MP106
Comentários para o professor:
Capítulo 5: Arte indígena brasileira
Introdução
Este capítulo apresenta aspectos das culturas dos diferentes povos indígenas brasileiros da atualidade. Objetos e práticas são apresentados com o objetivo de valorizar a diversidade dos povos e ressaltar elementos considerados patrimônio imaterial dessas culturas.
As atividades propõem uma aproximação dos estudantes com os conteúdos abordados, relacionando-os com seu repertório pessoal e abordando o tema da identidade.
No final, uma atividade de criação cênica tem por objetivo integrar os conteúdos e práticas trabalhados nos três últimos capítulos do livro, encerrando o ano.
Objetivos do capítulo
- Conhecer elementos da cultura indígena brasileira.
- Refletir sobre identidade, promovendo o autoconhecimento e a valorização da diversidade.
-
Experimentar práticas artísticas de modo colaborativo, ressignificando e se apropriando dos temas estudados.
Competências favorecidas
Competências gerais
- Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
-
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica
e capacidade para lidar com elas.
Competência específica de Linguagens
-
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem
ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
Competências específicas de Arte
- Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
- Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística.
-
Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.
Habilidades favorecidas
- (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
- (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais.
- (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.
- (EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais.
- (EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.
MP107
- (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
-
(EF15AR26) Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Capítulo |
Aula |
Roteiro de aula |
Páginas |
---|---|---|---|
5 |
35 |
Realização da atividade preparatória. Realização de atividade complementar (opcional). |
p. 70-71 |
36 |
Leitura dialogada do texto “Tradições culturais indígenas”. Realização das atividades do livro. Realização de atividade complementar (opcional). |
p. 72-74 |
|
37 |
Leitura dialogada dos textos: “Pintura corporal”, “Música e dança” e “Instrumentos musicais”. Realização da atividade do livro. Realização de atividade complementar (opcional). |
p. 75-76 |
|
38 |
Realização da atividade da seção Para fazer com os colegas. |
p. 77 |
|
39 |
Finalização e apresentação da atividade da seção Para fazer com os colegas. |
p. 77 |
|
40 |
Realização de avaliação processual e avaliação de resultado. |
p. 78-81 |
MP108
Capítulo 5. Arte indígena brasileira
LEGENDA: JANNES. Colheita do milho. 2005. Acrílico sobre tela, 30 cm × 50 cm. Galeria Jacques Ardies, São Paulo (SP). FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Abertura
Atividade preparatória
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Neste capítulo, o conteúdo se refere a alguns povos indígenas do Brasil, ao contato com essa cultura, identidade e compreensão de mundo. O objetivo é desenvolver a valorização da diversidade e ao mesmo tempo o pertencimento, reconhecendo a importância das contribuições indígenas para a cultura brasileira. Organize uma roda de conversa e comece perguntando se há estudantes indígenas na sala ou se há alguém que tenha parentes indígenas. Peça que compartilhem suas histórias e vivências.
Solicite que observem a imagem de abertura e leiam a legenda antes de responder às questões. Deixe-os à vontade para descobrir detalhes e criar suas hipóteses. O momento é de apurar o olhar da turma para os elementos que fazem parte do universo indígena.
Depois de responderem às perguntas, organize os estudantes em pequenos grupos para realizar a atividade. Distribua folhas de papel sulfite ou cartolina, recortadas em formato de cartões. Eles deverão buscar no capítulo imagens de objetos (cestaria, adornos, instrumentos musicais) e práticas indígenas (dança, pintura corporal). Solicite ao grupo que escolha de cinco a dez itens para confeccionar um jogo da memória, fazendo um desenho em cada cartão e escrevendo o nome correspondente em um outro. Peça que leiam as legendas das fotografias para que possam identificar os desenhos com os nomes. No final, disponibilize um tempo para o jogo. Se achar conveniente, proponha aos grupos que troquem os cartões, ou então que misturem todos os cartões, formando um único jogo da memória, com um conjunto maior de peças.
Para jogar, as cartas devem ser embaralhadas e distribuídas em uma mesa com os desenhos e as palavras virados para baixo. Cada participante deve, inicialmente, virar duas cartas. Caso as cartas sejam correspondentes, o participante as guarda consigo e pode jogar mais uma vez. Se acertar, continua jogando; se errar, dá a vez para o próximo jogador. As cartas devem ser desviradas e colocadas no mesmo lugar em que estavam, para que o próximo participante possa usar a memória para localizá-las.
MP109
Boxe complementar
O que eu vejo
Converse com os colegas.
- O que mostra a reprodução desta obra de arte?
PROFESSOR
Resposta: Uma aldeia indígena ou indígenas executando tarefas do dia a dia.
- Você reconhece elementos de arte indígena nesta pintura? Quais?
PROFESSOR
Resposta: Poderão ser identificados cocares, pintura corporal, cerâmicas.
- Você já viu peças de arte indígena brasileira? Quais?
PROFESSOR
Respostas pessoais.
Fim do complemento
MANUAL DO PROFESSOR
HABILIDADE DA BNCC EF15AR01
Antropólogos
Com seu trabalho, os antropólogos buscam entender os costumes e os valores simbólicos das sociedades. Leia o que o antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro (1922-1997) escreveu sobre os indígenas que habitavam nosso litoral na época da chegada dos portugueses ao continente:
Os grupos indígenas encontrados no litoral pelo português eram principalmente tribos de tronco tupi que, havendo se instalado uns séculos antes, ainda estavam desalojando antigos ocupantes oriundos de outras matrizes culturais. Somavam, talvez, 1 milhão de índios, divididos em dezenas de grupos tribais, cada um deles compreendendo um conglomerado de várias aldeias de trezentos a 2 mil habitantes. Não era pouca gente, porque Portugal àquela época teria a mesma população ou pouco mais. [...]
Fonte: RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 28.
Sugestão de atividade complementar
Peça aos estudantes que leiam as legendas das fotografias no livro e identifiquem os nomes das etnias indígenas. Depois, organize-os em pequenos grupos para que pesquisem mais informações sobre elas. Cada grupo deverá ficar responsável por uma etnia e, depois da pesquisa, apresentar para a turma o que descobriu. Se possível, auxilie-os a selecionar algumas imagens para compartilhar, seja imprimindo e produzindo cartazes, seja apresentando-as em formato digital.
MP110
Tradições culturais indígenas
Mesmo depois do ano de 1500, quando teve início a colonização portuguesa, os povos indígenas nativos do Brasil mantiveram as tradições culturais herdadas de seus antepassados.
Entre essas tradições, destacam-se a arte de produzir objetos de cerâmica, os trançados de palha e enfeites para o corpo, incluindo a pintura corporal.
Dentro da grande diversidade de culturas indígenas do Brasil, cada uma tem seu próprio modo de produzir esses artefatos.
Os materiais usados nesses trabalhos são coletados na natureza: madeira, sementes, frutos secos, fibra de palmeiras, cipós, argila, ossos, couro, carapaças, garras, dentes, conchas e penas de animais.
LEGENDA: Boneca ritxoko da etnia Karajá. Sem data. Cerâmica, 13,5 cm de altura. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
Cerâmica
A cerâmica dos indígenas brasileiros ainda hoje é produzida com base na antiga técnica das civilizações pré-coloniais, que usavam roletes de argila para desenvolver suas peças.
Os artefatos de cerâmica são fabricados principalmente pelas mulheres, que criam potes, alguidares , esculturas e até brinquedos. Elas também continuam utilizando antigas técnicas para pintar e cozer ao fogo essas peças.
LEGENDA: Indígena Waurá da aldeia Piyulaga colocando peças de cerâmica para queima em forno artesanal. Gaúcha do Norte (MT), 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Tradições culturais indígenas
Cerâmica
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25
Informe aos estudantes que nem todos os povos indígenas produzem objetos de cerâmica – os Timbira, por exemplo. Já as indígenas Karajá confeccionam até bonecas de cerâmica, que trazem tatuagens e ornamentos pelo corpo. Recentemente, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) considerou as bonecas ritxokos patrimônio imaterial do Brasil.
Outros grupos que se destacam como ceramistas são os Kadiwéu, com seus desenhos impressos por incisão, e os Waurá, que produzem utensílios de barro de borda larga decorados com desenhos de aves e mamíferos.
As peças de cerâmica marajoara e santarém, pelo seu poder natural de conservação, nos dão uma amostra dos costumes de povos indígenas desaparecidos. Se julgar oportuno, oriente os estudantes a fazer, em grupos, uma pesquisa sobre essas culturas.
Comente que existe uma grande variação na forma como o nome das etnias indígenas aparece grafado em livros e na imprensa. Apesar dessa variação, recomenda-se que se tome como padrão a grafia sem plural e com inicial maiúscula. Essa forma é adotada, por exemplo, em uma obra de referência sobre o assunto: Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas, de Aryon Dall’Igna Rodrigues. No entanto, a grafia do nome de uma língua indígena deve ficar em minúscula: a língua xavante.
Arte indígena
As comunidades indígenas encontradas pelos portugueses em 1500 na região onde hoje é o Brasil receberam o nome de sociedades pré-cabralinas, pois viviam ali antes da chegada de Pedro Álvares Cabral.
Essas comunidades não concebiam a arte da mesma maneira que os europeus. Apesar disso, os objetos e artefatos produzidos pelos indígenas são considerados arte porque eles empregavam uma técnica com um propósito e também atribuíam valores simbólicos a esses objetos.
Para ilustrar, peça aos estudantes um exemplo de obra de arte que não seja indígena. Então, pergunte: “Foi utilizada pelo artista alguma técnica na produção dessa obra?”; “O artista demonstrou algum propósito ao executar a obra?”; “Essa obra tem valor simbólico, ou seja, representa algo além do material de que é feita ou do uso a que se destina?”. As respostas não precisam ser afirmativas, como se espera, mas devem ser comentadas e podem proporcionar uma roda de conversa proveitosa.
MP111
Cestaria
Os cestos produzidos pelos indígenas atualmente são para uso doméstico, sendo empregados para armazenar ou transportar alimentos, coar líquidos e peneirar farinha.
A cestaria é feita por mulheres e homens, que mantêm a tradição dos desenhos dos trançados e dos diferentes usos e formatos dos cestos.
LEGENDA: Indígena Mbyá Guarani confeccionando cesto. Aldeia Kalipety, São Paulo (SP), 2017. FIM DA LEGENDA.
Arte plumária
Cocares, cintos, brincos e outras peças feitas com penas e plumas de aves geralmente são produzidas pelos homens, que fazem a coleta e a seleção desse material.
Para compor esse tipo de peça, as penas e as plumas são amarradas umas às outras com fibras vegetais e às vezes usadas com couro de animais, folhas e sementes.
LEGENDA: Cocar feito pelos Kamaiurá, Xingu (MT). Sem data. Cocar de penas e fibra de palmeira, 34,3 cm × 43,9 cm. Coleção particular. Fotografia de 2014. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Brincos feitos pelos Kalapalo, Xingu (MT). Sem data. Brincos de penas, plumas, madeira e fibra de palmeira, 15 cm de comprimento. Fotografia de 2011. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Cestaria
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25
Explique aos estudantes que um dos motivos pelos quais os indígenas brasileiros desenvolveram a arte de trançar e tecer – cestas, redes para pescar ou para dormir, peneiras, esteiras, bolsas, tipoias, cintos, saias, tangas – foi a grande disponibilidade de matérias-primas que possibilitavam essa atividade: cipós, folhas, palmas, fibras. Três comunidades, entre outras, se destacam nessa arte: os Pareci, os Wayana e os Tukuna.
Arte plumária
Já a arte plumária, produzida pelos indígenas brasileiros com penas de pássaros e fibras vegetais, aproxima-se da noção de arte com a qual estamos acostumados, por ter como objetivo principal a busca da beleza. Chame atenção para o fato de que, além de ter a função de adornar o corpo, e artefatos como colares, brincos e cocares, a arte plumária é usada em rituais para identificar a comunidade ou o clã de quem a utiliza.
São também exemplos de arte plumária os cintos, braceletes, diademas e mantos (ou manteletes), muitos dos quais feitos da combinação com trançados. Um exemplo de arte plumária desse tipo são os conhecidos cocares indígenas, cuja base é feita de trançado com as penas sobrepostas em volta.
Sugestão de atividade complementar
Oriente os estudantes a pesquisar na internet a imagem de um manto tupinambá emplumado. Atualmente, existem apenas cinco dessas peças no mundo e todas se encontram em museus europeus.
MP112
Cintos, braceletes e brincos são objetos da arte plumária considerados adornos, isto é, eles têm a função de enfeite entre os povos indígenas.
- Que objetos ou peças de vestuário podem ser considerados adornos na sua comunidade? _____.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Na sua opinião, que outra função têm os adornos, além de enfeitar? _____.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Reflita sobre as roupas e os acessórios que você
gosta
ou gostaria de usar. Você acha que eles fazem parte da sua identidade? Faça um desenho para representar o que você pensou.
- _____
PROFESSOR
Desenho pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR04
Orientações e comentários das atividades
- Chame a atenção dos estudantes para o modo como os adornos indígenas são utilizados: os cocares, na cabeça; os brincos, nas orelhas; os braceletes, nos punhos etc. Faça um paralelo com os itens que fazem parte da cultura atual do vestuário não indígena. Pergunte a eles se gostam ou conhecem alguém que gosta de usar boné, ou outro tipo de chapéu, colares, brincos ou pulseiras.
- Alguns itens do vestuário considerados adornos podem ter funções objetivas. Bonés e chapéus, por exemplo, podem proteger o rosto do sol. Esclareça que os adornos fazem parte da identidade de uma pessoa, ou seja, como ela se reconhece, se sente e se compreende no mundo. Os adornos também podem comunicar que aquela pessoa faz parte de um grupo que usa determinadas roupas ou acessórios.
- Promova uma reflexão sobre a maneira como os estudantes gostam de se vestir, ou os acessórios que gostam de usar. Comente que essa é uma forma de manifestar-se culturalmente. Estimule-os a reconhecer-se e valorizar suas próprias escolhas, assim como apreciar e respeitar as
escolhas
dos outros, sejam colegas de turma, sejam pessoas de grupos culturais mais distantes.
Os adornos indígenas são muito variados e têm funções estéticas, simbólicas e ritualísticas. Assim como em todos os povos, o modo de se vestir é um componente importante da cultura e estabelece também uma função identitária. É importante refletir com os estudantes sobre a maneira como eles se vestem e o quanto o ato de se vestir comunica e reflete a própria identidade.
Estimule-os também a pensar como esse ato cria identificações de um indivíduo com o grupo ao qual pertence, como um grupo social que faz parte de uma mesma classe econômica, os apreciadores de um estilo de música, os torcedores de um time esportivo, entre outros.
A ideia não é afirmar que os adornos indígenas cumprem exatamente a mesma função que o vestuário em outras culturas, mas pensar aproximações e diferenças. Ao refletir sobre a identidade, sua aproximação com determinados grupos e a diferença em relação aos demais, os estudantes poderão, além de conhecer-se, também aprender a respeitar e valorizar a diversidade humana.
MP113
Pintura corporal
Para pintar o corpo, os indígenas utilizam tintas naturais, preparadas com folhas e frutos.
As cores mais usadas são a vermelha, feita com o urucum moído, e a preta, extraída do jenipapo.
Há tribos que utilizam cores diferentes em crianças e em adultos. Os desenhos também têm diversos significados. Por exemplo, existem desenhos feitos para comemorações e outros usados exclusivamente em rituais.
LEGENDA: Indígena da etnia Waurá com cabelos pintados e pintura corporal como preparativo para o Quarup. Aldeia Piyulaga, Gaúcha do Norte (MT), 2019. FIM DA LEGENDA.
Música e dança
A música e a dança têm um papel importante na vida social das tribos indígenas. Eles cantam, dançam e tocam nos rituais e também para celebrar fatos do dia a dia. São várias as ocasiões de festejo: as boas colheitas e pescarias, a chegada dos adolescentes à idade adulta e os rituais para homenagear os mortos ou espantar doenças e malefícios.
Entre os rituais e danças mais conhecidos dos indígenas brasileiros estão o Toré e o Quarup.
LEGENDA: Indígenas Pankararu trajados como as personagens místicas conhecidas por praiás, durante o Toré. Aldeia Brejo dos Padres, Tacaratu (PE), 2014. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Pintura corporal
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25
Comente com os estudantes que a pintura corporal exerce muitas funções. Uma delas, talvez a mais fácil de supor, é a busca da beleza, agregando ao corpo a alegria e a vivacidade das cores da natureza. Além disso, a pintura contribui para espantar os insetos e proteger a pele dos raios solares. No entanto, uma das principais funções da pintura corporal, de caráter eminentemente simbólico, é afastar os maus espíritos e situar o indivíduo no grupo social. Nesse caso, a pintura corporal determina o momento por que passa o membro da comunidade, que pode ser de transição (rito de passagem), reclusão, luto, casamento, nascimento (pintar o corpo de uma criança indígena é o primeiro ato que representa sua socialização no grupo), entre outros.
Sugestão de atividade complementar
Aproveite o tema da música e da dança para apresentar aos estudantes a obra da cantora, compositora e pesquisadora da cultura indígena brasileira Marlui Miranda (1949-). Nascida em Fortaleza, no Ceará, ela tem diversas canções gravadas com temas indígenas, que podem ser encontradas na internet.
Solicite aos estudantes que, em grupos, realizem uma pesquisa sobre a trajetória e a música de Marlui Miranda. Durante a apresentação do trabalho, podem ser colocadas como fundo musical algumas das canções pesquisadas por eles.
MP114
A dança do Quarup é um ritual de reverência aos mortos praticado por povos indígenas do Alto Xingu, em Mato Grosso.
Os homens dançam e cantam em frente a troncos de árvore que representam os mortos homenageados. Esses troncos são colocados no local onde os mortos foram enterrados.
Em nosso folclore, há muitas danças e ritmos de origem indígena, como o cururu, dança de origem tupi-guarani.
LEGENDA: Indígenas Waurá celebrando o Quarup. Aldeia Piyulaga, Gaúcha do Norte (MT), 2019. FIM DA LEGENDA.
Instrumentos musicais
Os indígenas também produzem os próprios instrumentos musicais, como flautas, trombetas, tambores e chocalhos.
LEGENDA: Flautas de diversas etnias indígenas (medidas aproximadas, da esquerda para a direita - flautas: 55 cm, 34 cm, 37 cm e 26 cm; flautas nasais: de 5 a 10 cm de diâmetro; flauta de Pã: 35 cm; flauta tríplice de bambu: 19 cm). Museu Paulista da Universidade de São Paulo, São Paulo (SP). Sem data. FIM DA LEGENDA.
Os instrumentos musicais não estão reproduzidos na proporção real.
Converse com os colegas e, depois, registre sua resposta.
- De tudo o que aprendeu sobre a arte indígena, do que você mais gostou? Por quê? _____.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Orientações
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR25
Comente com os estudantes que o Parque Indígena do Xingu, território onde se realiza o ritual do Quarup, foi criado em 1961 por iniciativa dos irmãos Villas-Bôas – Orlando (1914 -2002), Cláudio (1916-1998) e Leonardo (1918-1961). Essa foi a primeira terra indígena reconhecida pelo governo federal, que abriga 16 etnias e é considerada pela Unesco a região de maior variedade linguística do país.
Observe a visão original das autoras do livro Arte na educação escolar a respeito da relação dos indígenas com a música.
[...] O indígena sempre se sensibilizou perante a música, seja ela nativa ou a do português, isto desde as suas primeiras manifestações.
A música do indígena tinha a cor do cotidiano. A todo ritual haveria de existir uma musicalidade muito específica. Os fatos exigiam uma celebração e assim a música entrava como componente natural deste mesmo ritual. Mas, se o rito indígena levaria uma carga musical, os colonizadores também celebraram a ocupação do solo brasileiro com seu ritual de fé cristã, através do ofício da Santa Missa. Esta também não estaria desprovida de um forte componente musical: os hinos. Confrontam-se, pois, neste momento, os dois ritos. [...]
Fonte: FERRAZ, Maria Heloisa C. de; FUSARI, Maria F. de Rezende e. Arte na educação escolar. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2010. p. 131.
MP115
Para fazer com os colegas
Agora, vamos criar uma representação teatral inspirada naquilo que aprendemos até aqui, retomando os conteúdos e relembrando nossas experiências.
Ouça o professor e siga as orientações do roteiro.
- O professor organizará uma roda com a turma para que vocês conversem sobre os temas que mais chamaram atenção de todos nos três últimos capítulos deste livro. Lembrem-se das lendas que ouviram e das histórias que criaram.
- Depois de participar da roda, forme um grupo. Decidam que história querem contar. Conversem sobre qual situação ou quais acontecimentos vocês representarão, quais são as personagens que vivem essa situação e em que lugar se passa a história.
- Escolham uma intervenção que envolva o uso de uma tecnologia e que deverá ocorrer durante a apresentação. Vocês podem usar sons gravados como elementos da narração ou da sonoplastia, ou podem inserir, em vídeo, uma personagem que entrará em cena.
- Com diferentes materiais, de preferência que possam ser reutilizados, criem máscaras ou adereços para suas personagens.
- Ensaiem a peça quantas vezes for necessário, utilizando os adereços e as gravações em áudio ou vídeo.
- Apresentem para a turma a sua criação e apreciem a criação dos demais colegas.
- Após a apresentação de todos os grupos, conversem sobre as descobertas que fizeram com este trabalho.
MANUAL DO PROFESSOR
Para fazer com os colegas
HABILIDADES DA BNCC EF15AR20; EF15AR21; EF15AR26
Inicie a atividade com uma conversa sobre o que foi estudado e relembre as produções e criações da turma durante o ano letivo. Estimule os estudantes a refletir sobre a importância dos temas e peça que estabeleçam relações com suas vivências cotidianas, histórias que conhecem, personagens com os quais se identificam.
Depois, forme grupos e escolham uma história para representar. Relembre alguns elementos que constituem a linguagem do teatro, tais como situação dramática, personagens e cenário.
Peça a eles que imaginem como podem utilizar recursos tecnológicos em suas representações. Prepare com antecedência os equipamentos disponíveis. Estimule-os a refletir sobre o modo como esses recursos podem ajudar a contar essa história. Uma gravação pode contar o passado ou mostrar algo que acontece fora da cena. Um áudio pode servir para representar um ser invisível e dar voz a ele. Um vídeo pode ajudar na criação de um ser fantástico. Depois de orientá-los, solicite a cada grupo que escolha apenas uma possibilidade. Auxilie os grupos a realizar as gravações.
Se os estudantes não tiverem muita familiaridade com teatro ou com a utilização de meios tecnológicos, é possível que apresentem dificuldades em utilizar esses recursos. Nesse caso, faça sugestões específicas para cada grupo e explique o efeito que ocorrerá no final. Se possível, sugira mais de uma possibilidade, para que possam escolher a que acharem mais interessante.
Quando for a hora de escolher as máscaras e os adereços, solicite que revejam o que foi produzido em atividades anteriores e decidam o que pode ser reaproveitado.
Incentive-os a buscar soluções simples. Relembre que, no teatro, um simples adereço, como um bracelete ou um colar, pode ser suficiente para identificar uma personagem, deixando o público livre para usar a imaginação.
Com o material em mãos, disponibilize um tempo para os ensaios. Oriente-os a fazer combinados sobre a sequência dos acontecimentos, deixando espaço para a improvisação. A ideia não é decorar um texto e criar marcações de movimentos, mas experimentar uma estrutura que ajude no improviso.
Organize a turma de maneira que haja tempo para a apresentação de todos os grupos. No final, organize uma roda de conversa sobre as experiências, o aprendizado e as dificuldades de cada um. Pergunte se houve colaboração entre os integrantes de cada grupo e também com os outros grupos.
MP116
Comentários para o professor:
Conclusão
O capítulo traz referências de diferentes povos indígenas do Brasil, enfatizando objetos e práticas culturais e as respectivas estéticas. Espera-se que os estudantes reconheçam a importância dos povos, bem como a presença da matriz indígena na cultura brasileira. É esperado também que apreciem e valorizem a diversidade, que compreendam e estabeleçam relações entre diferentes contextos e mobilizem seu conhecimento para a criação nas linguagens artísticas. Para terminar, espera-se que os estudantes retomem os aprendizados dos dois capítulos anteriores, este incluído, e consigam exercitar a criação de maneira autônoma e propositiva.
A avaliação formativa deve ser realizada de maneira contínua durante o ano letivo, apoiada pelas atividades do capítulo e pelas sugestões de atividades presentes no Manual do Professor. A ficha de avaliação pode contribuir para auxiliar no mapeamento das aprendizagens e dificuldades que surgirem. No caso de persistirem dificuldades no final do processo, é sugerida a realização da atividade de remediação, presente nesta conclusão.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Ficha de avaliação - Capítulo 5 |
|||||
---|---|---|---|---|---|
Habilidades |
Objetivos |
Bem |
Parcialmente |
Pouco |
Observações |
(EF15AR01) |
O estudante identifica e valoriza os diferentes elementos estéticos e culturais presentes nas artes indígenas? |
||||
(EF15AR25) |
O estudante reconhece objetos e práticas da cultura indígena como patrimônio cultural brasileiro? |
||||
(EF15AR03) |
O estudante relaciona os conteúdos do capítulo com seu repertório, reconhecendo a influência da matriz indígena em diferentes expressões artísticas? |
||||
(EF15AR04) |
O estudante mobiliza os conteúdos apresentados em suas práticas em sala de aula de maneira criativa e consciente? |
||||
(EF15AR20) e (EF15AR21) |
O estudante relaciona e mobiliza os conteúdos abordados nos três últimos capítulos para a criação de uma cena de modo criativo e colaborativo? |
||||
(EF15AR26) |
O estudante utiliza de maneira criativa os recursos tecnológicos disponíveis, de acordo com seu repertório e possibilidades, para a criação de uma cena? |
MP117
Atividade de remediação
Esta atividade pode ser feita individualmente ou em duplas, conforme as necessidades da turma. Os estudantes deverão produzir um adorno para si, utilizando materiais recicláveis. Solicite que retomem o capítulo observando atentamente as fotografias. Peça que comentem o que acharam mais interessante sobre a cultura indígena. A ideia é que eles criem objetos inspirados pelos exemplos, sem intenção de copiar as imagens. Eles devem observar as cores, os formatos, os materiais e o uso dos adornos indígenas e tomar esses elementos como ponto de partida, podendo relacionar com o próprio repertório. Oriente-os e auxilie-os durante toda a atividade. Faça furos ou cortes nos adornos que sejam mais difíceis de executar, para evitar que os estudantes se machuquem. No final, peça a eles que retomem os conteúdos do capítulo, consolidando seus conhecimentos e utilizando-os como ponto de partida para suas criações.
MP118
O que aprendemos
Olá! Agora você fará algumas atividades e descobrirá que já aprendeu muitas coisas!
- A civilização maia produziu grandes pinturas murais. Você já viu alguma obra de arte na atualidade que se parece com as pinturas murais? Justifique sua resposta. _____.
PROFESSOR
Sugestão de resposta: Painéis e grafites, pois são realizados em muros ou em extensas paredes, como nos prédios de grandes cidades.- Nas sociedades pré-colombianas a música era muito importante. Que funções a música tinha naquela época? E na sociedade atual, a música tem as mesmas funções? _____.
PROFESSOR
Resposta: A música tinha funções rituais, artísticas e sociais. Essas funções ainda estão presentes na sociedade atual.- Dê exemplos de eventos em que a música é um elemento importante. _____.
PROFESSOR
Sugestões de resposta: Festas de aniversário, eventos esportivos, eventos religiosos etc.MANUAL DO PROFESSOR
O que aprendemos
Avaliação processual
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR03; EF15AR13
- Uma das possibilidades é que os estudantes relacionem a pintura mural a outras manifestações artísticas que utilizem suportes parecidos, estudadas em anos anteriores. Contudo, a pergunta é aberta e eles podem relacionar a obra com base no tema (a música, por exemplo) ou em elementos, como as formas animais. Até mesmo as cores podem ser objeto de comparação. Observe se eles conseguem estabelecer relações entre a pintura mural e os painéis e os grafites, que também são produzidos em espaços grandiosos, e justificar sua resposta.
- Peça aos estudantes que localizem o assunto e identifiquem a resposta no livro. Na segunda parte da questão, eles
devem
imaginar situações semelhantes na atualidade, mesmo que não sejam exatamente iguais ao
contexto
das sociedades pré-colombianas.
Estimule-os a pensar em situações que façam parte do cotidiano, reconhecendo as diferentes funções sociais da música. Peça a eles que estabeleçam relações entre esse tema e o que estudaram no ano anterior, refletindo sobre o modo como a música pode fazer parte da nossa identidade.
MP119
Avaliação processual
- A argila é um material utilizado por diversos povos desde a Antiguidade. Assinale a alternativa que não corresponde a esse material.
- ( ) É fácil de ser moldado.
- ( ) É facilmente encontrado na natureza.
- ( ) É um material sintético (feito em laboratório ou indústria).
- ( ) Apresenta cores diferentes.
PROFESSOR
Resposta correta: É um material sintético (feito em laboratório ou indústria).- Como as cerâmicas marajoaras eram tingidas? _____.
PROFESSOR
Resposta: Era aplicada uma mistura de argila diluída em água e pigmentos naturais, como o urucum, nas peças ainda úmidas.- No capítulo 3, você criou uma história inspirada nas lendas que ouviu. Relembre a criação do seu grupo e faça um desenho que represente as personagens que vocês inventaram.
- _____
PROFESSOR
Desenho pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
HABILIDADE DA BNCC EF15AR04
- As alternativas a e d são localizáveis no texto e podem ser eliminadas. Para escolher entre as alternativas b e c, os estudantes deverão mobilizar seus conhecimentos e realizar uma inferência direta. Caso tenham dificuldades nesta etapa, pergunte a eles se a argila é um material natural ou é produzido em laboratório. Depois, pergunte se esse material é facilmente encontrado na natureza. Dessa maneira, espera-se que eles sejam capazes de chegar à alternativa correta.
- Caso os estudantes não consigam responder recorrendo apenas à memória, peça que procurem no texto do livro a resposta sobre as cerâmicas marajoaras.
- Observe se os estudantes se lembram e se apropriaram do enredo das lendas que originaram as histórias. Estimule-os a pensar sobre os elementos usados para compor as personagens (roupas, adereços, traços de animais etc.), sobre as cores que querem utilizar no desenho e o que elas representam, e se desejam criar um cenário ou desenhar outros elementos. Fique atento ao modo como ocupam o espaço destinado ao desenho na página.
MP120
Para terminar
Para encerrar o trabalho com este livro, faça as atividades a seguir com atenção.
- No início do ano, foram estudadas as cores primárias, secundárias e terciárias. Também foi feita uma reflexão sobre como as cores são capazes de gerar emoções nas pessoas. Pense sobre como você se sente ao terminar o ano e faça um desenho utilizando as cores que representam essa sensação para você.
- _____
PROFESSOR
Desenho pessoal.- Qual obra de arte você mais gostou de conhecer neste ano? Escreva o nome da obra, o nome do artista e faça um comentário sobre ela. _____.
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Para terminar
Avaliação de resultado
HABILIDADES DA BNCC EF15AR01; EF15AR02; EF15AR04
- Inicie esta etapa propondo à turma uma conversa para relembrar as experiências e aprendizagens desenvolvidas durante o ano. Selecione algumas produções realizadas pelos estudantes, ou fotografias das atividades registrando esses momentos, e mostre para a turma. Retome o assunto das cores e pergunte a eles como relacionam as cores com as sensações, as emoções e os sentimentos; peça que transportem essa percepção para o desenho. Destine um tempo para que cada um se concentre no próprio desenho. Ao avaliar os trabalhos, verifique se eles usaram as cores de modo intencional e por que escolheram determinados elementos para representar as sensações e os sentimentos. Se achar conveniente, escolha alguns estudantes e peça que contem no que pensaram ao criar seus desenhos.
- Verifique se os estudantes utilizaram as legendas para buscar informações referentes à obra, citando o título e reconhecendo o nome do artista. Observe também se eles procuraram outras informações, possivelmente presentes no livro, como a biografia do artista ou o contexto da obra. Analise se eles são capazes de localizar e organizar essas informações. Caso seja necessário, pergunte sobre o autor ou a obra ajudando-os a localizar as respostas no texto. Peça aos estudantes que inicialmente respondam em voz alta e depois registrem suas respostas por escrito.
MP121
Avaliação de resultado
- Neste ano, você também conheceu diferentes povos que, desde a Antiguidade, criam objetos e pinturas com materiais encontrados na natureza. Em algumas atividades, você também explorou materiais naturais. Que materiais foram esses? Escreva um comentário refletindo sobre suas experiências. _____.
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Faça um desenho que represente esses materiais.
- _____
PROFESSOR
Resposta: Desenho pessoal.- Leia as perguntas com atenção e responda marcando com um
X
.
- Quadro: equivalente textual a seguir.
Sim |
Não |
Às Vezes |
|
---|---|---|---|
Foi prazeroso aprender novos conteúdos este ano? |
|||
O grau de dificuldade na execução das tarefas aumentou? |
|||
Percebi mudanças significativas no desempenho das atividades corporais? |
|||
Meu relacionamento com o grupo evoluiu positivamente? |
|||
Houve cooperação entre os colegas na execução das tarefas mais difíceis? |
MANUAL DO PROFESSOR
HABILIDADES DA BNCC EF15AR04; EF15AR06
- É esperado que os estudantes se lembrem dos pigmentos naturais utilizados para realizar a atividade de pintura no capítulo 4 e dos materiais coletados para a colagem no capítulo 2. Na segunda parte da pergunta, os estudantes podem responder ressaltando as dificuldades e as descobertas no processo criativo ou estabelecer relações entre aquilo que produziram e os conteúdos aprendidos no livro. Essas respostas podem expressar desde as relações com as questões históricas e patrimoniais, até o cuidado com a natureza e o meio ambiente. A pergunta é aberta; portanto, a avaliação deve levar em conta se o estudante estabelece relações entre sua prática e os conteúdos aprendidos e se é capaz de verbalizar essas relações. Caso responda com frases muito curtas, limitando-se a dizer se gostou ou não gostou, estimule-o a desenvolver o diálogo, perguntando a ele por que gostou, ou não, bem como encaminhando de modo a levá-lo a lembrar-se de detalhes do processo criativo.
- Se necessário, auxilie os estudantes na leitura e na compreensão das questões.
A autoavaliação a cada ano é importante porque possibilita a cada um deles perceber sua evolução durante o ano letivo, não só no desenvolvimento físico como também no que diz respeito à aprendizagem, tendo em vista que, no próximo ano, atingirão uma etapa escolar mais avançada.
MP122
Vamos ler
Meu livro de Arte – Tudo sobre as cores
Rosie Dickins.
São Paulo: Usborne, 2015.
Esse livro apresenta uma introdução divertida ao mundo da arte. O leitor vai descobrir como os pigmentos e as tintas surgiram e como foram utilizadas por artistas famosos. Para despertar o interesse do leitor, são apresentadas diversas obras de arte, além de curiosidades e fatos divertidos sobre a história da arte mundial.
As cores de Van Gogh
Claire Merleau-Ponty.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2008.
O artista Vincent Van Gogh morreu sem ver sua arte reconhecida como é atualmente. Mas pintou 879 quadros, que posteriormente se tornaram extremamente famosos. Esse livro apresenta aos leitores vários desses quadros e muita informação sobre o artista e a época em que ele viveu.
Uma cor, duas cores, todas elas
Lalau e Laurabeatriz.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997.
Nesse livro, o leitor encontrará poemas ilustrados que falam de cada cor. Azul é a cor da Terra. Vermelho é a cor do fogo. Amarelo é a cor do sol.
Cada cor tem sua beleza, cada uma desperta nossa imaginação. E, juntas, elas alegram ainda mais a nossa vida.
Cores, jogos e experiências
Ann Forslind.
São Paulo: Callis, 2011.
De onde vêm as cores? O que acontece quando elas se misturam? Esse livro responde a essas perguntas e faz o leitor entrar no mundo das cores por meio de descobertas e experiências apaixonantes.
MP123
Érica e os girassóis
James Mayhew.
São Paulo: Moderna, 2002.
Essa é uma verdadeira aventura em um museu de arte. Tudo começa quando Érica, uma garota cheia de imaginação, tenta pegar algumas sementes de girassol do quadro de Van Gogh.
A menina de uma pintura ao lado sai da tela e tenta ajudá-la, mas tudo se complica quando um cachorrinho entra na história. Você vai se divertir muito com o livro e ainda aprender coisas novas nesse passeio ao museu.
Encontro com Krajcberg
Rosane Acedo e Cecília Aranha.
São Paulo: Formato, 2019.
Esse livro coloca o leitor em contato com a vida e a obra do artista polonês Frans Krajcberg.
Ele morou no sul da Bahia desde a década de 1970 até 2017, quando morreu, e lá manteve o ateliê. O artista denunciou, por meio das obras que criou, o descaso com as florestas e a incapacidade da sociedade de proteger seu patrimônio natural e humano.
Arte rupestre
Hildegard Feist.
São Paulo: Moderna, 2010.
Nesse livro, a autora trata da arte rupestre, daquelas imagens desenhadas, pintadas ou gravadas por homens pré-históricos em pedras e cavernas. Muitos desenhos que eles fizeram sobreviveram ao tempo e hoje podem ser observados. Para essa obra foram selecionadas algumas das mais famosas e mais impressionantes artes rupestres.
MP124
Vamos ler
Rupi! O menino das cavernas
Timothy Bush.
São Paulo: Brinque-Book, 2002.
Nesse livro, você vai conhecer a história de Rupi, um menino das cavernas que, por não ter habilidade para caçar, enfrenta preconceitos da tribo dele. Um dia, porém, Rupi descobre que seus desenhos são mágicos e consegue, com isso, ganhar o respeito e a admiração de todos, levando a tribo a uma nova forma de subsistência.
A Pré-História passo a passo
Colette Swinnen.
São Paulo: Claro Enigma, 2014.
Como surgiu a espécie humana? Quem foi Neanderthal? Desde a aparição do primeiro homem na Terra até o surgimento do Homo sapiens, passaram-se milhões de anos. Esse livro apresenta, de maneira simples e completa, esse vasto e rico período da História e as ciências que o estudam.
Irakisu – o menino criador
Renê Kithãulu.
São Paulo: Peirópolis, 2002.
Os mitos estão muito presentes nas sociedades indígenas. Esse livro traz algumas histórias dos povos tradicionais e que revelam a verdadeira dimensão do existir.
Arte indígena
Hildegard Feist.
São Paulo: Moderna, 2010.
Esse livro traz expressões artísticas tradicionais de vários povos indígenas. A autora selecionou alguns exemplos bem interessantes, bonitos e significativos da arte plumária, da pintura corporal, da cerâmica e de outras manifestações artísticas dos indígenas brasileiros.
MP125
Sou indígena e sou criança
César Obeid.
São Paulo: Moderna, 2014.
Nesse livro, o leitor vai conhecer a história de uma criança indígena brasileira que faz muitas coisas que toda criança faz, mas com uma diferença: a criança indígena não perdeu o contato com a natureza, não tirou o pé da terra e sabe escutar os sinais da floresta.
Coisas de índio – versão infantil
Daniel Munduruku.
São Paulo: Callis, 2003.
Esse livro apresenta um relato sobre as comunidades indígenas do Brasil e possibilita ao leitor sensível compreender toda a riqueza e a pluralidade das coisas de nossos indígenas.
Catando piolhos, contando histórias
Daniel Munduruku.
São Paulo: Brinque-Book, 2006.
Essa obra traz memórias de infância de um menino indígena que fala das tradições do povo Munduruku.
As histórias eram transmitidas oralmente em momentos felizes na aldeia, quando ele, sentado no colo dos mais velhos ou ao lado da fogueira, ouvia histórias enquanto catavam piolhos nos cabelos dele e lhe faziam carinhos na cabeça.
O que é, o que é? – O pajé e as crianças numa aldeia guarani
Luis Donisete Benzi Grupioni.
São Paulo: Moderna, 2014.
Nesse livro, o autor mostra como é o Mbaravija, ou adivinhação. Nessa arte tradicional, os indígenas mais velhos de uma aldeia fazem perguntas aos que estão em volta deles para estimular a busca por respostas.