UNIDADE 4  Poetando

As propostas desta unidade foram desenvolvidas para você conhecer o universo da poesia e dos poemas. Acompanhe!

Grafite. Vista geral de um muro em azul, com pintura ao centro. Uma cabeça de pessoa de olhos azuis, lábios em rosa e sobre a cabeça, cabelos coloridos em azul, verde e laranja. À esquerda e à direita, pinturas em vermelho e à direita, a palavra DREADS pichada em preto.

EU SEI

A poesia faz parte da minha vida?

Conhecer a diferença entre poesia e poema.

Perceber a poesia na Arte, na natureza e em outras manifestações artísticas ou não.

Fotografia de intervenção urbana. Um prédio à direita de cor cinza-claro, na parede toda está pintada uma mulher sentada para a esquerda. Ela tem cabelos pretos curtos para trás, de camiseta de mangas curtas em preto, calça cinza e par de tênis em branco e preto. Ela está com o braço direito para frente, segurando como se fosse um spray, a imagem de Abaporu (obra de Tarcila do amaral)spray. Mais acima, texto preto em fundo rosa: mulher gigante, mulherão, caminhando com as amigas que vieram inspira azamiga que virão. Ao redor, texto em preto: é também o seu lugar ela vai e faz. À esquerda, prédio em tons de cinza e janelas de vidro. Mais abaixo, parede em marrom e janelas brancas.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Poemas eternos

Compreender o gênero textual poema.

Capítulo 2 – A poesia a céu aberto

Compreender o gênero textual lambe-lambe.

Respostas e comentários

UNIDADE 4

Poetando

Introdução

Esta unidade tem como foco o gênero textual poema, possibilitando a análise de características composicionais, de funções sociais e dos contextos que envolvem sua produção e circulação. A leitura e a análise desse gênero textual contribuem significativamente para as práticas de estudo não apenas de Língua Portuguesa, mas de todas as áreas de conhecimento. Também têm como objetivo a formação leitora do estudante e ampliação de sua visão de mundo.

Esta unidade permitirá a discussão de uma temática importante para a sociedade: diversidade cultural. Esse é um dos Temas Contemporâneos Transversais previstos pela BNCC, e as atividades propostas poderão ser desenvolvidas em parceria com outros componentes curriculares, como História, além dos componentes da própria área, como Arte.

Para os estudantes que tiverem dificuldades em relação aos objetivos de aprendizagem da unidade, sugere-se a análise de diferentes poemas e de outros gêneros dessa esfera social, de modo a permitir que os estudantes percebam com maior clareza o que caracteriza cada um e compreendam sua função social. A realização de atividades em pares ou em grupos possibilita a interação e a troca de conhecimentos, bem como colabora para o desenvolvimento das habilidades esperadas.

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Inicie perguntando aos estudantes quem já visitou um museu. Para aqueles que responderem, motive-os a compartilhar a experiência. Para os demais, pergunte o que eles imaginam encontrar em um museu. Com base nessas respostas, questione o que é Arte para eles. Por fim, pergunte se eles conhecem algum grafite e onde ele estava exposto. Tente relacionar esses questionamentos com as imagens de abertura, em especial a do grafite e a da fachada da Pinacoteca com o banner sobre a exposição OsGêmeos (banner superior).

Competências gerais da Educação Básica

  1. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

  1. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

Lambe-lambe. Papel lilás colado em parede de cor marrom. No papel, texto em preto: AINDA BEM QUE É SÓ UM DIA DE CADA VEZ. DOIS EU NÃO AGUENTAVA. À direita, texto: RAISSA GIO @papel.mulher

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem e ampliação da aprendizagem.

Fotografia. Vista geral de prédio em três andares, com colunas na vertical em marrom-claro. Ao centro, entrada com duas colunas e telhado em formato triangular. Na parte inferior, entrada com escadas pequenas em bege. À direita, dois cartazes pendurados na parede, um em cada andar do prédio.

VAMOS COMPARTILHAR

A arte é para todos: garantia do direito à cultura

Pesquisa, seleção e curadoria da informação para discussão com a turma, com divulgação das conclusões em cartazes para redes sociais.

Respostas e comentários
  • Em seguida, prossiga incentivando-os a comentar se eles veem relação entre poesia e arte. Ressalte que, por envolver opinião, não há resposta certa ou errada, criando um ambiente em que se sintam confortáveis para falar.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Peça aos estudantes que abram o livro e leiam apenas o título da unidade, observando as imagens representadas. Com base no que foi observado e por meio das discussões realizadas nas Atividades preparatórias, incentive-os a criar uma hipótese sobre o que será abordado nesta unidade.
  • Peça a eles que analisem com cuidado a fotografia da Pinacoteca e observem cada detalhe. Depois, pergunte o que eles acharam da imagem. Veja se eles notam o ângulo em que a fotografia foi tirada, as indicações de avançar, retroceder, por exemplo. Explique a eles que essa imagem foi retirada do tour virtual da Pinacoteca. Pergunte se eles já visitaram um museu virtualmente e se gostariam de ter essa experiência.
  • Organize o tour virtual à Pinacoteca do Estado de São Paulo. Para essa atividade interativa, agende a utilização da sala de informática, se houver, ou disponibilize computadores com acesso à internet. Caso não seja possível, peça aos estudantes que façam esse passeio virtual como atividade para casa. Em Vamos compartilhar, no boxe Para ampliar, há o convite para os estudantes visitarem a exposição OSGÊMEOS.
  • Pinacoteca do Estado de São Paulo. Tour virtual disponível em: https://oeds.link/4FUOk0. Acesso em: 15 agosto 2022.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

  1. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
  2. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao interlocutor ou aos interlocutores e ao gênero do discurso/gênero textual.
  1. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho ).
  2. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como fórmas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

Temas Contemporâneos Transversais

  • Diversidade cultural.
  • Educação em direitos humanos.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

  1. Educação de qualidade.

10. Redução das desigualdades.

EU SEI

A poesia faz parte da minha vida?

Você já parou para pensar como a poesia está em sua vida mesmo que você nem perceba? Será que ela está apenas na composição de versos e poemas? Onde mais pode haver poesia? Que outros sentidos ela pode ter?

Observe as imagens a seguir.

Pintura. Um retrato de uma mulher, vista da cintura para cima. Ela tem cabelos castanhos até os ombros, com roupa de mangas compridas em marrom. A mulher tem olhos pequenos, nariz fino, com a mão direita sobre a esquerda. Ao fundo, local com solo em bege, um rio e árvores de folhas verdes, à esquerda. No alto, céu em tons de cinza.
Mona Lisa, ou A Gioconda, de Leonardo da Vinci, 1503-1506. Óleo sobre tela, 77 centímetros × 53 centímetros.
Fotografia. Foco nas mãos de uma pessoa com lápis na mão direita, escrevendo sobre folha de papel com pauta musical, com linhas na horizontal e na mão esquerda, segura uma haste fina de violino.
Violinista fazendo anotações em partitura, que é o registro escrito da música. Nela estão os símbolos que representam as notas das músicas.
Fotografia. Vista geral de local com campo de lavanda, plantas de flores em tons de lilás. No alto, céu em azul-claro.
Lavandário em Valensole, Provence, França.
Respostas e comentários

Eu sei

A poesia faz parte da minha vida?

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Antes de começar a leitura do texto, explore com os estudantes as imagens da página. Pergunte a eles se a poesia está presente também em outras artes, como na pintura ou na música. Comente que, muitas vezes, associamos poesia a algo escrito ou falado, mas ela está presente em diferentes fórmas artísticas, além de estar associada a objetos e paisagens. Depende do modo como percebemos o mundo, essa percepção é individual e particular.
  • Convide alguns voluntários para ler o texto introdutório e as legendas das imagens. Aproveite para perguntar se consideram importante as legendas das fotos e por quê.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro um

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

ê éfe oito nove éle pê dois quatro

ê éfe oito nove éle pê dois sete

Grafite. Vista geral de um muro em azul, com pintura ao centro. Uma cabeça de pessoa de olhos azuis, lábios em rosa e sobre a cabeça, cabelos coloridos em azul, verde e laranja. À esquerda e à direita, pinturas em vermelho e à direita, a palavra DREADS pichada em preto.
Grafite do artista eimar Ribeiro em homenagem ao amigo drédi, exposto em Osasco, São Paulo, 2021.
Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você acha que há poesia no que cada imagem representa: pintura, música, flor, grafite?
  2. A poesia faz parte da sua vida?
  3. Algum poema marcou você? Em caso positivo, qual?

Pesquisa!

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, pesquisem, na biblioteca da escola ou on-line, possíveis respostas para as questões seguintes.
    1. Por que nem sempre a poesia está apenas no poema?
    2. Há diferença entre poesia e poema? Expliquem.
    3. Como gênero literário, a poesia apresenta-se em três tipos: a poesia lírica, a poesia épica e a poesia dramática. Qual é a diferença entre elas? Deem exemplos.
    4. Compartilhem as descobertas com a turma e façam um painel sobre poesia e poema para afixar na sala de aula.
Respostas e comentários

1, 2 e 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

4. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. a 3. Pergunte para a turma sobre a presença da poesia em suas vidas, levando-os a refletir a respeito dessa fórma de expressão artística e literária no próprio cotidiano.

  1. Oriente os estudantes a realizar a pesquisa on-line sempre consultando fontes confiáveis, como sites de universidades e bibliotecas. Diga-lhes que podem usar palavras-chave para fazer a busca e selecionar os textos sobre o assunto. Após a seleção, eles devem fazer a curadoria, verificando a qualidade dos textos selecionados e quais são realmente interessantes para responder às perguntas propostas.

Durante a pesquisa, faça com que notem como a poesia é uma produção artística e, por isso, também está presente em paisagens e objetos, por exemplo. Pode ser interessante explicar a origem da palavra: do grego (capacidade criadora, produção artística ou, simplesmente, criar ou fazer). Em seguida, explique que, no campo literário, o gênero poético é dividido em lírico, épico e dramático. Esses textos caracterizam-se pelo uso de recursos que expressam a linguagem de fórma singular, diferente da do dia a dia. O jogo de palavras, os recursos estilísticos, as figuras de linguagem são utilizados para provocar emoção e sensações nos leitores, como os recursos sonoros e os que sugerem imagens (metáfora ou personificação, entre outras).

4d. Combine com a turma como devem ser as apresentações e incentive-os a usar ferramentas que os apoiem nas apresentações, como slides, ou outras disponíveis gratuitamente na internet. É importante que eles desenvolvam o letramento digital e, para isso, devem utilizar os recursos disponíveis. Oriente-os também a distribuir as informações e/ou imagens nas páginas ou slides; usar a apresentação como apoio para o desenvolvimento do assunto, e não para ler o conteúdo

VOU APRENDER  Capítulo 1

Poemas eternos

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você se lembra de algum poema que tenha lido ou ouvido alguém declamar? Qual?
    1. Ao ouvir o poema, o que você percebeu?
    2. Ele despertou algo em você? O quê?
  2. Você acha que as pessoas percebem os poemas da mesma fórma?
  3. Cada poema é um olhar do poeta sobre um tema entre os mais variados assuntos: a vida, uma pessoa, um acontecimento, um relacionamento, um sonho

Ouça o poema que o professor vai recitar. Ao ouvi-lo, você o relacionou a algum fato, lugar, pessoa, situação que tenha vivenciado e feito você se sentir de fórma parecida?

  1. Ouça novamente o poema. Vamos penetrar nos recursos expressivos. Você consegue perceber, por exemplo:
    1. a organização?
    2. o ritmo, a melodia, a sonorização?
    3. as repetições e as rimas?
  2. Agora, vamos falar dos poetas! Você conhece algum poeta? Se sim, qual ou quais?
  3. Você já ouviu falar em Mário de Andrade? O que sabe sobre ele? Conte aos colegas.
Fotografia em preto e branco. À esquerda, um homem sentado, visto dos ombros para cima. Ele é calvo, com cabelos para atrás, com par de óculos de grau, roupa escura e no pescoço, lenço. Ele olha para frente, mão esquerda sobre a mesa. À direita, acima, caderno de folhas brancas aberto com anotações e outros livros.
Mário de Andrade em sua casa no bairro da Barra Funda. São Paulo, cêrca de 1935.

Mário de Andrade (1893-1945) era um apaixonado por São Paulo e pelo Brasil e foi um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Seu segundo livro de poemas, Pauliceia Desvairada, lançado em 1922, incorpora o espírito do que representou essa semana. Nele, lança os princípios estéticos das vanguardas europeias e o uso do verso livre, iniciando o rompimento com a tradição de até então. Nessa obra, o poeta anuncia: “Escrevo brasileiro”, divulgando o que considera a “língua brasileira”.

Respostas e comentários

1. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que os poemas são únicos e exprimem o olhar do poeta sobre determinado tema. No entanto, ao invocar sensações, impressões, sentimentos, ideias, imagens e reflexões, cada leitor/ouvinte descobre uma sensação única, uma experiência pessoal.

3.• Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

4. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

5. Respostas pessoais.

6. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu vou aprender

Poemas eternos

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Promova uma atmosfera de motivação: quais sentimentos e imagens são despertados no leitor pelo poema?
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Pergunte aos estudantes se lembram-se de algum poema. Deixe que respondam e incentive-os a recitar um. Caso não se lembrem, tenha um poema em mãos para ler. Nesse caso, você pode ampliar a atividade propondo, após a primeira leitura, que eles fechem os olhos para ouvir novamente o poema, deixem-se levar pela leitura. Em seguida, pergunte: Vocês conseguiram imaginar a imagem sugerida? Ao ouvir novamente o poema, vocês descobriram novos sentidos ou compreenderam melhor o que já haviam percebido na primeira vez?
  1. Selecione um poema para recitar à turma que o ajude a explorar os recursos expressivos, como os termos semelhantes (rimas, repetição de letra/som/termos); a posição dos termos nos versos (inicial, final, meio); termos com a mesma função sintática (sujeitos, predicativos do sujeito ); mesma classe gramatical
  2. Explore, durante a releitura, a parte léxico-gramatical e linguística. Se achar interessante, aproveite para explicar o que são rimas, versos regulares, versos brancos e versos soltos. Assista ao vídeo sugerido em Para ampliar.

6. Caso perceba que os estudantes estão com dificuldade de lembrar de um nome específico, pergunte se lembram-se de algum poema ou trecho de poema. Tente ajudá-los a recordar os poemas lidos em anos anteriores ou por escolhas próprias. Comente que será lido o poema “Inspiração”, de Mário de Andrade, publicado em Pauliceia Desvairada. Leia para os estudantes o trecho a seguir para complementar o boxe sobre o autor.

O poema “Inspiração” pertence ao livro Pauliceia Desvairada, primeira obra modernista do gênero. Escrito por Mário de Andrade em 1922, marca o rompimento definitivo do autor com todas as estruturas poéticas e literárias do passado. Sua temática é a musa das poesias, a cidade de São Paulo.

Apresenta uma poesia urbana, sintética, fragmentária e antirromântica, que retrata uma São Paulo concreta, cosmopolita e egoísta com a população heterogênea e a burguesia cínica. Com frequência é visto como um inventário das vivências, percepções e sensações desencadeadas pela modernização da cidade, com a qual o poeta apresenta uma relação ambígua ao longo do livro. A cidade ora é tumba de homens massacrados pelas monções da ambição, de bandeirantes ou de capitalistas, ora é palco de multicoloridos festejos. Seus poemas revolucionaram a linguagem poética brasileira, pregando o verso livre. Numa linguagem simples vemos o uso da ironia, de arcaísmos e coloquialismos, aliterações, trechos em língua estrangeira, eruditismo, evidenciando aproximações com vanguardas europeias (Dadaísmo, Cubismo, Surrealismo, Futurismo e Expressionismo).

Em seu Prefácio Interessantíssimo, vemos as bases estéticas do Modernismo, movimento que transformou o panorama das artes no Brasil. É onde expõe suas ideias a respeito de poesia.

CLARA, Maria. Pauliceia desvairada. Disponível em: https://oeds.link/VMOkLxBlog da BBM. Acesso em: 17 agosto 2022.

Em Pauliceia Desvairada, o eu líricoglossário saúda São Paulo e sua vida urbana, sua população, suas nuances e insulta a aristocracia e a burguesia da época de fórma satírica, embebido no espírito de uma São Paulo de 1922, revolucionária, cosmopolita.

  1. Antes de ler o poema, observe a capa da 1ª edição de Pauliceia Desvairada.
    1. Preste atenção em como ela foi composta, como preenche o espaço da página, as cores, os desenhos.
    2. Leia o título do livro. Lembre-se de que foi publicado em 1922; portanto, está de acordo com a ortografia vigente na época.
Fotografia. Capa de livro. Fundo com ilustração de losangos um ao lado do outro em vermelho, verde, preto, azul, amarelo e branco. Ao centro, etiqueta branca, com o nome do autor e o título do livro: Mario de Andrade, Paulicea Desvairada.

8. Agora, leia o poema de abertura de Pauliceia Desvairada, apresentado depois do “Prefácio interessantíssimo”. O que esse título sugere a você?

Inspiração

Onde até na fôrça do verão havia

tempestades de ventos e frios de

crudelíssimo inverno.

Fr. Luís de Sousa

São Paulo! comoção de minha vida…

Os meus amores são flores feitas de original!…

Arlequinal!... Traje de losangos... Cinza e ouro…

Luz e bruma... Forno e inverno morno…

Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes…

Perfume de Paris... Arys!

Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...

São Paulo! comoção de minha vida…

Galicismoglossário glossário a berrar nos desertos da América!

SOUZA, Gilda de M. Melhores Poemas de Mário de Andrade. primeira edição São Paulo: Global, 2016. E-book.

Fotografia em tons de sépia. Vista geral de local com dois arcos à frente, ao fundo, local com grama e árvores. Em segundo plano, rua de formato arredondado, construções, casas à direita e mais atrás, árvores.
Inaugurado em 3 de abril de 1892, o Parque Trianon situa-se na Avenida Paulista, em São Paulo, e conta com 48,6 mil métros quadrados de vegetação tropical, remanescente da Mata Atlântica. Na década de 1910, onde hoje se localiza o Museu de Arte de São Paulo (MASP), foi inaugurado o Belvedere Trianon. Nesses dois espaços, a intelectualidade paulistana era presença constante entre as décadas de 1920 e 1930, transformando esse conjunto em símbolo da riqueza da elite paulistana.
Respostas e comentários

7.a) Chame a atenção dos estudantes para os losangos coloridos, de modo que possam relacioná-los com a roupa do Arlequim, citada no poema a seguir. Em relação ao nome da obra, chame a atenção para a variação histórica.

8. Resposta pessoal. Ver orientação didática.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Convide os estudantes a destacar os elementos que mais chamam a atenção na capa da 1ª edição de Pauliceia Desvairada. Destaque cores, formatos, desenhos, relacionando com a roupa do Arlequim. Leia o título e pergunte à turma o que há de diferente na escrita e aponte a variação histórica na fórma como está escrito a palavra “Pauliceia”.
  2. Converse com a turma sobre o que representa o prefácio, se possível lendo com eles algumas partes, de fórma que compreendam o rompimento proposto. Chame a atenção para falas diretas com o leitor. Explique a eles que o termo “Arys” é uma referência a uma perfumaria de luxo de Paris, na França, certamente conhecida pela elite paulistana leitora de revistas francesas e frequentadora do país. Comente que Frei Luís de Sousa (1555-1632) foi um prosador português. O texto citado na epígrafe é um fragmento de sua obra Vida de arcebispo, considerada por Mário de Andrade uma leitura fundamental.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Explore alguns trechos do prefácio do livro Pauliceia Desvairada como o sugerido a seguir. Chame a atenção para os recursos expressivos utilizados, o que é fundado? Ouça a impressão dos estudantes sobre esse trecho.

Leitor:

Está fundado o Desvairismo. reticências

Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita.

Penso depois: não só para corrigir, como para justificar o que escrevi. D’ai a razão deste

Prefácio Interessantíssimo.

reticências

E desculpe-me por estar tão atrasado dos movimentos artísticos atuais. Sou

passadista, confesso. Ninguém pode se libertar duma só vez das teorias-avós que bebeu; e o autor deste livro seria hipócrita se pretendesse representar orientação moderna que ainda não compreende bem.

reticências

ANDRADE, Mário de. Pauliceia Desvairada. oitava edição São Paulo: Global, 2017. [e-book]

Proponha um trabalho com os professores de História e de Arte para tratar desse período de efervescência, citado no poema. Como era a sociedade da época, por qual transição socioeconômica passava

Para ampliar

ORA, direis, escrever poemas... certo perdeste o senso? – Ana Elvira Gebara. YouTube: OlimpiadaLP Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, abre colchetesem localfecha colchete 2010. Disponível em: https://oeds.link/y0Kp2b. Acesso em: 17 julho 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe oito nove éle pê três três

ê éfe oito nove éle pê três sete

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que você sentiu ao ler o poema?
  2. Que imagem você conseguiu construir ao ler o poema?
  3. O que o poema exalta?
  4. Na sua opinião, o poema pode ser considerado uma inspiração e uma crítica?

O poeta, ao criar imagens atribuindo novos sentidos às palavras, transmite sentimentos ou impressões sobre sua visão e experiência do mundo. Essa imagem poética revela o mundo psicológico em que o poeta vive, produzindo uma pluralidade da realidade.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

5. No poema, analisem estes itens. Copiem o quadro no caderno para responder.

Ícone. Modelo.

Composição

Versos

Rimas

  1. Desde a epígrafe, conseguimos perceber contrastes no poema. Identifiquem alguns e digam o que esses contrastes representam para vocês no poema.
  2. Identifiquem os verbos no poema. O que eles indicam?
  3. Qual é o papel da pontuação no poema? O que ela indica?
  4. Releiam o primeiro verso.

São Paulo! comoção de minha vida...

  1. Que figura de linguagem podemos perceber nesse verso?
  2. Qual é a função do ponto de exclamação?
  3. Que significado o termo “comoção” pode ter nesse contexto?

As figuras de linguagem são recursos estilísticos utilizados para reforçar a expressividade da mensagem. Nos poemas, são especialmente utilizadas para ampliar o significado das palavras, apresentando uma nova visão ao leitor.

10. Leiam o segundo verso em voz alta, mas sem atrapalhar os colegas.

Os meus amores são flores feitas de original...

  1. O que vocês perceberam quanto à sonoridade do verso?
  2. Há alguma figura de linguagem que repete sons consonantais?
Respostas e comentários

1. Resposta pessoal.

2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes possam perceber o retrato de uma São Paulo agitada, cheia de contrastes, cosmopolita.

3. A cidade de São Paulo, referindo-se a ela como uma inspiração para o eu lírico, como uma musa inspiradora.

4. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

5. Veja sugestões de resposta e comentários nas orientações didáticas.

6. Resposta pessoal. Sugestão de resposta: Verão/ventos e frios/invernos; cinza/ouro; luz/bruma; forno/inverno/morno; elegâncias/sutis/escândalos/ciúmes.

7. Verbos "são" e "berrar". Ser (verbo de ligação) indica um estado (algo quase estático), enquanto berrar é um verbo que indica ação, dando a ideia de algo intenso.

8. Espera-se que os estudantes mencionem que as exclamações enfatizam o que foi dito e, também, o aspecto emocional e irônico do poema; as reticências funcionam como elos dando continuidade às ideias do eu lírico. Apesar da interrupção do fluxo de pensamento, as reticências estabelecem uma continuação sintática inovadora, fóra das regras canônicas.

9.a) A metáfora.

9.b) Usado de fórma diferente de sua função original, faz a vez da vírgula, evocando a cidade, como um vocativo, ao mesmo tempo que a exalta, conclama.

9.c) Pode ter duplo sentido. Além de forte emoção, remete à grande agitação de um centro urbano em crescimento, com carros, bondes, transeuntes , em um tom irônico.

10.a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam a repetição do s e do f.

10.b) Sim, a aliteração.

Compreensão textual

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 e 2. Converse com os estudantes sobre as impressões relacionadas ao poema, pedindo a eles que descrevam as imagens que construíram. Considere o contexto histórico em que o poema foi escrito. No pós-Primeira Guerra Mundial, houve um movimento de repensar a vida e os valores, além do rápido crescimento das cidades, em especial de São Paulo, dinâmica representada, no poema, pela sobreposição de imagens e ideias, traduzindo a agitação de uma cidade acelerada.

4. Espera-se que os estudantes digam que sim, pois ao mesmo tempo que São Paulo é a musa inspiradora, ela também está arraigada a influências e estéticas europeias, importadas principalmente pela dita “aristocracia” da época. Comente com os estudantes que, aparentemente, o poema apresenta um fluxo de ideias desconexas, como se fosse uma “polifonia poética”. Há, em seus versos, imagens e sensações sinestésicas que levam o leitor para a São Paulo do começo de 1920.

5 a 13. Estas atividades podem ser realizadas em dupla.

  1. Composição: duas estrofes, com dois blocos, sendo sete versos na primeira e dois na segunda. Versos: os versos são livres (o número de sílabas do poema não é sempre o mesmo, não obedecendo a uma regra métrica clássica). Há rimas internas, como: são/comoção/são; forno/inverno/morno, dando ritmo e sonoridade ao poema. Comente que, ao não seguir a métrica clássica, o ritmo do poema também não segue uma regra pré-fixada, levando ao novo e a um resultado imprevisível. Por isso, cada poema pode ter um ritmo próprio que o caracteriza.
  2. Explique o significado da palavra epígrafe e comente que o contraste começa a ser apresentado ainda na epígrafe com verão/inverno, por exemplo, e se estende para outras representações luz/bruma, forno/inverno morno, representando a dinâmica por meio dessa sobreposição de imagens e ideias. Os estudantes devem perceber que esses contrastes dão ao leitor a ideia de que se trata de uma cidade com variações significativas, desde o clima até o comportamento dos habitantes.
  3. Comente que essa presença reduzida de verbos pode sugerir que o poema está mais voltado às sensações e à contemplação do que à ação.
  4. Peça a eles que analisem novamente a pontuação do poema, interpretando exclamações e reticências: o aspecto emocional e irônico, além dos elos de continuidade, respectivamente.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe oito nove éle pê três dois

ê éfe oito nove éle pê três seis

ê éfe oito nove éle pê três sete

  1. No terceiro verso, há o termo “arlequinal”.
    1. Ele faz vocês se lembrarem de alguma outra palavra? Se sim, qual?
    2. A que o eu lírico nos remete ao usar esse termo?
    3. Que outras referências ao Arlequim há no poema?
    4. A capa da primeira edição de Pauliceia Desvairada traz alguma relação com o Arlequim?
Fotografia. Rosto de uma pessoa de olhos pretos, voltado para a direita. Ela usa uma máscara dourada decorada com losangos coloridos em vermelho, verde, azul e amarelo. Embaixo do queixo, um pano em amarelo e azul contorna o rosto. A pessoa usa um adereço de cabeça nas mesmas cores. A máscara tem um sorriso com lábios em vermelho. Ao fundo, à esquerda, um boneco desfocado usando roupa também de losangos coloridos
Arlequim é um personagem de teatro criado na Itália.

12. Agora, releiam o quarto verso.

Luz e bruma... Forno e inverno morno...

  1. Vocês diriam que há oposição de sentidos em luz/bruma e forno/inverno morno? Por quê?
  2. Qual figura de linguagem há na oposição de sentidos em uma mesma frase?
  3. Nesse verso, há o uso da sinestesia, pois evoca diferentes sensações que são percebidas pelos órgãos do sentido. Quais são os termos que provocam essas sensações sinestésicas?
  4. Ao evocar essas sensações, o eu lírico faz com que o leitor perceba qual aspecto da cidade de São Paulo?
  1. Agora, em uma folha à parte, analisem os outros versos. Depois, compartilhem com a turma.
  2. Que tal fazer um passeio virtual pela Casa Mário de Andrade, tornada formalmente um museu em 2018? Combine com o professor.

Paródia

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você sabe quem foi Oswald de Andrade? Em caso positivo, conte aos colegas o que conhece sobre esse autor ou sua obra.
  2. Agora, conheça um pouco melhor esse escritor, poeta, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Assista ao vídeo que o professor irá exibir.
Respostas e comentários

11.a) Espera-se que os estudantes respondam que lembra a palavra Arlequim, personagem de carnaval que compõe um trio com Colombina e Pierrô.

11.b) Ao carnaval em São Paulo, às fantasias de Arlequim.

11.c) O traje de losangos, lembrando a roupa alegre e colorida do personagem. Ver orientações didáticas.

11.d) Sim, os losangos coloridos lembram a roupa do Arlequim.

12.a) Espera-se que os estudantes respondam que sim, porque as palavras são contrastantes: a luz e a “falta de luz”, o calor do forno e o frio do inverno, mesmo sendo morno.

12.b) A antítese.

12.c) Visão: luz/bruma; tato: forno/inverno morno.

12.d) O clima, pois é uma cidade que pode ter variação no clima ao longo do dia.

13. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

14. Ver orientações didáticas.

15. Resposta pessoal.

16. Ver orientações didáticas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

9 e 10. Leia o primeiro verso e chame a atenção para a assonância construída pela repetição de “ão”: são/comoção. No segundo verso, aponte a semelhança com o anterior por meio da repetição de fonemas – portanto, aliteração.

11. Prossiga a interpretação do poema com a turma e comente que Arlequim era um personagem da Commedia dell’Arte cuja trama era a sátira social em um triângulo amoroso: Colombina e Arlequim se amam, mas Pierrô também ama Colombina. Relacione o colorido da roupa com a antítese “cinza e ouro”, que pode lembrar quão passageiro é o carnaval, apesar de popular e de contagiar aqueles que dele participam, por exemplo. As referências transportam o leitor para uma São Paulo de contrastes.

12 e 13. Leia os versos e aponte a assonância (“u” e “o”) e a que esse recurso nos remete, bem como a aliteração em “morno”. Analise os outros versos, apontando a aliteração (fonema “s”) no quinto e no sexto verso, além da rima interna em Paris/Arys, remetendo o leitor à ideia de algo irritante. Destaque também a sinestesia ao evocar o olfato com o perfume (comente que os modernistas criticavam Paris, embora a própria vanguarda venha de lá). O sétimo verso traz bofetadas líricas (tato e audição) e um tom irônico. No último verso, há uma personificação, retratando que São Paulo tenta ser uma cópia francesa.

14 a 16. Em Para ampliar, há os links dos dois vídeos dos autores para apresentar à turma: o primeiro sobre Mário de Andrade e o segundo sobre Oswald de Andrade. Comente sobre a importância dos dois autores para a literatura brasileira, explorando suas biografias.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Para ampliar o conhecimento dos estudantes, proponha estas atividades:
    1. Pesquise na biblioteca da escola ou on-line a biografia de Oswald de Andrade.
    2. Faça uma ficha biográfica sobre esse autor, inserindo os dados biográficos, a bibliografia e um espaço para os seus comentários.

Para ampliar

CASA MARIO DE ANDRADE. Morada do coração perdido. São Paulo, 2022. Disponível em: https://oeds.link/kyxjst. Acesso em: 14 julho 2022.

OSWALD de Andrade. Youtube: MultiRio, Rio de Janeiro, [sem data]. Disponível em: https://oeds.link/CrZ3u5. Acesso em: 14 julho 2022.

  1. Você vai ler um poema de Oswald de Andrade publicado primeiro na revista Pau-Brasil, em 1924.
    1. Antes, leia o título. Do que você acha que o poema trata?
    2. Esse poema é considerado uma paródia. Você sabe o que é uma paródia e por que ele é assim considerado? Explique.

CANTO DO REGRESSO À PÁTRIA

Minha terra tem palmares

Onde gorjeia o mar

Os pássaros daqui

Não cantam como os de lá

  

Minha terra tem mais rosas

E quase que mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra

  

Ouro terra amor e rosas

Eu quero tudo de lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá

  

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para São Paulo

Sem que veja a Rua 15

E o progresso de São Paulo

ANDRADE, Oswald de. Canto do regresso à pátria. In: ANDRADE, Oswald de. Pau-Brasil. quarta edição. Rio de Janeiro: Globo, 1991. página 139.

  1. Sua hipótese sobre o tema do poema se confirmou? Comente.
  2. Que imagem poética esse poema transmite a você?
Fotomontagem. Ao fundo, parte em vermelho, com ilustração em tons de cinza-claro, sobreposta e textos. À esquerda, está escrito: Semana de Arte Moderna. Ao centro, duas fotografias em preto e branco e uma pintura. Um homem de cabelos escuros, paletó, com a mão direita sobre o queixo. À direita, um homem de chapéu claro e faixa em preto sobre a cabeça, com paletó e gravata. Na ponta da direita, pintura de homem de cabelos pretos penteados para a esquerda, camisa de gola por dentro em branco, gravata preta e por cima, paletó cinza.
Respostas e comentários

17.a), b), c) e d) Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

17. Leia com os estudantes o poema “Canto de Regresso à Pátria”. Pergunte CLARA, o poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias. Leia os dois poemas e pergunte qual é a relação entre eles e quais são os elementos parodiados no poema de Oswald de Andrade. Essa atividade pode ser feita em grupo.

17b. Explique à turma o significado de paródia: uma releitura de alguma obra literária ou musical, que utiliza ironia e crítica, geralmente parecida com a obra original, mas tem sentidos diferentes. Complemente dizendo que a paródia é a modificação de um texto original, fazendo uso, geralmente, de ironia, exagero para divertir os leitores/espectadores. Para saber mais, acesse a sugestão de leitura em Para ampliar.

Para ampliar

MACHADO. Luiz André Rospa. A paródia como objeto de aprendizagem. , 2015. Disponível em: https://oeds.link/Ue3cw7. Acesso em: 7 agosto 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe oito nove éle pê três dois

ê éfe oito nove éle pê três três

ê éfe oito nove éle pê três seis

ê éfe oito nove éle pê três sete

e. Desafio! No poema, há uma intertextualidade explícita com outro poema, que serviu como texto-base para a paródia. Qual é esse poema e quem o escreveu?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Agora, assista a um vídeo com a declamação do poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
    1. O que você achou do poema?
    2. Que imagem poética ele transmitiu a você?
    3. Qual é a temática desse poema, na sua opinião?
Captura de tela. Fundo em preto e à direita, rosto de um homem. Ele tem cabelos penteados à esquerda, barba e bigode ralos, com camisa de gola branca e acima, terno escuro por cima. À esquerda, texto em branco: CANÇÃO DO EXÍLIO – GONÇALVES DIAS (1823 – 1864).
Gonçalves Dias é um dos principais representantes do Romantismo brasileiro.
  1. Entre esses dois poemas há um diálogo, ou melhor, uma intertextualidade, como comentado antes. Isso acontece por meio da paródia, que retoma o texto-original mudando seu sentido, seja pelo humor, seja pela crítica.
    1. Após ouvir o poema “Canção de exílio”, você acha que a paródia de Oswald de Andrade tem um tom crítico ou de humor?
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, façam um quadro comparativo entre os dois poemas. Depois, compartilhem as análises com a turma.
  2. O que vocês descobriram em comum? O que foi diferente?
  3. Transformem o que discutiram em um mural comparativo.

20. “Canção do exílio” foi parodiada diversas vezes e de diferentes modos. Leia a tirinha a seguir.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros. Apresenta como personagens: Bidu, cachorro de pelos azuis, na ponta inferior da cabeça em preto e focinho redondo, preto. Outro cachorro, de pelos em marrom, coleira em vermelho e olhos em marrom-claro. As cenas se passam em local de grama verde. Q1 – À esquerda, cachorro de pelos marrons, caminhando para a direita. Bidu, na ponta da direita, olhos fechados, fala: MINHA TERRA TEM CORINTHIANS, ONDE CANTA O SABIÁ... Ao fundo, céu em azul-claro, sem nuvens. Q2 – Os dois cachorros vistos do pescoço para cima, o marrom, à esquerda de olhos fechados, diz: É 'MINHA TERRA TEM PALMEIRAS'! à direita, Bidu, com os olhos bem arregalados. Q3 – À esquerda, cachorro de pelos marrons, de olhos bem arregalados, olhando para frente. À direita, Bidu, de olhos fechados, fala: CADA UM TEM O TIME QUE QUISER! Ao fundo, céu em rosa-claro, sem nuvens.

SOUSA, Mauricio de. O Estado de São Paulo, São Paulo, 11 fevereiro 2006.

  1. O que provoca o humor na tirinha?
  2. Onde podemos observar a paródia?
  3. Você acha que o amigo de Bidu entendeu a paródia? Por quê?
  4. Essa paródia tem um tom crítico ou de humor?
Respostas e comentários

17.e) O poema é “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.

18.a), b) Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

18.c) Sugestão de resposta: exaltação da pátria, do nacionalismo, e saudade da terra natal.

19.a) É uma crítica com humor.

19.b), c) e d) Ver respostas nas orientações didáticas.

20.a) O duplo sentido de “palmeiras”, podendo se referir tanto à planta como ao time de futebol.

20.b) No trecho citado por Bidu no primeiro quadrinho.

20.c) Não, pois ele tenta “corrigir”, dizendo que é Palmeiras e não Corinthians.

20.d) De humor, de uma brincadeira com o poema.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

17e. Caso os estudantes não façam a relação com o poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, disponibilize um tempo para fazerem uma pesquisa rápida on-line ou na biblioteca. Organize uma competição: quem descobre qual é o poema, o autor e por que ele foi parodiado por Oswald de Andrade. Essa atividade pode ser feita em grupo.

  1. Mostre à turma o vídeo de declamação do poema “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. Convide-os a comentar o que acharam e descrever a imagem poética que criaram. Converse sobre a temática do poema: o nacionalismo e a saudade da terra natal. Aproveite para envolver a turma na temática do poema, perguntando-lhes se já ficaram algum tempo longe de sua terra natal. É possível que existam estudantes que vieram de outra cidade, de outro estado ou até de outro país. Convide-os a compartilhar suas experiências, ressaltando aos demais a importância do respeito ao próximo, valorizando a diversidade cultural que essa troca pode proporcionar.
  2. Proponha aos estudantes a comparação entre os poemas. Divida a turma em grupos e peça a eles que façam um quadro comparativo entre os dois textos, contendo autores, data e temas dos poemas. Solicite que comparem seus quadros e pontuem as principais diferenças entre os poemas: a visão romântica e ufanista do original, cujos termos reforçam a riqueza da pátria. Já a paródia é mais real, com críticas ao Romantismo e alterações na ideia do poema original, por meio de substituição de termos como “palmeiras” por “palmares” (algo comum no modernismo).
  3. Leia a tirinha com a turma e comente o humor expresso na fala dos personagens. Pergunte onde está localizada a paródia. Converse durante as atividades sobre os sentidos relacionados ao poema original.

Para ampliar

CANÇÃO do Exílio: poema de Gonçalves Dias com narração de Mundo dos Poemas. YouTube: Mundo dos Poemas, . Disponível em: https://oeds.link/xV6SqH. Acesso em: 14 julho 2022.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Predicado verbo-nominal e predicativo do objeto

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Leia este poema de Drumôn.

A RUA DIFERENTE

Na minha rua estão cortando árvores

botando trilhos

construindo casas.

Minha rua acordou mudada.

Os vizinhos não se conformam.

Eles não sabem que a vida

tem dessas exigências brutas.

Só minha filha goza o espetáculo

e se diverte com os andaimes,

a luz da solda autógenaglossário

e o cimento escorrendo nas fórmas.

ANDRADE, Carlos Drumôn de. A rua diferente. In: ANDRADE, Carlos Drumôn de. Nova reunião: 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009. volume 1. página 19.

  1. O que o poema denuncia?
  2. O fato em questão gera que sentimento nos moradores da referida rua? Retire do texto um trecho que comprove sua resposta.
  3. No verso “Minha rua acordou mudada”, como se classifica sintaticamente o termo “mudada”? O verbo “acordou” é de ligação ou significativo? Por quê?

Em alguns casos, o predicado de uma oração pode apresentar um verbo significativo e um predicativo. Quando isso ocorre, ele é classificado como predicado verbo-nominal. Nesse tipo de predicado, há um cruzamento entre um predicado verbal e um predicado nominal, ou seja, contém ambas as estruturas sintáticas.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

2. Observem estas orações. O que vocês notam nelas?

O menino voltou da escola.

O menino estava preocupado.

O menino voltou da escola preocupado.

Respostas e comentários

1.a) As mudanças que estão sendo feitas na rua em que vive o eu lírico.

1.b) Os moradores sentem-se inconformados: “Os vizinhos não se conformam.”.

1.c) O termo é um predicativo do sujeito. O verbo “acordou” é significativo, pois denota a ação de acordar.

2. Sugestão de resposta: Como se vê, na terceira oração, há o cruzamento das estruturas das duas anteriores. Na primeira, temos um predicado verbal. Na segunda, um predicado nominal. Na terceira, um predicado verbo-nominal.

Língua e linguagem

Predicado verbo-nominal e predicativo do objeto

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Relembre as características dos poemas de Mário de Andrade e de Oswald de Andrade. Promova a leitura do poema “A rua diferente”, de Carlos Drumôn de Andrade, comentando que este autor é modernista da segunda geração. Faça a leitura em voz alta para os estudantes perceberem o ritmo, a entonação, as pausas durante a leitura do poema. Explore os recursos estilísticos, o jogo de palavras. Questione-os após a leitura se o poema passa a impressão de algo que está acontecendo de fórma rápida, chame a atenção para as reduzidas de gerúndio mostrando esse movimento de modificação e agitação de uma rua outrora pacata na primeira estrofe.
  • Comente que o Modernismo foi um momento de renovação nas artes do Brasil. Costumamos dizer que ele se desenvolveu ao longo de gerações, que representam diferentes fases do movimento. Relembre que, neste capítulo, os estudantes conheceram dois precursores desse movimento, pertencentes à primeira geração: Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Explique que nesta seção será apresentado um dos representantes da chamada segunda geração: Carlos Drumôn de Andrade.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Leia o poema de Drumôn e convide os estudantes a expressarem suas impressões sobre o texto. Comente com a turma as mudanças na rua apresentadas no poema, que deixam os vizinhos indignados. Pergunte por que eles têm esse sentimento e que crítica o poema apresenta sobre as mudanças na rua.
  • Leia com os estudantes o boxe-conceito. Reforce que, quando dizemos que, no predicado verbo-nominal, há um cruzamento entre o predicado verbal e nominal, significa que, dentro dele, podemos identificar ambas as estruturas sintáticas.
  1. Divida a turma em duplas e leia as orações. Solicite que comentem como as orações foram formadas e que diferentes sentidos são expressos por elas.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Distribua matérias de jornais ou revistas para as duplas. Peça que escolham um texto para identificar os predicados verbais, nominais e verbo-nominais. Durante a atividade, circule pela sala para orientá-los e esclarecer dúvidas. Para a correção, proponha a troca de texto entre as duplas para ver se todos concordam com os resultados. Por fim, proponha à turma a elaboração de um cartaz com exemplos para sintetizar o que aprenderam. Deixe o cartaz exposto na sala para consulta quando houver dúvidas.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

3. Leiam a tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, camiseta branca. Amiga de Armandinho, cabelos ruivos em coque e com presilha amarela, blusa branca e bermuda em lilás. Um sapinho de cor verde, olhos e boca em preto. Q1 – À esquerda, uma árvore de galhos em marrom, com flores de pétalas amarelas. Alguém fora do quadro, diz: GOSTO DE VER OS IPÊS FLORIDOS. Q2 – No canto superior esquerdo, um galho com flores de pétalas amarelas. O sapinho, a menina e Armandinho com o corpo para a esquerda, observando o galho. A menina fala: TALVEZ EU SEJA BOBA POR LIGAR PRA ISSO... Q3 – No canto superior esquerdo, um galho com flores de pétalas amarelas. Os três personagens ainda na mesma posição e Armandinho diz: TALVEZ BOBO SEJA QUEM NÃO LIGA...

BECK, Alexandre. Armandinho. [sem local], 13 setembro 2016. Facebook: letra á contornada por uma linha curvatirasarmandinho. Disponível em: https://oeds.link/rwzqg1. Acesso em: 10 maio 2022.

  1. No segundo quadrinho, o que a fala da garota dá a entender?
  2. Que mensagem essa tirinha transmite?
  3. No primeiro quadrinho, o termo “floridos” se liga a que outro termo da oração? Como ele se classifica?

4. Leiam este trecho de uma matéria.

Tarsila do Amaral, além de pintora, deixou uma música inédita; ouça composição

reticências

Tarsilinha supõe que “Rondo d’Amour” foi composta entre 1913 e 1920, antes da ida da tia-avó a Paris reticências.

Foi por estímulo de Sousa Lima, seu professor de piano, que Tarsila foi a Paris para completar os estudos em pintura. reticências

Em outra estada em Paris, Tarsila roubou a cena num jantar em homenagem a Santos Dumont, com uma personificação de “Autorretrato”, sua própria obra. “Ela chegou um pouco atrasada, com aquele manteauglossário vermelho, com aquele visual, cabelo puxado para trás, batom vermelho. A festa parou para verem minha tia”, conta Tarsilinha. reticências

FRÓES, Lucas. Tarsila do Amaral, além de pintora, deixou uma música inédita; ouça composição. Folha de São Paulo, Salvador, 31 janeiro 2022. Ilustrada.

  1. Na manchete, o termo “inédita” funciona como adjunto adnominal ou predicativo do objeto? Por quê?
  2. No trecho “Ela chegou atrasada”, como se classifica o termo “atrasada”? Como se classifica o predicado?
Respostas e comentários

3.a) Dá a entender que as pessoas que admiram a beleza das coisas simples são consideradas “bobas” por muitos.

3.b) Devemos apreciar as coisas simples da natureza, como os ipês floridos.

3.c) Liga-se a “ipês”. O termo ipês classifica-se como predicativo do objeto.

4.a) No caso, funciona como adjunto adnominal, uma vez que não se trata de uma característica nova, circunstancial. O fato de ela ser inédita será constante (até que se ache outra canção).

4.b) O termo é um predicativo do sujeito. Como há verbo significativo e um predicativo (do sujeito, neste caso), o predicado é verbo-nominal, pois há duas informações importantes: o fato de ela ter chegado e de estar atrasada na ocasião.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3. Faça a leitura da tirinha com a turma, interpretando as falas dos personagens e os sentidos do texto.

3c. Analise a oração e comente que se deve considerar que o predicativo do objeto expressa uma característica nova atribuída a um nome e se liga apenas ao sujeito e ao objeto. Já o adjunto adnominal expressa uma característica comum, constante do nome, e pode se ligar a qualquer termo da oração. Enfatize que, neste caso, o termo “floridos” atribui uma característica nova, circunstancial aos ipês. No caso, eles não estão sempre floridos, e a menina gosta de vê-los floridos.

4. Promova a leitura da matéria de jornal. Comente com os estudantes que Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes artistas plásticas do movimento modernista.

4a. Analise sintaticamente o termo “inédito”. Comente que se trata de uma composição de Tarsila do Amaral, mostrando uma face pouco conhecida da artista: a de compositora.

4b. Classifique o termo “atrasada” e indague-os em relação ao predicado da oração.

  • Caso perceba dificuldades com relação ao conteúdo trabalhado, proponha mais atividades que lhes possibilitem relembrar o conceito estudado. Se julgar necessário, divida a classe em duplas e oriente um estudo dirigido sobre o que foi estudado.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha uma pesquisa sobre a importância do fato relatado na matéria. Trata-se de uma composição de Tarsila do Amaral, ou seja, tem valor histórico e artístico. Deixe que todos compartilhem seus achados entre si.
  • Peça aos estudantes que deem continuidade à proposta da atividade 2 do livro e façam o mesmo com as orações a seguir.

a) A aula começou. A aula estava animada.

b) A garota terminou a prova. Ela parecia confiante.

c) Encontrei o livro. O livro estava jogado na escada.

Repostas: a) A aula começou animada. b) A garota terminou a prova confiante. c) Encontrei o livro jogado na escada.

ORTOGRAFIA

Ortoépia e prosódia

Responda às questões no caderno.

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco. Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Leiam estas palavras em voz alta.

Ilustração. Palavras formadas com letras coloridas de pequenos recortes de folhas de revista em tons de verde, azul, laranja, amarelo, verde, entre outras. Bandeja Caranguejo Asterisco Cuspe Cabeleireiro Prazeroso Lagartixa Privilégio
  1. Vocês conhecem o significado de todas essas palavras? Se não souberem, consultem um dicionário.
  2. Em algum momento, vocês já ouviram essas palavras sendo pronunciadas de maneiras diferentes?

Algumas palavras podem gerar dúvidas quanto à fórma de pronunciá-las. Em determinadas situações de comunicação, sobretudo as mais formais, é necessário prestar atenção nesse aspecto. A ortoépia ou ortoepia é a parte da gramática que trata da pronúncia adequada das palavras, de acordo com a norma-padrão.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

2. Agora, em duplas, leiam estas outras palavras em voz alta.

Ilustração. Palavras formadas com letras coloridas de pequenos recortes de folhas de revista em tons de verde, azul, laranja, amarelo, verde, entre outras. Cateter Sutil Rubrica Gratuito Recorde Avaro Ínterim Vermífugo
  1. Vocês conhecem o significado de todas elas? Se não souberem, perguntem ao professor.
  2. Vocês tiveram dificuldade de ler alguma delas? Por quê?
  3. Separem essas palavras em três grupos: o das oxítonas, o das paroxítonas e o das proparoxítonas.

Algumas palavras também geram dúvida quanto à pronúncia, com relação à sílaba tônica. A parte da gramática que estuda essas questões é chamada de prosódia.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

3. Observem as seguintes palavras.

Ilustração. Palavras formadas com letras coloridas de pequenos recortes de folhas de revista em tons de verde, azul, laranja, amarelo, verde, entre outras. Corpo Esforço Imposto Jogo Olho Povo
  1. Leiam essas palavras em voz alta.
  2. No caderno, escrevam essas palavras no plural e, em seguida, leiam novamente em voz alta.
  3. Que diferença elas apresentam na pronúncia em relação ao singular?
Respostas e comentários

1.a) Resposta pessoal.

1.b) Resposta pessoal.

2.a) Resposta pessoal.

2.b) Respostas pessoais.

2.c) Oxítonas: cateter, sutil; paroxítonas: rubrica, gratuito, recorde, avaro; proparoxítonas: ínterim, vermífugo.

3.b) Corpos, esforços, impostos, jogos, olhos, povos.

3.c) Espera-se que os estudantes percebam a mudança no som da primeira letra o, fechado no singular e aberto no plural.

Ortografia

Ortoépia e prosódia

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Divida a turma em grupos e peça a eles que leiam as palavras em voz alta. Em seguida, aproveite para esclarecer que não se trata de empregar os termos certo e “errado”, e sim “adequado” e “inadequado”, de acordo com a situação comunicativa. Informe que as fórmas de falar ou escrever que diferem da norma-padrão também seguem uma lógica, que faz com que os usuários da língua cometam alguns desvios em relação à norma-padrão. A hipercorreção é um desses fenômenos, que explica, por exemplo, ocorrências como “carangueijo”, “bandeija”
  • Leia o boxe-conceito com a turma e diga-lhes que a norma-padrão é um conjunto de regras que estabelece aquilo que seria a língua adequada a contextos formais. Esse modelo tem como objetivo estabelecer um padrão, apesar das inúmeras variedades cujos usos são definidos por meio do contexto, mais ou menos próximo do padrão formal.

2. Divida a turma em duplas para que leiam em voz alta as palavras. Convide-os a procurar os significados no dicionário e pergunte se tiveram dificuldades para identificar a sílaba tônica de algumas delas, sobretudo as que não têm acento gráfico. Leia novamente essas palavras, enfatizando a sílaba tônica e comentando que, muitas vezes, algumas delas são pronunciadas de outra maneira. Enfatize novamente que não há certo ou errado, mas que existe uma pronúncia preconizada pela norma-padrão, que deve ser utilizada em situações de mais monitoramento da fala.

2c. Relembre-os de que as oxítonas são as palavras cuja sílaba tônica está na última sílaba; as paroxítonas, na penúltima; e as proparoxítonas, na antepenúltima.

3. Em duplas, peça a eles que leiam as palavras na página. Após escreverem em seus cadernos, converse sobre a diferença na pronúncia entre plural e singular.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

Na língua falada, em algumas ocasiões, o timbre de determinadas vogais pode se modificar. Esse fenômeno é chamado de metafonia. Ela ocorre, por exemplo, com o plural de algumas palavras, como as que vimos na atividade anterior.

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Nesta seção, apresentamos algumas palavras que podem gerar dúvida com relação à pronúncia. No entanto, há muitas outras que merecem atenção quanto a esse aspecto. Façam um levantamento dessas outras palavras para ampliar seus conhecimentos sobre esse assunto. Sigam os seguintes passos.
    1. Pesquisem, em livros ou on-line, outras palavras que precisam de atenção quanto à pronúncia em situações mais formais;
    2. Escrevam essas palavras no caderno. Separem-nas em três colunas: na primeira, as que podem gerar dúvida quanto à pronúncia em geral; na segunda, as que merecem atenção quanto à pronúncia da sílaba tônica; na terceira, as que apresentam mudança no timbre vocal quando pluralizadas.
    3. No dia estipulado pelo professor, apresentem à turma os resultados da pesquisa e discutam esses resultados, comparando-os aos de seus colegas.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Que tal fazer uma apresentação de poemas para a turma? Considerem estas orientações.
    1. Decidam qual poema apresentar. Pode ser um dos já estudados nesta unidade ou outros de que gostem.
    2. Escolhido o poema, façam uma primeira leitura, silenciosa. Depois, pensem no modo de apresentá-lo. Será declamado por apenas um membro do grupo ou dividido entre todos?
    3. Acertados esses detalhes, passem à leitura oral do poema. Nesse momento, prestem atenção à pronúncia das palavras e à entonação dada aos versos. Caso tenham dúvida com relação à pronúncia de determinada palavra, procurem em dicionários físicos ou on-line.
    4. Combinem como o professor a data das apresentações. Lembrem-se de que, na ocasião, todos precisam colaborar fazendo silêncio. Peçam a compreensão dos colegas e sejam compreensivos com eles.
    5. Ao final, discutam os poemas apresentados. Quais apresentações mais se destacaram? Por quê? De quais poemas vocês mais gostaram? Por qual razão?
Respostas e comentários

4. Ver orientações didáticas.

5. Respostas pessoais.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Após a leitura do boxe-conceito, complemente explicando que, como eles puderam perceber, a ortoépia e a prosódia relacionam-se principalmente à língua falada. Assim, os poemas podem ser uma boa oportunidade para treinarmos a pronúncia das palavras, já que, ao declamarmos um poema, precisamos prestar atenção ao modo como articulamos os sons, as entonações que fazemos, entre outros aspectos.
  1. Divida a turma em grupos e peça a eles que busquem por palavras que podem gerar dúvidas com relação à pronúncia. Oriente-os durante a busca, lendo os passos a serem seguidos na atividade.
  2. Esta atividade pode ser realizada como um preparo para o sarau que será proposto no próximo capítulo. Se julgar conveniente, peça aos estudantes que apenas apresentem os poemas, sem pensar em aspectos como cenário, figurino O importante é que tenham a oportunidade de lançar um novo olhar sobre os textos selecionados, compreendendo a importância da pronúncia na hora de declamar um poema.

EU VOU APRENDER Capítulo 2

A poesia a céu aberto

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Ao caminhar pelas ruas, você já se deparou com cartazes colados em postes ou muros?
  2. Algum deles era voltado para a arte, e não para a publicidade?
  3. Se você encontrou cartazes artísticos, de qual ou quais mais gostou? Comente.

Os cartazes estão presentes há bastante tempo na vida urbana como fórma de comunicação. No final do século dezenove, tornaram-se um meio de divulgar informação e fazer publicidade. Por meio deles, anunciavam-se eventos e fazia-se publicidade de produtos e serviços e até propaganda política. Era uma fórma rápida e barata de divulgação impressa em massa.

Após a Segunda Guerra Mundial, os cartazes começaram a reaparecer como fórma de protesto, fazendo parte da contracultura. Surgiu então o que conhecemos hoje como lambe-lambe.

Fotografia. Simulação de diversos cartazes sobrepostos de papel branco, com texto em preto: Perigo – Você pode estar; Não pise nos outros; Atenção - isto pode ser um poema. Entre outros.
Os lambe-lambes são expressões artísticas urbanas.

4. Assista ao vídeo que o professor irá exibir.

Lambe-lambe. Fundo de cor azul e partes em preto e bege. Ao centro, folha branca com texto datilografado em preto: o coração é a parte mais (o)usada do corpo.
Lambe-lambe da poetisa Ryane Leão.
  1. Agora que você sabe um pouco mais sobre essa manifestação artística e cultural, você considera o lambe-lambe uma fórma de expressão? Explique.
  2. Como é uma arte exposta na rua, a interação com as pessoas é quase inevitável. O que você acha dessa comunicação entre a arte e o povo?
  3. Na sua opinião, o lambe-lambe provoca uma reação nas pessoas? Por quê?
  4. Leia o lambe-lambe da imagem. Que mensagem ele transmite a você?
  5. Ao lê-lo, o que você pode dizer sobre a composição desse poema?
Respostas e comentários

1, 2 e 3. Respostas pessoais.

4. Respostas pessoais.

4.e) Espera-se que os estudantes percebam que o poema é uma síntese. Resume-se a uma única frase, em um jogo de palavras que produzem novos sentidos, dando funções distintas ao coração: parte mais usada e “(o)usada” do corpo.

Eu vou aprender

A poesia a céu aberto

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Analise com os estudantes as imagens presentes na página e leia o texto com a turma. Em seguida, comente o uso dos cartazes na Segunda Guerra Mundial e como a literatura e os meios de expressão mudam de acordo com o contexto histórico.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 a 3. Realize as atividades com os estudantes, perguntando sobre cartazes em muros ou postes. Deixe que respondam livremente sobre os que mais gostaram.

  1. Apresente um vídeo sobre o lambe-lambe, indicado em Para ampliar, a seguir. O objetivo é acrescentar informação sobre o assunto por diversos meios e levá-los a refletir acerca da função social desse gênero textual. Guie a conversa de fórma que respondam às perguntas.
  2. Faça a leitura dos cartazes de lambe-lambe presentes na página e convide os estudantes a interpretar esses textos debatendo o que compreenderam.

Para ampliar

LAMBE-LAMBE é reconhecido como arte urbana. YouTube: Jornal da Gazeta, 21 março 2016. Disponível em: https://oeds.link/zfT74c. Acesso em: 14 julho 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê dois um

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe oito nove éle pê três dois

ê éfe oito nove éle pê três três

5. Leia agora estes outros lambe-lambes.

Fotomontagem. Um muro na vertical com blocos finos na horizontal em tons de marrom e partes cobertas em cinza-claro. Sobre essa foto, há três lambe-lambes. Letra a. O poema muda o sentido do caminho. Lambe-lambe de Cauê Maia. Letra b. Fica só e escuta o barulho da chuva, a festa ao longe, as vozes próximas de despedida e boa noite. Lau Guimarães chama seus trabalhos de “microrroteiros da cidade”. Letra c. Às vezes tentam me limitar... Mas sou feita de infinitos. Lambe-lambe de Manifesto das mina, por @biamaciell.
Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

5. Esta atividade pode ser realizada em duas etapas. Na primeira, os estudantes deverão ler, silenciosamente, cada texto contido nas imagens, fazendo um contato inicial com o conteúdo. Na segunda etapa, proponha que se reúnam em duplas ou trios e leiam os textos novamente. Feito isso, as duplas ou trios devem trocar ideias sobre o que leram, comentando entre eles seus entendimentos, favorecendo o desenvolvimento da oralidade e da autonomia na interpretação textual.

Explique a eles que nas páginas seguintes serão propostas atividades que envolvem a compreensão desses textos, de modo que as anotações e os comentários feitos na atividade 5 poderão ser aproveitados para responder às atividades seguintes.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que você achou desses lambe-lambes? Por quê?
  2. Há algum de que você gostou mais? Por quê?
  3. Você percebe algum deles como crítica, protesto ou convite à reflexão? Explique.
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Qual é o público-alvo do lambe-lambe?
  2. Em quais espaços eles circulam?
  3. Na opinião de vocês, o lambe-lambe, assim como outras fórmas de arte urbana, tem o objetivo de provocar uma reação nas pessoas?
  4. Vocês acham que, a partir do momento em que o lambe-lambe é integrado à paisagem urbana, ele ganha novos significados? Por quê?
  5. Releiam o lambe-lambe A.
    1. O que ele transmite a vocês?
    2. A que sentido o poeta se refere ao dizer que “o poema muda o sentido do caminho”?
    3. “Caminho”, nesse contexto, pode ter mais de um sentido? Qual?
    4. A falta de pontuação final pode indicar o que nesse poema?
  6. O lambe-lambe B é considerado um microrroteiro pela autora. São pequenas histórias, cenas curtas criadas a partir de um olhar voltado para o cotidiano. Os microrroteiros foram concebidos para fazer voar a imaginação das pessoas que circulam pelas ruas, por isso as cenas são imagéticas, ou seja, revelam a imaginação.
Lambe-lambe b. Sobre um poste de cor cinza, com partes em branco está colada uma folha na vertical em rosa-escuro, texto em preto: fica só e escuta o barulho da chuva, a festa ao longe, as vozes próximas de despedida e boa noite.
  1. Vocês conseguem imaginar a cena proposta nesse microrroteiro? Comentem.
  2. Que mensagem ele passa para vocês? Comentem.
  3. Vocês acham que ele se aproxima da realidade, ou seja, mostra cenas possíveis de acontecer no dia a dia? Expliquem.
  4. A que momento do dia a cena faz referência? Como o leitor percebe isso?
Respostas e comentários

1, 2 e 3. Respostas pessoais.

4. As pessoas que circulam pelas ruas.

5. Em espaços urbanos, sendo fixados em placas, postes, muros

6. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se posicionem quanto à arte como provocação, seja como uma crítica, seja como reflexão. Que percebam a mensagem transmitida por meio de um poema breve, uma frase, uma imagem que leva o leitor a pensar sobre determinado tema.

7. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que, assim como na literatura, a arte na rua já não é mais só do artista. Ganha novos significados, uma vez que cada leitor tem um conhecimento histórico e de mundo que irá fazer a intertextualidade necessária para a compreensão da mensagem. Na maioria dos casos, a temática permanece a mesma, mas as leituras podem ser diversas.

8.a) Resposta pessoal.

8.b) No sentido literal, mudando a direção em que se caminha, por exemplo; no sentido figurado, levando o transeunte a seguir em outra direção internamente, de fórma reflexiva.

8.c) Sim, o caminho físico que a pessoa está percorrendo e o caminho interno, que a leva à reflexão.

8.d) Algumas das possíveis respostas: pode indicar que há uma continuação, novas visões ou interpretações desse caminho.

9.a) Resposta pessoal.

9.b) Resposta pessoal.

9.c) Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam que sim, são cenas plausíveis, possíveis de acontecer no cotidiano. Quem nunca ficou escutando o barulho da chuva e, ao mesmo tempo, ouvindo os sons que surgem ao longe?

9.d) À noite, por causa do “boa noite”.

Compreensão textual

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 a 3. Realize a atividade com a turma, pedindo aos estudantes que expressem suas opiniões e impressões em relação aos textos de lambe-lambes lidos. Pergunte a eles sobre a finalidade dos cartazes: trata-se de crítica, protesto ou convite à reflexão?

4 a 7. Divida a turma em duplas e pergunte sobre o público-alvo do lambe-lambe e os espaços em que circulam. Comente que as obras acabam circulando nas redes sociais também, abrangendo um número maior de pessoas como leitores. Em seguida, deixe-os expressar livremente suas opiniões sobre o objetivo do lambe-lambe e seus novos significados.

8 a 10. Peça às duplas que releiam os cartazes de lambe-lambe indicados nas atividades. Promova uma conversa entre os estudantes com relação à interpretação do texto, guiando-os de fórma a responder às questões de fórma oral e coletiva.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê dois um

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

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ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

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  1. Qual é a função das vírgulas no texto?
  2. Observem o emprego dos verbos no imperativo. O que eles indicam?

10. Releiam o lambe-lambe C.

Lambe-lambe c. Sobre uma parede em tons de rosa e lilás, está colado um cartaz na vertical em verde-claro. Texto em preto: ÀS VEZES TENTAM ME LIMITAR... MAS SOU FEITA DE INFINITOS.
  1. Qual mensagem ele transmite para vocês?
  2. Que figura de linguagem é possível identificar no texto?
  3. Como essa figura contribui para o entendimento do poema?
  4. Qual é o efeito de sentido provocado pelas reticências?
  5. Observem a parte gráfica do lambe-lambe. Ela ajuda a atribuir sentido ao texto?
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Hora do lambe-lambe! Que tal você e os colegas fazerem uma intervenção artística com lambe-lambes?
    1. Conversem com o professor sobre quem será o público-alvo, onde irá circular (local de exposição do mural), os recursos materiais necessários para a produção, como será divulgado e o mais importante: quais serão a temática e o objetivo dessa intervenção artística.
    2. Em grupos, pesquisem as técnicas utilizadas para produzir os lambe-lambes e quais podem ser usadas para os que vocês irão criar.
    3. Criem as mensagens dos lambe-lambes, seja uma poesia, um microrroteiro, uma imagem ou uma mescla de texto e imagem. Vocês decidem!
    4. Colem os lambe-lambes em um mural e o exponham no local previamente combinado.

Outros lambe-lambes

Os lambe-lambes surgiram no início do século vinte com os fotógrafos que revelavam fotografias instantaneamente nos jardins e praças. Porém, no início dos anos 1970, já eram considerados raros. Saiba mais em Lambe-lambe: fotógrafos de rua em São Paulo nos anos 1970. MIS – Museu da Imagem e do Som. Disponível em: https://oeds.link/cvK5RD Acesso em: 9 maio 2022.

Fotografia em preto e branco. Em um local aberto, à esquerda, um homem em pé, corpo para a direita, com terno de mangas compridas, de frente para uma câmera sobre pedestal. Sobre a cabeça dele, um tecido preto cobrindo-a. Ao fundo, um corrimão e local com vegetação.
Fotógrafo lambe-lambe no parque Jardim da Luz, em São Paulo.
Respostas e comentários

9.e) Enumerar a descrição da cena.

9.f) Os verbos no imperativo podem indicar um convite à contemplação, à percepção interior, ao ficar só e perceber os ruídos exteriores.

10.a) Resposta pessoal.

10.b) A antítese: limitar/infinitos.

10.c) Ela faz um contraste entre limitar, uma imposição externa, com a escolha pessoal, interna, do eu lírico de se atribuir como feito de infinitos.

10.d) A pausa entre o que “os outros” tentam fazer e o que de fato “acontece” interrompe o fluxo de pensamento e, ao mesmo tempo, estabelece um elo (para dar a continuação sintática) entre as orações, como no caso do poema “Inspiração”, de Mário de Andrade.

10.e) Sim, a separação entre as duas orações fica marcada pelo uso de fontes de letras diferentes. Além disso, o destaque em negrito na primeira oração enfatiza o que se tenta impor ao eu lírico.

11. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

11. Proponha que a turma faça uma intervenção com lambe-lambes. Pode ser interessante promover uma interação com o componente curricular Arte, de fórma que os estudantes tenham a oportunidade de experimentar as diversas técnicas que podem ser utilizadas para produzir um lambe-lambe e transformar todos em um mural ou intervenção artística. Oriente-os durante a produção, relembrando os objetivos do lambe-lambe e seus formatos.

O lambe-lambe é uma intervenção artística urbana para transmitir ideias e pensamentos, divulgar artes e ações, defender causas e fazer protestos. Geralmente em formato de cartaz, tem tamanho variado e pode ser colado em postes, muros ou outros espaços urbanos. Alguns trazem só textos; outros têm textos e imagens; outros, ainda, só imagens. Seu conteúdo tem a função de despertar algo nas pessoas que passam pela rua e os leem, levando-as a reflexões.

Os lambe-lambes, originalmente, eram usados como peças publicitárias, como podemos ver na definição do Dicionário de Comunicação:

Cartaz de rua, geralmente impresso com uma ou duas cores chapadas, usado principalmente para divulgação de chôus. Os cartazes lambe-lambes não costumam indicar endereços ou nomes dos locais de eventos, pois seu uso está sujeito a multas na maioria das cidades, por serem colados diretamente em muros ou tapumes, sem licença. (RABAÇA e BARBOSA, 2002, página 413)

RABAÇA, Carlos Alberto. BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de Comunicação. sétima edição São Paulo: Elsevier, 2002.

Para ampliar

Entrevista com o artista, designer e professor Luis Bueno.

LUIS Bueno e a arte do lambe-lambe. YouTubeLife is a bit, São Paulo, 2018. Disponível em: https://oeds.link/rdPbYp. Acesso em: 17 agosto 2022.

A rua como espaço de expressão

A rua, para muitos artistas, é o espaço de interlocução com o público. Espaço de intervenções, de provocações, de diálogo.

Em São Paulo, dentro da série GrafiteMeuVizinho e do projeto TarsilaInspira, foram criados painéis gigantes no Centro Histórico por artistas contemporâneas. Os microrroteiros de Lau Guimarães fizeram parte, compondo um itinerário único e histórico de mulheres que abrem caminhos para as próximas gerações.

12. Observe.

Fotografia de intervenção urbana. Um prédio à direita de cor cinza-claro, na parede toda está pintada uma mulher sentada para a esquerda. Ela tem cabelos pretos curtos para trás, de camiseta de mangas curtas em preto, calça cinza e par de tênis em branco e preto. Ela está com o braço direito para frente, segurando como se fosse um spray, a imagem de Abaporu (obra de Tarcila do amaral)spray. Mais acima, texto preto em fundo rosa: mulher gigante, mulherão, caminhando com as amigas que vieram inspira azamiga que virão. Ao redor, texto em preto: é também o seu lugar ela vai e faz. À esquerda, prédio em tons de cinza e janelas de vidro. Mais abaixo, parede em marrom e janelas brancas.
“Era uma vez agora”, microrroteiros de Lau Guimarães integrados à obra “No fundo, no fundo... tinha eu!”, da artista Simone Siss.
Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que você achou dessa intervenção? Comente.
  2. Se você estivesse passando pela rua e visse esse painel gigante, você pararia para apreciar? Por quê?
  3. Qual é a principal mensagem dessa intervenção?
  4. Qual é a intertextualidade utilizada na imagem?
  5. Que sentidos você pode atribuir aos termos “mulher gigante, mulherão” dentro desse contexto?
Respostas e comentários

12.a) e b) Respostas pessoais.

12.c) Mulheres que fazem e inspiram.

12.d) A reprodução da tela O Abapuru, de Tarsila do Amaral, na mão do personagem, como se ela fosse um spray de tinta pronto para ser usado ou em uso.

12.e) Resposta pessoal. Sugestão: a fôrça de uma mulher que inspira, que faz com que as mulheres de hoje e as que virão continuem se inspirando.

A rua como espaço de expressão

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Converse com os estudantes sobre o uso do espaço urbano e sua relação com os cartazes de lambe-lambe, de fórma a introduzir a leitura do texto na página. Pergunte se conhecem alguma das hashtags citadas no texto. Pode ser interessante promover uma breve pesquisa on-line para que tenham mais informações sobre o tema que será tratado.
  • Ao longo da unidade, é possível explorar o Tema Contemporâneo Transversal Diversidade cultural, pois são disponibilizados conteúdos que permitem aos estudantes refletir acerca da diversidade de saberes e vivências culturais. Nesta seção, por exemplo, convide-os a explorar as imagens e tentar associá-las a outras já vistas no lugar onde moram ou em outros espaços vistos pela televisão ou pela internet.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Observe a imagem com os estudantes e introduza as atividades apresentadas na página. Convide-os a interpretar os sentidos da intervenção, explorando a imagem. Explique que Tarsila do Amaral é o ponto de partida do projeto, sendo vista como inspiração para as gerações atuais e futuras como mulher.

Destaque que “o combate às desigualdades” faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ó dê ésse 10) e visa a assegurar uma vida mais justa e igual para todos. Peça aos estudantes que tentem associar a produção de lambe-lambe com esse ó dê és . Aponte que o caráter crítico do gênero pode ser usado para colocar em destaque os problemas sociais e é uma fórma de reivindicar e lutar por um mundo melhor.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê dois um

ê éfe oito nove éle pê três dois

  1. Assim como o lambe-lambe, outras manifestações artísticas ganharam espaço nas ruas, como o grafite.
    1. Você sabe o que é um grafite? Comente.
    2. Agora, faça uma breve pesquisa para ver se sua hipótese se confirmou.
    3. Onde o grafite circula e qual é o público-alvo dessa arte?
  2. Observe este grafite do artista eimar Ribeiro.
Grafite. Vista geral de um muro em marrom e partes em bege, com pintura ao centro. Uma cabeça de pessoa de olhos em marrom, lábios em rosa e sobre a cabeça, lenço colorido em azul, verde e laranja. No pescoço, colar colorido em azul, laranja, cinza e rosa.
Grafite do artista eimar Ribeiro, exposto em Juquitiba, 2021.

Na sua opinião, o que ele representa?

15. Você acha que o grafite, os murais, os painéis, os lambe-lambes, entre outras manifestações artísticas, transformam as ruas da cidade em um “museu a céu aberto”? Explique.

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em uma roda de conversa, discutam:
    1. o que vocês consideram arte e o que não consideram, explicando o porquê;
    2. o valor social e cultural da arte de rua.
Respostas e comentários

13.a) Resposta pessoal.

13.b) Resposta pessoal.

13.c) Os grafites estão nos muros das cidades, em espaços públicos e privados e em museus. O público-alvo são as pessoas que transitam pelas ruas e, no caso dos museus, os que se interessarem pela exposição.

14. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam o tema mulher afrodescendente. No lugar do cabelo, o personagem usa um turbante colorido. O grafite foi colocado em um fundo abstrato, marca do artista.

15. Resposta pessoal.

16.a) e b) Respostas pessoais.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Convide a turma a conversar sobre o que é o grafite. Explique que se trata de uma fórma de manifestação artística essencialmente urbana. O grafite se expressa por meio de pinturas, desenhos ou escritas, compondo a cena urbana. Oriente a pesquisa dos estudantes e promova o compartilhamento de suas informações.
  2. Promova a interpretação do grafite na página. Comente que o artista fez uma série inspirada nas mulheres imigrantes africanas, principalmente a comunidade que se formou no centro de São Paulo nas últimas décadas.

15. e 16. Realize uma discussão coletiva sobre o que é ou não arte e se consideram o que foi estudado anteriormente como arte, transformando a cena urbana. Deixe que a turma troque ideias livremente, intervindo quando necessário.

Para ampliar

EXPRESSÃO urbana: a educação integral na arte das ruas. YouTube: Educação&Participação, abre colchetesem datafecha colchete. Disponível em: https://oeds.link/IP9mpf. Acesso em: 17 agosto 2022.

OLIVEIRA, Katiusca Angélica M. Graffiti: entre o passado e o presente. sexto Simpósio sobre Formação de Professores - Simfop, maio 2014. Disponível em: https://oeds.link/V9fk8p. Acesso em: 17 agosto 2021.

, Elisa. Arte em espaços não convencionais: grafite como fôrça motriz da apropriação do espaço público urbano. Polêmica, volume 15, número 3, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://oeds.link/L0uKoK. Acesso em: 17 agosto 2022.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Registro formal e informal

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Observe novamente este lambe-lambe.

Lambe-lambe. Texto preto em fundo rosa: mulher gigante, mulherão, caminhando com as amigas que vieram inspira azamiga que virão.
  1. Que mensagem o lambe-lambe pretende passar ao público?
  2. A linguagem utilizada no texto tem um aspecto mais formal ou mais informal? Dê exemplos que justifiquem sua resposta.
  3. Na sua opinião, a linguagem empregada está de acordo com o contexto?

Como já sabemos, as línguas variam de acordo com inúmeros fatores. Dependendo do contexto e da finalidade da comunicação, podemos nos expressar de diferentes fórmas, chamadas de registros.

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por dois quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, camiseta em branco, um sapinho de cor verde, de olhos e boca em preto. Um outro menino de cabelos castanhos de camiseta verde e bermuda azul. Um menino de cabelos castanhos, camiseta branca, bermuda vermelha com violão sobre as costas. Um menino de cabelos arrepiados em marrom, camiseta em azul-claro e bermuda em azul. Uma menina de cabelos ruivos, com coque e presilha em amarelo, blusa branca e bermuda roxa. Q1 – Menino de cabelos castanhos, bermuda azul e camiseta verde, com o corpo para a direita, diz: MORDI A GOIABA E VI A LARVA! ENTÃO GOIABAS TÊM LARVAS! Alguém fora do quadro, fala: CALMA, MANO... NÃO GENERALIZE! Q2 – O menino de bermuda azul e camiseta verde de frente para menino com violão sobre as costas. Este diz, com a mão direita para frente: ALGUMAS GOIABAS TÊM LARVAS! Menino de cabelos arrepiados em castanho, olhando para a menina ruiva, diz: OU AO MENOS UMA GOIABA TEM LARVAS... A menina, acrescenta com a mão direita para frente: OU UMA GOIABA TEM UMA LARVA! Na ponta da direita, o sapinho olhando para a direita, em direção a Armandinho. Este segura uma goiaba já mordida na mão direita para frente e diz: NO CASO, METADE DE UMA LARVA...

BECK, Alexandre. Armandinho. abre colchetesem localfecha colchete, 13 setembro 2016. Facebook: letra á contornada por uma linha curvatirasarmandinho. Disponível em: https://oeds.link/SfHlH8Facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144.113963.488356901209621/1586381624740471/?type=3&theater. Acesso em: 11 maio 2022.

  1. Por que a afirmação do garoto no primeiro quadrinho é refutada pelos amigos?
  2. Onde está o humor da tirinha?
  3. De acordo com o contexto retratado, podemos dizer que a linguagem dos personagens é mais formal ou menos formal?
  4. Aponte no texto uma palavra que comprove sua resposta anterior.

O registro informal (ou linguagem informal) é utilizado quando há mais familiaridade entre as pessoas que participam da situação comunicativa ou em ocasiões de maior descontração. Nesse contexto, há uma preocupação menor com questões relacionadas à norma-padrão. Além disso, utilizam-se palavras mais simples, gírias, palavras abreviadas ou contraídas

Respostas e comentários

1.a) Pretende passar uma imagem de incentivo às mulheres, enaltecendo-as.

1.b) Um aspecto mais informal. Exemplos: a palavra “mulherão” (que, embora seja o aumentativo de mulher segundo a norma-padrão, vem sendo utilizada em situações mais informais) e a expressão “azamiga” (as amigas).

1.c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que sim, pois a linguagem informal, neste caso, promove aproximação do público, sobretudo o mais jovem, que faz uso das palavras citadas na resposta do item anterior.

2.a) Porque, a partir de sua própria experiência, ele faz uma generalização, afirmando que todas as goiabas têm larvas.

2.b) Na fala de Armandinho, ao afirmar que a goiaba tem metade de uma larva. Com isso, pressupõe-se que a outra metade tenha sido comida.

2.c) Menos formal, pois é uma conversa entre amigos.

2.d) A palavra “mano”, utilizada em contextos informais.

Língua e linguagem

Registro formal e informal

  • ATIVIDADE PREPARATÓRIA
  • Em uma roda de conversa, pergunte aos estudantes se falamos sempre da mesma fórma ou se mudamos essa fórma dependendo de com quem estamos conversando. Dê alguns exemplos de situações em que é necessário usar um registro mais formal e outras mais informal e pergunte se eles falariam da mesma fórma nas duas situações. Depois, peça a eles outros exemplos. Nesse momento, não é necessário mencionar o que é registro, registro formal e registro informal. Apenas foque nas situações e nas diferentes fórmas de nos expressar.
  • Aproveite para discutir o preconceito linguístico e como combatê-lo, levando os estudantes a entenderem as variantes linguísticas e o fenômeno da variação linguística.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Analise o lambe-lambe com os estudantes e convide-os a interpretar a sua mensagem, assim como a linguagem utilizada e o contexto.

Após a leitura do boxe-conceito, relembre aos estudantes o que já foi estudado anteriormente sobre a norma-padrão e suas variações de acordo com as situações.

  1. Promova a leitura e a interpretação da tirinha com a turma. Converse sobre o humor presente, explicando que o personagem comeu a outra metade da larva na goiaba. Comente sobre a informalidade apresentada no discurso da tirinha, identificando com os estudantes as palavras que apontam para o contexto.

Após a análise da tirinha, pergunte aos estudantes o que entendem por linguagem formal e linguagem informal e em quais situações cada uma delas é utilizada. Espera-se que os estudantes consigam expressar suas opiniões preliminares sobre o assunto, justificando seus comentários. Depois, faça uma leitura coletiva do boxe-conceito.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê zero quatro

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

ê éfe seis nove éle pê cinco seis

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe oito nove éle pê um um

3. Observe o cartaz e responda às questões.

Cartaz. Cartaz na vertical. Fundo em preto. Na parte inferior, ilustração com curva para cima onde circulam ônibus e carros em amarelo, com dois faróis. Acima, texto: Convite Convidamos vossa senhoria para participar da abertura do MAIO AMARELO. Sua presença é fundamental para sensibilizarmos a sociedade a uma mudança de comportamento. Local: Câmara Municipal de Porto Nacional-10 Dia: 09 de maio às 19:30h #MinhaEscolhaFazDiferença Mais abaixo, logotipos.

PORTO NACIONAL. Departamento Municipal de Trânsito. Convite oficial da Campanha Maio Amarelo. Prefeitura de Porto Nacional, Porto Nacional, 1º agosto 2017. Disponível em: https://oeds.link/gZQPis Acesso em: 11 maio 2022.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você sabe a que se refere o movimento “Maio Amarelo”? Se souber, compartilhe a resposta com a turma.
  2. Qual é o objetivo do cartaz?
  3. Analisando o texto, podemos dizer que a linguagem do cartaz é mais formal ou menos formal? Por quê?
  4. Considerando que o cartaz foi produzido pela prefeitura da cidade, a linguagem utilizada está adequada?

O registro formal (ou linguagem formal) é utilizado quando não há familiaridade entre as pessoas que participam da situação comunicativa ou em momentos nos quais é preciso se dirigir a alguém de fórma mais respeitosa. Nesse contexto, há maior cuidado com questões relacionadas à norma-padrão.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

4. Observem este cartaz de uma campanha de doação de livros.

Cartaz. Cartaz em fundo branco. Ao centro, uma pilha de livros com uma maçã vermelha sobre ela, à esquerda. No chão, à esquerda, uma menina sentada, de olhos fechados, cabelos longos ruivos, de blusa de mangas compridas em vermelho e branco, calça cinza escuro, sapatos em preto e branco. Ela segura um livro nas mãos  e está encostada na pilha de livros. Um menino de cabelos pretos penteados para a direita, blusa branca de mangas em cinza, calça e sapatos em cinza está sentado sobre a pilha de livros, à direita. Ele segura um livro nas mãos. Ao redor deles, uma linha pontilhada e à esquerda, uma fadinha de cabelos pretos, de chapéu vermelho sobre a cabeça, blusa preta, saia vermelha e par de asas nas costas em azul-claro voa sorridente. Ela tem na mão direita uma varinha com estrela azul. Na parte superior, texto: CAMPANHA DOE LIVROS, DOE SONHOS. Abaixo, logotipo da OAB.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SÃO PAULO. 3ª Subseção de Campinas. Campanha doe livros, doe sonhos. OAB Campinas, Campinas, 2019. Disponível em: https://oeds.link/568fz6 Acesso em: 16 maio 2022.

  1. Imaginem que sua escola promoverá um evento para divulgar essa campanha. Será necessário, portanto, criar dois convites, para dois públicos diferentes: um para os estudantes e outro para os pais e a comunidade escolar. Com base nessas informações, escrevam os textos.
  2. Para redigir, lembrem-se de adequar o registro ao público a que os convites se destinam. Não se esqueçam de que o texto diz respeito a uma instituição escolar!
Respostas e comentários

3.a) Resposta pessoal.

3.b) Convidar a população para participar da abertura da campanha “Maio Amarelo”.

3.c) A linguagem é mais formal, o que se percebe pelo respeito às regras da norma-padrão, o uso de pronomes menos comuns na língua falada (“vossa senhoria”)

3.d) Sim, pois é um convite feito pela prefeitura. Por essa razão, é preciso utilizar uma linguagem mais formal.

4.a) e b) Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3. Peça aos estudantes que analisem os itens no cartaz. Explique que o “maio amarelo” é um movimento que visa a conscientizar a população sobre a mortalidade no trânsito. Converse com a turma sobre a linguagem utilizada e seu contexto de formalidade.

3d. O cartaz foi produzido pela Prefeitura de Porto Nacional, no Tocantins.

  • Para complementar a leitura do boxe-conceito sobre registro formal, comente que também é preciso prestar atenção ao vocabulário utilizado, bem como evitar expressões ou fórmas de tratamento que denotem intimidade e que possam parecer ofensivas ou invasivas.

4. Divida a turma em duplas e peça a elas que analisem o cartaz da página, observando os recursos persuasivos e linguístico-discursivos utilizados para a produção de sentido. Em seguida, proponha que criem convites para a situação da atividade. Enfatize a importância de adequação ao público-alvo, sem deixar de considerar o fato de que o texto é redigido por uma escola. Promova uma apresentação dos resultados e, ao final, converse sobre os projetos. Comente que, embora seja possível lançar mão de recursos mais informais para se dirigir ao público jovem, os estudantes não podem perder de vista o fato de que o autor do texto é uma instituição e, portanto, sempre haverá um traço de formalidade em ambos os convites, de acordo com o papel social do emissor.

Para observar e avaliar

Proponha aos estudantes que, em duplas, leiam outros cartazes ou lambe-lambes e identifiquem o registro utilizado: formal ou informal.

Observe como eles realizam a atividade e acompanhe o processo para auxiliar aqueles com mais dificuldades, de fórma que consigam perceber a necessidade de adequação ao contexto no uso dos registros da língua.

Semana de Arte Moderna de 1922

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. O que você sabe sobre a Semana de Arte Moderna de 1922? Conte aos colegas.

Capa de catálogo. Capa de catálogo de cor bege claro. Ao centro, ilustração em preto e bege, uma estátua de uma pessoa em pé, com o braço direito sobre o ventre. Na parte inferior, texto: SEMANA DE ARTE MODERNA CATALOGO DA EXPOSIÇÃO  S. PAULO 1922.
Cartaz. Cartaz vertical de cor bege-claro. Ao centro, ilustração de uma árvore preta com folhas em vermelho acima, com raízes ramificadas. Na parte superior, texto: SEMANA DE ARTE MODERNA. Abaixo, texto: S. Paulo 1922.
Capa do catálogo da Semana de Arte Moderna de 1922 e cartaz do evento, ambos criados por Di Cavalcanti.

2. Leia este trecho de uma reportagem.

Uma semana que dura para sempre

O centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 é também um convite para se refletir sobre sociedade e cultura no Brasil

Marcello rôlembérg                                                                                                                                          

No dia 17 de fevereiro de 1922, a plateia que aguardava a apresentação do pianista Heitor Villa-Lobos no Teatro Municipal de São Paulo estava, ao mesmo tempo, ansiosa e arisca. Aquela récitaglossário seria o encerramento de uma ousadia que durou três dias – 13, 15 e 17 de fevereiro –, mas que entrou na história como se fosse uma semana inteira: a Semana de Arte Moderna. E Villa-Lobos talvez representasse um raro momento de tranquilidade que não necessariamente existiu nos dias anteriores, com uma série de apresentações e exposições que o jornal Correio Paulistano, no dia 29 de janeiro, afirmava ser “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual” – só faltou combinar com a plateia. E aquela do dia 17 se assustou ao ver o maestro e pianista subir ao palco de fraque – como o espaço vetusto da elite paulistana exigia –, só que com um pé calçando sapato e o outro… de pantufa. O público interpretou aquilo como uma atitude futurista e desrespeitosa e vaiou o artista impiedosamente. Depois, Villa-Lobos explicaria: não havia nada de futurista, moderno ou o que fosse. Nem falta de respeito. O que havia era um prosaicoglossário calo inflamado.

Respostas e comentários

1. Respostas pessoais.

Semana de Arte Moderna de 1922

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Nesta dupla de páginas, pode-se trabalhar com os Tema Contemporâneo Transversal Educação em direitos humanos, chamando a atenção para o direito à cultura, bem como a Diversidade cultural. Também é possível abordar os ó dê és 4. Educação de qualidade e 10. Redução das desigualdades, pois ao proporcionar uma educação de qualidade e inclusiva, possibilita-se também a redução das desigualdades.
  1. Pergunte aos estudantes o que sabem sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. Relembre a importância do movimento para a arte brasileira, suas referências, inspirações e impactos. Analise, então, a capa do catálogo da Semana de Arte Moderna de 1922 e o cartaz do evento, ambos criados por Di Cavalcanti.
  2. Faça uma primeira leitura do texto, solicitando aos estudantes que acompanhem, em silêncio, observando a pronúncia das palavras e as pausas, de acordo com as pontuações. Essa fórma de leitura permite que os estudantes observem a fluidez leitora, para que possam cada vez mais desenvolver essa habilidade ao longo de seus estudos. Oriente-os a tentar compreender as palavras desconhecidas pelo contexto em que estão inseridas. Terminada a primeira leitura, peça que se reúnam em duplas e leiam de fórma revezada, cada um lê um parágrafo, de modo que possam intercalar a etapas de escuta e oralização, apoiando um ao outro. Chame a atenção deles para as palavras do glossário e, se necessário, peça que retomem os trechos em que essas palavras estão inseridas, perguntando se ficou mais clara a leitura após o entendimento de seus significados.

Após a leitura do texto, peça aos estudantes que troquem ideias entre eles sobre o que compreenderam do texto e se têm alguma informação a acrescentar. Para ampliar o entendimento sobre a Semana de Arte Moderna, veja as sugestões a seguir.

Para ampliar

100 ANOS da Semana de Arte Moderna: celebração ou reflexão? Espaço Conhecimento Universidade Federal de Minas Gerais, 8 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/0fK5oy. Acesso em: 7 agosto 2022.

O QUE foi a Semana de Arte Moderna de 22? YouTube: Estadão, São Paulo, 11 fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/H0hDiN. Acesso em: 17 agosto 2022.

VEJA atrações e curiosidades da Semana de 22. YouTube: Jornal da Band, São Paulo, 2022. Disponível em: https://oeds.link/eWuzwz. Acesso em: 17 agosto 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê dois um

ê éfe seis nove éle pê três oito

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

Foi há cem anos que o calo de Villa-Lobos chocou e irritou uma plateia que não estava ainda preparada para aquilo chamado de “modernismo” ou de “arte moderna”. E por que um pé com pantufa poderia criar tanto rebuliço? Porque, na esteira dessa cena, tinham ocorrido outros episódios que mais confundiram do que explicaram. O festival organizado por gente do naipe de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Ronald de Carvalho, Anita Malfatti, Menotti del , Di Cavalcanti e Villa-Lobos – Tarsila do Amaral estava na Europa na época – entre as cortinas e paredes bem ornamentadas do Teatro Municipal – um templo das artes clássicas em São Paulo, um pedaço de Paris às margens do Tamanduateí –, inaugurou um outro momento das artes brasileiras. E toda novidade traz, também, um quê de ruptura com o passado. No caso, dos modernistas, com o classicismo, o chamado “passadismo” e o parnasianismoglossário , ainda em voga no eixo Rio-São Paulo – as cidades que realmente importavam cultural, social, política e economicamente naquele Brasil agrário, semianalfabeto e às voltas com as agruras de uma República com pouco mais de 30 anos e os votos de cabresto.

reticências

rôlembérg, Marcello. Uma semana que dura para sempre. Jornal da USP, São Paulo, 11 fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/ZsO4YL Acesso em: 9 maio 2022.

  1. Segundo a matéria, o que foi a Semana de 1922?
  2. O que houve de tão diferente na Semana que chocou o público, de acordo com o texto?
  3. A reação do público diante da pantufa de Villa-Lobos foi provocada por quê?
  4. Qual é a sua opinião sobre esse fato?
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, pesquisem sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. O professor irá propor diferentes temas, para que cada grupo possa apresentar um aspecto do evento. Por exemplo:
    1. a Semana de Arte Moderna de 1922 e sua repercussão;
    2. as vaias e os aplausos da plateia;
    3. os artistas que participaram;
    4. o papel das mulheres na Semana de Arte Moderna de 1922;
    5. as mudanças na arte e na cultura brasileira pós-Semana de Arte Moderna de 1922.
Respostas e comentários

2.a) A inauguração de um outro momento das artes brasileiras, o Modernismo, rompendo com o Classicismo e, em especial, com o Parnasianismo.

2.b) A arte apresentada rompia com o que era tradicional e convencional até então, com o que a plateia estava acostumada, além do fato de ter acontecido no Teatro Municipal, templo das artes clássicas de São Paulo na época.

2.c) Pela falta de informação, o público partiu do princípio de que se apresentar de pantufas diante de uma plateia era uma atitude futurista e desrespeitosa. Ao artista não foi dado o direito de defesa, sendo atacado com vaias.

2.d) Resposta pessoal.

3. Ver sugestões de respostas nas orientações didáticas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

2a e 2b. Peça que as duplas respondam às questões. Ao final, auxilie-os a compartilhar suas ideias.

  1. Divida a turma em grupos e peça a eles que pesquisem sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. Nesse caso, cada grupo ficará responsável por um tema, que pode ser definido por sorteio ou interesse pessoal.
  • Oriente-os a quais sites consultar e a selecionar os materiais apenas de fontes confiáveis, como páginas de universidades. Após a seleção dos materiais, eles devem fazer a curadoria, identificando as informações que os ajudem a responder aos questionamentos e que serão incluídas como resultado da pesquisa.
  • Com todas as informações selecionadas, eles devem elaborar o texto de apresentação no formato escolhido. Diga que eles não precisam colocar todo o texto na apresentação, apenas partes que sirvam de lembretes para a fala. Eles também podem utilizar imagens e vídeos como complementação da apresentação.
  • A apresentação pode ser no formato que o grupo achar melhor: vídeo, slides, cartazes, fanzines

VOCÊ É O AUTOR!

Parodiando a paródia

Como você viu, a paródia é a releitura de um texto original, verbal ou não verbal, modificando seu sentido original, o qual é deslocado com o objetivo de provocar humor, sarcasmo, ironia ou crítica. A paródia propõe um olhar e uma percepção diferentes da realidade, deixando, no entanto, o texto original aparecer na superfície do novo texto para que haja um diálogo.

Essa releitura pode ser feita tanto pela retomada da temática quanto do personagem, da estrutura do texto, ou mesmo de outros elementos presentes no texto original que possibilitem ao leitor perceber a intertextualidade.

No ambiente virtual, os memes podem aparecer como paródias da realidade ao recriá-la de fórma cômica, satírica ou crítica. Você sabia disso?

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você já havia pensado em um meme como uma fórma de paródia? Explique.
  2. Você se recorda de algum meme? Compartilhe com a turma.
  3. Observe este meme postado em redes sociais.
Meme. Parede em vermelho-escuro, dois quadrados pendurados com moldura em tons de dourado. À esquerda, quadro com uma ponte com pinceladas em tons de marrom e laranja. À frente, uma pessoa vista da cintura para cima, careca, de vestes longas em preto, mãos sobre as bochechas, olhos arregalados e boca bem aberta. Mais ao fundo, sombra de duas pessoas em preto. À direita, local em azul, morros em cinza e na parte superior em laranja-escuro com nuvens esparsas em laranja-claro. No outro quadro, à direita, uma mulher vista da cintura para cima de cabelos longos em castanho, vestes longas em marrom-escuro. Ela está com o braço direito sobre a moldura do quadro e mão esquerda sobre a bochecha. Ela olha para a esquerda, em direção à pessoa do quadro da esquerda e diz: NÃO GRITE. MELHORE SEUS ARGUMENTOS!

ARTES DIVA DEPRESSÃO. Não grite; melhore seus argumentos. abre colchetesem localfecha colchete, centésima2022. Instagram: letra á contornada por uma linha curvadivadepressao. Disponível em: https://oeds.link/CKGluE. Acesso em: 25 abril 2023.

  1. Esse meme faz intertextualidade com que quadros famosos? Tente descobrir!
  2. Qual é a mensagem do meme?
  3. O que você achou desse meme?

Que tal você criar uma paródia para, depois, expor no sarau poético da turma? A proposta é que você crie uma paródia a partir de um poema. Mas guarde o poema original para o sarau poético!

Respostas e comentários

1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes entendam que, no meme, há uma “imitação” de uma realidade e conexões estabelecidas pela intertextualidade com outros textos verbais ou não verbais, os quais têm seus sentidos originais “invertidos” de fórma cômica, para provocar o humor, ou de fórma crítica sobre um tema.

2. Resposta pessoal.

3.a) O grito, de Edvard Munch, e Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.

3.b) Que gritar ou falar mais alto não resolve se a pessoa não tiver argumentos para defender seu ponto de vista.

3.c) Resposta pessoal.

Você é o autor!

Parodiando a paródia

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Comente o diálogo entre dois poemas/textos , isto é, a intertextualidade, que pode ocorrer de duas maneiras: a paráfrase, que retoma um texto com o mesmo ponto de vista do original; e a paródia, que o faz, deslocando o seu sentido, em tom bem-humorado, brincalhão ou crítico.
  • Leia o texto com a turma, convidando-os a produzir paródias utilizando um gênero que eles conhecem no meio virtual: os memes. Explique que “meme” tem origem no termo grego “mimesis”, que significa “imitação”.
  • Se possível, disponibilize memes apropriados para a idade dos estudantes para que o gênero seja discutido.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. e 2. Após a leitura do texto, introduza a atividade, perguntando se já pensaram que os memes poderiam ser paródias. Deixe que a turma responda coletivamente e peça a eles que compartilhem os memes dos quais se lembram.

  1. Observe com os estudantes o meme presente na página e, durante a interpretação, introduza as questões da atividade. Converse sobre os quadros originais e o que eles representam artística e culturalmente para a humanidade, ampliando o conhecimento de mundo. Pontue que, para a paródia ser compreendida, o leitor precisa ter conhecimento prévio do que está sendo parodiado. Do contrário, não vai conseguir estabelecer nenhuma relação com os quadros originais nem perceber o humor crítico.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha aos estudantes mais estas atividades:
    1. Onde esse meme circulou?
    2. Quem é o público-alvo?

Respostas: a) Na internet. b) Os seguidores da conta em uma rede social. No entanto, pode ser compartilhado pelos seguidores e alcançar um número grande de leitores por causa disso. Espera-se que percebam a dimensão que um meme, ou outro tipo de postagem, pode alcançar após ser publicado em uma rede social.

Para ampliar

AIDAR, Laura. Significado do quadro O Grito de Edvard Munch. Cultura Genial, abre colchetesem localfecha colchete, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/7c9xrP. Acesso em: 17 agosto 2022.

fúquis, Rebeca. Mona Lisa de Leonardo da Vinci: análise e explicação do quadro. Cultura Genial, abre colchetesem localfecha colchete, centésima2022. Disponível em: https://oeds.link/KcRNi2. Acesso em: 17 agosto 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe seis nove éle pê cinco um

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe oito nove éle pê três dois

ê éfe oito nove éle pê três três

ê éfe oito nove éle pê três seis

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

  1. Na etapa de planejamento, comece escolhendo um poema. Para isso, visáite a biblioteca da escola ou alguma biblioteca on-line.
    1. Para selecionar o poema, você pode levar em consideração o tema que quer abordar, o poeta de que mais gosta, o objetivo da sua paródia, entre outras opções.
    2. Selecione alguns livros, folheie-os, leia alguns poemas e, então, escolha o que mais se adequar ao seu propósito.
    3. Pense no público-alvo, no contexto de circulação e como a paródia será divulgada. Para isso, você pode pensar nas respostas para perguntas como:

Quem escreve?

Para quem?

Qual é a finalidade?

Onde será publicado?

d. Reflita sobre qual será o tom da sua paródia: crítica, ironia, humor.

Lembre-se de que esta atividade é para ser divertida, mesmo que sua paródia tenha o objetivo de fazer alguma crítica.

  1. Após o planejamento, inicie a etapa de produção da paródia.
    1. Analise o poema escolhido, compreendendo-o para poder fazer a paródia.
    2. Pense em quais palavras ou imagens, por exemplo, podem ser utilizadas para criar a paródia e faça uma lista. Lembre-se das trocas feitas nos poemas analisados: palmeiras/palmares e na tirinha Corinthians/Palmeiras, ou nas obras de arte originais e nas parodiadas.
    3. Observe a estrutura e as características do gênero textual em que será feita a paródia.
    4. Observe como utilizar adequadamente os recursos linguísticos e gramaticais disponíveis.
    5. Siga seu planejamento.
  2. Pronta a primeira versão, comece a etapa de revisão.
    1. Troque a paródia com outro colega, para que ele a leia e faça sugestões.
    2. Verifique as sugestões apontadas pelo colega e faça as alterações que considerar pertinentes.
    3. Após os ajustes, releia o texto e faça a edição que for necessária.
    4. Para a revisão, utilize a pauta de revisão, conferindo itens como pontuação, ortografia, coesão e coerência, organização do texto, entre outros.

Lembre-se de que temos de ter respeito pelos colegas e pelos trabalhos produzidos por eles, fazendo os apontamentos de fórma cordial.

4. Faça a versão final da paródia e deixe-a pronta para ser exposta no sarau poético.

Orientação para acessibilidade

Atividade 3

Se houver estudantes cegos na turma, a etapa de revisão pode ser feita em dupla, com leitura em voz alta indicando os sinais de pontuação empregados.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Oriente os estudantes, solicitando que anotem as fontes utilizadas, para compartilhamento posterior. Retome o que já foi debatido sobre público-alvo, circulação e finalidade.
  2. Durante a produção, leia as etapas e, se houver necessidade, interprete o conteúdo dos poemas com a turma. Retome quais são os recursos linguísticos, como dar sequência às ideias e usar os organizadores textuais visando à coesão e à coerência.

dois á. Apresente aos estudantes estes tópicos para análise:

  • Que imagem, ou imagens, passa para o leitor? Há a presença de palavras desconhecidas? Como é o ritmo, a melodia?; Há a presença de rimas, aliterações, assonâncias ou outras figuras de linguagem?; Como ocorre a pontuação e a escolha lexical?.
  1. Promova a revisão, orientando-os com relação à construção da pauta de revisão e quais elementos podem ser inseridos conforme os estudos forem avançando.
  2. Na última etapa, promova a versão final das paródias, revisando tudo novamente com os estudantes.

Para observar e avaliar

Acompanhe todo o processo de produção das paródias e verifique as escolhas dos estudantes: a seleção do poema, a interpretação do texto, o reconhecimento de recursos linguísticos. Também verifique os critérios usados para a produção da párodia.

Aproveite a oportunidade para avaliar as habilidades desenvolvidas na produção escrita e no trabalho em equipe.

A produção de texto no processo de aprendizagem é um momento importante, já que é a hora de avaliar o que cada estudante aprendeu do conteúdo estudado.

Variação linguística

Variação social

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Observe este cartum.

Cartum. Um quadro em contorno preto, com um homem visto dos ombros para cima. Ele tem cabelos castanhos, de camisa de gola por dentro branca e jaleco da mesma cor por cima. O homem diz em um balão de fala à frente dele: A TERAPIA TEVE UM EFEITO IDIOSSINCRÁTICO COM PROGNÓSTICO FAVORÁVEL NO CASO DE PRONTA-SUPRESSÃO.

HELVÉCIA, Heloísa. Cada um com sua língua. Sinapse online - Folha ônláine, São Paulo, 24 junho 2003. Disponível em: https://oeds.link/qF4Z0vAcesso em: 16 maio 2022.

Você consegue entender o que disse o médico? Por quê?

2. Leia o texto.

Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua?

O diálogo entre médico e paciente se constrói com atenção, paciência e linguagem clara. Dele pode depender o sucesso do tratamento

Por Edna Vairoletti

“Medicinês” e “mediquês” são algumas das expressões usadas para se referir à linguagem utilizada pelos médicos, com muitos jargões e termos científicos que podem causar estranheza aos pacientes. A qualidade do diálogo entre eles pode até mesmo ter reflexos sobre a adesão e o sucesso do tratamento.

Para assegurar a compreensão do que se diz e do que se ouve, a sintonia desse diálogo deveria ser imediata. Mas nem sempre é assim. A fórma como se estabelece a relação médico-paciente mostra-se fundamental desde a primeira consulta. Estamos falando da formação de um vínculo, para o qual sentimentos como confiança e segurança são importantíssimos.

Respostas e comentários

Variação linguística

Variação social

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  1. Observe o cartum com a turma e peça a eles que interpretem o que está escrito, introduzindo a primeira atividade presente na página. Deixe que conversem livremente.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. a 3. Leia o texto e converse com os estudantes, perguntando se conhecem outras linguagens com a mesma característica – por exemplo, o “juridiquês”. Deixe que respondam e introduza as outras questões da atividade.
  1. Comente o desconforto gerado pela falta de compreensão do paciente devido à linguagem difícil e não acessível.

Reforce que, como visto antes, a variação social é aquela que ocorre em virtude dos hábitos e da cultura de diferentes grupos sociais. O jargão é um tipo de linguagem peculiar de determinado grupo, geralmente relacionado à profissão. Por conter termos muito específicos, o uso de jargões pode prejudicar a compreensão daqueles que não conhecem essa linguagem.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

ê éfe seis nove éle pê cinco seis

Segundo estudos, de 60% a 80% dos diagnósticos e decisões sobre o tratamento se dão justamente durante a consulta. Portanto, é o momento em que a troca de informações deve ser clara e fluir.

reticências

Para o Doutor Galeno Alvarenga, formado em Medicina e doutor em filosofia, a terminologia médica fornece um bom exemplo das múltiplas funções que a linguagem tem a desempenhar. “Por um lado, ela é técnica, permitindo aos médicos ao mesmo tempo compreender e explicar a doença. Mas também é usada como instrumento de comunicação entre médico e as pessoas. E, algumas vezes, a não comunicação entre médico e paciente resulta em consequências sérias”. reticências

VAIROLETTI, Edna. Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua? Revista Abrale On-line, São Paulo, 13 junho 2017. Disponível em: https://oeds.link/GdWVaJ Acesso em: 12 maio 2022.

  1. De acordo com o texto, o que seria o “medicinês” ou “mediquês”?
  2. Releia este trecho.

Para assegurar a compreensão do que se diz e do que se ouve, a sintonia desse diálogo deveria ser imediata.

O que a autora quis dizer com isso?

  1. Segundo o Doutor Alvarenga, essa linguagem apresenta aspectos positivos e negativos. Quais seriam esses aspectos?
  2. Na sua opinião, como o “medicinês” pode prejudicar a construção do vínculo entre médico e paciente?
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Reúnam-se em grupos para fazer uma pesquisa sobre o tema aqui abordado. Sigam os seguintes passos.
    1. Inicialmente, pensem sobre os grupos sociais conhecidos por usarem uma linguagem específica, relacionada à sua profissão, por exemplo, advogados, professores, policiais
    2. Escolhido o grupo, façam uma pesquisa sobre as principais particularidades do jargão utilizado por esses profissionais.
    3. Se possível, entrevistem um profissional da área escolhida.
    4. No dia marcado pelo professor, apresentem os resultados da pesquisa.
Respostas e comentários

2.a) Uma fórma específica de se comunicar dos médicos.

2.b)• De fórma resumida, a autora quis dizer que os interlocutores devem “falar a mesma língua”. É preciso que ambos reconheçam o código utilizado para compreender as mensagens.

3. Por um lado, ela permite aos médicos compreender e explicar a doença. No entanto, ao usar essa linguagem com os pacientes, que não a conhecem, ela pode gerar problemas no entendimento.

4. Resposta pessoal.

5. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

5. Divida a turma em grupos e peça a eles que pensem nesses grupos sociais e suas “linguagens próprias”. Proponha que pesquisem jargões particulares, fazendo um levantamento geral. Uma boa fonte para pesquisar o “juridiquês” são os textos de lei da unidade 3.

5b. Para a pesquisa, oriente os estudantes a fazer um levantamento de palavras ou expressões utilizadas que são desconhecidas do público em geral.

5c. Para a entrevista, peça que elaborem previamente um roteiro de perguntas. Lembre-os de não esquecer de pedir exemplos do jargão utilizado. A entrevista é uma boa oportunidade para perguntar se, em algum momento, o uso da linguagem específica prejudicou a comunicação com pessoas que não têm a mesma profissão.

5d. Promova a apresentação dos trabalhos da fórma como os grupos acharem mais interessante. Peça aos estudantes que prestem atenção à apresentação dos colegas e, ao fim da atividade, compartilhem suas impressões sobre os jargões.

Ao final, avalie com os estudantes o que foi aprendido.

ORALIDADE

Sarau poético

A proposta desta atividade é você e os colegas organizarem um sarau poético no qual possam recitar poemas e paródias produzidos por vocês.

Você já participou de um sarau ou recital? Comente com os colegas.

Fotografia. Uma menina vista da cintura para cima, em uma rua cinza, com o rosto para a direita, olhando para livro de capa azul, que ela segura com a mão esquerda. Ela está com os braços bem abertos e erguidos até a altura dos ombros. Ela tem cabelos longos em castanho, com uma boina sobre a cabeça e vestido de mangas compridas em azul-claro e flores em bege. Em segundo plano, fundo desfocado com vista parcial de casa bege com três janelas.
Antes de recitar o poema no sarau, é importante ensaiar.

Organização

  1. Para organizar o sarau poético, você e os colegas terão de pensar antes em alguns itens, como:
    1. o público-alvo do sarau (colegas de sala; colegas de outras turmas; pais, responsáveis e amigos; toda a comunidade escolar );
    2. a data, o horário e o local do sarau;
    3. como será o convite (digital ou impresso, com imagem ou sem imagem);
    4. quem ficará responsável por organizar e realizar o evento, coordenando as atividades;
    5. o cronograma para as atividades do pré-sarau;
    6. quem vai recitar os poemas e quais serão os poemas e suas paródias, lembrando que, para as paródias, é desejável apresentar também o texto original, pois nem todos podem conhecê-lo, o que dificultaria entender a proposta de vocês;
    7. como será a exposição das paródias: em cartazes, murais
    8. os materiais necessários para realizar o sarau (projetor de imagem, equipamento de som, cartazes );
    9. quem fará as vezes de anfitrião recebendo os convidados e os encaminhando aos respectivos lugares;
    10. quem será o responsável pela apresentação geral, ou abertura do sarau, explicando a ideia do evento (o apresentador pode fazer um roteiro sobre o que irá falar, usando-o como apoio durante a fala);
    11. quem fará o encerramento do sarau.
Respostas e comentários

• Resposta pessoal.

Oralidade

Sarau poético

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Proponha que a turma organize um sarau poético, listando com os estudantes os itens necessários para esse evento. Explique que eles podem colocar os itens em uma planilha ou tabela, para terem contrôle da produção.

1c. Comente que o convite digital pode parecer um ciberpoema, com imagens, narração, texto O roteiro deverá ser feito coletivamente.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um dois

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe oito nove éle pê três três

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

Ensaio

  1. Com tudo definido, é hora de ensaiar.
    1. Aqueles que não irão recitar os poemas, podem dirigir os ensaios, orientando os colegas quanto à impostação da voz, à entonação, à postura, ao ritmo, à articulação das palavras e à interpretação mais adequadas para cada poema.
    2. Se todos recitarem, revezem-se nas tarefas de ensaiar e orientar os ensaios, fazendo observações e dando sugestões.
    3. Lembrem-se de que a voz tem de ser clara e as palavras bem pronunciadas.
Fotografia. Dentro de uma sala de aula, com piso em azul, crianças vistas sentadas em carteiras escolares. Ao fundo, na parede em bege-claro, uma lousa branca, vista parcialmente. De frente da lousa, um menino em pé de cabelos pretos, de camisa de gola e mangas curtas, em xadrez de cor branca e laranja, calça jeans em azul e par de tênis em cinza e cadarço em vermelho. Ele está com o braço direito para cima e na mão esquerda, livro aberto.
O tom da voz deve ser observado durante a apresentação, para que todos da plateia ouçam.

Dia do sarau

  1. No dia do sarau, tomem algumas providências, como:
    1. organizem o local para receber os convidados;
    2. verifiquem a ordem das apresentações e como será a transição entre um participante e outro;
    3. confiram se os recursos tecnológicos necessários estão disponíveis;
    4. deixem a postos quem vai recepcionar os convidados e encaminhá-los para seus lugares;
    5. verifiquem se a apresentação geral sobre o recital está pronta;
    6. façam a exposição das paródias em local que chame a atenção do público.
  2. Durante a apresentação, dirijam o olhar para toda a plateia, sem fixar apenas em uma pessoa ou ponto.

Avaliação

5. Após o sarau, encerrem as atividades com uma discussão coletiva, levantando os pontos positivos e negativos e o que fariam de diferente em uma próxima vez.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Divida a turma em grupos, de fórma que os integrantes poderão escolher quem apresentará o poema. Nesse caso, lembre-os de que os poemas precisarão de recursos diferentes de acordo com seus tipos.
  1. Durante o ensaio, enfatize postura, entonação, ritmo e outros elementos, reforçando a importância da apresentação na declamação do poema. Evidencie também a relevância do espaço a ser utilizado, comentando que pode haver um fundo com cartazes ou imagens projetadas.
  2. Organize com os estudantes o espaço onde acontecerá o recital, além dos recursos que serão utilizados. Essas ações são importantes para o desenvolvimento de outras habilidades sociais. Atuar em todas as fases de produção do evento, pode ser bastante útil para toda a vida.
  3. Se possível, após as apresentações, sugira um bate-papo com os convidados. Essa interação é muito importante para o feedback do público, o que pode apoiar os estudantes a perceber novos elementos.
  4. Promova uma roda de conversa entre a turma, para que os estudantes debatam sobre o processo e seus resultados.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

1. Leia este poema.

CANTO DE SOMBRA

O canto de sombra e umidade no quintal.

Do muro de pedra escorre o fio d’água,

manso, no verde limoso, eternamente.

Uma gota e outra gota, no silêncio

onde só as formigas trabalham

e dorme um gato e dorme o futuro das coisas

que doerão em mim, desprevenido.

Crescem, rasteiras, plantas sem pretensão

de utilidade ou beleza.

Tudo simples. Anônimo.

O sol é um ouro breve. A paz existe

na lata abandonada de conserva

e no mundo.

ANDRADE, Carlos Drumôn de. Canto de sombra. In: ANDRADE, Carlos Drumôn de. Nova reunião: 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009. volume 3. página 155.

  1. Que ideia o eu lírico pretende transmitir ao descrever essa imagem?
  2. Cite dois versos que comprovem sua resposta anterior.
  3. Que ideia o eu lírico pretende transmitir com os seguintes versos: “e dorme um gato e dorme o futuro das coisas / que doerão em mim, desprevenido.”?
  4. Nos versos “Do muro de pedra escorre o fio d’água, / manso, no verde limoso, eternamente”, como se classifica sintaticamente o termo em destaque?
  5. “Escorre” é um verbo de ligação ou um verbo significativo? Por quê?
  6. Nos versos “Crescem, rasteiras, plantas sem pretensão / de utilidade ou beleza”, que tipo de predicado ? Por quê?

Reescreva esse predicado, separando-o em duas orações.

Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até f.

  1. Que ideia o eu lírico pretende transmitir ao descrever essa imagem?
  2. Cite dois versos que comprovem sua resposta anterior.
  3. Que ideia o eu lírico pretende transmitir com os seguintes versos: “e dorme um gato e dorme o futuro das coisas / que doerão em mim, desprevenido.”?
  4. Nos versos “Do muro de pedra escorre o fio d’água, / manso, no verde limoso, eternamente”, como se classifica sintaticamente o termo “manso”?
  5. “Escorre” é um verbo de ligação ou um verbo significativo? Por quê? 1.e) É um verbo significativo, pois denota a ação de escorrer.
  6. Nos versos “Crescem, rasteiras, plantas sem pretensão / de utilidade ou beleza”, que tipo de predicado há? Por quê?

▶ Reescreva esse predicado, separando-o em duas orações.

Respostas e comentários

1.a) Pretende passar uma ideia de simplicidade, de fatos corriqueiros.

1.b) “Tudo simples. Anônimo.” “A paz existe / na lata abandonada de conserva”, entre outras possibilidades.

1.c) A ideia de dor que incide sobre o eu poético dá a entender que, às vezes, o futuro traz surpresas que não são muito agradáveis e provocam algum tipo de dor ou tristeza.

1.d) É um predicativo do sujeito. Refere-se ao sujeito “o fio d’água”. Passando a oração para a ordem direta, temos: O fio d’água escorre manso, do muro de pedra, no verde limoso, eternamente.

1.e) É um verbo significativo, pois denota a ação de escorrer.

1.f) Há um predicado verbo-nominal porque há um verbo significativo, “crescem”, e um predicativo do sujeito, “rasteiras”. Passando a frase para a ordem direta, isso se verifica mais claramente: Plantas crescem rasteiras, sem pretensão de utilidade ou beleza.

1.f)• Plantas cresciam sem pretensão de utilidade ou beleza. (As) plantas eram rasteiras.

Eu aprendi!

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Peça a um voluntário que leia o poema observando a pontuação, o ritmo e a melodia. Durante essa leitura, os demais estudantes devem apenas ouvir, sem acompanhar pelo livro. Ao final, pergunte o que esse poema transmitiu a eles e qual é o tema. Ouça as respostas e coloque na lousa.
  • Agora, peça a eles que façam uma leitura silenciosa do poema, estudando-o e tentando compreendê-lo. Em seguida, peça a novos voluntários que o leiam novamente. Provavelmente, essa segunda leitura em voz alta será feita com outra entonação, ritmo, melodia , por terem compreendido mais o poema. Pergunte se eles continuam com as mesmas impressões que tiveram com a primeira leitura e se o tema permanece o mesmo que imaginaram, retomando o que foi escrito na lousa após a primeira leitura.
  • Ao fazer essa atividade, reforce com os estudantes que não há um certo ou errado, apenas impressões que vão sendo modificadas de acordo com o que entendemos. Geralmente, em uma segunda leitura, percebemos alguns elementos que não havíamos notado antes, mudando ou aprofundando nossa compreensão. Isso faz parte do processo de leitura.
  1. Antes da leitura do lambe-lambe, peça aos estudantes que observem a estrutura, como o texto foi disposto na página, a cor rosa, as letras em preto e garrafais, o traço ao final e a assinatura da autora. Leve-os a perceber as escolhas lexicais e qual a intencionalidade por trás dessa escolha.
  2. Após esta atividade, proponha que os estudantes formem grupos para a verificação das respostas. Oriente-os a discutir as respostas e a chegar em um acordo comum a respeito das que divergirem.
  • Em seguida, faça uma roda de conversa para que os grupos apresentem suas respostas e opiniões e abra espaço para um diálogo sobre o tema, para que eles se posicionem e defendam com argumentos seus pontos de vista. Observe se todos estão participando, caso identifique algum estudante mais retraído, chame-o delicadamente para a discussão. Deixe claro que todos têm o direito de se manifestar expressando suas opiniões e que toda opinião é válida e deve ser ouvida, mesmo que não seja igual a nossa.
  • Aproveite esse momento para observar como eles empregam os operadores argumentativos e elaboram os argumentos, bem como utilizam os elementos que fazem parte da modalidade falada para dar fôrça aos argumentos ou para ganhar tempo para elaborar uma resposta, como as pausas, as hesitações, a expressão facial e os gestos Depois de analisar, converse com eles a respeito explicando os efeitos de sentido que esses recursos dão ao texto oral.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um cinco

ê éfe seis nove éle pê um nove

ê éfe seis nove éle pê quatro oito

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

ê éfe oito nove éle pê três seis

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

2. Leia este lambe-lambe.

Lambe-lambe. Papel lilás colado em parede de cor marrom. No papel, texto em preto: AINDA BEM QUE É SÓ UM DIA DE CADA VEZ. DOIS EU NÃO AGUENTAVA. À direita, texto: RAISSA GIO @papel.mulher
Lambe-lambe de Raissa Gio.
  1. Que ideia o lambe-lambe pretende transmitir?
  2. Que palavra ou expressão do texto comprova sua resposta à questão anterior?
  3. O que podemos inferir da segunda oração do lambe-lambe?
  4. O registro utilizado nesse texto é mais ou menos formal? Justifique sua resposta.

3. Leia mais um trecho do texto “Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua?”, trabalhado em “Variação linguística”.

A linguagem médica, embora procure ser neutra e objetiva, vem sempre emaranhada em preceitos sociais, culturais, econômicos e religiosos, e acompanhada de prescrições e aspirações terapêuticas e autoritárias.

Esse tom incisivo na consulta é apontado como uma das causas da má comunicação. Ele pode provocar certa timidez no paciente, que se sente acuado e não consegue se expressar ou tirar dúvidas. E mais uma vez o diálogo não flui.

reticências

As pesquisas mostram que o profissional que procura fornecer instruções mais detalhadas ao paciente possui maior sensibilidade às questões levantadas pelo paciente, compreende melhor o que ele sente e o induz a tornar-se mais colaborativo com o tratamento. Ou seja, ao invés de falar “a leucopenia vai acarretar sepse”, pode-se dizer “seu sangue está um pouco fraco e pode não reagir contra as infecções”.

reticências

VAIROLETTI, Edna. Você e seu médico têm um diálogo na mesma língua? Revista Abrale On-line, São Paulo, 13 junho 2017. Disponível em: https://oeds.link/rJS4IMAcesso em: 12 maio 2022.

  1. Nos dois primeiros parágrafos, a autora aponta um aspecto que vai além do vocabulário utilizado no “medicinês”. Qual seria esse aspecto?
  2. No último parágrafo, a autora dá um exemplo de como os médicos podem falar com seus pacientes sem utilizar termos incompreensíveis. Por que isso é importante?
Respostas e comentários

2.a) Uma ideia de alívio.

2.b) “Ainda bem”

2.c) Que se um dia pode ser difícil, dois seriam demais.

2.d) Trata-se de um registro menos formal. As frases são organizadas de modo mais simples, mais próximas da língua falada. O vocabulário também é simples, trivial.

3.a) Além dos termos técnicos, o tom “incisivo” (direto, sem rodeios) utilizado pelos médicos pode intimidar os pacientes, que ficam envergonhados e não tiram suas dúvidas. Isso prejudica o diálogo e, consequentemente, o tratamento.

3.b) Porque a linguagem mais acessível facilita a compreensão, tanto do médico como do paciente. Com isso, o paciente tem mais clareza de sua enfermidade e daquilo que precisa ou não fazer para se recuperar.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Para perceber a compreensão dos estudantes em relação ao cruzamento entre um predicado verbal e um predicado nominal, selecione um texto para que eles leiam, compreendam e identifiquem os predicados verbal, nominal e verbo-nominal. Antes, proponha algumas atividades como a sugerida a seguir.
  1. Junte as orações, seguindo o modelo.
    • Os amigos voltaram da festa. Eles estavam animados.
    • Os amigos voltaram da festa animados.
    1. A encomenda chegou. A encomenda estava quebrada. Resposta: A encomenda chegou quebrada.
    2. Os alunos andam pelo pátio. Os alunos parecem preocupados. Resposta: Os alunos andam preocupados pelo pátio.

VAMOS COMPARTILHAR

A arte é para todos: garantia do direito à cultura

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você já percebeu que arte e cultura são palavras que estão sempre juntas? Por que você acha que isso acontece?
  2. Como você viu, há várias manifestações artísticas, como o grafite, o rap, a performance, a instalação. Quais outras você conhece? Comente.
  3. Você acha que todos devem ter acesso à cultura? Isso faz parte de alguma lei ou direito?
  4. Você já ouviu falar dos grafiteiros OSGEMEOS? Leia um trecho de uma matéria sobre eles.
Fotografia. Vista geral de prédio em três andares, com colunas na vertical em marrom-claro. Ao centro, entrada com duas colunas e telhado em formato triangular. Na parte inferior, entrada com escadas pequenas em bege. À direita, dois cartazes pendurados na parede, um em cada andar do prédio.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo está localizada na Praça da Luz, região central da capital, ao lado do Parque da Luz e em frente ao Museu da Língua Portuguesa. Na foto, fachada da Pinacoteca em tour virtual da Exposição OSGEMEOS: Segredos, Pinacoteca.

OSGEMEOS: Segredos impacta meio milhão de pessoas

No dia 9 de agosto nos despedimos da mostra OSGEMEOS: Segredos da dupla de artistas Gustavo e Otávio Pandolfo. A exposição, sucesso de crítica e público, liderou a retomada das atividades culturais no Brasil desde a sua inauguração em 15 de outubro de 2020.

Os trabalhos dos irmãos impactaram mais de meio milhão de pessoas, contando as ações on-line e as visitas presenciais. E mesmo em um ano de pandemia, o que limitou a capacidade de atendimento, 237.891 visitantes passaram presencialmente pelos espaços, o terceiro maior público que a Pina já recebeu em uma exposição temporária da sua história.

Confira agora o que foi sucesso na exposição!

[…]

OSGEMEOS: SEGREDOS impacta meio milhão de pessoas. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo/ Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, 2021. Disponível em: https://oeds.link/4FUOk0 Acesso em: 5 maio 2022.

Respostas e comentários

1. Resposta pessoal. Neste momento, é importante que os estudantes não só percebam as diferenças de significados e valores das palavras, mas que consigam relacioná-las.

2. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apresentem repertório a partir das experiências.

3. Resposta pessoal.

4. Resposta pessoal.

Vamos compartilhar

A arte é para todos: garantia do direito à cultura

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Trabalhe, nesta dupla de páginas, os Tema Contemporâneo Transversal Educação em direitos humanos, chamando a atenção para o direito à cultura, bem como Diversidade cultural. Também é possível abordar os ó dê és 4 – Educação de qualidade e 10. Redução das desigualdades, pois ao proporcionar uma educação de qualidade e inclusiva, possibilita-se também a redução das desigualdades.

1. a 3. Converse com os estudantes sobre o acesso à arte e à cultura por parte da população. Promova um breve levantamento sobre “arte” e “cultura”, estabelecendo uma relação entre elas, e, então, indague-os sobre outras fórmas de manifestação artística além das que foram estudadas anteriormente.

  1. Mostre a imagem da página e, antes de darem início às atividades, pergunte o que é “pinacoteca”. Indique o significado da palavra em grego e latim: coleção de pintura e caixa, respectivamente. Mencione a importância cultural da Pinacoteca e de outras instituições públicas, a fim de evidenciar como isso pode resultar na ampliação de acesso à arte a todas as classes sociais.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Outra proposta que pode auxiliá-los a compreender mais os assuntos abordados nesta página:
    1. O que você acha que significa “pinacoteca”?
    2. Pesquise no dicionário e verifique se sua hipótese estava correta. Respostas pessoais.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um quatro

ê éfe seis nove éle pê dois um

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

  1. O texto deixa evidente o alcance que a arte pode promover na sociedade. Sendo assim, discuta com os colegas que tipos de trabalhos artísticos podem impactar as pessoas e por quê.
  2. OSGEMEOS são grafiteiros brasileiros que já viajaram pelo mundo, grafitando questões históricas, promovendo discussões e exibindo sua estética. Você compreende o grafite sempre como uma expressão artística? Há outros contextos em que o grafite se manifesta de outra forma?
  3. Quando se expressar se torna arte? E quando não? Exponha a sua opinião.
  4. No texto, é mencionado que também houve ações on-line. De que maneira as práticas artísticas realizadas nessa modalidade puderam e ainda podem contribuir com a propagação da arte e da cultura para as pessoas?

Organizando e argumentando

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, discutam, pesquisem, reflitam e argumentem sobre as seguintes propostas.
    1. O que falta para que haja mais acesso à cultura e incentivo para que artistas de outras manifestações culturais também recebam público?
    2. O que podemos fazer para mudar esse cenário de modo a garantir o direito à cultura?
  2. Vocês podem pesquisar mais sobre o assunto e outros artistas que proponham diálogos com a rua e espaços para além do museu.

Apresentando as considerações

  1. Antes de apresentar o que vocês discutiram, reúnam as informações com os dados considerados mais importantes a serem mencionados. Para isso:
    1. produzam um pequeno roteiro ou arquivo para apresentação;
    2. apresentem a proposta de vocês à turma no dia combinado com o professor;
    3. depois das apresentações, conversem com todos os grupos sobre possíveis soluções para que a ampliação e a democratização da cultura se torne cada vez mais real no país;
    4. por fim, pensem em uma fórma e em um canal para divulgar as propostas, como cartazes para redes sociais.

Para ampliar

Exposição OSGEMEOS: Segredos.

Faça um tour virtual pela exposição dos artistas na Pinacoteca. Disponível em: https://oeds.link/1QPFEM. Acesso em: 24 julho 2022.

Respostas e comentários

4.a) Espera-se que os estudantes possam expressar suas opiniões de acordo com o que eles consideram arte e como isso pode ou não impactar as pessoas, seja de fórma positiva ou negativa. É importante destacar o repertório dos estudantes como fórma de construir apontamentos coletivos.

4.b) Resposta pessoal. Os estudantes podem manifestar as questões sociais e identitárias que envolvem o grafite e, também, mencionar práticas conhecidas como pichação.

4.c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes entendam arte como práticas em contextos, manifestações com valores estéticos, autorais e reflexivos e expressão como um dos passos que compõem a ideia de arte.

4.d) Resposta pessoal. Entende-se que ofertar uma exposição de maneira remota ajuda na agregação e demonstra um potencial inclusivo, viabilizando o acesso.

5.a) e b) Respostas pessoais.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

4. Leia o trecho na página anterior para realizar as atividades, debatendo o alcance da arte na sociedade e o trabalho de OSGEMEOS grafiteiros – nesse caso, a importância artística do grafite para a sociedade. Convide os estudantes a discutir as questões da atividade.

5. a 7. Divida a turma em grupo e convide-os a pesquisar as propostas apresentadas na página. Nesse caso, permita que aprofundem o assunto e outras manifestações artísticas, discutindo os tópicos com professores de Arte, História e outros, para ampliar o repertório crítico. Após a pesquisa, oriente-os com relação às apresentações. Pode ser interessante solicitar um texto argumentativo, além das apresentações. Converse sobre a democratização do acesso à cultura.

Para ampliar

SCOTT, Paulo. Marrom e amarelo. São Paulo: Alfaguara, 2022.

O livro retrata as mais variadas faces do Brasil, colocando em conflito temas como raça, comportamentos, cultura e sociedade. Muitos são os contrapontos que o autor gaúcho escancara sem receios.

Glossário

eu lírico (eu poético)
: voz que representa, no poema, a visão do poeta, manifestando sentimentos, emoções, pensamentos e opiniões.
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galicismo
: termo ou expressão da língua francesa usado em outra língua.
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autógeno
: aquilo que se produz por si mesmo, sem interferência externa. A solda autógena é aquela realizada com o próprio metal, sem adição de outro.
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manteau
: palavra da língua francesa que significa “casaco”.
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prosaico
: banal, comum.
Voltar para o texto
récita
: recital.
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Parnasianismo
: movimento literário que propõe um rigor formal e uma poesia objetiva e realista.
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