UNIDADE 3. As plantas

Objetivos da unidade

• Reconhecer as plantas como seres vivos que respondem a estímulos do ambiente.
• Compreender que, para viver, as plantas precisam de água, ar, solo e luz.
• Conhecer as diferentes partes de uma planta.
• Observar a variedade de formas das diferentes partes das plantas.
• Compreender que as plantas têm ciclo de vida.
• Conhecer e identificar as mudanças no corpo da planta ao longo do desenvolvimento.
• Identificar as plantas como parte da dieta dos seres humanos.
• Conhecer as partes das plantas utilizadas na alimentação.
• Reconhecer usos das plantas pelos seres humanos na construção, indústria, como combustível e medicamentos.

  Para iniciar o trabalho com esta unidade, se possível, realize uma visita a um jardim botânico ou parque da cidade. Prepare um roteiro em que os estudantes possam observar diferentes tipos de planta, a estrutura de uma planta e os ambientes em que elas vivem.

  BNCC em foco:

  EF02CI01, EF02CI04, EF02CI05, EF02CI06

Vamos conversar

1. Essa pergunta inicial requer que os estudantes explorem a imagem e reconheçam que as plantas podem apresentar características semelhantes e diferentes. Verifique, por exemplo, se eles reconhecem que muitas plantas apresentam estruturas semelhantes, como raiz, caule, folhas, flores e frutos, mas tais estruturas podem ser diferentes quanto à forma, à cor e ao tamanho, por exemplo.

2. A parte da planta que é alimento para o bem-te-vi é o fruto.

3. A parte da planta em que a abelha está procurando alimento é a flor.

4. A parte da mangueira que fica dentro do solo é a raiz. Os estudantes não precisam descrever as funções de uma raiz, apenas citá-las. Estimule-os a pensarem nas funções que essa estrutura pode ter e verifique se eles mencionam a absorção de água e nutrientes e de fixação da planta ao solo.

5. Nessa questão, os estudantes vão demonstrar conhecimentos prévios sobre os alimentos que eles consomem e que são partes de plantas. Incentive-os a citarem exemplos e conduza a conversa de forma que eles percebam que consumimos partes diferentes das plantas.

   Ao explorar a imagem desta abertura, os estudantes poderão encontrar muitos detalhes; assim, estimule-os a observarem a imagem como um todo e valorize o olhar de cada um.

   Pergunte aos estudantes se eles já observaram aves comendo algum tipo de fruto e peça a eles que contem o que viram.

   Aproveite a oportunidade para saber se os estudantes já repararam em abelhas sobre as flores. Questione se elas são todas iguais, o que buscam nas flores e com qual finalidade. Parte desse conteúdo será trabalhado na seção Para ler e escrever melhor.

   Peça aos estudantes que desenhem uma árvore semelhante à mangueira, da abertura, e representem a sua raiz. Antes que eles façam o desenho, pergunte como eles acham que é uma raiz, se ela é grande, se fica na parte superficial do solo ou se é muito profunda, se é grossa ou fina.

Objetivos da seção

• Construir uma horta.
• Trabalhar em grupo, dividir tarefas e colaborar com os colegas.
• Observar o ciclo de vida e o corpo das plantas.
• Fazer desenhos de observação.

  A construção de uma horta será o ponto de partida para o estudo das plantas e de suas necessidades, e permitirá explorar aspectos das habilidades EF02CI05 e EF02CI06. Assim, inicie a leitura da atividade e pergunte se algum estudante cultiva ou já cultivou plantas alimentícias em casa e faça um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes a partir de questões como: “Que cuidados devemos ter com as plantas?”; “O que precisamos providenciar para o plantio?”.

  Providencie os materiais indicados na atividade. Pode-se optar pela compra de sementes ou por usar sementes coletadas diretamente dos frutos. Caixas de madeira ou vasinhos de plástico podem ser usados no lugar das garrafas plásticas. Galões de água de 5 litros, cortados ao meio, são excelentes para essa atividade, por serem transparentes e possibilitarem a observação das raízes.

  Oriente os estudantes a registrarem suas observações. Forneça folhas de sulfite para que eles façam seus desenhos e, também, descrevam e comparem o tamanho e o formato dos diferentes vegetais. Enfatize a necessidade de colocar legendas nos desenhos de observação para identificar as partes das plantas. Reserve e organize os diferentes registros dos estudantes feitos ao longo do período de observação para utilização posterior.

  Para você acessar

  MINISTÉRIO da Saúde. Manual para escolas – Horta. Disponível em: http://fdnc.io/cM. Acesso em: 6 maio 2021.

  Publicação que apresenta formas de implantar uma horta na escola, como cuidar dela, a época de cultivo e o tempo esperado para a colheita de algumas hortaliças.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI05, EF02CI06

  Orientações de plantio e cuidados com a horta. Caso não seja possível comprar sementes industrializadas, sugerimos o plantio de feijão ou tomate-cereja. Esses dois vegetais são simples de germinar e favorecem a observação da floração e da frutificação, que ocorrem entre dois e três meses da semeadura.

  Os vegetais listados nos quadros a seguir são de fácil acesso e cultivo e se desenvolvem bem em hortas caseiras. Demoram de dois a três meses entre germinação, crescimento e colheita.

Quando as mudas estão pequenas, é importante não deixá-las expostas ao Sol durante um período prolongado, pois ainda são muito sensíveis. O ideal é escolher um local que receba iluminação natural em apenas um período do dia, de preferência pela manhã. Uma forma de protegê-las é colocar uma tela apoiada em estacas sobre as mudas.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Reserve um espaço na escola no qual a horta poderá ficar sem que outros estudantes mexam nela e com boa luminosidade natural.

O objetivo das atividades 1 e 2 é incentivar o desenvolvimento da capacidade de proposição de hipóteses pelos estudantes.

• Atividade 1. Espera-se que os estudantes respondam que as plantas poderão morrer se não forem regadas.
• Atividade 2. A horta deve ser montada em um local bem iluminado, porque as plantas usam a luz do Sol como fonte de energia para produzir seu alimento.
• Atividade 3. Essa pergunta está relacionada com a concepção de trabalho em equipe dos estudantes. Espera-se que eles notem que nem todos estavam ajudando, pois um menino brincava enquanto os outros trabalhavam. Ter a consciência de que todas as pessoas do grupo devem cooperar na realização do trabalho é importante para o desenvolvimento de inteligência emocional, que determina a capacidade de gestão e de relacionamento interpessoal. Essa atividade permite trabalhar com a competência geral 9.

  Os cuidados com a horta e sua observação deverão se estender por um período maior que o restrito ao estudo desta unidade. Não é preciso adiar o estudo de capítulos e unidades; podem-se fazer as observações e retomar os conhecimentos estudados em momentos reservados para esse fim, em paralelo a outros estudos.

  Para completar a atividade, é necessário que os estudantes acompanhem a evolução do experimento para ver como as sementes plantadas vão germinar. Ao final da unidade, quando as hortaliças tiverem crescido, eles poderão montar um cartaz com desenhos ou fotografias para mostrar as diferentes etapas do desenvolvimento das plantas.

Objetivos do capítulo

• Reconhecer as plantas como seres vivos que respondem a estímulos do ambiente.
• Compreender que, para viver, as plantas precisam de água, ar, solo e luz.

  Para contextualizar o trabalho deste capítulo e desenvolver aspectos das habilidades EF02CI05 e EF02CI06, retome com os estudantes os cuidados que eles tiveram ou estão tendo com a horta proposta na seção Investigar o assunto. A essa altura, eles já devem ter construído uma noção das necessidades vitais das plantas e de seu ciclo de vida.

  Destaque que, de maneira geral, todas as plantas necessitam de nutrientes presentes no solo, de água, de ar e de luz solar. Explique aos estudantes que cada planta necessita de determinada quantidade de água e de intensidade de luz, ou seja, esses fatores variam e são fundamentais para que as diferentes espécies se desenvolvam adequadamente. Comente também que determinados tipos de solo são bons para o desenvolvimento de algumas plantas, mas não são adequados para o crescimento de outras.

• Atividade 1. Os estudantes devem pintar as lacunas de: gás carbônico, água, gás oxigênio, nutrientes do solo e ar.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI05, EF02CI06

  Sugestão de atividade: A importância da água para a germinação das sementes

  Você vai precisar de dois pequenos recipientes de plástico transparentes (com tampa). Forre o interior deles com algodão e deposite três sementes de feijão em cada um. Use sementes novas, pois sua viabilidade (taxa de germinação) é maior. Coloque os dois recipientes em um ambiente que receba iluminação do Sol. Um dos recipientes deve estar com o algodão sempre seco, enquanto o outro deve ser mantido umedecido. Faça pequenos furos na tampa para permitir a entrada de ar.

Registre diariamente informações sobre a germinação usando uma tabela. Anote a data, a hora e o tamanho das plântulas, caso tenham germinado. Discuta com os estudantes a importância de adotar uma metodologia e ter um controle durante o experimento. É esperado que apenas as sementes mantidas nos recipientes úmidos germinem.

Trabalhe com a turma o gênero história em quadrinhos (HQ). Nesse tipo de texto, a mensagem exposta graficamente é tão importante quanto o texto verbal. Acompanhe a leitura da fala das personagens feita pelos estudantes, incentivando a leitura das imagens, e certifique-se de que todos compreendem a história. Para isso, peça a eles que recontem a história para você ou para os colegas.

Mostre aos estudantes que o quadrinho usa um humor exagerado: a garota adubou sua planta com cocô de elefante (animal grande) e, por isso, a planta cresceu muito rápido. Para isso, peça a eles que se atentem à forma como o pé de feijão é representado e comparem suas características com as do elefante, analisando os recursos visuais, o humor etc.

• Atividade 2. Essa atividade favorece o desenvolvimento de parte da habilidade EF02CI06, ao permitir aos estudantes que identifiquem a relação das plantas com outros elementos componentes do ambiente.

  Ao final da atividade 2, questione os estudantes como as plantas que estão em ambiente natural fazem para receber nutrientes se não há ninguém para adubar. Explique, então, que restos de seres vivos desses ambientes acabam servindo como adubo.

• Atividade 3. Nessa atividade, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver parte da habilidade EF02CI05. Para isso, eles devem compreender o enunciado e observar que, na imagem, a planta estava aparentemente murcha e com as flores caídas. Os estudantes devem reconhecer que uma planta murcha é uma evidência de que ela não está recebendo água e que regá-la provavelmente vai recuperá-la. Aproveite para comentar que algumas plantas também podem sofrer com o excesso de água.

Objetivos da seção

• Realizar um experimento com plantas, observar e registrar seus resultados.
• Verificar o movimento da planta em direção à luz.

  Nessa atividade, os estudantes vão desenvolver a habilidade EF02CI05, que requer que investiguem o que acontece com plantas na presença e na ausência de luz. Eles também terão a oportunidade de desenvolver a habilidade EF02CI04, ao observar a germinação e o desenvolvimento das partes das plantas.

  Comente com os estudantes que, para realizar qualquer atividade experimental, é preciso ler com muita atenção a lista de materiais e as instruções de como o experimento será realizado. Por isso, leia pausadamente as instruções do Como você vai fazer e certifique-se de que todos entenderam cada etapa do procedimento. Ao final da montagem, explore as hipóteses dos estudantes, perguntando o que deve acontecer com os feijões e o porquê de cada resposta.

  Essa atividade requer acompanhamento diário durante o período de uma a duas semanas. Por isso, recomenda-se elaborar um cronograma para estabelecer as datas de observação. Aproveite essas ocasiões para umedecer o copo, evitando expor o pé de feijão à luz.

  Deixe germinar algumas sementes de feijão expostas à luz para que os estudantes acompanhem seu crescimento (experimento controle). Ao final da atividade, peça a eles que comparem os pés de feijão que permaneceram dentro da caixa com os que foram expostos à luz. Oriente-os a levar em conta a coloração, o formato e o tamanho do caule e das folhas dos feijões germinados nas duas condições.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI04, EF02CI05

  Texto complementar

  Objetivos da experimentação no ensino de Ciências

  […] no ensino de Ciências, as atividades experimentais não devem ser desvinculadas das aulas teóricas, das discussões em grupo e de outras formas de aprender. O que foi exposto em aula e o que foi obtido no laboratório precisam se constituir como algo que se complementa.

Às vezes, isso pode parecer difícil, mas essa unidade é fundamental, pois as atividades experimentais realizadas sem integração com uma fundamentação teórica não passam de ativismo. Considero que uma teoria sem embasamento experimental não permite ao aluno uma compreensão efetiva dos processos de ação das ciências. Isso não significa que seja necessário o uso ininterrupto do laboratório nas aulas de Ciências, pois muitos conceitos importantes não podem ser construídos experimentalmente nos laboratórios usuais das escolas, eis que exigiriam técnicas e aparelhagens muito sofisticadas. No entanto, esses conceitos podem ser trabalhados ativamente pelos alunos por meio da construção de tabelas, gráficos e pelos dados coletados de experimentos realizados por outros. [...]

FONTE: ROSITO, B. A. O ensino de Ciências e a experimentação. In: MORAES, R. (org.). Construtivismo e o ensino de Ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. 3ª ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. p. 197-198.

Os estudantes podem notar que, no caso do feijão, a luz não tem grande influência durante a germinação. Explique a eles que sementes como a do feijão contêm reservas de nutrientes que, em contato com a água, promovem a germinação. Porém, após terem sido consumidas as reservas, as pequenas plantas necessitam de outros nutrientes e luz para continuar seu desenvolvimento e, por isso, provavelmente as plantas mantidas sob a luz solar devem ter se desenvolvido melhor que as mantidas no escuro.

• Atividade 1. Nessa atividade, os estudantes devem observar os resultados obtidos, que podem variar de experimento para experimento. Espera-se que as sementes em local iluminado tenham germinado e as plantas tenham se desenvolvido; já as sementes dentro da caixa com e sem furo, que não tenham germinado ou tenham se desenvolvido menos que as sementes do local iluminado.
• Atividade 2. Estimule os estudantes a compararem os resultados com as hipóteses da etapa Levante suas hipóteses. Responda com eles o que foi previsto e o que não foi. É importante que os estudantes compreendam que as hipóteses podem ser invalidadas pelo experimento e que isso não é um erro, mas sim um acontecimento comum na Ciência, que vai permitir que as hipóteses sejam repensadas e reformuladas.
• Atividade 3. Essa atividade permite verificar se eles desenvolveram adequadamente a habilidade EF02CI05.

Objetivos do capítulo

• Conhecer as diferentes partes de uma planta.
• Observar a variedade de formas das diferentes partes das plantas.
• Compreender que as plantas têm ciclo de vida.
• Conhecer e identificar as mudanças no corpo da planta ao longo do desenvolvimento.

  Comente com os estudantes que o Brasil tem grande riqueza de plantas e que o número de espécies conhecidas cresce a cada ano, conforme os pesquisadores vão descrevendo novas espécies. Alerte-os de que, ao mesmo tempo que novas espécies são descritas, muitas espécies deixam de existir. Isso ocorre em grande parte porque determinadas atitudes dos seres humanos causam degradação ambiental e podem levar algumas espécies de plantas à extinção, assim como acontece com os animais.

  Explique aos estudantes que as partes de uma planta podem ser muito diferentes das partes de outra. Em geral, algumas estruturas costumam ser facilmente reconhecíveis em qualquer planta. É o caso das folhas, do caule, da raiz e das flores. Mas, entre a variedade e plasticidade das plantas, há espécies cuja morfologia não é tão óbvia, oferecendo dificuldade na identificação de suas estruturas.

• Atividade 1. Essa é uma pergunta exploratória para que os estudantes exponham seus conhecimentos prévios. A resposta é pessoal e não é necessário que esteja correta nessa etapa.

  Selecione alguns estudantes para lerem, em voz alta, as legendas referentes a cada parte de uma laranjeira. A leitura da imagem permitirá trabalhar com aspectos da habilidade EF02CI06. Em seguida, peça aos estudantes que desenhem uma planta e que deem nome às suas diferentes estruturas. Esse desenho pode ser feito com base nos conhecimentos que eles já têm ou na observação de plantas em jardins ou levadas para a sala de aula

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI06

  Ervas, arbustos e árvores. As plantas cuja parte aérea apresenta uma estrutura ereta costumam ser classificadas em três categorias – ervas, arbustos ou árvores –, de acordo com o aspecto geral do caule.

  Ervas: são plantas de caule flexível, não lenhoso (o tronco não forma madeira) e parcial ou inteiramente esverdeado. Podem ser anuais ou perenes; no entanto, em muitas das ervas perenes, ou seja, que têm ciclo de vida longo, há mudança anual da parte aérea.

Arbustos: são plantas de porte pequeno ou mediano, com caule mais rígido e lenhoso do que as ervas. O caule é ramificado desde o solo. A maioria dos arbustos é perene.

Árvores: são plantas de caule lenhoso, no qual é possível identificar um eixo principal, o tronco propriamente dito. Do tronco surgem ramificações, os galhos. As árvores são plantas perenes e podem viver por muitos anos.

• Atividade 2. Essa atividade propõe aos estudantes que relacionem o conteúdo trabalhado com as imagens de partes da planta. Ela favorece o desenvolvimento da habilidade EF02CI06, permitindo que os estudantes identifiquem folhas, frutos, raízes e sementes.

  A maioria dos alimentos que consumimos diariamente é de origem vegetal. Peça aos estudantes que pensem em alimentos de origem vegetal e solicite a eles que escrevam na lousa o nome de um desses alimentos. O restante da turma deve tentar identificar qual parte da planta é consumida. Dessa forma, eles vão colocando em prática o reconhecimento das diferentes partes das plantas. Caso seja necessário, sugira outras opções. Veja alguns exemplos:

  Raiz: batata-doce, beterraba, cenoura, mandioquinha (batata-baroa), rabanete etc.

  Caule: batata-inglesa (batata comum), cana-de-açúcar, canela (casca de árvore), gengibre etc.

  Folha: alface, espinafre, louro, orégano, repolho, salsinha etc.

Se possível, peça aos estudantes que recolham folhas de plantas caídas no chão ao longo de uma semana e as levem para a sala de aula. Leve um pedaço de papel kraft e coloque-o no meio da sala. Permita aos estudantes que fixem livremente com fita adesiva as folhas no papel kraft. Depois, solicite a eles que descrevam coletivamente cada folha, como o formato, a cor e o tamanho. Esse tipo de atividade, além de reforçar o conceito de variedade de formas e tamanho de folhas, auxilia no desenvolvimento da habilidade EF02CI06 e no vocabulário dos estudantes.

Comente com eles que o caule é popularmente reconhecido como a parte que está sobre o solo e que sustenta outras estruturas da planta, como folhas, flores e frutos. Entre as funções do caule, podemos citar o transporte de água e nutrientes, a sustentação do corpo da planta, o armazenamento de reservas (água ou nutrientes) e, em alguns casos, a reprodução vegetativa (assexuada). Leia mais informações no texto complementar a seguir.

Na morfologia vegetal, existem diversas classificações de raízes, caules e folhas.

Para o estudante ler

SIQUEIRA, C. Aprendendo a plantar. Barueri: Nobel, 2007.

O livro ensina, de forma simples e interessante, como fazer uma horta.

BNCC em foco na dupla de páginas:

EF02CI06

O caule. De forma geral, os caules podem ser classificados em subterrâneos, aéreos ou aquáticos. Os tipos mais comuns de caule aéreo são os troncos das árvores e dos arbustos e as hastes das plantas herbáceas. Há ainda os caules volúveis, que são relativamente finos e longos, que se enrolam em outros suportes, denominados trepadores, ou crescendo rente ao solo, chamados de rastejantes.

Os caules subterrâneos geralmente armazenam reservas de nutrientes para as plantas, principalmente o amido, um tipo de carboidrato. Entre os caules subterrâneos podemos citar os rizomas, que crescem abaixo do solo, porém horizontalmente e rentes à superfície. Esse caule emite brotos para fora da terra (folhas e estruturas reprodutivas) e raízes no solo. Um exemplo de planta com caule tipo rizoma é a bananeira. Os tubérculos também são caules subterrâneos; são caracterizados por armazenar grande quantidade de reservas. A batata-inglesa, por exemplo, armazena amido. Também há os bulbos, que são caules subterrâneos envolvidos por um conjunto de folhas, como a cebola.

Converse com os estudantes sobre outros exemplos de flores, sementes e frutos. Você pode pedir que eles enumerem novos exemplos, registrando-os na lousa.

• Outros exemplos de flor: alcachofra, brócolis, couve-flor e hibisco.
• Outros exemplos de semente: amendoim, arroz, feijão, milho, gergelim, soja e semente de girassol.
• Outros exemplos de fruto: abacate, abobrinha, laranja, pimentão e tomate.
• Atividade 3. Nessa atividade, os estudantes vão identificar as principais partes de duas plantas. Aproveite para reforçar o trabalho com a habilidade EF02CI06.

  Para complementar, sugerimos apresentar aos estudantes a música “Pomar”, do grupo Palavra Cantada. Essa canção apresenta outros frutos e suas respectivas árvores. O trabalho com música em sala de aula é um importante recurso didático, pois ajuda no desenvolvimento cognitivo dos estudantes, além de ser uma forma divertida e descontraída de aprender.

  Para você assistir

  MARGARET Mee e a Flor da Lua. Direção: Malu de Martino. Petrópolis: Bretz Filmes, 2013.

  O documentário retrata a vida e a obra da artista botânica Margaret Mee. Mostra a última expedição que a artista fez à Amazônia, aos 79 anos, para documentar o desabrochar da Flor da Lua.

O fato de terem realizado a construção da horta no início do estudo da unidade permitirá aos estudantes acompanharem o crescimento de uma planta para compreenderem seu ciclo de vida. Esse é um bom momento para retomar e comparar os registros feitos até o momento.

É possível que alguns estudantes perguntem se todas as plantas se desenvolvem de uma semente. Explique, de forma simplificada, que algumas plantas não têm sementes, mas têm estruturas com função semelhante (os esporos), que podem germinar em solo adequado. É o que acontece, por exemplo, com as samambaias. Mostre, em fotografias ou na planta, os pontos pretos da face inferior de uma folha de samambaia, na qual estão os esporos. Além disso, há casos em que de uma parte da planta pode originar-se uma nova planta. Exemplifique essa técnica de obtenção de mudas citando o caso da violeta, cujas folhas podem originar novos indivíduos por meio de enraizamento. A origem das partes de uma planta e o seu desenvolvimento podem ser relacionados à habilidade EF02CI06.

Auxilie os estudantes na leitura da imagem. Indique a sequência de leitura e como as cotas se relacionam à imagem. Em seguida, escolha alguns estudantes para ler, em voz alta, cada uma das etapas do ciclo de vida. Se julgar pertinente, peça a eles que pesquisem outras plantas e reproduzam seu ciclo de vida por meio de esquemas semelhantes. Compreender esquemas é uma habilidade necessária às Ciências da Natureza e favorece o desenvolvimento da competência específica 2.

BNCC em foco na dupla de páginas:

EF02CI04, EF02CI06

• Atividade 4. Essa atividade favorece o desenvolvimento de parte da habilidade EF02CI04, ao descrever características de fases da vida da planta. A partir da observação das imagens, os estudantes desenvolvem habilidades que englobam a escrita e a ordenação de números naturais, noções fundamentais da Matemática.

  Para auxiliar no trabalho com a habilidade EF02CI04, apresente aos estudantes outras situações em que o termo desenvolvimento poderia ser empregado no contexto da disciplina de Ciências. Por exemplo: o desenvolvimento de um embrião (bebê) na barriga da mãe, o desenvolvimento de uma doença etc. Com o passar do tempo, os seres humanos não apenas crescem em estatura, mas também aprendem a caminhar, sua capacidade de se comunicar aumenta, desenvolvem habilidades manuais, como a escrita e as artes, a prática de esportes etc. É essa noção de desenvolvimento que se espera que os estudantes construam. Ao final, observe se houve melhora na compreensão do termo. Caso persistam equívocos, ofereça outros exemplos e corrija-os.

• Atividade 5. Os estudantes devem, se possível, observar a horta feita no início da unidade antes de responder a essa questão. Espera-se que tenham notado que a raiz foi a primeira estrutura que surgiu a partir da semente.
• Atividade 6. A primeira estrutura que surge durante o processo de germinação é a raiz.

Objetivos da seção

• Ressaltar a importância da polinização para a reprodução da maioria das plantas.
• Trabalhar a compreensão de texto e a organização das informações principais.
• Aprender a transformar as informações de um esquema em um breve texto.

  Comente com os estudantes que, embora a abelha africanizada Apis mellifera seja a mais conhecida no Brasil, ela é uma espécie exótica, introduzida no país no século XIX. Existem centenas de espécies de abelhas nativas com hábitos sociais, conhecidas como “abelhas indígenas” ou “abelhas sem ferrão”.

  Para os estudantes dos anos iniciais, a produção de um texto pode ser um grande desafio. Apesar dessas dificuldades, eles devem ter contato com a leitura, com a interpretação e com a construção de textos, pois essas atividades vão ajudá-los no processo de letramento, na aquisição e na ampliação de vocabulário, no entendimento de conceitos, no planejamento da escrita e na confecção de suas próprias produções textuais. Aos poucos, os estudantes terão maior domínio dos modelos de texto com os quais trabalharam (texto expositivo, descritivo, de exemplos, de causas e consequências, sequencial etc.).

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI04, EF02CI06

  Para você ler

  GARIBALDI, L. A. et al. Aplicações do protocolo de avaliação socioeconômica de práticas amigáveis aos polinizadores no Brasil. Fundo Brasileiro para a Biodiversidade. Rio de Janeiro: Funbio, 2015.

  Artigo sobre a importância do serviço ecossistêmico de polinização na agricultura.

O trabalho com esse texto auxilia no desenvolvimento de duas habilidades: EF02CI04 e EF02CI06, ao falar de características de plantas e animais e também por auxiliar na identificação de partes das plantas.

• Atividade 1. Nas duas primeiras atividades, os estudantes devem localizar as informações apresentadas no texto. Na primeira atividade, verifique se eles relacionam corretamente essas informações com alguns dos aspectos mencionados: o que é, quem faz e como ocorre. Estabelecer tais relações é importante para a compreensão do texto.
• Atividade 2. Nessa atividade, os estudantes devem localizar as informações que completam as sentenças corretamente, o que também indica a compreensão do texto.
• Atividade 3. Os estudantes devem observar o esquema com as informações de dispersão de sementes para compreender como é esse processo. Auxilie-os com perguntas instigadoras como: “Qual é a relação com a polinização?”; “Qual delas acontece antes e qual acontece depois?”. Em seguida, eles devem resumir o processo com frases simples. Sugira aos estudantes que usem alguns dos aspectos mencionados na atividade 1 como guia, ou seja, como “perguntas” a serem respondidas por eles. Esse exercício requer dos estudantes compreensão do processo como um todo, pois só assim será possível interpretar o esquema gráfico e explicá-lo.

  Domínio da linguagem

  Leitura de esquemas. A utilização de esquemas ajuda a estabelecer relações entre os conceitos trabalhados no texto e pode servir como guia de estudo.

Objetivos do capítulo

• Identificar as plantas como parte da dieta dos seres humanos.
• Conhecer as partes das plantas utilizadas na alimentação.

  Inicie este capítulo perguntando aos estudantes qual dos seguintes alimentos eles já provaram ou conhecem: almeirão, feijão, brócolis, mandioca, gengibre e acerola. Verifique também, de acordo com a habilidade EF02CI06, se todos sabem qual parte dessas plantas nós consuminos e qual é a importância de ingerirmos esses alimentos.

  Selecione estudantes para ler os trechos sobre as partes comestíveis das plantas. Verifique se todos percebem que não consumimos as mesmas partes das plantas. Dependendo do alimento, podemos comer as folhas, o caule, a raiz, os frutos e até mesmo as flores. Essas partes podem ser preparadas e consumidas de várias formas. Somando isso à enorme diversidade de plantas, é possível notar que temos muitas opções de consumo de plantas em nossa alimentação, o que traz benefícios para nossa saúde. Verifique se os estudantes conhecem esses benefícios pedindo a eles que respondam à atividade 1.

• Atividade 1. Espera-se que os estudantes reconheçam a importância de consumir plantas, especialmente pelo fato de elas fornecerem nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo. Explique que cada vegetal tem uma composição diferente de nutrientes. Assim, quanto mais diversificada for a alimentação, mais nutrientes estaremos ingerindo.

  Diga aos estudantes que nem todas as plantas podem ser consumidas, pois algumas são tóxicas para o ser humano. Entre elas, antúrio (Anthurium andreanum), jiboia (Scindapsus aureus), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia sp.) e azaleia (Rododendrum indicum).

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI06

  Texto complementar

  Flores que estão no seu jardim, mas podem ser usadas na sua comida

  Diversas espécies de plantas que produzem flores, cujas pétalas e sépalas são comestíveis, estão sendo cada vez mais empregadas na culinária, acompanhando pratos, saladas e doces, principalmente na primavera. Existem algumas que são mais conhecidas, pois as temos em nossa mesa quase que diariamente, como a couve-flor, o brócolis, a alcachofra e a flor de abóbora.

Mas figuram, ainda, como comestíveis, os capuchinhos, as rosas, as begônias, as calêndulas, os amores-perfeitos, os crisântemos, as tulipas, as alfazemas e as menos conhecidas, como cravinas e verbenas-limão. […] é fundamental saber que não são todas as espécies que podem ser ingeridas. Existem flores que apresentam princípios tóxicos e não devem ser usadas na alimentação de forma alguma. Exemplos disso são a violeta-africana, o copo-de-leite, a azálea, o bico-de-papagaio, o lírio, entre outras. [...]

Depois de colhidas, as flores são comercializadas em embalagens especiais que garantem sua integridade e são transportadas sob refrigeração.

FONTE: STANCATO, G. C. Flores comestíveis: sabores e aromas. Instituto Agronômico. Disponível em: http://fdnc.io/eiw. Acesso em: 6 jul. 2021.

• Atividade 2. Pergunte aos estudantes se já comeram algum desses alimentos e se eles acham que todos são a mesma parte da planta. Se possível, leve para a sala de aula alguns deles. Deixe que os estudantes os peguem e observem. Após essa experiência, peça a eles que preencham as lacunas.

  Nessa atividade, os estudantes vão identificar as principais partes de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e frutos) e a função desempenhada por cada uma delas como alimento, conforme a habilidade EF02CI06.

  A título de curiosidade, converse com os estudantes sobre as flores comestíveis. Explique que não é qualquer flor que pode ser consumida, pois algumas delas podem ser tóxicas e prejudiciais ao organismo. As flores que podem ser consumidas devem ser cultivadas para essa finalidade.

• Atividade 3. Nessa atividade, os estudantes devem observar a imagem formada por alimentos e descobrir quais alimentos a compõem. Em seguida, todos devem preencher o quadro com a parte correspondente da planta.

  Se julgar pertinente, pesquise e mostre aos estudantes a obra do fotógrafo e artista inglês Carl Warner, que faz “paisagens de alimentos”. Suas obras misturam diversos tipos de alimento para criar paisagens surrealistas. As imagens são bastante atrativas às crianças, que podem tentar identificar os alimentos utilizados para a produção das paisagens.

Objetivo da seção

• Conhecer obras de arte que retratam plantas usadas na alimentação.

1. Aqui é possível fazer uma conexão com a disciplina de Arte. Sugira aos estudantes uma pesquisa de outras obras de arte que retratem a relação das pessoas com plantas. Se julgar possível, peça a eles que levem para a sala de aula as obras impressas, apresentando o nome do artista, o nome da obra e em que ano foi feita. Solicite aos estudantes que observem e contem para o professor e para os colegas o que acharam de cada obra, comparando-as sempre que possível. Estimule-os a expressarem o que sentiram, não se preocupando em fazer considerações positivas apenas.

   Avalie a possibilidade de propor aos estudantes que criem a sua própria obra de arte. Para isso, eles deverão representar alguma cena em que as plantas sejam representadas como alimento. Você pode pedir a eles que usem qualquer material de desenho: lápis colorido, tinta guache, giz etc. Outra opção é usar partes comestíveis de plantas, como grãos, para compor as obras. Essa é outra oportunidade para explorar a habilidade EF02CI06. Ao final, faça uma exposição com todas as obras de arte produzidas pela turma.

   O trabalho com obras de arte de estilos distintos favorece o desenvolvimento do senso estético para fruir produções artísticas. Ao trabalhar de forma interdisciplinar com o objeto de conhecimento Sistemas de linguagem, do componente curricular Arte, os estudantes podem conhecer a obra de dois artistas e compará-las. Assim, é possível desenvolver a competência geral 3. A seção também é um dos momentos de trabalho do tema pluralidade cultural, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

   BNCC em foco na dupla de páginas:

   EF02CI06

   Texto complementar

   Você sabe o que são Pancs?

   Pancs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) são plantas de desenvolvimento espontâneo, facilmente encontradas em jardins, hortas, quintais e até mesmo em calçadas de rua. Infelizmente, muitas das espécies de Pancs são tidas pela população em geral e até pelos próprios agricultores como infestantes e daninhas ou “mato” – e por isso são pouco utilizadas na alimentação por falta de conhecimento ou costume. Estudos revelam que as Pancs possuem teores de minerais, fibras, antioxidantes e proteínas significativamente maiores quando comparadas às plantas domesticadas. [...]

A taioba já foi apreciada na culinária mineira, mas acabou sendo esquecida ou substituída com o passar do tempo. É rica em vitaminas do complexo B, A e C e em minerais como cálcio e fósforo. A abundância de ferro faz com que a sabedoria popular lhe atribua a cura da anemia. [...]

Podemos citar, ainda, outras variedades: almeirão-do-campo, ariá, beldroega, capeba, capiçoba, capim-colonião, capuchinha, caruru, centela, chicória-do-campo, língua-de-vaca, ervilha-borboleta, jaracatiá, lírio-do-brejo, picão, rami, tanchagem, vinagreira e mais centenas de espécies que podem ser encontradas no Brasil.

[...]

FONTE: CARVALHO, D. Você sabe o que são Pancs? Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Disponível em: http://fdnc.io/eix. Acesso em: 25 abr. 2021.

Objetivos da seção

• Familiarizar-se com a variedade de plantas alimentícias.
• Reconhecer partes de plantas.
• Reconhecer a cultura local.
• Realizar a preparação e a execução de entrevista.

  Inicie com a leitura compartilhada do texto. Escreva a sigla na lousa e pergunte aos estudantes o que cada letra indica. Verifique se reconhecem que as letras representam palavras e se eles distinguem plantas comumente usadas na alimentação daquelas que, apesar de muito nutritivas, são pouco conhecidas ou pouco usadas como alimento.

  A seção também é um dos momentos de trabalho do tema pluralidade cultural, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo, pois as PANCs variam nas regiões do Brasil. Por isso, realize uma pesquisa prévia sobre as espécies mais comuns em sua região. Ajude-os a selecionarem os dados solicitados no item 1, além de registrarem curiosidades que podem ter chamado a atenção. Ao final, escolham 4 exemplos de PANCs para reproduzir, no caderno, uma ficha para cada PANC. Elas serão usadas na entrevista. Lembre-os de pedirem autorização para uso do nome das pessoas.

  As respostas aos questionários podem ser organizadas em tabelas, num trabalho interdisciplinar com Matemática, desenvolvendo a competência geral 4 e a competência específica 6. Os cartazes podem ser desenhados ou feitos com fotografias das PANCs.

  Domínio da linguagem

  Entrevista. Ao organizar a entrevista, os estudantes aprendem outra forma de obter informações e conhecimento. A entrevista também é uma maneira de valorizar o conhecimento de outras pessoas (acadêmico, formal ou tradicional popular).

  Educação em valores

  Alimentação e cultura. Se possível, peça aos estudantes que pesquisem as culturas alimentares em cada região do Brasil. É importante para a formação dos estudantes que saibam que a alimentação é reflexo da influência regional e familiar e, portanto, pode ser diferente até mesmo entre famílias.

Objetivo do capítulo

• Reconhecer usos das plantas pelos seres humanos na construção, indústria, como combustível e medicamentos.
• Atividade 1. É importante que os estudantes reconheçam a presença de objetos feitos de plantas em seu cotidiano. Você pode começar falando sobre os materiais dentro da sala de aula, como roupas, mesa, carteira, folha de sulfite, livros e borracha. Depois, amplie para a escola, como estrutura, portas, janelas e, por fim, amplie para a cidade. Nessas primeiras atividades, os estudantes iniciam a identificação das relações entre as plantas, os demais seres vivos e outros elementos componentes do ambiente, conforme a habilidade EF02CI06, além de trabalharem com aspectos da habilidade EF02CI01.
• Atividade 2. Nessa atividade, espera-se que os estudantes leiam o texto oralmente e, ao observarem a imagem, indiquem que as plantas usadas na construção de casa de pau a pique são os galhos ou troncos de árvores comuns em cada região ou bambu. Comente com eles que essa técnica usa troncos e não madeira industrializada, pois isso aumenta o custo da madeira e, consequentemente, o custo de produção da casa.

  Questione se os estudantes sabem por que se escolhe o bambu ou a madeira como materiais para esse tipo de construção. Espera-se que eles elenquem características desses materiais, como resistência e durabilidade. Também podem mencionar a facilidade de encontrar esses materiais, seu preço baixo e a relativa facilidade de trabalhar com eles, em comparação com técnicas que empreguem alvenaria ou metais. Além disso, o uso desses materiais causa baixo impacto no ambiente. Este é mais um dos momentos de trabalho do tema pluralidade cultural, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI01, EF02CI06

  Para você ler

  FURLAN, C. M.; MOTTA, L. B.; FERREIRA, M. M. S. Propostas para o ensino de Botânica: manual do curso para atualização de professores do Ensino Fundamental e Médio. São Paulo: Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, 2004.

  Obra que contém textos sobre o uso das plantas no dia a dia.

Para reforçar o conteúdo com os estudantes, faça uma lista de algumas das plantas citadas que são usadas pelos seres humanos. Com a turma, escreva em quais produtos essas plantas e seus derivados podem ser utilizados.

Explique aos estudantes que os processos de fabricação de tecido a partir do algodão e, principalmente, de fabricação de papel a partir da madeira envolvem várias etapas até chegar ao produto final.

Existem hoje inúmeros tipos de tecido sintético, como náilon e poliéster; comente com os estudantes que esses tecidos não são de origem vegetal, mas sim produzidos quimicamente. Existem também tecidos de origem animal, como lã e couro.

• Atividade 3. Essa atividade permite que os estudantes associem o produto com sua matéria-prima vegetal, ou seja, a planta ou o derivado a partir do qual o produto foi feito. Com essa atividade, podemos desenvolver a habilidade EF02CI01, ao identificar os materiais de que são feitos alguns produtos. A primeira imagem é um carro sendo abastecido. Espera-se que os estudantes compreendam que se trata do combustível etanol, produzido principalmente a partir da cana-de-açúcar. Na imagem dos livros, espera-se que eles identifiquem as folhas de papel e, portanto, respondam que o produto foi produzido a partir do eucalipto. Na imagem da peça de roupa, os estudantes devem responder que a matéria-prima do tecido é o algodão.

Pergunte aos estudantes se eles conhecem alguém que já usou alguma planta para tratar uma doença. Comente que as plantas são usadas como medicamentos por muitas pessoas. Grande parte das plantas usadas hoje em dia como medicamento tem sido usada há centenas de anos. Elas foram identificadas por povos antigos, principalmente povos da floresta, e esse conhecimento foi transmitido de geração a geração.

Comente com eles que, diferentemente do que se pensa, muitas plantas medicinais, quando ingeridas ou usadas de maneira inadequada, podem levar à intoxicação. Por isso, mesmo que seja uma tradição familiar, recomenda-se cautela e busca de orientação médica para o uso dessas plantas.

• Atividade 4. Essa é uma atividade de interpretação de texto em que os estudantes devem responder às questões e assim reconhecer o uso de uma combinação de plantas conhecida por curare. Estimule a leitura oral do texto da atividade por cada integrante da dupla seguida pela observação da imagem. Peça aos estudantes que conversem sobre as vantagens do uso do curare para os indígenas. Assim, eles devem perceber a relação entre partes de plantas e outros seres vivos, de acordo com a habilidade EF02CI06.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI06

  Sugestão de atividade: Herbário – Museu de plantas

  Os estudantes devem escolher uma planta e coletar um pequeno ramo com folhas, flores e, se possível, frutos. Plantas de pequeno porte devem ser retiradas inteiras com a raiz. No caso de arbustos ou árvores, devem ser coletados ramos com cerca de 20-25 cm. Durante a coleta, os estudantes devem anotar algumas características da planta que não serão preservadas após a secagem, como coloração, altura, local onde estava, aroma etc. Depois da coleta, abram uma folha dupla de jornal e arrumem o ramo cuidadosamente.

Em seguida, dobrem a folha de jornal (com cuidado para não desarrumar o ramo) cobrindo todas as estruturas da planta e coloquem os pesos sobre ela.

Deixem a montagem em um local seco e, de preferência, quente, para que a planta seque completamente. Pode ser em um local ao Sol ou sobre uma lâmpada incandescente. Esperem por uma semana. Após a secagem, peguem o ramo e arrumem-no sobre a cartolina cortada. Fixem-no por meio de pequenas tiras de fita adesiva. Em outra folha de papel, façam uma ficha contendo as seguintes informações: Nome da planta; data da coleta; local de coleta; nome do coletor; características da planta (anotadas no caderno no início da atividade).

Objetivos da seção

• Identificar o paisagismo como forma de manter o equilíbrio dos ambientes e de preservar espécies.
• Compreender que, para fazer um projeto de paisagismo, é preciso conhecer características das plantas.

  Comente com os estudantes que o paisagismo é considerado uma técnica artística. A ordem em que são dispostas as plantas e outros elementos, como vasos, esculturas e pequenos lagos, busca harmonizar esses elementos.

  Proponha que, em conjunto, elaborem um projeto paisagístico para uma área do bairro. Oriente os estudantes, reunidos em grupos, a identificarem áreas verdes próximas à escola ou na região onde moram e avalie a possibilidade de visitá-la. Observem se a área está sendo cuidada e se julgam ter elementos que a tornam agradável. Se as áreas encontradas não forem bem cuidadas, converse com os estudantes sobre o motivo e que elementos poderiam ser incorporados para torná-las mais bonitas e atraírem pessoas e espécies. Se possível, leve um paisagista para conversar com eles e ajudá-los nesse trabalho. Ao final do projeto, é possível propor à comunidade extraescolar a execução do projeto ou de partes dele. Esse trabalho favorece o desenvolvimento das competências gerais 4 e 10, da competência específica 4 e da habilidade EF02CI06.

• Tarefa de casa. Trabalhe em conjunto com a disciplina de Arte o objeto de conhecimento Patrimônio cultural, para que os estudantes conheçam e valorizem o patrimônio cultural apresentado nas imagens. Assim, eles podem ser orientados a pesquisar imagens que explorem o tema. Esse trabalho favorece o desenvolvimento da competência geral 3 e enfoca o tema pluralidade cultural, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

  Para você acessar

  Burle Marx: o artista que transformou o paisagismo em arte. LAART. Disponível em: http://fdnc.io/eiy. Acesso em: 6 maio 2021.

  Nesse site, há informações sobre projetos de Burle Marx.

Objetivos da seção

• Conhecer o uso de plantas no cuidado com a saúde.
• Valorizar o conhecimento popular e promover o respeito às crenças relacionadas à cultura de um povo.

  A seção é um dos momentos de trabalho do tema pluralidade cultural, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo. Antes da leitura do texto, solicite aos estudantes que observem o título e levantem hipóteses sobre o seu conteúdo. Durante a leitura, peça a eles que anotem no caderno as palavras ou os trechos que não compreenderam. Antes de esclarecer o significado das palavras, apresente exemplos de outras frases em que elas poderiam aparecer e veja se os estudantes conseguem inferir o significado. Caso não consigam, auxilie-os a consultar o dicionário. Depois da leitura, esclareça as dúvidas que restaram e verifique com eles se as hipóteses levantadas inicialmente estão de acordo com o que está escrito no texto.

  Pergunte aos estudantes: “Para que os seres humanos utilizam as plantas?”. Com base nas respostas, escreva na lousa uma lista com itens derivados de plantas: alimentos (frutos, sementes, raízes, folhas), medicamentos (como o ácido acetilsalicílico, usado em analgésicos de origem vegetal), fibras para tecidos e outros fins (como algodão, papel e óleos). Pode ser incluída na lista a sombra oferecida pelas árvores (proteção contra a incidência de raios solares). Esses questionamentos estão relacionados com a habilidade EF02CI06.

• Atividade 1. Aproveite para verificar se os estudantes localizam as características de Catendê no texto.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF02CI06

  Para você ler

  NETO, P. A. S. P.; CAETANO, L. C. Plantas medicinais: do popular ao científico. Maceió: Edufal, 2005.

  A obra traz um histórico sobre as plantas medicinais no Brasil.

• Atividade 2. Enfatize que o uso das plantas para o tratamento de doenças não pode ser feito sem a orientação de um médico. Converse com os estudantes sobre o cuidado de não tocar em nenhuma planta ou ingeri-la sem conhecê-la previamente. Comente que, em caso de acidente com planta tóxica, é preciso retirar da boca o que restou da planta, enxaguar bem a boca com água corrente e buscar auxílio médico imediatamente. Solicite aos estudantes que, se conhecerem algum caso sobre a ingestão de plantas tóxicas e suas consequências, relatem para a turma.
• Atividade 3. Ao final da atividade, verifique com os estudantes se eles conseguiram fazer a entrevista com um adulto. Faça uma atividade para contabilizar quantas pessoas responderam que conhecem plantas medicinais. Solicite que levantem a mão os que entrevistaram pessoas que conhecem plantas medicinais e, depois de contá-las com a ajuda dos estudantes, registre o número na lousa. Em seguida, peça que levantem a mão os que entrevistaram pessoas que não conhecem plantas medicinais. Comparem os resultados. Depois, conversem sobre as respostas que eles encontraram sobre as situações indicadas e as não indicadas para o uso dessas plantas.
• Atividade 4. Comparem as indicações e contraindicações com as respostas das entrevistas. Para elaborar o cartaz, é conveniente trabalhar de forma interdisciplinar com Língua Portuguesa. Ao finalizar, os estudantes podem expor os trabalhos para a comunidade, orientando-se por roteiros escritos, planejando o tempo de fala. Esse trabalho favorece o desenvolvimento da habilidade EF02CI06 e de habilidades relacionadas à competência geral 4 e à competência específica 6.

  Domínio da linguagem

  Exposição. Ao organizar a exposição, os estudantes aprendem a organizar o conhecimento adquirido de outra forma. É importante que o professor os oriente para sua realização, de modo a garantir que essa abordagem tenha resultados. A atividade de pesquisa, coleta e análise de informações também é um importante passo para a construção do conhecimento, de forma a treinar os estudantes a avaliar informações e buscar diferentes fontes.

Objetivos da seção

• Retomar os objetivos estudados na unidade e o vocabulário aprendido.
• Avaliar o processo de aprendizagem em relação aos conteúdos abordados na unidade.
• Atividade 1. A ilustração representa um dos principais conceitos estudados ao longo da unidade: um dos componentes de que as plantas precisam para viver, a luz, e quanto ela é fundamental para o seu desenvolvimento. Aproveite para avaliar e consolidar a habilidade EF02CI05.
• Atividade 2. Aproveite essa oportunidade para verificar e consolidar a habilidade EF02CI06. Nessa atividade, os estudantes devem pintar a imagem de uma árvore usando a legenda indicada: folhas – verde; raiz – azul; caule – laranja; flores – amarelo; frutos – vermelho. Você pode distribuir desenhos esquemáticos de outras plantas para os estudantes pintarem usando esse mesmo padrão. Além de contribuir para identificar dificuldades, os desenhos exploram a diversidade de plantas e como suas estruturas podem variar.

  BNCC em foco:

  EF02CI05, EF02CI06

• Atividade 3. Verifique se os estudantes reconhecem as principais funções de cada parte da planta, de acordo com a habilidade EF02CI06. Comente também sobre a importância das flores e dos frutos.
• Atividade 4. Para realizar essa atividade, os estudantes utilizam a linguagem artística para expressar um conceito fundamental de Ciências da Natureza, favorecendo o desenvolvimento da competência geral 4 e da competência específica 2, além de aspectos da habilidade EF02CI04. Verifique se eles representam as fases de forma ordenada, de acordo com a indicação das setas. Caso contrário, chame a atenção para a importância de representar os eventos sequencialmente, na ordem e no tempo em que eles acontecem.

  BNCC em foco:

  EF02CI04, EF02CI06

• Atividade 5. Se possível, depois de terem respondido à atividade, retome com os estudantes a função de várias partes das plantas para consolidar a habilidade EF02CI06 e ressaltar a importância de uma alimentação balanceada.

  Aproveite essa atividade para retomar a importância de uma alimentação diversificada e menos industrializada. Leia o texto complementar abaixo e sugira aos estudantes que desenhem as partes de alimentos de origem vegetal típicos da região onde moram. Eles poderão, por exemplo, retomar os vegetais que pesquisaram na atividade sobre as PANCSs. É muito importante sensibilizar os estudantes para a relação entre os alimentos que consumimos e a nossa saúde, assim como entender de que forma o resgate de aspectos culturais pode contribuir com a qualidade da alimentação.

  Para o estudante ouvir

  A ÁRVORE. Arnaldo Antunes. In: UM SOM. São Paulo: BMG, 1998. CD.

  Selecione alguns trechos e discuta com os estudantes na sala de aula. Por exemplo, o último trecho da canção está relacionado ao respeito com as plantas, sobre o arrependimento de ter desenhado no tronco de uma árvore.

  BNCC em foco:

  EF02CI06

• Atividade 6. Ao realizar atividades como essa, os estudantes aprendem a reconhecer muitos produtos que são feitos a partir de plantas. Essas noções são importantes para perceber de que formas os seres humanos interagem com o ambiente e com outros seres vivos, assim como certas transformações e consequências que decorrem dessas interações.
• Atividade 7. Os estudantes devem classificar as plantas de acordo com os principais usos dela. As atividades 6 e 7 auxiliam o desenvolvimento da habilidade EF02CI01.

  Para fechar o trabalho com a unidade, sugerimos fazer um piquenique com alimentos de origem vegetal ou receitas em que o ingrediente principal seja um vegetal. Assim, antes de começarem a comer, os estudantes devem identificar a planta e a parte utilizada na receita. Por exemplo: “Esse é um bolo de cenoura. A cenoura é a raiz da planta”.

  Outra sugestão de finalização da unidade é fazer com a turma alguma receita que estimule o aproveitamento integral do vegetal utilizado na alimentação. Comente que o desperdício de alimentos pode ser causado principalmente por mau aproveitamento na cozinha: são jogadas fora cascas, sementes e raízes. Conhecer como aproveitar as partes do alimento faz com que a produção de lixo reduza e diminuam os gastos com alimentação.

  BNCC em foco:

  EF02CI01, EF02CI06

  Para você acessar

  Banco de alimentos. Disponível em: http://fdnc.io/eiz. Acesso em: 6 maio 2021.

  Nesse site, há informações sobre o aproveitamento integral dos alimentos e receitas para evitar desperdícios.