Objetivo da seção

• Desenvolver a compreensão leitora por meio de um texto descritivo.
• Produzir um texto seguindo um modelo.

  Antes de iniciar a leitura do texto com os estudantes, peça a eles que prestem atenção no título da seção. Pergunte que informações eles esperam encontrar no texto. É interessante que façam esse exercício para compreender melhor a função do título em um texto expositivo.

  É interessante pedir aos estudantes que destaquem partes do texto que, por alguma razão, chamaram sua atenção. Em seguida, solicite que expliquem por que aquele trecho lhes pareceu intrigante. Os estudantes também podem sublinhar palavras que não conhecem para procurar o significado delas no dicionário.

  Antes de explorar as informações contidas no texto, é importante direcionar a atenção dos estudantes para sua estrutura, questionando-os, por exemplo, sobre a quantidade de parágrafos, o tamanho das frases e as imagens que o acompanham. Depois da leitura, verifique se os estudantes encontraram as informações que esperavam.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI04

  O texto expositivo. O principal objetivo de um texto expositivo é transmitir informações relativas a uma área do conhecimento. Esse tipo de texto apresenta linguagem formal, clara e objetiva, a fim de facilitar seu entendimento. Os termos técnicos ou científicos – comumente empregados – são explicados de maneira a tornarem-se compreensíveis ao leitor. Com o intuito de otimizar a comunicação, podem ser usados: títulos e subtítulos, imagens, legendas, entre outros recursos. Os textos expositivos podem assumir diversas formas: explicativa, argumentativa, descritiva etc. As descrições são representações escritas ou orais de objetos, lugares ou seres vivos e sua maneira de ser e viver. Para elaborar um texto descritivo, é preciso pesquisar sobre o tema, definir os objetivos do texto e saber para que público o texto é direcionado.

Nas atividades dessa seção, é possível trabalhar o desenvolvimento da habilidade EF03CI04.

• Atividade 1. O objetivo dessa atividade é avaliar a interpretação de texto e se os estudantes conseguem recuperar e localizar informações após a leitura de um texto.
• Atividade 2. Chame a atenção dos estudantes para a forma de apresentar as informações em um organizador gráfico. Relembre as formas de organização de informações usadas até o momento (tópicos ou itens, tabelas, esquemas hierarquizados etc.).
• Atividade 3. Nessa atividade, os estudantes vão fazer o caminho inverso do exercício anterior. A partir de informações esquematizadas, vão compor uma narrativa. E, ao final, fazer um desenho do animal escolhido. Oriente-os a usar o texto trabalhado como referência.

  Domínio da linguagem

  Vocabulário. Destaque a importância de fazer uso do vocabulário específico da disciplina na produção de textos, para que os estudantes se apropriem da linguagem dessa área do conhecimento. Para incentivar esse uso, solicite que escolham algumas palavras do texto que descrevem o polvo para tentar incluir em sua produção. Os estudantes também podem buscar palavras ao longo da unidade, elaborando uma lista das que podem ser usadas.

Objetivos do capítulo

• Reconhecer algumas características gerais dos animais vertebrados.
• Compreender que os vertebrados têm diferentes coberturas do corpo e membros locomotores.
• Classificar animais vertebrados em peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

  Para este capítulo, é importante trabalhar com as imagens dos animais representantes de cada grupo, explorando e comparando suas características com cuidado, de acordo com as habilidades EF03CI04 e EF03CI06.

  Mostre aos estudantes que, apesar das diferentes características, todos os animais vertebrados possuem esqueleto com crânio e coluna vertebral na parte interna do corpo. Estimule os estudantes a relacionarem a posição dessas estruturas nos animais apresentados, a partir da representação esquemática do gato.

  Explore aspectos da locomoção dos vertebrados. As pernas compridas e musculosas das rãs, por exemplo, permitem que elas se locomovam com longos saltos; as escamas que recobrem o corpo dos peixes os ajudam a deslizar na água; o corpo flexível e sem pernas das serpentes desliza sobre o chão e tem facilidade para entrar em tocas e passar por locais estreitos.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI04, EF03CI06

  A coluna vertebral. A característica que define o grupo dos vertebrados é a presença de coluna vertebral e crânio. A coluna vertebral inicia-se na base do crânio e segue até o fim do tronco. Em animais que possuem cauda, estende-se até o fim da cauda. A coluna vertebral é formada por ossos pequenos e muito resistentes, as vértebras. Apesar de ser formada por partes rígidas, a coluna é articulada e permite a movimentação. Entre as vértebras, encontramos os discos intervertebrais, que são constituídos por um anel fibroso e um núcleo de textura gelatinosa. Os discos intervertebrais, além de permitir a movimentação, desempenham a função de amortecedores, absorvendo os impactos.

  A coluna vertebral possui uma musculatura forte e ligamentos associados que lhe conferem estabilidade e movimentação. Além de fornecer sustentação aos animais, a coluna vertebral também protege a medula espinal, que é bastante frágil e funciona como centro nervoso de atos involuntários, além de ser veículo condutor de impulsos nervosos. A medula espinal passa pelo centro das vértebras, pelo canal vertebral, e se estende até o final do tronco, mesmo em animais que possuem cauda.

Ao falar sobre as características gerais do corpo dos animais, comente que existem diversas variações em cada grupo. Por exemplo, a cobra-cega é um animal anfíbio que não possui pernas; as baleias são mamíferos e se locomovem movendo as nadadeiras; apesar de apresentar pelos, o corpo do tatu, animal mamífero, é recoberto por uma grossa carapaça.

Peça aos estudantes que listem outros exemplos de animais de cada um dos grupos apresentados. Avalie as respostas e oriente as incorretas, focando nas características que definem cada grupo.

Peça aos estudantes que comparem os animais pertencentes ao grupos das aves com os animais pertencentes ao grupo dos mamíferos, dando prosseguimento ao trabalho com as habilidades EF03CI04 e EF03CI06. Chame a atenção para características semelhantes entre eles, como a presença de coluna vertebral, e características que os diferenciam e servem para dividi-los nestes dois grupos, como o tipo de revestimento do corpo.

Questione os estudantes sobre aves e mamíferos comuns na região onde moram. Peça que descrevam esses animais, falando sobre a cobertura do corpo, alimentação, forma de locomoção, entre outros. Se possível, apresente exemplos de aves e mamíferos nativos da região e identifique aqueles que estejam ameaçados de extinção. Aproveite a oportunidade para falar sobre como a destruição dos ambientes, a caça e o tráfico de animais podem levar espécies à extinção.

BNCC em foco na dupla de páginas:

EF03CI04, EF03CI06

Texto complementar

Mais sobre os vertebrados

Vertebrados [...] são muito diversificados: as mais de 56.000 espécies atuais (atualmente viventes) variam, em tamanho, desde peixes pesando somente 0,1 grama, quando plenamente adultos, até baleias que pesam cerca de 100 000 quilogramas. Os vertebrados vivem em praticamente todos os hábitats da Terra. Peixes bizarros, alguns com bocas tão grandes que podem engolir presas maiores que eles próprios, percorrem as profundidades marinhas, às vezes atraindo presas por meio de luzes brilhantes. Quinze quilômetros acima desses peixes, aves migratórias voam sobre os picos da cordilheira dos Himalaias, as mais altas montanhas da Terra.

A diversidade de vertebrados atuais é fascinante, porém as espécies atualmente viventes constituem apenas uma pequena porcentagem daquelas que já existiram. Para cada espécie vivente pode ter existido mais de uma centena de espécies extintas, e algumas destas não têm equivalentes entre as formas atuais. Os dinossauros, por exemplo, que dominaram a Terra por 180 milhões de anos, são tão diferentes de qualquer animal vivente que é difícil reconstituir a vida que levavam.

[...] O termo vertebrado é obviamente derivado das vértebras arranjadas em série para formar a coluna vertebral. [...] Em muitos peixes, as vértebras são constituídas por cartilagem em vez de osso.

POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu, 2008. p. 2-3 e 20.

Objetivo da seção

• Identificar semelhanças e diferenças entre indivíduos da mesma espécie.
• Conhecer alguns exemplos de dimorfismo sexual.

  Essa seção dá continuidade ao trabalho com as habilidades EF03CI04 e F03CI06, chamando a atenção para as características de uma mesma espécie. Oriente os estudantes na leitura do texto e das imagens. Em seguida, discuta se eles conhecem outros exemplos. Um caso de dimorfismo muito acentuado é o do pavão (gêneros Pavo e Afropavo), que possui uma cauda vistosa, com plumagem colorida e exuberante, enquanto as penas são castanhas com bordas verdes. Pergunte aos estudantes por que eles acham que existem essas diferenças. Comente que, em geral, características muito chamativas se relacionam com a atração de parceiros.

  Esclareça aos estudantes que o dimorfismo, comum em muitos vertebrados, ocorre também em invertebrados, como moscas-da-fruta, abelhas, entre outros.

• Atividade 1. Ao final da atividade, você pode sugerir aos estudantes que, utilizando o que aprenderam sobre a classificação dos vertebrados, criem esquemas com outras características para classificar os animais ou, ainda, selecionem novas fotografias de animais e utilizem o esquema para classificá-los.

  Ao propor que os estudantes comparem alguns animais e os classifiquem com base em características externas e de modo de vida, a atividade 1 favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI06.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI06

  Texto complementar

  Fauna brasileira

  O Brasil é responsável pela gestão do maior patrimônio de biodiversidade do mundo: são mais de 120 mil espécies de invertebrados e aproximadamente 8930 espécies vertebrados (734 mamíferos, 1982 aves, 732 répteis, 973 anfíbios, 3150 peixes continentais e 1358 peixes marinhos), das quais 1.173 estão listadas como ameaçadas de extinção, sendo uma obrigação do poder público e da sociedade protegê-las.

  BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – Instituto Chico Mendes. Fauna Brasileira. Disponível em: http://fdnc.io/ety. Acesso em: 30 maio 2021.

• Atividade 2. Veja alguns exemplos a seguir.
• Peixes: entre as espécies mais comuns em aquários, há peixe-beta, neon, molinésia e tetra. Os estudantes podem citar também peixes relacionados à alimentação, como tilápia e bacalhau.
• Anfíbios: os estudantes podem citar sapos, como o sapo-bufo e a rã-touro. Se citarem “girinos”, explique que essa é uma fase de vida dos anfíbios.
• Répteis: os estudantes podem citar lagartos, lagartixas e serpentes. Se forem citadas espécies peçonhentas, lembre de não tocar em animais que não conhecem, para evitar acidentes.
• Aves: os estudantes podem citar aves comuns na região em que vivem. Nesse momento, é interessante reforçar que criar animais silvestres em cativeiro é crime ambiental. De acordo com as respostas da turma, pode ser importante elaborar uma campanha de conscientização.
• Mamíferos: os estudantes podem citar animais domésticos ou domesticados, como cães, gatos, porcos ou animais selvagens que já viram. Também alertar sobre o fato de que criar animais silvestres, como macacos, é crime ambiental.
• Atividade 3. Ao propor aos estudantes que comparem alguns animais e os classifiquem com base em características externas, a atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI06.

Nas atividades das páginas 42 e 43, é possível trabalhar o desenvolvimento das habilidades EF03CI04 e EF03CI06.

• Atividade 4. Ao discutir a atividade, aprofunde as discussões iniciadas no Investigar o assunto. Neste momento, os estudantes perceberão mais claramente o caráter hierárquico desse tipo de classificação. É importante que entendam que cada nível subsequente de classificação elimina alguns animais que estavam incluídos no nível anterior. Por exemplo, de todos os vertebrados, apenas alguns são mamíferos, embora todos os mamíferos sejam vertebrados. Uma das dificuldades dos estudantes é entender que, dentro dos grupos mais abrangentes, existem grupos menores. Muitas vezes veem esses grupos como classificações alternativas e não como níveis diferentes em um mesmo sistema de classificação. Deve-se lembrar que as tendências atuais apontam para classificações que refletem a história evolutiva dos organismos.
• Atividade 5.

1. Espera-se que os estudantes compreendam que as espinhas do peixe podem causar ferimentos na boca e na garganta se forem engolidas, pois, em geral, são pontiagudas.

2. Se julgar necessário, explique aos estudantes que as espinhas correspondem principalmente aos ossos da coluna vertebral e da costela dos peixes ósseos.
   • Atividade 6. Como complemento da atividade, peça aos estudantes que oralmente corrijam as alternativas falsas.
   • Nem todas as aves voam.
   • Os animais vertebrados possuem crânio e coluna vertebral.

     BNCC em foco:

     EF03CI04, EF03CI06

• Atividade 7. Nesta atividade, os estudantes poderão usar as informações novas apresentadas no texto para retomar o conteúdo e aprender sobre um tipo específico de mamífero. Se possível, apresente fotografias de outros animais que têm marsúpio.
• Atividade 8. Esta atividade promove a progressão da habilidade EF03CI06, pois, com base nas características comuns, os estudantes deverão classificar o ser humano dentro de um dos grupos de animais existentes. E também desenvolve a habilidade EF03CI04, uma vez que eles terão de identificar características sobre o modo de vida desse grupo.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI06

Objetivo da seção

• Conhecer exemplos de animais invertebrados e vertebrados marinhos.

5. Essa seção explora os modos de vida, características externas e formas de desenvolvimento de alguns animais marinhos, permitindo o desenvolvimento de aspectos das habilidades EF03CI04, EF03CI05 e EF03CI06.
   • Se julgar interessante, acrescente ainda informações sobre animais que não estão representados, como outros peixes e as toninhas. Informe aos estudantes que a maioria dos peixes nasce de ovos, podendo colocar milhares deles, de uma só vez. Porém, algumas espécies podem se desenvolver dentro da barriga da mãe. A toninha, por sua vez, é um mamífero. Esse golfinho tem apenas um filhote por vez, que permanece junto da mãe. As mães ensinam os filhotes a capturar peixes alguns meses após o nascimento.

     BNCC em foco na dupla

     de páginas:

     EF03CI04, EF03CI05, EF03CI06

     Sugestão de atividade: Dominó dos animais marinhos

     Material: Cartolina; lápis de cor ou canetinha; fotos impressas dos animais (opcional).

     Como fazer

     Confecção das peças: recorte a cartolina em peças com o tamanho aproximado de 8 cm × 6 cm. Faça o número de peças que achar conveniente: recomendamos em torno de 30 peças. Escolha os animais marinhos que vão ilustrar o dominó da turma e separe alguma característica ou curiosidade desse animal; você pode utilizar os animais e as informações contidas nestas páginas e pesquisar o restante na internet. Com um traço, divida cada peça ao meio. Metade da peça deve conter a imagem de um animal (escolha a melhor forma para ilustrar as peças: elas podem ser desenhadas pelos estudantes, você pode providenciar as imagens dos animais impressas e pedir aos estudantes que as recortem etc.). Na outra metade da peça, escreva uma curiosidade sobre outro animal.

     Como jogar: organize a turma em grupos de três estudantes. Instrua-os a embaralhar as peças e a distribuí-las entre os jogadores. Sorteiem um dos jogadores para começar o jogo. Esse jogador deve colocar uma peça na mesa. O próximo jogador deve colocar uma peça ao lado da primeira, mas tem que ser a peça que tenha a ilustração do animal a que corresponda a curiosidade da peça da mesa. Ou a curiosidade que corresponda ao animal ilustrado na peça da mesa. Se o jogador não tiver nenhuma das peças, passa sua vez para o próximo. O jogador que ficar sem nenhuma peça primeiro será o vencedor.

Trabalho em grupo. Incentive os estudantes a conhecerem melhor a diversidade de animais que vivem no ambiente marinho. Em grupos, peça que realizem uma pesquisa sobre uma ou mais espécies e elaborem um texto breve definindo esses animais. A organização de um dicionário, que poderá integrar as pesquisas de todos os estudantes da turma, contribuirá com o processo de alfabetização e também com noções de leitura, compreensão e elaboração de verbetes de dicionários, nesse caso, de um dicionário temático, que explora um vocabulário específico.

Educação em valores

Preservação do ambiente. O professor pode optar por trabalhar o tema contemporâneo Preservação do ambiente relacionado ao conteúdo da seção. Para isso, mostre aos estudantes imagens de poluição dos mares e animais vítimas da poluição marinha e também reportagens com esse tema. Explique que muitas atividades humanas causam a poluição marinha, como o lixo jogado em praias e o lixo jogado nas ruas (que vai parar nos rios e depois no mar), o lançamento de esgoto no mar etc. Enfatize que a poluição marinha causa desequilíbrio no oceano, matando muitas espécies de animais, contaminando peixes que poderão servir de alimento para nós, deixando praias impróprias para banho etc. Proponha uma reflexão sobre qual é a melhor forma de combater esse problema; desperte a consciência ambiental.

Objetivo da seção

• Conhecer um zoológico e seu papel social.
• Observar diferentes animais, obter informações sobre seu local de origem e sua alimentação.

  Esta atividade permitirá que os estudantes investiguem o modo de vida e certas características externas de animais do zoológico, que permitirão classificá-los em diferentes grupos, de acordo com as habilidades EF03CI04 e EF03CI06. Nela, os estudantes trabalharão com base na classificação de invertebrados e vertebrados e na organização dos grupos de vertebrados. Reveja com a turma as principais características de cada grupo, de modo a garantir que todos tenham uma boa noção dessa classificação. Assim, logo após o levantamento dos animais disponíveis para visitação, os estudantes devem identificar e selecionar representantes de diferentes grupos para observarem e definir os grupos que ficarão responsáveis por cada um. A seção é um dos momentos de trabalho do tema meio ambiente e materiais, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

  Discutir antecipadamente o que gostariam de descobrir com a visita ao zoológico pode contribuir com o comprometimento dos estudantes durante a realização da atividade. Note que questões elaboradas pelos próprios estudantes têm poder motivador muito maior do que se forem definidas apenas pelo professor. Por isso, estimule os estudantes a participarem ativamente da produção da ficha que terão de completar durante a visita.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI04, EF03CI06

  Texto complementar

  Menos bichos, mais pesquisas

  Manter animais em cativeiro é um hábito antigo. Há 5 mil anos os faraós já colecionavam hienas, macacos, leopardos, girafas e aves. Os imperadores chineses e romanos e mais tarde os reis europeus também gostavam de expor animais exóticos, que atestavam como eram vastos seus domínios. No Brasil, as primeiras coleções tomaram forma no Museu Emílio Goeldi, em Belém do Pará, em 1882, e depois no Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e outras cidades, mais intensamente a partir dos anos 1970. Agora, procurando se renovar, os zoológicos brasileiros diversificam as coleções, hoje de cerca de 40 mil animais do Brasil ou de outros países, incluindo os peixes, normalmente pouco lembrados por quem sai no domingo de sol para ver leões e girafas.

  [...] as espécies mais ameaçadas de extinção são as menos encontradas nos zoológicos. [O pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais Cristiano] Azevedo participou da elaboração de um índice matemático que avalia o papel dos zoológicos na conservação de animais silvestres: “O único com resultados satisfatórios foi o zoológico de São Paulo. Os outros estão aquém do desejável”.

  Dificilmente os zoológicos conseguirão acompanhar o desejo dos amantes da vida silvestre. “O Brasil é um país megadiverso, com megaproblemas e micro-orçamentos. Não conseguiremos representar a biodiversidade brasileira nos zoos”, comenta Catão Dias [professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo José Luiz].

  FIORAVANTI, C. Menos bichos, mais pesquisas. Revista Pesquisa Fapesp , n. 181, março de 2011, p. 20-21.

Se possível, proponha uma entrevista com a equipe que alimenta os animais no zoológico ou com um veterinário, incentivando os estudantes a perguntar sobre as necessidades alimentares dos animais, a esclarecer suas dúvidas e aprender algumas curiosidades.

Durante a visita, lembre os estudantes que, assim como todos os espaços públicos, deve-se respeitar o local. Jogar lixo no chão e gritar são atitudes que prejudicam as pessoas ao redor e os animais. Caso haja muitas pessoas e não consigam visualizar um animal, eles devem pedir licença e aguardar sua vez.

Se possível, peça aos estudantes que façam desenhos dos animais, os quais poderão ser utilizados na confecção dos cartazes. Para isso, verifique antecipadamente se há um local coberto no próprio zoológico, disponível para a atividade.

Incentive os estudantes a trocar impressões sobre os animais vistos. Deixe-os falar livremente sobre todos os aprendizados da visita. Aproveite para ressaltar que não existem animais bons nem maus. Explique que existe uma interdependência entre os seres vivos, uma vez que um se relaciona com o outro, e a maioria dessas relações tem a ver com a obtenção de alimento para a sobrevivência.

Para concluir a atividade, na terceira etapa, converse com os estudantes sobre uma forma de organização dos cartazes no mural ou na escola. Verifique se eles serão distribuídos por grupos de animais vertebrados e invertebrados, por hábito alimentar ou outra característica.

Objetivo da seção

• Ter ciência das responsabilidades envolvidas no cuidado com animais de estimação.
• Reconhecer o abandono de animais como um problema grave.

  O abandono de animais de estimação é um problema que afeta todo o país. Cães e gatos são os maiores prejudicados. Explique que a adoção de animais resgatados das ruas é uma atitude que colabora com essa situação. Outra forma de colaborar é auxiliando, financeiramente ou com voluntariado, as pessoas e instituições que se dedicam ao resgate e cuidado desses animais.

  Pergunte aos estudantes sobre a origem de seus animais de estimação. Explique que nem sempre os animais que são vendidos em pet shops e estabelecimentos afins são criados de maneira adequada. Fêmeas e machos utilizados como reprodutores podem ser submetidos a rotinas prejudiciais à saúde e ao bem-estar deles.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI04

  Texto complementar

  Castração – por quê?

  Para as fêmeas (cães e gatos)

  Evita infecção uterina (piometra, doença que atinge 60% das fêmeas); se realizada antes de um ano de idade, reduz bastante as chances de desenvolver câncer de mama na fase adulta; se realizada antes do primeiro cio, a possibilidade é praticamente zero; anula a chance de problemas uterinos bastante comuns em cadelas após os seis anos de idade, cujo tratamento é cirúrgico, com a remoção do órgão; evita montas e crias indesejadas, fugas de casa e outros comportamentos incômodos do cio, como a “miação nervosa” das gatas e o uivo das cadelas.

  Para os machos (cães e gatos)

  Evita brigas por disputa territorial; diminui a demarcação territorial com urina; se castrado antes de um ano de idade, ele não demarcará território na fase adulta; previne tumores de próstata e, consequentemente, hérnias perineais; evita fugas de casa atrás de fêmeas no cio.

  Para a comunidade

  Contribui para a segurança pública; diminui o número de animais errantes, com a consequente redução de acidentes de trânsito e mordeduras; contribui para a saúde pública: menos animais errantes significa menos fezes e urina em locais públicos, permitindo melhor higiene e controle de zoonoses, além de contribuir para a redução de gastos no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) [...].

  CENTRO DE ADOÇÃO NATUREZA EM FORMA. Castração – por quê? Disponível em: http://fdnc.io/etz. Acesso em: 30 maio 2021.

É comum a noção de que cães e gatos de raça sejam, de alguma forma, superiores àqueles sem raça definida, porém todos os animais merecem respeito, carinho e cuidados. Verifique se os estudantes compreenderam a leitura do texto e percebem que adotar um animal requer cuidados específicos, possibilitando o desenvolvimento da habilidade EF03CI04.

• Atividade 1. Muitas pessoas não têm a dimensão exata dos cuidados que a adoção de um animal doméstico requer. Nesse contexto, acabam abandonando esses animais. Converse com os estudantes sobre responsabilidades importantes: comprar e oferecer comida, deixar água fresca disponível, oferecer cuidados com a saúde, manter abrigado e não exposto a condições climáticas adversas e cuidar da higiene do animal.
• Atividade 2. Promova a leitura do cartaz e comente que a decisão de adotar um animal deve ser sempre discutida e acertada com todos os que se responsabilizarão pelos cuidados com o animal.
• Atividade 3. Converse com os estudantes sobre a importância de adotar animais. Pergunte se já adotaram e por quê. Explique que adotar animais é importante, pois eles foram resgatados e ficam em um centro, que muitas vezes tem poucos recursos para sustentar grande quantidade de animais. Essa atividade requer o uso de diferentes fontes de pesquisa, entre as quais linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação. Auxilie os estudantes a acessarem informações relevantes sobre a adoção de animais, para refletirem e disseminarem dicas e alertas sobre o tema, por meio de cartazes que eles próprios vão confeccionar. Essa seção trabalha habilidades relacionadas à competência específica 6 e à competência geral 4.

Objetivo da seção

• Retomar os objetivos estudados na unidade e o vocabulário aprendido.
• Avaliar o processo de aprendizagem em relação aos conteúdos abordados na unidade.
• Atividade 1. Peça aos estudantes que observem atentamente as características dos bichinhos para poder responder às questões e verifique se eles distinguem características comuns a todos, que determinam a formação de um grupo, e características que permitem dividi-los em grupos menores, de acordo com a habilidade EF03CI06.
• Atividade 2. Oriente os estudantes a identificar o tipo de alimento de cada animal e classificar o seu hábito alimentar, para depois verificar se a frase indicada estabelece a mesma relação. Caso alguma frase não esteja de acordo, é possível que ela esteja incorreta, ou então, é provável que o estudante não tenha compreendido parte do conteúdo e precise retomar os conceitos herbívoro, carnívoro e onívoro. Essa atividade permitirá explorar a habilidade EF03CI04.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI06

  Sugestão de atividade: Teatro dos bichos

  Material: TNT colorido; papéis coloridos; cola; fita adesiva; adereços.

  Como fazer

  Monte uma peça de teatro dos animais com os estudantes. Peça a cada um deles que pense em um animal para interpretar. Disponha os materiais na sala de aula para que criem o figurino dos animais. Incentive-os a usar de forma criativa o material disponível. Em seguida, elabore com eles um roteiro. Os animais podem falar ou somente emitir sons, mas a ideia é que eles consigam montar um roteiro que use os conceitos aprendidos na unidade, como classificação dos animais, modos de vida, ciclo de vida etc.

  Incentive a criatividade na hora de criação tanto do figurino como do roteiro. Esta atividade pode se tornar um projeto para a apresentação da peça para a escola toda, em uma mostra de Ciências ou outro espaço possível.

• Atividade 3. Tendo como norte a habilidade EF03CI05, verifique se os estudantes reconhecem mudanças e descrevem as principais etapas do ciclo de vida de uma serpente, a partir da leitura das imagens. Uma possibilidade de explorar o tema e sanar eventuais dúvidas é relacionar o ciclo de vida da serpente com o de outros animais.
• Atividade 4. Além de explorar o modo de vida de animais aquáticos, de acordo com a habilidade EF03CI04, essa atividade permite mostrar aos estudantes como as atividades humanas podem impactar seres vivos que vivem em outros ambientes, muitas vezes, distantes. Nesse caso, trata-se da contaminação de rios por meio do lançamento de lixo ou do esgoto gerado em residências que não passa por sistema de tratamento.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI05

• Atividade 5. Essa atividade promove a interdisciplinaridade com Matemática. Além do modo de locomoção, explore outras características referentes ao modo de vida desses animais, de acordo com a habilidade EF03CI04. Aproveite também para relacionar a atividade com o contexto dos estudantes, permitindo que eles contem para a turma quais animais domésticos possuem.
• Atividade 6. Essa atividade explora algumas características dos animais invertebrados, representados nas imagens, e permite trabalhar principalmente com a habilidade EF03CI06. Verifique se todos reconhecem que os animais retratados não possuem vértebras, por isso são invertebrados. Comente que, no lugar desse esqueleto, eles possuem outras estruturas que permitem a sustentação e a locomoção, como o exoesqueleto (insetos, aracnídeos, crustáceos). Chame a atenção para as diversas formas de locomoção que eles apresentam e que permitem explorar os mais diferentes ambientes.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI06

• Atividade 7. Comente com os estudantes que, apesar de o tucano aparecer comendo apenas uma fruta na tirinha, ele é um animal onívoro. Nessa atividade, os estudantes poderão reforçar a habilidade EF03CI06, pois vão comparar os animais e organizá-los em grupos com base em características externas comuns. Nessas atividades, são exploradas características de animais vertebrados, ou seja, que possuem coluna vertebral. Verifique se todos reconhecem a presença dessa estrutura interna nos animais representados na tirinha.

  BNCC em foco:

  EF03CI06