UNIDADE 1  Fábulas

As propostas desta unidade foram desenvolvidas em quatro etapas que se completam. Acompanhe!

Ilustração. Em um local aberto, à esquerda, uma planta com caules longos e folhas em verde. Perto dela, uma raposa de pelos laranjas, com o focinho e pescoço em branco, patas e ponta de cauda em preto. Ela olha para a esquerda. Ao fundo, céu em verde e nuvens brancas.

EU SEI

As fábulas me ensinam?

Perceber-se como leitor que faz apreciações sobre o que leu e o que pretende ler e compreender o que está por trás da moral apresentada por meio de fábulas.

Capa de livro. Na parte inferior, uma raposa vista das orelhas para cima, com a cabeça para a esquerda, focinho fino, com a ponta da língua em vermelho para fora. Ao centro, o texto: Fábulas de Esopo, adaptação de Guilherme Figueiredo, ilustrações de Alexandre Camanho. Mais acima, cachos de uvas roxas entre caules e folhas verdes.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Fábulas ainda atuais

Compreender as características do gênero textual fábula.

Capítulo 2 – Fábulas e contrafábulas

Compreender o contexto de circulação e a produção desse gênero textual.

Ilustração. Em um local aberto com vegetação verde de folhas, arbustos e árvores. Ao centro, um caminho de cor cinza por onde vê-se à frente dele, uma tartaruga caminhando. Ela tem pele verde, casco em verde-escuro, corpo em pé como bípede, de boné sobre a cabeça em laranja, amarelo e vermelho. Ao fundo, próximo ao caminho, encostada em um tronco de árvore em marrom, uma lebre de olhos fechados, de corpo em bege e marrom. No alto, céu branco com nuvens em azul-claro.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem, além de ampliação da aprendizagem.

Capa de livro. À direita, um homem visto da cintura para cima, de cabelos e barba em castanho, com um par de óculos de grau, camisa de gola branca e colete verde por cima. Ele tem uma bandeira do Brasil sobre o corpo, no ombro esquerdo, passando pela cintura. Ele estende com a mão direita um livro de capa marrom e uma folha branca com texto abaixo. Na parte superior, à esquerda, perto da cabeça dele, uma arma apontada com tubo fino preto. Em segundo plano, folhas verdes de árvore e acima, céu em azul-claro, sem nuvens. Mais à esquerda, nome da coleção, Grandes nomes em graphic novel, título do livro, Triste fim de Policarpo Quaresma, e nome dos autores, Lima Barreto, Edgar Vasques e Flávio Braga.

VAMOS COMPARTILHAR

Fábulas visuais

Planejar e produzir fábulas em agá quê para compartilhar com a comunidade escolar, familiares e amigos.

EU SEI

As fábulas me ensinam?

Há muito, muito tempo, as fábulas, que são de tradição oral, fazem parte da literatura universal. Segundo registros, elas teriam surgido por volta de 1500 antes de Cristo, mas tiveram seu desenvolvimento na Grécia antiga, sendo Esopo um dos grandes responsáveis por propagá-las.

Como nessa época a liberdade de expressão era limitada, as fábulas, por meio de animais com valores humanos que personificavam características da sociedade daquela época, permitiram aos autores criticar a opressão, os costumes e o governo de fórma indireta e aparentemente inofensiva, sem comprometê-los. Com o tempo, as fábulas foram se modificando e passaram a ter caráter moral e educativo, com ensinamentos sobre a vida, criando analogia com o cotidiano.

Desde o seu surgimento, as fábulas foram propagadas por vários autores, sendo Esopo e La Fontéin os mais famosos. Nas narrativas de Esopo, que foi um escravo grego, o mais fraco sempre vence o mais forte. Cada animal simboliza algum aspecto ou qualidade do ser humano: o leão é relacionado à fôrça, a formiga é relacionada ao trabalho, o coelho é relacionado à agilidade, por exemplo.

No século dezessete, o francês La Fontéin reescreveu fábulas de Esopo, tornando-as mais educativas. Por isso, é considerado um dos mais importantes disseminadores desse gênero.

Nos dias de hoje, vários autores recriam as antigas fábulas, conferindo-lhes novos finais ou significados. Entre os autores brasileiros que deram uma nova roupagem a velhas fábulas, transformando-as em fábulas modernas, temos o humorista Millôr Fernandes.

1. As imagens a seguir são representações de fábulas. Observe-as e, depois, responda às questões.

Ilustração. Em um local aberto, à esquerda, uma planta com caules longos e folhas em verde. Perto dela, uma raposa de pelos laranjas, com o focinho e pescoço em branco, patas e ponta de cauda em preto. Ela olha para a esquerda. Ao fundo, céu em verde e nuvens brancas.
Ilustração. Em um local aberto com vegetação verde de folhas, arbustos e árvores. Ao centro, um caminho de cor cinza por onde vê-se à frente dele, uma tartaruga caminhando. Ela tem pele verde, casco em verde-escuro, corpo em pé como bípede, de boné sobre a cabeça em laranja, amarelo e vermelho. Ao fundo, próximo ao caminho, encostada em um tronco de árvore em marrom, uma lebre de olhos fechados, de corpo em bege e marrom. No alto, céu branco com nuvens em azul-claro.
Ilustração. Da metade para a esquerda, local com vegetação em verde-claro, um tronco de árvore na horizontal em marrom e à direita, uma árvore pequena de tronco marrom e folhas verdes. Perto, à esquerda, uma raposa de corpo fino em marrom, com lenço vermelho e bolinhas brancas ao redor do pescoço, comendo algo sobre prato azul. À direita, uma ave similar a cegonha de penas brancas e nas pontas em preto, com o bico perto de um prato azul com alimento amarelo. Da metade para a direita, local com rio em azul-claro, onde há a cegonha com o lenço vermelho no pescoço, bico para frente, perto de um vaso bege com objetos circulares dentro. À direita, a raposa perto do mesmo tipo de objeto. Ao fundo, vegetação verde, de caules finos em verde. No alto, céu em azul-claro.
Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você reconheceu essas fábulas? Quais são elas?
  2. Você se lembra de outras fábulas? Se sim, qual ou quais?
  3. Conte aos colegas uma dessas fábulas.
  4. Qual é a moral da fábula que você contou?
  5. Converse com os colegas sobre a função dessas fábulas, a moral explícita ou implícita de cada uma delas, se a moral apresentada os convenceu e o que essas fábulas ensinaram a vocês.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco. Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Em grupos, pesquisem para descobrir um pouco mais sobre as fábulas, como:
    1. origem e principais autores e suas épocas;
    2. contribuição cultural e valor social das fábulas;
    3. fábulas modernas com uma nova visão de mundo.
Ilustração. Uma tartaruga verde e uma lebre de cor bege-claro, cada uma sobre uma esteira de cor cinza. Ambas estão com o corpo para a esquerda. A lebre olha para a tartaruga à frente, com olhos bem arregalados, ponta da língua vermelha para fora e perto do rosto, três gotas de suor.
  1. Selecionem e organizem as informações para apresentá-las aos outros grupos. Vocês podem usar cartazes, slides, vídeos. Soltem a imaginação!
    1. Que tal selecionar uma fábula e contá-la de fórma dramática, fazendo uma leitura expressiva?
    2. Combinem um dia para as apresentações.

EU VOU APRENDER Capítulo 1

Fábulas ainda atuais

As fábulas, escritas em prosa ou em versos, apesar de existirem há mais de 3 mil anos, permanecem atuais por tratarem de assuntos sociais e sentimentos inatosglossário ao ser humano, o que leva o leitor a se identificar com a narrativa simples e curta.

1. Leia a introdução do livro Fábulas de Esopo, adaptado por Guilherme Figueiredo, para conhecer um pouco mais sobre Esopo.

Fábulas de Esopo

Esopo era um escravo que viveu na Grécia há cêrca de três mil anos. Não se sabe muito a respeito de sua vida, até mesmo porque outros fabulistasglossário receberam o seu nome e as histórias de suas vidas se misturaram.

Esopo tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais, cada uma com um sentido e um ensinamento, que mostram como proceder com inteligência. Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. Sua intenção, em suas fábulas, é mostrar como nós podemos e devemos agir.

Ele nunca escreveu suas histórias. Contava-as para o povo, que, por sua vez, se encarregou de repeti-las. Só duzentos anos depois de sua morte é que elas foram escritas. Suas fábulas, contadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro, La Fontéin e outros, tornaram-se parte de nossa linguagem diária.

Em outros países além da Grécia, em outras épocas, sempre se inventaram fábulas, que permaneceram anônimas. No Brasil, quando dizemos que “macaco velho não mete a mão em cumbuca!”, estamos repetindo o ensinamento de uma fábula. Assim, podemos dizer que, em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça e de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos.

Pintura. Um homem visto em pé, de cabelos grisalhos, curtos, com uma vestimenta longa em marrom-escuro, de mangas compridas, calçado com um par de botas longas. Ele segura na mão direita um livro de capa marrom com folhas em bege. Ao fundo, sombra do corpo dele em preto, perto de parede marrom.
"Esopo", Diego Rodríguez de Silva uái Velázquez, Califórnia. 1638. Óleo sobre tela, 179 centímetros x 94 centímetros.

FIGUEIREDO, Guilherme. Fábulas de Esopo. [Adaptado da obra de] Esopo. terceira edição Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. página 7.

  1. Qual é o grande diferencial das histórias contadas por Esopo?
  2. Segundo o texto, a intenção de Esopo com suas fábulas era mostrar como podemos e devemos agir. Você concorda? Por quê?
  3. Por que as fábulas são consideradas de tradição oral, passando de geração em geração?
  4. Segundo o texto, “suas fábulas tornaram-se parte de nossa linguagem diária”. O que o autor quis dizer com isso? Explique.

Você conhece algum ensinamento ou provérbio popular que pode ou poderia ter origem em ensinamentos de fábulas?

6. Como a fábula é definida nesse texto?

Vamos às fábulas?

7. Você já ouviu falar da fábula “A cigarra e a formiga”? Você lembra qual é a mensagem que ela transmite?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

8. Leia a fábula e confira sua hipótese sobre o ensinamento que ela contém. Depois, conte se você conhece outra versão dela.

A cigarra e a formiga

A cigarra cantava no verão, enquanto a formiga passava os dias guardando comida para o inverno. Quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer e foi procurar a vizinha formiga:

— Formiga, por favor, ajude-me. Não tenho o que comer…

A formiga perguntou:

— O que é que você fazia no verão? Não guardou nada?

— No verão eu cantava… — respondeu a cigarra.

— Ah, cantava? Pois dance, agora.

“Deve-se prever sempre o dia de amanhã.”

Ilustração. Em um local aberto, com solo em marrom. À esquerda, sobre uma espreguiçadeira em azul-claro, uma cigarra amarela, de par de óculos de sol no rosto, tocando um violão em branco. Perto da boca dela, vê-se uma nota musical. À direita dela, uma mesa pequena com copo de suco e um pedaço de limão em cima. À esquerda dela, uma caixa pequena de som em cinza. Mais à direita, perto da cigarra, uma formiga de cor cinza, em pé, carregando nas costas, um alimento oval em marrom-claro. À direita, local com solo marrom e árvore de folhas em verde. No alto, em azul-claro, com a luz à esquerda em branco.

FIGUEIREDO, Guilherme. Fábulas de Esopo. [Adaptado da obra de] Esopo. terceira edição Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. página 55.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado. Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que vocês acharam dessa fábula? Por quê?
  2. Vocês concordam com a moral do final? Por quê?

Vocês colocariam outra moral no final? Se sim, qual?

  1. Vocês acham que toda ação gera uma consequência, seja ela boa, seja ruim? Expliquem com base no texto.
  2. Qual é a ideia principal dessa fábula? Relacione-a a um destes ditados populares e escreva a alternativa adequada no caderno.
    1. Plantamos o que colhemos.
    2. Quem tudo quer tudo perde.
  3. No texto, como são caracterizadas a cigarra e a formiga?
  4. Releia este trecho para responder às questões.

A cigarra cantava no verão, enquanto a formiga passava os dias guardando comida para o inverno. Quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer

  1. Quais são os marcadores temporais presentes nesse trecho?
  2. Em que tempo e modo estão os verbos utilizados? O que eles indicam ao leitor?
  1. Como começa a fábula?
  2. Há um conflito na narrativa? Qual?
  3. Qual foi a solução encontrada pela cigarra para seu problema de falta de alimento? Como isso é marcado na fábula?
  4. Qual foi o desfecho da fábula? Como o leitor identifica isso?
  5. A fábula foi escrita em prosa ou verso? Como você identificou isso?
  6. Por ser estruturada como um texto narrativo, quais elementos da narrativa a fábula apresenta?
  7. Como é a narrativa da fábula lida?
  8. O que distingue os personagens da fábula de personagens de outras narrativas?

A moral é uma das características das fábulas, mas nem sempre é explícita. Em alguns casos, o autor deixa para o leitor inferir.

Outras versões

15. Leia outra versão da mesma fábula.

A cigarra e as formigas

Durante um lindo dia de inverno, as formigas estavam secando os grãos que tinham coletado durante o verão. Uma cigarra faminta parou e lhes pediu algo para comer. As formigas perguntaram então: “Por que você não armazenou comida durante o verão para enfrentar os meses de dificuldade que estão chegando?” A cigarra respondeu: “Não tive tempo, eu estava muito ocupada cantando”. Ao ouvir isso, as formigas disseram: “Você cantou durante todo o verão? Pois agora dance!”.

É melhor estar preparado para os dias de necessidade.

PUDENZI, Luciana; CAMPANÁRIO, Nicolás (Organização.). Fábulas de Esopo ilustradas. São Paulo: PanaPaná, 2017. página 158.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

Com um colega, façam a comparação dessas fábulas. Indiquem as semelhanças e as diferenças.

Capa e contracapa

16. Analise a capa e a contracapa do livro Fábulas de Esopo.

Capa de livro. Na parte inferior, uma raposa vista das orelhas para cima, com a cabeça para a esquerda, focinho fino, com a ponta da língua em vermelho para fora. Ao centro, o texto: Fábulas de Esopo, adaptação de Guilherme Figueiredo, ilustrações de Alexandre Camanho. Mais acima, cachos de uvas roxas entre caules e folhas verdes.
Contracapa. Um lobo de pelos castanhos, com boina redonda sobre a cabeça, olhando para a direita e texto. Fundo em grafismos preto e branco. Uma seta aponta para um quadro com o texto a seguir: Você sabe o que é uma fábula? São pequenas histórias que terminam com um breve ensinamento e em geral são representadas por animais que pensam como gente!! As 67 histórias presentes aqui foram narradas por Esopo, um dos maiores contadores de fábulas de todos os tempos, que viveu há mais de três mil anos na Grécia. Ele encanta crianças e adultos desde aquela época! Que tal virar estas páginas e conhecer o incrível universo das fábulas de Esopo?

a. Quais informações elas nos trazem?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

b. Ao observar a capa e a contracapa, você ficou com vontade de ler o livro? Por quê? Comente com os colegas e o professor.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Termos da oração: sujeito e predicado verbal

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

1. Releiam estes trechos das fábulas trabalhadas.

A cigarra cantava no verão enquanto a formiga passava os dias guardando comida para o inverno. Quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer e foi procurar a vizinha formiga

Durante um lindo dia de inverno, as formigas estavam secando os grãos que tinham coletado durante o verão. Uma cigarra faminta parou e lhes pediu algo para comer. As formigas perguntaram então: “Por que você não armazenou comida durante o verão para enfrentar os meses de dificuldade que estão chegando?”.

  1. Os verbos e locuções verbais destacados se referem a que termos das orações?
  2. Por que alguns desses verbos e locuções verbais estão no plural e outros, no singular?
  3. Esses verbos e locuções verbais têm conteúdo semântico, ou seja, têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?
  4. Considerando o gênero fábula, por que verbos como esses predominam nos trechos?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até d.

  1. Os verbos “cantava”, “passava”, “chegou”, “tinha”, “parou”, “pediu”, “perguntaram”, “armazenou” e as locuções verbais “foi procurar”, “estavam secando”, “tinham coletado”, “estão chegando” se referem a que termos das orações?
  2. Por que alguns desses verbos e locuções verbais estão no plural e outros, no singular?
  3. Esses verbos e locuções verbais têm conteúdo semântico, ou seja, têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?
  4. Considerando o gênero fábula, por que verbos como esses predominam nos trechos?

As orações se estruturam em torno de unidades sintáticas, também conhecidas como termos da oração. Os principais são o sujeito, que é o termo com o qual o verbo concorda em pessoa e em número, e o predicado, termo que traz uma declaração sobre o sujeito e que sempre apresenta verbo.

Dependendo da fórma como o sujeito se estrutura em uma oração, ele recebe diferentes classificações. De modo geral, há duas principais categorias: a dos sujeitos determinados, que são aqueles que podem ser identificados por palavras ou pelo contexto, e a dos sujeitos indeterminados, que não podem ser identificados nem por palavras nem pelo contexto, como vemos na tirinha a seguir.

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Composta por três quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e calça em azul, de blusa em laranja. Um sapinho de cor verde, olhos e bocas em preto. Amigo de Armandinho, de cabelos castanhos, de blusa de mangas compridas em verde, calça em cinza. Uma menina de cabelos com duas tranças, par de óculos de grau, cabelos pretos, de blusa em bege e calça cinza. Outra menina de cabelos pretos, com presilha em flor de pétalas em amarelo, blusa branca e calça azul. Q1 – À esquerda, amiga de Armandinho de cabelos pretos e tranças, diz: LIGAM 'FELICIDADE' AO 'CONSUMO'... SÓ PROPAGANDA! Ela segura nas mãos um prato de cor cinza e de frente para ela, Armandinho com o corpo para a esquerda. Q2 – A menina de tranças, diz: QUEREM QUE A GENTE CONSUMA... MAS NÃO QUE SEJA FELIZ! À esquerda, o amigo de Armandinho, de cabelos castanhos, com arame fino com o formato em arco na parte superior. À direita, a amiga de presilha amarela. Entre os dois está o sapinho. Q3 – À esquerda, a menina de tranças, Armandinho e o amigo de cabelos castanhos. Este está com o arame fazendo uma bolhas de sabão em azul-claro. A menina de tranças diz: PESSOAS FELIZES CONSOMEM MENOS! À direita, sapinho com o corpo para cima, patas dianteiras para cima, saltando para pegar as bolhas de sabão e a menina de presilha amarela, com o corpo para a esquerda.

BECK, Alexandre. Armandinho, [], 25 maio 2017. Facebook. Disponível em: https://oeds.link/mNAIJ3. Acesso em: 19 abril. 2022.

  1. Que lição a tirinha pretende transmitir?
  2. Nos dois primeiros quadrinhos, há verbos na terceira pessoa do plural. Quais são eles?
  3. Com qual intenção os personagens teriam usado o verbo dessa fórma?
  4. A que sujeitos esses dois verbos se relacionam?

3. Compare estas duas manchetes para responder às questões.

Choveu muito, em Foz. Mas sem trazer o “grande perigo” previsto

BENETTA, Claudio D. Choveu muito, em Foz. Mas sem trazer o “grande perigo” previsto. agá doisFoz, Foz do Iguaçu, 25 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/EpqO9q. Acesso em: 27 abril. 2022.

Chuvas leves ocorrerão em todo o Estado nos próximos dias

CHUVAS leves ocorrerão em todo o Estado nos próximos dias. Só Sergipe, 19 abril. 2022. Disponível em: https://oeds.link/8VDVyw. Acesso em: 19 abril. 2022.

  1. Com relação ao tempo, como as manchetes situam o leitor sobre o conteúdo a ser lido? Que verbos são usados para isso e em que tempo?
  2. Na primeira manchete, há uma oração sem sujeito. Por quê?
  3. Por que o verbo da segunda oração está no plural?

4. Leia estas orações.

Número um.

Chove há muitos dias no interior do estado.

Número dois.

Choveram elogios à palestra do cientista.

Há sujeito nessas orações? Por quê?

5. Leia esta breve fábula de Esopo.

O cão e a concha

Um cão que tinha o hábito de comer ovos viu uma concha. Abriu a boca e, não sem esforço, a engoliu. Sentindo então a barriga pesada e doendo, disse: “Isto me ensinou a não achar que tudo o que é redondo é ovo”.

Reflita antes de agir a fim de não se ferir com estranhos espinhos.

Ilustração. Um cão de pelos marrons na vertical, em pé, com a cabeça para a esquerda. Ele está com a pata perto de um objeto redondo em rosa. Na ponta da direita, um par de chinelos em rosa, uma estrela em bege, par de óculos de sol e folhas em verde-escuro. Em segundo plano, dois retângulos na vertical em azul e amarelo.

ESOPO. O cão e a concha. In: Fábulas de Esopo. Tradução de Antônio Carlos Vianna. Porto Alegre: L&PM, 1997. página 21. (Coleção L&PM Pocket, 68).

  1. Que ensinamento podemos extrair dessa fábula?
  2. Considerando a atitude do cão, que se deixou levar pela aparência da concha, poderíamos reescrever a moral dessa fábula utilizando um ditado popular que fala sobre isso. Qual seria esse ditado? Escreva no caderno.

Quem não tem cão caça com gato.

Nem tudo que reluz é ouro.

Um dia é da caça, outro, do caçador.

  1. O primeiro verbo destacado na fábula se liga a um sujeito que está expresso na oração. Qual é esse sujeito? A que classe gramatical pertence o núcleo desse sujeito?
  2. Nas demais orações, os verbos destacados remetem a um sujeito que não está diretamente expresso. Qual é esse sujeito? Como conseguimos identificá-lo?
  3. Por que, nessas orações, o sujeito não foi expresso diretamente?
  4. Do ponto de vista semântico, os verbos destacados têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?
Versão adaptada acessível

Atividade 5, itens c até f.

  1. O verbo “tinha” que aparece na fábula se liga a um sujeito que está expresso na oração. Qual é esse sujeito? A que classe gramatical pertence o núcleo desse sujeito?
  2. Nas demais orações, os verbos “viu”, “abriu” e “disse” remetem a um sujeito que não está diretamente expresso. Qual é esse sujeito? Como conseguimos identificá-lo?
  3. Por que, nessas orações, o sujeito não foi expresso diretamente?
  4. Do ponto de vista semântico, esses verbos têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?

Ao analisarmos o predicado, sabemos que é muito importante perceber o tipo de verbo presente na oração. Quanto ao significado, os verbos se dividem em dois grupos: o dos verbos de ligação e o dos verbos significativos.

6. Leia a tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por dois quadros. Apresenta como personagens, Recruta Zero, homem  de chapéu redondo e farda verde de camisa, calça e par de botas em marrom. Amigo de Recruta Zero. Outro homem de cabelos pretos, com o mesmo tipo de farda e chapéu. Ambos com mochila em marrom sobre as costas. Um senhor de barbicha branca, chapéu marrom. As cenas se passam em local aberto com grama verde perto de um cercado de madeira. Q1 – À frente, antes do cercado, Recruta Zero, com o corpo para a direita pergunta: COMO SE CHEGA AO ACAMPAMENTO? Perto dele, o amigo de farda de cabelos pretos, olhando para frente. Atrás do cercado, o senhor de chapéu marrom, segurando na mão esquerda, um rastelo de jardim, responde: QUEREM O ATALHO OU O CAMINHO LONGO? Em segundo plano, à esquerda, vista parcial de uma casa em bege-claro e telhado marrom, acima, céu em azul-claro. Q2 – Foco nos três homens, vistos dos ombros para cima. Recruta Zero com a cabeça para a esquerda, olhando o amigo, o pergunta: VAMOS VOLTAR OU VAMOS NOS PERDER?

uólquer mórtchi. Recruta Zero. O Estado de São Paulo, São Paulo, 15 abril. 2022. Cultura.

  1. Por que, no segundo quadrinho, o Recruta Zero teria feito essa pergunta ao colega?
  2. Quanto ao significado, como se classificam os verbos presentes na tirinha?
  3. Os verbos presentes no primeiro quadrinho têm sentido completo ou precisam de algum complemento?
  4. Os verbos do último quadrinho estão registrados na fórma composta. No caderno, reescreva a fala do Recruta Zero utilizando esses mesmos verbos na fórma simples.
  5. Esses verbos têm sentido completo ou precisam de algum complemento?

7. Observe este cartaz.

Cartaz. Cartaz vertical. Fundo em amarelo e traços finos em amarelo-escuro e à esquerda, vista parcial de telefone celular, onde está escrito: CARTEIRA DIGITAL DE TRÂNSITO. Mais abaixo, um celular e um documento retangular. Texto: VAI VIAJAR DE CARRO? LEMBRE-SE DE BAIXAR A CARTEIRA DIGITAL DE TRÂNSITO (CDT) e inserir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Na parte inferior, logotipos.

BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Campanha Carteira Digital de Trânsito. Brasília, Distrito Federal, 2021.

  1. Com qual objetivo o cartaz foi produzido?
  2. Qual é o sujeito das fórmas verbais “vai viajar” e “lembre-se”? A quem se refere?
  3. Quanto ao significado, como se classificam essas fórmas?
  4. Quanto à transitividade, como se classifica a locução verbal “vai viajar?” Por quê?
  5. Como se classifica o predicado das três orações que compõem o cartaz?

ORTOGRAFIA

Formação de palavras: composição por aglutinação e justaposição — uso do hífen

Responda às questões no caderno.

1. Leia este trecho de notícia.

Sol ganha ‘auréola’ de arco-íris em Recife; conheça o fenômeno natural

reticências

Os moradores de Recife, capital de Pernambuco, notaram algo diferente no céu, na manhã desta quinta-feira ()

Conforme o meteorologista Ruibran Dos Reis, o Halo Solar (auréola solar, em português) é um fenômeno óptico que acontece em razão da refração dos raios solares nas partículas de água cristalizadas que estão na nuvem cirrus. Assim, como o efeito de um prisma, o formato circular e as cores aparecem.

Fotografia. Vista do alto de um céu em azul-escuro. Um círculo em azul com contorno em preto. Ao centro, um sol irradiante e abaixo, nuvens brancas.
O fenômeno da auréola solar.

LELLES, Ana Raquel. Sol ganha ‘auréola’ de arco-íris em Recife; conheça o fenômeno natural. Estado de Minas, Belo Horizonte, 13 janeiro. 2022. Disponível em: https://oeds.link/FyX6Bp. Acesso em: 20 abril. 2022.

  1. Você já viu esse fenômeno em sua cidade?
  2. De acordo com o texto, como a auréola solar se fórma?
  3. O que as palavras “arco-íris” e “quinta-feira” têm em comum?

2. Agora leia este trecho de outra notícia.

Intensa tempestade solar aconteceu neste fim de semana

Uma grande explosão solar aconteceu neste último sábado (16). Durante a atividade, quantidades significativas de energia foram lançadas em fórma de radiação, produzindo uma ejeção de massa coronal () poucos minutos depois.

TORRES, . Intensa tempestade solar aconteceu neste fim de semana. Canaltech, 18 abril. 2022. Disponível em: https://oeds.link/L4PSWx. Acesso em: 19 abril. 2022.

  1. Quais expressões situam temporalmente o leitor quanto ao fato ocorrido?
  2. Em uma dessas expressões há um substantivo composto formado por justaposição. Qual é ele?
  3. Na sua opinião, por que ele não apresenta hífen?

3. Algumas palavras do texto a seguir foram transcritas, intencionalmente, de fórma incorreta. Leia o texto e, no caderno, copie as palavras que devem ser escritas com hífen.

Conheça o lobo guará, da cédula de R$ 200duzentos reais

O lobo guará estampa a nota de R$ 200duzentos reais, lançada nesta quarta feira () pelo Banco Central (bê cê), por uma escolha da população. E, além de ser um animal típico do cerrado, é o maior canídeo da América do Sul.

A escolha do lobo guará ocorreu ainda em 2001, quando o governo Fernando Henrique Cardoso perguntou à população quais animais da fauna brasileira deveriam ilustrar as novas notas do Real. O primeiro colocado foi a tartaruga marinha, que foi para a nota de R$ 2dois reais naquele mesmo ano. O segundo, o mico leão dourado, que está na nota de R$ 20vinte reais, lançada no ano seguinte.

A nota, contudo, traz outro elemento ligado ao lobo guará e ao cerrado brasileiro: a vegetação chamada de lobeira.

Os ramos da lobeira, bem como parte do corpo do lobo guará, por sinal, representam parte dos elementos de segurança da nota de R$ 200duzentos reais. É possível sentir um alto relevo nesses elementos. Também é possível ver uma marca d’água do lobo guará quando a cédula é colocada contra a luz.

Fotografia. Uma cédula de duzentos reais, nota na horizontal de cor cinza-claro e à esquerda, ilustração de um lobo-guará de tamanho médio, pelos em marrom e focinho fino. À direita, números impressos em vermelho e ilustração menor, de outro lobo-guará em relevo em local aberto.
A cédula de R$ 200duzentos reais é impressa em papel fiduciário, que tem textura firme e áspera.

BARBOSA, Marina. Conheça o lobo-guará, da cédula de R$ 200duzentos reais. Correio Braziliense, Brasília, Distrito Federal, 2 setembro. 2020. Disponível em: https://oeds.link/xplqgh. Acesso em: 20 abril. 2022.

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Fábulas e contrafábulas

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você conhece algum escritor brasileiro que tenha produzido ou adaptado fábulas? Se sim, qual ou quais?
  2. Você se lembra de alguma fábula escrita por eles? Conte aos colegas.
  3. Na sua opinião, como seria uma fábula escrita nos tempos atuais? Ela seria igual à que foi escrita por Esopo, por exemplo, ou seria diferente?
  4. Leia esta fábula contemporânea (ou contrafábula), de Millôr Fernandes.

A raposa e as uvas

De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesouglossário o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo o que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: “Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes”. E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço, empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu! Com avidezglossário colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes.

Moral: A frustração é uma fórma de julgamento tão boa como qualquer outra.

Ilustração. Uma raposa laranja, à esquerda, saltando de boca aberta, língua vermelha para fora, uma gota de suor na cara e com a pata esquerda para cima, perto de um cacho de uva em roxo, em uma parreira de tronco marrom, com caules e folhas em verde. Na parte inferior, arbustos e vegetação rasteira.

FERNANDES, Millôr. Novas fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Desiderata, 2007. volume 1. página 128.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco. Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. O que vocês acharam dessa nova versão da fábula? Conversem um com o outro, depois compartilhem com a turma.
  2. Qual é o enredo da história?
  3. Como a fábula descreve:
    1. a raposa;
    2. os cachos de uva;
    3. as uvas;
    4. a pedra.
  4. Onde acontece a história?
  5. Onde estava a raposa no começo da história?
  6. Leia este trecho da fábula e responda às questões.

De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral .

  1. Para vocês, qual é o significado da parte destacada?
  2. A expressão “De repente”, no início do parágrafo, é uma locução adverbial, uma locução adjetiva ou um advérbio?
  3. Qual é o valor dela dentro do contexto da fábula? O que ela indica?
Versão adaptada acessível

Atividade 6, itens a até c.

  1. Para vocês, qual é o significado de “fome de quatro dias e gula de todos os tempos”?
  2. A expressão “De repente”, no início do parágrafo, é uma locução adverbial, uma locução adjetiva ou um advérbio?
  3. Qual é o valor dela dentro do contexto da fábula? O que ela indica?
  1. Ao chegar ao parreiral, o que chamou a atenção da raposa? Copie a alternativa adequada.
    1. A sombra deliciosa.
    2. Cachos de uvas maravilhosos.

Como o autor leva o leitor a perceber que a raposa só tinha olhos para as uvas?

  1. O que aconteceu com a raposa depois que avistou o cacho de uvas?
  2. Que estratégia a raposa usou ao perceber que não alcançaria o cacho de uvas apenas saltando?
  3. Esse sentimento era verdadeiro? Como você percebeu isso?

11. Nessa fábula, a raposa tem alguma fala? Como o leitor identifica isso?

12. Releia este trecho da fábula.

reticências trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu!

  1. Qual é o efeito de sentido provocado pelos três pontos ou reticências?
  2. E o ponto de exclamação?

13. Em “Realmente as uvas estavam muito verdes.”, que sentido a palavra destacada confere à frase?

Voltando para Esopo

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Locutor: Fábulas e contrafábulas

Locutor: “A cigarra e a formiga”, “A lebre e a tartaruga”, você conhece essas histórias? São dois exemplos muito conhecidos de fábulas.

Essas histórias costumam ser curtas e escritas com linguagem simples, tanto em prosa quanto em verso. Seus personagens podem ser animais, plantas ou objetos, que se comportam como pessoas, tanto ao andar e falar, como também na demonstração de características como esperteza, sabedoria ou inveja.

As fábulas, que vêm da tradição oral, foram originariamente usadas para fazer críticas a governos e à sociedade de forma velada, em uma época em que a liberdade de expressão era menor.

Com o passar do tempo, as fábulas passaram a tratar de questões do cotidiano, apresentando lições de moral.

Preste atenção agora na leitura da fábula “A raposa e as uvas”.

Essa história é atribuída a Esopo. Está presente no livro Fábulas de Esopo Ilustradas, de Luciana Pudenzi.

Narradora:

A raposa e as uvas

Uma raposa faminta passava sob um caramanchão quando divisou, pendendo de uma videira que nele se enroscava, um suculento e apetitoso cacho de uvas já bem pretas. A raposa pulou, saltou, e recorreu a tudo o que estava ao seu alcance para tentar alcançar as uvas, mas esforçou-se em vão, pois estavam muito altas. Por fim, desistiu e foi-se embora, dissimulando para não admitir o fracasso: “Ora! De todo modo não as queria – estão verdes!”

Moral da história: Quem desdenha quer comprar.

Locutor: Depois de ouvir a fábula, você percebeu que os elementos citados estavam presentes na história: a raposa, que agia como um ser humano, um problema do cotidiano e uma moral, certo?

Agora ouça com a atenção a versão de Millôr Fernandes para essa mesma fábula.

Narradora:

A raposa e as uvas

De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo o que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: “Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes”. E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço, empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes.

Moral: A frustração é uma forma de julgamento tão boa como qualquer outra.

Locutor: Você percebeu que nessa versão, que acabamos de contar, alguns elementos da história são iguais aos da fábula anterior, mas muitos são diferentes, principalmente a moral da história? Pois é. Isso que você acabou de ouvir é uma contrafábula.

Essa história contemporânea costuma usar elementos mais próximos da nossa realidade, do nosso dia a dia.

E a moral da história aparece normalmente com uma pitada de sarcasmo, um toque de humor.

Aposto que se você pesquisar encontrará em livros, filmes ou novelas muitas outras fábulas que foram adaptadas para nossa realidade.

Locutor: Créditos: O conto “A Raposa e as uvas”, adaptado por Luciana Pudenzi e Nicolás Campanário, foi publicado na obra Fábulas de Esopo, em 2021, pela editora PanaPaná. O conto “A Raposa e as uvas”, adaptado por Millôr Fernandes, foi publicado na obra Fábulas Fabulosas, em 1999, pela editora Nórdica. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound. 

14. Agora, leia outra versão de “A raposa e as uvas”.

A raposa e as uvas

Uma raposa faminta passava sob um caramanchãoglossário quando divisouglossário , pendendo de uma videira que nele se enroscava, um suculento e apetitoso cacho de uvas já bem pretas. A raposa pulou, saltou, e recorreu a tudo o que estava ao seu alcance para tentar alcançar as uvas, mas esforçou-se em vão, pois estavam muito altas. Por fim, desistiu e foi-se embora, dissimulando para não admitir o fracasso: “Ora! De todo modo não as queria – estão verdes!”.

Quem desdenha quer comprar.

Ilustração. Fundo em roxo, com silhueta em branco de parreiras com cachos de uvas. À esquerda, silhueta em branco de raposa com o corpo para a direita.

PUDENZI, Luciana; CAMPANÁRIO, Nicolás (Organização.). Fábulas de Esopo ilustradas. São Paulo: PanaPaná, 2017. página 48.

  1. O que você achou dessa fábula? Explique.
  2. Comparando as duas versões de “A raposa e as uvas”, qual você prefere? Por quê?
  3. Qual é o significado de “desdenhar”, termo presente na moral da fábula?
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

15. Criem e preencham no caderno um quadro com as características de cada elemento citado a seguir.

Raposa

Local

Cacho de uvas

  1. No trecho “um suculento e apetitoso cacho de uvas já bem pretas”, a que o adjetivo “pretas” se refere, o que significa e por que está no plural?
  2. A raposa foi bem-sucedida em sua empreitada de pegar as uvas? Por quê?
  3. Em “pendendo de uma videira”, por qual outra palavra poderíamos substituir a que está em destaque, sem prejudicar o sentido?
Versão adaptada acessível

Atividade 18

Por qual outra palavra poderíamos substituir “videira” em “pendendo de uma videira”, sem prejudicar o sentido?

19. As fábulas são exatamente iguais? Quais são as semelhanças e as diferenças entre elas? Façam, no caderno, um quadro como o do modelo a seguir e escrevam as informações pedidas.

Ícone. Modelo.
Comparação das fábulas

Semelhanças

Diferenças

20. Compartilhem com a turma o resultado da comparação entre as fábulas.

A fábula é uma narrativa alegóricaglossário curta, escrita em prosa ou verso e com linguagem simples. Os personagens quase sempre são animais, plantas ou objetos, representando características e comportamentos humanos, como inveja, sabedoria, esperteza, andam eretos e falam. Por representarem o comportamento humano de fórma coletiva, são considerados personagens-tipo.

Para ampliar

Fábulas de Esopo ilustradas. Esopo. São Paulo: PanaPaná, 2017.  

O livro reúne fábulas clássicas e conhecidas de Esopo, como “A tartaruga e a lebre” e “O lobo em pele de cordeiro”, e fábulas menos conhecidas. As ilustrações apresentam um rico e variado painel de técnicas e estilos artísticos.

Capa de livro. Na parte inferior, uma ave de penas em preto, com bico pequeno para cima e de rabo grande, de penas em verde, círculos em vermelho e partes em azul, como rabo de pavão. Na parte superior, título do livro.

A VOZ DO AUTOR

Millôr Fernandes

Fotografia. Um homem visto dos ombros para cima, calvo e com cabelos brancos atrás, vestido com camisa de gola em bege-claro. Ao fundo, livros organizados em estante um ao lado do outro.

Nome:

Milton Viola Fernandes, conhecido como Millôr Fernandes.

Profissão:

Desenhista, humorista, tradutor, escritor e dramaturgo.

Nascimento:

Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1923.

Falecimento:

Rio de Janeiro, 27 de março de 2012.

Millôr Fernandes começou a trabalhar cedo, ainda adolescente, quando circulava pelos departamentos de O Cruzeiro absorvendo tudo o que podia das várias funções dentro de uma revista. Muito criativo e sempre pronto para o novo, deixou, nos seus mais de 80 anos de vida, um verdadeiro legado ao patrimônio cultural brasileiro. Que tal conhecê-lo?

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

1. Em duplas, leiam este trecho de uma das biografias de Millôr. Depois, conversem sobre a importância do autor para a cultura brasileira.

reticências Millôr sempre desenvolveu seus dotes de maneira autodidata e baseado em sua capacidade criativa. Capacidade que estimulava com um trabalho persistente e com uma rotina dinâmica. Dessa fórma, cedo ele aprendeu a desenhar copiando as histórias das revistas em quadrinhos até transformar seus desenhos num dos traços mais marcantes do cartunismo brasileiro. Com esse mesmo espírito se transformou num dramaturgo reconhecido já desde seus primeiros textos (“Uma mulher em três atos”, “Um elefante no caos”, “O homem do princípio ao fim”) Aliás, como roteirista, desenvolveu também vários trabalhos para o cinema e para a televisão, entre eles reticências “Memórias de um sargento de milícias”, adaptado da obra de Manuel Antônio de Almeida

reticências Millôr sempre foi um artista capaz de se expressar das mais variadas fórmas. Para isso se valeu do texto, das imagens, do humor. Autor de frases famosas, textos críticos e desenhos e caricaturas inesquecíveis, marcou seu tempo com a riqueza de sua obra.

reticências

MILLÔR Fernandes. Uol, São Paulo, 6 abril. 2012. Disponível em: https://oeds.link/MgByDX. Acesso em: 20 abril. 2022.

2. Millôr Fernandes escreveu o texto a seguir como um enigma! Decifre-o!

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco. Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.

a. Primeiro, leiam em voz alta. Pensem no ritmo e na melodia dessas novas palavras.

O macorvo e o caco

Andesta na florando um enaco macorme avistorvo um cou com um beço pedalo de quico no beijo. “Ver comou aqueijo quele ou não me chaco macamo”. Vangloriaco o macou-se de sara pigo consi. E berrorvo para o cou: “Oládre compá! Voçá este bonoje hito! Loso, maravilhindo! Jami o vais tem bão! Nante, brilhio, luzidegro. Poje que enso, se quisasse cânter, sua vém tamboz serela a mais bia de teta a floroda. Gostari-lo de ouvia, comporvo cadre, per podara dizodo a tundo mer que você ê o Rássaros dos Pei”. Caorvo na cantida o cado abico o briu a far de cantim sor melhão cansua. Naturalmeijo o quente caão no chiu e gente imediatomoi devoraco pelo astado macuto. “Obriqueijo pelo gado!”, gritiz o felaco macou. E a far de provim o mento agradecimeu var lhe delho um consou:

Moral: Jamie confais em pacos-suxa.

FERNANDES, Millôr. Novas fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Desiderata, 2007. volume 1. página 96.

  1. Como foi a leitura? Fácil, difícil, estranha? Comentem.
  2. Traduzam o texto em uma folha à parte. Para traduzi-lo, vocês têm de entender qual foi a estratégia utilizada pelo autor para construí-lo. Conversem para achar a solução.
  3. Apresentem a tradução à turma e vejam se todos chegaram ao mesmo resultado.
  4. Você gostou do texto? Por quê?
  5. A que gênero textual pertence esse texto?
  6. Qual é o ensinamento desse texto?
  1. Você já ouviu falar em neologismo?
    1. Pesquise sobre o significado do termo e registre-o no caderno. Depois, converse com a turma para comparar as respostas.
    2. Você acha que em “O macorvo e o caco” há neologismos?
    3. Qual foi a intenção do autor ao fazer isso?

HISTÓRIA EM QUADRINHOS

Responda às questões no caderno.

1. Leia o início desta história em quadrinhos. Comece pelo título: O que ele nos revela?

História em quadrinhos. História em quadrinhos composta por sete quadros. Apresenta como personagens: Dona Carmem, mulher loira com os cabelos penteados para cima, encaracolados, de vestido regata em lilás e círculos brancos, sapatos da mesma cor. Cascão, menino de cabelos pretos encaracolados, camiseta amarela, jardineira em vermelho, manchas nas bochechas e pés descalços. Mônica, menina de cabelos pretos penteados para o lado esquerdo, vestido de mangas curtas em vermelho, descalça e com os dentes para fora. Cebolinha, menino de cabelos finos em preto, camiseta verde, bermuda em preto e sapatos marrons. Texto: Turma da Mônica em água potável e saneamento Q1 – Dona Carmem, à esquerda, perto de uma casa vista parcialmente de paredes em azul-claro e janela amarela em pé segurando uma mangueira em azul por onde sai água sobre arbusto em verde, com flores de pétalas rosa. Ela diz: TRÁ-LÁ-LÁ-LÁ-LÁ. À direita, torneira cinza onde está colocada a mangueira. Mais à direita, Cascão com o corpo saltando para cima, olhos bem arregalados, braços abertos, gotas de suor sobre a cabeça. Ele fala: NÃÃÃÃOOO!! Atrás, à direita, árvore de tronco marrom e folhas em verde. Ao fundo, céu em lilás. Q2 – Dona Carmem, vira o rosto para a direita, com os olhos bem arregalados, duas gotas de suor perto do rosto e diz: HEIN?! À direita, Cascão sobre galho de árvore, olhos fechados e língua vermelha para fora, fala: DONA CARMEM! FECHE ESSA TORNEIRA!! Mais abaixo da árvore, Mônica e Cebolinha caminhando para frente, ambos com os olhos bem abertos. Ao fundo, céu em amarelo. Q3 – Dona Carmem, com o corpo para a direita, segurando nas mãos mangueira com uma gota d’água saindo. Perto da torneira, Mônica com a mão esquerda, fechando torneira, diz: A ÁGUA É UM BEM MUITO PRECIOSO! À direita, Cebolinha, com a mão esquerda para frente, fala: E NÃO PODE SER DESPELDIÇADA! Cascão ainda sobre o galho de árvore, diz: ISSO AÍ! NÃO FOI SÓ CHILIQUE, NÃO! Ao fundo, céu em azul-claro.
História em quadrinhos. História em quadrinhos composta por sete quadros. Apresenta como personagens: Dona Carmem, mulher loira com os cabelos penteados para cima, encaracolados, de vestido regata em lilás e círculos brancos, sapatos da mesma cor. Cascão, menino de cabelos pretos encaracolados, camiseta amarela, jardineira em vermelho, manchas nas bochechas e pés descalços. Mônica, menina de cabelos pretos penteados para o lado esquerdo, vestido de mangas curtas em vermelho, descalça e com os dentes para fora. Cebolinha, menino de cabelos finos em preto, camiseta verde, bermuda em preto e sapatos marrons. Texto: Turma da Mônica em água potável e saneamento Q4 – Dona Carmem, caminhando para a esquerda, subindo escada em marrom, perto da porta marrom da casa, fala: EU ME LEMBREI DE UMA NOTÍCIA QUE VI NA INTERNET! À direita, vê-se a Mônica e Cebolinha olhando para frente. A Mônica de olhos bem abertos, braço direito para frente. Ao fundo, céu em azul-claro. Q5 – Dona Carmem aparece em uma janela, vista da cintura para cima, segurando um tablet cinza na mão direita. Ela diz: AQUI ESTÁ! ELA FALA SOBRE OS 17 OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ONU! à direita, Mônica e Cebolinha caminhando para a esquerda e mais ao fundo, Cascão saltando da árvore para baixo, de braços esticados para cima. Ao fundo, céu em lilás. Q6 – Dona Carmem vista dos ombros para cima, corpo para a direita, segurando na mão esquerda o tablet, com a imagem em azul-claro e detalhes em branco. Ela fala: O OBJETIVO 6 REFERE-SE A ASSEGURAR A DISPONIBILIDADE E A GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA E SANEAMENTO PARA TODOS! Ao fundo, céu em lilás. Q7- Dona Carmem à esquerda, saindo da porta, para a direita, segurando nas mãos, um tablet em cinza. Ela fala: CADA OBJETIVO TEM METAS ESPECÍFICAS A SEREM ALCANÇADAS! À direita, as três crianças uma ao lado da outra, observando a Dona Carmem, sorrindo. Ao fundo, céu em amarelo.

SOUSA, Mauricio de. Turma da Mônica ó dê ésse 6. Impacta ó dê ésse Gibis digitais. Disponível em: https://oeds.link/BVdG94. Acesso em: 25 abr. 2023.

  1. Quem são os personagens da agá quê?
  2. Onde acontece a história? Como percebemos isso?
  3. Qual foi a reação de Cascão ao ver Dona Carmem regando as plantas? Por que ele teve essa reação?

Como você conseguiu perceber essa reação? Explique.

  1. Como Dona Carmem reagiu à fala do Cascão?
  2. No seu ponto de vista, podemos considerar “Água potável e saneamento básico” uma história em quadrinhos? Por quê?
  3. Observe os balões presentes nas cenas. São todos iguais? Você conhece outros diferentes? Explique.
  4. Ainda observando os balões, o tamanho e o tipo de letras são iguais? Explique.
  5. Como os textos são dispostos nos balões? Como percebemos a troca dos turnos de fala?
  6. O que o recurso de “gotas” desenhadas em torno da cabeça do Cascão, na primeira cena, representa?

A história em quadrinhos que você acabou de ler faz parte do projeto IMPACTA ó dê ésse. Você conhece esse projeto ou ouviu falar dele?

O QUE É O IMPACTA ó dê ésse

O IMPACTA ó dê ésse é um projeto idealizado pela Aldeias Infantis SOS em parceria com o Instituto Mauricio de Sousa com o objetivo de disseminar a temática dos ó dê ésse [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] entre crianças, adolescentes e jovens. A iniciativa conta com 17 gibis da Turma da Mônica e cursos ê á dê para formação de agentes multiplicadores. Nossa meta é chegar em 16 milhões de pessoas até 2030!

reticências

Cartaz. Fundo em azul na horizontal. À esquerda, Cascão, sentado, visto de costas, braços esticados, boca aberta. Perto dele, um balão de fala com vários quadrados coloridos. À direita, Mônica e Cebolinha, sentados, um ao lado do outro, sorrindo. Na ponta da direita, Magali, olhando para frente, sorrindo, dedo indicador da mão direita, sobre a boca. À direita, texto: QUE TAL FAZER PARTE DO IMPACTA ODS? Na ponta inferior, assinatura do desenhista.

IMPACTA ó dê ésse. O que é o Impacta ó dê ésse. São Paulo, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/HqarH2. Acesso em: 15 abril. 2022.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Termos da oração: sujeito e predicado nominal (predicativo do sujeito)

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Releia este trecho da fábula “A raposa e as uvas”, recontada por Millôr Fernandes, e responda às questões.

Com esforço, empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes.

  1. A que termo da oração se referem os verbos em destaque? Qual é o núcleo desses termos?
  2. Quanto ao significado, esses verbos se classificam da mesma fórma? Por quê?
  3. Na oração “Realmente as uvas estavam verdes”, o termo “verdes” se refere a que parte da oração? Por que ele está no plural?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até c.

  1. A que termo da oração se referem as duas ocorrências do verbo “estavam” no trecho? Qual é o núcleo desses termos?
  2. Quanto ao significado, esses verbos se classificam da mesma forma? Por quê?
  3. Na oração “Realmente as uvas estavam verdes”, o termo “verdes” se refere a que parte da oração? Por que ele está no plural?

Como já dissemos, os verbos de ligação são aqueles que têm a função de ligar o sujeito a uma característica relacionada a ele. A essa característica damos o nome de predicativo do sujeito. Geralmente, essa função é desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, substantivos, entre outros termos.

2. Observe este cartaz.

Cartaz. Cartaz, na vertical, com fundo em azul-claro. Na parte superior, à esquerda, círculo em preto com texto branco: COVID-19. Ao centro, menina vista dos ombros para cima, de cabelos castanhos com franja em castanho, olhos fechados, de máscara tampando nariz e boca e blusa de mangas compridas em azul. Ao redor, vírus circulares em vermelho. Abaixo, texto: COVID-19 prevenção é o melhor tratamento é obrigatório o uso de máscaras. Como utilizar a máscara: A prevenção é a nossa principal arma contra o coronavírus. O CREFITO-8 está tornando uma série de medidas para proteger a saúde de todos e conta com a sua participação. À esquerda, ilustração: Cabeça de um homem de cabelos escuros, blusa clara, com máscara sobre nariz e boca. À esquerda, relógio marcando em 2h. Homem de frente tirando máscara com as mãos. Homem com a mão direita sobre a máscara. Homem com a mão esquerda arrumando a máscara para cima. Homem com máscara tapando apenas a boca. Homem com dedo indicador sobre a parte do nariz, com a máscara. Homem com a máscara perto dos olhos. Na parte inferior, logotipos.

CREFITO-8. Covid-19: prevenção é o melhor tratamento. Curitiba, 2020. Disponível em: https://oeds.link/U7NwGY. Acesso em: 11 julho. 2022.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Qual é o objetivo dessa campanha?
  2. Leia a primeira oração do cartaz. Sintaticamente, como se classifica o termo “o melhor tratamento”?
  3. Na segunda oração do cartaz, há uma inversão do sujeito. Na ordem direta, a oração ficaria “O uso de máscaras é obrigatório”. Se o sujeito dessa oração fosse “As medidas de proteção”, quais alterações o predicado sofreria? Reescreva essa oração no caderno fazendo as alterações necessárias.
  4. Na oração “A prevenção é a nossa principal arma contra o coronavírus”, como se classifica o verbo? Por quê?
  5. Na sua opinião, como as orações em análise contribuem para o objetivo da campanha?

Quando um predicado é formado por verbo de ligação e predicativo do sujeito, ele se classifica como predicado nominal. Nesse caso, o núcleo semântico é o predicativo do sujeito.

3. Leia o cartum.

Cartum. À esquerda, homem caminhando sobre morro, para a direita, em tons de lilás e cabelos em preto, com par de óculos de grau. Na ponta inferior, à direita, prédios aglomerados, em tons de amarelo. Na parte superior, céu em lilás, com várias estrelas pequenas brancas, uma lua à esquerda, com o formato de letra C. À direita, um disco voador de cor cinza, com o texto: EM UMA CIVILIZAÇÃO AVANÇADA, TODAS AS GUERRAS SÃO DE TRAVESSEIROS.

dãmer, André. Não há nada acontecendo. Folha de S.Paulo, São Paulo, 9 abril. 2022. Ilustrada. Disponível em: https://oeds.link/6CjCp8. Acesso em: 20 abril. 2022.

  1. Observe a quem se liga a fala que aparece no cartum. O que se pode inferir dessa afirmação?
  2. Qual é o objetivo do autor desse cartum?
  3. Na frase dita pelo extraterrestre, o termo “de travesseiros” é de grande relevância para o entendimento do cartum. Por quê?
  4. Sintaticamente, como esse termo se classifica? Ele é composto de quais classes de palavras?
  5. Como se classifica o predicado da oração presente no cartum? Qual é seu núcleo semântico?

VOCÊ É O AUTOR!

Fábula contemporânea

Para a produção textual, você terá duas opões de escrita: uma fábula contemporânea, que pode ser inspirada em alguma já existente ou ser totalmente inédita, ou uma contrafábula. Se optar por esta última, você terá de partir de uma fábula já existente.

Planejamento

  1. Nesta etapa, você terá de tomar algumas decisões para definir, por exemplo:
    1. a temática da fábula;
    2. o foco narrativo e o tipo de narrador;
    3. espaço, tempo (cronológico, no caso) e as ações (o que acontece dentro da história);
    4. se haverá diálogo e quais personagens terão fala;
    5. como será a apresentação (situação inicial), o desenvolvimento e o final.
  2. Após o planejamento, em uma folha à parte, faça um roteiro de escrita, listando todos os tópicos que você planeja escrever na introdução, no desenvolvimento e no final. Veja esta sugestão.
    Ícone. Modelo.
(Nome da fábula)

Introdução

Desenvolvimento

Final

Ilustração. Vista geral de local aberto de solo cinza. À esquerda, uma raposa de pelos em laranja, patas e rabo em marrom, de focinho fino e orelhas pequenas, sentada sobre um tronco em marrom. Ela tem entre as pernas, um tambor pequeno em bege, arredondado. Perto dela, à esquerda, uma árvore vista parcialmente em marrom, com folhas em rosa e sobre um galho, um animal similar a um castor, em pé, de pelos marrons, tocando um violino da mesma cor. Ao centro, um coelho de tamanho médio, cinza, com par de orelhas grandes, segurando com as patas dianteiras, uma flauta bege grande, perto da boca. À direita e de frente para os outros, um servo em pé, de pelos em marrom-claro, com um par de chifres em bege, segurando na pata direita um galho marrom, ao redor do galho, linhas que representam o movimento. Perto dele, uma grande vela com chama de cor laranja. Em segundo plano, árvore de tronco e galhos em preto e folhas rosa, com abertura em luz clara. No alto, céu em azul-escuro, com estrelas brancas.

Elaboração

  1. Para escrever, lembre-se da linguagem das fábulas e observe, entre outros aspectos:
    1. as características e a estrutura do gênero;
    2. a descrição dos personagens, do cenário e do tempo;
    3. o uso de organizadores para dar sequência aos eventos e os marcadores que vão indicar tempo e espaço, por exemplo;
    4. o uso adequado dos recursos linguísticos e gramaticais disponíveis.
  2. Depois de escrever, leia o texto para ver se ainda há algo a ser ajustado.

Revisão e edição

  1. Pronta a primeira versão, começa a etapa de revisão e edição.
    1. Troque o texto com um colega para que ele leia, revise e faça sugestões.
    2. Para a revisão, prepare, com o professor, uma pauta de revisão, listando os itens que devem ser conferidos durante a leitura, como pontuação, ortografia, coesão e coerência, sequência textual (expositiva, narrativa, descritiva), organização do texto, características e estrutura do gênero, entre outros.

Essa pauta de revisão pode ser utilizada em outros momentos.

  1. Verifique as sugestões apontadas pelo colega e faça os acréscimos, as reformulações e os ajustes que considerar necessários para melhorar ainda mais o texto.
  2. Após os ajustes, releia o texto e faça a edição que for necessária. Se possível, digite a fábula, utilizando um processador e editor de texto.
  3. Você também pode ilustrar sua fábula.

6. Releia a versão final da fábula.

Apresentação e avaliação

  1. Com o professor e os colegas, organizem um evento para que todos possam compartilhar as fábulas e conhecer o trabalho uns dos outros.
  2. Após as apresentações, avaliem como foi o processo de produção para cada um, identificando pontos positivos e negativos e as melhorias que podem ser feitas em uma próxima vez.

ORALIDADE

Fábulas em podcast

Que tal agora contar em um podcast a fábula que vocês escreveram? Vocês vão criar, produzir e divulgar um programa de podcast literário, sendo cada fábula um episódio.

Criação do programa

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Com o professor e os colegas, conversem sobre a criação do programa. Discutam como serão:
    1. o programa e os episódios;
    2. o texto de apresentação do programa e de cada episódio;
    3. o nome do programa;
    4. a circulação do programa e o público-alvo;
    5. a divulgação.
  2. Definido como será o programa, é o momento de produzir os episódios. Essa tarefa será feita em duplas.

Tendo ideias

  1. Em duplas, conversem para decidir qual fábula será contada em um podcast, como pode ser feita a transposição da escrita para a oralidade, que estratégias utilizar, quais recursos tecnológicos podem ajudar, quais serão as características e a estrutura do podcast, o contexto de produção e circulação Esse é o momento para ter ideias, ou seja, não há certo ou errado!
    1. Anotem em notas adesivas as ideias que surgirem, cada ideia em uma nota.
    2. Ao terminarem a troca de ideias, organizem as notas adesivas, classificando-as, por exemplo, em ideias para transcrever, estratégias para contar a fábula, recursos tecnológicos
    3. Revisem para ver se falta algum item ou se alguma mudança na ordem é necessária.
    4. Colem as notas adesivas em uma folha à parte para segui-las como roteiro.
Fotografia. Dois braços de pessoa de frente para vidro transparente com vários papéis pequenos coloridos, colados e enfileirados.
Colocando cada ideia em uma nota, é possível mudá-la de lugar se você quiser.

Planejamento e elaboração do roteiro

4. Elaborem um roteiro para o podcast, em uma folha à parte. Lembrem-se de usar o que já escreveram nas notas adesivas.

Ícone. Modelo.
Modelo de roteiro para podcast

Pauta para (nome do programa)

Nome do episódio:

Página:

Data:

Duração:

Episódio :

Sonoplasta(s): Inserir o nome de quem irá selecionar e gravar os efeitos sonoros e a trilha musical.

Redator(es): Inserir o nome de quem irá escrever o roteiro para o episódio.

Apresentador:

Narrador e personagem(ns):

Sonoplastia (som)

Áudio (fala)

Inserir nesta coluna: vinheta, trilha musical, efeito sonoro, entre outros.

Exemplo: trilha sonora de abertura ao fundo. (1 min).

Inserir nesta coluna: apresentação do episódio, narração da fábula, encerramento, entre outros.

Ensaio e gravação

  1. Antes de começarem a gravação, ensaiem a contação da fábula. Isso é importante para que a leitura durante a gravação pareça o mais natural possível. Lembrem-se de que vocês não estão apenas lendo, devem fazer uma leitura dramática.
  2. Para a gravação, procurem um local calmo e silencioso. Muitos ruídos indesejáveis podem ser retirados na edição do áudio, mas a quietude pode ajudar na concentração.

Edição e divulgação

  1. Na etapa de edição, as tarefas são:
    1. limpar o áudio de ruídos ou sons que não fazem parte do episódio;
    2. verificar se as vozes do apresentador, do narrador e do ou dos personagem ou personagens estão claras para os ouvintes;
    3. cortar partes desnecessárias, como erros durante a fala e pausas longas;
    4. inserir trilhas e vinhetas, se estiverem previstas.
  2. Com o podcast pronto, é o momento de divulgar e compartilhar sua criação!

VOCÊ, BOOKTUBER

Booktuber?!undefined

O hábito de ler deve ser cultivado desde cedo. Você, provavelmente, já leu muitos livros, alguns indicados por professores, outros escolhidos por você apenas para se divertir.

Ao penetrar no mundo literário, começamos a fazer parte de uma história e de um mundo imaginário (sim, passamos a ser coautores, imaginar cenários, personagens, cenas, fazer inferências, levantar suposições).

Ao lermos, nossa mente é preenchida por pensamentos que nos colocam dentro da história. “Conversamos” com o texto e criamos sentidos. Vivenciamos a história, sofremos, rimos, ficamos com receio, com medo, felizes com os personagens. Algumas vezes nos envolvemos de tal maneira que fica difícil interromper a leitura, queremos saber o final, como quando estamos assistindo ao seriado que adoramos e não vemos a hora de que a próxima temporada comece!

Você, booktuber foi imaginado para incentivá-lo a entrar e se apaixonar pelo mundo literário. Como? Tornando-se um booktuber. Mas você sabe o que é ser um booktuber?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Que palavra você conhece que é parecida com essa? Lembrou? O que essa palavra significa?
  2. Agora, analise o substantivo book. O que esse termo em inglês significa?
  3. O que faz, então, um booktuber?
  4. Você conhece algum booktuber? Se sim, qual ou quais?
  5. Reflitam sobre estas questões.

Como será que os booktubers abordam seus conteúdos? Será que dialogam com os espectadores, como se estivessem conversando?

Além de resenhas e comentários sobre as últimas leituras, será que há outras propostas para chamar os espectadores para a ação, fazer com que saiam da zona de conforto lendo novos autores ou diferentes gêneros?

6. Para descobrir, assista a algumas produções de buktúbers conforme orientação do professor. Analise como eles se direcionam para as câmeras e como falam com a audiência.

Booktuber, eu?

Você, booktuber foi pensado dentro da mesma estrutura do Clube do Livro, ou seja, é uma atividade bimestral que começa com a escolha do livro para a leitura e termina com a gravação e o compartilhamento do vídeo com a resenha crítica.

O projeto é dividido em etapas que estão descritas a seguir.

1. Escolha do livro

Pesquise resenhas críticas na biblioteca, em vlogues ou blogues literários, fanpages, revistas, jornais e canais de booktubers. Elas vão nortear sua escolha, mas não a definirão. Você fará isso ao pegar um livro, ler a contracapa, a orelha, folheá-lo

Fotografia. Uma menina vista da cintura para cima, com o corpo para a direita, de cabelos pretos penteados para trás, com um par de óculos de grau, blusa de mangas curtas em verde-claro, de bolsa nas costas em rosa-claro. Ela está de frente para uma estante branca, com livros organizados. Ao fundo, duas pessoas em pé, de frente para uma estante com outros livros.
Observar a capa, a contracapa, ilustrações e ler a orelha ou apresentação do livro são ações que ajudam na escolha.

2. Definição do cronograma

Escolhido o livro, comece a leitura. Você e os colegas vão combinar com o professor o cronograma, englobando o tempo que terão para ler o livro, para preparar a resenha, gravar o vídeo e apresentá-lo para a turma.

  1. Elaboração da resenha
    1. Organize as anotações feitas durante a leitura.
    2. Depois, faça um roteiro em uma folha.
    3. Escreva o esboço da resenha.
    4. Antes de escrever a versão final, revise e edite o texto.
  2. Gravação do vídeo
    1. Faça um roteiro de gravação e, antes de gravar, ensaie a fala para que ela saia o mais natural possível.
    2. Procure um local silencioso para a gravação.
    3. Depois de gravado o vídeo, edite para limpar o áudio de ruídos, verificar se a voz está clara e cortar as partes desnecessárias.
  3. Apresentação e avaliação
    1. Pronto! Apresente o vídeo aos colegas e poste no canal escolhido.
    2. Faça uma roda com os colegas para conversar sobre a experiência.

EU APRENDI!

1. Em uma folha à parte, construa um mapa mental com o que você aprendeu sobre a fábula e as agá quês. Ele servirá de guia para você estudar.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

Veja este exemplo de mapa mental sobre ecologia.

Mapa mental. Ao centro, palavra em verde-claro: ECOLOGIA sobre grama e flores de pétalas em rosa e roxo. Ao redor, vários elementos, sentido horário: Não corte árvores. Ilustração: Uma árvore cortada com folhas verdes, caída para a esquerda e ao redor, três troncos e duas toras de árvore. Separe o lixo. Ilustração: Três lixeiras com símbolo de reciclagem: amarela, verde e azul. Economize combustível. Ilustração: Uma placa redonda com contorno e linha fina na diagonal em vermelho, sobre um carro preto. Uma bicicleta azul com rodas em preto. Reduza o consumo de eletricidade. Ilustração: Uma vela branca com luz amarela e uma lâmpada em amarelo. Use os materiais certos. Ilustração: Uma sacola de papel em marrom-claro, com símbolo de reciclagem em verde. Economize água. Ilustração: Torneira cinza, com a parte superior em vermelho. Na ponta inferior, gotas de água em azul-claro. Doe o que não for necessário para você. Ilustração: Duas blusas de alça, uma laranja, outra amarela e bermuda azul. Não jogue lixo na rua. Ilustração: Embalagens espalhadas: uma caixa em verde com etiqueta em branco, duas latas, uma garrafa azul e um papel amassado em branco.

2. Leia esta fábula e responda às questões a seguir.

A raposa comilona

Uma raposa que estava morrendo de fome viu que alguns pastores haviam deixado pão e carne no oco de uma árvore. Sorrateiramente, foi lá e comeu tudo. Como a barriga cresceu e ela ficou presa no buraco, gemia e se lamentava. Uma outra raposa que passava por perto ouviu-a se lamentando e perguntou por quê. Quando soube o que tinha acontecido, disse-lhe:

— Paciência! Quando voltares ao que eras, sairás facilmente.

Ilustração. Uma raposa de pelos em laranja, caminhando para a direita. Ela tem patas em preto e focinho fino, com orelhas pequenas e rabo peludo. Ao fundo, árvores de galhos finos em marrom, sem folhas, secos. No solo, branco de neve.

ESOPO. A raposa comilona. In: Fábulas de Esopo. Porto Alegre: L&PM, 1997. página 44. (Coleção L&PM Pocket, 68).

  1. A moral dessa fábula foi propositalmente retirada. Com base naquilo que você compreendeu do texto, crie uma moral que sintetize o ensinamento transmitido pela história.
  2. Qual é o sujeito dos verbos destacados em verde? Qual é o núcleo desses sujeitos?
  3. A que termo da oração se relacionam os verbos destacados em azul?
  4. Embora esses três verbos se refiram ao mesmo sujeito, do ponto de vista do significado, eles recebem classificações diferentes. Por quê?
  5. Por que nas orações cujos verbos centrais são “gemia” e “lamentava” o sujeito não está expresso diretamente?
  6. Quanto à transitividade, como se classificam os verbos da pergunta anterior?
  7. Agora, vamos observar um pouco mais essa fábula. Siga o roteiro a seguir e complete-o no caderno.

Contexto de produção e circulação: autor, público-alvo, objetivo, local de circulação, época.

Aspecto composicional: foco narrativo; enredo (introdução, desenvolvimento, final, moral); elementos da narrativa (narrador, personagens, tempo, espaço, discurso direto/indireto).

Versão adaptada acessível

Atividade 2, itens b, c.

  1. Qual é o sujeito dos verbos “viu” e “haviam deixado”? Qual é o núcleo desses sujeitos?
  2. A que termo da oração se relacionam os verbos “ficou”, “gemia” e “lamentava”?

3. Leia esta tirinha e responda às questões a seguir.

Tirinha. Tirinha composta por dois quadros. Apresenta como personagens: um homem de cabelos pretos, de camiseta cinza, bermuda preta. Outro homem, Platão, de cabelos pretos penteados para a direita, com par de óculos de grau, camiseta cinza e calça em verde. As cenas se passam em um dormitório. Q1 – À esquerda, o homem de cabelos pretos, sentado sobre uma cama, tocando um violão de cor bege, pergunta? VOCÊ TOCA ALGUM INSTRUMENTO, PLATÃO? À direita, Platão, olhando para ele, responde: SIM. Q2 – O homem sobre a cama, visto da cintura para cima, ainda com o violão nas mãos, diz: VAMOS TOCAR JUNTOS UM DIA. À frente, Platão, de costas para o outro, fala: VOU BUSCAR MINHA GAITA DE FOLES.
WALKER, Mort. Recruta Zero. O Estado de São Paulo, São Paulo, 13 abril 2022. Caderno 2, página C6.
  1. Qual é o sujeito das orações “Vamos tocar juntos um dia” e “Vou buscar minha gaita de foles”? Como você chegou a essa conclusão?
  2. Nesta unidade, aprendemos que, dependendo do contexto, os verbos podem mudar sua classificação com relação ao seu significado e quanto à transitividade. Como isso acontece com o verbo “tocar” na tirinha?
  3. Qual é o humor da tirinha?

VAMOS COMPARTILHAR

Fábulas em agá quê

Você já ouviu falar em agá quês literárias? Observe as reproduções das capas e das páginas de duas publicações.

Capa de livro. À direita, um homem visto da cintura para cima, de cabelos e barba em castanho, com um par de óculos de grau, camisa de gola branca e colete verde por cima. Ele tem uma bandeira do Brasil sobre o corpo, no ombro esquerdo, passando pela cintura. Ele estende com a mão direita um livro de capa marrom e uma folha branca com texto abaixo. Na parte superior, à esquerda, perto da cabeça dele, uma arma apontada com tubo fino preto. Em segundo plano, folhas verdes de árvore e acima, céu em azul-claro, sem nuvens. Mais à esquerda, nome da coleção, Grandes nomes em graphic novel, título do livro, Triste fim de Policarpo Quaresma, e nome dos autores, Lima Barreto, Edgar Vasques e Flávio Braga.
Reprodução de página. Página com história em quadrinhos composta por cinco quadros. Q1 – Alguém fora do quadrinho diz: EM TODA PARTE HÁ TERRAS FÉRTEIS... À direita, Policarpo, homem sentado debaixo de árvore, de cabelos e barba escuros, com par de óculos de grau, diz: QUE MAGNÍFICA IDEIA TENS TU! NOSSA TERRA É A MAIS FERTIL DO MUNDO! Ao fundo, árvores de folhas em verde. Q2 – Rosto de Policarpo, do queixo para cima, diz: MAS NÃO COMO NO BRASIL! Q3 – Policarpo visto dos ombros para cima, de olhos fechados e com verduras e legumes em volta dele: milho, feijões pretos, brancos e vermelhos, batatas, alface e tomate. Ele fala: VOU PLANTAR O MILHO, A BATATA E O FEIJÃO... ALÉM DAS FRUTAS E VERDURAS. Q4 – Policarpo em pé, com sombra sobre ele, olhos claros, braços abertos. À esquerda dele, um abacaxi em amarelo, com símbolo de cifrão e acima, folhas verdes. À direita, cofrinho de formato de um porco grande, com símbolo de cifrão. Policarpo fala: O RENDIMENTO SERÁ EXCELENTE COM UMA ADMINISTRAÇÃO APROPRIADA. Q5 – Policarpo visto dos ombros para cima, com a mão direita fechada, para cima, diz: SAIO DAQUI AMANHÃ E COMPRO O SÍTIO! Ao redor, verduras, legumes e frutas em tons de cinza.
Reprodução da capa e da página 22 da agá quê de Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, por Edgar Vasques e Flávio Braga.
Capa de livro. Cenas com os personagens em locais diferentes. À esquerda, cena de uma pessoa de cabelos escuros, com terno em amarelo e braços para cima. Ao fundo, outros homens vistos parcialmente, em marrom e azul-claro. Ao centro, cena com um personagem visto dos ombros para cima, cabelos e barba escuros, de camisa branca e terno cinza por cima, olhando para a esquerda. À direita, cena com outras pessoas em tons de verde, roxo e marrom-claro. Abaixo, cena com vista parcial de prédio em bege, com telhado marrom de torre. Na parte superior, título do livro e autor: Literatura Brasileira em Quadrinhos. O Alienista, Machado de Assis.
Reprodução de página. Reprodução de página de história em quadrinhos, composta por sete quadros na vertical. Q1: Vulto em preto de pessoa por trás de uma vidraça. Q2: Duas mulheres de cabelos curtos escuros e com saias longas em preto e blusas em vermelho. Q3: Homem visto da cintura para cima, cabelos, bigode e barcas pretos, óculos de grau, sobre a cabeça um chapéu preto. Usa casaca e colete em cinza, com camisa de gola branca e gravata em roxo. Q4: Homem de costa à esquerda, com cabelos pretos, usando casaca e calças marrons; ele é o noivo. Ele está de braços dados com uma mulher, à sua direita, de cabelos pretos e de vestido longo branco; ela é a noiva. À frente deles está um padre, homem de cabelos pretos, usando um traje branco com um crucifixo no pescoço. Ao fundo, um altar com imagens de santos. Q5: Aparecem as mãos de duas pessoas, uma delas colocando aliança dourada no dedo anular da outra. Q6: Perfil do noivo, homem de cabelos e barba pretos, com óculos de grau. Q7: Mulher de cabelos pretos, sobrancelhas juntas, sorridente, usando vestido branco, a noiva; ela é vista de frente, da cintura para cima, e de seu lado esquerdo aparece o  ombro de seu noivo.
Reprodução da capa e da página 3 da agá quê de O alienista, de Machado de Assis.
Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Ao fazer as observações, na sua opinião, ler um clássico da literatura em formato de quadrinhos é interessante? Por quê?
  2. Ler o clássico em agá quê aumenta ou diminui sua vontade de ler o livro? Explique.

Criação da agá quê

Partindo dessa inspiração, vamos transformar as fábulas em histórias em quadrinhos?

  1. Em grupos, selecionem uma das fábulas que vocês criaram.
  2. Dividam as tarefas para a produção, definindo quem serão os responsáveis: roteirista, ilustrador, editor, revisor, diagramador
  3. Discutam como vão montar o roteiro, como será o quadro a quadro e a ilustração das cenas, quais serão os recursos, sinais gráficos e metáforas visuais utilizados
  4. Combinem o cronograma para a execução das tarefas e como os demais colegas podem ajudar os responsáveis por elas.
  5. Lembrem-se da etapa de revisão do roteiro, depois da aprovação dos desenhos até chegar à publicação final.
  6. Definam como será a capa, quem aparecerá na página de créditos e se a agá quê será digitalizada.
  7. Combinem com o professor uma exposição das agá quês para a comunidade escolar, familiares e amigos.
  8. Por fim, em uma roda de conversa, avaliem o contexto de produção, circulação e divulgação da agá quê. Como foi essa experiência?

Glossário

fabulistas
: que ou quem escreve ou conta fábulas.
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inato
: que é próprio ou característico da experiência humana.
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avidez
: desejo intenso, voracidade; no caso, muita vontade de comer ou beber algo.
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retesar
: esticar.
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caramanchão
: construção rústica, feita de ripas ou estacas, geralmente recoberta de trepadeira. É comum em parques e jardins.
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divisar
: avistar, enxergar, perceber com os olhos.
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alegórico
: que representa algo de modo simbólico, indiretamente — no caso da fábula, a personificação de animais e coisas para representar atitudes humanas.
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