UNIDADE 3 - Ar, água e solo

Objetivos da Unidade

• Perceber que a superfície do planeta Terra é formada por oceanos, continentes e ilhas.
• Compreender que o planisfério e o globo terrestre são formas de representação do planeta.
• Comparar formas de representação da Terra.
• Identificar os principais paralelos e meridianos.
• Reconhecer que fotografias aéreas e imagens de satélite podem ser usados para a elaboração de mapas.
• Compreender que estamos rodeados por ar e reconhecer alguns de seus efeitos.
• Compreender que o ar é uma mistura de gases.
• Reconhecer que alguns gases são essenciais para os seres vivos.
• Identificar os locais em que há água no planeta.
• Conhecer as proporções de água doce e de água salgada na Terra.
• Reconhecer os estados físicos em que a água é encontrada na natureza: sólido, líquido, gasoso.
• Perceber que as rochas e o solo formam a camada sólida superficial do planeta Terra.
• Aprender que as rochas são formadas por minerais.
• Conhecer a composição do solo.
• Compreender o processo de formação do solo e sua importância para os seres vivos

  Comece explorando a imagem de abertura. Peça aos estudantes que descrevam a fotografia, retratando o que veem no geral e o que seria cada elemento. A observação é uma habilidade importante para envolvê-los de forma significativa no conteúdo.

  BNCC em foco:

  EF03CI02, EF03CI04, EF03CI07, EF03CI08, EF03CI09, EF03CI10

Vamos conversar

1. Espera-se que os estudantes mencionem que é possível ver a curvatura do planeta.

2. Nesse momento, as respostas podem variar, mas alguns estudantes podem já saber que se trata da água dos oceanos.

3. Espera-se que os estudantes percebam que as áreas marrons com manchas verdes correspondem à “terra firme”, isto é, aos continentes e às ilhas.

4. As manchas brancas são as nuvens.

5. Se achar necessário, reforce que a atmosfera é a camada de gases que envolve o planeta.

   Domínio da linguagem

   Argumentação. Questões sobre imagens contribuem para promover a ativação dos conhecimentos dos estudantes. Sempre que julgar pertinente, solicite aos estudantes que expliquem qualquer afirmação que façam, para desenvolver a capacidade de elaborar hipóteses, sustentá-las com argumentos e depois checar as hipóteses com a ajuda do professor.

Objetivos da seção

• Observar o solo da escola.
• Identificar alguns componentes e características do solo.
• Comparar a parte mais superficial e a menos superficial do solo.

  Nessa atividade, será favorecido o desenvolvimento da habilidade EF03CI09, por meio da comparação de amostras de solo do entorno da escola com base nas características: cor, textura, tamanho dos grãos e umidade.

  Caso não exista um local na escola em que seja possível realizar a atividade, leve os estudantes a uma praça ou a um jardim próximo à escola. Combine essa atividade com antecedência, para que os estudantes possam vestir roupas adequadas, que possam sujar. Caso não seja possível usar luvas, eles poderão usar sacos plásticos para cobrir as mãos.

  Antes de sair da sala, reúnam os materiais indicados no tópico Materiais e promova uma leitura do tópico Como você vai fazer, antecipando o passo a passo. Certifique-se de que todos entenderam o que deverá ser feito e esclareça eventuais dúvidas. Oriente-os a tomar cuidado com pequenos animais que possam picar e com objetos cortantes que possam estar misturados ao solo.

  Oriente os estudantes a registrarem de forma detalhada as observações sobre o solo e sobre o local de coleta das amostras. Destaque a importância de registrar as observações no momento da coleta, uma vez que podem ser esquecidas se não forem anotadas em campo. Esses registros são essenciais para a análise posterior dos resultados.

  As ações relacionadas a essa atividade prática promovem oportunidades para que os estudantes ajam com autonomia e responsabilidade, favorecendo o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência geral 10 e à competência específica 5. O trabalho com práticas e procedimentos de investigação científica favorece habilidades relacionadas à competência específica 2.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI09

  Sugestão de atividade: Diferentes tamanhos dos grãos do solo

  Material: Uma porção de terra de jardim; 3 folhas de papel branco; 3 peneiras de diferentes tramas (grossa, média e fina).

  Como fazer

  Despeje a amostra de solo na peneira de trama grossa. Separe o conteúdo retido na peneira e despeje-o na primeira folha branca. Repita o procedimento com o solo que passou pela peneira grossa utilizando a peneira média e, por fim, realize o mesmo com a de trama fina. Deixe o conteúdo selecionado em cada uma das peneiras em uma estação fixa, como a sua mesa. Organize os estudantes em grupos e solicite que um grupo por vez vá até a mesa e observe o material, de preferência com uma lupa. Instrua-os a descreverem a diferença de tamanho dos grãos. Construa uma tabela que permita a comparação das características dos materiais retidos em cada peneira.

Para a análise do tamanho dos grãos do solo, pode-se utilizar um procedimento parecido com o da Sugestão de atividade desta página. No entanto, os estudantes vão utilizar apenas uma peneira. Eles devem peneirar as amostras de solo sobre uma folha de papel e observar quais componentes passam e quais não passam pela peneira. Devem observar também o aspecto dos grãos da porção retida e da porção na folha de papel.

Deixe os estudantes manusearem as diferentes amostras de solo para que observem a cor e o tamanho dos grãos e sintam a consistência, a umidade e a textura das amostras, de acordo com a habilidade EF03CI09. O objetivo não é classificar os diferentes tipos e estruturas de solos, mas perceber que variam dependendo do ambiente e da profundidade, por exemplo.

É possível que haja lixo no solo da escola, como embalagens plásticas. Caso isso aconteça, aproveite para discutir o impacto do lixo no solo, que impede o crescimento natural das raízes das plantas, pois se torna um obstáculo, interfere na infiltração de água, e sua decomposição/apodrecimento libera substâncias que podem ser tóxicas para as plantas e outros seres vivos.

• Atividade 1. Os estudantes deverão preencher o quadro com as características das amostras de solo coletadas, por isso as respostas podem variar.
• Atividade 2. É provável que os estudantes identifiquem nas amostras de solo: pedras, minhocas, raízes de plantas, tatuzinhos-de-jardim, folhas em decomposição etc. É possível também que encontrem lixo descartado no solo.
• Atividade 3. Sobre as diferenças entre o solo na superfície e o solo mais profundo, as respostas podem variar. É possível que os estudantes encontrem diferenças de umidade e de coloração entre as amostras, por exemplo.
• Atividade 4. Espera-se que os estudantes utilizem informações dessa atividade para pensarem na composição do solo. Durante a discussão, procure explorar a presença e a importância dos seres vivos que vivem no solo.

Objetivos do capítulo

• Perceber que a superfície do planeta Terra é formada por oceanos, continentes e ilhas.
• Compreender que o planisfério e o globo terrestre são formas de representação do planeta.
• Comparar formas de representação da Terra.
• Identificar os principais paralelos e meridianos.
• Reconhecer que fotografias aéreas e imagens de satélite podem ser usados para a elaboração de mapas.

  Pergunte aos estudantes se gostariam de conhecer mais sobre o que há fora do planeta Terra e como eles poderiam fazer isso. É possível que muitos respondam que sendo astronautas. Questione-os sobre qual seria a maneira de desvendar os espaços sem sair da Terra. Auxilie-os a compreender que telescópios potentes e imagens de satélites permitem a observação do espaço sideral.

  Explique aos estudantes que a Astronomia é uma ciência muito dinâmica. Os astrônomos descobrem estrelas, planetas, entre muitos outros astros, além de identificarem fenômenos que acontecem no espaço.

• Atividade 1. Como se trata de uma abordagem introdutória, a resposta à questão pode ser usada para levantar conhecimentos prévios dos estudantes e também como forma de iniciar o trabalho com a habilidade EF03CI07. Pode ser que alguns deles já mencionem que a Terra parece azul porque a maior parte dela é coberta por água.
• Peça aos estudantes que voltem à imagem de abertura da Unidade para que possam associar a atmosfera à camada azul brilhante que se pode ver no horizonte.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI07

  Sugestão de atividade: Ar, água e terra

  Material: Frascos de vidro transparentes e com tampa; um punhado de solo; água; fita adesiva; imagens recortadas de revistas que mostrem situações relacionadas a esses três elementos.

  Como fazer

  Em um dos frascos, coloque um punhado de solo (que pode conter fragmentos de rochas); no outro, água; e o último deixe vazio para que represente o ar. Escreva o nome desses elementos lado a lado, na lousa, reservando um espaço abaixo deles para que imagens sejam coladas.

  Comece a atividade explicando que a camada mais superficial do nosso planeta é composta de rochas, solo, água e envolvida por uma camada de ar. Inicialmente, pegue o frasco com solo. Mostre a eles e pergunte se já brincaram na terra, se já construíram castelos de areia.

  Diga que existem vários tipos de solo no nosso planeta.

  Depois distribua as imagens entre os estudantes. Em seguida, pergunte quem pegou uma imagem relacionada ao solo e às rochas. Escolha um estudante para iniciar a atividade e peça que ele cole sua imagem associada a um dos elementos indicados na lousa. Peça também que pegue o frasco com solo e leve para um estudante, que também tenha uma imagem semelhante. Esse estudante deverá proceder da mesma forma, ou seja, colar sua imagem na lousa e entregar o frasco para outro colega que tenha uma imagem relacionada ao solos ou às rochas. Quando não houver mais estudantes com imagens relacionadas a solos e rochas, faça o mesmo para os elementos água e ar.

  Ao final da atividade, você pode perguntar sobre outros exemplos relacionados a cada um dos elementos.

O trabalho com imagens, como as de satélites e fotografias aéreas, e com representações do planeta Terra, como o globo terrestre e o planisfério, oferece subsídios para o desenvolvimento da habilidade EF03CI07. Inicialmente, os estudantes aprenderão algumas características da Terra, como sua forma e composição para em seguida identificá-las nessas representações.

Peça aos estudantes que comparem a fotografia aérea e o mapa apresentados nesta página, identificando semelhanças e diferenças. Questione de que formas um mapa que representa um bairro, por exemplo, pode ser elaborado. Verifique se todos percebem a importância das imagens aéreas para que essas representações sejam feitas.

Não deixe de explorar a função dos mapas e das fotos aéreas. Pergunte qual deles é mais detalhado e oferece mais informações sobre os elementos que compõem o meio e qual deles facilita a locomoção e o deslocamento, por ser mais simplificado e apresentar informações relevantes (nomes de ruas, por exemplo).

Leve um globo terrestre e um planisfério para a sala de aula e reúna os estudantes em roda. Estimule-os a manipular esses objetos e a identificarem as partes que representam continentes e ilhas, e as partes que representam água. Faça-os perceber que a água cobre a maior parte da superfície da Terra e esclareça que essa parte, equivalente a dois terços do planeta, corresponde à água salgada. Pergunte aos estudantes onde encontramos a água doce que usamos para beber, tomar banho etc., e observe se eles já mencionam rios e lagos, e talvez geleiras.

Explique aos estudantes que, para representar o planeta, seja por meio de um planisfério ou de um globo terrestre, é preciso reduzir seu tamanho real de forma proporcional. Por isso, essa redução é calculada para manter uma relação entre o tamanho real da superfície que se quer representar e o tamanho de sua representação. Essa relação é estabelecida por meio da escala, que indica quantas vezes o tamanho real foi reduzido para poder ser representado.

• Atividade 2. Os estudantes vão comparar quais dessas características são observadas em três formas diferentes de representar o planeta: mapa, globo terrestre e imagem de satélite. O objetivo dessa atividade é que fique claro para os estudantes que não há somente uma maneira de observar ou representar a Terra, mas várias, que podem evidenciar características diferentes do planeta e ser complementares. A atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI07.

  BNCC em foco:

  EF03CI07

  Texto complementar

  Mapas temáticos

  Na cartografia, os mapas têm características específicas que os classificam, e representam elementos selecionados de um determinado espaço geográfico, de forma reduzida, utilizando simbologia e projeção cartográfica.

  [...] Define-se como mapas temáticos “todos os mapas que representam qualquer tema, além da representação do terreno”. Os procedimentos de levantamento, redação e comunicação de informações por meio de mapas diferem de acordo com a formação e especialização dos profissionais em cada campo, a exemplo dos geólogos, geomorfólogos, geógrafos, entre outros, que se expressam na forma gráfica.

  A elaboração de mapas temáticos abrange as seguintes etapas: coleta de dados, análise, interpretação e representação das informações sobre um mapa base que, geralmente, é extraído da carta topográfica. Os mapas temáticos são elaborados com a utilização de técnicas que objetivam a melhor visualização e comunicação, distinguindo-se essencialmente dos topográficos, por representarem fenômenos de qualquer natureza, geograficamente distribuídos sobre a superfície terrestre. Os fenômenos podem ser tanto de natureza física como, por exemplo, a média anual de temperatura ou precipitação sobre uma área, de natureza abstrata, humana ou de outra característica qualquer, tal como a taxa de desenvolvimento, indicadores sociais, perfil de uma população segundo variáveis tais como sexo, cor e idade, dentre outros.

  ARCHELA, R. S.; THÉRY, H. Orientação metodológica para construção e leitura de mapas temáticos. Confins, 2008. Disponível em: http://fdnc.io/etG. Acesso em: 1º jun. 2021. p. 2-3.

Objetivos da seção

• Observar imagens obtidas por satélites artificiais.
• Identificar características da Terra à noite.

  Peça a alguns estudantes que leiam trechos do texto em voz alta e, em seguida, identifiquem os pontos claros nas imagens, assim como os continentes mencionados nas legendas.

  Aproveite a imagem do planisfério da Terra para trabalhar a habilidade EF03CI08, ao questionar os estudantes sobre o planisfério noturno: Há algum período em que é noite em todo o planeta? Se não, como foi possível obter essa imagem? Observe se eles consideram que o satélite fez imagens apenas no período noturno em cada uma dessas localidades.

  Pergunte aos estudantes como eles acham que foi possível montar um planisfério a partir de fotos tiradas por satélites. Explique que o satélite fez muitas imagens de diferentes porções da Terra e que, unidas, permitiram formar um planisfério. Peça que identifiquem algumas regiões onde há maior concentração de luzes e pergunte o que isso pode indicar. Muitas ou poucas pessoas vivem nessa região? Os pontos claros maiores indicam cidades grandes ou pequenas?

  Aproveite para trabalhar os conceitos de transparência e opacidade. Questione os benefícios de escolher imagens com poucas ou ausência de nuvens para compor um planisfério. Explique que a intenção da imagem do planisfério é identificar as aglomerações urbanas por meio da intensidade dos pontos luminosos. Certas nuvens, por serem opacas, não permitem a passagem de luz. Assim, a imagem perderia sua finalidade. Essa atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI02.

  Tarefa de casa. Proponha que os estudantes façam um resumo de tudo o que foi conversado nessa seção e oriente-os a usar as imagens para apresentar essas informações a um adulto.

  BNCC em foco:

  EF03CI02, EF03CI08

Objetivos da seção

• Construir um modelo de representação da Terra que considere sua forma.
• Explorar uma forma de representação do planeta.

  Antes de iniciar a atividade, certifique-se de que os estudantes já se familiarizaram com o globo terrestre e reconhecem continentes, oceanos, linhas imaginárias, entre outras informações. Em seguida, conversem sobre a pergunta que introduz a atividade prática.

  Leia a lista de materiais e verifiquem se todos possuem os itens mencionados. Em seguida, leiam cuidadosamente e realizem cada passo do tópico Como você vai fazer. Promova também a leitura das imagens; elas contribuem para esclarecer algumas etapas da montagem.

  Após recortarem os gomos, peça aos estudantes que organizem o mapa em cima da mesa, antes de começarem a colar, e sigam a sequência. Dessa forma, evita-se que colem os gomos na sequência errada.

  Oriente os estudantes a colarem os gomos bem próximos uns dos outros, de forma que uma linha sempre encontre a outra.

  Bolas de isopor desse tamanho geralmente têm uma linha fina, em alto-relevo, que as divide ao meio. Oriente os estudantes a alinharem essa divisão com a linha do equador.

  Essa atividade pode ser realizada de forma interdisciplinar com as disciplinas de Geografia (objeto de conhecimento Representações cartográficas) e de Arte (objeto de conhecimento Materialidades). Pergunte aos estudantes se eles acham que a bola de isopor poderia ser substituída por outro material, reaproveitado. Estimule-os a discutir o uso sustentável dos materiais. Ao analisar o planisfério e o globo montado, os estudantes podem também interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais e dois tipos de representação cartográfica.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI07

  Texto complementar

  O globo terrestre no ensino

  O globo terrestre [...] é a representação da Terra que mais se assemelha à sua forma. Por isso mesmo é a que mais se aproxima da realidade, sendo a mais adequada a uma visão geral do mundo em que vivemos. [...]

  [O] globo terrestre é uma figura presente em muitas situações do cotidiano de todas as pessoas – sobretudo relacionado com as ideias de poder e de domínio amplo sobre o espaço, o que remete à questão do conhecimento. [...]

  Dentre os recursos didáticos utilizados [...], o globo terrestre é um dos mais interessantes, especialmente quando há uma necessidade de tratar de temáticas relacionadas ao espaço planetário. Uma das suas aplicações mais elementares está na possibilidade de localizar os lugares na superfície da Terra.

  Assim como os mapas e as cartas nos dão a possibilidade de ler a realidade representando espaços menores, o globo, por sua abrangência espacial, contempla-nos com a possibilidade de ver o espaço mundial; com a possibilidade de, nesse espaço, articular os fatos e acontecimentos em suas múltiplas escalas, do local ao global, contribuindo para o entendimento não só dos arranjos espaciais, mas principalmente dos processos que os configuraram.

  CARVALHO, E. A.; ARAÚJO, P. C. O globo terrestre e seu uso no ensino da Geografia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade Estadual da Paraíba, 2009. Disponível em: http://fdnc.io/qR. Acesso em: 6 fev. 2021.

É normal que as bordas dos gomos fiquem com algumas rugas. Oriente os estudantes a terem paciência e cuidado nessa etapa, para que o resultado final fique satisfatório.

É possível que no final do globo falte ou sobre espaço no isopor, dependendo de como os estudantes recortaram e colaram os gomos. Você pode ajudá-los reorganizando os gomos com eles.

Essa atividade prática favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI07, ao estimular os estudantes a manipularem o globo terrestre e o compararem com o planisfério.

• Atividade 1. Nessa atividade, o estudante vai comparar o planisfério com o globo terrestre que construiu e notar que, no planisfério, a Antártida é comprida e, no globo, ela tem uma forma mais arredondada.
• Atividade 2. Comente com os estudantes que, se abríssemos a superfície terrestre em outro ponto, como no meio do oceano Atlântico, este ficaria representado duas vezes no mapa.

Objetivos do capítulo

• Compreender que estamos rodeados por ar e reconhecer alguns de seus efeitos.
• Compreender que o ar é uma mistura de gases.
• Reconhecer que alguns gases são essenciais para os seres vivos.
• Atividade 1. Nessa atividade, é apresentado um diagrama que representa a proporção dos gases presentes no ar. Auxilie os estudantes na interpretação do diagrama. De forma interdisciplinar com Matemática, você pode construir um gráfico de barras com base nesses dados. Assim, é possível explorar duas formas distintas de representar as quantidades dos principais gases presentes na atmosfera, favorecendo aspectos da habilidade EF03CI07.

  Se julgar interessante, aproveite a oportunidade para trabalhar unidades de medida. Peça aos estudantes exemplos de aspectos que podemos medir nos objetos (massa, comprimento, temperatura, espaço etc.), enfatizando as unidades de medida utilizadas em cada um deles (quilograma, centímetro, metro, graus Celsius, mililitro, litro etc.). O trabalho com o objeto de conhecimento Medidas de comprimento (unidades não convencionais e convencionais): registro, instrumentos de medida, estimativas e comparações, do componente curricular Matemática, favorece a utilização de conhecimentos de matemática em um contexto de Ciências da Natureza, facilitando o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência geral 4.

  Os gases que juntos compõem o 1% de outros gases da atmosfera são: argônio, gás carbônico (ou dióxido de carbono), neônio, hélio, ozônio, hidrogênio, criptônio, xenônio e metano.

  BNCC em foco:

  EF03CI07

  Texto complementar

  Sobre os outros gases presentes no ar

  O ar é uma mistura mecânica de gases, e não um composto químico. O ar seco, em volume, é composto em mais de 99% de nitrogênio e oxigênio (Ver tabela). Observações realizadas com foguetes mostram que esses gases são misturados em proporções constantes até aproximadamente 100 km de altitude. Apesar de sua predominância, esses gases são de pouca importância climática. Apesar de sua relativa escassez, os chamados gases de efeito estufa desempenham um papel crucial na termodinâmica da atmosfera. [...]

  Componente do ar	Nitrogênio	Oxigênio	Argônio	Dióxido de carbono	Neônio	Ozônio	Hidrogênio	Metano
  Símbolo	N 2	O 2	Ar	CO 2	Ne	O 3	H	CH 4
  Volume % (ar seco)	78,08	20,95	0,93	0,037	0,0018	0,0006	0,0005	0,00017

  FONTE: BARRY, R. G.; CHORLEY, R. J. Atmosfera, tempo e clima. Porto Alegre: Bookman, 2013. p. 13-14.

Relembre os estudantes que o gás oxigênio e o gás carbônico são fundamentais para os seres vivos. O gás oxigênio é usado na respiração de plantas e animais, e o gás carbônico é utilizado pelas plantas para produzir o seu próprio alimento.

Informe a turma sobre o gás nitrogênio e sua importância. O elemento nitrogênio está presente em grandes quantidades no corpo dos seres vivos. Ele é incorporado no organismo de animais por meio da alimentação. Já as plantas incorporam o nitrogênio presente no solo, o qual é disponibilizado por certas bactérias capazes de captar e fixar o gás nitrogênio da atmosfera.

• Atividade 2. Nesta atividade, os estudantes devem perceber que o ar, mais especificamente o gás oxigênio, é fundamental para a sobrevivência de muitos seres vivos, inclusive o ser humano.

  Aproveite para questionar os estudantes como eles acham que os animais que vivem no ambiente representado na fotografia obtêm o gás oxigênio necessário à sua respiração. Explique que a maioria dos seres aquáticos obtém o gás oxigênio dissolvido na água, e os animais terrestres, o gás oxigênio presente no ar. Também é interessante comentar com a turma que cada ser vivo apresenta estruturas próprias para a obtenção desse gás, adaptadas ao ambiente em que vivem. Essa atividade complementar, em conjunto com a atividade 2, favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI04, ao identificar características do modo de vida (respiração) de animais terrestres e aquáticos.

• Atividade 3. Essa atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI07, ao identificar características da atmosfera da Terra.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI07

Objetivos da seção

• Ler e compreender instruções para construir um brinquedo.
• Construir um paraquedas de brinquedo.
• Perceber a relação entre o paraquedas de brinquedo e o ar.

  Promova a leitura de cada etapa do tópico Como você vai fazer, explorando a leitura das imagens explicativas e cuidando para que todos procedam da forma esperada. Pode ser que algumas crianças tenham dificuldades motoras para cortar o saco plástico, fazer os furos e dar os nós nos barbantes; por isso, auxilie-as na construção do paraquedas.

  É importante estimular os estudantes a trabalharem em grupos de acordo com suas diferentes habilidades: um tem melhor coordenação motora, outro escreve melhor, outro desenha bem; a soma das diferentes habilidades torna o trabalho mais interessante a todos e favorece o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência geral 10 e à competência específica 8.

  As ações necessárias para realizar esta atividade (leitura e interpretação de texto, compreensão de práticas corriqueiras de investigação científica, análise e compreensão de fenômenos da natureza e argumentação baseada em dados) favorecem o desenvolvimento de habilidades relacionadas às competências gerais 2, 4 e 7 e às competências específicas 3 e 5. A percepção do ar e de sua relação com certos objetos permite aprofundar aspectos da habilidade EF03CI07.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI07

  Texto complementar

  Paraquedas de brinquedo: encanto e diversão

  O paraquedas é daqueles brinquedos feitos com pouco e que provocam enormes encantamentos. Sai fechado, sobe, toma altura. Como se quisesse mesmo alegrar a todos, abre-se redondo, revelando uma pedra ou um homenzinho dependurados pelos fios, tornando-os heróis dos ventos, senhores da leveza e da descida. Dependendo da brisa, da força dos ventos, essa descida pode sofrer variações de percurso e ser carregada para sabe-se lá onde. [...]

  No bairro do Campo Limpo, zona sul da cidade de São Paulo, meninos e meninas fazem seus paraquedas cortando o plástico das sacolinhas de supermercado.

  Usam uma pedra para riscar ao redor de algo redondo, colocado sobre a sacolinha – um prato, uma lata grande, o que estiver disponível para arredondar as medidas. As linhas são de preferência as de pipa, que são mais resistentes. Mas nada impede que se saia à caça de outros tipos de linha, como as que estão guardadas nas caixinhas de costura das mães, nas oficinas dos pais, nas gavetas dos irmãos. Quando se trata de fazer seu próprio brinquedo, as crianças não medem esforços, não criam obstáculos para nada, e conseguem tudo o que precisam das maneiras mais inusitadas.

  Os pesinhos pendurados nos fios são super-heróis comprados em lojas, pedrinhas, pedaços de plástico recheados de areia, massinha, argila – qualquer coisa que pese, usando como parâmetro a medida da imaginação.

  MEIRELLES, R. Giramundo e outros brinquedos e brincadeiras dos meninos do Brasil. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 195-196.

Ao final da atividade, pergunte aos estudantes se conhecem outros objetos que se relacionam com o ar. Peça a eles que descrevam esses objetos e tentem explicar como funcionam. O importante não é chegar a uma explicação correta, mas exercitar a capacidade de explicar os fenômenos que observam com base no conhecimento construído. Comente que, há muito tempo, o vento (movimentação do ar) é aproveitado pelo ser humano nos barcos a vela para realizar o transporte marítimo.

• Atividades 1 e 2. Aproveite para identificar possíveis falhas na construção do paraquedas. Se julgar pertinente, proponha aos estudantes que construam outros formatos de paraquedas. Reforce que, sem o ar para enchê-lo, o paraquedas não funciona corretamente.
• Atividade 3. Espera-se que os estudantes respondam que o boneco caiu mais rápido sem o paraquedas, porque o ar enche o paraquedas e faz com que o boneco caia de maneira mais suave.
• Atividade 4. Os estudantes devem perceber que existem materiais e procedimentos mais apropriados do que outros para a confecção de um paraquedas.
• Atividade 5. Espera-se que os estudantes percebam que, ao cair, o paraquedas se abre e “enche-se” de ar. O ar oferece resistência à queda do objeto, fazendo com que ele caia mais devagar.

Objetivos do capítulo

• Identificar os locais em que há água no planeta.
• Conhecer as proporções de água doce e de água salgada na Terra.
• Reconhecer os estados físicos em que a água é encontrada na natureza: sólido, líquido, gasoso.

  Pergunte aos estudantes se eles acham que a distribuição da água é igual em todo o planeta. Explore o assunto perguntando: Há países ou regiões que apresentam problemas decorrentes da falta de água? E países ou regiões que possuem muita água, em que são diferentes? Comente que a falta de água dificulta o cultivo de alimentos, aumenta a incidência de queimadas e provoca a morte de animais.

• Atividade 1. Nessa atividade, os estudantes deverão pintar a quantidade de quadrados correspondentes aos dados apresentados. Informe a eles que há 100 quadrados no diagrama. Espera-se que pintem 3 quadrados de azul e os demais de verde e percebam a grande diferença que existe entre a quantidade de água doce e de água salgada no planeta. Essa percepção, relacionada a noções de distribuição da água em seus diferentes estados físicos, trabalhados neste capítulo, vai contribuir com o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF03CI07. Essa atividade pode ser trabalhada de forma interdisciplinar com Matemática, ao trabalhar a representação de dados. Pergunte aos estudantes se representariam os dados de outras formas. A atividade leva os estudantes a produzirem sentidos que envolvem o entendimento tanto do conceito científico quanto do conceito matemático, favorecendo o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência geral 4.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI07

Para iniciar o trabalho sobre os estados físicos da água, leve para a sala de aula alguns cubos de gelo, um copo com água e um espelho. Comente que os cubos de gelo representam a água no estado sólido, e a água no copo, a água no estado líquido. O vapor de água não é visível. Para demonstrar a presença desse vapor, peça aos estudantes que expirem próximo ao espelho. Explique que o vapor de água presente no ar sai dos nossos pulmões pela respiração e, ao entrar em contato com a superfície fria do espelho, forma as gotas que observamos em sua superfície.

• Atividade 2. Nessa atividade, os estudantes deverão escrever exemplos de onde existe cada um dos estados físicos da água. As atividades relacionadas ao estado físico da água são importantes, pois servem como base para o desenvolvimento da habilidade EF04CI02 ( Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos a diferentes condições ( aquecimento, esfriamento, luz e umidade).), no 4º ano do Ensino Fundamental.

Objetivos da seção

• Reconhecer a água como um direito de todos.
• Conhecer critérios para avaliar o acesso à água.
• Compreender que, apesar de ser um direito de todos, muitas pessoas não têm acesso à água potável.
• Estimular atitudes perante os governantes que garantam o acesso à água para todas as pessoas.

  Para iniciar a discussão em torno do tema desta seção, questione os estudantes sobre os usos da água. Registre os usos citados por eles na lousa e pergunte: Quais deles são essenciais para a sobrevivência do ser humano? Em quais situações a falta de água pode ameaçar a vida das pessoas ou afetar sua saúde?

  Ao trabalhar com o tema contemporâneo Direitos humanos, aproveite para retomar os demais direitos humanos. Conhecer os próprios direitos é essencial para poder se posicionar de forma crítica, com liberdade, autonomia e responsabilidade. Esse trabalho favorece o desenvolvimento da competência geral 6. Além disso, a seção é um dos momentos de trabalho do tema meio ambiente e materiais, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

  Educação em valores

  Importância da água. É interessante que os estudantes reflitam sobre essa questão buscando compreender as situações em que a água é vital (para ingestão, preparo de alimentos, higiene etc.) e que, quando a água não está disponível, a vida das pessoas é extremamente prejudicada.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI07

  Texto complementar

  Água e educação

  A água é essencial no processo de desenvolvimento das crianças. A quantidade de água que uma criança precisa é muito maior do que um adulto. Por isso, também, a desidratação infantil é um problema tão grave. A presença de água e instalações sanitárias nas escolas contribui significativamente para que as crianças permaneçam estudando. O aprendizado das crianças pode ser seriamente afetado se a escola que elas frequentam não tiver água potável e banheiros adequados. Embora esse quadro não seja normalmente visto em grandes cidades, é uma realidade comum em muitos países em desenvolvimento, especialmente nas áreas rurais. Crianças que bebem água não tratada ou usam instalações sanitárias inadequadas têm maior risco de ficar doentes e, consequentemente, deixar de estudar. [...]

  As secas

  Pouco mais de um bilhão de pessoas que vivem em regiões secas do mundo adaptaram seu modo de vida aos longos períodos sem chuva. Elas dependem de chuvas sazonais para molhar as plantações; se as chuvas não vêm, essa população corre o risco de morrer de fome e desidratação. [...] A seca em regiões áridas, combinada com os abusos em relação à terra, agrava o processo de desertificação. A camada superficial do solo resseca e simplesmente vira pó, e a terra fica permanentemente degradada. As mudanças climáticas, junto com a emissão de gases de efeito estufa, estão alterando os padrões do clima. Cai mais chuva em alguns lugares, e menos em outros. [...] A incerteza resultante das recentes mudanças climáticas é especialmente perigosa para aqueles que já vivem com escassez crônica de água e não possuem reservas às quais possam recorrer.

  CLARKE, R.; KING, J. O atlas da água: o mapeamento completo do recurso mais precioso do planeta. São Paulo: Publifolha, 2005. p. 72-73.

A falta de água, além de oferecer riscos de fome e desidratação para os seres humanos, afeta os estudos e o aprendizado de crianças.

• Atividade 1. Nessa atividade, usando as informações do texto, os estudantes devem chegar à conclusão de que nem todas as pessoas conseguem obter água com a mesma facilidade. Pois, em alguns locais, há pouca água disponível ou ela fica longe das casas; em outros locais, ela não é adequada para o consumo. Essa atividade pode ser relacionada à distribuição da água doce no planeta, de acordo com a habilidade EF03CI07. Verifique se todos reconhecem que tal distribuição dificulta o acesso à água em algumas regiões, como ocorre em áreas que sofrem períodos de seca (ver Texto complementar na página anterior).
• Atividade 2. Essa atividade faz o estudante avaliar duas situações para encaixá-las em item relacionado ao direito à água. Proponha aos estudantes que discutam em grupo essas duas situações. Essa discussão favorece o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência específica 4.
• Atividade 3. Solicite aos estudantes que, na elaboração da carta ou e-mail, incorporem algumas das informações contidas no texto da página anterior para justificar seus argumentos. Não é necessário que façam textos longos.

  Para você assistir

  La soif du monde [Um mundo com sede]. Direção: Baptiste Rouget-Luchaire e Thierry Piantanida. França, 2012 (92 min.).

  O documentário retrata a falta de água no mundo. Mostra contrastes do nosso planeta: de um lado, milhões de pessoas que não têm acesso à água, de outro, o alto consumo por parte da população e para a produção de alimentos.

  Para você acessar

  O direito humano à água e saneamento. Nações Unidas.

  Disponível em: http://fdnc.io/6bB. Acesso em: 1º jun. 2021.

  O documento apresenta os critérios para avaliar o acesso à água e sua importância.

Objetivos do capítulo

• Perceber que as rochas e o solo formam a camada sólida superficial do planeta Terra.
• Aprender que as rochas são formadas por minerais.
• Conhecer a composição do solo.
• Compreender o processo de formação do solo e sua importância para os seres vivos.

  Neste capítulo, são apresentados subsídios para o desenvolvimento da habilidade EF03CI10. Os estudantes vão conhecer diferentes usos do solo: cultivo de plantas, criação de animais, construção de casas, prédios e calçamentos, mineração, entre outros. Os estudantes também vão compreender a importância do solo para os seres vivos e de sua preservação.

• Atividade 1. Comente com os estudantes que rochas e minerais podem ser utilizados em pisos, revestimentos de paredes, mesas, vasos e outros objetos, por exemplo, minerais utilizados na construção civil, como a calcita (utilizada na fabricação de cimento e cal) e a gipsita (utilizada na produção de gesso). Em relação às rochas, podemos citar o mármore e o granito (utilizado em paredes, mesas, pisos etc.).

  Se possível, leve para a sala de aula uma amostra de granito, encontrada em lojas de materiais de construção. Peça aos estudantes que observem os diferentes minerais que o compõem. Se possível, leve lupas de mão para que observem detalhes da rocha.

  Destaque que uma das diferenças entre os recursos de origem vegetal ou animal e os de origem mineral está no fato de que as rochas e os minerais têm um processo de formação tão lento que devem ser considerados recursos finitos (não renováveis). Por isso, a importância de reduzir os níveis atuais de extração desses recursos, de repensar as estratégias de extração das rochas e minerais para a produção de materiais e de reciclá-los ou reutilizá-los ao final do processo.

  Incentive os estudantes a pensarem nas atitudes individuais que podem adotar para minimizar o impacto gerado pela mineração, como reduzir o consumo, reutilizar e reciclar.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI10

  Texto complementar

  O que são minerais, rochas e minérios?

  Minerais são elementos ou compostos químicos com composição definida dentro de certos limites, cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos inorgânicos, na Terra ou em corpos extraterrestres. A composição química e as propriedades cristalográficas bem definidas do mineral fazem com que ele seja único dentro do reino mineral e, assim, receba um nome característico. O termo rocha é usado para descrever uma associação de minerais que, por diferentes motivos geológicos, acabam ficando intimamente unidos. Embora coesa e, muitas vezes, dura, a rocha não é homogênea. Ela não tem a continuidade física de um mineral e, portanto, pode ser subdividida em todos os seus minerais constituintes. Já o termo minério é utilizado apenas quando o mineral ou a rocha apresentar importância econômica. [...]

  A origem dos minerais

  A origem de um mineral está condicionada aos “ingredientes químicos” e às condições físicas (temperatura e pressão) reinantes no seu ambiente de formação. Assim sendo, minerais originados no interior da Terra são geralmente diferentes daqueles formados na sua superfície. As informações sobre minerais presentes em corpos extraterrestres são inferidas a partir de amostras desses corpos; no caso da Lua, coletadas diretamente de sua superfície e no caso de Marte e alguns asteroides maiores, a partir de amostras de meteoritos caídos na Terra. [...] O processo de cristalização tem início com a formação de um núcleo, um diminuto cristal que funciona como uma semente, ao qual o material vai aderindo, com o consequente crescimento do cristal. [...]

  MADUREIRA, J. B.; ATENCIO, D.; McREATH, I. Minerais e rochas: constituintes da Terra sólida. In: TEIXEIRA, W. et al. (org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 27-28.

Antes de debater a formação do solo, levante conhecimentos prévios dos estudantes sobre o conceito de matéria orgânica. Não há necessidade de corrigi-los nessa abordagem inicial. Preste atenção em suas associações espontâneas, que podem ser usadas como ponto de partida para o trabalho com esse conceito.

Leia o esquema que mostra o processo de formação do solo com os estudantes, ajudando-os a compreendê-lo. Comente que, nesse processo, plantas e animais desempenham papel muito importante, pois, ao realizar suas funções vitais, mantêm o solo arejado e eliminam substâncias que aceleram a degradação das rochas.

• Atividade 2. O objetivo dessa atividade é interpretação de imagem e relacioná-la ao conteúdo. Primeiro, chame a atenção dos estudantes para o nome dado a essa formação rochosa. Pergunte se eles conseguem ver o formato de uma galinha. Se não, qual outro nome eles julgariam adequado a essa formação. Depois, comente com os estudantes que a ação de fatores climáticos (ventos, chuva e temperatura) e das plantas que já estão estabelecidas sobre a rocha favorece o processo de formação do solo. Com isso, espera-se que a quantidade de plantas aumente ao longo do tempo.

Cite a importância do solo para as plantas: elas fixam as suas raízes no solo e dele retiram água e substâncias minerais, essenciais para seu desenvolvimento. Mencione que todos os seres vivos dependem direta ou indiretamente do solo para viver. Ao abordar esse assunto, é possível que os estudantes compreendam a importância do solo não apenas para a agricultura, mas para a vida, dando subsídios para o desenvolvimento da habilidade EF03CI10.

• Atividade 3. O objetivo desta atividade é mostrar aos estudantes que a maior quantidade de matéria orgânica na camada mais superficial do solo está relacionada ao fato de ser nessa região que a maior parte dos organismos vivos está. Ao trabalhar a relação entre o solo e os seres vivos, essa atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI10.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI10

  Texto complementar

  Outros usos do solo e a sua degradação

  O solo [...] é o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação. [...] Além disso, o solo exerce multiplicidade de funções, a saber: a) regulação da distribuição, armazenamento, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação; b) armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros organismos; c) ação filtrante de poluentes e proteção da qualidade da água. O ser humano também utiliza o solo enquanto matéria-prima ou substrato para obras civis (casas, indústrias, estradas), cerâmica e artesanato. Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em decorrência de seu uso inadequado pelo ser humano.

  Nesta condição, o desempenho de suas funções básicas fica severamente prejudicado, acarretando interferências negativas no equilíbrio ambiental, e diminuindo drasticamente a qualidade de vida nos ecossistemas. Atualmente, pode-se observar a degradação do solo em diversos processos, tais como: redução de sua fertilidade natural; diminuição da matéria orgânica do solo; perda de solo e água por erosão hídrica (causada pelas chuvas) e eólica (causada pelo vento); contaminação por resíduos urbanos e industriais (inclusive lixo); alteração do solo para obras civis (cortes e aterros); decapeamento do solo para fins de exploração mineral; desertificação e arenização dos solos. [...]

  LIMA, V. C.; LIMA, M. R.; MELO, V. F. (Eds.). O solo no meio ambiente: abordagem para professores do Ensino Fundamental e Médio e alunos do Ensino Médio. Prefácio. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. p. VI-VIII.

Para finalizar o estudo desse tema, peça aos estudantes que definam o que é solo e como ele é formado. Questione-os também sobre a importância que eles dão ao solo. Escreva na lousa as ideias principais levantadas pela turma, corrigindo ou aperfeiçoando algumas explicações. Caso ainda persistam dúvidas, peça aos estudantes que pesquisem para que possam, sob sua orientação, esclarecê-las.

Explore o exemplo do sistema agroflorestal como forma de ressaltar a importância de se fazer um bom uso do solo. Os estudantes devem perceber que há muitas práticas que podem contaminá-lo, por exemplo. Note que, ao alterar a estrutura e a composição do solo, o ser humano está interferindo também na vida de muitos seres vivos que dependem dele direta ou indiretamente. Essa percepção contribui com o desenvolvimento da habilidade EF03CI10.

Para você acessar

Programa Solo na Escola. Universidade Federal do Paraná.

Disponível em: http://fdnc.io/etH. Acesso em: 1º jun. 2021.

A página do Programa Solo na Escola traz uma lista de museus, exposições didáticas e projetos que podem auxiliar no ensino dos solos. Verifique a existência de algum deles em sua região.

Objetivos da seção

• Reconhecer diferenças de textura de solos, relacionando esse fato com o tamanho dos grãos que os compõem.
• Realizar um experimento para testar a passagem de água através de diferentes tipos de solo.
• Verificar que o solo argiloso retém mais água que o solo arenoso.

  Nessa atividade, os estudantes vão observar e comparar a passagem de água através de uma amostra de solo arenoso e de uma amostra de solo argiloso. Ao notar esses dois aspectos, a textura e a drenagem, os estudantes devem tentar relacioná-los. É importante ressaltar que, na natureza, existem outros fatores que influenciam na composição e na drenagem do solo. Comente com os estudantes que os solos de diferentes lugares podem ser muito distintos, dependendo do relevo, dos seres vivos que vivem nele e sobre ele, das rochas que dão origem ao solo, do clima do lugar etc. Essa atividade favorece o desenvolvimento da habilidade EF03CI09.

  Prepare os solos da atividade prática da seguinte forma:

• solo arenoso: misture meia parte de terra para jardim e meia parte de areia.
• solo argiloso: misture meia parte de argila e meia parte de terra para jardim (se preciso, adicione um pouco de água à mistura, com a mesma quantidade para os dois tipos de solo).

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI09

  Texto complementar

  Diferentes classificações do solo

  Classificação dos solos segundo a textura: os solos podem ser classificados em muito argiloso, argiloso, arenoso, siltoso, médio [...]. Assim um solo muito argiloso, por exemplo, é um solo onde predominam partículas de argila, mas também há partículas de silte e areia em menor quantidade. O professor deve estar atento pois é muito comum os alunos confundirem textura com consistência (dureza, pegajosidade, plasticidade do solo).

  Não se deve confundir solo argiloso com o barro cinza utilizado para modelar. Aquele “barro cinza” é uma amostra de um solo argiloso com bastante argila do tipo pegajosa. A maioria dos solos argilosos brasileiros são de coloração avermelhada ou amarelada no horizonte B. Outro aspecto é não confundir dunas de areia com solo. As dunas são meramente acumulações de sedimentos arenosos, mas que não se constituem em solo.

  [...] Pode-se classificar a drenagem do solo, de maneira simplificada para fins didáticos, desta maneira: a) excessivamente drenados (a água passa rápido demais, não sendo retida para as raízes das plantas); b) bem drenados (a água infiltra com facilidade, mas consegue ser retida nos pequenos poros do solo); c) mal drenados (a água se acumula no solo deixando o mesmo encharcado, em alguns casos permanentemente), os quais são mais comuns em áreas de várzeas.

  LIMA, M. R. Uma análise das classificações de solo utilizadas no Ensino Fundamental. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2004. p. 6-8.

Antes de iniciar, apresente o material aos estudantes e realize a leitura do protocolo experimental, esclarecendo eventuais dúvidas. É interessante que manuseiem os diferentes tipos de solo para observar a cor e o tamanho dos grãos, sentir sua textura, consistência, aspecto, cheiro etc. Enquanto as partículas de areia podem ser vistas a olho nu, não é possível distinguir as de argila. Em vez disso, o que se observa é um aspecto de lama (partículas minerais entremeadas por água). Os estudantes podem explorar o tato e verificar que a textura do solo argiloso é similar a de uma farinha muito fina.

Questione os estudantes sobre a importância de identificar o tipo de solo contido em cada vaso, necessário para interpretar corretamente os resultados ao final do experimento.

• Atividades 1 e 2. Um dos objetivos dessa atividade é ressaltar a importância de despejar a mesma quantidade de água em cada vaso ao mesmo tempo. Ao padronizar os procedimentos, é possível comparar os resultados obtidos. Dessa forma, os estudantes podem buscar explicações para as diferenças encontradas. Espera-se que relacionem o que ocorreu no experimento com o conteúdo estudado.
• Atividade 3. Tarefa de casa. Oriente os estudantes a usarem luvas ou sacos plásticos no momento de coletarem uma porção de solo de um ou mais vasos de sua casa, e peça que tentem observar os grãos de forma semelhante à que realizaram na atividade. Avalie a possibilidade de levarem uma pequena amostra de solo argiloso e arenoso para casa, a fim de compará-los. Não deixe de promover uma conversa sobre os resultados obtidos e comente sobre a importância de solos que permitam a drenagem da água, uma vez que solos encharcados dificultam a circulação de ar, importante para a respiração das raízes.

Objetivos da seção

• Conhecer métodos para ajudar a reduzir o problema de deslizamento de terra durante a época de chuvas.
• Desenvolver a compreensão leitora e a escrita por meio de um texto expositivo.

  Organize a leitura do texto indicando trechos para serem lidos por diferentes estudantes, em voz alta, e oriente-os sempre que necessário. Após a leitura, solicite aos estudantes que identifiquem o parágrafo em que o problema é mencionado. Depois, da mesma forma, solicite que localizem as soluções mencionadas no texto.

  Converse com os estudantes sobre os motivos que levam o ser humano a alterar a paisagem e verifique se eles mencionam a agricultura, a criação de áreas de pastagens, a construção de estradas e residências etc. É importante que estejam cientes de que muitos problemas ambientais envolvem questões políticas, sociais e econômicas.

  Explique aos estudantes que a erosão é um processo natural de desgaste e transporte do solo. Entretanto, o ser humano, com ações como o desmatamento, o despejo irregular de resíduos e a ocupação desordenada do solo, pode acelerar e intensificar esse processo. A seção é um dos momentos de trabalho do tema meio ambiente e materiais, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

  BNCC em foco na dupla de páginas:

  EF03CI10

  Texto complementar

  Erosão urbana

  “A erosão urbana no Brasil distingue-se das formas de erosões naturais e suas derivadas rurais por seus novos condicionantes, seus mecanismos exclusivos, os grandes volumes de materiais envolvidos e o papel representado pelo assoreamento”. [...] “Inicialmente, tem-se um terreno “normal”, não ocupado, localizado em algum ponto da cidade não sujeito à ação do homem e à erosão. Com o passar do tempo, esse terreno é utilizado como bota-fora de obras (públicas ou particulares) realizadas nas redondezas e como depósito de lixo e entulho, formando uma espécie de aterro sanitário, às vezes clandestino”. “Quanto mais abandonado fica o local, maior a sua utilização como bota-fora, depósito de lixo e entulho, podendo atingir vários metros de altura em relação ao nível original do terreno”. “Tem início então, a ocupação desordenada do local.

  São criados pontos de instabilização da encosta (cortes íngremes e aterros lançados) pela ausência de técnicas adequadas para a implantação de moradias: falta de sistema de drenagem, que permite às águas servidas e pluviais descerem indisciplinadamente ao longo da encosta; erosões e infiltrações começam a ocorrer; lixo e entulho são lançados na encosta pelos próprios moradores por não serem convenientemente orientados ou por inexistir coleta regular”. “Cresce a ocupação desordenada, com isso potencializam-se os problemas. Observam-se trincas no terreno e rachadura nas paredes das casas, surgimento de minas d’água, tanto por elevação do grau de saturação do solo por meio de infiltrações quanto por vazamentos de fossas sanitárias. Notam-se as primeiras ocorrências de deslizamentos e escorregamentos, colocando as famílias em risco.”

  MAGALHÃES, R. A. Erosão: definições, tipos e formas de controle. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2001. p. 3-4.

• Atividades 1 e 2. As atividades buscam verificar a compreensão do conteúdo e da estrutura do texto, além de explorar aspectos da habilidade EF03CI10. Se julgar necessário, peça aos estudantes que façam uma leitura silenciosa do texto.
• Atividade 3. Quanto aos benefícios do plantio de vegetação nas encostas, explique aos estudantes que, além de as raízes penetrarem no solo, evitando o deslizamento, as copas das árvores e as folhas caídas no solo reduzem a velocidade e a força de impacto da água das chuvas, diminuindo assim o transporte e a compactação do solo. Ressalte a importância do plantio de vegetação adequada nas encostas.
• Atividade 4. Para essa atividade, organize a turma em pequenos grupos e proponha uma pesquisa, seguida de uma apresentação sobre formas de melhorar a fertilidade e a aeração do solo. Relembre os estudantes de que uma pesquisa envolve procedimentos como busca e seleção de informações relevantes. Oriente cada estudante a preparar seu próprio esquema de organização para servir de apoio durante a elaboração do texto. Ajude-os a selecionar as informações mais relevantes, relacionadas ao tema, e a organizá-las em frases, compondo o texto. Os grupos poderão também elaborar cartazes ou selecionar imagens e realizar uma apresentação oral dos textos.

Objetivos da seção

• Retomar os objetivos estudados na unidade e o vocabulário aprendido.
• Avaliar o processo de aprendizagem em relação aos conteúdos abordados na unidade.
• Atividades 1 e 2. As atividades favorecem a consolidação da habilidade EF03CI07. Aproveite para avaliar se todos distinguem características relacionadas às formas de representação do planeta Terra.
• Atividade 3. Essa atividade favorece a consolidação da habilidade EF03CI07. Os estudantes deverão pintar de azul as partes que representam oceanos e mares (maior parte do desenho); de verde, os continentes; e de cinza, a demarcação na parte inferior do mapa.

  BNCC em foco:

  EF03CI07

• Atividade 4. Se possível, proponha aos estudantes a construção de um cata-vento.
• Atividade 5. Essa atividade favorece a consolidação das habilidades EF03CI04 e EF03CI07.
• Atividade 6. Essa atividade favorece a consolidação da habilidade EF03CI07.

  BNCC em foco:

  EF03CI04, EF03CI07

• Atividade 7. Utilize a imagem para verificar se os estudantes localizam a presença de água no planeta e seus respectivos estados físicos, de acordo com a habilidade EF03CI07. Assim, certifique-se de que todos identificam a geleira (glaciar), onde há água em estado sólido; lago, onde há água no estado líquido; e o vapor de água, onde há água no estado gasoso.
• Atividade 8. Esta atividade permite aos estudantes concluírem que a quantidade de água doce é muito menor que a de água salgada. A água disponível para consumo humano é a água doce, que deve ser economizada porque existe em pequena quantidade. Para complementar a atividade, faça uma demonstração visual. Utilize uma garrafa plástica de dois litros cheia de água para representar toda a água do planeta. Coloque 50 mL dessa água em um copo, explicando que essa quantidade representa toda a água doce existente no planeta (2,5%). Mergulhe uma colher de sopa (cerca de 12 mL) dentro do copo e mostre que essa medida representa a quantidade de água doce que está nos rios e lagos (0,3% de toda água doce), de onde a maior parte da água que consumimos é proveniente.

  BNCC em foco:

  EF03CI07

• Atividade 9. Essa atividade favorece a consolidação da habilidade EF03CI10. Os estudantes devem inserir adequadamente os termos do quadro (rochas, seres vivos, matéria orgânica) nas frases. Em seguida, devem identificar em que parte do planeta as rochas podem ser encontradas.
• Atividade 10. A atividade favorece a consolidação da habilidade EF03CI10. Aproveite-a para verificar se os estudantes localizam as informações solicitadas no texto citado.
• Atividade 11. Aproveite essa atividade para verificar se os estudantes mencionam características como cor, textura, cheiro, tamanho das partículas, permeabilidade etc., de acordo com a habilidade EF03CI09.

  BNCC em foco:

  EF03CI09, EF03CI10