UNIDADE 6  Opiniões e opiniões

Nesta unidade, propomos a exploração de alguns gêneros textuais, como artigo de opinião, debate e entrevista. As propostas foram desenvolvidas em quatro etapas que se relacionam.

Fotografia. Quatro pessoas sentadas, uma ao lado da outra. Elas seguram com as mãos, de frente do rosto, uma placa redonda em amarelo de emoji. Da esquerda para a direita: uma pessoa de camiseta em marrom, calça preta e placa de rosto com os olhos e boca bem abertos. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas curtas, com listras em branco e preto, de calça jeans, com placa de rosto de olhos fechados, sorrindo. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas compridas em preto, camiseta branca e calça jeans, com placa de rosto de olhos abertos e boca aberta sorrindo. Na ponta da direita, uma pessoa de blusa de mangas compridas em cinza, calça jeans, segurando nas mãos uma placa de rosto com dois corações em vermelho e boca sorrindo. Ao fundo, parede em rosa-claro.

EU SEI

Como eu me posiciono?

Compreender que expressar opiniões é uma atitude que deve ser valorizada e respeitada.

Fotografia. Vista geral de local com um prédio à direita, alto, cada andar com varanda grande, plantas e algumas com piscina individual. À frente do prédio, à esquerda, local com moradias simples, baixas, de telhados e inacabadas. Em segundo plano, cidade com outros prédios. No alto, céu em azul-claro, com nuvens brancas esparsas.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Por uma sociedade mais igual

Compreender o contexto de produção, elaboração e circulação do artigo de opinião.

Capítulo 2 – A cidade sob outro olhar

Compreender o contexto de produção, elaboração e circulação da entrevista.

Respostas e comentários

UNIDADE 6

Opiniões e opiniões

Introdução

Esta unidade tem como foco os gêneros textuais artigo de opinião, debate e entrevista, promovendo o debate sobre temas de interesse social e desenvolvendo estratégias de argumentação ao identificar e utilizar recursos persuasivos e argumentativos em textos. O estudo desses gêneros textuais passa pela identificação e pela compreensão das características composicionais, das funções sociais e dos contextos que envolvem sua produção e circulação. A leitura e a análise desses textos colaboram ainda para a conscientização de direitos e deveres dos cidadãos, bem como para a formação ética e de respeito ao próximo.

Nos estudos da linguagem, focaliza-se nas vozes verbais, na modalização epistêmica e nos períodos compostos por coordenação e subordinação.

Em Você é o autor!, propõe-se a elaboração em grupos de um artigo de opinião sobre fake news a ser publicado no jornal digital da turma. Em Oralidade, os estudantes são convidados a organizar um debate também com o tema fake news. Para encerrar a unidade, em Vamos compartilhar, após reflexão e pesquisa sobre a desinformação, é proposta a elaboração de um segundo artigo de opinião, desta vez individualmente, para ser publicado no jornal digital.

Serão propostas discussões de temáticas importantes para os dias atuais: Ciência e Tecnologia e Educação em direitos humanos. Esse é um dos Temas Contemporâneos Transversais previstos pela BNCC e as atividades propostas poderão ser desenvolvidas em parceria com outros componentes curriculares, como História e Ciências.

Para os estudantes que apresentarem dificuldades em relação aos objetivos de aprendizagem da unidade, sugere-se a análise de diferentes textos dos gêneros estudados, bem como de outros dessa esfera social, de modo a permitir que eles percebam com maior clareza o que caracteriza cada um e compreendam sua função social. A realização de atividades em pares ou em grupos possibilita a interação e a troca de conhecimentos e colabora para o desenvolvimento das habilidades esperadas.

Competências gerais da Educação Básica

  1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  1. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
  1. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
  2. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

Fotografia. Vista do alto de local com fundo em branco e um carrinho de compra com o contorno da sua forma feito com pessoas em pé. Ao redor, outras pessoas esparsas em pé.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem e ampliação da aprendizagem.

Ilustração. Fundo similar a uma parede de tijolos em azul-escuro. Sobre ele, luzes finas pequenas em rosa incandescente. Ao centro, um balão de fala em azul incandescente: FAKE NEWS. Ao lado, à direita, dois balões de fala com sinais diferentes: ícone de check e X.

VAMOS COMPARTILHAR

Desinformação

Pesquisa com elaboração de artigo de opinião sobre “Os danos causados pela desinformação” com publicação no jornal digital da turma.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Leia o título da unidade e convide-os a comentar o que sabem ou pensam sobre o tema “Opiniões e opiniões”. Permita que se expressem livremente, orientando-os a respeitar pontos de vista diversos e os turnos de fala.
  • Apresente aos estudantes a estrutura da unidade com as quatro seções: Eu sei, Eu vou aprender, Eu aprendi!, Vamos compartilhar. É importante que eles entendam como o trabalho será desenvolvido e tenham clareza sobre as etapas e os objetivos de cada uma delas.
  • Observe as imagens apresentadas e leia a breve explicação que acompanha cada uma delas, oferecendo aos estudantes pistas do que será tratado adiante e trazendo a possibilidade de eles levantarem mentalmente as primeiras hipóteses e os conhecimentos prévios sobre o tema da unidade.

4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

  1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

Temas Contemporâneos Transversais

  • Ciência e Tecnologia.
  • Educação em direitos humanos.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

  1. Erradicação da pobreza.
  1. Educação de qualidade.

10. Redução das desigualdades.

EU SEI

Como eu me posiciono?

Há vários modos de nos manifestarmos e expor o que pensamos e como nos posicionamos perante o mundo. Fazemos isso pelos mais variados motivos.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. E você, como se posiciona diante de algo com que concorda ou discorda? Conte aos colegas.
  2. Como você faz para defender seu ponto de vista? Explique.
  3. Na sua opinião, saber se posicionar e defender o ponto de vista é algo que se pode aprender? Explique.
  4. Para você, até onde vai nossa liberdade de expressão ao nos posicionarmos, para que nossa opinião não se transforme em um discurso de ódio?
  5. Diante de situações polêmicas ou conflituosas, como você acha que devemos nos posicionar? Explique.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.

6. Em grupos, observem as imagens a seguir.

Fotografia. Quatro pessoas sentadas, uma ao lado da outra. Elas seguram com as mãos, de frente do rosto, uma placa redonda em amarelo de emoji. Da esquerda para a direita: uma pessoa de camiseta em marrom, calça preta e placa de rosto com os olhos e boca bem abertos. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas curtas, com listras em branco e preto, de calça jeans, com placa de rosto de olhos fechados, sorrindo. Ao lado, uma pessoa de blusa de mangas compridas em preto, camiseta branca e calça jeans, com placa de rosto de olhos abertos e boca aberta sorrindo. Na ponta da direita, uma pessoa de blusa de mangas compridas em cinza, calça jeans, segurando nas mãos uma placa de rosto com dois corações em vermelho e boca sorrindo. Ao fundo, parede em rosa-claro.
Fotografia. Duas mãos de pessoas, uma de frente para outra, fazendo sinais diferentes. A mão à esquerda, com o dedo polegar para cima e a mão à direita, com o dedo polegar para baixo. Em segundo plano, céu em tons de azul, laranja e amarelo, com a luz solar ao centro.
Ao expressarmos uma opinião nos mais variados ambientes, físicos ou virtuais, temos também de defendê-la, utilizando argumentos que fundamentem nosso ponto de vista.
Respostas e comentários

1 a 11. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu sei

Como eu me posiciono?

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Para iniciar a unidade, peça aos estudantes que levantem hipóteses sobre o que será tratado nas páginas seguintes com base na pergunta inicial. Deixe-os livres para dar suas sugestões e anote-as na lousa em fórma de tópicos para que todos vejam as ideias apresentadas.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Oriente os estudantes a falarem sobre como se colocam nas situações em que devem se posicionar. Permita que todos participem e colaborem de fórma a acrescentar ou complementar o que o colega disse. Observe como eles reagem à pergunta instigadora. O objetivo da pergunta não é obter respostas, mas levar os estudantes a refletir em suas próprias reações em uma conversa ou discussão em relação a algum tema ou situações do dia a dia.
  2. Espera-se que os estudantes elaborem uma resposta expondo que usam suas ferramentas de conhecimento próprio, pois nesse primeiro momento talvez seus argumentos sejam os conhecimentos que trazem de casa, da escola e do que já aprenderam.
  3. Explique aos estudantes que o importante é saber se posicionar e defender suas ideias de fórma lógica, respeitosa e que se pode aprender ou aprimorar recursos argumentativos. Incentive-os a pensar quanto conhecimento já adquiriram, o quanto evoluíram em saberes e adicionaram de novos repertórios a seus cotidianos.
  4. Peça aos estudantes que pensem o que é liberdade de expressão e o que é discurso de ódio. Também pergunte se pensam sobre o quanto nosso posicionamento pode ofender e menosprezar o outro. E como a fórma de expressar nossas ideias precisa ser respeitosa.
  5. Ouça as respostas e complemente-as com exemplos que estejam na mídia na época da aula. Converse com os estudantes sobre a diferença entre polêmico e conflituoso e termine falando que, ao deixar o campo da razão e do respeito em uma discussão, perde-se o diálogo e diminui-se a chance de resolver o conflito, afastando-se da ética e do respeito.
  6. Disponibilize alguns minutos para os estudantes poderem observar e analisar as imagens. Que impressões elas transmitem? Depois, peça que complementem a análise lendo as legendas.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero um

ê éfe seis nove éle pê um nove

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe oito nove éle pê um quatro

ê éfe oito nove éle pê um cinco

ê éfe oito nove éle pê dois três

Fotografia. Uma mulher à esquerda, vista dos cotovelos para cima. Ela tem cabelos escuros amarrados para trás, usando blusa de mangas compridas com listras em branco e vermelho. A mulher está de boca aberta e segura um alto-falante amarelo e branco, com contorno arredondado em preto. Ao fundo, parede rosa.
Ilustração. Sete braços de pessoas levantados, com roupas e acessórios de cores diferentes. Cada um segura na mão um balão de fala, cada um de uma cor, formando a palavra: OPINIÃO.
  1. Para vocês, o que as imagens podem nos levar a pensar sobre opinião?
  2. Compartilhem com os outros grupos as conclusões a que vocês chegaram. Encontrem semelhanças e diferenças.
  3. Novamente em grupo, qual é a posição de vocês em relação ao que foi apresentado pelos colegas? Vocês concordam, não concordam? Por quê?
  4. Voltem a discutir com os outros colegas, mencionando os pontos com os quais vocês concordam e dos quais discordam e por quê.
  5. Para finalizar, debatam coletivamente a importância de expormos nossas opiniões e como isso deve ser feito, principalmente quando houver divergências.
Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Espera-se que os estudantes, ao observar as imagens, identifiquem diferentes fórmas de mostrar opinião e por meio de diversos canais.
  2. Organize os estudantes para uma roda de conversa. Solicite a eles que exponham as conclusões a que chegaram. Peça-lhes que, ao comparar as semelhanças e diferenças, justifiquem as respostas.
  3. De fórma ordenada, peça aos estudantes que apresentem os pontos de concordância e discordância entre eles, sempre explicando o porquê. Selecione alguns momentos da discussão dos estudantes para poder analisar os efeitos de sentido produzidos pelos elementos não verbais. Depois, coloque trechos das falas deles na lousa para mostrar o movimento argumentativo que usaram inconscientemente, evidenciando os operadores argumentativos utilizados.
  4. Solicite aos estudantes que exponham ponto a ponto e discutam ordenadamente as concordâncias e discordâncias, sempre justificando as respostas.
  5. Converse com eles sobre o respeito ao outro e às diferenças de opinião. Todos têm o direito de se expressar e de não concordar, mas sempre dentro da ética e do respeito.

Para ampliar

Báquitin, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

EU VOU APRENDER Capítulo 1

Por uma sociedade mais igual

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que você entende por desigualdade social? Explique.
  2. Na sua opinião, o que poderia ser feito para que vivêssemos em uma sociedade mais justa? Por quê?
  3. Observe o cartum a seguir.
Cartum. Vista geral de local, com um morro à esquerda, onde há uma casa pequena, de madeira na vertical, telhado e janela pequena. Perto dela, um homem e uma criança sentados em local com solo barroso e embalagens de lixo ao redor. O homem tem cabelos e barba escuros, com regata branca remendada de amarelo e bermuda azul. O menino ao lado tem cabelos castanhos, de camiseta branca, bermuda azul e com o braço direito esticado para frente e diz: PAI, EU QUERO MORAR NAQUELE MUNDO! Mais perto dele, um cachorro sentado de pelos amarelos. Mais ao fundo, abaixo, outras moradias simples de madeira e telhado, com uma antena acima. Em segundo plano, prédios grandes na vertical em cinza e, ao fundo, sombra. Na parte superior, céu em azul-claro, com nuvens brancas e um sol amarelo redondo à direita.

CUNHA, Circe. Desigualdade nos mantém na pobreza. Correio Braziliense, Blog do Ari Cunha, 7 maio 2019. Disponível em: https://oeds.link/chwGCF Acesso em: 31 maio 2022.

  1. Para você, o que esse cartum retrata? Explique.
  2. Como o cartunista transmite a mensagem?
  3. Você acha que, em um país com desigualdades sociais, os direitos das pessoas são preservados? Por quê?
  4. Pelo que mostra o cartum, pode-se concluir que alguns direitos não estão sendo garantidos? Explique.
  5. Onde o cartum circulou?
  6. Qual é o público-alvo?
  7. Na sua opinião, qual foi a intenção do autor ao produzir esse cartum? Explique.
Respostas e comentários

1 e 2. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

3.a) Resposta pessoal. Os estudantes devem perceber que retrata a desigualdade social.

3.b) Pela ilustração comparativa entre as moradias na favela e a vista de bairros da cidade com arranha-céus. O contraste entre os dois mundos é reforçado pela fala do filho e pela representação do Sol, que está no mundo dos prédios.

3.c) Respostas pessoais.

3.d) Sim, pois a ilustração retrata um ambiente descuidado pelo poder público, com lixo exposto, falta de saneamento básico, moradias precárias, vestimenta remendada.

3.e) No blogue do jornal.

3.f) Os leitores do jornal e o público em geral interessados pelo tema.

3.g) Resposta pessoal.

Eu vou aprender

Por uma sociedade mais igual

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Pergunte aos estudantes o que eles compreendem por igualdade. O que seria na concepção deles uma sociedade mais igual? Permita-lhes que exponham suas ideias e o que pensaram de fórma livre.
  • Ao propor as perguntas aos estudantes, faça-os refletir também se acreditam viver em uma sociedade justa.
  • Esta seção permite explorar os ó dê és 1. Erradicação da pobreza, 4. Educação de qualidade e 10. Redução das desigualdades. Explore com os estudantes o conhecimento prévio deles sobre esse assunto. Proponha anotações complementares no decorrer das leituras. Se julgar necessário, convide-os a acessar o site das Nações Unidas Brasil para ter informações adicionais. Disponível em: https://oeds.link/UiGVY2. Acesso em: 18 agosto 2022.
  • Mescle com os ó dê és o Tema Contemporâneo Transversal Educação em direitos humanos, retomando o que são e quais são esses direitos.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 a 3. Espera-se que os estudantes reflitam sobre o tema. Deixe-os livres para se posicionarem, com a orientação de justificarem seus pontos de vista. Ao fazerem isso, ajude-os a identificar e utilizar modalizadores e operadores argumentativos e a perceber os tipos de argumentos possíveis de serem utilizados durante uma argumentação.

2. Espera-se que os estudantes proponham soluções viáveis que possam realmente ser realizadas.

3b. Complemente as respostas explorando os detalhes, como: lixo espalhado por falta de coleta e descarte incorreto, uma moradia improvisada, provavelmente esgoto correndo a céu aberto.

3c. Espera-se que os estudantes reflitam sobre o que são direitos e o que seria a preservação desses direitos. Indague o que seriam os direitos básicos e como eles deveriam ser preservados.

3d. Espera-se que os estudantes percebam que os direitos não estão sendo preservados já nos detalhes mencionados na questão 3b, mas é importante reforçar que a ilustração mostra inclusive a falta de recursos do pai e do filho.

3g. Espera-se que os estudantes sejam capazes de entender que todos os textos têm uma intencionalidade ao serem produzidos e publicados, sejam eles verbais, sejam não verbais.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um um

ê éfe seis nove éle pê um seis

ê éfe seis nove éle pê um sete

ê éfe seis nove éle pê um oito

ê éfe seis nove éle pê dois cinco

ê éfe seis nove éle pê três um

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ê éfe zero oito éle pê um seis

  1. Você vai ler a seguir um artigo de opinião. Você conhece esse gênero textual? Se sim, o que sabe sobre esse texto jornalístico?
  2. Antes de ler o artigo, observe o título e o título auxiliar. O que o articulista quis dizer com “Uma não retomada”? Formule hipóteses e anote-as no caderno.
  3. Agora, leia o artigo.

EM DIA / OPINIÃO

Uma não retomada

Não estamos observando ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho que possa apontar nessa direção

                                                                 Ely José de Mattos, economista e professor da Escola de Negócios da

Em sociedades desiguais, os mais pobres sofrem consideravelmente mais as agrurasglossário das crises, que têm como a mais sintomática manifestação a redução da renda. O boletim trimestral Desigualdade nas Metrópoles, elaborado pelo Observatório das Metrópoles, vem destacando o acentuado desequilíbrio na distribuição de renda no país e a sua dinâmica. E a partir dos dados do último boletim, recém-lançado, gostaria de levantar dois pontos.

Comecemos pelos números crus. Ao longo de 2021 a desigualdade diminuiu, depois de atingir um pico histórico em meados de 2020. Esta melhora no último ano se explica pela recuperação parcial da renda dos mais pobres, associada a uma continuidade na queda da renda média dos mais ricos. Ainda que seja um resultado na direção correta da redistribuição, é preciso considerar que o último dado aponta que a renda média dos 10% mais ricos é mais de 30 vezes superior à média da renda dos 40% mais pobres – no começo de 2021 chegou a 37 vezes; em 2012 era vinte e uma vezes.

Respostas e comentários

4. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

5. Resposta pessoal.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

4 a 6. Deixe os estudantes se manifestarem livremente e faça perguntas complementares, levando-os a argumentar e contra-argumentar para defender seus posicionamentos. Incentive-os a compartilhar suas opiniões e a justificá-las. Ao fazerem isso, anote alguns trechos na lousa para mostrar a eles as argumentações que escolheram e quais os modalizadores e operadores argumentativos utilizados para isso.

Ressalte a modalização já do próprio título “Uma não retomada”, para que os estudantes entendam as implicações que dela decorrem. Destacar a importância que o título carrega é algo muito significativo para que se possa compreender as topicalizações textuais relacionadas ao processo de escrita.

6. Solicite aos estudantes que façam, a princípio, uma leitura silenciosa do artigo de opinião. Após a leitura individualizada, proponha uma leitura compartilhada. Durante a leitura, faça pausas para as inferências e para chamar a atenção para as pistas linguísticas.

Ajude os estudantes a perceber a organização textual. Ao final de cada parágrafo, faça retomadas para que eles identifiquem as informações principais e secundárias. Uma boa maneira de se fazer isso é perguntando a eles quais informações poderiam ser suprimidas do texto, sem haver nenhum prejuízo à compreensão; em outras palavras, quais partes são acessórias. Sugira a eles que criem esquemas para essa atividade.

O primeiro ponto que gostaria de destacar, então, é sobre a recuperação da renda dos mais pobres. Sim, houve melhora. Mas ela ainda é modesta e os deixa em situação pior do que no período pré-pandemia. Esta melhora me parece mais um movimento de ajuste, com base na retomada de setores até então em crise, do que um movimento de recuperação consistente. No mercado de trabalho, o que se observa é alguma retomada baseada na informalidade e no trabalho por conta própria, que tendem a ser mais precáriosglossário que os empregos formais e pagar menos.

Não estamos observando ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho que possa apontar nessa direção

Meu segundo ponto parte da problematização do primeiro. Nada estruturalglossário está acontecendo na economia brasileira que possa sugerir um aumento robusto e sustentado de renda dos mais pobres – e eventual redução da desigualdade. Não estamos observando ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho que possa apontar nessa direção. Antes pelo contrário, existem condições (mas esse é assunto para outra coluna) que constrangem os ganhos de produtividade.

Portanto, a atual conjuntura da renda das famílias mais pobres no Brasil é crítica. Associe a renda deprimida à inflação alta e temos um cenário bastante preocupante de perda de poder aquisitivo, que se manifesta em uma brutal perda de bem-estar da população. Na minha avaliação, retomada ainda não é uma palavra adequada à situação que vivemos.

Ilustração. Dois grupos diferentes de pessoas. À esquerda, quatro pessoas: um homem de cabelos pretos, de camiseta em amarelo e branco, calça jeans azul-escuro, segurando na mão direita uma vassoura marrom e uma nota de dinheiro verde na mão esquerda. Um homem de cabelos castanhos, com gorro preto, de blusa de mangas compridas em cinza, calça jeans azul-escuro, segurando uma carteira marrom aberta. Uma mulher de cabelos castanhos até os ombros, de casaco vermelho, calça azul-escuro, levando um bebê de cada lado nos braços, cobertos com lenço em branco. Um homem de cabelos pretos, camiseta branca, com colete marrom e calça jens azul-claro, segurando nas mãos uma placa branca na horizontal. À direita, outro grupo de cinco pessoas: um senhor de cabelos brancos, com camisa branca de gola, gravata verde, terno e calça marrom, com várias notas de dinheiro nas mãos de cor verde. Um homem de  cabelos, barba e bigode castanhos, com par de óculos de sol preto, de camisa de gola em branco, terno e calça em cinza-claro. Ele tem relógio no braço direito e está olhando para ele. Ao lado, uma mulher de cabelos pretos curtos, de vestido preto e mangas bufantes em vermelho. Ela segura na mão direita  uma bolsa branca, e na mão esquerda uma pedra de diamante branca. Ao fundo, um homem de braços dados a uma mulher. Ele tem cabelos pretos, de camisa branca, gravata borboleta preta, terno azul e detalhes em preto. Ele segura uma taça fina de vidro. A mulher, ao lado dele, tem cabelos castanhos até os ombros, brincos vestido amarelo sem alça.

MATTOS, Ely José de. Uma não retomada. Zero Hora, Em dia, 22 abril 2022. página 21.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Outro fator que merece consideração é o campo semântico do texto, que deve ser incorporado depois de explorado junto aos estudantes.
  • Chame a atenção para alguns recursos persuasivos ou argumentativos, como "portanto" no último parágrafo e qual o efeito de sentido que ele traz para o texto. Leve-os a refletir por que o autor iniciou o parágrafo com "portanto", qual a intencionalidade? O efeito de sentido seria o mesmo se esse termo estivesse em outra posição na oração?
  • Concluída a leitura, pergunte aos estudantes se eles desconhecem algum vocabulário utilizado no texto. Se sim, pergunte se o contexto em que os termos estão inseridos permitiu compreender seu significado. Caso negativo, comente sobre o glossário ao fim do texto, convidando-os a retomar o trecho em que essas palavras foram utilizadas. Se, após a leitura do glossário, ainda houver dúvidas, peça-lhes que tentem em duplas ou pequenos grupos discutir sobre os vocabulários incompreendidos, tentando descobrir sinônimos que os substituam. Outra possibilidade é propor o uso de dicionários impressos ou virtuais.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um oito

ê éfe seis nove éle pê três um

ê éfe oito nove éle pê zero três

ê éfe oito nove éle pê zero seis

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, o assunto abordado no artigo de opinião é importante para você e para a sociedade?
  2. Antes de iniciar a leitura, você formulou algumas hipóteses. Retome-as para responder às questões a seguir.
    1. A retomada que o articulista discute no artigo foi a que você imaginou antes da leitura? Explique.
    2. Você acha que o título do artigo está adequado ao posicionamento do colunista no artigo? Por quê?
  3. Você concorda com o posicionamento do colunista?

Discuta seu posicionamento com os colegas.

Os articulistas, geralmente, são especialistas no assunto convidados, eventualmente, para escrever artigos de opinião para revistas e jornais impressos ou digitais. Há também os colaboradores desses meios de comunicação que escrevem esses artigos com regularidade (toda semana, a cada quinze dias, mensalmente), chamados de colunistas.

  1. Logo no título auxiliar, o colunista explica o que e por que não considera uma retomada.
    1. Qual é essa explicação?
    2. Ao formular hipóteses na leitura do título e do título auxiliar, você conseguiu deduzir qual é a questão polêmica tratada pelo articulista e a posição (tese) defendida por ele? Explique.

Os artigos de opinião são textos argumentativos elaborados a partir de questões polêmicas de interesse público por sua relevância social, criadas com base em um fato que foi noticiado. São polêmicas porque há pontos de vista diferentes sobre elas.

Fotografia. Vista geral de local com um prédio à direita, alto, cada andar com varanda grande, plantas e algumas com piscina individual. À frente do prédio, à esquerda, local com moradias simples, baixas, de telhados e inacabadas. Em segundo plano, cidade com outros prédios. No alto, céu em azul-claro, com nuvens brancas esparsas.
No bairro do Morumbi, na cidade de São Paulo , a maior cidade do Brasil, edifícios de luxo e a comunidade Paraisópolis estão lado a lado, evidenciando a desigualdade social.
Respostas e comentários

1 a 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

4.a) Como não observamos ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho, a direção não é de retomada.

4.b) Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

Compreensão textual

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Pergunte aos estudantes o que entenderam da leitura realizada, quais pontos gostariam de discutir e quais aspectos não ficaram claros. Retome com eles as ideias principais do texto lido e registrem as palavras-chave do artigo.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Espera-se que os estudantes entendam que os artigos irão abordar assuntos relevantes. O texto lido trata de uma temática recorrente na sociedade brasileira.

2. Solicite aos estudantes que relembrem as hipóteses levantadas por eles antes da leitura.

2a. Os estudantes podem ter imaginado diversos tipos de retomada, por isso é importante que apresentem suas ideias iniciais.

2b. Os estudantes podem pela interpretação inicial acreditar que o título está adequado. Estimule-os a explicar como chegaram a essa resposta.

3. Forme uma roda de conversa com os estudantes e permita a eles que exponham seus pontos de vista a respeito de concordar ou não com o colunista. Faça-os refletir a respeito das ideias apresentadas e justificar suas opiniões sobre o texto.

4. Pergunte aos estudantes como o colunista articula seus pensamentos e os argumentos para convencer o leitor de sua tese. Chame a atenção para as escolhas lexicais, as informações e como ele apresenta as fontes de informação para produzir o efeito de sentido desejado.

4b. Espera-se que os estudantes tenham concluído que a questão é a desigualdade social, um assunto de grande interesse para a sociedade e sobre o qual pode haver opiniões diferentes. A posição do articulista está sintetizada no título e no título auxiliar: não há retomada, porque não há ganhos de produtividade e/ou reorganização da fôrça de trabalho.

Ao explicar o boxe-conceito, pergunte o que são textos argumentativos. Ouça as respostas e complemente-as, se necessário. Veja sugestões em Para ampliar.

Para ampliar

SOARES, Doris de Almeida. Elementos básico para a análise de textos argumentativos em língua portuguesa. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, , 2009. Disponível em: https://oeds.link/MEO0uW. Acesso em: 19 agosto 2022.

Responda às questões no caderno.

  1. Quem assina o artigo de opinião? Você acha que essa pessoa tem autoridade para falar do assunto?
  2. Em que espaço esse artigo circulou?
  3. Qual é a função social desse artigo de opinião?
  4. Que tipo de linguagem foi utilizada pelo colunista?
  5. Em que pessoa do discurso o artigo de opinião foi escrito e que tempos verbais o articulista utilizou?
  6. Segundo o artigo de opinião, quem sofre mais com as crises em sociedades desiguais e como isso se dá?
  7. Em que o articulista se baseia para sustentar essa afirmação e os pontos que quer destacar?
    1. Que expressão o autor utilizou para deixar isso claro no texto?
    2. No final do primeiro parágrafo, que palavra o articulista utiliza para destacar quão novos são os dados?
  8. No trecho “Comecemos pelos números crus”:
    1. O que o autor quis dizer com “crus”?
    2. Qual é a função desse início de parágrafo?
  9. Nesse parágrafo, como o colunista explica as considerações feitas sobre os dados numéricos?
  10. O colunista utiliza os dois primeiros parágrafos para expressar seu ponto de vista, situando o leitor sobre o assunto tratado no boletim e explicando para qual direção os dados numéricos apontam.
    1. Na sua opinião, o posicionamento do articulista fica claro nessa introdução?
    2. A tese apresentada se relaciona com o que já estava expresso no título e no título auxiliar?

Na introdução do artigo de opinião, o articulista (colunista) apresenta sua tese, introduzindo ou contextualizando o assunto e expressando seu ponto de vista.

Respostas e comentários

5. O articulista é Ely José de Mattos. Sim, pois ele é economista e professor da Escola de Negócios da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).

6. Na seção de opinião do jornal impresso Zero Hora, em que há a coluna “Em dia”. Também circulou no jornal digital GZH, na seção Opinião.

7. Expor ao leitor uma posição sobre alguma questão polêmica, tentando persuadi-lo a concordar com a tese apresentada por meio de argumentos.

8. A linguagem é formal, clara e acessível aos leitores do jornal em que foi publicado. Espera-se que os estudantes possam relacionar a linguagem ao público-alvo do jornal.

9. Alguns trechos do artigo estão na primeira pessoa do singular e outros, na primeira pessoa do plural. Para dar os efeitos desejados, o colunista usa o presente, o pretérito perfeito e o futuro do pretérito do indicativo.

10. Os mais pobres, pois a crise se manifesta diretamente na redução da renda.

11. Nos dados do boletim trimestral Desigualdade nas Metrópoles.

11.a) “A partir de”.

11.b) “Recém-lançado”.

12.a) Ainda sem análise. O autor faz comentários olhando apenas os números (em gráficos, provavelmente), sem relacioná-los com outros dados qualitativos.

12.b) Situar o leitor sobre o que será exposto para que entenda a análise feita a partir dos dados numéricos.

13. Estabelece comparação a partir do pico da desigualdade, registrado em 2020, e a subsequente diminuição, englobando 2021, explicando em seguida o porquê dessa recuperação parcial, que está associada à queda da renda média dos mais ricos.

14. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Pergunte aos estudantes o que é ter autoridade para falar sobre algo? Peça a eles que identifiquem quem é o autor do artigo lido e justifiquem a escolha dele para escrever o texto.
  2. Se for possível, mostre a versão impressa para ver o espaço destinado à coluna no jornal. Caso não seja possível, mostre de outro jornal. Leve-os a perceber que há um limite de caracteres que o texto pode alcançar de acordo com o veículo e o suporte em que será publicado. Depois, trace um comparativo com a publicação do mesmo artigo na página do site da . Disponível em: https://oeds.link/pcpgMf. Acesso em: 15 julho 2022.
  • Converse com os estudantes sobre a linha editorial do jornal em que o artigo foi publicado. Para isso, disponibilize exemplares atuais do jornal impresso ou possibilite a consulta on-line. Talvez para isso você tenha de fazer um registro ou ser assinante. Peça a eles que analisem a escolha do que noticiar, o destaque que as notícias têm na publicação e a confiabilidade dessas informações. Caso ache mais adequado, utilize um jornal da região.
  1. Explique aos estudantes que é um texto opinativo-argumentativo. Como fonte de consulta, leia o texto sugerido em Para ampliar, especialmente o trecho em que Lopes-Rossi aborda o que define o artigo de opinião na esfera jornalística.
  1. Os estudantes devem identificar o tempo verbal e a pessoa. Caso julgue necessário, retire trechos do artigo e releia junto dos estudantes.
  1. Chame a atenção para o tipo de argumento utilizado, no caso, de provas.

13. Solicite a eles que voltem ao parágrafo para que possam perceber a finalidade da apresentação dos dados numéricos.

14a. e 14b. Na introdução do artigo de opinião, temos o posicionamento do colunista com mais detalhes e o apoio do boletim e dos dados nele contidos.

Para ampliar

GARCIA, Maria Aparecida. In: Lopes-Rossi. A Produção Escrita de Gêneros Discursivos em Sala de Aula: Aspectos Teóricos e Sequência Didática. , Londrina, número 15/3 , página 223-245, dezembro 2012.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um oito

ê éfe seis nove éle pê três um

ê éfe oito nove éle pê zero quatro

ê éfe oito nove éle pê três um

ê éfe zero oito éle pê zero um

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um seis

Expressando os argumentos

15. Releia este trecho.

Ainda que seja um resultado na direção correta da redistribuição, é preciso considerar que o último dado aponta que a renda média dos 10% mais ricos é mais de 30 vezes superior à média da renda dos 40% mais pobres no começo de 2021 chegou a 37 vezes; em 2012 era vinte e uma vezes.

  1. O que a expressão “ainda que” introduz?
  2. Que direcionamento o autor quis dar ao leitor ao escrever “é preciso considerar que”? Explique.
  3. O verbo “apontar” indica o que ao leitor?
  4. Qual é a função do travessão nesse contexto?

16. Identifique, no artigo de opinião, outros operadores argumentativos como “ainda que”. Copie-os no caderno.

Os operadores (marcadores) argumentativos são palavras ou expressões que ligam partes do texto, mantendo a coerência do tema e a coesão. Por meio deles, percebemos o grau (do mais forte para o mais fraco) da fôrça argumentativa e a direção dos enunciados para certas conclusões.

17. No artigo, o autor expõe fatos concretos e opiniões. Observe o primeiro parágrafo e identifique o que é um e outro. No caderno, faça um quadro, como o sugerido a seguir, para sistematizar seus achados.

Ícone. Modelo.
Uma não retomada

Fato

Opinião

Fotografia. Vista de baixo para cima. À esquerda, rua cinza com um homem sobre uma bicicleta vermelha. Ele usa boné, camiseta, bermuda e par de chinelos em preto, com uma bolsa grande térmica nas costas em vermelho. Ao fundo, local com vários prédios espelhados em azul. Perto deles, árvores de folhas verdes. No alto, céu em azul-claro e sem nuvens.
Na categoria de trabalho informal, estão os trabalhadores sem carteira assinada e autônomos sem registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ().
Respostas e comentários

15.a) A expressão (um operador argumentativo) foi utilizada para orientar a sequência do discurso, introduzindo uma oposição.

15.b) Ao modalizar, reforça a oposição feita no início da oração, pois os 10% mais ricos continuam com uma renda média muito superior.

15.c) Indica ao leitor a certeza do que se afirma. Explique aos estudantes que, nesse caso, há uma modalização epistêmica, dando ao verbo o grau de convicção do autor em relação ao que diz.

15.d) Intercalar uma explicação que o autor julga importante para que o leitor possa acompanhar a argumentação. Ao usar o travessão em lugar de parênteses, por exemplo, o autor dá mais destaque a essa explicação.

16. Sugestões de resposta: A partir de (1º parágrafo), então, mas, ainda (2º parágrafo), e, antes pelo contrário (3º parágrafo), portanto (último parágrafo).

17. Sugestão de resposta (1º parágrafo). Os demais parágrafos devem seguir a mesma estrutura.

Em sociedades desiguais, os mais pobres sofrem consideravelmente mais as agruras da crise, que tem a redução da renda como a mais sintomática manifestação.

O boletim vem destacando o desequilíbrio na distribuição de renda no país e a sua dinâmica.

Ainda não é expressa no 1º parágrafo.

Respostas e comentários

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

15a. Espera-se que os estudantes compreendam que o operador argumentativo utilizado introduz a sequência do discurso.

15b. Indague aos estudantes o que eles compreendem da expressão em destaque. Comente que a modalização reforça a oposição feita no início da oração.

15c. Dentro dos verbos dicendi, há os que apenas apresentam a fala, ou a voz do outro, como “dizer”, “falar”; e os que apresentam a fala e também expressam uma avaliação, modalização ou direção dada pelo falante/escritor, como “acusar”, “declarar” e “apontar”.

Ao explicar o boxe-conceito, diga aos estudantes que há vários tipos de operadores argumentativos, como: oposição (mas, entretanto, ainda que, no entanto, embora ), adição (e, também, mas ainda, como também, além disso ), conclusão (logo, portanto, então, por isso, por fim ), explicação (pois, porque, que ). Explique que há diferentes marcas linguísticas que podemos observar, como os modalizadores e os operadores argumentativos. Estes, diretamente relacionados à coesão textual, também atuam na construção da coerência, facilitando a compreensão.

17. Estimule os estudantes a retomar a leitura, separando no quadro sugerido a opinião de fato. Peça a eles para estarem atentos, separando o que realmente aconteceu do que é opinião do colunista.

Explique aos estudantes que é um número emitido pela Receita Federal para a abertura de empresas.

  1. Como você deve ter percebido pelo quadro da atividade 17, após a apresentação inicial, os parágrafos seguintes introduzem e desenvolvem os argumentos que levarão ao último parágrafo, a conclusão.
    1. Como o autor estabelece a relação entre a introdução e os parágrafos de desenvolvimento?
    2. Como o colunista relaciona a conclusão aos demais parágrafos?

O artigo de opinião é composto de introdução, desenvolvimento e conclusão. No desenvolvimento, são apresentados os argumentos que sustentam a tese e os contra-argumentos. Na conclusão, o articulista ou colunista confirma seu ponto de vista.

Seguindo as pistas do texto

  1. No trecho, “Sim, houve melhora. Mas ela ainda é modesta e os deixa em situação pior do que no período pré-pandemia”:
    1. O colunista concorda com a afirmação de que houve recuperação da renda dos mais pobres? Explique.

Para defender seu posicionamento (tese), o autor faz um movimento argumentativo, ou seja, conduz os argumentos de modo a produzir o efeito desejado por ele para persuadir o leitor, que podem ser movimentos de:

  • sustentação – apresentação de argumentos alinhados à tese, são construídos em um processo de adesão ao posicionamento defendido no texto.
  • refutação – argumentos contrários à tese exposta e a sua sustentação (desqualificam o que é contrário à posição defendida), funcionando como contra-argumentos à ideia defendida. São apresentados para serem refutados ou invalidados pelo autor.
  • negociação – argumentos que dialogam com as posições a favor e contrárias à tese. Ao apresentar esse argumento, o autor o considera válido, mas insuficiente.
  1. Qual desses movimentos você acha que o autor utilizou?
  2. A que os termos destacados se referem?
Versão adaptada acessível

Atividade 19, item c

A que os termos “ela” e “os” se referem?

Para ampliar

A Redução das desigualdades é o 10º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável proposto para a agenda 2030. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística produziu uma série especial para explicar cada ó dê és . Assista!

ó dê és 10: Redução das desigualdades Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Explica. 12 março 2018. Disponível em: https://oeds.link/KplZYw Acesso em: 24 maio 2022.

Ilustração. Fundo em rosa. Ao centro, em branco, sinal de igual com triângulos pequenos ao redor. Na parte superior, texto: 10 REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES.
Respostas e comentários

18.a) Ele sinaliza ao leitor que irá destacar dois pontos no primeiro parágrafo. Depois, no início de cada parágrafo, ele reintroduz a sequência dos pontos, dando coerência e progressão ao tema: “o primeiro ponto”, “meu segundo ponto”.

18.b) Começa o parágrafo conclusivo com portanto (operador argumentativo que indica conclusão), reafirma sua posição e acrescenta a conclusão que corrobora a tese inicial.

19.a) Ele concorda e enfatiza isso ao colocar como resposta um simples “sim”. Logo em seguida, utiliza o operador argumentativo “mas”, demonstrando oposição a essa afirmação.

19.b) O de negociação, pois ele concorda com o argumento de que houve melhora e, na sequência, entra com a oposição dizendo que ela ainda é modesta, introduzida pelo operador argumentativo “mas”. Ao fazer essa oposição, o autor reforça seu argumento em relação ao argumento sobre a melhora.

19.c) Ela refere-se à recuperação de renda e os, aos pobres. Retome com os estudantes os pronomes pessoais, caso tenham dúvidas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

18a. Espera-se que durante a leitura o estudante tenha identificado que há um encadeamento de ideias e que o próprio autor deixa claro que destacará dois pontos.

18b. Incentive os estudantes a perceber o operador argumentativo utilizado pelo autor para indicar a conclusão e a finalização do texto.

19a. Pergunte a eles quais foram os operadores argumentativos utilizados no texto para que entendam o processo de argumentação do autor. Enfatize a importância de entender a concordância e depois a oposição.

19b. Peça aos estudantes que analisem o trecho e vejam qual dos movimentos o autor utiliza. Em seguida, peça a eles que justifiquem a resposta.

19c. Faça uma breve retomada dos pronomes pessoais e suas funções. Solicite aos estudantes que releiam os trechos, colocando os nomes que acreditam ser os que foram substituídos.

Converse sobre os ó dê és Redução das desigualdades e Erradicação da pobreza e proporcione os recursos necessários para os estudantes assistirem aos vídeos produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O vídeo Erradicação da pobreza está disponível em: https://oeds.link/eeFBLr. Acesso em: 24 maio 2022. Após a exibição do vídeo, proponha uma roda de conversa para eles exporem o que entenderam e as relações que fizeram com a situação local em que vivem e mesmo os temas abordados na unidade.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um oito

ê éfe seis nove éle pê três um

ê éfe oito nove éle pê zero quatro

ê éfe oito nove éle pê um quatro

ê éfe oito nove éle pê um seis

ê éfe oito nove éle pê dois três

ê éfe oito nove éle pê três um

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um seis

20. Releia este trecho.

Esta melhora me parece mais um movimento de ajuste, com base na retomada de setores até então em crise, do que um movimento de recuperação consistente. No mercado de trabalho, o que se observa é alguma retomada baseada na informalidade e no trabalho por conta própria, que tendem a ser mais precários que os empregos formais e pagar menos.

  1. Ao utilizar “me parece”, o que o colunista indica ao leitor?
  2. Identifique alguns operadores argumentativos nesse trecho.
  3. Que movimentos argumentativos podemos observar no trecho?

21. Para defender seu ponto de vista, o autor inicia o artigo de opinião apresentando dados de um boletim recém-lançado. Para isso, ele usa argumentos de provas.

Identifique no artigo esses argumentos e copie-os no caderno.

Há vários tipos de argumentos. Conheça alguns.

  • Argumentos de autoridade: cita outras vozes para sustentar sua argumentação, como a de especialistas.
  • Argumentos de exemplificação: apresenta fatos ou acontecimentos pessoais ou de terceiros para exemplificar ou ilustrar o argumento que defende.
  • Argumentos de provas: comprova o argumento ao apresentar provas incontestáveis, como dados estatísticos e fatos históricos.
  • Argumentos de causa e consequência: afirma que um fato aconteceu em decorrência de outro.
  • Argumentos de comparação: compara ideias diferentes para construir o ponto de vista fundamentado em semelhanças e diferenças entre as comparações.
  • Argumentos de princípios ou crença pessoal: cita valores éticos e morais ou direitos, tanto garantidos por lei quanto aceitos por um grupo social.

22. No quarto parágrafo, ao apresentar o segundo ponto, qual ou quais tipos de argumentos o colunista utiliza?

Respostas e comentários

20.a) Ele indica seu ponto de vista em relação à melhoria, utilizando uma modalidade apreciativa.

20.b) Possibilidades de resposta: “mais ... do que/mais ... que” (comparação); “e” (adição); “mais que” (explicação).

20.c) Começa com um movimento de refutação (o articulista explica que considera a melhora um ajuste e não recuperação consistente), introduzido pelo operador argumentativo “mais... do que”. Na segunda frase, observa-se um movimento de negociação. O articulista chama a atenção do leitor sobre o que está ocorrendo no mercado de trabalho (uma retomada) e, na sequência, ao utilizar o operador argumentativo “o que se observa”, demonstra que não considera essa retomada totalmente válida, pois se dá com base na informalidade, sem segurança.

21.• “Boletim trimestral Desigualdade nas Metrópoles reticências e a sua dinâmica”; “ao longo de 2021, reticências meados de 2020”; “o último dado reticências era 21 vezes”.

22. Argumentos de causa e consequência.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

20a. Retome com os estudantes os conceitos de modalidade apreciativa, vistos em anos anteriores, para que possam realizar o exercício.

20b. Relembre-os também dos conceitos de operadores argumentativos e explique que na atividade há a possibilidade de mais de uma resposta.

20c. Chame a atenção dos estudantes para os operadores argumentativos e os modalizadores, observando qual o direcionamento que eles apresentam ao leitor.

  • Leia o boxe-conceito para que os estudantes percebam que há vários tipos de argumentos e possam identificar alguns presentes no texto como proposto na atividade 22.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Selecione outros artigos de opinião para os estudantes localizarem os movimentos argumentativos e os tipos de argumentos. Proponha que a atividade seja feita em duplas. No entanto, se a turma for grande, oriente-os a formar grupos. Se possível, gerencie a formação das duplas ou grupos para que todos os estudantes possam contribuir de acordo com suas competências e habilidades, para que haja equilíbrio. Com isso, abre-se a possibilidade de um estudante ajudar o outro, de haver troca de conhecimentos, ensino e aprendizagem. Circule pela sala enquanto as duplas ou os grupos realizam a atividade para apoiá-los nas dúvidas ou explicações adicionais. Enquanto estiver fazendo isso, observe como eles interagem uns com os outros, como se ajudam e como procuram solucionar o problema. Ao realizar essa avaliação, você conseguirá perceber quais os pontos ou conteúdos que devem ser retomados ou aprofundados para que todos entendam.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Vozes verbais

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Releia este trecho do artigo de opinião.

O boletim trimestral Desigualdade nas Metrópoles, elaborado pelo Observatório das Metrópoles, vem destacando o acentuado desequilíbrio na distribuição de renda no país e a sua dinâmica.

  1. Qual é o sujeito da locução verbal em destaque?
  2. Com relação à ação expressa pela locução, podemos dizer que esse sujeito pratica ou sofre essa ação?
  3. Qual é o termo da oração que complementa o sentido dessa locução verbal?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até c.

  1. Qual é o sujeito da locução verbal “vem destacando”?
  2. Com relação à ação expressa pela locução, podemos dizer que esse sujeito pratica ou sofre essa ação?
  3. Qual é o termo da oração que complementa o sentido dessa locução verbal?

A voz verbal é a fórma assumida pelo verbo para indicar a sua relação com o sujeito. São três as vozes verbais: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva. Na voz ativa, o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Na voz passiva, o sujeito é paciente, ou seja, recebe ou sofre a ação expressa pelo verbo. Já na voz reflexiva, o sujeito é agente e paciente, ou seja, pratica e recebe a ação ao mesmo tempo.

2. Leia esta tirinha e responda às questões.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros, em tons brancos e fundo em amarelo. Apresenta como personagens: um homem de cabelos curtos, blusa de mangas compridas. Um homem de cabelos lisos, barba e bigode, com par de óculos de grau e camiseta. Q1 – O homem de cabelos curtos, sem óculos, sentado de frente para um computador de tela azul com imagem de uma folha pautada. Ele diz: A INTERNET DESCANCELOU AQUELA ATRIZ DE TV. Q2 – O homem com par de óculos, com o braço esquerdo esticado para frente, à direita, fala: POR QUE A INTERNET DESCANCELARIA ALGUÉM? Q3 – O homem sentado de frente para o computador, com a cabeça para trás, diz: PARA CANCELAR DE NOVO, ORAS. DAHMER, André. Não há nada acontecendo. Folha de S. Paulo, 21 maio 2022.

DAHMER, André. Não há nada acontecendo. Folha de São Paulo, 21 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/3u9R4r Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Qual é o significado do verbo “descancelar” no texto?
  2. No que consiste o humor da tirinha?
  3. No primeiro quadrinho, em que voz está o verbo presente na fala do personagem? Explique.
  4. Do ponto de vista sintático, como se classificam os termos “A internet” e “aquela atriz de TV”?
  5. Caso o personagem quisesse enfatizar a atriz que sofreu o “descancelamento”, como ele formularia o enunciado?
Respostas e comentários

1.a) O boletim trimestral Desigualdade nas Metrópoles.

1.b) Esse sujeito pratica a ação; quem a destaca é o boletim.

1.c) “reticências o acentuado desequilíbrio na distribuição de renda no país e sua dinâmica.”

2.a) No caso, “descancelar” seria o ato de desfazer o cancelamento de alguém. O termo “cancelar” vem sendo muito utilizado no sentido de banir ou boicotar alguém cujo posicionamento é considerado incorreto ou fere algum grupo específico.

2.b) Na crítica à cultura do cancelamento. No caso, a atriz foi “descancelada” para ser cancelada novamente. A fala do personagem do último quadrinho enfatiza esse aspecto, mostrando que o ato de cancelar tem se tornado cada vez mais corriqueiro.

2.c) Está na voz ativa, pois o sujeito, “a internet”, é quem pratica a ação de cancelar a atriz.

2.d) São, respectivamente, sujeito e objeto direto.

2.e) Aquela atriz de TV foi descancelada pela internet.

Língua e linguagem

Vozes verbais

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Se achar necessário, reveja alguns conceitos com os estudantes durante a leitura desse trecho, como o de sujeito e locução verbal, para que possam desenvolver a atividade. Em todas as questões, eles devem prestar atenção ao texto para poder identificar o que é pedido e chegar ao resultado final: entender o que é a voz verbal, quais são as vozes verbais e os efeitos de sentido que provocam no texto.

Após a leitura do boxe-conceito, comente com os estudantes que esse conceito de “praticar” a ação é estritamente gramatical. No próprio artigo lido, há uma ocorrência que pode gerar dúvidas quanto à voz verbal. Na oração “Em sociedades desiguais, os mais pobres sofrem consideravelmente mais as agruras das crises”, do ponto de vista semântico, fica nítido que os pobres é que sofrem, porém, gramaticalmente, o verbo está na voz ativa.

2. Peça aos estudantes que leiam a tirinha com bastante atenção.

2a. Espera-se que eles sejam capazes de relacionar o “descancelar” com o termo “cancelar”, muito usado na internet. Caso seja necessário, solicite aos estudantes que pesquisem o sentido desse termo no mundo digital. Aproveite para rever com os estudantes a formação de palavras por derivação prefixal e se, no caso de "descancelar", podemos considerar que houve uma mudança de sentido para o emprego do termo. Para isso, peça que procurem no dicionário as acepções para descancelar e vejam se alguma se refere ao mundo digital. Para aprofundar a questão, leia a sugestão em Para ampliar.

2c. Incentive-os a identificar quem está praticando a ação.

2d. Retome com os estudantes quais são os termos sintáticos. Caso haja necessidade, reforce os conceitos de sujeito e predicado.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê zero oito

A voz passiva pode ser analítica ou sintética (pronominal). Na voz passiva analítica, temos um verbo auxiliar seguido do verbo principal no particípio. Nesse caso, o verbo auxiliar mais usado é o verbo “ser”. Também é comum a presença de um agente da passiva, isto é, um termo introduzido por uma preposição, que indica aquele ou aquilo que pratica a ação. Já na voz passiva sintética, o verbo principal se encontra na terceira pessoa do singular ou do plural, acompanhado do pronome “se”, denominado pronome apassivador.

É possível fazer uma conversão da voz ativa para a voz passiva, bem como da voz passiva para a voz ativa. Nesse caso, a oração não sofre alteração no sentido, embora o foco daquilo que se pretende comunicar mude. Veja o seguinte exemplo:

O autor do texto criticou a desigualdade social.

Nesse caso, o sujeito da oração, “O autor”, é agente, e o objeto direto é “a desigualdade social”. Se quiséssemos focalizar aquilo que o autor criticou, poderíamos passar a oração para a voz passiva:

A desigualdade social foi criticada pelo autor do texto.

Como podemos observar, na conversão, o objeto direto da oração na voz ativa passa a ser o sujeito da oração na voz passiva – no caso, um sujeito paciente. Já o sujeito da oração na voz ativa passa a ser o agente da passiva. O verbo da oração também sofreu modificações: foi substituído por uma locução verbal composta pelo verbo “ser”, seguido do verbo principal no particípio.

Da mesma fórma, podemos converter uma oração da voz passiva para a voz ativa. Observe este exemplo:

Esquema. Frase: O tema de desigualdade social foi abordado pelo professor convidado. 
Sujeito paciente: O tema da desigualdade social
Agente da passiva: pelo professor convidado
Frase: O professor convidado abordou o tema da desigualdade social.
Sujeito agente: O professor convidado
Objeto direto: o tema da desigualdade social
Flecha entre a primeira frase de: sujeito paciente para a segunda frase para: objeto direto.
Flecha entre a primeira frase de: agente da passiva para a segunda frase para: sujeito agente.

Nesse caso, o sujeito paciente na voz passiva torna-se o objeto direto na voz ativa, e o agente da passiva torna-se o sujeito agente na voz ativa. Além disso, elimina-se o verbo auxiliar, mantendo-se somente o verbo principal sem o particípio.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Retomar os estudos sobre as vozes verbais proporcionará aos estudantes compreender e identificar por meio da inversão do sujeito x objeto a noção de quem recebe a ação e de quem realiza a ação. Desse modo, ambiguidades, tão comuns nos textos dos estudantes, poderão ser evitadas.
  • Após a leitura do boxe-conceito, comente com os estudantes que o particípio é formado pelo acréscimo de “-ado” aos verbos da 1ª conjugação e de “-ido” aos verbos da 2ª e 3ª conjugações.
  • Explique aos estudantes que somente os verbos transitivos diretos e os transitivos diretos e indiretos vão para a voz passiva. Ou seja, não há voz passiva em orações com verbos transitivos indiretos ou intransitivos. (Há a exceção do verbo "obedecer".)

Para ampliar

ALVES, Ieda Maria. Neologismo, criação lexical. segunda edição São Paulo: Ática, 2002.

CARVALHO, número O que é neologismo. segunda ediçãoSão Paulo: Brasiliense, 1987.

Responda às questões no caderno.

3. Leia esta outra tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por três quadros. Apresenta como personagens, Armandinho de cabelos e calça em azul, de blusa de mangas compridas em verde. Pai de Armandinho, visto da cintura para baixo, calça azul e sapatos em azul-escuro. Sapinho de cor verde, olhos e boca em preto. Q1 – Armandinho, em pé, com o corpo para a direita, segurando nas mãos uma tigela amarela com sorvete lilás dentro. Ele diz: E O SORVETE É CONSIDERADO UM ALIMENTO PERFEITO! O pai de Armandinho pergunta: MESMO? Q2 – Armandinho, ainda olhando para cima em direção ao pai, que diz: NUNCA TINHA OUVIDO FALAR...TUDO BEM, ENTÃO... Q3 – À esquerda, sapinho verde, com o corpo para a direita. De frente para ele, Armandinho caminhando para a esquerda, segurando o pote de sorvete nas mãos. Fora do quadrinho, o pai de Armandinho diz: ARMANDINHO... 'É CONSIDERADO' POR QUEM? BECK, Alexandre. Armandinho.

BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/ukYbRI. Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Com que objetivo Armandinho diz que o sorvete é considerado um alimento perfeito?
  2. Em que voz verbal se encontra a oração que corresponde à fala de Armandinho?
  3. Por que o garoto teria utilizado essa voz verbal?
  4. A princípio, o pai parece se convencer do argumento do filho. Porém, logo em seguida, ele faz uma pergunta. Qual é seu objetivo com essa pergunta?
  5. Do ponto de vista sintático, na oração utilizada por Armandinho, a falta de um termo foi questionada pelo pai. Considerando a voz em que se encontra a oração, qual seria o termo faltante?

4. Observe este cartaz.

Cartaz. Fundo em rosa. Ao centro, ilustração de uma mulher vista da cintura para cima, se abraçando. Ela tem cabelos curtos pretos divididos ao meio, camiseta branca e calça em cinza. Ela tem os olhos fechados, com par de óculos de grau. À direita, folhas em lilás e texto em branco: Mulher que se ama é mulher que se cuida. Na parte inferior, logotipo com duas fitas rosas, com a parte inferior amarrada e texto: PARANÁ ROSA.

TERCEIRA edição do Paraná Rosa reforça a importância da prevenção e cuidados com a saúde da mulher. Conselho Regional de Medicina do Paraná, 2 dezembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/pow33r Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Você consegue identificar a qual campanha se refere o cartaz? Em caso afirmativo, conte o que sabe sobre ela.
  2. O que a imagem do cartaz mostra? Como isso se relaciona à campanha veiculada?
Respostas e comentários

3.a) Para tentar convencer o pai de que sorvete faz bem à saúde e, consequentemente, deixá-lo comer.

3.b) Na voz passiva analítica.

3.c) Provavelmente para dar ênfase ao fato de o sorvete ser considerado um alimento perfeito. No caso, o sujeito é paciente, e a fala do garoto não diz quem faz essa consideração.

3.d) O pai quer saber quem disse que o sorvete é um alimento considerado perfeito. Ou seja, ele espera que o filho informe a fonte da afirmação feita.

3.e) O agente da passiva.

4.a) Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

4.b) A imagem mostra uma mulher se abraçando, o que demonstra que ela gosta de si mesma e, por isso, se cuida e se previne. Esse é um dos focos da campanha: fazer com que as mulheres exerçam autocuidado e amor-próprio, prevenindo-se de doenças como o câncer de mama ou de colo de útero.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3. Solicite aos estudantes que leiam a tirinha e prestem atenção na linguagem verbal e não verbal apresentada. Pergunte o que entenderam da tirinha.

3c. Verifique se os estudantes relacionam a voz verbal utilizada ao fato de Armandinho acreditar que o sorvete é perfeito.

3d. Os estudantes devem compreender que o fato de Armandinho achar o sorvete perfeito não o torna perfeito. O pai precisa de mais argumentos, por isso pergunta quem fez essa afirmação. É preciso enfatizar que a configuração da voz verbal na tirinha estabelece o sentido pretendido por parte do personagem, haja vista que, ao utilizar a voz passiva analítica sobre o sujeito (sorvete), ele se esquivou da responsabilidade de assumir que era ele quem concebia o sorvete tal como afirmava.

3e. Solicite aos estudantes que pensem nos termos integrantes.

4. Peça aos estudantes que façam a leitura do cartaz com bastante atenção, observando os elementos verbais e não verbais.

4a. Espera-se que eles reconheçam que o cartaz se refere à campanha “Outubro rosa”, cujo objetivo é alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero.

4b. Chame a atenção para a cor rosa e o que ela representa na campanha, bem como as fitas cor de rosa.

Para observar e avaliar

Aproveite para observar se os estudantes aprenderam os conceitos sobre vozes verbais. Caso alguns conceitos não estejam plenamente aprendidos, retome-os, trazendo novos exemplos, bem como propostas de pesquisa, que possibilitem aos estudantes oportunidades de exercer a autonomia em seu processo de aprendizagem.

Proponha atividades diferenciadas, como leituras de outras tirinhas, trechos de notícias, artigos, a fim de estimular a leitura e compartilhamento de descobertas.

Ao final, proponha uma roda de conversa e estimule a troca entre os estudantes. É um momento no qual também se deve retomar conceitos.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê zero oito

  1. Os verbos presentes no cartaz estão em que voz verbal? Explique.
  2. Considerando o objetivo da campanha, por que o autor do cartaz teria utilizado os verbos nessa voz?

5. Leia um trecho da notícia a seguir.

Festival ó dê és discutiu desigualdade social em uma economia de baixo carbono

Líderes empresariais e do setor público apresentaram ações para adaptar a economia ao modelo sustentável com responsabilidade

reticências

Um dos principais desafios de implementar um modelo econômico mais sustentável e que proteja o meio ambiente é enfrentar o abismo da desigualdade social, premissa para alcançar a transformação justa.

Esse objetivo não seria possível sem a participação responsável das empresas e investimentos do setor público, além do respeito aos diversos atores.

Esse foi um dos temas centrais tratados no segundo dia do Festival ó dê és , que aconteceu na quarta (25) e na quinta-feira (26) reticências.

Empresas apresentaram suas práticas é ésse gê (princípios de sustentabilidade empresarial cada vez mais valorizados), gestores públicos mostraram suas políticas e iniciativas, e especialistas apontaram caminhos de inovação e as fragilidades do processo.

TREVISAN, Maria Carolina. Festival ó dê és discutiu desigualdade social em uma economia de baixo carbono. Folha de São Paulo, Folha Social mais, 27 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/Anij1F Acesso em: 27 maio 2022.

  1. Segundo o texto, o que é necessário para enfrentar a questão da desigualdade social?
  2. Na manchete e no lide, em que voz se encontram os verbos dos enunciados?
  3. Por que a jornalista teria empregado essa voz?
  4. No caderno, separe em orações o período que corresponde ao último parágrafo, destacando o sujeito e o complemento verbal de cada uma delas.
Respostas e comentários

4.c) Os verbos estão na voz reflexiva. A presença do pronome “se”, que, no caso, é um pronome reflexivo, mostra que as ações são praticadas pelo sujeito e incidem sobre ele. A mulher ama a si mesma e cuida de si mesma.

4.d) Justamente para dar ênfase à importância do autocuidado e do amor-próprio na prevenção de doenças.

5.a) É preciso haver participação responsável de empresas e investimentos do setor público, além do respeito aos diversos atores.

5.b) Em ambos os casos, os verbos estão na voz ativa.

5.c) Provavelmente para dar destaque aos “agentes” – no caso, ao Festival e aos líderes empresariais e do setor público.

5.d) Ver respostas nas orientações didáticas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

4c. Caso seja necessário, retome os conceitos, inclusive a presença do pronome reflexivo.

4d. Espera-se que os estudantes sejam capazes de entender que a campanha foi realizada para incentivar o autocuidado. A voz verbal utilizada ajuda na ênfase necessária.

5. Solicite aos estudantes que leiam o trecho da notícia de fórma silenciosa e, depois, de fórma compartilhada. O Festival ó dê és é um encontro para estimular soluções e mostrar caminhos viáveis para a sustentabilidade. Segundo consta do próprio site do evento, o Festival ó dê és “é uma experiência imersiva para estimular soluções para resolver problemas complexos e mostrar caminhos viáveis para a sustentabilidade no Brasil”. Vale ressaltar que a sigla ó dê és concerne aos “objetivos do desenvolvimento sustentável” estabelecidos pela ONU. Veja sugestão de leitura em Para ampliar.

Aproveite para trabalhar os ó dê és 9. Indústria, inovação e infraestrutura e 10. Redução das desigualdades, relacionando-os com o Festival ó dê és .

5c. Comente que a escolha da voz verbal é importante nos textos jornalísticos, porque representa o foco que se pretende dar: ou sobre quem pratica a ação (voz ativa), ou sobre quem sofre/recebe a ação (voz passiva). No caso, a jornalista quis enfatizar os agentes, algo que se comprova na leitura do texto, no qual se mencionam as ações desses agentes ao longo do festival.

5d. Oração 1: “Empresas apresentaram suas práticas é ésse gê (princípios de sustentabilidade empresarial cada vez mais valorizados)”. Sujeito: Empresas. Objeto direto: suas práticas é ésse gê (princípios de sustentabilidade empresarial cada vez mais valorizados). Oração 2: “Gestores públicos mostraram suas políticas e iniciativas”. Sujeito: Gestores públicos. Objeto direto: suas políticas e iniciativas. Oração 3: “Especialistas apontaram caminhos de inovação e as fragilidades do processo”. Sujeito: Especialistas. Objeto direto: caminhos de inovação e as fragilidades do processo.

Para ampliar

FESTIVAL ó dê és : por uma transição justa. Agenda Pública, São Paulo, maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/gAiIjg. Acesso em: 9 agosto 2022.

Modalização epistêmica

Como você sabe, ao utilizarmos o recurso da modalização, expressamos nossa atitude, nosso julgamento ou nossa opinião sobre o que estamos dizendo. Modalizamos nosso discurso, por exemplo, ao escolher a melhor palavra, expressão e tempo verbal, ou mesmo a pontuação. Ao usar esse recurso, deixamos pistas para que o leitor possa entender o efeito de sentido que tentamos produzir, de fórma a persuadi-lo.

Nos artigos de opinião, a modalização é muito utilizada nos movimentos argumentativos, em especial no de negociação, de modo que o leitor perceba a posição do autor sobre o assunto que está sendo exposto.

Algumas palavras e expressões na língua podem ser usadas para indicar o valor de verdade de uma declaração. Por meio delas, indicamos concordância, discordância ou se consideramos algo quase certo.

1. Leia este trecho do artigo de opinião “Longevidade”, de Drauzio Varella, publicado no site de notícias UOL.

Em 2020, a ONU estimou em 573 mil os centenários do mundo. Esse número é 20 vezes maior do que o de 50 anos atrás. Em 1946, as 30 pessoas mais longevas do mundo tinham em média 99 anos. Em 2016, essa média atingiu 109 anos. Continuará a crescer nesse ritmo?

É provável que não. Hoje, os que ultrapassam cem anos chegam a tal idade em maior número e em melhores condições de saúde. Mas, nesse grupo, a expectativa de vida remanescente tem-se mantido a mesma nos últimos 80 anos.

VARELLA, Drauzio. Longevidade. Drauzio, UOL, 19 abril 2022. Disponível em: https://oeds.link/cS5dqk Acesso em: 24 maio 2022.

O que a expressão destacada indica? Por quê?

Fotografia. Uma mulher idosa vista dos ombros para cima, com o corpo virado para a esquerda, olhando para frente e sorrindo. Ela tem cabelos castanhos curtos penteados para a esquerda. Ela usa blusa de frio de gola e mangas compridas em bege-claro. Ao fundo, um corrimão e folhas de árvores em verde.
Umbela, de 92 anos, é paulista, moradora do bairro de Heliópolis. Casada há mais de 50 anos, tem dois filhos e netos. Adora cantar e fazer artesanato, por isso participa de aulas de canto, coral e artesanato no Instituto Velho Amigo.
Respostas e comentários

1.• Indica que o articulista não está bem certo se o ritmo continuará a crescer como afirmado. Essa modalização introduz o argumento explicativo para reforçar por que ele considera que não seja provável, embora possa acontecer, já que não tem certeza. Na continuidade, há um movimento de negociação, introduzido pelo operador argumentativo “mas”, opondo-se ao argumento anterior.

Modalização epistêmica

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Solicite aos estudantes que leiam o texto de abertura com a explicação do que é modalização epistêmica. Pergunte se eles usam modalizações e em que momentos. Caso ache necessário, dê alguns exemplos de momentos em que você ou as pessoas em geral utilizam e com qual intenção.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Solicite aos estudantes que leiam o trecho em silêncio e, depois, façam uma leitura compartilhada para discutir com o grupo o entendimento sobre a leitura e compartilhar pontos de vista.

Espera-se que eles sejam capazes de compreender que a expressão em destaque indica que o autor não está tão certo, já que ele usa o termo “é provável”.

Para ampliar

Conheça o site do Instituto Velho Amigo. Disponível em: https://oeds.link/iKLTr7. Acesso em: 9 agosto 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe oito nove éle pê dois três

ê éfe oito nove éle pê três um

ê éfe zero oito éle pê um seis

Responda às questões no caderno.

2. Observe as expressões seguintes. Depois, separe-as por tipo de avaliação, ou seja, concordância, discordância ou quase certeza (dúvida), de acordo com o que cada palavra ou expressão indica.

realmente

de fórma alguma

naturalmente

certo

de jeito nenhum

evidentemente

claro

lógico

talvez

assim

eventualmente

sem dúvida

efetivamente

possivelmente

provavelmente

jamais

A modalização epistêmica expressa uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade de uma declaração. Ela é dividida em asseverativa, quando o conteúdo da declaração é considerado verdadeiro, podendo-se concordar ou discordar da ideia; e quase-asseverativa, quando ainda não se tem certeza sobre o que foi declarado.

3. No artigo sobre desigualdade social, há dois momentos em que o colunista faz uma modalização utilizando o verbo “gostar”. Leia novamente os trechos.

E a partir dos dados do último boletim, recém-lançado, gostaria de levantar dois pontos. reticências

O primeiro ponto que gostaria de destacar, reticências

O que essa modalização indica ao leitor?

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupo, na biblioteca da escola ou on-line, pesquisem artigos de opinião e selecionem um.
    1. Identifiquem a tese, a introdução, o desenvolvimento, a conclusão, os movimentos argumentativos.
    2. Identifiquem os modalizadores epistêmicos utilizados e indiquem o direcionamento de sentido que produzem.
    3. Elaborem um cartaz para apresentar seus achados à turma.
Respostas e comentários

2. Concordância: realmente, naturalmente, certo, evidentemente, claro, lógico, sem dúvida, efetivamente. Discordância: de fórma alguma, de jeito nenhum, jamais. Quase certeza (dúvida): talvez, assim, eventualmente, possivelmente, provavelmente.

3.• Gostar está no futuro do pretérito (gostaria), expressando o desejo do articulista. É uma fórma suave de introduzir os pontos de vista.

4. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Solicite aos estudantes que façam um quadro e separem as palavras conforme a atividade solicitada. Enfatize a eles a importância de entender qual termo concorda, qual discorda e quais expressam quase certeza.
  • Neste momento, não vamos abordar a modalização epistêmica delimitadora, a qual estabelece limites para considerar a declaração como verdadeira. No entanto, se você considerar apropriado, pode apresentar exemplos para os estudantes.
  1. Peça aos estudantes que releiam o artigo para que possam relacionar o verbo “gostar” com a modalização epistêmica.
  • Retome com os estudantes o que já viram na unidade 2 sobre o imperfeito de cortesia. Explique a eles que, nesse contexto, o verbo não tem um valor temporal; ele é utilizado como modalizador, dando um ar mais polido à fala.

4. Essa atividade é extremamente relevante, uma vez que retoma os conceitos antes estudados. É importante ressaltar o caráter sumário da atividade para que os estudantes possam utilizá-la até mesmo como um mapa mental das ideias, como base para a produção e demais atividades. Estimule-os a ler alguns artigos antes de escolher um. Peça a eles que destaquem os modalizadores de fórma que fiquem evidentes na leitura.

EU VOU APRENDER Capítulo 2

A cidade sob outro olhar

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Pense na sua cidade e em como ela é organizada urbanisticamente. Na sua opinião, ela poderia ter uma configuração diferente da que tem hoje? Como seria?
  2. Você já ouviu falar sobre Cidade Educadora e Cidade Amiga da Criança? Comente.
Cartaz. Vista do alto para baixo, de um local com divisões de quadrados e retângulos em cinza, círculos coloridos. Ao centro, um menino em pé, de cabelos pretos, de camiseta em verde, calça preta e sapatos vermelhos, cabeça para cima, olhos fechados e braços esticados para as laterais. À esquerda, texto: Na Cidade Educadora, a educação vai para além da escola e trespassa ruas, praças e parques.
Cartaz. Texto: A Cidade Educadora oferece inúmeras oportunidades educativas a todas as cidadãs e cidadãos. Ao centro, rua cinza com sete pessoas. Da esquerda para a direita: uma senhora de lenço sobre a cabeça em vermelho-escuro e blusa de mangas compridas em rosa, segurando um regador amarelo na mão direita, sobre vaso azul com planta em verde. Ao lado, mulher em pé com o corpo para a direita, de cabelos longos pretos, de vestido de mangas compridas listrado em amarelo e branco, calça azul e sapatos vermelhos. Ela está grávida, de frente para uma senhora de cabelos brancos, com blusa de mangas compridas em cinza, saia longa em cinza-escuro, meias grandes em branco e sapatos em marrom, com uma bengala na mão esquerda. Mais à direita, uma criança vista de costas, de cabelos pretos curtos, de vestido rosa, calça azul e um violão marrom sobre as costas, de braço direito esticado para o alto. Perto dela, um garoto loiro, no alto, sobre skate amarelo de rodas vermelhas, de blusa de mangas compridas em verde, calça e fone de ouvido sobre a cabeça em azul. Na ponta da direita, um homem de cabelos e barba castanhos, de blusa de mangas compridas, calça e sapatos em marrom, segurando uma pasta da mesma cor no braço esquerdo. Mais à direita, um garoto sentado sobre uma cadeira de rodas. Ele tem cabelos escuros, camiseta em verde, calça azul e sapatos pretos. Ao fundo, cidade com árvores e prédios. No alto, nuvens azuis.
  1. Você já leu ou assistiu a uma entrevista? Se sim, sobre qual assunto? Como era o formato? Comente.
  2. Leia o título e o título auxiliar da entrevista a seguir. Formule hipóteses sobre o que será tratado no texto. Anote-as no caderno.
Respostas e comentários

1 a 4. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu vou aprender

A cidade sob outro olhar

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Reúna os estudantes em uma roda de conversa e pergunte o que já conhecem sobre o gênero “entrevista”. Estimule a participação de todos e incentive-os a contribuir acrescentando novas informações às respostas dos colegas. Ao final, peça a eles que leiam o título do capítulo e pergunte o que é possível levantar como hipóteses sobre o que será estudado, ou seja, há um olhar para a cidade? Se há, que olhar é esse para que possa haver um diferente dele? Continue questionando quem seria a pessoa mais indicada para falar da cidade e por quê. Leve-os a refletir quantos atores há na cidade que podem falar sobre ela sendo que cada um tem seu próprio olhar. O que podemos achar em comum?
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Espera-se que os estudantes percebam que nas cidades há um centro, bairros próximos do centro e bairros mais periféricos, por exemplo, mas que poderia ser de outra fórma, seguindo outro modelo.
  2. Complemente as respostas dos estudantes para que eles entendam o que é cada um desses projetos e os objetivos. Se possível, apresente o vídeo sobre o que é uma cidade educadora, indicado em Para ampliar do Livro do estudante. Depois de assistirem, pergunte o que gostariam de acrescentar à resposta inicial, dada antes de assistirem ao vídeo.
  3. É esperado que os estudantes possam se lembrar de alguma entrevista, expor o assunto e contar o que recordam, principalmente do formato perguntas e respostas, com entrevistador e entrevistado.
  4. Espera-se que os estudantes mencionem que será sobre a cidade ser pensada para proporcionar mais qualidade de vida a seus moradores, remodelando a configuração que conhecemos, para proporcionar mais mobilidade e moradia, entre outros.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê um sete

ê éfe oito nove éle pê três um

Cidade pela vida

Questões como acesso à moradia e mobilidade podem ser respondidas por outro modelo de espaço urbano, segundo a arquiteta e urbanista

A cidade é um organismo vivo. Forjada por decisões políticas e econômicas, ela está em constante processo de transformação. Ao produzir conflitos e desigualdades, o espaço urbano constitui uma sociedade e seu tempo. Em São Paulo, por exemplo, durante a pandemia da Covid-19, espaços públicos e áreas verdes passaram a ser ainda mais valorizados reticências, a vulnerabilidade a que estão expostos os usuários do transporte coletivo ficou evidente, bem como o quadro de emergência habitacional.

Afinal, é possível mudar os rumos de uma cidade? Para a elaboração de novos caminhos, em seu mais recente livro, São Paulo: O planejamento da desigualdade (Editora Fósforo, 2022), com prefácio do rapper Emicida, a urbanista e arquiteta Raquel Rolnik nos convida a olhar para o passado e questionar quais decisões de política urbana e planos que estruturam a cidade mais populosa do país – com mais de 12 milhões de habitantes – precisam ser revistos. Para Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (), é imprescindível pensarmos num modelo de cidade que proteja a vida. “Para termos uma cidade voltada para a promoção e proteção da vida é preciso uma política urbana que promova a experiência de sermos corpos saudáveis: na moradia, na circulação, nos espaços públicos.reticências

Está em evidência um debate sobre novos modelos de cidade, como Cidade Educadora e Cidade Amiga da Criança. Qual sua reflexão e análise sobre esses modelos? 

A gente tem movimentos que vêm de vários lugares. Então, a turma da segurança alimentar e nutricional pensa a cidade a partir da ideia do alimento e começa a trabalhar a horta. A turma das áreas verdes repensa a cidade a partir da infraestrutura verde, a turma da educação coloca para a gente que não tem mais sentido pensar a educação como uma coisa confinada no prédio escolar e imagina a possibilidade de todo espaço urbano ser educador. Então, acho que o que estamos vendo e vivendo são questionamentos e experiências práticas que vêm de vários lugares, de vários pensamentos nesse momento. O que elas têm em comum é mostrar a falência de um modo hegemônicoglossário de organizar o território e a relação das pessoas com o território, e a partir disso levantar a proposta de rever esse modelo e imaginar outros futuros possíveis.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Solicite aos estudantes que realizem a leitura, em um primeiro momento, silenciosamente. Oriente-os a destacar as palavras que não entenderam, ou os trechos com as ideias principais do texto. Em seguida, solicite a eles que realizem a leitura compartilhada. Peça a alguns estudantes que leiam trechos do texto. Faça pausas nos momentos que achar adequados para explicações. Peça a eles que comparem a primeira leitura com a segunda, buscando levantar as informações adicionais observadas no segundo momento.

No final, todos esses modelos acabam falando (cada qual em seu espectroglossário ) do direito à cidade?

Não necessariamente. A perspectiva do direito à cidade é uma perspectiva mais igualitária no sentido de que as condições de vida, inclusive as condições materiais de vida na cidade, não deveriam ser tão desiguais. E quem pensa o direito à cidade pensa por um lado nisso: em não haver tanta desigualdade nas condições materiais de vida, como moradia, circulação, usufruto do espaço público. Mas há uma outra dimensão do direito à cidade que é uma dimensão política, que tem a ver com protagonismo e processo decisório. É um pouco a discussão de quem são os sujeitos no processo de definição do destino da cidade. Porque a cidade é algo que vai se transformando e a gente tem políticas públicas que incidem sobre esses processos de transformação e também tem iniciativas individuais e coletivas que vão incidir.

Do ponto de vista da política pública, o que dá para a gente dizer é que esse modelo atual é um modelo pensado por e para homens brancos de classe média. Então, a perspectiva feminista, ou a perspectiva de gênero, de pensar uma cidade para todos do ponto de vista de outros modos de se apropriar da cidade, ou também pensar a cidade do ponto de vista racial e de outras culturas de como a gente pode ter uma cidade antirracista, tudo isso pressupõe um processo de decisão sobre as políticas públicas em que os sujeitos possam ser aqueles que foram historicamente excluídos do modelo atual. Quem inventou esse modelo de asfalto, esse modelo de encanar rio, de montar uma superestrutura de concreto para cuidar do saneamento, de circular por meio de automóvel queimando óleo diesel? Quem quer isso? A história do direito à cidade tem muito a ver com o que os moradores, os residentes na cidade podem fazer, como podem participar muito mais da definição tanto de seu destino individual quanto de seu destino coletivo. reticências

CIDADE pela vida. Revista E, Sesc, edição abril 2022, número 10, ano 28. página 10-17. Disponível em: https://oeds.link/xTNafP Acesso em: 25 maio 2022.

Para ampliar

O que é uma Cidade Educadora? Ciudades Educadoras América Latina. Disponível em: https://oeds.link/qW3RxV Acesso em: 24 agosto 2022.

Ilustração. À frente, rua de cor cinza, com faixa de pedestre à direita. Mais ao fundo, calçada cinza, por onde passam onze pessoas andando. Algumas estão com bolsas, com cachorros e com bicicleta. Perto, um farol preto na vertical. Ao fundo, vegetação e árvores de folhas verdes. Mais atrás, prédios na vertical em branco e cinza.
Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Ao término da leitura, indique aos estudantes o glossário e peça a eles que verifiquem no texto se há mais algumas palavras cujo significado não foi entendido. Oriente-os a pesquisar no dicionário os sentidos dessas palavras.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Após ler esse trecho da entrevista, suas hipóteses se confirmaram? Comente.
  2. O que você achou da entrevista? Explique.
  3. Você acha que, na sua cidade, é possível elaborar políticas públicas que proponham um novo modelo de cidade, mais humanizado? Por quê?
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

Respondam às questões no caderno.

4. No título auxiliar, a voz da entrevistada já é inserida. De que fórma o autor do texto fez isso?

Por que vocês acham que o autor utilizou esse recurso persuasivo?

  1. Como o entrevistador aborda o assunto da entrevista?
  2. No primeiro parágrafo, para ilustrar o assunto, o autor introduz uma exemplificação. Como isso fica marcado no texto e que efeito produz para o leitor?
  3. Ainda nos parágrafos iniciais, o entrevistador introduz novamente a voz da entrevistada. De que fórma ele faz isso?
  4. Que outra fórma verbal poderia ser utilizada no lugar de “destaca”, mantendo o mesmo efeito de sentido?
  5. Para Rolnik, o que é um modelo de cidade que protege a vida?
  6. Releia este trecho.

Para Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (), é imprescindível pensarmos num modelo de cidade que proteja a vida.

  1. A que se refere a sigla entre parênteses?
  2. Que efeito de sentido o termo destacado produz?
Versão adaptada acessível

Atividade 10, itens a, b.

  1. A que se refere a sigla FAU-USP entre parênteses?
  2. Que efeito de sentido o trecho “é imprescindível” produz?

A entrevista é um gênero textual oral feito como se fosse um diálogo entre o entrevistador e o entrevistado, com o objetivo de informar sobre um assunto. Se a entrevista for circular em um veículo impresso, ela é transcrita e reescrita para retirar as marcas de oralidade, substituindo-as por outros recursos, como pontuação, reticências, aspas.

Respostas e comentários

1 a 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

4. Utilizou o termo “segundo”, deixando claro que se trata da visão da entrevistada.

4.• Ao deixar claro que é um posicionamento da entrevistada, que é especialista no assunto (argumento de autoridade), o autor provavelmente tem a intenção de chamar a atenção do leitor e persuadi-lo em relação à importância e necessidade de uma cidade pela vida.

5. Na introdução, leva o leitor a refletir sobre o que será abordado ao trazer problemas visíveis em grandes centros urbanos como São Paulo. Em seguida, introduz a entrevistada por meio do livro publicado, profissão e projetos que desenvolve. Com isso, consegue dizer ao leitor que a entrevistada é especialista no assunto.

6. O autor utiliza a cidade de São Paulo como modelo de espaço urbano que pode produzir conflitos e desigualdades. Para isso, usa a expressão “por exemplo”, cita o período da pandemia como um momento de valorização das áreas verdes, enquanto se evidenciou a vulnerabilidade dos usuários do transporte público e o problema habitacional.

7. Utilizando a expressão “Para Rolnik”, seguida de uma citação indireta da fala da entrevistada e de uma citação direta entre aspas, finalizada com o verbo dicendi “destaca”.

8. Salienta.

9. É uma cidade que precisa de “uma política urbana que promova a experiência de sermos corpos saudáveis: na moradia, na circulação, nos espaços públicos”.

10.a) À Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

10.b) Demonstra, por meio dessa expressão modalizadora, o ponto de vista da entrevistada sobre a necessidade de repensar o modelo de cidade existente.

Compreensão textual

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Promova uma roda de conversa para discutir as hipóteses que os estudantes levantaram antes da leitura. Pergunte quais são as ideias principais do texto.

3. É importante que os estudantes percebam que alguns modelos podem ser seguidos para benefício coletivo dos moradores da cidade.

Essas atividades podem ser realizadas em duplas.

4. É importante que os estudantes percebam que é para demarcar a presença de um posicionamento de outra pessoa, um outro argumento, a presença de um especialista.

7. Identificar as introduções possíveis para uma citação é algo esperado nesta atividade. Retome a explicação do que são as citações diretas e indiretas.

8. Espera-se que eles sejam capazes de utilizar seu próprio repertório para a resposta.

10a. Aproveite para perguntar aos estudantes quais siglas eles lembram. Anote-as na lousa e pergunte o que cada letra da sigla representa.

10b. Espera-se que eles sejam capazes de identificar o modalizador utilizado e os sentidos que acrescenta ao texto. Neste caso, o par “é + adjetivo” é utilizado como uma expressão modalizadora pelo autor para indicar sua avaliação quanto ao argumento que irá utilizar, dando a ele um valor de verdade, proveniente de seu saber como especialista.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um oito

ê éfe seis nove éle pê quatro três

ê éfe oito nove éle pê zero cinco

ê éfe oito nove éle pê zero seis

ê éfe oito nove éle pê dois sete

ê éfe oito nove éle pê dois nove

ê éfe oito nove éle pê três um

ê éfe zero oito éle pê um seis

  1. No desenvolvimento da entrevista:
    1. Como percebemos quando é a voz do entrevistador e a voz da entrevistada?
    2. O nome do entrevistador aparece em algum momento? O que isso pode significar?
  2. Onde a entrevista foi publicada? Quem é o público-alvo?
  3. Que linguagem é utilizada na entrevista?
  4. Para responder a uma das perguntas, a entrevistada inicia dizendo: “A gente tem movimentos que vêm de vários lugares.”.
    1. A quem ela se refere ao utilizar “a gente”?
    2. Qual é a intenção dela ao utilizar essa expressão?
    3. Na sequência a esse trecho, há uma marca de oralidade que ajuda a dar encadeamento às ideias expressas no texto. Qual é ela?
  5. Para Rolnik, o que há em comum entre as turmas citadas?
  6. A entrevistada concorda com o entrevistador quando é questionada se “todos esses modelos acabam falando do direito à cidade”? Explique.
    1. Você concorda com Rolnik de que o direito à cidade tem um sentido igualitário e inclusivo? Argumente para defender seu posicionamento.
    2. Na sequência, o que o termo “mas” indica ao leitor?
  7. Na sua opinião, ao afirmar que “a cidade é algo que vai se transformando”, a que Rolnik se refere? Você concorda com ela?
  8. Você concorda que deve haver um processo de políticas públicas do qual todos participem, promovendo a inclusão dos historicamente excluídos no modelo que temos hoje? Por quê?

Para ampliar

O que são Cidades Educadoras? Conexão, Canal Futura. Disponível em: https://oeds.link/LtE2jc Acesso em: 25 maio 2022.

Ilustração. Um livro aberto de capa em azul-claro, folhas brancas e, sobre elas, cidade em miniatura, carros, ônibus em tons de azul, laranja e amarelo. Mais atrás, prédios na vertical. Ao fundo, parte em amarelo.
Respostas e comentários

11.a) Pelo jogo de perguntas e respostas. Graficamente, nesse caso, as perguntas são destacadas em negrito.

11.b) Não. Indica que a entrevista sai em nome da revista, que é a responsável pelo que está sendo veiculado.

12. Na revista de circulação mensal do Sesc. Frequentadores do Sesc, que têm acesso à versão impressa da revista, ou outra pessoa interessada que acesse a versão digital.

13. Uma linguagem clara e objetiva e de acordo com a norma-padrão.

14.a) A ela própria e às várias “turmas”: da segurança alimentar e nutricional, das áreas verdes e da educação.

14.b) Deixar claro que há outras vozes que também pensam como ela e almejam o mesmo objetivo, embora cada um tenha a própria perspectiva.

14.c) O conectivo então.

15. Todas mostram a falência de um modo hegemônico de organizar o território e propõem rever o modelo existente.

16. Ela utiliza um modalizador que indica que não há uma certeza – “não necessariamente” –, introduzindo então seu ponto de vista do que é o direito à cidade.

16.a) Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

16.b) A introdução de um argumento de oposição ao que foi explanado até então.

17. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

18. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

11a. Espera-se que os estudantes, ao realizar a leitura atenta da entrevista, tenham percebido as perguntas destacadas.

12. Estimule-os a buscar a informação observando todos os aspectos que fazem parte do texto apresentado, inclusive a fonte, na qual podem encontrar facilmente as respostas para a pergunta. Aproveite para explicar a importância de sempre colocarmos a referência de onde extraímos alguma citação, trecho ou texto inteiro.

14. Nessa atividade, incentive-os a prestar atenção às deixadas no texto que ajudarão com as respostas; se necessário, peça para que releiam o parágrafo em que está essa oração para que possam estabelecer as referências necessárias. Comente também que todo texto tem uma intencionalidade.

16a. Espera-se que eles possam argumentar utilizando termos como “concordo” e “não concordo”, e justifiquem suas respostas.

16b. Espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar o conectivo de oposição.

17. Espera-se que eles possam relacionar a afirmação às várias mudanças de ampliação, acessibilidade, modernização que acontecem na cidade, levando a essa transformação sócio-histórica e econômica.

18. É importante que os estudantes usem argumentos para defender seus pontos de vista e possam debater com os colegas de fórma respeitosa e ética sobre o que consideram importante nas políticas públicas de direito à cidade.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Selecione uma entrevista para os estudantes observarem e analisarem. Ao exibir a entrevista, oriente-os a observar a dinâmica, a troca de turnos, a mediação do entrevistador, o tema, quem são os participantes, como eles se posicionam e defendem suas ideias, quais são os recursos utilizados para embasar e ilustrar o que está sendo dito. É possível fazer interdisciplinaridade com Geografia e História.
  • Essa análise de entrevista serve como base para a atividade de entrevista para podcast. Por isso, ao discutir com os estudantes o que observaram, liste na lousa as características e a estrutura, lembrando também de listar os elementos não verbais.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê um seis

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um cinco

MÃO NA MASSA! EU, ENTREVISTADOR!

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. A proposta é que, em grupos, vocês organizem e produzam uma entrevista oral, em formato de podcast, que será divulgada na plataforma que escolherem.
  2. No planejamento, comecem pensando no objetivo da entrevista, no tema e quem será o entrevistado (pode ser mais de um), lembrando que deve ser um especialista no tema ou ligado a ele de alguma fórma.
  3. Discutam como será o roteiro de perguntas da entrevista tendo em vista o objetivo e as informações que vocês querem obter do entrevistado.
    1. Façam uma pesquisa prévia sobre o assunto e sobre o entrevistado, para saber como elaborar as perguntas e tecer comentários durante a entrevista, se necessário.
    2. Na elaboração das perguntas, utilizem modalizações e linguagem clara. Vocês podem organizá-las começando pelas mais objetivas e deixando as mais reflexivas para o final, ou então por blocos temáticos.
    3. Elaborem também uma introdução e o encerramento da entrevista.
    4. Combinem previamente quanto tempo durará a entrevista e mantenham-se dentro dele.
  4. Listem os recursos necessários para a entrevista, a edição e a publicação do podcast.
  5. Durante a entrevista, fiquem atentos às trocas de turnos, ao tom e impostação da voz, à clareza, ao ritmo Verifiquem se os equipamentos de gravação estão funcionando. Pensem em um plano B caso haja algum imprevisto.

Avisem ao entrevistado sobre a duração do programa e já pensem em fórmas sutis e educadas de retomar o turno de fala, caso seja necessário.

6. Após a realização, editem a entrevista e preparem o podcast para ser divulgado.

Ilustração. Ao centro, um microfone em cinza-claro, sobre um pequeno pedestal em preto. Na parte superior, da mesma cor, um fone de ouvido. À esquerda, uma mulher sentada, com o corpo para a direita, de cabelos amarrados escuros, de regata branca, calça amarela e sapatos marrons, segurando um celular na mão esquerda. Acima do fone, um garoto sentado, com o corpo para a direita. Ele tem cabelos pretos, com um fone de ouvido branco, de blusa de mangas compridas em verde e calça amarela, com sapatos pretos, segurando um celular na mão esquerda. Na ponta da direita, uma mulher sentada, cabelos castanhos até os ombros, com blusa de mangas compridas, fone de ouvido em branco, calça em verde e sapatos pretos. De frente para ela, mesa branca e dois microfones. Perto do outro, à direita, um homem loiro sentado, de cabelos loiros, de blusa de mangas compridas verdes, calça amarela e sapatos pretos, com fone de ouvido branco sobre a cabeça. Em segundo plano, à direita, um círculo vermelho e símbolo de play, um triângulo branco para a direita.
Respostas e comentários

1 a 4. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Mão na massa! Eu, entrevistador!

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Explique aos estudantes que eles vão produzir uma entrevista. Estimule-os a utilizar todos os conceitos aprendidos anteriormente e solicite a leitura cuidadosa das orientações. O objetivo desta atividade é proporcionar aos estudantes noções introdutórias de práticas de pesquisa, sendo uma delas a entrevista.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. A palavra “entrevista” designa, ao mesmo tempo, uma técnica de coleta de dados e o texto que é produto dessa coleta. Trata-se de um procedimento comum a vários campos de atividade, mas em cada um deles ela responde a objetivos específicos.
  • A entrevista semiestruturada ou por pautas exige a produção de um roteiro de perguntas que pode ser adaptado conforme o andamento da entrevista.
  1. Oriente os estudantes a explicar ao entrevistado o tema e a finalidade da entrevista. Ao concordar em dar a entrevista, o entrevistado deve assinar um termo de consentimento para a realização da entrevista e para a divulgação.
  2. Solicite aos estudantes que sigam os passos e que prestem atenção para não pular as etapas das orientações.
  3. Oriente-os para que, ao listarem os recursos necessários, não peçam nada que não seja possível, para que a entrevista seja efetivada com sucesso.
  4. Oriente os estudantes a realizar um breve ensaio, para que executem as trocas de turno, a entonação e o ritmo necessários antes da execução final. Solicite a eles que verifiquem todos os equipamentos com antecedência.
  5. Apoie os estudantes durante a edição do material e a preparação do podcast. Além disso, oriente-os quanto à divulgação do material.

Finalizadas todas as etapas, pode-se propor uma roda de conversa para avaliar a experiência. Peça aos estudantes que compartilhem com o grupo pontos positivos e pontos a serem melhorados em futuras atividades similares.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero seis

ê éfe seis nove éle pê um zero

ê éfe seis nove éle pê um seis

ê éfe seis nove éle pê três nove

ê éfe oito nove éle pê um três

LÍNGUA E LINGUAGEM

Período composto

Responda às questões no caderno.

1. Releia este parágrafo da entrevista de Raquel Rolnik.

A cidade é um organismo vivo. Forjada por decisões políticas e econômicas, ela está em constante processo de transformação. Ao produzir conflitos e desigualdades, o espaço urbano constitui uma sociedade e seu tempo. Em São Paulo, por exemplo, durante a pandemia da Covid-19, espaços públicos e áreas verdes passaram a ser ainda mais valorizados por alguns estratos da população, a vulnerabilidade a que estão expostos os usuários do transporte coletivo ficou evidente, bem como o quadro de emergência habitacional.

  1. Quantos períodos há nele?
  2. Separe as orações que compõem os períodos identificados.
  3. Do ponto de vista sintático, todas essas orações têm sentido completo?

Quando o período apresenta uma oração, denominada absoluta, ele é chamado de período simples. Nesse caso, a oração é analisada sintaticamente com base nos termos nela presentes. Com relação aos períodos compostos, é preciso analisar as relações sintáticas existentes entre as orações que o formam.

O período composto pode ser classificado em: período composto por coordenação, período composto por subordinação e período composto por coordenação e subordinação. O período composto por coordenação é formado por orações sintaticamente independentes. O período composto por subordinação é formado por orações que desempenham alguma função sintática em relação à outra oração. Já o período composto por coordenação e subordinação é aquele que traz, simultaneamente, orações coordenadas e subordinadas.

  1. Retome o parágrafo da atividade 1.
    1. Como se classificam os períodos correspondentes às duas primeiras frases? Justifique.
    2. Com relação às duas últimas frases do parágrafo, como se classificam os períodos correspondentes a elas? Como você chegou a essa classificação?
Respostas e comentários

1.a) Quatro períodos.

1.b) Ver resposta nas orientações didáticas.

1.c) Não. Algumas delas, por exemplo, “Ao produzir conflitos e desigualdades” e “a que estão expostos os usuários do transporte coletivo”, dependem de outras orações.

2.a) Em ambas as frases, os períodos são simples, pois cada um é composto de uma oração, classificada como absoluta.

2.b) Ver respostas nas orientações didáticas.

Língua e linguagem

Período composto

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre período composto. Coloque as considerações deles na lousa em fórma de tópicos.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Solicite a leitura do trecho primeiro de fórma silenciosa, depois leia em voz alta, convidando a turma a acompanhar, observando as pausas, o respeito às acentuações e pontuações, a entonação, entre outros.

1a. Espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar os períodos presentes no trecho. Caso encontrem dificuldades, relembre-os do que é período.

1b. Período 1: A cidade é um organismo vivo. Período 2: Forjada por decisões políticas e econômicas, ela está em constante processo de transformação. Período 3: Oração 1: Ao produzir conflitos e desigualdades. Oração 2: O espaço urbano constitui uma sociedade e seu tempo. Período 4: Oração 1: Em São Paulo, por exemplo, durante a pandemia da covid-19, espaços públicos e áreas verdes passaram a ser ainda mais valorizados por alguns estratos da população. Oração 2: A vulnerabilidade ficou evidente, bem como o quadro de emergência habitacional. Oração 3: A que estão expostos os usuários do transporte coletivo.

1c. Espera-se que os estudantes sejam capazes de perceber que nem todos os períodos têm sentido completo. Questione-os sobre o que é sentido completo do ponto de vista sintático e, caso seja necessário, retome os conceitos.

Antes da leitura do boxe-conceito, relembre os estudantes de que os períodos podem ser compostos de uma ou mais orações.

2b. O período 3 é composto de subordinação, pois a primeira oração desempenha a função sintática de advérbio em relação à segunda. Já o período 4 é composto de coordenação e subordinação, pois apresenta oração coordenada assindética (“Em São Paulo, por exemplo, durante a pandemia da Covid-19, espaços públicos e áreas verdes passaram a ser ainda mais valorizados por alguns estratos da população”) e oração subordinada com função de adjetivo do termo “vulnerabilidade” (“a que estão expostos os usuários do transporte coletivo”).

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê um um

ê éfe zero oito éle pê um dois

Período composto por coordenação

3. Observem o cartaz a seguir.

Cartaz. Cartaz na horizontal. Ao centro, esfera terrestre, vista da metade para baixo. Acima, cidade composta por casas de paredes em branco, telhado triangular em vermelho, janelas azuis e portas em amarelo. Ao fundo, montanhas em verde. Na parte superior, céu em azul e nuvens em branco. Na parte inferior, texto: CIDADE LINDA CIDADE LIMPA Não jogue lixo na rua. A Cidade também é sua! Na parte superior, à direita, logotipo.

GOVERNO municipal lança Campanha “Cidade Linda Cidade Limpa”. Jornal Bom Dia, maio 2017. Disponível em: https://oeds.link/bzp54D Acesso em: 28 maio 2022.

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Qual é o objetivo desse cartaz?
  2. Expliquem o jogo de palavras presente em “Cidade linda/Cidade limpa”.
  3. Na parte inferior do cartaz, há dois períodos simples. Transforme-os em um período composto por orações coordenadas sem usar conjunção.
  4. Agora, reescreva esse período, introduzindo uma conjunção que transmita a ideia de explicação. Ou seja, a segunda oração deve funcionar como uma justificativa da primeira.

As orações coordenadas podem ser assindéticas (que não são introduzidas por conjunção) e sindéticas (introduzidas por conjunção). As orações sindéticas se classificam de acordo com as relações semânticas estabelecidas pelas conjunções. Desse modo, temos: orações coordenadas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

4. Leiam a tirinha a seguir.

Tirinha. Tirinha composta por dois quadros. Apresenta como personagens, uma senhora loira de cabelos curtos, com camisa e saia verde. Uma mulher loira de cabelos curtos, com colar em pérolas brancas e regata preta. Q1 – À esquerda, uma mesa de cor marrom-escuro, com um computador cinza. A senhora está com a mão direita sobre a cadeira, olhando para a outra mulher, e pergunta: COMO FOI O FIM DE SEMANA COM O ZERO? À direita, a mulher de colar, com folha branca na mão, diz: FOMOS AO CINEMA, TEATRO, SHOW E ELE DORMIU NOS TRÊS. Q2 – A senhora loira, vista da cintura para cima, com o corpo para a direita, de frente para a outra, exclama: QUE CHATO! A mulher sentada, de colar, fala: NÃO LIGO. FOI ELE QUE PAGOU TUDO. WALKER, Mort. Recruta Zero. Estadão, São Paulo, 27 maio 2022.

uólquer mórtchi. Recruta Zero. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 maio 2022. Caderno 2, p. C6.

a. Por que a personagem que faz a pergunta considera que o fim de semana da colega teria sido “chato”?

Respostas e comentários

3.a) Incentivar a população a cuidar da cidade, zelando por sua limpeza.

3.b) O jogo com as palavras “linda” e “limpa” mostra ao público que a beleza da cidade depende da sua limpeza. Em outras palavras, uma cidade limpa é linda.

3.c) Não jogue lixo na rua, a cidade também é sua!

3.d) Possibilidades: Não jogue lixo na rua, pois a cidade também é sua!; Não jogue lixo na rua, que a cidade também é sua!; Não jogue lixo na rua, porque a cidade também é sua!.

4.a) Porque a colega disse que saiu com o namorado e que ele dormiu nos três passeios que fizeram.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3. Solicite aos estudantes que analisem o cartaz, prestem atenção no titulo e no texto secundário; as cores, as imagens

3b. Peça aos estudantes que relacionem o jogo de palavras presente no cartaz. Explique a eles que o jogo de palavras é um recurso para chamar a atenção do leitor.

Após a realização da atividade 3, leia com os estudantes o boxe-conceito e explique com exemplos o que eles acabaram de fazer nas atividades 3c e 3d. Dê outros exemplos que fortaleçam o entendimento e, em seguida, proponha alguma atividade para a fixação do período composto por coordenação. Caso os estudantes ainda apresentem dificuldades, selecione um texto em que possam identificar e classificar as orações coordenadas assindéticas e sindéticas. Isso pode ser feito como tarefa para casa.

4a. Espera-se que eles sejam capazes de compreender que para cada pessoa há uma ideia do que é chato.

  1. Como se classificam as orações presentes na resposta da personagem do primeiro quadrinho?
  2. No último quadrinho, por que a resposta da colega causa humor?
  3. Como ela se sentiria se tivesse pagado os passeios?
  • As orações coordenadas sindéticas aditivas expressam uma ideia de soma ou de adição. Geralmente, são precedidas das conjunções “e”, “nem”, “não só”, “mas” “também”, entre outras.
  • As orações coordenadas sindéticas adversativas expressam uma ideia de contraste ou oposição. Geralmente, são precedidas das conjunções “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”, “no entanto”, entre outras.
  • As orações coordenadas sindéticas alternativas expressam alternância ou escolha. Geralmente, são precedidas das conjunções “ou”, “ou...ou”, “quer...quer”, “seja... seja”
  • As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam uma ideia de conclusão. Geralmente, são precedidas das conjunções “portanto”, “logo”, “então”, “pois” (colocada após o verbo)
  • As orações coordenadas sindéticas explicativas são aquelas que expressam uma ideia de explicação. Geralmente, são precedidas das conjunções “pois” (colocada antes do verbo), “porque” e “que”.

5. Leiam esta outra tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por quatro quadros. Apresenta como personagens: Calvin do presente: menino de cabelos arrepiados, camiseta listrada em branco e preto, bermuda escura. Calvin do passado, de par de óculos na cabeça, camiseta listrada na horizontal em branco e preto. Calvin do futuro, de par de óculos na cabeça e de camiseta com bolinhas. Q1 – À esquerda, dentro de uma caixa, sobrevoando de frente, com Calvin do futuro e do passado, com o par de óculos de aviação no rosto. Um deles diz: ARRÁ! CHEGAMOS ÀS 19:30h! À direita, Calvin do presente, deitado sobre a cama, de boca e olhos bem abertos, com livro nas mãos, diz: CARACA! MEU PASSADO E MEU FUTURO! Q2 – As três versões de Calvin, da esquerda para a direita: Calvin do futuro, com os óculos sobre a cabeça, caminhando para a direita, diz: LARGA ESSE GIBI E FAZ O NOSSO DEVER DE CASA! Mais à direita, Calvin do passado, com os óculos sobre a cabeça, empurrando o Calvin do presente, diz: É ISSO AÍ, SEU PREGUIÇOSO! O Calvin do presente sendo empurrado com olhos e boca bem abertos, fala: EI! Q3 – À esquerda, Calvin do presente com o corpo para a direita, com o braço direito para frente, com os olhos e boca abertos, fala: POR QUE EU TENHO QUE FAZER O DEVER? QUALQUER UM DOS DOIS PODERIA FAZÊ-LO! À direita, Calvin do passado, de olhos fechados, braços cruzados, diz: MAS EU NÃO FIZ QUANDO ERAM 18:30h E AGORA SÃO 19:30h. À direita, Calvin do futuro, fala: E ÀS 20:30h SERÁ TARDE DEMAIS. VOCÊ É A ÚLTIMA CHANCE. Q4 – À esquerda, o Calvin do passado, com o corpo para a direita, pergunta: E AÍ? VAI COMEÇAR A ESCREVER OU NÓS VAMOS TER QUE TE BATER? À frente dele, Calvin do presente, com a língua para fora, fala: PODEM BATER A VONTADE! QUEM VAI SE MACHUCAR É O CALVIN DO FUTURO! À frente deles, Calvin do futuro com os olhos e boca bem abertos, diz: EI!

, Bill. O melhor de Calvin. Estadão, São Paulo, 28 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/kvdFlu Acesso em: 28 maio 2022.

a. Por que Calvin fica surpreso no primeiro quadrinho?

Respostas e comentários

4.b) “Fomos ao cinema, teatro, show” – oração coordenada assindética. “E ele dormiu nos três” – oração coordenada sindética aditiva.

4.c) Porque, embora o namorado tenha dormido nos passeios, ela não se importou com isso, pois não gastou nada.

4.d) Nesse caso, provavelmente ela não teria gostado da atitude do namorado. Podemos inferir isso pela fala da própria personagem.

5.a) Porque ele vê, diante de si, seu passado e seu futuro.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

4b. Espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar e classificar a oração coordenada sindética aditiva, presente na tirinha. Caso encontrem dificuldades, retome os conceitos.

4c. Os estudantes devem identificar o humor presente na tira. Estimule-os a entender o conceito de humor em tiras e charges.

4d. Espera-se que os estudantes compreendam que, se o personagem tivesse pago pelo passeio, a atitude dele em relação ao namorado mudaria. Faça-os notar que a resposta desta atividade ajuda a entender o humor da tira.

5a. Espera-se que, com a leitura atenta da tira, os estudantes sejam capazes de identificar que o personagem Calvin está diante do seu passado e futuro. Chame a atenção para como foi escrita a hora no primeiro balão. Diga que, em português, utiliza-se 19h30.mil novecentos e trinta reais Explique a eles que se usa as fórmas abreviadas: agá (horas), ême ih êne (minutos) e ésse (segundos). Diga que nas abreviações não há s indicando plural, ponto-final, dois-pontos ou mesmo espaço. O agá também deve ser minúsculo.

  • Comente com os estudantes os recursos cinéticos utilizados, os balões de fala, as expressões faciais dos personagens e como esses elementos contribuem para o entendimento da tirinha.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Após a realização de todas as atividades, como tarefa para casa, peça aos estudantes que procurem em jornais e revistas as orações coordenadas sindéticas explicadas no boxe-conceito. Diga que podem fazer essa atividade em duplas ou trios para que discutam e um possa ajudar ao outro. Se a turma for muito numerosa, proponha que o trabalho seja feito em grupos.
  • Combine com eles qual será o formato de entrega e correção da atividade para que todos possam participar e aprender com o trabalho dos outros.
  • Ao final, você pode propor que eles façam um jogo de desafio com as orações encontradas. Cada oração deve ficar em um cartão e ser selecionada por um mediador e atribuída a um grupo para respondê-la. A ordem de resposta dos grupos deve ser sorteada para que todos tenham as mesmas chances. Se o grupo acertar a classificação da oração, ganha 1 ponto; se errar, a mesma oração é atribuída ao próximo grupo e assim por diante. Vence quem tiver mais pontos!

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê um um

ê éfe zero oito éle pê um dois

  1. No segundo quadrinho, o Calvin do futuro utiliza um período composto por coordenação. Como se classifica a oração coordenada sindética desse período?
  2. Após ouvir as ordens, o Calvin do presente se recusa a cumpri-las. Por qual razão?
  3. Para responder ao questionamento do Calvin do presente, seus outros “eus” empregam orações coordenadas. Classifiquem essas orações, explicando as relações de sentido estabelecidas entre elas.
  4. No último quadrinho, por que a resposta de Calvin causa humor?
  5. Reescrevam as duas orações presentes nessa resposta de Calvin, unindo-as por uma conjunção que transmita a ideia que não está explícita na fala da personagem.

6. Leiam o trecho de uma reportagem.

Dinossauro gigante, com 10 metros de altura, é atração em shopping de São Paulo

reticências

Já faz milhões de anos desde que os dinossauros deixaram de habitar a Terra, a fissura por essas criaturas pré-históricas segue firme e forte, com atrações novas e temáticas surgindo constantemente. Depois de São Paulo ter um safári de dinos-robôs e de ver a abertura de uma hamburgueria temática de “Jurassic Park, chega agora à capital o T-Rex Park, uma espécie de parque de diversões sobre esses animais do passado.

reticências

Quem não quiser se arriscar a enfrentar as possíveis filas do período de inauguração pode aguardar um pouco. A atração não tem data para sair do shopping deve ficar permanentemente no local. A entrada é gratuita, cada atração é paga separadamente.

LUIS, Guilherme. Dinossauro gigante, com 10 metros de altura, é atração em shopping de São Paulo. Folha de São Paulo, Guia Folha, 19 outubro 2021. Disponível em: https://oeds.link/uDWpoQ Acesso em: 1º junho 2022.

  1. No caderno, reescrevam o trecho inserindo as conjunções coordenativas que foram propositalmente retiradas do texto.
  2. Qual é o objetivo dessa matéria?
Respostas e comentários

5.b) Classifica-se como oração coordenada aditiva.

5.c) Segundo o garoto, porque qualquer um dos dois poderia ter feito o dever de casa.

5.d) Ver respostas nas orientações didáticas.

5.e) Porque, caso os outros “eus” batessem nele, quem sentiria a dor posteriormente seria o eu do futuro, que era um dos que o estavam ameaçando.

5.f) “Podem bater à vontade, pois quem vai se machucar é o Calvin do futuro” ou “Podem bater à vontade, porque quem vai se machucar é o Calvin do futuro”. Embora não esteja explícita, é possível inferir que ele dá uma justificativa para o fato de não se preocupar com a ameaça dos outros “Calvins”.

6.a) Ver resposta nas orientações didáticas.

6.b) Informar ao público a inauguração do T-Rex Park, uma espécie de parque de diversões inspirado nos dinossauros.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

5d. O Calvin do passado inicialmente diz: “Mas eu não fiz quando eram 18h30”, ou seja, ele utiliza uma oração coordenada adversativa, estabelecendo uma oposição ao que foi dito antes. Em seguida, ele adiciona outra informação “e agora são 19h30”, ou seja, utiliza uma oração coordenada aditiva. Já o Calvin do passado faz um novo acréscimo, no caso: “E às 20h30dois mil trinta reais será tarde demais”, ou seja, utiliza mais uma oração coordenada aditiva.

5f. Espera-se que eles sejam capazes de formular orações coordenadas sindéticas. Caso haja dificuldades, retome os conceitos de oração coordenada sindética com os estudantes.

6a. Já faz milhões de anos desde que os dinossauros deixaram de habitar a Terra, mas a fissura por essas criaturas pré-históricas segue firme e forte, com atrações novas e temáticas surgindo constantemente. Depois de São Paulo ter um safári de dinos-robôs e de ver a abertura de uma hamburgueria temática de “Jurassic Park”, chega agora à capital o T-Rex Park, uma espécie de parque de diversões sobre esses animais do passado.

reticências

Quem não quiser se arriscar a enfrentar as possíveis filas do período de inauguração pode aguardar um pouco. A atração não tem data para sair do shopping e deve ficar permanentemente no local. A entrada é gratuita, mas cada atração é paga separadamente.

Período composto por subordinação

7. Leia este trecho de uma notícia.

Salvador ganha árvore de Natal sustentável com 27 mil garrafas pet

A Prefeitura entregou à população, na noite desta terça-feira (23), uma mega árvore de Natal Sustentável com 22 metros de altura e construída com 27 mil garrafas pet, na Praça Thomé de Souza, em frente ao Elevador Lacerda. reticências

A obra de arte superou a árvore montada na primeira edição do Natal Sustentável, realizada em 2019, no qual a árvore foi confeccionada com 21 metros de altura e vinte e duas mil garrafas pet. A expectativa é que Salvador pode conquistar mais uma vez o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país, concedido pelo Rank Brasil – sistema de homologação de recordes brasileiro que atua desde 1999.

O prefeito ressaltou que a árvore sustentável chama a atenção das pessoas para dois elementos importantes: a esperança e a importância da preservação do meio ambiente. “Nesse período em que estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas, essa iniciativa alerta a população para a necessidade de cuidar do planeta e, claro, transformar um material que seria jogado no lixo em uma bela obra como essa, dentro do clima de renovação que o Natal traz”, disse Bruno Reis.

reticências

Fotografia. Vista geral de local, de solo em cinza, com uma árvore de Natal feita de garrafas pet à esquerda, em formato triangular. Na parte superior, uma estrela em verde. À frente dela, letras escrito 'Salvador'. Em segundo plano, cidade e, à esquerda, prédio de cor bege-claro. No alto, céu noturno em preto.
A árvore de Natal sustentável de Salvador tem 22 metros de altura e foi construída com 27 mil garrafas pet.

SALVADOR ganha árvore de Natal sustentável com 27 mil garrafas pet. Prefeitura de Salvador, Limpurb, 23 novembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/FM2jRv. Acesso em: 25 abr. 2023.

  1. Qual é o objetivo da notícia?
  2. De acordo com o texto, a cidade de Salvador já ganhou o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país. Que expressão nos permite depreender essa informação?
  3. Segundo o prefeito da cidade, por que a construção da árvore sustentável é importante no atual momento em que vivemos?
Respostas e comentários

7.a) Informar ao público que a cidade de Salvador ganhou uma árvore confeccionada com 27 mil garrafas plásticas.

7.b) A expressão “mais uma vez”, na frase “A expectativa é que Salvador pode conquistar mais uma vez o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país”.

7.c) Porque ela alerta para a necessidade de cuidar do planeta, bem como de transformar em arte materiais que seriam descartados, uma vez que estamos vivenciando os efeitos das mudanças climáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Solicite aos estudantes a leitura atenta da notícia, primeiro de fórma silenciosa. Em seguida, solicite uma leitura compartilhada com pausas em trechos estratégicos para explicação.

Chame a atenção para a imagem e a legenda. Pergunte se elas complementam o texto ou não. Em seguida, faça algumas perguntas para ajudar os estudantes com a compreensão textual. Leve-os a formular hipóteses desde a manchete e a observar o tempo verbal utilizado e a informação da quantidade de garrafas pet. Qual a intenção do autor ao fazer isso? Como o autor se refere à árvore: árvore de Natal sustentável, obra de arte

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê um um

ê éfe zero oito éle pê um dois

8. Releia este trecho da notícia.

A expectativa é que Salvador pode conquistar mais uma vez o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país, concedido pelo Rank Brasil – sistema de homologação de recordes brasileiro que atua desde 1999.

  1. Quantas orações há nele?
  2. Do ponto de vista sintático, essas orações são dependentes ou independentes?
  3. Quais são as funções sintáticas desempenhadas pela segunda e pela terceira oração?

9. Na oração “O prefeito ressaltou que a árvore sustentável chama a atenção das pessoas para dois elementos importantes: a esperança e a importância da preservação do meio ambiente”, qual é a função sintática desempenhada pela oração em destaque?

Um período composto por subordinação é formado por uma oração principal e uma ou mais orações subordinadas. As orações subordinadas são aquelas que exercem alguma função sintática em relação à outra oração. Já a oração principal é aquela que tem algum termo representado por uma oração subordinada.

10. Leia esta tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por dois quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos azuis, de camiseta laranja e bermuda em vermelho. Pai de Armandinho, homem visto da cintura para baixo, de calça cinza e sapatos em cinza-escuro. Mãe de Armandinho, mulher vista da cintura para baixo, de calça em cinza-claro e sapatos azuis. Sapinho verde, de olhos e boca em preto. Q1 – À esquerda, pai de Armandinho, com o corpo para a direita, diz: ELE NÃO PRESTA ATENÇÃO NO QUE A GENTE FALA. Mãe de Armandinho fala: PACIÊNCIA... LOGO ELE PASSA ESSA FASE... Armandinho, que está fora do quadrado, diz: DUVIDO MUITO... Q2 – À esquerda, Armandinho sentado sobre um puf em rosa, com um controle cinza nas mãos, conectado ao videogame em azul e, atrás, televisão em cinza. Armandinho sentado, fala: AINDA NEM DESCOBRI COMO ENTRAR NO CASTELO! Perto dele, o sapinho olha para a direita, em direção à televisão.

BECK, Alexandre. Armandinho. Folha de São Paulo, 27 fevereiro 2016. Disponível em: https://oeds.link/RSBYDH Acesso em: 28 maio 2022.

  1. Sobre o que conversavam os pais de Armandinho?
  2. No primeiro quadrinho, a fala do pai apresenta uma oração subordinada. Qual é essa oração e que função desempenha?
  3. A resposta do menino confirma a afirmação do pai? Por quê?
  4. No último quadrinho, a fala de Armandinho é representada por um período composto por subordinação. No caderno, divida esse período, indique as orações nele presentes e, em seguida, informe a função sintática desempenhada pela oração subordinada.
Respostas e comentários

8.a) Há três orações: “A expectativa é”; “Salvador pode conquistar mais uma vez o título de maior árvore de Natal feita com material reciclado no país, concedido pelo Rank Brasil – sistema de homologação de recordes brasileiro”; “que atua desde 1999”.

8.b) São dependentes sintaticamente.

8.c) A segunda oração funciona como predicativo do sujeito da primeira oração. Já a terceira oração funciona como um adjetivo, que adiciona uma característica relacionada ao Rank Brasil.

9. A função é de objeto direto, pois a oração complementa o verbo “ressaltou”, que é transitivo direto.

10.a) Sobre o fato de o garoto não prestar atenção ao que os pais falam.

10.b) A oração é “no que a gente fala”. Ela funciona como um complemento nominal do substantivo abstrato “atenção”.

10.c) Sim, pois o garoto se concentra apenas na fala da mãe: “Logo ele passa essa fase”, interpretando-a como se estivesse relacionada ao jogo. É justamente nessa interpretação que reside o humor da tirinha.

10.d) “Ainda nem descobri” (oração principal) “como entrar no castelo” (oração subordinada). Considerando o verbo presente na oração principal – transitivo direto –, a oração subordinada funciona como objeto direto, complementando o sentido do verbo em questão.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Após a leitura do boxe-conceito, esclareça que, no processo de subordinação, não existe uma oração mais importante que a outra. Ressalte que se trata de orações interdependentes, todas necessárias à construção de sentidos do texto.

8c e 9. O objetivo é levar os estudantes a perceber as funções sintáticas que uma oração subordinada pode exercer em um período composto. Neste momento, não focalizamos a nomenclatura propriamente dita, pois as orações subordinadas serão trabalhadas especificamente no 9º ano.

10c. Esta é uma atividade que demanda a retomada da leitura da tirinha para compreensão. Oriente a turma a reler e justificar suas respostas. Espera-se que digam que pai e filho falam de assuntos diferentes.

VOCÊ É O AUTOR!

Artigo de opinião

Em artigos de opinião, encontramos questões polêmicas para a sociedade e sobre as quais é importante que a participação dessa mesma sociedade nas discussões seja crítica. Ao conhecermos o que o outro pensa, sua opinião, podemos rever valores, aceitá-los ou não, ou mesmo recusá-los.

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Proposta: em grupos, vocês vão escrever um artigo de opinião para ser publicado em um jornal digital da turma.
    1. Tema: “O que está por trás das fake news”.
    2. Público-alvo: jovens e adultos da comunidade escolar.
    3. Circulação: jornal digital da turma.
  2. Planejamento: como os artigos de todos os grupos serão publicados no jornal digital, é necessário um recorte do tema para que haja variações.
    1. Coletivamente, façam um brainstorming para ver quais ideias de recortes surgem. Anotem todas, não descartem nenhuma.
    2. Com a ajuda do professor, reúnam as anotações na lousa, agrupando-as por semelhanças.
    3. Cada grupo deve selecionar um recorte para, a partir daí, elaborar seu artigo de opinião.
  3. Pesquisem: consultem revistas, jornais, sites e livros para compreenderem melhor o assunto. Ao fazerem as consultas, chequem os fatos e verifiquem a qualidade das informações.

Na pesquisa bibliográfica, vocês vão coletar os dados, selecionar as informações que interessam e organizá-las, em formato de fichas de leitura, para usar no artigo de opinião.

Lembrem-se de anotar as fontes consultadas.

a. Selecionem as informações que podem ser utilizadas e destaquem as partes que considerarem úteis para o desenvolvimento das argumentações, como dados estatísticos, falas de especialistas e exemplos.

Respostas e comentários

1 a 5. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Você é o autor!

Artigo de opinião

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Esta seção permite explorar o Tema Contemporâneo Transversal Ciência e tecnologia, já que o estudante precisará realizar pesquisas para escrever um artigo de opinião sobre fake news e em seguida compartilhar num meio digital.
  • Comente com os estudantes todas as etapas da produção do artigo de opinião. Oriente-os sobre como devem ser coletados os dados estatísticos, as falas de especialistas e exemplos. Lembre-os de anotar as fontes consultadas.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Reúna os estudantes em grupos. Oriente-os a formar equipes de trabalho colaborativo.

1a. A temática está definida; proponha aos estudantes que nos grupos formados decidam os pontos que serão abordados.

1b. Comente que saber o público-alvo ajuda a definir qual a linguagem a ser utilizada.

2. Disponha os estudantes em uma roda de conversa para falar sobre o planejamento. Ajude os grupos a fazer o recorte para evitar repetições.

2a. Brainstorming é uma técnica para o compartilhamento de ideias, como uma tempestade de ideias, soluções. Explique esse conceito para os estudantes.

2b. Anote todas as considerações e ideias na lousa.

3. Oriente-os durante a pesquisa para que consultem sites confiáveis e de informação de credibilidade. Estimule o uso de dados, exemplos e citações.

3a. Estimule-os a estruturar os argumentos e a anotar as fontes utilizadas. Oriente-os a fazer fichas de leitura para que possam saber de que cada livro, artigo trata e quais as informações que podem ser úteis para o artigo de opinião. Nas fichas, os estudantes devem anotar, no cabeçalho, o nome da obra, o nome do autor, a editora, o ano de publicação.

  • Caso façam alguma citação direta, oriente-os a anotar o número da página para poder identificar de onde a informação foi retirada.
  • As fichas de leitura irão ajudá-los a organizar o material selecionado durante a leitura.

Habilidades BNCC

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b. Conversem sobre as informações coletadas e reflitam sobre qual será a tese de vocês.

Ilustração. Oito jovens, vistos da cintura para cima, meninas e meninos, loiros, negros e com roupas de cores diferentes. Todos estão com os olhos fechados e sorrindo.
  1. Façam um esboço dos argumentos que vocês podem usar a favor da tese, para sustentá-la, e os que podem ser usados contra.

4. Elaboração: para fazer o esboço, pensem na estrutura do artigo de opinião. Em uma folha à parte, elaborem um quadro como o sugerido.

Ícone. Modelo.

Introdução

Contextualização

Apresentação da tese

Desenvolvimento

Apresentação de argumentos a favor

Apresentação de argumentos contra

Conclusão

  1. Pensem na ordem em que os argumentos serão apresentados, os movimentos argumentativos que serão utilizados, os modalizadores e os operadores argumentativos.
  2. Criem um título que chame a atenção do leitor e que seja coerente com o texto produzido.
  1. Revisão, edição e publicação: troquem o artigo com outro grupo para revisar. Utilizem a pauta de revisão.
    1. Façam os ajustes necessários antes de digitar o artigo de opinião utilizando um processador e editor de texto.
    2. Com a ajuda do professor, construam o jornal digital da turma para ser publicado na plataforma que vocês escolherem.
Respostas e comentários

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3b. Pergunte aos estudantes: Qual posicionamento o grupo adotará em relação à questão polêmica abordada no texto?

3c. Oriente os estudantes a fazer esboços do que irão utilizar a favor ou contra a tese apresentada.

4. Após o esboço dos argumentos, explique como utilizar o modelo de estrutura do artigo de opinião de acordo com o que já selecionaram e escreveram. Diga que essa é apenas uma sugestão para que eles tenham ideia de como escrever e que cada item corresponde a um parágrafo (contextualização, apresentação da tese ), mas podem haver mais. Observe com eles que, no desenvolvimento, por exemplo, há apenas dois "parágrafos" para a apresentação dos argumentos a favor ou contra, no entanto eles podem acrescentar outros.

4a. Peça para que organizem a ordem que os argumentos serão utilizados no texto. Estimule a utilização dos modalizadores e operadores argumentativos para que o artigo tenha progressão e continuidade.

4b. Estimule a criatividade deles em relação ao título do artigo de opinião.

5. Oriente os estudantes na troca dos artigos entre os grupos. Peça uma leitura atenta e minuciosa para a revisão e ajude-os a atualizar a pauta de revisão com os conteúdos novos e o gênero textual em questão.

5a. Oriente os estudantes para a revisão: peça a eles que leiam novamente o artigo e façam os ajustes antes da digitação no processador e editor de texto.

5b. Para a organização do jornal, decida junto à turma qual será a plataforma escolhida para a publicação. Caso não seja possível a publicação on-line, realize todos os passos, mas em versão impressa.

Para observar e avaliar

Acompanhe todo o processo de produção do jornal e verifique as escolhas dos estudantes: a seleção dos temas, dos argumentos do texto, do título e dos recursos linguísticos e gramaticais.

Aproveite a oportunidade para avaliar as habilidades desenvolvidas na produção escrita e no trabalho em equipe.

A produção de texto no processo de aprendizagem é um momento importante, já que é a hora de avaliar o que cada estudante aprendeu do conteúdo estudado.

ORALIDADE

Debate

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, o que é um debate? Explique.
  2. Você já participou de um debate ou assistiu a algum? Se sim, comente.
  3. Como você acha que um debate é organizado (quem participa, como é a participação )? Explique.
Ilustração. Duas pessoas em pé, de frente para um púlpito roxo, com dois microfones finos. À esquerda, um homem de cabelos e calça em azul, com blusa de mangas compridas em amarelo. À direita, mulher de cabelos longos e calça em azul, blusa de mangas compridas em rosa. Acima deles, dois balões de fala, um rosa sobre o homem e um em laranja com raio branco sobre a mulher. Ao fundo, à esquerda, folhas na vertical em tom de azul-claro.

O debate, gênero textual oral, é uma fórma de contrapor ideias, ou seja, pessoas com pontos de vista diferentes se reúnem para discutir um tema, apresentando suas ideias e defendendo-as com argumentos válidos e capazes de convencer os demais participantes, ou usando contra-argumentos que possam invalidar ideias diferentes.

  1. Geralmente, onde você acha que acontecem os debates?
  2. Proposta: você e os colegas vão se preparar para um debate, a ser realizado em grupos.

Há mais de um tipo de debate, desde o mais informal no dia a dia, como aquela discussão entre amigos sobre o futebol, até os mais formais, como os debates políticos em época de eleições. Em todos os debates, deve haver turnos de fala, ou seja, cada debatedor tem um tempo para expor suas ideias e ser ouvido.

  1. Planejamento.
    1. Continuem com o tema “O que está por trás das fake news” e formulem sobre ele duas ou três questões para que cada grupo possa refletir e propor soluções.
    2. Pensem quem fará parte do auditório (ou plateia), se haverá direito a perguntas e quanto tempo cada grupo terá para debater.
    3. De acordo com o número de grupos, definam qual questão cada grupo irá debater. Procurem dispor os grupos de modo que haja pontos de vista diferentes para promover a discussão.
Respostas e comentários

1 a 4. Respostas pessoais.

1. Espera-se que os estudantes respondam que é um confronto de ideias que os participantes tentam defender a partir de argumentos que sustentam seus pontos de vista e de contra-argumentos que “quebrem” os argumentos dos demais debatedores, mas de fórma ética e respeitosa.

2. Espera-se que os estudantes possam mencionar algum debate, como os políticos, ou algum outro sobre questões polêmicas que tenham acontecido na região, no país ou mesmo internacionalmente.

3. Espera-se que os estudantes tenham noção de que é necessário ter pelo menos dois participantes e um mediador.

4. Espera-se que os estudantes respondam que acontecem em vários locais, como na televisão, na escola, em associações de moradores

Oralidade

Debate

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Pergunte aos estudantes como deve ser realizado um debate, qual sua finalidade e suas regras.
  • A situação de debate estimula o estudante a desenvolver sua capacidade argumentativa, aprofundar conhecimentos e perceber valores e normas de interação social. Durante o debate, os debatedores devem levar em conta o ponto de vista dos demais debatedores ou da plateia, quando esta se manifesta, tendo o debate como um espaço aberto para o diálogo e o "ser debatedor" como alguém que escuta o outro e entende como é importante a flexibilização de pensamento e que há pluralidade de opiniões, por isso a ética e o respeito devem ser sempre preservados.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

5. Oriente-os a como utilizar os argumentos, os tipos de argumentos que podem elaborar, deixar alguns contra-argumentos previamente preparados e como fazer os movimentos de argumentação. Lembre-os também de usar os operadores argumentativos e os modalizadores.

Habilidades BNCC

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  1. Indiquem quem será o mediador de cada turno de debate e se ele apenas organizará as participações ou também poderá fazer perguntas.
  2. Pensem em quais serão as regras para o debate, por exemplo, quanto tempo cada debatedor terá para se posicionar, para a réplica Também acordem regras de conduta para que o debate siga de fórma ética e com respeito.
  1. Elaboração dos argumentos.
    1. Em grupos, utilizem as informações levantadas na pesquisa para o artigo de opinião a fim de formular os argumentos que possam ser usados para sustentar o posicionamento que será defendido, pensando nas estratégias de convencimento.
    2. Definam quem serão os debatedores (se todos do grupo ou apenas alguns representantes).
  2. Realização do debate.
    1. Respeitem os turnos de fala e o tempo de cada debatedor para expor a opinião do grupo e os argumentos.
    2. Sigam as orientações do mediador, que é o responsável por conduzir o debate.
    3. Apresentem seus argumentos e contra-argumentos com clareza, observando a coesão e a coerência textual e usando expressões e operadores argumentativos adequados para produzir o efeito de sentido desejado.
    4. Levem anotações para consultas rápidas durante o debate, se for necessário.
    5. Durante o debate, lembrem-se de que não apenas a linguagem verbal conta: postura, gestos e expressões faciais também fazem parte da argumentação, uma vez que se debaterá oralmente. Cuidem tanto da linguagem verbal quanto da não verbal para transmitir a mensagem.
    6. Pensem no local de circulação do debate e a quem se destina, para poder usar a linguagem mais adequada à situação.
  3. Ao final, façam uma avaliação coletiva da experiência.
Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Para o Planejamento, faça uma roda para conversar com eles e orientar cada item de acordo com as necessidades da turma, salientando alguns pontos que podem ser importantes para o debate, como a seleção dos argumentos e dos contra-argumentos; como estabelecer as regras (quanto tempo cada participante terá na sua vez, se haverá réplica e tréplica, como o mediador fará as intervenções necessárias ). Converse com eles sobre respeito e ética e sobre a base do debate que é ter mente aberta para o diálogo.
  2. Na Elaboração dos argumentos, relembre com eles o que aprenderam a respeito dos recursos de persuasão e argumentação, os operadores argumentativos e a fôrça dos argumentos, os movimentos argumentativos e os tipos de argumentação. Oriente-os a como organizar os argumentos de fórma a que possam realizar uma consulta rápida para lembrar de algum detalhe, se for preciso.
  3. No Debate, oriente-os a prestar atenção na tese e nos argumentos utilizados pelos outros grupos, bem como nos movimentos argumentativos para poderem utilizar os contra-argumentos.

EU APRENDI!

Leia o texto para responder às atividades de 1 a 12 no caderno.

Compro, logo existo...

Relacionar-se bem com o consumidor é questão de sobrevivência

Se no século dezessete, Renê Decarte cunhou a célebre frase “Penso, logo existo”, a versão popular e revista dessa famosa frase seria hoje “Compro, logo existo”. Usufruir de bens e serviços e pagar por eles faz parte de nossa vida cotidiana. reticências

Sessenta anos depois, evoluímos muito em nossas relações de consumo. Bem ou mal, já temos em nosso repertório de cidadania os direitos relativos à qualidade dos bens e serviços, à proteção da saúde e segurança física, à educação para o consumo, à proteção dos interesses econômicos, à proteção jurídica, entre muitos outros. reticências

Sim, ainda somos ludibriadosglossário por promessas fraudulentasglossário , bem como atraídos e seduzidos por propagandas enganosas, mas também adquirimos autonomia, independência e autoridade de escolha. Em 2021, por exemplo, o portal Reclame da Proteste recebeu 3 milhões de visitas e registrou mais de 33 mil reclamações por motivos variados, tais como cobranças indevidas, falhas na prestação de serviços e problemas com a entrega de produtos. Por outro lado, o índice de resposta das empresas mais reclamadas ficou acima de 80%. reticências

A balança já está mais equilibrada. As empresas mais maduras entendem que o seu melhor canal de marketingglossário é o consumidor satisfeito. reticências Relacionar-se bem com um consumidor é uma questão de sobrevivência. Percebemos um empenho crescente do mercado em fazer uma entrega de qualidade. O esforço é para que tudo corra bem, que a experiência seja fluida e prazerosa. Mas, como em qualquer relação, podem ocorrer problemas e ser eficiente em resolvê-los é fundamental para gerar a fidelidade e o engajamento com a marca. reticências

Fotografia. Vista do alto de local com fundo em branco e um carrinho de compra com o contorno da sua forma feito com pessoas em pé. Ao redor, outras pessoas esparsas em pé.
No Brasil, os direitos dos consumidores foram consolidados em 1990, com o Código de Defesa do Consumidor.

ZACHARIAS, Fábio P. Compro, logo existo… O tempo, Opinião, 18 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/yU2ePp Acesso em: 28 maio 2022.

Respostas e comentários

Eu aprendi!

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Pergunte aos estudantes se eles lembram de algo ao ler o título "Compro, logo existo...", antevendo a intertextualidade proposta com a frase de Decárte, que é logo explicada na introdução do texto.
  • Pergunte se eles sabem quem foi René Decárte e como era a sociedade do século dezessete. Ouça as respostas e, se necessário, proponha uma pesquisa para que eles possam compreender a frase e o emprego dela em um texto do século vinte e um. Leve-os a refletir sobre isso.
  • Questione-os o que é relacionar-se bem com o consumidor e qual é a intenção disso (completada com "é questão de sobrevivência").
  • Continue a leitura do texto fazendo questionamentos que levem os estudantes a fazer inferências implícitas e explícitas para alcançar a compreensão leitora. Pergunte quais são os argumentos utilizados no texto que mais chamam a atenção deles e por quê.
  • Converse com eles sobre a imagem e a legenda e o que elas trazem de complemento ao texto. Aproveite para abordar o Código de Defesa do Consumidor e por que ele foi elaborado. Questione-os se ele é sempre respeitado ou não.

Habilidades BNCC

ê éfe oito nove éle pê um quatro

ê éfe oito nove éle pê um seis

ê éfe oito nove éle pê dois três

ê éfe zero oito éle pê zero oito

ê éfe zero oito éle pê um um

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  1. Qual é o tema e a tese do artigo lido?
  2. O tema do artigo é relevante para a sociedade?
  3. No primeiro parágrafo, que corresponde à introdução, de que maneira o autor contextualiza a questão a ser abordada?
  4. No segundo parágrafo, o autor se vale de um argumento de sustentação, de refutação ou de negociação, no que se refere à tese defendida? Justifique sua resposta.
  5. Ainda no segundo parágrafo, o articulista lança mão de um modalizador epistêmico. Qual é esse modalizador e o que ele indica?
  6. No terceiro parágrafo, podemos dizer que o autor introduz um argumento de negociação? Por quê? Que expressão ele utilizou para introduzir esse argumento?
  7. Nesse mesmo parágrafo, de que tipo de provas o autor se vale para sustentar seus argumentos? Podemos dizer que essa estratégia é convincente? Por quê?
  8. Na conclusão do artigo, o articulista se mostra otimista ou pessimista sobre a relação entre as empresas? Identifique no texto um trecho que comprove sua resposta.
  9. Na oração “Compro, logo existo”, como se classifica a conjunção em destaque?
Versão adaptada acessível

Atividade 9

Na oração “Compro, logo existo”, como se classifica a conjunção “logo”?

10. Considere a seguinte oração: “Sim, ainda somos ludibriados por promessas fraudulentas”. Em que voz ela está?

Como se classifica a expressão em destaque? Qual é sua função?

  1. Agora, observe este período: “As empresas mais maduras entendem que o seu melhor canal de marketing é o consumidor satisfeito”.
    1. Considerando as relações estabelecidas entre as orações, o período é composto por coordenação ou por subordinação?
    2. Qual é a função sintática da segunda oração do período?
  2. Elabore um esquema com os gêneros textuais estudados nesta unidade, identificando as principais características de cada um.
Respostas e comentários

1. O tema polêmico é a questão do consumo na nossa vida cotidiana. A tese defendida pelo autor é a de que, para sobreviver, as empresas precisam saber se comunicar com o consumidor.

2. A questão do consumo é relevante, uma vez que todas as pessoas, de uma fórma ou de outra, consomem bens, produtos ou serviços.

3. Ele faz uma comparação com a famosa frase de Decárte: “Penso, logo existo”. No entanto, considerando a importância do consumo na sociedade contemporânea, ele faz uma releitura da frase, trocando a fórma verbal “penso” pela fórma verbal “compro”.

4. No caso, ele apresenta um argumento de sustentação, mostrando que, efetivamente, as relações com o consumidor melhoraram ao longo dos anos. Para comprovar isso, ele cita algumas conquistas, que respaldam o consumidor.

5. O modalizador é “Bem ou mal”. No caso, esse modalizador (uma expressão composta de dois advérbios de modo) expressa que os avanços são consideráveis, porém ainda há o que melhorar na relação com o consumidor.

6. Sim, pois inicialmente ele assume o fato de que as pessoas são enganadas por algumas empresas e, em seguida, apresenta dados que confirmam isso. Posteriormente, apresenta outros dados que mostram que o índice de resposta das empresas reclamadas ficou acima de 80%, ou seja, um patamar de mercado desenvolvido. Ele começou o argumento com a expressão “por outro lado”.

7. O autor se vale de dados extraídos do Portal Reclame da Proteste. Sim, essa estratégia é convincente, pois os números têm grande poder de persuasão.

8. Ver resposta nas orientações didáticas.

9. Conjunção coordenativa conclusiva.

10. Na voz passiva analítica.

10.• Classifica-se como agente da passiva. Sua função é indicar quem pratica a ação sofrida pelo sujeito.

11.a) O período é composto por subordinação, pois apresenta orações dependentes sintaticamente.

11.b) A oração em questão funciona como objeto direto da oração principal, ou seja, complementa o verbo transitivo direto “entendem”.

12. Resposta pessoal. Ver sugestões em orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Os estudantes devem identificar as provas argumentativas e quais são as convincentes e quais têm fórmas de persuasão.
  2. Ele se mostra otimista. Isso fica claro em trechos como: “A balança já está mais equilibrada”; “As empresas mais maduras entendem que o seu melhor canal de marketing é o consumidor satisfeito. Já sentem no bolso que conquistar um novo cliente custa entre 5 e 25 vezes mais do que manter um atual”.

12. Observe se os estudantes conseguem listar os gêneros estudados: artigo de opinião, debate e entrevista e, a partir disso, montar um esquema com o contexto de circulação e produção, observando as características, a estrutura e a função social de cada um. Caso tenham dúvidas, peça para que consultem os boxes-conceitos e atividades propostos. Proponha que a atividade seja feita em duplas e organize-as para que haja troca de conhecimento e experiências.

VAMOS COMPARTILHAR

Desinformação

1. Leia esta tirinha do Armandinho.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
Ilustração. Tirinha. Composta por três quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, de cabelos e bermuda em azul, de camiseta laranja. Uma menina de cabelos ruivos, em coque, com uma presilha amarela, camiseta branca e bermuda em azul, e um menino de cabelos castanhos arrepiados, blusa em azul-claro e bermuda em azul. Q1 – A menina em pé, com o corpo virado para a esquerda, segurando um jornal na mão direita, diz: VERDADE! A NOTÍCIA DIZ ISSO! Q2 – À esquerda, menino de cabelos castanhos, fala: VIU? EU SABIA! À frente dele, Armandinho, de boca fechada, o observa. Atrás dele, a menina com o jornal na mão, exclama: ESPERA! DESMENTIRAM A NOTÍCIA! Q3 – À esquerda, o menino de cabelos castanhos e Armandinho, em pé, com o corpo para a direita. A menina, segurando o jornal na mão esquerda, fala: ESPERA! DESMENTIRAM O DESMENTIDO! ESPERA! BECK, Alexandre. Armandinho.

BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/qTZdz0 Acesso em: 28 maio 2022.

  1. Você ou alguém da sua família já passou pela situação mostrada na tirinha? Comente.
  2. Para você, o que agrega humor à tirinha? Por quê?
  1. Você sabia que há diferença entre fake news e desinformação? Qual seria a diferença, na sua opinião?
  2. Como checar os fatos? Você tem ideia de como a checagem de uma informação e a verificação de sua qualidade pode ser feita?
    1. Formule hipóteses e anote-as no caderno.
    2. Converse com os colegas e discutam as hipóteses formuladas.
  3. Proposta: individualmente, você irá escrever um artigo de opinião para publicar uma segunda edição do jornal digital da turma. Agora, a questão polêmica será “Os danos causados pela desinformação”. Para isso, você irá precisar:

informar-se sobre as diferenças entre fake news e desinformação;

analisar os danos causados pela desinformação;

verificar se as ferramentas de checagem de fatos ajudam a diminuir os danos causados pela desinformação.

Ilustração. Fundo similar a uma parede de tijolos em azul-escuro. Sobre ele, luzes finas pequenas em rosa incandescente. Ao centro, um balão de fala em azul incandescente: FAKE NEWS. Ao lado, à direita, dois balões de fala com sinais diferentes: ícone de check e X.
Respostas e comentários

1 a 8. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Vamos compartilhar

Desinformação

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1a e 1b. Espera-se que os estudantes percebam que aquilo tido como verdade, por ter sido publicado em uma notícia, acaba sendo desmentido, iniciando um ciclo de “desmentiras”.

2. Espera-se que eles comentem que fake news são informações falsas disseminadas em redes sociais, sendo repassadas como verdadeiras, sem haver uma checagem dos fatos. Já a desinformação caracteriza notícias produzidas com o objetivo de manipular ou enganar as pessoas.

3a. Oriente aos estudantes que anotem as hipóteses no caderno e pensem nas fórmas de checagem de informação. Como eles fariam caso necessitassem chegar a uma informação que consideram importante?

4. Explique aos estudantes a proposta e veja se todos entenderam. Tire as dúvidas que surgirem. Pergunte se eles acham o tema interessante e se ele é polêmico ou não. Depois, pergunte a opinião deles sobre o tema e como eles fariam para combater tanto a desinformação quanto as fake news. Provavelmente, eles irão lembrar do que já viram sobre o tema em outras aulas, o que servirá como indicador avaliativo.

Se a turma for numerosa, você pode propor que a pesquisa ou o artigo sejam feitos em duplas. Com isso, você terá mais tempo para avaliar o processo utilizado por eles para chegar ao resultado final: o artigo de opinião. Esse processo é importante de ser analisado para identificar problemas de compreensão pontuais e tentar solucioná-los individual ou coletivamente, dependendo do número de estudantes com a mesma dúvida.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê um seis

ê éfe seis nove éle pê um oito

ê éfe oito nove éle pê um seis

ê éfe oito nove éle pê dois três

ê éfe oito nove éle pê dois quatro

ê éfe oito nove éle pê três um

ê éfe zero oito éle pê zero três

5. Faça, em uma folha à parte, um quadro para entender o que você já sabe e o que não sabe ainda sobre o assunto. Veja o modelo.

Ícone. Modelo.

O que eu sei

O que preciso saber

  1. Após a pesquisa, selecione e organize as informações que irá utilizar para elaborar os argumentos.
  2. Siga as mesmas orientações da seção Você é o autor!.
    1. Escreva argumentos a favor da tese e os que podem ser usados contra. Verifique quais movimentos de argumentação você utilizará em cada argumento e qual será a fôrça argumentativa que dará a eles. Para isso, escolha os modalizadores e operadores argumentativos que vão produzir o efeito que você deseja.
    2. Planeje o artigo partindo da estrutura: introdução (contextualização e apresentação da tese), desenvolvimento (apresentação de argumentos a favor e contra a tese) e conclusão.
    3. Crie um título atrativo e coerente com o texto.
    4. Troque a primeira versão com um colega para a revisão. Use a pauta de revisão como orientação para o que deve ser verificado. Depois, faça os ajustes necessários e digite o artigo de opinião em um processador e editor de texto.
  3. Com a ajuda do professor, produza com os colegas a segunda edição do jornal digital da turma. Depois, publiquem na plataforma escolhida.

Para ampliar

Como não ser enganado pelas fake news. Flávia Aidar, Januária Cristina Alves. São Paulo: Moderna, 2019.

O livro apresenta ao leitor um olhar crítico sobre a escalada e as consequências do consumo de fake news e de sua disseminação.

Safer net. Nesse site, há informações que ajudam a promover o uso da internet de fórma consciente, segura e livre, resguardando os princípios de liberdade e de direitos humanos. Disponível em: https://oeds.link/BRcz9d Acesso em: 26 maio 2022.

Capa de livro. Fundo em rosa escuro e, ao centro, linhas conectadas, finas, umas sobre as outras, com círculos coloridos e símbolos dentro em branco de redes sociais e de wifi. Entre as linhas, três silhuetas de pessoas sentadas, uma de frente para a outra. A da esquerda, em azul-claro, de frente para um notebook em azul-claro, e a da direita em amarelo. A de cima, em verde, está sentada numa cadeira verde com o celular nas mãos. Ao centro, título do livro e, acima, nome do autor. Texto: Como não ser enganado pelas fake news.
Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Permita que os estudantes tenham um tempo para a reflexão do que eles já sabem sobre o assunto e o que ainda falta saber para poder estruturar os argumentos e o artigo de opinião. Essa reflexão nem sempre é fácil de ser feita e muitos estudantes tendem à resposta mais fácil: "Não sei nada". Por isso, ajude-os a lembrar do que sabem, fazendo questionamentos. As perguntas ou mesmo outras técnicas para fazer eles se lembrarem irão depender de cada turma. Veja qual é a fórma mais adequada de ajudar seus estudantes.
  • Estimule-os a ler os livros indicados no Para ampliar, pois podem ajudá-los a escrever o artigo de opinião. Para isso, chame a atenção deles para esses livros com certa antecedência, para que tenham tempo de pegá-los emprestados em uma biblioteca, por exemplo, e lê-los.
  • É importante que todas as etapas de produção textual sejam feitas: planejamento, elaboração, leitura, revisão, edição e escrita da versão final. Na revisão, oriente-os a trocar com outro colega e a utilizar a pauta de revisão. Para os ajustes, eles devem levar em consideração as sugestões feitas pelos colegas.

8. Oriente-os para a produção da segunda edição do jornal. Você pode utilizar as mesmas ferramentas e plataforma utilizadas para a publicação do primeiro jornal digital. Caso não seja possível, transforme a atividade em uma produção impressa.

Glossário

agrura
: situação difícil.
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precário
: não estável nem seguro.
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estrutural
: decorrente das bases ou dos elementos essenciais de uma economia.
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hegemônico
: relativo à hegemonia, que significa supremacia, predomínio.
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espectro
: conjunto ou série de elementos que formam um todo.
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ludibriar
: enganar, iludir.
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fraudulento
: aquilo que é feito por meio de fraude, ou seja, de ações desonestas para enganar alguém ou burlar leis e regras.
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: termo da língua inglesa que pode ser entendido como conjunto de ações que estimulam as pessoas a comprar um produto ou um serviço.
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