UNIDADE 4 Poetando
As propostas desta unidade foram desenvolvidas para você conhecer o universo da poesia e dos poemas. Acompanhe!
EU SEI
A poesia faz parte da minha vida?
Conhecer a diferença entre poesia e poema.
Perceber a poesia na Arte, na natureza e em outras manifestações artísticas ou não.
EU VOU APRENDER
Capítulo 1 – Poemas eternos
Compreender o gênero textual poema.
Capítulo 2 – A poesia a céu aberto
Compreender o gênero textual lambe-lambe.
EU APRENDI!
Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem e ampliação da aprendizagem.
VAMOS COMPARTILHAR
A arte é para todos: garantia do direito à cultura
Pesquisa, seleção e curadoria da informação para discussão com a turma, com divulgação das conclusões em cartazes para redes sociais.
EU SEI
A poesia faz parte da minha vida?
Você já parou para pensar como a poesia está em sua vida mesmo que você nem perceba? Será que ela está apenas na composição de versos e poemas? Onde mais pode haver poesia? Que outros sentidos ela pode ter?
Observe as imagens a seguir.
- Você acha que há poesia no que cada imagem representa: pintura, música, flor, grafite?
- A poesia faz parte da sua vida?
- Algum poema marcou você? Em caso positivo, qual?
Pesquisa!
- Em grupos, pesquisem, na biblioteca da escola ou on-line, possíveis respostas para as questões seguintes.
- Por que nem sempre a poesia está apenas no poema?
- Há diferença entre poesia e poema? Expliquem.
- Como gênero literário, a poesia apresenta-se em três tipos: a poesia lírica, a poesia épica e a poesia dramática. Qual é a diferença entre elas? Deem exemplos.
- Compartilhem as descobertas com a turma e façam um painel sobre poesia e poema para afixar na sala de aula.
VOU APRENDER Capítulo 1
Poemas eternos
- Você se lembra de algum poema que tenha lido ou ouvido alguém declamar? Qual?
- Ao ouvir o poema, o que você percebeu?
- Ele despertou algo em você? O quê?
- Você acha que as pessoas percebem os poemas da mesma fórma?
- Cada poema é um olhar do poeta sobre um tema entre os mais variados assuntos: a vida, uma pessoa, um acontecimento, um relacionamento, um sonho
▶ Ouça o poema que o professor vai recitar. Ao ouvi-lo, você o relacionou a algum fato, lugar, pessoa, situação que tenha vivenciado e feito você se sentir de fórma parecida?
- Ouça novamente o poema. Vamos penetrar nos recursos expressivos. Você consegue perceber, por exemplo:
- a organização?
- o ritmo, a melodia, a sonorização?
- as repetições e as rimas?
- Agora, vamos falar dos poetas! Você conhece algum poeta? Se sim, qual ou quais?
- Você já ouviu falar em Mário de Andrade? O que sabe sobre ele? Conte aos colegas.
Mário de Andrade (1893-1945) era um apaixonado por São Paulo e pelo Brasil e foi um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Seu segundo livro de poemas, Pauliceia Desvairada, lançado em 1922, incorpora o espírito do que representou essa semana. Nele, lança os princípios estéticos das vanguardas europeias e o uso do verso livre, iniciando o rompimento com a tradição de até então. Nessa obra, o poeta anuncia: “Escrevo brasileiro”, divulgando o que considera a “língua brasileira”.
Em Pauliceia Desvairada, o eu líricoglossário saúda São Paulo e sua vida urbana, sua população, suas nuances e insulta a aristocracia e a burguesia da época de fórma satírica, embebido no espírito de uma São Paulo de 1922, revolucionária, cosmopolita.
- Antes de ler o poema, observe a capa da 1ª edição de Pauliceia Desvairada.
- Preste atenção em como ela foi composta, como preenche o espaço da página, as cores, os desenhos.
- Leia o título do livro. Lembre-se de que foi publicado em 1922; portanto, está de acordo com a ortografia vigente na época.
8. Agora, leia o poema de abertura de Pauliceia Desvairada, apresentado depois do “Prefácio interessantíssimo”. O que esse título sugere a você?
Inspiração
Onde até na fôrça do verão havia
tempestades de ventos e frios de
crudelíssimo inverno.
Fr. Luís de Sousa
São Paulo! comoção de minha vida…
Os meus amores são flores feitas de original!…
Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro…
Luz e bruma... Forno e inverno morno…
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes…
Perfume de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...
São Paulo! comoção de minha vida…
Galicismoglossário glossário a berrar nos desertos da América!
SOUZA, Gilda de M. Melhores Poemas de Mário de Andrade. primeira edição São Paulo: Global, 2016. E-book.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- O que você sentiu ao ler o poema?
- Que imagem você conseguiu construir ao ler o poema?
- O que o poema exalta?
- Na sua opinião, o poema pode ser considerado uma inspiração e uma crítica?
O poeta, ao criar imagens atribuindo novos sentidos às palavras, transmite sentimentos ou impressões sobre sua visão e experiência do mundo. Essa imagem poética revela o mundo psicológico em que o poeta vive, produzindo uma pluralidade da realidade.
5. No poema, analisem estes itens. Copiem o quadro no caderno para responder.
Composição |
Versos |
Rimas |
---|---|---|
- Desde a epígrafe, conseguimos perceber contrastes no poema. Identifiquem alguns e digam o que esses contrastes representam para vocês no poema.
- Identifiquem os verbos no poema. O que eles indicam?
- Qual é o papel da pontuação no poema? O que ela indica?
- Releiam o primeiro verso.
São Paulo! comoção de minha vida...
- Que figura de linguagem podemos perceber nesse verso?
- Qual é a função do ponto de exclamação?
- Que significado o termo “comoção” pode ter nesse contexto?
As figuras de linguagem são recursos estilísticos utilizados para reforçar a expressividade da mensagem. Nos poemas, são especialmente utilizadas para ampliar o significado das palavras, apresentando uma nova visão ao leitor.
10. Leiam o segundo verso em voz alta, mas sem atrapalhar os colegas.
Os meus amores são flores feitas de original...
- O que vocês perceberam quanto à sonoridade do verso?
- Há alguma figura de linguagem que repete sons consonantais?
- No terceiro verso, há o termo “arlequinal”.
- Ele faz vocês se lembrarem de alguma outra palavra? Se sim, qual?
- A que o eu lírico nos remete ao usar esse termo?
- Que outras referências ao Arlequim há no poema?
- A capa da primeira edição de Pauliceia Desvairada traz alguma relação com o Arlequim?
12. Agora, releiam o quarto verso.
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
- Vocês diriam que há oposição de sentidos em luz/bruma e forno/inverno morno? Por quê?
- Qual figura de linguagem há na oposição de sentidos em uma mesma frase?
- Nesse verso, há o uso da sinestesia, pois evoca diferentes sensações que são percebidas pelos órgãos do sentido. Quais são os termos que provocam essas sensações sinestésicas?
- Ao evocar essas sensações, o eu lírico faz com que o leitor perceba qual aspecto da cidade de São Paulo?
- Agora, em uma folha à parte, analisem os outros versos. Depois, compartilhem com a turma.
- Que tal fazer um passeio virtual pela Casa Mário de Andrade, tornada formalmente um museu em 2018? Combine com o professor.
Paródia
- Você sabe quem foi Oswald de Andrade? Em caso positivo, conte aos colegas o que conhece sobre esse autor ou sua obra.
- Agora, conheça um pouco melhor esse escritor, poeta, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Assista ao vídeo que o professor irá exibir.
- Você vai ler um poema de Oswald de Andrade publicado primeiro na revista Pau-Brasil, em 1924.
- Antes, leia o título. Do que você acha que o poema trata?
- Esse poema é considerado uma paródia. Você sabe o que é uma paródia e por que ele é assim considerado? Explique.
CANTO DO REGRESSO À PÁTRIA
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os pássaros daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
ANDRADE, Oswald de. Canto do regresso à pátria. In: ANDRADE, Oswald de. Pau-Brasil. quarta edição. Rio de Janeiro: Globo, 1991. página 139.
- Sua hipótese sobre o tema do poema se confirmou? Comente.
- Que imagem poética esse poema transmite a você?
e. Desafio! No poema, há uma intertextualidade explícita com outro poema, que serviu como texto-base para a paródia. Qual é esse poema e quem o escreveu?
- Agora, assista a um vídeo com a declamação do poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
- O que você achou do poema?
- Que imagem poética ele transmitiu a você?
- Qual é a temática desse poema, na sua opinião?
- Entre esses dois poemas há um diálogo, ou melhor, uma intertextualidade, como comentado antes. Isso acontece por meio da paródia, que retoma o texto-original mudando seu sentido, seja pelo humor, seja pela crítica.
- Após ouvir o poema “Canção de exílio”, você acha que a paródia de Oswald de Andrade tem um tom crítico ou de humor?
- Em grupos, façam um quadro comparativo entre os dois poemas. Depois, compartilhem as análises com a turma.
- O que vocês descobriram em comum? O que foi diferente?
- Transformem o que discutiram em um mural comparativo.
20. “Canção do exílio” foi parodiada diversas vezes e de diferentes modos. Leia a tirinha a seguir.
SOUSA, Mauricio de. O Estado de São Paulo, São Paulo, 11 fevereiro 2006.
- O que provoca o humor na tirinha?
- Onde podemos observar a paródia?
- Você acha que o amigo de Bidu entendeu a paródia? Por quê?
- Essa paródia tem um tom crítico ou de humor?
LÍNGUA E LINGUAGEM
Predicado verbo-nominal e predicativo do objeto
Responda às questões no caderno.
1. Leia este poema de Drumôn.
A RUA DIFERENTE
Na minha rua estão cortando árvores
botando trilhos
construindo casas.
Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.
Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógenaglossário
e o cimento escorrendo nas fórmas.
ANDRADE, Carlos Drumôn de. A rua diferente. In: ANDRADE, Carlos Drumôn de. Nova reunião: 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009. volume 1. página 19.
- O que o poema denuncia?
- O fato em questão gera que sentimento nos moradores da referida rua? Retire do texto um trecho que comprove sua resposta.
- No verso “Minha rua acordou mudada”, como se classifica sintaticamente o termo “mudada”? O verbo “acordou” é de ligação ou significativo? Por quê?
Em alguns casos, o predicado de uma oração pode apresentar um verbo significativo e um predicativo. Quando isso ocorre, ele é classificado como predicado verbo-nominal. Nesse tipo de predicado, há um cruzamento entre um predicado verbal e um predicado nominal, ou seja, contém ambas as estruturas sintáticas.
2. Observem estas orações. O que vocês notam nelas?
O menino voltou da escola.
O menino estava preocupado.
O menino voltou da escola preocupado.
3. Leiam a tirinha.
BECK, Alexandre. Armandinho. [], 13 sem local setembro 2016. Facebook: letra á contornada por uma linha curvatirasarmandinho. Disponível em: https://oeds.link/rwzqg1. Acesso em: 10 maio 2022.
- No segundo quadrinho, o que a fala da garota dá a entender?
- Que mensagem essa tirinha transmite?
- No primeiro quadrinho, o termo “floridos” se liga a que outro termo da oração? Como ele se classifica?
4. Leiam este trecho de uma matéria.
Tarsila do Amaral, além de pintora, deixou uma música inédita; ouça composição
reticências
Tarsilinha supõe que “Rondo d’Amour” foi composta entre 1913 e 1920, antes da ida da tia-avó a Paris reticências.
Foi por estímulo de Sousa Lima, seu professor de piano, que Tarsila foi a Paris para completar os estudos em pintura. reticências
Em outra estada em Paris, Tarsila roubou a cena num jantar em homenagem a Santos Dumont, com uma personificação de “Autorretrato”, sua própria obra. “Ela chegou um pouco atrasada, com aquele manteauglossário vermelho, com aquele visual, cabelo puxado para trás, batom vermelho. A festa parou para verem minha tia”, conta Tarsilinha. reticências
FRÓES, Lucas. Tarsila do Amaral, além de pintora, deixou uma música inédita; ouça composição. Folha de São Paulo, Salvador, 31 janeiro 2022. Ilustrada.
- Na manchete, o termo “inédita” funciona como adjunto adnominal ou predicativo do objeto? Por quê?
- No trecho “Ela chegou atrasada”, como se classifica o termo “atrasada”? Como se classifica o predicado?
ORTOGRAFIA
Ortoépia e prosódia
Responda às questões no caderno.
1. Leiam estas palavras em voz alta.
- Vocês conhecem o significado de todas essas palavras? Se não souberem, consultem um dicionário.
- Em algum momento, vocês já ouviram essas palavras sendo pronunciadas de maneiras diferentes?
Algumas palavras podem gerar dúvidas quanto à fórma de pronunciá-las. Em determinadas situações de comunicação, sobretudo as mais formais, é necessário prestar atenção nesse aspecto. A ortoépia ou ortoepia é a parte da gramática que trata da pronúncia adequada das palavras, de acordo com a norma-padrão.
2. Agora, em duplas, leiam estas outras palavras em voz alta.
- Vocês conhecem o significado de todas elas? Se não souberem, perguntem ao professor.
- Vocês tiveram dificuldade de ler alguma delas? Por quê?
- Separem essas palavras em três grupos: o das oxítonas, o das paroxítonas e o das proparoxítonas.
Algumas palavras também geram dúvida quanto à pronúncia, com relação à sílaba tônica. A parte da gramática que estuda essas questões é chamada de prosódia.
3. Observem as seguintes palavras.
- Leiam essas palavras em voz alta.
- No caderno, escrevam essas palavras no plural e, em seguida, leiam novamente em voz alta.
- Que diferença elas apresentam na pronúncia em relação ao singular?
Na língua falada, em algumas ocasiões, o timbre de determinadas vogais pode se modificar. Esse fenômeno é chamado de metafonia. Ela ocorre, por exemplo, com o plural de algumas palavras, como as que vimos na atividade anterior.
- Nesta seção, apresentamos algumas palavras que podem gerar dúvida com relação à pronúncia. No entanto, há muitas outras que merecem atenção quanto a esse aspecto. Façam um levantamento dessas outras palavras para ampliar seus conhecimentos sobre esse assunto. Sigam os seguintes passos.
- Pesquisem, em livros ou on-line, outras palavras que precisam de atenção quanto à pronúncia em situações mais formais;
- Escrevam essas palavras no caderno. Separem-nas em três colunas: na primeira, as que podem gerar dúvida quanto à pronúncia em geral; na segunda, as que merecem atenção quanto à pronúncia da sílaba tônica; na terceira, as que apresentam mudança no timbre vocal quando pluralizadas.
- No dia estipulado pelo professor, apresentem à turma os resultados da pesquisa e discutam esses resultados, comparando-os aos de seus colegas.
- Que tal fazer uma apresentação de poemas para a turma? Considerem estas orientações.
- Decidam qual poema apresentar. Pode ser um dos já estudados nesta unidade ou outros de que gostem.
- Escolhido o poema, façam uma primeira leitura, silenciosa. Depois, pensem no modo de apresentá-lo. Será declamado por apenas um membro do grupo ou dividido entre todos?
- Acertados esses detalhes, passem à leitura oral do poema. Nesse momento, prestem atenção à pronúncia das palavras e à entonação dada aos versos. Caso tenham dúvida com relação à pronúncia de determinada palavra, procurem em dicionários físicos ou on-line.
- Combinem como o professor a data das apresentações. Lembrem-se de que, na ocasião, todos precisam colaborar fazendo silêncio. Peçam a compreensão dos colegas e sejam compreensivos com eles.
- Ao final, discutam os poemas apresentados. Quais apresentações mais se destacaram? Por quê? De quais poemas vocês mais gostaram? Por qual razão?
EU VOU APRENDER Capítulo 2
A poesia a céu aberto
- Ao caminhar pelas ruas, você já se deparou com cartazes colados em postes ou muros?
- Algum deles era voltado para a arte, e não para a publicidade?
- Se você encontrou cartazes artísticos, de qual ou quais mais gostou? Comente.
Os cartazes estão presentes há bastante tempo na vida urbana como fórma de comunicação. No final do século dezenove, tornaram-se um meio de divulgar informação e fazer publicidade. Por meio deles, anunciavam-se eventos e fazia-se publicidade de produtos e serviços e até propaganda política. Era uma fórma rápida e barata de divulgação impressa em massa.
Após a Segunda Guerra Mundial, os cartazes começaram a reaparecer como fórma de protesto, fazendo parte da contracultura. Surgiu então o que conhecemos hoje como lambe-lambe.
4. Assista ao vídeo que o professor irá exibir.
- Agora que você sabe um pouco mais sobre essa manifestação artística e cultural, você considera o lambe-lambe uma fórma de expressão? Explique.
- Como é uma arte exposta na rua, a interação com as pessoas é quase inevitável. O que você acha dessa comunicação entre a arte e o povo?
- Na sua opinião, o lambe-lambe provoca uma reação nas pessoas? Por quê?
- Leia o lambe-lambe da imagem. Que mensagem ele transmite a você?
- Ao lê-lo, o que você pode dizer sobre a composição desse poema?
5. Leia agora estes outros lambe-lambes.
COMPREENSÃO TEXTUAL
Responda às questões no caderno.
- O que você achou desses lambe-lambes? Por quê?
- Há algum de que você gostou mais? Por quê?
- Você percebe algum deles como crítica, protesto ou convite à reflexão? Explique.
- Qual é o público-alvo do lambe-lambe?
- Em quais espaços eles circulam?
- Na opinião de vocês, o lambe-lambe, assim como outras fórmas de arte urbana, tem o objetivo de provocar uma reação nas pessoas?
- Vocês acham que, a partir do momento em que o lambe-lambe é integrado à paisagem urbana, ele ganha novos significados? Por quê?
- Releiam o lambe-lambe A.
- O que ele transmite a vocês?
- A que sentido o poeta se refere ao dizer que “o poema muda o sentido do caminho”?
- “Caminho”, nesse contexto, pode ter mais de um sentido? Qual?
- A falta de pontuação final pode indicar o que nesse poema?
- O lambe-lambe B é considerado um microrroteiro pela autora. São pequenas histórias, cenas curtas criadas a partir de um olhar voltado para o cotidiano. Os microrroteiros foram concebidos para fazer voar a imaginação das pessoas que circulam pelas ruas, por isso as cenas são imagéticas, ou seja, revelam a imaginação.
- Vocês conseguem imaginar a cena proposta nesse microrroteiro? Comentem.
- Que mensagem ele passa para vocês? Comentem.
- Vocês acham que ele se aproxima da realidade, ou seja, mostra cenas possíveis de acontecer no dia a dia? Expliquem.
- A que momento do dia a cena faz referência? Como o leitor percebe isso?
- Qual é a função das vírgulas no texto?
- Observem o emprego dos verbos no imperativo. O que eles indicam?
10. Releiam o lambe-lambe C.
- Qual mensagem ele transmite para vocês?
- Que figura de linguagem é possível identificar no texto?
- Como essa figura contribui para o entendimento do poema?
- Qual é o efeito de sentido provocado pelas reticências?
- Observem a parte gráfica do lambe-lambe. Ela ajuda a atribuir sentido ao texto?
- Hora do lambe-lambe! Que tal você e os colegas fazerem uma intervenção artística com lambe-lambes?
- Conversem com o professor sobre quem será o público-alvo, onde irá circular (local de exposição do mural), os recursos materiais necessários para a produção, como será divulgado e o mais importante: quais serão a temática e o objetivo dessa intervenção artística.
- Em grupos, pesquisem as técnicas utilizadas para produzir os lambe-lambes e quais podem ser usadas para os que vocês irão criar.
- Criem as mensagens dos lambe-lambes, seja uma poesia, um microrroteiro, uma imagem ou uma mescla de texto e imagem. Vocês decidem!
- Colem os lambe-lambes em um mural e o exponham no local previamente combinado.
Outros lambe-lambes
Os lambe-lambes surgiram no início do século vinte com os fotógrafos que revelavam fotografias instantaneamente nos jardins e praças. Porém, no início dos anos 1970, já eram considerados raros. Saiba mais em Lambe-lambe: fotógrafos de rua em São Paulo nos anos 1970. MIS – Museu da Imagem e do Som. Disponível em: https://oeds.link/cvK5RD Acesso em: 9 maio 2022.
A rua como espaço de expressão
A rua, para muitos artistas, é o espaço de interlocução com o público. Espaço de intervenções, de provocações, de diálogo.
Em São Paulo, dentro da série GrafiteMeuVizinho e do projeto TarsilaInspira, foram criados painéis gigantes no Centro Histórico por artistas contemporâneas. Os microrroteiros de Lau Guimarães fizeram parte, compondo um itinerário único e histórico de mulheres que abrem caminhos para as próximas gerações.
12. Observe.
- O que você achou dessa intervenção? Comente.
- Se você estivesse passando pela rua e visse esse painel gigante, você pararia para apreciar? Por quê?
- Qual é a principal mensagem dessa intervenção?
- Qual é a intertextualidade utilizada na imagem?
- Que sentidos você pode atribuir aos termos “mulher gigante, mulherão” dentro desse contexto?
- Assim como o lambe-lambe, outras manifestações artísticas ganharam espaço nas ruas, como o grafite.
- Você sabe o que é um grafite? Comente.
- Agora, faça uma breve pesquisa para ver se sua hipótese se confirmou.
- Onde o grafite circula e qual é o público-alvo dessa arte?
- Observe este grafite do artista eimar Ribeiro.
▶ Na sua opinião, o que ele representa?
15. Você acha que o grafite, os murais, os painéis, os lambe-lambes, entre outras manifestações artísticas, transformam as ruas da cidade em um “museu a céu aberto”? Explique.
- Em uma roda de conversa, discutam:
- o que vocês consideram arte e o que não consideram, explicando o porquê;
- o valor social e cultural da arte de rua.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Registro formal e informal
Responda às questões no caderno.
1. Observe novamente este lambe-lambe.
- Que mensagem o lambe-lambe pretende passar ao público?
- A linguagem utilizada no texto tem um aspecto mais formal ou mais informal? Dê exemplos que justifiquem sua resposta.
- Na sua opinião, a linguagem empregada está de acordo com o contexto?
Como já sabemos, as línguas variam de acordo com inúmeros fatores. Dependendo do contexto e da finalidade da comunicação, podemos nos expressar de diferentes fórmas, chamadas de registros.
2. Leia a tirinha.
BECK, Alexandre. Armandinho. abre colchete sem local fecha colchete, 13 setembro 2016. Facebook: letra á contornada por uma linha curvatirasarmandinho. Disponível em: https://oeds.link/SfHlH8Facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144.113963.488356901209621/1586381624740471/?type=3&theater. Acesso em: 11 maio 2022.
- Por que a afirmação do garoto no primeiro quadrinho é refutada pelos amigos?
- Onde está o humor da tirinha?
- De acordo com o contexto retratado, podemos dizer que a linguagem dos personagens é mais formal ou menos formal?
- Aponte no texto uma palavra que comprove sua resposta anterior.
O registro informal (ou linguagem informal) é utilizado quando há mais familiaridade entre as pessoas que participam da situação comunicativa ou em ocasiões de maior descontração. Nesse contexto, há uma preocupação menor com questões relacionadas à norma-padrão. Além disso, utilizam-se palavras mais simples, gírias, palavras abreviadas ou contraídas
3. Observe o cartaz e responda às questões.
PORTO NACIONAL. Departamento Municipal de Trânsito. Convite oficial da Campanha Maio Amarelo. Prefeitura de Porto Nacional, Porto Nacional, 1º agosto 2017. Disponível em: https://oeds.link/gZQPis Acesso em: 11 maio 2022.
- Você sabe a que se refere o movimento “Maio Amarelo”? Se souber, compartilhe a resposta com a turma.
- Qual é o objetivo do cartaz?
- Analisando o texto, podemos dizer que a linguagem do cartaz é mais formal ou menos formal? Por quê?
- Considerando que o cartaz foi produzido pela prefeitura da cidade, a linguagem utilizada está adequada?
O registro formal (ou linguagem formal) é utilizado quando não há familiaridade entre as pessoas que participam da situação comunicativa ou em momentos nos quais é preciso se dirigir a alguém de fórma mais respeitosa. Nesse contexto, há maior cuidado com questões relacionadas à norma-padrão.
4. Observem este cartaz de uma campanha de doação de livros.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SÃO PAULO. 3ª Subseção de Campinas. Campanha doe livros, doe sonhos. OAB Campinas, Campinas, 2019. Disponível em: https://oeds.link/568fz6 Acesso em: 16 maio 2022.
- Imaginem que sua escola promoverá um evento para divulgar essa campanha. Será necessário, portanto, criar dois convites, para dois públicos diferentes: um para os estudantes e outro para os pais e a comunidade escolar. Com base nessas informações, escrevam os textos.
- Para redigir, lembrem-se de adequar o registro ao público a que os convites se destinam. Não se esqueçam de que o texto diz respeito a uma instituição escolar!
Semana de Arte Moderna de 1922
1. O que você sabe sobre a Semana de Arte Moderna de 1922? Conte aos colegas.
2. Leia este trecho de uma reportagem.
Uma semana que dura para sempre
O centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 é também um convite para se refletir sobre sociedade e cultura no Brasil
Marcello rôlembérg
No dia 17 de fevereiro de 1922, a plateia que aguardava a apresentação do pianista Heitor Villa-Lobos no Teatro Municipal de São Paulo estava, ao mesmo tempo, ansiosa e arisca. Aquela récitaglossário seria o encerramento de uma ousadia que durou três dias – 13, 15 e 17 de fevereiro –, mas que entrou na história como se fosse uma semana inteira: a Semana de Arte Moderna. E Villa-Lobos talvez representasse um raro momento de tranquilidade que não necessariamente existiu nos dias anteriores, com uma série de apresentações e exposições que o jornal Correio Paulistano, no dia 29 de janeiro, afirmava ser “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual” – só faltou combinar com a plateia. E aquela do dia 17 se assustou ao ver o maestro e pianista subir ao palco de fraque – como o espaço vetusto da elite paulistana exigia –, só que com um pé calçando sapato e o outro… de pantufa. O público interpretou aquilo como uma atitude futurista e desrespeitosa e vaiou o artista impiedosamente. Depois, Villa-Lobos explicaria: não havia nada de futurista, moderno ou o que fosse. Nem falta de respeito. O que havia era um prosaicoglossário calo inflamado.
Foi há cem anos que o calo de Villa-Lobos chocou e irritou uma plateia que não estava ainda preparada para aquilo chamado de “modernismo” ou de “arte moderna”. E por que um pé com pantufa poderia criar tanto rebuliço? Porque, na esteira dessa cena, tinham ocorrido outros episódios que mais confundiram do que explicaram. O festival organizado por gente do naipe de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Ronald de Carvalho, Anita Malfatti, Menotti del , Di Cavalcanti e Villa-Lobos – Tarsila do Amaral estava na Europa na época – entre as cortinas e paredes bem ornamentadas do Teatro Municipal – um templo das artes clássicas em São Paulo, um pedaço de Paris às margens do Tamanduateí –, inaugurou um outro momento das artes brasileiras. E toda novidade traz, também, um quê de ruptura com o passado. No caso, dos modernistas, com o classicismo, o chamado “passadismo” e o parnasianismoglossário , ainda em voga no eixo Rio-São Paulo – as cidades que realmente importavam cultural, social, política e economicamente naquele Brasil agrário, semianalfabeto e às voltas com as agruras de uma República com pouco mais de 30 anos e os votos de cabresto.
reticências
rôlembérg, Marcello. Uma semana que dura para sempre. Jornal da USP, São Paulo, 11 fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/ZsO4YL Acesso em: 9 maio 2022.
- Segundo a matéria, o que foi a Semana de 1922?
- O que houve de tão diferente na Semana que chocou o público, de acordo com o texto?
- A reação do público diante da pantufa de Villa-Lobos foi provocada por quê?
- Qual é a sua opinião sobre esse fato?
- Em grupos, pesquisem sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. O professor irá propor diferentes temas, para que cada grupo possa apresentar um aspecto do evento. Por exemplo:
- a Semana de Arte Moderna de 1922 e sua repercussão;
- as vaias e os aplausos da plateia;
- os artistas que participaram;
- o papel das mulheres na Semana de Arte Moderna de 1922;
- as mudanças na arte e na cultura brasileira pós-Semana de Arte Moderna de 1922.
VOCÊ É O AUTOR!
Parodiando a paródia
Como você viu, a paródia é a releitura de um texto original, verbal ou não verbal, modificando seu sentido original, o qual é deslocado com o objetivo de provocar humor, sarcasmo, ironia ou crítica. A paródia propõe um olhar e uma percepção diferentes da realidade, deixando, no entanto, o texto original aparecer na superfície do novo texto para que haja um diálogo.
Essa releitura pode ser feita tanto pela retomada da temática quanto do personagem, da estrutura do texto, ou mesmo de outros elementos presentes no texto original que possibilitem ao leitor perceber a intertextualidade.
No ambiente virtual, os memes podem aparecer como paródias da realidade ao recriá-la de fórma cômica, satírica ou crítica. Você sabia disso?
- Você já havia pensado em um meme como uma fórma de paródia? Explique.
- Você se recorda de algum meme? Compartilhe com a turma.
- Observe este meme postado em redes sociais.
ARTES DIVA DEPRESSÃO. Não grite; melhore seus argumentos. abre colchete sem local, fecha colchete 2022. Instagram: centésima divadepressao. Disponível em: letra á contornada por uma linha curva https://oeds.link/CKGluE. Acesso em: 25 abril 2023.
- Esse meme faz intertextualidade com que quadros famosos? Tente descobrir!
- Qual é a mensagem do meme?
- O que você achou desse meme?
Que tal você criar uma paródia para, depois, expor no sarau poético da turma? A proposta é que você crie uma paródia a partir de um poema. Mas guarde o poema original para o sarau poético!
- Na etapa de planejamento, comece escolhendo um poema. Para isso, vi sáite a biblioteca da escola ou alguma biblioteca on-line.
- Para selecionar o poema, você pode levar em consideração o tema que quer abordar, o poeta de que mais gosta, o objetivo da sua paródia, entre outras opções.
- Selecione alguns livros, folheie-os, leia alguns poemas e, então, escolha o que mais se adequar ao seu propósito.
- Pense no público-alvo, no contexto de circulação e como a paródia será divulgada. Para isso, você pode pensar nas respostas para perguntas como:
▶ Quem escreve?
▶ Para quem?
▶ Qual é a finalidade?
▶ Onde será publicado?
d. Reflita sobre qual será o tom da sua paródia: crítica, ironia, humor.
Lembre-se de que esta atividade é para ser divertida, mesmo que sua paródia tenha o objetivo de fazer alguma crítica.
- Após o planejamento, inicie a etapa de produção da paródia.
- Analise o poema escolhido, compreendendo-o para poder fazer a paródia.
- Pense em quais palavras ou imagens, por exemplo, podem ser utilizadas para criar a paródia e faça uma lista. Lembre-se das trocas feitas nos poemas analisados: palmeiras/palmares e na tirinha Corinthians/Palmeiras, ou nas obras de arte originais e nas parodiadas.
- Observe a estrutura e as características do gênero textual em que será feita a paródia.
- Observe como utilizar adequadamente os recursos linguísticos e gramaticais disponíveis.
- Siga seu planejamento.
- Pronta a primeira versão, comece a etapa de revisão.
- Troque a paródia com outro colega, para que ele a leia e faça sugestões.
- Verifique as sugestões apontadas pelo colega e faça as alterações que considerar pertinentes.
- Após os ajustes, releia o texto e faça a edição que for necessária.
- Para a revisão, utilize a pauta de revisão, conferindo itens como pontuação, ortografia, coesão e coerência, organização do texto, entre outros.
Lembre-se de que temos de ter respeito pelos colegas e pelos trabalhos produzidos por eles, fazendo os apontamentos de fórma cordial.
4. Faça a versão final da paródia e deixe-a pronta para ser exposta no sarau poético.
Variação linguística
Variação social
1. Observe este cartum.
HELVÉCIA, Heloísa. Cada um com sua língua. Sinapse online - Folha ônláine, São Paulo, 24 junho 2003. Disponível em: https://oeds.link/qF4Z0vAcesso em: 16 maio 2022.
▶ Você consegue entender o que disse o médico? Por quê?
2. Leia o texto.
Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua?
O diálogo entre médico e paciente se constrói com atenção, paciência e linguagem clara. Dele pode depender o sucesso do tratamento
Por Edna Vairoletti
“Medicinês” e “mediquês” são algumas das expressões usadas para se referir à linguagem utilizada pelos médicos, com muitos jargões e termos científicos que podem causar estranheza aos pacientes. A qualidade do diálogo entre eles pode até mesmo ter reflexos sobre a adesão e o sucesso do tratamento.
Para assegurar a compreensão do que se diz e do que se ouve, a sintonia desse diálogo deveria ser imediata. Mas nem sempre é assim. A fórma como se estabelece a relação médico-paciente mostra-se fundamental desde a primeira consulta. Estamos falando da formação de um vínculo, para o qual sentimentos como confiança e segurança são importantíssimos.
Segundo estudos, de 60% a 80% dos diagnósticos e decisões sobre o tratamento se dão justamente durante a consulta. Portanto, é o momento em que a troca de informações deve ser clara e fluir.
reticências
Para o Doutor Galeno Alvarenga, formado em Medicina e doutor em filosofia, a terminologia médica fornece um bom exemplo das múltiplas funções que a linguagem tem a desempenhar. “Por um lado, ela é técnica, permitindo aos médicos ao mesmo tempo compreender e explicar a doença. Mas também é usada como instrumento de comunicação entre médico e as pessoas. E, algumas vezes, a não comunicação entre médico e paciente resulta em consequências sérias”. reticências
VAIROLETTI, Edna. Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua? Revista Abrale On-line, São Paulo, 13 junho 2017. Disponível em: https://oeds.link/GdWVaJ Acesso em: 12 maio 2022.
- De acordo com o texto, o que seria o “medicinês” ou “mediquês”?
- Releia este trecho.
Para assegurar a compreensão do que se diz e do que se ouve, a sintonia desse diálogo deveria ser imediata.
▶ O que a autora quis dizer com isso?
- Segundo o Doutor Alvarenga, essa linguagem apresenta aspectos positivos e negativos. Quais seriam esses aspectos?
- Na sua opinião, como o “medicinês” pode prejudicar a construção do vínculo entre médico e paciente?
- Reúnam-se em grupos para fazer uma pesquisa sobre o tema aqui abordado. Sigam os seguintes passos.
- Inicialmente, pensem sobre os grupos sociais conhecidos por usarem uma linguagem específica, relacionada à sua profissão, por exemplo, advogados, professores, policiais
- Escolhido o grupo, façam uma pesquisa sobre as principais particularidades do jargão utilizado por esses profissionais.
- Se possível, entrevistem um profissional da área escolhida.
- No dia marcado pelo professor, apresentem os resultados da pesquisa.
ORALIDADE
Sarau poético
A proposta desta atividade é você e os colegas organizarem um sarau poético no qual possam recitar poemas e paródias produzidos por vocês.
▶ Você já participou de um sarau ou recital? Comente com os colegas.
Organização
- Para organizar o sarau poético, você e os colegas terão de pensar antes em alguns itens, como:
- o público-alvo do sarau (colegas de sala; colegas de outras turmas; pais, responsáveis e amigos; toda a comunidade escolar );
- a data, o horário e o local do sarau;
- como será o convite (digital ou impresso, com imagem ou sem imagem);
- quem ficará responsável por organizar e realizar o evento, coordenando as atividades;
- o cronograma para as atividades do pré-sarau;
- quem vai recitar os poemas e quais serão os poemas e suas paródias, lembrando que, para as paródias, é desejável apresentar também o texto original, pois nem todos podem conhecê-lo, o que dificultaria entender a proposta de vocês;
- como será a exposição das paródias: em cartazes, murais
- os materiais necessários para realizar o sarau (projetor de imagem, equipamento de som, cartazes );
- quem fará as vezes de anfitrião recebendo os convidados e os encaminhando aos respectivos lugares;
- quem será o responsável pela apresentação geral, ou abertura do sarau, explicando a ideia do evento (o apresentador pode fazer um roteiro sobre o que irá falar, usando-o como apoio durante a fala);
- quem fará o encerramento do sarau.
Ensaio
- Com tudo definido, é hora de ensaiar.
- Aqueles que não irão recitar os poemas, podem dirigir os ensaios, orientando os colegas quanto à impostação da voz, à entonação, à postura, ao ritmo, à articulação das palavras e à interpretação mais adequadas para cada poema.
- Se todos recitarem, revezem-se nas tarefas de ensaiar e orientar os ensaios, fazendo observações e dando sugestões.
- Lembrem-se de que a voz tem de ser clara e as palavras bem pronunciadas.
Dia do sarau
- No dia do sarau, tomem algumas providências, como:
- organizem o local para receber os convidados;
- verifiquem a ordem das apresentações e como será a transição entre um participante e outro;
- confiram se os recursos tecnológicos necessários estão disponíveis;
- deixem a postos quem vai recepcionar os convidados e encaminhá-los para seus lugares;
- verifiquem se a apresentação geral sobre o recital está pronta;
- façam a exposição das paródias em local que chame a atenção do público.
- Durante a apresentação, dirijam o olhar para toda a plateia, sem fixar apenas em uma pessoa ou ponto.
Avaliação
5. Após o sarau, encerrem as atividades com uma discussão coletiva, levantando os pontos positivos e negativos e o que fariam de diferente em uma próxima vez.
EU APRENDI!
Responda às questões no caderno.
1. Leia este poema.
CANTO DE SOMBRA
O canto de sombra e umidade no quintal.
Do muro de pedra escorre o fio d’água,
manso, no verde limoso, eternamente.
Uma gota e outra gota, no silêncio
onde só as formigas trabalham
e dorme um gato e dorme o futuro das coisas
que doerão em mim, desprevenido.
Crescem, rasteiras, plantas sem pretensão
de utilidade ou beleza.
Tudo simples. Anônimo.
O sol é um ouro breve. A paz existe
na lata abandonada de conserva
e no mundo.
ANDRADE, Carlos Drumôn de. Canto de sombra. In: ANDRADE, Carlos Drumôn de. Nova reunião: 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009. volume 3. página 155.
- Que ideia o eu lírico pretende transmitir ao descrever essa imagem?
- Cite dois versos que comprovem sua resposta anterior.
- Que ideia o eu lírico pretende transmitir com os seguintes versos: “e dorme um gato e dorme o futuro das coisas / que doerão em mim, desprevenido.”?
- Nos versos “Do muro de pedra escorre o fio d’água, / manso, no verde limoso, eternamente”, como se classifica sintaticamente o termo em destaque?
- “Escorre” é um verbo de ligação ou um verbo significativo? Por quê?
- Nos versos “Crescem, rasteiras, plantas sem pretensão / de utilidade ou beleza”, que tipo de predicado há? Por quê?
▶ Reescreva esse predicado, separando-o em duas orações.
Versão adaptada acessível
Atividade 1, itens a até f.
- Que ideia o eu lírico pretende transmitir ao descrever essa imagem?
- Cite dois versos que comprovem sua resposta anterior.
- Que ideia o eu lírico pretende transmitir com os seguintes versos: “e dorme um gato e dorme o futuro das coisas / que doerão em mim, desprevenido.”?
- Nos versos “Do muro de pedra escorre o fio d’água, / manso, no verde limoso, eternamente”, como se classifica sintaticamente o termo “manso”?
- “Escorre” é um verbo de ligação ou um verbo significativo? Por quê? 1.e) É um verbo significativo, pois denota a ação de escorrer.
- Nos versos “Crescem, rasteiras, plantas sem pretensão / de utilidade ou beleza”, que tipo de predicado há? Por quê?
▶ Reescreva esse predicado, separando-o em duas orações.
2. Leia este lambe-lambe.
- Que ideia o lambe-lambe pretende transmitir?
- Que palavra ou expressão do texto comprova sua resposta à questão anterior?
- O que podemos inferir da segunda oração do lambe-lambe?
- O registro utilizado nesse texto é mais ou menos formal? Justifique sua resposta.
3. Leia mais um trecho do texto “Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua?”, trabalhado em “Variação linguística”.
A linguagem médica, embora procure ser neutra e objetiva, vem sempre emaranhada em preceitos sociais, culturais, econômicos e religiosos, e acompanhada de prescrições e aspirações terapêuticas e autoritárias.
Esse tom incisivo na consulta é apontado como uma das causas da má comunicação. Ele pode provocar certa timidez no paciente, que se sente acuado e não consegue se expressar ou tirar dúvidas. E mais uma vez o diálogo não flui.
reticências
As pesquisas mostram que o profissional que procura fornecer instruções mais detalhadas ao paciente possui maior sensibilidade às questões levantadas pelo paciente, compreende melhor o que ele sente e o induz a tornar-se mais colaborativo com o tratamento. Ou seja, ao invés de falar “a leucopenia vai acarretar sepse”, pode-se dizer “seu sangue está um pouco fraco e pode não reagir contra as infecções”.
reticências
VAIROLETTI, Edna. Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua? Revista Abrale On-line, São Paulo, 13 junho 2017. Disponível em: https://oeds.link/rJS4IMAcesso em: 12 maio 2022.
- Nos dois primeiros parágrafos, a autora aponta um aspecto que vai além do vocabulário utilizado no “medicinês”. Qual seria esse aspecto?
- No último parágrafo, a autora dá um exemplo de como os médicos podem falar com seus pacientes sem utilizar termos incompreensíveis. Por que isso é importante?
VAMOS COMPARTILHAR
A arte é para todos: garantia do direito à cultura
- Você já percebeu que arte e cultura são palavras que estão sempre juntas? Por que você acha que isso acontece?
- Como você viu, há várias manifestações artísticas, como o grafite, o rap, a performance, a instalação. Quais outras você conhece? Comente.
- Você acha que todos devem ter acesso à cultura? Isso faz parte de alguma lei ou direito?
- Você já ouviu falar dos grafiteiros OSGEMEOS? Leia um trecho de uma matéria sobre eles.
OSGEMEOS: Segredos impacta meio milhão de pessoas
No dia 9 de agosto nos despedimos da mostra OSGEMEOS: Segredos da dupla de artistas Gustavo e Otávio Pandolfo. A exposição, sucesso de crítica e público, liderou a retomada das atividades culturais no Brasil desde a sua inauguração em 15 de outubro de 2020.
Os trabalhos dos irmãos impactaram mais de meio milhão de pessoas, contando as ações on-line e as visitas presenciais. E mesmo em um ano de pandemia, o que limitou a capacidade de atendimento, 237.891 visitantes passaram presencialmente pelos espaços, o terceiro maior público que a Pina já recebeu em uma exposição temporária da sua história.
Confira agora o que foi sucesso na exposição!
[…]
OSGEMEOS: SEGREDOS impacta meio milhão de pessoas. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo/ Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, 2021. Disponível em: https://oeds.link/4FUOk0 Acesso em: 5 maio 2022.
- O texto deixa evidente o alcance que a arte pode promover na sociedade. Sendo assim, discuta com os colegas que tipos de trabalhos artísticos podem impactar as pessoas e por quê.
- OSGEMEOS são grafiteiros brasileiros que já viajaram pelo mundo, grafitando questões históricas, promovendo discussões e exibindo sua estética. Você compreende o grafite sempre como uma expressão artística? Há outros contextos em que o grafite se manifesta de outra forma?
- Quando se expressar se torna arte? E quando não? Exponha a sua opinião.
- No texto, é mencionado que também houve ações on-line. De que maneira as práticas artísticas realizadas nessa modalidade puderam e ainda podem contribuir com a propagação da arte e da cultura para as pessoas?
Organizando e argumentando
- Em grupos, discutam, pesquisem, reflitam e argumentem sobre as seguintes propostas.
- O que falta para que haja mais acesso à cultura e incentivo para que artistas de outras manifestações culturais também recebam público?
- O que podemos fazer para mudar esse cenário de modo a garantir o direito à cultura?
- Vocês podem pesquisar mais sobre o assunto e outros artistas que proponham diálogos com a rua e espaços para além do museu.
Apresentando as considerações
- Antes de apresentar o que vocês discutiram, reúnam as informações com os dados considerados mais importantes a serem mencionados. Para isso:
- produzam um pequeno roteiro ou arquivo para apresentação;
- apresentem a proposta de vocês à turma no dia combinado com o professor;
- depois das apresentações, conversem com todos os grupos sobre possíveis soluções para que a ampliação e a democratização da cultura se torne cada vez mais real no país;
- por fim, pensem em uma fórma e em um canal para divulgar as propostas, como cartazes para redes sociais.
Para ampliar
Exposição OSGEMEOS: Segredos.
Faça um tour virtual pela exposição dos artistas na Pinacoteca. Disponível em: https://oeds.link/1QPFEM. Acesso em: 24 julho 2022.
Glossário
- eu lírico (eu poético)
- : voz que representa, no poema, a visão do poeta, manifestando sentimentos, emoções, pensamentos e opiniões.
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- galicismo
- : termo ou expressão da língua francesa usado em outra língua.
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- autógeno
- : aquilo que se produz por si mesmo, sem interferência externa. A solda autógena é aquela realizada com o próprio metal, sem adição de outro.
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- manteau
- : palavra da língua francesa que significa “casaco”.
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- prosaico
- : banal, comum.
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- récita
- : recital.
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- Parnasianismo
- : movimento literário que propõe um rigor formal e uma poesia objetiva e realista.
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