UNIDADE 3  O direito dos animais

Nesta unidade, você irá explorar projetos de lei, leis e pesquisa de opinião. As propostas foram desenvolvidas em quatro etapas que se relacionam. Acompanhe!

Captura de tela. Na parte superior, logotipo do Senado Federal @SenadoFederal. Texto: Você sabia que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos dos Animais? bit.ly/1vsO7Wo || Na parte inferior, fotografia na horizontal. À esquerda, quatro fileiras com animais diferentes. De cima para baixo: coelhos, patos, gatos e cachorros de pelos de cores diferentes. Texto: Todos os animais nascem iguais diante da vida, e têm o mesmo direito à existência Artigo 1° Declaração Universal dos Direitos dos Animais Logotipo do Twitter – agencia_senado 11:00 AM – 15 de fev de 2015 – Hootsuite

EU SEI

Qual é a minha opinião sobre os direitos dos animais?

Perceber-se como sujeito que opina e se posiciona sobre temas polêmicos e importantes para a sociedade, reconhecendo-se como cidadão.

Fotografia. Em uma quadra de basquete de solo marrom, com detalhes em branco e linhas em azul. Dois jovens cadeirantes, um ao lado em jogada de basquete. À esquerda, jovem com regata branca e segurando nas mãos uma bola de basquete em laranja. À direita, um jovem visto de costas, de cabelos pretos, de regata em vermelho. Ao fundo, outros jogadores vistos parcialmente e mais ao fundo, arquibancada.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Animais também têm direitos!

Compreender a diferença entre um projeto de lei e uma lei.

Capítulo 2 – Pesquisa de opinião: educação inclusiva

Compreender as características do gênero textual pesquisa de opinião.

Respostas e comentários

UNIDADE 3

O direito dos animais

Introdução

Esta unidade tem como foco os gêneros textuais do campo de atuação da vida pública, como leis, projetos de leis e pesquisas de opinião, de modo a promover o debate sobre questões que impactam o dia a dia de todos e ampliar a participação dos jovens na vida pública. O estudo desses gêneros passa pela identificação e pela compreensão de suas características composicionais, de suas funções sociais e dos contextos que envolvem sua produção e circulação, possibilitando reconhecer semelhanças e diferenças entre eles. A leitura e a análise desses textos colaboram ainda para a conscientização de direitos e deveres dos cidadãos, bem como para a formação ética e de respeito ao próximo.

Nos estudos da linguagem, focaliza-se o papel da modalidade deôntica na construção dos textos normativos, exprimindo obrigatoriedade ou permissibilidade, e a função dos complementos nominais na complementação dos sentidos de nomes, adjetivos e advérbios.

No eixo da produção de textos, são propostas uma pesquisa de opinião e, com base nela, a construção de uma petição on-line, possibilitando não apenas o trabalho com um texto reivindicatório também pertencente à esfera da vida pública, mas também a exploração de canais digitais de participação social. Propõe-se também a exposição dos resultados das pesquisas de opinião em fórma de painéis, acompanhada de uma apresentação oral da explicação.

Para os estudantes que apresentarem dificuldades em relação aos objetivos de aprendizagem da unidade, proponha a análise de outros textos normativos ou de outras pesquisas de opinião, de modo que possam compreender o funcionamento desses gêneros e esclarecer dúvidas. A realização de atividades em duplas ou trios possibilita a interação e a troca de conhecimentos e pode colaborar para o desenvolvimento das habilidades esperadas.

Competências gerais da Educação Básica

  1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

  1. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como fórma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.

Fotografia. Dentro de uma sala de aula, dois jovens, um ao lado do outro, se cumprimentando com os cotovelos. À esquerda, um menino baixo, portador de Síndrome de Down. Ele tem cabelos castanhos e usa camiseta laranja e camisa cinza-claro por cima. Sobre as costas, tem uma mochila com alça em vermelho, e um fone bege ao redor do pescoço. Segura em uma mão livros de capa marrom. Ele olha para a direita, sorrindo, com o cotovelo tocando o do outro homem. O rapaz da direita tem cabelos e barba escuros, usa camisa de gola em azul-claro e calça jeans em azul-escuro. Ele leva mochila nas costas, de alças em preto, e olha para o outro, sorrindo. Em segundo plano, sala de aula com estantes de livros.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem, além de ampliação da aprendizagem.

Fotografia. Sobre uma mesa branca, cinco retângulos com estrelas um ao lado do outro e acima de cada um deles, um círculo de madeira de rosto desenhado. Da esquerda para direita: Uma estrela: Rosto com a boca para baixo, bem curvada. Duas estrelas: Rosto com a boca para baixo. Três estrelas: Rosto com a boca reta. Quatro estrelas: Rosto com a boca para cima. Cinco estrelas: mão de uma pessoa colocando um círculo de madeira com rosto e boca para cima, bem curvada. Ao fundo, parede em azul-claro.

VAMOS COMPARTILHAR

O que reivindicar como cidadão?

Proposta de petição on-line com base na pesquisa de opinião realizada.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Inicie a unidade com perguntas a respeito da criação de animais, domésticos ou não. Pergunte quais estudantes têm animal de estimação em casa, que cuidados eles têm com esses animais (ou deveriam ter) e como imaginam que seja a criação e o manejo de animais criados para abate.
  • Depois, proponha a discussão sobre o título apresentado na seção Eu sei e permita que compartilhem saberes e experiências em relação aos direitos dos animais. É importante que eles percebam que não apenas os animais domésticos precisam ser cuidados de maneira ética e humanizada, mas também aqueles criados para o abate.
  • Explore as imagens que compõem a página, associando cada uma à proposta do capítulo, de modo que se perceba a contribuição desse recurso para a construção dos sentidos expressos.

Temas Contemporâneos Transversais

  • Educação em direitos humanos.
  • Direitos da criança e do adolescente.
  • Saúde.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

  1. Saúde e bem-estar.
  2. Educação de qualidade.

Habilidade BNCC

ê éfe seis nove éle pê dois quatro

EU SEI

Qual é a minha opinião sobre os direitos dos animais?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, os animais, assim como os seres humanos, devem ter direitos? Por quê? Compartilhe com os colegas.
  2. Leia o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, postado em uma rede social.
Captura de tela. Na parte superior, logotipo do Senado Federal @SenadoFederal. Texto: Você sabia que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos dos Animais? bit.ly/1vsO7Wo || Na parte inferior, fotografia na horizontal. À esquerda, quatro fileiras com animais diferentes. De cima para baixo: coelhos, patos, gatos e cachorros de pelos de cores diferentes. Texto: Todos os animais nascem iguais diante da vida, e têm o mesmo direito à existência Artigo 1° Declaração Universal dos Direitos dos Animais Logotipo do Twitter – agencia_senado 11:00 AM – 15 de fev de 2015 – Hootsuite

SENADO FEDERAL. Você sabia que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos dos Animais? Brasília, Distrito Federal, 15 fevereiro 2015. Twitter: letra á contornada por uma linha curvaSenadoFederal. Disponível em: https://oeds.link/9CSvJS. Acesso em: 5 maio 2022.

Os direitos dos animais são um tema polêmico e discutido há muito tempo. Na década de 1970, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi apresentada como uma proposta em assembleia da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Em seu preâmbulo, além de destacar que todos os animais têm direitos, enfatiza a igualdade entre as espécies como algo fundamental para a coexistência.

3. Leia agora algumas manchetes e postagens em redes sociais sobre dois projetos de lei (PL) aprovados pelo Senado Federal.

Senado aprova projeto de lei que classifica animal como sujeito de direito, e não como coisa

SENADO aprova projeto de lei que classifica animal como sujeito de direito, e não como coisa. GZH, Porto Alegre, 7 agosto 2019. Disponível em: https://oeds.link/45pW9z Acesso em: 24 abril 2022.

Manchete. Senado aprova projeto que proíbe que animais sejam juridicamente tratados como coisas

GARCIA, Gustavo. Senado aprova projeto que proíbe que animais sejam juridicamente tratados como coisas. gê um, Brasília, Distrito Federal, 8 agosto 2019. Disponível em: https://oeds.link/kuUcIf Acesso em: 24 abril 2022.

Respostas e comentários

1. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu sei

Qual é a minha opinião sobre os direitos dos animais?

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Dentro de uma proposta de sala de aula invertida, sugira aos estudantes uma pesquisa sobre os direitos dos animais antes da aula. A ideia é promover uma discussão sobre o tema com base no que eles pesquisarem.
  • Ainda que a Declaração Universal dos Direitos dos Animais seja apenas uma carta de intenções, não tendo peso de lei, é importante conhecer o assunto para poder mediar a discussão com a turma.
  • No dia da aula, pergunte a eles o que descobriram sobre os direitos dos animais e proponha a discussão do tema com base nas perguntas do livro. Estimule a participação fundamentada, isto é, com a apresentação de argumentos que justifiquem os pontos de vista.
  • Se considerar conveniente e oportuno, apresente também à turma a noção de “saúde única”, um conceito que envolve a união entre saúde animal, humana e ambiental. Pergunte como acham que a saúde e o bem-estar animal podem colaborar para a promoção da saúde humana. Leve-os a refletir sobre o assunto e a levantar hipóteses sobre como esses três segmentos estão relacionados. Permitir essa análise é uma oportunidade de trabalhar tanto a temática da saúde quanto a do meio ambiente, previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), bem como os Temas Contemporâneos Transversais e o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3, que trata de saúde e bem-estar. A discussão pode ser promovida em parceria com outros componentes curriculares, de modo interdisciplinar.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Caso você entenda que os animais têm direitos, cite alguns exemplos desses direitos.
  2. Explique que o conceito de signatário se refere a quem assina um documento. No caso, indica que o Brasil apoia a Declaração.

Para ampliar

DECLARAÇÃO UNIVERSAL dos Direitos dos Animais. Disponível em: https://oeds.link/hUeXqw. Acesso em: 21 junho 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero um

ê éfe seis nove éle pê um um

ê éfe seis nove éle pê um quatro

ê éfe seis nove éle pê dois quatro

ê éfe seis nove éle pê dois cinco

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Captura de tela. À esquerda, imagem de fundo em amarelo. À direita, um cachorro em pé de pelos marrons, orelhas em marrom-escuro, patas em branco e pata esquerda para frente, fazendo sinal de poaitivo com o dedo polegar. Texto: Senado decide que – Animal não é coisa O PLC 27/2018 reconhece os animais como seres sencientes – dotados de natureza biológica e emocional e passíveis de sofrimento. À direita, logotipo de Senado Federal. Mais abaixo, texto: O projeto classifica os animais como sujeitos de direitos com acesso a tutela jurisdicional. Segundo o PLC27/2018, os animais não poderão mais ser tratados como 'coisas'. Como sofreu alteração, o projeto volta para a Câmara. #PraCegoVer Fundo amarelo e ilustração de um cachorro. Texto da imagem: O PLC 27/2018 reconhece os animais como seres sencientes – dotados de natureza biológica e emocional e passíveis de sofrimento.

SENADO FEDERAL. Senado decide que animal não é coisa. Brasília, Distrito Federal, 7 agosto 2019. Instagram: letra á contornada por uma linha curvasenadofederal. Disponível em: https://oeds.link/eILGPD Acesso em: 5 maio 2022.

Captura de tela. Fundo em cinza-claro, com texto: Senado aprova aumento de pena para agressores de cães e gatos. Projeto também prevê perda da guarda do animal, quando for o caso. Mais abaixo, quatro círculos finos. Texto em azul: Publicado em 09/09/2020 - 20:25 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

BRANDÃO, Marcelo. Senado aprova aumento de pena para agressores de cães e gatos. Agência Brasil, Brasília, Distrito Federal, 9 setembro 2019. Disponível em: https://oeds.link/0R0RH4 Acesso em: 24 abril 2022.

No Brasil, além do artigo 225 da Constituição, que prevê a proteção aos animais, há várias legislações federais, estaduais e municipais sobre o tema, principalmente a proibição de maus-tratos. Nesse panorama, a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal número 9 605/98) é considerada um grande avanço.

Você já tinha conhecimento desses projetos de lei? Sobre o que eles tratam?

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco. Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Em grupos, pesquisem novas informações sobre o tema em questão. Vocês podem partir, por exemplo, da leitura da Declaração dos Direitos dos Animais; das leis de proteção aos animais; de artigos e reportagens sobre o assunto.
  2. Selecionem e organizem as informações para responder às questões seguintes.
    1. Qual é a importância do direito e da defesa dos animais para os próprios animais, para a sociedade, para o nosso grupo?
    2. Esses direitos estão sendo respeitados?
  3. Combinem um dia para as apresentações e posterior discussão com os demais grupos.
Respostas e comentários

3.• Respostas pessoais.

4, 5 e 6. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Nas manchetes e nas postagens, como há termos técnicos provavelmente desconhecidos dos estudantes, trabalhe um a um à medida que forem aparecendo. Sugira a consulta ao dicionário ou a dedução pelo contexto. Ainda do ponto de vista da linguagem, destaque o uso de verbos no presente do indicativo na construção dos textos, mesmo para se referir a fatos que ocorreram no pretérito, como fórma de destacar sua atualidade.
  2. Esta é uma oportunidade de trabalhar a habilidade . Levante uma discussão a respeito, por exemplo, do uso de animais em pesquisas científicas. Pergunte: o que acham disso? Esse tipo de uso desrespeita os direitos dos animais? Por quê? Seria possível desenvolver pesquisa em saúde sem o uso de animais no processo? Conduza a discussão no sentido de que os estudantes percebam o caráter interpretativo das leis e tudo o que pode estar em jogo em relação à sua aplicação.
  • Alerte a turma quanto à importância de buscar fontes confiáveis de pesquisa, para garantir a credibilidade das informações.
  1. Durante a curadoria das informações, trabalhe com os estudantes o conteúdo para que percebam o que é liberdade de expressão e discurso de ódio, a fim de que se oponham criticamente a esse tipo de discurso. Como o tema é polêmico, durante a pesquisa, eles podem encontrar textos em desarmonia com as leis de proteção aos animais. É uma oportunidade de trabalhar a habilidade .
  2. Proponha aos estudantes que organizem um debate. Para isso, eles devem definir um dia e como serão as regras desse debate: quanto tempo cada um terá para resposta, se terá réplica ou tréplica, quem será o moderador, como se portar em um debate Reserve um tempo antes do debate para conversar com eles sobre ética e respeito à diversidade de opiniões, bem como o que é liberdade de expressão e quando termina a minha liberdade e começa a do outro. Esta atividade é uma prévia para um futuro debate mais estruturado.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Selecione um debate em vídeo ou trecho de um para exibir aos estudantes em sala de aula. Escolha um tema que seja de interesse dos jovens e que esteja adequado à faixa etária. Converse antes sobre o que é um debate ou o que eles imaginam que seja. Ouça as respostas e complemente-as, se necessário. Em seguida, solicite que observem como é estruturado e organizado o debate, qual o tema, como os debatedores e o moderador se comportam, quanto tempo cada um tem para as respostas, como eles estruturam os argumentos para defender suas teses ou refutar a tese do outro debatedor Peça que anotem as observações para, ao final, montar um esquema que os ajudem a entender a dinâmica do debate e a usar esse conhecimento nos debates que poderão organizar ou participar.

EU VOU APRENDER  Capítulo 1

Animais também têm direitos!

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você sabe o que é um projeto de lei? Explique.
  2. Como você acha que uma lei é criada? Explique.
  3. Leia a postagem e responda às questões a seguir.
Captura de tela. Fundo, em laranja, com um cachorro à esquerda, visto do pescoço para cima. Ele tem pelos em bege, partes na cabeça em marrom e preto e focinho pequeno. À direita, texto: LEI SANSÃO Maus-tratos a cães e gatos agora podem dar até 5 anos de reclusão A Lei 14.064/2020 ganhou como apelido o nome do cachorro que foi alvo de maus-tratos em MG.

SENADO FEDERAL. Lei Sansão. Brasília, Distrito Federal, 24 abril 2022. Instagram: letra á contornada por uma linha curvasenadofederal. Disponível em: https://oeds.link/IT7jtm Acesso em: 5 maio 2022.

  1. Você já conhecia essa lei? Qual é sua opinião sobre ela?
  2. Em que ano ela foi aprovada? Como você descobriu?
  3. Qual é o tema central dessa lei?
  4. Pelas informações da postagem, o que mais essa lei engloba?

4. Agora, leia um trecho de uma matéria sobre o assunto.

Senado aprova aumento de pena para agressores de cães e gatos

Projeto também prevê perda da guarda do animal, quando for o caso

Publicado em 09/09/2020 - 20:25 Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Senado aprovou hoje (9) um projeto de lei (pê éle) que aumenta as penas para quem maltratar cães e gatos. Atualmente, a legislaçãoglossário prevê detenção de três meses a um ano, e multa. O projeto amplia para reclusão de dois a cinco anos e multa, além de proibição de guarda do animal, uma inovação do projeto. O texto segue para sançãoglossário presidencial.

Respostas e comentários

1 e 2. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

3.a) Resposta pessoal.

3.b) Foi aprovada em 2020. Espera-se que os estudantes apontem que a data aparece logo após o número da lei, separada por uma barra.

3.c) Reclusão (prisão) para quem praticar maus-tratos a cães e gatos.

3.d) Práticas de abuso, ferimentos ou mutilações de gatos e cachorros e a pena (reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição de guarda).

Eu vou aprender

Animais também têm direitos!

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 e 2. Discuta com os estudantes objetivamente o que caracteriza um projeto de lei: para que serve, quem pode propor e como tramita no Congresso. Os projetos de lei são propostas que, quando aprovadas pelo Congresso, viram leis. Eles são usados para criá-las ou alterá-las e podem ser apresentados por deputados, por senadores, por comissões do Congresso, pelo Executivo, pelo Judiciário, pela Procuradoria-Geral da República e por iniciativa popular.

  1. Na análise da linguagem, compare as fórmas “Sansão” e “sanção”, bem como “maus-tratos” e “maltrato”, observando a relação de homonímia e a distinção entre elas. Observe também o uso dos termos “infração” e “flagrante”, comparando-os às fórmas “inflação” e “fragrante”, respectivamente. Destaque os problemas de sentido que o uso de um termo no lugar do outro pode gerar. Chame a atenção para o uso do verbo “poder”, como modalizador de possibilidade em relação à aplicação da pena. Do ponto de vista semiótico, evidencie a imagem do cão na postagem e a importância dela como um recurso para atrair a atenção do leitor para o fato noticiado.
  • Aproveite para propor que respondam no caderno: onde foi feita essa postagem? Qual é o público-alvo?
  1. Para melhor compreensão do tema, sugira à turma a comparação entre a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), no que diz respeito aos maus-tratos a animais (Artigo 32), e a Lei nº 14.064, de 29 de setembro de 2020. Pergunte o que mudou e como eles veem a alteração.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Sugira à turma que pesquise as condições necessárias para que projetos de iniciativa popular sejam apresentados e analisados pelo Congresso Nacional e mostre exemplos de projetos de iniciativa popular que viraram lei. São poucos os exemplos – apenas quatro –, principalmente porque é preciso ter adesão de pelo menos 1% do eleitorado total, além de 0,3% do eleitorado de cada uma das regiões. Isso representa cêrca de 1,4 milhão de pessoas. Em função disso, muitos projetos que têm iniciativa na população acabam sendo “adotados” por parlamentares para que possam ser apreciados pelo Congresso. Os quatro projetos aprovados até hoje e que viraram lei foram: Lei nº 8.930/1994 (Lei Daniella Perez), que trata de crimes hediondos; Lei nº 9.840/1999, que visa ao combate à compra de votos; Lei nº 11.124/2005, que cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social; e a Lei Complementar nº 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis pessoas já condenadas por crimes de natureza eleitoral ou relacionados ao seu mandato.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um sete

ê éfe seis nove éle pê dois quatro

ê éfe seis nove éle pê dois cinco

ê éfe oito nove éle pê um sete

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Segundo o relator do projeto reticências, a legislação atual considera a prática de abuso e maus-tratos a animais com infração penal de menor potencial ofensivo, que não cabe prisão em flagranteglossário . O agressor, mesmo tendo sido flagrado maltratando o animal, assina um termo circunstanciadoglossário e volta para casa. reticências

BRANDÃO, Marcelo. Senado aprova aumento de pena para agressores de cães e gatos. Agência Brasil, Brasília, Distrito Federal, 9 setembro 2020. Disponível em: https://oeds.link/0R0RH4 Acesso em: 24 abril 2022.

  1. Do que trata a matéria?
  2. No primeiro parágrafo, compreende-se que já havia uma lei que previa penas para maus-tratos a cães e gatos. Qual é a diferença entre o projeto de lei aprovado pelo Senado e a lei anterior?
  3. O projeto de lei, mesmo sendo aprovado no Senado, pode ser considerado uma lei? Por quê?

5. Releia este trecho da matéria e responda às questões.

reticências Atualmente, a legislação prevê detenção de três meses a um ano, e multa. O projeto amplia para reclusão de dois a cinco anos reticências.

  1. Há diferença de sentido entre detenção e reclusão nesse contexto? Se sim, qual?
  2. Cite um exemplo extraído do texto do que é considerado retenção.
  1. Que pista o texto dá para dizer que o projeto de lei ainda não virou lei, ou seja, não está em vigor?
  2. Qual é o papel do relator do projeto? Se não souber, pesquise.
  3. De acordo com o texto, o que é “uma infração penal de menor potencial ofensivo”?
  4. Observando a postagem da página 82 e a matéria em questão, qual é a ordem cronológica delas? Como você concluiu isso?
Respostas e comentários

4.a) Da aprovação de um projeto de lei que aumenta a pena para quem maltratar cães e gatos, além de perda da guarda, quando for o caso.

4.b) O aumento da pena, que era detenção de três meses a um ano, para reclusão de dois a cinco anos e multa, além de proibição de guarda do animal.

4.c) Não. O projeto de lei só vira lei após a sanção do presidente da República.

5.a) Sim, em termos jurídicos, detenção é uma pena mais leve do que a reclusão. Segundo o dicionário micaélis on-line (centésima2022), reclusão é uma “pena mais rigorosa dentre aquelas que cerceiam a liberdade de alguém”; já retenção é uma “prisão que, no interesse da justiça, se impõe como medida de prevenção; prisão preventiva, provisória”.

5.b) “O agressor, mesmo tendo sido flagrado maltratando o animal, assina um termo circunstanciado e volta para casa.”

6. Na citação do relator do projeto, ao dizer “a legislação atual considera...”.

7. É dar um parecer, uma opinião sobre determinado projeto de lei.

8. Aquela em que não cabe prisão em flagrante, ou seja, o agressor volta para casa mesmo sendo flagrado maltratando o animal.

9. A matéria, do dia 9 de setembro de 2020, é anterior à postagem do Senado Federal, pois, na postagem, a reclusão de 2 a 5 anos já é lei, ao passo que na matéria é ainda um projeto de lei.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Esclareça que, segundo a Agência Senado, o relator é o parlamentar designado pelo presidente da comissão para apresentar pareceres sobre matérias de competência do colegiado. Para informações adicionais, acesse o link indicado em Para ampliar.
  1. Após a identificação dos projetos, promova um debate com os estudantes a respeito de cada um e de sua viabilidade, considerando sua pertinência para a comunidade e a possibilidade de colocá-lo em prática de maneira que, como lei, ele seja de fato cumprido. Essa atividade propicia mais familiaridade com os gêneros textuais e suas características composicionais, bem como com o caráter interpretativo das leis, uma vez que sua análise pode evidenciar a divergência de opiniões. Aproveite para trabalhar a necessidade de que as divergências sejam tratadas de maneira ética e respeitosa.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha aos estudantes a realização de uma pesquisa sobre projetos de lei. Em grupo, eles devem pesquisar, na biblioteca da escola ou na internet, as respostas para as seguintes questões: O que é um projeto de lei? Como um tema se torna um projeto de lei? Há participação da população? Qual é o contexto de produção e da circulação de um projeto de lei? Como são a estrutura e as características de um projeto de lei? Há algum projeto de lei tramitando no Senado Federal ou na Câmara dos Deputados que vocês consideram importante para a comunidade, para o bairro ou para a cidade em que moram? Qual ou quais? Compartilhem com os colegas o que vocês descobriram sobre os projetos de lei em tramitação e por que os consideram importantes.
  • Oriente os estudantes a defender seu posicionamento de maneira respeitosa e a dar espaço para as opiniões dos colegas.

Para ampliar

Para a pesquisa, oriente-os a acessar os sites: https://oeds.link/E1aHhm; https://oeds.link/E1aHhm. Acesso em: 22 junho 2022.

SENADO NOTÍCIAS. Relator. Disponível em: https://oeds.link/v7QzX5. Acesso em: 22 jun. 2022.

SAIBA MAIS sobre a tramitação de projetos de lei. Câmara dos deputados. Disponível em: https://oeds.link/aTHrAE. Acesso em: 2 junho 2022.

E o projeto virou lei!

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

10. Agora, leia um trecho da Lei número 14 064/2020.

Presidência da República Secretaria-Geral

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 14.064, DE 29 DE SETEMBRO DE 2020

Altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Artigo 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato.

Artigo 2º O Artigo 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo 1ºA:

Artigo 32. [Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. (BRASIL, 1998)]

parágrafo 1ºA Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de nota de rodapé 2 a nota de rodapé 5 anos, multa e proibição da guarda.”

reticências

BRASIL. Lei número 14 064, de 29 de setembro de 2020. Altera a Lei número 9 605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato. Disponível em: https://oeds.link/cdmeMe Acesso em: 25 abril 2022.

  1. Quando essa lei foi sancionada?
  2. O que o texto em destaque logo a seguir do número e da data de publicação da lei apresenta?
  3. Toda a Lei número 9 605, de 12 de fevereiro de 1998, foi alterada? 
  4. Como devem ser lidos a abreviação ponto e o símbolo ?
  5. Sabendo que caput é o enunciado de um artigo de lei quando este é seguido de outros elementos, como parágrafos, como identificá-lo nesse contexto?

11. Releia o preâmbulo da lei e explique que informações ele apresenta.

Respostas e comentários

10.a) Em 29 de setembro de 2020.

10.b) Apresenta uma síntese, um resumo do que trata a lei e as alterações propostas em relação à lei anterior.

10.c) Não, apenas o Artigo 32 da lei, que passa a vigorar acrescido do parágrafo 1º A.

10.d) Artigo e parágrafo.

10.e) É o próprio enunciado do Artigo 32.

11. A informação de que o presidente da República aprova a lei decretada pelo Congresso Nacional.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Aproveite para trabalhar com os estudantes como é a organização de um texto de lei, mostrando-lhes itens e subitens; a parte inicial, com título, nome, data e emenda; a parte do artigo, com caput, parágrafos e incisos. Para apresentar a parte final, podem ser utilizadas outras leis. Esclareça que o texto normativo (ou legal) integra um conjunto de regras, normas ou preceitos que rege o funcionamento de um país, de um grupo ou de determinada atividade, entre outros, como a Constituição Federal, o Código Nacional de Trânsito, o regimento da escola e os contratos (trabalho, aluguel ). Geralmente, ele é constituído de preâmbulo, normas gerais e disposição final. Cada regra é formulada em um parágrafo e, havendo mais de um, eles são numerados para facilitar a organização e a consulta.

Na leitura, analise o efeito de sentido causado pelo vocabulário e pela estrutura morfossintática, empregados como recursos de modalização deôntica em “faço”, “decreta” e “sanciono”, para expressar que se trata de um fato, uma determinação, e não de uma suposição ou uma vontade. Chame a atenção, ainda, para o “parágrafo 1º- A”. Pergunte por que esse parágrafo é acrescido da letra “A”. Esclareça que isso ocorre porque, na Lei nº 9.605, já havia o parágrafo 1º.

10b. Em termos jurídicos, esse texto é chamado ementa. É a ementa que “explica, de modo conciso e sob a fórma de título, o objeto da lei” (Nº 95/1998). No caso do artigo lido, a ementa é: “Altera a Lei nº .9605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato”. Chame a atenção também para a epígrafe, que deve ser escrita em letra maiúscula.

10d. Explique aos estudantes que, quando há um único parágrafo no artigo, ele é chamado de “parágrafo único”. Quando há mais de um parágrafo, eles são designados pelo símbolo parágrafo e enumerados.

Peça aos estudantes que observem como os artigos e o parágrafo estão dispostos no texto. Qual é a hierarquia? Primeiro temos o artigo, depois o parágrafo.

10e. Explique à turma que o termo caput é de origem latina e significa “cabeça”. Avalie a necessidade de trabalhar a Lei Complementar Nº 95/1998, que orienta, entre outras coisas, a ler as leis.

11. Explique que, segundo o Artigo 6º da Lei nº 95/1998, “O preâmbulo indicará o órgão ou a instituição competente para a prática do ato e sua base legal”. Ou seja, ele apresenta o contexto político-histórico em que a lei foi escrita, identificando a autoridade, o cargo.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê dois zero

ê éfe seis nove éle pê dois sete

ê éfe seis nove éle pê dois oito

ê éfe oito nove éle pê zero cinco

ê éfe oito nove éle pê zero seis

ê éfe oito nove éle pê um seis

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um seis

Animais na legislação brasileira

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Leia o título da reportagem a seguir. Na sua opinião, os animais devem ser tratados como sujeitos ou objetos? Por quê?
  2. Qual é a principal discussão apontada no título auxiliar?
  3. Agora, leia a reportagem.

Animais na legislação brasileira: objetos ou sujeitos de direito?

As argumentações que animais podem ser autores de ações processuais na área do direito civil cresce na academia e no judiciário

Publicado em 23/03/2022

No Brasil, a crueldade contra animais passou a ser condenada no artigo 225 da Constituição de 1988. A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) também foi um avanço ao criminalizar o ato de abusar, maltratar, ferir ou mutilar bichos. Atualmente, é indiscutível: os animais estão protegidos por leis e qualquer um que atente contra eles está sujeito a responder pelo crime. Porém, a discussão acerca do direito dos animais cresce em outra área do estudo jurídico: a civil. reticências

Ilustração. Dentro de local com chão de assoalho marrom, um portão pequeno, porta grande e à esquerda, mural em marrom com folhas fixadas. À esquerda, um cachorro na vertical de pelos em laranja, de terno em azul e segura na pata esquerda, maleta preta. Mais à direita, corpo para a esquerda, pessoa vista da cintura para baixo, de terno cinza e sapatos pretos.

O direito animal na área civil

Ainda que os direitos dos animais estejam protegidos por lei constitucional, a presença de um bicho na parte autora de uma demanda processual gera controvérsias, tanto no Poder Judiciário quanto na sociedade brasileira. Isso porque o Código Civil ainda enquadra os animais na condição do artigo 82, de “coisas móveis semoventesglossário ”, desprovidos de direito individual e tendo garantias de direitos somente quando buscado por terceiros (seus donos).

Para o Código, os animais não podem, por exemplo, processar pessoas em busca de ressarcimento monetário (indenização). Segundo a advogada Edenise Andrade, participante do Grupo de Pesquisa em Direito dos Animais da Universidade Federal de Santa Maria (ú éfe ésse ême), é um equívoco dos juristas que seguem esse entendimento – uma vez que, pelo artigo 225 da Constituição, os animais são considerados seres sencientesglossário dignos de proteção jurídica.

Respostas e comentários

12. Respostas pessoais.

13. Se os animais podem ou não ser autores de ações processuais na área do direito civil, uma vez considerados sujeitos de direito.

  • Explique também que, no final do preâmbulo, tem-se a ordem de execução: a parte de encerramento, que geralmente utiliza uma fórmula imperativa e determina o cumprimento. Nela, notam-se fórmas como “faço saber”, “decreta” e “sanciono”.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha aos estudantes que pesquisem a distinção entre decretar e sancionar, considerando, respectivamente, as ações do Congresso Nacional e do presidente da República. O Congresso “decreta”, ao ordenar a publicação da Lei, e o presidente “sanciona”, quando confirma sua aprovação.
  • Peça a eles que respondam no caderno: como o público pode tomar conhecimento de uma lei? Resposta possível: Consultando obras especializadas em bibliotecas, livrarias, portais oficiais na internet
  • Esclareça que o Diário Oficial é o meio no qual a administração pública divulga todos os seus atos. É por lá que a população passa a saber se uma lei entrou ou não em vigor ou se alguma licitação já está disponível para concorrência.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Peça aos estudantes que façam inicialmente uma leitura silenciosa do texto. Depois, de maneira compartilhada, observe como o texto se constrói, com a utilização de marcadores espaciais (“No Brasil”) e temporais (“atualmente”, “em 2020”); com o uso de um modalizador asseverativo afirmativo (“é indiscutível”) e de operadores argumentativos de conformidade (“segundo”, “conforme” e “como”), de oposição (“mas” e “porém”), de concessão (“ainda que”), de comparação (“tanto quanto”, de causa, “uma vez que”) e de condição (“desde que”). Motive-os a desenvolver estratégias de leitura que os levem à compreensão do texto, ao levantarem hipóteses na pré-leitura e fazerem inferências durante a leitura, por exemplo.
  • Em Para ampliar, veja a indicação de um link de acesso à reportagem. Apresente-o aos estudantes para que entendam a diferença entre direito civil, penal e constitucional, ajudando-os na compreensão da reportagem.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha aos estudantes que respondam à pergunta presente no título da reportagem, justificando-a. Na elaboração da resposta, eles devem ficar atentos ao uso dos mecanismos de coesão textual que estabeleçam a adequada articulação entre os termos e entre as orações, bem como que evidenciem, principalmente, a justificativa apresentada.

Para ampliar

ANIMAIS na legislação brasileira: objetos ou sujeitos de direito? Universidade Federal de Santa Maria. Disponível em: https://oeds.link/C4eFJR. Acesso em: 22 junho 2022.

“A Constituição diz que os animais são sujeitos de direito desde que estejam assistidos por uma pessoa capaz – representante, ONG, Ministério Público ou Defensoria Pública. Eles podem estar como partes de um processo”, explica Edenise Andrade. A consequência dessa divergência de ideias entre o Código Civil e a interpretação dos juristas animalistas da Constituição está na dificuldade de ações com animais enquanto autores serem acolhidas pelo juizado, porque, segundo os estudiosos que não concordam com a tese de que animais são sujeitos de direitos, somente humanos poderiam fazer isso.

Além disso, conforme a norma constitucional da proibição da crueldade, os animais têm direito fundamental à existência digna e podem ir a juízo, conforme o Artigo 2º, parágrafo3º do Decreto 24.645/1934, ou seja, podem defender um direito próprio no judiciário por meio de ação – uma das principais argumentações de que animais são sujeitos de direito. reticências

O direito dos animais na área penal

A corrente jurídica que reconhece os animais enquanto sujeitos de direito é trabalhada na área civil, mas, em relação a outras esferas e códigos de leis brasileiras, os direitos dos animais são assegurados, como manda a Constituição Federal.

A principal referência em relação à defesa dos animais é a área penal ou criminal que, em contrapartida aos estudos do direito civil, tem por objetivo definir as ações ou omissões criminosas de um país e concede ao Estado o direito de punir as pessoas que as praticam – por meio de penas privativasglossário de liberdade, restritivas de direito ou multas. reticências

Em 2020, a Lei 14.064, conhecida como Lei Sansão, aumentou as penas da Lei dos Crimes Ambientais, quando os crimes tratam de cães e gatos – a proposição que englobava todos os animais não foi aceita. Antes, as penas tinham limite em torno de dois anos de prisão e, pelas regras do Código Penal, poderiam ser facilmente substituídas por penas mais leves – depois da alteração, quando animais domésticos sofrem maus tratos [sic] as penas já partem de uma quantidade de anos maior, improváveis de se enquadrarem nas regras de substituição por outras penas. reticências

Fotografia. Foto-montagem de seis animais, um ao lado do outro, vistos de frente para uma base branca. Da esquerda, para a direita: Um pássaro de penas cinza, visto do percoço para cima, um lagarto em marrom e bege, um gato de pelos em branco e partes em cinza, de olhos amarelos. À direita, cachorro de pelos em cinza-escuro e língua rosa para frente. Um coelho de pelos em marrom e orelhas compridas para baixo e na ponta da direita, um furão de cabeça pequena em bege e corpo em marrom.
A Lei nº 14.064/2020 aumentou a pena somente para os crimes que envolvem cães e gatos – a proposição que englobava todos os animais não foi aceita.

MORAES, Eloíze; APPOLINARIO, Paula. Animais na legislação brasileira: objetos ou sujeitos de direito? Revista Arco, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, 23 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/C4eFJR Acesso em: 24 abril 2022.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Durante a leitura da reportagem, esclareça dúvidas em relação ao vocabulário e pergunte aos estudantes o que significam termos como “pessoa capaz”, “corrente” (na expressão corrente jurídica) e “contrapartida”, por exemplo.
  • Destaque o uso de fontes como o Código Civil e a Constituição Federal, bem como o depoimento de uma especialista no tema, para fundamentar o ponto de vista apresentado, dando maior consistência e credibilidade à argumentação. Observe, ainda, o uso de hiperlinks, que direcionam o leitor para leis e decretos mencionados no texto, ampliando suas possibilidades de leitura.
  • Por meio de perguntas, incentive a participação dos estudantes na leitura, para que compartilhem impressões e experiências evocadas pelo texto.
  • Converse com os estudantes sobre a intencionalidade presente nos textos orais e escritos. Esclareça que, nas interações, há sempre uma intenção por parte do falante, que tem um objetivo em relação ao interlocutor, leitor ou ouvinte, como convencer, opor-se, chamar a atenção

Compreensão textual

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • As atividades de 1 a 5 podem ser realizadas em duplas.

2. Oriente os estudantes a fim de que possam argumentar e contra-argumentar em defesa das opiniões apresentadas à turma, posicionando-se criticamente sobre o assunto. Trabalhe com eles a sustentação (apresentação de argumentos que fundamentam a posição defendida), a refutação (desqualificação do argumento defendido na sustentação, demonstrando oposição), a negociação (apoio às posições em disputa na sustentação e na refutação, reconhecendo o valor dos argumentos no sentido de ponderar e visando amenizar a situação de confronto ideológico) e a fôrça dos tipos de argumentos utilizados. Chame a atenção para o uso de operadores argumentativos, como “porque”, “ou”, “e”, “além de”, “é certo que”, e seus significados. Converse também sobre a escolha lexical, outra estratégia argumentativa, que dará fôrça e poder ao argumento.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero um

ê éfe seis nove éle pê um quatro

ê éfe seis nove éle pê um cinco

ê éfe seis nove éle pê um sete

ê éfe seis nove éle pê um oito

ê éfe seis nove éle pê quatro três

ê éfe oito nove éle pê zero cinco

ê éfe oito nove éle pê um quatro

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ê éfe oito nove éle pê três zero

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Em dupla, discutam o que acharam da matéria lida, se concordam ou não com o tema e por quê.
  2. Exponham à turma a conclusão a que chegaram.
  3. A reportagem chama a atenção para uma grande discussão na área do Direito. Sobre o que é essa discussão?

O que isso implica?

  1. Nessa discussão, o que a autora considera indiscutível?
  2. Se os direitos dos animais são protegidos por lei constitucional, por que um animal ser autor de uma ação processual é controverso, ou seja, provoca polêmica?
  3. Qual é o argumento apresentado pela advogada Edenise Andrade para defender o animal como sujeito de direito?
  4. Ao escrever “Segundo a advogada”, qual é a intenção das repórteres?

Que outros elementos são utilizados pelas repórteres para chamar a atenção do leitor para os argumentos?

8. Releia este trecho.

Além disso, conforme a norma constitucional da proibição da crueldade, os animais têm direito fundamental à existência digna e podem ir a juízo, conforme o Artigo 2º, parágrafo3º do Decreto 24.645/1934, ou seja, podem defender um direito próprio no judiciário por meio de ação reticências.

a. Faça no caderno um quadro como o do modelo seguinte e escreva as informações pedidas.

Ícone. Modelo.

Classe gramatical

Função no contexto

1. Além disso

2. Conforme

3. Ou seja

Respostas e comentários

1. Respostas pessoais.

2. Resposta pessoal.

3. Considerar os animais objetos ou sujeitos de direito.

3.• Ao considerar o animal um sujeito de direito, ele pode ser o autor de ações processuais na área do direito civil.

6. Segundo a advogada, é um equívoco dos juristas que entendem os animais como seres semoventes, uma vez que, pelo artigo 225 da Constituição, eles são considerados seres sencientes; portanto, dignos de proteção jurídica.

7. Introduzir a voz da advogada em uma citação indireta. Trazer uma especialista para dar o parecer configura um argumento de autoridade.

7.• O uso de negrito para destacar parte do texto, com a indicação do artigo e parágrafo da lei onde pode ser encontrado, além dos diversos hiperlinks que direcionam para as leis e os decretos, ampliando as possibilidades de leitura do leitor; o uso de aspas para diferenciar as citações diretas das indiretas.

8.a)

Locução adverbial.

Soma.

Conjunção.

Conformidade.

Locução conjuntiva.

Explicação.

  1. Peça aos estudantes que defendam o posicionamento deles utilizando argumentos e informe que o conteúdo de argumentação será revisto em outras unidades.
  1. Espera-se que os estudantes percebam como a intertextualidade está presente em textos científicos, como é o caso dessa reportagem, observando de que modo o autor vai introduzindo essas vozes no texto, dando lugar a outros autores e referências, explicitamente ou não, inclusive por meio de hiperlinks.
  2. Os operadores argumentativos serão vistos na unidade 6. Aqui é apenas uma introdução. No entanto, você pode explorar os operadores de oposição (porém, contudo ), de conclusão (logo, portanto ), entre outros, usando o texto trabalhado na unidade ou outros.
  1. A expressão “ou seja” é um introdutor de paráfrase, funcionando também como estratégia de progressão textual (sequenciação), segundo córh e Elias (2021).
  • Os termos destacados no trecho funcionam como operadores argumentativos, ou seja, como elementos coesivos, que constroem as relações de sentido. A função deles é indicar o tipo de raciocínio e a estratégia argumentativa utilizada. Assim como esses, há outros tipos. Proponha esta atividade: escreva no caderno os enunciados a seguir. Depois, indique a qual operador argumentativo destacado no texto o enunciado se refere.
    1. Indica soma a favor de uma mesma conclusão, como: e, também, mas também, além disso. Resposta: Além disso.
    2. Indica explicação, retomando o que foi dito anteriormente de maneira diferente, como: isto é, ou melhor, ou seja. Resposta: Ou seja.
    3. Indica conformidade, referência a algo ou alguém, como: de acordo com, segundo, como, conforme. Resposta: Conforme.

Para ampliar

córh, inguedór V.; ELIAS, Vanda Maria. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2021.

Para observar e avaliar

Com base na atividade complementar sugerida na página 85, é possível observar e avaliar os recursos persuasivos em textos argumentativos, como escolhas lexicais, modalizadores e operadores argumentativos. A proposição de questionamentos que requeiram respostas simples, porém justificadas de modo fundamentado, poderá ser utilizada como uma prática de produção intermediária até a elaboração de textos mais complexos. Ela permite a avaliação de aspectos pontuais, facilita a análise do professor e permite o estudo do que a turma já aprendeu e de dificuldades que permanecem. Essa prática poderá ser utilizada também para atender os casos de estudantes que apresentam dificuldades específicas.

A Constituição federal e os Direitos dos Animais

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. A Constituição brasileira, ou Carta Magna, promulgada em 1988, dedica o capítulo seis ao direito ao meio ambiente.
    1. Você sabe por que a Constituição é chamada de Carta Magna? Explique.
    2. Na sua opinião, o que ela representa para o povo brasileiro?
Capa de livro. Na parte superior, fundo em branco com título: CONSTITUIÇÃO. Na parte inferior, ilustração de parte da bandeira do Brasil. Em verde e na parte inferior, triângulo em amarelo e pequena parte do círculo em azul.

2. Leia o preâmbulo e parte do Capítulo seis da Constituição.

[…]

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

reticências

CAPÍTULO seis – DO MEIO AMBIENTE

Artigo 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

parágrafo 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: reticências

seis – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

sete – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento) reticências

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, Distrito Federal: Presidência da República, [2020]. Disponível em: https://oeds.link/9W5pZQ Acesso em: 27 abril 2022.

Respostas e comentários

1.a) Ela é chamada de Carta Magna por ser a lei suprema do país, a que regula o modo como todas as outras leis devem ser feitas, as decisões judiciais e os atos administrativos, além de regulamentar a vida em sociedade e garantir a democracia e os direitos aos cidadãos.

1.b) Resposta pessoal.

A Constituição federal e os Direitos dos Animais

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Chame a atenção dos estudantes para o uso de termos técnicos e jurídicos que podem gerar dúvidas, dificultando a compreensão textual.
  • Ao trabalhar a Constituição de 1988, você pode propor um trabalho em conjunto com professores de História e Geografia, aprofundando o assunto e levando os estudantes a refletir a respeito das garantias de direitos explícitas no documento, bem como a entender por que ela é considerada uma constituição cidadã, sendo a décima do mundo em previsão de direitos.
  1. Após a leitura do preâmbulo, pergunte: esse conteúdo tem alguma relação com a opinião de vocês sobre o que a Carta Magna representa? Resposta pessoal.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Além da Constituição federal, existem outras leis, em âmbito federal, estadual e municipal, ou normas, como regimentos e outros documentos similares, que garantem a proteção aos animais. Sugira que pesquisem se, no estado em que vivem, existe alguma lei nesse sentido ou se o regimento da escola menciona algo sobre o tema. Depois, solicite que façam uma comparação entre o que expressa o texto da Constituição, o que diz a Lei Federal nº .9605/98 e o que dizem os outros documentos identificados. Na comparação, destaque semelhanças entre os textos e possíveis avanços no tratamento do tema.

Compreensão textual

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1c. Explique que os artigos podem ser desdobrados em: parágrafos; incisos; parágrafos e incisos; ou não ser divididos. Os incisos podem ser divididos em alíneas; os parágrafos, em incisos ou alíneas. O preâmbulo é o parágrafo introdutório apresentando o “espírito” em que uma lei foi criada. As subdivisões da lei (títulos, capítulos e seções) são compostas de artigos, que são numerados em algarismos arábicos. O artigo é dividido em parágrafos, incisos (simbolizados por números romanos) e alíneas. As alíneas são subdivisões dos incisos e simbolizadas por letras minúsculas.

2. Organize a turma em pequenos grupos para que discutam as questões propostas. Oriente-os a anotar as conclusões a que chegaram e a eleger um dos integrantes do grupo para apresentá-las à turma no momento oportuno.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê dois sete

ê éfe seis nove éle pê dois oito

ê éfe oito nove éle pê um sete

ê éfe zero oito éle pê um seis

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Em relação à Constituição Federal de 1988:
    1. A quem se destina?
    2. Quando e em qual contexto ela foi criada?
    3. Como ela é estruturada ou dividida? Identifique algumas dessas divisões nos trechos lidos.

Se precisar, façam uma pesquisa para responder.

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, releiam o trecho do Capítulo seis da Constituição.
    1. Como vocês sabem, todo texto (oral e escrito) produzido tem uma intenção, e nele o autor deixa marcas expressando valores e julgamentos, explícitas ou não. Por meio dessas marcas, enfatizamos ou atenuamos o que estamos dizendo, ou seja, modalizamos o discurso.

Tendo isso em mente, identifiquem se há, no texto, termos que indiquem proibição, obrigatoriedade ou possibilidade. Anotem no caderno os que encontrarem.

  1. Como vocês identificaram essas indicações?
  2. Alguma delas causou dúvida? Se sim, qual?
  1. Vocês sabem o que é modalização? Vocês acham que esses termos podem ser considerados marcas de modalização?
  2. Vocês perceberam que há termos que passam a ideia de proibição, obrigatoriedade e possibilidade. Copiem o quadro a seguir no caderno e, depois, escrevam na coluna mais adequada os termos encontrados nesse trecho da Constituição.
Ícone. Modelo.

Ilustração. Círculo vermelho cortado na diagonal.

Uma imagem contendo nome da empresa Descrição gerada automaticamente

Uma imagem contendo nome da empresa Descrição gerada automaticamente

Proibição

Obrigatoriedade

Possibilidade

Respostas e comentários

1.a) A todos os brasileiros.

1.b) Após as eleições para o Congresso Nacional, em 1986, durante a presidência de José Sarney, os deputados e senadores eleitos formaram a Assembleia Constituinte, que passou 19 meses elaborando a Constituição Federal, que foi promulgada em 1988.

1.c) Em preâmbulo, títulos, capítulos, artigos, parágrafos, incisos e alíneas. Nos trechos, temos o preâmbulo, o capítulo seis, o Artigo 225, o 1º, os incisos seis e sete.

2.a) Possibilidades de resposta: verbos: instituir, assegurar, promulgar, ter, impor, dever, incumbir, promover, proteger, vedar, provocar; substantivo: direito.

2.b) Resposta pessoal.

2.c) Resposta pessoal.

3. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes possam levantar hipóteses e trocar ideias sobre o que é modalização e a sua função.

4. Ver respostas nas orientações didáticas.

Esclareça que a modalização do discurso pode ocorrer por meio do emprego de adjetivos como “certo” e “evidente”; de advérbios e locuções adverbiais como “talvez”, “felizmente” e “sem dúvidas”; de verbos auxiliares como “dever” e “poder”; de expressões como é “possível” e “é imprescindível”; de modos verbais como o indicativo e o imperativo; de pontuação. No texto oral, a modalização emprega praticamente os mesmos recursos linguísticos usados no texto escrito, mas se vale da entonação da voz e do ritmo da fala, em lugar da pontuação, e também do uso de elementos cinésicos, como movimentos, gestos e expressões faciais.

2a. Sinalize que termos como “assegurar”, “ter” e “dever” podem ser considerados marcas de modalização deôntica. Espera-se que os estudantes identifiquem alguns recursos linguísticos utilizados para transmitir as ideias de proibição, obrigatoriedade ou possibilidade, bem como os valores e as posições assumidas pelo locutor/escritor em relação ao que diz.

2b. Assegure-se de que eles reconhecem a diferença entre obrigatoriedade, possibilidade e proibição, retomando os exemplos do boxe-conceito na parte inferior da página ou usando exemplos de leis conhecidas, como a que proíbe dirigir sob a influência de álcool (Lei sêca) ou a que estabelece a obrigatoriedade de parar na faixa de pedestre, a fim de que identifiquem se elas expressam uma obrigação, uma proibição ou uma possibilidade.

  1. De modo que levantem hipóteses sobre o que é modalização, proponha questões que os ajudem a chegar a uma conclusão.
  2. Resposta do quadro: coluna Proibição – Impor, vedadas; coluna Obrigatoriedade – Assegurar, promulgar, ter (direito), incumbir, proteger, (o) dever; coluna Possibilidade – Promover.

Para ampliar

PARA ENTENDER a lei, é preciso saber como ela foi escrita. Conjur. Disponível em: https://oeds.link/JblzI5. Acesso em: 3 junho 2022.

O PAPEL DA Constituição e os desafios para a sua efetividade. Jornal da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://oeds.link/cupYC4. Acesso em: 3 junho 2022.

A modalização do discurso tem o papel de exprimir posição, avaliação ou ponto de vista do enunciador/falante em relação àquilo que diz, imprimindo, por meio de marcas linguísticas, o modo como ele deseja que aquilo que foi enunciado/falado seja compreendido, entendido.

Ela pode ser dividida em três modalidades: a deôntica, ligada ao eixo de conduta; a epistêmica, relacionada ao eixo de avaliação, sobre o valor e as condições de verdade de uma proposição; e a avaliativa, avaliação ou juízo de valor sobre o que está sendo dito.

A modalidade deôntica, do eixo da conduta, expressa avaliação exprimindo obrigatoriedade (algo obrigatório que precisa acontecer), proibição (algo proibido e que não pode acontecer) ou possibilidade (algo facultativo, que pode ou não acontecer, ou com permissão para acontecer). Por exemplo: 1. Você deve fazer a tarefa até amanhã. (obrigatoriedade) 2. Você não pode alimentar os animais. (proibição) 3. Você pode ir ao parque hoje. (possibilidade/permissão)

LÍNGUA E LINGUAGEM

Complemento nominal

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Releia o seguinte trecho do texto “Animais na legislação brasileira: objetos ou sujeitos de direito?”.

reticências Isso porque o Código Civil ainda enquadra os animais na condição do artigo 82, de “coisas móveis semoventes”, desprovidos de direito individual e tendo garantias de direitos somente quando buscado por terceiros (seus donos).

  1. Gramaticalmente, o que os termos destacados têm em comum?
  2. A que outros termos da oração eles se ligam?
  3. A que classe gramatical pertencem os termos que você informou no item b)?
  4. Releia o período sem os termos destacados. A ausência desses termos provocou alguma dificuldade na compreensão do texto? Por quê?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até d.

  1. Gramaticalmente, o que os termos “de direito individual” e “de direitos” têm em comum?
  2. A que outros termos da oração eles se ligam?
  3. A que classe gramatical pertencem os termos que você informou no item b)?
  4. Releia o período sem os termos destacados. A ausência desses termos provocou alguma dificuldade na compreensão do texto? Por quê?

Assim como existem verbos que necessitam de complemento, há também alguns nomes com sentido incompleto e que, por essa razão, precisam de um termo que os complete. A esse termo da oração chamamos de complemento nominal. Os termos destacados na atividade anterior são complementos nominais.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

2. Junte-se a um colega. Releiam a manchete e o título auxiliar a seguir e respondam às questões.

Senado aprova aumento de pena para agressores de cães e gatos

Projeto também prevê perda da guarda do animal, quando for o caso

  1. Os termos destacados se referem a quais outros termos da oração?
  2. Como se classificam os substantivos aos quais os termos destacados se referem? São concretos ou abstratos?
  3. Sintaticamente, como se classificam os termos em destaque?
Respostas e comentários

1.a) Todos são preposicionados.

1.b) De direito individual: desprovidos; de direitos: garantias.

1.c) Desprovidos: adjetivo; garantias: substantivo.

1.d) Sim. As palavras “desprovidos” e “garantias” requerem uma especificação, um complemento, ou seja, desprovidos de algo e garantias de algo.

2.a) “De pena” refere-se a “aumento”; “para agressores de cães e gatos” refere-se a “pena”; “da guarda” refere-se a “perda”; “do animal” refere-se a “guarda”.

2.b) Todos são substantivos abstratos.

2.c) Complementos nominais.

Língua e linguagem

Complemento nominal

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1d. Sinalize aos estudantes que determinadas palavras – além dos verbos, estudados no ano anterior – também apresentam um sentido incompleto e carecem de um complemento. É o caso dos termos a que se ligam as expressões em destaque.

  • As atividades 2, 3 e 4 podem ser realizadas em dupla.
  1. Embora todos os termos em destaque sejam complementos nominais, o destaque em cor diferente pretende mostrar que, em uma oração, pode haver mais de um complemento nominal, inclusive relacionado a outro complemento nominal, como acontece no trecho em questão.
  2. Comente com a turma que a sintaxe entende como “nomes” o substantivo, o adjetivo e o advérbio — daí o nome “complemento nominal”. Enfatize também que os complementos nominais apenas complementam os substantivos abstratos, jamais os concretos.

3b. Esclareça que “acostumado”, do ponto de vista sintático, é um predicativo do sujeito. Informe que o complemento nominal pode se ligar a qualquer nome da oração, complementando seu sentido. Por isso, pode haver complemento nominal tanto no sujeito quanto no predicado.

Peça aos estudantes que anotem no caderno esta conceituação, como possibilidade de fixação do conteúdo: os complementos nominais são termos que sempre se associam a um substantivo abstrato, a um adjetivo ou a um advérbio. Além disso, essa ligação sempre se dá por meio de uma preposição.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê zero seis

ê éfe zero oito éle pê zero nove

3. Leiam esta tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por quatro quadros. Apresenta como personagens: Linus, menino de  cabelos finos pretos, blusa em vermelho, calça preta e sapatos em marrom. Snoopy, cachorro de pelos em branco e orelhas em preto, com focinho pequeno. As cenas se passam em local aberto, de vegetação verde e árvores. Q1 – À esquerda, Linus, sentado encostado em um tronco de árvore, diz olhando para Snoopy à frente dele: CONTINUA FAREJANDO, SNOOPY. À direita, Snoopy com o focinho sobre a grama. Q2 – Linus com um instrumento na mão, similar a uma pá, diz: SE VOCÊ SENTIR O CHEIRO DE UMA TRUFA, APONTA ONDE ELA ESTÁ QUE EU DESENTERRO. Ao fundo, vegetação em verde e céu em azul-claro. DE UMA TRUFA está destacado. Q3 – À esquerda, Snoopy caminhando para a direita, com a cabeça para baixo, fazendo barulho de: SNIF, SNIF, SNIF, SNIF. Ele pensa: MEU NARIZ NÃO ESTÁ ACOSTUMADO COM TODO ESTE TRABALHO. COM TODO ESTE TRABALHO está destacado. Q4 – Snoopy com a pata esquerda sobre o focinho, pensando: SERÁ QUE EU POSSO DISTENDER UM MÚSCULO DO NARIZ? À direita, vegetação em verde e no alto, céu em azul-claro. DO NARIZ está destacado.

SCHULZ, M. Minduim Charles. O Estado de São Paulo, São Paulo, 24 março 2022. Cultura.

  1. O que as expressões destacadas têm em comum?
  2. A que palavra se liga a expressão “com todo este trabalho”? A que classe gramatical essa palavra pertence? Qual é a função dessa expressão?
  3. Na tirinha, os termos “de uma trufa” e “do nariz” servem para especificar “cheiro” e “músculo”, e não para lhes complementar o sentido. Sintaticamente, como se classificam os termos que especificam determinado núcleo?
  4. A que conclusão vocês chegam sobre os termos destacados? Para responder, considerem a estrutura desses termos.
Versão adaptada acessível

Atividade 3, itens a até d.

  1. O que as expressões “de uma trufa”, “como todo este trabalho” e “do nariz” têm em comum?
  2. A que palavra se liga a expressão “com todo este trabalho”? A que classe gramatical essa palavra pertence? Qual é a função dessa expressão?
  3. Na tirinha, os termos “de uma trufa” e “do nariz” servem para especificar “cheiro” e “músculo”, e não para lhes complementar o sentido. Sintaticamente, como se classificam os termos que especificam determinado núcleo?
  4. A que conclusão vocês chegam sobre os termos “de uma trufa”, “como todo este trabalho” e “do nariz”? Para responder, considerem a estrutura desses termos.

4. Leiam o cartaz.

Cartaz. Cartaz na vertical. Fundo em branco e verde. À direita, fotografia, um cachorro deitado com a cabeça para a esquerda. Ele tem pelos em branco e partes em marrom na cabeça, com focinho preto. Abaixo, um gato deitado encostado no cachorro de pelos pretos e bege , com focinho e partes do corpo em branco. Texto: ABANDONO DE ANIMAIS É CRIME DE MAUS-TRATOS Diga NÃO ao abandono de animais! DENUNCIE (14) 3604-1440 (14) 3283 -1219 Na parte inferior, à esquerda, logotipo.

PEDERNEIRAS. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário e Meio Ambiente. Abandono e maus-tratos aos animais é crime. Pederneiras: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário e Meio Ambiente, 28 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/g0Nh5O Acesso em: 5 maio 2022.

  1. Qual é o objetivo desse cartaz?
  2. Na primeira oração do cartaz, qual é a função do termo “de maus-tratos”? Como ele se classifica sintaticamente?
  3. Por que o termo “de animais”, presente na segunda oração, classifica-se como complemento nominal?
Respostas e comentários

3.a) Todas elas são preposicionadas.

3.b) A expressão liga-se à palavra “acostumado”, que é um adjetivo. Sua função é complementar o adjetivo (acostumado a quê? com o quê?).

3.c) Classificam-se como adjuntos adnominais.

3.d) Respostas pessoais.

4.a) Conscientizar o público sobre o abandono de animais ser considerado crime e incentivá-lo a denunciar esses casos.

4.b) Especificar o crime do qual trata o cartaz. Trata-se de um adjunto adnominal.

4.c) Porque, além de complementar o substantivo abstrato “abandono”, o termo representa quem sofre a ação de ser abandonado, ou seja, os animais são abandonados.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3d. Os estudantes devem perceber que, embora os termos destacados apresentem uma estrutura semelhante, a função sintática desempenhada por eles é diferente, ou seja, “com todo este trabalho” é um complemento nominal, enquanto os demais são adjuntos adnominais. Essa distinção, no entanto, se dá apenas no plano teórico. Do ponto de vista prático, complementos nominais e adjuntos adnominais são igualmente importantes para a organização sintática, para a construção dos sentidos e para a compreensão dos enunciados.

Perceba-se que, no caso de certos adjuntos adnominais preposicionados, como, por exemplo, de madeira e de vidro, em “A porta de madeira é mais resistente que a porta de vidro”, estes são semanticamente tão essenciais ao sentido do enunciado quanto alguns , como, por exemplo, de afeto, em “A necessidade de afeto fragiliza o ser humano”, já que a supressão de qualquer um desses três termos (de madeira, de vidro e de afeto) gera enunciados com sentidos incompletos ou com multiplicidade de sentidos, o que demonstra que o apoio ao critério semântico para distinguir o que é essencial do que é acessório não se mostra eficaz.

reticências Nesse aspecto, no entanto, não se pode dizer que haja consenso entre os autores quanto à existência de distinção entre tais termos. reticências “Bechara (2009 [1961]) admite que, não raro, complementos nominais e adjuntos adnominais preposicionados podem se comportar da mesma fórma, não aceitando, por exemplo, o apagamento, tal como exemplificado no parágrafo precedente.” (PINHO; COELHO, 2019)

Os adjuntos adnominais podem ser representados por locuções adjetivas. Nesse caso, eles se iniciam por uma preposição. Essa característica pode gerar dúvidas quanto à classificação, pois os complementos nominais também são termos preposicionados. Para não confundir, é preciso observar as seguintes características: os adjuntos adnominais se ligam apenas a substantivos concretos ou abstratos. Além disso, eles representam o agente de determinada ação e transmitem uma ideia de especificação ou posse. Os complementos nominais se ligam a substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios. Além disso, representam o alvo de determinada ação, ou seja, sofrem essa ação.

Para ampliar

BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. trigésima sétima edição Rio de Janeiro: Lucerna, 2009.

ORTOGRAFIA

Uso dos porquês

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

Você se considera uma pessoa curiosa?

Muitas vezes, questionamo-nos sobre coisas e nem sempre encontramos uma resposta imediata para elas. Provavelmente você já se fez (ou fez para alguém) alguma das perguntas a seguir, publicadas no portal Hipercultura.

1. Leia-as e discuta com seus colegas. Se souber a resposta, compartilhe com a turma.

Por que os canteiros das avenidas se chamam canteiros, se não ficam no canto, mas no meio delas?

Por que o milho verde tem esse nome, se é amarelo?

Por que bocejar é contagioso?

Ilustração. Uma pessoa de cabelos curtos pretos, de blusa de mangas compridas em azul e preto, saia longa em laranja, com o braço direito para cima, dedo indicador sobre a boca. Ao redor, dois pontos de interrogação, um em laranja e outro em preto, uma espiga de milho e traços finos em preto. À esquerda, um círculo visto do alto de uma avenida larga com três pistas de cor cinza com carros e transportes indo para a direita e outras três pistas indo para a esquerda, entre as pistas, uma ilha com vegetação verde. Há vegetação nas laterais das pistas também.

RESPONDEMOS 35 perguntas sem resposta. Hipercultura, abre colchetesem localfecha colchete centésima2017-2022. Disponível em: https://oeds.link/dWw6Gh. Acesso em: 30 abril 2022. Adaptado.

Dependendo da sua função, os “porquês” são escritos de fórmas diferentes, o que pode gerar dúvidas. Para não se confundir, entenda a diferença de cada um deles na escrita:

  • por que é usado em perguntas diretas ou indiretas, no começo ou no meio da frase. Nesse caso, sempre podem estar subentendidas as palavras “razão” ou “motivo”;
  • por quê tem a mesma finalidade do anterior, porém aparece no fim da frase;
  • porque – é utilizado em respostas e equivale a “pois”;
  • porquê – é um substantivo e equivale à palavra “motivo”. Nesse caso, sempre virá acompanhado de um artigo ou de outro determinante.
Respostas e comentários

1. Resposta pessoal.

Ortografia

Uso dos porquês

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Caso os estudantes não saibam as respostas, compartilhe com eles estas possibilidades:
    • Por que os canteiros das avenidas se chamam canteiros, se não ficam no canto, e sim no meio delas? De acordo com o site Hipercultura, isso ocorre porque as “palavras “canto” e “canteiro”, apesar de serem parecidas, não têm nada a ver uma com a outra. “Canto” vem do latim canthus (“borda”) ou cantus (“aresta”). Já “canteiro”, palavra também latina, vem de canterius, um espaço de terreno onde geralmente se plantam flores. Há também o “canteiro de obras”. Mas não há nenhuma exigência de que o “canteiro” esteja na borda ou na aresta de nenhum lugar” (destaques do original). Disponível em: https://oeds.link/dWw6Gh. Acesso em: 23 junho 2022.
    • Por que o milho-verde tem esse nome, se é amarelo? Ainda de acordo com o site Hipercultura, porque “o verde não se refere à cor do alimento, e sim ao seu ponto de maturação”. Disponível em: https://oeds.link/dWw6Gh. Acesso em: 23 junho 2022.
    • Por que bocejar é contagioso? “Sim, bocejar contagia. Todo mundo já viveu isso. O que se sabe é que a imitação de estímulos, incluindo o bocejo, tem a ver com uma parte do cérebro chamada córtex motor primário. Outra teoria afirma que a imitação seria uma manifestação de empatia, associada ao vínculo social e não a uma imitação involuntária vinculada ao funcionamento do cérebro.” Disponível em: https://oeds.link/dWw6Gh. Acesso em: 23 junho 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

2. Leia esta tirinha do Armandinho e responda às questões no caderno.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e calça em azul, de camiseta branca e sapatos em marrom. Uma menina de cabelos ruivos, em coque, com uma presilha amarela, camiseta em amarelo e saia em vermelho. Um sapinho de cor verde, de olhos e boca em verde. Q1 – A amiga de Armandinho, com o corpo para a direita, de frente para um local com solo marrom e folhas verde, com a mão esquerda para frente, diz: FOI A GENTE QUE PLANTOU ESTAS CENOURINHAS! Armandinho, com o corpo para a esquerda, pergunta: CENOURAS? ONDE? Q2 – Armandinho em pé, com o corpo para a esquerda. Perto dele, barulho: PLOF! Q3 – À esquerda, a amiga de Armandinho segurando na mão esquerda uma cenoura. Na outra ponta, Armandinho, corpo para a esquerda e perto dele, o sapinho. Armandinho pergunta para a amiga: MA-MAS [...] ELAS FORAM ENTERRADAS? À direita dele, o sapinho olhando para Armandinho.

BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/Sd5TvQ Acesso em: 30 abril 2022.

  1. Reescreva a última fala de Armandinho utilizando um dos porquês e justifique o uso.
  2. Qual é o humor da tirinha?
  3. Imagine que Armandinho tivesse feito sua pergunta das fórmas a seguir. Em seu caderno, complete as frases com o porquê adequado e justifique sua escolha.
    1. “Elas estão enterradas reticências?
    2. “Eu gostaria de saber reticências elas estão enterradas.”
    3. “Eu não entendi o reticências de elas estarem enterradas.”

3. Leia esta manchete de uma matéria.

Rinite: por que não existe cura e como controlar nariz entupido e espirros

BIERNATH, André. Rinite: por que não existe cura e como controlar nariz entupido e espirros. VivaBem, Uol. 3 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/qlj7gk Acesso em: 6 maio 2022.

Explique o uso de “por que” na manchete, escrito separadamente.

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Que tal fazer um jogo de perguntas e respostas?
    1. Em grupos, definam o tema do jogo.
    2. Na sequência, dividam uma folha em partes iguais e escrevam nelas as perguntas. Lembrem-se de que as questões devem começar com “por que”.
    3. Feitas as perguntas, juntem todas em um monte. Estabeleçam quem vai começar a responder e estipulem um tempo máximo para que o jogador possa dar sua resposta.
    4. Vence aquele que acertar mais respostas.
Fotografia. Uma pilha de folhas em branco. À frente, uma folha separada, com texto em preto: Jogo de perguntas e respostas.
Respostas e comentários

2.a) “Ma-mas por que elas foram enterradas?” Usa-se “por que”, pois se trata de uma pergunta, e o termo aparece no começo da frase.

2.b) O fato de Armandinho achar que a cenoura tinha sido enterrada, quando, na verdade, ela nasce dessa forma.

2.c) Respostas: um por quê – utilizado no fim de frase interrogativa. dois por que – utilizado no começo ou no meio de frase interrogativa indireta. três porquê – equivale a “o motivo”; é um substantivo.

3.• Nesse caso, pode-se entender que o uso se justifica por ser uma pergunta indireta ou por indicar razão, motivo. Ambas as respostas estão corretas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

2c. Comente que a única fórma não utilizada foi “porque”, já que é usada em afirmativas, e aqui temos diferentes fórmas de fazer a mesma pergunta.

  1. Supervisione a atividade, no sentido de verificar as perguntas que foram feitas pelos estudantes, sobretudo o grau de dificuldade delas. Além disso, fica a seu critério a divisão dos grupos, para que haja um efetivo aproveitamento desse momento de aprendizagem.

Se preferir, combine com os estudantes que levem de casa as questões prontas e que apenas joguem em sala de aula. Para tanto, será necessário definir com antecedência os grupos, a fim de que cada um prepare seu material.

4a. Para auxiliar os estudantes nessa atividade, pergunte a eles se serão perguntas relacionadas a alguma área específica ou de conhecimentos gerais.

O emprego dos porquês pode se justificar também pela equivalência a “pelo qual”, como em: o caminho por que passei não foi fácil.

A acentuação do “que”, por sua vez, pode ser explicada também em razão da entonação que ele recebe ao encerrar uma frase. Analise com a turma os exemplos a seguir, para evidenciar esse caso.

Nós ainda não entendemos por que você saiu da sala (pergunta indireta – por qual razão/ por qual motivo).

Você saiu da sala por quê? (pergunta direta com o “quê” tônico ao fim da frase).

Ele tem lá os seus porquês para ter saído da sala (substantivo, precedido de determinantes, sinônimo de “motivos”).

Para ampliar

QUANDO USAR “porque”, “por que”, “porquê” e “por quê”? Professor Pasquale responde. BBC News. Disponível em: https://oeds.link/U4PQM5. Acesso em: 5 junho 2022.

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Pesquisa de opinião: educação inclusiva

1. Copie o quadro a seguir em uma folha à parte e complete-o com as informações pedidas. O questionário vai mostrar sua opinião sobre educação inclusiva.

Ícone. Modelo.
Pesquisa de opinião: educação inclusiva

Data:

Turma:

Ano:

Idade:

Sexo:

1. Para você, o que é uma educação inclusiva? Explique.

2. Na sua opinião, a educação deve ser inclusiva? Por quê?

3. Você concorda com as seguintes afirmações ou discorda delas (assinale apenas uma resposta):

Concordo totalmente

Concordo em parte

Indiferente

Discordo mais ou menos

Discordo totalmente

Não sei

As escolas se tornam melhores ao incluir crianças com deficiência.

Crianças com deficiência aprendem mais estudando com crianças sem deficiência.

Pais de crianças com deficiência têm medo de que seus filhos sofram preconceito na escola.

Os professores têm interesse em ensinar crianças com deficiência.

O QUE a população brasileira pensa sobre educação inclusiva. Instituto Alana, São Paulo, julho 2019. Disponível em: https://oeds.link/m5MdWA Acesso em: 29 abril 2022. Adaptado.

O questionário a que você acabou de responder é um levantamento da sua opinião sobre o tema “educação inclusiva”. Ao juntar todas as respostas, você conhecerá a opinião da turma sobre esse assunto.

Cartaz. Cartaz na horizontal. Mão de uma pessoa segurando um megafone em branco, com detalhes em vermelho. À direita, na abertura, listras finas em branco. Texto: SUA OPINIÃO IMPORTA.
Respostas e comentários

1. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu vou aprender

Pesquisa de opinião: educação inclusiva

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Antes da pesquisa com a turma, pergunte aos estudantes o que eles sabem a respeito de educação inclusiva, para levantar hipóteses sobre o assunto, despertar a curiosidade em relação à temática e promover o compartilhamento de informações e saberes. Destaque que a educação inclusiva é um dos Direitos da Criança e do Adolescente e que também faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ó dê ésse 4), visando à promoção de uma educação de qualidade, inclusiva e equitativa. Os direitos da criança e do adolescente estão contemplados também entre os Tema Contemporâneo Transversal propostos pela BNCC.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Esclareça que as pesquisas de opinião são gêneros textuais do campo da vida pública, mas também transitam pelo campo das práticas de estudo e pesquisa, seja como documentos, para análises documentais, seja como instrumentos de coleta de dados, para o desenvolvimento de pesquisas científicas. Para isso, precisam ser resultantes de amostras controladas e apresentar tratamento qualitativo ou quantitativo que dê credibilidade às informações obtidas. É importante apresentar noções introdutórias de práticas de pesquisas para os estudantes, de modo a familiarizá-los com essa realidade.

Oriente os estudantes a responder ao questionário individualmente. Ao término, proponha uma roda de conversa sobre o assunto e coloque, como exemplo do que eles deverão fazer nas próximas atividades, algumas respostas às perguntas 1 e 2 na lousa, como se fosse fazer uma lista de codificação agrupando-as por temas ou ideias; essa parte é a qualificação das respostas abertas (também chamadas de perguntas qualitativas). Após qualificar, quantifique o número de respostas com a mesma ideia fazendo a tabulação. Depois, faça o mesmo com a pergunta de escala. Esta é mais fácil por já ter respostas prévias listadas. Após a tabulação, você pode construir com a turma uma tabela e o gráfico para cada resposta.

Nessa atividade inicial, além de levantar o conhecimento prévio dos estudantes sobre educação inclusiva, ela também já traz noções sobre etapas de pesquisa de opinião, como o objetivo do estudo (saber a opinião da turma sobre a educação inclusiva, por exemplo), a elaboração das perguntas (alguns tipos de perguntas: abertas e de escala) para a confecção do questionário, a aplicação do questionário, a tabulação dos dados

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê três três

ê éfe oito nove éle pê dois zero

ê éfe oito nove éle pê dois um

ê éfe oito nove éle pê dois quatro

ê éfe oito nove éle pê dois cinco

ê éfe oito nove éle pê dois sete

ê éfe oito nove éle pê dois oito

ê éfe oito nove éle pê três um

A pesquisa de opinião, ou sondagem, é um levantamento estatístico realizado por meio de ferramentas de pesquisa, como os questionários, em uma amostragem de determinada população, indicando o que esse público-alvo pensa sobre um assunto ou produto específico.

Fotografia. Mãos de uma pessoa com um tablet na horizontal, com bordas em preto. A tela tem página em branco e detalhes em azul. Na tela, lê-se: PESQUISA.
Muitas pesquisas hoje são feitas digitalmente, com auxílio de programas on-line específicos para isso.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. A partir do universo da amostra (estudantes do 8º ano), vamos qualificar o público-alvo.
    1. Qual foi a amostra dessa pesquisa?

Meu universo (total de estudantes do 8º ano) = ?

Minha amostra (total de estudantes que responderam) = ?

  1. Entre os entrevistados, quantos eram do sexo masculino e quantos eram do sexo feminino?
  2. Qual é a média da idade dos entrevistados?
  1. Analisar e consolidar os dados da pesquisa.
    1. Para facilitar a etapa de codificação e tabulação, formem três grupos. Cada grupo ficará responsável por uma pergunta.
    2. Para as perguntas abertas (1 e 2), classifiquem as respostas em positivas, negativas e neutras. Depois, separem-nas por temas/assuntos. Dessa classificação e separação, resultará uma lista de códigos. Cada tema ou assunto receberá um número, ou código de resposta. Essa codificação vai transformar as respostas qualitativas em quantitativas para que possam ser agrupadas e analisadas estatisticamente.
    3. Para a pergunta de escala, basta tabular para ter a quantidade de respostas de cada afirmação de acordo com a escala.
    4. Cada grupo deve analisar os dados obtidos, consolidando as informações e reagrupando-as em tabelas, gráficos ou infográficos que possam ser utilizados na apresentação dos resultados.
    5. Reúnam as informações transportando-as para uma única apresentação (relatório, por exemplo) que deve, ao final, ter as considerações feitas pelos grupos e uma da turma toda.
    6. Combinem com o professor como vocês podem compartilhar com a comunidade escolar a pesquisa que fizeram.
Respostas e comentários

2 e 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Uma das características da pesquisa de opinião é o contrôle da amostra dos dados, isto é, a qualificação do público-alvo. Auxilie os estudantes na caracterização do público que respondeu à pesquisa, informando o número de integrantes da turma e a quantidade de respondentes, ajudando-os a identificar a divisão por sexo e a média de idade.
  2. Para a análise e a consolidação dos dados, organize a turma em grupos, a fim de que a tabulação possa ser feita de maneira mais ágil. Esclareça que as respostas às perguntas abertas requerem, inicialmente, uma análise qualitativa, isto é, que não emprega um instrumental estatístico como base do processo de análise, bem como a interpretação do que foi escrito pelo participante. Na sequência, porém, essas respostas serão agrupadas por códigos, o que permitirá contabilizar os dados qualitativamente, assim como as respostas às perguntas fechadas.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha à turma que pesquise a respeito do Projeto de Lei nº 3.445/21 e descubra o que ele propõe em relação ao tema “inclusão”. Oriente os estudantes a identificar e a anotar no caderno quem é o autor do projeto (Alexandre Padilha), o ponto principal da proposta (cria uma política para facilitar a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho) e o que objetiva (resolver o problema da dificuldade que as pessoas com deficiência têm de acesso a um emprego). Destaque que a tomada de notas é um dos recursos disponíveis para não deixar que se percam certas informações. Outra possibilidade é a realização de sínteses, com destaque para os pontos focais abordados no conteúdo pesquisado.

Para ampliar

Vêber, Andréa F.; PÉRSIGO, Patrícia M. Pesquisa de opinião pública: princípios e exercícios. Santa Maria: , 2017.

Resumo de relatório em formato de fôlder

  1. O Instituto Alana encomendou uma pesquisa de opinião sobre educação inclusiva para saber o que a população brasileira pensa sobre o assunto. O resumo do relatório consta do fôlder reproduzido a seguir.
    1. Observe como os dados foram apresentados, a diagramação, os recursos visuais utilizados para chamar a atenção do leitor.
    2. Depois, leia o texto para analisar o conteúdo e como ele é apresentado para que faça sentido e chame a atenção do leitor.

Reprodução de fôlder. Fôlder dividido em três colunas. Primeira coluna à esquerda, fundo na vertical em amarelo, texto: Pesquisa Datafolha encomendada pelo Istituto Alana O QUE A POPULAÇÃO BRASILEIRA PENSA SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA. julho de 2019 ALANA, logo do instituto. Segunda coluna, do meio, texto: CONHEÇA A PESQUISA Encomendada pelo instituo alana, esta pesquisa do Datafolha teve como objetivo conhecer as percepções da população brasileira em relação à educação inclusiva, concepção que entende que todos os alunos, com ou sem deficiência, podem aprender juntos. Ilustração. Um balão de fala em amarelo. Texto: FORAM REALIZADAS 2.074 ENTREVISTAS. À direita, símbolo do sexo masculino, em azul-claro e feminino, em amarelo e abaixo dos símbolos 16+. Texto: COM HOMENS E MULHERES COM MAIS DE 16 ANOS Abaixo, silhueta do Brasil em cinza, texto: DISTRIBUÍDAS EM 130 MUNICÍPIOS. Terceira coluna, da direita, texto: RESULTADOS Foram apresentadas frases sobre educação inclusiva para os entrevistados responderem se concordam ou discordam de cada uma delas, com o intuito de verificar suas opiniões frente ao tema. 86% CONCORDAM 'AS ESCOLAS SE TORNAM MELHORES AO INCLUIR CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA.' 76% CONCORDAM 'CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA APRENDEM MAIS ESTUDANDO JUNTO COM CRIANÇAS SEM DEFICIÊNCIA' 68% DISCORDAM 'A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA ATRASA O APRENDIZADO DAS CRIANÇAS SEM DEFICIÊNCIA QUANDO ESTUDAM JUNTAS.'
Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Se possível, analise com os estudantes o relatório na íntegra, disponível no site do Instituto Alana, desde a introdução, os objetivos de pesquisa, a metodologia, os dados da amostra, os resultados da pesquisa, o recorte do perfil dos entrevistados, até as considerações finais.

Retome as características e a estrutura, bem como o contexto de produção e circulação de um fôlder. Chame a atenção para o título, que destaca o público-alvo da pesquisa (população brasileira) e o tema pesquisado (educação inclusiva). Observe também os recursos usados para caracterizar a amostra pesquisada e apresentar os resultados, como títulos, subtítulos, o uso de aspas, ícones, o contorno do mapa, fontes com cores, destaques e tamanhos diferentes, a sequência da apresentação das informações Sinalize o uso recorrente do tempo presente no modo indicativo como fórma de atestar a veracidade dos fatos.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê três três

ê éfe oito nove éle pê dois cinco

ê éfe oito nove éle pê três um

Reprodução de fôlder. Fôlder dividido em colunas. Primeira coluna, à esquerda, fundo vertical em branco, texto: OUTROS RESULTADOS. 87% CONCORDAM – Pais de crianças com deficiência têm medo de que seus filhos sofram preconceito na escola. 71% CONCORDAM – Professores têm interesse em ensinar crianças com deficiência. 60% DISCORDAM – A escola pode escolher se aceita matricular uma criança com deficiência. Os dados apresentados são somatórias das variações “concordam totalmente”, “concorda em parte” e “discorda totalmente", “discorda em parte”. Ponto de exclamação amarelo à esquerda do texto: A PESQUISA CONCLUIU QUE ENTREVISTADOS QUE CONVIVEM COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA TÊM ATITUDE MAIS FAVORÁVEL EM RELAÇÃO À INCLUSÃO. Segunda coluna, fundo vertical branco, texto: DADOS DA AMOSTRA. APROXIMADAMENTE 1 EM CADA 10 BRASILEIROS TEM ALGUMA DEFICIÊNCIA. Ilustração de dez silhuetas de pessoas em pé, nove delas em amarelo e uma em azul. Embaixo, texto em branco em fundo cinza: Não há diferença significativa entre o dado desta pesquisa e números do IBGE, que, em 2018, apontou que 93% da população brasileira é composta de pessoas sem deficiência e 7% de pessoas com deficiência. Em azul com fundo branco, texto: ENTRE AS CRIANÇAS DE 0 A 14 ANOS COM DEFICIÊNCIA. Em branco, com fundo azul e tamanho maior, texto: 26% ESTÃO FORA DA ESCOLA. Em branco com fundo cinza: Esse dado também se assemelha aos dados apresentados pelo Censo 2010 do IBGE, que diz que 27,6% das crianças com deficiência estão fora da escola.

O QUE a população brasileira pensa sobre educação inclusiva. Instituto Alana, São Paulo, julho 2019. Disponível em: https://oeds.link/m5MdWA Acesso em: 29 abril 2022.

Para ampliar

“O Alana é uma organização de impacto socioambiental que promove o direito e o desenvolvimento integral da criança e fomenta novas fórmas de bem viver. Para tanto, estruturou-se em três frentes: Instituto Alana; AlanaLab; e Alana Foundation.”

Para saber mais, acesse: https://oeds.link/wAHWIM Acesso em: 2 maio 2022.

Reprodução de logotipo. Logotipo do Instituo Alana: na parte superior, uma borboleta em amarelo. Na parte inferior, texto em preto: alana.

Leia esta matéria especial sobre a PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (í bê gê É) em parceria com o Ministério da Saúde e apoio do Ministério da Educação. Disponível em: https://oeds.link/Or8xBr Acesso em: 30 abril 2022.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • O fôlder é um texto multimodal que associa recursos verbais e não verbais na apresentação das informações. A associação entre esses recursos produz um efeito persuasivo muitas vezes não percebido pelo leitor.
  • Leia o fôlder com a turma de modo que os estudantes percebam não apenas o conteúdo temático expresso, como também as estratégias empregadas para chamar a atenção do leitor e acionar processos cognitivos para a construção dos sentidos. Observe que os resultados quantitativos, assim como as imagens, em função das cores e do tamanho, acabam ganhando mais destaque do que os textos verbais, que são mais explicativos. Mas, para a adequada compreensão, é importante que o leitor considere tanto as informações verbais quanto as não verbais, pois elas se complementam e possibilitam uma visão mais ampla e adequada dos resultados apresentados.
  • Converse com os estudantes sobre o Alana após ler o Para ampliar do Livro do Estudante, bem como a matéria sobre a PeNSE. Se for possível, reserve um tempo na sala de informática para que os estudantes possam acessar os sites indicados. Caso não seja possível, disponibilize de fórma impressa ou proponha uma sala de aula invertida pedindo a eles que acessem esses sites em casa. Se a tarefa de ler o conteúdos dos sites antes da conversa sobre eles em sala de aula for a escolhida, sugira aos estudantes que convidem os familiares para ler com eles. Na data marcada, eles devem trazer as impressões que tiveram sobre o Alana e o PeNSE, bem como a impressão dos familiares.

Para ampliar

RIBEIRO, Ana Elisa. Textos multimodais: leitura e produção. São Paulo: Parábola Editora, 2016.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado. Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que vocês acharam dessa pesquisa de opinião? Expliquem.
  2. Algum dos resultados chamou a atenção de vocês? Por quê?
  3. Vocês acham que é importante realizar pesquisas de opinião como essa? Por quê?
  4. Se vocês fossem propor a realização de uma pesquisa de opinião, sobre qual assunto iam propor e por quê?
    1. Conversem para expor a ideia de vocês e ouvir as dos colegas.
    2. Há assuntos em comum? Se sim, quais?
    3. Vocês os consideram importantes (para vocês, para a escola, para a comunidade, a cidade, o país, o mundo)? Por quê?
  5. Quem encomendou a pesquisa?
    1. Com qual objetivo?
    2. Qual concepção norteou a pesquisa?
  6. Quem realizou a pesquisa?
  7. Qual foi a amostra dessa pesquisa?
  8. Qual é o perfil do público-alvo?
  9. Onde a pesquisa foi realizada?
  10. Como foi realizada a pesquisa para obter os resultados? Copiem do fôlder o trecho que responde a essa questão.
  11. Analisem o resultado apresentado no fôlder com o resultado da pesquisa realizada por vocês. As frases na pergunta de escala foram propositalmente as mesmas para vocês poderem comparar os resultados de ambas as pesquisas.
  12. O que a pesquisa concluiu?
  13. Vocês devem ter observado que há palavras no fôlder destacadas em negrito. Por que vocês acham que foram dados esses destaques?
  14. Que outros recursos foram utilizados no fôlder para ilustrar e chamar a atenção do leitor?
Respostas e comentários

1 a 4. Repostas pessoais.

5. O Instituto Alana.

5.a) Com o objetivo de conhecer as percepções da população brasileira em relação à educação inclusiva.

5.b) A concepção de que todos os estudantes – com ou sem deficiência – podem aprender juntos.

6. O instituto de pesquisas Datafolha.

entrevistas.

8. Homens e mulheres com mais de 16 anos.

9. Em mais de 130 municípios brasileiros.

10. “Foram apresentadas frases sobre educação inclusiva para os entrevistados responderem se concordam ou discordam de cada uma delas, com o intuito de verificar suas opiniões frente ao tema.”

11. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes possam verificar se os resultados foram iguais, semelhantes ou muito diferentes e tentem analisar o porquê, formulando hipóteses.

12. A pesquisa concluiu que entrevistados que convivem com pessoas com deficiência têm atitude mais favorável em relação à inclusão.

13. O objetivo é chamar a atenção do leitor para palavras-chave no texto, direcionando seu olhar para o que o autor/escritor quer que ele preste atenção ou concorde com o ponto de vista apresentado.

14. Fontes de cores e tamanhos diferentes; aspas; ícones representando pessoas, sexo, representação do mapa do Brasil, balão de fala; gráficos, entre outros.

Compreensão textual

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • As atividades de 1 a 15 podem ser realizadas em dupla. Isso colabora para a troca de informações entre os pares e auxilia também nos processos de avaliação e autoavaliação. A aprendizagem entre pares é uma das práticas que compõem as metodologias ativas e ajudam a melhorar o aprendizado dos estudantes.

Para observar e avaliar

As duplas devem ser compostas de modo que os pares se complementem e um possa ajudar o outro. Por exemplo, uma dupla pode ser composta de um estudante com mais facilidade para falar e outro para escrever. Ou por alguém que consiga interpretar textos verbais com mais facilidade e outro que seja melhor na leitura de imagens.

Nessa condição, a dupla precisa ser acompanhada pelo professor, que terá a oportunidade de esclarecer dúvidas à medida que elas forem surgindo. Esse acompanhamento permitirá ao professor observar o desenvolvimento dos estudantes e avaliar os resultados.

A dupla poderá realizar ainda uma autoavaliação de desenpenho na atividade, com base em critérios previamente definidos (como se os objetivos foram alcançados, se a condução da atividade ocorreu dentro do prazo previsto, se ambos colaboraram para chegar ao final da tarefa, entre outros aspectos).

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Se possível, apresente o fôlder completo para os estudantes e pergunte: na contracapa, que informações são apresentadas ao leitor? Resposta: o quê érreCode e o link para acessar a pesquisa completa, a hashtag da educação inclusiva e o convite para acompanhar as atividades do Instituto Alana nas redes sociais.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro três

ê éfe oito nove éle pê zero cinco

ê éfe oito nove éle pê três um

ê éfe zero oito éle pê um seis

15. Leia este trecho de uma matéria e responda às questões.

População brasileira é favorável à inclusão nas escolas

reticências

De acordo com a pesquisa, os brasileiros tendem a ter opiniões favoráveis à inclusão de crianças com deficiência na escola regular. reticências

A margem de erro máxima é de cinco pontos percentuais, para mais ou para menos. Ainda assim, o nível de confiança é de 95%. reticências

Inclusão importa: confira os resultados da pesquisa

Para 86%, as escolas se tornam melhores com a educação inclusiva. Além disso, 76% acreditam que as crianças com deficiência aprendem mais estudando junto com crianças sem deficiência.

“A pesquisa indica o apoio da sociedade brasileira para a educação inclusiva. Não há como retornar ao modelo em que pessoas com deficiência ocupavam espaços e escolas separadas. A população compreende que, na escola comum, a diversidade é uma grande oportunidade para todos aprenderem mais”, afirma a coordenadora da área de educação do Instituto Alana, Raquel Franzim.  reticências

POPULAÇÃO brasileira é favorável à inclusão nas escolas. Instituto Alana, São Paulo, 15 outubro 2019. Disponível em: https://oeds.link/7xQOh8 Acesso em: 29 abril 2022.

  1. O título da matéria está de acordo com o resultado da pesquisa? Explique.
  2. Por que o verbo “ser” é utilizado no título no presente do indicativo?
  3. Reproduza no caderno o quadro a seguir e escreva o que as expressões indicam no texto.
Ícone. Modelo.

1. É favorável

2. De acordo

3. Ainda assim

4. Além disso

  1. Como alguns dados foram apresentados na matéria?
  2. Por que a fala da coordenadora da área de educação do instituto foi introduzida no texto?
Fotografia. Em uma quadra de basquete de solo marrom, com detalhes em branco e linhas em azul. Dois jovens cadeirantes, um ao lado em jogada de basquete. À esquerda, jovem com regata branca e segurando nas mãos uma bola de basquete em laranja. À direita, um jovem visto de costas, de cabelos pretos, de regata em vermelho. Ao fundo, outros jogadores vistos parcialmente e mais ao fundo, arquibancada.
Todos têm direito à educação e à igualdade, independentemente de algum tipo de deficiência. EducaçãoInclusiva
Respostas e comentários

15.a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes analisem o percentual das respostas às frases apresentadas na pesquisa para chegar a uma conclusão favorável ou não, explicando como e por que chegou a tal conclusão.

15.b) Para reforçar a afirmação feita e conferir atualidade ao que se afirma.

15.c) 1. Modalização epistêmica. 2. Operador argumentativo de conformidade. 3. Operador argumentativo de contraposição à conclusão anterior. 4. Operador argumentativo de soma.

15.d) Os dados foram traduzidos em percentuais, que servem de base para mostrar o que as pessoas pensam sobre educação inclusiva.

15.e) Para dar valor de autoridade e trazer a voz de terceiros para o texto.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

15. Na leitura do texto, chame a atenção dos estudantes para os recursos empregados na introdução de outras vozes, como “de acordo”, “a pesquisa indica”, e a citação direta do que a coordenadora afirmou. Observe também o uso da inversão, em “Para 86%”, colocado na posição de tópico no período para evidenciar o percentual de “escolas que se tornam melhores com a educação inclusiva” e, consequentemente, defender o discurso de que a educação inclusiva é boa para todos. Na oração seguinte, o uso do conectivo “além disso”, para somar as ideias, e do percentual (76%) na posição de sujeito ajudam a reforçar a mesma ideia, deixando claro o resultado da pesquisa, o posicionamento dos respondentes e do próprio Instituto Alana, responsável pela matéria.

15c. Retome com os estudantes a modalização epistêmica. Segundo córh (2009), “é favorável” pode ser considerado um “predicado cristalizado”, como em “é preciso”, “é necessário”. Ele é formado por “é + adjetivo”. Esse modalizador geralmente assume a posição inicial ao que está modalizando, trazendo antecipadamente a posição do falante/escritor e direcionando a fórma como o que está sendo lido/ouvido deve ser entendido. Pergunte aos estudantes a diferença do uso de “é favorável” no título e “tendem a ter opiniões favoráveis”, no primeiro parágrafo. Observe que, no título, a construção é afirmativa-asseverativa; já no parágrafo a afirmação é amenizada pelo uso do verbo “tender”.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Verbos transitivos e complementos verbais

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Releia o trecho de resultados do fôlder O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva.

“As escolas se tornam melhores ao incluir crianças com deficiência”.

“Crianças com deficiência aprendem mais estudando junto com crianças sem deficiência”.

“Professores têm interesse em ensinar crianças com deficiência”.

  1. Do ponto de vista do significado, como se classificam os verbos destacados?
  2. Por que esses verbos estão no plural?
  3. O verbo destacado na segunda oração tem sentido completo ou precisa de algum complemento?
  4. Quanto ao verbo destacado na terceira oração, ele apresenta sentido completo ou precisa de complemento? Por quê?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até d.

  1. Do ponto de vista do significado, como se classificam os verbos “tornam”, “aprendem” e “têm”?
  2. Por que esses verbos estão no plural?
  3. Na oração “Crianças com deficiência aprendem mais estudando junto com crianças sem deficiência”, o verbo “aprendem” tem sentido completo ou precisa de algum complemento?
  4. O verbo “têm” na oração “Professores têm interesse em ensinar crianças com deficiência” apresenta sentido completo ou precisa de complemento? Por quê?

Os verbos significativos podem ser intransitivos ou transitivos. Os verbos transitivos são aqueles cujo sentido não é completo e, por essa razão, precisam de um complemento. Eles se classificam em:

  • transitivos diretos: exigem um complemento sem preposição;
  • transitivos indiretos: exigem um complemento com preposição;
  • transitivos diretos e indiretos: exigem dois complementos – um sem preposição e outro com preposição.
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

2. Agora, releiam este trecho da matéria “População brasileira é favorável à inclusão nas escolas”.

Inclusão importa: confira os resultados da pesquisa

reticências “A pesquisa indica o apoio da sociedade brasileira para a educação inclusiva. Não há como retornar ao modelo em que pessoas com deficiência ocupavam espaços e escolas separadas reticências”.

Respostas e comentários

1.a) tornam: verbo de ligação; aprendem: verbo significativo; têm: verbo significativo.

1.b) Porque concordam com o sujeito ao qual se ligam, todos no plural: “as escolas”, “crianças com deficiência” e “professores”.

1.c) Nesse caso, “aprendem” tem sentido completo, pois não requer complemento. Os demais termos a ele relacionados não funcionam como objetos, mas como adjuntos adverbiais.

1.d) O verbo não apresenta sentido completo e precisa de complemento. Os professores têm o quê? Interesse.

Língua e linguagem

Verbos transitivos e complementos verbais

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1b. Relembre que o acento circunflexo em “têm” denota que o verbo está na terceira pessoa do plural. Comente que isso ocorre com os verbos derivados de “ter”, entre eles: “conter”, “deter”, “reter”. A diferença é que, na segunda e na terceira pessoas do singular, eles também recebem acento, porém agudo: tu conténs/ ele contém/ eles contêm.

1c. Comente que a transitividade de alguns verbos pode se dar em razão do contexto. É o que acontece com o verbo “aprender”. Nesse contexto, ele não requer um complemento, mas em outras situações isso se faz necessário. Por exemplo: a menina aprendeu rápido a lição (“a lição” complementa o sentido de “aprendeu”).

Habilidade BNCC

ê éfe zero oito éle pê zero seis

  1. Observem os verbos destacados em azul. Quanto à transitividade, eles se classificam do mesmo modo? Por quê?
  2. Por que os verbos destacados em verde não estão ambos no plural ou no singular?
  3. Agora, imaginem que o trecho foi escrito da seguinte fórma:

A pesquisa indica. Não há como retornar ao modelo em que pessoas com deficiência ocupavam.

Qual é o problema do texto? Que relação ele tem com a transitividade dos verbos em destaque?

3. Releiam esta informação sobre o Alana.

O Alana é uma organização de impacto socioambiental que promove o direito e o desenvolvimento integral da criança e fomenta novas fórmas de bem viver.

Reprodução de logotipo. Logotipo do Instituo Alana: na parte superior, uma borboleta em amarelo. Na parte inferior, texto em preto: alana.
  1. Ambos os verbos destacados em verde são transitivos, pois não apresentam sentido completo. Que termos da oração complementam esses verbos?
  2. Com base nesses complementos, como podemos classificar esses verbos quanto à transitividade?

Os termos que complementam os verbos transitivos são chamados de objetos.

O objeto direto é o termo que completa a significação dos verbos transitivos diretos, ou seja, sem preposição. Por exemplo:

Esquema. Os termos que complementam os verbos transitivos são chamados de objetos. O objeto direto é o termo que completa a significação dos verbos transitivos diretos, ou seja, sem preposição. Por exemplo: Os alunos amam a hora do recreio! objeto direto: a hora do recreio O objeto indireto é o termo que completa a significação dos verbos transitivos indiretos, ou seja, com preposição. O bom motorista obedece às regras do trânsito. objeto indireto: às regras de trânsito

O objeto indireto é o termo que completa a significação dos verbos transitivos indiretos, ou seja, com preposição.

Esquema. Os termos que complementam os verbos transitivos são chamados de objetos. O objeto direto é o termo que completa a significação dos verbos transitivos diretos, ou seja, sem preposição. Por exemplo: Os alunos amam a hora do recreio! objeto direto: a hora do recreio O objeto indireto é o termo que completa a significação dos verbos transitivos indiretos, ou seja, com preposição. O bom motorista obedece às regras do trânsito. objeto indireto: às regras de trânsito
Respostas e comentários

2.a) Não. O verbo “importar”, nesse contexto, é intransitivo (a inclusão importa/é importante). Já o verbo “conferir” é transitivo (direto).

2.b) Porque se referem a sujeitos diferentes. A fórma verbal “indica” refere-se ao sujeito “A pesquisa”; “ocupavam” refere-se ao sujeito “pessoas com deficiência”.

2.c) A compreensão do trecho ficou prejudicada, pois os verbos perderam seus complementos e não foi possível saber o que a pesquisa indica nem o que as pessoas com deficiência ocupavam.

3.a) No caso de “promove”, o complemento é “o direito e o desenvolvimento integral da criança”. No caso de “fomenta”, o complemento é “novas fórmas de bem viver”.

3.b) Ambos são verbos transitivos diretos, pois os complementos não são regidos por preposição.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

2a. É sempre importante mencionar a diferença entre os verbos transitivos e intransitivos, sobretudo no que se refere ao contexto discursivo. O verbo “importa” é mais um exemplo de verbo que, a depender do contexto, pode ter sua regência alterada, podendo ser intransitivo (o Brasil quer importar mais), transitivo direto (o Brasil importa petróleo) ou transitivo indireto, no sentido de ter como consequência (importar em algo) ou de ter importância (não me importo).

2c. Enfatize que a questão não é apenas teórica. Os complementos verbais são essenciais para completar o sentido de determinados verbos. Sem eles, a compreensão do enunciado fica comprometida.

3a. Reforce que, no caso dos verbos transitivos, é natural que se faça uma pergunta ao verbo para encontrar seu complemento. Nesse caso, “promove o quê?” e “fomenta o quê?”. Mostre aos estudantes que, nessa pergunta, não há preposição.

4. Você já ouviu falar em “Abril azul”? Observe o cartaz a seguir.

Ilustração. Cartaz na vertical. Ao fundo, em cinza, à direita, uma fita azul, com duas pontas inferiores cruzadas. Mais abaixo, peça de um quebra-cabeça em azul-claro, vista parcialmente. À esquerda, texto: Aceitar Entender Amar Um coração vermelho, pequeno, perto do verbo: AMAR. Mais abaixo, texto: Abril azul – Mês da conscientização sobre Autismo.

FACULDADE DO BICO. Campanha Abril Azul. Augustinópolis, 2022. 

a. Para você, com que objetivo este cartaz foi criado?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, essa campanha é importante? Por quê? Compartilhe sua opinião com os colegas.
  2. Os verbos utilizados no cartaz são todos transitivos, mas não têm nenhum complemento explícito. Por que os criadores da campanha teriam feito isso?
  3. Imagine que você é o criador da campanha e, agora, precisa completar o sentido dos verbos usados no cartaz. No caderno, reescreva esses verbos inserindo os objetos. Para isso, considere os objetivos da campanha.
  4. Sintaticamente, como se classificam os objetos que você atribuiu a esses verbos? Por quê?

5. Leia agora este trecho de uma matéria sobre o mesmo tema.

Abril Azul: autistas e o direito à educação

reticências

A promulgação da Lei Federal nº 12.764, em 27 de dezembro de 2012 foi um grande avanço na luta pela inclusão escolar de crianças e jovens autistas. Batizada como Lei Berenice Piana, ela institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista classificando, definitivamente, os autistas como pessoas com deficiência. Isso garantiu mais direitos e ampliou as informações sobre o transtorno à sociedade.

Respostas e comentários

4.a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que foi criado com o objetivo de divulgar o “Abril azul”, o mês da conscientização sobre autismo.

4.b) Resposta pessoal.

4.c) A ausência de objetos diretos explícitos enfatiza as ações que esses verbos expressam, ou seja, aceitar, entender e amar. Além disso, é possível inferir que essas ações devem recair sobre as pessoas com autismo, isto é, elas devem ser aceitas, entendidas e amadas.

4.d) Resposta pessoal.

4.e) Objetos diretos, pois não são precedidos de preposição.

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Antes da leitura do cartaz, pergunte aos estudantes o que é autismo e se conhecem o termo “Transtorno do Espectro Autista” (TEA). Chame a atenção para a importância do respeito ao abordar o tema e principalmente do respeito às pessoas que fazem parte do espectro. Depois, esclareça que o TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento que provoca dificuldades na comunicação, nas relações sociais e afetivas; acarreta interesses específicos e repetitivos; altera a sensibilidade a estímulos sensoriais auditivos, visuais e táteis. Fala-se em “espectro” porque o autismo é como um feixe de luz, um conjunto de características que podem se manifestar de diferentes fórmas e em diferentes níveis.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Na leitura do cartaz, chame a atenção para a fita e as peças de quebra-cabeça que aparecem na imagem. Pergunte se sabem o que significam. Também pergunte se sabem o porquê do uso da cor azul e do mês de abril para a campanha. Explique que se trata de símbolos do autismo. A cor azul foi escolhida porque a maioria dos casos de autismo ocorre entre meninos (cêrca de 80%); o quebra-cabeça simboliza a complexidade do TEA e as dificuldades de compreensão enfrentadas pelas pessoas no espectro; e a fita, geralmente apresentada, formada pelo quebra-cabeça, é o símbolo universal do autismo e usada como fórma de promover a conscientização sobre o tema. Por fim, o mês de abril está associado à Organização das Nações Unidas (ONU), que criou, em 2 de abril de 2007, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Sugira aos estudantes que pesquisem as leis que definem direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, como a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, conhecida como Lei Berenice Piana, e a Lei nº 13.977, de janeiro de 2020, conhecida como Lei Romeo Mion, identificando o que elas estabelecem.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero quatro

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado pela dificuldade na comunicação e interação e na realização de comportamentos repetitivos. Ele se apresenta em diferentes fórmas, podendo ter graus mais leves a mais graves. As causas do transtorno não são totalmente conhecidas. Evidências apontam para a possibilidade de predisposição genética, infecções durante a gravidez e até aspectos ambientais como poluição.

reticências

MORALES, Juliana. Abril Azul: autistas e o direito à educação. Guia do Estudante, São Paulo, 14 abril 2021. Disponível em: https://oeds.link/J0QNO5 Acesso em: 1 maio 2022.

  1. Você conhece o termo Transtorno do Espectro Autista?
  2. Como o autismo é caracterizado no texto?
  3. De acordo com o texto, o que a Lei Federal número 12 764 representa?
  4. Do ponto de vista sintático, quais são os sujeitos dos verbos destacados?
  5. Quanto à transitividade, como se classificam os verbos destacados?
  6. Quais são os objetos desses verbos e como se classificam?
Versão adaptada acessível

Atividade 5, itens a até f.

  1. Você conhece o termo Transtorno do Espectro Autista?
  2. Como o autismo é caracterizado no texto?
  3. De acordo com o texto, o que a Lei Federal n. 12 764 representa?
  4. Do ponto de vista sintático, quais são os sujeitos dos verbos “institui”, “garantiu”, “ampliou” e “apontam”?
  1. Quanto à transitividade, como se classificam esses verbos?
  2. Quais são os objetos desses verbos e como se classificam?
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

6. Leiam esta tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros. Apresenta como personagens: menino de cabelos castanhos,  par de óculos de grau, camiseta em azul-claro e bermuda em azul. Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, camiseta em branco. Sapinho de cor verde, com olhos e boca em preto. Q1 – À esquerda, o amigo de Armandinho com o corpo para a direita, diz: EU NÃO 'SOFRO' DE ASPERGER! Armandinho, à direita, com o corpo para a esquerda. Entre eles, o sapinho olhando para o amigo, sorrindo. Q2 – O amigo de Armandinho, continua: TUDO BEM QUE EU VEJO AS COISAS DE UMA FORMA UM POUCO DIFERENTE... Armandinho o observa sorrindo e ao centro, sapinho para a esquerda, sorrindo. Q3 – Armandinho à direita, de boca fechada e sapinho com a boca reta, olhando para o amigo, fala: ... MAS EU SOFRO É DO PRECONCEITO DOS OUTROS!

BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/1rdIAy Acesso em: 1 maio 2022.

  1. Vocês sabem o significado de “Asperger”? Em caso afirmativo, expliquem.
  2. O que o personagem quis dizer ao afirmar que não “sofre” de Asperger?
  3. Que mensagem a tirinha transmite?
  4. Como se classifica o verbo “sofrer”, com relação à transitividade?
  5. Por que os objetos ligados a esse verbo são importantes para compreender a mensagem da tirinha?
Respostas e comentários

5.a) Resposta Pessoal.

5.b) Como “um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado pela dificuldade na comunicação e interação e na realização de comportamentos repetitivos. Ele se apresenta em diferentes fórmas, podendo ter graus mais leves a mais graves”.

5.c) Representa um grande avanço na luta pela inclusão escolar de crianças e jovens autistas.

5.d) Pela ordem: “ela” (insistiu), “isso” (garantiu e ampliou) e “evidências” (apontam).

5.e) Os verbos “instituiu” e “garantiu” são transitivos diretos; “ampliou” é verbo transitivo direto e indireto; “apontam” é transitivo indireto.

5.f) Pela ordem: a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (objeto direto); mais direitos (objeto direto); as informações sobre o transtorno (objeto direto); à sociedade (objeto indireto); para a possibilidade de predisposição genética, infecções durante a gravidez e até aspectos ambientais como poluição (objeto indireto).

6.a) Resposta pessoal.

6.b) Que essa sua particularidade não lhe causa sofrimento. O que lhe causa sofrimento é o preconceito dos outros.

6.c) Que as pessoas não devem ter preconceito em relação à condição de seus semelhantes.

6.d) Verbo transitivo indireto. No caso, sofrer de algo.

6.e) Porque eles indicam aquilo de que a personagem não sofre (de sua condição) e aquilo de que a personagem sofre (do preconceito das pessoas).

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

5d. Caso queira, pergunte quais termos esses sujeitos retomam. Pela ordem, esses termos seriam: “a Lei Federal nº 12.764” (ela) e “o fato de a Lei ter classificado os autistas como pessoas com deficiência” (isso).

  • No texto, as palavras “ela” e “isso” funcionam como sujeito dos verbos destacados, embora não sejam substantivos. No caso, são pronomes e têm valor anafórico, ou seja, retomam algo dito anteriormente. A autora lançou mão desse recurso para evitar repetições desnecessárias.
  • Os objetos representam o alvo ou o resultado do processo verbal que o verbo transitivo indica. Por essa razão, são essenciais à compreensão dos enunciados.

6a. Caso haja estudantes que desconheçam, explique que a Síndrome de Asperger é considerada um tipo leve de Transtorno do Espectro Autista. Segundo consta do site do Hospital Infantil Sabará: “Não se trata de uma doença, mas sim de uma ‘condição’”. Disponível em: https://oeds.link/J5LlDY. Acesso em: 24 junho 2022.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha aos estudantes que respondam a esta pergunta: Qual é a importância dos objetos para a compreensão do texto?

Resposta: os objetos, por completarem o sentido dos verbos transitivos, trazem informações relevantes para o entendimento do texto. Sem eles, a compreensão ficaria prejudicada.

Aproveite o cartaz da atividade 4 para trabalhar os recursos de persuasão utilizados na peça, levando os estudantes a perceber como imagens, escolha lexical se relacionam com as estratégias persuasivas e argumentativas para “vender” a ideia ao leitor, no caso da propaganda, ou um produto ou serviço, no caso do anúncio publicitário.

VOCÊ É O AUTOR!

Pesquisa de opinião

Que tal fazer uma pesquisa de opinião sobre o que pode ser melhorado onde você mora ou na sua escola?

Identificação e entendimento do problema

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Pensem em problemas que os deixam preocupados, indignados, tristes , na escola ou na comunidade da qual fazem parte. Pode ser algo bem simples, como falta de bebedouro ou acesso à internet na escola; terreno baldio com lixo ou falta de água na comunidade.
    1. Anotem os problemas em uma folha à parte. Esse é o momento de identificar o problema, não há certo ou errado, apenas enumerem todos que venham à cabeça de vocês.
    2. Ao lado de cada problema, anotem quem ou o que é afetado por ele.
    3. A partir dessa lista, pensem em como eles poderiam ser solucionados, ou seja, quais propostas poderiam ser feitas a quem tem o poder de resolvê-los.
    4. Compartilhem seus achados com os colegas. Dos mais citados, selecionem dois ou três.
Fotografia. Duas jovens sentadas de frente para uma mesa branca, onde há um notebook aberto. À esquerda, mulher de cabelos longos castanhos, de blusa de mangas compridas em verde. Ela aponta com o dedo indicador para frente, perto da tela de notebook. Ao lado dela, mulher de cabelos castanhos penteados para trás, com par de óculos de grau preto e blusa de mangas curtas com listras na horizontal em branco e preto. Ao fundo, outras pessoas, uma em pé e outras sentadas. Mais ao fundo, um grande mural com várias folhas afixadas.
Anotem todas as ideias sem pensar em certo ou errado, depois analisem qual é a mais viável.

Lembrem-se de que, em vários casos, a própria comunidade pode resolver um problema. Por exemplo, promover um mutirão para limpar um terreno baldio e um acordo entre os moradores de manter o local limpo.

O que eu sei e ainda preciso saber

2. Façam, em uma folha à parte, um quadro como o sugerido a seguir. Em uma coluna, coloquem o que vocês já sabem sobre os problemas selecionados; na outra, o que vocês ainda precisam saber.

Ícone. Modelo.

O que eu sei

O que eu ainda preciso saber

Pesquisem, na biblioteca da escola ou virtual, o que vocês ainda precisam saber para fazer novas propostas ou melhorar as existentes. Essas informações serão úteis para formular as perguntas do questionário de pesquisa de opinião.

Respostas e comentários

1. Respostas pessoais.

Você é o autor!

Pesquisa de opinião

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Na identificação e no entendimento do problema, utilize passos da Cultura Maker (pensar, planejar, prototipar), com a ideia do “faça você mesmo”, entendendo o erro como parte do processo de aprendizagem e o fazer como algo fundamental; e do Design Thinking (definir o problema com empatia — entendimento e observação — desenhar a solução — ponto de vista e ideação —; e prototipar, testar e fazer melhor — prototipagem, teste e iteração).
  • A pesquisa de opinião pode ser transformada em uma atividade interdisciplinar com Matemática e Geografia.

1d. À medida que os estudantes forem compartilhando as informações, vá anotando, em formato de lista, na lousa os problemas, quem e o que são afetados por eles, as possíveis soluções e os órgãos responsáveis por resolvê-los. Isso facilitará a visualização para a escolha dos dois ou três mais citados.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Oriente os estudantes em relação às reflexões iniciais, como a definição do objetivo da pesquisa, do público-alvo (qualificação e quantidade), de como e quando a pesquisa será aplicada, de como se dará a análise dos dados e como serão divulgados os resultados. Solicite a colaboração do professor de Matemática, para a definição de um quantitativo que seja representativo do público que se deseja alcançar com a pesquisa. Depois, divida a turma em duplas, de modo que cada uma fique responsável por um número específico de questionários a serem aplicados.
  2. Na construção do questionário, alerte quanto à retomada do estudo realizado inicialmente sobre o tema, pois ele ajudará na elaboração das perguntas.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um três

ê éfe seis nove éle pê dois dois

ê éfe seis nove éle pê dois seis

ê éfe seis nove éle pê três um

ê éfe seis nove éle pê três três

ê éfe seis nove éle pê três seis

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ê éfe seis nove éle pê quatro três

ê éfe seis nove éle pê cinco seis

ê éfe oito nove éle pê dois um

ê éfe oito nove éle pê dois quatro

ê éfe oito nove éle pê três um

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Planejamento e elaboração do questionário

  1. Para elaborar a pesquisa de opinião, reflitam sobre:
    1. o objetivo da pesquisa e o universo da amostra (aqui, definam quantos questionários vocês terão de aplicar para ter uma amostra significativa);
    2. o que é preciso para qualificar a amostra (público-alvo) sexo, idade, turma/região em que mora, escolaridade ;
    3. ferramentas de pesquisa (no caso, questionário impresso);
    4. recursos para realizar a pesquisa;
    5. quando a pesquisa será aplicada;
    6. plano de codificação e tabulação, análise e consolidação dos dados;
    7. relatório dos resultados da pesquisa de opinião e divulgação.
  2. Roteiro de questionário.
    1. Definam os tipos de perguntas: abertas, fechadas, de escala
    2. Listem o que vocês querem saber com cada pergunta, ou seja, qual é o objetivo de ter aquela pergunta em tal formato e que tipo de informação ela trará.

Lembrem-se de que, para as perguntas abertas, vocês terão de codificá-las para poder ler as respostas estatisticamente (releiam, na página 95, o item b da atividade 3).

  1. Desenho do questionário.
    1. Cabeçalho.
    2. Filtro (identificação do entrevistado/público-alvo): idade, sexo, escolaridade, turma ou região em que mora
    3. Corpo do questionário (perguntas).
    4. Encerramento com agradecimento.

Testagem e aplicação

6. Testem os questionários entrevistando algumas pessoas (escolha aleatória).

Façam os ajustes necessários a partir do resultado do teste.

7. Na data combinada com o professor, em grupos, realizem as entrevistas.

Qualificação, análise e consolidação

  1. Qualifiquem o público-alvo (releiam, na página 95, a atividade 2).
  2. Analisem e consolidem os dados da pesquisa.
    1. Para isso, tabulem as perguntas e transformem os dados em tabelas, gráficos e infográficos.
    2. Transportem os dados analisados e consolidados para fazer uma apresentação.
Respostas e comentários

5a. Sobre o cabeçalho (dados de identificação do questionário), solicite que contenha: numeração, data, local em que foi aplicado (como cidade ou bairro), quem aplicou, nome do respondente (pode ser só o primeiro nome, para manter sigilo)

  1. Na testagem, oriente os estudantes a avaliar se todas as perguntas foram respondidas, se alguém questionou alguma delas, se há respostas que apontam uma possível incompreensão do que foi perguntado, se o tempo previsto para a realização da pesquisa foi adequado Após essa reflexão, sugira que ajustem as questões para que a realização definitiva da pesquisa possa ocorrer.
  2. Na aplicação, peça a eles que façam a abordagem de fórma gentil e educada, apresentem-se, expliquem a proposta e agradeçam ao final.
  1. Para a análise e a consolidação dos resultados, oriente os estudantes para que sigam o passo a passo apresentado no livro e as definições estabelecidas na fase inicial da pesquisa.

Na construção do relatório, explique que a introdução deve conter o objetivo da pesquisa, a caracterização do público-alvo e uma breve explicação de como e quando foi realizada a coleta dos dados. No desenvolvimento, é preciso esclarecer os critérios considerados para a análise e devem ser revelados os resultados por meio de gráficos, tabelas e outros recursos ilustrativos, de maneira a tornar mais claro e atrativo o texto. Oriente os estudantes que utilizem recursos de hierarquização das ideias, como “em primeiro lugar”, “em segundo lugar”, “por outro lado”, ou de explicação, como “isto é”, “ou seja”, “dito de outra fórma”, “por exemplo”, na organização das informações apresentadas. Na conclusão, é importante evidenciar se os objetivos iniciais foram alcançados e em que aspectos os resultados podem contribuir para a solução do problema analisado. Alerte para a importância do uso da norma-padrão e de recursos de modalização que explicitem e assegurem a confiabilidade dos resultados, como o uso do presente do indicativo.

9b. A apresentação completa dos resultados com a análise podem ser em formato de relatório de pesquisa, como o apresentado pelo Instituto Alana. Oriente os estudantes a inserir a introdução e as considerações finais. Incentive-os também a fazer uma apresentação mais resumida, como o fôlder. Para isso, eles podem utilizar ferramentas gratuitas na internet que dispõem slides mestres ou outros formatos de apresentações interativas. É importante os estudantes desenvolverem o letramento digital necessário para aplicar ao longo das várias situações da vida acadêmica ou profissional.

Para observar e avaliar

Antes da aplicação dos questionários, peça a eles que façam uma avaliação do questionário produzido, observando se as perguntas atendem aos objetivos propostos, se não induzem à resposta esperada, se a linguagem é clara e adequada ao público-alvo, e se não há problemas ortográficos, gramaticais, de pontuação ou de textualidade que possam interferir na compreensão das perguntas. Esse exercício de autoavaliação colabora para o desenvolvimento da habilidade metacognitiva necessária para a aquisição de uma consciência sobre aquilo que se aprende.

ORALIDADE

A pesquisa em exposição

Com o relatório da pesquisa de opinião pronto, chegou o momento de compartilhar os resultados em uma exposição com painéis. Vocês já observaram ou participaram de uma exposição com painéis?

Planejamento

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Antes de pôr a mão na massa, conversem sobre alguns pontos:
    1. nome da exposição;
    2. público-alvo (quem serão os convidados e os possíveis visitantes);
    3. melhor local para montar a exposição (pedir autorização ao responsável pelo local);
    4. como montar a exposição;
    5. como os conteúdos (verbais e não verbais) podem ser selecionados e dispostos (lembrem-se de colocar ao menos um infográfico);
    6. quais são os melhores materiais para produzir os painéis (papel, cartolina, papel Kraft, papelão);
    7. recursos físicos e tecnológicos necessários;
    8. onde fixar os painéis (parede, cavalete);
    9. quantos painéis serão e qual será o melhor tamanho de cada um para que o conteúdo (texto e imagem) nele exposto seja legível, por exemplo: 95 centímetros de largura por 120 centímetros de altura;
    10. fórma do convite e divulgação do evento (cartazes e convites impressos e em redes sociais, por exemplo);
    11. divisão das tarefas: organizem-se para que todos possam colaborar;
    12. definam a atividade principal de cada um e no que mais podem ajudar após o término de suas tarefas;
    13. definam quem serão os apresentadores, por exemplo: quem vai introduzir a apresentação, quem vai explicar o trabalho feito por vocês; quem vai apresentar o relatório da pesquisa de opinião (aqui talvez seja interessante ter o apoio de alguns slides, vídeos ), quem vai explicar os painéis, quem vai encerrar a apresentação e convidar os visitantes a apreciar os painéis.

A exposição dos painéis é o que o visitante vai ver, então tudo tem de estar organizado e disposto de fórma atrativa e autoexplicativa, para que o conjunto de painéis faça sentido.

Respostas e comentários

Oralidade

A pesquisa em exposição

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • A apresentação oral dos resultados da pesquisa de opinião exigirá que os estudantes construam outro gênero escrito, agora de maneira mais sintética: o painel. Esclareça que o uso de painéis é muito comum no meio acadêmico para a apresentação de resultados de pesquisas durante feiras, congressos, seminários, exposições e outros eventos dessa natureza. Eles são colocados em espaços de grande circulação para que o público participante do evento possa conhecer mais sobre a pesquisa. Na programação do evento, também costuma ser estabelecido um horário para a apresentação desses painéis e um tempo de apresentação, assim os pesquisadores podem falar rapidamente da pesquisa para o público presente. Essa apresentação concentra-se em destacar os objetivos da pesquisa, a fórma como ela foi realizada – desde a coleta dos dados até a análise –, os resultados e as conclusões. Oriente a turma na definição de todos esses aspectos, de modo que todos possam participar ativamente da organização da exposição e da apresentação da pesquisa.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um quatro

ê éfe seis nove éle pê três três

ê éfe seis nove éle pê três oito

ê éfe seis nove éle pê quatro um

ê éfe seis nove éle pê cinco seis

ê éfe oito nove éle pê dois cinco

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

Criação dos painéis

  1. Elaborem os painéis de acordo com o que discutiram no planejamento.
    1. Para isso, primeiro façam um esboço, em folhas à parte, “desenhando” como deve ficar cada painel com os textos verbais e não verbais.
    2. Estabeleçam a ordem em que os convidados e visitantes vão vê-los. Faz sentido? Eles vão entender o resultado da pesquisa?
    3. Lembrem-se de que, mesmo sendo o resultado da pesquisa apresentado em painéis, deve haver introdução, desenvolvimento e considerações finais.
  2. Criem os painéis definitivos com os materiais e recursos escolhidos.

Dia do evento

  1. Organizem o espaço, deixando evidentes o início e o término da exposição dos painéis e onde será feita a apresentação do resultado da pesquisa de opinião.
  2. Façam as apresentações e, ao final, abram um espaço para as perguntas dos convidados.

Após a apresentação, promovam um ambiente propício para uma discussão informal sobre o assunto com os convidados.

Fotografia. Em um local com estante e livros organizados na vertical. Ao centro, de frente de uma estante, uma menina vista da cintura para cima, de cabelos pretos penteados para trás, de blusa preta e camisa por cima em jeans em azul-claro. Ela olha para frente sorrindo, com uma caneta preta na mão direita e na mão esquerda, uma pasta. À frente, jovens sentados sobre cadeiras. Em segundo plano, à direita, uma cortina em cinza-claro.
A apresentação dos painéis pode ser feita em qualquer espaço escolar, como biblioteca, pátio interno, quadra de esportes.
Respostas e comentários

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1k. É interessante que a turma seja dividida em grupos e que cada um fique encarregado de uma tarefa – por exemplo, grupo 1: encontrar e organizar o local; grupo 2: fazer os convites e divulgar o evento; grupo 3: selecionar os conteúdos e a organização deles nos painéis; grupo 4: confeccionar os painéis; grupo 5: organizar a apresentação no dia do evento (recepcionar convidados e visitantes, orientá-los ); grupo 6: apresentar os painéis. Conforme os grupos forem terminando suas tarefas, os integrantes podem ser reagrupados em outros.

5. Lembre à turma que se trata de um contexto formal de uso da língua e que requer uma linguagem que reflita a seriedade do trabalho realizado. Oriente-os a evitar o uso de gírias e de outros recursos comuns no uso informal da língua, bem como a repetição de alguns marcadores de fala, como “né”, “tá” e “daí”. Não significa que eles não possam ser usados, mas é importante que seja um uso consciente e não torne o discurso cansativo. Alerte para o fato de que mesmo um discurso formal pode ser interativo, divertido e atrativo ao público que assiste à apresentação. Por isso, podem ser incluídas perguntas ao público como fórma de chamar a atenção e de estabelecer a aproximação e o diálogo. Essa aproximação é importante para que o público se sinta à vontade para interagir ao final da apresentação, fazendo perguntas.

Para observar e avaliar

Proponha uma autoavaliação ao final do processo, de maneira que cada estudante liste o que considerou como suas potencialidades na tarefa e suas maiores fragilidades ou desafios. Esse levantamento será importante para cada um reconhecer em que aspectos pode contribuir mais e que habilidades ainda precisam ser mais bem desenvolvidas. Para o professor, é uma oportunidade de observar o grupo e orientar sua prática em novas atividades, a fim de colaborar para o aprendizado de todos.

VOCÊ, BOOKTUBER

Os primeiros booktubes

Neste primeiro bimestre, você leu e produziu conteúdo literário sobre o livro escolhido, produziu o booktube e, depois, compartilhou-o na rede escolhida.

Agora, é o momento de compartilhar o booktube e sua experiência com a turma, conforme combinado com o professor. Veja se alguma das resenhas apresentadas pelos booktubers desperta em você o interesse necessário para levá-lo a ler o livro indicado.

Com vocês... os mais incríveis booktubers do pedaço!

Ilustração. Formato retangular com contorno em vermelho. Ao centro, captura de tela de cena de um vídeo. Uma menina vista da cintura para cima, de cabelos até os ombros em castanho, com uma flor à esquerda, de pétalas em branco, de blusa rosa-escuro e colar em amarelo. Ela segura na mão esquerda, um pedestal cinza, onde há um celular suspenso. À direita, vários retângulos coloridos na vertical.
Ilustração. Formato retangular com contorno em vermelho. Ao centro, captura de tela de cena de um vídeo. Um menino visto da cintura para cima, de cabelos castanhos, de camiseta em roxo. Na mão direita, segura uma câmera preta sobre uma haste, de frente para ele. À direita, vários retângulos coloridos na vertical.
Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Sentem-se em semicírculo para que vocês possam se ver durante a apresentação dos booktubes da turma.

Antes, cada booktuber deve fazer uma pequena introdução, contando como foi a experiência, o que foi difícil de fazer e qual foi a solução encontrada

2. Enquanto estiver assistindo aos booktubes, tome nota do que achar mais interessante e que possa ajudá-lo a tomar uma decisão mais tarde ou a interagir com os colegas durante a conversa.

Tome notas!

Tomar notas é uma das ferramentas para ajudar a reter os conteúdos, pois, para reescrever com nossas próprias palavras o que ouvimos ou lemos, primeiro temos de assimilar esses conteúdos.

Respostas e comentários

Você, booktuber

Os primeiros booktubes

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Nesta unidade, temos o fechamento da leitura do primeiro livro e a escolha do próximo. Propomos aos estudantes que escolham a próxima leitura com base em indicações e opiniões dadas pelos booktubers da turma. Isso não impede que eles também usem outras fontes, como resenhas pesquisadas em biblioteca, vlogues ou blogues literários, fanpages, revistas e jornais.
  • A escolha dos livros deve ser pessoal e não restrita a um gênero textual específico. A leitura é um produto cultural e tem função social ao retratar, pela óptica do autor, visões de mundo que são coletivas de determinado grupos sociais e, muitas vezes, trazem problemáticas sociais presentes em diferentes comunidades, bairros, cidades, estados e países.
  • Forme uma roda de leitura e explique como será feita a apresentação dos booktubers, a ordem, se haverá espaços para comentários, se algumas dessas avaliações despertaram interesse pela leitura
  • Após a escolha do livro, peça aos estudantes que estabeleçam os objetivos de leitura (apreciação/lazer, estudo ). Depois, organize os combinados (fórmas de tomar notas, planejamento da leitura, dia da gravação, dia da apresentação ). Também converse sobre o contexto de produção e o compartilhamento: público-alvo, suporte
  • Oriente-os a tomar nota das impressões que tiveram ao ler a obra, dos aspectos que chamaram a atenção deles e das relações com a realidade para usarem depois, na gravação do vídeo. A resenha deve ser produzida com base nas anotações feitas durante a leitura, incluir o motivo por que escolheram aquele livro, as opiniões sobre a obra, a indicação ou não de lê-la e por quê, informações sobre o autor, referências, ilustrações, se houver, se são interessantes, a linguagem empregada, se tem humor/ironia, comparações com o que foi dito na resenha que ajudou na escolha o livro, entre outros.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero seis

ê éfe seis nove éle pê zero oito

ê éfe seis nove éle pê dois seis

ê éfe seis nove éle pê quatro cinco

ê éfe seis nove éle pê quatro seis

ê éfe oito nove éle pê dois seis

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3. Após as apresentações, faça perguntas aos booktubers sobre os livros e as resenhas apresentados, de modo a ajudá-lo a tomar uma decisão.

Se ainda ficar em dúvida, consulte outras resenhas, vlogues ou blogues literários, fanpages Lembre-se de que todos esses materiais vão apenas nortear a sua escolha, não a definir. Você fará isso ao manusear o livro, ler a contracapa, a orelha, folheá-lo

Escolha do próximo livro

  1. Reserve um tempo para analisar suas anotações e as eventuais respostas dos booktubers para ver se algum dos livros resenhados por eles chamou a sua atenção.
  2. Escolhido o próximo livro, converse com a turma sobre a sua decisão. Explique como ela foi tomada.

Cronograma

6. Estabeleça seu objetivo de leitura e cronograma dividindo-os em fases: leitura, elaboração da resenha, gravação do vídeo, compartilhamento

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

7. Apresente seu cronograma à turma e ao professor para alinhar com o deles e marcar as datas que precisam ser em comum, como as apresentações.

Produção da resenha e gravação do booktube

  1. Roteiro da resenha e gravação.
    1. Planeje o roteiro da resenha para ajudá-lo no momento de escrevê-la, observando a estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão) e as características desse gênero textual.
    2. Leia, revise e edite antes de escrever a versão final, tendo cuidado com os aspectos linguísticos-gramaticais.
    3. Produza o roteiro de gravação.
    4. Ensaie sua fala para que ela seja o mais natural possível. Observe o melhor enquadramento para filmar e a qualidade e o direcionamento da luz.
    5. Edite o vídeo, limpando os ruídos, verificando se a voz está audível, cortando as partes desnecessárias

Lembre-se de que, além da resenha sobre o livro lido no booktube, você também pode dar outras dicas de leitura, propor rodas literárias ou bate-papos com autores ou fãs, entre outras possibilidades.

Apresentação e avaliação

9. Pronto! Na data combinada com o professor, você e os colegas vão assistir aos booktubes produzidos e postá-los no canal escolhido coletivamente!

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • A seguir, sugerimos algumas dicas de anotações que podem ser repassadas aos estudantes:

    Há várias fórmas de tomar notas. Veja algumas.

  1. Pense no objetivo de fazer essas anotações. Isso o ajudará a escolher a melhor fórma de anotar.
  2. Identifique o conceito-chave da aula, da palestra, do vídeo
  3. Seja seletivo; não anote tudo. Identifique os pontos mais importantes, anotando-os de maneira resumida.
  4. Você pode usar palavras-chave, por exemplo, para depois fazer um esquema.
  5. Faça as anotações já pensando em uma organização, como a definição de tópicos, títulos, subtítulos
  1. Converse sobre as obras apresentadas pelos booktubers da turma, relacionando-as ao contexto de produção e circulação, para que eles percebam como elas se encaixam na sociedade da época que representam ou que pretendem representar (como os livros de ficção científica com histórias no futuro). Nesse caso, mesmo representando sociedades do futuro, será que há traços da sociedade e os valores presentes na época em que foi escrito?

8. Retome com os estudantes a estrutura, as características, o contexto de produção e circulação e a função da resenha crítica. Depois, oriente-os quanto ao planejamento da próxima resenha e do vídeo que disponibilizarão.

8e. O Movie Maker Online é um software de edição de vídeos de fácil utilização, disponibilizado on-line. Disponível em: https://oeds.link/Nfsl8X. Acesso em: 5 junho 2022.

Caso não seja possível gravar em vídeo ou áudio a resenha da obra lida, proponha a simulação, como se todos estivessem em um estúdio assistindo à gravação do booktuber. Outra opção, caso não seja possível desenvolver um trabalho focado em booktubers, é propor um fanzine.

  • ATIVIDADE complementar
  • Converse com a turma sobre a experiência de gravação da resenha em vídeo. Do que gostaram mais? O que fariam diferente em uma próxima vez? A atividade funciona como uma autoavaliação e colabora para a construção de uma consciência do próprio processo de aprendizagem.

EU APRENDI!

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Em uma folha à parte, construa uma nuvem de palavras com o que você aprendeu sobre lei, projetos de lei e pesquisa de opinião para que sirva de guia de estudo.
  2. Leia o texto a seguir.

Educação inclusiva: legislação, jurisprudênciaglossário e aspectos práticos

A cada novo ano, os estudantes, os pais e responsáveis e as próprias instituições públicas e privadas de ensino enfrentam o desafio que é a realização das matrículas. Esse período é especialmente desafiador nos casos em que o aluno é uma criança, adolescente ou adulto com deficiência, já que esse público muitas vezes se defronta com a dificuldade e, até mesmo, a resistência das instituições em ofertar uma educação inclusiva.

O desconhecimento da legislação e da posição dos tribunais sobre o assunto, tanto pelos estudantes, pais e responsáveis, quanto pelas instituições públicas e privadas, muito contribui para essa realidade.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ou Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei número 13.146/2015) é um marco para a promoção da educação inclusiva no país e, conforme consta de seu artigo 1º, tem como objetivo: “assegurar e reticências promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. reticências

Assim, a matrícula da pessoa com deficiência nas instituições públicas e particulares de ensino é compulsória e a sua recusa, procrastinaçãoglossário , suspensão, cancelamento, bem como a cobrança de valores adicionais, se motivadas pela própria deficiência, configuram crime punível com pena de reclusão e multa. reticências

As instituições públicas e privadas de ensino, devem, portanto: i. estar atentas à legislação vigente e aos riscos cíveis e penais que eventuais descumprimentos representam; e ii. implementar todas as medidas necessárias à garantia de uma educação verdadeiramente inclusiva.

Fotografia. Dentro de uma sala de aula, dois jovens, um ao lado do outro, se cumprimentando com os cotovelos. À esquerda, um menino baixo, portador de Síndrome de Down. Ele tem cabelos castanhos e usa camiseta laranja e camisa cinza-claro por cima. Sobre as costas, tem uma mochila com alça em vermelho, e um fone bege ao redor do pescoço. Segura em uma mão livros de capa marrom. Ele olha para a direita, sorrindo, com o cotovelo tocando o do outro homem. O rapaz da direita tem cabelos e barba escuros, usa camisa de gola em azul-claro e calça jeans em azul-escuro. Ele leva mochila nas costas, de alças em preto, e olha para o outro, sorrindo. Em segundo plano, sala de aula com estantes de livros.

CARDOSO, Gabriel E. B. Educação inclusiva: legislação, jurisprudência e aspectos práticos. Consultor Jurídico – ConJur, São Paulo, 28 abril 2022. Disponível em: https://oeds.link/zMqSgW Acesso em: 2 maio 2022.

Respostas e comentários

1. Ver possibilidades de resposta em orientações didáticas.

Eu aprendi!

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Estas páginas permitem desenvolver os Tema Contemporâneo Transversal Educação em direitos humanos, Direitos da criança e do adolescente e Saúde; bem como os ó dê és 3 – Saúde e bem-estar e 4 – Educação de qualidade.

1. Esta é uma síntese do que foi abordado na unidade. A partir dela, é possível fazer a nuvem de palavras, que pode ser feita com ferramentas on-line gratuitas ou em papel. Providencie os recursos necessários para a atividade previamente. Avalie a turma e, se achar necessário, monte uma nuvem de palavras com eles para que observem o processo de construção e tenham ideias que possam ajudá-los a construir a nuvem de palavras conforme solicitado na atividade. Do ponto de vista temático, foram abordados na unidade os direitos dos animais, a inclusão e o Transtorno do Espectro Autista. Em relação aos gêneros textuais, foram apresentados gêneros do campo da vida pública, como leis e pesquisas de opinião, também gêneros do campo jornalístico-midiático, como tirinhas, postagens, notícias e reportagens, e do campo do estudo e da pesquisa, como a pesquisa de opinião como instrumento de coleta de dados, o relatório de pesquisa e a resenha. Do ponto de vista da linguagem, foram abordados recursos de modalização, elementos de coesão textual referencial e sequencial, ortografia dos porquês, complementos nominais e verbais.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê dois zero

ê éfe seis nove éle pê dois oito

ê éfe zero oito éle pê zero seis

ê éfe zero oito éle pê zero nove

  1. Segundo o texto, por que a realização de matrículas é especialmente complicada para o público com deficiência?
  2. O autor aponta um motivo para o problema apresentado. Qual seria esse motivo?
  3. Que argumento o autor utiliza para afirmar que a matrícula da pessoa com deficiência nas instituições de ensino é compulsória, ou seja, obrigatória?
  4. Que lei é citada no texto?
    1. Em que ano ela foi sancionada?
    2. Conforme o Artigo 1º, qual é o objetivo dessa lei?
    3. Quais são os modalizadores deônticos utilizados nesse trecho e o que eles indicam?
  5. Copie do texto um operador argumentativo que expressa condição.
  6. No trecho “já que esse público muitas vezes se defronta com a dificuldade e, até mesmo, a resistência das instituições em ofertar uma educação inclusiva”, o que os operadores argumentativos destacados expressam?
Versão adaptada acessível

Atividade 8

No trecho “já que esse público muitas vezes se defronta com a dificuldade e, até mesmo, a resistência das instituições em ofertar uma educação inclusiva”, o que os operadores argumentativos “já que” e “até mesmo” expressam?

  1. Localize no último parágrafo do texto um verbo que expresse a ideia de obrigatoriedade.
  2. Em “O desconhecimento da legislação e da posição dos tribunais sobre o assunto”, qual é a função sintática dos termos destacados em relação ao núcleo do sujeito?
Versão adaptada acessível

Atividade 10

Em “O desconhecimento da legislação e da posição dos tribunais sobre o assunto”, qual é a função sintática dos termos “da legislação” e “da posição dos tribunais sobre o assunto” em relação ao núcleo do sujeito?

11. Em “As instituições públicas e privadas de ensino”, o termo destacado funciona como complemento nominal do núcleo do sujeito ou como adjunto adnominal? Por quê?

Versão adaptada acessível

Atividade 11

Em “As instituições públicas e privadas de ensino”, “de ensino” funciona como complemento nominal do núcleo do sujeito ou como adjunto adnominal? Por quê?

  1. No segundo parágrafo, observe o emprego do verbo “contribui” e responda:
    1. Qual é o sujeito desse verbo?
    2. Por que esse verbo está no singular?
    3. Classifique o verbo quanto à sua transitividade e informe seu objeto.
Respostas e comentários

3. Porque, muitas vezes, esse público se depara com a resistência de algumas instituições em oferecer educação inclusiva.

4. O desconhecimento da legislação e da posição dos tribunais sobre o assunto.

5. A existência de uma lei que garante a matrícula. Seu descumprimento configura crime.

6. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ou Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei número 13 146/2015).

6.a) Em 2015.

6.b) “assegurar e reticências promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.

6.c) Assegurar (obrigatoriedade) e promover (possibilidade).

7. O operador argumentativo é “se”: “se motivadas pela própria deficiência, configuram crime punível com pena de reclusão e multa.”.

8. O operador argumentativo “já que” expressa uma explicação (justificativa). O operador argumentativo “até mesmo” expressa que o próximo argumento é mais forte que o anterior, reforçando-o para chegar a uma mesma conclusão.

9. O verbo é “devem”: “As instituições públicas e privadas de ensino, devem, portanto reticências.”.

10. Ambos são complementos nominais do núcleo do sujeito, representado por um substantivo abstrato (desconhecimento).

11. O termo funciona como adjunto adnominal, pois ele especifica as instituições.

12.a) “O desconhecimento da legislação e da posição dos tribunais sobre o assunto”.

12.b) Porque concorda com o sujeito. Embora seja um sujeito extenso, o núcleo apresenta apenas um substantivo no singular: “desconhecimento”. É com esse termo que o verbo concorda.

12.c) O verbo é transitivo indireto. O objeto indireto é “para essa realidade”.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Na correção das atividades, retome os principais objetos de aprendizagem abordados na unidade, como os recursos de modalização, os aspectos morfossintáticos e os efeitos de sentido produzidos por eles, bem como aspectos relacionados à produção de leitura: condições de produção e circulação do texto, e apreensão dos sentidos globais do texto.

VAMOS COMPARTILHAR

Petição on-line

Ao realizar a pesquisa de opinião, vocês identificaram um problema e propuseram soluções que foram votadas. E agora, além de compartilhar com a comunidade, o que mais pode ser feito?

O que eu sei?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você sabe o que significa petição?
  2. A escola que você frequenta tem algum canal de participação? Qual?
  3. Você já visitou a plataforma e-Cidadania? Se sim, o que achou?
  4. Você acha importante haver um canal ou plataforma de participação na escola, na comunidade, no bairro, na cidade, por exemplo? Por quê?

Pesquisa e avaliação

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, pesquisem plataformas e canais de participação disponíveis on-line.
    1. Façam uma lista com o nome do canal e da plataforma, qual o alcance (local, regional, por exemplo), qual é o objetivo, qual é a função
    2. Avaliem esses canais, por exemplo, classificando-os de 1 a 5, sendo 1 muito ruim e 5 muito bom.
    3. Expliquem o porquê da avaliação e façam uma recomendação ao final, dizendo se vale ou não a pena usar tal canal ou plataforma.
Fotografia. Sobre uma mesa branca, cinco retângulos com estrelas um ao lado do outro e acima de cada um deles, um círculo de madeira de rosto desenhado. Da esquerda para direita: Uma estrela: Rosto com a boca para baixo, bem curvada. Duas estrelas: Rosto com a boca para baixo. Três estrelas: Rosto com a boca reta. Quatro estrelas: Rosto com a boca para cima. Cinco estrelas: mão de uma pessoa colocando um círculo de madeira com rosto e boca para cima, bem curvada. Ao fundo, parede em azul-claro.

Entendendo a petição on-line

  1. Você já ouviu falar de petição on-line? O que você sabe sobre essa modalidade de petição?
    1. Onde ela circula e quem pode participar?
    2. Qual é o objetivo desse tipo de comunicação?
    3. Como fazer uma petição on-line?

Voltem às plataformas e canais de petição on-line para analisar como a parte textual dessas petições é organizada.

Respostas e comentários

1 a 4. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

6. Resposta pessoal.

6.a) Na internet. Todos que tiverem interesse, desde que assinem a petição on-line.

6.b) Solicitar apoio para determinada causa. Por ser on-line, a visibilidade da questão em pauta é bem maior. Também é uma fórma de estimular a participação cidadã.

6.c) Em geral, há título, imagem (vídeo ou foto), destinatário, local para a contagem das assinaturas, corpo do texto (onde é feita a reivindicação, sugestão, reclamação, denúncia ), espaço de atualização sobre a petição, formulário de registro do assinante (nome e sobrenome, imêiou, país ou cidade, link para “assinar petição” ou “assine agora”); em algumas plataformas há um espaço para o resumo do pedido, o qual pode funcionar como um recado de quem assina a proposta para o destinatário, geralmente quem tem o poder de decisão sobre a reivindicação.

Vamos compartilhar

Petição on-line

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Esclareça aos estudantes que a petição é um instrumento legal por meio do qual se pode pedir algo. Esse pedido precisa ser acompanhado de uma fundamentação que o justifique. É um instrumento geralmente utilizado quando uma pessoa considera que seus direitos foram violados. A Constituição federal garante, em seu Artigo 5º, inciso trinta e quatro, alínea “a”, “o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder”.
  1. Em âmbito federal, além da plataforma e-Cidadania, do Senado Federal, estão disponíveis também o Sugira um projeto (https://oeds.link/us1ceI), da Câmara dos Deputados e o Participa + Brasil (https://oeds.link/qVLwzY), vinculado à presidência da República. Também os estados e os municípios costumam disponibilizar canais de comunicação por meio dos quais recebem propostas, sugestões ou reclamações da comunidade. O governo do Distrito Federal, por exemplo, disponibiliza o Portal de Serviços do Distrito Federal, no qual o cidadão pode ter acesso a uma série de serviços e ainda manifestar-se a respeito de necessidade de serviços estruturais nas cidades, transporte público, questões relacionadas a saúde, educação e lazer, entre outros serviços. Oriente os estudantes a pesquisar canais próprios do seu estado ou município, de modo que conheçam melhor os recursos locais disponíveis.
  2. Após a pesquisa, reúna as informações obtidas por eles e esclareça que, em geral, uma petição on-line apresenta título, imagem (vídeo ou foto), destinatário, local para a contagem das assinaturas, corpo do texto (onde é feita reivindicação, sugestão, reclamação, denúncia ), espaço de atualização sobre a petição, formulário de registro do assinante (nome e sobrenome, e-mail, país ou cidade, link para “assinar petição” ou “assine agora”). Em algumas plataformas, há um espaço para o resumo do pedido, o qual pode funcionar como um recado de quem assina a proposta para o destinatário, geralmente quem tem o poder de decisão sobre a reivindicação.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um três

ê éfe seis nove éle pê dois dois

ê éfe seis nove éle pê dois sete

ê éfe oito nove éle pê um sete

ê éfe oito nove éle pê um oito

ê éfe oito nove éle pê um nove

Planejando e produzindo uma petição on-line

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.

7. Que tal transformar um dos problemas da pesquisa de opinião em uma reivindicação ou reclamação para fazer uma petição on-line?

Fotografia. Cinco jovens sentados de frente para mesa de cor cinza. Da esquerda para a direita: uma moça de cabelos longos em castanho, de blusa de mangas compridas em xadrez, preto e vermelho, com uma caneta na mão direita, perto de caderno aberto sobre a mesa. Ao fundo, menino de cabelos pretos, de camiseta em branco, escrevendo na mão esquerda sobre caderno aberto. Uma moça de cabelos armados crespos, castanho e camiseta em bege, com caneta e caderno à frente dela. Uma menina de cabelos longos escuros, com par de óculos de grau em preto e blusa em azul-claro, com as mãos sobre caderno e caneta na mão esquerda. Mais à direita, à frente, uma mulher vista de costas, dos ombros para cima, de cabelos pretos crespos, blusa regata azul e segura nas mãos, uma folha branca. Em segundo plano, outras pessoas sentadas de frente para outra mesa.
Aproveite o trabalho com os colegas para trocar ideias e experiências que possam ajudá-los a elaborar a petição on-line.

a. Em grupos, discutam:

qual poderia ser a reivindicação, qual direito não está sendo cumprido pelo Estado, por exemplo;

como elaborar a petição on-line;

qual seria o melhor canal ou plataforma para fazer a petição on-line;

qual seria o público-alvo;

qual é o objetivo dessa petição e o que se espera alcançar com ela.

  1. Com a ajuda do professor, acessem o canal ou plataforma escolhido e sigam o passo a passo para criar a petição.
  2. Conversem com os outros grupos para compartilhar a experiência.

Discutam se as petições on-line têm fôrça de mudança ou não, de acordo com suas opiniões.

Para ampliar

“O e-Cidadania é um portal criado em 2012 pelo Senado Federal com o objetivo de estimular e possibilitar maior participação dos cidadãos nas atividades legislativas, orçamentárias, de fiscalização e de representação do Senado.” Disponível em: https://oeds.link/8lKsWW Acesso em: 20 maio 2022.

OLIVEIRA, Felipe. Petições online dão certo? Veja como funcionam os abaixo-assinados da web. Tilt, 20 janeiro 2021. Disponível em: https://oeds.link/1CvYu4 Acesso em: 3 maio 2022.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

7. A Escola Brasileira de Direito (Ebradi) sugere seis passos necessários para a elaboração de uma petição inicial: identificar o problema, procurar uma solução legal, descrever os fatos, organizar o embasamento jurídico, fazer os pedidos na ordem correta e juntar os documentos necessários. Parte dessa caminhada já foi realizada pela turma, então oriente os estudantes a reunirem as informações de que já dispõem e a pesquisarem o que ainda falta para construir o documento. Esclareça que é importante seguir a estrutura composicional do texto, mas o essencial mesmo é escrever de maneira clara e objetiva, convencendo o leitor.

7b. Avalie se é viável criar a petição on-line devido à exposição dos estudantes em ambiente virtual ou se é melhor simular essa criação para não expor ninguém. Em todo caso, não utilize nome, sobrenome e endereço de e-mail de nenhum deles.

O importante é que os estudantes conheçam a petição on-line e os canais em que podem se manifestar para protestar ou reclamar sobre algum direito que não está sendo observado.

Glossário

legislação
: conjunto das leis de um país ou de determinado campo de atividades.
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sanção
: confirmação, pelo Poder Executivo, de lei aprovada pelo Poder Legislativo.
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flagrante
: testemunhado ou registrado no momento em que o fato é praticado.
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termo circunstanciado
: documento elaborado por uma autoridade policial sobre um crime de menor relevância do qual tomou conhecimento.
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ser senciente
: dotado de natureza biológica e emocional, passível de sofrimento.
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semovente
: que ou aquele que tem vida própria, move-se por si mesmo.
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privativo
: que impede ou proíbe algo a alguém.
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jurisprudência
: conjunto de decisões e interpretações das leis.
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procrastinação
: adiamento, atraso.
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