UNIDADE 6  Opiniões e opiniões

Nesta unidade, propomos a exploração de alguns gêneros textuais, como artigo de opinião, debate e entrevista. As propostas foram desenvolvidas em quatro etapas que se relacionam.

Fotografia. Quatro pessoas sentadas, uma ao lado da outra. Elas seguram com as mãos, de frente do rosto, uma placa redonda em amarelo de emoji. Da esquerda para a direita: uma pessoa de camiseta em marrom, calça preta e placa de rosto com os olhos e boca bem abertos. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas curtas, com listras em branco e preto, de calça jeans, com placa de rosto de olhos fechados, sorrindo. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas compridas em preto, camiseta branca e calça jeans, com placa de rosto de olhos abertos e boca aberta sorrindo. Na ponta da direita, uma pessoa de blusa de mangas compridas em cinza, calça jeans, segurando nas mãos uma placa de rosto com dois corações em vermelho e boca sorrindo. Ao fundo, parede em rosa-claro.

EU SEI

Como eu me posiciono?

Compreender que expressar opiniões é uma atitude que deve ser valorizada e respeitada.

Fotografia. Vista geral de local com um prédio à direita, alto, cada andar com varanda grande, plantas e algumas com piscina individual. À frente do prédio, à esquerda, local com moradias simples, baixas, de telhados e inacabadas. Em segundo plano, cidade com outros prédios. No alto, céu em azul-claro, com nuvens brancas esparsas.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Por uma sociedade mais igual

Compreender o contexto de produção, elaboração e circulação do artigo de opinião.

Capítulo 2 – A cidade sob outro olhar

Compreender o contexto de produção, elaboração e circulação da entrevista.

Fotografia. Vista do alto de local com fundo em branco e um carrinho de compra com o contorno da sua forma feito com pessoas em pé. Ao redor, outras pessoas esparsas em pé.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem e ampliação da aprendizagem.

Ilustração. Fundo similar a uma parede de tijolos em azul-escuro. Sobre ele, luzes finas pequenas em rosa incandescente. Ao centro, um balão de fala em azul incandescente: FAKE NEWS. Ao lado, à direita, dois balões de fala com sinais diferentes: ícone de check e X.

VAMOS COMPARTILHAR

Desinformação

Pesquisa com elaboração de artigo de opinião sobre “Os danos causados pela desinformação” com publicação no jornal digital da turma.

EU SEI

Como eu me posiciono?

Há vários modos de nos manifestarmos e expor o que pensamos e como nos posicionamos perante o mundo. Fazemos isso pelos mais variados motivos.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. E você, como se posiciona diante de algo com que concorda ou discorda? Conte aos colegas.
  2. Como você faz para defender seu ponto de vista? Explique.
  3. Na sua opinião, saber se posicionar e defender o ponto de vista é algo que se pode aprender? Explique.
  4. Para você, até onde vai nossa liberdade de expressão ao nos posicionarmos, para que nossa opinião não se transforme em um discurso de ódio?
  5. Diante de situações polêmicas ou conflituosas, como você acha que devemos nos posicionar? Explique.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.

6. Em grupos, observem as imagens a seguir.

Fotografia. Quatro pessoas sentadas, uma ao lado da outra. Elas seguram com as mãos, de frente do rosto, uma placa redonda em amarelo de emoji. Da esquerda para a direita: uma pessoa de camiseta em marrom, calça preta e placa de rosto com os olhos e boca bem abertos. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas curtas, com listras em branco e preto, de calça jeans, com placa de rosto de olhos fechados, sorrindo. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas compridas em preto, camiseta branca e calça jeans, com placa de rosto de olhos abertos e boca aberta sorrindo. Na ponta da direita, uma pessoa de blusa de mangas compridas em cinza, calça jeans, segurando nas mãos uma placa de rosto com dois corações em vermelho e boca sorrindo. Ao fundo, parede em rosa-claro.
Fotografia. Duas mãos de pessoas, uma de frente para outra, fazendo sinais diferentes. A mão à esquerda, com o dedo polegar para cima e a mão à direita, com o dedo polegar para baixo. Em segundo plano, céu em tons de azul, laranja e amarelo, com a luz solar ao centro.
Ao expressarmos uma opinião nos mais variados ambientes, físicos ou virtuais, temos também de defendê-la, utilizando argumentos que fundamentem nosso ponto de vista.
Fotografia. Uma mulher à esquerda, vista dos cotovelos para cima. Ela tem cabelos escuros amarrados para trás, usando blusa de mangas compridas com listras em branco e vermelho. A mulher está de boca aberta e segura um alto-falante amarelo e branco, com contorno arredondado em preto. Ao fundo, parede rosa.
Ilustração. Sete braços de pessoas levantados, com roupas e acessórios de cores diferentes. Cada um segura na mão um balão de fala, cada um de uma cor, formando a palavra: OPINIÃO.
  1. Para vocês, o que as imagens podem nos levar a pensar sobre opinião?
  2. Compartilhem com os outros grupos as conclusões a que vocês chegaram. Encontrem semelhanças e diferenças.
  3. Novamente em grupo, qual é a posição de vocês em relação ao que foi apresentado pelos colegas? Vocês concordam, não concordam? Por quê?
  4. Voltem a discutir com os outros colegas, mencionando os pontos com os quais vocês concordam e dos quais discordam e por quê.
  5. Para finalizar, debatam coletivamente a importância de expormos nossas opiniões e como isso deve ser feito, principalmente quando houver divergências.

EU VOU APRENDER Capítulo 1

Por uma sociedade mais igual

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que você entende por desigualdade social? Explique.
  2. Na sua opinião, o que poderia ser feito para que vivêssemos em uma sociedade mais justa? Por quê?
  3. Observe o cartum a seguir.
Cartum. Vista geral de local, com um morro à esquerda, onde há uma casa pequena, de madeira na vertical, telhado e janela pequena. Perto dela, um homem e uma criança sentados em local com solo barroso e embalagens de lixo ao redor. O homem tem cabelos e barba escuros, com regata branca remendada de amarelo e bermuda azul. O menino ao lado tem cabelos castanhos, de camiseta branca, bermuda azul e com o braço direito esticado para frente e diz: PAI, EU QUERO MORAR NAQUELE MUNDO! Mais perto dele, um cachorro sentado de pelos amarelos. Mais ao fundo, abaixo, outras moradias simples de madeira e telhado, com uma antena acima. Em segundo plano, prédios grandes na vertical em cinza e, ao fundo, sombra. Na parte superior, céu em azul-claro, com nuvens brancas e um sol amarelo redondo à direita.

CUNHA, Circe. Desigualdade nos mantém na pobreza. Correio Braziliense, Blog do Ari Cunha, 7 maio 2019. Disponível em: https://oeds.link/chwGCF Acesso em: 31 maio 2022.

  1. Para você, o que esse cartum retrata? Explique.
  2. Como o cartunista transmite a mensagem?
  3. Você acha que, em um país com desigualdades sociais, os direitos das pessoas são preservados? Por quê?
  4. Pelo que mostra o cartum, pode-se concluir que alguns direitos não estão sendo garantidos? Explique.
  5. Onde o cartum circulou?
  6. Qual é o público-alvo?
  7. Na sua opinião, qual foi a intenção do autor ao produzir esse cartum? Explique.
  1. Você vai ler a seguir um artigo de opinião. Você conhece esse gênero textual? Se sim, o que sabe sobre esse texto jornalístico?
  2. Antes de ler o artigo, observe o título e o título auxiliar. O que o articulista quis dizer com “Uma não retomada”? Formule hipóteses e anote-as no caderno.
  3. Agora, leia o artigo.

EM DIA / OPINIÃO

Uma não retomada

Não estamos observando ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho que possa apontar nessa direção

                                                                 Ely José de Mattos, economista e professor da Escola de Negócios da

Em sociedades desiguais, os mais pobres sofrem consideravelmente mais as agrurasglossário das crises, que têm como a mais sintomática manifestação a redução da renda. O boletim trimestral Desigualdade nas Metrópoles, elaborado pelo Observatório das Metrópoles, vem destacando o acentuado desequilíbrio na distribuição de renda no país e a sua dinâmica. E a partir dos dados do último boletim, recém-lançado, gostaria de levantar dois pontos.

Comecemos pelos números crus. Ao longo de 2021 a desigualdade diminuiu, depois de atingir um pico histórico em meados de 2020. Esta melhora no último ano se explica pela recuperação parcial da renda dos mais pobres, associada a uma continuidade na queda da renda média dos mais ricos. Ainda que seja um resultado na direção correta da redistribuição, é preciso considerar que o último dado aponta que a renda média dos 10% mais ricos é mais de 30 vezes superior à média da renda dos 40% mais pobres – no começo de 2021 chegou a 37 vezes; em 2012 era vinte e uma vezes.

O primeiro ponto que gostaria de destacar, então, é sobre a recuperação da renda dos mais pobres. Sim, houve melhora. Mas ela ainda é modesta e os deixa em situação pior do que no período pré-pandemia. Esta melhora me parece mais um movimento de ajuste, com base na retomada de setores até então em crise, do que um movimento de recuperação consistente. No mercado de trabalho, o que se observa é alguma retomada baseada na informalidade e no trabalho por conta própria, que tendem a ser mais precáriosglossário que os empregos formais e pagar menos.

Não estamos observando ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho que possa apontar nessa direção

Meu segundo ponto parte da problematização do primeiro. Nada estruturalglossário está acontecendo na economia brasileira que possa sugerir um aumento robusto e sustentado de renda dos mais pobres – e eventual redução da desigualdade. Não estamos observando ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho que possa apontar nessa direção. Antes pelo contrário, existem condições (mas esse é assunto para outra coluna) que constrangem os ganhos de produtividade.

Portanto, a atual conjuntura da renda das famílias mais pobres no Brasil é crítica. Associe a renda deprimida à inflação alta e temos um cenário bastante preocupante de perda de poder aquisitivo, que se manifesta em uma brutal perda de bem-estar da população. Na minha avaliação, retomada ainda não é uma palavra adequada à situação que vivemos.

Ilustração. Dois grupos diferentes de pessoas. À esquerda, quatro pessoas: um homem de cabelos pretos, de camiseta em amarelo e branco, calça jeans azul-escuro, segurando na mão direita uma vassoura marrom e uma nota de dinheiro verde na mão esquerda. Um homem de cabelos castanhos, com gorro preto, de blusa de mangas compridas em cinza, calça jeans azul-escuro, segurando uma carteira marrom aberta. Uma mulher de cabelos castanhos até os ombros, de casaco vermelho, calça azul-escuro, levando um bebê de cada lado nos braços, cobertos com lenço em branco. Um homem de cabelos pretos, camiseta branca, com colete marrom e calça jens azul-claro, segurando nas mãos uma placa branca na horizontal. À direita, outro grupo de cinco pessoas: um senhor de cabelos brancos, com camisa branca de gola, gravata verde, terno e calça marrom, com várias notas de dinheiro nas mãos de cor verde. Um homem de  cabelos, barba e bigode castanhos, com par de óculos de sol preto, de camisa de gola em branco, terno e calça em cinza-claro. Ele tem relógio no braço direito e está olhando para ele. Ao lado, uma mulher de cabelos pretos curtos, de vestido preto e mangas bufantes em vermelho. Ela segura na mão direita  uma bolsa branca, e na mão esquerda uma pedra de diamante branca. Ao fundo, um homem de braços dados a uma mulher. Ele tem cabelos pretos, de camisa branca, gravata borboleta preta, terno azul e detalhes em preto. Ele segura uma taça fina de vidro. A mulher, ao lado dele, tem cabelos castanhos até os ombros, brincos vestido amarelo sem alça.

MATTOS, Ely José de. Uma não retomada. Zero Hora, Em dia, 22 abril 2022. página 21.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, o assunto abordado no artigo de opinião é importante para você e para a sociedade?
  2. Antes de iniciar a leitura, você formulou algumas hipóteses. Retome-as para responder às questões a seguir.
    1. A retomada que o articulista discute no artigo foi a que você imaginou antes da leitura? Explique.
    2. Você acha que o título do artigo está adequado ao posicionamento do colunista no artigo? Por quê?
  3. Você concorda com o posicionamento do colunista?

Discuta seu posicionamento com os colegas.

Os articulistas, geralmente, são especialistas no assunto convidados, eventualmente, para escrever artigos de opinião para revistas e jornais impressos ou digitais. Há também os colaboradores desses meios de comunicação que escrevem esses artigos com regularidade (toda semana, a cada quinze dias, mensalmente), chamados de colunistas.

  1. Logo no título auxiliar, o colunista explica o que e por que não considera uma retomada.
    1. Qual é essa explicação?
    2. Ao formular hipóteses na leitura do título e do título auxiliar, você conseguiu deduzir qual é a questão polêmica tratada pelo articulista e a posição (tese) defendida por ele? Explique.

Os artigos de opinião são textos argumentativos elaborados a partir de questões polêmicas de interesse público por sua relevância social, criadas com base em um fato que foi noticiado. São polêmicas porque há pontos de vista diferentes sobre elas.

Fotografia. Vista geral de local com um prédio à direita, alto, cada andar com varanda grande, plantas e algumas com piscina individual. À frente do prédio, à esquerda, local com moradias simples, baixas, de telhados e inacabadas. Em segundo plano, cidade com outros prédios. No alto, céu em azul-claro, com nuvens brancas esparsas.
No bairro do Morumbi, na cidade de São Paulo , a maior cidade do Brasil, edifícios de luxo e a comunidade Paraisópolis estão lado a lado, evidenciando a desigualdade social.

Responda às questões no caderno.

  1. Quem assina o artigo de opinião? Você acha que essa pessoa tem autoridade para falar do assunto?
  2. Em que espaço esse artigo circulou?
  3. Qual é a função social desse artigo de opinião?
  4. Que tipo de linguagem foi utilizada pelo colunista?
  5. Em que pessoa do discurso o artigo de opinião foi escrito e que tempos verbais o articulista utilizou?
  6. Segundo o artigo de opinião, quem sofre mais com as crises em sociedades desiguais e como isso se dá?
  7. Em que o articulista se baseia para sustentar essa afirmação e os pontos que quer destacar?
    1. Que expressão o autor utilizou para deixar isso claro no texto?
    2. No final do primeiro parágrafo, que palavra o articulista utiliza para destacar quão novos são os dados?
  8. No trecho “Comecemos pelos números crus”:
    1. O que o autor quis dizer com “crus”?
    2. Qual é a função desse início de parágrafo?
  9. Nesse parágrafo, como o colunista explica as considerações feitas sobre os dados numéricos?
  10. O colunista utiliza os dois primeiros parágrafos para expressar seu ponto de vista, situando o leitor sobre o assunto tratado no boletim e explicando para qual direção os dados numéricos apontam.
    1. Na sua opinião, o posicionamento do articulista fica claro nessa introdução?
    2. A tese apresentada se relaciona com o que já estava expresso no título e no título auxiliar?

Na introdução do artigo de opinião, o articulista (colunista) apresenta sua tese, introduzindo ou contextualizando o assunto e expressando seu ponto de vista.

Expressando os argumentos

15. Releia este trecho.

Ainda que seja um resultado na direção correta da redistribuição, é preciso considerar que o último dado aponta que a renda média dos 10% mais ricos é mais de 30 vezes superior à média da renda dos 40% mais pobres no começo de 2021 chegou a 37 vezes; em 2012 era vinte e uma vezes.

  1. O que a expressão “ainda que” introduz?
  2. Que direcionamento o autor quis dar ao leitor ao escrever “é preciso considerar que”? Explique.
  3. O verbo “apontar” indica o que ao leitor?
  4. Qual é a função do travessão nesse contexto?

16. Identifique, no artigo de opinião, outros operadores argumentativos como “ainda que”. Copie-os no caderno.

Os operadores (marcadores) argumentativos são palavras ou expressões que ligam partes do texto, mantendo a coerência do tema e a coesão. Por meio deles, percebemos o grau (do mais forte para o mais fraco) da fôrça argumentativa e a direção dos enunciados para certas conclusões.

17. No artigo, o autor expõe fatos concretos e opiniões. Observe o primeiro parágrafo e identifique o que é um e outro. No caderno, faça um quadro, como o sugerido a seguir, para sistematizar seus achados.

Ícone. Modelo.
Uma não retomada

Fato

Opinião

Fotografia. Vista de baixo para cima. À esquerda, rua cinza com um homem sobre uma bicicleta vermelha. Ele usa boné, camiseta, bermuda e par de chinelos em preto, com uma bolsa grande térmica nas costas em vermelho. Ao fundo, local com vários prédios espelhados em azul. Perto deles, árvores de folhas verdes. No alto, céu em azul-claro e sem nuvens.
Na categoria de trabalho informal, estão os trabalhadores sem carteira assinada e autônomos sem registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ().
  1. Como você deve ter percebido pelo quadro da atividade 17, após a apresentação inicial, os parágrafos seguintes introduzem e desenvolvem os argumentos que levarão ao último parágrafo, a conclusão.
    1. Como o autor estabelece a relação entre a introdução e os parágrafos de desenvolvimento?
    2. Como o colunista relaciona a conclusão aos demais parágrafos?

O artigo de opinião é composto de introdução, desenvolvimento e conclusão. No desenvolvimento, são apresentados os argumentos que sustentam a tese e os contra-argumentos. Na conclusão, o articulista ou colunista confirma seu ponto de vista.

Seguindo as pistas do texto

  1. No trecho, “Sim, houve melhora. Mas ela ainda é modesta e os deixa em situação pior do que no período pré-pandemia”:
    1. O colunista concorda com a afirmação de que houve recuperação da renda dos mais pobres? Explique.

Para defender seu posicionamento (tese), o autor faz um movimento argumentativo, ou seja, conduz os argumentos de modo a produzir o efeito desejado por ele para persuadir o leitor, que podem ser movimentos de:

  • sustentação – apresentação de argumentos alinhados à tese, são construídos em um processo de adesão ao posicionamento defendido no texto.
  • refutação – argumentos contrários à tese exposta e a sua sustentação (desqualificam o que é contrário à posição defendida), funcionando como contra-argumentos à ideia defendida. São apresentados para serem refutados ou invalidados pelo autor.
  • negociação – argumentos que dialogam com as posições a favor e contrárias à tese. Ao apresentar esse argumento, o autor o considera válido, mas insuficiente.
  1. Qual desses movimentos você acha que o autor utilizou?
  2. A que os termos destacados se referem?
Versão adaptada acessível

Atividade 19, item c

A que os termos “ela” e “os” se referem?

Para ampliar

A Redução das desigualdades é o 10º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável proposto para a agenda 2030. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística produziu uma série especial para explicar cada ó dê és . Assista!

ó dê és 10: Redução das desigualdades Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Explica. 12 março 2018. Disponível em: https://oeds.link/KplZYw Acesso em: 24 maio 2022.

Ilustração. Fundo em rosa. Ao centro, em branco, sinal de igual com triângulos pequenos ao redor. Na parte superior, texto: 10 REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES.

20. Releia este trecho.

Esta melhora me parece mais um movimento de ajuste, com base na retomada de setores até então em crise, do que um movimento de recuperação consistente. No mercado de trabalho, o que se observa é alguma retomada baseada na informalidade e no trabalho por conta própria, que tendem a ser mais precários que os empregos formais e pagar menos.

  1. Ao utilizar “me parece”, o que o colunista indica ao leitor?
  2. Identifique alguns operadores argumentativos nesse trecho.
  3. Que movimentos argumentativos podemos observar no trecho?

21. Para defender seu ponto de vista, o autor inicia o artigo de opinião apresentando dados de um boletim recém-lançado. Para isso, ele usa argumentos de provas.

Identifique no artigo esses argumentos e copie-os no caderno.

Há vários tipos de argumentos. Conheça alguns.

  • Argumentos de autoridade: cita outras vozes para sustentar sua argumentação, como a de especialistas.
  • Argumentos de exemplificação: apresenta fatos ou acontecimentos pessoais ou de terceiros para exemplificar ou ilustrar o argumento que defende.
  • Argumentos de provas: comprova o argumento ao apresentar provas incontestáveis, como dados estatísticos e fatos históricos.
  • Argumentos de causa e consequência: afirma que um fato aconteceu em decorrência de outro.
  • Argumentos de comparação: compara ideias diferentes para construir o ponto de vista fundamentado em semelhanças e diferenças entre as comparações.
  • Argumentos de princípios ou crença pessoal: cita valores éticos e morais ou direitos, tanto garantidos por lei quanto aceitos por um grupo social.

22. No quarto parágrafo, ao apresentar o segundo ponto, qual ou quais tipos de argumentos o colunista utiliza?

LÍNGUA E LINGUAGEM

Vozes verbais

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Releia este trecho do artigo de opinião.

O boletim trimestral Desigualdade nas Metrópoles, elaborado pelo Observatório das Metrópoles, vem destacando o acentuado desequilíbrio na distribuição de renda no país e a sua dinâmica.

  1. Qual é o sujeito da locução verbal em destaque?
  2. Com relação à ação expressa pela locução, podemos dizer que esse sujeito pratica ou sofre essa ação?
  3. Qual é o termo da oração que complementa o sentido dessa locução verbal?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até c.

  1. Qual é o sujeito da locução verbal “vem destacando”?
  2. Com relação à ação expressa pela locução, podemos dizer que esse sujeito pratica ou sofre essa ação?
  3. Qual é o termo da oração que complementa o sentido dessa locução verbal?

A voz verbal é a fórma assumida pelo verbo para indicar a sua relação com o sujeito. São três as vozes verbais: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva. Na voz ativa, o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Na voz passiva, o sujeito é paciente, ou seja, recebe ou sofre a ação expressa pelo verbo. Já na voz reflexiva, o sujeito é agente e paciente, ou seja, pratica e recebe a ação ao mesmo tempo.

2. Leia esta tirinha e responda às questões.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros, em tons brancos e fundo em amarelo. Apresenta como personagens: um homem de cabelos curtos, blusa de mangas compridas. Um homem de cabelos lisos, barba e bigode, com par de óculos de grau e camiseta. Q1 – O homem de cabelos curtos, sem óculos, sentado de frente para um computador de tela azul com imagem de uma folha pautada. Ele diz: A INTERNET DESCANCELOU AQUELA ATRIZ DE TV. Q2 – O homem com par de óculos, com o braço esquerdo esticado para frente, à direita, fala: POR QUE A INTERNET DESCANCELARIA ALGUÉM? Q3 – O homem sentado de frente para o computador, com a cabeça para trás, diz: PARA CANCELAR DE NOVO, ORAS. DAHMER, André. Não há nada acontecendo. Folha de S. Paulo, 21 maio 2022.

DAHMER, André. Não há nada acontecendo. Folha de São Paulo, 21 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/3u9R4r Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Qual é o significado do verbo “descancelar” no texto?
  2. No que consiste o humor da tirinha?
  3. No primeiro quadrinho, em que voz está o verbo presente na fala do personagem? Explique.
  4. Do ponto de vista sintático, como se classificam os termos “A internet” e “aquela atriz de TV”?
  5. Caso o personagem quisesse enfatizar a atriz que sofreu o “descancelamento”, como ele formularia o enunciado?

A voz passiva pode ser analítica ou sintética (pronominal). Na voz passiva analítica, temos um verbo auxiliar seguido do verbo principal no particípio. Nesse caso, o verbo auxiliar mais usado é o verbo “ser”. Também é comum a presença de um agente da passiva, isto é, um termo introduzido por uma preposição, que indica aquele ou aquilo que pratica a ação. Já na voz passiva sintética, o verbo principal se encontra na terceira pessoa do singular ou do plural, acompanhado do pronome “se”, denominado pronome apassivador.

É possível fazer uma conversão da voz ativa para a voz passiva, bem como da voz passiva para a voz ativa. Nesse caso, a oração não sofre alteração no sentido, embora o foco daquilo que se pretende comunicar mude. Veja o seguinte exemplo:

O autor do texto criticou a desigualdade social.

Nesse caso, o sujeito da oração, “O autor”, é agente, e o objeto direto é “a desigualdade social”. Se quiséssemos focalizar aquilo que o autor criticou, poderíamos passar a oração para a voz passiva:

A desigualdade social foi criticada pelo autor do texto.

Como podemos observar, na conversão, o objeto direto da oração na voz ativa passa a ser o sujeito da oração na voz passiva – no caso, um sujeito paciente. Já o sujeito da oração na voz ativa passa a ser o agente da passiva. O verbo da oração também sofreu modificações: foi substituído por uma locução verbal composta pelo verbo “ser”, seguido do verbo principal no particípio.

Da mesma fórma, podemos converter uma oração da voz passiva para a voz ativa. Observe este exemplo:

Esquema. Frase: O tema de desigualdade social foi abordado pelo professor convidado. 
Sujeito paciente: O tema da desigualdade social
Agente da passiva: pelo professor convidado
Frase: O professor convidado abordou o tema da desigualdade social.
Sujeito agente: O professor convidado
Objeto direto: o tema da desigualdade social
Flecha entre a primeira frase de: sujeito paciente para a segunda frase para: objeto direto.
Flecha entre a primeira frase de: agente da passiva para a segunda frase para: sujeito agente.

Nesse caso, o sujeito paciente na voz passiva torna-se o objeto direto na voz ativa, e o agente da passiva torna-se o sujeito agente na voz ativa. Além disso, elimina-se o verbo auxiliar, mantendo-se somente o verbo principal sem o particípio.

Responda às questões no caderno.

3. Leia esta outra tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros. Apresenta como personagens, Armandinho de cabelos e calça em azul, de blusa de mangas compridas em verde. Pai de Armandinho, visto da cintura para baixo, calça azul e sapatos em azul-escuro. Sapinho de cor verde, olhos e boca em preto. Q1 – Armandinho, em pé, com o corpo para a direita, segurando nas mãos uma tigela amarela com sorvete lilás dentro. Ele diz: E O SORVETE É CONSIDERADO UM ALIMENTO PERFEITO! O pai de Armandinho pergunta: MESMO? Q2 – Armandinho, ainda olhando para cima em direção ao pai, que diz: NUNCA TINHA OUVIDO FALAR...TUDO BEM, ENTÃO... Q3 – À esquerda, sapinho verde, com o corpo para a direita. De frente para ele, Armandinho caminhando para a esquerda, segurando o pote de sorvete nas mãos. Fora do quadrinho, o pai de Armandinho diz: ARMANDINHO... 'É CONSIDERADO' POR QUEM? BECK, Alexandre. Armandinho.

BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/ukYbRI. Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Com que objetivo Armandinho diz que o sorvete é considerado um alimento perfeito?
  2. Em que voz verbal se encontra a oração que corresponde à fala de Armandinho?
  3. Por que o garoto teria utilizado essa voz verbal?
  4. A princípio, o pai parece se convencer do argumento do filho. Porém, logo em seguida, ele faz uma pergunta. Qual é seu objetivo com essa pergunta?
  5. Do ponto de vista sintático, na oração utilizada por Armandinho, a falta de um termo foi questionada pelo pai. Considerando a voz em que se encontra a oração, qual seria o termo faltante?

4. Observe este cartaz.

Cartaz. Fundo em rosa. Ao centro, ilustração de uma mulher vista da cintura para cima, se abraçando. Ela tem cabelos curtos pretos divididos ao meio, camiseta branca e calça em cinza. Ela tem os olhos fechados, com par de óculos de grau. À direita, folhas em lilás e texto em branco: Mulher que se ama é mulher que se cuida. Na parte inferior, logotipo com duas fitas rosas, com a parte inferior amarrada e texto: PARANÁ ROSA.

TERCEIRA edição do Paraná Rosa reforça a importância da prevenção e cuidados com a saúde da mulher. Conselho Regional de Medicina do Paraná, 2 dezembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/pow33r Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Você consegue identificar a qual campanha se refere o cartaz? Em caso afirmativo, conte o que sabe sobre ela.
  2. O que a imagem do cartaz mostra? Como isso se relaciona à campanha veiculada?
  1. Os verbos presentes no cartaz estão em que voz verbal? Explique.
  2. Considerando o objetivo da campanha, por que o autor do cartaz teria utilizado os verbos nessa voz?

5. Leia um trecho da notícia a seguir.

Festival ó dê és discutiu desigualdade social em uma economia de baixo carbono

Líderes empresariais e do setor público apresentaram ações para adaptar a economia ao modelo sustentável com responsabilidade

reticências

Um dos principais desafios de implementar um modelo econômico mais sustentável e que proteja o meio ambiente é enfrentar o abismo da desigualdade social, premissa para alcançar a transformação justa.

Esse objetivo não seria possível sem a participação responsável das empresas e investimentos do setor público, além do respeito aos diversos atores.

Esse foi um dos temas centrais tratados no segundo dia do Festival ó dê és , que aconteceu na quarta (25) e na quinta-feira (26) reticências.

Empresas apresentaram suas práticas é ésse gê (princípios de sustentabilidade empresarial cada vez mais valorizados), gestores públicos mostraram suas políticas e iniciativas, e especialistas apontaram caminhos de inovação e as fragilidades do processo.

TREVISAN, Maria Carolina. Festival ó dê és discutiu desigualdade social em uma economia de baixo carbono. Folha de São Paulo, Folha Social mais, 27 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/Anij1F Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Segundo o texto, o que é necessário para enfrentar a questão da desigualdade social?
  2. Na manchete e no lide, em que voz se encontram os verbos dos enunciados?
  3. Por que a jornalista teria empregado essa voz?
  4. No caderno, separe em orações o período que corresponde ao último parágrafo, destacando o sujeito e o complemento verbal de cada uma delas.

Modalização epistêmica

Como você sabe, ao utilizarmos o recurso da modalização, expressamos nossa atitude, nosso julgamento ou nossa opinião sobre o que estamos dizendo. Modalizamos nosso discurso, por exemplo, ao escolher a melhor palavra, expressão e tempo verbal, ou mesmo a pontuação. Ao usar esse recurso, deixamos pistas para que o leitor possa entender o efeito de sentido que tentamos produzir, de fórma a persuadi-lo.

Nos artigos de opinião, a modalização é muito utilizada nos movimentos argumentativos, em especial no de negociação, de modo que o leitor perceba a posição do autor sobre o assunto que está sendo exposto.

Algumas palavras e expressões na língua podem ser usadas para indicar o valor de verdade de uma declaração. Por meio delas, indicamos concordância, discordância ou se consideramos algo quase certo.

1. Leia este trecho do artigo de opinião “Longevidade”, de Drauzio Varella, publicado no site de notícias UOL.

Em 2020, a ONU estimou em 573 mil os centenários do mundo. Esse número é 20 vezes maior do que o de 50 anos atrás. Em 1946, as 30 pessoas mais longevas do mundo tinham em média 99 anos. Em 2016, essa média atingiu 109 anos. Continuará a crescer nesse ritmo?

É provável que não. Hoje, os que ultrapassam cem anos chegam a tal idade em maior número e em melhores condições de saúde. Mas, nesse grupo, a expectativa de vida remanescente tem-se mantido a mesma nos últimos 80 anos.

VARELLA, Drauzio. Longevidade. Drauzio, UOL, 19 abril 2022. Disponível em: https://oeds.link/cS5dqk Acesso em: 24 maio 2022.

O que a expressão destacada indica? Por quê?

Fotografia. Uma mulher idosa vista dos ombros para cima, com o corpo virado para a esquerda, olhando para frente e sorrindo. Ela tem cabelos castanhos curtos penteados para a esquerda. Ela usa blusa de frio de gola e mangas compridas em bege-claro. Ao fundo, um corrimão e folhas de árvores em verde.
Umbela, de 92 anos, é paulista, moradora do bairro de Heliópolis. Casada há mais de 50 anos, tem dois filhos e netos. Adora cantar e fazer artesanato, por isso participa de aulas de canto, coral e artesanato no Instituto Velho Amigo.

Responda às questões no caderno.

2. Observe as expressões seguintes. Depois, separe-as por tipo de avaliação, ou seja, concordância, discordância ou quase certeza (dúvida), de acordo com o que cada palavra ou expressão indica.

realmente

de fórma alguma

naturalmente

certo

de jeito nenhum

evidentemente

claro

lógico

talvez

assim

eventualmente

sem dúvida

efetivamente

possivelmente

provavelmente

jamais

A modalização epistêmica expressa uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade de uma declaração. Ela é dividida em asseverativa, quando o conteúdo da declaração é considerado verdadeiro, podendo-se concordar ou discordar da ideia; e quase-asseverativa, quando ainda não se tem certeza sobre o que foi declarado.

3. No artigo sobre desigualdade social, há dois momentos em que o colunista faz uma modalização utilizando o verbo “gostar”. Leia novamente os trechos.

E a partir dos dados do último boletim, recém-lançado, gostaria de levantar dois pontos. reticências

O primeiro ponto que gostaria de destacar, reticências

O que essa modalização indica ao leitor?

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupo, na biblioteca da escola ou on-line, pesquisem artigos de opinião e selecionem um.
    1. Identifiquem a tese, a introdução, o desenvolvimento, a conclusão, os movimentos argumentativos.
    2. Identifiquem os modalizadores epistêmicos utilizados e indiquem o direcionamento de sentido que produzem.
    3. Elaborem um cartaz para apresentar seus achados à turma.

EU VOU APRENDER Capítulo 2

A cidade sob outro olhar

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Pense na sua cidade e em como ela é organizada urbanisticamente. Na sua opinião, ela poderia ter uma configuração diferente da que tem hoje? Como seria?
  2. Você já ouviu falar sobre Cidade Educadora e Cidade Amiga da Criança? Comente.
Cartaz. Vista do alto para baixo, de um local com divisões de quadrados e retângulos em cinza, círculos coloridos. Ao centro, um menino em pé, de cabelos pretos, de camiseta em verde, calça preta e sapatos vermelhos, cabeça para cima, olhos fechados e braços esticados para as laterais. À esquerda, texto: Na Cidade Educadora, a educação vai para além da escola e trespassa ruas, praças e parques.
Cartaz. Texto: A Cidade Educadora oferece inúmeras oportunidades educativas a todas as cidadãs e cidadãos. Ao centro, rua cinza com sete pessoas. Da esquerda para a direita: uma senhora de lenço sobre a cabeça em vermelho-escuro e blusa de mangas compridas em rosa, segurando um regador amarelo na mão direita, sobre vaso azul com planta em verde. Ao lado, mulher em pé com o corpo para a direita, de cabelos longos pretos, de vestido de mangas compridas listrado em amarelo e branco, calça azul e sapatos vermelhos. Ela está grávida, de frente para uma senhora de cabelos brancos, com blusa de mangas compridas em cinza, saia longa em cinza-escuro, meias grandes em branco e sapatos em marrom, com uma bengala na mão esquerda. Mais à direita, uma criança vista de costas, de cabelos pretos curtos, de vestido rosa, calça azul e um violão marrom sobre as costas, de braço direito esticado para o alto. Perto dela, um garoto loiro, no alto, sobre skate amarelo de rodas vermelhas, de blusa de mangas compridas em verde, calça e fone de ouvido sobre a cabeça em azul. Na ponta da direita, um homem de cabelos e barba castanhos, de blusa de mangas compridas, calça e sapatos em marrom, segurando uma pasta da mesma cor no braço esquerdo. Mais à direita, um garoto sentado sobre uma cadeira de rodas. Ele tem cabelos escuros, camiseta em verde, calça azul e sapatos pretos. Ao fundo, cidade com árvores e prédios. No alto, nuvens azuis.
  1. Você já leu ou assistiu a uma entrevista? Se sim, sobre qual assunto? Como era o formato? Comente.
  2. Leia o título e o título auxiliar da entrevista a seguir. Formule hipóteses sobre o que será tratado no texto. Anote-as no caderno.

Cidade pela vida

Questões como acesso à moradia e mobilidade podem ser respondidas por outro modelo de espaço urbano, segundo a arquiteta e urbanista

A cidade é um organismo vivo. Forjada por decisões políticas e econômicas, ela está em constante processo de transformação. Ao produzir conflitos e desigualdades, o espaço urbano constitui uma sociedade e seu tempo. Em São Paulo, por exemplo, durante a pandemia da Covid-19, espaços públicos e áreas verdes passaram a ser ainda mais valorizados reticências, a vulnerabilidade a que estão expostos os usuários do transporte coletivo ficou evidente, bem como o quadro de emergência habitacional.

Afinal, é possível mudar os rumos de uma cidade? Para a elaboração de novos caminhos, em seu mais recente livro, São Paulo: O planejamento da desigualdade (Editora Fósforo, 2022), com prefácio do rapper Emicida, a urbanista e arquiteta Raquel Rolnik nos convida a olhar para o passado e questionar quais decisões de política urbana e planos que estruturam a cidade mais populosa do país – com mais de 12 milhões de habitantes – precisam ser revistos. Para Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (), é imprescindível pensarmos num modelo de cidade que proteja a vida. “Para termos uma cidade voltada para a promoção e proteção da vida é preciso uma política urbana que promova a experiência de sermos corpos saudáveis: na moradia, na circulação, nos espaços públicos.reticências

Está em evidência um debate sobre novos modelos de cidade, como Cidade Educadora e Cidade Amiga da Criança. Qual sua reflexão e análise sobre esses modelos? 

A gente tem movimentos que vêm de vários lugares. Então, a turma da segurança alimentar e nutricional pensa a cidade a partir da ideia do alimento e começa a trabalhar a horta. A turma das áreas verdes repensa a cidade a partir da infraestrutura verde, a turma da educação coloca para a gente que não tem mais sentido pensar a educação como uma coisa confinada no prédio escolar e imagina a possibilidade de todo espaço urbano ser educador. Então, acho que o que estamos vendo e vivendo são questionamentos e experiências práticas que vêm de vários lugares, de vários pensamentos nesse momento. O que elas têm em comum é mostrar a falência de um modo hegemônicoglossário de organizar o território e a relação das pessoas com o território, e a partir disso levantar a proposta de rever esse modelo e imaginar outros futuros possíveis.

No final, todos esses modelos acabam falando (cada qual em seu espectroglossário ) do direito à cidade?

Não necessariamente. A perspectiva do direito à cidade é uma perspectiva mais igualitária no sentido de que as condições de vida, inclusive as condições materiais de vida na cidade, não deveriam ser tão desiguais. E quem pensa o direito à cidade pensa por um lado nisso: em não haver tanta desigualdade nas condições materiais de vida, como moradia, circulação, usufruto do espaço público. Mas há uma outra dimensão do direito à cidade que é uma dimensão política, que tem a ver com protagonismo e processo decisório. É um pouco a discussão de quem são os sujeitos no processo de definição do destino da cidade. Porque a cidade é algo que vai se transformando e a gente tem políticas públicas que incidem sobre esses processos de transformação e também tem iniciativas individuais e coletivas que vão incidir.

Do ponto de vista da política pública, o que dá para a gente dizer é que esse modelo atual é um modelo pensado por e para homens brancos de classe média. Então, a perspectiva feminista, ou a perspectiva de gênero, de pensar uma cidade para todos do ponto de vista de outros modos de se apropriar da cidade, ou também pensar a cidade do ponto de vista racial e de outras culturas de como a gente pode ter uma cidade antirracista, tudo isso pressupõe um processo de decisão sobre as políticas públicas em que os sujeitos possam ser aqueles que foram historicamente excluídos do modelo atual. Quem inventou esse modelo de asfalto, esse modelo de encanar rio, de montar uma superestrutura de concreto para cuidar do saneamento, de circular por meio de automóvel queimando óleo diesel? Quem quer isso? A história do direito à cidade tem muito a ver com o que os moradores, os residentes na cidade podem fazer, como podem participar muito mais da definição tanto de seu destino individual quanto de seu destino coletivo. reticências

CIDADE pela vida. Revista E, Sesc, edição abril 2022, número 10, ano 28. página 10-17. Disponível em: https://oeds.link/xTNafP Acesso em: 25 maio 2022.

Para ampliar

O que é uma Cidade Educadora? Ciudades Educadoras América Latina. Disponível em: https://oeds.link/qW3RxV Acesso em: 24 agosto 2022.

Ilustração. À frente, rua de cor cinza, com faixa de pedestre à direita. Mais ao fundo, calçada cinza, por onde passam onze pessoas andando. Algumas estão com bolsas, com cachorros e com bicicleta. Perto, um farol preto na vertical. Ao fundo, vegetação e árvores de folhas verdes. Mais atrás, prédios na vertical em branco e cinza.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Após ler esse trecho da entrevista, suas hipóteses se confirmaram? Comente.
  2. O que você achou da entrevista? Explique.
  3. Você acha que, na sua cidade, é possível elaborar políticas públicas que proponham um novo modelo de cidade, mais humanizado? Por quê?
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

Respondam às questões no caderno.

4. No título auxiliar, a voz da entrevistada já é inserida. De que fórma o autor do texto fez isso?

Por que vocês acham que o autor utilizou esse recurso persuasivo?

  1. Como o entrevistador aborda o assunto da entrevista?
  2. No primeiro parágrafo, para ilustrar o assunto, o autor introduz uma exemplificação. Como isso fica marcado no texto e que efeito produz para o leitor?
  3. Ainda nos parágrafos iniciais, o entrevistador introduz novamente a voz da entrevistada. De que fórma ele faz isso?
  4. Que outra fórma verbal poderia ser utilizada no lugar de “destaca”, mantendo o mesmo efeito de sentido?
  5. Para Rolnik, o que é um modelo de cidade que protege a vida?
  6. Releia este trecho.

Para Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (), é imprescindível pensarmos num modelo de cidade que proteja a vida.

  1. A que se refere a sigla entre parênteses?
  2. Que efeito de sentido o termo destacado produz?
Versão adaptada acessível

Atividade 10, itens a, b.

  1. A que se refere a sigla FAU-USP entre parênteses?
  2. Que efeito de sentido o trecho “é imprescindível” produz?

A entrevista é um gênero textual oral feito como se fosse um diálogo entre o entrevistador e o entrevistado, com o objetivo de informar sobre um assunto. Se a entrevista for circular em um veículo impresso, ela é transcrita e reescrita para retirar as marcas de oralidade, substituindo-as por outros recursos, como pontuação, reticências, aspas.

  1. No desenvolvimento da entrevista:
    1. Como percebemos quando é a voz do entrevistador e a voz da entrevistada?
    2. O nome do entrevistador aparece em algum momento? O que isso pode significar?
  2. Onde a entrevista foi publicada? Quem é o público-alvo?
  3. Que linguagem é utilizada na entrevista?
  4. Para responder a uma das perguntas, a entrevistada inicia dizendo: “A gente tem movimentos que vêm de vários lugares.”.
    1. A quem ela se refere ao utilizar “a gente”?
    2. Qual é a intenção dela ao utilizar essa expressão?
    3. Na sequência a esse trecho, há uma marca de oralidade que ajuda a dar encadeamento às ideias expressas no texto. Qual é ela?
  5. Para Rolnik, o que há em comum entre as turmas citadas?
  6. A entrevistada concorda com o entrevistador quando é questionada se “todos esses modelos acabam falando do direito à cidade”? Explique.
    1. Você concorda com Rolnik de que o direito à cidade tem um sentido igualitário e inclusivo? Argumente para defender seu posicionamento.
    2. Na sequência, o que o termo “mas” indica ao leitor?
  7. Na sua opinião, ao afirmar que “a cidade é algo que vai se transformando”, a que Rolnik se refere? Você concorda com ela?
  8. Você concorda que deve haver um processo de políticas públicas do qual todos participem, promovendo a inclusão dos historicamente excluídos no modelo que temos hoje? Por quê?

Para ampliar

O que são Cidades Educadoras? Conexão, Canal Futura. Disponível em: https://oeds.link/LtE2jc Acesso em: 25 maio 2022.

Ilustração. Um livro aberto de capa em azul-claro, folhas brancas e, sobre elas, cidade em miniatura, carros, ônibus em tons de azul, laranja e amarelo. Mais atrás, prédios na vertical. Ao fundo, parte em amarelo.

MÃO NA MASSA! EU, ENTREVISTADOR!

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. A proposta é que, em grupos, vocês organizem e produzam uma entrevista oral, em formato de podcast, que será divulgada na plataforma que escolherem.
  2. No planejamento, comecem pensando no objetivo da entrevista, no tema e quem será o entrevistado (pode ser mais de um), lembrando que deve ser um especialista no tema ou ligado a ele de alguma fórma.
  3. Discutam como será o roteiro de perguntas da entrevista tendo em vista o objetivo e as informações que vocês querem obter do entrevistado.
    1. Façam uma pesquisa prévia sobre o assunto e sobre o entrevistado, para saber como elaborar as perguntas e tecer comentários durante a entrevista, se necessário.
    2. Na elaboração das perguntas, utilizem modalizações e linguagem clara. Vocês podem organizá-las começando pelas mais objetivas e deixando as mais reflexivas para o final, ou então por blocos temáticos.
    3. Elaborem também uma introdução e o encerramento da entrevista.
    4. Combinem previamente quanto tempo durará a entrevista e mantenham-se dentro dele.
  4. Listem os recursos necessários para a entrevista, a edição e a publicação do podcast.
  5. Durante a entrevista, fiquem atentos às trocas de turnos, ao tom e impostação da voz, à clareza, ao ritmo Verifiquem se os equipamentos de gravação estão funcionando. Pensem em um plano B caso haja algum imprevisto.

Avisem ao entrevistado sobre a duração do programa e já pensem em fórmas sutis e educadas de retomar o turno de fala, caso seja necessário.

6. Após a realização, editem a entrevista e preparem o podcast para ser divulgado.

Ilustração. Ao centro, um microfone em cinza-claro, sobre um pequeno pedestal em preto. Na parte superior, da mesma cor, um fone de ouvido. À esquerda, uma mulher sentada, com o corpo para a direita, de cabelos amarrados escuros, de regata branca, calça amarela e sapatos marrons, segurando um celular na mão esquerda. Acima do fone, um garoto sentado, com o corpo para a direita. Ele tem cabelos pretos, com um fone de ouvido branco, de blusa de mangas compridas em verde e calça amarela, com sapatos pretos, segurando um celular na mão esquerda. Na ponta da direita, uma mulher sentada, cabelos castanhos até os ombros, com blusa de mangas compridas, fone de ouvido em branco, calça em verde e sapatos pretos. De frente para ela, mesa branca e dois microfones. Perto do outro, à direita, um homem loiro sentado, de cabelos loiros, de blusa de mangas compridas verdes, calça amarela e sapatos pretos, com fone de ouvido branco sobre a cabeça. Em segundo plano, à direita, um círculo vermelho e símbolo de play, um triângulo branco para a direita.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Período composto

Responda às questões no caderno.

1. Releia este parágrafo da entrevista de Raquel Rolnik.

A cidade é um organismo vivo. Forjada por decisões políticas e econômicas, ela está em constante processo de transformação. Ao produzir conflitos e desigualdades, o espaço urbano constitui uma sociedade e seu tempo. Em São Paulo, por exemplo, durante a pandemia da Covid-19, espaços públicos e áreas verdes passaram a ser ainda mais valorizados por alguns estratos da população, a vulnerabilidade a que estão expostos os usuários do transporte coletivo ficou evidente, bem como o quadro de emergência habitacional.

  1. Quantos períodos há nele?
  2. Separe as orações que compõem os períodos identificados.
  3. Do ponto de vista sintático, todas essas orações têm sentido completo?

Quando o período apresenta uma oração, denominada absoluta, ele é chamado de período simples. Nesse caso, a oração é analisada sintaticamente com base nos termos nela presentes. Com relação aos períodos compostos, é preciso analisar as relações sintáticas existentes entre as orações que o formam.

O período composto pode ser classificado em: período composto por coordenação, período composto por subordinação e período composto por coordenação e subordinação. O período composto por coordenação é formado por orações sintaticamente independentes. O período composto por subordinação é formado por orações que desempenham alguma função sintática em relação à outra oração. Já o período composto por coordenação e subordinação é aquele que traz, simultaneamente, orações coordenadas e subordinadas.

  1. Retome o parágrafo da atividade 1.
    1. Como se classificam os períodos correspondentes às duas primeiras frases? Justifique.
    2. Com relação às duas últimas frases do parágrafo, como se classificam os períodos correspondentes a elas? Como você chegou a essa classificação?

Período composto por coordenação

3. Observem o cartaz a seguir.

Cartaz. Cartaz na horizontal. Ao centro, esfera terrestre, vista da metade para baixo. Acima, cidade composta por casas de paredes em branco, telhado triangular em vermelho, janelas azuis e portas em amarelo. Ao fundo, montanhas em verde. Na parte superior, céu em azul e nuvens em branco. Na parte inferior, texto: CIDADE LINDA CIDADE LIMPA Não jogue lixo na rua. A Cidade também é sua! Na parte superior, à direita, logotipo.

GOVERNO municipal lança Campanha “Cidade Linda Cidade Limpa”. Jornal Bom Dia, maio 2017. Disponível em: https://oeds.link/bzp54D Acesso em: 28 maio 2022.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Qual é o objetivo desse cartaz?
  2. Expliquem o jogo de palavras presente em “Cidade linda/Cidade limpa”.
  3. Na parte inferior do cartaz, há dois períodos simples. Transforme-os em um período composto por orações coordenadas sem usar conjunção.
  4. Agora, reescreva esse período, introduzindo uma conjunção que transmita a ideia de explicação. Ou seja, a segunda oração deve funcionar como uma justificativa da primeira.

As orações coordenadas podem ser assindéticas (que não são introduzidas por conjunção) e sindéticas (introduzidas por conjunção). As orações sindéticas se classificam de acordo com as relações semânticas estabelecidas pelas conjunções. Desse modo, temos: orações coordenadas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

4. Leiam a tirinha a seguir.

Tirinha. Tirinha composta por dois quadros. Apresenta como personagens, uma senhora loira de cabelos curtos, com camisa e saia verde. Uma mulher loira de cabelos curtos, com colar em pérolas brancas e regata preta. Q1 – À esquerda, uma mesa de cor marrom-escuro, com um computador cinza. A senhora está com a mão direita sobre a cadeira, olhando para a outra mulher, e pergunta: COMO FOI O FIM DE SEMANA COM O ZERO? À direita, a mulher de colar, com folha branca na mão, diz: FOMOS AO CINEMA, TEATRO, SHOW E ELE DORMIU NOS TRÊS. Q2 – A senhora loira, vista da cintura para cima, com o corpo para a direita, de frente para a outra, exclama: QUE CHATO! A mulher sentada, de colar, fala: NÃO LIGO. FOI ELE QUE PAGOU TUDO. WALKER, Mort. Recruta Zero. Estadão, São Paulo, 27 maio 2022.

uólquer mórtchi. Recruta Zero. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 maio 2022. Caderno 2, p. C6.

a. Por que a personagem que faz a pergunta considera que o fim de semana da colega teria sido “chato”?

  1. Como se classificam as orações presentes na resposta da personagem do primeiro quadrinho?
  2. No último quadrinho, por que a resposta da colega causa humor?
  3. Como ela se sentiria se tivesse pagado os passeios?
  • As orações coordenadas sindéticas aditivas expressam uma ideia de soma ou de adição. Geralmente, são precedidas das conjunções “e”, “nem”, “não só”, “mas” “também”, entre outras.
  • As orações coordenadas sindéticas adversativas expressam uma ideia de contraste ou oposição. Geralmente, são precedidas das conjunções “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”, “no entanto”, entre outras.
  • As orações coordenadas sindéticas alternativas expressam alternância ou escolha. Geralmente, são precedidas das conjunções “ou”, “ou...ou”, “quer...quer”, “seja... seja”
  • As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam uma ideia de conclusão. Geralmente, são precedidas das conjunções “portanto”, “logo”, “então”, “pois” (colocada após o verbo)
  • As orações coordenadas sindéticas explicativas são aquelas que expressam uma ideia de explicação. Geralmente, são precedidas das conjunções “pois” (colocada antes do verbo), “porque” e “que”.

5. Leiam esta outra tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por quatro quadros. Apresenta como personagens: Calvin do presente: menino de cabelos arrepiados, camiseta listrada em branco e preto, bermuda escura. Calvin do passado, de par de óculos na cabeça, camiseta listrada na horizontal em branco e preto. Calvin do futuro, de par de óculos na cabeça e de camiseta com bolinhas. Q1 – À esquerda, dentro de uma caixa, sobrevoando de frente, com Calvin do futuro e do passado, com o par de óculos de aviação no rosto. Um deles diz: ARRÁ! CHEGAMOS ÀS 19:30h! À direita, Calvin do presente, deitado sobre a cama, de boca e olhos bem abertos, com livro nas mãos, diz: CARACA! MEU PASSADO E MEU FUTURO! Q2 – As três versões de Calvin, da esquerda para a direita: Calvin do futuro, com os óculos sobre a cabeça, caminhando para a direita, diz: LARGA ESSE GIBI E FAZ O NOSSO DEVER DE CASA! Mais à direita, Calvin do passado, com os óculos sobre a cabeça, empurrando o Calvin do presente, diz: É ISSO AÍ, SEU PREGUIÇOSO! O Calvin do presente sendo empurrado com olhos e boca bem abertos, fala: EI! Q3 – À esquerda, Calvin do presente com o corpo para a direita, com o braço direito para frente, com os olhos e boca abertos, fala: POR QUE EU TENHO QUE FAZER O DEVER? QUALQUER UM DOS DOIS PODERIA FAZÊ-LO! À direita, Calvin do passado, de olhos fechados, braços cruzados, diz: MAS EU NÃO FIZ QUANDO ERAM 18:30h E AGORA SÃO 19:30h. À direita, Calvin do futuro, fala: E ÀS 20:30h SERÁ TARDE DEMAIS. VOCÊ É A ÚLTIMA CHANCE. Q4 – À esquerda, o Calvin do passado, com o corpo para a direita, pergunta: E AÍ? VAI COMEÇAR A ESCREVER OU NÓS VAMOS TER QUE TE BATER? À frente dele, Calvin do presente, com a língua para fora, fala: PODEM BATER A VONTADE! QUEM VAI SE MACHUCAR É O CALVIN DO FUTURO! À frente deles, Calvin do futuro com os olhos e boca bem abertos, diz: EI!

, Bill. O melhor de Calvin. Estadão, São Paulo, 28 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/kvdFlu Acesso em: 28 maio 2022.

a. Por que Calvin fica surpreso no primeiro quadrinho?

  1. No segundo quadrinho, o Calvin do futuro utiliza um período composto por coordenação. Como se classifica a oração coordenada sindética desse período?
  2. Após ouvir as ordens, o Calvin do presente se recusa a cumpri-las. Por qual razão?
  3. Para responder ao questionamento do Calvin do presente, seus outros “eus” empregam orações coordenadas. Classifiquem essas orações, explicando as relações de sentido estabelecidas entre elas.
  4. No último quadrinho, por que a resposta de Calvin causa humor?
  5. Reescrevam as duas orações presentes nessa resposta de Calvin, unindo-as por uma conjunção que transmita a ideia que não está explícita na fala da personagem.

6. Leiam o trecho de uma reportagem.

Dinossauro gigante, com 10 metros de altura, é atração em shopping de São Paulo

reticências

Já faz milhões de anos desde que os dinossauros deixaram de habitar a Terra, a fissura por essas criaturas pré-históricas segue firme e forte, com atrações novas e temáticas surgindo constantemente. Depois de São Paulo ter um safári de dinos-robôs e de ver a abertura de uma hamburgueria temática de “Jurassic Park, chega agora à capital o T-Rex Park, uma espécie de parque de diversões sobre esses animais do passado.

reticências

Quem não quiser se arriscar a enfrentar as possíveis filas do período de inauguração pode aguardar um pouco. A atração não tem data para sair do shopping deve ficar permanentemente no local. A entrada é gratuita, cada atração é paga separadamente.

LUIS, Guilherme. Dinossauro gigante, com 10 metros de altura, é atração em shopping de São Paulo. Folha de São Paulo, Guia Folha, 19 outubro 2021. Disponível em: https://oeds.link/uDWpoQ Acesso em: 1º junho 2022.

  1. No caderno, reescrevam o trecho inserindo as conjunções coordenativas que foram propositalmente retiradas do texto.
  2. Qual é o objetivo dessa matéria?

Período composto por subordinação

7. Leia este trecho de uma notícia.

Salvador ganha árvore de Natal sustentável com 27 mil garrafas pet

A Prefeitura entregou à população, na noite desta terça-feira (23), uma mega árvore de Natal Sustentável com 22 metros de altura e construída com 27 mil garrafas pet, na Praça Thomé de Souza, em frente ao Elevador Lacerda. reticências

A obra de arte superou a árvore montada na primeira edição do Natal Sustentável, realizada em 2019, no qual a árvore foi confeccionada com 21 metros de altura e vinte e duas mil garrafas pet. A expectativa é que Salvador pode conquistar mais uma vez o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país, concedido pelo Rank Brasil – sistema de homologação de recordes brasileiro que atua desde 1999.

O prefeito ressaltou que a árvore sustentável chama a atenção das pessoas para dois elementos importantes: a esperança e a importância da preservação do meio ambiente. “Nesse período em que estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas, essa iniciativa alerta a população para a necessidade de cuidar do planeta e, claro, transformar um material que seria jogado no lixo em uma bela obra como essa, dentro do clima de renovação que o Natal traz”, disse Bruno Reis.

reticências

Fotografia. Vista geral de local, de solo em cinza, com uma árvore de Natal feita de garrafas pet à esquerda, em formato triangular. Na parte superior, uma estrela em verde. À frente dela, letras escrito 'Salvador'. Em segundo plano, cidade e, à esquerda, prédio de cor bege-claro. No alto, céu noturno em preto.
A árvore de Natal sustentável de Salvador tem 22 metros de altura e foi construída com 27 mil garrafas pet.

SALVADOR ganha árvore de Natal sustentável com 27 mil garrafas pet. Prefeitura de Salvador, Limpurb, 23 novembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/FM2jRv. Acesso em: 25 abr. 2023.

  1. Qual é o objetivo da notícia?
  2. De acordo com o texto, a cidade de Salvador já ganhou o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país. Que expressão nos permite depreender essa informação?
  3. Segundo o prefeito da cidade, por que a construção da árvore sustentável é importante no atual momento em que vivemos?

8. Releia este trecho da notícia.

A expectativa é que Salvador pode conquistar mais uma vez o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país, concedido pelo Rank Brasil – sistema de homologação de recordes brasileiro que atua desde 1999.

  1. Quantas orações há nele?
  2. Do ponto de vista sintático, essas orações são dependentes ou independentes?
  3. Quais são as funções sintáticas desempenhadas pela segunda e pela terceira oração?

9. Na oração “O prefeito ressaltou que a árvore sustentável chama a atenção das pessoas para dois elementos importantes: a esperança e a importância da preservação do meio ambiente”, qual é a função sintática desempenhada pela oração em destaque?

Um período composto por subordinação é formado por uma oração principal e uma ou mais orações subordinadas. As orações subordinadas são aquelas que exercem alguma função sintática em relação à outra oração. Já a oração principal é aquela que tem algum termo representado por uma oração subordinada.

10. Leia esta tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por dois quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos azuis, de camiseta laranja e bermuda em vermelho. Pai de Armandinho, homem visto da cintura para baixo, de calça cinza e sapatos em cinza-escuro. Mãe de Armandinho, mulher vista da cintura para baixo, de calça em cinza-claro e sapatos azuis. Sapinho verde, de olhos e boca em preto. Q1 – À esquerda, pai de Armandinho, com o corpo para a direita, diz: ELE NÃO PRESTA ATENÇÃO NO QUE A GENTE FALA. Mãe de Armandinho fala: PACIÊNCIA... LOGO ELE PASSA ESSA FASE... Armandinho, que está fora do quadrado, diz: DUVIDO MUITO... Q2 – À esquerda, Armandinho sentado sobre um puf em rosa, com um controle cinza nas mãos, conectado ao videogame em azul e, atrás, televisão em cinza. Armandinho sentado, fala: AINDA NEM DESCOBRI COMO ENTRAR NO CASTELO! Perto dele, o sapinho olha para a direita, em direção à televisão.

BECK, Alexandre. Armandinho. Folha de São Paulo, 27 fevereiro 2016. Disponível em: https://oeds.link/RSBYDH Acesso em: 28 maio 2022.

  1. Sobre o que conversavam os pais de Armandinho?
  2. No primeiro quadrinho, a fala do pai apresenta uma oração subordinada. Qual é essa oração e que função desempenha?
  3. A resposta do menino confirma a afirmação do pai? Por quê?
  4. No último quadrinho, a fala de Armandinho é representada por um período composto por subordinação. No caderno, divida esse período, indique as orações nele presentes e, em seguida, informe a função sintática desempenhada pela oração subordinada.

VOCÊ É O AUTOR!

Artigo de opinião

Em artigos de opinião, encontramos questões polêmicas para a sociedade e sobre as quais é importante que a participação dessa mesma sociedade nas discussões seja crítica. Ao conhecermos o que o outro pensa, sua opinião, podemos rever valores, aceitá-los ou não, ou mesmo recusá-los.

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Proposta: em grupos, vocês vão escrever um artigo de opinião para ser publicado em um jornal digital da turma.
    1. Tema: “O que está por trás das fake news”.
    2. Público-alvo: jovens e adultos da comunidade escolar.
    3. Circulação: jornal digital da turma.
  2. Planejamento: como os artigos de todos os grupos serão publicados no jornal digital, é necessário um recorte do tema para que haja variações.
    1. Coletivamente, façam um brainstorming para ver quais ideias de recortes surgem. Anotem todas, não descartem nenhuma.
    2. Com a ajuda do professor, reúnam as anotações na lousa, agrupando-as por semelhanças.
    3. Cada grupo deve selecionar um recorte para, a partir daí, elaborar seu artigo de opinião.
  3. Pesquisem: consultem revistas, jornais, sites e livros para compreenderem melhor o assunto. Ao fazerem as consultas, chequem os fatos e verifiquem a qualidade das informações.

Na pesquisa bibliográfica, vocês vão coletar os dados, selecionar as informações que interessam e organizá-las, em formato de fichas de leitura, para usar no artigo de opinião.

Lembrem-se de anotar as fontes consultadas.

a. Selecionem as informações que podem ser utilizadas e destaquem as partes que considerarem úteis para o desenvolvimento das argumentações, como dados estatísticos, falas de especialistas e exemplos.

b. Conversem sobre as informações coletadas e reflitam sobre qual será a tese de vocês.

Ilustração. Oito jovens, vistos da cintura para cima, meninas e meninos, loiros, negros e com roupas de cores diferentes. Todos estão com os olhos fechados e sorrindo.
  1. Façam um esboço dos argumentos que vocês podem usar a favor da tese, para sustentá-la, e os que podem ser usados contra.

4. Elaboração: para fazer o esboço, pensem na estrutura do artigo de opinião. Em uma folha à parte, elaborem um quadro como o sugerido.

Ícone. Modelo.

Introdução

Contextualização

Apresentação da tese

Desenvolvimento

Apresentação de argumentos a favor

Apresentação de argumentos contra

Conclusão

  1. Pensem na ordem em que os argumentos serão apresentados, os movimentos argumentativos que serão utilizados, os modalizadores e os operadores argumentativos.
  2. Criem um título que chame a atenção do leitor e que seja coerente com o texto produzido.
  1. Revisão, edição e publicação: troquem o artigo com outro grupo para revisar. Utilizem a pauta de revisão.
    1. Façam os ajustes necessários antes de digitar o artigo de opinião utilizando um processador e editor de texto.
    2. Com a ajuda do professor, construam o jornal digital da turma para ser publicado na plataforma que vocês escolherem.

ORALIDADE

Debate

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, o que é um debate? Explique.
  2. Você já participou de um debate ou assistiu a algum? Se sim, comente.
  3. Como você acha que um debate é organizado (quem participa, como é a participação )? Explique.
Ilustração. Duas pessoas em pé, de frente para um púlpito roxo, com dois microfones finos. À esquerda, um homem de cabelos e calça em azul, com blusa de mangas compridas em amarelo. À direita, mulher de cabelos longos e calça em azul, blusa de mangas compridas em rosa. Acima deles, dois balões de fala, um rosa sobre o homem e um em laranja com raio branco sobre a mulher. Ao fundo, à esquerda, folhas na vertical em tom de azul-claro.

O debate, gênero textual oral, é uma fórma de contrapor ideias, ou seja, pessoas com pontos de vista diferentes se reúnem para discutir um tema, apresentando suas ideias e defendendo-as com argumentos válidos e capazes de convencer os demais participantes, ou usando contra-argumentos que possam invalidar ideias diferentes.

  1. Geralmente, onde você acha que acontecem os debates?
  2. Proposta: você e os colegas vão se preparar para um debate, a ser realizado em grupos.

Há mais de um tipo de debate, desde o mais informal no dia a dia, como aquela discussão entre amigos sobre o futebol, até os mais formais, como os debates políticos em época de eleições. Em todos os debates, deve haver turnos de fala, ou seja, cada debatedor tem um tempo para expor suas ideias e ser ouvido.

  1. Planejamento.
    1. Continuem com o tema “O que está por trás das fake news” e formulem sobre ele duas ou três questões para que cada grupo possa refletir e propor soluções.
    2. Pensem quem fará parte do auditório (ou plateia), se haverá direito a perguntas e quanto tempo cada grupo terá para debater.
    3. De acordo com o número de grupos, definam qual questão cada grupo irá debater. Procurem dispor os grupos de modo que haja pontos de vista diferentes para promover a discussão.
  1. Indiquem quem será o mediador de cada turno de debate e se ele apenas organizará as participações ou também poderá fazer perguntas.
  2. Pensem em quais serão as regras para o debate, por exemplo, quanto tempo cada debatedor terá para se posicionar, para a réplica Também acordem regras de conduta para que o debate siga de fórma ética e com respeito.
  1. Elaboração dos argumentos.
    1. Em grupos, utilizem as informações levantadas na pesquisa para o artigo de opinião a fim de formular os argumentos que possam ser usados para sustentar o posicionamento que será defendido, pensando nas estratégias de convencimento.
    2. Definam quem serão os debatedores (se todos do grupo ou apenas alguns representantes).
  2. Realização do debate.
    1. Respeitem os turnos de fala e o tempo de cada debatedor para expor a opinião do grupo e os argumentos.
    2. Sigam as orientações do mediador, que é o responsável por conduzir o debate.
    3. Apresentem seus argumentos e contra-argumentos com clareza, observando a coesão e a coerência textual e usando expressões e operadores argumentativos adequados para produzir o efeito de sentido desejado.
    4. Levem anotações para consultas rápidas durante o debate, se for necessário.
    5. Durante o debate, lembrem-se de que não apenas a linguagem verbal conta: postura, gestos e expressões faciais também fazem parte da argumentação, uma vez que se debaterá oralmente. Cuidem tanto da linguagem verbal quanto da não verbal para transmitir a mensagem.
    6. Pensem no local de circulação do debate e a quem se destina, para poder usar a linguagem mais adequada à situação.
  3. Ao final, façam uma avaliação coletiva da experiência.

EU APRENDI!

Leia o texto para responder às atividades de 1 a 12 no caderno.

Compro, logo existo...

Relacionar-se bem com o consumidor é questão de sobrevivência

Se no século dezessete, Renê Decarte cunhou a célebre frase “Penso, logo existo”, a versão popular e revista dessa famosa frase seria hoje “Compro, logo existo”. Usufruir de bens e serviços e pagar por eles faz parte de nossa vida cotidiana. reticências

Sessenta anos depois, evoluímos muito em nossas relações de consumo. Bem ou mal, já temos em nosso repertório de cidadania os direitos relativos à qualidade dos bens e serviços, à proteção da saúde e segurança física, à educação para o consumo, à proteção dos interesses econômicos, à proteção jurídica, entre muitos outros. reticências

Sim, ainda somos ludibriadosglossário por promessas fraudulentasglossário , bem como atraídos e seduzidos por propagandas enganosas, mas também adquirimos autonomia, independência e autoridade de escolha. Em 2021, por exemplo, o portal Reclame da Proteste recebeu 3 milhões de visitas e registrou mais de 33 mil reclamações por motivos variados, tais como cobranças indevidas, falhas na prestação de serviços e problemas com a entrega de produtos. Por outro lado, o índice de resposta das empresas mais reclamadas ficou acima de 80%. reticências

A balança já está mais equilibrada. As empresas mais maduras entendem que o seu melhor canal de marketingglossário é o consumidor satisfeito. reticências Relacionar-se bem com um consumidor é uma questão de sobrevivência. Percebemos um empenho crescente do mercado em fazer uma entrega de qualidade. O esforço é para que tudo corra bem, que a experiência seja fluida e prazerosa. Mas, como em qualquer relação, podem ocorrer problemas e ser eficiente em resolvê-los é fundamental para gerar a fidelidade e o engajamento com a marca. reticências

Fotografia. Vista do alto de local com fundo em branco e um carrinho de compra com o contorno da sua forma feito com pessoas em pé. Ao redor, outras pessoas esparsas em pé.
No Brasil, os direitos dos consumidores foram consolidados em 1990, com o Código de Defesa do Consumidor.

ZACHARIAS, Fábio P. Compro, logo existo… O tempo, Opinião, 18 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/yU2ePp Acesso em: 28 maio 2022.

  1. Qual é o tema e a tese do artigo lido?
  2. O tema do artigo é relevante para a sociedade?
  3. No primeiro parágrafo, que corresponde à introdução, de que maneira o autor contextualiza a questão a ser abordada?
  4. No segundo parágrafo, o autor se vale de um argumento de sustentação, de refutação ou de negociação, no que se refere à tese defendida? Justifique sua resposta.
  5. Ainda no segundo parágrafo, o articulista lança mão de um modalizador epistêmico. Qual é esse modalizador e o que ele indica?
  6. No terceiro parágrafo, podemos dizer que o autor introduz um argumento de negociação? Por quê? Que expressão ele utilizou para introduzir esse argumento?
  7. Nesse mesmo parágrafo, de que tipo de provas o autor se vale para sustentar seus argumentos? Podemos dizer que essa estratégia é convincente? Por quê?
  8. Na conclusão do artigo, o articulista se mostra otimista ou pessimista sobre a relação entre as empresas? Identifique no texto um trecho que comprove sua resposta.
  9. Na oração “Compro, logo existo”, como se classifica a conjunção em destaque?
Versão adaptada acessível

Atividade 9

Na oração “Compro, logo existo”, como se classifica a conjunção “logo”?

10. Considere a seguinte oração: “Sim, ainda somos ludibriados por promessas fraudulentas”. Em que voz ela está?

Como se classifica a expressão em destaque? Qual é sua função?

  1. Agora, observe este período: “As empresas mais maduras entendem que o seu melhor canal de marketing é o consumidor satisfeito”.
    1. Considerando as relações estabelecidas entre as orações, o período é composto por coordenação ou por subordinação?
    2. Qual é a função sintática da segunda oração do período?
  2. Elabore um esquema com os gêneros textuais estudados nesta unidade, identificando as principais características de cada um.

VAMOS COMPARTILHAR

Desinformação

1. Leia esta tirinha do Armandinho.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
Ilustração. Tirinha. Composta por três quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, de cabelos e bermuda em azul, de camiseta laranja. Uma menina de cabelos ruivos, em coque, com uma presilha amarela, camiseta branca e bermuda em azul, e um menino de cabelos castanhos arrepiados, blusa em azul-claro e bermuda em azul. Q1 – A menina em pé, com o corpo virado para a esquerda, segurando um jornal na mão direita, diz: VERDADE! A NOTÍCIA DIZ ISSO! Q2 – À esquerda, menino de cabelos castanhos, fala: VIU? EU SABIA! À frente dele, Armandinho, de boca fechada, o observa. Atrás dele, a menina com o jornal na mão, exclama: ESPERA! DESMENTIRAM A NOTÍCIA! Q3 – À esquerda, o menino de cabelos castanhos e Armandinho, em pé, com o corpo para a direita. A menina, segurando o jornal na mão esquerda, fala: ESPERA! DESMENTIRAM O DESMENTIDO! ESPERA! BECK, Alexandre. Armandinho.

BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/qTZdz0 Acesso em: 28 maio 2022.

  1. Você ou alguém da sua família já passou pela situação mostrada na tirinha? Comente.
  2. Para você, o que agrega humor à tirinha? Por quê?
  1. Você sabia que há diferença entre fake news e desinformação? Qual seria a diferença, na sua opinião?
  2. Como checar os fatos? Você tem ideia de como a checagem de uma informação e a verificação de sua qualidade pode ser feita?
    1. Formule hipóteses e anote-as no caderno.
    2. Converse com os colegas e discutam as hipóteses formuladas.
  3. Proposta: individualmente, você irá escrever um artigo de opinião para publicar uma segunda edição do jornal digital da turma. Agora, a questão polêmica será “Os danos causados pela desinformação”. Para isso, você irá precisar:

informar-se sobre as diferenças entre fake news e desinformação;

analisar os danos causados pela desinformação;

verificar se as ferramentas de checagem de fatos ajudam a diminuir os danos causados pela desinformação.

Ilustração. Fundo similar a uma parede de tijolos em azul-escuro. Sobre ele, luzes finas pequenas em rosa incandescente. Ao centro, um balão de fala em azul incandescente: FAKE NEWS. Ao lado, à direita, dois balões de fala com sinais diferentes: ícone de check e X.

5. Faça, em uma folha à parte, um quadro para entender o que você já sabe e o que não sabe ainda sobre o assunto. Veja o modelo.

Ícone. Modelo.

O que eu sei

O que preciso saber

  1. Após a pesquisa, selecione e organize as informações que irá utilizar para elaborar os argumentos.
  2. Siga as mesmas orientações da seção Você é o autor!.
    1. Escreva argumentos a favor da tese e os que podem ser usados contra. Verifique quais movimentos de argumentação você utilizará em cada argumento e qual será a fôrça argumentativa que dará a eles. Para isso, escolha os modalizadores e operadores argumentativos que vão produzir o efeito que você deseja.
    2. Planeje o artigo partindo da estrutura: introdução (contextualização e apresentação da tese), desenvolvimento (apresentação de argumentos a favor e contra a tese) e conclusão.
    3. Crie um título atrativo e coerente com o texto.
    4. Troque a primeira versão com um colega para a revisão. Use a pauta de revisão como orientação para o que deve ser verificado. Depois, faça os ajustes necessários e digite o artigo de opinião em um processador e editor de texto.
  3. Com a ajuda do professor, produza com os colegas a segunda edição do jornal digital da turma. Depois, publiquem na plataforma escolhida.

Para ampliar

Como não ser enganado pelas fake news. Flávia Aidar, Januária Cristina Alves. São Paulo: Moderna, 2019.

O livro apresenta ao leitor um olhar crítico sobre a escalada e as consequências do consumo de fake news e de sua disseminação.

Safer net. Nesse site, há informações que ajudam a promover o uso da internet de fórma consciente, segura e livre, resguardando os princípios de liberdade e de direitos humanos. Disponível em: https://oeds.link/BRcz9d Acesso em: 26 maio 2022.

Capa de livro. Fundo em rosa escuro e, ao centro, linhas conectadas, finas, umas sobre as outras, com círculos coloridos e símbolos dentro em branco de redes sociais e de wifi. Entre as linhas, três silhuetas de pessoas sentadas, uma de frente para a outra. A da esquerda, em azul-claro, de frente para um notebook em azul-claro, e a da direita em amarelo. A de cima, em verde, está sentada numa cadeira verde com o celular nas mãos. Ao centro, título do livro e, acima, nome do autor. Texto: Como não ser enganado pelas fake news.

Glossário

agrura
: situação difícil.
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precário
: não estável nem seguro.
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estrutural
: decorrente das bases ou dos elementos essenciais de uma economia.
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hegemônico
: relativo à hegemonia, que significa supremacia, predomínio.
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espectro
: conjunto ou série de elementos que formam um todo.
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ludibriar
: enganar, iludir.
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fraudulento
: aquilo que é feito por meio de fraude, ou seja, de ações desonestas para enganar alguém ou burlar leis e regras.
Voltar para o texto
: termo da língua inglesa que pode ser entendido como conjunto de ações que estimulam as pessoas a comprar um produto ou um serviço.
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