UNIDADE 1 Fábulas
As propostas desta unidade foram desenvolvidas em quatro etapas que se completam. Acompanhe!
EU SEI
As fábulas me ensinam?
Perceber-se como leitor que faz apreciações sobre o que leu e o que pretende ler e compreender o que está por trás da moral apresentada por meio de fábulas.
EU VOU APRENDER
Capítulo 1 – Fábulas ainda atuais
Compreender as características do gênero textual fábula.
Capítulo 2 – Fábulas e contrafábulas
Compreender o contexto de circulação e a produção desse gênero textual.
EU APRENDI!
Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem, além de ampliação da aprendizagem.
VAMOS COMPARTILHAR
Fábulas visuais
Planejar e produzir fábulas em agá quê para compartilhar com a comunidade escolar, familiares e amigos.
EU SEI
As fábulas me ensinam?
Há muito, muito tempo, as fábulas, que são de tradição oral, fazem parte da literatura universal. Segundo registros, elas teriam surgido por volta de 1500 antes de Cristo, mas tiveram seu desenvolvimento na Grécia antiga, sendo Esopo um dos grandes responsáveis por propagá-las.
Como nessa época a liberdade de expressão era limitada, as fábulas, por meio de animais com valores humanos que personificavam características da sociedade daquela época, permitiram aos autores criticar a opressão, os costumes e o governo de fórma indireta e aparentemente inofensiva, sem comprometê-los. Com o tempo, as fábulas foram se modificando e passaram a ter caráter moral e educativo, com ensinamentos sobre a vida, criando analogia com o cotidiano.
Desde o seu surgimento, as fábulas foram propagadas por vários autores, sendo Esopo e La Fontéin os mais famosos. Nas narrativas de Esopo, que foi um escravo grego, o mais fraco sempre vence o mais forte. Cada animal simboliza algum aspecto ou qualidade do ser humano: o leão é relacionado à fôrça, a formiga é relacionada ao trabalho, o coelho é relacionado à agilidade, por exemplo.
No século dezessete, o francês La Fontéin reescreveu fábulas de Esopo, tornando-as mais educativas. Por isso, é considerado um dos mais importantes disseminadores desse gênero.
Nos dias de hoje, vários autores recriam as antigas fábulas, conferindo-lhes novos finais ou significados. Entre os autores brasileiros que deram uma nova roupagem a velhas fábulas, transformando-as em fábulas modernas, temos o humorista Millôr Fernandes.
1. As imagens a seguir são representações de fábulas. Observe-as e, depois, responda às questões.
- Você reconheceu essas fábulas? Quais são elas?
- Você se lembra de outras fábulas? Se sim, qual ou quais?
- Conte aos colegas uma dessas fábulas.
- Qual é a moral da fábula que você contou?
- Converse com os colegas sobre a função dessas fábulas, a moral explícita ou implícita de cada uma delas, se a moral apresentada os convenceu e o que essas fábulas ensinaram a vocês.
- Em grupos, pesquisem para descobrir um pouco mais sobre as fábulas, como:
- origem e principais autores e suas épocas;
- contribuição cultural e valor social das fábulas;
- fábulas modernas com uma nova visão de mundo.
- Selecionem e organizem as informações para apresentá-las aos outros grupos. Vocês podem usar cartazes, slides, vídeos. Soltem a imaginação!
- Que tal selecionar uma fábula e contá-la de fórma dramática, fazendo uma leitura expressiva?
- Combinem um dia para as apresentações.
EU VOU APRENDER Capítulo 1
Fábulas ainda atuais
As fábulas, escritas em prosa ou em versos, apesar de existirem há mais de 3 mil anos, permanecem atuais por tratarem de assuntos sociais e sentimentos inatosglossário ao ser humano, o que leva o leitor a se identificar com a narrativa simples e curta.
1. Leia a introdução do livro Fábulas de Esopo, adaptado por Guilherme Figueiredo, para conhecer um pouco mais sobre Esopo.
Fábulas de Esopo
Esopo era um escravo que viveu na Grécia há cêrca de três mil anos. Não se sabe muito a respeito de sua vida, até mesmo porque outros fabulistasglossário receberam o seu nome e as histórias de suas vidas se misturaram.
Esopo tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais, cada uma com um sentido e um ensinamento, que mostram como proceder com inteligência. Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. Sua intenção, em suas fábulas, é mostrar como nós podemos e devemos agir.
Ele nunca escreveu suas histórias. Contava-as para o povo, que, por sua vez, se encarregou de repeti-las. Só duzentos anos depois de sua morte é que elas foram escritas. Suas fábulas, contadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro, La Fontéin e outros, tornaram-se parte de nossa linguagem diária.
Em outros países além da Grécia, em outras épocas, sempre se inventaram fábulas, que permaneceram anônimas. No Brasil, quando dizemos que “macaco velho não mete a mão em cumbuca!”, estamos repetindo o ensinamento de uma fábula. Assim, podemos dizer que, em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça e de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos.
FIGUEIREDO, Guilherme. Fábulas de Esopo. [Adaptado da obra de] Esopo. terceira edição Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. página 7.
- Qual é o grande diferencial das histórias contadas por Esopo?
- Segundo o texto, a intenção de Esopo com suas fábulas era mostrar como podemos e devemos agir. Você concorda? Por quê?
- Por que as fábulas são consideradas de tradição oral, passando de geração em geração?
- Segundo o texto, “suas fábulas tornaram-se parte de nossa linguagem diária”. O que o autor quis dizer com isso? Explique.
▶ Você conhece algum ensinamento ou provérbio popular que pode ou poderia ter origem em ensinamentos de fábulas?
6. Como a fábula é definida nesse texto?
Vamos às fábulas?
7. Você já ouviu falar da fábula “A cigarra e a formiga”? Você lembra qual é a mensagem que ela transmite?
8. Leia a fábula e confira sua hipótese sobre o ensinamento que ela contém. Depois, conte se você conhece outra versão dela.
A cigarra e a formiga
A cigarra cantava no verão, enquanto a formiga passava os dias guardando comida para o inverno. Quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer e foi procurar a vizinha formiga:
— Formiga, por favor, ajude-me. Não tenho o que comer…
A formiga perguntou:
— O que é que você fazia no verão? Não guardou nada?
— No verão eu cantava… — respondeu a cigarra.
— Ah, cantava? Pois dance, agora.
“Deve-se prever sempre o dia de amanhã.”
FIGUEIREDO, Guilherme. Fábulas de Esopo. [Adaptado da obra de] Esopo. terceira edição Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. página 55.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- O que vocês acharam dessa fábula? Por quê?
- Vocês concordam com a moral do final? Por quê?
▶ Vocês colocariam outra moral no final? Se sim, qual?
- Vocês acham que toda ação gera uma consequência, seja ela boa, seja ruim? Expliquem com base no texto.
- Qual é a ideia principal dessa fábula? Relacione-a a um destes ditados populares e escreva a alternativa adequada no caderno.
- Plantamos o que colhemos.
- Quem tudo quer tudo perde.
- No texto, como são caracterizadas a cigarra e a formiga?
- Releia este trecho para responder às questões.
A cigarra cantava no verão, enquanto a formiga passava os dias guardando comida para o inverno. Quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer
- Quais são os marcadores temporais presentes nesse trecho?
- Em que tempo e modo estão os verbos utilizados? O que eles indicam ao leitor?
- Como começa a fábula?
- Há um conflito na narrativa? Qual?
- Qual foi a solução encontrada pela cigarra para seu problema de falta de alimento? Como isso é marcado na fábula?
- Qual foi o desfecho da fábula? Como o leitor identifica isso?
- A fábula foi escrita em prosa ou verso? Como você identificou isso?
- Por ser estruturada como um texto narrativo, quais elementos da narrativa a fábula apresenta?
- Como é a narrativa da fábula lida?
- O que distingue os personagens da fábula de personagens de outras narrativas?
A moral é uma das características das fábulas, mas nem sempre é explícita. Em alguns casos, o autor deixa para o leitor inferir.
Outras versões
15. Leia outra versão da mesma fábula.
A cigarra e as formigas
Durante um lindo dia de inverno, as formigas estavam secando os grãos que tinham coletado durante o verão. Uma cigarra faminta parou e lhes pediu algo para comer. As formigas perguntaram então: “Por que você não armazenou comida durante o verão para enfrentar os meses de dificuldade que estão chegando?” A cigarra respondeu: “Não tive tempo, eu estava muito ocupada cantando”. Ao ouvir isso, as formigas disseram: “Você cantou durante todo o verão? Pois agora dance!”.
É melhor estar preparado para os dias de necessidade.
PUDENZI, Luciana; CAMPANÁRIO, Nicolás ( Organização.). Fábulas de Esopo ilustradas. São Paulo: PanaPaná, 2017. página 158.
▶ Com um colega, façam a comparação dessas fábulas. Indiquem as semelhanças e as diferenças.
Capa e contracapa
16. Analise a capa e a contracapa do livro Fábulas de Esopo.
a. Quais informações elas nos trazem?
b. Ao observar a capa e a contracapa, você ficou com vontade de ler o livro? Por quê? Comente com os colegas e o professor.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Termos da oração: sujeito e predicado verbal
Responda às questões no caderno.
1. Releiam estes trechos das fábulas trabalhadas.
A cigarra cantava no verão enquanto a formiga passava os dias guardando comida para o inverno. Quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer e foi procurar a vizinha formiga
Durante um lindo dia de inverno, as formigas estavam secando os grãos que tinham coletado durante o verão. Uma cigarra faminta parou e lhes pediu algo para comer. As formigas perguntaram então: “Por que você não armazenou comida durante o verão para enfrentar os meses de dificuldade que estão chegando?”.
- Os verbos e locuções verbais destacados se referem a que termos das orações?
- Por que alguns desses verbos e locuções verbais estão no plural e outros, no singular?
- Esses verbos e locuções verbais têm conteúdo semântico, ou seja, têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?
- Considerando o gênero fábula, por que verbos como esses predominam nos trechos?
Versão adaptada acessível
Atividade 1, itens a até d.
- Os verbos “cantava”, “passava”, “chegou”, “tinha”, “parou”, “pediu”, “perguntaram”, “armazenou” e as locuções verbais “foi procurar”, “estavam secando”, “tinham coletado”, “estão chegando” se referem a que termos das orações?
- Por que alguns desses verbos e locuções verbais estão no plural e outros, no singular?
- Esses verbos e locuções verbais têm conteúdo semântico, ou seja, têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?
- Considerando o gênero fábula, por que verbos como esses predominam nos trechos?
As orações se estruturam em torno de unidades sintáticas, também conhecidas como termos da oração. Os principais são o sujeito, que é o termo com o qual o verbo concorda em pessoa e em número, e o predicado, termo que traz uma declaração sobre o sujeito e que sempre apresenta verbo.
Dependendo da fórma como o sujeito se estrutura em uma oração, ele recebe diferentes classificações. De modo geral, há duas principais categorias: a dos sujeitos determinados, que são aqueles que podem ser identificados por palavras ou pelo contexto, e a dos sujeitos indeterminados, que não podem ser identificados nem por palavras nem pelo contexto, como vemos na tirinha a seguir.
2. Leia a tirinha.
BECK, Alexandre. Armandinho, [], 25 maio 2017. Facebook. Disponível em: https://oeds.link/mNAIJ3. Acesso em: 19 abril. 2022.
- Que lição a tirinha pretende transmitir?
- Nos dois primeiros quadrinhos, há verbos na terceira pessoa do plural. Quais são eles?
- Com qual intenção os personagens teriam usado o verbo dessa fórma?
- A que sujeitos esses dois verbos se relacionam?
3. Compare estas duas manchetes para responder às questões.
Choveu muito, em Foz. Mas sem trazer o “grande perigo” previsto
BENETTA, Claudio D. Choveu muito, em Foz. Mas sem trazer o “grande perigo” previsto. agá doisFoz, Foz do Iguaçu, 25 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/EpqO9q. Acesso em: 27 abril. 2022.
Chuvas leves ocorrerão em todo o Estado nos próximos dias
CHUVAS leves ocorrerão em todo o Estado nos próximos dias. Só Sergipe, 19 abril. 2022. Disponível em: https://oeds.link/8VDVyw. Acesso em: 19 abril. 2022.
- Com relação ao tempo, como as manchetes situam o leitor sobre o conteúdo a ser lido? Que verbos são usados para isso e em que tempo?
- Na primeira manchete, há uma oração sem sujeito. Por quê?
- Por que o verbo da segunda oração está no plural?
4. Leia estas orações.
Chove há muitos dias no interior do estado.
Choveram elogios à palestra do cientista.
▶ Há sujeito nessas orações? Por quê?
5. Leia esta breve fábula de Esopo.
O cão e a concha
Um cão que tinha o hábito de comer ovos viu uma concha. Abriu a boca e, não sem esforço, a engoliu. Sentindo então a barriga pesada e doendo, disse: “Isto me ensinou a não achar que tudo o que é redondo é ovo”.
Reflita antes de agir a fim de não se ferir com estranhos espinhos.
ESOPO. O cão e a concha. In: Fábulas de Esopo. Tradução de Antônio Carlos Vianna. Porto Alegre: L&PM, 1997. página 21. (Coleção L&PM Pocket, 68).
- Que ensinamento podemos extrair dessa fábula?
- Considerando a atitude do cão, que se deixou levar pela aparência da concha, poderíamos reescrever a moral dessa fábula utilizando um ditado popular que fala sobre isso. Qual seria esse ditado? Escreva no caderno.
Quem não tem cão caça com gato.
Nem tudo que reluz é ouro.
Um dia é da caça, outro, do caçador.
- O primeiro verbo destacado na fábula se liga a um sujeito que está expresso na oração. Qual é esse sujeito? A que classe gramatical pertence o núcleo desse sujeito?
- Nas demais orações, os verbos destacados remetem a um sujeito que não está diretamente expresso. Qual é esse sujeito? Como conseguimos identificá-lo?
- Por que, nessas orações, o sujeito não foi expresso diretamente?
- Do ponto de vista semântico, os verbos destacados têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?
Versão adaptada acessível
Atividade 5, itens c até f.
- O verbo “tinha” que aparece na fábula se liga a um sujeito que está expresso na oração. Qual é esse sujeito? A que classe gramatical pertence o núcleo desse sujeito?
- Nas demais orações, os verbos “viu”, “abriu” e “disse” remetem a um sujeito que não está diretamente expresso. Qual é esse sujeito? Como conseguimos identificá-lo?
- Por que, nessas orações, o sujeito não foi expresso diretamente?
- Do ponto de vista semântico, esses verbos têm significado próprio ou apenas ligam o sujeito a uma característica?
Ao analisarmos o predicado, sabemos que é muito importante perceber o tipo de verbo presente na oração. Quanto ao significado, os verbos se dividem em dois grupos: o dos verbos de ligação e o dos verbos significativos.
6. Leia a tirinha.
uólquer mórtchi. Recruta Zero. O Estado de São Paulo, São Paulo, 15 abril. 2022. Cultura.
- Por que, no segundo quadrinho, o Recruta Zero teria feito essa pergunta ao colega?
- Quanto ao significado, como se classificam os verbos presentes na tirinha?
- Os verbos presentes no primeiro quadrinho têm sentido completo ou precisam de algum complemento?
- Os verbos do último quadrinho estão registrados na fórma composta. No caderno, reescreva a fala do Recruta Zero utilizando esses mesmos verbos na fórma simples.
- Esses verbos têm sentido completo ou precisam de algum complemento?
7. Observe este cartaz.
BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Campanha Carteira Digital de Trânsito. Brasília, Distrito Federal, 2021.
- Com qual objetivo o cartaz foi produzido?
- Qual é o sujeito das fórmas verbais “vai viajar” e “lembre-se”? A quem se refere?
- Quanto ao significado, como se classificam essas fórmas?
- Quanto à transitividade, como se classifica a locução verbal “vai viajar?” Por quê?
- Como se classifica o predicado das três orações que compõem o cartaz?
ORTOGRAFIA
Formação de palavras: composição por aglutinação e justaposição — uso do hífen
Responda às questões no caderno.
1. Leia este trecho de notícia.
Sol ganha ‘auréola’ de arco-íris em Recife; conheça o fenômeno natural
reticências
Os moradores de Recife, capital de Pernambuco, notaram algo diferente no céu, na manhã desta quinta-feira ()
Conforme o meteorologista Ruibran Dos Reis, o Halo Solar (auréola solar, em português) é um fenômeno óptico que acontece em razão da refração dos raios solares nas partículas de água cristalizadas que estão na nuvem cirrus. Assim, como o efeito de um prisma, o formato circular e as cores aparecem.
LELLES, Ana Raquel. Sol ganha ‘auréola’ de arco-íris em Recife; conheça o fenômeno natural. Estado de Minas, Belo Horizonte, 13 janeiro. 2022. Disponível em: https://oeds.link/FyX6Bp. Acesso em: 20 abril. 2022.
- Você já viu esse fenômeno em sua cidade?
- De acordo com o texto, como a auréola solar se fórma?
- O que as palavras “arco-íris” e “quinta-feira” têm em comum?
2. Agora leia este trecho de outra notícia.
Intensa tempestade solar aconteceu neste fim de semana
Uma grande explosão solar aconteceu neste último sábado (16). Durante a atividade, quantidades significativas de energia foram lançadas em fórma de radiação, produzindo uma ejeção de massa coronal () poucos minutos depois.
TORRES, . Intensa tempestade solar aconteceu neste fim de semana. Canaltech, 18 abril. 2022. Disponível em: https://oeds.link/L4PSWx. Acesso em: 19 abril. 2022.
- Quais expressões situam temporalmente o leitor quanto ao fato ocorrido?
- Em uma dessas expressões há um substantivo composto formado por justaposição. Qual é ele?
- Na sua opinião, por que ele não apresenta hífen?
3. Algumas palavras do texto a seguir foram transcritas, intencionalmente, de fórma incorreta. Leia o texto e, no caderno, copie as palavras que devem ser escritas com hífen.
Conheça o lobo guará, da cédula de R$ 200duzentos reais
O lobo guará estampa a nota de R$ 200duzentos reais, lançada nesta quarta feira () pelo Banco Central ( bê cê), por uma escolha da população. E, além de ser um animal típico do cerrado, é o maior canídeo da América do Sul.
A escolha do lobo guará ocorreu ainda em 2001, quando o governo Fernando Henrique Cardoso perguntou à população quais animais da fauna brasileira deveriam ilustrar as novas notas do Real. O primeiro colocado foi a tartaruga marinha, que foi para a nota de R$ 2dois reais naquele mesmo ano. O segundo, o mico leão dourado, que está na nota de R$ 20vinte reais, lançada no ano seguinte.
A nota, contudo, traz outro elemento ligado ao lobo guará e ao cerrado brasileiro: a vegetação chamada de lobeira.
Os ramos da lobeira, bem como parte do corpo do lobo guará, por sinal, representam parte dos elementos de segurança da nota de R$ 200duzentos reais. É possível sentir um alto relevo nesses elementos. Também é possível ver uma marca d’água do lobo guará quando a cédula é colocada contra a luz.
BARBOSA, Marina. Conheça o lobo-guará, da cédula de R$ 200duzentos reais. Correio Braziliense, Brasília, Distrito Federal, 2 setembro. 2020. Disponível em: https://oeds.link/xplqgh. Acesso em: 20 abril. 2022.
EU VOU APRENDER Capítulo 2
Fábulas e contrafábulas
- Você conhece algum escritor brasileiro que tenha produzido ou adaptado fábulas? Se sim, qual ou quais?
- Você se lembra de alguma fábula escrita por eles? Conte aos colegas.
- Na sua opinião, como seria uma fábula escrita nos tempos atuais? Ela seria igual à que foi escrita por Esopo, por exemplo, ou seria diferente?
- Leia esta fábula contemporânea (ou contrafábula), de Millôr Fernandes.
A raposa e as uvas
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesouglossário o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo o que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: “Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes”. E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço, empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu! Com avidezglossário colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes.
Moral: A frustração é uma fórma de julgamento tão boa como qualquer outra.
FERNANDES, Millôr. Novas fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Desiderata, 2007. volume 1. página 128.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- O que vocês acharam dessa nova versão da fábula? Conversem um com o outro, depois compartilhem com a turma.
- Qual é o enredo da história?
- Como a fábula descreve:
- a raposa;
- os cachos de uva;
- as uvas;
- a pedra.
- Onde acontece a história?
- Onde estava a raposa no começo da história?
- Leia este trecho da fábula e responda às questões.
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral .
- Para vocês, qual é o significado da parte destacada?
- A expressão “De repente”, no início do parágrafo, é uma locução adverbial, uma locução adjetiva ou um advérbio?
- Qual é o valor dela dentro do contexto da fábula? O que ela indica?
Versão adaptada acessível
Atividade 6, itens a até c.
- Para vocês, qual é o significado de “fome de quatro dias e gula de todos os tempos”?
- A expressão “De repente”, no início do parágrafo, é uma locução adverbial, uma locução adjetiva ou um advérbio?
- Qual é o valor dela dentro do contexto da fábula? O que ela indica?
- Ao chegar ao parreiral, o que chamou a atenção da raposa? Copie a alternativa adequada.
- A sombra deliciosa.
- Cachos de uvas maravilhosos.
▶ Como o autor leva o leitor a perceber que a raposa só tinha olhos para as uvas?
- O que aconteceu com a raposa depois que avistou o cacho de uvas?
- Que estratégia a raposa usou ao perceber que não alcançaria o cacho de uvas apenas saltando?
- Esse sentimento era verdadeiro? Como você percebeu isso?
11. Nessa fábula, a raposa tem alguma fala? Como o leitor identifica isso?
12. Releia este trecho da fábula.
reticências trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu!
- Qual é o efeito de sentido provocado pelos três pontos ou reticências?
- E o ponto de exclamação?
13. Em “Realmente as uvas estavam muito verdes.”, que sentido a palavra destacada confere à frase?
Voltando para Esopo
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Transcrição do áudio
Locutor: Fábulas e contrafábulas
Locutor: “A cigarra e a formiga”, “A lebre e a tartaruga”, você conhece essas histórias? São dois exemplos muito conhecidos de fábulas.
Essas histórias costumam ser curtas e escritas com linguagem simples, tanto em prosa quanto em verso. Seus personagens podem ser animais, plantas ou objetos, que se comportam como pessoas, tanto ao andar e falar, como também na demonstração de características como esperteza, sabedoria ou inveja.
As fábulas, que vêm da tradição oral, foram originariamente usadas para fazer críticas a governos e à sociedade de forma velada, em uma época em que a liberdade de expressão era menor.
Com o passar do tempo, as fábulas passaram a tratar de questões do cotidiano, apresentando lições de moral.
Preste atenção agora na leitura da fábula “A raposa e as uvas”.
Essa história é atribuída a Esopo. Está presente no livro Fábulas de Esopo Ilustradas, de Luciana Pudenzi.
Narradora:
A raposa e as uvas
Uma raposa faminta passava sob um caramanchão quando divisou, pendendo de uma videira que nele se enroscava, um suculento e apetitoso cacho de uvas já bem pretas. A raposa pulou, saltou, e recorreu a tudo o que estava ao seu alcance para tentar alcançar as uvas, mas esforçou-se em vão, pois estavam muito altas. Por fim, desistiu e foi-se embora, dissimulando para não admitir o fracasso: “Ora! De todo modo não as queria – estão verdes!”
Moral da história: Quem desdenha quer comprar.
Locutor: Depois de ouvir a fábula, você percebeu que os elementos citados estavam presentes na história: a raposa, que agia como um ser humano, um problema do cotidiano e uma moral, certo?
Agora ouça com a atenção a versão de Millôr Fernandes para essa mesma fábula.
Narradora:
A raposa e as uvas
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo o que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: “Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes”. E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço, empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes.
Moral: A frustração é uma forma de julgamento tão boa como qualquer outra.
Locutor: Você percebeu que nessa versão, que acabamos de contar, alguns elementos da história são iguais aos da fábula anterior, mas muitos são diferentes, principalmente a moral da história? Pois é. Isso que você acabou de ouvir é uma contrafábula.
Essa história contemporânea costuma usar elementos mais próximos da nossa realidade, do nosso dia a dia.
E a moral da história aparece normalmente com uma pitada de sarcasmo, um toque de humor.
Aposto que se você pesquisar encontrará em livros, filmes ou novelas muitas outras fábulas que foram adaptadas para nossa realidade.
Locutor: Créditos: O conto “A Raposa e as uvas”, adaptado por Luciana Pudenzi e Nicolás Campanário, foi publicado na obra Fábulas de Esopo, em 2021, pela editora PanaPaná. O conto “A Raposa e as uvas”, adaptado por Millôr Fernandes, foi publicado na obra Fábulas Fabulosas, em 1999, pela editora Nórdica. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.
14. Agora, leia outra versão de “A raposa e as uvas”.
A raposa e as uvas
Uma raposa faminta passava sob um caramanchãoglossário quando divisouglossário , pendendo de uma videira que nele se enroscava, um suculento e apetitoso cacho de uvas já bem pretas. A raposa pulou, saltou, e recorreu a tudo o que estava ao seu alcance para tentar alcançar as uvas, mas esforçou-se em vão, pois estavam muito altas. Por fim, desistiu e foi-se embora, dissimulando para não admitir o fracasso: “Ora! De todo modo não as queria – estão verdes!”.
Quem desdenha quer comprar.
PUDENZI, Luciana; CAMPANÁRIO, Nicolás ( Organização.). Fábulas de Esopo ilustradas. São Paulo: PanaPaná, 2017. página 48.
- O que você achou dessa fábula? Explique.
- Comparando as duas versões de “A raposa e as uvas”, qual você prefere? Por quê?
- Qual é o significado de “desdenhar”, termo presente na moral da fábula?
15. Criem e preencham no caderno um quadro com as características de cada elemento citado a seguir.
Raposa
Local
Cacho de uvas
- No trecho “um suculento e apetitoso cacho de uvas já bem pretas”, a que o adjetivo “pretas” se refere, o que significa e por que está no plural?
- A raposa foi bem-sucedida em sua empreitada de pegar as uvas? Por quê?
- Em “pendendo de uma videira”, por qual outra palavra poderíamos substituir a que está em destaque, sem prejudicar o sentido?
Versão adaptada acessível
Atividade 18
Por qual outra palavra poderíamos substituir “videira” em “pendendo de uma videira”, sem prejudicar o sentido?
19. As fábulas são exatamente iguais? Quais são as semelhanças e as diferenças entre elas? Façam, no caderno, um quadro como o do modelo a seguir e escrevam as informações pedidas.
Semelhanças |
Diferenças |
20. Compartilhem com a turma o resultado da comparação entre as fábulas.
A fábula é uma narrativa alegóricaglossário curta, escrita em prosa ou verso e com linguagem simples. Os personagens quase sempre são animais, plantas ou objetos, representando características e comportamentos humanos, como inveja, sabedoria, esperteza, andam eretos e falam. Por representarem o comportamento humano de fórma coletiva, são considerados personagens-tipo.
Para ampliar
Fábulas de Esopo ilustradas. Esopo. São Paulo: PanaPaná, 2017.
O livro reúne fábulas clássicas e conhecidas de Esopo, como “A tartaruga e a lebre” e “O lobo em pele de cordeiro”, e fábulas menos conhecidas. As ilustrações apresentam um rico e variado painel de técnicas e estilos artísticos.
A VOZ DO AUTOR
Millôr Fernandes
Nome: |
Milton Viola Fernandes, conhecido como Millôr Fernandes. |
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Profissão: |
Desenhista, humorista, tradutor, escritor e dramaturgo. |
Nascimento: |
Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1923. |
Falecimento: |
Rio de Janeiro, 27 de março de 2012. |
Millôr Fernandes começou a trabalhar cedo, ainda adolescente, quando circulava pelos departamentos de O Cruzeiro absorvendo tudo o que podia das várias funções dentro de uma revista. Muito criativo e sempre pronto para o novo, deixou, nos seus mais de 80 anos de vida, um verdadeiro legado ao patrimônio cultural brasileiro. Que tal conhecê-lo?
1. Em duplas, leiam este trecho de uma das biografias de Millôr. Depois, conversem sobre a importância do autor para a cultura brasileira.
reticências Millôr sempre desenvolveu seus dotes de maneira autodidata e baseado em sua capacidade criativa. Capacidade que estimulava com um trabalho persistente e com uma rotina dinâmica. Dessa fórma, cedo ele aprendeu a desenhar copiando as histórias das revistas em quadrinhos até transformar seus desenhos num dos traços mais marcantes do cartunismo brasileiro. Com esse mesmo espírito se transformou num dramaturgo reconhecido já desde seus primeiros textos (“Uma mulher em três atos”, “Um elefante no caos”, “O homem do princípio ao fim”) Aliás, como roteirista, desenvolveu também vários trabalhos para o cinema e para a televisão, entre eles reticências “Memórias de um sargento de milícias”, adaptado da obra de Manuel Antônio de Almeida
reticências Millôr sempre foi um artista capaz de se expressar das mais variadas fórmas. Para isso se valeu do texto, das imagens, do humor. Autor de frases famosas, textos críticos e desenhos e caricaturas inesquecíveis, marcou seu tempo com a riqueza de sua obra.
reticências
MILLÔR Fernandes. Uol, São Paulo, 6 abril. 2012. Disponível em: https://oeds.link/MgByDX. Acesso em: 20 abril. 2022.
2. Millôr Fernandes escreveu o texto a seguir como um enigma! Decifre-o!
a. Primeiro, leiam em voz alta. Pensem no ritmo e na melodia dessas novas palavras.
O macorvo e o caco
Andesta na florando um enaco macorme avistorvo um cou com um beço pedalo de quico no beijo. “Ver comou aqueijo quele ou não me chaco macamo”. Vangloriaco o macou-se de sara pigo consi. E berrorvo para o cou: “Oládre compá! Voçá este bonoje hito! Loso, maravilhindo! Jami o vais tem bão! Nante, brilhio, luzidegro. Poje que enso, se quisasse cânter, sua vém tamboz serela a mais bia de teta a floroda. Gostari-lo de ouvia, comporvo cadre, per podara dizodo a tundo mer que você ê o Rássaros dos Pei”. Caorvo na cantida o cado abico o briu a far de cantim sor melhão cansua. Naturalmeijo o quente caão no chiu e gente imediatomoi devoraco pelo astado macuto. “Obriqueijo pelo gado!”, gritiz o felaco macou. E a far de provim o mento agradecimeu var lhe delho um consou:
Moral: Jamie confais em pacos-suxa.
FERNANDES, Millôr. Novas fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Desiderata, 2007. volume 1. página 96.
- Como foi a leitura? Fácil, difícil, estranha? Comentem.
- Traduzam o texto em uma folha à parte. Para traduzi-lo, vocês têm de entender qual foi a estratégia utilizada pelo autor para construí-lo. Conversem para achar a solução.
- Apresentem a tradução à turma e vejam se todos chegaram ao mesmo resultado.
- Você gostou do texto? Por quê?
- A que gênero textual pertence esse texto?
- Qual é o ensinamento desse texto?
- Você já ouviu falar em neologismo?
- Pesquise sobre o significado do termo e registre-o no caderno. Depois, converse com a turma para comparar as respostas.
- Você acha que em “O macorvo e o caco” há neologismos?
- Qual foi a intenção do autor ao fazer isso?
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Responda às questões no caderno.
1. Leia o início desta história em quadrinhos. Comece pelo título: O que ele nos revela?
SOUSA, Mauricio de. Turma da Mônica ó dê ésse 6. Impacta ó dê ésse Gibis digitais. Disponível em: https://oeds.link/BVdG94. Acesso em: 25 abr. 2023.
- Quem são os personagens da agá quê?
- Onde acontece a história? Como percebemos isso?
- Qual foi a reação de Cascão ao ver Dona Carmem regando as plantas? Por que ele teve essa reação?
▶ Como você conseguiu perceber essa reação? Explique.
- Como Dona Carmem reagiu à fala do Cascão?
- No seu ponto de vista, podemos considerar “Água potável e saneamento básico” uma história em quadrinhos? Por quê?
- Observe os balões presentes nas cenas. São todos iguais? Você conhece outros diferentes? Explique.
- Ainda observando os balões, o tamanho e o tipo de letras são iguais? Explique.
- Como os textos são dispostos nos balões? Como percebemos a troca dos turnos de fala?
- O que o recurso de “gotas” desenhadas em torno da cabeça do Cascão, na primeira cena, representa?
A história em quadrinhos que você acabou de ler faz parte do projeto IMPACTA ó dê ésse. Você conhece esse projeto ou ouviu falar dele?
O QUE É O IMPACTA ó dê ésse
O IMPACTA ó dê ésse é um projeto idealizado pela Aldeias Infantis SOS em parceria com o Instituto Mauricio de Sousa com o objetivo de disseminar a temática dos ó dê ésse [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] entre crianças, adolescentes e jovens. A iniciativa conta com 17 gibis da Turma da Mônica e cursos ê á dê para formação de agentes multiplicadores. Nossa meta é chegar em 16 milhões de pessoas até 2030!
reticências
IMPACTA ó dê ésse. O que é o Impacta ó dê ésse. São Paulo, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/HqarH2. Acesso em: 15 abril. 2022.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Termos da oração: sujeito e predicado nominal (predicativo do sujeito)
Responda às questões no caderno.
1. Releia este trecho da fábula “A raposa e as uvas”, recontada por Millôr Fernandes, e responda às questões.
Com esforço, empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e… conseguiu! Com avidez colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes.
- A que termo da oração se referem os verbos em destaque? Qual é o núcleo desses termos?
- Quanto ao significado, esses verbos se classificam da mesma fórma? Por quê?
- Na oração “Realmente as uvas estavam verdes”, o termo “verdes” se refere a que parte da oração? Por que ele está no plural?
Versão adaptada acessível
Atividade 1, itens a até c.
- A que termo da oração se referem as duas ocorrências do verbo “estavam” no trecho? Qual é o núcleo desses termos?
- Quanto ao significado, esses verbos se classificam da mesma forma? Por quê?
- Na oração “Realmente as uvas estavam verdes”, o termo “verdes” se refere a que parte da oração? Por que ele está no plural?
Como já dissemos, os verbos de ligação são aqueles que têm a função de ligar o sujeito a uma característica relacionada a ele. A essa característica damos o nome de predicativo do sujeito. Geralmente, essa função é desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, substantivos, entre outros termos.
2. Observe este cartaz.
CREFITO-8. Covid-19: prevenção é o melhor tratamento. Curitiba, 2020. Disponível em: https://oeds.link/U7NwGY. Acesso em: 11 julho. 2022.
- Qual é o objetivo dessa campanha?
- Leia a primeira oração do cartaz. Sintaticamente, como se classifica o termo “o melhor tratamento”?
- Na segunda oração do cartaz, há uma inversão do sujeito. Na ordem direta, a oração ficaria “O uso de máscaras é obrigatório”. Se o sujeito dessa oração fosse “As medidas de proteção”, quais alterações o predicado sofreria? Reescreva essa oração no caderno fazendo as alterações necessárias.
- Na oração “A prevenção é a nossa principal arma contra o coronavírus”, como se classifica o verbo? Por quê?
- Na sua opinião, como as orações em análise contribuem para o objetivo da campanha?
Quando um predicado é formado por verbo de ligação e predicativo do sujeito, ele se classifica como predicado nominal. Nesse caso, o núcleo semântico é o predicativo do sujeito.
3. Leia o cartum.
dãmer, André. Não há nada acontecendo. Folha de S.Paulo, São Paulo, 9 abril. 2022. Ilustrada. Disponível em: https://oeds.link/6CjCp8. Acesso em: 20 abril. 2022.
- Observe a quem se liga a fala que aparece no cartum. O que se pode inferir dessa afirmação?
- Qual é o objetivo do autor desse cartum?
- Na frase dita pelo extraterrestre, o termo “de travesseiros” é de grande relevância para o entendimento do cartum. Por quê?
- Sintaticamente, como esse termo se classifica? Ele é composto de quais classes de palavras?
- Como se classifica o predicado da oração presente no cartum? Qual é seu núcleo semântico?
VOCÊ É O AUTOR!
Fábula contemporânea
Para a produção textual, você terá duas opões de escrita: uma fábula contemporânea, que pode ser inspirada em alguma já existente ou ser totalmente inédita, ou uma contrafábula. Se optar por esta última, você terá de partir de uma fábula já existente.
Planejamento
- Nesta etapa, você terá de tomar algumas decisões para definir, por exemplo:
- a temática da fábula;
- o foco narrativo e o tipo de narrador;
- espaço, tempo (cronológico, no caso) e as ações (o que acontece dentro da história);
- se haverá diálogo e quais personagens terão fala;
- como será a apresentação (situação inicial), o desenvolvimento e o final.
- Após o planejamento, em uma folha à parte, faça um roteiro de escrita, listando todos os tópicos que você planeja escrever na introdução, no desenvolvimento e no final. Veja esta sugestão.
Introdução |
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Desenvolvimento |
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Final |
Elaboração
- Para escrever, lembre-se da linguagem das fábulas e observe, entre outros aspectos:
- as características e a estrutura do gênero;
- a descrição dos personagens, do cenário e do tempo;
- o uso de organizadores para dar sequência aos eventos e os marcadores que vão indicar tempo e espaço, por exemplo;
- o uso adequado dos recursos linguísticos e gramaticais disponíveis.
- Depois de escrever, leia o texto para ver se ainda há algo a ser ajustado.
Revisão e edição
- Pronta a primeira versão, começa a etapa de revisão e edição.
- Troque o texto com um colega para que ele leia, revise e faça sugestões.
- Para a revisão, prepare, com o professor, uma pauta de revisão, listando os itens que devem ser conferidos durante a leitura, como pontuação, ortografia, coesão e coerência, sequência textual (expositiva, narrativa, descritiva), organização do texto, características e estrutura do gênero, entre outros.
▶ Essa pauta de revisão pode ser utilizada em outros momentos.
- Verifique as sugestões apontadas pelo colega e faça os acréscimos, as reformulações e os ajustes que considerar necessários para melhorar ainda mais o texto.
- Após os ajustes, releia o texto e faça a edição que for necessária. Se possível, digite a fábula, utilizando um processador e editor de texto.
- Você também pode ilustrar sua fábula.
6. Releia a versão final da fábula.
Apresentação e avaliação
- Com o professor e os colegas, organizem um evento para que todos possam compartilhar as fábulas e conhecer o trabalho uns dos outros.
- Após as apresentações, avaliem como foi o processo de produção para cada um, identificando pontos positivos e negativos e as melhorias que podem ser feitas em uma próxima vez.
ORALIDADE
Fábulas em podcast
Que tal agora contar em um podcast a fábula que vocês escreveram? Vocês vão criar, produzir e divulgar um programa de podcast literário, sendo cada fábula um episódio.
Criação do programa
- Com o professor e os colegas, conversem sobre a criação do programa. Discutam como serão:
- o programa e os episódios;
- o texto de apresentação do programa e de cada episódio;
- o nome do programa;
- a circulação do programa e o público-alvo;
- a divulgação.
- Definido como será o programa, é o momento de produzir os episódios. Essa tarefa será feita em duplas.
Tendo ideias
- Em duplas, conversem para decidir qual fábula será contada em um podcast, como pode ser feita a transposição da escrita para a oralidade, que estratégias utilizar, quais recursos tecnológicos podem ajudar, quais serão as características e a estrutura do podcast, o contexto de produção e circulação Esse é o momento para ter ideias, ou seja, não há certo ou errado!
- Anotem em notas adesivas as ideias que surgirem, cada ideia em uma nota.
- Ao terminarem a troca de ideias, organizem as notas adesivas, classificando-as, por exemplo, em ideias para transcrever, estratégias para contar a fábula, recursos tecnológicos
- Revisem para ver se falta algum item ou se alguma mudança na ordem é necessária.
- Colem as notas adesivas em uma folha à parte para segui-las como roteiro.
Planejamento e elaboração do roteiro
4. Elaborem um roteiro para o podcast, em uma folha à parte. Lembrem-se de usar o que já escreveram nas notas adesivas.
Pauta para (nome do programa) |
Nome do episódio: |
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Página: |
Data: |
Duração: |
Episódio nº: |
Sonoplasta(s): Inserir o nome de quem irá selecionar e gravar os efeitos sonoros e a trilha musical. |
Redator(es): Inserir o nome de quem irá escrever o roteiro para o episódio. |
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Apresentador: |
Narrador e personagem(ns): |
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Sonoplastia (som) |
Áudio (fala) |
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Inserir nesta coluna: vinheta, trilha musical, efeito sonoro, entre outros. |
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Exemplo: trilha sonora de abertura ao fundo. (1 min). |
Inserir nesta coluna: apresentação do episódio, narração da fábula, encerramento, entre outros. |
Ensaio e gravação
- Antes de começarem a gravação, ensaiem a contação da fábula. Isso é importante para que a leitura durante a gravação pareça o mais natural possível. Lembrem-se de que vocês não estão apenas lendo, devem fazer uma leitura dramática.
- Para a gravação, procurem um local calmo e silencioso. Muitos ruídos indesejáveis podem ser retirados na edição do áudio, mas a quietude pode ajudar na concentração.
Edição e divulgação
- Na etapa de edição, as tarefas são:
- limpar o áudio de ruídos ou sons que não fazem parte do episódio;
- verificar se as vozes do apresentador, do narrador e do ou dos personagem ou personagens estão claras para os ouvintes;
- cortar partes desnecessárias, como erros durante a fala e pausas longas;
- inserir trilhas e vinhetas, se estiverem previstas.
- Com o podcast pronto, é o momento de divulgar e compartilhar sua criação!
VOCÊ, BOOKTUBER
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O hábito de ler deve ser cultivado desde cedo. Você, provavelmente, já leu muitos livros, alguns indicados por professores, outros escolhidos por você apenas para se divertir.
Ao penetrar no mundo literário, começamos a fazer parte de uma história e de um mundo imaginário (sim, passamos a ser coautores, imaginar cenários, personagens, cenas, fazer inferências, levantar suposições).
Ao lermos, nossa mente é preenchida por pensamentos que nos colocam dentro da história. “Conversamos” com o texto e criamos sentidos. Vivenciamos a história, sofremos, rimos, ficamos com receio, com medo, felizes com os personagens. Algumas vezes nos envolvemos de tal maneira que fica difícil interromper a leitura, queremos saber o final, como quando estamos assistindo ao seriado que adoramos e não vemos a hora de que a próxima temporada comece!
Você, booktuber foi imaginado para incentivá-lo a entrar e se apaixonar pelo mundo literário. Como? Tornando-se um booktuber. Mas você sabe o que é ser um booktuber?
- Que palavra você conhece que é parecida com essa? Lembrou? O que essa palavra significa?
- Agora, analise o substantivo book. O que esse termo em inglês significa?
- O que faz, então, um booktuber?
- Você conhece algum booktuber? Se sim, qual ou quais?
- Reflitam sobre estas questões.
▶ Como será que os booktubers abordam seus conteúdos? Será que dialogam com os espectadores, como se estivessem conversando?
▶ Além de resenhas e comentários sobre as últimas leituras, será que há outras propostas para chamar os espectadores para a ação, fazer com que saiam da zona de conforto lendo novos autores ou diferentes gêneros?
6. Para descobrir, assista a algumas produções de buktúbers conforme orientação do professor. Analise como eles se direcionam para as câmeras e como falam com a audiência.
Booktuber, eu?
Você, booktuber foi pensado dentro da mesma estrutura do Clube do Livro, ou seja, é uma atividade bimestral que começa com a escolha do livro para a leitura e termina com a gravação e o compartilhamento do vídeo com a resenha crítica.
O projeto é dividido em etapas que estão descritas a seguir.
1. Escolha do livro
▶ Pesquise resenhas críticas na biblioteca, em vlogues ou blogues literários, fanpages, revistas, jornais e canais de booktubers. Elas vão nortear sua escolha, mas não a definirão. Você fará isso ao pegar um livro, ler a contracapa, a orelha, folheá-lo
2. Definição do cronograma
▶ Escolhido o livro, comece a leitura. Você e os colegas vão combinar com o professor o cronograma, englobando o tempo que terão para ler o livro, para preparar a resenha, gravar o vídeo e apresentá-lo para a turma.
- Elaboração da resenha
- Organize as anotações feitas durante a leitura.
- Depois, faça um roteiro em uma folha.
- Escreva o esboço da resenha.
- Antes de escrever a versão final, revise e edite o texto.
- Gravação do vídeo
- Faça um roteiro de gravação e, antes de gravar, ensaie a fala para que ela saia o mais natural possível.
- Procure um local silencioso para a gravação.
- Depois de gravado o vídeo, edite para limpar o áudio de ruídos, verificar se a voz está clara e cortar as partes desnecessárias.
- Apresentação e avaliação
- Pronto! Apresente o vídeo aos colegas e poste no canal escolhido.
- Faça uma roda com os colegas para conversar sobre a experiência.
EU APRENDI!
1. Em uma folha à parte, construa um mapa mental com o que você aprendeu sobre a fábula e as agá quês. Ele servirá de guia para você estudar.
▶ Veja este exemplo de mapa mental sobre ecologia.
2. Leia esta fábula e responda às questões a seguir.
A raposa comilona
Uma raposa que estava morrendo de fome viu que alguns pastores haviam deixado pão e carne no oco de uma árvore. Sorrateiramente, foi lá e comeu tudo. Como a barriga cresceu e ela ficou presa no buraco, gemia e se lamentava. Uma outra raposa que passava por perto ouviu-a se lamentando e perguntou por quê. Quando soube o que tinha acontecido, disse-lhe:
— Paciência! Quando voltares ao que eras, sairás facilmente.
ESOPO. A raposa comilona. In: Fábulas de Esopo. Porto Alegre: L&PM, 1997. página 44. (Coleção L&PM Pocket, 68).
- A moral dessa fábula foi propositalmente retirada. Com base naquilo que você compreendeu do texto, crie uma moral que sintetize o ensinamento transmitido pela história.
- Qual é o sujeito dos verbos destacados em verde? Qual é o núcleo desses sujeitos?
- A que termo da oração se relacionam os verbos destacados em azul?
- Embora esses três verbos se refiram ao mesmo sujeito, do ponto de vista do significado, eles recebem classificações diferentes. Por quê?
- Por que nas orações cujos verbos centrais são “gemia” e “lamentava” o sujeito não está expresso diretamente?
- Quanto à transitividade, como se classificam os verbos da pergunta anterior?
- Agora, vamos observar um pouco mais essa fábula. Siga o roteiro a seguir e complete-o no caderno.
▶ Contexto de produção e circulação: autor, público-alvo, objetivo, local de circulação, época.
▶ Aspecto composicional: foco narrativo; enredo (introdução, desenvolvimento, final, moral); elementos da narrativa (narrador, personagens, tempo, espaço, discurso direto/indireto).
Versão adaptada acessível
Atividade 2, itens b, c.
- Qual é o sujeito dos verbos “viu” e “haviam deixado”? Qual é o núcleo desses sujeitos?
- A que termo da oração se relacionam os verbos “ficou”, “gemia” e “lamentava”?
3. Leia esta tirinha e responda às questões a seguir.
WALKER, Mort. Recruta Zero. O Estado de , São Paulo, 13 São Paulo abril 2022. Caderno 2, página C6.- Qual é o sujeito das orações “Vamos tocar juntos um dia” e “Vou buscar minha gaita de foles”? Como você chegou a essa conclusão?
- Nesta unidade, aprendemos que, dependendo do contexto, os verbos podem mudar sua classificação com relação ao seu significado e quanto à transitividade. Como isso acontece com o verbo “tocar” na tirinha?
- Qual é o humor da tirinha?
VAMOS COMPARTILHAR
Fábulas em agá quê
Você já ouviu falar em agá quês literárias? Observe as reproduções das capas e das páginas de duas publicações.
- Ao fazer as observações, na sua opinião, ler um clássico da literatura em formato de quadrinhos é interessante? Por quê?
- Ler o clássico em agá quê aumenta ou diminui sua vontade de ler o livro? Explique.
Criação da agá quê
Partindo dessa inspiração, vamos transformar as fábulas em histórias em quadrinhos?
- Em grupos, selecionem uma das fábulas que vocês criaram.
- Dividam as tarefas para a produção, definindo quem serão os responsáveis: roteirista, ilustrador, editor, revisor, diagramador
- Discutam como vão montar o roteiro, como será o quadro a quadro e a ilustração das cenas, quais serão os recursos, sinais gráficos e metáforas visuais utilizados
- Combinem o cronograma para a execução das tarefas e como os demais colegas podem ajudar os responsáveis por elas.
- Lembrem-se da etapa de revisão do roteiro, depois da aprovação dos desenhos até chegar à publicação final.
- Definam como será a capa, quem aparecerá na página de créditos e se a agá quê será digitalizada.
- Combinem com o professor uma exposição das agá quês para a comunidade escolar, familiares e amigos.
- Por fim, em uma roda de conversa, avaliem o contexto de produção, circulação e divulgação da agá quê. Como foi essa experiência?
Glossário
- fabulistas
- : que ou quem escreve ou conta fábulas.
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- inato
- : que é próprio ou característico da experiência humana.
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- avidez
- : desejo intenso, voracidade; no caso, muita vontade de comer ou beber algo.
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- retesar
- : esticar.
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- caramanchão
- : construção rústica, feita de ripas ou estacas, geralmente recoberta de trepadeira. É comum em parques e jardins.
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- divisar
- : avistar, enxergar, perceber com os olhos.
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- alegórico
- : que representa algo de modo simbólico, indiretamente — no caso da fábula, a personificação de animais e coisas para representar atitudes humanas.
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