MP030

Comentários para o professor:

Capítulo 1: Um olhar para a natureza

Introdução

O capítulo aborda dois gêneros das artes visuais que representam elementos da natureza e paisagens naturais: a natureza-morta e as marinhas. A naturezamorta abre o capítulo propondo um olhar para a composição de elementos da natureza no contexto do cotidiano. As marinhas se apresentam como possibilidade de exploração e contemplação da paisagem.

As atividades propõem uma aproximação dos estudantes em relação a dois elementos constitutivos das artes visuais: a composição (no âmbito das relações espaciais) e as cores (cuja abordagem é feita via círculo cromático).

No final do capítulo, os estudantes terão a oportunidade de apreender o conceito de ritmo realizando uma atividade musical prática de exploração e composição sonora.

Objetivos do capítulo

  1. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
  1. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

    Competência específica de Linguagens

  1. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

    Competências específicas de Arte

  1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.
  1. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística.

    Habilidades favorecidas

MP031

Capítulo

Aula

Roteiro de aula

Páginas

1

1

Apresentação dos estudantes. Realização da avaliação diagnóstica. Conversa com a turma.

p. 8-9

2

Realização da atividade preparatória. Realização da atividade complementar (opcional).

p. 10-11

3

Leitura dialogada do texto “Natureza-morta”. Realização das atividades 1 e 2 do livro. Realização da atividade complementar (opcional).

p. 12-14

4

Realização da atividade 3.

p. 14

5

Leitura dialogada do texto “O uso das cores”. Realização da atividade da seção Mãos à obra. Realização da atividade complementar (opcional).

p. 15-16

6

Leitura dialogada do texto “Círculo cromático”. Realização da atividade da seção Mãos à obra.

p. 17-18

7

Realização das atividades do livro. Realização da atividade da seção Mãos à obra. Realização da atividade complementar (opcional).

p. 19-20

8

Finalização da atividade da seção Mãos à obra.

p. 21

9

Realização da atividade da seção De olho na imagem. Leitura dialogada do texto “Marinha”. Realização de atividades do livro.

p. 22-24

10

Realização da atividade da seção Mãos à obra. Realização da atividade complementar (opcional).

p. 25

11

Leitura dialogada e realização de atividades da seção Musicando. Realização da atividade da seção Mãos à obra. Realização da atividade complementar (opcional).

p. 26-27

MP032

Capítulo 1. Um olhar para a natureza

Imagem: Pintura referente às páginas 32 e 33. Em cores quentes, destaque para uma mesa sobre a qual há um cesto cheio de frutas e algumas também estão dispostas ao redor do objeto. Entre as frutas há abacaxi, uvas, bananas diversas, cajus, mamão cortado ao meio, pitangas, abacates, coco e laranja. Fim da imagem.

LEGENDA: DEBRET, Jean-Baptiste. Natureza-morta com frutas do Novo Mundo. Sem data. Óleo sobre tela, 76 cm × 113 cm. Museu Magnin, Dijon, França. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Abertura

Atividade preparatória

HABILIDADE DA BNCC EF15AR01

As atividades de abertura têm por objetivo promover o aquecimento sobre o tema do capítulo, focar o olhar dos estudantes na imagem e levantar os conhecimentos prévios de cada um sobre o tema e a arte em geral. Não são esperadas respostas corretas neste momento. A intenção é deixá-los à vontade para se expressarem, de acordo com o próprio nível de conhecimento.

Faça a leitura da imagem com eles. Pergunte o que mais lhes chama atenção na pintura e peça que criem hipóteses sobre o tema escolhido. Questione: “O que levou esse artista a reproduzir uma imagem de frutas no quadro?”.

Explore com os estudantes o significado da expressão “naturezamorta”. Leve-os a refletir sobre a imagem a que o termo se refere, continuando com as perguntas: “O que é representado nesse gênero de pintura?”; “Por que o nome ‘naturezamorta’?”; “Existe alguma relação com as cores empregadas nesse estilo de pintura ou o nome diz respeito ao que é retratado na obra?”.

Em seguida, organize-os em grupos. Comente que, além do gênero natureza-morta, eles estudarão neste capítulo alguns elementos das artes visuais e outros gêneros de pintura. Peça que localizem a palavra “tonalidade”, em um dos boxes de glossário do capítulo.

Peça aos estudantes que leiam em voz alta o significado da palavra “tonalidade” e conversem com os colegas para verificar o nível de compreensão. Se quiserem, podem utilizar o texto e os exemplos presentes na mesma página para auxiliar no entendimento. Depois, eles deverão fazer um desenho, escolhendo uma ou mais cores, para trabalhar o conceito. Eles podem optar por trabalhar o tema da natureza-morta. Os desenhos serão individuais, porém, a ideia é que haja colaboração entre os integrantes do grupo, sugerindo ideias e conversando sobre o assunto. Ao final, peça a todos que compartilhem seus trabalhos e promova uma conversa coletiva para comentar as escolhas, de modo a valorizar as diferenças nas produções.

MP033

Boxe complementar

O que eu vejo

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Converse com os colegas.

  1. Você já ouviu falar em “natureza-morta”?
    PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. O que significa a expressão “Novo Mundo” no título da pintura?
    PROFESSOR Resposta: A expressão “Novo Mundo” faz referência ao continente americano, ao qual os europeus chegaram no ano de 1492, em uma expedição liderada por Cristóvão Colombo.
  1. Quais das frutas representadas na imagem você conhece?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADE DA BNCC EF15AR01

Orientações e comentários das atividades

  1. A resposta depende da vivência dos estudantes.
  1. A expressão “Novo Mundo” foi criada pelos europeus para se referirem às terras do continente que compõe a América, que, até o tempo das Grandes Navegações, era uma parte do mundo desconhecida por eles.
  1. Os estudantes poderão reconhecer bananas, abacaxi, coco, cana, laranja, mamão, caju, pinhão.

    Sugestão de atividade complementar

    Selecione alguns modelos de natureza-morta para mostrar aos estudantes. Podem ser obras de Caravaggio, Paul Cézanne, Fernand Léger, entre outros. Apresente as imagens e pergunte a eles o que essas obras têm em comum e o que têm de diferente.

    As primeiras obras de natureza-morta produzidas no Brasil são do pintor holandês Albert Eckhout, no século XVII. No século XIX, surgiram os artistas Agostinho da Motta e Estêvão Silva, e, na primeira metade do século XX, destaca-se a produção de Pedro Alexandrino Borges. Outros artistas de destaque desse gênero pertencem ao Núcleo Bernardelli e ao Grupo Santa Helena, formados nas décadas de 1930 e 1940 e, nos anos 1950, Milton Dacosta, Maria Leontina e Iberê Camargo, entre outros.

MP034

Natureza-morta

A pintura reproduzida na abertura deste capítulo pertence a um gênero de arte visual chamado natureza-morta. Objetos como livros, instrumentos musicais, louças e garrafas, arranjos com flores, frutas, legumes e animais, são as imagens mais representadas nas naturezas-mortas.

A composição é um dos principais elementos de uma natureza-morta. Em Natureza-morta com frutas do Novo Mundo, o pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) distribuiu no espaço da tela as imagens das frutas considerando seus diferentes tamanhos e cores. O mesmo acontece nas obras reproduzidas nesta página.

Imagem: Pintura. Em cores quentes, uma composição com objetos. Sobre um piano com base de madeira estão flautas, instrumentos de corda, como violino, banjo e violoncelo. Sobre a estrutura ainda há objetos decorativos e à frente do móvel está um gaveteiro aberto com cadernetas sobre ele. Fim da imagem.

LEGENDA: VAN ROESTRATEN, Pieter Gerritsz. Natureza-morta com instrumentos musicais. Cerca de 1690. Óleo sobre tela, 118,9 cm 3 106,8 cm. Museu Municipal de Haia, Haia, Países Baixos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Pintura. Sobre uma bancada um cesto com flores diversas nas cores amarela, roxa, azul, rosa, branca e vermelha. Algumas estão próximas do cesto e de insetos, como libélula e borboletas.  Fim da imagem.

LEGENDA: BOSSCHAERT, Ambrosius (o Velho). Natureza-morta com flores . 1614. Óleo sobre cobre, 30,5 cm × 38,9 cm. Museu J. Paul Getty, Los Angeles, EUA. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Natureza-morta

HABILIDADE DA BNCC EF15AR01

Chame atenção dos estudantes para a importância da variedade de gêneros na pintura, como a natureza-morta, o retrato, a paisagem e as cenas históricas, representando um fato histórico, religioso ou uma cena do cotidiano de determinada época.

Comente que a natureza-morta é um gênero de pintura no qual são representados seres inanimados, que em geral fazem parte do cotidiano, como alimentos e utensílios de cozinha, ou outros objetos, dispostos sobre uma mesa ou outra peça de mobília.

Aproveite para perguntar se na obra Natureza-morta com instrumentos musicais, de Pieter Gerritsz van Roestraten, eles reconhecem os instrumentos retratados. Na pintura Natureza-morta com flores, de Ambrosius Bosschaert, esperase que reconheçam algumas flores e alguns insetos representados.

MP035

A natureza-morta não é representada apenas na pintura, como muitas pessoas pensam. Esse gênero também pode ser apreciado em fotografias e em esculturas, por exemplo.

Observe a reprodução de duas outras naturezas-mortas, uma retratada na fotografia e a outra em forma de escultura.

Imagem: Fotografia. Sobre uma estrutura de madeira próximo de uma janela de vidro há três pequenos pássaros pousados sobre um prato e jarros. Um deles é vermelho e os outros dois são cinza, branco e preto. Ao redor, há uma colher de pau, nozes, uma chave e outros objetos. Próximo da janela está um quarto pássaro, ele é igual ao vermelho e bate as asas. Fim da imagem.

LEGENDA: SVIRIDOV, Alexander. Cardeais e chapins em natureza-morta – A festa dos pássaros . 2017. Fotografia, sem dimensões. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Em uma ampla sala com pé direito alto, bem iluminado e com parede de vidro há uma composição com nectarinas e peras gigantes.  Fim da imagem.

LEGENDA: OLDENBURG, Claes; VAN BRUGGEN, Coosje. Natureza-morta com peras e nectarinas. 2002. Escultura em plástico reforçado com fibra e epóxi fundido e tinta automotiva, 2,6 m 3 7,6 m 3 11,3 m. Museu Alto de Arte, Atlanta, EUA. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

HABILIDADE DA BNCC EF15AR01

Peça a opinião dos estudantes sobre a escultura Natureza-morta com peras e nectarinas, reforçando que justifiquem seus comentários. Pergunte a eles se conseguem imaginar o tamanho de cada uma das frutas representadas na escultura, indicando elementos da fotografia que possam ajudá-los a reconhecer a dimensão dos objetos. Cite os bancos de cimento no fundo da sala ou a relação entre as paredes de vidro e o teto.

Incentive-os a descrever a maneira como os elementos estão distribuídos no espaço, perguntando: “Como as frutas estão posicionadas? Perto ou longe umas das outras?”; “Há frutas agrupadas?”; “Alguma delas está separada?”; “Há frutas sobrepostas ou empilhadas?”.

Sugestão de atividade complementar

Peça aos estudantes que separem alguns materiais escolares, como lápis, borracha, estojo e régua. Na própria carteira ou em alguma mesa, eles deverão explorar diferentes formas de organizar esses materiais. Retome as perguntas feitas sobre a escultura, de modo que eles pensem em muitas possibilidades de agrupar esses objetos. Conceda um tempo para a exploração e, em seguida, peça a eles que escolham a disposição de que mais tenham gostado. No final, convide-os a circular pela sala e apreciar as diferentes composições dos objetos sobre as mesas.

MP036

Converse com os colegas e, depois, registre suas respostas.

  1. Você já havia visto alguma obra de arte do gênero natureza-morta como as apresentadas no livro? Se já viu, descreva-a e conte se gostou dela. _____.
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. O que um artista deve levar em conta ao criar uma natureza-morta? Explique sua resposta. _____.
PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes citem o uso de objetos do cotidiano, flores, vegetais, animais ou a composição desses elementos na obra de arte.
Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.
  1. Você e seus colegas trabalharão em conjunto em uma composição. Depois, cada um registrará a experiência com um desenho.
    1. _____
PROFESSOR Desenho pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADES DA BNCC EF15AR05; EF15AR06

Orientações e comentários das atividades

  1. Pergunte aos estudantes se eles costumam visitar exposições de arte, como mostras de pinturas ou esculturas, e se eles têm o costume de observar as obras com atenção. Pergunte também se conhecem alguma feira de arte ou de artesanato e se eles se lembram de ter visto pinturas ou outros tipos de obras de arte semelhantes, nesses lugares.
  1. Antes de responderem, retome com os estudantes os elementos principais abordados no capítulo. Eles podem citar objetos, materiais, temas e os elementos representados, além de formas de composição.
  1. Converse com os estudantes sobre as formas de composição em diferentes linguagens. Comente que, além da organização dos objetos ou corpos no espaço, a composição diz respeito à organização dos sons no tempo. Depois, conduza a atividade, seguindo as orientações a seguir. Não é esperado que os estudantes dominem o conceito completamente, mas que explorem possibilidades a partir de uma proposta lúdica. Fotografe o processo para utilizar os registros posteriormente.

    Orientações

    Disponibilize alguns objetos do cotidiano para a atividade, como tecidos, roupas, baldes, bolas, entre outros. Eles devem ser pequenos e médios, sem pontas, para não apresentar riscos. Em um espaço grande, como o pátio, a quadra ou a sala de aula com as carteiras afastadas, faça um quadrado médio no chão, usando fita-crepe ou giz. Se possível, envolva os estudantes nessa parte da preparação.

    Comente que eles farão um jogo de composição, brincando com a organização dos objetos no espaço. Quem começar a brincadeira deverá pegar um dos objetos e colocá-lo, da maneira que quiser, dentro do quadrado.

    O segundo estudante deverá incluir outro elemento que tenha relação com o primeiro, e assim por diante, até todos participarem. Os objetos podem ser colocados longe, perto, lado a lado, sobrepostos, formando uma linha etc. Incentive-os a observar e utilizar os objetos de diferentes formas. Uma roupa pode ser esticada, dobrada ou amassada, por exemplo. Um balde pode estar deitado, virado para cima ou virado para baixo. Peça que observem e comentem cada vez que houver uma alteração no quadrado. No final, pergunte como foi a experiência e quais foram as dificuldades. Converse sobre a composição coletiva e sobre possíveis desconfortos que tenham surgido, indagando se perceberam a diferença entre fazer uma composição individual e fazer uma em grupo.

MP037

O uso das cores

A tela do artista holandês Vincent van Gogh (1853-1890), reproduzida a seguir, é uma pintura bem colorida.

Além de usar cores fortes, Van Gogh explorava outros recursos cromáticos em seus trabalhos.

Imagem: Pintura. Em cores fortes, um quarto onde o chão é taco em tom marrom e verde e as paredes e porta são em cor roxa com descascados em branco. Do lado direito, está uma cama de madeira de solteiro com lençol vermelho e fronhas amarelas. Na parede deste lado há quatro quadros pendurados. Na parede da cabeceira há um quadro maior, um cabideiro com roupas penduradas, a janela de vidro e um pequeno espelho pendurado. Ao lado da cama, há uma cadeira e uma pequena mesa de madeira. Sobre a mesa há alguns itens como uma bacia e um jarro com água entre outros frascos. Na parede paralela à cama, há uma toalha pendurada ao lado da porta e uma cadeira também de madeira.  Fim da imagem.

LEGENDA: VAN GOGH, Vincent. Quarto em Arles. 1889. Óleo sobre tela, 73,6 cm × 92,3 cm. Instituto de Arte de Chicago, Chicago, EUA. FIM DA LEGENDA.

Para conseguir criar em suas obras os efeitos desejados, o artista precisa conhecer as características das cores. Por exemplo, o amarelo, o vermelho e o azul são chamados de cores primárias, pois não necessitam de nenhuma outra cor para existir nem podem ser criados a partir de outras cores.

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tinta amarela.  Fim da imagem.

LEGENDA: Amarelo. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tinta vermelha.  Fim da imagem.

LEGENDA: Vermelho. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tinta azul. Fim da imagem.

LEGENDA: Azul. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

O uso das cores

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR02

Comente com os estudantes que Quarto em Arles faz parte de uma série de três pinturas feitas por Vincent van Gogh entre 1888 e 1889, retratando o quarto alugado por ele na cidade de Arles, na França.

A primeira tela se encontra em exposição permanente no Museu Van Gogh, em Amsterdã, nos Países Baixos.

Van Gogh considerava essa obra seu melhor trabalho durante a estada em Arles.

Depois da primeira pintura, o artista revisitou o tema outras duas vezes, cerca de um ano depois, enquanto esteve internado no hospício de Saint-Rémy-de-Provence. Essas três pinturas estão entre as obras mais conhecidas do artista.

Obra Quarto em Arles

Sobre a primeira versão da pintura Quarto em Arles, Van Gogh escreveu ao irmão Theo:

“[...] As paredes são de um violeta pálido, o chão é de lajotas vermelhas.

A madeira da cama e das cadeiras é de um amarelo de manteiga fresca, o lençol e os travesseiros, limão-verde bem claro.

O cobertor, vermelho escarlate. A janela, verde.

A mesa, laranja, a bacia, azul.

As portas, lilás. [...]”

Fonte: VAN GOGH. Cartas a Theo. Porto Alegre: L&PM, 1997. p. 222.

MP038

Já as cores laranja, verde e violeta são chamadas de cores secundárias, pois são formadas a partir da mistura de duas cores primárias, usando sempre a mesma quantidade de tinta de cada cor primária. Observe:

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tina amarela com sinal de mais para uma pincelada de tinta vermelha igual a uma pincelada de tinta laranja.  Fim da imagem.

LEGENDA: Amarelo. + Vermelho. = Laranja. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. uma pincelada de tinta amarela com sinal de mais para uma pincelada de tinta azul igual a uma pincelada de tinta verde.  Fim da imagem.

LEGENDA: Amarelo. + Azul. = Verde. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tinta vermelha com sinal de mais para uma pincelada de tinta azul igual a uma pincelada de tinta violeta. Fim da imagem.

LEGENDA: Vermelho. + Azul. = Violeta. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar

Mãos à obra

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

Agora é sua vez de comprovar se a mistura de cores primárias, duas a duas, dá origem às cores secundárias acima. Para isso, siga o roteiro.

Materiais

  1. Com a régua e o lápis, divida a folha de sulfite em três partes iguais.
  1. Usando o pincel, coloque no centro de cada divisão da folha de papel sulfite um pouco de tinta de cada uma das cores primárias.
  1. Lave o pincel na água e seque no papel absorvente sempre que mudar de cor.
  1. Agora, acrescente a mesma quantidade de tinta nesta ordem: no amarelo, adicione azul e misture; no vermelho, ponha amarelo e mexa; no azul, coloque vermelho.
  1. Seu experimento deu certo?

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

HABILIDADES DA BNCC EF15AR02; EF15AR04

Depois de ler com os estudantes o texto sobre cores primárias e secundárias, fale com eles sobre as sensações que as cores podem despertar e o poder que elas têm de transmitir sentimentos e ideias. Alguns exemplos que você pode dar e que fazem parte do senso comum: branco expressa paz, pureza, claridade; preto, luto; amarelo, energia, sol; vermelho, perigo, paixão; verde, natureza; azul, mar, céu, tranquilidade; laranja, fogo, calor.

Sugestão de atividade complementar

Prepare com antecedência papéis de cores diferentes. Os papéis usados nesta atividade poderão ser reaproveitados depois. Se não tiver papéis coloridos disponíveis, recorte folhas de sulfite tamanho A4 em quatro partes e distribua entre os estudantes, pedindo a cada um que pinte um grande círculo com uma única cor, no centro do papel. Escolha as cores para garantir que haverá papéis com todas as cores primárias e secundárias.

Proponha a eles que atribuam cores primárias ou secundárias a sentimentos e emoções. Os estudantes deverão fazer uma lista de palavras como coragem, raiva, alegria, tristeza, desânimo, medo etc., e vão relacionar cada palavra a uma cor primária ou secundária.

Em seguida, organize-os em dois grupos. Um integrante de um dos grupos deverá mostrar uma cor para um integrante do outro grupo. Este deverá representar com gestos e expressão facial o sentimento que relaciona com a cor apresentada, enquanto os outros observam. Os grupos devem se revezar para que todos possam participar. Ao final, organize uma roda de conversa e pergunte a eles se foram surpreendidos com os gestos ou as expressões dos colegas. Questione, também, se eles mudaram de ideia sobre o sentimento ao observar determinada cor com atenção. Comente que, embora existam muitas teorias a respeito de sentimentos e sensações gerados pelas cores, cada pessoa tem uma percepção única sobre isso. Disponibilize um tempo a eles para que conversem sobre o que acharam da atividade, incentivando-os a respeitar e valorizar as diferentes opiniões.

MP039

Círculo cromático

O círculo cromático surgiu das cores observadas no arco-íris. Um arco-íris é formado quando a luz do sol atravessa gotas de água que ficam soltas no ar logo depois de uma chuva.

A luz solar é branca, mas é formada pela mistura de outras cores. Quando ela atravessa as gotas de água, as cores, que compõem essa luz, são separadas e formam o arco-íris, surgindo os tons vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil ou índigo e violeta.

Para efeito de estudo e para uso em pintura, essas cores, menos o anil, são representadas em um círculo cromático. Esse círculo pode ser composto de 12 cores: três primárias, três secundárias e seis terciárias – que são criadas pela mistura das cores primárias com as secundárias.

Imagem: Ilustração. Um círculo com faixas de diferentes cores que se alteram conforme a tonalidade. Ao centro do círculo as cores são ligadas por linhas que formam dois triângulos sobrepostos. Em sentido horário: Amarelo, primária. Amarelo-alaranjado, terciária. Laranja, secundária. Vermelho-alaranjado, terciária. Vermelho, primária. Vermelho-arroxeado, terciária. Violeta, secundária. Azul-arroxeado, terciária. Azul, primária. Azul-esverdeado, terciária. Verde, secundária. Amarelo-esverdeado, terciária. O amarelo, vermelho e azul estão ligados triangularmente. Verde, laranja e violeta também estão ligados triangularmente.  Fim da imagem.

No círculo cromático, cada cor secundária se situa entre as duas primárias usadas em sua composição. Dentro do círculo, os fios contínuos indicam as cores primárias, e os fios pontilhados apontam as cores secundárias.

MANUAL DO PROFESSOR

Círculo cromático

HABILIDADE DA BNCC EF15AR02

Faz parte do senso comum dizer que a luz solar é “branca”. No entanto, no século XVII, o cientista inglês sir Isaac Newton (1643-1727) observou que a cor branca da luz solar resulta da combinação de diferentes cores. Em um experimento, Newton verificou que quando um raio de luz branca atravessava um cristal ou um prisma óptico, era dividido em diversas cores, fenômeno que ficou conhecido como decomposição da luz.

Foi assim que Newton explicou a formação do arco-íris, que surge quando um raio de luz branca atravessa uma gota de água que, como um prisma, separa as cores que o constituem.

Quando a luz branca incide sobre uma superfície, algumas dessas cores são absorvidas e outras, refletidas. As cores refletidas são as que “dão” cor a essa superfície. Por exemplo, um objeto é verde se a sua superfície absorve todas as cores que formam a luz, menos a verde.

Esse processo também ocorre com a cor das tintas usadas em pinturas.

MP040

Boxe complementar

Mãos à obra

Que tal testar se a luz solar é formada pela mistura das cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta?

Imagem: Ilustração. Um círculo dividido por diferentes cores como fatias de pizza. Em sentido horário: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta e rosa. Fim da imagem.

Materiais

  • Tesoura com pontas arredondadas
  • Cópia em cores da imagem ao lado
  • Pedaço de cartolina
  • Cola em bastão
  • Lápis preto
  • Fita adesiva

    Como fazer

    Imagem: Ilustração 1. Destaque das mãos de uma pessoa que recorta o disco colorido com uma tesoura. Na mesa, há cola, papel e fita adesiva. Fim da imagem.

    LEGENDA: Recorte a cópia do disco. Cole o círculo sobre o pedaço de cartolina. FIM DA LEGENDA.

    Imagem: Ilustração 2. Destaque das mãos que fazem um furo com um lápis ao centro do disco. Fim da imagem.

    LEGENDA: Recorte a cartolina e deixe secar a cola. Fure com a ponta do lápis o meio do círculo. FIM DA LEGENDA.

    Imagem: Ilustração 3. Destaque das mãos que colam fita adesiva entre o lápis ao centro do disco e sua superfície inferior. Fim da imagem.

    LEGENDA: Passe o lápis pelo furo do círculo e prenda-o bem com fita adesiva na parte de baixo da cartolina. FIM DA LEGENDA.

    Imagem: Ilustração 4. Destaque das mãos espalmadas unidas com o lápis com o disco entre elas.  Fim da imagem.

    LEGENDA: Ponha o lápis entre as mãos e gire-o bem rápido. FIM DA LEGENDA.

    Quando você girou o lápis, o que aconteceu com as cores do círculo?

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Mãos à obra

HABILIDADES DA BNCC EF15AR02; EF15AR04

O disco de Newton é um dispositivo utilizado em demonstrações das cores que formam a luz branca.

Isaac Newton fez passar através de um prisma um feixe de luz que se decompôs nas cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, que formam o espectro da luz branca.

No entanto, era necessário comprovar que a luz branca é realmente proveniente da soma dessas cores. Assim, Newton criou o disco que leva seu nome, pintado com as mesmas cores que compõem o espectro da luz branca, isto é, as cores do arco-íris.

Quando giramos o disco de Newton com intensidade, cada uma das cores que compõem o disco se sobrepõe em nossas retinas e a cor branca aparece uniformemente, dando a sensação de mistura.

Chame a atenção dos estudantes para o fato de que, de acordo com as cores de impressão do Livro do Estudante e/ou de acordo com as cores reproduzidas pela impressora que for utilizada, o disco de Newton poderá dar a impressão de ficar com uma coloração acinzentada, ou então esbranquiçada.

MP041

No círculo cromático, também podemos descobrir as cores complementares, que são as que ficam na direção oposta de cada cor primária.

Observe a seguir as duplas de cores complementares.

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tinta amarela com seta dupla para uma pincelada de tinta roxa. Fim da imagem.

LEGENDA: Amarelo e violeta. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tinta azul com seta dupla para uma pincelada de tinta laranja.  Fim da imagem.

LEGENDA: Azul e laranja. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma pincelada de tinta vermelha com seta dupla para uma pincelada de tinta verde. Fim da imagem.

LEGENDA: Vermelho e verde. FIM DA LEGENDA.

Quando colocadas juntas, as cores complementares chamam a atenção pelo contraste entre elas.

Sabendo disso, os artistas usam essas cores para atrair o olhar dos observadores de suas obras.

  1. Observe novamente a reprodução da tela Quarto em Arles, de Van Gogh. Que cores o artista usou para pintar essa obra? _____.
PROFESSOR Resposta: Azul, vermelho, verde, marrom, entre outras. Os estudantes poderão identificar outras cores e classificá-las em primárias e secundárias.
Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.
  1. O que você sente ao olhar para essa obra? No espaço a seguir, faça um desenho que represente a sensação que você teve ao contemplá-la.
    1. _____
PROFESSOR Desenho pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADE DA BNCC EF15AR02

Orientações e comentários das atividades

  1. Depois de responderem, não se esqueça de comentar com os estudantes que a imagem de uma pintura impressa em um livro nem sempre reproduz as cores reais de uma obra de arte. Explique também que, com o tempo, as cores da tela tendem a desbotar e mudar de tonalidade; por isso, de tempos em tempos, passam por um processo de restauração.
  1. Deixe os estudantes à vontade para expressar seus sentimentos após observar a pintura de Van Gogh. Alguns podem dizer que sentem tranquilidade, enquanto outros podem afirmar que sentem alegria ou tristeza. O importante é eles perceberem que as cores são capazes de despertar variadas sensações no observador.

    Relembre as conversas sobre as relações entre cores, sensações e sentimentos, caso tenha realizado a atividade da página MP038 deste Manual. Chame a atenção também para a composição mostrada na pintura de Van Gogh. Mostre os quadros fixados na parede e pergunte a eles se imaginam quem seria a pessoa que dorme naquele quarto e porque o ambiente foi representado sem a presença de pessoas.

    Sugestão de atividade complementar

    Proponha aos estudantes que descubram cores na sala de aula e as classifiquem em cores primárias, secundárias ou terciárias. Comente que existem diversos tons para a mesma cor. Por exemplo, quando se trata da cor azul percebemos a existência de azul-claro, azul-escuro, azul-violáceo, azul-esverdeado etc.

MP042

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.
  1. Faça um desenho no espaço a seguir. Depois, pinte-o com giz de cera usando somente cores complementares. Mostre seu desenho para os colegas apreciarem e aprecie o desenho deles.

_____

PROFESSOR Desenho pessoal.

Boxe complementar

Mãos à obra

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

Agora, você vai produzir individualmente uma natureza-morta.

Em seguida, vai elaborar uma outra, em grupo. Na primeira atividade, você criará uma pintura. Na segunda, você se reunirá com o grupo para fazer uma composição fotográfica utilizando objetos do cotidiano.

Para a atividade individual

Materiais

  • Cartolina ou tela de pintura
  • Pincel
  • Água e copo plástico
  • Lápis
  • Tinta guache de cores variadas
  • Folhas de jornal
  • Papel absorvente
MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADES DA BNCC EF15AR02; EF15AR04

Orientações e comentários da atividade

  1. Oriente os estudantes a consultar as páginas anteriores do livro, se necessário, para relembrar quais são as cores complementares. Proponha que façam no livro um rascunho do desenho e, depois de pronto, passem a limpo em uma folha avulsa. Guarde esse material para realizar o vernissage sugerido no final do capítulo 2 do livro.

    É esperado que os estudantes consigam fixar o conceito de cores primárias e secundárias concretizado com a experiência prática da mistura das tintas na seção Mãos à obra. Contudo, se tiverem dificuldade em reconhecer ou relembrar a classificação em cores primárias e secundárias, proponha a realização de um jogo em duplas, para consolidar o conhecimento. Distribua cartões coloridos entre as duplas, ou solicite que confeccionem seus próprios cartões de cartolina branca, pintando um dos lados de cada cartão com uma cor do círculo cromático. Depois, eles deverão propor um desafio ao colega de dupla, dispondo na mesa uma sequência de duas cores primárias. A tarefa do colega será completar a mistura das duas cores primárias com a cor secundária correspondente. Eles também podem propor o contrário, dispondo na mesa a cor secundária para que o colega selecione os cartões com as cores primárias correspondentes à mistura. Uma terceira opção é colocar sobre a mesa uma cor primária seguida de uma secundária, desafiando o colega a descobrir a cor que falta para resultar na secundária ali exposta. Depois do jogo, peça aos estudantes que compartilhem a experiência e verifique se eles consolidaram o aprendizado.

    Mãos à obra

    Para a atividade Mãos à obra, peça com antecedência aos estudantes que tragam para a sala de aula os materiais necessários ou providencie-os você mesmo.

    Na primeira parte da atividade, os estudantes farão individualmente uma composição pictórica baseada em suas memórias. Retome com eles as experiências vivenciadas até este momento relembrando as pinturas do livro e as atividades realizadas. Sugira que escolham objetos do dia a dia e decidam quais elementos querem representar. Proporcione um momento de concentração, aproveitando que essa parte da tarefa é individual. Oriente-os a pensar na composição dos elementos no espaço da cartolina ou da tela. Se necessário, forneça folhas avulsas para que façam o esboço da composição.

MP043

Como fazer

  1. Forre sua carteira com as folhas de jornal.
  1. Pense nas frutas que você mais gosta de comer, nas flores que acha mais bonitas ou nos objetos que mais usa. Escolha um desses elementos como tema para sua natureza-morta.
  1. Observe o espaço da cartolina ou da tela e imagine onde serão reproduzidos os elementos que escolheu para pintar. Se quiser, use um lápis preto para marcar o local onde cada imagem ficará registrada.
  1. Use a tinta guache para a pintura.
  1. Enxágue e seque o pincel sempre que for mudar de cor.
  1. Lembre-se de pintar seu nome em um canto da cartolina ou da tela.
  1. Deixe seu trabalho secando com o dos colegas.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo, composto pela ilustração da silhueta de três pessoas dentro de um quadrado azul. Fim da imagem.

    Para a atividade em grupo

    Materiais

    • Objetos escolhidos pelo grupo
    • Materiais para criar um fundo para a fotografia
    • Câmera fotográfica digital

      Como fazer

    1. Com a ajuda do professor, escolham e separem os materiais para compor uma natureza-morta. Vocês poderão reunir objetos do cotidiano e elementos naturais para fazer a composição.
    1. Escolham e preparem um fundo para a fotografia. Ele pode ser produzido com tecidos e papéis, ou, se preferirem, vocês podem escolher um lugar no ambiente que sirva como fundo.
    1. Façam montagens variadas com os objetos que querem fotografar até decidir qual será o melhor arranjo para eles. A escolha do arranjo será feita coletivamente.
    1. Tirem muitas fotografias explorando vários ângulos e distâncias da composição.
    1. Escolham a melhor fotografia da natureza-morta que vocês produziram para imprimir e montem um mural com todos os trabalhos da turma.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADES DA BNCC EF15AR06; EF15AR26

Na segunda parte da atividade, os grupos produzirão uma fotografia inspirada no gênero natureza-morta utilizando objetos do cotidiano. Peça a cada grupo que compartilhe entre os integrantes as composições individuais, antes de começar. Proponha uma conversa sobre a escolha de elementos semelhantes nas composições. Eles deverão reconhecer se as cores usadas nas pinturas são parecidas e como foi utilizado o espaço da folha ou da cartolina por cada um.

Depois dessa conversa, os grupos deverão selecionar objetos para produzir as fotografias. Disponibilize na sala objetos em número suficiente e incentive os grupos a compartilhar, caso mais de um grupo queira o mesmo objeto. Sugira que revezem, durante a exploração e na hora de fazer as fotografias.

Os estudantes podem compor o fundo da fotografia com tecidos, toalhas de mesa, papel Kraft, papéis coloridos etc. Outra possibilidade é encontrar um lugar da escola que possa servir de cenário, como um gramado, uma mesa ou um canto da sala.

Oriente os grupos durante a exploração e incentive-os a testar mais de uma disposição com os mesmos objetos. Depois que escolherem a posição definitiva, estimule-os a buscar diversos ângulos e distâncias para as fotografias. Explique que o efeito de ângulos e distâncias no momento de fotografar se chama enquadramento.

No final da atividade, organize todos os arquivos digitais com as fotografias, criando uma pasta para cada grupo. Se houver laboratório de informática na escola, agende um horário em uma aula posterior. Dedique esse tempo para a apreciação das imagens em tamanho maior (na tela do computador) e a cada grupo para que selecione a imagem de que mais gostou. A escolha é de uma única fotografia para representar cada grupo, que será usada na exposição proposta no capítulo 2 do livro. Salve as fotografias selecionadas em uma pasta, legendando cada imagem com o nome do grupo correspondente. Na ocasião da apresentação, imprima as fotografias, ou escolha algum outro meio digital para realizar a exibição.

MP044

Boxe complementar

De olho na imagem

Observe esta reprodução de natureza-morta, feita pelo pintor italiano Giuseppe Arcimboldo. O artista centrou os elementos da pintura em uma tigela repleta de legumes e verduras (imagem da esquerda).

Entretanto, quando é virada de “ponta-cabeça” (imagem da direita), descobrimos que ela forma o retrato do “verdureiro”, título da obra.

Imagem: Pintura da esquerda. Em cores quentes, uma bacia preta com legumes como cebolas, tomates, alhos, cenouras e nabos. 
Pintura da direita. A pintura anterior invertida. A bacia está de ponta-cabeça com os legumes dispostos abaixo dela. A composição assemelha-se a um rosto humano. Os alhos no lugar dos olhos, as cenouras no lugar do nariz e as orelhas e as ramas dos nabos no lugar da barba. Outras folhas compõem os cabelos. 
 Fim da imagem.

LEGENDA: ARCIMBOLDO, Giuseppe. O verdureiro. 1590. Óleo sobre madeira, 36 cm × 24 cm. Museu Cívico Ala Ponzone, Cremona, Itália. FIM DA LEGENDA.

  1. Que vegetais você identifica na pintura O verdureiro? _____.
    PROFESSOR Resposta: Cebola, tomate, alho, cenoura.

    Imagem: Ícone: Saúde. Fim da imagem.

  1. Você costuma consumir esses vegetais? De que outros vegetais você gosta? _____.
    PROFESSOR Respostas pessoais.

Fim do complemento

Boxe complementar

Conheça o artista

O pintor italiano Giuseppe Arcimboldo (1527-1593) ficou famoso por seus retratos elaborados com plantas, frutas, vegetais, animais e outros elementos.

Imagem: Desenho. Retrato de um senhor com cabelo liso preso, nariz afilado, olhos destacados, lábios finos e barba. Ele usa uma roupa com gola alta.  Fim da imagem.

LEGENDA: ARCIMBOLDO, Giuseppe. Autorretrato. Cerca de 1570. Desenho (caneta, pincel e tinta azul), 23 cm 3 15,7 cm. Galeria Nacional, Praga, República Tcheca. FIM DA LEGENDA.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

De olho na imagem

HABILIDADE DA BNCC EF15AR01

Explique aos estudantes que uma obra de arte reversível é aquela que, ao ser colocada na posição invertida, mostra outra imagem. É o caso da pintura desta página, que se modifica completamente quando é virada de cabeça para baixo. O apelo da obra está em surpreender o observador com uma imagem totalmente diferente da que foi visualizada inicialmente.

Em O verdureiro, quando a imagem é invertida, os legumes e as verduras passam a compor um rosto e a tigela se transforma em um chapéu.

Orientações e comentários sobre as atividades

  1. e 2. Pergunte se reconhecem os vegetais representados na obra e se têm o hábito de comer vegetais. Caso digam que não, pergunte que alimentos eles conhecem que são de origem vegetal. É provável que eles tenham diversos alimentos vegetais na alimentação e não os reconheçam como tal, como o arroz, o feijão, o milho, a cebola, o alho, entre outros. Até mesmo o pão é feito de trigo, que pertence ao reino vegetal.

    Peça a opinião dos estudantes sobre a utilização dos vegetais em obras de arte. Retome a composição dos elementos nas naturezas-mortas estudadas no capítulo em comparação com as pinturas de Arcimboldo.

    Giuseppe Arcimboldo

    Giuseppe Arcimboldo (1527-1593) nasceu em Milão, Itália, durante o período do Renascimento. Esse artista se notabilizou pela criação de naturezas-mortas e obras reversíveis nas quais os elementos como flores, frutas e verduras formam fisionomias humanas.

    Além de O verdureiro, o artista produziu outras obras reversíveis. Se possível, pesquise e leve para a sala de aula a obra Cesta de frutas (1590) e a série As quatro estações, desse artista. O objetivo é que a turma analise a técnica mais detalhadamente.

    Sugestão de atividade de campo

    Se possível, planeje com a equipe pedagógica da escola uma visita a uma horta comunitária ou particular para que as crianças conheçam a diversidade de plantas comestíveis. O contato com o plantio desses alimentos possibilita a ampliação de conhecimentos e a aceitação por parte delas a experimentar diferentes vegetais na alimentação.

    Antes do passeio, imprima imagens dos vegetais cultivados na horta, com o nome científico e o nome popular de cada um. Isso ajudará os estudantes a identificar as plantas quando estiverem no local. Combine antecipadamente com alguém que trabalhe na horta para que receba os estudantes e possa tirar as dúvidas e responder às perguntas durante a visita.

MP045

Marinha

As telas reproduzidas a seguir ficaram conhecidas como marinhas. Marinha é um gênero de pintura que tem como tema as paisagens marítima e litorânea.

Nas marinhas, os artistas em geral trabalham a representação do céu e do mar. Para isso, usam várias tonalidades de uma mesma cor.

Observe os diferentes tons da cor azul nesta tela do pintor brasileiro Benedito Calixto.

Imagem: Pintura. Paisagem composta pela beira-mar com água tranquila que reflete o céu azul com pássaros. No mar, em primeiro plano, há um bote com uma pessoa que rema e um forte na encosta, onde há muitas árvores. Ao fundo, uma grande embarcação e a serra.  Fim da imagem.

LEGENDA: CALIXTO, Benedito. Forte do Itapema e Outeirinhos. Sem data. Óleo sobre tela, 40 cm x 60 cm. Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos (SP). FIM DA LEGENDA.

Na tela a seguir, Tarsila do Amaral, também artista brasileira, usou cores secundárias, como o verde, terciárias, como o azul-arroxeado, e complementares, como o rosa, que é uma gradação do vermelho, para deixar mais harmoniosa sua representação de um porto.

Imagem: Pintura. Em cores claras e riscos bem nítidos, em primeiro plano, a beira-mar repleta de embarcações médias e grandes. Em segundo plano, um porto rodeado por árvores e algumas construções. Ao fundo, a serra.  Fim da imagem.

LEGENDA: AMARAL, Tarsila do. Porto I. 1953. Óleo sobre tela, 70 cm × 100 cm. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

De volta à sala de aula, para finalizar, peça aos estudantes que façam um desenho ou uma pintura explorando os vegetais que conheceram e compartilhem as produções e experiências em uma roda de conversa.

Marinha

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR02

Explique aos estudantes que as pinturas que retratam paisagens litorâneas são conhecidas como marinhas. As marinhas são consideradas um subgênero da pintura de paisagem e apareceram pela primeira vez no século XVI, nos Países Baixos, porém, nos séculos XVII e XVIII, foram se tornando mais apreciadas com a crescente especialização de alguns artistas dedicados a pintar sobre esse tema. Entre os pintores que se destacaram nesse período estão Simon de Vlieger (1601-1653) e Jan van Goyen (1596-1656).

Encaminhe o assunto de modo que os estudantes percebam que os efeitos proporcionados pelo uso das cores são fundamentais em uma pintura. As cores não são escolhidas ao acaso; servem à intenção do artista para transmitir a atmosfera da paisagem ou produzir determinado efeito sobre o observador.

Benedito Calixto (1853-1927) foi professor, pintor, historiador e ensaísta brasileiro. Nasceu em Itanhaém, no litoral paulista, e retratou muitas praias da região, incluindo o porto de Santos. É considerado um dos mais importantes pintores brasileiros do início do século XX.

Tarsila do Amaral (1886-1973) foi pintora e desenhista. Tornou-se uma das principais artistas plásticas brasileiras. Participou do movimento modernista no Brasil em 1922, com obras de temática nacional. Em 1928, pintou a tela Abaporu, que inspirou o movimento antropofágico, liderado por Oswald de Andrade (1890-1954) e Raul Bopp (1898-1984).

MP046

Converse com os colegas e, depois, registre suas respostas.

  1. Você já esteve em algum lugar parecido com as imagens retratadas nas marinhas? Se esteve, onde ele fica? _____.
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Observe a reprodução de uma marinha criada pelo pintor Vincent van Gogh.
Imagem: Pintura. Em tons fortes, quatro pequenas embarcações enfileiras atracadas na areia laranja. O azul do mar à beira-mar se mistura ao azul do céu. As duas primeiras embarcações têm cores verde e vermelha. As duas últimas têm tons sombreados de azul. Fim da imagem.

LEGENDA: VAN GOGH, Vincent. Barcos de pesca na praia em Saintes-Maries-de-la-Mer. 1888. Aquarela, 40,4 cm 3 55,5 cm. Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia. FIM DA LEGENDA.

  1. Que cores predominam nessa obra? _____.
PROFESSOR Resposta: Predominam tons de azul e de laranja.
  1. Há cores secundárias? Quais? _____.
PROFESSOR Resposta: Sim. Laranja e verde.
MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR02

Comente com os estudantes que, apesar do pioneirismo dos artistas dos Países Baixos com relação aos temas litorâneos, os pintores holandeses que aportaram no Brasil no século XVII, como Frans Post (1612-1680) e Albert Eckhout (1610-1666), não se dedicaram à pintura de marinhas. No século XIX, pintores viajantes como Thomas Ender (1793-1875) e Rugendas (1802-1858), quando muito, retrataram vistas de cidades litorâneas brasileiras. O primeiro artista a se dedicar às marinhas no Brasil foi o pintor italiano Giovanni Battista Felice Castagneto, também conhecido como João Batista Castagneto (1851-1900).

Orientações e comentários das atividades

  1. Estimule os estudantes a contar experiências pessoais no litoral. Pergunte a eles se gostam de estar em praias e se costumam parar para observar a paisagem. Retome as pinturas da página anterior e peça que identifiquem os elementos representados nas imagens (barcos, coqueiros, fortes etc.). Chame a atenção para a opção dos artistas de representar enquadramentos em que não há presença de pessoas ou faixa de areia, focando na imagem do mar.
  1. a) Verifique se os estudantes entendem o que significa a palavra predominar. Encaminhe de modo que eles possam chegar à resposta. Peça que digam o nome de todas as cores que reconhecem na pintura. Depois, pergunte quais delas ocupam maior espaço e chamam mais atenção do observador.
  1. b) Se necessário, retome os conceitos de cores primárias e secundárias, para que respondam à pergunta.

MP047

  1. Há cores complementares? Quais? _____.
PROFESSOR Resposta: Sim. Laranja e azul, verde e vermelho.
  1. O que você sente ao observar essa imagem? _____.
PROFESSOR Resposta pessoal.

Boxe complementar

Mãos à obra

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

Que tal criar uma marinha? Para isso, siga o roteiro.

Materiais

  • Tampa de caixa de sapatos
  • Água
  • Copo plástico
  • Tinta guache de cores variadas
  • Folhas de jornal
  • Papel absorvente
  • Pincel

    Como fazer

  1. Pesquise e escolha uma fotografia ou uma tela de paisagem litorânea como inspiração.
  1. Use a tampa da caixa de sapatos como suporte para sua pintura.
  1. Observe o espaço que você tem e planeje quais elementos vai distribuir nele e quais cores vai usar. Lembre-se de que em uma marinha devem predominar as cores relativas ao mar.
  1. Vá aplicando a tinta guache para compor sua obra.
  1. Lave e seque o pincel antes de mudar de cor.
  1. Depois que sua obra estiver pronta e seca, escreva seu nome nela. Na parte de trás da pintura, escreva o título que escolheu para ela. Mostre sua obra para os colegas e aprecie a deles.

    Imagem: Ilustração. Três crianças uniformizadas lado a lado. Elas sorriem e apresentam desenhos que seguram em suas mãos. Fim da imagem.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADES DA BNCC EF15AR02; EF15AR04

Orientações e comentários das atividades

  1. c) Se for o caso, retome o conceito de cores complementares, para que respondam à pergunta.
  1. d) Peça que comparem essa resposta com a que foi dada ao comentar seus sentimentos na observação da pintura do quarto de Van Gogh, neste capítulo.

    Mãos à obra

    Comente com os estudantes que, se preferirem, podem realizar um esboço antes de começar a pintura. Sugira que imaginem os elementos que gostariam de retratar e se inspirem nas obras apresentadas no livro; eles poderão pensar também em diferentes situações e elementos relacionados ao mar: crianças brincando na praia, peixes, o fundo do mar, entre outros. O objetivo da atividade não é realizar uma produção que se encaixe perfeitamente no gênero marinha, mas exercitar o aprendizado das cores e explorar materialidades, simbolizando seu repertório e aproximando suas vivências.

    Sugestão de atividade complementar

    Os estudantes também podem criar uma marinha usando tinta aquarela. Por ser uma tinta aguada, a aquarela deve ser usada com cuidado e aos poucos. Para evitar que as folhas de papel sulfite enruguem ou saiam do lugar durante a pintura, oriente-os a fixá-las na mesa com fita dupla face. Antes da aplicação da tinta, a folha deve ser umedecida com água, mas sem exagero. Disponha as tintas em potinhos separados e em quantidade suficiente. Quanto maior a quantidade de água, mais diluída ficará a tinta e mais fraca será a cor. Para retirar o excesso de água da folha, pode ser usado lenço de papel. Recomende que esperem a cor secar para depois aplicar uma outra. Isso evita borrões e a mistura indesejada de tons.

MP048

Musicando

Imagem: Ícone referente à seção Musicando, composto pela ilustração de uma nota musical. Fim da imagem.

Sons longos e sons curtos

Além da altura, que é uma característica do som que permite classificá-lo como grave ou como agudo, o som tem duração. Duração é a medida de quanto tempo um som dura, isto é, de quanto ele é prolongado.

Isso permite classificá-lo como curto ou como longo. A duração dos sons é medida em segundos.

Vamos testar?

• Classifique o som que está representado nas imagens de acordo com a legenda.

Imagem: Ilustração. Traço longo. Fim da imagem.

LEGENDA: Som longo. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Traço curto. Fim da imagem.

LEGENDA: Som curto. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Destaque da mão de uma pessoa que aperta uma campainha na parte externa de uma casa. Fim da imagem.

LEGENDA: Campainha de porta. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Som longo
Imagem: Fotografia. Destaque da mão de uma pessoa que bate com o punho cerrado em uma porta de madeira. Fim da imagem.

LEGENDA: Bater na porta. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Som curto
Imagem: Fotografia. Destaque de uma torneira metálica pingando água, que por sua vez forma ondas na superfície de uma poça. Fim da imagem.

LEGENDA: Água pingando. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Som curto
Imagem: Fotografia. Destaque de uma torneira metálica aberta da qual jorra muita água. Fim da imagem.

LEGENDA: Água escorrendo. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Som longo
MANUAL DO PROFESSOR

Musicando

HABILIDADES DA BNCC EF15AR14; EF15AR16

Explique aos estudantes que, da combinação de sons curtos e longos, acrescidos de silêncios e acentos, originam-se todos os padrões rítmicos. Esses padrões podem ser regulares, ou seja, bem definidos ou métricos, ou podem ser irregulares, isto é, aleatórios, não métricos.

Várias estratégias são empregadas para trabalhar a relação entre sons curtos e sons longos na educação musical. No entanto, muitas vezes essas atividades se limitam ao trabalho de reconhecimento e de reprodução sonora, de maneira mecânica, pouco musical.

Escuta e experimentação de sons

Quanto mais oportunidades de escuta e experimentação, em um amplo repertório de sonoridades, mais os estudantes poderão obter inspiração para as criações musicais, seja utilizando instrumentos convencionais, seja utilizando instrumentos alternativos, como a voz, a percussão corporal e o movimento – se esse for o desejo deles.

Os sons curtos e os longos podem se combinar de diversas maneiras: em sobreposições, justaposições, contrastes súbitos ou em mudanças gradativas. Podem dialogar, alternando-se de maneira equilibrada, com intervalos de silêncio; e podem se destacar uns sobre os outros, de fundo. Esses conceitos estão ligados a experimentação, improvisação e composição.

Sugestão de atividade complementar

Organize a turma em duplas. Um dos integrantes da dupla deverá explorar sons curtos e longos. O outro deverá responder a essa proposta com movimentos. Os movimentos deverão ter a mesma duração que o som produzido pelo colega. Aos poucos, introduza novas instruções para que os estudantes aprofundem a exploração. Relembre outras qualidades de som e movimento que sejam do conhecimento deles para que possam experimentar. Proponha deslocamentos conduzidos pelo som, incluindo os planos alto, médio e baixo. Depois de um tempo, peça que se revezem nas tarefas, para que todos possam explorar som e movimento. Ao final, sugira que conversem com a sua dupla sobre a experiência.

MP049

Boxe complementar

Mãos à obra

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

Sua tarefa agora será compor uma frase sonora. Para isso, junte-se a três colegas e sigam o roteiro.

Antes da atividade

  1. Primeiro, decidam se vão compor a frase usando sons produzidos com a voz ou se vão empregar um instrumento de sopro.
  1. Depois, escolham quem começa a atividade e quem participa em seguida. Atenção, pois essa sequência deve ser mantida até o fim da atividade.
  1. A sequência de sons deve levar em conta a seguinte instrução: a frase sonora deve ser composta de sons graves e longos intercalados com sons agudos e curtos.

    Modo de fazer

  1. Quem inicia a atividade deve produzir uma sequência de dois sons longos. Por exemplo, um grupo de quatro estudantes escolheu produzir sons com a voz. Aquele que iniciou a atividade cantou: “ôôôôô-ôôôôô!”.
  1. O próximo estudante repetiu a sequência feita pelo colega e acrescentou mais dois sons vocais: “ôôôôô-ôôôôô- lá-lá !”.
  1. O terceiro participante, então, repetiu a sequência produzida pelos dois colegas e acrescentou mais dois sons: “ôôôôô-ôôôôô-lá-lá- tuuuuum-tuuuuum !”.
  1. O último participante, então, produziu a seguinte sequência: “ôôôôô-ôôôôô-lá-lá-tuuuuum-tuuuuum- pá-pá !”.
  1. Depois de repetir algumas vezes a sequência de sons que criaram, experimentem reproduzi-la de forma mais rápida e, depois, de forma mais lenta.
  1. Qual delas ficou com som mais agradável? Escolham uma delas e mostrem aos colegas a criação de vocês.

    Imagem: Ilustração. Quatro crianças uniformizadas estão sentadas em cadeiras formando uma roda. Duas observam enquanto uma delas fala apontando para o colega à sua direita. Ele sorri com as mãos unidas à frente do corpo. Fim da imagem.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

Mãos à obra

HABILIDADES DA BNCC EF15AR15; EF15AR17

Nesta atividade da seção Mãos à obra, retomamos o trabalho com frases rítmicas e os conceitos de som longo e som curto, que se relacionam diretamente à noção de música no sentido de organização intencional de sons.

Estimule os estudantes a explorar e produzir suas próprias músicas, apropriandose do processo criativo. Alguns estudiosos mencionam que nas artes plásticas, por exemplo, a produção das crianças é mais respeitada do que na música. Segundo esses estudiosos, as pessoas, de modo geral, tendem a apreciar o valor de uma garatuja, já que um simples rabisco tem seu valor estético reconhecido. Os sons, que são produzidos com mais facilidade do que a garatuja, não possuem a mesma valorização.

Sugestão de atividade complementar

Providencie músicas e canções de diversos gêneros e apresenteas na sala de aula.

Comece a atividade comentando com os estudantes que bons escritores leem diversos gêneros literários e que bons compositores escutam e apreciam diferentes tipos de música.

Em seguida, coloque cada uma das músicas para que eles ouçam, digam de que trechos mais gostaram e expliquem o motivo.

MP050

Comentários para o professor:

Conclusão

Este capítulo do livro teve como objetivo apresentar aos estudantes a composição na pintura e a formação das cores como elementos fundamentais da linguagem visual. Também se propôs a trabalhar a apreciação de gêneros artísticos cujos temas se relacionam com a natureza. Espera-se que os estudantes dirijam um olhar atento de apreciação para as paisagens, incluindo as imagens de composição com elementos do cotidiano, e que materializem essa observação em suas produções. Também é esperado que reconheçam e compreendam a classificação das cores em primárias, secundárias e terciárias, e sua relação com o círculo cromático. Além disso, será necessário que tenham um primeiro contato com o conceito de composição realizando explorações espaciais, que serão desenvolvidas no capítulo seguinte.

A avaliação formativa deve ser realizada de maneira contínua, apoiada pelas atividades do capítulo e pelas sugestões presentes no Manual do Professor. A ficha de avaliação a seguir poderá auxiliar no mapeamento das aprendizagens e dificuldades. Caso ainda persista alguma dificuldade ao final do processo, é sugerida a atividade de remediação, presente nesta conclusão.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Ficha de avaliação - Capítulo 1

Habilidades

Objetivos

Bem

Parcialmente

Pouco

(EF15AR01)

O estudante reconhece os elementos da natureza como temática nos diferentes gêneros e contextos apresentados?

(EF15AR02)

O estudante reconhece e explora o espaço como elemento constitutivo da linguagem visual em suas composições?

(EF15AR04) e (EF15AR05)

O estudante explora diferentes materialidades de modo criativo e consciente nas atividades individuais e coletivas?

(EF15AR05) e (EF15AR06)

O estudante colabora e dialoga com os colegas no desenvolvimento das atividades propostas no capítulo?

(EF15AR26)

O estudante utiliza a fotografia como recurso criativo, compreendendo e explorando suas possibilidades em relação aos temas sugeridos?

(EF15AR02)

O estudante reconhece as cores em sua composição como primárias, secundárias e terciárias e compreende o círculo cromático?

(EF15AR14) e (EF15AR16)

O estudante compreende e registra elementos sonoros experimentando sons curtos e longos?

(EF15AR15) e (EF15AR17)

O estudante mobiliza seus conhecimentos em música para compor, explorando materialidades e em diálogo com os colegas?

MP051

Atividade de remediação

Esta atividade deve ser feita individualmente e poderá ser realizada em casa, ou na própria escola. Os estudantes deverão realizar uma atividade de observação da paisagem que inclua um ou mais elementos da natureza e, em seguida, fazer um desenho. Na atividade, devem ser exploradas pelo menos uma cor primária e uma secundária. Eles devem escolher um local e observar essa paisagem do ponto de vista do local escolhido. Durante toda a atividade, deverão retratar aquilo que veem. O mais importante a ser avaliado é o processo de observação do estudante e as soluções visuais criadas por ele no desenho, sem exigir que desenvolva uma técnica realista. Ao final, os estudantes devem relatar ao professor como foi esse processo, por que foi escolhido esse lugar e as cores utilizadas. Os desenhos podem ficar em exposição na escola ou ser compartilhados apenas com os familiares. Espera-se com esta atividade que os estudantes retomem os temas centrais do capítulo, desenvolvendo uma postura investigativa aliada à prática criativa, bem como demonstrem habilidade de dialogar sobre a própria criação, o repertório visual e o vocabulário.