MP052
Comentários para o professor:
Capítulo 2: A transformação do espaço
Introdução
Este capítulo complementa o que foi abordado no capítulo anterior desenvolvendo o conceito de espacialidade presente na escultura. Dentro desse contexto, serão apresentados as técnicas e os procedimentos tais como a modelagem e o entalhe. Em aproximação com o tema da natureza, os estudantes também serão apresentados a obras que propõem uma relação entre a arte e o meio ambiente.
As atividades propõem um diálogo crítico e reflexivo sobre os temas abordados, bem como a experimentação corporal e de materialidades. No final do capítulo, há uma proposta para que os estudantes criem um vernissage, reunindo suas produções.
Objetivos do capítulo
- Reconhecer e explorar o espaço como elemento da arte, utilizando exemplos e práticas relacionadas à escultura e ao movimento corporal.
- Refletir sobre as formas de circulação da produção artística e cultural, pensando na relação entre obra, instituições e público.
-
Refletir sobre as relações entre arte, meio ambiente e transformação social, conhecendo artistas, argumentando e explorando materialidade.
Competências favorecidas
Competências gerais
- Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
-
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Competências específicas de Linguagens
- Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
-
Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
Competências específicas de Arte
- Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
-
Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na sociedade.
Habilidades favorecidas
- (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
- (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.
- (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade.
- (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais.
- (EF15AR07) Reconhecer algumas categorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artistas, artesãos, curadores etc.).
- (EF15AR09) Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção do movimento dançado.
MP053
- (EF15AR12) Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprio
Quadro: equivalente textual a seguir.
Capítulo |
Aula |
Roteiro de aula |
Páginas |
---|---|---|---|
2 |
12 |
Realização da atividade preparatória. |
p. 28-29 |
13 |
Leitura dialogada do texto “Arte que vem da natureza”. Realização das atividades do livro. Realização de atividade complementar (opcional). |
p. 30-32 |
|
14 |
Realização da atividade da seção Mãos à obra. |
p. 33 |
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15 |
Leitura dialogada do texto “Os museus e as mídias”. Realização das atividades do livro. |
p. 34 |
|
16 |
Leitura dialogada do texto “Arte em defesa do meio ambiente”. Realização das atividades do livro. Leitura dialogada da seção Conheça o artista. Realização de atividade complementar (opcional). |
p. 35-36 |
|
17 |
Realização da atividade da seção Mãos à obra. |
p. 37 |
|
18 |
Finalização da atividade da seção Mãos à obra e exposição dos trabalhos. Realização de atividade complementar (opcional). |
p. 37 |
|
19 |
Realização da atividade da seção Para fazer com os colegas. |
p. 38-39 |
|
20 |
Finalização da atividade da seção Para fazer com os colegas. |
p. 38-39 |
|
21 |
Realização da avaliação processual. |
p. 40-41 |
MP054
Capítulo 2. A transformação do espaço
LEGENDA: Estas esculturas estão localizadas na Ilha de Páscoa, no Chile. Elas são chamadas de moais de Ahu Tongariki e provavelmente foram produzidas pelo povo rapanui entre os anos de 1250 e 1500. Os moais foram feitos em pedra e sua altura varia de 4,5 a 20 metros. Fotografia de 2010. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Abertura
Atividade preparatória
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Neste capítulo, os estudantes conhecerão o trabalho de artistas cuja obra estabelece relação com o espaço. A escultura será o foco, apresentando técnicas e procedimentos nas artes visuais que lidam com a materialidade na produção de obras tridimensionais. Eles vão apreciar o trabalho de Frans Krajcberg (1921-2017), artista polonês radicado no Brasil que se dedicou a produzir uma arte engajada, isto é, uma arte que denuncia uma ação ou defende uma causa. No caso de Krajcberg, a denúncia se dirige à devastação do meio ambiente. O capítulo traz também considerações sobre a circulação das obras de arte, ao abordar o contexto das exposições.
Explore com os estudantes a imagem de abertura, incentivando-os a criar hipóteses sobre o que levou o povo rapanui a esculpir uma obra com elementos tão grandiosos. Não se deve, no entanto, esperar respostas precisas neste momento. Deixe-os à vontade para olhar as esculturas, perceber os detalhes, criar empatia por elas, descobrir minúcias que apenas o olhar atento e curioso possibilita.
Chame a atenção para o formato e o tamanho das esculturas. Comente que se trata de objetos tridimensionais, ou seja, que possuem altura, largura e profundidade. Explique a diferença entre um objeto tridimensional e um bidimensional, como um desenho no papel, que tem altura e largura, mas não tem profundidade. Peça que observem também o tamanho das esculturas.
Esclareça que as esculturas foram criadas na ilha de Páscoa, um território pertencente ao Chile. Promova uma reflexão sobre a relação que as estátuas estabelecem com o espaço e a natureza do entorno, chamando a atenção para o material e o local onde elas foram construídas.
O objetivo dos primeiros questionamentos é aguçar o olhar dos estudantes para a escultura como gênero de arte, levando em consideração a importância de dirigir detidamente o olhar para uma escultura e buscar compreender seu significado. Portanto, observar uma escultura, ainda que por meio de uma fotografia, pode representar o primeiro olhar mais crítico desses estudantes para esse tipo de arte, já que apreciar os diversos gêneros artísticos não costuma fazer parte do dia a dia.
MP055
Boxe complementar
O que eu vejo
Converse com os colegas.
- De que material
estas
esculturas são feitas?
PROFESSOR
Resposta: Essas esculturas são feitas de pedra.
- Que outros materiais são utilizados pelos artistas para criar suas esculturas?
PROFESSOR
Resposta: Madeira, bronze, argila, mármore, entre outros materiais.
- O que mais chamou sua atenção
nestas
esculturas?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Tenha em mãos, na sala de aula, um dicionário. Se preferir e houver disponibilidade, utilize dicionários on-line, nesta atividade. Depois da discussão inicial, peça aos estudantes que formem pequenos grupos.
Solicite que localizem na página 36 o texto “As obras tridimensionais de Frans Krajcberg”. Os estudantes deverão ler o texto em voz alta, fazendo um revezamento, para que todos do grupo tenham a oportunidade de participar. Depois, eles devem circular no livro as palavras que não conhecem ou cujo significado lhes gera dúvidas.
Eles deverão compartilhar com a turma as palavras selecionadas. Anote as palavras no quadro e convide alguns estudantes a ler em voz alta seu significado, no dicionário. Peça a um deles que comente e dê exemplos com base no que entendeu. Por exemplo, cite a palavra tridimensionalidade e peça que apontem objetos tridimensionais presentes na sala. Caso ainda haja dúvidas, auxilie-os a entender o significado da palavra.
No final, peça aos membros de cada grupo que se reúnam e releiam novamente o texto. Solicite que comentem o que compreenderam da leitura. Retome essa conversa, quando o texto for trabalhado mais adiante no capítulo e verifique se a atividade auxiliou os estudantes a responder à pergunta que será feita na página seguinte.
Orientações e comentários das atividades
- Antes de ler com os estudantes a legenda da fotografia, proponha que respondam às perguntas. Eles provavelmente dirão que as esculturas são feitas de pedra.
- A resposta depende do repertório dos estudantes. Eles poderão citar a madeira, o bronze, a argila, o mármore, entre outros materiais.
- Estimule-os a expressar suas sensações ao observar os moais. Chame a atenção para o material no qual foram esculpidos e para o espaço em que estão instalados. Eles podem citar, por exemplo, o tamanho do moais, a forma, a semelhança na fisionomia e no corpo das esculturas.
MP056
Arte que vem da natureza
Obras de arte, como desenhos e pinturas, são representadas sobre uma superfície plana. Por possuírem apenas duas dimensões, altura e largura, são chamadas de bidimensionais.
Obras de arte que têm volume e três dimensões, isto é, altura, largura e profundidade, são chamadas de tridimensionais, como é o caso das esculturas. Veja a reprodução de uma escultura.
LEGENDA: BRECHERET, Victor. Detalhe de Monumento às bandeiras. Escultura em granito, cerca de 11 m de altura, 8,40 m de largura e 43,80 m de profundidade. A construção do monumento foi iniciada em 1921 e terminou em 1953. Parque do Ibirapuera, São Paulo (SP), fotografia de 2007. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Arte que vem da natureza
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
A informação de que as obras de arte podem ser bidimensionais ou tridimensionais pode causar curiosidade e dúvidas nos estudantes. Aproveite o momento para organizar uma roda de conversa com a turma. Peça a eles que citem obras de arte bidimensionais e tridimensionais das quais se lembram. Depois, comente que é interessante observar as obras de arte bidimensionais ou tridimensionais para perceber a diferença entre elas.
Mostre, em seguida, a escultura de grandes proporções reproduzida nesta página: o Monumento às bandeiras. Ele foi esculpido pelo artista Victor Brecheret (1894-1955) e representa os bandeirantes que exploraram o interior do Brasil durante os séculos XVII e XVIII.
Esse monumento foi inaugurado em 1953, durante as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo, no Parque do Ibirapuera.
A obra foi posicionada no eixo sudeste-noroeste, no mesmo sentido percorrido pelas bandeiras em busca de terras e riquezas no interior.
Na face do pedestal, há um mapa do Brasil, desenhado por Afonso de E. Taunay, (1876-1958), que mostra percursos efetuados pelos bandeirantes no interior do país.
Sugestão de atividade complementar
Incentive os estudantes a pesquisar mais fotografias da escultura de Brecheret na internet, em ângulos diferentes, para que observem o monumento em sua totalidade, com o conjunto mais ao fundo formado por alguns homens e uma canoa de monções.
As canoas de monções utilizavam as vias fluviais e faziam regularmente a comunicação e o transporte de todo tipo de equipamento entre as cidades e os povoados já estabelecidos e os locais que ainda estavam sendo explorados pelos bandeirantes.
MP057
Escultura é a arte de transformar materiais na representação do corpo humano, de seres da natureza ou na criação de formas abstratas .
Os materiais utilizados na elaboração de uma escultura podem ser retirados da natureza, como pedra, metal, madeira, argila, ou podem ser criados pelo ser humano, como o plástico.
LEGENDA: Escultor modelando com argila o busto de uma pessoa. São Petersburgo, Rússia, 2018. FIM DA LEGENDA.
Em materiais duros, como a pedra, os artistas entalham o que querem que fique em relevo. Materiais mais maleáveis, como a argila, também podem ser moldados em formas ou com as mãos.
Chamamos de relevo o que se destaca de uma superfície plana, formando uma parte mais elevada em relação a essa superfície. Em materiais como argila, madeira e pedra, o relevo pode ser produzido por meio de entalhes .
LEGENDA: Exemplos de entalhes em esculturas em baixo-relevo . Acima, detalhe de leão entalhado na parede de um templo budista localizado em Luang Prabang, Laos, fotografia de 2019. Em seguida, detalhe de leão em mosaico (tijolos envidraçados e azulejos) no Portal de Ishtar em Istambul, Turquia, fotografia de 2014. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Informe aos estudantes que o entalhe é um dos principais procedimentos do escultor no momento em que executa sua obra. Pelo entalhe, o escultor produz a talha, um ornamento esculpido em madeira, mármore ou pedra, muito usado nas igrejas barrocas de Minas Gerais no século XVIII.
Na talha em madeira, é comum o artista pintar o ornamento, produzindo um efeito expressivo, principalmente quando a cor usada é o dourado. Quando a talha recebe um revestimento de tintas, ela é chamada de talha policromada.
Há exemplos de escultura primitiva enfeitando utensílios de pedra ou de osso. No entanto, o testemunho mais significativo dessa arte nas mãos de nossos antepassados é uma série de estatuetas com evidentes características femininas. Trata-se de figurinhas pequenas, que em geral cabem na palma da mão. Os estudiosos lhes deram o nome de Vênus pensando na deusa dos antigos romanos que favorecia o amor.
Mas parece que a Vênus das cavernas representava basicamente a mãe, a fertilidade. Ela tem seios fartos, nádegas grandes e traços faciais imprecisos. Essas estatuetas pré-históricas são geralmente de pedra, osso ou chifre. Várias delas foram encontradas na Europa, sendo a mais famosa a Vênus de Willendorf, cidade da Áustria. Feita de pedra e medindo onze centímetros de altura, está hoje no Museu de História Natural, em Viena.
Fonte: FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arte. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2003. p. 27.
MP058
O escultor precisa planejar com atenção os detalhes da obra que deseja esculpir. Às vezes, ele faz desenhos da peça que pretende desenvolver e só então passa esse desenho para o suporte e começa a esculpir. Além disso, ele usa ferramentas específicas para cada tipo de material a ser trabalhado.
LEGENDA: Escultora usando macete e cinzel para entalhar mármore. Etara, Bulgária, 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Artista com esteca de metal usada para alisar argila. Chiang Mai, Tailândia, 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Escultura de madeira sendo finalizada com uma goiva. Siem Reap, Camboja, 2018. FIM DA LEGENDA.
Converse com os colegas e, depois, registre suas respostas.
- Você gostaria de ser escultor? O que sabe sobre essa profissão? _____.
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Que tipo de escultura mais chamou sua atenção? Por quê? _____.
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Escultura é a arte de transformar artisticamente materiais em seres, objetos ou formas tridimensionais.
Os materiais usados pelos escultores podem ser ferro, bronze, madeira, argila, mármore etc., e alguns modos de transformá-los em obras de arte são a moldagem, o cinzelamento e a fundição.
A escolha do material a ser utilizado na escultura é o que determina a técnica a ser utilizada:
Moldagem
Quando se molda material plástico, como a argila, até se obter a figura planejada.
Cinzelamento
Quando se retiram com a ajuda de instrumentos, como macete e cinzel, partes de um bloco de pedra ou de madeira para formar a figura planejada.
Fundição
Quando o metal fundido, ainda quente, é derramado em um molde, geralmente feito de outro material, no formato da figura que se quer obter.
Orientações e comentários das atividades
- Estimule os estudantes a refletir sobre essa profissão. Comente que escultores e ceramistas também podem criar peças para decoração. Além disso, as técnicas de escultura também são utilizadas na confecção de peças de artesanato.
- Pergunte a eles o que acharam das técnicas apresentadas. Chame a atenção para as diferentes possibilidades de cores e materiais utilizados.
MP059
Boxe complementar
Mãos à obra
Assim como as esculturas, o nosso corpo também ocupa um espaço tridimensional. Além disso, podemos nos mover em diferentes direções usando as nossas articulações, ampliando ou reduzindo esse espaço.
Em dupla, vocês farão uma atividade para explorar os movimentos do corpo e perceber o espaço que ele ocupa. Um componente da dupla será o escultor, que irá manipular os gestos do companheiro, e o outro será a escultura. Ouça as explicações do professor e siga as orientações abaixo.
- Para começar, fechem os olhos e respirem lentamente, concentrando-se em perceber todas as partes do seu corpo. Reparem nas partes que vocês conseguem dobrar e esticar.
- Depois de esticar e dobrar partes do próprio corpo, um dos componentes da dupla, o “escultor”, movimentará, com cuidado para não machucar, as articulações do colega que será a “escultura”, seguindo as instruções que forem dadas por ele.
- Após o “escultor” testar diversas posições e movimentos, o colega que representa a escultura vai “congelar”.
- Troquem as funções da dupla para inverter os papéis de escultor e escultura.
É importante que os escultores encerrem os movimentos ao mesmo tempo, assim vocês terão um conjunto de esculturas para observar.
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
Mãos à obra
HABILIDADES DA BNCC EF15AR09; EF15AR12
O objetivo desta atividade é explorar a espacialidade por meio do movimento, trabalhando elementos da linguagem da dança. Por isso deve ser realizada em um espaço amplo, como o pátio ou a quadra da escola.
Inspirados nas esculturas e na técnica da modelagem, os estudantes deverão explorar as articulações do próprio corpo e, em um segundo momento, manipular as articulações do corpo do colega.
Inicie a atividade propondo que fechem os olhos e se concentrem em suas próprias sensações. Instrua-os a relaxar, respirando lentamente e prestando atenção a cada parte do corpo. Depois, peça a eles que explorem os atos de dobrar e esticar para perceberem as partes do corpo que fazem esses movimentos. Pergunte se sabem o nome dessas partes (cotovelos, joelhos, punhos, dedos, tornozelos, coluna etc.). Explique para a turma que essas são as articulações do nosso corpo.
Depois de um tempo de exploração individual, organize os estudantes em duplas. Comente a proposta da atividade que sugere a exploração dos movimentos e a importância de ter cuidado e respeitar o corpo do outro. Oriente um dos participantes da dupla a falar quais articulações ou partes do corpo ele quer que o colega movimente. O outro integrante deverá ouvir a indicação e dobrá-la ou esticá-la, na direção que quiser. Estimule-os a prestar atenção ao modo como o corpo está sendo movimentado e como está ocupando o espaço a cada mudança.
Após terem explorado os movimentos por um tempo, peça aos estudantes que estavam sendo ”movimentados” que “congelem” da maneira como estão. Peça aos demais que circulem pelo espaço observando as “esculturas” humanas. Em seguida, repita a atividade, invertendo os papéis, para que todos participem e escolham seus movimentos.
Para terminar, organize uma roda de conversa em que todos poderão compartilhar suas experiências. Pergunte se sabiam o que são articulações e o que descobriram ao movimentá-las. Eles deverão refletir e comentar suas percepções sobre as diferenças entre se movimentar livremente e se movimentar a partir das indicações do colega. Pergunte para a turma como foi observar as “esculturas” humanas ao circular pelo espaço. Converse sobre as principais dificuldades da atividade e como eles fizeram para superá-las.
MP060
Os museus e as mídias
Uma das formas de as pessoas conhecerem as obras de arte é pelas exposições realizadas nos museus. As obras, porém, não ficam restritas ao universo das pinturas, esculturas, fotografias e instalações. Esse é o caso da exposição Castelo Rá-Tim-Bum, que recriou em um museu os cenários de um programa infantil de TV dos anos 1990.
Essa exposição foi realizada no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo (SP) entre 2014 e 2015, ficando em cartaz por aproximadamente seis meses, e recebeu cerca de 410 mil visitantes, o que fez do evento um recordista de público. Jovens e adultos enfrentavam grandes filas para ver os cenários onde viveram as personagens que os acompanharam durante a infância. A mostra também contou com uma temporada no CCBB do Rio de Janeiro (RJ) em 2016.
O sucesso da exposição foi tão grande que o museu criou uma visita virtual em 2020.
LEGENDA: Entrada do castelo, cenário que faz parte da exposição virtual Castelo Rá-Tim-Bum, do MIS-SP, de 2020. FIM DA LEGENDA.
- Qual é o motivo do sucesso dessa exposição? _____.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Por que algumas exposições atraem mais público que outras? _____.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Na sua opinião, a mídia tem um papel importante na cultura? Qual? _____.
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Os museus e as mídias
HABILIDADE DA BNCC EF15AR07
- exposição virtual Castelo Rá-Tim-Bum | Live +
Tour
360º foi uma realização do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) como parte da programação #MISEMCASA. Com diversos conteúdos em formatos digitais diferentes, a programação surgiu como alternativa no momento em que os museus, assim como diversos outros espaços de circulação de pessoas, tiveram sua programação presencial suspensa em razão da pandemia de covid-19, em 2020. Muitas instituições culturais buscaram soluções para manter seu funcionamento utilizando
plataformas
digitais para a circulação de suas obras e produções culturais. Espetáculos de dança e teatro também encontraram soluções parecidas, utilizando recursos audiovisuais para realizar apresentações ao vivo em espaço virtual.
Comente com os estudantes a importância da existência do público para a arte em geral e a dificuldade que muitos museus, cinemas, salas de concerto, companhias de dança e teatro costumam enfrentar para atrair o público. Explique para eles que muitos aspectos estão envolvidos na escolha do público em participar de um evento cultural e artístico. Cite alguns fatores que podem influenciar na ausência de público: falta de tempo, de acesso (transporte, por exemplo) ou de conhecimento sobre o tema, o valor do ingresso, entre outros. Comente também a importância de haver patrocinadores para a realização de exposições e espetáculos.
Orientações e comentários das atividades
- Mencione que muitas pessoas que visitaram essa exposição tinham um vínculo com aquele ambiente e suas personagens desde a infância. Além disso, por abordar o universo de um programa infantil e ter um ambiente lúdico, a exposição também chamou a atenção de muitas crianças das novas gerações, que acompanharam seus familiares na visita.
- Reflita com os estudantes sobre a presença do público em diferentes espaços culturais. Pergunte se concordam com o fato de que uma exposição sobre um tema ou artista muito conhecido tem mais chances de atrair o público que outras envolvendo nomes não tão conhecidos. Pergunte a eles o que fariam para chamar a atenção de visitantes para exposições que não tenham esse atrativo.
- Comente a importância e o alcance de diferentes mídias na divulgação de exposições de obras de arte, espetáculos culturais e formas de entretenimento. Peça a eles que reflitam como as mídias influenciam nos gostos, nas preferências e na percepção de mundo das pessoas. Pergunte que aspectos eles consideram positivos e negativos dessa influência.
MP061
Arte em defesa do meio ambiente
Frans Krajcberg deixou a Polônia, sua terra natal, para viver e desenvolver sua arte no Brasil. A obra desse artista se inspira nas florestas brasileiras e reflete sua grande preocupação com o meio ambiente. Observe uma delas a seguir.
LEGENDA: KRAJCBERG, Frans. Conjunto de esculturas. 1991. Pigmento natural sobre raízes, cipós e caules de palmeira, altura total: 3,10 m. Acervo do artista, Nova Viçosa (BA). FIM DA LEGENDA.
Para fazer suas obras de arte, Krajcberg usava partes de vegetais, que encontrava em caminhadas por florestas e praias, e o que sobrava de queimadas e desmatamentos, como raízes retorcidas e troncos queimados.
O conjunto de esculturas reproduzido na fotografia foi criado com esse tipo de material.
Seu trabalho artístico se tornou uma forma de denunciar a devastação do meio ambiente no Brasil, principalmente no Paraná e na Amazônia.
MANUAL DO PROFESSOR
Arte em defesa do meio ambiente
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Informe aos estudantes que artistas como Frans Krajcberg, que fazem de sua arte a bandeira de uma causa, são chamados de artistas engajados. Esses artistas não se contentam em fazer arte pela arte, ou seja, em produzir suas obras sem a preocupação com o que acontece no mundo à sua volta. É comum dizer que esses artistas têm uma “preocupação social”, pois denunciam situações de injustiça, de ameaças ou que ferem a dignidade do ser humano.
Peça aos estudantes que observem no livro o Conjunto de esculturas, de Frans Krajcberg. Pergunte a eles se repararam que a obra está exposta em um ambiente aberto. Comente que, para observar obras grandiosas como essa, seja em ambiente aberto, seja em ambiente fechado, caso de museus e salas de exposição, a maneira mais adequada é caminhar ao redor da obra, observando o volume, a disposição, a textura dos materiais, as formas e as cores utilizadas pelo artista.
Sugestão de atividade complementar
Oriente os estudantes a pesquisar outros artistas engajados a diversas causas e a conhecer as causas defendidas por eles. Em seguida, poderão compartilhar suas descobertas com a turma.
MP062
As obras tridimensionais de Frans Krajcberg
Em muitas de suas obras, Frans Krajcberg também denunciou a devastação do meio ambiente causada pelo extrativismo mineral.
Observe ao lado uma dessas obras. Nela, o artista fez uma colagem com cristais de vários tamanhos, pesos e formas.
A combinação bidimensional de superfícies, que aqui é representada pela tábua de suporte usada no quadro, e tridimensional, representada pelas pedras coladas na tábua, é uma característica das obras de Krajcberg.
LEGENDA: KRAJCBERG, Frans. Quadro-relevo. Sem data. Cristais sobre madeira, 109 cm × 76 cm. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
Converse com os colegas e, depois, registre sua resposta.
- Frans Krajcberg usava algumas de suas criações para denunciar a destruição do meio ambiente. Será que a arte é um bom meio para fazer denúncias desse tipo? _____.
PROFESSOR
Resposta pessoal.Boxe complementar
Conheça o artista
Frans Krajcberg nasceu na Polônia, em 1921. Ao perder toda a sua família na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mudou-se para a Alemanha, onde estudou em uma escola de belas-artes.
Em 1948, veio para o Brasil e, em 1951, participou da Primeira Bienal Internacional de São Paulo. Viveu em várias cidades brasileiras, entre elas Rio de Janeiro (RJ), Itabirito (MG) e Nova Viçosa (BA). Faleceu em 2017.
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
As obras tridimensionais de Frans Krajcberg
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Relembre com os estudantes a atividade preparatória do capítulo. Faça uma leitura dialogada do texto e peça que expliquem em voz alta o que compreenderam. Caso os estudantes apresentem dúvidas sobre a diferença entre bidimensionalidade e tridimensionalidade, ou se achar necessário consolidar os conceitos, proponha uma atividade utilizando folhas de papel sulfite.
Peça a eles que observem a folha e façam um desenho. Depois, peça a todos que observem os desenhos dos colegas. Então, cada estudante deverá transformar a mesma folha em um objeto tridimensional, ou seja, em uma “escultura”. Eles podem amassar, cortar e dobrar a folha, explorando essa materialidade de diferentes maneiras. Estimule-os a deixar as esculturas “em pé”.
Ao final, solicite aos estudantes que observem todas as produções e comentem as diferenças. Faça perguntas: “Alguma delas tem altura maior?”; “Qual delas tem a maior largura?”; “E quanto à profundidade?”; “Como o desenho inicial foi transformado?”.
Após os comentários sobre os trabalhos, verifique se os estudantes avançaram em seus conhecimentos sobre tridimensionalidade. O objetivo não é apenas demonstrar a apropriação do conceito, mas também promover uma experimentação prática de transformação do material e de observação de suas possibilidades.
Orientação e comentário da atividade
Permita aos estudantes que apresentem seus argumentos. Chame a atenção da turma para o fato de que a arte pretende mobilizar a sensibilidade e os afetos das pessoas. Com suas obras de arte, os artistas pretendem não somente informar, mas também transformar as relações das pessoas com o mundo.
Frans Krajcberg
A história de Frans Krajcberg é um exemplo de superação e amor à arte. Ele foi um dos grandes representantes da arte contemporânea brasileira. Em 1948, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como pedreiro e faxineiro, mas nunca interrompeu o vínculo com a arte. Participou da montagem da 1ª Bienal de Arte de São Paulo e do Museu de Arte Moderna (MAM). Um ano depois, realizou sua primeira exposição individual no MAM.
Seus trabalhos de denúncia da devastação ambiental chamam a atenção do público pelo uso de troncos e galhos de árvores queimadas encontrados em locais desmatados.
MP063
Boxe complementar
Mãos à obra
Que tal criar um quadro-relevo inspirado na obra de Krajcberg? Basta seguir o roteiro.
Materiais
- Cola branca
- Galhos e folhas secas, pedrinhas ou outros elementos descartados pela natureza
- Tampa de caixa de pizza, tampa de caixa de sapatos ou pedaço de tábua fina
Como fazer
LEGENDA: Recolha de seu quintal ou condomínio, ou mesmo dos vasos de plantas de sua casa, galhos e folhas secas, pedrinhas ou outros elementos descartados pela natureza e leve para a sala de aula. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Distribua os objetos coletados sobre a tampa ou a madeira, experimentando posições diferentes até achar que eles formam uma composição harmoniosa. Deixe-os como estão e execute a próxima etapa. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Sem mexer nos objetos, despeje bastante cola branca sobre eles. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ponha seu quadro-relevo em um local plano e deixe-o secar por 3 dias. Depois disso, ele estará pronto para ser exibido. FIM DA LEGENDA.
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
Mãos à obra
HABILIDADES DA BNCC EF15AR04; EF15AR06
Relembre com a turma a conversa sobre a pergunta da página anterior. Incentive-os a pensar em maneiras de compor os materiais coletados, levando em conta temas que já foram discutidos. Apesar de a atividade ser individual, organize a turma em duplas ou pequenos grupos para que os estudantes troquem ideias e colaborem entre si.
Ao final, peça a cada um que apresente sua produção e explique o que está representado. Proponha uma conversa estimulando a turma a identificar aspectos positivos no trabalho dos colegas e dizer o que aprendeu com eles.
Recomende a todos que, ao coletar o material do solo, não toquem em insetos, pequenos animais e nem nas plantas. E, principalmente, não coloquem a mão em buracos ou levantem pedras no local, sem a proteção de luvas. Se houver material que possa ser coletado ao redor da escola, promova uma coleta em grupo. Reforce que só devem ser recolhidos materiais descartados pela natureza: folhas, pequenos galhos, gravetos e flores secas.
Oriente-os também a guardar cuidadosamente os trabalhos criados por eles, que farão parte do vernissage, a atividade final do capítulo.
Sugestão de atividade complementar
Para ampliar o conhecimento dos estudantes, comente que o trabalho de colagem com volume é chamado construção. Para elaborá-lo, eles podem usar materiais como caixas de papelão, botões, tampas, pedaços de madeira, pedras e galhos. Depois de coletar esse material, basta experimentar as possibilidades de construção, antes de fixar as peças. Nessa técnica, é importante também pensar em como juntar as partes, o que pode ser feito com cola, fita adesiva, fita de cetim, barbante ou grampo. Retome os conceitos de bidimensionalidade e tridimensionalidade. Em interdisciplinaridade com Geografia, compare esse trabalho de colagem com a maquete (representação tridimensional), o croqui, a planta e o mapa (representações bidimensionais).
MP064
Para fazer com os colegas
Agora, vocês farão um vernissage, isto é, uma exposição das obras que criaram ao longo dos capítulos 1 e 2 deste livro.
Uma exposição pode apresentar pinturas, desenhos, fotografias, esculturas, instalações, trabalhos em vídeo, entre outros, ou um único gênero de arte. Obras artísticas podem ser expostas em espaços culturais dedicados à arte ou em locais como shoppings, câmaras municipais e espaços em empresas.
Sigam o roteiro para desenvolver essa tarefa.
- Em primeiro lugar, definam com o professor o local e a duração do evento. O título da exposição será “Arte e natureza” e deverá aparecer nos cartazes, folhetos e convites produzidos por vocês.
- Uma exposição de arte costuma contar com equipes de profissionais que cuidam de cada etapa do desenvolvimento e da montagem. Então, depois de ler os tópicos a seguir, formem equipes para cuidar das etapas de montagem da exposição.
- Equipe de curadoria: os curadores são os profissionais responsáveis pela concepção da exposição. Eles definem as obras que ficarão à mostra e de que maneira devem ser colocadas no espaço da exposição. Eles também escrevem textos sobre elas e planejam atividades que podem acontecer durante a exposição, como palestras, oficinas de arte e exibição de documentários.
LEGENDA: Estudantes da Educação Infantil participam de oficina de arte na escola, desenhando e pintando com giz de cera e canetas coloridas. FIM DA LEGENDA.
- Equipe de pesquisa: em espaços culturais como museus e galerias de arte, há pessoas que pesquisam informações sobre o tema de cada exposição. Essa pesquisa serve para ajudar na elaboração dos textos que irão para o catálogo sobre a exposição, para os folhetos de divulgação do evento, para os convites e até para a imprensa.
MANUAL DO PROFESSOR
Para fazer com os colegas
HABILIDADES DA BNCC EF15AR05; EF15AR06; EF15AR07
Prepare esta atividade com antecedência. O tema da exposição deve seguir o tema do capítulo 1 (Um olhar para a natureza), que abrange também o conteúdo do capítulo 2.
Como forma de ajustar o foco dos estudantes para a realização do vernissage, converse previamente sobre alguns pontos importantes. Pergunte quem já foi a uma exposição. Explique para a turma que existem exposições de variados temas: arte, plantas, fotografias, automóveis antigos, vestuário, cartazes etc.
Faça uma rápida contextualização histórica comentando que as primeiras “exposições” feitas pelos seres humanos (ainda que não tivessem esse nome, nem essa intenção) foram as pinturas rupestres. Com o tempo e a ampliação do conhecimento sobre o mundo e as coisas, houve a necessidade de classificá-las e organizá-las para que pudessem ficar em exposição. É essa a ideia original de criação de um museu.
Informe que a palavra museu teve origem na Grécia antiga e significa “templo das nove musas”. Os museus eram locais de estudo, porém, na Modernidade, principalmente depois do movimento conhecido como Renascimento, começaram a surgir inúmeras coleções de obras de arte e de objetos variados.
Comente também que o surgimento das tecnologias digitais possibilitou a muitos museus oferecerem visitas virtuais. Isso dá a muitas pessoas em todo o mundo a oportunidade de conhecer o acervo dos grandes museus, de diversos países, sem sair de casa. Além da visitação, alguns museus ministram cursos virtuais sobre arte. Oriente-os a consultar o site Guia dos Museus Brasileiros, no portal do Instituto Brasileiro de Museus, no endereço a seguir:
https://www.museus.gov.br/guia-dos-museus-brasileiros-3/
Acesso em: 26 jul. 2021.
MP065
- Equipe educativa: em instituições como museus e pinacotecas, essa equipe realiza atividades que ajudam o público a entender as obras em exposição. Às vezes, auxilia a equipe de curadoria na organização das atividades que acontecem durante o evento, como oficinas e palestras. Ela também pode oferecer monitoria aos visitantes.
- Equipe de produção: em museus e outras instituições, essa equipe é responsável por realizar o que foi planejado pela curadoria. Os membros dessa equipe pesquisam preços e cuidam da compra de materiais para montar a exposição. Também podem fazer pedidos de empréstimo de obras de arte para enriquecer o tema que está sendo trabalhado.
- Equipe de montagem: essa equipe prepara o local da exposição, colocando mesas e suportes onde as obras serão expostas, e também organiza as obras para que fiquem da maneira como os curadores orientaram. As pessoas dessa equipe podem tirar fotografias das obras já instaladas para serem usadas no catálogo e nos folhetos. Todas as equipes podem se juntar para essa finalidade.
- Equipe de divulgação: para que a exposição seja um sucesso, também é necessário elaborar os convites, os cartazes e os folhetos de divulgação. Para isso, deve ser formada uma equipe de divulgação, que providenciará esses materiais de acordo com o que for indicado pela curadoria.
LEGENDA: Estudante do Ensino Fundamental aprecia exposição de arte em escola localizada em Bangkok, Tailândia, 2018. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
HABILIDADES DA BNCC EF15AR05; EF15AR06; EF15AR07
Enfatize que para montar uma exposição de arte não basta simplesmente afixar as obras de arte na parede ou sobre apoios ou mesas. O sucesso de uma exposição pode estar relacionado a vários fatores, como a organização, a escolha adequada do tema, a orientação do espaço da exposição, a localização, as condições do local (iluminação, circulação de ar, espaço de circulação das pessoas), a duração, a divulgação, a qualificação da equipe e o entrosamento entre seus membros.
Para isso, a comunicação com o público da exposição deve ser clara e didática, com linguagem simples e direta, sem erros de ortografia e com letras legíveis. No caso da correção gramatical, alguns estudantes devem ser escolhidos para revisar o material escrito e avaliar a pertinência e a validade das informações.
Em relação ao público, é necessário garantir, por exemplo, um espaço adequado ao acesso de pessoas com deficiência. As peças precisam ser expostas com segurança. Se a mostra for ao ar livre, é preciso proteger as obras da chuva ou da excessiva exposição ao sol e aos ventos.
Como se comportar em uma exposição
Uma exposição é para ser apreciada sem pressa. O momento de apreciar um objeto ou um quadro que lhe chamou a atenção é sagrado. É todo seu. O que você vai sentir e pensar nesse momento é algo único. Uma experiência só sua. [...]
Quando você vai a um campo de futebol ou a uma quadra esportiva, pode torcer e gritar para incentivar seu time; quando vai a uma festa, provavelmente, vai conversar em voz alta e até dançar; mas quando vai a uma exposição, a um museu, deve caminhar devagar para apreciar tudo o que está exposto, e falar baixo. [...].
Fonte: ROSA, Nereide Schilaro Santa; SCALÉA, Neusa Schilaro. Vamos ao museu? São Paulo: Moderna, 2013. p. 30.
MP066
Comentários para o professor:
Conclusão
O segundo capítulo enfoca o trabalho de vários artistas com a escultura, dando continuidade ao tema da natureza e desenvolvendo o conceito de espaço. Espera-se que os estudantes relacionem os conteúdos deste capítulo com os do anterior, reconhecendo as especificidades da escultura. Também é esperado que estabeleçam conexões entre questões artísticas e questões ambientais, com base nos exemplos e nas atividades propostas. Os estudantes devem explorar o espaço partindo do movimento e experimentar diferentes materialidades. No final, na proposta de organização de um vernissage, espera-se que os estudantes exercitem o diálogo como maneira de encontrar soluções conjuntas e demonstrem agir com autonomia para concretizar suas ideias.
A avaliação formativa deve ser realizada de maneira contínua durante todo o ano letivo, apoiada pelas atividades do capítulo e pelas sugestões de atividade presentes no Manual do Professor. A ficha de avaliação serve como instrumento para auxiliar no mapeamento das aprendizagens e dificuldades da turma. Se, ao final do processo, as dificuldades persistirem, é sugerida uma atividade de remediação, no término desta conclusão.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Ficha de avaliação - Capítulo 2 |
|||||
---|---|---|---|---|---|
Habilidades |
Objetivos |
Bem |
Parcialmente |
Pouco |
Observações |
(EF15AR01) |
O estudante reconhece e compreende as diferentes possibilidades de trabalho com materialidades no espaço, em especial, nas esculturas apresentadas no capítulo? |
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(EF15AR09) e (EF15AR12) |
O estudante relaciona o elemento espacial com diferentes linguagens, sendo capaz de explorá-lo no movimento? |
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(EF15AR01) e (EF15AR06) |
O estudante reconhece relações entre as mídias e as instituições e linguagens artísticas, dialogando sobre o assunto com os colegas? |
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(EF15AR01) e (EF15AR06) |
O estudante reconhece relações entre a arte e o meio ambiente, dialogando sobre o assunto com os colegas? |
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(EF15AR04) e (EF15AR05) |
O estudante mobiliza os conteúdos apresentados no capítulo na criação de composições e trabalhos individuais e coletivos? |
||||
(EF15AR05) e (EF15AR06) |
O estudante se expressa e escuta os colegas com respeito, dialogando e ampliando seu vocabulário e senso crítico? |
MP067
Atividade de remediação
Esta atividade pode ser realizada individualmente ou em duplas. Os estudantes deverão criar esculturas utilizando objetos coletados (como gravetos e pequenas pedras) e/ou materiais recicláveis. Oriente e acompanhe a turma na coleta dos elementos para que seja realizada de maneira segura. As esculturas deverão ser desenvolvidas com a utilização dos materiais obtidos, podendo contar também com linhas e barbantes para dar firmeza ao trabalho. Peça aos estudantes que retomem os conteúdos do capítulo, em especial as esculturas de Frans Krajcberg, e comentem os exemplos do livro. Baseando-se nas criações do artista, eles poderão pensar na realização das próprias esculturas. Auxilie-os a encontrar soluções para suas ideias e estimule-os a testar diferentes possibilidades. É esperado que os estudantes retomem e consolidem os conteúdos, desenvolvendo um diálogo com suas ideias e explorando diferentes materiais na produção.
MP068
O que aprendemos?
Olá! Agora você fará algumas atividades e descobrirá que já aprendeu muitas coisas!
- A natureza-morta é um gênero presente:
- ( ) no teatro.
- ( ) apenas na pintura.
- ( ) apenas na escultura.
- ( ) na pintura, em fotografias e na escultura.
PROFESSOR
Resposta correta: na pintura, em fotografias e na escultura.- Quais foram os materiais utilizados na obra Natureza-morta com peras e nectarinas, dos artistas Claes Oldenburg e Coosje van Bruggen? _____.
PROFESSOR
Resposta: Plástico reforçado com fibra e epóxi fundido e tinta automotiva.- Preencha os espaços com as cores que faltam e escreva as legendas.
a)
PROFESSOR
Resposta: Verdeb)
PROFESSOR
Resposta: Azulc)
PROFESSOR
Resposta: Vermelho- Explique para o professor como você descobriu as respostas.
MANUAL DO PROFESSOR
O que aprendemos
Avaliação processual
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR02
- Relembre os estudantes das aulas expositivas e dos exemplos de natureza-morta das obras de arte vistos no primeiro capítulo. Caso tenham dificuldade para responder à questão, recorrendo apenas à memória, sugira que localizem a resposta no livro. Aproveite para trabalhar a familiaridade dos estudantes com perguntas de múltipla escolha. Chame a atenção para as alternativas com a palavra “apenas” explicando que, mesmo que haja exemplos de natureza-morta na pintura e na escultura, a presença dessa palavra na frase significa que a alternativa exclui outras possibilidades, o que não se verifica na prática, já que há exemplos de natureza-morta tanto na pintura, quanto na escultura e na fotografia.
- Peça aos estudantes que localizem a reprodução da obra no livro, utilizando as informações contidas no título. Eles devem procurar pelos elementos destacados: peras e nectarinas. Ao localizar a obra, devem ler a legenda. O conteúdo legendas foi introduzido no primeiro ano. É desejável que a leitura de legendas se torne um hábito para os estudantes, tanto na leitura das obras de arte presentes no livro, quanto em visitas a exposições. Espera-se que eles saibam identificar a legenda de cada obra e localizar as informações para responder à questão.
- Caso eles
tenham
dificuldades em retomar a relação entre as cores primárias e secundárias,
sugira
que consultem o capítulo do livro em que o conteúdo é tratado.
Sugestão de atividade de remediação
Organize os estudantes em grupos. Separe livros com reproduções ou imprima imagens de obras de arte com legendas da internet. Escreva em uma folha diferentes perguntas relacionadas a informações possíveis de serem encontradas nas legendas: “Qual é o nome do artista que fez essa obra?”; “Em que local ela foi produzida?”; “Onde está em exposição?”; “Qual é o tamanho da obra?”; “De que material é feita?”; “Qual é o título da obra?”; entre outras perguntas. Recorte e dobre as questões e coloque em uma caixinha ou saquinho para realizar um sorteio. Cada grupo vai sortear uma pergunta e dar a resposta. No final da atividade, eles deverão mostrar para a turma como encontraram as informações das perguntas. Essa atividade pode ser repetida trocando as obras de cada grupo e fazendo outras rodadas de sorteio.
MP069
Avaliação processual
- No capítulo 2, você realizou uma atividade explorando diferentes posturas, como se fosse uma escultura, com a ajuda de um colega que ia movimentando partes do seu corpo. Agora, em dupla, relembrem essa atividade e criem uma nova sequência de movimentos, inspirada nas posturas executadas anteriormente. Depois, faça um desenho para registrar suas sensações durante essa experiência.
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PROFESSOR
Desenho pessoal.- Artistas como Frans Krajcberg usam sua obra para chamar a atenção para questões importantes, como a destruição do ambiente, e, dessa maneira, transformar a sociedade. Faça um desenho que chame atenção para algo que você gostaria de transformar.
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PROFESSOR
Desenho pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
HABILIDADES DA BNCC EF15AR04; EF15AR09
- Separe os estudantes em duplas e peça que relembrem algumas posturas que foram criadas na atividade da página 33. Se quiser, coloque uma música para acompanhar a movimentação deles. Peça que incluam essas posturas em uma sequência de movimentos como uma dança. Dê indicações para que eles se lembrem dos tipos de deslocamento que podem explorar: movimentos leves e pesados, lentos e rápidos, retos ou sinuosos. Verifique se exploram diferentes direções e amplitudes de movimento. Observe também como eles se apropriam da nova instrução na movimentação da dança.
- Proponha uma conversa com a turma levantando e discutindo possibilidades temáticas e estéticas. Avalie observando de que forma os estudantes escolheram os elementos para representar o tema do desenho e que recursos estéticos utilizaram: Foram usadas as cores exploradas no capítulo 1? Ocuparam todo o espaço da página? Deram preferência a formas abstratas?
O objetivo da avaliação não é julgar a maneira de fazer, mas compreender de que modo o estudante trabalha os elementos estéticos, realizando uma escolha pessoal. Peça a cada um que comente o próprio desenho, explicando seu processo criativo. Dialogue durante o comentário, de modo a ajudá-lo a se apropriar de suas escolhas e elaborá-las verbalmente.