não cabe

no corpo

da terra

não cabe

no corpo

de Minas

não cabe

no corpo

do homem

mas cabe

no coração.

PONTES, Hugo. Velho Chico. ín PONTES, Hugo. Poemas visuais e poesias. São Paulo: dics Editorial, 2007. página 48.

Fotografia. Um rio grande de cor marrom, ao centro, bolhas de ondas de transporte passando. Em segundo plano, morros com vegetação verde. Na parte superior, céu em azul-claro e nuvens brancas.
Fotografia. Vista geral de uma embarcação como uma canoa passando em um rio de cor escura.
O rio São Francisco, um dos mais importantes do Brasil, passa por seis estados: Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, além do Distrito Federal.
  1. Qual é o objetivo do eu lírico ao afirmar que o rio São Francisco não cabe “no corpo da terra”, “no corpo de Minas” e “no corpo do homem”?
  2. Embora o rio não caiba nos lugares mencionados pelo eu lírico, na última estrofe, ele apresenta um local no qual o São Francisco cabe: “no coração”. O que isso significa?
  3. Identifiquem a figura de linguagem relacionada à repetição de sons presente no texto e exemplifiquem com um trecho em que ela ocorre.
Respostas e comentários

2. • Apresenta aliteração, pela repetição da consoante f inicial.

3.a) Destacar a grandeza do rio.

3.b) Isso significa que o eu lírico tem amor pelo rio.

3.c) No texto ocorrem aliterações em: “não cabe / no corpo”; “mas cabe no coração”.

  • ATIVIDADE DE DESENVOLVIMENTO
  • Comente com os estudantes que Velho Chico é o nome carinhoso pelo qual o rio São Francisco é chamado, especialmente no sertão do Nordeste. Faça com eles uma exploração do atlas e identifique, no mapa físico do Brasil, o trajeto percorrido pelo rio desde a nascente na serra da Canastra até a foz no Oceano Atlântico, entre os estados de Alagoas e Sergipe.
  • Oriente os estudantes a fazer uma busca na internet para localizar o trajeto e identificar os cinco estados brasileiros por onde ele passa: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
  • Explique que se trata de um rio de grande importância no sertão por ser um rio perene, extenso e volumoso que, em seu trajeto, atravessa boa parte das terras secas do semiárido brasileiro no bioma da Caatinga.
  • Mostre aos estudantes o vídeo, de pouco mais de 3 minutos de duração, produzido pelo Ministério Público Federal , intitulado “Especial Velho Chico – Matéria 1: Onde nasce o rio São Francisco?”. Disponível em: https://oeds.link/Gt78dw. Acesso em: 5 julho 2022.
  • Convide um estudante para fazer a leitura em voz alta do poema “Dora”. Ao ouvir o colega declamando, os estudantes poderão refletir sobre a sonoridade do poema. Peça a ele que a leitura seja repetida duas ou três vezes.
  1. Proponha que a questão seja respondida oralmente e aponte a repetição dos versos. Converse também sobre o que significa dizer que um rio não cabe no corpo. Qual é o sentido da palavra “corpo” no poema? É importante enfatizar que a linguagem poética permite o uso de palavras em sentido figurado, afinal a terra e o estado de Minas Gerais não possuem um corpo no sentido literal da palavra.

Retome o conceito de aliteração para explicar que a repetição das consoantes “n” e “c” é uma evidência de que a sonoridade do poema é resultado da repetição das consoantes e configura aliteração.

VOCÊ É O AUTOR!

Criação de um poema visual

  1. Você gosta de algum poema em particular? Se sim, qual?
  2. O que você sabe sobre poemas em geral?
  3. Você já escreveu algum poema? Em caso afirmativo, qual foi o tema escolhido?
  4. Agora, você terá a oportunidade de criar um poema visual. Siga as orientações.

Seleção do poema

Ícone. Atividade em grupos.
  1. Com a ajuda do professor, você e os colegas da turma vão escolher um poema para transformá-lo em poema visual.
  2. Para escolherem o poema, consultem os livros de poesia disponibilizados pelo professor ou os da biblioteca. Lembrem-se de que o texto verbal do poema selecionado não poderá ser mudado.
  3. Selecionado o poema, conversem sobre o tema, os motivos da escolha das palavras, as rimas (se houver), os jogos de palavras, o uso de sentido figurado (metáfora, por exemplo), o ritmo e a sonoridade.

Criação do poema visual

  1. Agora, cada um criará sua versão visual do poema. É importante que ele contenha palavras do poema verbal escolhido.
    1. Em uma folha à parte, faça um esboço de sua leitura do poema, já pensando na fórma para transformá-lo em poema visual.
    2. Lembre-se dos exemplos que já vimos no decorrer da unidade e os recursos não verbais utilizados.
    3. Trabalhe à vontade nessa fase: faça, refaça, mude de novo. Vá esculpindo o poema até ficar na fórma que você imaginou.
    4. Esse é um trabalho criativo, por isso não existe certo ou errado. Apenas não fuja do tema do poema.
Ilustração. Menina vista da cintura para cima, com cabelos amarrados para trás e franja, usando blusa de cor azul-claro, segurando nas mãos, um livro de capa em laranja-claro. Ilustração. Uma menina de cabelos longos amarrados para trás, encaracolados em azul, de blusa de mangas compridas em azul-claro. Ela segura na mão direita, um livro de capa em bege-claro, de frente do rosto. Ilustração. Menina vista da cintura para cima, de cabelos encaracolados em castanho, par de óculos de grau, de blusa de mangas compridas em marrom e colete em amarelo com bolinhas em marrom. Ela segura nas mãos, um livro de capa em verde, aberto, de frente para o rosto.
Respostas e comentários

1 e 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes citem a escolha das palavras a fim de produzir determinada sonoridade e a preocupação com a fórma, por exemplo.

Você é o autor!

Criação de um poema visual

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Proponha uma roda de leitura de poemas trazidos e selecionados pelos estudantes ou disponibilizados pela escola (sala de leitura ou biblioteca). Esta atividade não deve ter relação direta com a proposta de criação de um poema visual. Crie um espaço no qual a leitura acontece por prazer. Vale afastar as carteiras da sala, colocar almofadas e tapetes no chão e convidar e estimular os estudantes a declamar, a criar um coral e até mesmo a cantar. Trazer poemas musicados pode tornar o ambiente bem agradável.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 a 3. Permita aos estudantes que falem livremente sobre suas experiências com poemas tanto na posição de leitores quanto na de apreciadores ou autores. Lembre-os dos poemas musicados em cantigas da infância ou em músicas que fazem parte da vida cotidiana de cada um e que nem sempre são vistas ou entendidas como poemas.

4 a 7. Organize os estudantes em grupo com o cuidado de criar um encontro produtivo e diversificado, ou seja, um grupo em que os componentes tenham habilidades diversas que possam ser complementares. Gerenciar os grupos é tarefa importante e será necessário conversar sobre respeito, registro, escuta, organização e divisão de tarefas.

  • A escolha do poema deve ser feita coletivamente e o grupo pode exercitar a argumentação para que um ou outro poema seja escolhido pela maioria. Oriente o grupo a considerar elementos como a sonoridade, a presença ou não de rimas, as primeiras ideias de representação do poema com imagens para fortalecer os argumentos de quem quer defender a escolha de determinado poema.
  • Apresente a maior variedade possível de poemas para que os estudantes tenham diversas opções e percebam que há poemas com características bem diferentes quanto ao uso ou não de rimas, sonoridade, tamanho e quantidade de versos e estrofes, além das mais variadas temáticas. A internet pode ser um recurso digital importante quando o volume de poemas para a escolha for reduzido.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê três um

ê éfe seis sete éle pê três dois

ê éfe seis sete éle pê três três

ê éfe seis nove éle pê zero sete

ê éfe seis nove éle pê um dois

ê éfe seis nove éle pê dois sete

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe seis nove éle pê cinco seis

Revisão do poema

9. Quando achar que seu poema visual está pronto, faça a versão final. Utilize a pauta de revisão para orientar essa etapa.

Copie em uma folha à parte a pauta de revisão sugerida a seguir. Converse com o professor e os colegas para acrescentar outros itens, se for necessário.

Ícone modelo.

Pauta de revisão

Sim

Não

Observações

Adequação ao gênero

Organização do texto

Relação entre o verbal e o não verbal

Ortografia

Pontuação

Acentuação das palavras

Uso do dicionário (dúvidas sobre a escrita)

Lembre-se de dar o crédito ao autor do poema que você usou para fazer o seu poema visual.

Exposição dos poemas visuais

10. Exponha seu trabalho para a turma e conversem sobre a experiência. Vocês podem fazer um mural de poesia visual para compartilhar essa produção poética com as outras turmas da comunidade escolar.

Ilustração. Um varal na horizontal, com três folhas penduradas em branco, com prendedores em verdes, vermelhos e azuis.
Respostas e comentários
  1. Estimule o exercício de criar efeito visual com os versos e as estrofes dos poemas. Explique aos estudantes que a criação é um processo longo que exige várias tentativas e rascunhos. É preciso também ter disposição para refazer os desenhos com base nas sugestões dos colegas. Peça aos grupos que guardem as versões dos rascunhos como fórma de registrar o processo de criação.
  2. Converse com os estudantes sobre a importância do processo de revisão antes da finalização de um trabalho. Explique a composição da pauta de revisão e tire as dúvidas deles sobre o significado de cada um dos itens. Ofereça a tabela de revisão para que cada estudante preencha de fórma individual. Assim, quando o grupo estiver reunido poderá comparar e discutir as respostas. Pode optar também por pedir a revisão diretamente ao grupo sem passar pela etapa individual.
  3. A exposição dos trabalhos é sempre uma oportunidade de fazer uma troca de ideias entre os estudantes da sala, mas é também uma fórma de mostrar aos outros estudantes da escola e demais pessoas da comunidade escolar o resultado de um trabalho de criação.

A poesia visual sempre chama a atenção pela fórma como se apresenta e o quanto faz as pessoas pensarem sobre a representação verbal e não verbal. Converse com os estudantes sobre qual seria a melhor fórma de mostrar a produção dos grupos para a maior quantidade de pessoas possível.

ORALIDADE

Sarau de poemas

Organização do sarau

Ícone. Atividade em grupos.
  1. Você, os colegas e o professor vão organizar um sarau de poemas. Primeiro, discutam alguns tópicos, como:
    1. se haverá convidados ou se o sarau será só para sua turma;
    2. o dia e o horário do sarau;
    3. onde ele será feito;
    4. o material necessário para realizar o recital;
    5. a divisão das tarefas para organizar o evento e no dia do evento;
    6. a ordem de apresentação dos poemas;
    7. quem fará a introdução e o fechamento do sarau.

Se a apresentação for de um poema visual ou concreto, vocês poderão precisar de um projetor ou usar um cartaz para que a plateia visualize a imagem.

Escolha o seu poema

  1. Com tudo definido, é o momento de você escolher qual poema vai recitar. Com a turma e o professor, visite a biblioteca para escolher o poema ou escolha o poema criado por você.
  2. Após escolher o poema, converse sobre ele com o professor e faça uma leitura silenciosa. Tente compreender o poema e observar as características do texto que podem ajudá-lo no momento de recitar.

Ensaio

  1. Para recitar o poema no sarau, é necessário ensaiar. Embora você não precise decorá-lo, ele não deve ser lido na apresentação.
    1. Observe a entonação, a postura, a interpretação e o ritmo mais adequados ao poema que você escolheu.
    2. Use um tom de voz que todos possam ouvir.
    3. Articule bem as palavras.
    4. Escreva o poema em uma folha à parte para a apresentação. Lembre-se: é apenas um apoio, não é para ler.

Antes do sarau

5. Preparem, com a ajuda do professor, algumas questões que serão feitas à plateia para avaliar a recepção das apresentações.

As questões podem ser digitadas. Assim, será possível imprimir cópias para serem distribuídas após o sarau.

Respostas e comentários

Oralidade

Sarau de poemas

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • O que é um sarau? Coloque essa pergunta no centro da lousa e peça aos estudantes que apresentem suas ideias sobre o assunto. A fala de cada um deve ser registrada na lousa para servir de regulação e evitar repetições desnecessárias. Nessa faixa etária, é comum que os estudantes participem e, dessa fórma, ao ler o que está na lousa, podem simplesmente levantar a mão para dizer se concordam ou discordam de uma ou outra fala registrada. O exercício de ouvir e respeitar o turno de fala deve ser trabalhado e orientado.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Apresente informações sobre o sarau e peça aos estudantes que tomem nota. Sugira que anotem em itens e de fórma rápida para, depois, elaborar uma síntese unindo o que foi dito pelos colegas e o que foi trazido pelo educador.
  • A palavra “sarau” deriva do latim / que significa “serão”, ou seja, “atividade noturna”.
  • Eram eventos literários e musicais com atividades recreativas e lúdicas, como ouvir músicas tocadas ao vivo, ler trechos de livros de literatura, declamar poemas e conversar.
  • Aconteciam normalmente em casas particulares com a intenção de promover o encontro social e cultural de pessoas de determinado grupo. Apesar de existirem desde a Idade Média, eram muito comuns na Europa do século dezenove.
  • Na atualidade, eles acontecem também em universidades, salas de teatro, bares e praças. São lidos textos clássicos ou de autores desconhecidos do grande público.
  • Solicite aos estudantes que comparem suas anotações com as dos colegas a fim de gerar a interatividade entre eles e a busca pela complementariedade das informações.
  • Converse com eles sobre a organização do sarau e permita a todos que participem com ideias e sugestões. Fazer uma lista de tarefas a serem cumpridas antes do evento pode facilitar o encaminhamento das propostas. Os estudantes podem participar por meio de atividades como: fazer abertura, elaborar convite, produzir cartaz para ser colocado na entrada, preparar o ambiente tornando a sala agradável e aconchegante. Essas são algumas das muitas tarefas que precisam de candidatos.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Entregue aos estudantes folhas de papel sulfite e peça-lhes que façam um desenho que represente o lugar onde vivem. Depois, organize uma roda para que cada um mostre seu desenho e descreva as características do lugar. Se apontarem as características da rua ou do bairro onde moram, explore as características da paisagem local. Essa reflexão também permite conhecer e valorizar os elementos da cultura de um povo e estabelecer relações e trocas de experiências.
  • Faça uma lista dos elementos que distinguem as identidades de lugares e pessoas, como construções, alimentação, vestimenta, músicas, danças, língua (dialetos), trabalho, jogos e brincadeiras, o dia a dia. Peça aos estudantes que identifiquem nos poemas quais características se relacionam aos aspectos que lembram a casa deles.

Apresentação do sarau

  1. No dia do sarau, organize com os colegas o local em que acontecerá o evento.
    1. Disponham as cadeiras de fórma que a plateia possa enxergar quem está recitando o poema e o recurso visual, se este for utilizado.
    2. O local pode ser a biblioteca ou um ambiente aberto, mas que seja agradável e silencioso para as apresentações.
    3. Se possível, providenciem um aparelho de som e microfones.
Ilustração. Quatro livros empilhados um sobre o outro de capas coloridas. À frente, um livro aberto, de páginas de cor bege-claro. Próximo, um tinteiro em preto, com uma pena de cor roxa. Sobre os livros, garota em pé, de cabelos longos castanhos, de regata em vermelha, calça em preto e braço esquerdo esticado para a direita. Ao fundo, na parte superior, nuvens em bege-claro.

Avaliação e recepção

  1. Ao final do evento, distribuam aos espectadores as questões de avaliação para que eles possam dar opiniões sobre as apresentações e percepções do sarau.
    1. Como o público interagiu com a declamação dos poemas? Ele interagiu o tempo todo?
    2. Como a declamação dos poemas foi avaliada?
    3. Os poemas despertaram emoções e sentimentos?
  2. Agora, reúnam-se para conversar sobre as apresentações, avaliando os pontos positivos e negativos e o que pode ser mudado em uma próxima vez.
    1. Todos participaram, desempenhando sua função?
    2. Cada um respeitou a função do outro durante o ensaio e durante a apresentação do sarau?
    3. Houve problemas entre os colegas? Como vocês resolveram?
    4. O sarau de poemas saiu como vocês queriam? Expliquem.
Respostas e comentários

7. Respostas pessoais.

8. Respostas pessoais.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Converse com os estudantes sobre o ambiente onde ocorrerá o sarau e decida se haverá necessidade ou não de um outro tipo de organização. Verifique se a sala está bem iluminada e ventilada e se não há barulhos excessivos que podem atrapalhar o evento. O horário de intervalo de outras turmas não deve coincidir com o momento do sarau.
  • Reúna os estudantes em uma sala ao lado do evento ou no corredor da escola e tenha com eles uma conversa de incentivo e estímulo. Oriente mais uma vez a importância da postura adequada, das expressões e gestos e do tom de voz no momento da leitura. Mostre que está ao lado deles e que qualquer falha pode ser retomada. Uma palavra lida de fórma errada ou o nervosismo podem ser contornados.

Estudo de recepção do sarau

  1. Essa atividade permite explorar noções iniciais das práticas de pesquisa de estudo de recepção, que têm a intenção de atribuir ao espectador o papel primordial, uma vez que a interação, que depende da recepção, promove diferentes interpretações e efeitos acerca do objeto. Isso significa que a interpretação não depende só do leitor, mas também é estimulada com base no que a obra apresenta, embora cada interlocutor dê sentido segundo suas vivências.
  2. Peça aos estudantes que elaborem a pesquisa com questões para os espectadores, que abordem o ambiente, a escolha dos poemas, a oralidade, a clareza, o tempo de realização e as emoções e os sentimentos despertados pelo sarau.
  • Para isso, proponha algumas perguntas em um quadro de comentários da dramatização, adaptando-as e relacionando-as ao contexto da apresentação.

8. Terminado o evento, é hora de fazer a autoavaliação e a reflexão. Oriente a leitura das respostas elaboradas pelos espectadores e permita aos estudantes que falem sobre o próprio desempenho e o evento em geral. As críticas aos colegas devem ser feitas de fórma delicada e respeitosa, sempre com o intuito de enriquecer o desempenho dos colegas. Converse com eles sobre diferentes fórmas de apresentar as críticas ou fazer os comentários sem, necessariamente, citar o nome de nenhum colega da turma. Estimule-os a fazer uma lista com os pontos que foram bons e os que precisam ser superados e aperfeiçoados pelo grupo.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê um um

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco seis

CLUBE DO LIVRO

Nesta unidade, inicia-se o Clube do Livro!

A cada bimestre, você escolherá um livro na biblioteca para ler. O objetivo deste projeto e o seu propósito vão além do prazer da leitura, uma vez que também contribuem para a ampliação do vocabulário, a fluência e o desenvolvimento de estratégias de leitura, a construção de uma rotina de leitura e outros aspectos sobre ler por ler, ler por prazer, ler para se informar e ler para praticar a leitura.

Ilustração. Fundo em preto, com um livro aberto ao centro, de cidade com vegetação rasteira, rio e castelo e no alto, céu em azul-claro e nuvens em branco. Na parte superior, marcador de livro em vermelho e em volta crianças lendo em posições diferentes. Elas estão com livro aberto de capa em marrom, vermelho e partes com nuvens em branco, estrelinhas em amarelo e folhas em verde.

Escolha do livro

1. A cada livro escolhido, você deverá preencher uma ficha de leitura. Você pode copiar a ficha de leitura no caderno ou em uma folha à parte.

Ícone modelo.
Ficha de leitura

Nome do livro:

Autor:

Ano de publicação:

Editora:

Resumo:

  1. Terminado o resumo, escreva suas percepções e inclua um ícone de avaliação para ajudar os colegas a conhecer melhor a sua opinião sobre o livro que leu.
    1. Pontos positivos.
    2. Pontos negativos.
    3. O que aprendi com essa leitura.
    4. Recomendo ou rejeito.
Respostas e comentários

Clube do Livro

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Crie um painel com três afirmações e convide os estudantes a buscar na internet ou em revistas imagens que possam representar as ideias de cada uma delas. Deixe o painel exposto na sala com o título da proposta: Clube do Livro.
  • No painel, a palavra “LER” precisa ter grande destaque e dela devem sair as flechas que indicam as esferas de leitura:
    • Ler por prazer.
    • Ler para se informar.
    • Ler para praticar a leitura.
  • Antes de pedir aos estudantes que busquem imagens, frases ou palavras que possam compor o painel, permita-lhes que falem abertamente sobre o significado de cada uma das esferas que indicam diferentes fórmas de se beneficiar pessoal e intelectualmente com a leitura. Estimule a participação de todos e enfatize que o prazer é tão importante quanto os conhecimentos que se adquire ao ter a leitura na rotina diária. Destaque o impacto positivo da leitura na construção da competência na escrita, tanto em termos de vocabulário, pontuação e acentuação quanto na clareza e coerência textual.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Leia com os estudantes o parágrafo inicial e pergunte a eles se ficaram faltando algumas informações que podem ser colocadas no painel coletivo.
  • Oriente-os quanto ao preenchimento da ficha de leitura e, principalmente, quanto aos benefícios que a prática dêsse tipo de registro pode trazer. Explique que a ficha de leitura é uma ferramenta de extrema importância e que não se limita ao uso na área de Língua Portuguesa nem ao período escolar em que se encontram atualmente. Em qualquer área do conhecimento, é importante fazer registros de leitura, e o primeiro passo é o de identificar dados como os apresentados na ficha. Cite como exemplo os trabalhos universitários de mestrado e doutorado, que fazem revisão bibliográfica, e as pesquisas escolares no Ensino Fundamental e Médio, que também usam fichas dêsse tipo.

A ideia de complementar a ficha com as impressões da leitura tem enorme valor quando os livros da biblioteca circulam entre os estudantes. As percepções de um colega da mesma faixa etária e do mesmo grupo podem ser sugestivas e estimulantes, fazendo com que muitas escolhas sejam pautadas por essas observações.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis nove éle pê quatro seis

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

Reflexão e investigação

  1. Como você selecionou esse livro para ler?
    1. Pelo título do livro.
    2. Pela capa do livro.
    3. Por indicação de um colega ou professor.
    4. Pela leitura de uma resenha do livro.
  2. Você utilizou alguma estratégia para escolher? Em caso positivo, qual?
    1. A leitura da quarta capa do livro.
    2. A leitura das orelhas do livro.
    3. A leitura das informações sobre o autor.
    4. Procurando comentários em redes sociais.
  3. Como foi sua leitura?
    1. A leitura fluiu tranquila e agradavelmente?
    2. Você teve alguma dificuldade com a leitura e precisou do dicionário para compreender algumas palavras?
    3. Durante a leitura, teve dificuldade em compreender o texto e precisou reler alguns trechos ou pedir ajuda ao professor ou a um colega?
  4. Quais eram as suas expectativas ou suposições antes da leitura dêsse livro?

Essas expectativas foram atingidas?

Suas suposições foram confirmadas ou não?

Hora de compartilhar

Ícone. Atividade em grupos.
  1. Com o professor e os colegas, organizem uma roda de conversa para compartilhar suas experiências como leitores.
    1. Na sua vez de falar, conte o assunto do livro que leu.
    2. Conte se gostou ou não do livro e por quê.
    3. Diga se recomendaria ou não a leitura e por quê.
    4. Na vez de seus colegas, ouça-os atentamente para que isso ajude nas suas novas escolhas!
  2. Depois, escolha um novo livro que chamou a sua atenção e despertou seu interesse. Aproveite a leitura!
Respostas e comentários

3 a 7. Respostas pessoais.

Reflexão e investigação

3 a 5. Antes de pedir aos estudantes que respondam às questões buscando as alternativas mais adequadas, converse sobre os itens e discuta as vantagens e as desvantagens de cada uma delas. De que fórma o título ou a imagem da capa de um livro podem ser responsáveis por nossas escolhas? Peça a eles que pensem sobre as estratégias de escolha na hora de ver um filme, um vídeo na internet ou um espetáculo de teatro ou música. Ouça os argumentos apresentados por eles e convide-os a fazer a defesa argumentativa de uma ou outra alternativa.

  • O exercício de pensar sobre as alternativas antes de responder de fórma rápida é importante, pois contribui para uma postura mais reflexiva com relação às diferentes fórmas de fazer escolhas. Discuta se a simples indicação de um colega seria suficiente para que uma leitura fosse feita ou se, além de indicar, gostaria de ouvir também alguns comentários sobre o livro indicado.
  • A conversa sobre as escolhas poderá ampliar o universo dos estudantes, fazendo-os perceber que podem e devem ser levadas em consideração no momento de iniciar uma leitura.

7 e 8. Falar do assunto pode ser difícil para alguns estudantes. Cite exemplos em que, ao falar do assunto, revelou dados do livro que deveriam ser ocultados para estimular a leitura dos colegas ou, em oposição, dados que são tão vagos, que não apresentam pistas do que está sendo tratado no livro.

  • Com o título dos livros de leitura selecionados pelos estudantes, é possível criar uma ficha na qual o nome do livro seja colocado em uma coluna e o comentário do colega seja colocado em outra. Ao final das explanações, é possível assinalar e até numerar, em ordem de preferência, os títulos que poderão ser lidos futuramente.
  • Se mais de um estudante estiver lendo o mesmo título, é interessante que troquem ideias antes de apresentar suas impressões ao grupo.
  • Estimule o discurso argumentativo dos estudantes e não permita comentários muito superficiais, como dizer, por exemplo, “indico a leitura pois o livro é legal”. Dizer que é legal não configura um problema, mas resumir a justificativa apenas dizendo que é legal não informa quase nada. Use como exemplo algo que, na opinião de um adulto, pode ser considerado “legal”, mas para um jovem pode ser entediante ou desinteressante. Ajude-os a elaborar boas justificativas e, se for necessário, peça a eles que façam um esboço no caderno.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

1. Observe o cartaz da campanha dounicéfi(Fundo das Nações Unidas para a Infância) por uma infância sem racismo.

Cartaz na vertical. Na parte superior, fotografia do rosto de uma menina indígena. Ela tem cabelos longos com franja, escuros e lisos. Sobre a cabeça dela, uma faixa trançada em vermelho e, mais acima, um cocar visto parcialmente em verde. Ela tem pinturas em laranja, na horizontal, perto dos olhos e sorri. Ao fundo, local com vegetação verde. Na parte inferior, texto: EM UM MUNDO DE DIFERENÇAS ENXERGUE A IGUALDADE.  
O Brasil tem 31 milhões de crianças negras e indígenas. A maioria sofre com a discriminação racial, sem ter acesso à educação, à saúde e ao desenvolvimento. Ajude a mudar essa realidade. Contribua para uma infância sem racismo. Participe desta campanha. Acesse: www.unicef.org.br
Na parte direita, logotipos.

CAMPANHA Por uma infância sem racismo. unicéfi Brasil, Brasília, Distrito Federal, 2010. Disponível em: https://oeds.link/PJb4Jp. Acesso em: 14 julho 2022.

  1. Que elemento não verbal é utilizado no cartaz?
  2. Qual é a legenda da imagem? Que mensagem ela representa?
  3. Qual é o islôgam do cartaz?
  4. Qual é a relação que se pode fazer entre o cartaz, os poemas e o texto da autora Márcia Uáina Kambeba? Explique com suas palavras.
Respostas e comentários

1.a) A imagem de uma criança indígena.

1.b) A legenda é “Carlos , aos 36 anos, médico e o futuro todo pela frente”. Ela representa um futuro possível para a criança indígena.

1.c) “Em um mundo de diferenças enxergue a igualdade”.

1.d) Resposta pessoal. Os estudantes podem citar partes dos poemas ou do texto da autora para exemplificar que o ideal indígena é preservar sua cultura com respeito e dignidade, sem preconceito em relação às diferenças, mas aproximando e conscientizando as pessoas não indígenas.

Eu aprendi!

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • O objetivo da seção é retomar conteúdos e conceitos trabalhados na unidade e, portanto, pode ser necessário rever páginas e anotações anteriores.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Projete, se possível, a imagem do cartaz em uma tela grande e peça a todos que façam silêncio, observem a imagem e leiam o slogan. Abra espaço para que os estudantes comentem o propósito do cartaz.
  • Contextualize a produção explicando aos estudantes o que é a Unicef: é uma sigla que significa Fundo das Nações Unidas para a Infância (em inglês, a sigla originária remete a iunáited nêichionsinternéchional ). Foi criada em 1946 e tem por objetivo garantir os direitos e o bem-estar de crianças e adolescentes em todo o mundo. Está no Brasil desde 1950 e é responsável por inúmeras ações e campanhas em prol de crianças e jovens.
  • Comente que o slogan é uma frase de fácil memorização que resume as características de um produto ou, no caso, as intenções de uma campanha.
  • Faça um exercício coletivo com os estudantes e peça a eles que observem os colegas da sala e pensem em suas características físicas, sociais e emocionais e também em seus sonhos e perspectivas futuras.
  • Coloque a frase do islôgam na lousa separando a primeira parte dela de um lado e a segunda do outro lado. No lado em que estiver escrito “em um mundo de diferenças”, peça aos estudantes que listem tudo que há de diferente entre eles e a criança representada na imagem. No lado com a frase “enxergue a igualdade”, peça-lhes que expressem suas ideias sobre o que é ou deveria ser igual para todas as crianças e jovens.
  • O exercício é uma excelente oportu­nidade de discutir o sentido da expressão “igualdade na diversidade”, que carrega a ideia de respeitar as diferenças étnico­‑raciais e culturais garantindo direitos iguais com relação à educação, à saúde, à alimentação, à moradia, entre outros. É o exercício de identificar as diferenças sem perder de vista o que é comum a todos.

2. Observe o poema “Baleia”.

Poema visual. Uma letra B em preto, na parte inferior e acima, uma linha fina na vertical, com duas pontas para o lado, similar a letra V. Entre a letra B e na linha fina, uma reta na horizontal.

Baleia

Uma ilha cruza o mar lentamente

disparando para o céu um foguete.

POLITO, rrônald; LACAZ, Guto. Baleia. ín: POLITO, rrônald; LACAZ, Guto. A galinha e outros bichos inteligentes. São Paulo: ô zé, 2017. página 32-33.

  1. Nesse poema, o que mais chamou sua atenção?
  2. Para você, o que esse poema transmite?
  3. Quais são as principais características do poema visual?

3. Agora, leia um trecho do poema “Excursão”, de Sérgio Capparelli.

reticências

A viagem nem tinha começado

e eu ali, em meio ao vozerio, cantava,

batendo nos bancos.

A professora pedia um pouco de silêncio,

pelo amor de Deus, vou ficar surda,

e a turma batucava e batucava

e batucava no meu peito

um coração pedindo estrada.

E você, nem te ligo,

conversava com Luísa, ajeitando uma rosa branca,

nos seus cabelos lisos.

reticências

CAPPARELLI, Sérgio. Excursão. In: CAPPARELLI, Sérgio. Poemas para jovens inquietos: manual do professor. primeira edição Porto Alegre: Buqui, 2021. página 26.

  1. Embora esteja participando da brincadeira, o eu lírico observa alguém que está no ônibus. Como essa pessoa reage? O que ela está fazendo?
  2. Como se classificam os versos presentes no poema? Por quê?
  3. Qual é a figura de linguagem presente no verso: “pelo amor de Deus, vou ficar surda”?
  4. Identifique no trecho uma passagem em que ocorre aliteração.
Respostas e comentários

2.a) Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

2.b) Resposta pessoal. O poema visual brinca com metáforas, relacionando a parte superior da baleia e da letra B como uma ilha flutuando no mar e o esguicho da baleia como um foguete rumo ao céu.

2.c) No poema visual, a criação de imagens é explorada ao máximo pela disposição de letras e palavras que proporcionem ao leitor um efeito visual. Outros elementos também podem ser usados, como as cores.

3.a) A pessoa nem liga e está ajeitando uma rosa branca em seus cabelos.

3.b) São versos soltos, pois não apresentam rima.

3.c) Hipérbole.

3.d) Possibilidades de resposta: “batendo nos bancos”; “conversava com Luísa, ajeitando uma rosa branca, // nos seus cabelos lisos”.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Permita aos estudantes que manuseiem o livro, retornando às páginas anteriores, e recuperem anotações e respostas do caderno. Peça a eles que citem os assuntos e registre o que for dito por eles na lousa. Espera-se que apresentem informações sobre características dos poemas, como verso, estrofe e rima, poema visual e sua construção, com palavras e imagens, e as figuras de linguagem, como aliteração e assonância. É possível que citem também as propostas, como a de fazer um sarau, produzir e declamar poemas, registrar informações em um mapa conceitual e outras.
  • Retomar, antes de iniciar as atividades, dará aos estudantes maior conforto e segurança. Organize a sala em duplas para que realizem as tarefas e, em seguida, proponha a correção oral e coletiva solicitando a participação de todos.

2. Explore com os estudantes a parte não verbal do poema, em que os autores utilizaram a letra B para representar a baleia.

2 e 3. As atividades propostas pretendem fazer uma retomada dos conteúdos e conceitos trabalhados.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Da mesma fórma que a palavra “Baleia” foi representada com a letra B, peça aos estudantes que brinquem com a possibilidade de criar imagens a partir de palavras. Entregue cartões do tamanho de meia folha de papel sulfite e estimule-os na criação. Depois, organize-os sentados em círculo e faça as imagens rodarem pela sala toda. As produções podem provocar risos, estranhamento, elogios, admiração e dúvida. Permita aos estudantes que manifestem suas impressões e cuide para que seja uma atividade lúdica e, acima de tudo, respeitosa. Brincar e trazer leveza para as atividades escolares é uma fórma interessante de envolvê-los nas propostas de produção escrita e competência leitora.

Para ampliar

Em junho de 2020, aunicéfireativou a campanha “Por uma infância sem racismo” e apresentou 10 ações ou comportamentos que toda pessoa pode adotar para assegurar o respeito e a igualdade étnico-racial desde os primeiros anos de vida. Conheça as ações. Disponíveis em: https://oeds.link/3JFkFc; https://oeds.link/x3XRuI. Acesso em: 6 julho 2022.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis sete éle pê dois sete

ê éfe seis sete éle pê dois oito

ê éfe seis sete éle pê três oito

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

VAMOS COMPARTILHAR

Videopoema

Ícone. Atividade oral.
Ícone. Atividade em grupos.
  1. Na opinião de vocês, um poema também pode ser animado?
    1. Pensem nos poemas que leram no decorrer da unidade. Como vocês fariam para que eles fossem animados?
    2. Vocês gostariam de assistir a um poema animado? Preparem-se!
  2. Assistam ao vídeo “Bichos tipográficos animados”, de Guto Lacaz, disponível on láine. Depois, conversem sobre como foi essa experiência para vocês.

Os poemas podem ser expressos em palavras, imagens e/ou em palavras e imagens. Quando animados, são considerados videopoemas, ou seja, são gravados e apresentados por meio de vídeo ou outros recursos midiáticos.

Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.

  1. Onde os videopoemas são publicados?
  2. Para enriquecer a experiência com os videopoemas, assistam ao vídeo “Naveganho” ou outros videopoemas.
Composição de ilustração com fotografia. Estrutura similar a um robô pequeno de cor cinza, com pernas e braços em preto. Ele segura nas mãos um papel de cor bege-claro com texto em preto: NAVEGANHO. Essa palavra se repete abaixo dela mesma, mas de cabeça para baixo. Acima, onde seria a cabeça, um RG pendurado de cor verde e contornos em bege. Ao fundo, parte em cinza-escuro e acima, em cinza-claro.
Videopoema Naveganho, obra ENTREDENTES – Uma Filosofia do Óbvio (Livro-cedê-dêvedê), Companhia Cultural encantar (2013).
  1. Qual é a diferença entre o poema visual impresso e o videopoema?
  2. Discutam como o videopoema foi construído e que características fazem dele um videopoema.
Respostas e comentários

1. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

2. Resposta pessoal.

3. São publicados em mídias digitais e internet.

5. No poema visual, a imagem, ou recurso gráfico, dialoga com o texto escrito e ajuda na construção do sentido; no videopoema, a interação entre o poema e o leitor é maior, uma vez que o vídeo dá movimento ao poema e realça sua mensagem.

6. Resposta pessoal.

Vamos compartilhar

Videopoema

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Converse com os estudantes sobre o significado do título da seção “videopoema” e instigue a curiosidade deles sobre o que será solicitado.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Apresente aos estudantes os videopoemas sugeridos, “Bichos tipográficos animados” e “Naveganho”, e permita-lhes que manifestem suas impressões sobre eles.
  1. Proponha aos estudantes que pensem nesses poemas em uma versão animada e em como a fariam. Se a turma costuma assistir a muitas animações, provavelmente não terá dificuldade de pensar nisso.
  2. No caso do videopoema “Bichos tipográficos animados”, explique que tipografia significa a impressão dos tipos ou fontes. Profissionais da indústria gráfica, como os designers de criação, usam as mais diversas fontes para a produção de textos e projetos gráficos na internet ou para impressão. Converse com os estudantes sobre como o autor Guto Lacaz e os animadores Fernando Vianna e Erico Padrão pensaram os movimentos de cada palavra representando um bicho.
  • Vídeo: “Bichos tipográficos animados”, de Guto Lacaz. Animação de Érico Padrão e Fernando Vianna (1minutos 35segundos). Disponível em: https://oeds.link/YXHvyq. Acesso em: 6 julho 2022.
  1. No caso do videopoema “Naveganho”, converse com os estudantes sobre como os produtores realizaram a animação e faça com eles uma lista do que foi usado para filmá-la. É esperado que citem: carteiras de identidade, envelopes de papel pardo, barquinhos e bonecos feitos de dobradura com papel de jornal e outras peças. Ajude-os a reconhecer a sonoridade do poema cantado e a importância dos recursos tecnológicos de multimídia usados na produção. Vale levantar com eles o quanto estão familiarizados com as animações e se podem indicar algumas para serem vistas por todos em sala de aula.
  • É possível que os estudantes dessa faixa etária não consigam entender a tota­lidade das mensagens contidas no videopoema “Naveganho”, mas, nesse caso, a exposição ao vídeo tem como principal objetivo mostrar os recursos de animação usados pelos produtores.
  • Videopoema “Naveganho” (2minutos 29segundos). Disponível em: https://oeds.link/GAc9D2. Acesso em: 6 julhoponto 2022.

Criando um videopoema

Ícone. Atividade em grupos.
  1. Agora, vocês vão fazer videopoemas com os poemas visuais que criaram ou outro que escolherem. Pensem nas possibilidades e nos recursos tecnológicos de que vão precisar para criar o videopoema. Considerem os itens a seguir.
    1. Se houver som, como será.
    2. Como será a imagem (ou imagens).
    3. Quais serão os efeitos visuais.
    4. Se as cores e os tipos de fonte terão destaques especiais.
    5. Se o poema será feito em slides de animação ou filmado.
    6. Como será a interação do leitor com o poema.
  2. Peçam ajuda ao professor ou ao professor da sala de informática em relação aos recursos tecnológicos disponíveis.
    1. Escolham a melhor opção de acôrdo com a experiência que vocês querem que o leitor tenha.
    2. Definam em que mídia o videopoema circulará e qual será o público-alvo.
  3. Façam experimentos, mostrem aos outros colegas, coletem sugestões de como gravar em vídeo e discutam até chegar à versão final.
Fotografia. Em um local aberto, três jovens um ao lado do outro. Da esquerda para a direita: menino de cabelos escuros, de blusa de mangas compridas até os cotovelos de moletom em azul-claro e calça jeans e mochila nas costas com alças em preto. Ele está com o braço esquerdo encostado em uma cadeira de rodas em preto, onde há uma menina. Ela tem cabelos curtos castanhos até os ombros, de blusa de mangas compridas em vermelho, com calça azul e segura na mão direita um celular azul. Na ponta da direita, outra menina em pé, de cabelos escuros lisos penteados para trás, blusa de mangas compridas em laranja-claro, com faixas em branco e laranja-escuro, calça jeans e mochila nas costas de alças em preto. Esta aponta para o celular segurado pela menina cadeirante. Ao fundo, local com grama, árvores de galhos secos e à esquerda, prédios em bege-claro e partes em marrom, com céu em azul-claro.
Com os colegas, gravem cenas e imagens que possam exemplificar os versos do poema que escolheram.

Utilizem um editor de vídeo para finalizar o videopoema.

Compartilhando

10. Como a leitura dos videopoemas é feita em mídias digitais, compartilhem os trabalhos no sáite ou no blogue da turma ou da escola, entre outras possibilidades, sempre com a orientação do professor.

Decidam qual é o melhor meio de divulgação e compartilhamento, de acôrdo com o público-alvo que vocês escolheram.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • A proposta de produção de um videopoema deve ser cuidadosamente pensada, discutida e planejada. A tarefa vai exigir dos grupos empenho na busca e organização dos recursos materiais e tecnológicos.
  • Se a opção for criar cenários que serão filmados e editados, será necessário escolher o tipo de material. Há inúmeros exemplos de uso de objetos do cotidiano utilizados em filmagens. A criação de personagens ou objetos com massa de modelar, peças de jogos, brinquedos ou miniaturas também pode dar um ótimo efeito visual na tela.
  • O aparelho de celular será uma ferramenta importante no trabalho de filmagem e edição, mas existe a possibilidade de criar os movimentos e inserir as imagens e os sons com o computador. Nesse caso, não será necessário recorrer a materiais para filmagem.
  • A tarefa de escolher o poema, pensar na animação e selecionar os materiais necessários, quando for o caso, pode ser feita durante as aulas de Língua Portuguesa, mas o trabalho de filmar, produzir, animar, editar e inserir som deve ser feito com o apoio da equipe de informática da escola. Além dos profissionais da área, que podem orientar e explicar os procedimentos, há diversos tutoriais na internet que explicam o passo a passo da edição. Estudantes familiarizados com a produção de vídeos caseiros poderão contribuir com ideias e sugestões.
  • Algumas plataformas digitais oferecem programas gratuitos de edição de vídeos, mas o uso de um ou de outro vai depender das necessidades de cada grupo e do tipo de suporte usado. O modelo de celular ou de computador pode influenciar diretamente na escolha dos programas. Nesse sentido, o apoio e a orientação da equipe de tecnologia da escola serão fundamentais para que o projeto de criação dos videopoemas aconteça.

Habilidades Bê êne cê cê

ê éfe seis nove éle pê zero um

ê éfe seis nove éle pê zero sete

ê éfe seis nove éle pê um dois

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

Glossário

: aldeia.
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: nossos netos.
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: casa.
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: "mãe terra", uma divindade de origem da cultura inca.  Pacha: mundo, espaço, universo, Terra; "mama": mãe.
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