Abertura

Atividade preparatória

HABILIDADE DA BNCC EF15AR08

Antes de iniciar, faça um comentário geral sobre a influência da cultura africana na formação da cultura brasileira para direcionar o estudo conteúdo que será tratado no capítulo. Comente que os povos africanos muito colaboraram na formação da cultura brasileira e que essa contribuição se faz presente em vários setores. Dois deles são a culinária, com pratos como o vatapá, o caruru e o acarajé; e a música, com gêneros musicais como o lundu, que deu origem aos gêneros maxixe, samba, choro e bossa nova que são a base da atual música popular brasileira.

Incentive os estudantes a explorar todos os detalhes da reprodução da pintura na abertura e questione sobre o que lhes causou estranheza ou despertou curiosidade. Um dos objetivos dessa primeira observação da imagem é que os estudantes aprendam a apreciar e distinguir os principais elementos presentes nas obras de arte. Espera-se que eles identifiquem a temática regional da obra e sua função como registro de uma manifestação cultural. Lembre-os sempre de ler a legenda e observar nomes e datas.

Pergunte a eles que tipo de festas conhecem que são acompanhadas de música. Estimule-os a falar sobre suas experiências pessoais e comentar se gostam de participar desses eventos. Converse sobre quem são as pessoas que organizam as festas para que elas aconteçam. No caso de uma festa de aniversário, em geral, são os familiares que fazem desde a decoração até os doces e salgados, incluindo a aquisição de bebidas. No caso de uma festa tradicional, como as Festas Juninas, por exemplo, toda a comunidade pode estar envolvida.

Sugestão de atividade complementar

Peça aos estudantes que relembrem uma cantiga marcante de alguma dessas festas e escrevam a letra em um papel. Ao final da tarefa, eles poderão compartilhar as canções escritas. Caso se sintam à vontade, poderão juntar a letra com a melodia e cantar ensinando aos colegas, ou então ler o texto em voz alta.

Orientações

HABILIDADE DA BNCC EF15AR08

Depois da exploração da imagem, solicite aos estudantes que respondam às perguntas da página de abertura. Quando terminarem de responder, explique que catira (ou cateretê), que dá nome à pintura, é uma dança brasileira cujo ritmo é marcado pela batida de pés e mãos dos dançarinos. Tradicionalmente, apenas os homens participam dessa dança, organizados em duas fileiras opostas e acompanhados por violeiros. Não se sabe exatamente como a catira surgiu, mas os estudiosos são unânimes em afirmar que é uma manifestação com influências indígenas, africanas e europeias.

Orientações e comentários das atividades

1. Os estudantes deverão identificar na pintura os elementos que transmitem a ideia de movimento. Chame a atenção para as personagens que estão assistindo à apresentação e que aparecem com as mãos levantadas, as mãos unidas (sugerindo bater de palmas) e com uma perna flexionada. Peça que observem também as figuras enfileiradas no palco, com uma perna flexionada usando figurinos iguais.

   As respostas das questões 2 e 3 dependem da vivência dos estudantes. Incentive-os a compartilhar com a turma sua participação em festas com música e dança, incluindo as da escola.

Samba, fandango e outros ritmos

A origem do samba

HABILIDADES DA BNCC EF15AR13; EF15AR25

Sugestão de atividade complementar

Leve alguns CDs de samba para os estudantes ouvirem e crie um ambiente favorável à apresentação do assunto do capítulo. Estimule-os a prestar atenção nas letras das canções, pedindo que identifiquem as características dos sambas, como o ritmo, a melodia, os instrumentos usados, o tema do samba etc.

Reforce que os africanos e seus descendentes exerceram e ainda exercem papel decisivo na formação da sociedade brasileira, desde o início da colonização de nosso território. Como o samba é uma das manifestações que receberam influências africanas, é importante conhecer a contribuição desses povos para a cultura brasileira, para que se conheça melhor o país, sua gente, suas origens.

Orientações e comentários da atividade

HABILIDADES DA BNCC EF15AR13; EF15AR25

Estimule os estudantes a refletir sobre a importância das culturas de matrizes africanas no nosso país. Comente que o samba surgiu no território nacional a partir da confluência de várias matrizes, dando origem a uma estética única.

Sugestão de atividades complementares

1. Pesquise com os estudantes a obra e a trajetória do sambista Paulinho da Viola. Depois, conversem sobre esse assunto.

   Proponha que busquem, sob sua orientação, alguns vídeos na internet com os sambas mais conhecidos de autoria desse compositor, entre eles “Foi um rio que passou em minha vida”, “Timoneiro”, “Argumento”, “Dança da solidão”, “No pagode do Vavá” ou “Onde a dor não tem razão” (com Elton Medeiros).

   Crie um roteiro para analisarem cada samba:

   • Qual é o tema do samba?
   • Nesse samba, ele faz parceria com outro compositor?
   • O tema é urbano ou rural?
   • Que instrumentos são mais fáceis de perceber nesse samba?
   • O ritmo é rápido ou lento?
   2. Proponha aos estudantes a realização de um “baile” no qual eles poderão exercitar passos em ritmo de samba.

      Escolha diversos gêneros de samba e também peça sugestões aos estudantes. É importante estimular a participação de todos, porém respeite aqueles que quiserem apenas observar a atuação dos colegas.

      Para motivar a troca das duplas durante as danças, você poderá tocar um apito ou um tambor, que será o aviso para a mudança entre os pares.

      Após a atividade, converse com a turma sobre o que acharam da proposta, se conseguiram perceber as variações do samba e quais dificuldades encontraram na realização da tarefa.

Orientações

HABILIDADES DA BNCC EF15AR08; EF15AR13; EF15AR25

Informe aos estudantes que, em 2005, o samba de roda do Recôncavo Baiano – uma região do estado da Bahia – foi incluído na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco. Em seu livro sobre patrimônio imaterial, os historiadores Sandra C. A. Pelegrini e Pedro Paulo Funari fizeram menção ao assunto:

[...] O ‘Samba de Roda do Recôncavo Baiano’, proclamado como bem cultural nacional (2004) e como patrimônio imaterial reconhecido na ‘Lista das Obras-Mestras do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade’ (2005), constitui uma das mais importantes formas de expressões musicais, coreográficas, poéticas e festivas da cultura brasileira. Os especialistas admitem que ela influenciou o samba carioca e configura-se como uma das referências da musicalidade nacional. Suas particularidades envolvem a formulação de um plano de salvaguarda, assentado nas ações dispostas à transmissão de conhecimentos tradicionais, relativos ao saber fazer e à execução do marchete, e também no arranjo formal de uma entidade que represente os artesãos e facilite a autogestão dos seus projetos. Somadas a essas medidas, ainda observamos a difusão de sua musicalidade por meio de ‘gravações’ e do agenciamento de apresentações de grupos de samba de roda, entre outras atividades de divulgação. [...]

Fonte: PELEGRINI, Sandra C. A.; FUNARI, Pedro Paulo. O que é patrimônio cultural imaterial. São Paulo: Brasiliense, 2008. p. 78-79. (Coleção Primeiros Passos.)

3. Comente com os estudantes que o primeiro samba registrado no Brasil foi “Pelo telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, em 1917. A letra desse samba foi alterada diversas vezes pelos próprios compositores. Informe ainda que o cantor Martinho da Vila gravou uma dessas versões na década de 1970.

Mãos à obra

HABILIDADES DA BNCC EF15AR15; EF15AR17

Estimule os estudantes a explorarem fontes sonoras diversas. Incentive-os a experimentar os sons antes de começarem a criação da frase sonora propriamente dita. Se necessário, faça a mediação nos grupos, sugerindo sons e ajudando a organizar a frase a partir das sugestões dadas por eles.

Depois de compartilhar as criações, cada grupo poderá ensinar sua frase sonora para o restante da turma para que todos executem a frase juntos.

Caso apresentem dificuldades em executar uma frase sonora, peça que façam uma roda. Comece a atividade propondo um som. Todos devem repetir o som que ouviram. Depois, um dos estudantes da roda deve realizar o mesmo som e acrescentar mais um. Agora, todos reproduzem a sequência de dois sons. O colega ao lado deste repetirá o procedimento. Quando chegar a uma sequência de até oito sons, a atividade deve continuar, mas começando do zero para que a frase não fique muito extensa. O objetivo dessa adaptação é facilitar a sua mediação, no processo de criação e apreensão da frase sonora. Ao final da atividade, converse com os estudantes sobre as dificuldades e o aprendizado durante a execução da tarefa.

Sugestão de atividade complementar

Providencie canções com as variações de samba citadas nas páginas do livro para ouvir com a turma. Depois de ouvirem, pergunte se conseguiram identificar as diferenças entre cada samba. Faça alguns questionamentos: “Mesmo apresentando suas variações, que elementos são mantidos nessas canções para que possam ser identificadas como samba?”; “Os instrumentos usados em todas elas são sempre os mesmos?”; “Há alguma diferença no ritmo?”; “Qual das variações de samba foi mais apreciada por vocês? Por quê?”

Promova um pequeno debate para que os estudantes expressem a própria opinião, respeitando a opinião dos colegas.

De olho na imagem

HABILIDADE DA BNCC EF15AR25

Comente com os estudantes que o samba faz parte da maior festa popular brasileira, o Carnaval, no qual estão presentes as artes visuais, a dança, a música e o teatro. Pergunte o que eles sabem sobre o Carnaval e sobre como ele é comemorado na região onde vivem.

Converse sobre as características do Carnaval e como é festejado em diversas regiões brasileiras. Cite os desfiles de escolas de samba e os blocos de Carnaval de rua no Rio de Janeiro e em São Paulo; os blocos de frevo em Recife e Olinda, e os trios elétricos em Salvador. Nas festividades populares, a dança e a música invadem ruas, avenidas e pátios abertos, celebrando rituais e fatos ou personagens da história do país.

Providencie vídeos que registrem a comemoração dessa festa, como os desfiles de escola de samba na avenida, os blocos de trios elétricos, os blocos de Carnaval de rua, entre outros, para que os estudantes possam observar os detalhes e conhecer maneiras diversas de celebrar essa festa popular.

Leve para a sala um atlas e mostre para a turma a localização dos locais indicados nas imagens que também comemoram o Carnaval, além do Brasil. Se achar proveitoso, pesquise na internet com os estudantes um dos lugares que aparecem fotografias.

Orientações e comentários da atividade

1. Estimule os estudantes a pensar em diferentes possibilidades de fantasias. Eles podem pensar em personagens de que gostam, animais, palhaços, princesas, piratas, marinheiros, bailarinas, bombeiros etc. Aproveite o momento para conversar sobre representações e questionar os estereótipos, caso apareçam.

   Sugestão de atividade complementar

   Peça aos estudantes que explorem os movimentos da personagem ou do animal da fantasia escolhida por eles. Incentive-os a pensar como esse ser se desloca pelo espaço: “Ele caminha sobre pernas ou patas?”; “Como são seus apoios? “Ele rasteja?”; “Ele pula?”; “Que outros movimentos ele faz?”; “Ele se enrola, se torce, olha para os lados?”; “Como ele faz com a cabeça?”; “Ele tem cauda?”; “Como ele faz com a cauda?”; “Tem braços ou asas?”. Chame a atenção para as partes do corpo que estão se movendo. Aos poucos, peça a eles que imaginem como seria essa personagem dançando. Disponibilize um tempo curto para que explorem a dança ainda sem som, e, em seguida, coloque uma música para fazer o baile das personagens e dos animais no Carnaval. Ao final, comente a atividade em uma roda de conversa com a turma.

Orientações e comentários da atividade

HABILIDADE DA BNCC EF15AR08

2. Estimule os estudantes a compartilhar as experiências pessoais. Pergunte se eles se divertiram e se reconhecem essas manifestações como parte da nossa cultura.

   As variações do fandango

   Comente com a turma que, por ser um país muito extenso e ter em sua formação histórica a contribuição de diversos grupos étnicos, o Brasil apresenta grande diversidade cultural. Muitas vezes, uma mesma dança ou uma festa ou folguedo recebe denominações diferentes nas diversas regiões brasileiras. Um exemplo disso é a Dança do Vilão.

   Antigamente, na cidade de Santos (SP), dançava-se o Vilão na época do Carnaval, do mesmo modo como é dançado ainda hoje em Santa Catarina. Em algumas outras cidades litorâneas, o Vilão é apresentado no período das festas natalinas.

   Em Santa Catarina, nas noites de Carnaval, as pessoas se apresentam caracterizadas como porta-estandartes, batedores, balizadores e músicos. Fantasiadas, usando bastões de dois metros de comprimento, elas saem pelas ruas e praças entoando canções animadas.

   As características do Vilão, especialmente a batida dos bastões, assemelham-se às do moçambique paulista, do maculelê baiano e da tapuiada goiana. Informe, por fim, que todas essas danças têm uma mesma origem: a dança dos mouros.

   Sugestão de atividade complementar

   Pesquise e apresente para a turma o samba-enredo de alguma escola de samba do Carnaval do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Faça com eles a interpretação da letra, para conhecerem os temas que costumam compor os sambas-enredo – se são ligados a fatos políticos, históricos ou culturais ou se homenageiam alguma personalidade.

   Sugira a criação de uma paródia inspirada na canção escolhida. Organize os estudantes em pequenos grupos e peça a eles que pensem em um fato histórico que gostariam de contar ou uma personalidade a quem queiram homenagear. Cada grupo deverá criar um refrão, ou um pequeno trecho de música, utilizando a melodia original, mas com uma letra criada por eles.

Sugestão de atividades complementares

HABILIDADES DA BNCC EF15AR08; EF15AR13

1. Escolha uma ou mais músicas que sejam executadas pelos instrumentos apresentados na página. Realize um momento de escuta e peça aos estudantes que tentem reconhecer os instrumentos durante a execução da melodia. Depois, solicite que identifiquem a família a qual cada um dos instrumentos pertence. A caixa de folia e o adufe são instrumentos da família da percussão. A viola de cocho e a rabeca são instrumentos da família das cordas.

2. Proponha uma pesquisa sobre danças regionais brasileiras. Para isso, forme com a turma cinco grupos (cada um representando uma região do Brasil) e apresente um roteiro para orientá-los na elaboração da pesquisa. Monitore a atividade ajudando os estudantes a providenciar os materiais necessários para as apresentações quando terminarem a pesquisa.

   Roteiro da pesquisa

   • Nome da dança;
   • Região de procedência: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste ou Sul;
   • Estados do Brasil onde é apresentada;
   • Nomes que a mesma dança recebe em várias regiões brasileiras;
   • Descrição de como a dança se desenvolve durante a apresentação;
   • Quem são seus participantes;
   • Quais são seus componentes;
   • Como são as vestimentas;
   • Qual é a canção que acompanha a dança

     Caso seja possível, organize a apresentação das danças regionais que foram pesquisadas.

     O estudo das danças regionais e das características locais é uma maneira de reforçar a existência da diversidade cultural em nosso país. Esse trabalho pode ser feito de modo interdisciplinar com as áreas de História e Geografia.

     Sugira aos estudantes que busquem na internet vídeos do músico gaúcho Renato Borghetti em que ele toca fandangos, milongas e outros ritmos da região Sul. Os vídeos possibilitam a visualização do manejo do acordeon, o principal instrumento do fandango.

     Renato Borguetti tem justamente um álbum chamado Fandango.

Orientações

HABILIDADE DA BNCC EF15AR08

Informe aos estudantes que as danças gaúchas representam a cultura popular da região Sul do nosso país e são muito conhecidas em todo o Brasil, não só no Rio Grande do Sul.

Nas danças tradicionais gaúchas, rapazes e moças, aos pares, vestidos com roupas típicas, cantam e dançam olhando um para o outro: trata-se da dança do pezinho, a dança dos enamorados.

Nessa dança, as moças são chamadas de prendas e usam flores no cabelo e saias com babados na barra. Os rapazes usam um cinturão de couro chamado guaiaca, além de xale, lenço, esporas e chapéu.

A dança do pezinho também existe no Nordeste do Brasil, mas é uma brincadeira de roda comum entre as crianças. Elas também batem o pé no chão enquanto cantam.

Sugestão de atividade complementar

Organize o ensaio da dança do pezinho com os estudantes na sala de aula ou no pátio. Busque na internet algum vídeo com áudio que mostre os movimentos dessa dança e apresente durante a aula. A letra é bem simples:

Ai, ponha aqui,

Ai, ponha aqui

O seu pezinho,

O seu pezinho bem juntinho

com o meu,

E depois não vá dizer

Que você se arrependeu...

Da tradição popular.

Orientações e comentários das atividades

1. Estimule os estudantes a descrever o que viram, comparando com os exemplos do livro e constatando as semelhanças e as diferenças.

2. Caso os estudantes não se lembrem de nenhuma dança de roda, peça que retomem os exemplos do livro, incentivando-os a encontrar a resposta. Relembre com eles a roda de samba. Se possível, pesquise outras danças de roda do Brasil e de outros países do mundo e apresente-as para a turma.

3. Escolha com a turma uma das brincadeiras de roda conhecidas por eles para brincarem todos juntos. Se necessário, faça uma pesquisa prévia para ter em seu repertório diferentes possibilidades.

Outros ritmos e danças populares

HABILIDADES DA BNCC EF15AR08; EF15AR13; EF15AR25

Pergunte aos estudantes se eles conhecem alguma dança regional e se já assistiram a apresentações de grupos de dança brasileira. Peça que contem essa experiência. Estimule-os a expressar verbalmente os próprios conhecimentos e ideias a respeito do tema abordado.

Explique para a turma que o carimbó surgiu da mistura de diferentes culturas populares (indígena, africana e portuguesa), incluindo a brasileira. Além do carimbó, diversas danças brasileiras que tiveram origem na cultura indígena sofreram transformações, em razão da miscigenação com elementos dos povos que desembarcaram no país.

Essas manifestações artísticas estão presentes em diversas regiões e, muitas vezes, possuem características específicas. É por isso que é comum encontrarmos em diferentes estados danças com o mesmo nome, mas com características distintas.

Para que os estudantes compreendam melhor o que é o carimbó, mostre a eles, se possível, vídeos com essa dança ou pesquise com eles na internet. Solicite que, ao assistir às danças, atentem para as roupas, os instrumentos, a música, a letra, os espaços em que a dança acontece etc.

Sugestão de atividade complementar

O intuito desta atividade não é reproduzir os passos das danças tradicionais, mas explorar seus princípios a partir de descobertas pessoais e de aspectos estruturais da dança. Se necessário, explique aos estudantes que eles vão explorar movimentos próprios, para que não se apeguem a um modelo que já tenham pesquisado.

Comente com os estudantes a importância do movimento dos pés acompanhando o ritmo da música no coco, no carimbó e em outras danças. Solicite a eles que façam uma roda, coloque uma música e peça que a escutem com atenção. Pergunte se conseguem identificar os sons fortes e fracos. Dê um tempo para que explorem os sons e se manifestem. Depois, se necessário, ajude-os a identificá-los. Então, solicite que marquem com o pé os sons fortes da melodia. Depois, peça que tentem introduzir passadas nos sons fracos. Se tiverem facilidade para coordenar os sons fracos e fortes com os pés, peça que incluam os braços no movimento, da forma que quiserem, marcando os tempos. Desafie a roda a girar junto para um lado e para o outro, mantendo os passos.

HABILIDADES DA BNCC EF15AR08; EF15AR13; EF15AR25

Sugestão de atividade complementar

Organize uma roda de conversa para comentar sobre o gênero coco com os estudantes. Peça que pesquisem a origem dessa dança, se é africana ou indígena, e pesquisem também as danças com seus “cantos de trabalho”. Questione-os sobre o que significa a expressão “cantos de trabalho”. Por que, mesmo em meio ao trabalho pesado, os negros trazidos ao Brasil que foram escravizados cantavam e dançavam?

Sugira aos estudantes que busquem na internet vídeos que mostrem a música e a dança do coco. Se achar interessante, promova uma sessão de dança do coco em sala de aula ou no pátio. O coco é divertido e descontrairá o ambiente. Se os estudantes quiserem ensaiar alguns passos, deixe-os à vontade. O importante é que eles se envolvam com o ritmo. Aos que não quiserem dançar, peça que acompanhem o ritmo com palmas.

Enfatize que o objetivo não é aprender a coreografia da dança do coco, mas compreender a forma e explorar os movimentos do corpo combinados ao ritmo da música.

Estimule os estudantes a pensar em outras danças e manifestações da cultura brasileira que têm a roda como elemento principal. É provável que mencionem as cirandas, cuja lembrança toda criança traz de memória. Acrescente que a capoeira também é uma manifestação cultural que mistura brincadeira, dança, movimento e cantos apresentada em roda.

Questione os estudantes: Qual é o significado da roda nas danças? Cite o exemplo da capoeira. Pergunte se esse jogo teria a mesma força e energia se os participantes jogassem sozinhos, sem estarem cercados por uma roda. Peça que justifiquem as respostas.

Orientações e comentários das atividades

HABILIDADES DA BNCC EF15AR08; EF15AR11

1. Auxilie os estudantes na pesquisa selecionando previamente nomes de grupos, de músicas ou outras referências que ajudem a encontrar opções nos mecanismos de busca.

2. Pesquise previamente essas manifestações em seu território para auxiliar os estudantes, também, nessa etapa.

3. Disponibilize um tempo para os ensaios e auxilie os grupos a identificar aspectos da dança escolhida. O objetivo dessa atividade é exercitar a observação e a reflexão dos estudantes para que tenham elementos para criar suas próprias danças.

   Estimule-os a perceber as variações entre as diferentes danças. Faça perguntas retomando questões trabalhadas anteriormente. Pergunte se conseguem reconhecer os instrumentos tocados, se o ritmo é rápido, lento ou moderado. Pergunte também como a dança se organiza: se é feita em roda; se é dançada aos pares; se a coreografia conta uma história. Incentive-os também a pensar nos elementos estruturais da dança: “Como o corpo se move nessa dança?”; “São movimentos rápidos ou lentos?”; “Fortes ou fracos?”; “Diretos ou sinuosos (curvos)?”; “Que partes do corpo são mais movimentadas: cabeça, braços, pernas, tronco, quadril etc?“.

   Comente que o intuito não é copiar os movimentos, mas reconhecer e explorar os aspectos que eles mesmos tenham identificado na dança.

Para fazer com os colegas

HABILIDADE DA BNCC EF15AR23

Retome com os estudantes as vivências e os aprendizados construídos durante os capítulos finais do livro. Converse com a turma e relembre as pesquisas, as imagens, as danças, as canções e brincadeiras que conheceram e experimentaram. Pergunte de quais histórias e festas populares eles mais gostaram e peça exemplos.

Comente que as festas populares têm um caráter comunitário, portanto têm um significado social. Isso demonstra que, para serem realizadas, elas necessitam da colaboração de muitas pessoas. Reforce que tanto os preparativos quanto o momento de realização desses eventos não acontecem se não houver o envolvimento de todos. Converse com eles sobre a importância da contribuição de cada um para que a festa seja aproveitada por todos.

Organize-os em grupos, da maneira adequada para o contexto da turma. Auxilie os grupos durante todas as etapas. Talvez alguns tenham mais tarefas relacionadas à música, outros às artes visuais, outros à dança. Contudo, tente envolver todos eles nas discussões e decisões, tomando cuidado para não reforçar a ideia de talento. Proponha que todos colaborem em tudo, acolhendo as opiniões do grupo e enfrentando os desafios individualmente, ao realizar as tarefas consideradas mais difíceis.

A escolha da história é livre para cada grupo e não precisa estar necessariamente dentro da categoria “popular”. A proposta é trabalhar e ressignificar os elementos das culturas populares, explorando histórias que tenham significados importantes para os estudantes. A história escolhida pode ser conhecida por todos ou descoberta em algum livro lido pela turma durante o ano.

A festa pode ser realizada na própria sala de aula ou em outro espaço da escola. Caso seja utilizado outro espaço, converse com a coordenação e com toda a equipe escolar no momento de planejar. Ao final da festa, ou em um momento posterior, faça uma roda de conversa com os estudantes sobre a experiência.

O que aprendemos

Avaliação processual

HABILIDADES DA BNCC EF15AR18; EF15AR19

1. Estimule os estudantes a utilizar a memória para completar as respostas com as próprias palavras. Se não conseguirem definir as palavras, dê exemplos e faça perguntas relacionadas aos temas para que possam inferir. No final, peça que localizem os termos no texto e verifiquem a correção das respostas.

2. Tente acompanhar as duplas e auxiliar, se necessário. Os estudantes devem relembrar a lenda do boi, sem recorrer à leitura do texto no livro nesse momento. A formação em duplas tem o objetivo de trabalhar a oralidade e também a colaboração. Verifique se as duplas conseguem passar a história da oralidade para a escrita.

3. Nesta atividade, você terá a oportunidade de observar se os estudantes fizeram uma escuta atenta da apresentação dos colegas. Caso seja necessário, peça aos grupos que façam uma apresentação resumida da pesquisa e reforce a importância de ouvir e aprender com a turma.

   Sugestão de atividade de remediação

   Caso os estudantes apresentem dificuldade para recontar a lenda que está no livro, pesquise, imprima e disponibilize uma nova lenda e distribua entre eles. Divida a turma em duplas para que realizem a leitura. Depois da primeira leitura, peça aos estudantes que respondam às seguintes questões: “Onde se passa essa lenda?”; “Como ela começa?”; “Quem são as personagens?”; “O que acontece no meio da história?”; “O que acontece no final?”. Com isso, espera-se que os estudantes consigam identificar os elementos espaço, personagens e acontecimentos da história. Ao final, peça a cada dupla que reconte a história para a turma. Espera-se com essa atividade colaborar tanto para o letramento quanto para o desenvolvimento de procedimentos teatrais.

HABILIDADES DA BNCC EF15AR13; EF15AR14; EF15AR15; EF15AR17

4. Peça aos estudantes que respondam à questão mobilizando a memória. Caso apresentem dificuldade, solicite que localizem o assunto no texto e identifiquem os instrumentos fazendo a leitura das legendas.

5. Se não tiver sido feita uma atividade de apreciação de sambas na sala de aula, ou se achar conveniente repeti-la, toque alguns trechos das canções para que os estudantes escutem, antes de responderem à pergunta. Depois, peça a cada um que diga de qual letra mais gostou. Promova também um momento para que eles possam cantar juntos os trechos dos sambas preferidos. Peça que anotem trechos da letra dos quais se recordam.

6. Relembre com os estudantes a atividade realizada na seção Mãos à obra, em que foi elaborada uma frase sonora. Se necessário, retome as instruções da página 73. De preferência, organize os estudantes em grupos diferentes daqueles formados durante a atividade do livro. Observe de que maneira eles compreendem e desenvolvem as possibilidades de notação não convencional, verifique se conseguem explorar diferentes fontes sonoras (voz, percussão corporal e objetos do cotidiano) e se utilizam os conceitos aprendidos sobre a intensidade dos sons.

Para terminar

Avaliação de resultado

As habilidades aferidas nesta avaliação estão relacionadas ao Plano Nacional de Alfabetização (PNA) e se referem aos processos de compreensão de leitura, como interpretar e relacionar ideias e informação; analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais.

1. Os estudantes devem argumentar com as próprias palavras utilizando os conhecimentos adquiridos durante o ano letivo. As respostas dependerão da escolha de cada um. Caso sejam mencionados os museus, é possível que citem a importância da preservação de obras de arte como pinturas, esculturas e objetos de coleção. Se a opção for a arte nas ruas, serão mencionadas a relação dos artistas com o público e a interferência na paisagem. No caso da internet, os estudantes podem citar o acesso aos museus, em visitas virtuais às exposições permanentes, por exemplo. Disponibilize um tempo para que eles reflitam e retomem a leitura do livro, se necessário.

2. Estimule os estudantes a relembrar a produção dos eventos escolares. Disponibilize os registros, se houver. Verifique se eles se apropriaram do tema escolhido e como eles desempenharam as funções pensando também esteticamente.

3. Peça aos estudantes que comentem as respectivas experiências em voz alta e promova um diálogo sobre a performance com a turma. Valorize as ações e os resultados considerados positivos. Esse momento, assim como todos os momentos na perspectiva da avaliação formativa, deve servir não somente para consolidar as aprendizagens, mas também para que os estudantes continuem aprendendo e projetando os aspectos que precisam ser melhorados.

4. A pesquisa de outras performances realizadas nos flash mobs espalhados pelo mundo permite aos estudantes estabelecer parâmetros de comparação com o evento realizado por eles, desde a localização, a participação das pessoas, como elas estão vestidas, o gestual, se o evento é em local fechado ou ao ar livre etc. A comparação permite aos estudantes estabelecer uma possibilidade ampla de percepções entre o trabalho realizado por eles e por pessoas de culturas diferentes, por exemplo.

5. Auxilie os estudantes, se houver dificuldade na leitura e compreensão das perguntas. A autoavaliação a cada ano é importante porque permite a cada um deles perceber sua evolução, não só no desenvolvimento físico como também no intelectual, durante o ano letivo, ao passar de uma série escolar para outra mais avançada.