MP106

Comentários para o professor:

Capítulo 5: Arte indígena brasileira

Introdução

Este capítulo apresenta aspectos das culturas dos diferentes povos indígenas brasileiros da atualidade. Objetos e práticas são apresentados com o objetivo de valorizar a diversidade dos povos e ressaltar elementos considerados patrimônio imaterial dessas culturas.

As atividades propõem uma aproximação dos estudantes com os conteúdos abordados, relacionando-os com seu repertório pessoal e abordando o tema da identidade.

No final, uma atividade de criação cênica tem por objetivo integrar os conteúdos e práticas trabalhados nos três últimos capítulos do livro, encerrando o ano.

Objetivos do capítulo

  1. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
  1. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

    Competência específica de Linguagens

  1. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

    Competências específicas de Arte

  1. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
  1. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística.
  1. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.

    Habilidades favorecidas

MP107

Capítulo

Aula

Roteiro de aula

Páginas

5

35

Realização da atividade preparatória. Realização de atividade complementar (opcional).

p. 70-71

36

Leitura dialogada do texto “Tradições culturais indígenas”. Realização das atividades do livro. Realização de atividade complementar (opcional).

p. 72-74

37

Leitura dialogada dos textos: “Pintura corporal”, “Música e dança” e “Instrumentos musicais”. Realização da atividade do livro. Realização de atividade complementar (opcional).

p. 75-76

38

Realização da atividade da seção Para fazer com os colegas.

p. 77

39

Finalização e apresentação da atividade da seção Para fazer com os colegas.

p. 77

40

Realização de avaliação processual e avaliação de resultado.

p. 78-81

MP108

Capítulo 5. Arte indígena brasileira

Imagem: Pintura. Paisagem natural onde estão algumas pessoas indígenas com corpos pintados. Em primeiro plano, há uma cadeia de coqueiros e árvores à beira de um rio onde há duas canoas próximas de peixes coloridos. Em uma das canoas, um rapaz está de pé e segura uma lança. Na outra, dois estão sentados e um de pé. Na beira do rio, há uma fileira de jovens e adultos parados que observam ao lado de cestos coloridos. Três deles usam adereços no corpo, grandes cocares e seguram pequenos objetos coloridos nas duas mãos. No canto direito, há um totem também colorido. Ao fundo, há crianças e adultos próximo de pássaros e pequena plantação, também ocas e palmeiras. Ao fundo, o céu azul. Fim da imagem.

LEGENDA: JANNES. Colheita do milho. 2005. Acrílico sobre tela, 30 cm × 50 cm. Galeria Jacques Ardies, São Paulo (SP). FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Abertura

Atividade preparatória

HABILIDADE DA BNCC EF15AR01

Neste capítulo, o conteúdo se refere a alguns povos indígenas do Brasil, ao contato com essa cultura, identidade e compreensão de mundo. O objetivo é desenvolver a valorização da diversidade e ao mesmo tempo o pertencimento, reconhecendo a importância das contribuições indígenas para a cultura brasileira. Organize uma roda de conversa e comece perguntando se há estudantes indígenas na sala ou se há alguém que tenha parentes indígenas. Peça que compartilhem suas histórias e vivências.

Solicite que observem a imagem de abertura e leiam a legenda antes de responder às questões. Deixe-os à vontade para descobrir detalhes e criar suas hipóteses. O momento é de apurar o olhar da turma para os elementos que fazem parte do universo indígena.

Depois de responderem às perguntas, organize os estudantes em pequenos grupos para realizar a atividade. Distribua folhas de papel sulfite ou cartolina, recortadas em formato de cartões. Eles deverão buscar no capítulo imagens de objetos (cestaria, adornos, instrumentos musicais) e práticas indígenas (dança, pintura corporal). Solicite ao grupo que escolha de cinco a dez itens para confeccionar um jogo da memória, fazendo um desenho em cada cartão e escrevendo o nome correspondente em um outro. Peça que leiam as legendas das fotografias para que possam identificar os desenhos com os nomes. No final, disponibilize um tempo para o jogo. Se achar conveniente, proponha aos grupos que troquem os cartões, ou então que misturem todos os cartões, formando um único jogo da memória, com um conjunto maior de peças.

Para jogar, as cartas devem ser embaralhadas e distribuídas em uma mesa com os desenhos e as palavras virados para baixo. Cada participante deve, inicialmente, virar duas cartas. Caso as cartas sejam correspondentes, o participante as guarda consigo e pode jogar mais uma vez. Se acertar, continua jogando; se errar, dá a vez para o próximo jogador. As cartas devem ser desviradas e colocadas no mesmo lugar em que estavam, para que o próximo participante possa usar a memória para localizá-las.

MP109

Boxe complementar

O que eu vejo

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Converse com os colegas.

  1. O que mostra a reprodução desta obra de arte?
    PROFESSOR Resposta: Uma aldeia indígena ou indígenas executando tarefas do dia a dia.
  1. Você reconhece elementos de arte indígena nesta pintura? Quais?
    PROFESSOR Resposta: Poderão ser identificados cocares, pintura corporal, cerâmicas.
  1. Você já viu peças de arte indígena brasileira? Quais?
    PROFESSOR Respostas pessoais.

Fim do complemento

MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADE DA BNCC EF15AR01

Antropólogos

Com seu trabalho, os antropólogos buscam entender os costumes e os valores simbólicos das sociedades. Leia o que o antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro (1922-1997) escreveu sobre os indígenas que habitavam nosso litoral na época da chegada dos portugueses ao continente:

Os grupos indígenas encontrados no litoral pelo português eram principalmente tribos de tronco tupi que, havendo se instalado uns séculos antes, ainda estavam desalojando antigos ocupantes oriundos de outras matrizes culturais. Somavam, talvez, 1 milhão de índios, divididos em dezenas de grupos tribais, cada um deles compreendendo um conglomerado de várias aldeias de trezentos a 2 mil habitantes. Não era pouca gente, porque Portugal àquela época teria a mesma população ou pouco mais. [...]

Fonte: RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 28.

Sugestão de atividade complementar

Peça aos estudantes que leiam as legendas das fotografias no livro e identifiquem os nomes das etnias indígenas. Depois, organize-os em pequenos grupos para que pesquisem mais informações sobre elas. Cada grupo deverá ficar responsável por uma etnia e, depois da pesquisa, apresentar para a turma o que descobriu. Se possível, auxilie-os a selecionar algumas imagens para compartilhar, seja imprimindo e produzindo cartazes, seja apresentando-as em formato digital.

MP110

Tradições culturais indígenas

Mesmo depois do ano de 1500, quando teve início a colonização portuguesa, os povos indígenas nativos do Brasil mantiveram as tradições culturais herdadas de seus antepassados.

Entre essas tradições, destacam-se a arte de produzir objetos de cerâmica, os trançados de palha e enfeites para o corpo, incluindo a pintura corporal.

Dentro da grande diversidade de culturas indígenas do Brasil, cada uma tem seu próprio modo de produzir esses artefatos.

Os materiais usados nesses trabalhos são coletados na natureza: madeira, sementes, frutos secos, fibra de palmeiras, cipós, argila, ossos, couro, carapaças, garras, dentes, conchas e penas de animais.

Imagem: Fotografia. Escultura de uma mulher indígena com corpo pintado de vermelho e preto, adereços vermelhos nos pulsos e pernas, um colar branco destacado e o cabelo longo, liso e preto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Boneca ritxoko da etnia Karajá. Sem data. Cerâmica, 13,5 cm de altura. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.

Cerâmica

A cerâmica dos indígenas brasileiros ainda hoje é produzida com base na antiga técnica das civilizações pré-coloniais, que usavam roletes de argila para desenvolver suas peças.

Os artefatos de cerâmica são fabricados principalmente pelas mulheres, que criam potes, alguidares , esculturas e até brinquedos. Elas também continuam utilizando antigas técnicas para pintar e cozer ao fogo essas peças.

Imagem: Fotografia. Em um local aberto, uma mulher de vestido listrado manipula pequenas esculturas de cerâmica em formato de animais e que estão sobrepostas sobre um forno artesanal feito com base de ferro. Ao fundo, outras peças estão dispostas no chão e há muitas árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Indígena Waurá da aldeia Piyulaga colocando peças de cerâmica para queima em forno artesanal. Gaúcha do Norte (MT), 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Tradições culturais indígenas

Cerâmica

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25

Informe aos estudantes que nem todos os povos indígenas produzem objetos de cerâmica – os Timbira, por exemplo. Já as indígenas Karajá confeccionam até bonecas de cerâmica, que trazem tatuagens e ornamentos pelo corpo. Recentemente, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) considerou as bonecas ritxokos patrimônio imaterial do Brasil.

Outros grupos que se destacam como ceramistas são os Kadiwéu, com seus desenhos impressos por incisão, e os Waurá, que produzem utensílios de barro de borda larga decorados com desenhos de aves e mamíferos.

As peças de cerâmica marajoara e santarém, pelo seu poder natural de conservação, nos dão uma amostra dos costumes de povos indígenas desaparecidos. Se julgar oportuno, oriente os estudantes a fazer, em grupos, uma pesquisa sobre essas culturas.

Comente que existe uma grande variação na forma como o nome das etnias indígenas aparece grafado em livros e na imprensa. Apesar dessa variação, recomenda-se que se tome como padrão a grafia sem plural e com inicial maiúscula. Essa forma é adotada, por exemplo, em uma obra de referência sobre o assunto: Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas, de Aryon Dall’Igna Rodrigues. No entanto, a grafia do nome de uma língua indígena deve ficar em minúscula: a língua xavante.

Arte indígena

As comunidades indígenas encontradas pelos portugueses em 1500 na região onde hoje é o Brasil receberam o nome de sociedades pré-cabralinas, pois viviam ali antes da chegada de Pedro Álvares Cabral.

Essas comunidades não concebiam a arte da mesma maneira que os europeus. Apesar disso, os objetos e artefatos produzidos pelos indígenas são considerados arte porque eles empregavam uma técnica com um propósito e também atribuíam valores simbólicos a esses objetos.

Para ilustrar, peça aos estudantes um exemplo de obra de arte que não seja indígena. Então, pergunte: “Foi utilizada pelo artista alguma técnica na produção dessa obra?”; “O artista demonstrou algum propósito ao executar a obra?”; “Essa obra tem valor simbólico, ou seja, representa algo além do material de que é feita ou do uso a que se destina?”. As respostas não precisam ser afirmativas, como se espera, mas devem ser comentadas e podem proporcionar uma roda de conversa proveitosa.

MP111

Cestaria

Os cestos produzidos pelos indígenas atualmente são para uso doméstico, sendo empregados para armazenar ou transportar alimentos, coar líquidos e peneirar farinha.

A cestaria é feita por mulheres e homens, que mantêm a tradição dos desenhos dos trançados e dos diferentes usos e formatos dos cestos.

Imagem: Fotografia. Uma mulher está ajoelhada sobre um tecido estampado e faz um trabalho manual. Ao seu redor, há muitas varetas, uma faca pequena e bases de pequenos cestos. Fim da imagem.

LEGENDA: Indígena Mbyá Guarani confeccionando cesto. Aldeia Kalipety, São Paulo (SP), 2017. FIM DA LEGENDA.

Arte plumária

Cocares, cintos, brincos e outras peças feitas com penas e plumas de aves geralmente são produzidas pelos homens, que fazem a coleta e a seleção desse material.

Para compor esse tipo de peça, as penas e as plumas são amarradas umas às outras com fibras vegetais e às vezes usadas com couro de animais, folhas e sementes.

Imagem: Fotografia. Cocar com base de penas amarelas e detalhes vermelho e preto. Na parte interior, há duas penas longas pretas com manchas brancas e, ao centro, quatro longas penas finas e vermelhas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cocar feito pelos Kamaiurá, Xingu (MT). Sem data. Cocar de penas e fibra de palmeira, 34,3 cm × 43,9 cm. Coleção particular. Fotografia de 2014. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um par de brincos compridos feitos de penas com cor preta, amarela e vermelha. Fim da imagem.

LEGENDA: Brincos feitos pelos Kalapalo, Xingu (MT). Sem data. Brincos de penas, plumas, madeira e fibra de palmeira, 15 cm de comprimento. Fotografia de 2011. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Cestaria

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25

Explique aos estudantes que um dos motivos pelos quais os indígenas brasileiros desenvolveram a arte de trançar e tecer – cestas, redes para pescar ou para dormir, peneiras, esteiras, bolsas, tipoias, cintos, saias, tangas – foi a grande disponibilidade de matérias-primas que possibilitavam essa atividade: cipós, folhas, palmas, fibras. Três comunidades, entre outras, se destacam nessa arte: os Pareci, os Wayana e os Tukuna.

Arte plumária

Já a arte plumária, produzida pelos indígenas brasileiros com penas de pássaros e fibras vegetais, aproxima-se da noção de arte com a qual estamos acostumados, por ter como objetivo principal a busca da beleza. Chame atenção para o fato de que, além de ter a função de adornar o corpo, e artefatos como colares, brincos e cocares, a arte plumária é usada em rituais para identificar a comunidade ou o clã de quem a utiliza.

São também exemplos de arte plumária os cintos, braceletes, diademas e mantos (ou manteletes), muitos dos quais feitos da combinação com trançados. Um exemplo de arte plumária desse tipo são os conhecidos cocares indígenas, cuja base é feita de trançado com as penas sobrepostas em volta.

Sugestão de atividade complementar

Oriente os estudantes a pesquisar na internet a imagem de um manto tupinambá emplumado. Atualmente, existem apenas cinco dessas peças no mundo e todas se encontram em museus europeus.

MP112

Cintos, braceletes e brincos são objetos da arte plumária considerados adornos, isto é, eles têm a função de enfeite entre os povos indígenas.

  1. Que objetos ou peças de vestuário podem ser considerados adornos na sua comunidade? _____.
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Na sua opinião, que outra função têm os adornos, além de enfeitar? _____.
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.
  1. Reflita sobre as roupas e os acessórios que você gosta ou gostaria de usar. Você acha que eles fazem parte da sua identidade? Faça um desenho para representar o que você pensou.
    1. _____
PROFESSOR Desenho pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR04

Orientações e comentários das atividades

  1. Chame a atenção dos estudantes para o modo como os adornos indígenas são utilizados: os cocares, na cabeça; os brincos, nas orelhas; os braceletes, nos punhos etc. Faça um paralelo com os itens que fazem parte da cultura atual do vestuário não indígena. Pergunte a eles se gostam ou conhecem alguém que gosta de usar boné, ou outro tipo de chapéu, colares, brincos ou pulseiras.
  1. Alguns itens do vestuário considerados adornos podem ter funções objetivas. Bonés e chapéus, por exemplo, podem proteger o rosto do sol. Esclareça que os adornos fazem parte da identidade de uma pessoa, ou seja, como ela se reconhece, se sente e se compreende no mundo. Os adornos também podem comunicar que aquela pessoa faz parte de um grupo que usa determinadas roupas ou acessórios.
  1. Promova uma reflexão sobre a maneira como os estudantes gostam de se vestir, ou os acessórios que gostam de usar. Comente que essa é uma forma de manifestar-se culturalmente. Estimule-os a reconhecer-se e valorizar suas próprias escolhas, assim como apreciar e respeitar as escolhas dos outros, sejam colegas de turma, sejam pessoas de grupos culturais mais distantes.

    Os adornos indígenas são muito variados e têm funções estéticas, simbólicas e ritualísticas. Assim como em todos os povos, o modo de se vestir é um componente importante da cultura e estabelece também uma função identitária. É importante refletir com os estudantes sobre a maneira como eles se vestem e o quanto o ato de se vestir comunica e reflete a própria identidade.

    Estimule-os também a pensar como esse ato cria identificações de um indivíduo com o grupo ao qual pertence, como um grupo social que faz parte de uma mesma classe econômica, os apreciadores de um estilo de música, os torcedores de um time esportivo, entre outros.

    A ideia não é afirmar que os adornos indígenas cumprem exatamente a mesma função que o vestuário em outras culturas, mas pensar aproximações e diferenças. Ao refletir sobre a identidade, sua aproximação com determinados grupos e a diferença em relação aos demais, os estudantes poderão, além de conhecer-se, também aprender a respeitar e valorizar a diversidade humana.

MP113

Pintura corporal

Para pintar o corpo, os indígenas utilizam tintas naturais, preparadas com folhas e frutos.

As cores mais usadas são a vermelha, feita com o urucum moído, e a preta, extraída do jenipapo.

Há tribos que utilizam cores diferentes em crianças e em adultos. Os desenhos também têm diversos significados. Por exemplo, existem desenhos feitos para comemorações e outros usados exclusivamente em rituais.

Imagem: Fotografia. Destaque da cabeça e tórax de um rapaz indígena que está com a cabeça abaixada. O cabelo está pintado de vermelho, o rosto tem linhas pretas na região dos olhos e bochechas, ele usa brincos de penas, um colar destacado branco, o peito está pintado de preto e vermelho e também usa adereços brancos nos braços. Ao fundo, o solo de terra e moradias.  Fim da imagem.

LEGENDA: Indígena da etnia Waurá com cabelos pintados e pintura corporal como preparativo para o Quarup. Aldeia Piyulaga, Gaúcha do Norte (MT), 2019. FIM DA LEGENDA.

Música e dança

A música e a dança têm um papel importante na vida social das tribos indígenas. Eles cantam, dançam e tocam nos rituais e também para celebrar fatos do dia a dia. São várias as ocasiões de festejo: as boas colheitas e pescarias, a chegada dos adolescentes à idade adulta e os rituais para homenagear os mortos ou espantar doenças e malefícios.

Entre os rituais e danças mais conhecidos dos indígenas brasileiros estão o Toré e o Quarup.

Imagem: Fotografia. Destaque de pessoas que vestem um traje que cobre o corpo todo e é composto por tecidos e longas palhas com um adorno circular com plumas na parte acima da cabeça. Entre essas pessoas, há o destaque de uma mulher de costas que usa uma tiara florida e um adereço no coque repleto de fitas grossas, longas e coloridas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Indígenas Pankararu trajados como as personagens místicas conhecidas por praiás, durante o Toré. Aldeia Brejo dos Padres, Tacaratu (PE), 2014. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Pintura corporal

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25

Comente com os estudantes que a pintura corporal exerce muitas funções. Uma delas, talvez a mais fácil de supor, é a busca da beleza, agregando ao corpo a alegria e a vivacidade das cores da natureza. Além disso, a pintura contribui para espantar os insetos e proteger a pele dos raios solares. No entanto, uma das principais funções da pintura corporal, de caráter eminentemente simbólico, é afastar os maus espíritos e situar o indivíduo no grupo social. Nesse caso, a pintura corporal determina o momento por que passa o membro da comunidade, que pode ser de transição (rito de passagem), reclusão, luto, casamento, nascimento (pintar o corpo de uma criança indígena é o primeiro ato que representa sua socialização no grupo), entre outros.

Sugestão de atividade complementar

Aproveite o tema da música e da dança para apresentar aos estudantes a obra da cantora, compositora e pesquisadora da cultura indígena brasileira Marlui Miranda (1949-). Nascida em Fortaleza, no Ceará, ela tem diversas canções gravadas com temas indígenas, que podem ser encontradas na internet.

Solicite aos estudantes que, em grupos, realizem uma pesquisa sobre a trajetória e a música de Marlui Miranda. Durante a apresentação do trabalho, podem ser colocadas como fundo musical algumas das canções pesquisadas por eles.

MP114

A dança do Quarup é um ritual de reverência aos mortos praticado por povos indígenas do Alto Xingu, em Mato Grosso.

Os homens dançam e cantam em frente a troncos de árvore que representam os mortos homenageados. Esses troncos são colocados no local onde os mortos foram enterrados.

Em nosso folclore, há muitas danças e ritmos de origem indígena, como o cururu, dança de origem tupi-guarani.

Imagem: Fotografia. Em uma local aberto, com solo de terra, dois homens indígenas que usam cocar, adereços nos braços e pernas, cintura coberta com uma amarração de tecido e o corpo pintado estão com o corpo voltado para frente enquanto seguram uma lança comprida apoiada no chão com uma mão e um chocalho com a outra. Próximo ao local onde estão apoiadas as lanças, há tocos de madeira. Ao fundo, outros homens vestidos de modo semelhante estão sentados e observam. Atrás deles há uma moradia de palha. Fim da imagem.

LEGENDA: Indígenas Waurá celebrando o Quarup. Aldeia Piyulaga, Gaúcha do Norte (MT), 2019. FIM DA LEGENDA.

Instrumentos musicais

Os indígenas também produzem os próprios instrumentos musicais, como flautas, trombetas, tambores e chocalhos.

Imagem: Fotografia. Instrumentos de madeira: são quatro flautas de formato cilíndrico de tamanhos diferentes, duas lisas e duas com inscrições ao longo do corpo; três flautas redondas de aspecto liso, com inscrições na superfície;  e duas flautas que são uma composição de canos cilíndricos dispostos lado a lado e amarrados juntos, uma delas tem três canos curtos e grossos e a outra tem vários canos finos de tamanhos diferentes.  Fim da imagem.

LEGENDA: Flautas de diversas etnias indígenas (medidas aproximadas, da esquerda para a direita - flautas: 55 cm, 34 cm, 37 cm e 26 cm; flautas nasais: de 5 a 10 cm de diâmetro; flauta de Pã: 35 cm; flauta tríplice de bambu: 19 cm). Museu Paulista da Universidade de São Paulo, São Paulo (SP). Sem data. FIM DA LEGENDA.

Os instrumentos musicais não estão reproduzidos na proporção real.

Converse com os colegas e, depois, registre sua resposta.

PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25

Comente com os estudantes que o Parque Indígena do Xingu, território onde se realiza o ritual do Quarup, foi criado em 1961 por iniciativa dos irmãos Villas-Bôas – Orlando (1914 -2002), Cláudio (1916-1998) e Leonardo (1918-1961). Essa foi a primeira terra indígena reconhecida pelo governo federal, que abriga 16 etnias e é considerada pela Unesco a região de maior variedade linguística do país.

Observe a visão original das autoras do livro Arte na educação escolar a respeito da relação dos indígenas com a música.

[...] O indígena sempre se sensibilizou perante a música, seja ela nativa ou a do português, isto desde as suas primeiras manifestações.

A música do indígena tinha a cor do cotidiano. A todo ritual haveria de existir uma musicalidade muito específica. Os fatos exigiam uma celebração e assim a música entrava como componente natural deste mesmo ritual. Mas, se o rito indígena levaria uma carga musical, os colonizadores também celebraram a ocupação do solo brasileiro com seu ritual de fé cristã, através do ofício da Santa Missa. Esta também não estaria desprovida de um forte componente musical: os hinos. Confrontam-se, pois, neste momento, os dois ritos. [...]

Fonte: FERRAZ, Maria Heloisa C. de; FUSARI, Maria F. de Rezende e. Arte na educação escolar. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2010. p. 131.

MP115

Para fazer com os colegas

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

Agora, vamos criar uma representação teatral inspirada naquilo que aprendemos até aqui, retomando os conteúdos e relembrando nossas experiências.

Ouça o professor e siga as orientações do roteiro.

  1. O professor organizará uma roda com a turma para que vocês conversem sobre os temas que mais chamaram atenção de todos nos três últimos capítulos deste livro. Lembrem-se das lendas que ouviram e das histórias que criaram.
  1. Depois de participar da roda, forme um grupo. Decidam que história querem contar. Conversem sobre qual situação ou quais acontecimentos vocês representarão, quais são as personagens que vivem essa situação e em que lugar se passa a história.
  1. Escolham uma intervenção que envolva o uso de uma tecnologia e que deverá ocorrer durante a apresentação. Vocês podem usar sons gravados como elementos da narração ou da sonoplastia, ou podem inserir, em vídeo, uma personagem que entrará em cena.
  1. Com diferentes materiais, de preferência que possam ser reutilizados, criem máscaras ou adereços para suas personagens.
  1. Ensaiem a peça quantas vezes for necessário, utilizando os adereços e as gravações em áudio ou vídeo.
  1. Apresentem para a turma a sua criação e apreciem a criação dos demais colegas.
  1. Após a apresentação de todos os grupos, conversem sobre as descobertas que fizeram com este trabalho.
MANUAL DO PROFESSOR

Para fazer com os colegas

HABILIDADES DA BNCC EF15AR20; EF15AR21; EF15AR26

Inicie a atividade com uma conversa sobre o que foi estudado e relembre as produções e criações da turma durante o ano letivo. Estimule os estudantes a refletir sobre a importância dos temas e peça que estabeleçam relações com suas vivências cotidianas, histórias que conhecem, personagens com os quais se identificam.

Depois, forme grupos e escolham uma história para representar. Relembre alguns elementos que constituem a linguagem do teatro, tais como situação dramática, personagens e cenário.

Peça a eles que imaginem como podem utilizar recursos tecnológicos em suas representações. Prepare com antecedência os equipamentos disponíveis. Estimule-os a refletir sobre o modo como esses recursos podem ajudar a contar essa história. Uma gravação pode contar o passado ou mostrar algo que acontece fora da cena. Um áudio pode servir para representar um ser invisível e dar voz a ele. Um vídeo pode ajudar na criação de um ser fantástico. Depois de orientá-los, solicite a cada grupo que escolha apenas uma possibilidade. Auxilie os grupos a realizar as gravações.

Se os estudantes não tiverem muita familiaridade com teatro ou com a utilização de meios tecnológicos, é possível que apresentem dificuldades em utilizar esses recursos. Nesse caso, faça sugestões específicas para cada grupo e explique o efeito que ocorrerá no final. Se possível, sugira mais de uma possibilidade, para que possam escolher a que acharem mais interessante.

Quando for a hora de escolher as máscaras e os adereços, solicite que revejam o que foi produzido em atividades anteriores e decidam o que pode ser reaproveitado.

Incentive-os a buscar soluções simples. Relembre que, no teatro, um simples adereço, como um bracelete ou um colar, pode ser suficiente para identificar uma personagem, deixando o público livre para usar a imaginação.

Com o material em mãos, disponibilize um tempo para os ensaios. Oriente-os a fazer combinados sobre a sequência dos acontecimentos, deixando espaço para a improvisação. A ideia não é decorar um texto e criar marcações de movimentos, mas experimentar uma estrutura que ajude no improviso.

Organize a turma de maneira que haja tempo para a apresentação de todos os grupos. No final, organize uma roda de conversa sobre as experiências, o aprendizado e as dificuldades de cada um. Pergunte se houve colaboração entre os integrantes de cada grupo e também com os outros grupos.

MP116

Comentários para o professor:

Conclusão

O capítulo traz referências de diferentes povos indígenas do Brasil, enfatizando objetos e práticas culturais e as respectivas estéticas. Espera-se que os estudantes reconheçam a importância dos povos, bem como a presença da matriz indígena na cultura brasileira. É esperado também que apreciem e valorizem a diversidade, que compreendam e estabeleçam relações entre diferentes contextos e mobilizem seu conhecimento para a criação nas linguagens artísticas. Para terminar, espera-se que os estudantes retomem os aprendizados dos dois capítulos anteriores, este incluído, e consigam exercitar a criação de maneira autônoma e propositiva.

A avaliação formativa deve ser realizada de maneira contínua durante o ano letivo, apoiada pelas atividades do capítulo e pelas sugestões de atividades presentes no Manual do Professor. A ficha de avaliação pode contribuir para auxiliar no mapeamento das aprendizagens e dificuldades que surgirem. No caso de persistirem dificuldades no final do processo, é sugerida a realização da atividade de remediação, presente nesta conclusão.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Ficha de avaliação - Capítulo 5

Habilidades

Objetivos

Bem

Parcialmente

Pouco

Observações

(EF15AR01)

O estudante identifica e valoriza os diferentes elementos estéticos e culturais presentes nas artes indígenas?

(EF15AR25)

O estudante reconhece objetos e práticas da cultura indígena como patrimônio cultural brasileiro?

(EF15AR03)

O estudante relaciona os conteúdos do capítulo com seu repertório, reconhecendo a influência da matriz indígena em diferentes expressões artísticas?

(EF15AR04)

O estudante mobiliza os conteúdos apresentados em suas práticas em sala de aula de maneira criativa e consciente?

(EF15AR20) e (EF15AR21)

O estudante relaciona e mobiliza os conteúdos abordados nos três últimos capítulos para a criação de uma cena de modo criativo e colaborativo?

(EF15AR26)

O estudante utiliza de maneira criativa os recursos tecnológicos disponíveis, de acordo com seu repertório e possibilidades, para a criação de uma cena?

MP117

Atividade de remediação

Esta atividade pode ser feita individualmente ou em duplas, conforme as necessidades da turma. Os estudantes deverão produzir um adorno para si, utilizando materiais recicláveis. Solicite que retomem o capítulo observando atentamente as fotografias. Peça que comentem o que acharam mais interessante sobre a cultura indígena. A ideia é que eles criem objetos inspirados pelos exemplos, sem intenção de copiar as imagens. Eles devem observar as cores, os formatos, os materiais e o uso dos adornos indígenas e tomar esses elementos como ponto de partida, podendo relacionar com o próprio repertório. Oriente-os e auxilie-os durante toda a atividade. Faça furos ou cortes nos adornos que sejam mais difíceis de executar, para evitar que os estudantes se machuquem. No final, peça a eles que retomem os conteúdos do capítulo, consolidando seus conhecimentos e utilizando-os como ponto de partida para suas criações.

MP118

O que aprendemos

Olá! Agora você fará algumas atividades e descobrirá que já aprendeu muitas coisas!

  1. A civilização maia produziu grandes pinturas murais. Você já viu alguma obra de arte na atualidade que se parece com as pinturas murais? Justifique sua resposta. _____.
Imagem: Pintura. Destaque que apresenta sete pessoas de pele escura paradas de pé lado a lado. Elas usam adereços longos e adornos na cabeça, brincos, colares bem destacados, uma longa capa branca, adereços nos braços, algumas também no tornozelo, a cintura coberta por tecidos e estão descalças. As cinco figuras do lado direito voltam a cabeça em direção a uma pessoa que fala do lado esquerdo. E, ao seu lado, direito, a sétima pessoa conversa voltada para o outro lado. O fundo tem cor terrosa e a parte inferior tem arabescos em cor preta. Fim da imagem.
PROFESSOR Sugestão de resposta: Painéis e grafites, pois são realizados em muros ou em extensas paredes, como nos prédios de grandes cidades.
  1. Nas sociedades pré-colombianas a música era muito importante. Que funções a música tinha naquela época? E na sociedade atual, a música tem as mesmas funções? _____.
PROFESSOR Resposta: A música tinha funções rituais, artísticas e sociais. Essas funções ainda estão presentes na sociedade atual.
PROFESSOR Sugestões de resposta: Festas de aniversário, eventos esportivos, eventos religiosos etc.
MANUAL DO PROFESSOR

O que aprendemos

Avaliação processual

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR13

  1. Uma das possibilidades é que os estudantes relacionem a pintura mural a outras manifestações artísticas que utilizem suportes parecidos, estudadas em anos anteriores. Contudo, a pergunta é aberta e eles podem relacionar a obra com base no tema (a música, por exemplo) ou em elementos, como as formas animais. Até mesmo as cores podem ser objeto de comparação. Observe se eles conseguem estabelecer relações entre a pintura mural e os painéis e os grafites, que também são produzidos em espaços grandiosos, e justificar sua resposta.
  1. Peça aos estudantes que localizem o assunto e identifiquem a resposta no livro. Na segunda parte da questão, eles devem imaginar situações semelhantes na atualidade, mesmo que não sejam exatamente iguais ao contexto das sociedades pré-colombianas.

    Estimule-os a pensar em situações que façam parte do cotidiano, reconhecendo as diferentes funções sociais da música. Peça a eles que estabeleçam relações entre esse tema e o que estudaram no ano anterior, refletindo sobre o modo como a música pode fazer parte da nossa identidade.

MP119

Avaliação processual

Imagem: Fotografia. Destaque das mãos de uma pessoa que molda uma peça de argila com os dedos. Fim da imagem.
  1. A argila é um material utilizado por diversos povos desde a Antiguidade. Assinale a alternativa que não corresponde a esse material.
    1. ( ) É fácil de ser moldado.
    1. ( ) É facilmente encontrado na natureza.
    1. ( ) É um material sintético (feito em laboratório ou indústria).
    1. ( ) Apresenta cores diferentes.
PROFESSOR Resposta correta: É um material sintético (feito em laboratório ou indústria).
  1. Como as cerâmicas marajoaras eram tingidas? _____.
PROFESSOR Resposta: Era aplicada uma mistura de argila diluída em água e pigmentos naturais, como o urucum, nas peças ainda úmidas.
Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.
  1. No capítulo 3, você criou uma história inspirada nas lendas que ouviu. Relembre a criação do seu grupo e faça um desenho que represente as personagens que vocês inventaram.
    1. _____
PROFESSOR Desenho pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADE DA BNCC EF15AR04

  1. As alternativas a e d são localizáveis no texto e podem ser eliminadas. Para escolher entre as alternativas b e c, os estudantes deverão mobilizar seus conhecimentos e realizar uma inferência direta. Caso tenham dificuldades nesta etapa, pergunte a eles se a argila é um material natural ou é produzido em laboratório. Depois, pergunte se esse material é facilmente encontrado na natureza. Dessa maneira, espera-se que eles sejam capazes de chegar à alternativa correta.
  1. Caso os estudantes não consigam responder recorrendo apenas à memória, peça que procurem no texto do livro a resposta sobre as cerâmicas marajoaras.
  1. Observe se os estudantes se lembram e se apropriaram do enredo das lendas que originaram as histórias. Estimule-os a pensar sobre os elementos usados para compor as personagens (roupas, adereços, traços de animais etc.), sobre as cores que querem utilizar no desenho e o que elas representam, e se desejam criar um cenário ou desenhar outros elementos. Fique atento ao modo como ocupam o espaço destinado ao desenho na página.

MP120

Para terminar

Para encerrar o trabalho com este livro, faça as atividades a seguir com atenção.

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.
  1. No início do ano, foram estudadas as cores primárias, secundárias e terciárias. Também foi feita uma reflexão sobre como as cores são capazes de gerar emoções nas pessoas. Pense sobre como você se sente ao terminar o ano e faça um desenho utilizando as cores que representam essa sensação para você.
    1. _____
PROFESSOR Desenho pessoal.
  1. Qual obra de arte você mais gostou de conhecer neste ano? Escreva o nome da obra, o nome do artista e faça um comentário sobre ela. _____.
PROFESSOR Respostas pessoais.
MANUAL DO PROFESSOR

Para terminar

Avaliação de resultado

HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR02; EF15AR04

  1. Inicie esta etapa propondo à turma uma conversa para relembrar as experiências e aprendizagens desenvolvidas durante o ano. Selecione algumas produções realizadas pelos estudantes, ou fotografias das atividades registrando esses momentos, e mostre para a turma. Retome o assunto das cores e pergunte a eles como relacionam as cores com as sensações, as emoções e os sentimentos; peça que transportem essa percepção para o desenho. Destine um tempo para que cada um se concentre no próprio desenho. Ao avaliar os trabalhos, verifique se eles usaram as cores de modo intencional e por que escolheram determinados elementos para representar as sensações e os sentimentos. Se achar conveniente, escolha alguns estudantes e peça que contem no que pensaram ao criar seus desenhos.
  1. Verifique se os estudantes utilizaram as legendas para buscar informações referentes à obra, citando o título e reconhecendo o nome do artista. Observe também se eles procuraram outras informações, possivelmente presentes no livro, como a biografia do artista ou o contexto da obra. Analise se eles são capazes de localizar e organizar essas informações. Caso seja necessário, pergunte sobre o autor ou a obra ajudando-os a localizar as respostas no texto. Peça aos estudantes que inicialmente respondam em voz alta e depois registrem suas respostas por escrito.

MP121

Avaliação de resultado

  1. Neste ano, você também conheceu diferentes povos que, desde a Antiguidade, criam objetos e pinturas com materiais encontrados na natureza. Em algumas atividades, você também explorou materiais naturais. Que materiais foram esses? Escreva um comentário refletindo sobre suas experiências. _____.
PROFESSOR Respostas pessoais.
Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.
  1. _____
PROFESSOR Resposta: Desenho pessoal.
  1. Leia as perguntas com atenção e responda marcando com um X .
    1. Quadro: equivalente textual a seguir.

Sim

Não

Às Vezes

Foi prazeroso aprender novos conteúdos este ano?

O grau de dificuldade na execução das tarefas aumentou?

Percebi mudanças significativas no desempenho das atividades corporais?

Meu relacionamento com o grupo evoluiu positivamente?

Houve cooperação entre os colegas na execução das tarefas mais difíceis?

MANUAL DO PROFESSOR

HABILIDADES DA BNCC EF15AR04; EF15AR06

  1. É esperado que os estudantes se lembrem dos pigmentos naturais utilizados para realizar a atividade de pintura no capítulo 4 e dos materiais coletados para a colagem no capítulo 2. Na segunda parte da pergunta, os estudantes podem responder ressaltando as dificuldades e as descobertas no processo criativo ou estabelecer relações entre aquilo que produziram e os conteúdos aprendidos no livro. Essas respostas podem expressar desde as relações com as questões históricas e patrimoniais, até o cuidado com a natureza e o meio ambiente. A pergunta é aberta; portanto, a avaliação deve levar em conta se o estudante estabelece relações entre sua prática e os conteúdos aprendidos e se é capaz de verbalizar essas relações. Caso responda com frases muito curtas, limitando-se a dizer se gostou ou não gostou, estimule-o a desenvolver o diálogo, perguntando a ele por que gostou, ou não, bem como encaminhando de modo a levá-lo a lembrar-se de detalhes do processo criativo.
  1. Se necessário, auxilie os estudantes na leitura e na compreensão das questões.

    A autoavaliação a cada ano é importante porque possibilita a cada um deles perceber sua evolução durante o ano letivo, não só no desenvolvimento físico como também no que diz respeito à aprendizagem, tendo em vista que, no próximo ano, atingirão uma etapa escolar mais avançada.

MP122

Vamos ler

Meu livro de Arte – Tudo sobre as cores

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título “Meu livro de Arte – Tudo sobre as cores”. Apresenta a ilustração de alguns desenhos, dois pintores e um quadro ao centro. Fim da imagem.

Rosie Dickins.

São Paulo: Usborne, 2015.

Esse livro apresenta uma introdução divertida ao mundo da arte. O leitor vai descobrir como os pigmentos e as tintas surgiram e como foram utilizadas por artistas famosos. Para despertar o interesse do leitor, são apresentadas diversas obras de arte, além de curiosidades e fatos divertidos sobre a história da arte mundial.

As cores de Van Gogh

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título “As cores de Van Gogh”. Apresenta a pintura de um homem e uma mulher deitados lado a lado na relva e ao lado de foices. Fim da imagem.

Claire Merleau-Ponty.

São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2008.

O artista Vincent Van Gogh morreu sem ver sua arte reconhecida como é atualmente. Mas pintou 879 quadros, que posteriormente se tornaram extremamente famosos. Esse livro apresenta aos leitores vários desses quadros e muita informação sobre o artista e a época em que ele viveu.

Uma cor, duas cores, todas elas

Imagem: Capa do livro. Na parte superior, o título “Uma cor, duas cores, todas elas”. Apresenta o mar verde com sereia, peixes, algas e um golfinho. O fundo é azul e há a faixa de areia no fundo do mar.  Fim da imagem.

Lalau e Laurabeatriz.

São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997.

Nesse livro, o leitor encontrará poemas ilustrados que falam de cada cor. Azul é a cor da Terra. Vermelho é a cor do fogo. Amarelo é a cor do sol.

Cada cor tem sua beleza, cada uma desperta nossa imaginação. E, juntas, elas alegram ainda mais a nossa vida.

Cores, jogos e experiências

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título “Cores, jogos e experiências”. Apresenta faixas coloridas que formam um grande retângulo em torno de um pequeno retângulo central. Fim da imagem.

Ann Forslind.

São Paulo: Callis, 2011.

De onde vêm as cores? O que acontece quando elas se misturam? Esse livro responde a essas perguntas e faz o leitor entrar no mundo das cores por meio de descobertas e experiências apaixonantes.

MP123

Érica e os girassóis

Imagem: Capa de livro. Na parte superior, o título “Érica e os girassóis”. Apresenta o fundo amarelo com moldura azul e um vaso com grandes girassóis ao lado do qual está uma menina de pé. Fim da imagem.

James Mayhew.

São Paulo: Moderna, 2002.

Essa é uma verdadeira aventura em um museu de arte. Tudo começa quando Érica, uma garota cheia de imaginação, tenta pegar algumas sementes de girassol do quadro de Van Gogh.

A menina de uma pintura ao lado sai da tela e tenta ajudá-la, mas tudo se complica quando um cachorrinho entra na história. Você vai se divertir muito com o livro e ainda aprender coisas novas nesse passeio ao museu.

Encontro com Krajcberg

Imagem: Capa do livro. Na parte superior, o título “Encontro com Krajcberg”. Ao centro, está uma fotografia de uma árvore com galhos muito compridos voltados para o solo. No canto inferior, cinco crianças, e um cachorro. Fim da imagem.

Rosane Acedo e Cecília Aranha.

São Paulo: Formato, 2019.

Esse livro coloca o leitor em contato com a vida e a obra do artista polonês Frans Krajcberg.

Ele morou no sul da Bahia desde a década de 1970 até 2017, quando morreu, e lá manteve o ateliê. O artista denunciou, por meio das obras que criou, o descaso com as florestas e a incapacidade da sociedade de proteger seu patrimônio natural e humano.

Arte rupestre

Imagem: Capa de livro. Na parte inferior, o título “Arte rupestre”. Apresenta uma parede em tom amarelado com pinturas de animais quadrúpedes em tons de marrom. Fim da imagem.

Hildegard Feist.

São Paulo: Moderna, 2010.

Nesse livro, a autora trata da arte rupestre, daquelas imagens desenhadas, pintadas ou gravadas por homens pré-históricos em pedras e cavernas. Muitos desenhos que eles fizeram sobreviveram ao tempo e hoje podem ser observados. Para essa obra foram selecionadas algumas das mais famosas e mais impressionantes artes rupestres.

MP124

Vamos ler

Rupi! O menino das cavernas

Imagem: Capa do livro. Na parte superior, o título Rupi! O menino das cavernas, composto pelo título e ilustração de um menino segurando uma lança. Fim da imagem.

Timothy Bush.

São Paulo: Brinque-Book, 2002.

Nesse livro, você vai conhecer a história de Rupi, um menino das cavernas que, por não ter habilidade para caçar, enfrenta preconceitos da tribo dele. Um dia, porém, Rupi descobre que seus desenhos são mágicos e consegue, com isso, ganhar o respeito e a admiração de todos, levando a tribo a uma nova forma de subsistência.

A Pré-História passo a passo

Imagem: Capa do livro. Na parte superior, o título “A Pré-História passo a passo”. Abaixo, a ilustração de um homem pintando em uma parede de pedra. Fim da imagem.

Colette Swinnen.

São Paulo: Claro Enigma, 2014.

Como surgiu a espécie humana? Quem foi Neanderthal? Desde a aparição do primeiro homem na Terra até o surgimento do Homo sapiens, passaram-se milhões de anos. Esse livro apresenta, de maneira simples e completa, esse vasto e rico período da História e as ciências que o estudam.

Irakisu – o menino criador

Imagem: Capa do livro. À esquerda, o título Irakisu – o menino criador, com a ilustração de um menino indígena. Fim da imagem.

Renê Kithãulu.

São Paulo: Peirópolis, 2002.

Os mitos estão muito presentes nas sociedades indígenas. Esse livro traz algumas histórias dos povos tradicionais e que revelam a verdadeira dimensão do existir.

Arte indígena

Imagem: Capa do livro. Na parte inferior, o título “Arte indígena”, com ilustrações abstratas. Fim da imagem.

Hildegard Feist.

São Paulo: Moderna, 2010.

Esse livro traz expressões artísticas tradicionais de vários povos indígenas. A autora selecionou alguns exemplos bem interessantes, bonitos e significativos da arte plumária, da pintura corporal, da cerâmica e de outras manifestações artísticas dos indígenas brasileiros.

MP125

Sou indígena e sou criança

Imagem: Capa do livro: Sou indígena e sou criança, com a ilustração de um menino indígena. Fim da imagem.

César Obeid.

São Paulo: Moderna, 2014.

Nesse livro, o leitor vai conhecer a história de uma criança indígena brasileira que faz muitas coisas que toda criança faz, mas com uma diferença: a criança indígena não perdeu o contato com a natureza, não tirou o pé da terra e sabe escutar os sinais da floresta.

Coisas de índio – versão infantil

Imagem: Capa do livro: Coisas de índio – versão infantil, com ilustrações geométricas. Fim da imagem.

Daniel Munduruku.

São Paulo: Callis, 2003.

Esse livro apresenta um relato sobre as comunidades indígenas do Brasil e possibilita ao leitor sensível compreender toda a riqueza e a pluralidade das coisas de nossos indígenas.

Catando piolhos, contando histórias

Imagem: Capa do livro: Catando piolhos, contando histórias, com ilustração de uma mulher de braços abertos. Fim da imagem.

Daniel Munduruku.

São Paulo: Brinque-Book, 2006.

Essa obra traz memórias de infância de um menino indígena que fala das tradições do povo Munduruku.

As histórias eram transmitidas oralmente em momentos felizes na aldeia, quando ele, sentado no colo dos mais velhos ou ao lado da fogueira, ouvia histórias enquanto catavam piolhos nos cabelos dele e lhe faziam carinhos na cabeça.

O que é, o que é? – O pajé e as crianças numa aldeia guarani

Imagem: Capa do livro: O que é, o que é? – O pajé e as crianças numa aldeia guarani, com ilustração de um homem indígena. Fim da imagem.

Luis Donisete Benzi Grupioni.

São Paulo: Moderna, 2014.

Nesse livro, o autor mostra como é o Mbaravija, ou adivinhação. Nessa arte tradicional, os indígenas mais velhos de uma aldeia fazem perguntas aos que estão em volta deles para estimular a busca por respostas.