MP076

Comentários para o professor:

Introdução da Unidade 2

Nesta unidade serão abordadas as relações que os seres vivos estabelecem entre si e com os elementos não vivos nos ecossistemas.

Os alimentos constituem a fonte de energia e de nutrientes para os seres vivos. Os estudantes vão perceber que os animais podem ser classificados em herbívoros, carnívoros, onívoros ou detritívoros, dependendo do tipo de alimento que consomem. Os estudantes serão estimulados a relacionar estruturas corpóreas destinadas à alimentação ao hábito alimentar dos animais, além de refletir sobre a relação entre dietas com ampla variedade de alimentos e maiores chances de sobrevivência. Em relação aos produtores, os estudantes vão compreender que plantas e algas produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese e vão identificar os elementos necessários para que esse processo ocorra. Deverão reconhecer também a importância do gás oxigênio liberado na fotossíntese. Esse gás é fundamental para obtenção de energia durante a respiração dos seres vivos. Dessa forma, os estudantes conhecerão diferentes estruturas especializadas na captação de gás oxigênio e na liberação de gás carbônico.

O estudo do conceito de ecossistema e das relações alimentares estabelecidas entre plantas, animais e decompositores vai contribuir para demonstrar que os seres vivos dependem uns dos outros para sobreviver. O estudo das cadeias alimentares, o fluxo de energia e importância dos produtores na produção de gás oxigênio permitirão o desenvolvimento das habilidades EF03CI01 (Produzir diferentes sons a partir da vibração de variados objetos e identificar variáveis que influem nesse fenômeno.) e EF03CI02 (Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas (espelhos) e na intersecção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso cotidiano). Os estudantes vão perceber também a importância ecológica do processo de decomposição realizado pelos fungos e bactérias, de acordo com a habilidade EF04CI06, compreendendo que a decomposição da matéria orgânica disponibiliza nutrientes para outros organismos.

O trabalho com as habilidades EF04CI04 e EF04CI05 promove a percepção de que os seres vivos dependem uns dos outros e do ambiente para sobreviver, propiciando o estudo da biodiversidade e do ambiente, e de que a matéria pode ser reciclada e disponibilizada novamente ao ambiente por meio da ação dos organismos decompositores (ao contrário da energia que é gasta pelos seres vivos na realização das suas atividades e funções vitais), favorecendo os estudos dos assuntos relacionados à alimentação e à digestão no próximo ano.

Ao final, outros exemplos de interação entre os seres vivos nos ecossistemas serão trabalhados, tais como as relações ecológicas de mutualismo, parasitismo e competição.

As seções didáticas e as atividades de cada capítulo oportunizam o aprendizado e a avaliação de conteúdos procedimentais e atitudinais, na perspectiva da avaliação formativa, fundamentais para o desenvolvimento das competências e habilidades associadas às Ciências da Natureza. Os estudantes devem conhecer conceitos científicos básicos com os quais poderão conhecer características e modos de vida dos seres vivos, perceber as relações existentes entre eles e entre eles e o ambiente. A seção Álbum de Ciências, por exemplo, vai apresentar um exemplo de relação entre uma planta e um animal especialista e mostrar de que forma algumas condições ambientais, como baixas temperaturas e falta de umidade, podem interferir no processo de decomposição dos seres vivos. Já a seção Para ler e escrever melhor vai propor comparações entre diferentes ecossistemas e seus componentes.

As Atividades práticas vão trabalhar a atitude investigativa, como a observação, o levantamento de dados, o registro de ideias e o estabelecimento de comparações. Inicialmente os estudantes vão identificar vestígios da alimentação de alguns animais, evidenciando diferenças nos hábitos alimentares dos seres vivos. Por meio de uma brincadeira, os estudantes serão estimulados a montar cadeias e a identificar relações alimentares entre os seres vivos. Assim, espera-se que os estudantes observem, formulem hipóteses, façam diagnósticos e proponham soluções, colocando em prática aprendizados conceituais, procedimentais e atitudinais que possam influenciar as dimensões sociais e culturais. A seção O mundo que queremos, por exemplo, vai propor aos estudantes que escrevam textos com a finalidade de divulgar informações sobre a importância das algas e as principais ameaças a esse grupo de seres vivos.

De modo geral, essas atividades valorizam o trabalho em equipe, a ação cooperativa e respeitosa para a construção coletiva do conhecimento.

Competências gerais favorecidas

  1. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
  1. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
  1. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

MP077

Competências específicas favorecidas

  1. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
  1. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.

    Sugestão de roteiro de aula

    De acordo com o conteúdo, as habilidades e os objetivos de aprendizagem que se pretende desenvolver nas seções, nos conteúdos apresentados e nas atividades, as possibilidades de dinâmicas em sala de aula variam e podem demandar uma organização individual, em duplas, em grupos ou coletiva. Além disso, elas requerem boas estratégias de gestão de tempo, de espaço e um planejamento prévio detalhado. Também é preciso estabelecer uma série de combinados que devem ser respeitados por todos, para garantir que os objetivos sejam alcançados. Dessa forma, cada página propõe um novo desafio ao professor e aos estudantes.

    Tendo em vista tais desafios, propomos alguns roteiros de aula que poderão servir de referência e contribuir com o trabalho do professor. Os roteiros de cada unidade estão planejados para o período de 8 semanas, mas devem ser adaptados em função do calendário escolar, das características da turma e dos recursos disponíveis.

    Tabela: Equivalente textual a seguir:

    Capítulo

    Aula

    Páginas

    Roteiro de aula

    1

    1

    56-57

    Remediação da avaliação processual da seção O que você aprendeu, referente à unidade anterior. Leitura e discussão da proposta de abertura. Orientações para o item 2 do tópico Como você vai fazer da seção Investigar o assunto (aula 2).

    2

    58-59

    Leitura dialogada da seção Investigar o assunto e realização das atividades propostas, de acordo com o tópico Como você vai fazer. Resolução das atividades e conversa final, de acordo com o tópico Para você responder. Sugestão de atividade (opcional).

    3

    60-62

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala.

    4

    63

    Leitura dialogada da seção Álbum de Ciências, com a leitura das imagens e comentário dos estudantes.

    2

    5

    64-65

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    6

    66-67

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    3

    7

    68-69

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    8

    70-71

    Leitura dialogada do texto e da seção Álbum de Ciências com a resolução de atividades, leitura das imagens e comentário dos estudantes. Ao final, orientações para a tarefa de casa.

    4

    9

    72-73

    Conversa com a turma sobre a tarefa de casa. Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala.

    10

    74-75

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala.

    11

    76-77

    Leitura dialogada do texto e da seção Para ler e escrever melhor com a resolução das atividades propostas nos tópicos Analise, Organize e Escreva.

    12

    78-79

    Leitura dialogada da seção Atividade prática e realização da brincadeira, de acordo com o tópico Como você vai fazer, em grupos. Resolução das atividades e conversa final, seguindo os itens do tópico Para você responder.

    13

    80-81

    Leitura dialogada da seção O mundo que queremos com a resolução e a discussão das atividades dos tópicos Compreenda a leitura e Vamos fazer (dois primeiros tópicos).

    5

    14

    80-81

    Continuidade do Vamos fazer (dois últimos tópicos).

    15

    82-83

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    16

    84-85

    Realização da avaliação processual proposta na seção O que você aprendeu.

MP078

UNIDADE 2. Seres vivos e ecossistemas

Imagem: Ilustração. Vista geral de local com água em tons de azul e partes em verde. À esquerda e à direita, solo marrom com árvore com raízes expostas finas, fora do solo, tronco fino na vertical e folhas verdes. No solo, animais pequenos, com zoom: um caranguejo de cor avermelhada com casco marrom e duas patas na frente com o formato de pinças em amarelo. Um caramujo com corpo rastejante e casco grosso no dorso em cinza, com duas hastes finas na cabeça. Sobre as raízes das árvores, partes descascadas em marrom. Mais à direita, uma ave de tamanho médio de penas brancas, par de asas abertas sobrevoando. Sobre tronco na água, outra ave do mesmo tipo, pousada com o corpo para à esquerda. Na parte superior, céu de cor azul-claro, com seis pássaros de penas de cor rosa.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da unidade

  • Compreender que os animais precisam da energia e dos nutrientes dos alimentos para manter-se vivos.
  • Classificar os animais em herbívoros, carnívoros, onívoros ou detritívoros.
  • Reconhecer que as plantas necessitam de energia para viver.
  • Conhecer o processo de fotossíntese.
  • Compreender o processo de decomposição.
  • Associar certos fungos e bactérias ao processo de apodrecimento dos alimentos e à decomposição da matéria orgânica.
  • Reconhecer a importância da decomposição para os ecossistemas.
  • Compreender o conceito de ecossistema.
  • Identificar os componentes de um ecossistema.
  • Reconhecer que os componentes de um ecossistema se relacionam entre si.
  • Conhecer algumas relações estabelecidas entre os seres vivos.
  • Compreender que os seres vivos podem obter benefícios ou ser prejudicados conforme estabelecem relações entre si.

    Comente que o ambiente representado na ilustração é conhecido por manguezal. Ele é considerado um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, e está sujeito ao regime das marés. A mistura das águas dos rios (doce) com as águas do mar (salgada) proporciona um ambiente de água salobra de fundo lodoso, além de conter grande quantidade de partículas orgânicas.

    BNCC em foco:

    EF04CI04, EF04CI05, EF04CI06

MP079

Boxe complementar:

Vamos conversar

  1. Quais seres vivos e elementos não vivos aparecem na imagem?
    PROFESSOR Resposta: Seres vivos: animais, plantas; seres não vivos: água, ar e terra.
  1. O que está acontecendo na cena?
    PROFESSOR Resposta: Há animais se alimentando e voando.
  1. De que os seres vivos mostrados na imagem se alimentam?
    PROFESSOR Resposta: Há uma ave comendo um peixe e é possível que outros animais também estejam se alimentando, embora a cena não evidencie.
  1. Dos seres vivos que você conhece, quais precisam de energia para se desenvolver?
    PROFESSOR Resposta variável.
  1. O que você imagina que irá ocorrer com os restos do corpo dos seres vivos da imagem quando eles morrerem?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Peça aos estudantes que identifiquem os animais representados na imagem. Em seguida, pergunte que tipo de relação existe entre eles e entre eles e o ambiente. Observe, por exemplo, se identificam peixes servindo de alimento para aves e se percebem características do meio, como solo lodoso e sua relação com as raízes das árvores. Note que a vegetação do mangue contribui de forma significativa para a fixação do solo lodoso. Diga também que é nesse ambiente que peixes, moluscos, crustáceos e outros animais encontram as condições ideais para reprodução, alimentação e abrigo.

Explore a relação entre ambiente, hábito alimentar, respiração e estruturas corporais das espécies. Comente que à medida que as folhas do manguezal caem nas águas, elas são rapidamente decompostas por fungos marinhos e bactérias. Fragmentos desse material, cobertos por microrganismos, tornam-se alimento de animais menores, como minhocas, caracóis, camarões, moluscos, mexilhões, cracas, mariscos e ostras. Esses comedores de detritos servem de alimento para outros animais, como peixes, caranguejos, pássaros e outras espécies da cadeia alimentar, incluindo o ser humano.

Vamos conversar

  1. É possível que os estudantes também identifiquem como seres vivos: garças, guarás, ostras, caramujo, peixes, caranguejos e árvores. E como elementos não vivos: o solo lodoso.
  1. É possível que alguns estudantes mencionem que as ostras são animais filtradores, ou seja, utilizam partículas em suspensão como alimento; que caranguejos se alimentam de outros animais, de vegetais e de matéria orgânica em decomposição; e que os caramujos se alimentam de vegetais em decomposição e de folhas verdes. Comente que a coloração dos guarás, ave vermelha em evidência na ilustração e que aparece em bando voando no céu, é decorrente da alimentação rica em crustáceos e carotenoides (um tipo de pigmento avermelhado).
  1. Espera-se que os estudantes concluam que todos os seres vivos precisam de energia para se desenvolver.
  1. É possível que os estudantes citem que eles vão desaparecer, vão se decompor, vão servir de alimento para outros seres vivos.

MP080

Investigar o assunto

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Do que se alimentam os seres vivos

Todos os seres vivos precisam de alimento para sobreviver. Você conhece os hábitos alimentares dos seres vivos?

O que você vai fazer

Investigar vestígios da alimentação dos animais.

Como você vai fazer

  1. Etapa 1: Analisar vestígios da alimentação dos animais

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe as imagens a seguir e procure identificar os vestígios que cada animal deixou ao se alimentar. Depois, converse com seus colegas sobre outros exemplos de vestígios que vocês conhecem.
PROFESSOR Resposta pessoal. Os estudantes podem mencionar as cascas dos coquinhos quebradas e tiradas pelo macaco-prego; os recortes nas folhas e os furos na superfície de frutos, indicando que foram comidos por insetos; a marca que fica na pele quando os mosquitos nos picam.
Imagem: Fotografia. Um macaco-prego, em pé, com o corpo virado para à direita de penas em marrom, com partes em marrom-escuro na cabeça e na ponta do rabo, segurando nas patas dianteiras, uma pedra de cor cinza-claro. Mais ao fundo, vegetação de cor verde. Texto : Comprimento sem a cauda: 40 cm. Fim da imagem.

LEGENDA: Comprimento sem a cauda: 40 cm. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Alguns macacos-prego usam pedras para quebrar e tirar a casca dos coquinhos que vão comer. FIM DA LEGENDA.

Comprimento: 5 cm.

LEGENDA: Diversos insetos se alimentam de folhas ou de outras partes das plantas. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Algumas larvas de insetos se alimentam de frutas, como a maçã e a goiaba. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um mosquito com cabeça pequena preta, com o corpo grande de tamanho médio marrom e partes em preto e branco no dorso. Ele tem patas longas traseiras e menores dianteiras, picando pele de uma pessoa de pele clara. Texto : Comprimento: 6 mm. Fim da imagem.

Comprimento: 6 mm.

LEGENDA: Alguns mosquitos picam as pessoas e sugam o sangue para se alimentar. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. No dia marcado pelo professor, reunidos em grupos, percorram a área externa da escola, ou de um parque próximo, procurando identificar vestígios da alimentação de seres vivos. Registrem e desenhem todos os vestígios encontrados e, se for possível, tirem fotografias.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Identificar vestígios da alimentação de animais no ambiente.
  • Perceber que animais diferentes têm dietas distintas.
  • Atividade 1. Explique aos estudantes que vestígios são marcas, rastros, pistas ou sinais que, neste caso, foram deixados por animais ao se alimentarem. Essa atividade de conhecer e investigar vestígios de animais relacionados à alimentação permitirá trabalhar com a competência geral 2 e específica 3.
  • Atividade 2. Comente que é importante conhecer o tipo de alimento consumido por um ser vivo para entender sua relação com o ambiente. Estudar e conhecer as dietas dos animais permite, por exemplo, que os pesquisadores avaliem se um desequilíbrio ambiental pode ser decorrente da abundância ou da ausência de determinadas espécies, que servem de alimento a outras, por exemplo. Dessa forma, a atividade irá contribuir com o desenvolvimento das habilidades EF04CI04 e EF04CI05.

    Aproveite para desfazer mitos populares, como aqueles que dizem que as corujas são agourentas e trazem azar ou ainda que todos os morcegos se alimentam de sangue. Explique que todo ser vivo é importante e exerce um papel na natureza. As corujas, por exemplo, ao se alimentar de ratos, ajudam a controlar a população de roedores. Em relação aos morcegos, explique que apenas poucas espécies se alimentam de sangue de outros animais. A maioria dos morcegos se alimenta de néctar ou de frutos, ajudando na reprodução de muitas plantas.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04, EF04CI05

    Sugestão de atividade: Exercício de suposições

    Proponha aos estudantes um exercício de levantamento de hipóteses e suposições com base na alimentação dos animais. Desenhe na lousa uma paisagem contendo uma árvore com frutas, pegadas pequenas que vão em direção à árvore, mas que acabam subitamente no meio do caminho, e algumas penas no local. Proponha aos estudantes que imaginem o que pode ter acontecido na cena e quais as evidências observadas. Deixe que proponham suas ideias e depois avaliem juntos se são ou não viáveis. Esclareça que não existe uma resposta certa e que, muitas vezes, é assim que o conhecimento científico é construído, com base em evidências, hipóteses e suposições.

MP081

  1. Etapa 2: A investigação de pelotas regurgitadas e fezes

    Nem todo alimento ingerido é aproveitado inteiramente pelos organismos. Há estruturas mais resistentes que não são digeridas, como ossos, partes do corpo de insetos e sementes de frutos. Materiais como esses são eliminados nas fezes ou quando os animais regurgitam, na forma de pelotas.

  1. Faça uma lista de animais que você já observou na região onde vive. Escolha dois deles e faça uma pesquisa sobre as características das fezes ou dos dejetos desses animais. Desenhe ou selecione imagens para ilustrar a sua pesquisa.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Compartilhe a sua pesquisa com os colegas e discutam se é possível identificar o conteúdo, a forma, o tamanho e as cores das fezes desses animais.
  1. Reúnam as imagens da etapa 1 e as informações da etapa 2 e escrevam legendas para elas. Organizem um painel com essas imagens na sala de aula.
Imagem: Fotografia. Em meio à pelos de cor preta, pedaços de ossos em bege-claro, pequenos com formatos diversos.  Fim da imagem.

LEGENDA: Material encontrado em pelotas regurgitadas por uma coruja. FIM DA LEGENDA.

Para você responder

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe a fotografia acima, que mostra o conteúdo do estômago de uma coruja.
    1. O que você identifica na imagem?
      PROFESSOR Resposta: Há ossos pequenos e pelos.
    1. Com base no conteúdo das pelotas, você consegue supor do que a coruja se alimenta?
      PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes percebam que a presença de diversos ossos pequenos e pelos indica que a coruja come pequenos mamíferos.
  1. Leia as informações e responda em seu caderno.

    Guano é o nome dado às fezes de aves e de morcegos acumuladas no chão do lugar onde esses animais vivem.

    1. Se um cientista analisasse o guano de uma caverna habitada por morcegos e encontrasse diversas sementes, o que ele poderia concluir sobre a alimentação deles?
      PROFESSOR Resposta: Que esses morcegos se alimentam dos frutos dessas sementes.
    1. Que evidências ele poderia encontrar em fezes de aves que se alimentam de:
      • insetos?
        PROFESSOR Resposta: As partes mais resistentes do corpo dos insetos.
      • pequenos vertebrados?
        PROFESSOR Resposta: Ossos de diversas partes do corpo desses animais, pelos ou penas.

        Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

      1. Com base nas atividades realizadas, você acha que é possível identificar seres vivos por meio dos vestígios e das fezes que eles deixam no ambiente?
        PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1. Explique aos estudantes que, além das corujas, falcões e águias também são aves carnívoras que se alimentam de pequenos mamíferos e outras aves. Esses animais engolem as presas inteiras, mas o sistema digestivo é incapaz de triturar os ossos ou digerir penas e pelos. Esses dejetos são chamados egagrópilas e são regurgitados em pelotas algumas horas depois de a ave ter se alimentado.
  • Atividade 2. Explique aos estudantes que sementes e partes mais resistentes do corpo de insetos que não são digeridas no organismo do predador são expelidas nas fezes.
  • Atividade 3. Verifique se os estudantes perceberam, por meio das atividades propostas, a importância dos vestígios no estudo dos hábitos dos animais. Além disso, aproveite para identificar conhecimentos prévios que trazem sobre o tema.

    Domínio da linguagem

    Vocabulário. Solicite aos estudantes que identifiquem, nesta dupla de páginas, os termos que desconhecem e ajude-os a encontrá-los no dicionário. Comente que, na maioria das vezes, há mais de um significado para uma palavra. É necessário que os estudantes saibam reconhecer aquele que melhor se encaixa no contexto que está sendo usado. Peça a eles que anotem o termo e o respectivo significado no caderno, compondo um glossário. Alguns termos que podem ser pesquisados pelos estudantes são: dieta , pelota, guano, regurgitar. Sugira que formulem frases empregando a definição correta das palavras pesquisadas.

MP082

Capítulo 1. Os animais se alimentam

A energia e os nutrientes de que os animais precisam para crescer, manter-se vivos e realizar suas atividades vêm dos alimentos.

Os animais podem ser classificados de acordo com o tipo de alimento que consomem: herbívoros, carnívoros, onívoros ou detritívoros.

Herbívoros: alimentam-se somente de plantas. Os herbívoros podem se alimentar de partes de plantas, como folhas, frutos, sementes, raízes, néctar etc. O gafanhoto, a cutia e o boi são exemplos de animais herbívoros.

Imagem: Fotografia. Uma cutia, animal pequeno para à esquerda, com a cabeça e corpo arredondado com pelos de cor preta com partes em amarelo, com orelha pequena, olhos pretos. Ela está com o corpo curvado, em pé, com patas dianteiras próxima à boca.  Fim da imagem.

LEGENDA: A cutia é um animal herbívoro que se alimenta de partes de plantas e mede 50 cm de comprimento. Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Carnívoros: alimentam-se somente de outros animais. Os carnívoros costumam matar os animais que lhes servem de alimento, como uma serpente ao comer um rato. A joaninha, a raposa e o tubarão são exemplos de animais carnívoros.

Imagem: Fotografia. Um cachorro-do-mato, animal quadrúpede, de médio porte, de pelos de cor preta com partes em bege, com orelhas de tamanho médio, com focinho fino preto. O corpo dele está para à esquerda, com a cabeça para à direita.  Fim da imagem.

LEGENDA: O cachorro-do-mato é um animal carnívoro que se alimenta de aves, roedores e insetos como o gafanhoto. Mede cerca de 60 cm de comprimento sem a cauda. Município de Poconé, Mato Grosso, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Onívoros: alimentam-se tanto de outros animais como de plantas. O ser humano, o lobo-guará e o quati são exemplos de animais onívoros.

Imagem: Fotografia. De baixo para cima, um quati-de-cauda-anelada, sobre um tronco de árvore em marrom-claro, com partes em marrom-escuro. Ele é um animal de médio porte, com pelos em marrom-escuro, com listras em marrom-claro, com orelhas pequenas e focinho fino em marrom-escuro e olhos pretos. Ao fundo, folhas de cor verde e vista do céu de cor azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: O quati-de-cauda-anelada é um animal onívoro que se alimenta de frutas e animais invertebrados. Mede cerca de 60 cm de comprimento sem a cauda. Município de Miranda, Mato Grosso do Sul, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Compreender que os animais precisam da energia e dos nutrientes dos alimentos para manter-se vivos.
  • Classificar os animais em herbívoros, carnívoros, onívoros ou detritívoros.

    Se possível, organize um bate-papo com um biólogo ou veterinário sobre a alimentação dos animais. Durante a conversa, incentive os estudantes a perguntarem sobre as necessidades alimentares dos animais e esclarecerem suas dúvidas sobre esse assunto.

    Neste capítulo, o conteúdo sobre o tipo de alimento que os animais consomem será aprofundado. Esse conhecimento vai ajudar os estudantes a analisarem e estabelecerem relações alimentares, de acordo com a habilidade EF04CI04.

    Ao abordar esse tema, é importante ressaltar que não existem animais bons ou maus. Explique que existe uma interdependência entre os seres vivos, que um se relaciona com o outro e muitas dessas relações têm a ver com a obtenção de alimento para a sobrevivência. As relações entre o ambiente e os seres vivos são o tema da próxima unidade.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04

    Texto complementar

    Herbívoros

    A vegetação é frequentemente rústica e difícil de ser quebrada fisicamente, mas os herbívoros necessitam processar grandes quantidades dela, já que seu conteúdo energético é baixo. Portanto, os herbívoros gastam grande quantidade de seu tempo alimentando-se. Muitos possuem adaptações surpreendentes para alimentarem-se, como a tromba (nariz flexível) do elefante ou o longo pescoço da girafa. Muitas partes da boca que trituram, cortam e retalham evoluíram nos invertebrados para a ingestão de plantas, e os dentes dos vertebrados herbívoros foram moldados pela seleção para triturar, cortar, retalhar e processar a matéria bruta das plantas. Os processos digestivos dos herbívoros podem ser também altamente especializados.

    Carnívoros

    [...] Os carnívoros desenvolveram furtividade, velocidade, força, grandes mandíbulas, dentes afiados e fortes e membros para apreensão. Os carnívoros também desenvolveram meios notáveis de detectar a presa. Morcegos utilizam a ecolocalização, serpentes detectam a radiação infravermelha do calor emitido pelos corpos de suas presas e certos peixes detectam campos elétricos criados na água por sua presa. Adaptações para matar e ingerir a presa são diversas e altamente especializadas. Essas adaptações são especialmente importantes quando a presa é capaz de infringir danos ao seu predador. Uma cobra pode atacar com suas presas venenosas, utilizando veneno para imobilizar suas presas, que podem incluir animais muito ativos que tenham dentes ou garras perigosas. [...]

    SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da Biologia. Volume III: Plantas e animais. Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 1211.

MP083

Detritívoros: alimentam-se de restos de plantas e de animais em decomposição. Também são detritívoros os animais que se alimentam de fezes de outros animais. Os exemplos mais comuns são os urubus, as hienas e algumas espécies de besouros e moscas.

Imagem: Fotografia. Um galho fino na horizontal de cor bege com partes em marrom-escuro. Sobre o galho, um urubu-rei de tamanho médio, com o corpo para à esquerda. A ave tem cabeça pequena preta, penas em preto na parte inferior e corpo com penas em branco, com bico pequeno em vermelho e laranja.  Fim da imagem.

LEGENDA: O urubu-rei é um animal detritívoro que se alimenta apenas de carcaça de animais mortos. Mede cerca de 80 cm de envergadura. Município de Jaru, Rondônia, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. As frases a seguir estão incorretas. Converse com seus colegas e reescrevam as frases no caderno, corrigindo-as. Justifiquem as suas respostas.
    PROFESSOR Respostas variáveis.
    1. O ser humano é um animal carnívoro porque se alimenta de carne.
      PROFESSOR Resposta: O ser humano é um animal onívoro porque se alimenta de animais e de plantas.
    1. O louva-a-deus se alimenta somente de outros insetos, mas não pode ser considerado carnívoro, pois não come carne.
      PROFESSOR Resposta: O louva-a-deus se alimenta de outros insetos, por isso é considerado carnívoro.
    1. Os animais detritívoros alimentam-se somente de restos de animais.
      PROFESSOR Resposta: Os animais detritívoros alimentam-se de resto de plantas e de animais, incluindo seus dejetos.
Imagem: Fotografia. Um louva-a-deus, inseto pequeno com o corpo à esquerda, de cor verde-claro similar a uma folha grande, com par de antenas finas sobre a cabeça e patas mais grossas verdes dianteiras e patas mais finas traseiras. Fim da imagem.

LEGENDA: Louva-a-deus. Mede cerca de 10 cm. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. 2. Usando um espelho, observe a sua dentição. Depois, compare seus dentes com os dentes mostrados no esquema abaixo.
Imagem: Ilustração. Carnívoros e herbívoros : dentição especializada.  Um crânio para à direita em bege. Carnívoro, com a parte superior achatada e longa na horizontal, com dentes pequenos no fundo : Molares e pré-molares: com superfícies pontudas, cortam e rasgam a carne em pedaços menores. Mais a frente, na parte inferior, um dente afiado : Incisivos: seguram e cortam os alimentos. Na parte superior, dente fino na frente : Caninos: dentes pontudos, utilizados para furar e rasgar os alimentos. Um crânio para à esquerda. Herbívoro : com a parte superior longa e fina, com parte inferior fina na horizontal com dente pequeno : Incisivos: seguram e cortam os alimentos. Na boca, dentes pequenos retos : Molares e pré-molares: largos e achatados, para esmagar e triturar os alimentos.  Fim da imagem.
  1. Você acha que sua dentição é mais parecida com a de um animal herbívoro ou carnívoro? Explique.
    PROFESSOR Resposta: O ser humano tem alguns dentes pontudos, como os carnívoros, e alguns dentes achatados, como os herbívoros. Isso ocorre porque o ser humano é um animal onívoro.
  1. Explique por que cuidar da saúde dos dentes é importante para a alimentação.
    PROFESSOR Resposta: Se os dentes não estiverem saudáveis ou se não houver dentes, não é possível mastigar os alimentos.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1. Um dos objetivos deste capítulo é começar a associar a alimentação ao papel que cada animal desempenha no ecossistema. Desafie os estudantes a elaborarem relações alimentares, partindo de um carnívoro e chegando a um produtor, explorando aspectos da habilidade EF04CI04. Veja, a seguir, exemplos de perguntas e respostas:
  • De que uma onça pode se alimentar? De macacos.
  • E os macacos comem o quê? Insetos.
  • De que os insetos se alimentam? Folhas, frutos.
  • Atividade 2. Se julgar necessário, apresente fotografias da dentição de animais herbívoros e carnívoros, além das ilustrações que estão na atividade. Desse modo, os estudantes poderão comparar mais facilmente sua própria dentição com a de carnívoros e herbívoros. Certifique-se de que todos notem a relação entre as estruturas que os seres vivos possuem para se alimentar e o tipo de alimento que ingerem.

MP084

Alimentação e sobrevivência

A alimentação de alguns animais é bastante restrita . O urso-panda é um exemplo de animal que se alimenta quase exclusivamente de bambu. Se a fonte principal de alimento dessa espécie se esgotar, ela pode ser extinta.

Há também animais como os pombos, os pardais, as baratas e os ratos, por exemplo, que consomem uma ampla variedade de alimentos. Essa característica, entre outras, faz com que eles possam viver em diversos ambientes, como as cidades.

Imagem: Fotografia. Dois pandas, ursos grandes, sentados sobre base de madeira, de frente para vegetação verde fina na vertical. Eles têm orelhas, olhos e corpo preto, com a cabeça em branco. O panda da esquerda está com vegetação. Texto : Altura: 140 cm. Fim da imagem.

Altura: 140 cm.

LEGENDA: O desmatamento diminuiu a quantidade de bambu e reduziu o ambiente do urso-panda. Com isso, ele entrou na lista de animais ameaçados de extinção. Zoológico na França, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma jacutinga com corpo para à direita, sobre galhos de árvore, ave de penas de cor preta com partes em branco nas asas e na parte superior da cabeça, com bico azul-claro. No galho fino e vegetação com bolinhas finas em verde. Mais ao fundo, folhas verdes. Comprimento: 75 cm. Fim da imagem.

Comprimento: 75 cm.

LEGENDA: A jacutinga alimenta-se principalmente do fruto do palmito-juçara. Essa palmeira está ameaçada de extinção, pois é derrubada para que se retire o palmito. Com isso, a alimentação da jacutinga fica prejudicada. Município de Tapiraí, São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Sobre uma base arredonda de cor marrom-escuro, com a parte superior em laranja, com pássaro de tamanho pequeno de pássaro de penas em marrom-claro e marrom-escuro.  Fim da imagem.

Comprimento: 10 cm.

LEGENDA: Os pardais foram trazidos da Europa para o Brasil no início do século XX para ajudar a combater insetos. Como consomem os mais diferentes alimentos, desde então, espalharam-se pelo país todo. Escócia, no Reino Unido, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Você concorda com a frase a seguir? Explique.
PROFESSOR Resposta pessoal.

Animais que têm dieta restrita são mais vulneráveis à extinção.

Boxe complementar:

Hora da leitura

  • Bichos incríveis, de Flávia Muniz e Márcia Kupstas. Melhoramentos, 2010.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Observe que a dieta de uma espécie pode variar de acordo com o ambiente em que ela vive. No entanto, nem todo ser vivo é capaz de se adaptar a uma dieta diferente daquela a que está habituado. Por essa razão, muitas espécies sofrem quando têm seu ambiente alterado ou quando são levadas para outros locais. Espécies especialistas ficam mais vulneráveis quando o alimento de que necessitam não existe em abundância no local. Já espécies generalistas podem ter mais facilidade para ocupar um novo ambiente. Proponha novos exemplos, tendo como foco a habilidade EF04CI04.

  • Atividade 3. Esclareça que, neste caso, a palavra dieta refere-se ao tipo de alimentação consumida usualmente, e não a um regime alimentar com restrição ou dosagem de alimentos de acordo com calorias ou nutrientes. Quanto à frase, os estudantes podem argumentar que, caso a fonte de alimento do animal seja reduzida, ele pode entrar em risco de extinção. Converse com eles sobre o significado da palavra vulnerável, para esclarecer eventuais dúvidas.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04

    Texto complementar

    Generalistas e especialistas

    Os [animais] generalistas são pouco exigentes, apresentam hábitos alimentares variados, altas taxas de crescimento e alto potencial de dispersão. [...] São chamados de generalistas por causa do alto grau de tolerância e da capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. Ex.: sabiá-laranjeira, sanhaço, pica-pau, gambá, morcegos, entre outros.

    Os [animais] especialistas, ao contrário dos primeiros, são extremamente exigentes quanto aos hábitats que ocupam. [...] Para este grupo, a alteração do ambiente significa a necessidade de procurar novos hábitats que apresentem condições semelhantes às anteriores. [...] Alguns destes animais, por representarem o topo de cadeias alimentares, possuem um número reduzido de filhotes, o que dificulta ainda mais a manutenção destas populações. Ex.: onça-pintada, mono-carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre outros.

    Fauna da Mata Atlântica. Instituto Mata Atlântica Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/etX. Acesso em: 18 jun. 2021.

MP085

ÁLBUM de Ciências

A mariposa-esfinge-de-morgan

As plantas e os insetos interagem de muitas formas no ambiente. Na busca por alimento e abrigo, por exemplo, muitos insetos participam da polinização das flores e existem aqueles que auxiliam a espalhar sementes. Vamos conhecer o exemplo de interação que ocorre entre a mariposa-esfinge-de-morgan e a orquídea-estrela.

As mariposas e as borboletas têm, na região da boca, uma espécie de “tromba”, que elas usam para sugar néctar das flores. É geralmente um órgão pequeno, menor que o comprimento do corpo desses animais, chamado de probóscide.

Em Madagascar, no continente africano, existe um tipo de mariposa peculiar , a mariposa-esfinge-de-morgan. A probóscide dela é bem maior do que a da maioria das mariposas, podendo medir até 25 centímetros de comprimento.

Pesquisadores descobriram que ela se alimenta exclusivamente do néctar produzido por um tipo de orquídea, conhecida como orquídea-estrela. Esse néctar fica acumulado no fundo da flor, em um tubo longo e fino, com cerca de 25 cm de comprimento. Somente essa mariposa é capaz de polinizar essa espécie de orquídea, possibilitando que ela se reproduza. Ou seja, a orquídea e a mariposa têm uma relação em que uma depende da outra para sobreviver.

Imagem: Fotografia. Uma borboleta de cor preta com bolinhas brancas e parte inferior em laranja, com cabeça pequena em preto, com par de antenas finas. Ela está com o corpo para à direita, folha verde-clara.  Fim da imagem.

LEGENDA: Em geral, a forma do aparelho bucal dos insetos está relacionada ao hábito alimentar. A probóscide das mariposas e das borboletas tem a forma de um tubo oco enrolado sobre si mesmo, que se desenrola quando esses insetos vão se alimentar do néctar das flores. FIM DA LEGENDA.

GLOSSÁRIO

Peculiar: característico, especial, próprio de uma pessoa ou coisa.

Imagem: Fotografia. À esquerda, mariposa-esfinge-de-morgan, com tamanho médio com o corpo médio de cor bege-claro, com manchas em amarelo, com par de asas em amarelo com contorno em marrom-escuro, com par de antenas finas na vertical e bico longo na horizontal dentro de planta de pétalas brancas e partes avermelhadas, com caule com formato de tubo fino. Abaixo, folhas verdes com outros flores de pétalas em vermelho e gomo amarelo dentro.  Fim da imagem.

Mariposa-esfinge-de-morgan

Comprimento: 15 centímetros.

Envergadura: 10 centímetros.

LEGENDA: A mariposa-esfinge-de-morgan usa sua longa probóscide para coletar o néctar da flor da orquídea-estrela. Com isso, também carrega o pólen dessa flor, contribuindo para a reprodução desse tipo de orquídea. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Compreender que animais têm estruturas específicas para a alimentação.
  • Conhecer um exemplo de animal especialista.
  • Conhecer um exemplo de relação entre planta e animal.

    O nome científico da mariposa mostrada na ilustração é Xanthopan morganii praedicta. O termo praedicta refere-se ao fato de que a existência dessa subespécie da mariposa foi prevista antes de sua descoberta. A previsão foi feita por Alfred Russel Wallace a partir de um comentário feito por Charles Darwin.

    Darwin recebeu um exemplar da orquídea Angraecum sesquipedalia (mostrada na ilustração) enquanto estudava polinização e ficou espantado com o comprimento do nectário da flor. Afirmou, então, que deveria existir, em Madagascar, uma mariposa com uma probóscide grande, capaz de se alimentar dessa flor. Wallace reforçou a suspeita de Darwin, acrescentando que deveria se tratar de uma mariposa da espécie Xanthopan morganii, que era conhecida na África continental. Algum tempo depois, foram encontrados exemplares da espécie Xanthopan morganii com probóscide muito longa, proporcional ao tamanho do nectário da flor. Em homenagem à previsão de Wallace, essa subespécie foi denominada Xanthopan morganii praedicta.

    Procure explorar e relacionar as imagens com as informações do texto. Pergunte aos estudantes se eles acham que fotografias e ilustrações contribuem para a compreensão do que está sendo lido.

    Enfatize a relação alimentar existente entre as duas espécies, mencionando a interdependência que há entre elas. Essas noções vão servir de subsídios para o desenvolvimento da habilidade EF04CI04.

MP086

Capítulo 2. As plantas produzem seu próprio alimento

Assim como os animais, as plantas precisam de energia para viver. Mas, diferentemente deles, que se alimentam de seres vivos ou de restos de seres vivos, as plantas produzem o próprio alimento.

Esse processo de produção do alimento em plantas chama-se fotossíntese. Para ocorrer a fotossíntese, as plantas usam água e gás carbônico do ambiente.

Imagem: Ilustração. Vista geral de local com solo marrom, com grama de cor verde, com uma árvore ao centro de tronco marrom, com raízes longas dentro : A água e os nutrientes minerais são absorvidos do solo por meio das raízes. Dentro há duas flechas de cor azul-claro para cima. Na parte superior da árvore, folhas verdes com partes em amarelo, com seta em azul-escuro : Nesse processo, as plantas liberam gás oxigênio no ambiente. E seta vermelha para dentro : O gás carbônico é retirado da atmosfera, geralmente pelas folhas. Abaixo, destaque para folha de árvore de cor verde, com seta vermelha : A luz do Sol é captada por meio de uma substância chamada clorofila. Na presença de luz, a clorofila entra em ação e combina a água e o gás carbônico para formar um tipo de carboidrato, que é a fonte de energia das plantas. Na parte superior do local, sol à esquerda de formato redondo em amarelo : As plantas precisam de luz para transformar a água e o gás carbônico em alimento. Céu de cor azul-claro, com nuvens brancas à direita.   Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Reconhecer que as plantas necessitam de energia para viver.
  • Conhecer o processo de fotossíntese.

    Inicie o tema perguntando aos estudantes se as plantas precisam de alimento e, se a resposta for afirmativa, questione como elas o obtêm. É possível que alguns estudantes mencionem que o alimento vem do solo.

    Verifique se eles relacionam a presença da luz com a nutrição da planta. Comente que a luz do Sol é fonte de energia para a planta produzir o próprio alimento. Compreender o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos é necessário para o desenvolvimento das habilidades EF04CI04 e EF04CI05.

    Comente com os estudantes a participação do gás carbônico do ar na produção do alimento das plantas. Questione se o ganho de massa observado durante o crescimento da planta também pode ser em decorrência da absorção de gás carbônico vindo do ar. Lembre que os gases são matéria e, portanto, têm massa.

    Esclareça que durante a fotossíntese o gás carbônico e a água são transformados em carboidratos simples. A partir deles, as plantas são capazes de fabricar outras substâncias, como amido, proteínas e lipídios. Essas substâncias são incorporadas ao corpo das plantas e constituem o alimento que será usado por elas e por outros seres vivos.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04, EF04CI05

    Sugestão de atividade: A busca pela luz

    Esta atividade pode ser útil para demonstrar que as plantas só crescem na presença de luz, por isso também possuem a capacidade de crescer em direção a ela, já que é um elemento essencial para sua sobrevivência.

    Material: 2 caixas de papelão com tampa (uma delas deverá apresentar um buraco de 6 cm por 6 cm em uma das laterais); 3 vasos pequenos, com solo adubado; sementes de feijão ou três plantas da mesma espécie (de preferência uma planta com hábito trepador, de crescimento rápido).

    Como fazer

    Enterre superficialmente duas sementes da planta escolhida em cada vaso. Coloque um vaso em cada caixa e tampe-as. Deixe o terceiro vaso em ambiente externo. Mantenha as três montagens próximas a uma janela. Regue sempre que o solo estiver seco. Observe a germinação e o crescimento das plantas.

    Resultado esperado

    Depois de alguns dias, os ramos da planta que estiver na caixa com buraco estarão voltados em direção a ele. Possivelmente, essa planta emitirá algum ramo pelo buraco. A planta que estiver na caixa fechada não se desenvolverá. Já a planta que estiver fora da caixa deve se desenvolver normalmente.

MP087

  1. O que aconteceria a uma planta em um ambiente sem gás carbônico, sem luz ou sem água?
    PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que, em qualquer um dos casos, a planta morreria por falta de alimento, porque não seria possível fazer fotossíntese.
  1. Observe o quadro abaixo e identifique de onde vem a energia utilizada pelas plantas no processo de fotossíntese.

    ( ) Do gás carbônico.

    ( ) Dos alimentos.

    ( ) Dos nutrientes no solo.

    ( ) Da luz do Sol.

    PROFESSOR Resposta correta: Da luz do Sol.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Batata e arroz são alimentos ricos em carboidratos.
Imagem: Fotografia. Vista do alto de solo preto poroso, com uma batata dentro, arredondada de cor bege, com plantas na parte superior com folhas verdes, pequenas. Fim da imagem.

LEGENDA: Batata brotando. FIM DA LEGENDA.

  1. Explique de onde vêm os carboidratos desses alimentos.
    PROFESSOR Resposta: Como são alimentos de origem vegetal, os carboidratos são originados na fotossíntese, que é o processo de obtenção de alimento das plantas.
  1. Em sua opinião, as plantas utilizam os carboidratos que elas próprias produzem?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

    Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

  1. Desenhe uma planta de sua escola ou de sua casa no caderno. Depois, faça um esquema que represente a fotossíntese.
    PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. A clorofila pode ser encontrada em várias partes da planta, principalmente nas folhas. Uma das características mais marcantes dessa substância é a sua coloração verde.
    1. Qual é a importância da clorofila para as plantas?
      PROFESSOR Resposta: A clorofila é uma substância que capta a luz do Sol e isso faz com que as plantas consigam produzir seu próprio alimento por meio da fotossíntese.
    1. O que você acha que pode acontecer se você cobrir a folha de uma planta com um papel preto por vários dias?
      PROFESSOR Resposta pessoal. Os estudantes podem responder que, após vários dias sem receber luz do Sol, a folha deve ficar mais amarelada do que o restante da planta. Eles podem propor, por exemplo, que sem a luz do Sol a folha deixa de produzir clorofila. Consequentemente, sem realizar a fotossíntese, ela não produz carboidratos.

Boxe complementar:

Hora da leitura

  • Florinha e a fotossíntese, de Samuel Murgel Branco. Editora Moderna, 2011.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Durante o processo de fotossíntese, as plantas liberam gás oxigênio na atmosfera, que é usado na respiração da maioria dos seres vivos, incluindo as próprias plantas. Reforce que as partes verdes da planta contêm clorofila e são capazes de realizar fotossíntese.

Ao contrário da maioria dos animais, as plantas estão fixas em seu substrato. Entretanto, isso não significa que não tenham a capacidade de se movimentar. Algumas podem realizar movimentos rápidos, como a mimosa (Mimosa pudica), que tem a capacidade de fechar as folhas em resposta ao toque.

O crescimento da planta também pode ser alterado em resposta a um estímulo, como pode ser observado na atividade proposta no rodapé das páginas MP086 e MP087.

  • Atividades 1 e 2. Aproveite para retomar a importância do gás carbônico, da luz solar e da água no processo da fotossíntese. Verifique se os estudantes percebem que a água e o gás carbônico vão constituir o alimento e que a luz do Sol fornece a energia necessária para esse processo.
  • Atividade 3. Certifique-se de que todos percebam que as plantas usam parte do alimento que produzem como fonte de nutrientes e de energia para as atividades vitais.
  • Atividade 4. Espera-se que o desenho contenha informações equivalentes às do esquema na página 64.
  • Atividade 5. Essa atividade permitirá o trabalho com a competência geral 2 e a competência específica 3, uma vez que estimula os estudantes a exercitarem a curiosidade intelectual e a usarem o conhecimento sobre fotossíntese, a reflexão, a imaginação e a criatividade para elaborar hipóteses sobre o que deve acontecer com a folha de uma planta coberta com um papel preto por vários dias. Se possível, realize a experiência para testar as hipóteses apresentadas.

    Domínio da linguagem

    Leitura de esquema. O esquema é uma maneira eficiente de organizar e visualizar um processo e auxilia sua compreensão. Oriente os estudantes em relação à leitura de um esquema: a estrutura, a forma de organização, o direcionamento da leitura, o significado de caixas de texto, setas indicativas, linhas etc.

MP088

O gás oxigênio e a obtenção de energia

O gás oxigênio é fundamental para a sobrevivência de muitos seres vivos. No interior das células, ele interage com as substâncias fornecidas pelos alimentos, liberando energia. Esse processo recebe o nome de respiração. Na respiração, as células também produzem e eliminam o gás carbônico.

Respiração das plantas

Como vimos, as plantas fazem fotossíntese apenas quando há luz, ou seja, durante o dia. Durante a noite, elas não realizam fotossíntese. A respiração, no entanto, ocorre o tempo todo: a planta absorve gás oxigênio e elimina gás carbônico no ambiente tanto durante o dia como durante a noite.

Imagem: Ilustração. Esquema. Fotossíntese e respiração.  Uma planta de caule fino em marrom, com folhas verdes. Dentro do solo, raízes ramificadas por onde entra água com flecha azul debaixo para cima. Nas folhas verdes da planta, flecha em azul indicando : gás oxigênio e duas flechas em vermelho, indica saída : gás carbônico. No céu, à esquerda, sol de cor amarela : luz solar. À direita, céu de cor azul-claro, por onde cai gotículas de chuva.  Ilustração. Esquema. Respiração. A mês planta descrito anteriormente em local com céu noturno em azul-escuro, com lua à esquerda de cor branca. Flecha em azul indicando entrada de : gás oxigênio. Flechas em vermelho indicando saída de gás carbônico.   Fim da imagem.

LEGENDA: Esquema mostrando os processos que ocorrem na planta durante o dia e durante a noite. FIM DA LEGENDA.

Observação: Os elementos das imagens não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

A respiração ocorre em todas as partes da planta, especialmente nas folhas, onde existe maior quantidade de pequenos orifícios que permitem que os gases da respiração e da fotossíntese sejam absorvidos e eliminados.

Imagem: Fotografia. Vista do alto para baixo, de rio de água escura com várias plantas : vitória-régia com o formato redondo em verde, com a borda levantada para cima. Entre elas, filamentos finos se conectam. Ao fundo, vegetação verde na borda da água.  Fim da imagem.

LEGENDA: As folhas de certas plantas aquáticas ficam expostas na superfície da água. Os pequenos orifícios dessas plantas estão na parte superior das folhas e ficam abertos durante o dia, quando realizam trocas gasosas. Vitória-régia flutuando na floresta Amazônica, no município de Manaus, Amazonas, em 2020. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Pergunte aos estudantes se já viram uma planta respirar. Durante a discussão, explique que, embora não seja possível visualizar movimentos respiratórios como em certos animais, as plantas respiram, pois também utilizam o gás oxigênio para liberar a energia dos alimentos.

Explique que o processo é semelhante nos animais: reações químicas entre os alimentos e o gás oxigênio liberam energia para a realização das atividades próprias de cada organismo. A relação do processo respiratório com a liberação de energia será importante para a compreensão do ciclo da matéria e do fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema, de acordo com a habilidade EF04CI05.

Assim como os animais, as plantas respiram o tempo todo. A respiração acontece em todas as células da planta. Já a fotossíntese acontece apenas nas células com clorofila e na presença de luz.

Comente que o fato de as plantas respirarem durante a noite não significa que não possam ficar no mesmo ambiente em que dormimos. Compare com as situações em que compartilhamos ambientes com outras pessoas (que também respiram o tempo todo) sem sermos prejudicados por isso.

Reforce que, apesar de todas as células realizarem a respiração, a maior parte das trocas gasosas ocorre por meio de pequenos orifícios, os quais, em geral, se concentram na superfície inferior das folhas.

BNCC em foco na dupla de páginas:

EF04CI05

Sugestão de atividade: Como as plantas absorvem e transportam água e nutrientes?

Esta atividade auxilia os estudantes a compreenderem que as plantas absorvem e transportam água e nutrientes.

Material: copo ou vaso transparente com água dentro; corante alimentício; uma flor de cor branca.

Como fazer

Acrescente algumas gotas de corante alimentício na água. Faça um corte diagonal no talo da planta, contendo na extremidade uma flor branca retirada da planta no instante do experimento. Coloque imediatamente a parte cortada do caule na água. Você e seus estudantes devem aguardar no mínimo 30 minutos para observar. Com o passar do tempo, as pétalas da flor começam a apresentar a coloração do corante.

Desafie os estudantes a explicarem como o corante chegou às pétalas. Se possível, faça um corte no ramo da flor e proponha que eles observem o corte com uma lupa. Eles deverão constatar a presença de canais que conduzem a água pelo interior da planta.

MP089

Respiração dos animais

O corpo dos animais apresenta diferentes estruturas para absorver gás oxigênio e eliminar gás carbônico.

Imagem: Silhueta de um peixe de cor verde, com detalhes para brânquias, órgão arredondo atrás da entrada da boca, com seta azul entrando e depois das brânquias, três setas em vermelho saindo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Peixes e outros animais aquáticos, como caranguejos, respiram por brânquias. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Silhueta de um inseto pequeno de cor verde, na horizontal com patas finas. Detalhe para as traqueias, parte com formato de tubos finos ramificados com setas em vermelho e azul.  Fim da imagem.

LEGENDA: Os insetos e as aranhas respiram por meio de traqueias. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Silhueta de um gato sentado de cor amarelo, com detalhes em sistema respiratório com tubos de nariz e garganta, com dois pulmões na parte interna. Uma seta azul entrando no nariz e seta vermelha saindo da boca.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mamíferos, aves, répteis e muitos anfíbios respiram por pulmões. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Silhueta de uma minhoca na horizontal em laranja claro, com corpo com formato em anéis, com setas entrando em azul e setas saindo para cima : respiração pela pele.  Fim da imagem.

LEGENDA: Animais como a minhoca e a água-viva respiram pela pele. FIM DA LEGENDA.

Observação: Os elementos das imagens não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Leia o texto, as frases dos balões e converse com seus colegas.

No dia a dia, o termo respiração é muito utilizado para falar dos movimentos de inspiração e expiração realizados pelos pulmões, especialmente no ser humano.

Respire fundo!

Ele está com a respiração ofegante.

Melhor você ir lá fora respirar ar puro.

  1. É correto dizer que uma planta não respira porque ela não tem pulmões e não realiza os movimentos de inspiração e expiração? Explique.
    PROFESSOR Resposta: Não, pois respiração é o que ocorre nas células das plantas e dos animais.
  1. Os golfinhos perseguem grandes cardumes de sardinhas por longas distâncias. Mas, de tempos em tempos, eles precisam subir à superfície para respirar, enquanto as sardinhas não precisam sair da água. Por quê?
    PROFESSOR Resposta: As sardinhas realizam as trocas gasosas por meio de brânquias, por isso conseguem utilizar o gás oxigênio dissolvido na água. Os golfinhos realizam as trocas gasosas por meio de pulmões, por isso precisam extrair o gás oxigênio do ar.
  1. Minhocas e formigas passam parte de sua vida no solo, onde fazem túneis. Além de serem úteis para a locomoção, esses túneis são importantes para a respiração desses animais. Explique por quê.
    PROFESSOR Resposta: Porque esses túneis permitem que o ar e a água entrem e se misturem ao solo, garantindo às plantas e a esses animais o acesso ao gás oxigênio.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 6. Essa atividade e a seguinte permitem verificar se os estudantes conseguem efetivamente diferenciar o processo da respiração, em sua definição científica, dos significados a que a palavra remete no cotidiano. A palavra respiração é usada para se referir aos movimentos de inspiração e expiração, característicos do ser humano e de outros grupos de animais, e não ao processo de trocas gasosas que acontece com todas as plantas e animais ou à transformação química que ocorre no interior das células.
  • Atividade 7. É importante que os estudantes consigam compreender que a respiração não está limitada aos animais que possuem pulmões (realizam os movimentos de inspiração e expiração) e que plantas, invertebrados e até microrganismos respiram.
  • Atividade 8. Em sites de publicação de vídeos é possível realizar pesquisas e encontrar diversos vídeos de golfinhos se alimentando. Escolha alguns para apresentar aos estudantes antes de responderem a essa questão.
  • Atividade 9. Lembre aos estudantes que, apesar de ambos se beneficiarem da passagem do ar pelos túneis, a respiração de formigas e minhocas ocorre de maneira diferente. A respiração da formiga é traqueal, e a minhoca realiza as trocas gasosas por difusão, pela pele.

MP090

Capítulo 3. A decomposição

Animais e plantas mortos, fezes, urina, folhas, galhos, outras partes de plantas e restos de alimentos compõem o que é chamado de matéria orgânica.

Muitos fungos e bactérias se alimentam da matéria orgânica livre no ambiente. Para isso, eles liberam no meio em que vivem líquidos digestivos que quebram a matéria orgânica, gerando substâncias menores e mais simples. Essa transformação química é chamada decomposição ou apodrecimento.

Por essa razão, esses fungos e essas bactérias recebem o nome de organismos decompositores.

As substâncias originadas da decomposição da matéria orgânica servem de nutrientes para esses organismos, permitindo que eles cresçam e se desenvolvam.

Imagem: Fotografia. Da esquerda para à direita : cinco maçãs : uma verde, uma amarela com partes em vermelho-claro; laranja toda em vermelho-claro; uma maçã em vermelho-escuro com partes em marrom, com tamanho duas vezes menor; uma maçã pequena de cor marrom, com partes esbranquiçadas na parte inferior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Os fungos e as bactérias que crescem nas frutas causam seu apodrecimento. A fotografia apresenta a sequência de apodrecimento de uma maçã-verde. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é o alimento de fungos e bactérias decompositores?
    PROFESSOR Resposta: A matéria orgânica em geral; por exemplo, os organismos mortos e as fezes.
  1. Leia o texto a seguir e faça o que se pede.

    [...] O papel dos microrganismos no ciclo da matéria orgânica no solo, bem como na natureza, em geral, é indispensável. Sem a transformação dos restos animais e vegetais em húmus, todos os elementos essenciais ficariam armazenados nesses organismos mortos e não poderiam ser reutilizados. [...]

    FONTE: LEGNAIOL, S. Húmus: o que é e quais são suas funções para o solo. Ecycle. Disponível em: http://fdnc.io/etZ. Acesso em: 28 jan. 2021.

  1. Faça uma pesquisa sobre o que é o humo (húmus) e escreva seu significado no caderno.
    PROFESSOR Resposta: Humo ou húmus é a matéria orgânica que resulta da decomposição de animais e plantas mortos. Ela é depositada natural ou artificialmente no solo e o torna mais fértil.
  1. Cite um exemplo de ser vivo que reutiliza os elementos essenciais que os decompositores devolvem para o solo.
    PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Compreender o processo de decomposição.
  • Associar certos fungos e bactérias ao processo de apodrecimento dos alimentos e à decomposição da matéria orgânica.
  • Reconhecer a importância da decomposição na natureza.

    Ao longo do capítulo, os estudantes vão conhecer a participação de fungos e bactérias na decomposição e a importância ecológica desse processo. Dessa forma, auxilia o desenvolvimento da habilidade EF04CI06. Além disso, os estudantes vão conhecer uma transformação química não reversível: a decomposição.

    Comente que os produtos que consumimos ou utilizamos no dia a dia podem ser de origem orgânica ou inorgânica. Os materiais de origem inorgânica não servem de alimento para os seres vivos, por isso permanecem no ambiente por mais tempo. O tempo de degradação depende de fatores do ambiente, como temperatura, umidade e pressão.

  • Atividade 1. Para evidenciar a diferença entre material orgânico e inorgânico, selecione dois recipientes preenchidos com solo adubado e mantenha-os umedecidos. No primeiro, misture folhas secas, restos de vegetais, frutas e legumes. No outro, enterre embalagens de plástico, metal, papel e vidro. Peça aos estudantes que observem os recipientes após uma semana e após 15 dias. Oriente-os a registrarem e compararem os resultados.
  • Atividade 2. Se julgar interessante, amplie a pesquisa sobre o humo, pedindo aos estudantes que descubram como e onde é usado e a importância dele na produção de alimentos. Depois, certifique-se de que eles reconhecem que as plantas absorvem água e nutrientes do solo, ou seja, os elementos essenciais que os decompositores devolvem para o solo.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI06

    Sugestão de atividade: Como fazer uma composteira na escola

    Material: um buraco no solo com cerca de 1 m² ou um recipiente de madeira ou tijolos com a mesma medida; sobra de alimentos; papéis; papelão e palha; água; uma pá.

    Como fazer

  1. No buraco no solo ou recipiente de madeira ou tijolos, coloque os resíduos na proporção de 25% de restos de comida e 75% de materiais secos – papéis, papelão e palha. É preciso respeitar essas quantidades para que os alimentos não se tornem uma massa compacta e malcheirosa. [...]
  1. Ponha mais material seco em cima da pilha, umedeça com bastante água e depois cubra a composteira.
  1. Deixe descansar por cerca de 15 dias. Depois disso, revire o material com a ajuda da pá, mais ou menos uma vez por semana, e acrescente água sempre que a mistura estiver seca demais.
  1. A duração do processo pode variar [...]. Por isso, é importante estar atento à transformação que passa a acontecer – o lixo começa a ganhar o aspecto de solo fértil. Quando isso acontecer, o novo solo pode ser usado para cultivo de hortaliças, plantas e flores. [...]

    LOPES, N. Como fazer uma composteira na escola. Disponível em: http://fdnc.io/etY. Acesso em: 3 mar. 2021.

MP091

Importância da decomposição

A decomposição é um processo muito importante na natureza. Parte das substâncias originadas da decomposição fica disponível no solo, na forma de nutrientes. As plantas absorvem esses nutrientes, utilizando-os para seu próprio crescimento. Ao se alimentarem das plantas, os animais também estão aproveitando, de maneira indireta, os nutrientes liberados pela decomposição.

Sem a decomposição feita pelos microrganismos, a matéria orgânica levaria muito tempo para se degradar. Haveria acúmulo de animais e plantas mortos, de restos de alimento e outros detritos. Faltariam nutrientes para o crescimento das plantas, o que afetaria todos os seres vivos.

LEGENDA: Fungos crescendo sobre tronco de árvore caída. A decomposição é o processo responsável pela reciclagem dos nutrientes, devolvendo-os ao meio ambiente. Animais e plantas são beneficiados pela decomposição. Município de Manaus, Amazonas, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um homem trabalhando à esquerda, segura nas mãos uma haste, de frente um monte de cor marrom-escuro. O homem está vestido com camiseta e calça de cor verde, com pano azul no pescoço e boné em azul-escuro. Mais ao fundo, terreno aberto com montes de terra.  Fim da imagem.

LEGENDA: Trabalhador do município de Caetité, na Bahia, em 2019, manejando uma pilha de compostagem. Essa técnica acelera a decomposição natural da matéria orgânica. Ela é usada para produzir adubo para plantas. FIM DA LEGENDA.

  1. Leia o texto, observe a imagem e responda às questões.

Os resíduos orgânicos produzidos em casa, como folhas e cascas de vegetais, podem ser aproveitados por meio da compostagem. Nesse processo, a matéria orgânica é degradada e resulta em um composto rico em nutrientes, que pode ser utilizado em hortas e jardins como adubo.

Imagem: Ilustração. Estrutura na vertical com três divisões amarelas com estágios diferentes. De cima para baixo, solo marrom com vegetação de folhas verdes, restos de vegetais e alimentos. Abaixo, parte com solo em marrom-escuro e minhocas dentro e na última parte, vazia, com uma torneira cinza na frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação de composteira. Nela, são adicionadas camadas de serragem, solo e minhocas ao material orgânico. FIM DA LEGENDA.

  1. O que acontece com os resíduos orgânicos domésticos colocados na composteira?
    PROFESSOR Resposta: Eles sofrem decomposição e são transformados em um composto rico em nutrientes.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    Discuta com seus colegas a importância da compostagem doméstica.

    PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Explique que alguns restos de seres vivos se decompõem mais lentamente que outros. A madeira, por exemplo, possui substâncias que os seres decompositores não conseguem digerir facilmente e por isso demora mais para apodrecer, especialmente se não estiver em local quente e úmido.

Explique que a decomposição altera as substâncias que formam o organismo e que essa transformação é irreversível. Use como exemplo a imagem da maçã apodrecendo, da página anterior: uma vez decomposta, a maçã não retorna ao seu estado inicial.

  • Atividade 3. Aproveite a discussão sobre decomposição do lixo e proponha a montagem de uma composteira na escola (veja Sugestão de atividade desta dupla de páginas). Caso haja refeitório na escola, pode ser feito um projeto coletivo envolvendo a cozinha para que o lixo orgânico seja separado e destinado à composteira.

    É possível que alguns estudantes já façam compostagem em casa ou que conheçam ações ou projetos que coletem resíduos orgânicos. Estimule-os a conversarem com seus familiares sobre o tema. Eles podem pensar em formas possíveis de dar um destino adequado aos resíduos orgânicos domésticos. Na aula seguinte, promova uma troca de ideias e sugestões que poderão contribuir com ações efetivas em casa e na escola.

MP092

  1. Leia o texto e localize as informações solicitadas a seguir. Depois, escreva as respostas no caderno.

Serapilheira

O solo das florestas é coberto por uma camada de matéria orgânica chamada serapilheira. Ela é formada principalmente por restos de plantas, como folhas, galhos, sementes, flores e frutos, e também por restos de animais mortos, urina e fezes.

LEGENDA: Solo coberto por serapilheira na floresta amazônica. Peru, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Fungos e bactérias fazem a decomposição da matéria orgânica e os nutrientes ficam disponíveis no solo, deixando-o mais fértil. Árvores e outras plantas absorvem os nutrientes do solo, crescem e servem de alimento para muitos animais. Quando morrem, os seres vivos vão compor a serapilheira, dando continuidade a esse ciclo da matéria.

  1. De onde vêm os materiais que compõem a serapilheira?
    PROFESSOR Resposta: Os materiais que compõem a serapilheira vêm dos restos de plantas e animais que vivem na floresta.
  1. Qual é a importância da decomposição da serapilheira para plantas e animais?
    PROFESSOR Resposta: A decomposição disponibiliza nutrientes no solo que são absorvidos pelas plantas. Ao se alimentarem das plantas, os animais também aproveitam os nutrientes liberados pelos decompositores. Quando esses seres vivos morrem, eles passam a fazer parte da serrapilheira, formando um ciclo.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Converse com seus colegas e respondam: o que vocês entendem por “ciclo da matéria”?
    PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 4. Comente que a composição dessa camada varia de acordo com o ecossistema onde ela se encontra e com suas características. Florestas com grandes quantidades de árvores e de animais, associadas ao alto índice de chuvas e altas temperaturas, por exemplo, produzem maior quantidade de serapilheira. Mencione que, além de quantidades significativas de nutrientes que retornam ao solo por meio da decomposição, essa camada contribui para diminuir a erosão, funciona como isolante térmico, ajuda a reter água no solo e abriga sementes e mudas.
  • Atividade 5. Tendo estudado a alimentação de plantas, animais e decompositores, os estudantes podem desenvolver a compreensão do ciclo de matéria nos ecossistemas. Auxilie-os a perceberem que a matéria orgânica entra nos ecossistemas pela ação dos produtores, como as plantas. Boa parte dessa matéria percorre outros níveis tróficos (consumidores) até ser decomposta, compor o solo e retornar às plantas, formando um ciclo. Dessa forma, essa atividade auxilia no desenvolvimento das habilidades EF04CI04, EF04CI05 e EF04CI06.

    BNCC em foco:

    EF04CI04, EF04CI05, EF04CI06

    Texto complementar

    Noruega inaugura “cofre” global de sementes no Ártico

    Bem perto do Polo Norte, uma montanha gelada guarda o tesouro genético do planeta. Trata do projeto mais ousado de preservação da vida vegetal, inaugurado hoje no arquipélago norueguês de Svalbard.

    O objetivo é conservar até 4,5 milhões de amostras de sementes e 2 bilhões de sementes de todas as espécies cultivadas pelo ser humano. Esse patrimônio, mantido em segurança máxima, estará protegido de catástrofes naturais e até mesmo de guerras nucleares.

    “É o último refúgio das lavouras do mundo”, diz Cary Fowler, diretor da Global Crop Diversity Trust, organização, criada pela FAO (órgão das Nações Unidas para agricultura), que coordena o projeto juntamente com a Noruega. [...]

    A escolha de abrigar o bunker ecológico nesse remoto arquipélago acima do Círculo Polar Ártico não foi por acaso. Além de ter clima e geologia ideais, Svalbard é distante o bastante para manter em segurança a herança genética vegetal.

    A nova Arca de Noé fica escondida no final de um túnel de 120 metros, escavado em rochas geladas a 70 metros de profundidade e será mantida a –18 °C. [...]

    FONSECA-SOURANDER, L. Noruega inaugura “cofre” global de sementes no Ártico. Folha de S.Paulo , 26 fev. 2008. Disponível em: http://fdnc.io/eu1. Acesso em: 2 mar. 2021.

MP093

ÁLBUM de Ciências

Preservação total

A preservação de um organismo inteiro, sem que ocorra a sua decomposição, é um evento muito raro. Em geral, o processo de decomposição inicia-se imediatamente após a morte de qualquer ser vivo.

Algumas condições ambientais, no entanto, como temperaturas baixas e falta de umidade, dificultam a ação de organismos decompositores. Nessas condições, as funções vitais desses organismos ficam prejudicadas, impossibilitando o processo de decomposição da matéria orgânica. Dessa forma, é possível criar réplicas de seres vivos que viveram há milhares de anos e foram preservados nessas condições.

LEGENDA: Réplica de mamute que foi preservado no gelo, exposto no Museu Wiesbaden, na Alemanha, em 2018. Estima-se que esse animal tenha vivido há 20 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Outra forma de evitar a decomposição é se o organismo for preservado em âmbar. O âmbar é uma resina fóssil, originada de plantas antigas. Os seres vivos que ficaram presos nessa resina não sofrem decomposição. Já foram encontrados animais, plantas e mesmo microrganismos integralmente preservados nesse tipo de resina.

Imagem: Fotografia. Uma pedra de âmbar com o formato arredondado, de cor amarela com um inseto dentro preto, com par de asas redondas, cabeça pequena e par de antenas finas na frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Inseto e pedaços de plantas preservados em âmbar. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

Com a ajuda de um adulto, faça uma pesquisa sobre um animal que viveu no Brasil há muitos anos e que teve partes do corpo preservadas. Procure saber por que essas partes não sofreram decomposição.

PROFESSOR Respostas variáveis.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Compreender a influência da umidade e da temperatura no processo de decomposição.
  • Conhecer exemplos de seres vivos preservados congelados.

    Após a leitura do texto e das imagens, questione os estudantes se identificam alguma relação entre as informações apresentadas e o hábito de conservar alimentos na geladeira. Espera-se que deduzam que as geladeiras são eficientes porque, ao manterem os alimentos em temperatura baixa, reduzem bastante a ação de seres decompositores.

    O uso de baixas temperaturas para evitar a decomposição inspirou a criação de um “banco mundial de sementes” em uma geleira na Noruega. Para saber mais sobre o assunto, veja o Texto complementar abaixo. A notícia é de 2008, ano da criação do banco de sementes. Desde então, apesar de todas as precauções, o projeto tem sido ameaçado pelo aumento das temperaturas globais. Se desejar aprofundar o assunto, incentive os estudantes a procurarem notícias recentes sobre o projeto e proponha um debate com base nas informações coletadas.

    Ao observar que organismos congelados foram preservados, os estudantes poderão verificar a influência da temperatura no processo de decomposição. Informe que poucos organismos decompositores podem sobreviver a temperaturas baixíssimas. Com isso, podem concluir que a decomposição é uma transformação não reversível e que sua ocorrência depende também de fatores ambientais.

  • Tarefa de casa. Proponha aos estudantes que pesquisem sobre os animais da megafauna brasileira. Trata-se de um conjunto de animais pré-históricos de grandes proporções, que conviveram com a espécie humana, extintos há cerca de 10.000 a 40.000 anos. Em geral, é comum encontrar partes do corpo mais duras e resistentes à decomposição e à erosão, como dentes, conchas, carapaças e ossos. Por isso, a maioria do registro fóssil desses animais é constituída por fósseis desses restos biológicos.

    BNCC em foco:

    EF04CI06

MP094

Capítulo 4. Os ecossistemas

O conjunto formado pelos seres vivos e pelos componentes não vivos de um local, e a forma como esses elementos interagem, é chamado de ecossistema .

Imagem: Ilustração. Esquema com ilustração ao centro e linhas pontilhadas na vertical com detalhes para seres vivos. Ao centro, local com água de cor azul-claro. Ao fundo, solo marrom e ao fundo, rochas à esquerda. Em segundo plano, morros altos de cor verde. Na parte superior, à direita, sol amarelo redondo. Saindo da água, setas para os seguintes seres-vivos :  Capivara : um animal de médio porte de cor marrom, com cabeça arredondada, orelhas pequenas e focinho de cor marrom-escuro.  Frango-d’água: Um animal similar a ave de penas azuis, com par de asas de cor amarela, com bico pequeno laranja e patas finas em verde.  Libélula: um inseto de corpo fino verde com dois pares de asas em branco, com pares de patas finas.  Sapo: um sapo de tamanho médio, de cor bege com detalhes em preto com formato de pequenos círculos.  Junco: Planta aquática com hastes na vertical, com folhas verdes e pétalas em laranja. Ao fundo, céu de cor azul-claro.  Aguapé: Planta com raízes finas em bege, com folhas verdes e na parte superior, flor de pétalas lilás.  Lambari: Um peixe para esquerda de cor cinza, tamanho médio com barbatanas de cor amarela.  Corvina: Um peixe para à esquerda de tamanho médio de cor cinza, com barbatanas e nadadeira em cinza-escuro. Sanguessuga: Um animal de corpo longo, pequeno de cor marrom-escuro, com a ponta direita circular.  Microrganismos aquáticos: seres pequenos com formatos diversos, um achatado e comprido, outro com o formato de duas hastes e outro menor, arredondado.  Larvas de mosquito: animal de corpo comprido na horizontal de cor laranja-claro, com patas finas que contornam o corpo.  Caramujo: com o corpo rastejante de cor marrom, com duas hastes finas na cabeça e concha redonda em marrom.  Tartaruga de água doce : uma tartaruga de tamanho médio de cor marrom, com o casco arredondado e cabeça pequena, virado para à direita.   Fim da imagem.

LEGENDA: Seres vivos: plantas, animais e microrganismos. Componentes não vivos: rochas, água, solo, ar e luz do Sol. FIM DA LEGENDA.

Observação: Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Situação não real. Cores fantasia. Fim da observação.

Uma floresta inteira ou apenas um rio dessa floresta podem ser considerados um ecossistema. O tamanho do ecossistema depende do ponto de vista de quem o está estudando.

Além disso, ecossistemas podem ser muito diferentes. Eles variam de acordo com as características ambientais. Alguns são quentes e secos, com poucas chuvas; outros são úmidos e com sombra, com chuvas abundantes; há os que são alagados e os que são marinhos, entre outros exemplos.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Compreender o conceito de ecossistema.
  • Identificar os componentes de um ecossistema.
  • Reconhecer que os componentes de um ecossistema se relacionam entre si.

    Pergunte aos estudantes se um aquário é um ecossistema. Caso a resposta seja negativa, pergunte se o peixe é capaz de sobreviver nesse ambiente. Para que os seres vivos sobrevivam, eles necessitam fazer trocas, tanto com o meio em que vivem quanto com outros seres vivos. Explore tais relações, questionando o que seria necessário para montar um aquário: que tipo de água (os peixes estão adaptados a águas com diferentes concentrações de sais), um termômetro ou um termostato (requerem uma temperatura ideal), bomba de oxigênio (precisam respirar), a presença de algas (alimento), local iluminado (algas realizam fotossíntese), filtros (seres vivos liberam restos e excretas), entre outros fatores. Após a discussão, espera-se que todos os estudantes reconheçam o aquário como um ecossistema.

    A ilustração da página 72 permite explorar aspectos da habilidade EF04CI04. Assim, procurem estabelecer relações entre os seres vivos apresentados, especialmente relações alimentares, além de identificar os ecossistemas que habitam e as relações que podem estabelecer com o ambiente.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04

    Texto complementar

    Ecossistemas

    Todas as entidades biológicas necessitam de matéria para sua construção e energia para suas atividades. [...] A importância intrínseca dos fluxos de energia e de matéria significa que os processos das comunidades são fortemente vinculados ao ambiente abiótico. O termo ecossistema é usado para denotar a comunidade biológica junto com o ambiente abiótico em que ela está inserida. Assim, os ecossistemas normalmente incluem produtores primários, decompositores e detritívoros, uma certa quantidade de matéria orgânica morta, herbívoros, carnívoros e parasitos mais o ambiente físico-químico que proporciona as condições para a vida e atua como uma fonte e um dreno para energia e matéria.

    BEGON, M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. L. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 499.

MP095

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. Leia o texto e identifique as informações solicitadas. Depois, converse com seus colegas.

    Nos ecossistemas de cavernas, que são ambientes úmidos e escuros, vivem alguns animais cujo corpo não tem cor nem olhos, mas tem longas antenas e um olfato bem apurado.

    1. Quais características dos ecossistemas de cavernas e dos animais que vivem nesses ambientes foram citadas?
      PROFESSOR Resposta: As cavernas são ambientes úmidos e escuros. Os animais citados possuem um corpo sem cor e sem olhos, com longas antenas e um olfato bem apurado.
    1. Em sua opinião, existe relação entre as condições do ecossistema de caverna e as características dos animais que nele vivem?
      PROFESSOR Resposta pessoal. Os estudantes poderão mencionar a relação entre falta de cor na pele e falta de Sol (os pigmentos da pele ajudam na proteção aos raios nocivos do Sol); a ausência de olhos ao fato de não haver luz para a visão; as antenas e o olfato apurado como órgãos sensoriais que permitem perceber o ambiente sem o auxílio da visão.

      Cada ecossistema é de um jeito

      Existem muitos ecossistemas diferentes, e cada um deles abriga seres vivos característicos, adaptados ao ambiente em que vivem.

      A árvore chamada mangue-vermelho, por exemplo, habita os manguezais, locais com solo alagado, pobre em gás oxigênio e com muito sal. O mangue-vermelho consegue sobreviver nesse ambiente porque partes de suas raízes ficam acima do nível da água e têm estruturas que eliminam o excesso de sal de seu corpo.

      Os juazeiros são árvores encontradas em ecossistemas com longos períodos de seca. Eles sobrevivem nesses locais porque têm folhas grossas e espinhos, que diminuem a perda de água, e raízes que captam água do subsolo em grandes profundidades.

Imagem: Fotografia. Local com rio escuro, com árvores de tronco fino bege e raízes grandes no rio e expostas fora dele. Na parte superior, folhas de cor verde. Mais no alto, céu de cor azul-claro. Texto : Altura: 6 m. Fim da imagem.

Altura: 6 m.

LEGENDA: O mangue-vermelho vive em terrenos alagados e com muito sal. Município de Cananeia, São Paulo, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com vegetação rasteira em marrom, com a parte de trás em verde-claro. Ao centro, árvore de tronco baixo, com raízes ramificadas com folhas de cor verde-claro. Ao fundo, céu de cor azul-claro com muitas nuvens brancas. À direita, vista parcial de rochas. Texto : Altura: 5 m. Fim da imagem.

Altura: 5 m.

LEGENDA: Os juazeiros sobrevivem a longos períodos sem chuva. Município de Quixadá, Ceará, em 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1. Partindo de um exemplo de ecossistema, explora-se a relação entre estruturas e órgãos dos seres vivos e características do ambiente em que vivem. Assim, verifique se os estudantes reconhecem características do ambiente de caverna e dos animais cavernícolas mencionados no texto. Depois, verifique se estabelecem relações possíveis entre ambos. Dessa forma, é possível trabalhar com as competências geral 2 e específica 3. Se julgar pertinente, apresente outros exemplos de animais e plantas e suas adaptações ao meio em que vivem.

    Uma das ideias importantes desse tema é a noção de adaptação. Não se espera que os estudantes construam um entendimento aprofundado e formal desse conceito. Contudo, almeja-se elaborar uma primeira noção de que os seres vivos apresentam atributos físicos e comportamentais que permitem que sobrevivam em determinado ambiente.

    Aproveite o trecho do texto que se refere aos manguezais e a fotografia do mangue-vermelho e peça aos estudantes que comparem essas informações e a imagem com a ilustração de abertura da unidade.

MP096

Relações alimentares

Em um ecossistema, os seres vivos não dependem apenas das características ambientais. Eles também dependem uns dos outros, por isso se relacionam de várias maneiras.

Quando um ser vivo se alimenta de outro, ele estabelece uma relação alimentar. A sequência esquemática que representa as relações alimentares em um ecossistema é chamada de cadeia alimentar. Veja um exemplo na imagem a seguir.

Imagem: Ilustração. Esquema. Vista geral de local com grama de cor verde, com um rio atrás e seres vivos ampliados: No rio, uma árvore fina com galhos secos, com o galho à direita com duas aves pousadas, em tons escuros. No céu, sombra de pássaros sobrevoando para à direita. Na beirada de um rio, um tuiuiú, ave de penas brancas, com pescoço, cabeça e bico longo em preto, com penas de cor branca. À direita, ao fundo, um pato de costas, sobre um galho seco no rio, de penas brancas, par de asas em branco e bico de cor laranja. À frente, grama verde com um pássaro pequeno de penas em marrom, com uma minhoca no bico.  Seres vivos ampliados: Folhas de cor verde.  Texto : Uma cadeia alimentar sempre começa com um ser vivo que produz seu próprio alimento. Ele é chamado de produtor e, em geral, é uma planta ou uma alga. Sobre folha de cor verde, um caramujo de cor marrom com o corpo rastejante e casco arredondado no dorso em marrom-claro. Texto : O produtor serve de alimento para outro ser vivo, como o caramujo. Este, por sua vez, pode servir de alimento para outros animais, como o tuiuiú. Os animais são chamados de consumidores, pois alimentam se de plantas ou de outros animais. Um tuiuiú visto do pescoço para cima, com a cabeça para à esquerda, com penas e bico de cor preta. Na parte inferior do pescoço, em vermelho e corpo com penas em branco. Ele tem no bico um caramujo dentro. Dos três seres vivos, setas amarelas para restos de seres vivos, com formatos diferentes em marrom e bege, alguns longos, finos e outros com formato de bastonetes e pequenas esferas.  Texto : Os restos de todos os seres vivos da cadeia alimentar servem de alimento para fungos e bactérias, chamados de decompositores.  Fim da imagem.

Uma cadeia alimentar sempre começa com um ser vivo que produz seu próprio alimento. Ele é chamado de produtor e, em geral, é uma planta ou uma alga.

O produtor serve de alimento para outro ser vivo, como o caramujo. Este, por sua vez, pode servir de alimento para outros animais, como o tuiuiú. Os animais são chamados de consumidores, pois alimentam-se de plantas ou de outros animais.

Os restos de todos os seres vivos da cadeia alimentar servem de alimento para fungos e bactérias, chamados de decompositores.

Na representação da cadeia alimentar acima, note que as relações alimentares são indicadas por setas. Cada seta é direcionada do organismo que serve de alimento para o organismo que o consome.

MANUAL DO PROFESSOR

O estudo das relações alimentares permite aos estudantes identificar o papel desempenhado pelos seres vivos nas cadeias alimentares. Dessa forma, o capítulo favorece o desenvolvimento da habilidade EF04CI04.

Auxilie os estudantes na leitura do esquema. Questione-os sobre a classificação dos animais quanto à alimentação (o caramujo é herbívoro, enquanto o tuiuiú é carnívoro). Pergunte se é possível ter uma cadeia alimentar formada somente por carnívoros. Espera-se que os estudantes associem o que estudaram sobre a alimentação dos animais ao papel que desempenham nas relações alimentares do ecossistema.

Comente que a vida como a conhecemos não seria possível se não houvesse organismos fotossintetizantes, como as plantas e as algas, uma vez que, além de disponibilizarem gás oxigênio, esses organismos são a base da maioria das cadeias alimentares.

Domínio da linguagem

Leitura de esquema. As diferentes cadeias alimentares podem ser representadas esquematicamente. Esquemas desse tipo, seguidos de legendas explicativas, são muito frequentes em Ciências. Portanto, é muito importante orientar os estudantes na leitura e na compreensão de esquemas, explorando a estrutura de representação, a forma como está organizado, o direcionamento em que se dá a leitura etc. Isso vai favorecer, inclusive, a produção dessa forma de linguagem.

BNCC em foco:

EF04CI04

Texto complementar

Os saprótrofos

[...] os saprótrofos (organismos que utilizam matéria orgânica morta) não controlam a taxa com que seus recursos se tornam disponíveis ou se regeneram; eles dependem da taxa com que alguma outra força (senescência, doença, luta, queda das folhas das árvores) libera o recurso do qual vivem. [...] Distinguem-se dois grupos de saprótrofos: decompositores (bactérias e fungos) e detritívoros (animais consumidores de matéria morta). [...] De fato, é na ciclagem de nutrientes que os decompositores e detritívoros desempenham seu papel fundamental. [...]

BEGON, M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. L. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. Porto Alegre: Artmed, 2007, p. 326.

MP097

  1. Leia o texto a seguir e identifique as relações alimentares que ele descreve.

    No Pantanal, as plantas aquáticas servem de alimento para peixes conhecidos por lambaris. Nesse ecossistema, as piranhas obtêm dos lambaris a energia de que precisam. Já as ariranhas sobrevivem alimentando-se de piranhas.

    • Represente as relações alimentares que você identificou por meio de uma cadeia alimentar.
      PROFESSOR Resposta: plantas aquáticas lambaris piranhas ariranhas

Fluxo de energia

O Sol é a principal fonte de energia para os ecossistemas. Os produtores utilizam essa energia para produzir seu próprio alimento. Parte da energia que os produtores acumulam é utilizada para seu crescimento e desenvolvimento.

Quando um consumidor se alimenta de uma planta, aproveita apenas parte da energia. Se esse animal servir de alimento para outro, este também receberá uma quantidade menor de energia. Assim, a quantidade de energia diminui ao longo das cadeias alimentares.

O caminho da energia ao longo das cadeias alimentares é chamado de fluxo de energia.

Observação: Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Situação não real. Cores fantasia. Fim da observação.

Imagem: Ilustração. Esquema. Na parte inferior, seta azul diminuindo da esquerda para à direita : fluxo de energia.  À esquerda, sol redondo amarelo radiando luz: energia do Sol. Plantas de cor verde : energia captada pelas plantas, luz em amarelo. Seta grande para cima: energia gasta. Seta grande verde para à direita : energia transferida. Um coelho virado para esquerda de pelos de cor marrom, com orelhas para cima. Seta vermelha de tamanho médio para cima e seta menor verde para à direita.  Um animal similar a uma ariranha, virado para à direita com o corpo marrom e cauda fina longa à esquerda, com focinho preto pequeno e orelhas pequenas arredondadas. Seta fina em vermelho para cima e seta verde para à direita.  Um gavião virado para à esquerda, de penas de cor branca na cabeça, bico pequeno laranja e corpo coberta de penas de cor marrom-escuro. Seta bem fina para cima.   Fim da imagem.

LEGENDA: O fluxo de energia ocorre em uma única direção nas cadeias alimentares. A espessura da seta azul indica a quantidade de energia gasta e transferida. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Leia cada frase a seguir para um colega e diga se você concorda com o que está escrito. Explique a sua resposta.
    PROFESSOR Resposta: Respostas pessoais.
    1. Nenhum animal produz seu próprio alimento, todos são consumidores.
      PROFESSOR Resposta: Realmente, todos os animais são consumidores, pois só conseguem obter energia e matéria a partir da alimentação.
    1. O ser humano é um produtor porque faz seu próprio alimento.
      PROFESSOR Resposta: O ser humano é um consumidor, como todos os outros animais. Nós nos alimentamos de outros seres vivos.
    1. A energia nos ecossistemas não é reciclada, ela segue um fluxo em uma única direção.
      PROFESSOR Resposta: Ao contrário da matéria, a energia não é reciclada. Os organismos gastam energia em suas atividades, e a energia entra continuamente nas cadeias alimentares pela ação dos produtores.
MANUAL DO PROFESSOR

Comente com os estudantes que, embora a energia seja obtida dos alimentos (matéria), ela não circula nos ecossistemas, isto é, não retorna aos produtores, ao contrário do que ocorre com a matéria. Por isso, diz-se que o fluxo de energia é unidirecional. A energia entra no ecossistema continuamente, originada do Sol e capturada pela ação dos organismos produtores, como plantas e algas. O estudo desse tema e a realização da atividade 3 favorecem o desenvolvimento da habilidade EF04CI05, pois destacam semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema.

  • Atividade 2. Aproveite essa atividade para avaliar se os estudantes compreenderam a forma correta de representar as relações alimentares descritas no texto. Assim, além de identificar os seres que se alimentam de outros seres, eles devem se preocupar em indicar a seta na direção do ser vivo que se alimenta do anterior. Dessa forma, a atividade permite explorar a habilidade EF04CI04.
  • Atividade 3. Teste junto aos estudantes outras formas de responderem corretamente às alternativas. Ao final, peça a eles que reescrevam suas respostas.

    BNCC em foco:

    EF04CI04, EF04CI05

MP098

Para ler e escrever melhor

O texto compara ecossistemas marinhos na superfície e no fundo do mar.

Animais marinhos em diferentes ecossistemas

O ambiente marinho não é todo igual. As condições na superfície, por exemplo, são muito diferentes das encontradas nas profundezas do mar, região conhecida como zona abissal.

As águas da superfície recebem muitos raios solares, sendo iluminadas e, de modo geral, mais quentes. As águas mais profundas, por sua vez, são escuras e frias.

Os animais que vivem na superfície do mar encontram mais alimento, pois a luminosidade possibilita a sobrevivência dos seres vivos que fazem fotossíntese. Esses seres vivos são a base da cadeia alimentar e sustentam diversos animais. No entanto, na zona abissal, não há luz que permita a fotossíntese. Com isso, os animais que vivem lá se alimentam dos poucos seres vivos desse ambiente ou dos organismos que afundam até grandes profundidades, geralmente depois de mortos.

Imagem: Fotografia. Em fundo preto, um peixe de tamanho médio, com a cabeça para à esquerda. Ele tem a cabeça arredondada, com olhos azuis, com haste fina sobre a cabeça, na diagonal para frente. Ele está com a boca aberta, para cima. Na ponta da cauda, hastes finas na horizontal. Texto : Comprimento: 15 cm. Fim da imagem.

Comprimento: 15 cm.

LEGENDA: Esse peixe é um tipo de tamboril, conhecido como demônio das estrelas, e vive na zona abissal. Algumas partes do seu corpo são capazes de emitir luz. Golfo do México, em 2015. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista debaixo para cima de oceano com água de cor azul-claro, com pedra gigante à esquerda, de cor cinza e no oceano, dezenas de peixes pequenos de cor laranja, com cauda fina bifurcada. Eles vão para à direita.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cardume em ecossistema marinho próximo à superfície. Fernando de Noronha, Pernambuco, em 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Desenvolver a compreensão leitora por meio de um texto expositivo com estrutura comparativa.
  • Produzir um comparativo a partir de um modelo.
  • Conhecer diferenças entre dois ecossistemas marinhos.

    Peça aos estudantes que façam uma primeira leitura silenciosa do texto. Depois, leia o texto com eles ou proponha uma leitura em forma de jogral, em que cada estudante lê uma frase ou um trecho. Promova uma discussão sobre o texto e proponha que o relacionem com as imagens apresentadas. Note que as informações apresentadas no texto permitem explorar aspectos relacionados às habilidades EF04CI04 e EF04CI05.

    Identifique, com os estudantes, as características divergentes entre os dois ambientes. Procurem identificar a relação entre os elementos não vivos e as características dos seres que vivem nele. Questione se os estudantes conhecem outros exemplos de seres vivos relacionados a esses ambientes.

    Peça aos estudantes que reconheçam os marcadores no texto lido e que façam uso deles na elaboração do texto comparativo.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04, EF04CI05

    Texto complementar

    Predadores

    Em uma definição simples, a predação é o consumo de um organismo (a presa) por outro organismo (o predador), em que a presa está viva quando o predador a ataca pela primeira vez. Isso exclui a detrivoria, o consumo de matéria orgânica morta [...].

    Existem dois modos principais de classificar os predadores. Nenhum é perfeito, mas ambos podem ser úteis. A classificação mais óbvia é a “taxonômica”: os carnívoros consomem animais, os herbívoros consomem vegetais e os onívoros consomem ambos (ou, mais corretamente, os onívoros consomem presas de mais de um nível trófico – vegetais e herbívoros ou herbívoros e carnívoros). Uma alternativa, contudo, é uma classificação “funcional” [...]. Nesse caso, há quatro tipos principais de predadores: predadores verdadeiros, pastadores, parasitoides e parasitos [...].

    Os predadores verdadeiros matam suas presas quase imediatamente após atacá-las: durante o seu tempo de vida, matam muitas ou diferentes presas, com frequência consumindo-as na sua totalidade. A maioria dos carnívoros mais conhecidos, como tigres, águias, besouros coccinelídeos [joaninhas] e plantas carnívoras, são predadores verdadeiros, mas também o são os roedores granívoros, as formigas granívoras, as baleias consumidoras de plâncton etc.

    BEGON, M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 264.

MP099

As diferentes condições desses ambientes também influenciam as características de seus habitantes. Os animais que vivem na superfície têm olhos que permitem visualizar o alimento e fugir dos predadores. Contudo, nas regiões abissais, de forma geral, os seres vivos são cegos ou têm olhos pouco desenvolvidos. Em alguns casos, podem-se encontrar animais com a capacidade de produzir luz em seu próprio corpo ou com longas antenas que permitem perceber o ambiente ao seu redor.

Analise

  1. Identifique as expressões em destaque no texto.
    • O que elas indicam?
      PROFESSOR Resposta: As expressões (por sua vez, no entanto, contudo) indicam a relação de oposição entre os aspectos que estão sendo comparados.

      Organize

    1. Copie o quadro em seu caderno e complete-o com informações do texto.

      Tabela: equivalente textual a seguir.

      Zona próxima à superfície

      Zona abissal

      Luz e temperatura

      PROFESSORResposta: presença de luz e temperaturas mais elevadas
      PROFESSORResposta: ausência de luz e temperaturas mais baixas

      Quantidade de alimento

      PROFESSORResposta: grande
      PROFESSORResposta: pequena

      Características dos seres vivos

      PROFESSORResposta: com olhos
      PROFESSORResposta: cegos ou com olhos pouco desenvolvidos, com capacidade de produzir luz ou com antenas muito desenvolvidas

      Escreva

    1. Escreva um texto no seu caderno comparando os ecossistemas encontrados no Mato Grosso e no Pará.

      Tabela: equivalente textual a seguir.

      Exemplos de organismos

      Ecossistema encontrado no

      Mato Grosso

      Pará

      Produtores

      Grama, pequizeiro e canela-de-ema

      Algas e plantas aquáticas

      Consumidores

      Ema, tamanduá-bandeira e cupim

      Caramujos, camarões e peixes

      Decompositores

      Fungos e bactérias

      Fungos e bactérias

MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1. Essa atividade permite avaliar a compreensão das informações presentes no texto.
  • Atividade 2. A atividade tem por objetivo organizar as informações do texto, para que os estudantes possam entender e, se possível, utilizar a mesma estratégia para a produção de seus próprios textos expositivos.
  • Atividade 3. Há diversas maneiras de redigir uma comparação. Antes de pedir aos estudantes que iniciem a produção textual solicitada na atividade, volte ao texto do livro para mostrar como ele foi estruturado. Comente que, em geral, há um parágrafo de introdução, no qual se apresenta o que será comparado. Nos demais parágrafos, descreve-se, um a um, os elementos de comparação entre os ecossistemas. Para a elaboração de comparações, podem-se utilizar marcadores textuais, como os exemplificados a seguir.
  • Para apontar diferenças: por um lado, por outro lado, ao contrário de, enquanto.
  • Para apontar semelhanças: assim como, também, tanto (tão) / quanto.

    Antes da produção do texto, solicite aos estudantes que pesquisem mais informações sobre cada ambiente e também imagens em fontes de informações impressas ou eletrônicas. O trabalho de pesquisa e produção do texto pode ser feito de maneira interdisciplinar com Língua Portuguesa, favorecendo o desenvolvimento de habilidades de uso de linguagem verbal relacionadas à competência geral 4.

MP100

Atividade prática

Brincadeira

Jogo da cadeia alimentar

Na natureza, as cadeias alimentares não se mantêm isoladas umas das outras. Produtores, consumidores e decompositores normalmente fazem parte de diversas cadeias ao mesmo tempo. Por exemplo, uma planta pode servir de alimento para um inseto e uma ave, enquanto um mamífero pode se alimentar de frutos e também de invertebrados. Vamos entender melhor como isso funciona.

Primeiro, observe atentamente as fichas abaixo.

Imagem: Ilustração. Um gafanhoto de cor verde, com o corpo comprido, patas dobradas na parte traseiras, com olhos grandes pretos e par de antenas na parte superior da cabeça.  Ilustração. Uma serpente de cor verde-claro, com partes inferiores em amarelo, com língua para fora, com a cabeça para cima. Ilustração. Vista parcial de tronco de cor marrom, com grama verde, com fungos em forma de camadas arredondas de cor cinza na horizontal sobre o tronco.  Ilustração. Uma baleia grande cor azul, com cauda fina.  Ilustração. Uma coruja de penas de cor marrom, com olhos grandes, com bico pequeno em amarelo.  Ilustração. Gramas verde na vertical, com solo marrom.  Ilustração. Um rato para à esquerda, de cor marrom, com orelhas pequenas e cauda fina em rosa-claro. Ilustração. Um sapo de cor verde-claro, sentado, com olhos cinzas, corpo para à esquerda. Ilustração. Árvore de tronco de cor marrom, com ramificações na parte superior com folhas de cor amarela.  Ilustração. Krill, animal pequeno na diagonal à esquerda de cor laranja, com olho de cor preto, com patas finas abaixo e duas hastes finas longas sobre a cabeça.  Ilustração. Um pássaro de penas de cor marrom, de bico pequeno laranja, pousado sobre galho fino na horizontal.  Ilustração. Algas finas com ramificadas de cor azul-claro. Ilustração. Um homem em pé de pele clara, cabelos castanhos, camiseta de cor vermelha, com calça azul-claro e sapatos e verdes.  Ilustração. Algas, formato de folhas verdes para cima.  Ilustração. Lambari, peixe de tamanho médio de cor verde, com o corpo para à esquerda.  Ilustração. Traíra, peixe de tamanho médio de cor cinza-escuro, com a boca aberta.   Fim da imagem.

Observação: Representações esquemáticas. Os elementos representados nas fichas não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Perceber que um mesmo organismo pode participar de diversas cadeias alimentares.
  • Montar e identificar exemplos de cadeias alimentares.
  • Reconhecer que alterações nas cadeias alimentares podem levar a desequilíbrios ambientais.

    Essa Atividade prática permite que os estudantes apliquem o que aprenderam sobre cadeia alimentar, como os conceitos de herbívoro, carnívoro e onívoro, além de produtor, consumidor e decompositor. Dessa forma, contribui para o desenvolvimento da habilidade EF04CI04. Avise que os seres citados na atividade são meramente ilustrativos. Os estudantes devem reconhecer que os organismos fotossintetizantes são a base da maioria das cadeias alimentares e os decompositores são essenciais para a ciclagem de nutrientes em um ecossistema, ocupando o elo final de uma cadeia alimentar.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04

    Domínio da linguagem

    Oralidade. A capacidade de se expressar oralmente é um requisito muito importante em todas as áreas do conhecimento. Na atividade da página 79 (sugerir uma alteração no ambiente e inferir sobre suas consequências), é exigida dos estudantes a capacidade de organização cronológica dos eventos. Ou seja, por meio dos conhecimentos já adquiridos, eles vão prever os acontecimentos nesse ambiente ao longo do tempo.

MP101

O que você vai fazer

Montar uma cadeia alimentar e desafiar seus colegas a descobrirem “quem se alimenta do quê”.

Material

  1. Em grupos, utilizem as informações das fichas para montar uma cadeia alimentar.
  1. No caderno, façam um rascunho da cadeia alimentar que vocês vão montar utilizando setas, conforme mostrado nas páginas 74 e 75. Não deixem os outros grupos descobrirem como será a cadeia alimentar de vocês.
  1. Pesquisem imagens dos seres vivos que compõem a cadeia alimentar do seu grupo. Em seguida, colem ou desenhem esses seres vivos na cartolina.
  1. Coloquem o nome do ser vivo acima de cada desenho e recortem-nos, como se fossem cartas de baralho.
  1. Entreguem as cartas a um dos grupos para descobrirem qual foi a cadeia alimentar que seu grupo montou. O grupo desafiado pode consultar as informações apresentadas na página anterior.
  1. Se esse grupo não descobrir a cadeia alimentar que foi montada, vocês poderão desafiar outros grupos até que algum acerte.

    Para você responder

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    • Considerando o que vocês aprenderam sobre as cadeias alimentares, discutam em grupos as situações abaixo.
      PROFESSOR Respostas variáveis.
    1. Um inseticida foi lançado em uma lavoura, eliminando inúmeros insetos. O que deve acontecer com as cadeias alimentares das quais os insetos fazem parte?
    1. Um produto químico foi lançado em um rio, afetando as algas. O que poderá ocorrer com os lambaris, as traíras e os outros peixes que habitam o rio?
    1. Uma seca intensa eliminou toda a vegetação rasteira, até mesmo o capim, de uma região. O que deve acontecer com os seres que se alimentam dela?
Imagem: Ilustração. Quatro crianças, uma de frente para outra, vestidas com uniforme de camiseta de cor branca, detalhes e calça em azul, com sapatos de cor vermelha com detalhes em branco. Eles estão sentados em carteiras-escolares e um em cadeiras de rodas. À esquerda, um menino de pele clara, cabelos castanhos, segundo um papel branco com ilustração na mão direita. Uma menina de cabelos longos loiros, com faixa sobre o cabelo em cinza, com papel na mão direita, com lápis vermelho na mão esquerda. De frente para ele, menino de pele morena, com cabelos encaracolados em castanhos, visto de costas. Ele está com a mão direita para cima. À direita, menino ruivo, com papel nas mãos, sentado em uma cadeira de rodas de cor cinza, com contorno das rodas em preto.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Verifique se os estudantes percebem que a alteração em um dos elos de uma cadeia alimentar pode levar a sérios desequilíbrios ambientais, já que as cadeias não estão isoladas na natureza e um mesmo organismo pode participar de várias delas. Explique que essas alterações podem ser causadas por ações naturais ou antrópicas. Como ações naturais que afetam os ecossistemas, podemos citar enchentes, secas, vulcanismo e terremotos, por exemplo. Como ações antrópicas, é possível citar desmatamento, incêndios criminosos, poluição da água, do solo e do ar, tráfico de animais, entre outras.

  1. Diferentes seres vivos se alimentam de insetos; os sapos e os ratos são um exemplo. Todos esses seres vivos terão menos alimento disponível. Isso poderá afetar os demais consumidores dessas cadeias, como serpentes e corujas.
  1. Os lambaris terão menos alimento disponível, o que poderá causar a morte de muitos deles. Como os lambaris servem de alimento para alguns peixes carnívoros, como as traíras, eles também serão afetados.
  1. A falta de capim pode afetar os gafanhotos, o que, por sua vez, pode afetar sapos e ratos (e outros animais que se alimentam desses insetos). Animais que se alimentam de sapos e ratos, como corujas e serpentes, também serão afetados.

    Educação em valores

    Uso dos recursos. A atividade propõe uma reflexão sobre o grau de interferência do ser humano no ambiente. Reforce a importância de que, antes de qualquer ação, é necessário refletir e planejar, para que não haja prejuízos à natureza e à própria espécie humana, já que todos os componentes vivos de um ecossistema interagem entre si e com os elementos naturais do ambiente. Dessa forma, a atividade permite trabalhar a competência específica 3, além de explorar a habilidade EF04CI04.

MP102

Imagem: Ícone: Meio ambiente. Fim da imagem.

LEGENDA: Meio ambiente FIM DA LEGENDA.

O mundo que queremos

A importância das algas

As algas, assim como as plantas, possuem clorofila e têm a capacidade de realizar fotossíntese, produzindo o próprio alimento. Elas podem ser encontradas em oceanos, rios, lagos e em ambientes terrestres úmidos. As algas são muito numerosas e diversificadas.

Existem algas pluricelulares, compostas de mais de uma célula, e algas unicelulares, formadas por uma única célula. As algas unicelulares constituem a base da cadeia alimentar de diversos ecossistemas aquáticos.

Comprimento: 45 cm.

LEGENDA: Alga pluricelular conhecida como alface-do-mar, comum no litoral do Brasil. Município de Peruíbe, São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia microscópica. Fundo de cor preta, com bastonetes na vertical, pequenas esferas de cor translúcidas em branco, azul-claro e amarelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Diatomáceas, algas unicelulares que apresentam diversas formas, vistas ao microscópio óptico. Aumento de 20 vezes. FIM DA LEGENDA.

Mais da metade do gás oxigênio do ar que respiramos é produzida pelas algas. Elas liberam na água muito mais gás oxigênio do que consomem. O excesso desse gás liberado na água passa para o ar, ficando disponível também para os organismos terrestres. Como as algas estão presentes em oceanos, rios e lagos do planeta, ocupam uma área bem maior do que as florestas, uma vez que 70% da Terra é coberta de água.

Imagem: Fotografia. Na parte inferior com vegetação de cor verde, com vegetação mais longas. Ao centro, um peixe cinza com o corpo para à esquerda, com cauda fina e pequena, e barbatanas.  Fim da imagem.

LEGENDA: As algas e as plantas aquáticas exercem papel de produtores nos ecossistemas aquáticos. Rio Baía Bonita, no município de Bonito, Mato Grosso do Sul, em 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Reconhecer a importância de bactérias fotossintetizantes e de algas como fonte de alimento nos ecossistemas aquáticos e do gás oxigênio no ar.
  • Produzir um texto com informações sobre as algas e os motivos pelos quais é fundamental preservá-las.

    Estimule os estudantes a fazerem uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, questione-os sobre a ideia central do texto. Prossiga com questões para verificar a compreensão do texto e esclareça eventuais dúvidas. Estimule os estudantes a consultarem, no dicionário, o significado de termos desconhecidos.

    Discutir a importância dos produtores em ecossistemas terrestres e aquáticos é fundamental para promover as habilidades EF04CI04 e EF04CI05. Por isso, tendo-as em mente, explore fatores e características de ambientes úmidos e aquáticos que favorecem a fotossíntese, assim como a relação dos seres fotossintetizantes com os demais componentes (consumidores) que integram as cadeias alimentares desses ecossistemas.

    Esta seção trabalha aspectos do tema saúde, ao mencionar a importância das algas para o ar que respiramos, com uma abordagem atual de relevância e pertinente ao conteúdo.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04, EF04CI05

MP103

Compreenda a leitura

  1. Leia as características no quadro a seguir e escreva no seu caderno aquelas que foram apresentadas no texto.

    Diversidade

    Tempo de vida

    Quantidade de células

    Reprodução

    Comportamento

    Obtenção de alimento

    Ambiente em que vivem

    Importância para outros organismos

    PROFESSOR Resposta: Respostas corretas: Diversidade; Quantidade de células; Obtenção de alimento; Ambiente em que vivem; Importância para outros organismos.
  1. Em que ambientes as algas são encontradas?
    PROFESSOR Resposta: As algas são encontradas em oceanos, rios, lagos e em ambientes úmidos, ocupando uma área bem extensa do planeta.
  1. Cite dois argumentos do texto que justifiquem a importância das algas.
    PROFESSOR Resposta: As algas constituem a base da alimentação de diversos organismos aquáticos e produzem mais da metade do gás oxigênio do ar que respiramos.

    Vamos fazer

    Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

  1. O professor vai dividir a turma em grupos de 3 e 4 estudantes. Cada grupo vai elaborar um texto para sensibilizar as pessoas sobre a importância das algas.
    • Utilizem as informações do texto e, se necessário, façam uma pesquisa em livros, revistas ou na internet. Procurem informações que destaquem a importância das algas e que citem as principais ameaças a esses seres vivos.
    • Busquem incluir fotografias, esquemas ou desenhos em seu texto.
    • Todos os integrantes do grupo devem compartilhar o texto antes de fazer a versão final. É importante dar opiniões que possam contribuir com os textos, mas sempre respeitando o trabalho dos colegas.
    • Reúnam os textos de toda a turma em uma revista e pensem em uma forma de mostrá-la para os outros estudantes da escola. Os textos também podem ser divulgados no site ou na rede social da escola.
Imagem: Ilustração. Quatro crianças sentados de frente para o outro, em formato de um círculo. À esquerda, uma menina de pele clara, com cabelos presos de cor castanho, com blusa de cor vermelha, com bermuda de cor azul-escuros, com sapatos em vermelho e sola em amarelo. Ela está com o dedo indicador da mão direita para frente. Perto dela, dois livros, um de capa azule outro de capa amarela.  À frente, uma menina vista de costas, de cabelos encaracolados castanhos, amarrados para trás, usando blusa de mangas compridas em verde, com listra fina branca, com calça de cor rosa. Ela está com a mão esquerda para à esquerda. À direita, um menino de pele clara, com cabelos pretos, com camiseta lilás, com bermuda de cor verde e as mãos para frente. Ao fundo, menino de pele clara, com cabelos pretos, com par de óculos de grau, com camiseta de cor laranja, com calça azul, agachado de joelhos. Ele segura na mão esquerda, um livro de capa laranja e ao centro em vermelho, apontando com a mão direita para ele.   Fim da imagem.

Boxe complementar:

Hora de acessar

• Micróbios até no mar. Canal Butantan. Disponível em: http://fdnc.io/eu2. Acesso em: 5 fev. 2021.

A animação mostra a importância das formas muito pequenas de vida para as cadeias alimentares aquáticas.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1 e 2. Espera-se que os estudantes relacionem as informações no texto com as características correspondentes, apresentadas do quadro. Eles devem localizar também os ambientes onde as algas são encontradas. Caso tenham dificuldade, leiam o texto juntos e conversem sobre as informações trabalhadas em cada parágrafo.
  • Atividade 3. Comente com os estudantes que, além de exercerem o papel de produtores dos ecossistemas aquáticos, são as algas que produzem mais da metade do gás oxigênio do ar, que fica disponível para os organismos terrestres.
  • Atividade 4. Os estudantes deverão produzir um texto jornalístico com argumentos e recursos como imagens ou desenhos para sensibilizar as pessoas sobre a importância das algas. Dessa forma será possível trabalhar com a competência geral 7 e a competência específica 5. Explore as consequências da redução das algas (e das florestas). É importante que eles entendam que, ao mesmo tempo que libera oxigênio, o processo da fotossíntese assimila gás carbônico da atmosfera. Assim, a diminuição das algas (e das florestas) contribui para o aumento de gás carbônico na atmosfera. Relembre a turma de que o gás carbônico é um dos gases emitidos pelas atividades humanas e contribui para o aquecimento global, que aumenta a retenção de calor do Sol no planeta Terra, elevando a temperatura. Discuta com os estudantes algumas consequências do aquecimento global, como o derretimento de geleiras, as grandes secas, o aumento do nível do mar etc.

MP104

Capítulo 5. Outras relações entre os seres vivos

As interações entre os seres vivos em um ecossistema vão além das relações alimentares. No ambiente, os seres vivos estabelecem outras interações, chamadas de relações ecológicas. Nessas relações, é possível que os dois organismos envolvidos sejam beneficiados ou que ambas as partes sejam prejudicadas. Também acontece de um ser vivo ter vantagens, enquanto o outro pode sair prejudicado. Veja alguns exemplos.

Mutualismo

Relação em que os dois seres vivos participantes obtêm benefícios e um não consegue sobreviver sem o outro.

Imagem: Fotografia. Foco em troncos de árvores na vertical de cor marrom, com vegetação de cor verde, manchas em branco e vermelho. Entre os troncos, com vegetação de cor verde.  Fim da imagem.

LEGENDA: A relação entre a alga e o fungo forma o líquen. O fungo se beneficia do alimento produzido pela alga, e a alga se beneficia da proteção e de substâncias fornecidas pelo fungo. Município de Visconde de Mauá, Rio de Janeiro, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Parasitismo

Relação em que dois organismos vivem juntos, e um é prejudicado, enquanto o outro é beneficiado. O ser vivo beneficiado, chamado parasita, instala-se no corpo de outro organismo, o hospedeiro. O parasita retira alimentos do corpo do hospedeiro, prejudicando-o.

Imagem: Fotografia. Solitárias, vermes de tamanho longo, com o corpo achatado de cor bege-claro, com o corpo contorcido. Na horizontal.  Fim da imagem.

Comprimento: 1 m.

LEGENDA: As solitárias, vermes que se instalam no intestino de seres humanos, são exemplos de parasita. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Conhecer algumas relações estabelecidas entre os seres vivos.
  • Compreender que os seres vivos podem obter benefícios ou ser prejudicados conforme estabelecem relações entre si.

    Se possível, leve os estudantes a um jardim ou praça próximos à escola e proponha a eles que observem os animais, as plantas e os componentes não vivos desse ecossistema. Mostre, por exemplo, os pássaros comendo algum inseto ou buscando gravetos para construir seu ninho; insetos se alimentando do néctar das flores e contribuindo para a polinização; animais usando o tronco de árvores como moradia ou esconderijo; entre outros exemplos. Note que muitas dessas relações estão ligadas à alimentação, o que permitirá explorar aspectos da habilidade EF04CI04.

    Os nomes das relações ecológicas (mutualismo, competição etc.), provavelmente, são termos novos para estudantes nessa faixa etária. Esses conceitos serão aprofundados nos anos posteriores do ensino, e o dicionário pode ser usado para facilitar sua compreensão. O objetivo não é memorizar a nomenclatura científica, mas sim compreender os conceitos e perceber que é possível classificar as relações estabelecidas entre os seres vivos de acordo com as características que elas apresentam.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI04

    Sugestão de atividade: Jogo da memória

    Material: fotografias que exemplifiquem relações entre os seres vivos, como mutualismo, competição, parasitismo e predação; cartolina; tesoura.

    Como fazer

    Elabore com a turma um baralho com dois tipos de cartas, utilizando a cartolina, as fotografias, a tesoura e a cola. Um grupo de cartas deve conter as fotografias. O outro conjunto de cartas deve ter apenas o nome dessas relações.

    O jogo consiste em dispor as cartas sobre uma mesa, viradas para baixo. Cada estudante pode virar duas cartas para cima, tentando formar um par correto (isto é, uma carta deve mostrar a imagem de uma relação, e a outra deve apresentar o nome dela). Caso o par não seja correto, ambas as cartas voltam a ser viradas para baixo.

    O estudante que conseguir formar um par correto deve guardar as cartas consigo. Ao final, ganha quem que tiver acumulado mais cartas.

MP105

Competição

Relação em que os organismos envolvidos são prejudicados, pois competem por recursos que não são suficientes para todos.

Imagem: Fotografia. À frente, plantas secas com troncos e galhos finos ramificados, com folhas verdes na parte superior. Mais ao fundo, morro grande com paredes de cor bege-claro e partes em cinza. Na parte superior, céu de cor azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Na estação seca, as plantas de um mesmo local podem competir por água, pois não há água suficiente para suprir as necessidades de todos os indivíduos. Município de Serranópolis, Goiás, em 2019. FIM DA LEGENDA.

  1. 1. Leia o texto, analise as informações e responda no caderno.

Os cupins se alimentam de madeira, mas não conseguem digeri-la. O intestino deles abriga protozoários que fazem a digestão da madeira, o que acaba disponibilizando os nutrientes para o cupim.

  1. Qual ser vivo é beneficiado na relação descrita no texto?
    PROFESSOR Resposta: Tanto os cupins quanto os protozoários.
  1. A relação entre cupins e protozoários é de que tipo? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes digam que a relação entre cupins e protozoários é mutualística, pois beneficia os dois organismos e porque eles não poderiam viver separados.
  1. Observe as imagens, leia os textos das legendas e identifique o tipo de relação mostrado. Justifique sua resposta.
Imagem: Fotografia A. Centenas de formas arredondadas de cor bege-claro, algumas com buraco de frente, outras de cor cinza. Texto : Diâmetro de cada indivíduo: 3 cm. Fim da imagem.

Diâmetro de cada indivíduo: 3 cm.

LEGENDA: As cracas vivem sobre rochas próximas à água do mar. Não há espaço adequado suficiente para que todos os indivíduos se instalem. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: A. Competição, pois as cracas competem por espaço.
Imagem: Fotografia B. Sobre pele de pessoa clara, um carrapato arredondado de cor marrom com patas finas em preto. Texto : Comprimento: 4 mm. Fim da imagem.

Comprimento: 4 mm.

LEGENDA: Os carrapatos se alimentam do sangue de diversos animais, que são prejudicados com isso. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: B. Parasitismo, pois o carrapato é um parasita que se alimenta do sangue de seus hospedeiros, prejudicando-os.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1. Converse com os estudantes sobre a importância vital das relações que se estabelecem entre esses protozoários e seus hospedeiros. Comente que a sobrevivência de ambas as espécies só é possível devido a essa cooperação entre elas.
  • Atividade 2. A fotografia A permite que os estudantes reflitam sobre o que é competição e em quais situações esse tipo de relação ocorre na natureza. É importante destacar que passa a haver competição quando os recursos do meio não são suficientes para todos os indivíduos. Assim, quando há falta de espaço físico para as cracas se estabelecerem nas rochas, por exemplo, ocorre competição pelo espaço; quando num mesmo local há várias espécies de animais que comem o mesmo tipo de alimento, há competição pelo alimento. Na fotografia B, os estudantes vão identificar o parasitismo. Reforce que esse tipo de relação é danoso para um dos organismos e vantajoso para o outro.

MP106

O que você aprendeu

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Leia o texto, analise as informações e responda às questões.

    A arara-azul-de-lear é uma ave que vive na Bahia e está ameaçada de extinção. Ela se alimenta quase exclusivamente do fruto da palmeira licuri. Essa palmeira está ameaçada de extinção devido ao desmatamento.

    1. A arara-azul-de-lear tem hábito alimentar restrito ou variado? Por quê?
      PROFESSOR Resposta: Restrito, pois ela se alimenta quase exclusivamente do fruto da palmeira.
    1. O fato de a arara-azul-de-lear estar ameaçada de extinção pode estar relacionado ao seu hábito alimentar?
      PROFESSOR Resposta: Sim, pois ela consome praticamente apenas um alimento que, por causa do desmatamento na região, corre o risco de desaparecer.
  1. Observe as fotografias, leia as legendas e classifique os animais em: carnívoro, onívoro ou herbívoro.
Imagem: Fotografia. Um gafanhoto de cor marrom sobre uma folha verde, com o corpo na horizontal, com patas dianteiras longas e dobradas, com patas finas na parte dianteira e par de antenas sobre a cabeça. Texto : Comprimento: 5 cm. Fim da imagem.

Comprimento: 5 cm.

LEGENDA: O gafanhoto se alimenta de diferentes tipos de folha. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Herbívoro.
Imagem: Fotografia. Foco em cabeça de um jacaré de cor bege com manchas de cor preta, olhos grandes arredondados. Ele está com um peixe dentro sobre a boca, na horizontal, com dentes afiados na parte superior e parte baixa. Texto : Comprimento: 2,5 m. Fim da imagem.

Comprimento: 2,5 m.

LEGENDA: O jacaré-de-papo-amarelo se alimenta de peixes, caramujos, aves e pequenos mamíferos. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Carnívoro.

Comprimento: 40 cm.

LEGENDA: O macaco-prego se alimenta de frutas, sementes, ovos e pequenos animais. Município de Itatiba, São Paulo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Onívoro.
  1. Em uma atividade na escola, os estudantes tinham dois vasos com plantas iguais.
Imagem: Ilustração A. Um menino de pele clara, cabelos castanhos, usando camiseta branca com detalhes e bermuda em vermelho. Ele segura nas mãos, um regador de cor azul, com bico para à direita. Ao fundo, base de madeira de cor marrom, com vaso marrom com folhas verdes. Mais ao fundo, janela de cor azul, onde vê-se do lado de fora, vegetação em verde, com sol amarelo e céu em azul-claro.  Ilustração B. À direita, menina de pele negra, cabelos pretos amarrados atrás, com o mesmo uniforme do menino descrito anteriormente, com regador da mão direita de cor verde-claro, com a mão esquerda para cima. Ao fundo, mesa na horizontal em cinza, com um vaso de cor marrom, com folhas verdes-escuros, caídas para baixo. Debaixo do vaso, folhas verdes sobre a mesa. A menina olha para o vaso, com o olhar para baixo e sobrancelhas para cima.   Fim da imagem.

O vaso A foi deixado próximo a uma janela e regado dia sim, dia não. O vaso B foi mantido em uma sala escura, com ventilação e regado da mesma forma que o A. Após duas semanas, a planta do vaso B morreu. Analise as explicações de alguns estudantes:

Pedro: A planta do vaso B morreu porque no quarto escuro ela não conseguia absorver nutrientes do solo.

Adriana: A planta do vaso B morreu porque no quarto escuro ela não conseguia realizar fotossíntese.

Marcos: A planta do vaso B morreu porque ela recebeu muita água durante o período da atividade.

  1. Você concorda com qual dos estudantes? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: A estudante que está correta é a Adriana. Porque sem luz as plantas não conseguem realizar fotossíntese.
  1. Por que é importante que as plantas realizem fotossíntese?
    PROFESSOR Resposta: Porque é por meio da fotossíntese que as plantas produzem o seu alimento, ou seja, na presença de luz solar elas combinam água e gás carbônico para formar carboidratos. Os carboidratos são a fonte de energia das plantas.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Retomar os objetivos estudados na unidade e o vocabulário aprendido.
  • Avaliar o processo de aprendizagem em relação aos conteúdos abordados na unidade.
  • Atividade 1. Como complemento da atividade, proponha uma pesquisa sobre outros exemplos de animais cujo hábito alimentar é restrito e que, por isso, podem se encontrar ameaçados de extinção em caso de alterações no ambiente.
  • Atividade 2. Peça aos estudantes que deem outros exemplos de animais carnívoros, herbívoros e onívoros. Você também pode perguntar aos estudantes qual é a importância do alimento para os seres vivos. Espera-se que eles digam que os alimentos fornecem os nutrientes e a energia de que os seres vivos precisam para crescer, manterem-se vivos e realizarem suas atividades.
  • Atividade 3. Se necessário, retome o assunto do Capítulo 2, sobre a produção de alimentos nas plantas. Deve ficar claro que esse processo só ocorre na presença de luz. Da mesma forma, é importante que todos reconheçam que os produtores realizam a fotossíntese e, assim, constituem a base das cadeias alimentares. Esses seres vivos são importantes para o ciclo da matéria e para o fluxo de energia nos ecossistemas. Essas noções são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades EF04CI04 e EF04CI05.

    BNCC em foco:

    EF04CI04, EF04CI05

    Sugestão de atividade: Influência da adubação

    A adubação do solo é uma prática essencial para a agricultura. Para investigar a influência dessa técnica, realize esta atividade.

    Material: 8 vasos pequenos; solo; solo enriquecido com humo; pá de jardim; sementes de germinação rápida.

    Como fazer

    Prepare 8 vasos para o plantio. Em 4 deles, use como substrato somente solo. Nos outros 4, faça uma mistura de solo e humo de minhoca, empregando cerca de 20% de humo na mistura. Lembre os estudantes que o humo é produto da decomposição da matéria orgânica pela ação de minhocas e microrganismos.

    Escolha uma espécie de planta para cultivar nesses vasos. Recomendam-se espécies de crescimento rápido. A escolha por plantas comestíveis, como manjericão, morango silvestre, hortelã, alface e boldo, tornará a atividade mais empolgante.

    Coloque as mudas ou sementes da espécie escolhida nos 8 vasos. Mantenha todos os vasos no mesmo ambiente e cuide das regas para que o solo permaneça úmido. Nos vasos com humo, escolha um fertilizante natural para aplicar a cada 20 ou 30 dias.

    Acompanhe, com a turma, o desenvolvimento das plantas e sugira que anotem as diferenças que perceberem. Deverá ficar claro que o uso de fertilizantes é bastante benéfico para o desenvolvimento das plantas.

MP107

Avaliação processual

Imagem: Fotografia. Folhas marrons secas, com caules finos na vertical de cor amarela com folhas em verde-claro e à direita, com gomo de casca em marrom com folhas em verde para baixo. Ao fundo, folhas secas em marrom.  Fim da imagem.

LEGENDA: Muda jovem de árvore. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a fotografia e responda em seu caderno.
    1. As folhas mortas ao redor da muda atrapalham ou beneficiam seu crescimento? Explique.
      PROFESSOR Resposta: As folhas mortas beneficiam o seu crescimento, pois provavelmente elas serão decompostas e fornecerão nutrientes à muda.
    1. Escreva um pequeno texto que relacione a imagem com o ciclo de matéria nos ecossistemas.
      PROFESSOR Resposta pessoal.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

      Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Observe o ecossistema de um rio representado no esquema a seguir.
    1. Escreva os componentes de uma cadeia alimentar que represente as relações alimentares entre os peixes herbívoros, as algas microscópicas e a garça.
      PROFESSOR Resposta: algas microscópicas > peixes herbívoros > garças
    1. Converse com os colegas e reflita sobre o que aconteceria a esse ecossistema se a água do rio fosse poluída e a maioria das algas morresse.
      PROFESSOR Resposta: Se as algas morressem, os demais seres vivos também seriam afetados, pois elas são a base das cadeias alimentares aquáticas.
    1. Entre os componentes citados no quadro abaixo, escreva no caderno o componente que faltou na cadeia alimentar para ela ficar completa.

      ( ) Luz do Sol

      ( ) Decompositores

      ( ) Água

      ( ) Produtores

      PROFESSOR Resposta: Decompositores.
Imagem: Ilustração. À esquerda, água de cor azul-claro com dois peixes, um em azul e outro para à esquerda, em cinza. Nadando na superfície da água, pato de penas cinzas com corpo para à direita. Na borda, uma ave de penas brancas, com bico e patas pretas. À direita, solo de cor marrom, com grama de cor verde-claro. Na borda, dois antílopes, um grande de cor laranja e outro menor em marrom-claro, ambos com a boca perto da água. Na água, foco para seres vivos : Algas microscópicas presentes na água : quatro formas diversas : forma curvada à esquerda em verde-escuro e outras formas redondas.  Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

  1. Faça um desenho no caderno para representar o ciclo de matéria nos ecossistemas e outro para representar o fluxo de energia. Mostre a um colega e explique as semelhanças e diferenças entre esses fenômenos.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 4. Espera-se que os estudantes relacionem o crescimento da muda e a decomposição da matéria orgânica sobre o solo. Eles devem identificar que a matéria retorna às cadeias alimentares graças aos decompositores. Assim, essa atividade permitirá abordar aspectos da habilidade EF04CI06. Avalie também a possibilidade de realizar a sugestão de atividade no rodapé da página.
  • Atividade 5. Essa atividade permitirá trabalhar as habilidades EF04CI04 e EF04CI06.
  1. Certifique-se de que os estudantes representaram as setas no sentido correto, saindo da presa e indo no sentido do predador.
  1. É importante destacar que os seres vivos e os componentes não vivos interagem entre si nesse ecossistema. Assim, discuta com os estudantes sobre como a alteração de um desses componentes pode gerar um desequilíbrio no ecossistema.
  1. Recorde que nos últimos elos da cadeia alimentar, antes dos decompositores, há também consumidores detritívoros, como urubus, baratas e besouros, que se alimentam de restos e cadáveres de seres vivos. Reforce que os decompositores atuam após a morte de qualquer organismo, incluindo os produtores, caso não sejam incorporados antes por um consumidor. Recorde que a atuação dos decompositores transforma a matéria orgânica, disponibilizando nutrientes livres no ambiente.
    • Atividade 6. Os estudantes devem representar em seus desenhos que a matéria circula nos ecossistemas, sendo criada pelos produtores e retornando a eles pela ação dos decompositores. E a energia segue um fluxo unidirecional. Aproveite essa atividade para explorar a habilidade EF04CI05.

      BNCC em foco:

      EF04CI04, EF04CI05, EF04CI06

MP108

Comentários para o professor

Conclusão da Unidade 2

O processo de avaliação formativa dos estudantes pode incluir seminários ou atividades orais; rodas de conversa ou debates; relatórios ou produções individuais; trabalhos ou atividades em grupo; portfólios; autoavaliação; encenações e dramatizações; entre muitos outros instrumentos e estratégias.

Conceitos e habilidades desenvolvidos nesta unidade podem ser identificados por meio de uma planilha de avaliação da aprendizagem, como a que está apresentada a seguir. O professor poderá copiá-la, fazendo os ajustes necessários, de acordo com a sua prática pedagógica.

Ficha de acompanhamento da aprendizagem

Nome:

Ano/Turma:

Número:

Data:

Professor(a) :

Legenda:

S: Sim

N: Não

P: Parcialmente

Tabela: Equivalente textual a seguir:

Objetivo

Desempenho

Observação

Compreende que os animais precisam da energia e dos nutrientes dos alimentos para manter-se vivos?

Classifica os animais em herbívoros, carnívoros, onívoros ou detritívoros?

Reconhece que as plantas necessitam de energia para viver?

Conhece o processo de fotossíntese?

Compreende o processo de decomposição?

Associa certos fungos e certas bactérias ao processo de apodrecimento dos alimentos e à decomposição da matéria orgânica?

Reconhece a importância da decomposição para os ecossistemas?

Compreende o conceito de ecossistema?

Identifica os componentes de um ecossistema?

Reconhece que os componentes de um ecossistema se relacionam entre si?

Conhece algumas relações estabelecidas entre os seres vivos?

Compreende que os seres vivos podem obter benefícios ou ser prejudicados conforme estabelecem relações entre si?

Identifica vestígios da alimentação de animais no ambiente?

Compreende que animais têm estruturas específicas para a alimentação?

Compreende a influência da temperatura e da umidade no processo de decomposição?

Produz um texto comparativo a partir de um modelo?

Monta e identifica exemplos de cadeias alimentares?

Produz um texto com informações sobre as algas e os motivos pelos quais é fundamental preservá-las?

Relaciona um texto a ilustrações e outros recursos gráficos?

Lê e compreende, com autonomia, textos instrucionais?

Adota os cuidados necessários ao realizar experimentos científicos?

Analisa e discute os resultados de atividades experimentais?

Continua

MP109

Continuação

Tabela: Equivalente textual a seguir:

Objetivo

Desempenho

Observação

Propõe ações de intervenção para melhorar a qualidade de vida individual, coletiva e socioambiental?

Lê e compreende, com autonomia e fluência, textos curtos lidos silenciosamente ou em voz alta?

Infere informações implícitas nos textos lidos?

Expressa-se oralmente com clareza, preocupando-se em ser compreendido?

Formula perguntas pertinentes ao tema e solicita esclarecimentos sempre que necessário?

Busca e seleciona, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais?

Planeja e produz textos para campanhas de conscientização, a partir de resultados de observações e de pesquisas em fontes de informações?

Sugestão de ficha de autoavaliação do estudante

Fichas de autoavaliação, como a reproduzida a seguir, podem ser aplicadas ao final de cada unidade. O professor pode fazer os ajustes de acordo com as necessidades da turma.

Tabela: Equivalente textual a seguir:

Autoavaliação do estudante

Nome:

Marque um X em sua resposta para cada pergunta.

Sim

Mais ou menos

Não

1. Presto atenção nas aulas?

2. Pergunto ao professor quando não entendo?

3. Sou participativo?

4. Respeito meus colegas e procuro ajudá-los?

5. Sou educado?

6. Faço todas as atividades com capricho?

7. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele?

8. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?

9. Gosto de trabalhar em grupo?

10. Respeito todos os meus colegas de turma, professores e funcionários?

11. Compreendo a importância da luz solar como fonte primária de energia para a produção de alimentos?

12. Sei identificar os componentes essenciais para que a fotossíntese ocorra?

13. Reconheço que os alimentos produzidos pelas plantas são consumidos por outros seres vivos?

14. Compreendo como ocorre o processo de decomposição da matéria orgânica e reconheço a importância ecológica desse processo?

15. Sei identificar e representar produtores, consumidores e decompositores em uma cadeia alimentar?

16. Entendo as semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia?