CAPÍTULO 9 IMPÉRIO ROMANO: OCIDENTE E ORIENTE

Na foto a seguir, foram retratados juízes do Supremo Tribunal Federal (ésse tê éfe) brasileiro usando uma vestimenta chamada toga. A outra imagem mostra a foto de uma estátua da Antiguidade que representa o imperador romano Nerva trajando uma veste de mesmo nome.

Fotografia. Em primeiro plano, quatro homens em pé, usando túnicas pretas longas e capas pretas sobre ombros em uma sala, com uma poltrona bege no canto direito. Ao fundo, pessoas sentadas em cadeiras, como se fossem espectadores. Todos estão usando máscaras cobrindo o nariz e a boca.
Ministros do ésse tê éfe reunidos em Brasília (Distrito Federal). Foto de 2020.
Fotografia. Estátua de um homem de cabelos curtos usando uma túnica longa com panos por cima, com os braços ligeiramente abertos, erguendo a palma de uma mão para frente.
Estátua romana do século um Depois de Cristo, representando Nerva, que foi imperador romano entre 96 e 98 Depois de Cristo

Na Roma antiga, a toga era uma espécie de capa usada sobre uma túnica. Era uma peça comum do vestuário, mas não podia ser usada por escravizados e libertos. As cores, como púrpura, branca e outras, e os detalhes dessa manta, como franjas e bainhas, mostravam a posição social de quem a usava ou indicavam alguma ocasião festiva.

Nos dias de hoje, a toga é uma vestimenta que distingue os magistrados, ou seja, as autoridades judiciárias.

Ícone. Ilustração de ponto de interrogação indicando questões de abertura de capítulo.

Responda oralmente.

  1. Em sua opinião, por que os magistrados brasileiros utilizam uma peça de roupa inspirada nos antigos romanos?
  2. Que outros elementos da cultura romana podem ser encontrados, mesmo que de fórma diferente, na cultura brasileira?

O império de Augusto

Em 27 antes de Cristo, após assumir o título de Augústus (“Augusto”, em português), Otávio César iniciou a consolidação do que se denomina Império Romano. A origem do termo império está na palavra latina impérium, que significa “comando”, “poder” ou “autoridade”.

Durante o período republicano em Roma, um general podia ser aclamadoglossário por seus soldados como Imperátor, ou “imperador”, título que ele mantinha até voltar à cidade. Porém, quando Otávio se apropriou desse título, impérium passou a designar o domínio sobre todo o território submetido a Roma.

O governo de Otávio Augusto foi dedicado a quatro objetivos principais:

  • as campanhas de conquista e de expansão territorial;
  • o contrôle do Senado pelo imperador;
  • a construção de obras públicas;
  • a conquista da plebe, por meio de ações realizadas para que o imperador fosse visto como benfeitorglossário do povo romano.

Quando Augusto assumiu o poder, Roma já havia dominado boa parte da região do Mar Mediterrâneo. Comparado às fases anteriores da história romana, o período imperial foi marcado por prosperidade econômica e relativa paz no território.

Fotografia. Estátua de um homem jovem de cabelos curtos usando armadura romana e um manto enrolado na cintura. A armadura tem vários desenhos de figuras humanas esculpidas. Ele ergue a mão direita com o dedo indicador em riste e, aos seus pés, a escultura de um pequeno ser com aspecto infantil e asas, segurando a barra de sua roupa.
Augusto de Prima Porta, escultura do século um Depois de Cristo encontrada no ano de 1863 em escavações nas proximidades da cidade italiana de Roma.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

Nessa escultura com cêrca de 2 metros de altura, Otávio foi representado como imperador, com trajes do exército. Em sua armadura, foram esculpidas cenas de divindades e de vitórias em batalha. Do lado direito dessa estátua, está uma menor, que representa Cupido – divindade da mitologia romana descendente dos deuses Vênus e Marte.

Essa representação do pequeno deus foi feita porque Augusto afirmava ter parentesco com o mítico herói troiano Eneias, que teria se instalado no Lácio após fugir da Magna Grécia, como você estudou no capítulo anterior. De acordo com a lenda, Eneias, assim como Cupido, era filho de Vênus.

Além disso, o imperador foi representado como um jovem alto. O braço direito do personagem com o dedo indicador levantado simboliza a indicação dos caminhos para Roma.

Administração do império

A manutenção do vasto território submetido aos romanos, com diferentes povos, dependia de uma rede de alianças entre as províncias conquistadas e o Império Romano, que contava com o apoio das autoridades e forças militares locais.

Para os romanos, desde o período da república, território era sinônimo de riqueza. Roma obtinha das mais diferentes províncias minérios (como ouro, prata e cobre), pedras preciosas, cereais (especialmente o trigo), vinho e azeite, madeiras nobres, mármore e cerâmica, seda, linho e pigmentos.

Além disso, os romanos compravam e vendiam pessoas escravizadas nos diferentes pontos do império. De modo geral, os escravizados eram obtidos nas guerras de expansão territorial, nos conflitos internos ou em batalhas contra povos que viviam fóra dos limites do império.

Ao se expandir, o Império Romano adquiriu outro patrimônio: a diversidade cultural. Vários alimentos, como maçã, pera, ameixa e cenoura, por exemplo, passaram a ser consumidos pelos romanos por meio do contato com outras culturas.

Para evitar revoltas e lidar com muitos povos, Augusto determinou a imposição das leis romanas em todo o império. O recolhimento de impostos nas províncias passou a ser feito pelas autoridades locais, que foram mantidas para evitar revoltas. Posteriormente, essas autoridades repassavam os recursos a Roma – que podia fiscalizar a atividade.

O império no tempo de Augusto – 14 Depois de Cristo

Mapa. O império no tempo de Augusto – 14 depois de Cristo. Destaca terras na Europa, na Ásia e na África ao redor do Mar Mediterrâneo.
Legenda:
Roxo: Províncias senatoriais.
Verde: Províncias imperiais.
Listras laranjas: Reinos e principados protegidos e territórios autônomos.
As províncias senatoriais são Bética (na Península Ibérica); Narbonense (sul da Europa); Macedônia; Acaia (na atual Grécia); Bitínia e Ponto (no norte da atual Turquia;, leste da atual Turquia; Chipre; Creta; Sicília; Numídia (norte da atual Tunísia, na África) e Cirenaica (norte da atual Líbia, na África).
As províncias imperiais são: Lusitânia, Hispânia e Tarraconense, (na Península Ibérica); Aquitânia, Gália e Lugdunense (na atual França); Bélgica (ocupa parte da atual França e da Bélgica); parte da Germânia (na atual Alemanha); Récia, Nórica, Panônia e Ilíria (nas atuais Suíça, Áustria e Eslovênia); Dalmácia e Mésia (nas atuais Croácia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Sérvia); Galácia (centro da atual Turquia); Cilícia (sul da atual Turquia); Síria; Fenícia (atual Líbano); Judeia (atual Israel) e Egito.
Os reinos e principados protegidos e territórios autônomos são: Mauritânia (no norte da África); pequena área a sudeste da atual França; Trácia (região da atual Bulgária); Reino do Bósforo (região ao redor do Mar de Azov, nas atuais Ucrânia e Rússia); Armênia; Capadócia (leste da atual Turquia); Galácia (centro da atual Turquia), Lícia (sul da atual Turquia); regiões da Síria e a Judeia.
No canto inferior direito, a rosa dos ventos e escala de 0 a 400 quilômetros.

FONTE: dubí, G. Atlas histórico mundial. Barcelona: Debate, 1987. página 32-33.

Fotografia. Parede feita de blocos de pedra com a figura de um homem entalhada em baixo-relevo. O homem, de perfil, usa um chapéu de base quadrada, saia e colar egípcios ergue as mãos, segurando um objeto em uma delas.
Representação de Augusto no Templo de Calabécsa, próximo a Assuã, construído por volta de 30 antes de Cristo, durante a dominação do Egito pelos romanos.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

Augusto também era representado com a linguagem visual da cultura de cada província. Na imagem, o imperador é caracterizado como um faraó egípcio.

Política interna no império

Os aristocratas romanos formavam uma rede de homens influentes que deviam seu poder ao imperador e, por isso, mantinham fidelidade a ele. Todas as decisões importantes, como a definição dos ocupantes dos principais cargos do governo, eram tomadas por Augusto com o auxílio dessa rede.

O Senado não deixou de existir, mas sua função tornou-se apenas simbólica, pois, na prática, aprovava todas as propostas e decisões enviadas por Augusto.

E o povo romano? Augusto conquistou a população, entre outras fórmas, por meio da realização de numerosos festivais, os quais faziam parte de uma estratégia que ficou conhecida como política do pão e circo.

Esses festivais, contudo, já existiam antes do império. Durante a república, havia os munéra, ritos religiosos em homenagem aos mortos, em geral patrocinados por particularesglossário . Nessas ocasiões, realizavam-se espetáculos como os jogos de gladiadores nas arenas e a distribuição de pães ao público.

A partir do governo de Augusto, a realização dos jogos e a distribuição de alimentos se tornaram exclusividade do Estado. Essa estratégia foi usada para valorizar a imagem do imperador.

Os espetáculos eram usados para afirmar a cidadania romana, pois neles o público exercia o poder de escolha sobre a vida ou a morte dos gladiadores, geralmente estrangeiros ou prisioneiros de guerra.

Além disso, assim como ocorria durante os desfiles dos triunfos militares, muitos romanos podiam ver animais e até mesmo pessoas de outras partes do império sem sair da cidade. Os espetáculos podiam também divertir as pessoas para que não prestassem atenção aos reais problemas da cidade.

Fotografia. Capacete que cobre todo o rosto, com aba e placa de bronze na parte de cima do centro da cabeça até a nuca. Na região dos olhos, a peça é composta de uma tela metálica com circunferências furadas.
Capacete de bronze do século um Depois de Cristo descoberto nas ruínas de Pompeia, em Nápoles, Itália. Esse objeto era utilizado como proteção pelos gladiadores durante as lutas.
Fotografia. Vista de uma construção circular de três andares composta de arcos, com parte do terceiro andar em ruínas.
Anfiteatro Flaviano, conhecido como Coliseu, em Roma, Itália. Foto de 2021.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

A construção do Anfiteatro Flaviano foi iniciada pelo imperador Vespasiano, em 79 Depois de Cristo, e finalizada apenas no ano seguinte pelo sucessor dele, Tito. O Coliseu foi o maior anfiteatro construído pelos romanos. Outros menores (ovais ou circulares) foram erguidos em todo o império.

As mulheres no império

Sabe-se pouco sobre as mulheres no Império Romano, pois quase todas as fontes históricas escritas a que se tem acesso foram produzidas por homens. Dessa fórma, é possível entender o que os homens romanos esperavam das mulheres, e não como era, de fato, o cotidiano delas.

De acordo com essas fontes, havia em Roma mulheres de diferentes camadas sociais. As nascidas em Roma e filhas de romanos eram cidadãs. Isso não significava, porém, que elas tinham direitos e liberdade.

Ainda conforme essas fontes, esperava-se que as mulheres ricas se casassem com homens da mesma camada social e cuidassem de seu dômus (sua casa), dedicando-se a atividades domésticas ou relacionadas a elas, como a tecelagem.

A última esposa de Augusto, Lívia Drusa, era o modelo de comportamento para as mulheres da elite: uma figura maternal e piedosa, que sempre buscava a paz. Em 16 antes de Cristo, ela foi a primeira mulher a ter sua imagem gravada em moedas provinciais. Assim, seus trajes e penteados ditaram moda em todo o império.

Depois de sua morte, Lívia foi divinizada e se tornou referência para as imperatrizes seguintes. Assim, outras fórmas de existência feminina entre os membros da elite foram silenciadas no Império Romano.

Fotografia. Estátua de uma mulher usando manto longo, uma coroa de flores e um véu na cabeça, segurando uma cornucópia (vaso em forma de chifre com frutas dentro) em uma mão e flores na outra.
Estátua de aproximadamente 20 Depois de Cristo representando a imperatriz Lívia Drusa como deusa da fartura.
Fotografia. Placa de pedra com desenho em relevo entalhado, mostrando um homem, em destaque à direita, e uma mulher, à esquerda, sentados um de frente para o outro diante de uma mesa. O homem é bem maior do que a mulher. Próximo a eles, duas crianças em pé, uma no canto esquerdo e outra no canto direito. As quatro pessoas usam túnicas longas. A mulher segura um pote com frutos. O homem levanta um cálice. Uma toalha decorada está sobre a mesa, e em cima dela há mais alimentos.
Relevo romano do século três Depois de Cristo representando uma refeição familiar.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

A imagem de Lívia foi usada no Império Romano como referência para o bom comportamento feminino. Na outra imagem, é representada uma refeição em família: o personagem maior e acima dos demais é o pai da família. A mulher, sentada à esquerda do homem, é proporcionalmente bem menor que ele.

Agora é com você!

Responda no caderno.

  1. Identifique a diferença de sentido no emprego do termo império durante a fase republicana e durante a fase imperial da história de Roma.
  2. Qual era a relação estabelecida entre o imperador Augusto e o Senado?
  3. Descreva resumidamente a política imperial romana do pão e circo.

O império depois de Augusto

No fim de sua vida, Augusto já havia escolhido um sucessor: o general Tibério, filho de Lívia e seu enteado. Com a morte de Augusto, em 14 Depois de Cristo, teve início a primeira dinastia de imperadores romanos.

O Império Romano, em seu auge, foi governado por quatro dinastias distintas: a Júlio-Claudiana (27 antes de Cristo-68 Depois de Cristo), a Flaviana (69-96 Depois de Cristo), a Nerva-Antonina (96-192 Depois de Cristo) e a Severa (193-235 Depois de Cristo).

Dinastias de imperadores romanos

Linha do tempo. Dinastias de imperadores romanos.  Uma linha vertical informa os períodos dinásticos e, ao lado, setas que indicam as datas de início e fim das dinastias. De cima para baixo: Dinastia Júlio-Claudiana: 27 antes de Cristo a 68 depois de Cristo. Dinastia Flaviana: 69 antes de Cristo a 96 depois de Cristo. Dinastia Nerva-Antoniana: 96 antes de Cristo a 192 depois de Cristo. Dinastia Severa: 193 antes de Cristo a 235 depois de Cristo.
Representação artística sem proporção para fins didáticos.

FONTE: GRIMAL, P. História de Roma. São Paulo: Editora Unesp, 2011. Representação artística sem proporção para fins didáticos.

Não havia regra definida para a sucessão. Em geral, o imperador seguinte era escolhido pelo governante em exercício e, quando este morria, o indicado ficava com o cargo. Algumas vezes o Senado ou altos membros do exército podiam indicar os sucessores.

Nem sempre a transição entre imperadores foi pacífica; muitas vezes, resultou em guerras civis. O fim da dinastia Júlio-Claudiana foi seguido de uma guerra civil, motivada pelo descontentamento popular com as desigualdades sociais e pelos desentendimentos entre integrantes do Senado e líderes do exército.

Em meio a essa turbulência, Tito Flávio Vespasiano, que era comandante militar no Egito e na Judeia, recebeu apoio do exército e do Senado e tornou-se imperador. Iniciou, assim, a dinastia Flaviana, em 69 Depois de Cristo Os integrantes dessa dinastia buscaram reconstruir a cidade de Roma por meio de uma série de obras públicas e reequilibrar as finanças do império.

A dinastia seguinte, chamada Nerva-Antonina, foi apresentada por alguns historiadores como a mais bem-sucedida na administração imperial e em sua pacificação. A última dinastia do período clássico foi a Severa, que enfrentou pressões populares e das províncias, além de ameaças externas constantes às fronteiras do território.

Fotografia. Vista aérea de uma região montanhosa sem vegetação com ruínas de construções no topo da colina que está em primeiro plano.
Vista aérea das ruínas da Fortaleza de Massada, em Israel. Foto de 2018.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

A Judeia foi uma conquista militar importante de Vespasiano. Jerusalém resistiu ao domínio romano em 66 Depois de Cristo e depois, novamente, entre 73 e 74 Depois de Cristo A Fortaleza de Massada, último ponto da resistência dos judeus ao império, foi destruída por volta de 73 Depois de Cristo, após um prolongado cêrco.

Cruzando fronteiras

Você já leu alguma reportagem ou assistiu a algum documentário sobre Pompeia? Essa cidade foi soterrada por lava, pedras e cinzas expelidas pelo vulcão Vesúvio, em 79 Depois de Cristo Por causa do soterramento, ela foi preservada e tornou-se um sítio arqueológico a céu aberto.

“Nas primeiras horas do dia 25 de agosto de 79 Depois de Cristo, a chuva de pedras-pomes que caía sobre Pompeia começou a amainarglossário . Parecia um bom momento para deixar a cidade e fazer um esforço para se manter seguro. Um grupo desnorteado de mais de vinte fugitivos que se abrigara dentro das muralhas reticências arriscou sair por um dos portões ao leste da cidade, na esperança de escapar do alcance do bombardeio vulcânico.

reticências uns vinte metros à frente, reticências foram arrasados pelo que hoje conhecemos como o ‘fluxo piroclástico’ do Vesúvio – uma combinação mortal e fervente de gases, detritos vulcânicos e lava que se deslocou em alta velocidade, sem deixar chances de sobrevivência. reticências

Mulheres a ponto de dar à luz, cães ainda amarrados aos seus postes e um claro aroma de halitoseglossário ... Estas são imagens memoráveis da vida reticências em uma cidade romana subitamente interrompida. Há muitas mais: os pães abandonados enquanto assavam no forno; o grupo de pintores que largaram a decoração de um quarto pela metade, deixando para trás os potes de tinta e um balde cheio de gesso fresco no alto de um andaime [...].

BEARD, M. Pompeia: a vida de uma cidade romana. Rio de Janeiro: Record, 2016. E-book.

Fotografia. Mulher de roupas brancas usando luva cirúrgica analisa crânio e ossos humanos dispostos no chão de terra escura com paredes ao fundo.
Pesquisadora analisando restos mortais de uma vítima da erupção do Vesúvio, Itália. Foto de 2019.

Responda no caderno.

  1. O que é fluxo piroclástico?
  2. Por que Pompeia é um sítio arqueológico a céu aberto?
  3. Em sua opinião, o que o estudo dos vestígios petrificados da cidade e de seus habitantes pode revelar sobre a vida em Pompeia e a erupção do Vesúvio?

O cristianismo

O cristianismo começou como um culto modesto entre judeus da Palestina durante o século um Depois de Cristo Os primeiros cristãos seguiam os ensinamentos de Jesus, um judeu humilde que se dizia filho de Deus.

Jesus foi condenado pelos romanos e por parte da elite judaica à crucificação, uma punição dada a criminosos sem cidadania romana pelos crimes de sediçãoglossário e heresiaglossário .

Os seguidores de Jesus o viam como o Cristo, o ungidoglossário , que teria morrido para salvar os justos. A Boa Nova (Evangelho) seria a promessa do perdão dos pecados e de um reino que não era deste mundo.

A maioria dos primeiros fiéis cristãos era pobre. A ideia central das primeiras comunidades cristãs era a de que seu messiasglossário voltaria, julgaria os bons e os maus, e faria na Terra o reino de Deus.

Essas comunidades, que se formaram na região da Judeia, eram organizadas de maneira muito simples. Não havia edifícios imponentes para a celebração dos cultos. Por isso, as reuniões aconteciam, por exemplo, nas casas dos fiéis ou em locais isolados, como as catacumbasglossário . Também não existia um cleroglossário estruturado, e os cultos e as celebrações eram conduzidos pelos membros da comunidade.

Aos poucos as comunidades cristãs foram se espalhando para outras regiões. Por volta do ano 70 Depois de Cristo, havia cristãos em muitas partes do Império Romano.

Fotografia. Placa de pedra com o desenho de um homem com trajes simples pastoreando duas ovelhas. Ele está rodeado por árvores e dois pássaros.
Representação do Bom Pastor em lápide, provavelmente do século um Depois de Cristo, encontrada em Roma, Itália.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

Essa lápide foi produzida no período do denominado cristianismo primitivo. A representação de Jesus como o Bom Pastor é uma das mais antigas do cristianismo.

Fotografia. Detalhe de parede com pintura de cor escura e dourado e quatro quadros dispostos verticalmente. Na parte superior, destaque para o segundo quadro, com o desenho da cabeça de um homem e inscrições em latim. Na parte inferior, destaque para o quarto quadro, com inscrições em latim
Foto do interior de catacumba ornamentada com cenas bíblicas, provavelmente pintadas no século quatro Depois de Cristo, em Roma, Itália.

A expansão do cristianismo

Os primeiros seguidores do cristianismo eram perseguidos porque não aceitavam cultuar os deuses romanos nem reconheciam a autoridade divina do imperador. Mesmo assim, a religião se espalhou pelas diversas regiões do Império Romano, principalmente entre integrantes das camadas mais pobres da população e os escravizados.

Isso decorreu provavelmente da prática cristã de auxiliar os mais pobres, doentes e órfãos, bem como da promessa de uma vida após a morte, na qual todos seriam livres se acreditassem em Cristo. Ou seja, a popularidade da religião estava relacionada à ideia de justiça social.

Até o século três Depois de Cristo, os cristãos haviam organizado casas de culto e distribuição de alimentos e criado uma rede de ajuda mútua entre os fiéis em muitas partes do império. Naquele período, muitas famílias da elite romana haviam se convertido ao cristianismo e, por isso, a perseguição aos cristãos tornou-se mais rara e difícil.

Como o Império Romano era muito vasto, à medida que o cristianismo se expandia, ia sendo influenciado por diferentes culturas. Cada comunidade que incorporou a religião adaptou-a a sua cultura.

A expansão do cristianismo – séculos um Depois de Cristo-três Depois de Cristo

.Mapa. A expansão do cristianismo – séculos um depois de Cristo a três depois de Cristo. Destaque para terras na Europa, na Ásia e na África ao redor do Mar Mediterrâneo.
Legenda:
Marrom: Palestina - berço do cristianismo.
Difusão do cristianismo
Rosa: Até o final do século dois.
Roxo: Até o final do século três.
Linha tracejada: Limites do Império Romano.
No mapa, a Palestina localiza-se em uma faixa no litoral oeste da Ásia e engloba as cidades de Jerusalém e Belém.
Até o final do século dois, o cristianismo se difundiu pela Síria, incluindo as cidades de Damasco e Antioquia; por quase toda a Ásia Menor, incluindo as cidades de Tarso e Niceia, excluindo a parte sul; pelo sul da Trácia; pelo litoral leste do Mar Adriático; por pequena área no sul da Grécia; por uma porção da Península Itálica, incluindo a cidade de Roma; pelas ilhas de Creta e Chipre; ao redor da cidade de Alexandria, no Egito; pelo norte da região de Cirenaica; e pela região da cidade de Cartago.
Até o final do século três, o cristianismo se difundiu pela região da Armênia; pelo norte da Península do Sinai e pela área ao sul de Alexandria, no Egito; por uma área maior da região da Cirenaica; por pequena área no norte da Mauritânia; por uma extensa faixa no litoral norte da África e ao sul de Cartago; pela Hispânia, à exceção da região oeste; pela Gália, à exceção da parte norte e da parte leste; pelo sudeste da região da Britânia (atual Reino Unido); por todo o restante da Península Itálica, incluindo as cidades de Milão e Aquileia; pela Dalmácia; pelo restante da Trácia, da Grécia e da Ásia Menor.
Os limites do Império Romano abrangem quase todas as áreas de difusão do cristianismo, exceto a maior parte da Armênia e uma pequena área no sul do Egito. Além disso, incluem quase toda a Britânia, uma porção maior de território no norte da África, toda a Hispânia, o sul da atual Alemanha, a atual República Tcheca, toda a Península do Sinai e uma porção maior do Oriente Médio.
No canto inferior direito, a rosa dos ventos e escala de 0 a 340 quilômetros.

FONTE: dubí, G. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. página 30.

Uma crise no império?

No século três Depois de Cristo, o modelo político de Roma apresentava sinais de desgaste. Além disso, o crescimento do cristianismo contribuiu para mudar algumas características do império.

A hipótese mais tradicional para a explicação da chamada crise do século três é a do colapso do sistema escravista. De acordo com essa interpretação, com a redução da expansão territorial romana, diminuiu o número de pessoas capturadas pelo exército. Assim, começaram a faltar trabalhadores no campo.

Isso se refletiu no preço dos alimentos e de outros produtos, tornando o custo de vida no império extremamente caro e quase insustentável. Assim, as atividades comerciais se reduziram e muitos habitantes dos grandes centros urbanos fugiram para vilas no campo, nas quais podiam produzir ou trocar alimentos.

Com a saída da população, diminuiu a arrecadação de impostos nas cidades. Para reduzir despesas, o império foi gradualmente desarticulandoglossário  o exército, que era muito caro para se manter, deixando a defesa a cargo de mercenáriosglossário estrangeiros, mais baratos.

A hipótese da crise do sistema escravista e de seus efeitos sobre o Império Romano não está equivocada. No entanto, nas regiões que faziam parte do império fóra do continente europeu a realidade era diferente.

Nas províncias na África do Norte, por exemplo, a economia estava melhorando. Assim, cada vez mais integrantes da elite local foram incorporados às ordens equestre e senatorial. Muitos dos chamados bárbaros conquistaram a cidadania romana, especialmente em 212 Depois de Cristo, quando o imperador Caracala a estendeu a todos os habitantes livres do império.

Assim, é preciso relativizarglossário a ideia de crise em todo o sistema imperial e considerar que houve algumas mudanças profundas, mas lentas, e não ao mesmo tempo em todas as regiões.

Pintura. Mulher com vestido roxo e cabelos presos com um lenço marrom agachada manuseando objetos dentro de uma caixa que está no chão.
Detalhe de afresco romano do século um Depois de Cristo representando uma mulher escravizada, encontrado nas ruínas de Pompeia, em Nápoles, Itália.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

O afresco foi encontrado em uma escavação realizada na chamada Casa do Amor Punido (ou Casa dos Vécios), em Pompeia. Essa casa era uma das mais luxuosas da cidade e pertenceu a dois libertos bem-sucedidos. Na cena completa do afresco, são representados a deusa Vênus e o deus Marte. O desenho da escravizada está ao fundo da cena.

A tetrarquia

O imperador Diocleciano, que assumiu o poder em 284 Depois de Cristo, foi o último a tentar pôr fim ao culto cristão no império ou pelo menos diminuir sua importância. Ele não conseguiu.

Diocleciano teve mais sucesso em instituir uma fórma de tornar a rotina administrativa mais fácil com o estabelecimento da tetrarquia (governo dividido entre quatro pessoas).

Nesse sistema havia dois imperadores. Cada um era responsável por uma porção do Império Romano: a Ocidental, que era administrada por Maximiano, e a Oriental, sob a supervisão de Diocleciano. Cada imperador tinha uma espécie de auxiliar, que recebia o título de César.

Fotografia. Escultura de quatro homens abraçados dois a dois, usando armaduras e mantos e segurando espadas junto ao corpo.
Os tetrarcas, escultura do século quatro representando os imperadores e os césares que governavam o império.

O império sob Constantino

A tetrarquia não funcionou por muito tempo. Diocleciano abdicou em 305 Depois de Cristo e teve início uma disputa por poder. Constantino, que era militar e César (espécie de auxiliar) de Diocleciano, tornou-se imperador único por meio de um golpe de Estado, se mantendo no poder entre 306 Depois de Cristo e 337 Depois de Cristo

Em 330 Depois de Cristo, com o aumento da importância do Oriente, ele transferiu a capital do império para Bizâncio. A cidade, então, tornou-se Constantinopla (“cidade de Constantino”).

Em Constantinopla, havia intenso trânsito de pessoas e de culturas, e funcionava um comércio muito lucrativo. As principais rotas comerciais que ligavam o Ocidente ao Oriente passavam por essa cidade. As cerâmicas feitas no sul da França, por exemplo, eram enviadas para Constantinopla. De lá eram distribuídas para o Oriente e para o sul do Mar Mediterrâneo.

Sedas chinesas, antes de chegar à elite de Cartago, passavam pelos mercados e pelas rotas de Constantinopla. As especiarias produzidas na Índia também passavam por lá antes de chegar às cozinhas de Roma e de vários outros lugares.

Fotografia. Estátua esverdeada, a céu aberto, representando um homem com cabelos curtos sentado em um trono, com armadura no peito, usando uma longa capa presa no pescoço. Suas sandálias têm perneiras com o desenho da cabeça de um leão na parte superior de cada uma. Seu braço direito está estendido, apoiado no encosto do trono, e seu braço esquerdo segura uma espada com a ponta apoiada no chão.
Estátua de bronze representando Constantino em iórque, Reino Unido. Foto de 2017. Nesse local, ele foi proclamado imperador de Roma, em 306 Depois de Cristo
Fotografia. Pulseira dourada com corrente grossa e fecho grande adornado com detalhes de vidro vermelho.
Pulseira de ouro, vidro e ferro fundido produzida em Constantinopla, entre os séculos quatro e cinco, encontrada na região do norte do Mar Negro.
Cristianismo: religião oficial do império

Em 313 Depois de Cristo, Constantino decretou o Edito de Milão. Por meio desse documento, ele concedeu liberdade de culto aos seguidores do cristianismo.

Como a religião foi permitida, o número de fiéis aumentou ainda mais e a estrutura do cristianismo foi se tornando mais complexa. Com o passar do tempo, os cristãos começaram a divergir sobre a liderança da instituição e a doutrina que deveriam seguir.

Nesse contexto, surgiu a questão das heresias, que eram as interpretações do cristianismo consideradas erradas. Para identificar uma doutrina errada, era preciso que houvesse uma certa. Mas, com tantas interpretações distintas, quais eram as corretas e quais eram as erradas?

Em 325 Depois de Cristo, o imperador Constantino convocou um concílioglossário para resolver essa e outras questões. cêrca de trezentos bispos se reuniram, então, na cidade de Niceia para estabelecer a ortodoxia, ou seja, escolher a interpretação correta relacionada a vários pontos do cristianismo.

No ano 380 Depois de Cristo, o imperador Teodósio tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano. Isso causou um embate: quem teria autoridade sobre a Igreja? O problema piorou com a instituição do papado, isto é, o momento em que o bispo de Roma passou a receber o título de papa e reivindicar autoridade sobre todos os demais.

Pintura. Ao fundo, casas e um palácio. No centro, homem nu sentado dentro de uma pia batismal, com um homem de barba do lado esquerdo com uma mão em sua cabeça. Ainda do lado esquerdo, quatro homens com roupas religiosas, um deles segurando uma haste com uma cruz na ponta. Esses homens têm a parte do meio da cabeça raspada, sem cabelo. O homem de barba tem o mesmo corte de cabelo e uma auréola ao redor da cabeça. Do lado direito, três homens vestindo mantos decorados estão observando. Um deles, usando um chapéu pontiagudo, segura uma vestimenta luxuosa, azul com muitos detalhes dourados.
Detalhe do afresco A lenda de Constantino e São Silvestre, de 1246.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

Na imagem, há a representação do imperador Constantino sendo curado da lepra (hanseníase). Essa doença é causada por uma bactéria e se manifesta pelo aparecimento de manchas brancas na pele e de feridas no corpo do doente, principalmente nas extremidades, como mãos, pés e cabeça. Constantino teria sido curado, segundo a tradição cristã, pela intervenção divina mediada por São Silvestre. Essa pintura compõe uma série de afrescos pintados no século treze em uma igreja na cidade de Roma para homenagear Constantino.

Os povos “bárbaros” e o fim de Roma

Você se lembra do que estudou sobre o termo bárbaro? Os romanos usavam essa palavra para caracterizar as culturas que eles consideravam inferiores à greco-romana.

Ser bárbaro também significava não ter direito à cidadania romana, pois os assim chamados não viviam em cidades romanas.

Os cidadãos romanos, especialmente os que moravam em cidades, achavam tinham uma característica especial: a Romãnitás (algo como “romanidade”). Eles acreditavam também que os bárbaros não tinham bons valores. Essa era uma fórma de procurar afirmar sua superioridade sobre os povos vizinhos e conquistados.

Quando Roma se tornou cristã, o conceito se modificou, e quem era pagão (ou seja, não cristão) passou a ser considerado bárbaro.

Entre os séculos três e quatro Depois de Cristo, alguns eventos mudaram as relações entre os romanos e os chamados povos bárbaros. Nos territórios da China, os anos 350 Depois de Cristo a 360 Depois de Cristo foram marcados por temperaturas extremas e pela falta de alimentos. Diante dessa situação, a população desses territórios começou a se deslocar, empurrando várias tribos asiáticas, como a dos hunos, e povos conhecidos como germânicos (vândalos, godos e visigodos, entre outros) para as fronteiras do Império Romano.

Fotografia. Estátua de uma mulher nua com uma tiara na testa, colares no pescoço e muitas pulseiras no braço e nos tornozelos. Há duas figuras humanas menores, da altura de suas pernas, com menos adornos, ladeando seu corpo e segurando objetos na altura do ombro.
Estátua do século um Depois de Cristo representando Lacximi, a deusa indiana (hindu) da fortuna e da beleza, encontrada nas ruínas de Pompeia, Itália.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

A relação dos romanos com povos de outras culturas não era simples. Por exemplo, nas escavações arqueológicas em Pompeia foi encontrada a estatueta indiana da imagem. Provavelmente, ela passou por diferentes locais até chegar a uma casa romana, em Pompeia. Se as culturas bárbaras fossem vistas apenas como inferiores, essa representação de Lacximi não estaria lá.

Quadrinho composto por um quadro. Apresenta Frank e Ernest, dois homens de barba usando mantos brancos, um com detalhes vermelhos e outro com detalhes azuis, e faixas na cabeça. Eles observam homens de barba com roupas de pele de animais, semelhantes a vikings, um com rabo de cavalo, os outros com chapéus com chifres pequenos segurando lanças e escudos. Ao fundo, construções com colunas e teto triangular. Ernest fala para Frank: 'Seja agradável com os bárbaros... nós podemos precisar deles para nos salvar algum dia!'.
Frenc end Érnest, tirinha de Bob Teives, 2011.

A divisão do império e a Antiguidade tardia

Diante da pressão nas fronteiras, no final do século quatro, o imperador Teodósio adotou uma política de distribuição de terras aos chamados povos bárbaros como fórma de construir novas alianças.

Além disso, ele dividiu o território romano em Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, e Império Romano do Ocidente, sediado em Ravena, na Itália.

Apesar dessas medidas, líderes bárbaros que ainda eram considerados uma ameaça ao território romano se fortaleceram. Em contrapartida, o Império do Ocidente estava enfraquecido militar e economicamente. Do ponto de vista cultural, tinha sido bastante modificado pelos valores cristãos, que se misturavam à cultura romana. Assim, em 410 Depois de Cristo, os visigodos invadiram e saquearam Roma. Em 476 Depois de Cristo, o último imperador romano do Ocidente foi deposto pelos ostrogodos.

Ao analisar a crise do sistema escravista, a saída da população das cidades em direção ao campo, a expansão do cristianismo e a chegada de grupos bárbaros aos territórios do império, alguns historiadores criaram a expressão Antiguidade tardia para designar o período entre o século três e o século oito.

O uso desse termo serve para relativizar a queda do Império Romano em 476 Depois de Cristo como o fim do mundo antigo e o início da Idade Média, período que você estudará no próximo capítulo.

O avanço germânico sobre o Império Romano – século cinco Depois de Cristo

Mapa. O avanço germânico sobre o Império Romano – século cinco depois de Cristo. 
Apresenta a Europa, norte da África e parte da Ásia.
Legenda:
Amarelo: Império Romano.
No mapa, o Império Romano: abrange boa parte da Europa continental, incluindo toda a Hispânia (com as cidades de Toledo e Cartagena); a Gália (incluindo Lutécia e Toulouse); a Península Itálica (incluindo as cidades de Milão, Ravena e Roma); as ilhas de Sardenha, Córsega, Sicília, Creta e Chipre; a região da Península Balcânica; a Grécia;  a região das atuais Áustria, Hungria, Romênia e Bulgária; a região centro-sul da Bretanha; a Ásia Menor (incluindo Constantinopla); a região da atual Síria e Israel (incluindo Jerusalém); Egito (incluindo Alexandria); e todo o norte da África (incluindo Trípoli e Cartago).
Setas coloridas indicam o avanço dos povos germânicos.
Setas vermelhas: Anglos e saxões – das regiões das atuais Dinamarca e Holanda para o sul da Bretanha. Setas verde-escuras: Francos – da região da atual Alemanha para Lutécia, na Gália. 
Setas roxas: Vândalos – da região da atual Polônia, passando pela Gália e pela Hispânia, chegando a Cartago, no norte da África, e de lá para ilhas da Sicília, Sardenha e Córsega.
Setas verde-claras: Hunos – da região da Rússia, na altura da atual cidade de Moscou, atravessando a região da atual Bielorrússia, passando pela cidade de Ravena, voltando para a região da atual Hungria. 
Setas azuis: Ostrogodos – da região da atual Ucrânia, passando pela região da atual Romênia, indo até o norte da Península Itálica. 
Setas marrons: Visigodos – do centro da Rússia europeia, indo para o sul até a região da atual Macedônia, indo para a Península Balcânica e de lá atravessando a costa do Mar Adriático, passando por Ravena, entrando na Península Itálica chegando à cidade de Roma.
No canto inferior direito, a rosa dos ventos e escala de 0 a 310 quilômetros.

FONTE: KINDER, H.; HERGT, M.; HILGEMANN, W. Atlas histórico mundial: de los orígenes a nuestros días. 22. Editora Madrid: Akal, 2007. página 116.

Versões em diálogo

pács rômãna (“paz romana”) foi o nome da política adotada pelo primeiro imperador romano, Augusto, em 28 antes de Cristo Acredita- -se que ela tenha durado até o governo do imperador Marco Aurélio, em 180 Depois de Cristo

Segundo essa política, as fôrças militares do Império Romano deveriam concentrar-se na proteção das fronteiras contra a invasão de bárbaros. Assim, o império não deveria provocar guerras por expansão territorial, mas apenas proteger-se da perda de territórios.

De acordo com o historiador britânico Éduárd Guíbon, orientados pela pács rômãna, os imperadores da dinastia Nerva-Antonina:

TEXTO 1

reticências persistiram no propósito de manter a dignidade do império sem tentar alargar-lhe os limites. Recorriam a todo e qualquer expediente honroso para aliciar a amizade dos bárbaros e esforçavam-se por convencer a humanidade de que o poder romano, posto acima da tentação de conquista, era movido tão só pelo amor à ordem e à justiça. reticências

O terror das armas romanas dava peso e dignidade à moderação dos imperadores. Eles preservavam a paz mediante uma constante preparação para a guerra; e, ao mesmo tempo que regulavam sua conduta pelos ditamesglossário da justiça, anunciavam às nações de seus confins que estavam tão pouco dispostos a suportar quanto a cometer uma injúria.”

Guíbon Í Declínio e queda do Império Romano. São Paulo: Companhia de Bolso, 2018. E-book.

A também historiadora britânica Méri bírd, por sua vez, afirma que:

TEXTO 2

reticências Guíbon viveu em uma época em que historiadores julgavam ‘sem hesitar’ e estavam dispostos a acreditar que o mundo romano teria sido um lugar melhor para se viver do que o deles.

reticências O próprio Guíbon admite – em linhas que são hoje raramente citadas reticências que um de seus favoritos, Adriano, podia também ser fútil, caprichoso e cruel – um excelente príncipe, tanto quanto um tirano ciumento. Guíbon deve ter tido conhecimento do episódio em que Adriano mandou matar seu arquiteto por discordar do projeto de um edifício reticências.”

bãrd, M. ése pê quê érre: uma história da Roma antiga. São Paulo: Planeta, 2017. página 479.

Com base na leitura e nas reflexões apresentadas, faça o que se pede a seguir.

Responda no caderno.

  1. O que foi a pács rômãna?
  2. Identifique a visão de cada um dos historiadores sobre o Império Romano comparado ao chamado mundo bárbaro. Justifique sua resposta com trechos dos textos.
  3. Escreva um pequeno texto comparando os pontos de vista expostos nas duas narrativas apresentadas.

A Roma do Oriente: o Império Bizantino

Durante grande parte do Império Romano, a importância política e econômica e a diversidade cultural da cidade de Bizâncio eram semelhantes às de Roma. Seu crescimento e sua relevância se deviam, como você estudou, às rotas comerciais que por lá passavam.

Quando Constantino decidiu manter-se naquela cidade, rebatizando-a como Constantinopla, sua arquitetura – marcada por imensos palácios, enormes colunas, estátuas e bibliotecas, entre outras construções – tornou-se ainda mais expressiva. Constantinopla, mais tarde chamada Istambul, passou a ser a maior e a principal cidade da região do Mar Mediterrâneo.

Após a divisão do Império Romano, em 395 Depois de Cristo, e o saque de Roma pelos visigodos, em 410 Depois de Cristo, a porção oriental do império se tornou independente, constituindo o que os historiadores costumam chamar de Império Bizantino.

Esse império iniciou uma política expansionista em direção às penínsulas Ibérica e Itálica (no Ocidente) e a territórios no Oriente. Houve conflitos especialmente com o Império Persa e com os vândalos no norte da África, de onde os bizantinos foram expulsos.

Fotografia. Vista aérea de uma cidade com o mar ao fundo. Em segundo plano, do lado direito, um grande templo com uma abóbada central, rodeado por torres pontiagudas. No centro da imagem, árvores e, em primeiro plano, prédios e outras construções.
Vista aérea da cidade de Istambul, na Turquia. Foto de 2021.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

Na imagem, aparece o centro histórico de Istambul, a antiga Constantinopla. À direita, pode-se ver a Hágia Sôfía, construída entre 532 e 537 Depois de Cristo, a mando de Justiniano. Esse era o principal templo cristão do Império Bizantino. Em 1935, depois de ter sido usada por um tempo como mesquita (templo islâmico), a construção foi transformada em museu. Ao fundo, está o Estreito de Bósforo, ligação marítima entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro.

O governo de Justiniano

O auge da expansão do Império Bizantino ocorreu no reinado de Justiniano (527 Depois de Cristo-565 Depois de Cristo). Entre suas muitas realizações, ele unificou a religiosidade do Império Bizantino. Para isso, tomou o poder sobre a Igreja Católica Ortodoxa Grega e declarou-se o representante de Deus na Terra.

Dessa maneira, além de ser governante, ele passou a comandar as questões religiosas do império, que anteriormente eram responsabilidade do papa. Esse sistema de relações entre o governo e a Igreja é denominado cesaropapismo.

O governo de Justiniano também juntou leis que estavam em vigor no Império Bizantino, muitas delas herdadas do Império Romano, com as práticas e regras locais, em um livro chamado Córpus Júris Civílis (“Corpo de direito civil”).

Uma das regras presente nesse livro era a de que ninguém seria obrigado a defender uma causa contra a própria vontade. Outra lei contida no Córpus Júris Civílis garantia que nenhum cidadão sofreria penalidade por dizer o que pensava.

A elaboração de vários fundamentos do direito é uma das heranças da Roma antiga e do Império Bizantino. Essa herança está presente em vários países. Um deles é o Brasil, como você pôde notar na abertura do capítulo.

Império Bizantino: as conquistas de Justiniano – século seis Depois de Cristo

Mapa. Império Bizantino: as conquistas de Justiniano – século seis depois de Cristo. 
Apresenta a Europa, o norte da África e parte da Ásia.
Legenda:
Rosa: O império no início do reinado de Justiniano (527).
Laranja: As conquistas de Justiniano.
No mapa, o império no início do reinado de Justiniano abrange o sudeste da Europa, ao sul do Rio Danúbio; a Grécia, incluindo Atenas; a ilha de Creta; a Ásia Menor, incluindo as cidades de Constantinopla e Éfeso; a ilha de Chipre; o oeste da Ásia, em áreas das atuais Geórgia e Armênia; a  Síria, incluindo a cidade de Antioquia; a Palestina, incluindo Jerusalém; uma porção do Egito, às margens do Rio Nilo, incluindo Alexandria; o norte da atual Líbia.
As conquistas de Justiniano abrangem áreas das atuais Croácia, Eslovênia, Áustria e Suíça; a Península Itálica, incluindo as cidades de Milão e Ravena; as ilhas da Sicília, incluindo a cidade de Siracusa; Sardenha; Córsega; sul da Península Ibérica, ao sul do reino dos visigodos, incluindo a cidade de Cartagena; área ao redor da cidade de Tingis, no norte da África; uma extensa faixa no litoral norte da África, incluindo as cidades de Cartago e Trípoli. 
No canto inferior direito, a rosa dos ventos e escala de 0 a 290 quilômetros.

FONTE: dubí, G. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. página 34.

Dica

LIVRO

Arte bizantina, de Chárles Baiét. São Paulo: Folha de semPaulo, 2017. (Coleção O mundo da arte).

Nesse livro, são reproduzidas imagens de algumas das obras de arte bizantinas, com destaque para os mosaicos. O livro também apresenta textos que explicam as principais características dessas obras.

A imperatriz Teodora

Existem poucas referências diretas às mulheres bizantinas em fontes históricas da Antiguidade, mas as encontradas indicam um papel ativo de Teodora, esposa de Justiniano, no campo político.

No mosaico presente nesta página, por exemplo, é possível perceber a importância que ela tinha: Teodora, no centro da imagem, foi representada com enfeites decorados com pedras preciosas, fazendo oferendas religiosas. À esquerda dela, foram desenhados dois homens, ministros de sua corte, e, à direita, sete mulheres que também faziam parte da corte.

Mosaico. No centro, há uma mulher com um grande manto marrom com uma coroa na cabeça e segurando um grande cálice dourado com pedras preciosas. Do lado direito, sete mulheres usando mantos estampados e coloridos com lenços na cabeça. Do lado esquerdo, dois homens também com mantos e, no canto, uma cortina aberta com uma fonte pequena em um suporte alto.
Mosaico do século seis Depois de Cristo na Basílica de São Vital, em Ravena, Itália. A imperatriz Teodora está representada no centro da imagem.

A imperatriz Teodora desempenhou um papel importante na defesa dos direitos das bizantinas livres. Foi ela quem definiu, por exemplo, direitos iguais para homens e mulheres, proteção das mulheres em caso de divórcio motivado por adultério e dispensa do doteglossário para o casamento.

Declínio bizantino

Com o passar do tempo, os custos com a manutenção do império (incluindo as despesas com as guerras de expansão e domínio dos povos vizinhos), as constantes lutas internas pelo poder e os conflitos religiosos, comerciais e militares com o Ocidente e com o papa, entre outros fatores, contribuíram para o declínio do Império Bizantino.

Com a expansão do islã pela região do Mar Mediterrâneo (assunto que você estudará no próximo capítulo), os bizantinos passaram a competir pelas rotas de comércio e por territórios com os muçulmanos, entrando em conflito com eles diversas vezes. Assim, o império foi enfraquecendo-se mais ainda, até ser invadido pelos turcos otomanos, que conquistaram Constantinopla em 1453.

Agora é com você!

Responda no caderno.

  1. Quem eram os primeiros cristãos e por que eles foram perseguidos pelo Império Romano?
  2. O que foi a crise romana do século três? Por que é possível relativizá-la?
  3. Como os romanos caracterizavam os povos bárbaros?
  4. Descreva o processo de separação das duas regiões do Império Romano.

Atividades

Responda no caderno.

Organize suas ideias

  1. No caderno, identifique a informação errada sobre o Império Bizantino e corrija-a.
    1. Algumas mulheres tiveram papel ativo em espaços públicos, sendo a imperatriz Teodora um exemplo disso.
    2. O Império Bizantino mantinha uma relação de identidade com o Império Romano por ter sido parte dele até o governo de Diocleciano.
    3. O Império Bizantino se tornou local de encontro de muitas rotas comerciais.
    4. O Império Bizantino foi muito abalado pelas invasões dos povos bárbaros, de modo que suas rotas comerciais ficaram interrompidas por séculos.

Aprofundando

  1. Localizada perto da fronteira entre a Inglaterra e a Escócia, a Muralha de Adriano, com aproximadamente 118 quilômetros de extensão, foi construída nos limites do Império Romano ao norte, na província da Britânia. Alguns historiadores consideram que a muralha foi erguida para defender o império de povos bárbaros; outros a entendem como uma expressão concreta da limitação da expansão romana. Com base nessas informações e no que você aprendeu neste capítulo, responda:
    1. A Muralha de Adriano foi construída durante o período em que foi adotada uma política imperial romana. Que política foi essa?
    2. De que modo a muralha representa essa política?
  2. A seguir está reproduzida uma obra de arte sobre Átila, líder dos hunos. Eles eram integrantes de um dos povos chamados bárbaros que invadiram Roma, contribuindo para o fim do Império Romano do Ocidente. Analise a imagem e, em seguida, faça o que se pede.
Pintura. No canto esquerdo, um homem com vestimentas religiosas nas cores branco e dourado, e um chapéu alto, montado em um cavalo branco; ao seu lado, outros homens montados a cavalo e em pé. Um dos homens a cavalo, em trajes religiosos na cor marrom, segura um crucifixo sobre uma haste dourada. Acima deles, voando, dois anjos com feições masculinas e roupas coloridas, segurando espadas. À direita, em frente ao homem montado no cavalo branco, um homem com roupas nas cores azul-escuro e laranja, montado em um cavalo preto. Ele olha para cima, na direção dos dois anjos, reclinando o corpo para trás. Ao redor do homem montado no cavalo preto, muitos homens em pé e alguns montados a cavalo. Eles estão aglomerados, alguns seguram bandeiras, outros tocam instrumentos de sopro. Muitos olham para cima, na direção dos anjos. Ao fundo, do lado direito, céu claro em tons de amarelo e construções; do lado esquerdo, céu escuro, em tons de azul-escuro e preto, fogo e fumaça escura. À frente, no centro, dois homens segurando lanças. Um deles aponta em direção ao homem montado no cavalo branco e o outro olha na direção apontada. À direita, um homem vestindo armadura cinza e capacete, montado em um cavalo claro com as patas frontais levantadas e o corpo inclinado para trás.
Detalhe do afresco Papa Leão primeiro e Átila, o huno, de Rafael Sãnzio, 1514.
Ícone. Ilustração de uma lupa indicando o boxe Imagens em contexto!

Imagens em contexto!

Em 452, Átila liderou um exército contra Roma. Segundo a tradição católica, para defender a cidade, o papa Leão primeiro encontrou-se sozinho com o líder dos hunos. Nunca se soube o que eles conversaram, mas Átila deixou Roma após o encontro sem destruir a cidade. No detalhe do afresco, pintado no século catorze por encomenda do Vaticano, o papa foi representado à esquerda, sobre o cavalo branco, enquanto Átila montava o cavalo negro, mais ao centro da imagem.

  1. Descreva a pintura, apontando as diferenças entre a representação dos cidadãos do Império Romano e a dos bárbaros.
  2. Elabore uma hipótese para explicar por que essa obra do século dezesseis apresenta tantos elementos religiosos.

4. Como você estudou neste capítulo, o direito romano e bizantino foi muito importante para a formulação das leis de vários países, incluindo o Brasil. Pensando nisso, leia a seguir um trecho da Constituição Brasileira e, depois, faça o que se pede.

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

um homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

dois ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

três ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

quatro é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato reticências.”

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://oeds.link/C1SWga. Acesso em: 20 janeiro 2022.

  1. Quais são as influências do direito romano na Constituição Brasileira?
  2. Compare a situação das mulheres em Roma ao que é previsto na Constituição Brasileira.
  1. Como você leu no texto citado na questão anterior, no Brasil mulheres e homens têm os mesmos direitos e obrigações. Só que, na prática, isso não acontece. As mulheres estão sujeitas a diversas fórmas de violência física e psicológica; por isso, muitas vezes, são impedidas de ir aonde querem, de estudar e de trabalhar, além de correrem o risco de morrer por serem mulheres. Junte-se a três colegas para fazer uma pesquisa sobre os tipos de violência contra a mulher: assédio sexual, assédio moral, agressões verbais, abuso psicológico, violência patrimonial, isolamento, perseguição, limitação do direito de ir e vir etcétera Na pesquisa, fiquem atentos aos seguintes aspectos:
    • a definição dos tipos de violência;
    • os danos causados às mulheres pela violência;
    • as estatísticas atuais sobre esses tipos de violência na sociedade brasileira;
    • o modo de combater a violência contra as mulheres no dia a dia;
    • os canais de denúncia (sites, telefones, campanhas nas redes sociais etc.).      Após a pesquisa, elaborem um texto resumindo suas descobertas sobre o problema no Brasil e as fórmas de combatê-lo. Em seguida, juntem-se ao restante da turma e montem um painel na sala de aula ou em outro local da escola (se tiverem autorização) com os textos produzidos. Se possível, divulguem os textos nas redes sociais da escola ou de vocês.

Glossário

Aclamado
: nesse caso, indivíduo que recebeu uma aclamação, ou seja, que foi recebido com aplausos, gritos de entusiasmo etcétera
Voltar para o texto
Benfeitor
: nesse contexto, aquele que ajuda, favorece, beneficia alguém.
Voltar para o texto
Particular
: nesse caso, pessoa que não fazia parte da administração nem representava o governo republicano.
Voltar para o texto
Amainar
: cessar, perder fôrça, diminuir.
Voltar para o texto
Halitose
: mau hálito. Nesse caso, o aroma se devia aos gases vulcânicos expelidos na erupção.
Voltar para o texto
Sedição
: revolta, motim, levante contra uma autoridade.
Voltar para o texto
Heresia
: teoria ou prática que nega ou contradiz uma doutrina estabelecida.
Voltar para o texto
Ungido
: sagrado.
Voltar para o texto
Messias
: na tradição judaica, redentor prometido por Deus para salvar a humanidade e criar um mundo de paz e justiça. Para os cristãos, Jesus é essa figura.
Voltar para o texto
Catacumba
: passagem ou galeria subterrânea geralmente usada para sepultamentos.
Voltar para o texto
Clero
: conjunto dos sacerdotes que fazem parte de uma igreja.
Voltar para o texto
Desarticular
: desfazer, desunir, separar.
Voltar para o texto
Mercenário
: nesse caso, soldado que serve ao exército em troca de uma remuneração.
Voltar para o texto
Relativizar
: analisar algo considerando sua relação com outros objetos ou aspectos.
Voltar para o texto
Concílio
: reunião de autoridades religiosas com o objetivo de discutir e tomar decisões sobre questões pastorais, de doutrina, fé e costumes.
Voltar para o texto
Ditame
: nesse caso, comportamento guiado pela justiça, por princípios morais.
Voltar para o texto
Dote
: nesse caso, bem doado ou recebido por ocasião de um casamento.
Voltar para o texto