UNIDADE 8  Isso é ficção científica! Será?

Nesta unidade, convidamos você a viajar pelo mundo da ficção científica e da aventura. As propostas foram desenvolvidas em quatro etapas que se relacionam. Acompanhe!

Cena de filme. À esquerda, um homem visto da cintura para cima, de cabelos castanhos para a direita, camisa de gola branca e casaco em azul e gola e mangas em marrom. Ele tem olhos claros, está sorrindo e com a mão direita sobre uma máquina redonda preta na horizontal, com detalhes em amarelo e botão acima. Ao fundo, à esquerda, uma máquina na vertical com esferas douradas uma sobre a outra e cabos em vermelho.

EU SEI

Você embarcaria nessa história?

Relacionar as primeiras obras de ficção científica à ciência da época e perceber a genialidade dos escritores com seus artefatos e explicações, tornando as histórias verossímeis.

Ilustração. Um senhor visto dos ombros para cima de cabelos, barba e bigode grisalhos, de olhos azuis, sobrancelhas em preto. Ele usa camisa de gola em branco e terno preto. À esquerda, um submarino pequeno na horizontal em marrom, com dois tubos, e parte superior arredondada e ponta fina na horizontal. À direita, perto do ombro dele, um balão sobrevoando em marrom e vermelho. Ao fundo, à esquerda, céu noturno com pequenas estrelas brancas. Há uma lua redonda em cinza, com uma luneta no olho direito, nariz ao centro e boca abaixo. Ao fundo, à direita, céu diurno e nuvens em azul-claro.

EU VOU APRENDER

Capítulo 1 – Parece até verdade!

Compreender o contexto de produção e circulação de conto de ficção científica.

Capítulo 2 – Aventuras pelo mundo

Compreender as características da narrativa de aventura.

Respostas e comentários

UNIDADE 8

Isso é ficção científica! Será?

Introdução

Esta unidade tem como foco os gêneros textuais contos de ficção científica e narrativas de aventura. Por meio das propostas de leituras, os estudantes terão a oportunidade de compreender os contextos de produção e circulação desses gêneros, bem como entrar em contato com autores considerados pioneiros nos gêneros que produziram.

Aproveitando o tema dos textos escolhidos, há a possibilidade de se trabalhar com um dos Temas Contemporâneos Transversais (tê cê tê) previstos pela BNCC: Ciência e Tecnologia, bem como com o ó dê és 15 Vida terrestre.

Em Língua e Linguagem, são tratados os temas linguagem verbal e não verbal, permitindo aos estudantes reconhecer as diversas situações em que ambas as fórmas de comunicação são usadas em nosso cotidiano. Além disso, propõe-se o estudo das orações subordinadas: conjunção e pronome relativo que, da coesão referencial e sequencial, bem como do uso de vírgulas entre termos da oração.

Na seção Você é o autor !, os estudantes são convidados a reunir os aprendizados obtidos na unidade para produzir um conto de ficção científica e, em Oralidade, narrá-lo como para um programa de rádio. Ao identificar que ainda há dúvidas sobre os temas abordados, retome com os estudantes outros textos e outros exemplos que possam ampliar o entendimento deles. Ao final da unidade, em Vamos compartilhar, propõe-se a criação de um conto de ficção científica de fórma colaborativa.

Para os estudantes que apresentarem dificuldades em relação aos objetivos de aprendizagem da unidade, sugere-se a análise de diferentes textos dos gêneros estudados, bem como de outros dessa esfera social, de modo a permitir que eles percebam com mais clareza o que caracteriza cada um e compreendam sua função social. A realização de atividades em pares ou em grupos possibilita a interação e a troca de conhecimentos, e colabora para o desenvolvimento das habilidades esperadas.

Competências gerais da Educação Básica

  1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
  3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

  1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como fórmas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

Ilustração. Perto de uma entrada, em um local de pedra em cinza, três homens em pé, um ao lado do outro, vistos de costas. Da esquerda para a direita: um homem de  chapéu sobre a cabeça, terno em cinza-escuro, com botas em marrom e braço esquerdo para cima. Ao centro, um homem de chapéu sobre a cabeça, casaco e par de botas em marrom, com um objeto na vertical na mão direita e iluminação à frente. Na ponta da direita, um homem de chapéu e casaco longo em azul, com calça cinza, botas pretas e com um pedaço de madeira na vertical, na diagonal.

EU APRENDI!

Atividades de compreensão textual, reflexão e análise da língua e da linguagem, além de ampliação da aprendizagem.

Ilustração. Três pessoas vistas dos cotovelos para cima, de frente para uma base na horizontal em laranja. Da esquerda para a direita: uma mulher de cabelos pretos longos, com um laço na parte superior, em azul, camiseta amarela, segurando nas mãos um livro aberto de capa vermelha e páginas em branco. Ao centro, um homem de cabelos pretos encaracolados para cima, camisa de gola em branco, com o braço direito para cima. À direita, pessoa de cabelos pretos encaracolados, com os braços erguidos para cima, camiseta em azul, olhando para a esquerda. Entre ambos, dois livros um em cima do outro. Na parte superior, uma linha pontilhada na horizontal em cinza com uma folha branca em formato de avião na ponta da direita.

VAMOS COMPARTILHAR

Escrita colaborativa

Criar um conto de ficção científica de fórma colaborativa.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Para dar início à unidade, solicite aos estudantes que façam uma pesquisa sobre as últimas grandes invenções que mudaram a vida humana previamente, utilizando a metodologia de sala de aula invertida. Você pode sugerir quais textos eles devem ler para se preparar para a aula ou deixar que pesquisem sobre as últimas grandes invenções. Você também pode delimitar o que sejam “últimas” invenções para que eles não abordem um período muito longo e foquem no que será visto na unidade como ficção científica que se tornou realidade.
  • No dia combinado, proponha que, de fórma oral e coletiva, compartilhem as descobertas realizadas.
  • Peça aos estudantes que abram o livro e façam a leitura apenas do título da unidade e observem as imagens estampadas. Com base no que foi observado e por meio dos conhecimentos pré-adquiridos, incentive-os a expor o que acham que será trabalhado neste capítulo.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

  1. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
  1. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho ).
  2. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como fórmas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

Tema Contemporâneo Transversal

Ciência e Tecnologia.

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

15. Vida terrestre.

EU SEI

Você embarcaria nessa história?

As histórias de ficção científica convidam os leitores a embarcar em uma aventura em mundos futuros, a voltar ao passado e a conhecer tecnologias inovadoras e além da imaginação para a época.

Muitas dessas obras, de uma fórma ou de outra, acabaram se tornando realidade, como Da Terra à Lua (1865), Viagem ao redor da Lua (1869) e Vinte mil léguas submarinas (1870), do francês Júlio Verne. Outras continuam no campo da ficção, ao menos por enquanto, como A máquina do tempo (1895), do escritor britânico H. G. uéls.

Esses autores, considerados pioneiros do gênero, criaram explicações “científicas” e equipamentos futurísticos capazes de convencer o leitor. Com uma criatividade fantástica, deram a verossimilhança necessária a suas histórias.

Você conhece alguma ou algumas dessas histórias?

Capa de livro. Vista geral de local com vegetação rasteira em tons de roxo, no fundo do mar. Ao centro, um caminho com solo em amarelo e três homens em pé, em tons de rosa, caminhando para frente, e o do meio com objeto fino nas costas. Sobre o solo, uma estrela do mar em marrom e outras folhas marinhas no mesmo tom, à esquerda. Mais acima, à direita, pequenos peixes em azul e, mais acima, à esquerda, dois animais similares a duas águas-vivas. Ao centro, título do livro e nome do autor: Jules Verne - 20 mil léguas submarinas - edição comentada e ilustrada. Na ponta inferior, à direita, logotipo da editora: Clássicos ZAHAR.
A história se passa em 1866, quando surgem rumores de um monstro marinho aterrorizador. Uma missão é formada para detê-lo, mas os membros dessa missão vão parar no Náutilus, uma embarcação submarina comandada pelo capitão Nemo.
Respostas e comentários

Eu sei

Você embarcaria nessa história?

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Ao longo desta unidade é possível desenvolver a discussão da temática Ciência e Tecnologia. Esse é um dos Temas Contemporâneos Transversais (tê cê tê) previstos pela BNCC e as atividades propostas poderão ser realizadas em parceria com outros componentes curriculares, como História e Geografia.
  • Analise com a turma as imagens destas páginas e proponha a leitura oral das legendas. Explore o conhecimento prévio dos estudantes sobre ficção científica. Anote em tópicos na lousa.
  • Juntos, discutam o que os estudantes consideram importante e o que não deve faltar em histórias de ficção científica. Deixe-os à vontade para fazer as observações que acharem pertinentes. Pergunte a eles se a ficção está ligada às narrativas de aventura e por que e deixe-os mais uma vez levantarem as hipóteses.
  • Pergunte aos estudantes o que eles entendem por verossimilhança e anote na lousa. Complemente, se for necessário, e dê alguns exemplos.

Verossimilhança é o que é verossímil ou seja, possível ou provável de acontecer, mesmo que essa possibilidade seja irrisória. Essa é a impressão que deve ser transmitida ao leitor, de algo que não é absurdo de acontecer.

  • Comente com os estudantes que na época em que o livro 20 mil léguas submarinas foi escrito era impossível uma embarcação ficar submersa sem sofrer esmagamento pela pressão da água.
  • Sobre o livro A máquina do tempo, diga aos estudantes que o protagonista não tem nome definido, é chamado de “O viajante do tempo”. Quando escreveu esse livro, uéls estava praticamente na virada do século, em uma sociedade com mentalidade industrial, com novos produtos como as locomotivas, a bicicleta, o automóvel, a fotografia, entre outras máquinas engenhosas para a época.
  • Já na adaptação para o cinema de 1960, o protagonista recebe um nome: uéls. Quando esse filme foi produzido, o mundo enfrentava a Guerra Fria e todo o temor que isso gerava, por isso o cenário é pós-nuclear. No entanto, os habitantes desse planeta “ressuscitado” são os mesmos da obra original.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe oito nove éle pê três dois

Capa de livro. Ao fundo, em tons de azul-escuro acima e em degradê, mais claro embaixo. Ao centro, uma máquina de formato arredondado e, na parte superior, dois filamentos de formato arredondado na vertical. Na parte superior, nome do livro e na parte inferior, nome do autor: A MÁQUINA DO TEMPO - H. G. WELLS
A máquina do tempo, de H. G. uéls, escrita em 1895, transporta o leitor para o ano 802.701 na companhia de O Viajante do Tempo, protagonista da aventura.
Cena de filme. À esquerda, um homem visto da cintura para cima, de cabelos castanhos para a direita, camisa de gola branca e casaco em azul e gola e mangas em marrom. Ele tem olhos claros, está sorrindo e com a mão direita sobre uma máquina redonda preta na horizontal, com detalhes em amarelo e botão acima. Ao fundo, à esquerda, uma máquina na vertical com esferas douradas uma sobre a outra e cabos em vermelho.
Em 1960, a obra de uéls serviu de inspiração para o filme de mesmo nome. Na história, o protagonista, para provar aos amigos que sua máquina funciona, viaja para várias épocas no futuro, parando em um mundo pós-nuclear no qual a humanidade se encontra dividida em duas raças.
  1. Se você pudesse viajar no tempo ou em uma embarcação submarina, faria essa viagem? Por quê?
  2. Você já leu algum desses livros ou assistiu aos filmes?
    1. Em caso positivo, comente.
    2. Caso contrário, responda: Você ficou interessado em conhecer as histórias? Por quê?
  3. Você já leu outros livros ou assistiu a outros filmes de ficção científica? Quais?

Você gostou de algum em particular? Por quê?

4. Você tem algum autor de ficção científica preferido? Qual?

Respostas e comentários

1 a 4. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Estimule a criatividade dos estudantes convidando-os a imaginar a situação proposta nesta atividade. Peça a eles que pensem como seria essa viagem, quais pessoas encontrariam, para onde iriam, com qual propósito, ou seja, alimente-os de possibilidades para que possam expandir suas ideias.
  2. Leve os estudantes a relembrar os diversos livros e filmes que já leram e assistiram e as diversas séries que contêm toques de ficção científica. Peça-lhes que compartilhem com os colegas essas experiências.
  3. Tente aqui pegar informações de leituras que os estudantes tenham feito pelo puro prazer de ler ou de assistir a um filme, por fruição. Caso não tenham feito nenhuma leitura com esse objetivo, proponha e incentive-os a escolher um livro na biblioteca ou faça um canto da leitura na sala de aula com vários livros dispostos de fórma atraente. Oriente-os a escolher do que mais gostarem, sem fazer questionamentos sobre a escolha, ou propor atividades pré ou pós-leitura. Combine com eles que será uma leitura prazerosa, para se divertir!
  4. Proponha uma troca agradável e descontraída a fim de que todos se sintam à vontade para compartilhar suas preferências. Caso os estudantes não tenham tido essas experiências de leitura, comente que esse é um dos objetivos da unidade: ler e compreender textos de ficção científica, bem como conhecer alguns dos principais autores do gênero: Júlio Verne, H. G. uéls e Áizek Ázimóv.
  • É importante também que os estudantes tenham noção de como ocorreu a evolução da tecnologia e o que era considerado de última geração quando os escritores apresentados na unidade escreveram suas obras. Para isso, é interessante convidar o professor de História para um trabalho conjunto, o que contribuirá para que os estudantes possam estabelecer as relações necessárias e compreender o conceito de verossimilhança a partir de base científica e a transformação das ideias iniciais dos autores em realidade.
  • Em caso de turmas numerosas, proponha a criação de grupos de estudos sobre os gêneros textuais propostos e os conteúdos de Língua e Linguagem designando um ou dois estudantes por grupo para serem os mentores. Trabalhe o papel ativo que cada estudante deve ter na aquisição de seu próprio conhecimento e que todos têm a mesma oportunidade de aprendizado, basta ter dedicação e estudar.

EU VOU APRENDER Capítulo 1

Parece até verdade!

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

Você observou imagens e conversou com os colegas sobre algumas obras de ficção científica. Agora, vamos conhecer outra história que talvez faça você se lembrar de algum filme. Antes, porém, vamos falar de um equipamento ultramoderno para a época em que surgiu.

  1. Você tem ideia de quando surgiram os primeiros computadores? Se não tem, formule hipóteses.
  2. Você sabe ou imagina como eram os primeiros computadores? Comente.
  3. Observe esta imagem.
Fotografia em preto e branco. Vista geral de sala, extensa, com cabos conectados em maquinários na vertical. De frente, um homem em pé, de cabelos e calça escuros e camisa branca, com livro de capa-escura. À direita, uma mulher de  cabelos escuros curtos, de terno feminino com saia escura, segurando nas mãos uma folha branca. Ao fundo da sala, portas de ferro e teto claro.
Em 1946, surge o primeiro computador eletrônico, conhecido como Eniac (Electronic Numerical Integrator And Computer; em português, computador e integrador numérico eletrônico). Ocupando uma área de 180 métros quadrados, pesava cêrca de 30 toneladas.
  1. Ao ver essa imagem, suas hipóteses se confirmaram? Comente.
  2. As operações que o Eniac era capaz de executar podem ser feitas hoje por qualquer calculadora científica de mão. Para a época, no entanto, foi uma grande evolução, já que manualmente essas operações levariam horas e horas para serem realizadas.

Você acha que a evolução na área da computação é importante para a humanidade? Por quê?

Respostas e comentários

1 a 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu vou aprender

Parece até verdade!

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Durante essas atividades, leve os estudantes a perceber o cenário tecnológico da época em que o conto que será lido foi escrito. Por exemplo, chame a atenção para o computador da época e o espaço que ocupava e o peso que tinha. Depois, trabalhe o que se sabe até agora sobre Mercúrio. Seria importante um trabalho interdisciplinar com o professor de Ciências e Matemática.
  • É importante também que os estudantes tenham noção de como ocorreu a evolução da tecnologia e o que era considerado de última geração quando os escritores apresentados na unidade escreveram suas obras. Para isso, é interessante convidar o professor de História para um trabalho conjunto, o que contribuirá para que os estudantes possam estabelecer as relações necessárias e compreender o conceito de verossimilhança por meio de base científica e a transformação das ideias iniciais dos autores em realidade.
  • Em caso de turmas numerosas, proponha a criação de grupos de estudos sobre os gêneros textuais propostos e os conteúdos de Língua e Linguagem designando um ou dois estudantes por grupo para serem os mentores. Trabalhe o papel ativo que cada estudante deve ter na aquisição de seu próprio conhecimento e que todos têm a mesma oportunidade de aprendizado, basta ter dedicação e estudar.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1 e 2. É difícil precisar o que podemos considerar o primeiro computador. Pelos registros, o primeiro computador mecânico surgiu em 1890. Veja Para ampliar.

  1. Incentive os estudantes a entender a evolução, como hoje os computadores são menores e exercem muito mais tarefas.

Convide-os a imaginar a vida sem os computadores, sem a internet, sem o celular e sem todo esse privilégio que a tecnologia nos proporciona.

Para ampliar

PIRES, Hindenburgo F. O surgimento dos primeiros computadores. Revista Educação Pública. Disponível em: https://oeds.link/corsHk. Acesso em: 20 agosto 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

  1. Você consegue se imaginar em outro planeta? Será que é possível a vida em outro planeta? Por quê?
  2. A história que você vai ler em seguida se passa em Mercúrio. O que você sabe sobre esse planeta? Comente com os colegas.
  3. A primeira imagem de Mercúrio foi feita durante a missão BepiColombo, em outubro de 2021. Um dos desafios para realizá-la foi desenvolver tecnologias inéditas que aguentassem as temperaturas, estimadas entre menos173 ºC e 426 ºC. Leia este trecho de uma matéria.

BepiColombo: missão espacial para Mercúrio divulga as primeiras imagens

reticências

Espera-se que as observações paralelas dos satélites possam finalmente resolver os muitos quebra-cabeças sobre este planeta.

Uma das principais questões diz respeito ao núcleo de ferro superdimensionado, que representa 60% da massa de Mercúrio. A ciência ainda não consegue explicar os motivos que fazem este planeta ter apenas uma fina camada rochosa.

reticências

AMOS, Jonattan. BepiColombo: missão espacial para Mercúrio divulga as primeiras imagens. BBC News Brasil, abre colchetesem localfecha colchete, 2 outubro 2021. Disponível em: https://oeds.link/RSwIxj Acesso em: 5 junho 2022.

  1. Sabendo um pouco mais das condições de Mercúrio, você acha possível o ser humano estabelecer uma estação nesse planeta, ou isso seria coisa de ficção científica? Por quê?
  2. Para você, o que é uma história de ficção científica? Explique.
Fotografia em preto e branco. Na parte superior, vista parcial de um planeta arredondado com pequenas crateras. À direita, uma haste na diagonal, brilhosa em branco. Na parte inferior, BepiColombo, Monitoring Camera #2 1 October 2021 23:41:12 UTC
Crateras de Mercúrio registradas pela espaçonave BepiColombo.
Respostas e comentários

4 a 8. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

4 e 5. Se julgar interessante, proponha que essas imaginações sejam compartilhadas em pequenos grupos. Convide os estudantes a trocar ideias sobre o que pensam a respeito de vida em outros planetas. Incentive-os a compartilhar o que já leram, assistiram ou ouviram sobre esse assunto. Permita que troquem informações, deixe-os à vontade para isso.

  1. Espera-se que os estudantes possam relacionar o que já aprenderam sobre o assunto com as relações que fizeram entre os livros e filmes de ficção científica, percebendo que são histórias (narrativas) construídas em torno de um fato ou princípio científico, sendo ele realidade ou não, mas possível de acontecer (verossímil). Se necessário, proponha pesquisas adicionais sobre Mercúrio. Leve-os à sala de informática, se houver. Se não, proponha que pesquisem em casa; essa é uma oportunidade de envolver os familiares em uma atividade de descoberta.
  2. O objetivo desta questão é levá-los a perceber o que diferencia uma história de ficção científica de uma real sem, no entanto, conceituar. Se perceber dificuldades, oriente-os a trabalhar em pares, de modo que um possa ajudar o outro.

9. Você vai ler um trecho de um dos contos de ficção científica publicado originalmente no livro Eu, robô, do escritor asimóvi, em 1950. A tradução aqui apresentada faz parte do livro Histórias de robô, editado pelo próprio autor.

Ilustração. Um robô cinza-claro, dos joelhos para cima, de olhos redondos brancos, com peças em vermelho tubulares dentro de onde seria o peitoral. As mãos estão na cintura dele, e olha para frente sorrindo.

Círculo vicioso

Um lugar-comum que gostava muito de citar era que a pressa é inimiga da perfeição. Por isso franziu a testa quando desceu a escada aos pulos em sua direção.

– Que foi que houve? – estranhou. – Vai tirar o pai da forca?

– É bem possível – rosnou Donovan, agitado, com o cabelo ruivo encharcado de suor. – O que você andou fazendo o dia inteiro nas galerias inferiores? – respirou fundo e desabafou: – O Chispinha não voltou até agora.

arregalou um pouco os olhos e parou na escada. Depois se refez e continuou a subir. Não disse mais nada até chegar ao alto do primeiro lance de degraus. Então se virou.

– Mandou-o procurar selênioglossário ?

– Mandei.

– E quanto tempo faz que ele saiu?

– Cinco horas.

Silêncio. Que situação infernal! Ei-los ali, em Mercúrio, há exatamente doze horas – e já às voltas com o pior tipo de problema. Mercúrio sempre tinha sido o planeta azarado do Sistema, mas assim também já era demais – mesmo para quem já se habituou a falta de sorte.

– Conta tudo direito, desde o início. Vamos colocar isso em pratos limpos – disse .

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Proponha aos estudantes primeiro uma leitura silenciosa e peça a eles que escrevam no caderno o que compreenderam do texto. Depois, solicite uma leitura compartilhada. Oriente-os a respeitar o ritmo, as pausas, as hesitações e a entonação indicados pela pontuação. Durante a leitura, pare em alguns pontos da história para que eles possam fazer inferências implícitas e explícitas e as relações necessárias para atingir a compreensão leitora. Ao final dessa leitura, pergunte se mudariam alguma coisa sobre a compreensão do texto na resposta após a primeira leitura.
  • Em Eu, robô, o autor dá sequência aos nove contos como se fosse uma pesquisa feita pelo jornalista que entrevista a Doutora Susan Cavin, iniciada na Introdução, que contextualiza e faz o elo de conexão entre os demais contos. Também é nesse livro que são introduzidas as três leis da Robótica.
  • Aproveite para falar sobre o autor e o contexto sócio-histórico em que produziu sua obra. nasceu na Rússia em 2 de janeiro de 1920 e, aos três anos, mudou-se com a família para a cidade de Nova Iorque, sendo naturalizado cidadão americano em 1928, por isso é considerado um escritor norte-americano. Ficou conhecido por suas histórias de ficção científica.

Para ampliar

FRAZÃO, Dilva. Biografia de Áizek Ázimóv. eBiografia, . Disponível em: https://oeds.link/3eLyvQ. Acesso em: 14 julho 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

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ê éfe zero oito éle pê um três

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Agora estavam na sala de rádio – com seu equipamento levemente antiquado, intacto durante os dez anos precedentes à chegada de ambos. Podia não parecer muito, mas em termos de tecnologia acabava pesando na balança. Bastava comparar Chispinha com o tipo de robô que devia existir lá por 2005. Bem, mas a verdade é que o progresso da robótica, atualmente, tem sido tremendo. encostou a mão com cuidado na superfície ainda polida do metal. O ar de abandono da sala – e de todo o Posto – só podia deixar qualquer pessoa deprimida.

Era o caso de Donovan, por exemplo.

– Tentei localizá-lo pelo rádio – começou –, mas foi inútil. O rádio não serve pra nada no Lado Ensolarado de Mercúrio, pelo menos a mais de três quilômetros. Essa foi uma das razões do fracasso da Primeira Expedição. E o equipamento de ultraondas só vai funcionar dentro de algumas semanas...

– Nada disso interessa. O que foi que você conseguiu, afinal?

– Localizei na faixa de ondas curtas o sinal do corpo inorgânico. Só serviu mesmo para descobrir a posição dele. Deu para continuar no rastro durante duas horas e marquei os resultados aqui no mapa. reticências

– A cruz vermelha é o lago de selênio. Foi você que o marcou.

– Qual deles? – interrompeu , antes de ir embora, localizou três para nós.

– Mandei Chispinha procurar o que fica mais perto, lógico. A trinta quilômetros daqui. Mas que diferença faz? – A voz estava tensa. – Os pontos marcados a lápis mostram a posição dele.

Pela primeira vez a segurança artificial de se mostrou abalada. Estendeu logo as mãos para o mapa.

– Está falando sério? Não é possível.

– Olhe pra você ver – resmungou Donovan. reticências

demorou um pouco para erguer os olhos, mas não disse nada. Sim, sem dúvida, evidente que se dava. A situação era clara e lógica como um silogismoglossário . As camadas de fotocélulasglossário que representam a única defesa interposta entre eles e a monstruosa intensidade do sol de Mercúrio tinham sido destruídas. Para salvá-los, só havia o selênio. E a única coisa que podia buscar o selênio era o Chispinha. Se não voltasse, não tinham como buscá-lo. Sem o selênio, adeus camadas de fotocélulas. E sem elas... bem, uma das maneiras mais terríveis de morrer é certamente ser fritado aos poucos, feito carne assada. reticências

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Durante a leitura, pergunte aos estudantes a que classe gramatical a palavra “levemente” (advérbio) está ligada e qual a função dela na frase: como adjunto adverbial, mostra uma circunstância, nesse caso de intensidade, ou seja, intensifica o adjetivo “antiquado” mostrando uma ironia ao quão antiquado é em termos tecnológicos.
  • Explique aos estudantes com o trecho do texto o que é silogismo:
  • Premissas:
  1. As camadas de fotocélulas que representam a única defesa reticências.
  2. Para salvá-los, só havia o selênio. Conclusão: E a única coisa que podia buscar o selênio era o Chispinha.

Dê aos estudantes outro exemplo (silogismo “aristotélico”): Todos os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal.

– Não podemos ir atrás de Chispinha, Maique... pelo menos no Lado Ensolarado. As próprias roupas à prova de insolação não resistiriam vinte minutos expostas à luz solar direta. Mas você conhece o velho ditado: “Nada como um robô para pegar outro”. Escuta, Maique, talvez a situação não seja tão crítica. Lá embaixo, nas galerias inferiores, tem seis robôs que talvez dê pra gente usar, se funcionarem. Se funcionarem.

Surgiu um clarão de súbita esperança no olhar de Donovan.

– Refere-se aos seis que vieram na Primeira Expedição? Tem certeza? Pode ser que sejam máquinas obsoletasglossário . Dez anos, em matéria de autômatos, é tempo demais, você sabe.

– Não, são robôs, sim. Eu sei, passei o dia inteiro com eles. O cérebro é positrônico: primitivo, naturalmente. – Guardou o mapa no bolso. – Vamos até lá embaixo. reticências

– Espia só que tamanho! Devem ter uns três metros de tórax.

– É porque foram montados com mecanismo muito antigo. Já examinei por dentro: a máquina mais rudimentar que já se viu.

– Você testou algum?

– Não. Não vi motivo pra isso. Acho que não há nada de errado com eles. Até o diafragma está em condições razoáveis. São bem capazes de falar.

Desparafusou a chapa torácica do que estava mais perto e inseriu a esfera de cinco centímetros de diâmetro que continha a minúscula faísca de energia atômica que alimentava a vida do autômato. Encontrou dificuldade para encaixar direito, mas conseguiu; depois prendeu a chapa de novo com o maior cuidado. Dez anos antes ninguém conhecia os contrôles por rádio dos modelos mais modernos. Passou então para os outros cinco.

– Nenhum se mexeu – comentou Donovan, inquieto.

– É que não receberam ordens para isso – retrucou lacônicoglossário .

Dirigiu-se ao primeiro da fila e bateu-lhe no peito.

– Você! Está me ouvindo?

O monstro baixou a cabeça devagar, de olhos fixos em . Depois, com voz áspera, esganiçada feito gravação antiga, respondeu, irritado:

– Sim, mestre!

reticências

– Tem de montar nele? Feito cavalo?

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Ao dar continuidade à leitura, peça aos estudantes que tentem compreender as palavras desconhecidas pelo contexto. Caso não seja possível, chame a atenção deles para o glossário no fim da página. Se ainda houver alguma palavra incompreendida, oriente-os a pesquisar em dicionários (impressos ou virtuais).
  • Aproveite para perguntar aos estudantes se eles identificam algum trecho que representa coloquialidade na fala entre os personagens. Dependendo das respostas, peça a eles que revejam este trecho: “Escuta, Maique, talvez a situação não seja tão crítica. Lá embaixo, nas galerias inferiores, tem seis robôs que talvez dê pra gente usar, se funcionarem.” reticências.
  • Comente que o verbo “escutar”, pela norma-padrão, nesse contexto deveria estar flexionado na terceira pessoa do modo imperativo, o que revela algo comum na linguagem informal. Outro destaque é a supressão do primeiro “a” em “para”, indicando a coloquialidade “pra”. Se julgar importante, reforce que são variações possíveis no uso da língua.
  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Com base na perspectiva apresentada anteriormente, sobre preconceito linguístico, abra uma discussão com os estudantes sobre essa temática, levando-os à compreensão de que o preconceito linguístico deve ser combatido. Se possível, proponha a leitura de alguns trechos do livro A língua de Eulália, indicado a seguir.

Para ampliar

Banho, Marcos. A língua de Eulália: a novela sociolinguística. décima sexta edição São Paulo: Contexto, 2008.

Banho, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. segunda edição São Paulo: Parábola, 2007.

Habilidades BNCC

ê éfe zero oito éle pê zero seis

ê éfe zero oito éle pê zero nove

ê éfe zero oito éle pê um zero

ê éfe zero oito éle pê um quatro

– Acho que a ideia é essa. Mas não sei o motivo. Não vejo como... Ah, já sei. Tal como disse há pouco, naquele tempo o pessoal andava preocupado em garantir que os robôs não ofereceriam perigo algum. Pelo jeito, trataram de convencer todo mundo proibindo que se deslocassem de um lado para outro sem levar alguém na garupa. E agora, o que a gente faz?

– É nisso que eu estava pensando – murmurou Donovan. – Não se pode andar lá pela superfície, com ou sem robô. Ah, pelo amor de Deus, como é que... – e estalou duas vezes os dedos, com súbito entusiasmo. – Me dá o mapa que tem aí. Não foi à toa que passei duas horas examinando-o. Isto aqui é um posto de mineração. Como é que não nos lembramos ainda de usar os túneis? reticências

– Vista a sua roupa à prova de insolação – disse, satisfeito. reticências

A roupa, muito mais volumosa e feia que o uniforme espacial imposto pelo regulamento, era, porém, ao mesmo tempo, consideravelmente mais leve pelo fato de não ter componentes metálicos. Feita de plástico imune ao calor, com camadas de cortiça tratada quimicamente e uma peça secante para combater a umidade do ar, podia resistir vinte minutos ao clarão implacável do sol de Mercúrio. E talvez mais cinco ou dez sem sufocar quem a estivesse usando. reticências

A voz áspera do astronauta trovejou pelo microfone:

– Está pronto para nos levar até a saída 13ª?

– Sim, mestre.

reticências

Ilustração. Um homem em pé, com roupa de astronauta em azul, com capacete em azul, vidro preto na frente, com detalhes em laranja e tubulações da mesma cor. Ele está calçado com par de tênis em azul. Na parte superior, duas estrelas na cor laranja, uma à esquerda e outra à direita.

. Círculo vicioso. In: Áizek Ázimóv et al. editor. Histórias de robô. volume 1. Tradução de Milton Persson. Porto Alegre: L&PM, 2010. [e-book]

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Chame a atenção dos estudantes para o emprego dos adjuntos adnominais como recursos expressivos. Como no caso de “roupa volumosa, feia, leve” (adjetivos) e “a” (artigo), ao exercerem a função de adjuntos adnominais, especificam o substantivo “roupa”. Os adjuntos adnominais ajudam na descrição de cenas, personagens e lugares ao caracterizar esses elementos em um texto narrativo. Eles também podem indicar opiniões.
  • Junto aos adjuntos adnominais, há os adjuntos adverbiais, como “muito mais...”, “consideravelmente mais”.
  • Ao final da leitura, convide a turma a se reunir em pequenos grupos para compartilhar seus entendimentos sobre o texto. Se necessário, proponha algumas perguntas para orientar essa discussão, conforme exemplos:
  • Você gostou da leitura? Por quê?
  • Você considera que este é um exemplo de conto de ficção científica? Por quê?
  • Que trecho achou mais interessante? Por quê?
  • Que outras ideias despertaram em você essa leitura?

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. O que você achou do trecho inicial do conto? Explique.
  2. Por esse início, você se sentiu motivado a lê-lo? Por quê?
Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.
  1. Qual é a ideia principal do trecho lido?
  2. Qual é a situação inicial apresentada no conto?
  3. O que aconteceu de inesperado?
  4. No trecho a seguir, que recursos o autor utiliza para transmitir ao leitor o estado psicológico de Donovan e o clima da cena?

– É bem possível – rosnou Donovan, agitado, com o cabelo ruivo encharcado de suor.

  1. Onde a história se passa?
  2. Em que ano acontece a história? Como podemos inferir isso?
  3. Quanto tempo depois da chegada deles à estação ocorreu essa situação imprevista?
  4. Donovan e se mostram muito preocupados porque Chispinha não retornara após cinco horas. Por que o robô teria partido? Por que seu retorno era tão importante?
  5. No trecho lido, há várias marcas temporais, como “há quanto tempo”, “há exatamente 12 horas”, “lá por 2005”, entre outras, além da predominância de verbos no tempo passado. Como os marcadores e o tempo verbal ajudam a organizar a história?
  6. Durante a narrativa, o autor explica uma das causas responsáveis pela falha da Primeira Expedição. Qual foi ela?
  7. Nessa nova expedição, o avanço tecnológico proporcionou uma maneira de estabelecer essa comunicação no Lado Ensolarado. Qual? Por que eles não a utilizam?
  8. Para vocês, pelo contexto, o que seria esse equipamento em relação ao rádio que eles já possuíam?
Respostas e comentários

1 e 2. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

3. Donovan e estão em Mercúrio e precisam resgatar o robô Chispinha para poderem sobreviver às condições atmosféricas do lugar.

4. Donovan se apressa para relatar um acontecimento a .

5. O desaparecimento de Chispinha, sem o qual os astronautas não têm como pegar o selênio, necessário para que se mantenham vivos.

6. Recursos lexicais, como “rosnou” para se referir ao tom de voz usado pelo personagem; “agitado” e “cabelo ruivo encharcado de suor”, dando a entender que ele havia corrido até ali para informar o que aconteceu.

7. No planeta Mercúrio, em uma estação de mineração.

8. Provavelmente em 2015, já que essa expedição aconteceu 10 anos depois da primeira. Podemos inferir por alguns trechos: “reticências com seu equipamento levemente antiquado, intacto durante os dez anos precedentes à chegada de ambos. reticências com o tipo de robô que devia existir lá por 2005.”

9. Doze horas

10. Para procurar selênio, elemento fundamental para manter as camadas de fotocélulas, responsáveis pela criação de uma barreira contra os raios solares de Mercúrio. Chispinha era o único que poderia sair à luz do sol sem ser “fritado”.

11. Ajudam o leitor a entender a progressão da história e o encadeamento da narrativa.

12. O fato de o rádio não funcionar no Lado Ensolarado de Mercúrio a mais de três quilômetros, ou seja, a comunicação não era possível.

13. O equipamento de ultraondas. Não utilizaram porque ele só entraria em funcionamento em algumas semanas.

14. Resposta pessoal. Sugestão de resposta: Provavelmente, transmissores que utilizam a faixa Frequência Ultra-Alta (U agá éfe - Ultra High Frequency) para a propagação de sinais de rádios e transceptores. São usados também para sinais de televisão, bluetooths Esse equipamento tem mais potência que o rádio utilizado por eles.

Compreensão textual

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Complemente a pergunta: Você acha que esse início da história consegue cativar o leitor a ponto de fazê-lo continuar a leitura? Por quê?
  2. Espera-se que os estudantes tenham sentido curiosidade de prosseguir na leitura, mas, caso a resposta seja negativa, convide-os a buscar outras opções de leitura desse gênero textual. Incentive-os a encontrar textos que os agradem e promova outros momentos de leitura por entretenimento com a turma.
  1. Aproveite a oportunidade para retomar com os estudantes a estrutura do conto: situação inicial, conflito, desenvolvimento, clímax e desfecho.
  2. Solicite a leitura minuciosa do conto. Espera-se que os estudantes sejam capazes de localizar informações explícitas no texto. Caso note dificuldades, faça perguntas que os ajudem a localizar o que se pede.
  3. Espera-se que os estudantes reconheçam os recursos utilizados para dar ao leitor a ideia do estado psicológico situando o leitor na cena.

7 e 9. É importante que os estudantes sejam capazes de localizar informações relacionadas ao tempo e ao espaço no qual a história se passa. Se necessário, oriente-os a retomar o trecho que mostra essa informação. Pergunte quais são os personagens que aparecem no conto (, , Chispinha e os seis robôs).

  1. Chame a atenção dos estudantes para a importância dos marcadores temporais nas narrativas. Comente que são eles que situam o leitor no tempo em que se passa a história. Convide-os a localizar outros exemplos, como: “Em 2050...”, “Há dias...”, “Daqui a 20 anos...”. Mostre que essas marcas podem remeter a ideias no tempo presente, passado ou futuro.

Explique aos estudantes que, em textos narrativos, são utilizados alguns recursos coesivos para estabelecer as ligações necessárias entre palavras, orações e partes do texto. Alguns desses recursos ajudam na progressão textual, conectando as partes do texto, como os que estão relacionados ao tempo e ajudam o leitor a perceber a progressão temporal da história.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero sete

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe oito nove éle pê três sete

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um cinco

  1. Como o autor dá a pista ao leitor de que sem o selênio eles estavam em uma situação bem complicada?
  2. No trecho em que há essa explicação, podemos observar uma comparação e uma metáfora. Identifique essas figuras de linguagem.
  3. Releia este trecho.

– Não podemos ir atrás de Chispinha, Maique... pelo menos no Lado Ensolarado. As próprias roupas à prova de insolação não resistiriam vinte minutos expostas à luz solar direta. Mas você conhece o velho ditado: “Nada como um robô para pegar outro”. Escuta, Maique, talvez a situação não seja tão crítica. Lá embaixo, nas galerias inferiores, tem seis robôs que talvez dê pra gente usar, se funcionarem. Se funcionarem.

  1. Por que eles não podem ir ao Lado Ensolarado?
  2. Qual foi a solução aparente encontrada por ?
  3. Como ele introduz essa ideia?
  4. Por que o autor repete o final do parágrafo e coloca o “Se” em itálico?
  5. O que as reticências indicam nesse parágrafo? Que efeito de sentido elas produzem?
Versão adaptada acessível

Atividade 17, item e

No início do parágrafo, há reticências, depois de "Mike". Que efeito de sentido elas produzem?

  1. Cite algumas expressões ou explicações que parecem ter fundamento científico, provocando no leitor a sensação de verossimilhança.
  2. Os seis robôs são chamados com nomes diferentes ao longo do texto. Quais são esses nomes?
  3. Após colocarem os robôs para funcionar, outro problema surge. Qual é esse problema e como é solucionado?

As narrativas de ficção científica têm a ciência como base para o desenvolvimento do enredo, sendo ela verdadeira ou não, o que dá credibilidade e verossimilhança à história, convencendo o leitor de que tal fato ou situação é possível. Para isso, são dadas explicações que envolvem, aparentemente, conceitos científicos.

Respostas e comentários

15. O narrador explica o que se passa na mente de após ele olhar o mapa. Ao perceber que as camadas de fotocélulas haviam sido destruídas, sabia que a única salvação era conseguir selênio, o que só Chispinha podia fazer. Sem ele, a sobrevivência seria impossível.

16. Comparação: “A situação era clara e lógica como um silogismo”. Metáfora: “ser fritado aos poucos, feito carne assada”.

17.a) Porque, mesmo vestindo as roupas à prova de insolação, não sobreviveriam por muito tempo à exposição da luz solar direta.

17.b) Usar os robôs que estavam nas galerias inferiores.

17.c) Utilizando a citação de um ditado: “Nada como um robô para pegar outro”.

17.d) Para reforçar a ideia de que talvez eles não funcionassem depois de dez anos parados. O “Se” em itálico entra como se, na fala, o personagem enfatizasse esse termo.

17.e) Indicam ao leitor uma pausa na fala de , causando um efeito de suspense.

18. Sugestões de resposta: Progresso da robótica; equipamento de ultraondas; ondas curtas; camadas de fotocélulas; cérebro positrônico; “Esfera de cinco centímetros de diâmetro que continha a minúscula faísca de energia atômica que alimentava a vida do autômato”.

19. Robôs, “refere-se aos seis”, máquinas obsoletas, “[eles] Devem ter”, “[eles] foram montados”, “Você testou algum?”, “com eles.” (duas vezes ), autômatos, máquina, “[eles] são bem capazes”, “Nenhum se mexeu”, “É que [eles] não receberam ordens”. Há outras referências para o robô a que se dirige primeiro, como “monstro”, “nele”.

20. Os robôs só poderiam ser controlados se levassem alguém na garupa, como cavalos. Para resolver o impasse, surge a ideia de se deslocarem pelos túneis, usando os trajes à prova de insolação.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Pergunte aos estudantes se eles se lembram das figuras de linguagem citadas: comparação e metáfora. Se necessário, complemente dizendo que a primeira corresponde à comparação explícita entre dois ou mais termos: “João é como um terremoto!”. Já a metáfora compara de fórma implícita: “Ela é um doce”.
  1. Retome os conceitos de verossimilhança com os estudantes.
  2. Explique os recursos coesivos utilizados em textos narrativos para conectar e relacionar palavras, orações e partes do texto que ajudam também na progressão textual.
  3. Questione as previsões feitas pelo autor em relação a como seriam os robôs em 2005 e depois em 2015 com os da nossa realidade. Essa “visão futurística” é importante em uma obra de ficção científica?

Discuta essas questões com os estudantes e comente que as obras de ficção científica usam o que conhecem na época da produção, mas criam máquinas, equipamentos, teorias e ideias, por exemplo, para explicar os futuros avanços na área científica e tecnológica.

Para observar e avaliar

Com base nas atividades de compreensão do conto, é possível analisar não apenas a temática, a composição e o estilo desse gênero, mas também resgatar os elementos e a estrutura da narrativa, com a identificação do enredo, dos personagens, do tempo e do espaço da narrativa, do foco narrativo, da situação inicial, do conflito, do clímax e do desfecho.

Organize as duplas de modo que os pares se complementem e um possa ajudar o outro durante a realização das atividades (método peer to peer – veja unidade 1 deste Manual). Observe e avalie como as duplas interagem, identificam as respostas, negociam no caso de divergências e tomam decisões. Acompanhe todo o trabalho e auxilie-os no desenvolvimento das habilidades previstas.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Linguagem verbal e não verbal

Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco. Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. Observem a imagem.

Ilustração. Imagem do Universo, com fundo negro e laranja e com muitas estrelas. À direita, um planeta redondo de cor marrom acinzentada.
  1. Vocês conseguem identificar o que ela representa?
  2. Onde essa imagem poderia ser veiculada?
  3. Para explicá-la, seria possível acrescentar uma legenda. Entretanto, é necessário saber, antes, em que contexto essa imagem seria inserida.

Com base na resposta da questão anterior, imaginem um contexto no qual ela seria pertinente e elaborem uma legenda.

d. No contexto imaginado por vocês, qual contribuição essa imagem daria ao leitor? Por quê?

Os atos comunicativos acontecem por meio da ação da linguagem. De maneira geral, ela pode ser classificada em linguagem verbal e não verbal. A linguagem verbal é aquela que utiliza a palavra, falada ou escrita. Já a linguagem não verbal se vale de imagens, símbolos, gestos, sons Ambas as modalidades são muito importantes e bastante utilizadas no nosso dia a dia, nas mais diversas situações de comunicação.

Respostas e comentários

1.a) Espera-se que os estudantes informem que se trata de um planeta, mais especificamente Mercúrio. Pode-se inferir essa informação com base na sua proximidade com o Sol, cujos raios são visíveis na imagem.

1.b) A imagem pode estar em enciclopédias digitais e físicas, em livros de Ciências, em blogues, entre outros.

1.c) Resposta pessoal. Exemplos: Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol; O planeta Mercúrio e os raios solares; entre outras.

1.d) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que a imagem pode servir como uma ilustração, possibilitando ao leitor visualizar o que está contido no texto escrito.

Língua e linguagem

Linguagem verbal e não verbal

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Reúna os estudantes em pequenos grupos e peça que discutam o que acreditam ser a imagem.
  • Solicite que compartilhem as considerações com os colegas da sala.
  • Permita que os outros estudantes colaborem com as conclusões que discutiram durante a apresentação dos colegas de fórma respeitosa.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1a. Leve os estudantes a refletir sobre o que a imagem representa, faça perguntas para que eles cheguem à resposta sozinhos.

1c. Aqui é importante destacar que, antes de pensar na legenda, os estudantes devem considerar o contexto em que a imagem circularia e a que texto estaria vinculada. Esse aspecto será trabalhado também na atividade 2, adiante.

  • Ao ler o boxe-conceito, peça a eles que deem exemplos de linguagem verbal e não verbal. Para isso, podem utilizar objetos da sala de aula, fazer gestos, sons, desenhar símbolos e mesclar o verbal com o não verbal. O importante é que eles possam relacionar que as duas modalidades estão presentes nas mais diversas situações do nosso dia a dia e fazem parte da comunicação.
  • Proponha o desafio de eles conseguirem transmitir uma mensagem apenas com linguagem não verbal. Para isso, eles podem fazer um jogo de mimicas para descobrir o nome de um filme, de um livro

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê três três

ê éfe seis nove éle pê quatro dois

ê éfe zero oito éle pê um seis

Responda às questões no caderno.

2. Agora, leia este texto sobre Mercúrio.

10 curiosidades sobre Mercúrio

Confira agora as 10 curiosidades deste pequeno e quente planeta 

reticências

10. Mercúrio é o menor planeta do nosso sistema solar – apenas um pouco maior que a Lua da Terra.

9. É o planeta mais próximo do Sol, estando a uma distância de cêrca de 36 milhões de milhas (58 milhões de quilômetros) ou 0,39 .

8. Um dia em Mercúrio (o tempo que leva para Mercúrio girar ou girar uma vez em relação às estrelas) leva 59 dias terrestres. Um ciclo de dia e noite em Mercúrio leva 175.97 dias terrestres. Mercúrio faz uma órbita completa ao redor do Sol (um ano no tempo de Mercúrio) em apenas 88 dias terrestres.

7. Mercúrio é um planeta rochoso, também conhecido como planeta terrestre. Mercúrio tem uma superfície sólida e crivada, muito parecida com a lua da Terra.

6. A fina atmosfera de mercúrio, ou exosfera, é composta principalmente de oxigênio dois, sódio ), hidrogênio dois, hélio ) e potássio . reticências

5. Foi descoberto recentemente que Mercúrio se move como um longo cometa, com uma cauda por trás dele. Essa cauda é composta de átomos de sódio, que saem de sua superfície. Eles são empurrados pela intensa pressão da radiação do Sol, fazendo com que o planeta pareça ter uma longa cauda.

4. Um ano em Mercúrio é de 88 dias, mas um dia solar em Mercúrio equivale a 176 dias terrestres. reticências

3. Nenhuma evidência de vida foi encontrada em Mercúrio. As temperaturas diurnas podem chegar a 430 graus Celsius (800 graus férênrraiti) e cair a menos180 graus Celsius (menos290 graus férênrraiti) à noite. reticências

2. Permanecendo na superfície de Mercúrio, na sua distância mais próxima do Sol, nossa estrela pareceria três vezes maior do que na Terra.

1. Apenas duas missões visitaram este planeta rochoso: em e , que passou três vezes por Mercúrio antes de entrar em órbita em torno de Mercúrio em 2011.

DEZ curiosidades sobre Mercúrio. Diário do Estado, Goiânia, 28 maio 2021. Disponível em: https://oeds.link/kHI4yd Acesso em: 11 junho 2022.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Solicite aos estudantes que no primeiro momento leiam o texto individualmente. Em seguida, convide-os a ler de fórma compartilhada. Para isso, peça ajuda a alguns voluntários ou selecione alguns estudantes para ler em voz alta, enquanto os outros acompanham em silêncio. Proponha revezamentos entre as partes do texto para que mais de um estudante participe. Se achar necessário, faça pausas durante a leitura para chamar a atenção deles sobre algum ponto específico, esclarecendo ou agregando informações que facilitem o entendimento do que foi lido.

Peça aos estudantes que acompanhem atentamente a leitura do texto. Se julgar interessante, solicite que anotem o que acharem necessário para posterior retomada. Articule com eles a ideia de organização das informações essenciais em esquemas ou infográficos, de modo que possam sintetizar os dados essenciais, favorecendo a ampliação da compreensão e análise do que foi lido.

  1. Qual é o objetivo do texto?
  2. Onde ele poderia ser encontrado?
  3. Qual das curiosidades apresentadas chamou mais a sua atenção? Por quê?
  4. A figura apresentada na atividade 1 poderia ser utilizada para ilustrar esse texto? Por quê?

Quando escrevemos um texto, lemos um livro, ligamos para alguém ou conversamos com uma pessoa, estamos utilizando a linguagem verbal. Com relação à linguagem não verbal, ela está presente em diversas situações, por exemplo, no trânsito, quando vemos o sinal vermelho para pedestres, indicando que não devemos atravessar naquele momento, ou em uma conversa, caso utilizemos gestos ou mesmo determinados sons que, naquele contexto, desempenham alguma função e têm algum significado.

Em muitas ocasiões, ambas as linguagens são usadas ao mesmo tempo. Nesse caso, temos a linguagem mista ou híbrida.

3. Observe o cartaz a seguir.

Cartaz. Cartaz na horizontal. À esquerda, um tronco na vertical em marrom, uma criança o abraçando. Ao fundo, local com vegetação. À direita, texto: 21 de setembro Dia da Árvore – Um abraço naquela que faz parte da sua vida! Mais abaixo, detalhe em verde na horizontal.

DIA da Árvore é comemorado com palestras e atividades. Prefeitura de Jahu, , 19 setembro 2018. Disponível em: https://oeds.link/s724Sk Acesso em: 10 junho 2022.

  1. Podemos dizer que nele se utiliza uma linguagem mista?
  2. Observe a imagem presente no cartaz. Em que medida ela contribui para reforçar o que a parte verbal expressa?
Respostas e comentários

2.a) Apresentar ao público dez curiosidades acerca do planeta Mercúrio. Trata-se de um texto de divulgação científica.

2.b) Em jornais (como é o caso), em blogues, em sites específicos e até mesmo em livros.

2.c) Respostas pessoais.

2.d) Sim, pois a imagem retrata Mercúrio, que é o tema do texto lido.

3.a) Sim, pois nele coexistem elementos verbais e não verbais.

3.b) Considerando que o objetivo do cartaz é informar sobre o Dia da Árvore, essa imagem reforça a ideia do cuidado que devemos ter com as árvores, algo que deve ser incentivado desde a infância. Ademais, a ideia de uma criança abraçar uma árvore remete a uma questão de futuro, ou seja, as árvores são imprescindíveis para o futuro do planeta.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Nesta dupla de páginas, é possível trabalhar a ó dê és 15 Vida terrestre, despertando a atenção dos estudantes para a necessidade de proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de fórma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.

2a. Reconhecer o objetivo do texto é uma importante análise a ser feita no processo de compreensão leitora. Oferecer atividades que favoreçam a identificação do propósito de determinado texto possibilita aos estudantes encontrar o sentido para aquela leitura, ter ciência de que aquele texto foi escrito por um ou mais motivos.

2c. Permita aos estudantes que compartilhem suas respostas, dizendo suas percepções sobre a leitura. Trabalhe com a ideia de que não existe certo ou errado e que a construção do conhecimento acontece de fórmas variadas e em ritmos diferentes.

2d. Demonstre aos estudantes que as imagens ajudam o leitor a visualizar de fórma mais clara o que está sendo falado.

3. Solicite aos estudantes uma observação atenta da imagem, levando em conta os aspectos multissemióticos, ou seja, todos os elementos representados por cada parte do texto escrito, incluindo as cores das letras, o tipo e tamanho de fonte, bem como a imagem e o que ela representa na composição do cartaz.

3a. Depois dessa observação, peça a eles que notem como um elemento complementa o outro. Destaque o uso da palavra “abraço”, que vai representada por mãos que abraçam a árvore, por exemplo. Discuta a importância da linguagem não verbal em cartazes e nos anúncios que circulam na sociedade em geral.

3b. Solicite aos estudantes que vejam que o cartaz faz referência ao Dia da árvore. Mostre a importância da criança abraçando a árvore como um gesto de carinho e agradecimento pelos benefícios que ela traz à sociedade, já que pode ser considerada um equilíbrio para a vida na Terra. Solicite aos estudantes que imaginem se uma outra imagem faria o mesmo efeito.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero dois

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

4. Analise esta tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por cinco quadros. Apresenta como personagens: Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, camiseta em laranja. Mãe de Armandinho, vista da cintura para baixo, saia em lilás até os joelhos, com meia calça em azul e par de sapatos em roxo. Pai de Armandinho, homem visto da cintura para baixo de calça em azul e sapatos em cinza. Um sapinho verde, olhos e boca pretos. Q1 – À esquerda, mãe de Armandinho à esquerda e Armandinho de frente para ela, abraçando suas pernas. Ele está de olhos fechados e sorrindo. Q2 – À esquerda, Armandinho abraçando as pernas do pai, com os braços abertos, olhos fechados, sorrindo, com a cabeça levantada para cima. Q3 – Armandinho com o corpo para a esquerda, de olhos fechados, sorrindo e abraçando o sapinho. Este o olha para ele sorrindo. Q4 – À esquerda, sapinho olhando para a direita, sorrindo. Ao lado dele, Armandinho com o corpo para a direita, de costas para o sapo. Q5 – À esquerda, sapinho na mesma posição e, à direita, Armandinho abraçando uma árvore, de olhos fechados e sorrindo.

BECK, Alexandre. Armandinho. abre colchetesem localfecha colchete, 21 setembro 2015. Facebook: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/C8Irzs Acesso em: 10 junho 2022.

  1. A tirinha foi publicada no dia 21 de setembro, na página oficial do Armandinho. Que relações você observa entre essa tirinha e o cartaz analisado anteriormente?
  2. Qual é a linguagem utilizada nessa tirinha?
  3. Embora não haja texto escrito, é possível compreender o objetivo do cartunista. Observe as ações praticadas por Armandinho e informe de que maneira ele consegue conscientizar o leitor sobre a importância do Dia da Árvore.
  4. Agora, imagine que você é o cartunista e optou por acrescentar texto escrito a essa tirinha. Mantendo o objetivo e considerando a ocasião em que ela circulou, acrescente possíveis falas aos personagens presentes nessa situação de comunicação.
  5. Considerando que, a partir de então, a tirinha também passou a ter texto escrito, como se classifica a linguagem nela empregada?
  6. Analise mais uma vez as cenas retratadas na tirinha. Considerando os significados que podemos construir a partir delas, em que outro contexto ela poderia ser publicada? Justifique sua resposta.
  7. Com base no que estudamos nesta seção, é possível afirmar que existe uma hierarquia entre as linguagens? Em outras palavras, uma modalidade pode ser considerada melhor ou pior que a outra? Justifique sua resposta.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, discutam sobre o tema Dia da Árvore.
    1. Qual a importância de haver esse dia no calendário?
    2. As ações em prol da preservação das árvores devem se restringir a apenas esse dia?
Respostas e comentários

4.a) Ambas têm alguma relação com o Dia da Árvore: mostram o gesto simbólico de abraçar uma árvore, o que indica não só sentimento, como também proteção.

4.b) A linguagem não verbal.

4.c) Armandinho promove uma sequência de abraços, demonstrando afeto a todos os seres que o rodeiam, ou seja, os seres humanos, a fauna e a flora. Mostra assim que o amor deve ser universal, estendido a tudo que faz parte do planeta.

4.d) Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

4.e) Linguagem mista ou híbrida.

4.f) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes digam que essa tirinha poderia circular em contextos que tratem do respeito ao meio ambiente, pois são ações que contemplam não só seres humanos, como também a fauna e a flora.

4.g) Não existe modalidade melhor ou pior. O falante se vale dessas modalidades a depender do contexto em que se encontra e do objetivo que tem ao se comunicar. O importante é que a mensagem seja compreensível.

5. Respostas pessoais.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

4. Na atividade anterior, os estudantes viram no cartaz que em 21 de setembro se comemora o Dia da árvore. Sabendo dessa informação, espera-se que eles consigam fazer a associação de que a tirinha do Armandinho, publicada em 21 de setembro, simboliza a homenagem do personagem a essa data especial.

4b. Esta é uma oportunidade de explorar o texto não verbal com os estudantes. Leve-os a perceber que em alguns contextos é possível compreender a mensagem apenas por meio da linguagem não verbal.

4d. Retome as características do texto escrito nas tirinhas. Sugira que reproduzam a tirinha no caderno, fazendo uso dos balões de fala e de recursos como a onomatopeia, por exemplo.

4e. Explique aos estudantes o que é linguagem mista, caso eles apresentem qualquer tipo de dificuldade em entender esse conceito.

4g. Colabore nas discussões para que os estudantes entendam que não há uma linguagem superior a outra. Há a linguagem que é mais adequada de acordo com o contexto.

5. Organize para que os grupos possam compartilhar suas discussões sobre as duas questões propostas com a turma.

ORTOGRAFIA

Uso da vírgula entre termos da oração

Responda às questões no caderno.

1. Leia este trecho de uma notícia.

Índice de reciclagem no Brasil é de apenas 4%, diz Abrelpe

País produz 27,7 milhões de toneladas anuais de resíduos recicláveis

No Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo, índice muito abaixo de países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, que apresentam média de 16% de reciclagem, segundo dados da International Solid Waste Association ).

“Nós estamos [reciclando] quatro vezes menos que esses países. Temos que acelerar”, afirmou o presidente da instituição, Carlos Silva Filho, que também é diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Em relação aos países desenvolvidos, o caminho a percorrer é ainda mais longo. Na Alemanha, por exemplo, o índice de reciclagem alcança 67%. “O Brasil está 20 anos atrasado em relação a esses países”, afirmou Silva Filho.

reticências

GANDRA, Alana. Índice de reciclagem no Brasil é de apenas 4%, diz Abrelpe. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 5 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/jJRyyt Acesso em: 10 junho 2022.

  1. Qual é o tema da notícia em questão?
  2. A autora estabelece um comparativo do Brasil com duas outras realidades. Quais são elas?
Ilustração. Símbolo de reciclagem, composto por três flechas em verde, com a ponta inferior dobrada para dentro. Ao redor delas, listras em tons de verde, com folhas e flores. As três flechas fazem o formato de um triângulo.
Desde 1971, o símbolo com três setas é utilizado para identificar que o material é reciclável.
Respostas e comentários

1.a) O fato de o índice de reciclagem no Brasil ser de apenas 4%.

1.b) O Brasil é comparado a países da mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, bem como a países desenvolvidos.

Ortografia

Uso da vírgula entre termos da oração

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Proponha a leitura da notícia de fórma silenciosa para um primeiro contato com o texto. Em seguida, oriente os estudantes a se reunirem em pequenos grupos para reler, cada um lendo um trecho, para depois discutir o assunto tratado.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1a. Espera-se que os estudantes sejam capazes de localizar a informação explícita solicitada no texto. Caso perceba dificuldades, oriente-os a reler o título e o lide, que podem colaborar nesta identificação.

1c. Retome com os estudantes o conceito de aposto explicativo para que eles possam estabelecer relação das vírgulas nos termos da oração. Comente que o aposto tem a função de individualizar ou especificar um termo da oração.

1d. Caso seja relevante e os estudantes não identifiquem com facilidade, relembre com eles a função dos adjuntos adverbiais, comentando que são um termo acessório que serve para acrescentar um dado novo ao núcleo do substantivo.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe zero oito éle pê zero quatro

ê éfe zero oito éle pê zero seis

ê éfe zero oito éle pê um zero

ê éfe zero oito éle pê um seis

c. Na unidade anterior, aprendemos a utilizar a vírgula para separar apostos explicativos. Retire do texto um aposto explicativo separado por vírgulas.

Orientação para acessibilidade

Atividade 1, item c.

Caso haja estudantes cegos na turma, é válida uma leitura oral do texto indicando os trechos em que há vírgula para marcar aposto.

d. Em “No Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo”, qual é a função sintática do termo destacado?

Versão adaptada acessível

Atividade 1, item d.

Em “No Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo”, qual é a função sintática de “No Brasil”?

Além de ser usada nos casos de aposto e vocativo, a vírgula também é utilizada para separar termos compostos, adjuntos adverbiais deslocados e expressões explicativas em uma oração.

Com relação aos adjuntos adverbiais, seu posicionamento mais comum é no fim da oração. Ao ser deslocado para o começo ou para o meio, ele pode ser separado por vírgula, dependendo de sua extensão. No caso das expressões explicativas, isto é, aquelas usadas para explicar melhor uma ideia, elas são sempre separadas por vírgulas. O mesmo acontece com os termos compostos, ou seja, aqueles que têm mais de um elemento que os formam.

2. Leia mais um trecho da mesma notícia. Em alguns momentos, a vírgula foi propositalmente omitida. No caderno, indique os termos que devem ser separados por vírgula, considerando o que estudamos agora.

reticências

O presidente da Abrelpe afirmou que nos últimos anos houve um movimento positivo de regulação do setor por parte do Poder Público. Em abril deste ano por exemplo foi publicado decreto federal que criou o Programa Recicla+, de créditos para a reciclagem e de estímulo a esse mercado.

Ele lembrou ainda da aprovação em abril passado do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), que trouxe metas para os próximos 20 anos para a reciclagem de materiais, valorização, aproveitamento de resíduos. “Acho que agora a gente tem o arcabouço completo para esse setor avançar. Precisamos realmente fazer disso uma realidade, transformar tudo isso que está à disposição do mercado em números que venham refletir a reciclagem”, afirmou Silva Filho.

O Planares determina o aumento crescente da recuperação de resíduos e estabelece meta de 50% de aproveitamento em 20 anos. Assim, metade do lixo gerado passará a ser valorizado por meio da reciclagem, compostagem, biodigestão e recuperação energética.

reticências

Respostas e comentários

1.c) Possibilidades de resposta: “índice muito abaixo de países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico”; “como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia”; “Carlos Silva Filho”.

1.d) Adjunto adverbial.

2. Trechos com vírgulas: “O presidente da Abrelpe afirmou que, nos últimos anos, reticências”; “Em abril deste ano, por exemplo, foi reticências”; “Ele lembrou ainda da aprovação, em abril passado, do Plano Nacional reticências”; “‘Acho que, agora, a gente reticências’”; “reticências e estabelece meta de 50% de aproveitamento, em 20 anos.”.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Ao explicar o boxe-conceito, exemplifique com o primeiro parágrafo, o termo “como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia” é composto, e seus elementos são separados por vírgula. Já a oração “Na Alemanha, por exemplo, o índice de reciclagem alcança 67%” apresenta dois exemplos desses termos: “Na Alemanha” é um adjunto adverbial e “por exemplo” é uma expressão explicativa.
  • Comente com os estudantes que existe uma ordem direta da oração, que é composta de termos na seguinte ordem: sujeito – verbo – complemento. Nesse caso, não se usa vírgula para separar ou isolar termos, uma vez que todos ocupam seus lugares de origem.
  • Enfatize também que a questão do uso da vírgula com adjuntos adverbiais depende também da ênfase que se pretende dar à circunstância expressa pelo advérbio. Inclusive, mesmo no fim da oração, é possível virgular determinado adjunto adverbial, embora não seja necessário, de acordo com as convenções gramaticais. Do mesmo modo, a virgulação de adjuntos adverbiais que não são extensos fica a critério do autor do texto.

2. No último parágrafo, explique aos estudantes que “em 20 anos” é um exemplo de adjunto adverbial no fim da oração. No caso, ele não precisaria ser virgulado, porém o autor optou pelo isolamento, a fim de enfatizar a circunstância temporal.

EU VOU APRENDER Capítulo 2

Aventuras pelo mundo

Júlio Verne é considerado um dos pioneiros da ficção científica. O autor, em seus livros, apresenta conceitos científicos e tecnológicos e descreve equipamentos e meios de transporte que seriam inventados muito tempo depois, como a televisão, o helicóptero e o avião. Ele mescla com propriedade explicações científicas, verdadeiras ou não, à narrativa, o que confere verossimilhança às suas histórias.

A história que você vai ler a seguir, repleta de aventuras e emoções, é o início de um dos clássicos de Júlio Verne. Nela, o leitor irá participar de uma jornada cheia de percalços, que só é possível graças aos avanços tecnológicos do imaginário do autor.

  1. Você já leu algum livro de Júlio Verne? Em caso afirmativo, qual?
  2. Se não leu, gostaria de se aventurar lendo um deles? Por quê?
  3. Leia o título da narrativa reproduzida a seguir.
    1. Você acha possível dar a volta ao mundo em 80 dias hoje? Por quê?
    2. E naquela época? Por quê?
Ilustração. Um livro aberto de capa cinza, com desenhos em tons de cinza, acima de uma esfera terrestre ao centro, e nuvens de fumaça nas páginas ao redor. Acima, um automóvel antigo, com duas rodas passando, similar ao fundo de uma charrete, conectado a uma lupa sobre a esfera terrestre. Dentro do automóvel, vê-se duas pessoas nas janelas. Uma à esquerda, jovem com o braço direito esticado para o alto, com um chapéu pequeno, de cabelos claros e camisa por dentro, de colete. À direita, homem de cabelos escuros, com casaco antigo, braço esquerdo esticado para cima, segurando um chapéu escuro. Mais, ao fundo, uma torre na vertical com um relógio arredondado na parte superior. Em segundo plano, metade da esfera terrestre com linhas contornando de modo disforme os continentes. Na parte superior, seis monumentos: templo budista, pirâmides, estátua da liberdade, torre Eiffel, torre de pisa e um arco.
Respostas e comentários

1 a 3. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Eu vou aprender

Aventuras pelo mundo

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Leia o texto introdutório do capítulo, relembre oralmente o conceito de “verossimilhança” com os estudantes e pergunte a eles se já ouviram falar do autor Júlio Verne.
  • Proponha aos estudantes que façam uma pré-leitura do texto. Peça a eles que leiam o título e que imaginem o que pode conter na história.
  • Providencie dicionários para que os estudantes possam buscar palavras do texto que desconheçam o significado.
  • Chame a atenção dos estudantes durante a leitura para os aspectos culturais e sociais, além dos humanos, que fazem parte da narrativa, como alguns locais de Londres ou os hábitos e costumes dos Lords e gentlemen daquela época, como frequentar clubes, além da grande diferença entre as classes sociais.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Em caso afirmativo, peça aos estudantes que compartilhem a experiência de leitura com os colegas, comentando os detalhes que recordarem.
  2. Estimule os estudantes a ler não somente textos deste autor. Incentive-os a serem mais autônomos na busca de leituras, fazendo pesquisas na biblioteca da escola ou de fórma virtual. Assim, entre outros benefícios, poderão aumentar a fluidez na leitura, como também o repertório cultural.

3a. Promova entre os estudantes um ambiente acolhedor para que possam expor suas opiniões. Combine com a turma que os momentos de compartilhar as ideias devem servir para ampliar o entendimento, favorecer o diálogo e a discussão do tema proposto, por isso devem ocorrer de fórma respeitosa.

3b. Caso seja necessário, contextualize a época em que o conto foi escrito e as dificuldades que havia para viagens. Lembre aos estudantes que, naquela época, pós-primeira Revolução Industrial, a produção do carvão estava em alta e era ele que movia trens e navios a vapor. No entanto, eram basicamente esses os meios de transporte de viajantes naquele tempo, pois as viagens eram feitas por terra ou mar/rio; ainda não havia sido inventado o avião, por exemplo.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe oito nove éle pê três dois

ê éfe oito nove éle pê três três

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um cinco

A volta ao mundo em 80 dias

1. , um homem de poucas palavras e muitos mistérios

Em 2 de outubro de 1872, na casa número 7 da rua Saville Row, em Londres, morava . Homem de poucas palavras, fazia da sua vida uma rotina perfeita. Seus movimentos obedeciam aos ponteiros de um relógio. Tudo deveria ser executado de fórma exata. Nem um segundo a mais, nem um segundo a menos. Esse rigor era tão grande que custou caro a um criado ao preparar a loção para fazer a barba de seu patrão. Ele errou a temperatura, aquecendo a água a 29ºvinte e nove reais, em vez de 30ºtrinta reais. Só por isso, ou melhor, por tudo isso, ele foi demitido e, naquele mesmo dia, substituído por um jovem francês, chamado .

Passepartout: pronuncia-se Passpartu.

Phileas: pronuncia-se Fíleas.

Em meio a tanta precisão, a vida de era, todavia, um mistério para todos. Seria um homem rico? Difícil negar. No entanto, como havia feito sua fortuna? Não se podia imaginar. Teria viajado bastante? Provavelmente, pois conhecia os mapas como ninguém. Mas para onde? Impossível afirmar. Havia parentes e amigos? Nunca se tivera notícia. Era sócio do . E isso era tudo.

Como todos os dias, deixou sua casa quando os ponteiros do Big Ben marcavam precisamente 11h30mil cento e trinta reais. Após seguir o mesmo caminho, pisando quinhentas e setenta e cinco vezes com o pé direito e quinhentas e setenta e seis vezes com o pé esquerdo, rigorosamente à frente do direito, o misterioso cavalheiro chegou ao Reform Club.

Sua rotina obedeceu ao ritual de sempre: sentado à mesma mesa, pediu o mesmo prato e terminou sua refeição pontualmente às 12h47.mil duzentos e quarenta e sete reais Em seguida, dirigiu-se ao grande salão onde leu dois jornais até o jantar. Por fim, no mesmo salão, às 5h40quinhentos e quarenta reais da tarde, começou a ler o terceiro jornal do dia.

parecia estar acorrentado ao seu relógio de bolso. Ou era o tempo que nunca lhe escapava? Um acontecimento inesperado, no entanto, poderia colocar à prova toda a sua vida tão regrada...

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Comente que essa história pode ser considerada uma narrativa de aventura, mas com traços de ficção científica ao trazer elementos como meios de transporte e cálculos matemáticos para poder fazer a jornada em 80 dias, feito inédito e praticamente impossível para a época apesar dos avanços com as estradas de ferro e com navios a vapor mais rápidos.
  • Solicite aos estudantes que façam a leitura do conto primeiro de fórma individual, anotando o que possivelmente queiram discutir com a turma posteriormente. Após a leitura individualizada, faça a leitura coletiva com eles. Caso veja necessidade, interrompa nos momentos que considerar importante.
  • Chame a atenção dos estudantes durante a leitura para os aspectos culturais e sociais que fazem parte da narrativa, como alguns locais de Londres, a época em que foi escrito, os hábitos e costumes da época, a classe social retratada, entre outros.

2. Uma conversa que poderá custar muito caro a

Após a leitura do jornal, encontrou seus cinco tradicionais colegas de jogo de cartas. Personagens ilustres e poderosos, eles discutiam o assunto mais comentado em todo o país: o incrível roubo de cinquenta e cinco mil librasglossário do Banco da Inglaterra.

– Acho que não vão conseguir prender o ladrão – afirmou o engenheiro .

– Ele não poderá escapar! – discordou Gauthier Ralph, um dos administradores do banco, que acrescentou: – Muitos inspetores de polícia já estão no seu encalçoglossário .

– Mas o mundo é muito grande! – insistiu Istíuart.

– Não é mais – contrariou , à meia-voz.

– Como assim? Por acaso a terra diminuiu de tamanho? – perguntou

Istíuart.

– Sem dúvida, agora é possível percorrê-la em apenas oitenta dias – respondeu Ralph.

– É verdade, senhores – interrompeu o banqueiro .

– Oitenta dias desde que o trecho da ferrovia entre e , na Índia, foi inaugurado. Vejam os cálculos feitos pelo jornal Morning Chronicle:

Cálculo para a Volta ao Mundo em 80 dias

De Londres a Suez pelo monte Cens e Brindisi, Ferrovia e Barcos …………………………..………..… 7 dias

De Suez a Bombaim, barco ……………………………………………………………………………………..……….…..…. 15 –

De Bombaim a Calcutá, ferrovia ………………………………………………………………………………………….……… 3 –

De Calcutá a Róng Kóng, barco …………………………………………………………………………………..…….….…. 13 –

De Róng Kóng a iôcorrâma, barco …………………………………………………………………………………...…….… 6 –

De iôcorrâma a São Francisco, barco …………………………………………………………………………….……... 22 –

De São Francisco a Nova Iorque, ferrovia ………………………………………………………………………..…..…. 7 –

De Nova Iorque a Londres, barco e ferrovia …………………………………………………………………….…….… 9 –

Total 80 dias

– Mas não podemos deixar de considerar o mau tempo, os ventos contrários, os naufrágios e os descarrilamentosglossário de trens – rebateu Istíuart.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Continue a leitura do texto com os estudantes realizando pausas, se necessário, para complementar alguma informação ou esclarecer algum ponto em que perceba necessidade de ampliação.
  • Explore com os estudantes as sequências narrativas e descritivas, mostrando as diferenças entre esses trechos.
  • Peça aos estudantes que tentem compreender as palavras desconhecidas pelo contexto. Caso não seja possível, chame a atenção deles para o glossário no fim da página. Se ainda persistir alguma palavra incompreendida, oriente-os a pesquisar em dicionários.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe oito nove éle pê três dois

ê éfe oito nove éle pê três três

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um cinco

– Não! Incluindo tudo isso – insistiu .

– Na teoria, mister , o senhor tem razão, mas na prática...

– Na prática também, mister Istíuart.

– Aposto quatro mil libras que isso é impossível! – disse Istíuart.

– E eu aposto vinte mil libras com os cavalheiros que consigo dar a volta ao mundo em oitenta dias – rebateu .

– Isso é uma loucura! – gritou .

– Não é. Aceitam a aposta?

– Aceitamos! – responderam os colegas em coro.

– Embarco no trem que parte para Dover hoje, quarta-feira, às 8h45oitocentos e quarenta e cinco reais. Deverei estar de volta a este salão no sábado, 21 de dezembro, às 8h45oitocentos e quarenta e cinco reais da noite. Exatamente oitenta dias depois. Nenhum segundo a mais.

reticências

Dover: Porto ao sul da Inglaterra com ligação via balsa com o norte da França.

Mister: Para facilitar a leitura, optamos pela fórma como é pronunciado Mr., tratamento dado a um senhor.

Ao chegar à estação de Charing Cross, a dupla encontrou os cinco colegas do Reform Club, perfilados na plataforma de embarque. dirigiu-se a eles e disse:

– Senhores, estou de partida. Todos os carimbos do meu passaporte permitirão, quando retornar, que confirmem meu itinerário.

deu um passo adiante e alertou-o:

– Não se esqueça de que o senhor deverá estar de volta...

– Em oitenta dias – emendou mister , que acrescentou: – Sábado, 21 de dezembro de 1872, às 8h45 da noite no grande salão do . Até breve, cavalheiros.

reticências e , a bordo do vagão da primeira classe, partiram rumo a Dover, primeiro destino da desafiadora volta ao mundo.

reticências

Ilustração em preto e branco. Vista geral de local, cada um com uma torre na vertical com um sino e, ao centro, galpão de formato arredondado. Na parte inferior, ao centro, linhas de locomotiva antiga e algumas pessoas em pé no local. Ao centro, uma locomotiva passando, jorrando fumaça para o ar. À esquerda e à direita, moradias da cidade. No alto, céu com nuvens esparsas.

VERNE, Jules. A volta ao mundo em 80 dias. Tradução e adaptação de Beto Junqueira. Itapira: Estrela Cultural, 2018. página 5-12.

Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Comente com os estudantes sobre a estação de Charing Cross. Mostre a eles a ilustração de 1866, data próxima à da viagem da história. A estação situa-se na região central de Londres, sendo usada como marco a partir do qual são medidas as distâncias da cidade.
  • Comente que, nessa adaptação, foi mantido o nome em francês do autor Jules Verne.
  • Ao final da leitura, faça uma roda de conversa e pergunte a eles o que entenderam sobre o texto de fórma geral. Dê oportunidade para que todos possam contribuir, mesmo que o texto tenha de ser lido mais de uma vez para que todos participem. Durante a leitura, faça com os estudantes uma análise global: Qual é o enredo? Quais são os personagens? Onde a história acontece? Quem é o narrador? Quais são os conflitos? Como ocorre o desfecho?
  • Estimule-os a pensar se hoje seria mais fácil dar a volta ao mundo em 80 dias e peça que justifiquem o porquê da resposta.

COMPREENSÃO TEXTUAL

Responda às questões no caderno.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.

1. O que você achou do início dessa história? Você acha que irá conseguir dar a volta ao mundo em 80 dias? Por quê?

Ilustração. Ícone. Duas silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, um balão de fala quadrado.

2. Logo no começo da narrativa, é possível perceber alguns elementos importantes para compreendê-la. No caderno, façam um quadro, como o do modelo, para contextualizar a história e conhecer os personagens principais.

Ícone. Modelo.
Observações iniciais

Quando acontece a história?

Onde acontece?

Quem é Phileas Fogg?

Quem é Passepartout?

Em quais cenários acontecem a história?

  1. Como o autor deixa claro para o leitor quão preciso e metódico é ?
  2. aparece como um personagem discreto e reservado. Em que passagem do texto podemos perceber isso?

Como essas características do personagem ajudam na compreensão narrativa?

5. No primeiro capítulo, observamos a predominância dos verbos no pretérito imperfeito do indicativo. No entanto, em alguns momentos no segundo parágrafo, é empregado o futuro do pretérito do indicativo. Qual foi a intenção do autor ao utilizar esse tempo verbal?

Ilustração. À frente, local com um rio de águas em azul. À direita, uma ponte em bege com arcos. Mais ao fundo, à esquerda, prédio com duas torres em tons de marrom e bege. Ao centro, uma torre fina na vertical, com relógio redondo na parte superior. Mais à direita, prédios de tamanho médio e, mais acima, céu em azul-claro, com nuvens brancas esparsas.
A torre do Big Ben, que abriga o mais famoso relógio do mundo, é considerada um dos símbolos de Londres. Situada junto ao Palácio de Westminster, séde do Parlamento Britânico, fica às margens do rio Tâmisa.
Respostas e comentários

1. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

2. Ver respostas nas orientações didáticas.

3. As sequências narrativo-descritivas logo no início, como: “água a 29ºvinte e nove reais, em vez de 30ºtrinta reais”, “precisamente 11h30mil cento e trinta reais”, “pisando quinhentas e setenta e cinco vezes reticências do direito”.

4. No segundo parágrafo, quando alguns questionamentos sobre o personagem são feitos pelo narrador.

4.• Ver resposta nas orientações didáticas.

5. Ver orientações didáticas.

Compreensão textual

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Explore com os estudantes o que eles pensam ser difícil ou fácil para que fosse possível essa volta ao mundo em 80 dias.
  2. Pergunte quem são os personagens secundários que aparecem no trecho lido (). Embora seja mencionado que ele “encontrou seus cinco tradicionais colegas de jogo de cartas”, os únicos que aparecem nos diálogos são os três mencionados antes. A história acontece em 2 de outubro de 1872, na casa número 7 da rua Saville Row, em Londres. é um homem de poucas palavras, segue uma rotina metódica e precisa, é rico, envolto em mistérios e aparentemente sozinho. Passepartout é um jovem francês, empregado por como um tipo de valete. As cenas iniciais se passam na casa de , nas ruas do trajeto da casa de até o clube, no Reform Club, na estação de Charing Cross.
  3. Converse com os estudantes sobre as sequências textuais e dê exemplos de sequências narrativas e descritivas no texto. Fale também que algumas vezes há o uso de mais de uma sequência textual, dependendo do gênero textual, no entanto há sempre uma sequência predominante. Em uma narrativa, por exemplo, a sequência narrativa sempre será a predominante, embora também possa haver a descritiva ou outras.
  4. Elas dão a entender que apenas uma pessoa extremamente metódica conseguiria cumprir um cronograma de viagem tão audacioso e considerado por muitos um feito impossível para a época, quando os principais meios de transporte de longas distâncias, que aparecem nos cálculos do jornal, deveriam ser feitos por mar (navio a vapor) ou terra (ferrovia).
  5. Os estudantes devem perceber que os verbos no futuro do pretérito do indicativo indicam ao leitor fatos hipotéticos, que podem ou não ser verdadeiros, o que aumenta o clima de mistério em torno da vida pessoal do personagem. Os tempos verbais também ajudam o leitor na coesão textual como um recurso gramatical. A alternância entre os tempos verbais dá a progressão ao texto, encadeando-o de fórma linear entre o que já aconteceu em um passado próximo ou distante da narrativa ou mesmo hipotético. Já os verbos no pretérito perfeito apresentam fatos, ações, pensamentos já concluídos; o imperfeito indica ações frequentes.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

ê éfe seis nove éle pê quatro nove

ê éfe zero oito éle pê um três

ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um cinco

6. No trecho seguinte, observe as palavras destacadas.

Versão adaptada acessível

Atividade 6

Leia o trecho a seguir observando as seguintes palavras: “todos os dias”, “deixou”, “quando”, “marcavam”, “precisamente”, “mesmo”, “rigorosamente”, “misterioso” e “chegou”.

Como todos os dias, deixou sua casa quando os ponteiros do Big Ben marcavam precisamente 11h30mil cento e trinta reais. Após seguir o mesmo caminho, pisando quinhentas e setenta e cinco vezes com o pé direito e quinhentas e setenta e seis vezes com o pé esquerdo, rigorosamente à frente do direito, o misterioso cavalheiro chegou ao Reform Club.

  1. A que classes gramaticais elas pertencem?
  2. Que efeitos de sentido essa seleção lexical atribui ao texto?

Em um texto narrativo, as escolhas de palavras ou expressões têm o objetivo de criar efeitos de sentido no leitor, encadeando as ideias e proporcionando a coerência textual. Com isso, por mais que o personagem, ou personagens, ou o narrador não exprimam explicitamente suas intenções, a seleção lexical utilizada por eles está cheia de significados.

7. Leia este trecho e responda às perguntas.

parecia estar acorrentado ao seu relógio de bolso. Ou era o tempo que nunca lhe escapava? Um acontecimento inesperado, no entanto, poderia colocar à prova toda a sua vida tão regrada...

  1. Na sua opinião, o que o autor quis dizer ao fazer a pergunta retórica destacada nesse trecho? Por quê?
  2. As reticências foram utilizadas como um recurso expressivo pelo autor. O que elas indicam nesse contexto?
Versão adaptada acessível

Atividade 7, itens a, b

  1. Na sua opinião, o que o autor quis dizer ao fazer a pergunta retórica “Ou era o tempo que nunca lhe escapa?” Por quê?
  2. As reticências no fim do trecho foram utilizadas como um recurso expressivo pelo autor. O que elas indicam nesse contexto?
  1. No segundo capítulo, o leitor fica sabendo qual é o acontecimento inesperado que pode pôr em risco a vida regrada de . Podemos considerá-lo o conflito da história? Por quê?
  2. O desafio de foi lançado e aceito. Você acha que os viajantes conseguirão retornar ao Reform Club no sábado, 21 de dezembro de 1872, às 8h45 da noite? Por quê?
Respostas e comentários

6.a) Todos os dias – locução adverbial – circunstância de frequência. Quando – advérbio – circunstância de tempo. Deixou, marcavam, chegou – verbos (pretérito perfeito do indicativo). Precisamente, rigorosamente – advérbios – circunstância de modo. Mesmo, misterioso – adjetivos.

6.b) Ver resposta nas orientações didáticas.

7.a) Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

7.b) Elas estão relacionadas ao “acontecimento inesperado” e provocam uma reação de expectativa no leitor quanto ao que irá acontecer.

8. Sim, pois a viagem em 80 dias proposta por é um acontecimento mais do que inesperado para quem faz tudo sempre igual todos os dias. É a partir desse conflito que se desenvolve a história.

9. Resposta pessoal. Ver orientações didáticas.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Comente com os estudantes que, ao introduzir “tivera”, pretérito mais-que-perfeito, o autor indica um acontecimento ainda mais distante dos fatos narrados.
  • Para a legenda da foto: comente com os estudantes que Big Ben é um grande sino localizado no interior da ElizabétiTower, o Great Bell. Na torre, há também o Great Clock, considerado um dos relógios mais precisos do mundo, que funciona desde 1859.

6a. Retome com os estudantes as classes gramaticais contempladas nos exercícios caso haja necessidade, mesmo que seja brevemente. Comente que esse entendimento facilita a compreensão dos efeitos de sentido provocados por elas.

6b. Elas causam impacto no leitor para que ele compreenda como é o ritual diário de , milimetricamente planejado para que nada interrompa o rigor e a precisão em suas ações e hábitos, de modo a manter sua vida dentro de uma rotina previsível e impecável.

7a. Explique aos estudantes que uma pergunta retórica é aquela feita não com a intenção de obter uma resposta, e sim de provocar uma reflexão. Pode ser sarcástica ou irônica. Dê exemplos: Você acha que dinheiro nasce em árvore?, entre outros. Estimule-os a levantar hipóteses sobre por que o tempo não podia escapar.

  • Espera-se que os estudantes possam discutir e chegar a uma conclusão: se é dependente do relógio de bolso ou se ele estava sempre atento ao “passar do tempo”. Chame a atenção para o uso do verbo “acorrentar” e o efeito de sentido atribuído por ele na relação entre e o relógio, bem como “escapar” na pergunta retórica, estabelecendo a relação de dependência de e o tempo para que não houvesse surpresas.

9. Espera-se que os estudantes possam defender suas opiniões sobre o cumprimento ou não do prazo estabelecido por . Incentive-os a ler o restante da história para descobrir o que acontece até o retorno dos personagens a Londres.

Para ampliar

BEZERRA, Maria Auxiliadora. Sequências textuais. Glossário Ceale, Belo Horizonte, Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, [sem data]. Disponível em: https://oeds.link/u55L60. Acesso em: 23 julho 2022.

A VOZ DO AUTOR

Júlio Verne

Ilustração. Um homem visto dos ombros para cima, olhando para frente. Ele tem cabelos, barba, bigode grisalhos, olhos claros, usando camisa de gola em branco, gravata escura, com casaco por cima em marrom. O fundo é de cor verde.

Nome:

Jules Gabriel Verne
(em português: Júlio Verne)

Profissão:

Estudou Direito, foi corretor da bolsa e escritor.

Nascimento:

8 de fevereiro de 1828, em Nantes, na França.

Falecimento:

24 de março de 1905, em Amiens, na França.

Júlio Verne é um importante escritor da literatura mundial. Como você já sabe, em suas incríveis aventuras de ficção científica, ele previu o surgimento de vários avanços tecnológicos muito à frente de seu tempo.

1. Leia este trecho de uma matéria sobre o escritor.

Conheça a história de Júlio Verne, célebre escritor de ficções científicas

reticências

Para escrever, Júlio Verne se baseava em uma vasta pesquisa, interessando-se por regiões ainda pouco conhecidas e estudos científicos ainda em estágios iniciais. A tudo isso, ele unia a aventura e a imaginação. Sua obra foi considerada futurista e até mesmo fantasiosa, pois muitos não acreditavam que seria possível a existência de tantos elementos que ele incluía em sua obra. No entanto, muitos deles se confirmaram:

Avião e helicóptero

No livro , o conquistador, de 1886, Júlio Verne descreveu um protótipo de veículo voador, o Albatroz. Mesmo com a existência dos balões aerostáticos, o escritor foi considerado ousado por pensar em um veículo mais pesado do que o ar.

Respostas e comentários

A voz do autor

Júlio Verne

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Convide os estudantes a pensar nas produções do autor com base nas leituras realizadas. Quais foram as ideias e os sentimentos despertados com as leituras? Foi possível conhecer um pouco Júlio Verne? Esclareça que nestas páginas será possível conhecer um pouco mais o autor.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Realize uma primeira leitura em voz alta e peça aos estudantes que acompanhem silenciosamente. Em seguida, proponha que se dividam em grupos pequenos para realizar uma segunda leitura de fórma compartilhada entre os integrantes do grupo. Cada um lê um trecho e, ao final, cada um comenta um pouco sobre o que compreendeu.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe oito nove éle pê três dois

Conquista da Lua

No romance Da Terra à Lua, publicado em 1865, Verne descreveu o que ocorreria mais de 100 anos depois, em 1969.

Computador

Na obra Paris no século vinte, que foi publicada após a sua morte, apenas em 1989, o escritor descreve instrumentos “que se assemelham, com efeito, a um grande piano; pressionando as teclas de um painel, obtinham-se totalmente as somas, as subtrações e as multiplicações”. reticências

SANTANA, Ana Elisa. Conheça a história de Júlio Verne, célebre escritor de ficções científicas. , abre colchetesem localfecha colchete, 24 março 2015. Disponível em: https://oeds.link/bjxyLM Acesso em: 6 junho 2022.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Na sua opinião, como Júlio Verne conseguiu imaginar tantas coisas fantásticas para a época, mas que acabaram se tornando previsões tecnológicas para o futuro? Explique.
  2. Qual é a importância da obra desse autor para a cultura mundial? Explique.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  1. Em grupos, pesquisem mais sobre o autor, sua obra e sua importância para a literatura mundial.
    1. Consultem livros da biblioteca ou pesquisem on-line, mas confiram se o site é confiável ou não.
    2. Selecionem as informações e planejem como irão apresentá-las oralmente à turma. Vocês também podem utilizar materiais de apoio, como vídeos e cartazes.
    3. Elaborem um roteiro de apresentação como apoio.
    4. Combinem com o professor o dia das apresentações.
Ilustração. Um senhor visto dos ombros para cima de cabelos, barba e bigode grisalhos, de olhos azuis, sobrancelhas em preto. Ele usa camisa de gola em branco e terno preto. À esquerda, um submarino pequeno na horizontal em marrom, com dois tubos, e parte superior arredondada e ponta fina na horizontal. À direita, perto do ombro dele, um balão sobrevoando em marrom e vermelho. Ao fundo, à esquerda, céu noturno com pequenas estrelas brancas. Há uma lua redonda em cinza, com uma luneta no olho direito, nariz ao centro e boca abaixo. Ao fundo, à direita, céu diurno e nuvens em azul-claro.
A ilustração mostra Júlio Verne cercado pela representação de elementos de algumas de suas obras.
Respostas e comentários

1.a) e b). Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1a. Espera-se que os estudantes percebam pelo texto que, além de sua imaginação e da fantasia, Verne fazia muitas pesquisas e estudos sobre “regiões ainda pouco conhecidas e estudos científicos ainda em estágios iniciais”.

1b. Estimule os estudantes a pensar em como a obra do autor atravessou lugares e gerações e a importância que tem para a ficção científica. Espera-se que os estudantes expressem suas opiniões com base no conhecimento prévio e na leitura introdutória desta página, percebendo a importância do trabalho do autor de fórma apreciativa.

2. Solicite que os estudantes se dividam em grupo de fórma colaborativa para que o trabalho flua.

2a. Oriente a pesquisa na biblioteca, indicando alguns livros; para a pesquisa on-line, oriente-os a acessar sites que tenham credibilidade. Ensine os estudantes a checar a confiabilidade da informação antes de usá-la.

2b. Incentive os estudantes a buscar informações diferentes para expor aos demais, usar a tecnologia e inovar na hora de apresentar.

2c. Ensine os estudantes a planejar a apresentação usando um roteiro para não se perder; isso os ajudará a ter a segurança necessária para uma apresentação segura.

2d. Combine uma data para as apresentações e ajude os estudantes a traçar um cronograma de planejamento, pesquisa, seleção, elaboração e revisão da apresentação.

Para ampliar

Centenário da morte do pai da ficção científica. . Disponível em: https://oeds.link/PJbnvJ. Acesso em: 19 julho 2022.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Orações subordinadas: conjunção e pronome relativo que

Responda às questões no caderno.

1. Releia este trecho de A volta ao mundo em 80 dias.

Ao chegar à estação de Charing Cross, a dupla encontrou os cinco colegas do Reform Club, perfilados na plataforma de embarque. dirigiu-se a eles e disse:

– Senhores, estou de partida. Todos os carimbos do meu passaporte permitirão, quando retornar, que confirmem meu itinerário.

deu um passo adiante e alertou-o:

– Não se esqueça de que o senhor deverá estar de volta...

– Em oitenta dias – emendou mister , que acrescentou: – Sábado, 21 de dezembro de 1872, às da noite no grande salão do Reform Club. Até breve, cavalheiros.

  1. Quantas orações há no segundo parágrafo?
  2. A oração iniciada pela palavra em destaque azul se liga a que outra oração do período?
  3. Que função sintática a oração iniciada pela conjunção “que” exerce em relação à oração principal?
  4. No quarto parágrafo, qual função sintática a oração encabeçada pela conjunção em destaque azul exerce em relação à oração principal?
  5. Na última oração do trecho, qual termo da oração a palavra em destaque verde retoma?
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a até e.

  1. Quantas orações há no segundo parágrafo?
  2. A oração "que confirmem meu itinerário" se liga a que outra oração do período?
  3. Que função sintática a oração iniciada pela conjunção “que” exerce em relação à oração principal?
  4. No quarto parágrafo, qual função sintática a oração "que o senhor deverá estar de volta" exerce em relação à oração principal?
  5. Na última oração do trecho, qual termo da oração a palavra "que" retoma?

Como já sabemos, as orações subordinadas são aquelas que exercem alguma função sintática em relação às outras. A palavra que desempenha diversas funções em nossa língua e, no período composto por subordinação, pode desempenhar o papel de conjunção subordinativa ou de pronome relativo. Na atividade 1, nas duas primeiras orações destacadas, o que é uma conjunção subordinativa. Já na terceira oração, ele funciona como pronome relativo.

Respostas e comentários

1.a) Há quatro orações.

1.b) Liga-se à oração “Todos os carimbos do meu passaporte permitirão,”.

1.c) Exerce a função de objeto direto.

1.d) Exerce a função de objeto indireto.

1.e) Retoma “mister ”, que é o sujeito.

Língua e linguagem

Orações subordinadas: conjunção e pronome relativo que

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • É provável que os estudantes não se recordem do significado de oração. Explique a eles que, resumidamente, a oração é uma frase que contém ao menos um verbo.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1a. Existem quatro orações, pois o trecho contempla quatro verbos: estou, permitirão, retornar, confirmem.

1b. Caso haja dificuldades, peça aos estudantes que retomem o trecho e analisem a fórma como as orações se conectam.

1c e 1d. Relembre aos estudantes os conceitos de objeto direto (complemento de um verbo transitivo, que geralmente se conecta sem uso de preposição) e objeto indireto (complemento de um verbo transitivo indireto), que se liga com o uso de preposição. Proponha pesquisas para ampliar o entendimento desse assunto.

1e. Volte ao trecho e veja se os estudantes encontram dificuldades em perceber o termo retomado.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

ê éfe seis nove éle pê zero cinco

ê éfe seis nove éle pê quatro quatro

ê éfe zero oito éle pê zero nove

ê éfe zero oito éle pê um um

ê éfe zero oito éle pê um dois

ê éfe zero oito éle pê um cinco

Para saber se o que é uma conjunção subordinativa ou um pronome relativo, precisamos compreender a função que a oração subordinada exerce no período. Vejamos este exemplo:

Esquema. Frase: Phileas Fogg disse que estava de partida. que: conjunção estava de partida: objeto direto Esquema. Frase: Mister Fogg, que estava de partida, despediu-se dos colegas. que: pronome relativo estava de partida: adjetivo

Dependendo do contexto, a palavra que pode desempenhar diferentes funções. Quando estabelece a ligação entre duas orações subordinadas, classifica-se como conjunção subordinativa. Quando introduz uma oração subordinada com valor de adjetivo e consequentemente retoma algo dito antes, classifica-se como pronome relativo.

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por quatro quadros. Apresenta como personagem: Charlie Brown, menino com um fio de cabelo fino à frente, de camiseta de gola amarela com uma listra na horizontal em preto, bermuda da mesma cor e sapatos marrons. Uma menina de cabelos curtos com franja, ruivos. As cenas se passam em local aberto com grama verde, de frente para uma casa de paredes em amarelo-claro. Q1 – Charlie Brown, à esquerda, visto da cintura para cima, com o corpo para a direita, braço esquerdo esticado para frente, diz para a menina ruiva à frente dele, vista parcialmente: FALA PRO SEU PAI QUE EU LAVO O CARRO DELE POR UM DÓLAR. Atras dele, um balde cinza, onde vê-se a ponta de um pano branco. Q2 – Ao fundo, céu em tons de rosa. À esquerda, Charlie Brown olhando para frente e, perto dele, o balde e o pano. Q3 – À esquerda, Charlie Brown visto dos ombros para cima, com o corpo para a direita. A menina ruiva diz para ele: ELE PERGUNTOU SE VOCÊ TEM SEGURO. SENÃO, COMO SERIA SE VOCÊ SE MACHUCASSE LAVANDO O CARRO DELE? Q4 – Charlie Brown, visto dos pés para cima, corpo para a direita, com o balde e o pano atrás dele, diz: FALA PRA ELE QUE EU SÓ LAVO CARROS QUE ESTEJAM PARADOS! De frente dele, a menina o observa.

chuls , Charles M. Minduim. Estadão, São Paulo, 8 junho 2022. Disponível em: https://oeds.link/RM0OiU Acesso em: 11 junho 2022.

  1. O que gera o humor da tirinha?
  2. No primeiro quadrinho, qual é a função da palavra “que”? Como você chegou a essa conclusão?
  3. No último quadrinho, em uma das orações iniciadas pelo “que”, sua função é de pronome relativo. Identifique essa oração e justifique.
Respostas e comentários

2.a) O fato de Minduim ter entendido que o pai da menina cogitou a possibilidade de o garoto lavar o carro em movimento, o que poderia causar um acidente.

2.b) O “que” exerce a função de conjunção subordinativa, uma vez que a oração por ele encabeçada desempenha o papel de objeto direto da anterior. Ademais, nesse caso, a palavra não retoma nenhum termo anterior.

2.c) O “que” é pronome relativo na segunda ocorrência: “que estejam parados”. Essa oração funciona como adjetivo do termo “carros”. Além disso, o “que” retoma o termo “carros”.

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • No primeiro exemplo, a oração “estava de partida”, encabeçada pela conjunção em destaque, funciona como objeto direto de “disse”. Aqui, o papel dessa conjunção é ligar as orações subordinadas.
  • No segundo exemplo, a oração “estava de partida” funciona como um adjetivo, acrescentando uma informação ao termo anterior, no caso “Mister ”. Se analisarmos essa oração separadamente, verificaremos que a palavra em destaque serve para retomar o termo anterior, algo que não acontece no primeiro exemplo. Por isso, o “que”, nesse segundo exemplo, é um pronome relativo.

2b e 2c. Solicite aos estudantes que retirem a oração da tirinha e façam a análise retomando os conceitos já revistos e aprendidos; caso seja necessário, retome as conjunções subordinativas e os pronomes relativos.

LÍNGUA E LINGUAGEM

Coesão referencial e sequencial

Responda às questões no caderno.

1. Releia mais um trecho de A volta ao mundo em 80 dias.

reticências encontrou seus cinco tradicionais colegas de jogo de cartas. Personagens ilustres e poderosos, eles discutiam o assunto mais comentado em todo o país: o incrível roubo de cinquenta e cinco mil libras do Banco da Inglaterra.

– Acho que não vão conseguir prender o ladrão – afirmou o engenheiro .

Ele não poderá escapar! – discordou Gauthier Ralph, um dos administradores do banco, que acrescentou: – Muitos inspetores de polícia já estão no seu encalço.

  1. Observe os termos destacados. Com base em seus conhecimentos, informe qual função sintática cada um desses elementos exerce na oração da qual faz parte.
  2. Com relação à organização do texto, todos esses termos se referem a algo mencionado anteriormente. Retorne ao texto e identifique o que cada um deles retoma.
Versão adaptada acessível

Atividade 1, itens a, b.

  1. Observe os termos “seus”, “eles”, “ele”, “que” e “seu”. Com base em seus conhecimentos, informe qual função sintática cada um desses elementos exerce na oração da qual faz parte.
  2. Com relação à organização do texto, todos esses termos se referem a algo mencionado anteriormente. Retorne ao texto e identifique o que cada um deles retoma.

A coesão sequencial é responsável por criar condições para que o texto avance. Em outras palavras, ela promove a progressão textual. Para isso, podemos utilizar verbos, conjunções, advérbios e locuções adverbiais, além de outras expressões.

2. Leia a tirinha.

Tirinha. Tirinha composta por quatro quadros. Apresenta como personagem um galo de crista vermelha, bico amarelo, penas em branco e preto. Q1 – À esquerda, galo visto do pescoço para cima, boca aberta e asa da frente com o punho fechado, fala: AS AVEZ SÃO DESCENDENTES DOS DINOSSAUROS. RESPEITE! Perto do bico dele, uma gota de saliva saltando. Q2 – Vista das patas para cima, com a asa dianteira para frente, diz: FOMOS OS MAIORES SERES TERRESTRES! Q3 – Vista mais de longe do galo na floresta, com o punho fechado da pata dianteira, fala: DOMINAMOS O PERÍODO MESOZOICO! Q4 – Vista da cintura para cima do galo, com as asas abertas, diz: AAAVES! AAAVES! É TRISTE VIVER DAS GLÓRIAS DO PASSADO! GONSALES,

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Folha de São Paulo, São Paulo, 20 maio 2022. Disponível em: https://oeds.link/6ogIyr Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Qual é a crítica retratada nessa tirinha?
  2. Em que medida os verbos empregados pela ave em sua fala contribuem para a progressão do texto? Como eles se relacionam ao objetivo da ave ao pedir respeito?
Respostas e comentários

1.a) Seus: adjunto adnominal. Eles: sujeito. Ele: sujeito. Que: sujeito. Seu: adjunto adnominal.

1.b) “Seus” retoma “”; “eles” retoma “seus cinco tradicionais colegas de jogo de cartas”; “Ele” retoma “o ladrão”; “que” retoma “”; “seu” retoma “ele”, que, por sua vez, retoma “o ladrão”.

2.a) O fato de se viver das glórias do passado.

2.b) Os verbos são empregados no presente (“são”) e no pretérito perfeito (“fomos” e “dominamos”). Há ainda um verbo no imperativo: “respeite”. Para pedir respeito, inicialmente, a ave se vale do argumento de que descende dos dinossauros. Em seguida, ela utiliza verbos no passado para relembrar as glórias de seus ancestrais.

Língua e linguagem

Coesão referencial e sequencial

  • ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
  • Leia o trecho com os estudantes de fórma oral e coletiva e solicite que prestem atenção aos termos que estão em destaque no texto.
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  • Após a realização da atividade 1 e antes de explicar o boxe destaque, diga que a coesão é a conexão entre as partes de um texto. Um dos tipos mais comuns de coesão, que também já estudamos, é a coesão referencial. Ela estabelece relações entre palavras e expressões de um texto, fazendo com que o leitor consiga identificar os termos aos quais elas se referem e evitando repetições desnecessárias, sobretudo em textos escritos.

2a. Leia a tirinha com os estudantes e solicite que levantem hipóteses sobre a crítica apresentada.

Para ampliar

Uma análise sobre a coesão referencial em produções textuais de alunos da educação básica. , Revista Digital. Buenos Aires, número 207, agosto 2015. Disponível em: https://oeds.link/9ES920. Acesso em: 20 julho 2022.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê zero três

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ê éfe zero oito éle pê um quatro

ê éfe zero oito éle pê um cinco

3. Agora, leia esta notícia.

Trilogia Viagens Extraordinárias adapta obras de Júlio Verne

Cia. Solas de Vento encena espetáculos ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’, ‘Viagem ao Centro da Terra’ e ‘20 Mil Léguas Submarinas’ no São Paulo

reticências

Os livros fantásticos do francês Júlio Verne (1828-1905) encantaram a criançada de várias gerações. E agora três dos clássicos mais conhecidos do escritor ganharam adaptações teatrais incríveis na Trilogia Viagens Extraordinárias, da premiada Companhia Solas de Vento.

reticências

Considerado por muitos críticos literários como o inventor da ficção científica, Júlio Verne antecipou em suas obras futuristas e cheias de fantasia a invenção de várias tecnologias, como o submarino, a televisão, as naves espaciais e até o fax. Além disso, durante muito tempo ele foi considerado um dos escritores mais influentes e traduzidos do mundo todo.

reticências

A primeira peça da trilogia é “Volta ao Mundo em 80 Dias”, que foi criada em 2011 e ganhou o prêmio ah pê cê ah (Associação Paulista de Críticos de Arte) naquele ano. Nessa nova temporada, a peça pode ser conferida entre 20 de fevereiro e 13 de março, aos sábados, às .

TRILOGIA Viagens Extraordinárias adapta obras de Júlio Verne. Catraca Livre, São Paulo, 18 janeiro 2021. Disponível em: https://oeds.link/ECXVdQ Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Qual é o fato noticiado?
  2. No primeiro parágrafo, que termo é utilizado para configurar a progressão textual, situando o leitor em relação a algo que aconteceu recentemente?
  3. No segundo parágrafo, qual expressão dá a ideia de adição de uma nova informação?
  4. Ainda no segundo parágrafo, que termo é utilizado para retomar “Júlio Verne”? A que classe gramatical esse termo pertence?
  5. No terceiro parágrafo, o “que” é uma conjunção subordinativa ou um pronome relativo? Por quê?
Respostas e comentários

3.a) A estreia da trilogia “Viagens Extraordinárias”, encenada pela Companhia Solas de Vento.

3.b) O termo é “agora”.

3.c) A expressão é “além disso”.

3.d) O termo é “ele”. Trata-se de um pronome pessoal do caso reto.

3.e) É um pronome relativo, pois retoma “A primeira peça da trilogia abre colchetefecha colchete”.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3. Nesta atividade, propõe-se a localização de uma informação explícita. Se perceber dificuldades, sugira aos estudantes que releiam o título e o lide da notícia.

3b. Explore novamente o conceito de progressão textual, mostrando aos estudantes que esses termos têm a função de situar o leitor no tempo.

3c. Explique brevemente aos estudantes a ideia de adição.

3d. Peça a algum estudante que leia o trecho em voz alta e, com a ajuda da turma, solicite que identifiquem o termo que faz a retomada do nome do autor. Espera-se que respondam que se trata do pronome “ele”.

VOCÊ É O AUTOR!

Conto de ficção científica

Agora é a sua vez de escrever um conto de ficção científica! Como você viu, as histórias trazem, muitas vezes, uma visão futurística e preveem avanços tecnológicos até então inexistentes. Para isso, há todo um trabalho de pesquisa e estudo dos autores sobre conceitos científicos e tecnológicos para poder dar o tom verossímil necessário à história.

  1. No planejamento, você terá de tomar algumas decisões para definir, por exemplo:
    1. o tema do conto de ficção científica;
    2. o foco narrativo e o narrador da história (personagem, onisciente ou observador);
    3. a sequência narrativa: situação inicial, conflito, desenvolvimento, clímax e desfecho;
    4. o espaço (onde a história acontece), o tempo (quando e em quanto tempo ela acontece) e as ações (o que acontece dentro da história);
    5. os personagens principais e secundários;
    6. a inclusão (ou não) de diálogo e quais personagens terão fala;
    7. a seleção de termos, expressões e conceitos científicos que possam ser incorporados ao enredo;
    8. o público-alvo, onde o conto irá circular e qual o objetivo.
  2. Ao finalizar o planejamento, em uma folha à parte, faça um roteiro de escrita listando todos os tópicos que você planeja escrever em cada parte da sequência narrativa.
Fotografia. Em uma escadaria cinza, uma menina sentada, vista da cintura para cima, com o corpo para a esquerda. Ela tem cabelos pretos e crespos presos para trás, de blusa de mangas curtas e listras na horizontal em branco e preto, calça em azul-claro. Ela olha para baixo, sorrindo, com um caderno aberto de páginas em branco e lápis na mão direita. Perto dela, mochila em preto e rosa, na horizontal. Em segundo plano, vista parcial de prédio de paredes brancas, com portas na horizontal em preto e de vidro. Mais acima, à esquerda, céu em azul-claro e nuvens brancas.
Durante o planejamento e a escrita, deixe sua imaginação e criatividade fluírem.
Respostas e comentários

1 a 6. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Você é o autor!

Conto de ficção científica

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1a e b. Ao pensar o tema, os estudantes precisam planejar o modo como ocorrerá o desenvolvimento e os elementos importantes da narrativa: qual tipo de narrador seu conto terá? Retome os tipos de narrador e o que cada um pode proporcionar à história.

  • Retome com eles alguns dos elementos do gênero textual conto, como o tipo de narrador e quais os impactos que cada um pode proporcionar ao texto; ou, na sequência narrativa, como será o desfecho: impactará o leitor ou o levará a refletir?
  • Ao longo da sequência narrativa, os estudantes têm as situações: iniciais, retome o que deve conter nessa parte do conto, bem como no desenvolvimento, clímax e desfecho. Não se esqueça de situar os estudantes de que cada parte tem sua importância para a história.

1d. É hora de pensar onde os fatos ocorrerão, o tempo e as ações. Estimule os estudantes a pensar em todos os passos e montar um roteiro da história para que nenhum detalhe fique de fora.

  • Ajude-os a construir os personagens principais e secundários e a desenvolver como eles serão fisicamente e psicologicamente.
  • Sempre estimule os estudantes a revisar os textos produzidos, revendo a escrita e as etapas pelas quais passaram para produzir.

2. Solicite aos estudantes que releiam o roteiro e vejam se contemplaram todos os elementos necessários para a escrita.

Habilidades BNCC

ê éfe seis nove éle pê quatro sete

ê éfe seis nove éle pê cinco zero

ê éfe seis nove éle pê cinco um

ê éfe seis nove éle pê cinco dois

ê éfe seis nove éle pê cinco cinco

ê éfe seis nove éle pê cinco seis

ê éfe oito nove éle pê três quatro

ê éfe oito nove éle pê três cinco

ê éfe zero oito éle pê zero seis

ê éfe zero oito éle pê zero oito

  1. Na elaboração, lembre-se da linguagem utilizada nos textos de ficção científica e observe, entre outros aspectos:
    1. suas características e estrutura;
    2. a caracterização dos personagens, do cenário e do tempo;
    3. a seleção lexical e a pontuação para dar o efeito de sentido desejado;
    4. o uso de organizadores para dar sequência aos eventos e os marcadores que irão indicar tempo e espaço, por exemplo;
    5. o uso adequado dos recursos linguísticos e gramaticais disponíveis.
  2. Escreva uma primeira versão e leia atentamente para ver se há algo a ser ajustado.
  3. Para a etapa de revisão e edição, troque a primeira versão com outro colega, para que ele revise e faça apontamentos e sugestões.
    1. Utilize a pauta de revisão atualizada, observando vários itens, como elementos de coesão e coerência, sequência textual (expositiva, narrativa, descritiva), características e estrutura do gênero.
    2. Verifique as sugestões apontadas pelo colega e faça os ajustes necessários antes de editar o conto. Se possível, utilize um processador e editor de texto. Você também pode acrescentar ilustrações.
  4. Organize, com os colegas e o professor, um evento de apresentação dos contos.

Após o evento, conversem sobre os contos apresentados e avaliem o processo de produção, as marcas de autoria, as ideias e como elas foram elaboradas para serem verossímeis.

Para ampliar

Histórias de ficção científica. Vários autores. São Paulo: Ática, 2019. (Coleção Para Gostar de Ler).

Nessa coletânea de histórias, o leitor irá se defrontar com questões inquietantes, como a vida extraterrestre. Dentro da variedade de autores, há os precursores da ficção científica, como H. G. uéls, e mestres do gênero, como Áizek Ázimóv.

Respostas e comentários

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3. Oriente os estudantes, durante a construção do texto, a usar recursos de referenciação (lexical ou pronominal), recursos de coesão pronominal e articuladores de sentido. Oriente-os também a indicar as falas dos personagens (discurso direto) e do narrador e a organizar o texto em unidades de sentido (parágrafos).

4 e 5. Incentive os estudantes a revisar o texto utilizando a pauta de revisão e fazer a versão final, de preferência em um processador e editor de texto. Para finalizar o conto, eles podem incluir imagens.

7. Nessa conversa, falem sobre as marcas de autoria, o olhar próprio de cada um sobre a narrativa, as ideias apresentadas e como elas foram organizadas para persuadir o leitor, mobilizá-lo, fazê-lo refletir ou criar cumplicidade, entre outros.

  • ATIVIDADES COMPLEMENTARES
  • Proponha aos estudantes transformar o conto de ficção científica em um texto teatral para que possam interpretá-lo em uma produção teatral.
  • Trabalhe com eles a estrutura do texto teatral e como eles podem transformar o conto imaginando os cenários, os figurinos para os personagens ou como eles devem agir em cada cena, em quantas cenas ou atos vão contar a história , e como vão transpor essas informações para as rubricas, como vão inserir os discursos diretos e se haverá variação linguística.
  • Em parceria com o professor de Arte, ajude os estudantes organizar a representação do texto teatral: elaboração de cenários e figurinos, ensaios, posição e exploração do palco, empostação da voz
  • Combinem um dia para a apresentação e convidem a comunidade escolar para assistir.

ORALIDADE

Narração do conto de ficção científica

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Locutor: Da ficção à realidade

Locutor: [interpretando trecho da transmissão]

Esperem, algo está acontecendo. O que é aquilo? Chamas pulam do espelho em direção aos soldados. Atingiram-nos de frente! Meu Deus, eles pegaram fogo! O fogo pula para as árvores, para os tanques dos automóveis.

Locutor: Calma! Não se assuste. O que você acabou de ouvir é um trecho adaptado da transmissão do livro Guerra dos mundos para a rádio CBS, nos Estados Unidos. Parte da história descreve a chegada de marcianos em suas naves que invadiram o planeta Terra.

Em outubro de 1938, na véspera do Halloween, data famosa nos Estados Unidos, Orson Welles e sua companhia de teatro produziram uma versão do livro de H.G. Wells para um gênero muito comum na época: o radioteatro.

Ouça agora o trecho da transmissão original que reproduzimos no começo deste podcast:

[entra trecho da transmissão em inglês]

Locutor: Mas um detalhe importante fez essa transmissão ser reconhecida como um marco histórico da mídia no século vinte, celebrada até os dias de hoje. Você sabe o que pode ter sido?

Imagine acompanhar ao vivo a notícia de que a sua cidade está sendo invadida por extraterrestres naquele exato momento.

Pois foi isso o que aconteceu com essa transmissão, apesar de a audiência ter sido avisada no início do programa de que se tratava de uma ficção, algumas pessoas não ouviram essa informação e acreditaram que, de fato, os Estados Unidos estariam sendo atacados por naves espaciais.

Conta-se que pessoas se desesperaram, chegando até mesmo a desmaiar. Outros tentaram proteger suas casas da invasão. E o caos teria se instalado por algum tempo naquela noite.

Isso foi possível não só pela pouca informação de que se tratava de um programa de radioteatro, mas também pela forma como o roteiro foi construído. Orson Welles, junto com o autor do livro H.G. Wells, escreveram essa versão como se fosse uma reportagem nos moldes do radiojornalismo da época: com direito a depoimentos de testemunhas, opiniões de especialistas, reportagens externas descrevendo o caos na cidade, efeitos sonoros e até mesmo a participação do próprio Orson Welles, como um professor universitário líder da resistência terrestre.

Estima-se que a audiência do programa foi de cerca de seis milhões de pessoas, sendo que mais de um milhão de estadunidenses acreditaram na narrativa ficcional.

Vale ressaltar que, na época, o meio de comunicação mais difundido era a transmissão via rádio, o que colaborou para o número tão alto de ouvintes.

No dia seguinte, o jornal estadunidense Daily News estampava a seguinte manchete:

“Guerra falsa no rádio espalha terror pelos Estados Unidos"

Orson Welles teve que dar explicações no dia seguinte. Porém, se engana quem acha que o até então quase desconhecido diretor teve sua carreira encerrada após esse episódio. Ao contrário, Orson Welles não só ganhou um patrocinador para seu programa de televisão como conseguiu produzir sua maior obra: o filme Cidadão Kane, considerado até hoje um clássico da sétima arte.

E você, acreditaria nessa história?

Locutor: Créditos: O trecho do áudio da Guerra dos Mundos ouvido neste podcast foi extraído da transmissão feita em 30 de outubro de 1938 pelo sistema de rádio estadunidense CBS. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.

Fotografia. Três crianças sentadas de frente para mesa. Da esquerda para a direita, um menino de cabelos pretos arrepiados, com sobrancelhas grossas, óculos de grau, camiseta branca e camisa de gola aberta em rosa. Ele olha para baixo, com caneta branca na mão direita. Ao centro, menina de cabelos castanhos penteados para a direita, até os ombros, de blusa branca e cardigã em cinza por cima. Ela olha para baixo, sorrindo, com o dedo indicador direito mostrando um livro aberto. Mais à direita, menina de cabelos escuros lisos até os ombros, com a metade penteada para trás, de blusa azul e outra blusa de mangas compridas por cima em branco e cinza. Na mão esquerda, tatuagem em rena na mão de cor marrom. Ela olha para baixo, em direção ao livro aberto perto da outra menina.
Leia de fórma expressiva, observando o ritmo, as pausas e a entonação indicados pela pontuação.

Você é autor de um conto de ficção científica! Para sua divulgação, irá narrá-lo como se fosse para um programa de rádio.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você já fez uma leitura expressiva ou ouviu alguém fazer? Se sim, como foi? Se não, como você imagina que ela deve ser? Explique.
  2. Você já ouviu alguma história contada pelo rádio? Se sim, como foi? Comente a experiência.
  3. Em grupos, façam uma pesquisa para entender como é feita uma narração de história no rádio de modo a trazer emoção e captar a atenção dos ouvintes.
Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.

4. Em grupos, selecionem um dos contos feito pelos membros do grupo para ser narrado.

Respostas e comentários

1 e 2. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

3 a 11. Ver orientações didáticas.

Oralidade

Narração do conto de ficção científica

  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Espera-se que os estudantes possam comentar as experiências de leituras orais, expressiva ou não, que já tiveram, e contem como foi e como fizeram. Valorize todas as contribuições e complemente, se for necessário, com uma explicação do que é uma leitura expressiva. O que deve ficar claro para eles é que essa leitura deve ser fluente e expressar, pelas pausas, entonações, hesitações e o que os personagens estão sentindo. Comente também que a postura corporal, os gestos e as expressões faciais fazem parte dessa leitura, complementando e dando mais expressividade aos aspectos linguísticos do texto. Para isso, eles podem usar entonações de vozes diferentes para expressar os sentimentos, para diferenciar os personagens e o narrador, por exemplo.
  2. Fale das novelas e histórias contadas em rádios. Permita que os estudantes exponham as suas experiências.
  3. Permita aos estudantes que se reúnam em grupos e os oriente a realizar as pesquisas. Em seguida, solicite que comentem as descobertas realizadas.
  4. Nos grupos, os estudantes escolherão uma das criações realizadas anteriormente para ser narrada. A escolha deve ser respeitosa, seguindo a opinião da maioria.

Habilidades BNCC

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ê éfe seis nove éle pê cinco três

ê éfe seis nove éle pê cinco quatro

ê éfe oito nove éle pê três três

ê éfe oito nove éle pê três quatro

  1. Leiam a história para compreendê-la e identificar:
    1. personagens e narrador (personagem, onisciente ou observador);
    2. situação inicial, conflito, desenvolvimento, clímax e desfecho;
    3. cenário, tempo e as ações;
    4. características dos personagens e os sentimentos expressos na história.
  2. Analisem como vocês irão fazer a leitura para poderem traduzir o texto para os ouvintes/público:

Como podem ser os gestos, a postura corporal, o tom e a entonação da voz, para dar maior expressividade à leitura?

  1. Dividam os papéis de cada um nessa leitura: personagens, narrador, diretor, responsável pela gravação
  2. Ensaiem antes da gravação para que a leitura pareça o mais natural possível. Lembrem-se de filmes e peças teatrais e como os atores interpretam os papéis dando vida aos personagens.

A narração deve dar aos ouvintes a ideia de que estão vivenciando a história contada. Usem e abusem de recursos que podem contribuir para dar expressividade.

  1. Durante a gravação, mantenham o local calmo e silencioso, pois um ambiente tranquilo pode ajudar na concentração.
  2. Para editar o áudio, utilizem um processador e editor de áudio. Com ele, vocês poderão:
    1. limpar os ruídos ou sons que não fazem parte da narração;
    2. verificar se a voz do narrador e dos personagens está clara para os ouvintes;
    3. cortar os erros da narração e as pausas e hesitações longas;
    4. inserir trilhas e vinhetas, se previstas.
  3. Com a narrativa do conto de ficção científica pronta, é o momento de divulgar e compartilhar! Combinem com o professor como isso será feito.
Respostas e comentários
  • ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
  1. Comente que na leitura expressiva de um texto literário a interpretação é fundamental, pois é ela que dá voz e corpo aos personagens.
  1. Proporcione aos estudantes um tempo para ensaiar e treinar as falas e possíveis entonações que serão usadas.

10. Oriente-os a escutar suas gravações e editar, caso haja a necessidade; para isso, devem utilizar um editor de áudio.

VOCÊ, BOOKTUBER

Mostra dos booktubes

Chegamos ao último encontro do Você, booktuber. Desta vez, além de assistir aos booktubes e comentá-los, vocês também organizarão uma mostra aberta a convidados.

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Sessão booktubes
    1. Após assistir aos booktubes e no momento combinado, faça comentários ou perguntas. Para lembrar o que chamou mais a atenção, as dúvidas e perguntas, tome notas durante as exibições.
    2. Converse com a turma sobre a experiência de ser entrevistador em um vídeo, como você se preparou para isso e como avalia a entrevista feita.
  2. Planejamento da mostra
    1. Como o próprio nome já diz, vocês irão apresentar alguns trabalhos representativos realizados na seção Você, booktuber ao longo do ano.

Para que todos sejam representados, cada grupo irá selecionar um booktube para a mostra e os demais integrantes do grupo irão selecionar um vídeo de suas produções para ficar à disposição dos convidados que quiserem assistir depois da mostra.

b. Elabore, com a turma e o professor, um roteiro do que irão precisar para a mostra. Nele, devem constar alguns itens, como:

local, data e horário;

convidados e como convidá-los;

recursos tecnológicos necessários;

seleção dos booktubes que serão apresentados;

seleção dos booktubes que ficarão disponíveis para os convidados (para isso, deve haver computadores com fones de ouvido);

elaboração de materiais complementares, como cartazes, para os booktubes disponíveis para acesso;

definição das atividades de cada um de vocês.

Respostas e comentários

1 a 5. Respostas pessoais. Ver orientações didáticas.

Você, booktuber

Mostra dos booktubes

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1a e 1b. Os estudantes devem contar sua opinião sobre o que vivenciaram. Estimule a participação de todos.

Procure deixá-los à vontade para que possam se expressar verdadeiramente.

2a. Na atividade, como a produção da turma no Você, booktuber foi grande durante o ano todo, sugerimos a seleção de alguns dos vídeos para apresentar aos convidados para o evento não ficar longo. No entanto, a fim de que todos se sintam representados, deve ficar disponível um booktube de cada estudante para que os convidados acessem caso queiram. Para atrair a atenção dos convidados, os estudantes devem elaborar cartazes sobre o livro apresentado no booktube.

2b. Diga que o roteiro poderá servir de check-list depois.

  • Caso não seja possível disponibilizar os demais booktubes, incentive os estudantes a fazerem a produção dos cartazes, para marcarem de alguma fórma a participação de todos na mostra.
  • Oriente os estudantes a fazer alguns combinados: Quem vai receber e orientar os convidados, quem vai fazer a abertura e o fechamento das apresentações, quem vai explicar o trabalho feito no Você, booktuber, quem vai mostrar os booktubes e comentar, quem fará parte da equipe técnica e de apoio.

Habilidades BNCC

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  1. Seleção dos booktubes
    1. Em grupos, selecionem um booktube entre todos os produzidos pelos membros do grupo. Para isso, discutam critérios para escolher qual fará parte da mostra.
Fotografia. Vista geral de sala de aula. À esquerda, menino visto de costas, da cintura para cima, de cabelos em castanho, vestido de blusa listrada em branco e azul. Ao fundo, uma menina de cabelos pretos presos em coque, vestida com camisa de gola em azul-claro, sorrindo. Ao lado dela, menina loira com cabelos para trás, com camisa em xadrez preto e rosa. Ela usa óculos de grau e olha para a direita, sorrindo. Mais ao lado, um menino de cabelos castanhos, de camisa xadrez em vermelho e preto. Na ponta, uma menina vista dos cotovelos para cima, de cabelos castanhos, de camiseta listrada na cor preta e branca, com caneta na mão direita. Ao fundo, lousa branca com contorno em bege.
Na discussão, argumente e tente persuadir os colegas de que a sua opção é a melhor.
  1. Agora, selecionem mais um booktube do grupo, além do que já foi selecionado.
  2. Para cada um desses booktubes, elaborem um cartaz com a biografia do autor, o contexto sociocultural em que a obra foi escrita, algo marcante sobre algum personagem ou trecho do livro, imagens
  3. Para o booktube da mostra, escrevam o texto de apresentação e escolham quem do grupo irá apresentá-lo ao público.
  4. Revisem os conteúdos antes de produzirem o cartaz e de escreverem a versão final do texto de apresentação.
  1. Dia do evento
    1. Organizem o espaço para receber os convidados e afixem os cartazes dos booktubes que não serão exibidos na mostra.
    2. Verifiquem se os recursos tecnológicos estão funcionando.
    3. Recebam e orientem os convidados.
  2. Avaliação da mostra

Após a mostra, avaliem o evento e a vivência de vocês em uma roda de conversa com todos os colegas.

Respostas e comentários

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

3a. Permita que os estudantes se separem em grupos de acordo com a ordem em que se sentirem melhor e definam as suas escolhas. Deixe que discutam os critérios que vão adotar.

3c. A ideia é que todos do grupo tenham algum de seus trabalhos também expostos. Para isso, proponha que cada booktube seja de um bimestre diferente. Como os convidados podem ou não assistir a esses vídeos durante o evento, os cartazes devem dar uma ideia sobre o livro e o que o estudante considerou mais importante.

3d e 3e. Oriente o trabalho dos estudantes, supervisionando e colaborando quando solicitado, e permita a autonomia nas escolhas e nas elaborações.

Oriente os estudantes usar estas habilidades ê éfe seis nove éle pê cinco seis e ê éfe zero oito éle pê um quatro na pauta de revisão os tópicos: uso de recursos de coesão sequencial e referencial e discursos diretos, uso da norma-padrão quando a situação exige, modificadores do verbo e seus efeitos de sentido, construção de orações coordenadas e subordinadas e como utilizar esses recursos na construção e revisão do texto.

5. Após o evento, solicite aos estudantes que se autoavaliem e avaliem o evento como um todo. Permita que exponham suas opiniões e estimule a fala de todos.

EU APRENDI!

Responda às questões no caderno.

  1. Elabore, em uma folha à parte, um mapa mental sobre o conto de ficção científica e a narrativa de aventura.
  2. Leia a tirinha.
Tirinha. Tirinha com dois quadrinhos. Apresenta como personagem Armandinho, menino de cabelos e bermuda em azul, com camiseta branca. No primeiro quadrinho, Armandinho em pé, com o corpo para a direita, segurando nas mãos um buquê de flores de pétalas brancas e folhas verdes.
Tirinha. No segundo quadrinho, tirinha apresenta como personagens Armandinho e a mãe de Armandinho vista da cintura para baixo, de saia longa lilás, meia calça em cinza e sapatos lilás. À esquerda, buquê caído no chão, com flores caídas e esparramadas. Na ponta da direita, Armandinho abraçando as pernas da mãe, com o corpo virado para a esquerda. Ele está de olhos fechados e sorrindo.

BECK, Alexandre. Armandinho, abre colchetesem localfecha colchete, 8 maio 2022. Facebook: Armandinho. Disponível em: https://oeds.link/Eff7Jc Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Qual é a linguagem empregada nessa tirinha?
  2. Considerando a data em que ela foi publicada, qual foi o objetivo do cartunista?
  3. Que mensagem a tirinha transmite? Para responder, considere as ações realizadas por Armandinho.
  4. Imagine que você é o cartunista e resolveu acrescentar texto escrito à tirinha. Escreva as possíveis falas dos personagens mantendo a temática. Lembre-se da ocasião em que a tirinha circulou.
  5. Com essa mudança na tirinha, ela também passou a ter o texto escrito. Como podemos classificar a linguagem empregada nela nessa nova situação?
Respostas e comentários

1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes possam relacionar não apenas o contexto de produção e circulação dos gêneros textuais, mas também a estrutura e as características, além de apontar a importância da seleção lexical.

2.a) A linguagem não verbal.

2.b) Prestar homenagem às mães.

2.c) A tirinha transmite a mensagem de que, mais do que coisas materiais (no caso, o buquê de flores), o maior presente para as mães é o amor, simbolizado aqui pelo abraço.

2.d) Resposta pessoal.

2.e) Linguagem mista ou híbrida.

Eu aprendi!

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. Estimule os estudantes a relacionar os conteúdos aprendidos sobre os contos de ficção científica e narrativas de aventura. Faça perguntas que os levem a perceber que as características e o contexto de produção dos dois gêneros caminham muito próximo.

2b. Estimule os estudantes a olhar a data de publicação da tirinha e também o presente que seria dado.

2c. Proponha aos estudantes que pensem qual gesto do Armandinho foi mais valioso para quem o recebeu.

Habilidades BNCC

ê éfe zero oito éle pê um um

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3. Leia um trecho de Viagem ao centro da Terra, outro clássico de Júlio Verne.

No domingo de 24 de maio de 1863, meu tio, o professor , voltou apressado a sua modesta casa no número 19 da conigstrásse, uma das ruas mais antigas da parte velha de Hamburgo.

Marta, a empregada, pensou estar muito cansada, já que a comida mal começava a chiar no fogão da cozinha.

reticências

Fiquei sozinho. Agora, explicar alguma coisa ao professor mais bravo do mundo, isso era uma coisa que meu jeito tímido não ia conseguir. Eu já ia fugir para meu quartinho lá em cima, quando a porta da rua rangeu. A escada de madeira estalou com aqueles pés imensos, e o dono da casa atravessou a sala de jantar, entrando direto no escritório.

Nessa rápida passagem, jogou a bengala a um canto, o chapéu felpudo à mesa e estas palavras a mim:

– Axel, venha cá!

reticências

Tenho de admitir que não era um homem mau. Mas, a não ser que ele mude, ele será até o fim da vida um incrível excêntrico.

Ilustração. Perto de uma entrada, em um local de pedra em cinza, três homens em pé um ao lado do outro, vistos de costas. Da esquerda para a direita: um homem de chapéu sobre a cabeça, terno em cinza-escuro, com botas em marrom e braço esquerdo para cima. Ao centro, um homem de chapéu sobre a cabeça, casaco e par de botas em marrom, com um objeto na vertical no braço direito e iluminação à frente. Na ponta da direita, um homem de chapéu e casaco longa em azul, com calça cinza, botas pretas e com um pedaço de madeira na vertical, na diagonal.
Em Viagem ao centro da Terra, professor e seu sobrinho, ÉKSEU, partem para um desafio: chegar ao centro da Terra.

VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. nona edição Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Ática, 2011. página 11-12.

  1. Quando e onde se passa a cena do trecho? Que termos indicam essas circunstâncias?
  2. Por que o narrador tinha receio de seu tio?
  3. No primeiro parágrafo, por que o termo “No domingo de 24 de maio de 1863” está separado por vírgula?
  4. No segundo parágrafo, como as orações se conectam? Qual ideia esse conectivo transmite?
  5. No quarto parágrafo, que expressão é utilizada para dar sequência ao que acontece na narrativa?
  6. No último parágrafo, a palavra “que”, presente em “Tenho de admitir que não era um homem mau”, é uma conjunção subordinativa ou um pronome relativo? Por quê?
Respostas e comentários

3.a) A cena se passa em Hamburgo, em maio de 1863. Os termos são: “No domingo de 24 de maio de 1863”; “da parte velha de Hamburgo”.

3.b) Segundo o texto, o narrador considera seu tio “o professor mais bravo do mundo”. Além disso, ele afirma ser tímido.

3.c) Porque é um adjunto adverbial deslocado.

3.d) Conectam-se por meio do conectivo “já que”. Ele transmite a ideia de causa.

3.e) A expressão é “Nessa rápida passagem”.

3.f) É uma conjunção subordinativa, pois a oração que ela introduz funciona como objeto direto da oração principal.

3. Solicite aos estudantes que realizem uma leitura individual e depois leia o texto de fórma coletiva e compartilhada.

3c. Retome os conceitos dos termos separados por vírgulas para que os estudantes possam responder a essa questão com tranquilidade.

3d. Solicite aos estudantes que relembrem os conectivos e, caso haja necessidade, faça uma breve retomada.

3e. Instigue os estudantes a se lembrar dos processos de sequência, ressaltando que são importantes para a progressão do texto. Caso haja necessidade, faça uma breve retomada.

3f. Retome os conceitos de conjunção subordinativa e pronome relativo para que os estudantes respondam à questão.

VAMOS COMPARTILHAR

Escrita colaborativa

Ilustração. Ícone. Dois balões de falas sobrepostos, o de baixo em rosa e o de cima em branco.
  1. Você sabe o que é uma escrita colaborativa? Se souber, comente com os colegas. Caso contrário, formule hipóteses.
  2. Na sua opinião, a escrita colaborativa pode envolver até quantas pessoas? Por quê?
  3. Você acha que a escrita colaborativa funciona apenas presencialmente? Por quê?
  4. A proposta é a construção de um conto de ficção científica em tempo real por meio do diálogo e da colaboração dos integrantes do grupo.
    Ícone. Três silhuetas de pessoas em branco e rosa e próximo delas, dois balões de fala quadrados, um em rosa e outro branco.
  5. Em grupos, planejem como será o conto de ficção científica, tendo em mente que a escrita deve ser não apenas criativa, mas também colaborativa, construída a várias mãos. Para isso, tomem algumas decisões ou reflitam sobre alguns aspectos:
    1. objetivo, público-alvo, circulação e contexto de produção;
    2. tema de ficção científica;
    3. identificação do que vocês já sabem sobre o tema e o que precisam saber, de modo a orientar a busca pelas informações necessárias;
Ilustração. Três pessoas vistas dos cotovelos para cima, de frente para uma base na horizontal em laranja. Da esquerda para a direita: uma mulher de cabelos pretos longos, com um laço na parte superior, em azul, camiseta amarela, segurando nas mãos um livro aberto de capa vermelha e páginas em branco. Ao centro, um homem de cabelos pretos encaracolados para cima, camisa de gola em branco, com o braço direito para cima. À direita, pessoa de cabelos pretos encaracolados, com os braços erguidos para cima, camiseta em azul, olhando para a esquerda. Entre ambos, dois livros um em cima do outro. Na parte superior, uma linha pontilhada na horizontal em cinza com uma folha branca em formato de avião na ponta da direita.
Respostas e comentários

Vamos compartilhar

Escrita colaborativa

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

1. A escrita colaborativa é uma estratégia de produção textual em que diferentes pessoas escrevem em um mesmo espaço digital.

4. Peça aos estudantes que tracem os objetivos coletivamente e definam tudo juntos para que não haja divergências posteriores.

5b. Oriente-os a definir o melhor tema de acordo com as escolhas do grupo.

5c. Reforce com os estudantes a importância de sempre pesquisar em fontes confiáveis. Além disso, destaque a necessidade de verificar as informações em vários locais da internet para assegurar a veracidade do que está sendo passado, principalmente se forem replicar as informações.

Para ampliar

CASTILHO, Wagner Francisco et al. Escrita coletiva: cabeças distantes, conhecimentos articulados. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Anais...2007. Disponível em: https://oeds.link/0EtP89. Acesso em: 20 julho 2022.

Habilidades BNCC

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  1. título e localização da história no espaço (onde) e no tempo (quando);
  2. personagens e cenários e suas caracterizações (lembrem-se de usar adjuntos adnominais e adverbiais, por exemplo);
  3. a sequência narrativa;
  4. o mundo em que o enredo é desenvolvido e como os elementos tecnológicos e os conceitos científicos serão incorporados ao enredo de fórma a atribuir verossimilhança;
  5. como captar a atenção do leitor e envolvê-lo na leitura;
  6. como será o desfecho: impactante ou reflexivo;
  7. a seleção lexical para criar o efeito de sentido desejado;
  8. a participação e o envolvimento de todos os membros do grupo na escrita do conto de ficção científica, contribuindo para a elaboração e o desenvolvimento do texto.
  1. Escrevam o conto em um documento que possa ser coletivo.
    1. Se for em uma versão em papel, guardem as versões anteriores sempre que houver alguma mudança, para servir de registro do processo de escrita.
    2. Se for uma versão em uma plataforma de escrita colaborativa, façam antes uma busca para ver qual é a mais adequada às necessidades de vocês e às condições tecnológicas. Alguns critérios podem ser considerados para a decisão, como gratuidade, acessibilidade (grupo, professor e colegas), permissão para criar e editar textos, notificação e registro das modificações no texto, permissão para comentários.
  2. Revisem o conto e façam os ajustes necessários. Usem a pauta de revisão para auxiliá-los.
  3. Com o professor, definam a melhor maneira de divulgar os contos na sala de aula e para a comunidade escolar.
  4. Em uma roda de conversa, avaliem a experiência.
Respostas e comentários

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

5d. A definição desses aspectos é importante para uma boa narrativa. Estimule os estudantes a pensar com cautela nas escolhas.

5f. Estimule uma sequência narrativa interessante e que prenda o leitor. Para isso, sugira aos grupos a leitura de outras histórias além das que tiveram acesso em aula.

5g. Incentive os estudantes a realizar uma pesquisa mais aprofundada dos elementos científicos que serão usados na história.

5i. Procure ler em aula alguns desfechos para que os estudantes possam escolher o que melhor se encaixa no seu conto.

5j. Comente a importância da escolha lexical para criar efeitos de sentido sem que o texto perca a coerência e a coesão.

5k. Estimule a participação de todos para o enriquecimento do conhecimento.

8. Proponha uma discussão de como será a divulgação dos trabalhos. A leitura coletiva é uma ótima estratégia de divulgação.

9. Avalie com os estudantes a experiência da produção coletiva.

Para ampliar

Trabalhar a escrita colaborativa com o estudante torna o processo de aprendizagem muito mais rico, dinâmico e permite que todos possam participar, comentar e colaborar. Há diferentes plataformas de escrita colaborativa, e uma delas são os editores de texto tradicionais. Veja algumas dessas plataformas em Top 8 melhores editores de texto online. Apptuts. Disponível em: https://oeds.link/f7XX6I. Acesso em: 16 julho 2022.

Glossário

selênio
: elemento químico não metálico, tóxico, usado em semicondutores, aparelhos eletrônicos, câmeras de televisão, células fotoelétricas
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fotocélula
: dispositivo fotossensível que transforma a radiação luminosa em eletricidade.
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silogismo
: raciocínio em que se utilizam duas proposições (premissas) para deduzir uma terceira (conclusão).
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lacônico
: expresso com poucas palavras; breve.
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obsoleto
: ultrapassado, antigo.
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descarrilamento
: ato ou efeito de sair dos carris dos trilhos.
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encalço
: ato de seguir de perto ou perseguir uma pessoa que está fugindo.
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libra
: nome do dinheiro usado no Reino Unido.
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