UNIDADE 8  Isso é ficção científica! Será?

Nesta unidade, convidamos você a viajar pelo mundo da ficção científica e da aventura. As propostas foram desenvolvidas em quatro etapas que se relacionam. Acompanhe!

Cena de filme. À esquerda, um homem visto da cintura para cima, de cabelos castanhos para a direita, camisa de gola branca e casaco em azul e gola e mangas em marrom. Ele tem olhos claros, está sorrindo e com a mão direita sobre uma máquina redonda preta na horizontal, com detalhes em amarelo e botão acima. Ao fundo, à esquerda, uma máquina na vertical com esferas douradas uma sobre a outra e cabos em vermelho.

EU SEI

Você embarcaria nessa história?

Relacionar as primeiras obras de ficção científica à ciência da época e perceber a genialidade dos escritores com seus artefatos e explicações, tornando as histórias verossímeis.

Ilustração. Um senhor visto dos ombros para cima de cabelos, barba e bigode grisalhos, de olhos azuis, sobrancelhas em preto. Ele usa camisa de gola em branco e terno preto. À esquerda, um submarino pequeno na horizontal em marrom, com dois tubos, e parte superior arredondada e ponta fina na horizontal. À direita, perto do ombro dele, um balão sobrevoando em marrom e vermelho. Ao fundo, à esquerda, céu noturno com pequenas estrelas brancas. Há uma lua redonda em cinza, com uma luneta no olho direito, nariz ao centro e boca abaixo. Ao fundo, à direita, céu diurno e nuvens em azul-claro.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Parece até verdade!

Compreender o contexto de produção e circulação de conto de ficção científica.

Capítulo 2 – Aventuras pelo mundo

Compreender as características da narrativa de aventura.

Ilustração. Perto de uma entrada, em um local de pedra em cinza, três homens em pé, um ao lado do outro, vistos de costas. Da esquerda para a direita: um homem de  chapéu sobre a cabeça, terno em cinza-escuro, com botas em marrom e braço esquerdo para cima. Ao centro, um homem de chapéu sobre a cabeça, casaco e par de botas em marrom, com um objeto na vertical na mão direita e iluminação à frente. Na ponta da direita, um homem de chapéu e casaco longo em azul, com calça cinza, botas pretas e com um pedaço de madeira na vertical, na diagonal.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem, além de ampliação da aprendizagem.

Ilustração. Três pessoas vistas dos cotovelos para cima, de frente para uma base na horizontal em laranja. Da esquerda para a direita: uma mulher de cabelos pretos longos, com um laço na parte superior, em azul, camiseta amarela, segurando nas mãos um livro aberto de capa vermelha e páginas em branco. Ao centro, um homem de cabelos pretos encaracolados para cima, camisa de gola em branco, com o braço direito para cima. À direita, pessoa de cabelos pretos encaracolados, com os braços erguidos para cima, camiseta em azul, olhando para a esquerda. Entre ambos, dois livros um em cima do outro. Na parte superior, uma linha pontilhada na horizontal em cinza com uma folha branca em formato de avião na ponta da direita.

VAMOS COMPARTILHAR

Escrita colaborativa

Criar um conto de ficção científica de fórma colaborativa.

EU SEI

Você embarcaria nessa história?

As histórias de ficção científica convidam os leitores a embarcar em uma aventura em mundos futuros, a voltar ao passado e a conhecer tecnologias inovadoras e além da imaginação para a época.

Muitas dessas obras, de uma fórma ou de outra, acabaram se tornando realidade, como Da Terra à Lua (1865), Viagem ao redor da Lua (1869) e Vinte mil léguas submarinas (1870), do francês Júlio Verne. Outras continuam no campo da ficção, ao menos por enquanto, como A máquina do tempo (1895), do escritor britânico H. G. uéls.

Esses autores, considerados pioneiros do gênero, criaram explicações “científicas” e equipamentos futurísticos capazes de convencer o leitor. Com uma criatividade fantástica, deram a verossimilhança necessária a suas histórias.

Você conhece alguma ou algumas dessas histórias?

Capa de livro. Vista geral de local com vegetação rasteira em tons de roxo, no fundo do mar. Ao centro, um caminho com solo em amarelo e três homens em pé, em tons de rosa, caminhando para frente, e o do meio com objeto fino nas costas. Sobre o solo, uma estrela do mar em marrom e outras folhas marinhas no mesmo tom, à esquerda. Mais acima, à direita, pequenos peixes em azul e, mais acima, à esquerda, dois animais similares a duas águas-vivas. Ao centro, título do livro e nome do autor: Jules Verne - 20 mil léguas submarinas - edição comentada e ilustrada. Na ponta inferior, à direita, logotipo da editora: Clássicos ZAHAR.
A história se passa em 1866, quando surgem rumores de um monstro marinho aterrorizador. Uma missão é formada para detê-lo, mas os membros dessa missão vão parar no Náutilus, uma embarcação submarina comandada pelo capitão Nemo.
Capa de livro. Ao fundo, em tons de azul-escuro acima e em degradê, mais claro embaixo. Ao centro, uma máquina de formato arredondado e, na parte superior, dois filamentos de formato arredondado na vertical. Na parte superior, nome do livro e na parte inferior, nome do autor: A MÁQUINA DO TEMPO - H. G. WELLS
A máquina do tempo, de H. G. uéls, escrita em 1895, transporta o leitor para o ano 802.701 na companhia de O Viajante do Tempo, protagonista da aventura.
Cena de filme. À esquerda, um homem visto da cintura para cima, de cabelos castanhos para a direita, camisa de gola branca e casaco em azul e gola e mangas em marrom. Ele tem olhos claros, está sorrindo e com a mão direita sobre uma máquina redonda preta na horizontal, com detalhes em amarelo e botão acima. Ao fundo, à esquerda, uma máquina na vertical com esferas douradas uma sobre a outra e cabos em vermelho.
Em 1960, a obra de uéls serviu de inspiração para o filme de mesmo nome. Na história, o protagonista, para provar aos amigos que sua máquina funciona, viaja para várias épocas no futuro, parando em um mundo pós-nuclear no qual a humanidade se encontra dividida em duas raças.
  1. Se você pudesse viajar no tempo ou em uma embarcação submarina, faria essa viagem? Por quê?
  2. Você já leu algum desses livros ou assistiu aos filmes?
    1. Em caso positivo, comente.
    2. Caso contrário, responda: Você ficou interessado em conhecer as histórias? Por quê?
  3. Você já leu outros livros ou assistiu a outros filmes de ficção científica? Quais?

Você gostou de algum em particular? Por quê?

4. Você tem algum autor de ficção científica preferido? Qual?

EU VOU APRENDER Capítulo 1

Parece até verdade!

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

Você observou imagens e conversou com os colegas sobre algumas obras de ficção científica. Agora, vamos conhecer outra história que talvez faça você se lembrar de algum filme. Antes, porém, vamos falar de um equipamento ultramoderno para a época em que surgiu.

  1. Você tem ideia de quando surgiram os primeiros computadores? Se não tem, formule hipóteses.
  2. Você sabe ou imagina como eram os primeiros computadores? Comente.
  3. Observe esta imagem.
Fotografia em preto e branco. Vista geral de sala, extensa, com cabos conectados em maquinários na vertical. De frente, um homem em pé, de cabelos e calça escuros e camisa branca, com livro de capa-escura. À direita, uma mulher de  cabelos escuros curtos, de terno feminino com saia escura, segurando nas mãos uma folha branca. Ao fundo da sala, portas de ferro e teto claro.
Em 1946, surge o primeiro computador eletrônico, conhecido como Eniac (Electronic Numerical Integrator And Computer; em português, computador e integrador numérico eletrônico). Ocupando uma área de 180 métros quadrados, pesava cêrca de 30 toneladas.
  1. Ao ver essa imagem, suas hipóteses se confirmaram? Comente.
  2. As operações que o Eniac era capaz de executar podem ser feitas hoje por qualquer calculadora científica de mão. Para a época, no entanto, foi uma grande evolução, já que manualmente essas operações levariam horas e horas para serem realizadas.

Você acha que a evolução na área da computação é importante para a humanidade? Por quê?

  1. Você consegue se imaginar em outro planeta? Será que é possível a vida em outro planeta? Por quê?
  2. A história que você vai ler em seguida se passa em Mercúrio. O que você sabe sobre esse planeta? Comente com os colegas.
  3. A primeira imagem de Mercúrio foi feita durante a missão BepiColombo, em outubro de 2021. Um dos desafios para realizá-la foi desenvolver tecnologias inéditas que aguentassem as temperaturas, estimadas entre menos173 ºC e 426 ºC. Leia este trecho de uma matéria.

BepiColombo: missão espacial para Mercúrio divulga as primeiras imagens

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Espera-se que as observações paralelas dos satélites possam finalmente resolver os muitos quebra-cabeças sobre este planeta.

Uma das principais questões diz respeito ao núcleo de ferro superdimensionado, que representa 60% da massa de Mercúrio. A ciência ainda não consegue explicar os motivos que fazem este planeta ter apenas uma fina camada rochosa.

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AMOS, Jonattan. BepiColombo: missão espacial para Mercúrio divulga as primeiras imagens. BBC News Brasil, abre colchetesem localfecha colchete, 2 outubro 2021. Disponível em: https://oeds.link/RSwIxj Acesso em: 5 junho 2022.

  1. Sabendo um pouco mais das condições de Mercúrio, você acha possível o ser humano estabelecer uma estação nesse planeta, ou isso seria coisa de ficção científica? Por quê?
  2. Para você, o que é uma história de ficção científica? Explique.
Fotografia em preto e branco. Na parte superior, vista parcial de um planeta arredondado com pequenas crateras. À direita, uma haste na diagonal, brilhosa em branco. Na parte inferior, BepiColombo, Monitoring Camera #2 1 October 2021 23:41:12 UTC
Crateras de Mercúrio registradas pela espaçonave BepiColombo.

9. Você vai ler um trecho de um dos contos de ficção científica publicado originalmente no livro Eu, robô, do escritor asimóvi, em 1950. A tradução aqui apresentada faz parte do livro Histórias de robô, editado pelo próprio autor.

Ilustração. Um robô cinza-claro, dos joelhos para cima, de olhos redondos brancos, com peças em vermelho tubulares dentro de onde seria o peitoral. As mãos estão na cintura dele, e olha para frente sorrindo.

Círculo vicioso

Um lugar-comum que gostava muito de citar era que a pressa é inimiga da perfeição. Por isso franziu a testa quando desceu a escada aos pulos em sua direção.

– Que foi que houve? – estranhou. – Vai tirar o pai da forca?

– É bem possível – rosnou Donovan, agitado, com o cabelo ruivo encharcado de suor. – O que você andou fazendo o dia inteiro nas galerias inferiores? – respirou fundo e desabafou: – O Chispinha não voltou até agora.

arregalou um pouco os olhos e parou na escada. Depois se refez e continuou a subir. Não disse mais nada até chegar ao alto do primeiro lance de degraus. Então se virou.

– Mandou-o procurar selênioglossário ?

– Mandei.

– E quanto tempo faz que ele saiu?

– Cinco horas.

Silêncio. Que situação infernal! Ei-los ali, em Mercúrio, há exatamente doze horas – e já às voltas com o pior tipo de problema. Mercúrio sempre tinha sido o planeta azarado do Sistema, mas assim também já era demais – mesmo para quem já se habituou a falta de sorte.

– Conta tudo direito, desde o início. Vamos colocar isso em pratos limpos – disse .

Agora estavam na sala de rádio – com seu equipamento levemente antiquado, intacto durante os dez anos precedentes à chegada de ambos. Podia não parecer muito, mas em termos de tecnologia acabava pesando na balança. Bastava comparar Chispinha com o tipo de robô que devia existir lá por 2005. Bem, mas a verdade é que o progresso da robótica, atualmente, tem sido tremendo. encostou a mão com cuidado na superfície ainda polida do metal. O ar de abandono da sala – e de todo o Posto – só podia deixar qualquer pessoa deprimida.

Era o caso de Donovan, por exemplo.

– Tentei localizá-lo pelo rádio – começou –, mas foi inútil. O rádio não serve pra nada no Lado Ensolarado de Mercúrio, pelo menos a mais de três quilômetros. Essa foi uma das razões do fracasso da Primeira Expedição. E o equipamento de ultraondas só vai funcionar dentro de algumas semanas...

– Nada disso interessa. O que foi que você conseguiu, afinal?

– Localizei na faixa de ondas curtas o sinal do corpo inorgânico. Só serviu mesmo para descobrir a posição dele. Deu para continuar no rastro durante duas horas e marquei os resultados aqui no mapa. reticências

– A cruz vermelha é o lago de selênio. Foi você que o marcou.

– Qual deles? – interrompeu , antes de ir embora, localizou três para nós.

– Mandei Chispinha procurar o que fica mais perto, lógico. A trinta quilômetros daqui. Mas que diferença faz? – A voz estava tensa. – Os pontos marcados a lápis mostram a posição dele.

Pela primeira vez a segurança artificial de se mostrou abalada. Estendeu logo as mãos para o mapa.

– Está falando sério? Não é possível.

– Olhe pra você ver – resmungou Donovan. reticências

demorou um pouco para erguer os olhos, mas não disse nada. Sim, sem dúvida, evidente que se dava. A situação era clara e lógica como um silogismoglossário . As camadas de fotocélulasglossário que representam a única defesa interposta entre eles e a monstruosa intensidade do sol de Mercúrio tinham sido destruídas. Para salvá-los, só havia o selênio. E a única coisa que podia buscar o selênio era o Chispinha. Se não voltasse, não tinham como buscá-lo. Sem o selênio, adeus camadas de fotocélulas. E sem elas... bem, uma das maneiras mais terríveis de morrer é certamente ser fritado aos poucos, feito carne assada. reticências

– Não podemos ir atrás de Chispinha, Maique... pelo menos no Lado Ensolarado. As próprias roupas à prova de insolação não resistiriam vinte minutos expostas à luz solar direta. Mas você conhece o velho ditado: “Nada como um robô para pegar outro”. Escuta, Maique, talvez a situação não seja tão crítica. Lá embaixo, nas galerias inferiores, tem seis robôs que talvez dê pra gente usar, se funcionarem. Se funcionarem.

Surgiu um clarão de súbita esperança no olhar de Donovan.

– Refere-se aos seis que vieram na Primeira Expedição? Tem certeza? Pode ser que sejam máquinas obsoletasglossário . Dez anos, em matéria de autômatos, é tempo demais, você sabe.

– Não, são robôs, sim. Eu sei, passei o dia inteiro com eles. O cérebro é positrônico: primitivo, naturalmente. – Guardou o mapa no bolso. – Vamos até lá embaixo. reticências

– Espia só que tamanho! Devem ter uns três metros de tórax.

– É porque foram montados com mecanismo muito antigo. Já examinei por dentro: a máquina mais rudimentar que já se viu.

– Você testou algum?

– Não. Não vi motivo pra isso. Acho que não há nada de errado com eles. Até o diafragma está em condições razoáveis. São bem capazes de falar.

Desparafusou a chapa torácica do que estava mais perto e inseriu a esfera de cinco centímetros de diâmetro que continha a minúscula faísca de energia atômica que alimentava a vida do autômato. Encontrou dificuldade para encaixar direito, mas conseguiu; depois prendeu a chapa de novo com o maior cuidado. Dez anos antes ninguém conhecia os contrôles por rádio dos modelos mais modernos. Passou então para os outros cinco.

– Nenhum se mexeu – comentou Donovan, inquieto.

– É que não receberam ordens para isso – retrucou lacônicoglossário .

Dirigiu-se ao primeiro da fila e bateu-lhe no peito.

– Você! Está me ouvindo?

O monstro baixou a cabeça devagar, de olhos fixos em . Depois, com voz áspera, esganiçada feito gravação antiga, respondeu, irritado:

– Sim, mestre!

reticências

– Tem de montar nele? Feito cavalo?

– Acho que a ideia é essa. Mas não sei o motivo. Não vejo como... Ah, já sei. Tal como disse há pouco, naquele tempo o pessoal andava preocupado em garantir que os robôs não ofereceriam perigo algum. Pelo jeito, trataram de convencer todo mundo proibindo que se deslocassem de um lado para outro sem levar alguém na garupa. E agora, o que a gente faz?

– É nisso que eu estava pensando – murmurou Donovan. – Não se pode andar lá pela superfície, com ou sem robô. Ah, pelo amor de Deus, como é que... – e estalou duas vezes os dedos, com súbito entusiasmo. – Me dá o mapa que tem aí. Não foi à toa que passei duas horas examinando-o. Isto aqui é um posto de mineração. Como é que não nos lembramos ainda de usar os túneis? reticências

– Vista a sua roupa à prova de insolação – disse, satisfeito. reticências

A roupa, muito mais volumosa e feia que o uniforme espacial imposto pelo regulamento, era, porém, ao mesmo tempo, consideravelmente mais leve pelo fato de não ter componentes metálicos. Feita de plástico imune ao calor, com camadas de cortiça tratada quimicamente e uma peça secante para combater a umidade do ar, podia resistir vinte minutos ao clarão implacável do sol de Mercúrio. E talvez mais cinco ou dez sem sufocar quem a estivesse usando. reticências

A voz áspera do astronauta trovejou pelo microfone:

– Está pronto para nos levar até a saída 13ª?

– Sim, mestre.

reticências

Ilustração. Um homem em pé, com roupa de astronauta em azul, com capacete em azul, vidro preto na frente, com detalhes em laranja e tubulações da mesma cor. Ele está calçado com par de tênis em azul. Na parte superior, duas estrelas na cor laranja, uma à esquerda e outra à direita.

. Círculo vicioso. In: Áizek Ázimóv et al. editor. Histórias de robô. volume 1. Tradução de Milton Persson. Porto Alegre: L&PM, 2010. [e-book]

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que você achou do trecho inicial do conto? Explique.
  2. Por esse início, você se sentiu motivado a lê-lo? Por quê?
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Qual é a ideia principal do trecho lido?
  2. Qual é a situação inicial apresentada no conto?
  3. O que aconteceu de inesperado?
  4. No trecho a seguir, que recursos o autor utiliza para transmitir ao leitor o estado psicológico de Donovan e o clima da cena?

– É bem possível – rosnou Donovan, agitado, com o cabelo ruivo encharcado de suor.

  1. Onde a história se passa?
  2. Em que ano acontece a história? Como podemos inferir isso?
  3. Quanto tempo depois da chegada deles à estação ocorreu essa situação imprevista?
  4. Donovan e se mostram muito preocupados porque Chispinha não retornara após cinco horas. Por que o robô teria partido? Por que seu retorno era tão importante?
  5. No trecho lido, há várias marcas temporais, como “há quanto tempo”, “há exatamente 12 horas”, “lá por 2005”, entre outras, além da predominância de verbos no tempo passado. Como os marcadores e o tempo verbal ajudam a organizar a história?
  6. Durante a narrativa, o autor explica uma das causas responsáveis pela falha da Primeira Expedição. Qual foi ela?
  7. Nessa nova expedição, o avanço tecnológico proporcionou uma maneira de estabelecer essa comunicação no Lado Ensolarado. Qual? Por que eles não a utilizam?
  8. Para vocês, pelo contexto, o que seria esse equipamento em relação ao rádio que eles já possuíam?
  1. Como o autor dá a pista ao leitor de que sem o selênio eles estavam em uma situação bem complicada?
  2. No trecho em que há essa explicação, podemos observar uma comparação e uma metáfora. Identifique essas figuras de linguagem.
  3. Releia este trecho.

– Não podemos ir atrás de Chispinha, Maique... pelo menos no Lado Ensolarado. As próprias roupas à prova de insolação não resistiriam vinte minutos expostas à luz solar direta. Mas você conhece o velho ditado: “Nada como um robô para pegar outro”. Escuta, Maique, talvez a situação não seja tão crítica. Lá embaixo, nas galerias inferiores, tem seis robôs que talvez dê pra gente usar, se funcionarem. Se funcionarem.

  1. Por que eles não podem ir ao Lado Ensolarado?
  2. Qual foi a solução aparente encontrada por ?
  3. Como ele introduz essa ideia?
  4. Por que o autor repete o final do parágrafo e coloca o “Se” em itálico?
  5. O que as reticências indicam nesse parágrafo? Que efeito de sentido elas produzem?
Versão adaptada acessível

Atividade 17, item e

No início do parágrafo, há reticências, depois de "Mike". Que efeito de sentido elas produzem?

  1. Cite algumas expressões ou explicações que parecem ter fundamento científico, provocando no leitor a sensação de verossimilhança.
  2. Os seis robôs são chamados com nomes diferentes ao longo do texto. Quais são esses nomes?
  3. Após colocarem os robôs para funcionar, outro problema surge. Qual é esse problema e como é solucionado?

As narrativas de ficção científica têm a ciência como base para o desenvolvimento do enredo, sendo ela verdadeira ou não, o que dá credibilidade e verossimilhança à história, convencendo o leitor de que tal fato ou situação é possível. Para isso, são dadas explicações que envolvem, aparentemente, conceitos científicos.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Linguagem verbal e não verbal

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco. Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Observem a imagem.

Ilustração. Imagem do Universo, com fundo negro e laranja e com muitas estrelas. À direita, um planeta redondo de cor marrom acinzentada.
  1. Vocês conseguem identificar o que ela representa?
  2. Onde essa imagem poderia ser veiculada?
  3. Para explicá-la, seria possível acrescentar uma legenda. Entretanto, é necessário saber, antes, em que contexto essa imagem seria inserida.

Com base na resposta da questão anterior, imaginem um contexto no qual ela seria pertinente e elaborem uma legenda.

d. No contexto imaginado por vocês, qual contribuição essa imagem daria ao leitor? Por quê?

Os atos comunicativos acontecem por meio da ação da linguagem. De maneira geral, ela pode ser classificada em linguagem verbal e não verbal. A linguagem verbal é aquela que utiliza a palavra, falada ou escrita. Já a linguagem não verbal se vale de imagens, símbolos, gestos, sons Ambas as modalidades são muito importantes e bastante utilizadas no nosso dia a dia, nas mais diversas situações de comunicação.

Responda às questões no caderno.

2. Agora, leia este texto sobre Mercúrio.

10 curiosidades sobre Mercúrio

Confira agora as 10 curiosidades deste pequeno e quente planeta 

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10. Mercúrio é o menor planeta do nosso sistema solar – apenas um pouco maior que a Lua da Terra.

9. É o planeta mais próximo do Sol, estando a uma distância de cêrca de 36 milhões de milhas (58 milhões de quilômetros) ou 0,39 .

8. Um dia em Mercúrio (o tempo que leva para Mercúrio girar ou girar uma vez em relação às estrelas) leva 59 dias terrestres. Um ciclo de dia e noite em Mercúrio leva 175.97 dias terrestres. Mercúrio faz uma órbita completa ao redor do Sol (um ano no tempo de Mercúrio) em apenas 88 dias terrestres.

7. Mercúrio é um planeta rochoso, também conhecido como planeta terrestre. Mercúrio tem uma superfície sólida e crivada, muito parecida com a lua da Terra.

6. A fina atmosfera de mercúrio, ou exosfera, é composta principalmente de oxigênio dois, sódio ), hidrogênio dois, hélio ) e potássio . reticências

5. Foi descoberto recentemente que Mercúrio se move como um longo cometa, com uma cauda por trás dele. Essa cauda é composta de átomos de sódio, que saem de sua superfície. Eles são empurrados pela intensa pressão da radiação do Sol, fazendo com que o planeta pareça ter uma longa cauda.

4. Um ano em Mercúrio é de 88 dias, mas um dia solar em Mercúrio equivale a 176 dias terrestres. reticências

3. Nenhuma evidência de vida foi encontrada em Mercúrio. As temperaturas diurnas podem chegar a 430 graus Celsius (800 graus férênrraiti) e cair a menos180 graus Celsius (menos290 graus férênrraiti) à noite. reticências

2. Permanecendo na superfície de Mercúrio, na sua distância mais próxima do Sol, nossa estrela pareceria três vezes maior do que na Terra.

1. Apenas duas missões visitaram este planeta rochoso: em e , que passou três vezes por Mercúrio antes de entrar em órbita em torno de Mercúrio em 2011.

DEZ curiosidades sobre Mercúrio. Diário do Estado, Goiânia, 28 maio 2021. Disponível em: https://oeds.link/kHI4yd Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Qual é o objetivo do texto?
  2. Onde ele poderia ser encontrado?
  3. Qual das curiosidades apresentadas chamou mais a sua atenção? Por quê?
  4. A figura apresentada na atividade 1 poderia ser utilizada para ilustrar esse texto? Por quê?

Quando escrevemos um texto, lemos um livro, ligamos para alguém ou conversamos com uma pessoa, estamos utilizando a linguagem verbal. Com relação à linguagem não verbal, ela está presente em diversas situações, por exemplo, no trânsito, quando vemos o sinal vermelho para pedestres, indicando que não devemos atravessar naquele momento, ou em uma conversa, caso utilizemos gestos ou mesmo determinados sons que, naquele contexto, desempenham alguma função e têm algum significado.

Em muitas ocasiões, ambas as linguagens são usadas ao mesmo tempo. Nesse caso, temos a linguagem mista ou híbrida.

3. Observe o cartaz a seguir.

Cartaz. Cartaz na horizontal. À esquerda, um tronco na vertical em marrom, uma criança o abraçando. Ao fundo, local com vegetação. À direita, texto: 21 de setembro Dia da Árvore – Um abraço naquela que faz parte da sua vida! Mais abaixo, detalhe em verde na horizontal.

DIA da Árvore é comemorado com palestras e atividades. Prefeitura de Jahu, , 19 setembro 2018. Disponível em: https://oeds.link/s724Sk Acesso em: 10 junho 2022.

  1. Podemos dizer que nele se utiliza uma linguagem mista?
  2. Observe a imagem presente no cartaz. Em que medida ela contribui para reforçar o que a parte verbal expressa?

4. Analise esta tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por cinco quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, camiseta em laranja. Mãe de Armandinho, vista da cintura para baixo, saia em lilás até os joelhos, com meia calça em azul e par de sapatos em roxo. Pai de Armandinho, homem visto da cintura para baixo de calça em azul e sapatos em cinza. Um sapinho verde, olhos e boca pretos. Q1 – À esquerda, mãe de Armandinho à esquerda e Armandinho de frente para ela, abraçando suas pernas. Ele está de olhos fechados e sorrindo. Q2 – À esquerda, Armandinho abraçando as pernas do pai, com os braços abertos, olhos fechados, sorrindo, com a cabeça levantada para cima. Q3 – Armandinho com o corpo para a esquerda, de olhos fechados, sorrindo e abraçando o sapinho. Este o olha para ele sorrindo. Q4 – À esquerda, sapinho olhando para a direita, sorrindo. Ao lado dele, Armandinho com o corpo para a direita, de costas para o sapo. Q5 – À esquerda, sapinho na mesma posição e, à direita, Armandinho abraçando uma árvore, de olhos fechados e sorrindo.

BECK, Alexandre. Armandinho. abre colchetesem localfecha colchete, 21 setembro 2015. Facebook: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/C8Irzs Acesso em: 10 junho 2022.

  1. A tirinha foi publicada no dia 21 de setembro, na página oficial do Armandinho. Que relações você observa entre essa tirinha e o cartaz analisado anteriormente?
  2. Qual é a linguagem utilizada nessa tirinha?
  3. Embora não haja texto escrito, é possível compreender o objetivo do cartunista. Observe as ações praticadas por Armandinho e informe de que maneira ele consegue conscientizar o leitor sobre a importância do Dia da Árvore.
  4. Agora, imagine que você é o cartunista e optou por acrescentar texto escrito a essa tirinha. Mantendo o objetivo e considerando a ocasião em que ela circulou, acrescente possíveis falas aos personagens presentes nessa situação de comunicação.
  5. Considerando que, a partir de então, a tirinha também passou a ter texto escrito, como se classifica a linguagem nela empregada?
  6. Analise mais uma vez as cenas retratadas na tirinha. Considerando os significados que podemos construir a partir delas, em que outro contexto ela poderia ser publicada? Justifique sua resposta.
  7. Com base no que estudamos nesta seção, é possível afirmar que existe uma hierarquia entre as linguagens? Em outras palavras, uma modalidade pode ser considerada melhor ou pior que a outra? Justifique sua resposta.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, discutam sobre o tema Dia da Árvore.
    1. Qual a importância de haver esse dia no calendário?
    2. As ações em prol da preservação das árvores devem se restringir a apenas esse dia?

ORTOGRAFIA

Uso da vírgula entre termos da oração

Responda às questões no caderno.

1. Leia este trecho de uma notícia.

Índice de reciclagem no Brasil é de apenas 4%, diz Abrelpe

País produz 27,7 milhões de toneladas anuais de resíduos recicláveis

No Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo, índice muito abaixo de países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, que apresentam média de 16% de reciclagem, segundo dados da International Solid Waste Association ).

“Nós estamos [reciclando] quatro vezes menos que esses países. Temos que acelerar”, afirmou o presidente da instituição, Carlos Silva Filho, que também é diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Em relação aos países desenvolvidos, o caminho a percorrer é ainda mais longo. Na Alemanha, por exemplo, o índice de reciclagem alcança 67%. “O Brasil está 20 anos atrasado em relação a esses países”, afirmou Silva Filho.

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GANDRA, Alana. Índice de reciclagem no Brasil é de apenas 4%, diz Abrelpe. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 5 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/jJRyyt Acesso em: 10 junho 2022.

  1. Qual é o tema da notícia em questão?
  2. A autora estabelece um comparativo do Brasil com duas outras realidades. Quais são elas?
Ilustração. Símbolo de reciclagem, composto por três flechas em verde, com a ponta inferior dobrada para dentro. Ao redor delas, listras em tons de verde, com folhas e flores. As três flechas fazem o formato de um triângulo.
Desde 1971, o símbolo com três setas é utilizado para identificar que o material é reciclável.

c. Na unidade anterior, aprendemos a utilizar a vírgula para separar apostos explicativos. Retire do texto um aposto explicativo separado por vírgulas.

d. Em “No Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo”, qual é a função sintática do termo destacado?

Versão adaptada acessível

Atividade 1, item d.

Em “No Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo”, qual é a função sintática de “No Brasil”?

Além de ser usada nos casos de aposto e vocativo, a vírgula também é utilizada para separar termos compostos, adjuntos adverbiais deslocados e expressões explicativas em uma oração.

Com relação aos adjuntos adverbiais, seu posicionamento mais comum é no fim da oração. Ao ser deslocado para o começo ou para o meio, ele pode ser separado por vírgula, dependendo de sua extensão. No caso das expressões explicativas, isto é, aquelas usadas para explicar melhor uma ideia, elas são sempre separadas por vírgulas. O mesmo acontece com os termos compostos, ou seja, aqueles que têm mais de um elemento que os formam.

2. Leia mais um trecho da mesma notícia. Em alguns momentos, a vírgula foi propositalmente omitida. No caderno, indique os termos que devem ser separados por vírgula, considerando o que estudamos agora.

reticências

O presidente da Abrelpe afirmou que nos últimos anos houve um movimento positivo de regulação do setor por parte do Poder Público. Em abril deste ano por exemplo foi publicado decreto federal que criou o Programa Recicla+, de créditos para a reciclagem e de estímulo a esse mercado.

Ele lembrou ainda da aprovação em abril passado do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), que trouxe metas para os próximos 20 anos para a reciclagem de materiais, valorização, aproveitamento de resíduos. “Acho que agora a gente tem o arcabouço completo para esse setor avançar. Precisamos realmente fazer disso uma realidade, transformar tudo isso que está à disposição do mercado em números que venham refletir a reciclagem”, afirmou Silva Filho.

O Planares determina o aumento crescente da recuperação de resíduos e estabelece meta de 50% de aproveitamento em 20 anos. Assim, metade do lixo gerado passará a ser valorizado por meio da reciclagem, compostagem, biodigestão e recuperação energética.

reticências

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Aventuras pelo mundo

Júlio Verne é considerado um dos pioneiros da ficção científica. O autor, em seus livros, apresenta conceitos científicos e tecnológicos e descreve equipamentos e meios de transporte que seriam inventados muito tempo depois, como a televisão, o helicóptero e o avião. Ele mescla com propriedade explicações científicas, verdadeiras ou não, à narrativa, o que confere verossimilhança às suas histórias.

A história que você vai ler a seguir, repleta de aventuras e emoções, é o início de um dos clássicos de Júlio Verne. Nela, o leitor irá participar de uma jornada cheia de percalços, que só é possível graças aos avanços tecnológicos do imaginário do autor.

  1. Você já leu algum livro de Júlio Verne? Em caso afirmativo, qual?
  2. Se não leu, gostaria de se aventurar lendo um deles? Por quê?
  3. Leia o título da narrativa reproduzida a seguir.
    1. Você acha possível dar a volta ao mundo em 80 dias hoje? Por quê?
    2. E naquela época? Por quê?
Ilustração. Um livro aberto de capa cinza, com desenhos em tons de cinza, acima de uma esfera terrestre ao centro, e nuvens de fumaça nas páginas ao redor. Acima, um automóvel antigo, com duas rodas passando, similar ao fundo de uma charrete, conectado a uma lupa sobre a esfera terrestre. Dentro do automóvel, vê-se duas pessoas nas janelas. Uma à esquerda, jovem com o braço direito esticado para o alto, com um chapéu pequeno, de cabelos claros e camisa por dentro, de colete. À direita, homem de cabelos escuros, com casaco antigo, braço esquerdo esticado para cima, segurando um chapéu escuro. Mais, ao fundo, uma torre na vertical com um relógio arredondado na parte superior. Em segundo plano, metade da esfera terrestre com linhas contornando de modo disforme os continentes. Na parte superior, seis monumentos: templo budista, pirâmides, estátua da liberdade, torre Eiffel, torre de pisa e um arco.

A volta ao mundo em 80 dias

1. , um homem de poucas palavras e muitos mistérios

Em 2 de outubro de 1872, na casa número 7 da rua Saville Row, em Londres, morava . Homem de poucas palavras, fazia da sua vida uma rotina perfeita. Seus movimentos obedeciam aos ponteiros de um relógio. Tudo deveria ser executado de fórma exata. Nem um segundo a mais, nem um segundo a menos. Esse rigor era tão grande que custou caro a um criado ao preparar a loção para fazer a barba de seu patrão. Ele errou a temperatura, aquecendo a água a 29ºvinte e nove reais, em vez de 30ºtrinta reais. Só por isso, ou melhor, por tudo isso, ele foi demitido e, naquele mesmo dia, substituído por um jovem francês, chamado .

Passepartout: pronuncia-se Passpartu.

Phileas: pronuncia-se Fíleas.

Em meio a tanta precisão, a vida de era, todavia, um mistério para todos. Seria um homem rico? Difícil negar. No entanto, como havia feito sua fortuna? Não se podia imaginar. Teria viajado bastante? Provavelmente, pois conhecia os mapas como ninguém. Mas para onde? Impossível afirmar. Havia parentes e amigos? Nunca se tivera notícia. Era sócio do . E isso era tudo.

Como todos os dias, deixou sua casa quando os ponteiros do Big Ben marcavam precisamente 11h30mil cento e trinta reais. Após seguir o mesmo caminho, pisando quinhentas e setenta e cinco vezes com o pé direito e quinhentas e setenta e seis vezes com o pé esquerdo, rigorosamente à frente do direito, o misterioso cavalheiro chegou ao Reform Club.

Sua rotina obedeceu ao ritual de sempre: sentado à mesma mesa, pediu o mesmo prato e terminou sua refeição pontualmente às 12h47.mil duzentos e quarenta e sete reais Em seguida, dirigiu-se ao grande salão onde leu dois jornais até o jantar. Por fim, no mesmo salão, às 5h40quinhentos e quarenta reais da tarde, começou a ler o terceiro jornal do dia.

parecia estar acorrentado ao seu relógio de bolso. Ou era o tempo que nunca lhe escapava? Um acontecimento inesperado, no entanto, poderia colocar à prova toda a sua vida tão regrada...

2. Uma conversa que poderá custar muito caro a

Após a leitura do jornal, encontrou seus cinco tradicionais colegas de jogo de cartas. Personagens ilustres e poderosos, eles discutiam o assunto mais comentado em todo o país: o incrível roubo de cinquenta e cinco mil librasglossário do Banco da Inglaterra.

– Acho que não vão conseguir prender o ladrão – afirmou o engenheiro .

– Ele não poderá escapar! – discordou Gauthier Ralph, um dos administradores do banco, que acrescentou: – Muitos inspetores de polícia já estão no seu encalçoglossário .

– Mas o mundo é muito grande! – insistiu Istíuart.

– Não é mais – contrariou , à meia-voz.

– Como assim? Por acaso a terra diminuiu de tamanho? – perguntou

Istíuart.

– Sem dúvida, agora é possível percorrê-la em apenas oitenta dias – respondeu Ralph.

– É verdade, senhores – interrompeu o banqueiro .

– Oitenta dias desde que o trecho da ferrovia entre e , na Índia, foi inaugurado. Vejam os cálculos feitos pelo jornal Morning Chronicle:

Cálculo para a Volta ao Mundo em 80 dias

De Londres a Suez pelo monte Cens e Brindisi, Ferrovia e Barcos …………………………..………..… 7 dias

De Suez a Bombaim, barco ……………………………………………………………………………………..……….…..…. 15 –

De Bombaim a Calcutá, ferrovia ………………………………………………………………………………………….……… 3 –

De Calcutá a Róng Kóng, barco …………………………………………………………………………………..…….….…. 13 –

De Róng Kóng a iôcorrâma, barco …………………………………………………………………………………...…….… 6 –

De iôcorrâma a São Francisco, barco …………………………………………………………………………….……... 22 –

De São Francisco a Nova Iorque, ferrovia ………………………………………………………………………..…..…. 7 –

De Nova Iorque a Londres, barco e ferrovia …………………………………………………………………….…….… 9 –

Total 80 dias

– Mas não podemos deixar de considerar o mau tempo, os ventos contrários, os naufrágios e os descarrilamentosglossário de trens – rebateu Istíuart.

– Não! Incluindo tudo isso – insistiu .

– Na teoria, mister , o senhor tem razão, mas na prática...

– Na prática também, mister Istíuart.

– Aposto quatro mil libras que isso é impossível! – disse Istíuart.

– E eu aposto vinte mil libras com os cavalheiros que consigo dar a volta ao mundo em oitenta dias – rebateu .

– Isso é uma loucura! – gritou .

– Não é. Aceitam a aposta?

– Aceitamos! – responderam os colegas em coro.

– Embarco no trem que parte para Dover hoje, quarta-feira, às 8h45oitocentos e quarenta e cinco reais. Deverei estar de volta a este salão no sábado, 21 de dezembro, às 8h45oitocentos e quarenta e cinco reais da noite. Exatamente oitenta dias depois. Nenhum segundo a mais.

reticências

Dover: Porto ao sul da Inglaterra com ligação via balsa com o norte da França.

Mister: Para facilitar a leitura, optamos pela fórma como é pronunciado Mr., tratamento dado a um senhor.

Ao chegar à estação de Charing Cross, a dupla encontrou os cinco colegas do Reform Club, perfilados na plataforma de embarque. dirigiu-se a eles e disse:

– Senhores, estou de partida. Todos os carimbos do meu passaporte permitirão, quando retornar, que confirmem meu itinerário.

deu um passo adiante e alertou-o:

– Não se esqueça de que o senhor deverá estar de volta...

– Em oitenta dias – emendou mister , que acrescentou: – Sábado, 21 de dezembro de 1872, às 8h45 da noite no grande salão do . Até breve, cavalheiros.

reticências e , a bordo do vagão da primeira classe, partiram rumo a Dover, primeiro destino da desafiadora volta ao mundo.

reticências

Ilustração em preto e branco. Vista geral de local, cada um com uma torre na vertical com um sino e, ao centro, galpão de formato arredondado. Na parte inferior, ao centro, linhas de locomotiva antiga e algumas pessoas em pé no local. Ao centro, uma locomotiva passando, jorrando fumaça para o ar. À esquerda e à direita, moradias da cidade. No alto, céu com nuvens esparsas.

VERNE, Jules. A volta ao mundo em 80 dias. Tradução e adaptação de Beto Junqueira. Itapira: Estrela Cultural, 2018. página 5-12.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. O que você achou do início dessa história? Você acha que irá conseguir dar a volta ao mundo em 80 dias? Por quê?

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

2. Logo no começo da narrativa, é possível perceber alguns elementos importantes para compreendê-la. No caderno, façam um quadro, como o do modelo, para contextualizar a história e conhecer os personagens principais.

Ícone. Modelo.
Observações iniciais

Quando acontece a história?

Onde acontece?

Quem é Phileas Fogg?

Quem é Passepartout?

Em quais cenários acontecem a história?

  1. Como o autor deixa claro para o leitor quão preciso e metódico é ?
  2. aparece como um personagem discreto e reservado. Em que passagem do texto podemos perceber isso?

Como essas características do personagem ajudam na compreensão narrativa?

5. No primeiro capítulo, observamos a predominância dos verbos no pretérito imperfeito do indicativo. No entanto, em alguns momentos no segundo parágrafo, é empregado o futuro do pretérito do indicativo. Qual foi a intenção do autor ao utilizar esse tempo verbal?

Ilustração. À frente, local com um rio de águas em azul. À direita, uma ponte em bege com arcos. Mais ao fundo, à esquerda, prédio com duas torres em tons de marrom e bege. Ao centro, uma torre fina na vertical, com relógio redondo na parte superior. Mais à direita, prédios de tamanho médio e, mais acima, céu em azul-claro, com nuvens brancas esparsas.
A torre do Big Ben, que abriga o mais famoso relógio do mundo, é considerada um dos símbolos de Londres. Situada junto ao Palácio de Westminster, séde do Parlamento Britânico, fica às margens do rio Tâmisa.

6. No trecho seguinte, observe as palavras destacadas.

Versão adaptada acessível

Atividade 6

Leia o trecho a seguir observando as seguintes palavras: “todos os dias”, “deixou”, “quando”, “marcavam”, “precisamente”, “mesmo”, “rigorosamente”, “misterioso” e “chegou”.

Como todos os dias, deixou sua casa quando os ponteiros do Big Ben marcavam precisamente 11h30mil cento e trinta reais. Após seguir o mesmo caminho, pisando quinhentas e setenta e cinco vezes com o pé direito e quinhentas e setenta e seis vezes com o pé esquerdo, rigorosamente à frente do direito, o misterioso cavalheiro chegou ao Reform Club.

  1. A que classes gramaticais elas pertencem?
  2. Que efeitos de sentido essa seleção lexical atribui ao texto?

Em um texto narrativo, as escolhas de palavras ou expressões têm o objetivo de criar efeitos de sentido no leitor, encadeando as ideias e proporcionando a coerência textual. Com isso, por mais que o personagem, ou personagens, ou o narrador não exprimam explicitamente suas intenções, a seleção lexical utilizada por eles está cheia de significados.

7. Leia este trecho e responda às perguntas.

parecia estar acorrentado ao seu relógio de bolso. Ou era o tempo que nunca lhe escapava? Um acontecimento inesperado, no entanto, poderia colocar à prova toda a sua vida tão regrada...

  1. Na sua opinião, o que o autor quis dizer ao fazer a pergunta retórica destacada nesse trecho? Por quê?
  2. As reticências foram utilizadas como um recurso expressivo pelo autor. O que elas indicam nesse contexto?
Versão adaptada acessível

Atividade 7, itens a, b

  1. Na sua opinião, o que o autor quis dizer ao fazer a pergunta retórica “Ou era o tempo que nunca lhe escapa?” Por quê?
  2. As reticências no fim do trecho foram utilizadas como um recurso expressivo pelo autor. O que elas indicam nesse contexto?
  1. No segundo capítulo, o leitor fica sabendo qual é o acontecimento inesperado que pode pôr em risco a vida regrada de . Podemos considerá-lo o conflito da história? Por quê?
  2. O desafio de foi lançado e aceito. Você acha que os viajantes conseguirão retornar ao Reform Club no sábado, 21 de dezembro de 1872, às 8h45 da noite? Por quê?

A VOZ DO AUTOR

Júlio Verne

Ilustração. Um homem visto dos ombros para cima, olhando para frente. Ele tem cabelos, barba, bigode grisalhos, olhos claros, usando camisa de gola em branco, gravata escura, com casaco por cima em marrom. O fundo é de cor verde.

Nome:

Jules Gabriel Verne
(em português: Júlio Verne)

Profissão:

Estudou Direito, foi corretor da bolsa e escritor.

Nascimento:

8 de fevereiro de 1828, em Nantes, na França.

Falecimento:

24 de março de 1905, em Amiens, na França.

Júlio Verne é um importante escritor da literatura mundial. Como você já sabe, em suas incríveis aventuras de ficção científica, ele previu o surgimento de vários avanços tecnológicos muito à frente de seu tempo.

1. Leia este trecho de uma matéria sobre o escritor.

Conheça a história de Júlio Verne, célebre escritor de ficções científicas

reticências

Para escrever, Júlio Verne se baseava em uma vasta pesquisa, interessando-se por regiões ainda pouco conhecidas e estudos científicos ainda em estágios iniciais. A tudo isso, ele unia a aventura e a imaginação. Sua obra foi considerada futurista e até mesmo fantasiosa, pois muitos não acreditavam que seria possível a existência de tantos elementos que ele incluía em sua obra. No entanto, muitos deles se confirmaram:

Avião e helicóptero

No livro , o conquistador, de 1886, Júlio Verne descreveu um protótipo de veículo voador, o Albatroz. Mesmo com a existência dos balões aerostáticos, o escritor foi considerado ousado por pensar em um veículo mais pesado do que o ar.

Conquista da Lua

No romance Da Terra à Lua, publicado em 1865, Verne descreveu o que ocorreria mais de 100 anos depois, em 1969.

Computador

Na obra Paris no século vinte, que foi publicada após a sua morte, apenas em 1989, o escritor descreve instrumentos “que se assemelham, com efeito, a um grande piano; pressionando as teclas de um painel, obtinham-se totalmente as somas, as subtrações e as multiplicações”. reticências

SANTANA, Ana Elisa. Conheça a história de Júlio Verne, célebre escritor de ficções científicas. , abre colchetesem localfecha colchete, 24 março 2015. Disponível em: https://oeds.link/bjxyLM Acesso em: 6 junho 2022.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, como Júlio Verne conseguiu imaginar tantas coisas fantásticas para a época, mas que acabaram se tornando previsões tecnológicas para o futuro? Explique.
  2. Qual é a importância da obra desse autor para a cultura mundial? Explique.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, pesquisem mais sobre o autor, sua obra e sua importância para a literatura mundial.
    1. Consultem livros da biblioteca ou pesquisem on-line, mas confiram se o site é confiável ou não.
    2. Selecionem as informações e planejem como irão apresentá-las oralmente à turma. Vocês também podem utilizar materiais de apoio, como vídeos e cartazes.
    3. Elaborem um roteiro de apresentação como apoio.
    4. Combinem com o professor o dia das apresentações.
Ilustração. Um senhor visto dos ombros para cima de cabelos, barba e bigode grisalhos, de olhos azuis, sobrancelhas em preto. Ele usa camisa de gola em branco e terno preto. À esquerda, um submarino pequeno na horizontal em marrom, com dois tubos, e parte superior arredondada e ponta fina na horizontal. À direita, perto do ombro dele, um balão sobrevoando em marrom e vermelho. Ao fundo, à esquerda, céu noturno com pequenas estrelas brancas. Há uma lua redonda em cinza, com uma luneta no olho direito, nariz ao centro e boca abaixo. Ao fundo, à direita, céu diurno e nuvens em azul-claro.
A ilustração mostra Júlio Verne cercado pela representação de elementos de algumas de suas obras.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Orações subordinadas: conjunção e pronome relativo que

Responda às questões no caderno.

1. Releia este trecho de A volta ao mundo em 80 dias.

Ao chegar à estação de Charing Cross, a dupla encontrou os cinco colegas do Reform Club, perfilados na plataforma de embarque. dirigiu-se a eles e disse:

– Senhores, estou de partida. Todos os carimbos do meu passaporte permitirão, quando retornar, que confirmem meu itinerário.

deu um passo adiante e alertou-o:

– Não se esqueça de que o senhor deverá estar de volta...

– Em oitenta dias – emendou mister , que acrescentou: – Sábado, 21 de dezembro de 1872, às da noite no grande salão do Reform Club. Até breve, cavalheiros.

  1. Quantas orações há no segundo parágrafo?
  2. A oração iniciada pela palavra em destaque azul se liga a que outra oração do período?
  3. Que função sintática a oração iniciada pela conjunção “que” exerce em relação à oração principal?
  4. No quarto parágrafo, qual função sintática a oração encabeçada pela conjunção em destaque azul exerce em relação à oração principal?
  5. Na última oração do trecho, qual termo da oração a palavra em destaque verde retoma?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até e.

  1. Quantas orações há no segundo parágrafo?
  2. A oração "que confirmem meu itinerário" se liga a que outra oração do período?
  3. Que função sintática a oração iniciada pela conjunção “que” exerce em relação à oração principal?
  4. No quarto parágrafo, qual função sintática a oração "que o senhor deverá estar de volta" exerce em relação à oração principal?
  5. Na última oração do trecho, qual termo da oração a palavra "que" retoma?

Como já sabemos, as orações subordinadas são aquelas que exercem alguma função sintática em relação às outras. A palavra que desempenha diversas funções em nossa língua e, no período composto por subordinação, pode desempenhar o papel de conjunção subordinativa ou de pronome relativo. Na atividade 1, nas duas primeiras orações destacadas, o que é uma conjunção subordinativa. Já na terceira oração, ele funciona como pronome relativo.

Para saber se o que é uma conjunção subordinativa ou um pronome relativo, precisamos compreender a função que a oração subordinada exerce no período. Vejamos este exemplo:

Esquema. Frase: Phileas Fogg disse que estava de partida. que: conjunção estava de partida: objeto direto Esquema. Frase: Mister Fogg, que estava de partida, despediu-se dos colegas. que: pronome relativo estava de partida: adjetivo

Dependendo do contexto, a palavra que pode desempenhar diferentes funções. Quando estabelece a ligação entre duas orações subordinadas, classifica-se como conjunção subordinativa. Quando introduz uma oração subordinada com valor de adjetivo e consequentemente retoma algo dito antes, classifica-se como pronome relativo.

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por quatro quadros. Apresenta como personagem: Charlie Brown, menino com um fio de cabelo fino à frente, de camiseta de gola amarela com uma listra na horizontal em preto, bermuda da mesma cor e sapatos marrons. Uma menina de cabelos curtos com franja, ruivos. As cenas se passam em local aberto com grama verde, de frente para uma casa de paredes em amarelo-claro. Q1 – Charlie Brown, à esquerda, visto da cintura para cima, com o corpo para a direita, braço esquerdo esticado para frente, diz para a menina ruiva à frente dele, vista parcialmente: FALA PRO SEU PAI QUE EU LAVO O CARRO DELE POR UM DÓLAR. Atras dele, um balde cinza, onde vê-se a ponta de um pano branco. Q2 – Ao fundo, céu em tons de rosa. À esquerda, Charlie Brown olhando para frente e, perto dele, o balde e o pano. Q3 – À esquerda, Charlie Brown visto dos ombros para cima, com o corpo para a direita. A menina ruiva diz para ele: ELE PERGUNTOU SE VOCÊ TEM SEGURO. SENÃO, COMO SERIA SE VOCÊ SE MACHUCASSE LAVANDO O CARRO DELE? Q4 – Charlie Brown, visto dos pés para cima, corpo para a direita, com o balde e o pano atrás dele, diz: FALA PRA ELE QUE EU SÓ LAVO CARROS QUE ESTEJAM PARADOS! De frente dele, a menina o observa.

chuls , Charles M. Minduim. Estadão, São Paulo, 8 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/RM0OiU Acesso em: 11 junho 2022.

  1. O que gera o humor da tirinha?
  2. No primeiro quadrinho, qual é a função da palavra “que”? Como você chegou a essa conclusão?
  3. No último quadrinho, em uma das orações iniciadas pelo “que”, sua função é de pronome relativo. Identifique essa oração e justifique.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Coesão referencial e sequencial

Responda às questões no caderno.

1. Releia mais um trecho de A volta ao mundo em 80 dias.

reticências encontrou seus cinco tradicionais colegas de jogo de cartas. Personagens ilustres e poderosos, eles discutiam o assunto mais comentado em todo o país: o incrível roubo de cinquenta e cinco mil libras do Banco da Inglaterra.

– Acho que não vão conseguir prender o ladrão – afirmou o engenheiro .

Ele não poderá escapar! – discordou Gauthier Ralph, um dos administradores do banco, que acrescentou: – Muitos inspetores de polícia já estão no seu encalço.

  1. Observe os termos destacados. Com base em seus conhecimentos, informe qual função sintática cada um desses elementos exerce na oração da qual faz parte.
  2. Com relação à organização do texto, todos esses termos se referem a algo mencionado anteriormente. Retorne ao texto e identifique o que cada um deles retoma.
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a, b.

  1. Observe os termos “seus”, “eles”, “ele”, “que” e “seu”. Com base em seus conhecimentos, informe qual função sintática cada um desses elementos exerce na oração da qual faz parte.
  2. Com relação à organização do texto, todos esses termos se referem a algo mencionado anteriormente. Retorne ao texto e identifique o que cada um deles retoma.

A coesão sequencial é responsável por criar condições para que o texto avance. Em outras palavras, ela promove a progressão textual. Para isso, podemos utilizar verbos, conjunções, advérbios e locuções adverbiais, além de outras expressões.

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por quatro quadros. Apresenta como personagem um galo de crista vermelha, bico amarelo, penas em branco e preto. Q1 – À esquerda, galo visto do pescoço para cima, boca aberta e asa da frente com o punho fechado, fala: AS AVEZ SÃO DESCENDENTES DOS DINOSSAUROS. RESPEITE! Perto do bico dele, uma gota de saliva saltando. Q2 – Vista das patas para cima, com a asa dianteira para frente, diz: FOMOS OS MAIORES SERES TERRESTRES! Q3 – Vista mais de longe do galo na floresta, com o punho fechado da pata dianteira, fala: DOMINAMOS O PERÍODO MESOZOICO! Q4 – Vista da cintura para cima do galo, com as asas abertas, diz: AAAVES! AAAVES! É TRISTE VIVER DAS GLÓRIAS DO PASSADO! GONSALES,

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Folha de São Paulo, São Paulo, 20 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/6ogIyr Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Qual é a crítica retratada nessa tirinha?
  2. Em que medida os verbos empregados pela ave em sua fala contribuem para a progressão do texto? Como eles se relacionam ao objetivo da ave ao pedir respeito?

3. Agora, leia esta notícia.

Trilogia Viagens Extraordinárias adapta obras de Júlio Verne

Cia. Solas de Vento encena espetáculos ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’, ‘Viagem ao Centro da Terra’ e ‘20 Mil Léguas Submarinas’ no São Paulo

reticências

Os livros fantásticos do francês Júlio Verne (1828-1905) encantaram a criançada de várias gerações. E agora três dos clássicos mais conhecidos do escritor ganharam adaptações teatrais incríveis na Trilogia Viagens Extraordinárias, da premiada Companhia Solas de Vento.

reticências

Considerado por muitos críticos literários como o inventor da ficção científica, Júlio Verne antecipou em suas obras futuristas e cheias de fantasia a invenção de várias tecnologias, como o submarino, a televisão, as naves espaciais e até o fax. Além disso, durante muito tempo ele foi considerado um dos escritores mais influentes e traduzidos do mundo todo.

reticências

A primeira peça da trilogia é “Volta ao Mundo em 80 Dias”, que foi criada em 2011 e ganhou o prêmio ah pê cê ah (Associação Paulista de Críticos de Arte) naquele ano. Nessa nova temporada, a peça pode ser conferida entre 20 de fevereiro e 13 de março, aos sábados, às .

TRILOGIA Viagens Extraordinárias adapta obras de Júlio Verne. Catraca Livre, São Paulo, 18 janeiro 2021. Disponível em: https://oeds.link/ECXVdQ Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Qual é o fato noticiado?
  2. No primeiro parágrafo, que termo é utilizado para configurar a progressão textual, situando o leitor em relação a algo que aconteceu recentemente?
  3. No segundo parágrafo, qual expressão dá a ideia de adição de uma nova informação?
  4. Ainda no segundo parágrafo, que termo é utilizado para retomar “Júlio Verne”? A que classe gramatical esse termo pertence?
  5. No terceiro parágrafo, o “que” é uma conjunção subordinativa ou um pronome relativo? Por quê?

VOCÊ É O AUTOR!

Conto de ficção científica

Agora é a sua vez de escrever um conto de ficção científica! Como você viu, as histórias trazem, muitas vezes, uma visão futurística e preveem avanços tecnológicos até então inexistentes. Para isso, há todo um trabalho de pesquisa e estudo dos autores sobre conceitos científicos e tecnológicos para poder dar o tom verossímil necessário à história.

  1. No planejamento, você terá de tomar algumas decisões para definir, por exemplo:
    1. o tema do conto de ficção científica;
    2. o foco narrativo e o narrador da história (personagem, onisciente ou observador);
    3. a sequência narrativa: situação inicial, conflito, desenvolvimento, clímax e desfecho;
    4. o espaço (onde a história acontece), o tempo (quando e em quanto tempo ela acontece) e as ações (o que acontece dentro da história);
    5. os personagens principais e secundários;
    6. a inclusão (ou não) de diálogo e quais personagens terão fala;
    7. a seleção de termos, expressões e conceitos científicos que possam ser incorporados ao enredo;
    8. o público-alvo, onde o conto irá circular e qual o objetivo.
  2. Ao finalizar o planejamento, em uma folha à parte, faça um roteiro de escrita listando todos os tópicos que você planeja escrever em cada parte da sequência narrativa.
Fotografia. Em uma escadaria cinza, uma menina sentada, vista da cintura para cima, com o corpo para a esquerda. Ela tem cabelos pretos e crespos presos para trás, de blusa de mangas curtas e listras na horizontal em branco e preto, calça em azul-claro. Ela olha para baixo, sorrindo, com um caderno aberto de páginas em branco e lápis na mão direita. Perto dela, mochila em preto e rosa, na horizontal. Em segundo plano, vista parcial de prédio de paredes brancas, com portas na horizontal em preto e de vidro. Mais acima, à esquerda, céu em azul-claro e nuvens brancas.
Durante o planejamento e a escrita, deixe sua imaginação e criatividade fluírem.
  1. Na elaboração, lembre-se da linguagem utilizada nos textos de ficção científica e observe, entre outros aspectos:
    1. suas características e estrutura;
    2. a caracterização dos personagens, do cenário e do tempo;
    3. a seleção lexical e a pontuação para dar o efeito de sentido desejado;
    4. o uso de organizadores para dar sequência aos eventos e os marcadores que irão indicar tempo e espaço, por exemplo;
    5. o uso adequado dos recursos linguísticos e gramaticais disponíveis.
  2. Escreva uma primeira versão e leia atentamente para ver se há algo a ser ajustado.
  3. Para a etapa de revisão e edição, troque a primeira versão com outro colega, para que ele revise e faça apontamentos e sugestões.
    1. Utilize a pauta de revisão atualizada, observando vários itens, como elementos de coesão e coerência, sequência textual (expositiva, narrativa, descritiva), características e estrutura do gênero.
    2. Verifique as sugestões apontadas pelo colega e faça os ajustes necessários antes de editar o conto. Se possível, utilize um processador e editor de texto. Você também pode acrescentar ilustrações.
  4. Organize, com os colegas e o professor, um evento de apresentação dos contos.

Após o evento, conversem sobre os contos apresentados e avaliem o processo de produção, as marcas de autoria, as ideias e como elas foram elaboradas para serem verossímeis.

Para ampliar

Histórias de ficção científica. Vários autores. São Paulo: Ática, 2019. (Coleção Para Gostar de Ler).

Nessa coletânea de histórias, o leitor irá se defrontar com questões inquietantes, como a vida extraterrestre. Dentro da variedade de autores, há os precursores da ficção científica, como H. G. uéls, e mestres do gênero, como Áizek Ázimóv.

ORALIDADE

Narração do conto de ficção científica

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Locutor: Da ficção à realidade

Locutor: [interpretando trecho da transmissão]

Esperem, algo está acontecendo. O que é aquilo? Chamas pulam do espelho em direção aos soldados. Atingiram-nos de frente! Meu Deus, eles pegaram fogo! O fogo pula para as árvores, para os tanques dos automóveis.

Locutor: Calma! Não se assuste. O que você acabou de ouvir é um trecho adaptado da transmissão do livro Guerra dos mundos para a rádio CBS, nos Estados Unidos. Parte da história descreve a chegada de marcianos em suas naves que invadiram o planeta Terra.

Em outubro de 1938, na véspera do Halloween, data famosa nos Estados Unidos, Orson Welles e sua companhia de teatro produziram uma versão do livro de H.G. Wells para um gênero muito comum na época: o radioteatro.

Ouça agora o trecho da transmissão original que reproduzimos no começo deste podcast:

[entra trecho da transmissão em inglês]

Locutor: Mas um detalhe importante fez essa transmissão ser reconhecida como um marco histórico da mídia no século vinte, celebrada até os dias de hoje. Você sabe o que pode ter sido?

Imagine acompanhar ao vivo a notícia de que a sua cidade está sendo invadida por extraterrestres naquele exato momento.

Pois foi isso o que aconteceu com essa transmissão, apesar de a audiência ter sido avisada no início do programa de que se tratava de uma ficção, algumas pessoas não ouviram essa informação e acreditaram que, de fato, os Estados Unidos estariam sendo atacados por naves espaciais.

Conta-se que pessoas se desesperaram, chegando até mesmo a desmaiar. Outros tentaram proteger suas casas da invasão. E o caos teria se instalado por algum tempo naquela noite.

Isso foi possível não só pela pouca informação de que se tratava de um programa de radioteatro, mas também pela forma como o roteiro foi construído. Orson Welles, junto com o autor do livro H.G. Wells, escreveram essa versão como se fosse uma reportagem nos moldes do radiojornalismo da época: com direito a depoimentos de testemunhas, opiniões de especialistas, reportagens externas descrevendo o caos na cidade, efeitos sonoros e até mesmo a participação do próprio Orson Welles, como um professor universitário líder da resistência terrestre.

Estima-se que a audiência do programa foi de cerca de seis milhões de pessoas, sendo que mais de um milhão de estadunidenses acreditaram na narrativa ficcional.

Vale ressaltar que, na época, o meio de comunicação mais difundido era a transmissão via rádio, o que colaborou para o número tão alto de ouvintes.

No dia seguinte, o jornal estadunidense Daily News estampava a seguinte manchete:

“Guerra falsa no rádio espalha terror pelos Estados Unidos"

Orson Welles teve que dar explicações no dia seguinte. Porém, se engana quem acha que o até então quase desconhecido diretor teve sua carreira encerrada após esse episódio. Ao contrário, Orson Welles não só ganhou um patrocinador para seu programa de televisão como conseguiu produzir sua maior obra: o filme Cidadão Kane, considerado até hoje um clássico da sétima arte.

E você, acreditaria nessa história?

Locutor: Créditos: O trecho do áudio da Guerra dos Mundos ouvido neste podcast foi extraído da transmissão feita em 30 de outubro de 1938 pelo sistema de rádio estadunidense CBS. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.

Fotografia. Três crianças sentadas de frente para mesa. Da esquerda para a direita, um menino de cabelos pretos arrepiados, com sobrancelhas grossas, óculos de grau, camiseta branca e camisa de gola aberta em rosa. Ele olha para baixo, com caneta branca na mão direita. Ao centro, menina de cabelos castanhos penteados para a direita, até os ombros, de blusa branca e cardigã em cinza por cima. Ela olha para baixo, sorrindo, com o dedo indicador direito mostrando um livro aberto. Mais à direita, menina de cabelos escuros lisos até os ombros, com a metade penteada para trás, de blusa azul e outra blusa de mangas compridas por cima em branco e cinza. Na mão esquerda, tatuagem em rena na mão de cor marrom. Ela olha para baixo, em direção ao livro aberto perto da outra menina.
Leia de fórma expressiva, observando o ritmo, as pausas e a entonação indicados pela pontuação.

Você é autor de um conto de ficção científica! Para sua divulgação, irá narrá-lo como se fosse para um programa de rádio.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você já fez uma leitura expressiva ou ouviu alguém fazer? Se sim, como foi? Se não, como você imagina que ela deve ser? Explique.
  2. Você já ouviu alguma história contada pelo rádio? Se sim, como foi? Comente a experiência.
  3. Em grupos, façam uma pesquisa para entender como é feita uma narração de história no rádio de modo a trazer emoção e captar a atenção dos ouvintes.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.

4. Em grupos, selecionem um dos contos feito pelos membros do grupo para ser narrado.

  1. Leiam a história para compreendê-la e identificar:
    1. personagens e narrador (personagem, onisciente ou observador);
    2. situação inicial, conflito, desenvolvimento, clímax e desfecho;
    3. cenário, tempo e as ações;
    4. características dos personagens e os sentimentos expressos na história.
  2. Analisem como vocês irão fazer a leitura para poderem traduzir o texto para os ouvintes/público:

Como podem ser os gestos, a postura corporal, o tom e a entonação da voz, para dar maior expressividade à leitura?

  1. Dividam os papéis de cada um nessa leitura: personagens, narrador, diretor, responsável pela gravação
  2. Ensaiem antes da gravação para que a leitura pareça o mais natural possível. Lembrem-se de filmes e peças teatrais e como os atores interpretam os papéis dando vida aos personagens.

A narração deve dar aos ouvintes a ideia de que estão vivenciando a história contada. Usem e abusem de recursos que podem contribuir para dar expressividade.

  1. Durante a gravação, mantenham o local calmo e silencioso, pois um ambiente tranquilo pode ajudar na concentração.
  2. Para editar o áudio, utilizem um processador e editor de áudio. Com ele, vocês poderão:
    1. limpar os ruídos ou sons que não fazem parte da narração;
    2. verificar se a voz do narrador e dos personagens está clara para os ouvintes;
    3. cortar os erros da narração e as pausas e hesitações longas;
    4. inserir trilhas e vinhetas, se previstas.
  3. Com a narrativa do conto de ficção científica pronta, é o momento de divulgar e compartilhar! Combinem com o professor como isso será feito.

VOCÊ, BOOKTUBER

Mostra dos booktubes

Chegamos ao último encontro do Você, booktuber. Desta vez, além de assistir aos booktubes e comentá-los, vocês também organizarão uma mostra aberta a convidados.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Sessão booktubes
    1. Após assistir aos booktubes e no momento combinado, faça comentários ou perguntas. Para lembrar o que chamou mais a atenção, as dúvidas e perguntas, tome notas durante as exibições.
    2. Converse com a turma sobre a experiência de ser entrevistador em um vídeo, como você se preparou para isso e como avalia a entrevista feita.
  2. Planejamento da mostra
    1. Como o próprio nome já diz, vocês irão apresentar alguns trabalhos representativos realizados na seção Você, booktuber ao longo do ano.

Para que todos sejam representados, cada grupo irá selecionar um booktube para a mostra e os demais integrantes do grupo irão selecionar um vídeo de suas produções para ficar à disposição dos convidados que quiserem assistir depois da mostra.

b. Elabore, com a turma e o professor, um roteiro do que irão precisar para a mostra. Nele, devem constar alguns itens, como:

local, data e horário;

convidados e como convidá-los;

recursos tecnológicos necessários;

seleção dos booktubes que serão apresentados;

seleção dos booktubes que ficarão disponíveis para os convidados (para isso, deve haver computadores com fones de ouvido);

elaboração de materiais complementares, como cartazes, para os booktubes disponíveis para acesso;

definição das atividades de cada um de vocês.

  1. Seleção dos booktubes
    1. Em grupos, selecionem um booktube entre todos os produzidos pelos membros do grupo. Para isso, discutam critérios para escolher qual fará parte da mostra.
Fotografia. Vista geral de sala de aula. À esquerda, menino visto de costas, da cintura para cima, de cabelos em castanho, vestido de blusa listrada em branco e azul. Ao fundo, uma menina de cabelos pretos presos em coque, vestida com camisa de gola em azul-claro, sorrindo. Ao lado dela, menina loira com cabelos para trás, com camisa em xadrez preto e rosa. Ela usa óculos de grau e olha para a direita, sorrindo. Mais ao lado, um menino de cabelos castanhos, de camisa xadrez em vermelho e preto. Na ponta, uma menina vista dos cotovelos para cima, de cabelos castanhos, de camiseta listrada na cor preta e branca, com caneta na mão direita. Ao fundo, lousa branca com contorno em bege.
Na discussão, argumente e tente persuadir os colegas de que a sua opção é a melhor.
  1. Agora, selecionem mais um booktube do grupo, além do que já foi selecionado.
  2. Para cada um desses booktubes, elaborem um cartaz com a biografia do autor, o contexto sociocultural em que a obra foi escrita, algo marcante sobre algum personagem ou trecho do livro, imagens
  3. Para o booktube da mostra, escrevam o texto de apresentação e escolham quem do grupo irá apresentá-lo ao público.
  4. Revisem os conteúdos antes de produzirem o cartaz e de escreverem a versão final do texto de apresentação.
  1. Dia do evento
    1. Organizem o espaço para receber os convidados e afixem os cartazes dos booktubes que não serão exibidos na mostra.
    2. Verifiquem se os recursos tecnológicos estão funcionando.
    3. Recebam e orientem os convidados.
  2. Avaliação da mostra

Após a mostra, avaliem o evento e a vivência de vocês em uma roda de conversa com todos os colegas.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

  1. Elabore, em uma folha à parte, um mapa mental sobre o conto de ficção científica e a narrativa de aventura.
  2. Leia a tirinha.
Tirinha. Tirinha com dois quadrinhos. Apresenta como personagem Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, com camiseta branca. No primeiro quadrinho, Armandinho em pé, com o corpo para a direita, segurando nas mãos um buquê de flores de pétalas brancas e folhas verdes.
Tirinha. No segundo quadrinho, tirinha apresenta como personagens Armandinho e a mãe de Armandinho vista da cintura para baixo, de saia longa lilás, meia calça em cinza e sapatos lilás. À esquerda, buquê caído no chão, com flores caídas e esparramadas. Na ponta da direita, Armandinho abraçando as pernas da mãe, com o corpo virado para a esquerda. Ele está de olhos fechados e sorrindo.

BECK, Alexandre. Armandinho, abre colchetesem localfecha colchete, 8 maio 2022. Facebook: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/Eff7Jc Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Qual é a linguagem empregada nessa tirinha?
  2. Considerando a data em que ela foi publicada, qual foi o objetivo do cartunista?
  3. Que mensagem a tirinha transmite? Para responder, considere as ações realizadas por Armandinho.
  4. Imagine que você é o cartunista e resolveu acrescentar texto escrito à tirinha. Escreva as possíveis falas dos personagens mantendo a temática. Lembre-se da ocasião em que a tirinha circulou.
  5. Com essa mudança na tirinha, ela também passou a ter o texto escrito. Como podemos classificar a linguagem empregada nela nessa nova situação?

3. Leia um trecho de Viagem ao centro da Terra, outro clássico de Júlio Verne.

No domingo de 24 de maio de 1863, meu tio, o professor , voltou apressado a sua modesta casa no número 19 da conigstrásse, uma das ruas mais antigas da parte velha de Hamburgo.

Marta, a empregada, pensou estar muito cansada, já que a comida mal começava a chiar no fogão da cozinha.

reticências

Fiquei sozinho. Agora, explicar alguma coisa ao professor mais bravo do mundo, isso era uma coisa que meu jeito tímido não ia conseguir. Eu já ia fugir para meu quartinho lá em cima, quando a porta da rua rangeu. A escada de madeira estalou com aqueles pés imensos, e o dono da casa atravessou a sala de jantar, entrando direto no escritório.

Nessa rápida passagem, jogou a bengala a um canto, o chapéu felpudo à mesa e estas palavras a mim:

– Axel, venha cá!

reticências

Tenho de admitir que não era um homem mau. Mas, a não ser que ele mude, ele será até o fim da vida um incrível excêntrico.

Ilustração. Perto de uma entrada, em um local de pedra em cinza, três homens em pé um ao lado do outro, vistos de costas. Da esquerda para a direita: um homem de chapéu sobre a cabeça, terno em cinza-escuro, com botas em marrom e braço esquerdo para cima. Ao centro, um homem de chapéu sobre a cabeça, casaco e par de botas em marrom, com um objeto na vertical no braço direito e iluminação à frente. Na ponta da direita, um homem de chapéu e casaco longa em azul, com calça cinza, botas pretas e com um pedaço de madeira na vertical, na diagonal.
Em Viagem ao centro da Terra, professor e seu sobrinho, ÉKSEU, partem para um desafio: chegar ao centro da Terra.

VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. nona edição Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Ática, 2011. página 11-12.

  1. Quando e onde se passa a cena do trecho? Que termos indicam essas circunstâncias?
  2. Por que o narrador tinha receio de seu tio?
  3. No primeiro parágrafo, por que o termo “No domingo de 24 de maio de 1863” está separado por vírgula?
  4. No segundo parágrafo, como as orações se conectam? Qual ideia esse conectivo transmite?
  5. No quarto parágrafo, que expressão é utilizada para dar sequência ao que acontece na narrativa?
  6. No último parágrafo, a palavra “que”, presente em “Tenho de admitir que não era um homem mau”, é uma conjunção subordinativa ou um pronome relativo? Por quê?

VAMOS COMPARTILHAR

Escrita colaborativa

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você sabe o que é uma escrita colaborativa? Se souber, comente com os colegas. Caso contrário, formule hipóteses.
  2. Na sua opinião, a escrita colaborativa pode envolver até quantas pessoas? Por quê?
  3. Você acha que a escrita colaborativa funciona apenas presencialmente? Por quê?
  4. A proposta é a construção de um conto de ficção científica em tempo real por meio do diálogo e da colaboração dos integrantes do grupo.
    Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  5. Em grupos, planejem como será o conto de ficção científica, tendo em mente que a escrita deve ser não apenas criativa, mas também colaborativa, construída a várias mãos. Para isso, tomem algumas decisões ou reflitam sobre alguns aspectos:
    1. objetivo, público-alvo, circulação e contexto de produção;
    2. tema de ficção científica;
    3. identificação do que vocês já sabem sobre o tema e o que precisam saber, de modo a orientar a busca pelas informações necessárias;
Ilustração. Três pessoas vistas dos cotovelos para cima, de frente para uma base na horizontal em laranja. Da esquerda para a direita: uma mulher de cabelos pretos longos, com um laço na parte superior, em azul, camiseta amarela, segurando nas mãos um livro aberto de capa vermelha e páginas em branco. Ao centro, um homem de cabelos pretos encaracolados para cima, camisa de gola em branco, com o braço direito para cima. À direita, pessoa de cabelos pretos encaracolados, com os braços erguidos para cima, camiseta em azul, olhando para a esquerda. Entre ambos, dois livros um em cima do outro. Na parte superior, uma linha pontilhada na horizontal em cinza com uma folha branca em formato de avião na ponta da direita.
  1. título e localização da história no espaço (onde) e no tempo (quando);
  2. personagens e cenários e suas caracterizações (lembrem-se de usar adjuntos adnominais e adverbiais, por exemplo);
  3. a sequência narrativa;
  4. o mundo em que o enredo é desenvolvido e como os elementos tecnológicos e os conceitos científicos serão incorporados ao enredo de fórma a atribuir verossimilhança;
  5. como captar a atenção do leitor e envolvê-lo na leitura;
  6. como será o desfecho: impactante ou reflexivo;
  7. a seleção lexical para criar o efeito de sentido desejado;
  8. a participação e o envolvimento de todos os membros do grupo na escrita do conto de ficção científica, contribuindo para a elaboração e o desenvolvimento do texto.
  1. Escrevam o conto em um documento que possa ser coletivo.
    1. Se for em uma versão em papel, guardem as versões anteriores sempre que houver alguma mudança, para servir de registro do processo de escrita.
    2. Se for uma versão em uma plataforma de escrita colaborativa, façam antes uma busca para ver qual é a mais adequada às necessidades de vocês e às condições tecnológicas. Alguns critérios podem ser considerados para a decisão, como gratuidade, acessibilidade (grupo, professor e colegas), permissão para criar e editar textos, notificação e registro das modificações no texto, permissão para comentários.
  2. Revisem o conto e façam os ajustes necessários. Usem a pauta de revisão para auxiliá-los.
  3. Com o professor, definam a melhor maneira de divulgar os contos na sala de aula e para a comunidade escolar.
  4. Em uma roda de conversa, avaliem a experiência.

Glossário

selênio
: elemento químico não metálico, tóxico, usado em semicondutores, aparelhos eletrônicos, câmeras de televisão, células fotoelétricas
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fotocélula
: dispositivo fotossensível que transforma a radiação luminosa em eletricidade.
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silogismo
: raciocínio em que se utilizam duas proposições (premissas) para deduzir uma terceira (conclusão).
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lacônico
: expresso com poucas palavras; breve.
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obsoleto
: ultrapassado, antigo.
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descarrilamento
: ato ou efeito de sair dos carris dos trilhos.
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encalço
: ato de seguir de perto ou perseguir uma pessoa que está fugindo.
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libra
: nome do dinheiro usado no Reino Unido.
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