UNIDADE 1 – Os animais

Objetivos da unidade

• Conhecer a diversidade dos animais.
• Identificar características externas e o modo de vida de diversos animais.
• Descrever alterações que ocorrem no desenvolvimento de animais de ambientes terrestres e aquáticos, desde o seu nascimento.
• Compreender que classificar os seres vivos significa organizá-los em grupos de acordo com suas características.
• Conhecer dois grandes grupos de classificação dos animais: vertebrados e invertebrados.
• Reconhecer que os vertebrados apresentam coluna vertebral, enquanto os invertebrados não apresentam coluna vertebral.
• Reconhecer algumas características gerais dos animais invertebrados.
• Comparar formatos e coberturas do corpo de animais invertebrados.
• Conhecer a diversidade dos animais invertebrados.
• Reconhecer algumas características gerais dos animais vertebrados.
• Compreender que os vertebrados têm diferentes coberturas do corpo e membros locomotores.
• Classificar animais vertebrados em peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI05, EF03CI06

Analise a imagem da abertura com os estudantes, focando nos animais. Oriente a discussão de maneira a levá-los a perceber algumas diferenças que caracterizam os animais: Em que tipo de ambiente cada um desses animais vive? Como é a cobertura do corpo deles? De que eles se alimentam? Todos eles têm esqueleto? Com isso, espera-se voltar a atenção dos estudantes para os tópicos que serão desenvolvidos no decorrer da unidade, bem como levantar os conhecimentos prévios acerca do assunto.

As perguntas dessa seção são de caráter exploratório, para levantamento de conhecimentos prévios dos estudantes. Se possível, ao final do estudo da Unidade, retome as questões como forma de verificar o processo de aprendizagem dos estudantes sobre o assunto.

Vamos conversar

1. Estimule os estudantes a observarem a imagem e explore elementos dos diferentes tipos de ambientes que são representados nela.

2. Neste momento, espera-se que os estudantes identifiquem e descrevam semelhanças morfológicas e de hábitat dos animais representados na imagem. Observe as características que eles reconhecem e verifique se conseguem identificá-las em todos os animais, estabelecendo relações comparativas. Pode-se, inclusive, propor um quadro na lousa com os animais da imagem indicados nas linhas e as características apontadas pelos estudantes,nas colunas. Quando o quadro estiver montado, marquem com um X as características de cada animal.

   Embora os estudantes possam relacionar a presença de esqueleto apenas a alguns animais, verifique se notam que todos os animais da imagem apresentam um tipo de esqueleto, interno ou externo. Animais com esqueleto interno, composto de ossos: capivara, uirapuru-verdadeiro, tartaruga-da-amazônia e pirarucu. Animais com esqueleto externo: libélula e camarão-da-amazônia. Depois, estimule-os a citar exemplos de animais de corpo mole, como a água-viva ou a lesma. Nesse momento, não é necessário trabalhar esses conceitos, como esqueleto externo. Aproveite para fazer um mapeamento dos conhecimentos prévios dos estudantes e utilize-o para nortear o planejamento dos conteúdos dessa unidade.

Objetivos da seção

• Compreender que classificar os seres vivos significa organizá-los em grupos de acordo com suas características.
• Identificar características que possam ser usadas para classificar os animais, por meio da leitura de imagens.

  Trabalhe com os estudantes o significado e a importância de classificar. Esclareça que a organização de diferentes elementos em grupos será diferente de acordo com as características usadas para a classificação. Explore exemplos de classificação de objetos associados à realidade dos estudantes, como a organização dos brinquedos ou a forma como os produtos são separados nos supermercados.

  Em atividades predominantemente visuais como esta, estimule os estudantes a descrever as imagens e procure sensibilizá-los para as necessidades de pessoas com deficiência visual. Veja a Sugestão de atividade.

• Atividade 1. Ajude os estudantes na leitura da imagem, associada à interpretação de texto, para chegarem à resposta esperada.
• Atividade 2. O interessante é compartilhar a resposta entre os estudantes para que eles possam argumentar o porquê de suas escolhas e até mesmo permitirem-se mudar de ideia. Negociar e defender ideias fornece bases para o desenvolvimento da competência específica 5.

  No último item, peça aos estudantes que estimem o número de espécies animais existentes. São conhecidas mais de um milhão de espécies de animais, e estima-se que existam mais dezenas de milhões ainda a serem descobertas. Dessa forma, espera-se que reconheçam a importância de organizar os animais em grupos menores, como forma de facilitar a sua identificação e estudo, por exemplo. Aproveite para verificar se reconhecem que tais agrupamentos são feitos segundo critérios preestabelecidos, de acordo com a habilidade EF03CI06.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI06

  Sugestão de atividade

  Sensibilização para a inclusão de pessoas com deficiência visual

  Material: recortes de imagens de animais trazidas pelos estudantes para a atividade do Investigar o assunto.

  Como fazer

  Em grupos, peça aos estudantes que escolham duas das imagens que trouxeram. Eles deverão pensar em como poderiam descrever a imagem para uma pessoa com deficiência visual: Quais características devem ser evidenciadas? Em que ordem essas características devem ser mencionadas? Como podem descrever os detalhes da imagem sem que a descrição fique muito longa?

  Apesar de aparentemente simples, este é um exercício desafiador, já que os estudantes devem se ater às imagens, de maneira objetiva, sem incluir interpretações ou sentimentos em relação a determinado animal ou ambiente. É importante descrever as cores, formas, texturas e outras propriedades relacionadas ao tato (macio, áspero, quente, frio, úmido, seco, duro, mole etc.). Ao descrever uma imagem a uma pessoa com deficiência visual, deve-se permitir que o ouvinte forme sua própria conclusão.

  Caso haja um estudante com deficiência visual na turma, peça que ajude a orientar os colegas para que possam melhorar suas descrições e compreender quais aspectos podem ter ficado confusos ou pouco precisos.

Considere a possibilidade de pedir aos estudantes que pesquisem e levem imagens de animais para essa aula e aproveite para verificar a comprensão que têm sobre o seres vivos que pertencem a esse grupo. Essa é a fase inicial de desenvolvimento da habilidade EF03CI06.

Discuta as implicações das classificações propostas por eles, com as vantagens e as desvantagens de cada característica utilizada. Pergunte: Utilizar a cor como característica nos fornece quais tipos de informação sobre os animais? Algumas características são mais confiáveis do que outras? Seria possível utilizarmos várias características ao mesmo tempo? Comente que os cientistas tentam utilizar diversas características, obtendo, assim, classificações mais informativas.

• Atividade 1. Aproveite para comparar as diferentes propostas de classificação apresentadas pelos estudantes, destacando a característica usada em cada uma delas. Ao final, evidencie as múltiplas possibilidades de organização.
• Atividade 2. Explique que, dependendo das características escolhidas, pode ser gerada maior ou menor quantidade de grupos. Note que a divisão em poucos grupos pode determinar grupos maiores, passíveis de novas divisões. Esclareça que, em geral, a classificação ocorre dessa forma: poucos grupos, maiores, determinam a formação de maior quantidade de grupos, com menos integrantes.
• Atividade 3. As classificações agrupam os animais com características semelhantes, contribuindo para o entendimento e facilitando seu estudo. Ressalte a dificuldade em classificar uma diversidade muito grande de animais. Espera-se que, depois de tentar elaborar uma classificação com um número relativamente pequeno de animais, percebam mais claramente a dimensão do trabalho de classificação desenvolvido pelos pesquisadores.

Objetivos do capítulo

• Conhecer a diversidade de animais.
• Identificar características externas e o modo de vida de diversos animais.
• Descrever alterações que ocorrem no desenvolvimento de animais de ambientes terrestres e aquáticos, desde o seu nascimento.
• Atividade 1. Nesta atividade, espera-se que os estudantes façam relações simples entre as características dos animais e o ambiente em que vivem. Os exemplos dados podem ser: um peixe vive na água e precisa dela para se movimentar e respirar; um pássaro tem asas e pode voar no céu; uma lagarta come folhas e pode viver no jardim etc. Assim, é possível perceber como os estudantes compreendem e identificam diferentes características físicas e do modo de vida dos animais, dando início ao desenvolvimento da habilidade EF03CI04.

  Chame a atenção dos estudantes para a indicação do tamanho aproximado de cada animal mostrado nas páginas, reforçando as diferenças de escala. Se possível, utilize exemplos da sala para compreenderem a grandeza de medida, por exemplo: réguas mostrando os centímetros, a lousa ou o comprimento da sala ilustrando os metros. Assim, os estudantes podem verificar a grande variedade de tamanhos existente entre os animais e podem comparar essas medidas com o tamanho do próprio corpo.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI04

  Sugestão de atividade: Adivinhem qual é o animal

  Material: Folhas de papel sulfite ou folhas de caderno.

  Como fazer

  Reúna os estudantes em grupos e distribua imagens de diferentes animais em seu ambiente natural. Peça aos grupos que elaborem uma ficha para cada animal com as seguintes informações: nome do animal, ambiente em que vive, como se locomove e que parte do corpo usa para se locomover.

  Em um segundo momento, os grupos vão brincar de um jogo de adivinhas. Cada grupo escolherá a ficha de um animal, e um dos integrantes terá de imitar esse animal para os demais grupos. O grupo que adivinhar o animal ganhará um ponto e será o próximo a realizar a imitação de um novo animal. O grupo que acertar o maior número de animais será o vencedor.

Esclareça aos estudantes que é possível agrupar os animais de acordo com certas características. Uma delas é o ambiente em que vivem. Assim, podemos dividi-los em dois grupos: o de animais aquáticos e o de animais terrestres. No entanto, é importante ressaltar que há diversos animais que transitam no ambiente aquático e no terrestre. Os sapos, por exemplo, são animais que vivem em ambiente terrestre quando adultos, mas passam parte do ciclo de vida na água, na fase de girinos, e dependem de ambientes aquáticos, como lagos e rios, para a reprodução.

• Atividade 2. Essa atividade possibilita aos estudantes expressarem os meios de locomoção citados e fazerem conexões com outros exemplos que conheçam. Dessa forma, é possível trabalhar com a competência geral 4 e o desenvolvimento da habilidade EF03CI04. Explorem, por exemplo, aspectos da locomoção de animais vertebrados. As pernas compridas e musculosas das rãs permitem que se locomovam com longos saltos; as escamas que recobrem o corpo dos peixes os ajudam a deslizar na água; o corpo flexível e sem pernas das serpentes desliza sobre o chão e permite entrar em tocas e passar por locais estreitos com facilidade. Assim, estimule os estudantes a experimentar possibilidades criativas na interpretação do tipo de deslocamento desses animais, observando alguns padrões de locomoção entre eles.

Tendo como norte a habilidade EF03CI04, explique aos estudantes que o corpo dos animais apresenta estruturas envolvidas na obtenção do gás oxigênio para realizarem o processo da respiração. Os seres humanos e muitos outros animais obtêm gás oxigênio do ar, por meio de pulmões. No caso de animais aquáticos, comente que os peixes são exemplos de animais que têm brânquias, estruturas que lhes permitem respirar o gás oxigênio misturado à água. Há também animais que respiram pela pele, como as minhocas.

Chame a atenção dos estudantes para a função da respiração. O gás oxigênio é necessário para que ocorra a transformação química dos nutrientes, que libera energia e gás carbônico. Essa energia é necessária para que os seres vivos possam realizar todas as suas atividades. Comente que, por essa razão, nos sentimos fracos quando ficamos muito tempo sem comer. Também temos a sensação de “falta de ar” quando realizamos um esforço físico muito intenso.

BNCC em foco na dupla de páginas:

EF03CI04

O sucesso de sobrevivência de uma espécie depende, entre outros fatores, de sua dieta. A dieta dos animais pode ser de dois tipos:

Dieta generalista. Quanto mais generalista for a alimentação de uma espécie – isto é, quanto mais recursos puder aproveitar do ambiente –, mais chances essa espécie terá de sobreviver. Isso explica, em parte, a grande disseminação de animais como ratos e baratas, que comem praticamente de tudo.

Dieta especializada. Animais cuja dieta é mais específica normalmente apresentam mais restrições alimentares. A preguiça, por exemplo, é um animal que vive na copa de árvores e alimenta-se principalmente de folhas de algumas espécies vegetais. Para ter suas necessidades nutricionais atendidas, precisa ingerir folhas de mais de uma espécie. Isso explica a estreita relação entre o desmatamento e a morte das preguiças: somente em áreas relativamente extensas de floresta será possível encontrar o alimento adequado e em quantidade apropriada às suas necessidades diárias.

Observe que a dieta de uma espécie pode variar de acordo com o ambiente em que ela vive. Porém, nem todo ser vivo é capaz de se adaptar a uma nova dieta, diferente daquela a que está habituado. Por essa razão, muitas espécies sofrem quando têm o seu ambiente alterado ou quando são levadas para outros locais.

Em relação à alimentação do ser humano, é possível que alguns estudantes sejam adeptos do vegetarianismo (regime alimentar baseado exclusivamente no consumo de vegetais), seja por motivos religiosos, princípios filosóficos ou preferência. Trate o assunto de forma natural e explique que é preciso respeitar a opção alimentar de cada um. Apenas reforce que é incorreto chamar um ser humano de herbívoro pelo fato de ele adotar uma dieta vegetariana, uma vez que a dieta está relacionada à espécie do animal, e não às preferências individuais. Assim, os seres humanos, independentemente de suas escolhas alimentares, são uma espécie onívora.

• Atividade 3. Espera-se que os estudantes compreendam que o ser humano é onívoro, pois alimenta-se de animais e de plantas. Dê exemplos aos estudantes: conte a eles o que você comeu nas últimas refeições e peça a eles que digam quais desses alimentos são derivados de planta e quais são derivados de animais. Atividades como essa permitem explorar a habilidade EF03CI04.

  Para você assistir

  Animais e ambiente. Laboratório de Tecnologias Educacionais – Unicamp . Disponível em: http://fdnc.io/bES. Acesso em: 30 maio 2021.

  Vídeo produzido pelo Projeto EMBRIAO, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que apresenta alguns animais e sua interação com o ambiente.

• Atividade 4. Nessa atividade, os estudantes vão integrar informações de texto e de imagem para completar a ficha dos animais.

  Pergunte quais termos novos, relacionados ao estudo dos animais, eles aprenderam até aqui. Ao explorar as fichas, verifique se conhecem o termo envergadura ou se conseguem defini-lo a partir da leitura da imagem. Depois, leia com eles o glossário e certifique-se de que todos reconhecem que a envergadura da raia corresponde à distância entre as extremidades (pontas) das nadadeiras esticadas (abertas).

  Os estudantes também podem confeccionar mais fichas com características de animais (veja a Sugestão de atividade). Uma possibilidade é trabalhar em conjunto com a disciplina de Arte, propondo que cada estudante escolha um animal para representá-lo por meio de desenho ou pintura. Nesse momento, os estudantes devem identificar as características do animal que ele vai representar, assim como fazer um levantamento das informações que precisam ser obtidas para compor a ficha. De forma interdisciplinar com Língua Portuguesa, os estudantes podem buscar informações em meio impresso ou digital e planejar, com a ajuda do professor, a forma de expor o texto. Ao final, estimule os estudantes a dialogarem com os colegas a respeito do processo de criação das fichas. Deixe as fichas expostas em sala de aula até o final do trabalho com esta unidade. Esse trabalho favorece o desenvolvimento das competências gerais 4 e 5, além de trabalhar a habilidade EF03CI04.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI04

  Sugestão de atividade: Fichas de descrição de animais

  A atividade 4 pode ser ampliada para aprofundar o trabalho com a identificação de características dos animais. Para isso, sugerimos como atividade complementar que os estudantes produzam e compartilhem fichas de descrição de animais.

  Material: Folhas de papel sulfite; revistas ou jornais.

  Como fazer

  Traga (ou peça aos estudantes que tragam) revistas que possam ser recortadas. Solicite aos estudantes que procurem fotografias de animais e as recortem. Em seguida, cada imagem deve ser colada em uma folha avulsa, para compor a ficha do animal.

  Converse com os estudantes sobre quais características devem constar da ficha. A atividade 4 foca no tipo de ambiente, na forma de locomoção e nas estruturas usadas para locomoção. Essa lista pode ser expandida, incluindo alimentação e cobertura do corpo, entre outras características.

• Atividade 5. Cante a canção com os estudantes. Se eles não conhecerem a canção, leia e depois peça que a repitam com você. Na sequência, inicie a interpretação.

1. Auxilie os estudantes a compreenderem que a letra da canção promove uma comparação exagerada com a intenção de impressionar o leitor.

2. Essa atividade permite verificar se os estudantes compreenderam que animais aquáticos como os peixes não conseguem se locomover nem respirar fora da água, já que possuem estruturas para se locomover na água e captar o oxigênio presente nela.
   • Atividade 6. Nessa atividade, os estudantes devem identificar os alimentos de cada animal em destaque para então classificar o seu hábito alimentar. Essa é uma forma de desenvolver a habilidade EF03CI04.

Esclareça aos estudantes que todos os seres vivos têm um ciclo de vida. Neste momento, eles estudam o ciclo dos animais.

Pergunte aos estudantes se eles sabem como nasceram. Por meio dessa troca de ideias, pode-se mostrar que, assim como os demais animais, eles também têm um ciclo de vida. Observe se todos reconhecem que esse ciclo começou no momento em que estavam se formando na barriga da mãe. Após o nascimento, eles passaram por uma série de transformações e agora se encontram na fase da infância. Verifique também se eles se identificam com o ciclo de vida de animais vivíparos, ou seja, que nascem após se desenvolverem na barriga na mãe.

O trabalho com esse texto oferece subsídios para que os estudantes possam compreender a forma de reprodução dos animais, favorecendo o desenvolvimento das habilidades EF03CI04 e EF03CI05.

BNCC em foco:

EF03CI04, EF03CI05

Texto complementar

Reprodução: a continuidade da vida

A reprodução se apresenta como um aspecto importante no ciclo de vida dos organismos ao promover a formação de novos indivíduos e, consequentemente, a renovação de uma população, permitindo, assim, a conservação natural das espécies. No entanto, é possível afirmar que há tal consciência entre os seres vivos em reproduzir para manter a espécie? Ou seria um fato natural e inconsciente?

Nesse sentido, torna-se mais adequado conceituar a reprodução como processo capaz de garantir a produção ou surgimento de novos indivíduos, seja ele natural ou artificial, seja ele intencional ou inconsciente.

Considerando ainda a necessidade da reprodução para a manutenção da vida, muitas especializações podem ser notadas entre os seres vivos. Observamos, em um extremo, aqueles que se reproduzem assexuadamente formando novos indivíduos por simples divisão de células não reprodutivas. Por outro lado, verificamos a reprodução sexuada em que novas gerações surgem da fusão de células de diferentes linhagens parentais de uma mesma espécie.

JARDIM, J. G.; NASCIMENTO, R. S. S. Reprodução da vida. 2ª ed. Natal: EDUFRN, 2011. p. 12. Disponível em: http://fdnc.io/etv. Acesso em: 30 maio 2021.

• Atividade 7. A atividade proposta foca nas alterações que ocorrem nos seres humanos desde o nascimento. Além de reconhecê-las, os estudantes devem ordená-las de acordo com a passagem do tempo, ou seja, estabelecendo aquelas mudanças que ocorrem “antes” e aquelas que ocorrem “depois”. Dessa forma, é favorecido o desenvolvimento da habilidade EF03CI05.
• Atividade 8. Essa atividade busca relacionar o conteúdo com a realidade própria dos estudantes. Por meio dela, eles vão descrever e comunicar as alterações em seu corpo, de acordo com a habilidade EF03CI05.

  BNCC em foco:

  EF03CI05

Comente com os estudantes que, apesar de os ovos serem associados às aves, muitos outros animais se desenvolvem dentro deles, como é o caso dos jacarés, das tartarugas, da maioria das serpentes, dos peixes, dos sapos, das rãs e das pererecas e de inúmeros invertebrados, como os insetos.

Explore as imagens que apresentam dois exemplos de desenvolvimento que passam por metamorfose e verifique se os estudantes relacionam as etapas desse ciclo de vida com um processo de transformação que resulta em seres adultos com forma e estrutura completamente diferentes das iniciais. Aproveite essa atividade para explorar o vocabulário relacionado ao tema e a oralidade, além da habilidade EF03CI05, pedindo aos estudantes que descrevam cada etapa da metamorfose do sapo e da borboleta a um colega.

Há plataformas de vídeo disponíveis na internet que apresentam o ciclo de vida e o nascimento de diversas espécies de animais, inclusive dos que passam por metamorfose. Verifique com os estudantes quais são os animais cujo ciclo de vida eles têm curiosidade de conhecer, pesquise fontes confiáveis e faça uma aula especial, apresentando os vídeos selecionados a eles.

BNCC em foco:

EF03CI05

Texto complementar

Cuidado parental

[...] Na natureza, existem diversas estratégias comportamentais, e muitas vezes, o que garante sucesso evolutivo para uma espécie pode não garantir para a outra. […] Existem, basicamente, duas estratégias reprodutivas no que diz respeito ao trato com os filhotes a estratégia “r” e a estratégia “k”, e as espécies que utilizam cada uma dessas estratégias são chamadas respectivamente de “r estrategistas” ou “k estrategistas”. [...]

Espécies r estrategistas

As espécies “r estrategistas” são as que investem em uma prole grande, ou seja, tem muitos filhotes de uma só vez, mas que não investem em cuidado parental. Basicamente, a estratégia é usar as energias para ter um número muito grande de filhotes de uma só vez, que nascem praticamente independentes, para que haja uma chance maior de alguns membros dessa ninhada chegar à vida adulta. Durante o processo de desenvolvimento, vários desses filhotes não sobreviverão, mas se uma pequena porção atingir o estágio reprodutivo a espécie terá cumprido a sua propagação gênica. Sendo assim, a espécie poupa o tempo e a energia que demandaria durante o cuidado parental encurtando assim os intervalos entre um período reprodutivo e outro. […]

Espécies k estrategistas

As espécies “k estrategistas”, ao contrário, investem em uma prole pequena, raramente passando de cinco filhotes por ninhada, e muito dependentes. Os filhotes das espécies “k estrategistas” nascem sem nenhuma condição de viverem sozinhos, sendo assim, precisam ser cuidados pelos pais até atingirem à independência, ou seja, apresentam cuidado parental. […]

RIBEIRO, P. H. P. Cuidado parental. Infoescola. Disponível em: http://fdnc.io/etw. Acesso em: 30 maio 2021.

Objetivo da seção

• Entender o que é cuidado parental.
• Compreender que há diferentes formas de cuidado parental entre os animais.

  Promova a leitura do texto selecionando estudantes para o trecho introdutório e as legendas das fotografias. Explorem elementos dessas imagens, como as diferentes fases do desenvolvimento e do ambiente em que os animais retratados vivem. Oriente os estudantes a perceber diferenças nos cuidados parentais: Que cuidados os pais do gavião-real têm com os filhotes? E as tartarugas, que cuidados têm? Em sua opinião, todos os filhotes de tartaruga-da-amazônia chegam à vida adulta? E os de gavião-real?

  Aproveite as imagens para relacionar o cuidado parental com a sobrevivência dos filhotes. De forma geral, os animais que têm muitos filhotes de uma vez se dedicam pouco ao cuidado deles após o nascimento, como ocorre com as tartaruga-da-amazônia. Já com aqueles animais que têm um ou dois filhotes por vez, os pais ou um dos pais, normalmente, passam uma parte da vida cuidando deles. Enfatize que não há forma melhor ou pior, apenas estratégias diferentes de reprodução e de sobrevivência. Esses e outros exemplos, que podem ser acrescentados, permitem explorar a habilidade EF03CI04.

  Tarefa de casa. Ao final, pergunte sobre os cuidados necessários para cuidar de um bebê da espécie humana. Oriente os estudantes a perguntarem a seus pais, responsáveis ou a um adulto que já tenha cuidado de um bebê, qual é a rotina de cuidados que eles tinham, e ainda têm, para grantir a sobrevivência e o desenvolvimento dessa pessoa. Não deixe de promover uma conversa para compartilhar os resultados obtidos pelos estudantes. Nesse caso, é importante destacar que há cuidados que são comuns durante a primeira fase do desenvolvimento e há cuidados que podem variar entre as famílias.

  BNCC em foco:

  EF03CI04

Objetivos do capítulo

• Compreender que classificar os seres vivos significa organizá-los em grupos de acordo com suas características.
• Conhecer dois grandes grupos de classificação dos animais: vertebrados e invertebrados.
• Reconhecer que os vertebrados apresentam coluna vertebral, enquanto os invertebrados não apresentam coluna vertebral.

  Solicite aos estudantes que citem outros animais, além dos que aparecem nas páginas 26 e 27, que acreditam ser vertebrados ou invertebrados. A presença ou a ausência de coluna vertebral é uma das características que permite separar os animais nesses dois grupos, além de trabalhar aspectos da habilidade EF03CI06.

  Embora a classificação biológica não deva ser interpretada somente como uma forma de organizar os seres vivos, em um primeiro momento essa é uma maneira de introduzir os conceitos essenciais sobre o assunto, tais como noções de semelhanças e diferenças entre as espécies. Espera-se que seja possível, nos anos seguintes do Ensino Fundamental, discutir a classificação como uma forma de expressar a história evolutiva dos grupos de organismos e suas relações de parentesco. Contudo, isso requer a compreensão de conceitos de evolução, conteúdos complexos para os estudantes nesta etapa de aprendizagem.

• Atividade 1. Espera-se que os estudantes tenham compreendido que é importante classificar os animais para que possam ser estudados, pois essa estratégia permite analisar grupos de animais, em vez de estudar cada indivíduo da espécie.
• Atividade 2. Em relação aos exemplos de classificação, os estudantes podem citar o ambiente em que o animal vive, a forma de locomoção, a forma de nascer, o ciclo de vida, entre outras características.

  BNCC em foco:

  EF03CI06

  Texto complementar

  Classificação e evolução

  Inicialmente, a classificação das espécies era considerada um modo de lidar com a diversidade dos organismos, assim como um sistema de gerenciamento de arquivos que organiza o trabalho de um escritório. Cada espécie poderia ser colocada em um escaninho marcado com seu nome e, quando todas as espécies estivessem em seus escaninhos, poder-se-ia compreender a diversidade dos vertebrados. Essa visão de classificação foi satisfatória enquanto as espécies eram consideradas estáticas e imutáveis: uma vez que uma espécie tivesse sido colocada em um sistema de arquivos, ela aí permaneceria. A aceitação da evolução como fato tornou esse tipo de classificação inadequado. Agora é necessário expressar as relações evolutivas entre as espécies incorporando novas informações no sistema de classificação.

  Idealmente, um sistema de classificação deveria não apenas colocar uma etiqueta em cada espécie, mas também codificar a relação evolutiva entre aquela espécie e outras.

  As técnicas modernas de sistemática (classificação evolutiva dos organismos) foram além do papel de sistemas de arquivos, tornando-se métodos para gerar hipóteses evolutivas testáveis.

  POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. 4ª ed. São Paulo: Atheneu, 2008. p. 6-7.

As atividades relacionadas às leituras de textos destinam-se a colaborar com o processo de entendimento da leitura realizada e dos assuntos propostos, assim avalie se os estudantes estão dominando a localização de noções e informações relevantes relacionadas à classificação dos seres vivos.

• Atividade 3. Nessa atividade, os estudantes poderão descrever as características de dois animais. É possível, por meio dela, trabalhar o desenvolvimento de duas habilidades: a EF03CI04, pois os estudantes deverão identificar características sobre o modo de vida de alguns animais, e a EF03CI06, uma vez que eles vão comparar esses animais e pensar em possibilidades de agrupamentos com base em características externas.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI06

Objetivos do capítulo

• Reconhecer algumas características gerais dos animais invertebrados.
• Comparar formatos e coberturas do corpo de animais invertebrados.
• Conhecer a diversidade dos animais invertebrados.

  Textos informativos têm estrutura clara e linguagem concisa e acessível aos estudantes; assim, aproveite para propor a leitura em voz alta dos trechos que abordam cada grupo de animais invertebrados e verifique como eles se apropriam do processo de leitura.

  Converse com os estudantes sobre os animais invertebrados que costumam ser vistos nas moradias: aranhas, mosquitos, moscas, baratas, formigas etc. Peça a eles que deem exemplos dos invertebrados que conhecem, tanto terrestres quanto aquáticos, e anote-os na lousa. Em seguida, façam um levantamento das características que os estudantes reconhecem nesses animais.

  Procure discutir com os estudantes sobre a diversidade de coberturas nos corpos dos invertebrados, como forma de explorar a habilidade EF03CI06. Informe-os a respeito da função do esqueleto externo de muitos animais, cobertura que os protege contra os choques mecânicos e contra a perda de água, além de participar da movimentação e da sustentação do corpo do animal.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI06

  Peças bucais em insetos. Os insetos são o grupo animal com maior número de espécies conhecidas. As formas de alimentação nesse grupo variam bastante, existindo espécies predadoras, herbívoras, parasitas, hematófagas etc. O tipo de alimento de uma espécie está intimamente ligado à forma e às estruturas que compõem seu aparelho bucal. Eles podem ser divididos em dois grandes grupos: mastigadores e sugadores.

  Insetos mastigadores são os dotados de mandíbulas para esmagar ou cortar o alimento. Entre os mastigadores, destacam-se os gafanhotos, que são herbívoros; as joaninhas e as libélulas, que são carnívoras; e as baratas, que são onívoras.

  Os insetos sugadores costumam apresentar um tubo (ou bico) por onde sugam alimento, embora esse padrão geral varie muito. Esse grupo inclui insetos hematófagos, que usam seus bicos para sugar sangue, como mosquitos. Os insetos sugadores podem se alimentar de outros animais, perfurando o corpo da presa com o bico e sugando seu conteúdo. As baratas-d’água e algumas espécies de percevejos e de moscas são exemplos de predadores com peças bucais sugadoras. Cigarrinhas, pulgões e outras espécies de percevejos são exemplos de herbívoros, que inserem o bico nos tecidos das plantas e sugam seu conteúdo.

  Em alguns casos, o modo de alimentação e até mesmo as peças bucais são diferentes em adultos e imaturos (formas jovens do animal). As lagartas de borboletas, por exemplo, apresentam aparelho bucal mastigador e se alimentam de plantas, ao passo que as borboletas adultas possuem aparelho bucal sugador e se alimentam de néctar e outros líquidos.

Incentive os estudantes a reconhecer a importância de inúmeros invertebrados. Muitos moluscos e crustáceos são usados na alimentação, além de serem animais filtradores, que retiram o excesso de matéria orgânica em suspensão da água; os insetos são fundamentais para a polinização (reprodução) de muitas plantas; as minhocas realizam um papel importante na adubação dos solos.

Uma possibilidade de ampliação desse tema e de desenvolvimento da habilidade EF03CI06 é investigar com os estudantes as características e a diversidade de alguns grupos de invertebrados, como o dos artrópodes (aranhas, insetos e crustáceos) ou o dos moluscos. Esses grupos estão bastante presentes no cotidiano do ser humano e, em geral, as crianças já têm concepções sobre eles. O trabalho pode ser feito partindo-se da observação e análise de imagens, buscando identificar aspectos comuns e exclusivos de certos invertebrados. Depois, informações podem ser levantadas com base em textos de material de apoio, como livros e sites na internet. Ao final, um texto-síntese deve ser produzido.

O texto que fala das peças bucais em insetos, a seguir, relaciona os diferentes hábitos alimentares dos insetos com a grande diversidade de estruturas que compõem o aparelho bucal desse grupo de animais. Questione os estudantes sobre os hábitos alimentares do ser humano e discutam se há uma relação entre a forma e a disposição dos dentes com a nossa dieta.

• Atividade 1. Caramujo e mexilhão são moluscos, animais de corpo mole que muitas vezes têm concha, como é o caso dos animais mostrados. Camarão, lula e polvo são animais marinhos que vivem em ambiente aquático. Besouro, aranha e formiga são animais invertebrados que vivem em ambiente terrestre. Com base na observação dessas características, esta atividade promove o desenvolvimento da habilidade EF03CI06.
• Atividade 2. Essa atividade propõe uma pesquisa, tendo como foco a habilidade EF03CI04. Aproveite a oportunidade para explicar sobre os métodos de pesquisa na internet, orientando os estudantes a buscarem sites confiáveis e fontes seguras. Essa também pode ser uma oportunidade interessante de organizar uma visita a uma biblioteca e propor aos estudantes que pesquisem algumas informações em livros. Pergunte a eles em que seção da biblioteca eles acham que vão encontrar as informações de que precisam. Acompanhe a seleção de títulos e oriente-os a seguir as normas da biblioteca, como fazer silêncio e devolver os livros na data estipulada.

  Para você acessar

  Cinco etapas para realizar uma boa pesquisa escolar. Nova Escola. Disponível em:

  http://fdnc.io/24C. Acesso em: 30 maio 2021.

  O portal da revista Nova Escola apresenta algumas dicas para que a atividade de pesquisa obtenha melhores resultados, de acordo com a faixa etária do aluno.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI06

  Texto complementar

  Aranhas e escorpiões

  Aranhas e escorpiões são animais encontrados muitas vezes no interior das casas, com uma tendência crescente a se adaptarem ao ambiente urbano, devido à facilidade de encontrarem alimento, como baratas. Inseticidas domésticos têm utilidade limitada no combate a aranhas e escorpiões; além de não impedir que entrem dentro das casas, existe o risco de causarem intoxicação.

  Prevenção

  A limpeza da casa e dos terrenos baldios é a medida mais adequada para diminuir a ocorrência de aranhas e escorpiões. O acúmulo de material de construção e entulho favorece a presença de escorpiões, que encontram ambiente favorável para procriar. Nem sempre é possível impedir a proximidade desses animais e, nesse caso, sacudir a roupa ao vestir e bater sapatos e botas ao calçar são providências essenciais para se prevenir a ocorrência de acidentes.

  INSTITUTO BUTANTÃ. Boletim número 9: acidentes com animais peçonhentos, p. 2. Disponível em: http://fdnc.io/etx. Acesso em: 30 maio 2021.

Informe aos estudantes que eles não devem tocar em animais que não conheçam. Alguns, como ratos e pombos, podem transmitir doenças, e outros podem ser venenosos, como alguns anfíbios, ou peçonhentos, como algumas serpentes, aranhas e escorpiões. A diferença entre o animal venenoso e o peçonhento é que o venenoso produz o veneno, mas não tem presas ou ferrões para inoculá-lo. O animal peçonhento, por sua vez, além de produzir o veneno, pode inoculá-lo.

• Atividade 3. A atividade explora algus aspectos do modo de vida de aranhas e escorpiões, de acordo com a habilidade EF03CI04, e assim chama a atenção dos estudantes para acidentes que podem ocorrer no contato com esses animais. Aproveite para verificar se todos localizam as informações solicitadas no texto e compreendem as atitudes e medidas que devem ser tomadas nas situações apresentadas.

1. Oriente os estudantes a terem cuidado em locais como os citados no texto, evitando cutucar buracos ou levantar pedras, madeira ou mesmo entulhos de jardins, quintais e terrenos baldios.

2. Oriente os estudantes a avisarem um adulto para que ele tome as medidas necessárias.

3. Comente com os estudantes que a presença de escorpiões, no entanto, pode ser um sinal de que está havendo proliferação de baratas na vizinhança; nesse caso, o melhor a fazer é descobrir e remover os entulhos ou o lixo que estejam atraindo as baratas e, consequentemente, os escorpiões.

   BNCC em foco:

   EF03CI04

Objetivo da seção

• Identificar as diferentes fases do ciclo de vida do mosquito-da-dengue por meio de uma representação esquemática.
• Reconhecer elementos do ambiente que favorecem a reprodução e o desenvolvimento do mosquito-da-dengue.
• Pesquisar formas de combate ao mosquito e identificar aquelas que podem ser adotadas na escola.

  Essa seção é um dos momentos de trabalho do tema meio ambiente e materiais, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

  Inicie a atividade verificando os conhecimentos dos estudantes sobre a dengue. Informe que o Aedes aegypti transmite outras doenças além da dengue, como a zika e a chikungunya, e pergunte o que já sabem sobre o tema. Em seguida, ajude os estudantes na leitura e na interpretação do esquema. Conduza a leitura explorando não apenas as etapas do ciclo de vida desse inseto, mas questionando também como esse conhecimento poderia ser usado no combate ao mosquito.

  Peça aos estudantes que observem as diferentes etapas do desenvolvimento do mosquito (ovo, larva, pupa) e suas características. Informe que a maioria dos insetos apresenta metamorfose durante seu ciclo de vida, como é o caso de moscas, mosquitos (como o mosquito-da-dengue), borboletas, besouros e muitos outros. Essa leitura propicia o desenvolvimento da habilidade EF03CI05.

  Solicite aos estudantes que expliquem, com base nas informações do esquema, por que o mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue e por que, com sua picada, ele transmite a doença de uma pessoa a outra. Explique que a doença é causada por um microrganismo (vírus) e que, apesar de o mosquito não ficar doente quando pica uma pessoa infectada, ele ingere sangue contendo o vírus e posteriormente poderá contaminar outras pessoas ao picá-las.

  BNCC em foco:

  EF03CI05

  O ciclo de vida do Aedes aegypti

  Ovos. Nas cidades, as fêmeas depositam os ovos na parte interna de recipientes com água. Em condições favoráveis, o período de incubação dura entre 2 e 3 dias, quando os ovos eclodem. Essa é a fase mais resistente do ciclo, e os ovos podem se manter viáveis por 6 a 8 meses.

  Larvas. A fase larval corresponde a um período de crescimento. As larvas têm movimento e passam boa parte do tempo se alimentando. Como não são seletivas em relação aos alimentos, ficam suscetíveis à ação dos larvicidas. Em condições favoráveis, a fase dura de 5 a 10 dias, mas pode se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado.

  Pupas. Também se movem, porém não se alimentam, apenas respiram. Raramente são afetadas pelos larvicidas. A duração dessa fase, em condições favoráveis de temperatura, é de cerca de 2 dias.

  Adultos. Alimentam-se de néctar e sucos vegetais. Depois do acasalamento, a fêmea precisa de sangue para a maturação dos ovos. O ciclo de vida do mosquito-da-dengue dura cerca de 10 dias, da postura dos ovos até a fase adulta.

Proponha um debate sobre a relação do mosquito com os modos de vida e o ambiente em que ele vive, especialmente a água parada, e mencione que esses aspectos deverão ser observados em cada local da escola a ser visitado. Dessa forma, essa atividade permite explorar a habilidade EF03CI04.

Durante a visita às áreas externas e internas da escola, olhem com atenção e procurem identificar locais que podem conter água parada. Explique que mesmo pequenos locais, como folhas de bromélias ou vasos de planta, podem se tornar criadouros do mosquito. Oriente-os na pesquisa com as mesmas diretrizes utilizadas na pesquisa sobre animais da página 30.

• Atividades 1 e 2. O objetivo é verificar se os estudantes conseguiram identificar possíveis criadouros, além de outras condições favoráveis ao ciclo de vida do mosquito. Aproveitem para organizar todos os registros realizados. Além de eliminar locais que possam conter água parada, como a retirada dos pratinhos, preenchê-los com areia, criar escoamento em locais que empoçam, limpar calhas, entre outros. Os estudantes podem ter encontrado armadilhas de captura ou outras formas de combate ao mosquito. Discutam quais dessas medidas poderiam ser implementadas na escola, especialmente nos locais identificados.
• Atividade 3. Auxilie na elaboração das propostas para enviar à direção, cuidando do tom e auxiliando que seja o mais propositiva possível. Essas atividades estimulam reflexões e ações importantes relacionadas à saúde individual e coletiva, de acordo com a competência geral 5 e a competência específica 3.

  Tarefa de casa. Oriente os estudantes a procederem de forma semelhante em suas casas, acompanhados por um adulto. Assim, eles devem compartilhar o conhecimento trabalhado em aula e contribuem para resolver problemas e exercer protagonismo na vida pessoal e coletiva.

  Para o estudante ler

  SECCO, Patrícia E. Dengue nunca mais. São Paulo: Melhoramentos, 2008.

  Juca Brasileiro e seus amigos convidam várias crianças para ajudá-los na luta contra a dengue.

  BNCC em foco:

  EF03CI04