MP146

Comentários para o professor:

Introdução da Unidade 4

Na última unidade deste volume, os estudantes terão contato com conteúdos associados à Astronomia. No início dos estudos, o interesse e a curiosidade deles com relação aos assuntos a serem trabalhados serão estimulados por meio da atividade de observação e registro do amanhecer e do entardecer.

Os estudantes poderão compreender como a Astronomia se desenvolveu. Eles vão constatar que, conforme observavam os corpos celestes, os seres humanos foram percebendo a ocorrência de ciclos regulares. Esse conhecimento passou a ser utilizado na orientação das pessoas, tornando-se uma das primeiras formas de contar o tempo. Assim, no âmbito da percepção dos ciclos regulares dos corpos celestes, eles poderão compreender como os astros propiciaram diversas formas para acompanhar a passagem do tempo, como os dias, as horas, as semanas, os meses e os anos, e vão perceber como calendários usados em diferentes culturas foram construídos sob a influência da Astronomia. Essa abordagem vai contribuir com o desenvolvimento da habilidade EF04CI11.

Ao final, os estudantes saberão como as informações que estão no céu permitiram (e ainda permitem) a construção de instrumentos e métodos de localização e orientação, como astrolábio, bússola e Sistemas de Posicionamento Global (GPS). Eles serão incentivados a identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon), comparando-os com as indicações dos pontos cardeais obtidas por uma bússola. Essas atividades terão como base as habilidades EF04CI09 e EF04CI10.

As seções didáticas e atividades de cada capítulo oportunizam o aprendizado e a avaliação de conteúdos procedimentais e atitudinais, na perspectiva da avaliação formativa, fundamentais para o desenvolvimento das competências e habilidades associadas às Ciências da Natureza. Ao conhecer conceitos científicos básicos e, com base em experiências cotidianas de observação do céu, os estudantes deverão sistematizar observações para identificar fenômenos e suas regularidades. A seção Para ler e escrever melhor, por exemplo, vai explorar um texto descritivo, mostrando como alguns profissionais estudam o Universo.

Nas Atividades práticas, os estudantes vão desenvolver métodos e procedimentos próprios das Ciências da Natureza, como a atitude investigativa, a observação, o levantamento de dados, o registro de ideias e o estabelecimento de comparações. Eles iniciam a unidade investigando o movimento aparente do Sol no céu. Por meio de registros de sombras projetadas por um gnômon e da construção de uma bússola caseira, eles vão trabalhar com procedimentos científicos e conceitos desenvolvidos na unidade. Assim, observar, formular hipóteses, diagnosticar e propor soluções, constituem estratégias que permitirão colocar em prática aprendizados conceituais, procedimentais e atitudinais, que influenciam dimensões sociais e culturais. Seções como Álbum de Ciências e O mundo que queremos, por exemplo, vão evidenciar que o tempo passa igualmente para todas as pessoas, mas cada povo estabelece uma forma de marcar essa passagem e de registar datas celebrativas, por meio de diferentes calendários.

Muitas das atividades propostas ao longo da unidade propõem o trabalho em equipe, visando à ação cooperativa e respeitosa para a construção coletiva do conhecimento.

Competências gerais favorecidas

  1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  1. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
  1. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
  1. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

    Competências específicas favorecidas

  1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico.
  1. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  1. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.

    Sugestão de roteiro de aula

    De acordo com o conteúdo, as habilidades e os objetivos de aprendizagem que se pretende desenvolver nas seções, nos conteúdos apresentados e nas atividades, as possibilidades de dinâmicas em sala de aula variam e podem demandar uma organização individual, em duplas, em grupos ou coletiva. Além disso, elas requerem boas estratégias de gestão de tempo, de espaço, e um planejamento prévio detalhado. Também é preciso estabelecer uma série de combinados que devem ser respeitados por todos, para garantir que os objetivos sejam alcançados. Dessa forma, cada página propõe um novo desafio ao professor e aos estudantes.

    Tendo em vista tais desafios, propomos alguns roteiros de aula que poderão servir de referência e contribuir com o trabalho do professor. Os roteiros de cada unidade estão planejados para o período de 8 semanas, mas devem ser adaptados em função do calendário escolar, das características da turma e dos recursos disponíveis.

MP147

As habilidades trabalhadas nesta unidade favorecem a compreensão dos métodos e instrumentos usados para localização e orientação dos seres humanos no espaço geográfico, propiciando estudos geográficos, e permitem a continuidade dos estudos relacionados aos movimentos de cíclicos da Terra, da Lua e do Sol, favorecendo o estudo do Universo nos anos posteriores.

Tabela: Equivalente textual a seguir:

Capítulo

Aula

Páginas

Roteiro de aula

1

1

118-121

Leitura e discussão da proposta de abertura. Orientações para a seção Investigar o assunto (aula 2), de acordo com o tópico Como você vai fazer. Sugestão de atividade (opcional).

2

122-123

Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala.

3

124-125

Leitura dialogada do texto e da seção Para ler e escrever melhor com resolução das atividades e dos tópicos Analise, Organize e Escreva. Sugestão de atividade (opcional).

2

4

120-121

126-127

Continuação da seção Investigar o assunto com o compartilhamento e a discussão dos resultados, de acordo com os itens do tópico Para você responder. Leitura dialogada do texto em sala.

5

128-129

Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Orientações para a tarefa de casa. Sugestão de atividade (opcional).

6

130-131

Conversa com a turma sobre a tarefa de casa. Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala.

3

7

132-133

Leitura dialogada do texto e da seção Álbum de Ciências, com resolução de atividades, leitura das imagens e comentário dos estudantes. Ao final, orientações para a tarefa de casa. Sugestão de atividade (opcional).

8

134 -135

Conversa com a turma sobre a tarefa de casa. Leitura dialogada da seção O mundo que queremos com a resolução das atividades dos tópicos Compreenda a leitura e da etapa 1 do tópico Vamos fazer.

4

9

134-137

Realização e discussão da etapa 2 do tópico Vamos fazer. Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

10

138-139

Leitura dialogada da seção Atividade prática e montagem experimental, de acordo com o tópico Como você vai fazer.

11

138-141

Realização e conversa final, seguindo os itens do tópico Para você responder. Leitura dialogada do texto e da seção Álbum de Ciências, com resolução de atividades, leitura das imagens e comentário dos estudantes.

12

142-143

Leitura dialogada do texto em sala. Sugestão de atividade (opcional).

13

144-145

Leitura dialogada da seção Atividade prática e montagem experimental, de acordo com o tópico Como você vai fazer. Conversa final, seguindo os itens do tópico Para você responder.

14

146-147

Realização da avaliação processual proposta na seção O que você aprendeu.

15

148-152

Realização da avaliação processual e realização da avaliação de resultado, na perspectiva da avaliação formativa.

16

148-152

Continuação, remediação da avaliação de resultado e conversa com a turma.

MP148

UNIDADE 4. Aprender com o céu

Imagem: Fotografia. Sete fases diferentes de sol em local com solo de cor marrom. Ao fundo, sombra em marrom de local com vegetação e na parte superior, céu de cor azul-claro. Da esquerda para à direita : sol de cor amarela com raios solares grandes, para o alto, céu em azul-escuro. Na segunda fase, o sol vai para cima. Na terceira fase, sol mais alto e céu mais claro. Na quarta fase, sol no alto com céu azul mais escuro. Na quinta fase, sol mais baixo, com céu azul. Na sexta fase, em céu azul-claro e na sétima fase, céu de cor azul-escuro com três imagens de sol mais claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fotografias mostrando o movimento aparente do Sol, no Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso, em 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da unidade

  • Identificar movimentos cíclicos dos astros no céu.
  • Perceber que os movimentos cíclicos dos astros podem ser utilizados para marcar a passagem do tempo.
  • Reconhecer que o desenvolvimento da Astronomia envolve muitas pesquisas e que ocorre há muito tempo.
  • Relacionar fenômentos cíclicos com a divisão do tempo em semanas, meses e anos.
  • Conhecer o princípio de funcionamento de um relógio de Sol.
  • Reconhecer a divisão do dia em horas.
  • Conhecer a organização de um calendário gregoriano.
  • Conhecer calendários utilizados em outras culturas.
  • Localizar os pontos cardeais com base nas posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).
  • Conhecer alguns instrumentos de orientação espacial.

    BNCC em foco:

    EF04CI09, EF04CI10, EF04CI11

MP149

Boxe complementar:

Vamos conversar

PROFESSOR Respostas pessoais.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe com atenção as várias cenas que compõem a imagem. Elas retratam o mesmo lugar em horas diferentes do dia. Quais diferenças você identifica entre essas cenas?
  1. Você já reparou se o céu também muda ao longo da noite? Se sim, o que você já observou?
  1. Você acha que é possível ver mais estrelas no céu em um local bem iluminado ou sem iluminação?

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

A abertura desta unidade tem por objetivo investigar o que os estudantes já sabem sobre os movimentos dos astros no céu. Não cobre respostas corretas neste momento. Ao longo da unidade, alguns conceitos serão retomados e outros, apresentados.

Vamos conversar

  1. Estimule os estudantes a fazerem uma observação atenta da imagem de abertura antes de responderem à questão. Observe se eles notam que o Sol se movimenta no céu: ele vai ficando mais “alto” até certo momento do dia, quando ele começa a ficar cada vez mais “baixo”; e se percebem que o Sol nasce de um lado da paisagem e se põe do outro. É provável que alguns estudantes identifiquem mudanças na cor do céu ao longo do dia. Aproveite para verificar os conhecimentos prévios dos estudantes. Pergunte, por exemplo, se eles saberiam relacionar horários aproximados para cada cena e se saberiam explicar o movimento aparente do Sol no céu. Questione também se eles saberiam identificar os pontos cardeais por meio dessa imagem.
  1. Caso os estudantes não reconheçam mudanças no céu noturno, faça uma demonstração utilizando um software gratuito (instruções nas páginas MP150 e MP151). Dessa forma, será possível trabalhar com a competência específica 6. Após a demonstração, proponha aos estudantes que, em casa e com a supervisão de um adulto, observem o céu noturno ao longo de 90 minutos e registrem as mudanças que puderam perceber.
  1. Nos locais pouco iluminados, é possível ver mais estrelas. Comente com os estudantes que a difusão da luz na atmosfera – causada pela iluminação das cidades, por exemplo – ofusca o brilho das estrelas.

MP150

Investigar o assunto

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Amanhecer e entardecer

Houve uma época em que as pessoas não tinham instrumentos que pudessem ajudá-las a se localizar. Nessa situação, você saberia dizer uma maneira de se localizar e de escolher uma direção a ser seguida?

O que você vai fazer

Registrar as posições do Sol pela manhã e ao final da tarde durante alguns dias da semana.

Não olhe diretamente para o Sol. Isso pode machucar seus olhos.

Material

  1. Escolha um local para iniciar seus registros. Pode ser a área externa de sua casa, como o quintal, uma área de lazer ou área aberta à qual você tenha acesso. O importante é que seja um local onde você consiga observar o céu.
  1. Realize as observações sempre nesse local e nos mesmos horários: bem cedinho pela manhã e ao final da tarde. Para isso, você pode pedir ajuda às pessoas que moram com você.
  1. Faça quadros como este no caderno para registrar suas observações do céu.
Imagem: Ilustração. Na parte superior, texto em linhas pretas : Data : 10 de março Dia da semana: terça-feira.  À esquerda, manhã: Morros de cor marrom, com sol atrás de cor amarela com raios rolares de cor laranja. À frente, duas árvores com tronco marrom e folhas verdes na parte superior.  À direita, tarde: Na parte superior, céu de cor azul-claro. À esquerda, nuvem branca e à direita, sol amarelo com raios solares em laranja e na parte inferior, gramado de cor verde.  Fim da imagem.
  1. Com os lápis de colorir e o caderno em mãos, use um dos lados do quadro para o registro da manhã e o outro lado para o registro da tarde.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Reconhecer o movimento aparente do Sol.
  • Observar e registrar a trajetória do Sol no céu por meio de desenhos esquemáticos.

    Reforce com os estudantes a orientação de não olhar diretamente para o Sol. Oriente-os com relação aos horários de observação, ajustando à rotina dos estudantes. Caso as aulas sejam no período da manhã, a observação matinal pode ser feita em conjunto na escola; se forem no período da tarde, faça o mesmo com a observação do final do dia. Considere, porém, que as observações da manhã e da tarde devem ser feitas do mesmo local. Peça aos estudantes que desenhem elementos da paisagem que permitam identificar o local preciso em que o Sol nasce e se põe. Pode ser um prédio, uma árvore, uma montanha, entre outros. Essa atividade promove o desenvolvimento de parte da habilidade EF04CI09 e está relacionada à competência geral 4, pois o desenho, neste caso, é um uso de linguagem verbo-visual para partilhar informações que levam ao entendimento do que foi visualizado pelo estudante.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI09

    Sugestão de atividade: Uso de software

    De uso livre (em inglês) e disponível para diversos sistemas operacionais, o software mostra o céu em três dimensões. Possibilita realizar diferentes simulações sobre o céu e é um recurso valioso para o ensino de Astronomia. Disponível em: http://fdnc.io/eu5 (acesso em: 3 mar. 2021).

    O programa apresenta uma simulação do céu em determinado local e horário. Logo no primeiro uso, ele identifica a localização aproximada do usuário e já apresenta a simulação do céu naquele exato momento. Durante o dia, apenas o Sol é visível. À noite, são mostrados os diversos astros que se movem pela esfera celeste. Por contar com um banco de dados contendo centenas de milhares de astros, propicia simulações bastante ricas e realistas. Destaque que, apesar de apresentar o dia e o horário, é uma simulação, e não uma representação ao vivo.

    Faça uma demonstração simples do movimento aparente dos astros no céu. Para isso, basta aumentar a velocidade da simulação.

    Essa demonstração, apesar de simples, permite trabalhar diversos conceitos abordados no capítulo, como o movimento aparente do Sol e das demais estrelas, nascendo na direção leste e se pondo na direção oeste.

MP151

  1. Escolha um ponto de referência, ou seja, algum elemento que possa ser usado como guia para realizar suas medidas de posição. Para isso, faça uma marca no chão com a fita adesiva e se posicione sempre sobre ela. Depois, identifique um objeto que esteja bem abaixo da posição do Sol. Pode ser uma árvore, a parte de uma casa ou um trecho de uma montanha. Faça um desenho desse objeto ou dessa paisagem, junto com a representação do Sol. Dessa forma, você poderá comparar a posição do Sol em relação a esse ponto de referência em todos os registros realizados.
  1. Desenhe, nos quadros, os elementos que você observou nesse ambiente em cada período. Não se esqueça de colocar a data e o dia da semana em que fez a observação.
  1. Você deverá repetir esse procedimento durante 5 dias.
Imagem: Ilustração. Uma menina ruiva, vistas de costas, sentada de frente para carteira escolar. Ela usa camiseta de cor azul-claro, com calça em cinza. Ela está com a mão esquerda sobre caderno aberto de folhas brancas e na mão direita, lápis de cor verde sobre caderno. Ao fundo, local com piso cinza e à direita, porta de cor azul.  Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Para você responder

  1. Sobre o movimento do Sol no céu, responda:
    1. O movimento aparente do Sol ocorre sempre no mesmo lugar?
      PROFESSOR Resposta pessoal.
    1. Em sua opinião, se você fizer essa observação daqui a seis meses, vai notar o movimento aparente do Sol no mesmo lugar que você registrou em seus desenhos?
      PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Oriente os estudantes a escreverem a data e o dia da semana nos quadros que representaram no caderno. Explique que, nas atividades de campo, é muito importante anotar a data das observações, para que possam ser consultadas futuramente. Esses e outros procedimentos científicos desenvolvidos em atividades investigativas permitirão trabalhar com a competência geral 2 e a competência específica 2.

  • Atividade 1.
  1. No período proposto de observação, os pontos no horizonte onde o Sol nasce e se põe não devem variar de forma perceptível. Com base nessa constatação, instigue os estudantes a pensarem sobre como essa regularidade do movimento aparente do Sol no céu pode ser útil para a localização. Faça perguntas como: O movimento do Sol ajuda a saber as direções leste e oeste? Como? Uma pessoa perdida pode usar o nascer ou o pôr do Sol para se localizar? Como?
  1. Discuta com os estudantes o fato de o Sol “surgir” e “desaparecer” sempre nos “mesmos” pontos do horizonte. Não se preocupe se as respostas não forem corretas, esse tema será discutido ao longo da unidade. Esclareça que o Sol não nasce no ponto cardeal leste nem se põe no ponto cardeal oeste, mas nasce do lado leste e se põe do lado oeste de onde estamos. Antecipe que, na verdade, a cada dia do ano o Sol nasce e se põe num ponto ligeiramente diferente do dia anterior. Porém, só é possível perceber essa variação fazendo observações em intervalos maiores, por exemplo, de seis meses.

MP152

Capítulo 1. As informações que estão no céu

O céu sempre despertou a curiosidade dos seres humanos, o que os levou a pesquisar, descobrir e aprender muitas informações sobre a localização e o movimento dos corpos celestes. A ciência que estuda os corpos celestes é a Astronomia.

Esse conhecimento é importante, por exemplo, para marcar a passagem do tempo e para que as pessoas consigam se orientar. No passado, a observação do céu era utilizada por viajantes e marinheiros que tinham de fazer viagens muito longas.

Percebendo a passagem do tempo

Observando os corpos celestes ao longo do tempo, o ser humano percebeu alguns ciclos regulares. Os primeiros ciclos observados foram o do movimento aparente do Sol no céu, produzindo dias e noites, e a mudança de aparência da Lua ao longo de um mês, denominado fases da Lua. Perceber esses ciclos possibilitou que se estabelecessem as primeiras formas de contar o tempo.

Com o passar do tempo, o ser humano também identificou ciclos no deslocamento aparente das estrelas no céu noturno. A partir dessas observações, a visibilidade de certas estrelas e constelações e o movimento dos astros passaram a ser relacionados ao comportamento de plantas e de animais, e também a períodos de calor e de frio, de chuva e de secas. Esse conhecimento permitiu planejar melhor o tempo de plantar e de colher, aprimorando técnicas de agricultura.

Imagem: Fotografia. Na parte inferior, cidade iluminada com luzes acesas em amarelo e tons de laranja. Na parte superior, céu noturno em azul-escuro e ao centro, uma estrela brilhante de cor branca. Fim da imagem.

LEGENDA: Alguns povos africanos chamavam Canopus, a segunda estrela mais brilhante do céu, de “estrela dos ovos das formigas”, por ela ser visível no céu durante a estação em que esses ovos eram abundantes. Caso Canopus apresentasse um brilho muito intenso no mês de maio, eles deduziam que a geada seria forte. Estados Unidos, em 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Identificar movimentos cíclicos dos astros no céu.
  • Perceber que os movimentos cíclicos dos astros podem ser utilizados para marcar a passagem do tempo.
  • Reconhecer que o desenvolvimento da Astronomia envolve muitas pesquisas e que ocorre há muito tempo.

    Esse capítulo mostra aos estudantes que os movimentos dos astros seguem uma periodicidade, isto é, se repetem em determinados intervalos de tempo. Essa característica do movimento dos astros foi fundamental para a determinação de períodos de tempo, como os dias, os meses e os anos.

    Eles poderão perceber que, assim como o Sol, outros astros se movem no céu de forma cíclica, isto é, realizam um movimento constante e de maneira repetida. Ao constatarem isso, os estudantes poderão compreender como povos antigos e contemporâneos aproveitam essa informação para se orientar, para identificar épocas do ano, construir calendários etc. Esse trabalho auxilia o desenvolvimento da habilidade EF04CI11.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI11

    Texto complementar

    Desenvolvimento da Astronomia

    [...] Constata-se que chineses, babilônios, assírios e egípcios, por volta de 3.000 a.C., efetuaram os primeiros registros escritos sobre os astros. Nessa época, [...] tinham objetivos práticos, pois visavam auxiliar a espécie humana a prever efeitos cíclicos dos quais dependia sua sobrevivência, como por exemplo, o estabelecimento da melhor época para o plantio e a colheita.

    No final da Idade Média e no início do Renascimento, a astronomia teve um grande avanço. Os trabalhos de Nicolau Copérnico, Tycho Brahe, Johannes Kepler, Galileu Galilei, Isaac Newton, entre outros, transformaram-na em uma das principais molas propulsoras para transformar a visão de mundo. No entanto, entre o final do século XIX e o final do século XX, essa área ganhou proporções gigantescas, em consequência do desenvolvimento tecnológico ocorrido. Nesse período, nos estudos referentes ao cosmos, foi possível fazer uso da espectroscopia estelar, da construção de grandes telescópios e substituir os olhos humanos por lentes fotográficas. Tudo isso fez com que a astronomia sofresse uma forte mudança em seus métodos, deixando de ter apenas o aspecto de ciência da observação e assumindo, também, o de ciência experimental.

    [...]

    DARROZ, L. M.; HEINECK, R.; PÉREZ; C. A. S. Conceitos básicos de Astronomia: uma proposta metodológica. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, n. 12, p. 57-69, 2011.

MP153

O desenvolvimento da Astronomia

No passado, os estudiosos de Astronomia acreditavam que o Sol e as estrelas giravam em torno da Terra, por causa de seu movimento aparente no céu. Esse modelo recebeu o nome de geocêntrico.

Uma grande revolução na Astronomia aconteceu quando o astrônomo italiano Galileu Galilei, que viveu de 1564 a 1642, passou a utilizar a luneta para observar os astros. Apesar de ser bem simples, a luneta de Galileu possibilitou que ele descobrisse planetas e satélites naturais. Suas observações ajudaram a criar o modelo heliocêntrico, que propunha que a Terra girava em torno do Sol.

Antes de Galileu, o astrônomo polonês Nicolau Copérnico, que viveu de 1473 a 1543, já havia defendido um modelo matemático propondo que não era o Sol que girava em torno da Terra, mas sim o contrário. A legitimação do modelo heliocêntrico foi feita por cálculos matemáticos elaborados pelo astrônomo alemão Johannes Kepler, que viveu de 1571 a 1630, a partir do aprimoramento de lunetas e telescópios.

Hoje, o modelo heliocêntrico é cientificamente aceito. Esta e outras descobertas astronômicas se tornaram muito conhecidas especialmente devido à divulgação científica.

Imagem: Litogravura. À esquerda, homem visto de costas para frente, de pele morena, calvo, com cabelo e barba em branco, usando casaco de cor marrom. Ele está de frente para uma luneta de cor cinza, com dois tubos finos na horizontal para frente de uma janela aberta, de cor bege com vidros transparentes. Da janela, visão geral de cidade com céu noturno de cor azul, nuvens e na parte inferior, sombra sobre prédios da cidade com luz nas janelas claras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Galileu utilizando luneta desenvolvida por ele. Litogravura colorida digitalmente. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Com um colega, inventem uma forma de medir o tempo sem usar o relógio. Depois, compartilhem com a turma a invenção de vocês.
PROFESSOR Resposta pessoal.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Leia a frase a seguir.

O conhecimento sobre os corpos celestes e seus movimentos não mudou muito desde o surgimento da Astronomia.

PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Ao terminar a leitura do texto, enfatize que o desenvolvimento da Astronomia teve grande influência das observações e dos registros feitos por alguns dos primeiros astrônomos. Se eles não tivessem feito observações atentas e registros cuidadosos e precisos, as informações que coletaram não teriam contribuído com o desenvolvimento de muitas teorias que explicam os movimentos dos astros e outros fenômenos do Universo. Comente que a realização de observações e registros precisos é uma característica importante das Ciências.

  • Atividade 1. Principalmente após a Revolução Industrial, o conceito de passagem de tempo na sociedade ocidental ficou fortemente vinculado ao relógio. Em função disso, esta atividade pode causar um estranhamento inicial nos estudantes. Estimule-os a usarem a criatividade e diga a eles que podem usar diversos fenômenos cíclicos para medir a passagem do tempo. Após os estudantes responderem, apresente instrumentos antigos usados para essa função, como a ampulheta e o relógio de água.
  • Atividade 2. Espera-se que os estudantes notem que o conhecimento astronômico mudou muito desde a origem da Astronomia. Chame a atenção para o fato de que os astrônomos se baseiam nos conhecimentos e nas informações obtidas por pesquisadores que os antecederam e também de contemporâneos. Com base nessas informações, os astrônomos podem acrescentar suas ideias, questões, resultados e teorias. Esta atividade favorece o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência geral 1 e à competência específica 1.

MP154

Para ler e escrever melhor

O texto a seguir descreve o trabalho dos astrônomos.

O astrônomo

O astrônomo é um profissional que estuda o Universo. Ele procura respostas para questões sobre as origens, as formas, as transformações, os movimentos e as propriedades dos astros.

Para estudar os astros, alguns astrônomos utilizam telescópios, que podem estar localizados em diferentes partes do mundo, para obter e usar dados em suas pesquisas. Esses cientistas não precisam ficar observando o céu o tempo todo. Eles analisam imagens e dados captados por esses instrumentos. As imagens e os dados ficam armazenados em computadores.

Imagem: Fotografia. Na parte inferior, local com grama de cor verde-claro. À esquerda, um local com paredes em branco, com a parte superior, uma cúpula arredondada da mesma cor. À direita, local com árvore de folhas verdes, grades finas na horizontal e ao fundo, local aberto com grade contornando em cinza. Em segundo plano, muitas árvores com folhas verdes e mais ao fundo, morros de tamanhos diferentes, em marrom e verde. Na parte superior, céu azul-claro com nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: O observatório do Pico dos Dias fica no município de Brazópolis, em Minas Gerais. Ele é utilizado para a realização de diversas pesquisas feitas por astrônomos. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.

Além desses cientistas, existem astrônomos que desenvolvem teorias físicas e matemáticas para explicar os fenômenos que ocorrem no céu. Existem astrônomos também que desenvolvem programas de computador para fazer simulações ou que usam laboratórios para desenvolver tecnologias. Com todas as informações obtidas e com o auxílio da tecnologia, esses profissionais tentam encontrar respostas para muitas perguntas sobre o Universo.

Analise

  1. Copie no caderno apenas os aspectos do trabalho do astrônomo que você identificou no texto.

    • O que estuda.

    • Equipamentos que utiliza.

    • Onde trabalha.

    • O que analisa.

    • Com quem trabalha.

    • Tempo que trabalha.

    PROFESSOR Resposta: O que estuda; Equipamentos que utiliza; Onde trabalha; O que analisa.
  1. De que maneira os astrônomos tentam encontrar respostas para suas perguntas?
    PROFESSOR Resposta: Eles analisam imagens e dados do Universo que ficam guardados no computador, desenvolvem teorias físicas e matemáticas para explicar fenômenos, elaboram programas de computador para fazer simulações e usam laboratórios para desenvolver tecnologias.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Conhecer a profissão do astrônomo e do astronauta.
  • Desenvolver a compreensão leitora por meio de um texto descritivo.
  • Produzir texto descritivo com base em um modelo.

    O texto proposto descreve a profissão de astrônomo. Tenha em mente que o estudo do Universo feito por profissionais como os astrônomos contribui para o conhecimento do movimento dos astros e, assim, contribui com o desenvolvimento da habilidade EF04CI11.

    Peça aos estudantes que façam uma leitura silenciosa e que anotem suas dúvidas. Em seguida, leia o texto em voz alta, solicitando-lhes que acompanhem a leitura. Por fim, sugira a eles que comentem o que pensam sobre a profissão, indicando também o que não compreenderam do texto.

    Caso opte por realizar a atividade proposta no rodapé desta página, considere a possibilidade de incluir na pesquisa nomes de cientistas brasileiros e suas contribuições para o conhecimento dos astros.

  • Atividades 1 e 2. Estas atividades estão relacionadas à localização de informações e à compreensão do que foi tratado no texto descritivo.

    Para você acessar

    Melhores momentos – Astronomia. TV Cultura. Disponível em: http://fdnc.io/eu6. Acesso em: 19 jun. 2021.

    O vídeo apresenta o físico Paulo Marques dos Santos, que escreveu sobre a história da Astronomia no Brasil, e o astrônomo Augusto Daminelli, da Universidade de São Paulo (USP), que integra a campanha internacional contra o excesso de luz artificial nas cidades.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI11

    Sugestão de atividade: História da Astronomia

    Proponha aos estudantes uma pesquisa em livros, jornais, revistas e na internet sobre a história da Astronomia e sobre a contribuição de astrônomos importantes, como Eratóstenes, Ptolomeu, Galileu e Copérnico. Depois, organize um seminário para que os estudantes possam apresentar as informações pesquisadas e compartilhá-las com seus colegas.

MP155

Organize

  1. Copie o esquema no caderno e preencha os quadrinhos com as informações que podem ser localizadas no texto.
Imagem: Esquema. Astrônomo estuda _____. Astrônomo equipamentos utilizados _____; _____. Astrônomo analisa _____; _____. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: o Universo; computador; telescópio; imagens; dados.

Escreva

  1. Leia algumas informações sobre o trabalho do astronauta neste esquema.
Imagem: Esquema.  Astronauta cuida saúde mental; saúde física. Astronauta realiza treinamentos para aprender a viver no espaço; viagens e experimentos no espaço. Fim da imagem.
PROFESSOR Respostas pessoais.
Imagem: Fotografia. Um homem com roupa de astronauta, cobrindo braços e pernas e sobre a cabeça, capacete. Ele está sobrevoando no espaço, perto de uma nave espacial. Na parte inferior, vista parcial de esfera terrestre em azul, com nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Astronauta em atividade de manutenção da Estação Espacial Internacional em junho de 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 3. Explore com os estudantes a estrutura do organizador gráfico, tentando relacioná-lo à estrutura do texto. Nesse caso, foi utilizado um diagrama que tem relação com os dois aspectos usados no texto para descrever a profissão de astrônomo: o que o astrônomo estuda e os equipamentos que ele utiliza. Explique aos estudantes que, para preencher o diagrama, eles devem encontrar as partes do texto em que esses dois aspectos se relacionam. Pergunte quais são as diferenças entre apresentar informações em um texto e em um organizador gráfico. Mencione a importância dos esquemas para resumir, organizar, representar e, até mesmo, entender as informações dispostas em um texto.
  • Atividade 4. Oriente os estudantes na elaboração do texto, sugerindo que utilizem o texto da página anterior como modelo. Para enriquecer a redação, pode ser proposta uma atividade coletiva de pesquisa sobre os astronautas. Após essa pesquisa, os estudantes podem selecionar as informações que julgarem mais pertinentes para acrescentar aos próprios textos.

MP156

Capítulo 2. Os astros e a passagem do tempo

Fenômenos cíclicos são eventos que se repetem de tempos em tempos. O dia e a noite, as estações do ano, os períodos de seca e de chuva são alguns exemplos de fenômenos cíclicos da natureza.

Os dias e as horas

O dia corresponde ao tempo aproximado que a Terra demora para completar uma volta em torno de si mesma. Durante esse movimento, parte da superfície da Terra está direcionada para o Sol (onde é dia), enquanto a outra parte não recebe a luz solar (onde é noite). Dividir o tempo apenas em dia e noite não foi suficiente para as pessoas organizarem sua rotina.

A primeira divisão do dia em períodos menores conhecida foi feita há mais de três mil anos. Nesse período, a civilização egípcia passou a dividir o tempo de um dia em 12 horas entre cada “nascer” e cada “pôr” do Sol. Eles usavam uma vareta fincada no chão e marcavam as horas por meio da medida do comprimento e da direção da sombra projetada do Sol. Essa vareta é chamada de gnômon.

O gnômon passou a ser usado em relógios de Sol. Conheça um exemplo.

Imagem: Fotografia A. Relógio de sol com hastes de cor bege, com a base quadrada na parte superior, com círculo em preto e linhas finas dentro, na vertical. Ao redor dele, números romanos de I à XXIV. Há uma sombra fina sobre o número VIII.  Fotografia B. O mesmo relógio descrito anteriormente, com sombra no número XIV.   Fim da imagem.

LEGENDA: O relógio de sol é formado por uma superfície plana que serve de mostrador, linhas indicando as horas e o gnômon, que projeta a sombra do Sol no mostrador. A posição e o tamanho da sombra mudam conforme muda a posição do Sol no céu e, assim, as horas do dia são marcadas. Em A, o relógio marca oito horas da manhã. Em B, o relógio marca duas horas da tarde da mesma data. FIM DA LEGENDA.

Alguns problemas, porém, impossibilitavam contar as horas por meio de sombras projetadas pelo Sol. O período de claro e de escuro de um dia varia com o passar do tempo e depende da região do planeta. Além disso, não era possível saber as horas durante a noite.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Relacionar fenômentos cíclicos com a divisão do tempo em semanas, meses e anos.
  • Conhecer o princípio de funcionamento de um relógio de Sol.
  • Reconhecer a divisão do dia em horas.

    Com o estudo deste capítulo, os estudantes poderão associar os movimentos cíclicos da Lua e da Terra a períodos de tempo regulares (dias, semanas, meses e anos). Também poderão compreender como esse conhecimento é usado para a construção do nosso calendário. Com isso, é desenvolvida a habilidade EF04CI11.

    Explique aos estudantes que os relógios mecânicos e digitais são relativamente recentes. Antes da criação deles, o tempo era medido com base em fenômenos naturais cíclicos. O movimento aparente do Sol no céu é um desses fenômenos, e foi utilizado para a criação do relógio de Sol.

    Considere que a compreensão do funcionamento de um relógio de Sol, a partir das sombras projetadas pelo gnômon, irão fornecer subsídios para o desenvolvimento das habilidades EF04CI09 e EF04CI10, ainda nesta unidade.

    Comente que uma das limitações do relógio de Sol é não “funcionar” à noite. Além disso, a marcação das horas fica prejudicada quando o Sol está encoberto, o que pode ser bastante frequente durante a estação chuvosa.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI11

    Texto complementar

    Os pontos cardeais nos livros didáticos

    O procedimento da localização dos pontos cardeais (norte, leste, sul e oeste) é normalmente descrito nos livros didáticos. Deve-se, porém, tomar a precaução de distinguir o ponto cardeal em si da região na qual ele se encontra. Alguns dos textos encontrados em livros didáticos que tentam explicar o procedimento para a determinação dos pontos cardeais estão acompanhados da afirmação de que o Sol nasce no ponto cardeal leste e se põe no oeste. No entanto, o Sol não nasce e nem se põe sempre no mesmo ponto do horizonte durante o ano, por isso não se pode dizer que o Sol nasce todos os dias exatamente no ponto cardeal leste, nem que se põe exatamente no ponto cardeal oeste. Na realidade, isto só ocorre em dois dias por ano.

    [...] se um observador na cidade de São Paulo, por exemplo, no mês de junho, adotar esse procedimento, ele estará cometendo um erro de aproximadamente vinte e três graus com relação aos pontos cardeais verdadeiros, ou seja, se a pessoa apontar para o nascente estará apontando para um ponto intermediário entre o nordeste e o leste e não para o ponto cardeal leste. Inversamente, se estiver apontando para o poente estará apontando para um ponto entre o noroeste e o oeste e não para o ponto cardeal oeste. Se ainda o mesmo observador procurar pelo Sol para se orientar, no mês de dezembro, verá que ele se encontra cerca de quarenta e cinco graus ao sul de onde tinha observado no mês de junho e ainda assim não estará nascendo no ponto cardeal leste e sim numa posição intermediária entre o leste e o sudeste. [...]

    LANGHI, R.; NARDI, R. Ensino de Astronomia: erros conceituais mais comuns presentes em livros didáticos de ciências. Cad. Bras. Ens. Fís ., v. 24, n. 1: p. 87-111, abr. 2007.

MP157

Apenas quando foram feitos cálculos matemáticos para determinar quanto tempo durava um ciclo de um dia e de uma noite é que se pôde determinar exatamente em quantas horas ele deveria ser dividido. Assim, esse ciclo passou a ser chamado dia e foi dividido em 24 horas.

As semanas e os meses

Outra forma que as pessoas encontraram para contar a passagem do tempo foi observando a mudança de aparência da Lua no decorrer dos dias. Observou-se que essa mudança é cíclica e gradual.

A aparência da face iluminada da Lua quando vista da Terra ficou conhecida como fase da Lua. Ao longo desse ciclo, quatro fases da Lua foram nomeadas.

Fases da Lua

Imagem: Fotografia. Uma lua redonda de cor cinza-claro, com manchas em cinza-escuro à esquerda. O fundo é de cor preta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Na Lua Cheia, toda a face visível da Lua está iluminada pelos raios solares. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Lua redonda, com a metade para à esquerda em sombra e parte à direita, fina na vertical, com o formato de C ao contrário.  Fim da imagem.

LEGENDA: No Quarto Minguante, metade da face da Lua iluminada pelo Sol está voltada para a Terra. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Sombra grande sobre lua, com a ponta da direita, forma fina vertical de cor cinza-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Na Lua Nova, o Sol não ilumina a face da Lua voltada para a Terra. Por causa disso, não enxergamos a Lua nessa fase. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Lua redonda com grande parte à esquerda de cor cinza-claro, com partes com manchas em cinza-escuro. Na parte direita, sombra de cor preta.  Fim da imagem.

LEGENDA: O Quarto Crescente é parecido com o Quarto Minguante. No entanto, é a outra metade iluminada da Lua que fica voltada para a Terra. FIM DA LEGENDA.

O intervalo de tempo entre duas fases consecutivas da Lua é de cerca 7 dias. E o período entre duas ocorrências da mesma fase (ou seja, entre duas Luas Cheias, por exemplo) dura aproximadamente 29 dias.

MANUAL DO PROFESSOR

Retome com os estudantes que a Lua realiza movimentos cíclicos ao redor da Terra. Lembre-os também que a Lua é um astro iluminado, ou seja, não possui luz própria. Em seguida, certifique-se de que todos compreendem que a face da Lua que enxergamos da Terra é a parte que está recebendo a luz do Sol. Assim, durante o seu movimento ao redor da Terra, a superfície lunar é iluminada pela incidência solar por ângulos diferentes, o que resulta na variação de sua aparência (fases da Lua).

Ressalte que a aparência da Lua muda a cada dia e que essas mudanças também são cíclicas. Ao perceberem isso, povos antigos empregaram esse fenômeno para dividir o tempo. Cada aspecto diferente da Lua corresponde a uma fase, embora somente quatro tenham recebido nomes próprios (Nova, Quarto Crescente, Cheia e Quarto Minguante). O tempo entre cada uma dessas fases é de cerca de 7 dias, e isso poderia ter inspirado a criação da semana em alguns calendários.

MP158

  1. Observe a imagem abaixo, leia o texto e responda às questões no caderno.
Imagem: Fotografia. Vista da frente de uma fortaleza de cor cinza-claro, com relógio com listras em preto ao centro. Ele tem forma quadrada, com data na parte superior : 1857. Ao redor, linhas finas na vertical e numeração em sentido anti-horário: 6, 5, 4, 3, 2, 1, 12, 11, 10, 9, 8, 7. Na parte superior, céu azul-claro com nuvem à esquerda em branco.  Fim da imagem.

LEGENDA: O relógio de sol localizado na Praça Tiradentes, no município de Curitiba, Paraná, foi inaugurado em 1857 e marca a hora das 7 da manhã até as 6 da tarde. Fotografia de 2013. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Identifique o gnômon na fotografia.
  1. Qual horário o relógio da imagem está marcando?
    PROFESSOR Resposta: Aproximadamente 13 h 45 min.
  1. Por que esse relógio não marca os horários entre 6 da tarde e 7 da manhã?
    PROFESSOR Resposta: Porque ele só marca os horários em que há luz solar, para iluminar o gnômon e projetar a sombra que indica a hora.
  1. Cite um marcador de tempo que você costuma usar no seu dia a dia. Que informações você pode obter com ele?
    PROFESSOR Resposta pessoal. É provável que os estudantes mencionem o relógio. Dependendo do relógio, é possível que eles citem as horas (do dia e da noite), os minutos e até os segundos. Muitos relógios mostram a data, entre outras informações.
  1. Que relação há entre a Lua e o nosso calendário?
PROFESSOR Resposta: O período entre duas fases consecutivas da Lua dura cerca de uma semana, assim como o intervalo entre duas ocorrências da mesma fase leva cerca de um mês (29 dias).

Boxe complementar:

Hora de acessar

  • Blog do Geninho – Calendário. TV Rá Tim Bum. Disponível em: http://fdnc.io/eu7. Acesso em: 6 fev. 2021. Geninho mostra um pouco da história dos marcadores de tempo, desde os mais antigos até os relógios usados hoje em dia. Ele conta também um pouco da história dos calendários e a importância de marcar a passagem do tempo.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1. O relógio de Sol depende da luz solar para indicar as horas. Assim sendo, nos períodos entre o pôr e o nascer do Sol, ele não indica o horário. Comente que o Sol não nasce no mesmo horário todos os dias do ano. Assim, em alguns períodos (inverno), ele “funciona” em um intervalo de horas menor: começa a mostrar as horas mais tarde e termina mais cedo.
  • Atividade 2. Os estudantes devem relacionar o intervalo entre cada uma das quatro fases mais marcantes da Lua (Cheia, Quarto Minguante, Nova e Quarto Crescente), que dura cerca de 7 dias, ao número de dias que há em uma semana (7); devem relacionar também o período entre a repetição de uma mesma fase da Lua (cerca de 29 dias) ao tempo que dura um mês em nosso calendário (varia de 28 a 31 dias). Dessa forma, enfatize os fenômenos cíclicos da Lua e da Terra e certifique-se de que todos compreendem que esses eventos determinam intervalos de tempo regulares e por isso são usados para construir calendários, contribuindo com o desenvolvimento da habilidade EF04CI11.

    Como atividade complementar, disponha para os estudantes o calendário lunar do ano vigente. Eles deverão identificar a aparência da Lua no dia do seu aniversário, além de representar esse mês da mesma forma como foi representado o mês do exemplo da imagem. O importante é que os estudantes percebam, por meio dos desenhos, a transição dia a dia das fases, que na verdade são os vários aspectos (não somente quatro) que a Lua apresenta para um observador na Terra.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI11

    Sugestão de atividade: As fases da Lua

    Na linguagem coloquial, é comum dizermos que a Lua tem quatro fases (Nova, Quarto Crescente, Cheia e Quarto Minguante). No entanto, a rigor, a fase é o aspecto com o qual a Lua se apresenta para um observador na Terra. Assim, não existem apenas quatro fases, mas uma sequência contínua de fases.

    Por se tratar de um fenômeno fundamentalmente vinculado à disposição do Sol, da Terra e da Lua em um espaço tridimensional, a mudança de fases da Lua não é um fenômeno fácil de ser representado em desenhos tridimensionais. Por isso, encorajamos a apresentação de vídeos, animações, modelos e outros recursos mais apropriados para a representação de fenômenos tridimensionais.

MP159

O ano

A observação dos ritmos da natureza e dos astros do céu, como o da Lua e o do Sol, foi muito importante para a prática da agricultura. Esse conhecimento contribuiu para melhorar o planejamento da época do plantio e da colheita.

Com o passar do tempo, diversos povos identificaram períodos que se distinguiam claramente e que se sucediam ao longo do tempo. Atualmente, chamamos esses períodos de estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.

AS ESTAÇÕES DO ANO

O outono começa no dia 20 de março, no hemisfério sul. Nessa estação, as noites tornam-se aos poucos mais longas. Há uma redução na quantidade de chuvas em algumas regiões.

As temperaturas ficam mais amenas.

O inverno começa no dia 21 de junho, no hemisfério sul. Nessa estação, os dias são mais curtos que as noites.

As temperaturas são mais frias, chegando a ficar abaixo de zero em algumas cidades. É comum a ocorrência de nevoeiros.

Em algumas regiões do Brasil, o inverno corresponde à estação seca.

A primavera começa em 22 de setembro, no hemisfério sul. Nessa estação, a duração do dia aumenta e fica semelhante à duração da noite.

É um período de temperaturas amenas. Nas regiões de inverno mais seco, a primavera marca a transição entre a estação seca e a chuvosa.

O verão começa no dia 21 de dezembro, no hemisfério sul. No verão, os dias são mais longos que as noites.

É um período de temperaturas elevadas e de chuvas fortes, mas que duram pouco. Essas chuvas ocorrem principalmente à tarde.

Alguns povos concluíram que o retorno das estações (ou seja, quando cada estação volta a se repetir) se dava após doze ou treze ciclos completos de fases da Lua. Esse período corresponde aproximadamente ao que hoje chamamos de ano.

Muitos cálculos também foram necessários para determinar de forma mais precisa quanto dura um ano. Os pesquisadores descobriram que o ano é o tempo que a Terra demora para dar uma volta completa em torno do Sol. Esse período dura 365 dias e 6 horas e, atualmente, encontra-se dividido em 12 meses, que duram entre 28 e 31 dias.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Com a ajuda de um adulto, procure descrever como se caracterizam as estações do ano na região onde você vive. Compartilhe suas descobertas com os colegas.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Comente com os estudantes que há 10 mil anos os seres humanos ainda não haviam desenvolvido técnicas de cultivo de plantas e criação de animais. Nessa época, nossa espécie era basicamente caçadora-coletora, isto é, alimentava-se do que conseguia caçar ou extrair das matas. Com o advento da agricultura, as pessoas passaram a habitar um lugar fixo. Com o passar do tempo, foram percebendo que havia períodos ideais para plantar e colher, que dependiam da frequência de chuvas, da temperatura, entre outros fatores.

Verifique se os estudantes reconhecem que o movimento do planeta Terra em torno do Sol dura um ano. Tendo como base a habilidade EF04CI11, comente que as estações do ano estão relacionadas a esse movimento e também à inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol. É possível usar um globo terrestre para representar tanto a inclinação do planeta quanto o movimento de translação. Mostre que quando o polo norte se encontra inclinado em direção ao Sol, o hemisfério norte se aquece ao calor do verão. Após seis meses, a Terra percorre metade de sua órbita e o polo sul fica direcionado para a posição do Sol. Nesse período, é verão na Austrália e inverno na América do Norte, por exemplo.

  • Atividade 3. Tarefa de casa. Peça aos estudantes que registrem suas descobertas e proponha uma roda de conversa para que possam compartilhá-las com a turma. Verifiquem se as características apresentadas para cada estação foram semelhantes e conversem sobre eventuais discordâncias. Note que é comum algumas estações se apresentarem de forma atípica, em alguns anos.

    Para o estudante assistir

    Nasa – Fases da Lua no Hemisfério Sul em 2016. 10 minutes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ocA0Ajfrv_I . Acesso em: 19 jun. 2021.

    Os movimentos e as fases da Lua. Nova escola. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9wFZUOSg9R4 . Acesso em: 19 jun. 2021.

    Os dois vídeos podem ser utilizados para abordar as fases da Lua com os estudantes.

MP160

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Junto com um colega, observem duas fotografias do município de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, tiradas nos meses de julho e dezembro do mesmo ano. Depois, responda às questões no seu caderno.
Imagem: Fotografia A. Vista geral de local com rio à esquerda de água escura, com navio branco na horizontal para à direita. Na borda do rio, parte com hastes pequenas na vertical contornando e ao fundo, local aberto, com paredes pequenas em branco e mais ao fundo, edifício grande paredes de marrom, com a ponta superior triangular e muitas janelas com muitos andares. Na parte superior, céu de cor azul-claro com muitas nuvens brancas esparsas. Fim da imagem.

LEGENDA: Em certos dias do ano, o Sol “nasce” às 7 h 22 min e se “põe” às 17 h 36 min na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia B. Vista geral de local com rio à frente, com porto de cor marrom-escuro e em segundo plano, edifício grande de cor marrom-claro, com muitas janelas. À direita, na vertical estrutura gigante de cor marrom. Em segundo plano, vegetação com folhas verdes e mais ao fundo, cidade composta com prédios de tamanhos diversos. Na parte superior, céu azul-claro com inúmeras nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Em certos dias do ano, o Sol “nasce” às 6 h 16 min e se “põe” às 19 h 30 min na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. FIM DA LEGENDA.

  1. Em qual das fotografias é possível dizer que foi representado um dia de verão? Justifique sua resposta.
    PROFESSOR Resposta: A fotografia B, com o dia mais longo, representa o verão.
  1. Nesse lugar, a que horas o Sol “nasce” no inverno? A que horas ele se “põe”?
    PROFESSOR Resposta: No inverno, o Sol “nasce” às 7 h 22 min e se “põe” às 17 h 36 min.
  1. Por quantas horas aproximadamente o Sol fica visível no céu no dia de inverno em Porto Alegre? E no verão?
    PROFESSOR Resposta: No verão, o Sol fica visível durante aproximadamente 14 horas. Já no inverno, fica visível por cerca de 10 horas.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Leia o texto e responda à questão.

    O horário de verão

    Na primavera e no verão, os dias são mais longos que as noites. Para aproveitar a maior quantidade de horas de luz do Sol, o governo instituiu, até o ano de 2019, o horário de verão em algumas regiões brasileiras. Assim, em outubro, a maioria dos estados tinha de adiantar os relógios em uma hora. Como o dia “anoitecia” mais tarde, essa medida contribuía para a diminuição no consumo de energia elétrica.

    • Que medidas você e sua escola adotam para economizar energia?
      PROFESSOR Resposta variável.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 4. Para resolver a atividade, será necessário fazer o cálculo da duração do dia nos dois exemplos apresentados. Auxilie os estudantes a utilizarem cálculo mental para resolver essa questão, de maneira aproximada. Depois, trabalhe aspectos da habilidade EF04CI11 comentando que a inclinação dos raios solares varia com a mudança da posição da Terra em relação ao Sol, determinando dias mais longos e dias mais curtos. Eles devem relacionar o dia mais longo com um dia de verão, e o mais curto, com um dia de inverno. Peça que aproveitem essa atividade para identificar a duração do dia em sua cidade, pesquisando o horário do nascer e do ocaso (poente) do Sol, na data atual.
  • Atividade 5. Comente com os estudantes que no Brasil o horário de verão ocorreu pela primeira vez entre 1931 e 1932. Ele foi instituído por meio de decreto feito pelo presidente da época, Getúlio Vargas, e sua duração foi estipulada para 5 meses. Em 2008, um novo decreto definiu as datas para a mudança de horário: os relógios deveriam ser adiantados em uma hora no terceiro domingo de outubro e atrasados em uma hora no terceiro domingo de fevereiro (com exceção de quando o terceiro domingo de fevereiro coincidir com o domingo de Carnaval, quando a mudança de horário deveria ser adiada para o quarto domingo de fevereiro). O decreto também fixou a duração do horário de verão em quatro meses. No início do ano de 2019, porém, ele foi revogado. O horário de verão é uma estratégia adotada por muitos países, no período do verão, pelo fato de os dias serem mais longos. Dessa forma, a necessidade de acender as luzes ocorre mais tarde, o que contribui com a economia de energia elétrica.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI11

    Educação em valores

    Economia de energia. Valorizar as atitudes relativas ao uso racional de energia elétrica no cotidiano. Essa atitude serve para economizar com os gastos de energia elétrica e também ajuda a preservar o ambiente, diminuindo a necessidade de se construir mais usinas geradoras de energia elétrica e consumindo menos recursos naturais para esse fim.

MP161

As estações do ano no Brasil

O Brasil é um país muito extenso . Se observarmos a posição dele em um planisfério, ao norte, o Brasil ultrapassa a linha imaginária chamada Equador e, ao sul, ultrapassa a outra linha imaginária, chamada Trópico de Capricórnio.

Os pesquisadores que estudam o clima estabeleceram faixas de acordo com as características parecidas das regiões. Por exemplo, a grande faixa que vai do Trópico de Câncer (ao norte do Equador) até o Trópico de Capricórnio é considerada uma região de clima tropical. Essa faixa, por receber mais luz e calor do Sol o ano inteiro, apresenta temperaturas anuais mais elevadas. Por isso, fica mais difícil perceber variações significativas ao longo do tempo com a mudança das estações. Assim, em algumas localidades é possível identificar as diferenças apenas entre duas estações: uma de seca e outra chuvosa.

Já nas regiões fora dessa faixa (regiões de clima temperado), são registradas as temperaturas mais baixas, com diferenças entre as estações do ano mais perceptíveis.

Imagem: Ilustração. Mapa. Zonas climáticas.  Legenda : Em laranja : Zona tropical Em amarelo : Zona temperada Rosa dos ventos com direções : N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala = 0 – 520 km Zona tropical : RR, AM, AC, RO, PA, AP, MA, TO, MT, MS, GO, DE, TO, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, MG, ES, RJ, e maior parte de SP. No sul de SP, PR, SC e RS : Zona temperada.  À direita, globo terrestre na horizontal. Em laranja : Tropical Em amarela : Temperada Na América do norte, Europa, grande parte da Ásia, sul da América do sul, sul da África e sul da Oceania : Temperada. América central, grande parte da América do sul e África, sul da Ásia e norte da Oceania : Tropical.   Fim da imagem.

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 58, 99.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Reúna-se com um colega e escolham um estado do Brasil. Pesquisem as características do clima nas quatro estações do ano na região. Selecionem imagens para ilustrar cada uma delas e compartilhem essas informações com os colegas.
PROFESSOR Resposta variável.
MANUAL DO PROFESSOR

Quanto às zonas climáticas, os estudantes devem perceber que a maior parte do Brasil está localizada na zona tropical, a mais quente e iluminada. Mostre a eles que apenas uma pequena porção do Brasil está fora da zona tropical. Essa porção do território brasileiro corresponde às áreas onde as temperaturas médias são mais baixas.

Para verificar se os estudantes fizeram corretamente a leitura do mapa, pergunte a eles quais estados se localizam na zona temperada. É esperado que respondam Rio Grande do Sul, Santa Catarina, grande parte do Paraná e parte de São Paulo. Peça aos estudantes também que localizem o estado em que moram e identifiquem se ele está na zona tropical ou temperada.

  • Atividade 6. Explique que as estações do ano variam muito de um lugar para outro. Comente que áreas mais ao sul do Brasil, por exemplo, apresentam estações do ano mais demarcadas, com verão quente e chuvoso e inverno frio e seco. Em áreas mais ao norte do país, a temperatura e a frequência de chuvas variam menos ao longo do ano. Assim, peça aos estudantes que escolham um estado do Brasil no mapa para realizarem a pesquisa e que explorem esses e outros aspectos para caracterizar as estações do ano nessa localidade.

    Para você acessar

    Datas de início das estações do ano 2021 a 2030. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas. Disponível em: http://fdnc.io/fpN. Acesso em: 24 jun. 2022.

    Nesse site, podemos encontrar o dia, a hora e o minuto em que se iniciam as estações de 2021 a 2030.

    Texto complementar

    Relógio solar

    Tanto na construção quanto na utilização do relógio de sol estão presentes vários conceitos, modelos e teorias como: coordenadas geográficas, modelos geocêntrico e heliocêntrico, esfera celeste, estações do ano, leis de Kepler e Newton para o movimento dos astros, precessão dos equinócios, fases da Lua, eclipses, etc. [...]

    Todos os relógios de sol são constituídos basicamente por dois elementos: o quadrante e o ponteiro. O quadrante é dividido em ângulos correspondentes a cada hora e/ou a cada meia hora verdadeira. As horas verdadeiras são as horas marcadas pelo Sol, que na maior parte do ano não coincidem com as horas marcadas pelo relógio comum, as horas legais.

    SOARES, L. M. et al. O relógio de sol horizontal como instrumento para o ensino de Ciências. Revista Interlocução, v. 4, n. 4, p. 28-39, jun. 2011.

MP162

Capítulo 3. Os calendários

Para responder perguntas como “Que dia é hoje?”, “Quando é seu aniversário?”, “Quando começam as férias escolares?”, nós usamos uma forma de contar o tempo que se baseia em dias, semanas, meses e anos. Assim, para saber quando algo aconteceu ou para planejar atividades futuras, consultamos um calendário.

O chamado calendário gregoriano é usado em grande parte do mundo. Nele, um ano comum compreende 365 dias. Como a Terra leva 365 dias e 6 horas para dar a volta em torno do Sol, a cada quatro anos há um ajuste para “compensar” essas 6 horas a mais que existem em cada ano. Por isso, a cada quatro anos há um ano de 366 dias – o chamado ano bissexto , em que o mês de fevereiro passa a ter 29 dias. Esse calendário é o que utilizamos oficialmente no Brasil.

Assim, calendários gregorianos como o de Luciana, mostrado abaixo, além de marcarem a passagem dos dias, podem ser úteis na organização de tarefas diárias, semanais, mensais e também de todo um ano.

Imagem: Ilustração. Um calendário de setembro de folha branca, na parte superior em rosa com letras em branco e azul, com números em verde. Sobre alguns deles, um x vermelho sobre os dias: 1,2, 3, 4 e dois números arredondados em vermelho : 22, 23. O número sete está dentro de quadrado todo pintado em rosa. À direita do calendário, uma caneta vermelha na vertical com tampa azul-claro, acima.  Fim da imagem.

LEGENDA: Neste calendário, os dias marcados com um X são aqueles que já se passaram. Os dias que estão circulados representam as datas em que Luciana participará de um campeonato de videogame . Ela fez essas marcas para não se esquecer das datas importantes. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe o calendário acima e responda:
    1. Quantos dias faltam para o campeonato de videogame do qual Luciana vai participar?
      PROFESSOR Resposta: Faltam 16 dias.
    1. O campeonato vai acontecer nos dias da semana ou durante um final de semana?
      PROFESSOR Resposta: O campeonato acontecerá durante um final de semana.
    1. Considerando as marcações de Luciana, que dia seria hoje?
      PROFESSOR Resposta: Hoje seria dia 5 de setembro.
  1. 2. Observe novamente o calendário de Luciana. Note que o dia 7 está destacado, por ser uma data comemorativa. Você sabe o que é comemorado nesse dia?
    PROFESSOR Resposta: No dia 7 de setembro é comemorada a proclamação da independência do Brasil.

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

  1. Converse com um colega: vocês acham melhor organizar as tarefas da semana e do mês em uma agenda com as datas ou em um bloco de notas? Por quê?
    PROFESSOR Respostas pessoais
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Conhecer a organização de um calendário gregoriano.
  • Conhecer calendários utilizados em outras culturas.

    Neste capítulo, os estudantes conhecerão exemplos de como os movimentos cíclicos da Terra e da Lua foram usados para a construção de calendários em diferentes culturas. Dessa maneira, é desenvolvida a habilidade EF04CI11.

    Para evidenciar a importância da adoção de um calendário oficial, pergunte aos estudantes como eles acham que a vida seria se não houvesse divisão do tempo em ano, meses e dias. Proponha questões como: Haveria finais de semana e feriados? Como faríamos para marcar um encontro com alguém? Como saberíamos a nossa idade? Depois, questione sobre a maneira como eles usam o calendário.

    Explique que o termo bissexto foi empregado por causa do acréscimo de um dia no ano, o que totaliza 366 dias. Como o número termina com dois seis, originou-se o termo bissexto .

  • Atividade 1. Aproveite a atividade para averiguar a familiaridade dos estudantes com o calendário. Se julgar necessário, dedique um tempo da aula para explicar a divisão do ano em meses, e destes em dias. Verifique também se eles reconhecem o uso de códigos e símbolos no calendário de Luciana para representar eventos que já ocorreram e aqueles que estão programados para acontecer, por exemplo. Peça aos estudantes que proponham um novo símbolo para representar o dia atual.
  • Atividade 2. Complemente a atividade perguntando aos estudantes se já participaram de um desfile do Sete de Setembro ou de que outra forma costumam comemorar a data.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI11

  • Atividade 3. Peça aos estudantes que escrevam as informações representadas no calendário de Luciana, referente ao mês de setembro, em um bloco de notas, constituindo frases. Leiam as frases elaboradas e estabeleçam comparações com o calendário. Observe se os estudantes reconhecem certas características da linguagem simbólica e numérica usada em calendários e verifique se eles reconhecem vantagens nessa forma de representar o tempo e de organizar compromissos.

MP163

ÁLBUM de Ciências

Diferentes culturas, diferentes calendários

Com a marcação dos dias e meses por meio do calendário, as pessoas começaram a comemorar o passar do tempo e a celebrar fatos históricos, sociais e culturais.

As datas comemorativas representam um esforço de manter na memória de todos um acontecimento ou uma homenagem importante para a sociedade. Em certas culturas, essas datas são instituídas pelo governo e passam a fazer parte de um calendário oficial. As datas consideradas mais significativas, em geral, são transformadas em feriados.

Imagem: Fotografia. Em uma ala de cor cinza-claro, com dezenas de pessoas com roupa de mangas compridas e calça em amarelo, com detalhes em vermelho. Eles estão com hastes finas na vertical, carregando no alto um dragão. Este tem o corpo grande, com o corpo na horizontal, dourado, com partes em vermelho, com à cabeça para à esquerda, boca aberta, dentes brancos e contorno da boca em laranja. Mais ao fundo, outras dezenas de pessoas.  Fim da imagem.

LEGENDA: A comemoração do Ano Novo Chinês é um dos períodos mais importantes para a sociedade chinesa e dura cerca de 15 dias. Nesse período, os chineses costumam limpar seus lares para afastar os maus espíritos. Quando o relógio marca meia-noite, todos comem bolinhos cozidos (guioz a) e tangerinas (laranjas da sorte). Durante a comemoração, fogos de artifício são lançados e lanternas vermelhas são acesas. As danças do Dragão e do Leão estão entre as atrações mais aguardadas. China, em 2021. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local aberto, com vegetação verde para à esquerda e à direita, passagem cinza por onde passam centenas de pessoas para frente, vistas de costas e outras em sentido oposto. À direita, árvores pequenas com pétalas de cor rosa-claro, no alto. As pessoas passam por baixo das árvores. Na parte superior, céu de cor azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Hanami Matsuri é o nome de um festival realizado para contemplar as flores, que ocorre durante a primavera, época de apreciação da flor de cerejeira (sakura). Essa prática acontece há mais de mil anos no Japão. Acredita-se que teve início com nobres que aproveitavam a época para escrever poemas sobre a flor de cerejeira. Com o tempo, essa tradição passou a ser praticada por grande parte das famílias japonesas. Japão, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Indígenas em volta de tronco de árvore de cor marrom, com parte central em branco e linhas em preto. Os indígenas fazem traços sobre o tronco, com a mão direita. Eles têm pele de cor morena com cabelos lisos em preto e um em castanho. Ao fundo, vista parcial de outros indígenas.  Fim da imagem.

LEGENDA: O Kuarup é a celebração mais importante do ano para os povos indígenas da região do Xingu, no Brasil. Ela se estende de julho a setembro e homenageia os mortos do último ano. Nela, os troncos de árvores, feitos da madeira “kuarup”, representam o espírito dos mortos. É uma festa alegre, pois, na visão dos indígenas, os mortos não gostariam que os vivos agissem de forma triste. Município de Gaúcha do Norte, Mato Grosso, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

  1. Converse com familiares e identifiquem datas que gostam de celebrar. Registrem essas datas em um calendário.
PROFESSOR Resposta variável.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Perceber que as pessoas costumam celebrar fatos históricos, sociais e culturais.
  • Reconhecer a importância dos calendários para celebrar datas comemorativas, em diferentes culturas.

    Aproveite essa atividade e peça aos estudantes que proponham um novo exemplo para o Álbum de Ciências: eles devem levar uma fotografia que represente uma data significativa para a sua cidade, estado ou país, depois devem escrever uma legenda explicativa para ela.

  • Tarefa de casa. Oriente os estudantes a registrarem em um calendário as datas mencionadas pelas pessoas de sua casa e perguntarem por que eles gostam dessa celebração. Promova um momento para que compartilhem a tarefa e observem celebrações comuns e celebrações pessoais.

    Para você acessar

    A história da medição do tempo. TED-Ed. Disponível em: http://fdnc.io/eu9. Acesso em: 19 jun. 2021.

    A animação aborda alguns dos principais instrumentos de medição usados pela humanidade.

    Sugestão de atividade: Calendário da turma

    Uma forma prática e engajadora de trabalhar o uso do calendário com os estudantes é criando um calendário da turma. Esta atividade pode ser feita com a participação de todos.

    Em uma cartolina, proponha aos estudantes que façam doze quadros, um para cada mês. Em seguida, sugira a eles que escrevam os dias de cada mês, usando como base um calendário do ano atual. A indicação dos dias da semana também deve estar presente.

    Com o calendário pronto, converse com os estudantes sobre quais datas devem ser destacadas. Como sugestão, podem ser usadas cores diferentes para identificar dias de realização de atividades especiais, datas de aniversário dos estudantes, datas comemorativas, entre outros.

    Um calendário assim é bastante útil para organizar a realização de atividades práticas que se estendem por mais de um dia, como a observação do crescimento de plantas.

MP164

O mundo que queremos

Imagem: Ícone: Pluralidade cultural. Fim da imagem.

Pluralidade cultural

Conhecendo alguns calendários

O tempo passa igualmente para todas as pessoas, mas cada povo tem uma forma de marcar essa passagem. Vamos conhecer alguns tipos de calendário.

Calendário maia

Foi o calendário mais elaborado das civilizações que viviam nas Américas na época da chegada dos portugueses ao Brasil. O calendário maia utiliza o ciclo solar com 365 dias, agrupados em 18 meses de 20 dias e mais 5 dias que não pertencem a nenhum mês e são acrescentados ao calendário para completar o ano.

Na cultura maia, acreditava-se que o planeta Terra tinha uma existência de cinco grandes ciclos, e cada um desses ciclos tinha a duração de 5 125 anos.

Calendário chinês

O calendário da cultura chinesa faz uma combinação entre o ciclo solar e o ciclo da Lua.

A cada 12 anos, um ciclo é completado, e recebe o nome de um dos 12 animais correspondentes ao horóscopo chinês. São eles: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e porco.

Imagem: Ilustração. Calendário com o formato arredondado com muitas estampas em rosa-claro, com bolinhas em amarelo e marrom-escuro, em diferentes quadrados, com outros símbolos de formas variadas. Ao centro, rosto de uma estátua de pessoa com os contornos em verde, nariz e testa em amarelo, olhos e boca em vermelho. Ao redor dela, outras formas diversas em azul, verde e amarelo e traços em branco. Na parte inferior, dois rostos vistos parcialmente, um de frente para o outro, de cor branca, com detalhes em azul, com chifre para cima de cor azul, com a ponta superior para trás.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação do calendário maia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Calendário com o formato redondo, de cor vermelha, dividido em doze fatias, cada uma com um animal diferente. Em sentido horário : um rato com o corpo para à esquerda; um porco para à direita; um cachorro para à esquerda; um galo para à esquerda; um macaco em pé com a pata da direita para cima; um carneiro para à esquerda ; um cavalo para à esquerda; uma serpente longa com o corpo enrolado entre si; um cavalo marinho para à direita; um coelho para à direita; um tigre para à direita e um boi para à direita. Para cada animal, escrita em chinês e ao centro, símbolo do infinito, círculo com metade da esquerda em branco e bolinha no alto em preto e à direita, metade em preto com bolinha abaixo em branco. Ao redor do símbolo do infinito, outras cinco escritas em chinês.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação do calendário chinês. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Conhecer e comparar calendários utilizados por outras culturas.
  • Identificar semelhanças e diferenças na forma de acompanhar a passagem do tempo.
  • Produzir um calendário com base em eventos astronômicos.

    Esse tema pode ser trabalhado de maneira interdisciplinar com História. Ao conhecer as principais características e peculiaridades das sociedades e épocas em que os calendários citados foram criados, os estudantes poderão perceber como diferentes culturas podem elaborar distintas formas de representar e marcar a passagem do tempo. Dessa forma, será possível trabalhar a habilidade EF04CI11 e explorar aspectos da competência geral 3.

    Comente que diversos países adotam mais de um calendário. Alguns países islâmicos, por exemplo, adotam um calendário lunar para as datas religiosas e o calendário gregoriano para as atividades civis. A China também adota o calendário gregoriano em paralelo ao chinês.

    Ao comentar sobre o calendário indígena, da página seguinte, mostre aos estudantes a localização do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Em seguida, leia o calendário com os estudantes, identificando os eventos que esse povo escolheu para representar no calendário.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI11

    O primeiro calendário. O calendário mais antigo conhecido surgiu na Mesopotâmia, por volta do ano 2700 a.C. Acredita-se que tenha sido criado pela civilização suméria.

    Esse calendário contava com uma divisão do ano em 12 meses lunares, que sempre se iniciavam na Lua Nova e duravam entre 29 e 30 dias. Dessa forma, o ano lunar possuía 354 dias e, consequentemente, era defasado com o ano solar.

    Os caldeus, povo que também habitou a Mesopotâmia, adotou o calendário sumério e o aprimorou. Para resolver essa defasagem do calendário lunar com relação ao ano solar, era acrescentado um mês a cada três anos.

    Por volta dessa época, foi criado o primeiro calendário solar de que se tem notícia, no Egito. Esse calendário já contava com 365 dias.

MP165

Compreenda a leitura

  1. Em quais eventos astronômicos o calendário maia e o calendário chinês se baseiam?
    PROFESSOR Resposta: O calendário maia utiliza o ciclo solar; o calendário chinês faz uma combinação entre o ciclo solar e o ciclo da Lua.
  1. Além dos ciclos do Sol e da Lua, que outros ciclos esses calendários apresentam?
    PROFESSOR Resposta: O calendário maia apresenta cinco grandes ciclos, de 5125 anos cada; o calendário chinês apresenta ciclos de 12 anos.

Vamos fazer

  1. Etapa 1: Pesquisa sobre calendários
  1. Pesquise calendários de outras culturas.
  1. Monte um quadro comparando os calendários pesquisados com os apresentados anteriormente.
  1. Faça um cartaz, com pequenos textos explicativos sobre como a Astronomia influenciou a produção do calendário.

    Etapa 2: Elaborar seu calendário

    Agora que você já sabe como o tempo é medido e conhece alguns dos calendários utilizados por diferentes povos, construa seu próprio calendário!

    Para propor esse novo calendário, você deverá criar regras:

    • Estipule um número de dias para o ano.
    • Indique como o seu ano será dividido e crie nomes para essas divisões.
    • Procure relacionar as divisões do seu calendário com um ou mais eventos astronômicos que você estudou até o momento. Você também pode usar eventos naturais cíclicos ou datas comemorativas.
    • Pense em uma forma de representar esquematicamente essas divisões.

      1. Quais nomes você escolheu para os dias da semana? E para os dias do mês?

      PROFESSOR Resposta variável.

      Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

      Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    1. Quais eventos astronômicos serviram de orientação para o seu calendário? Conte para os colegas.
      PROFESSOR Resposta variável.

      Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

    1. Aproveite para utilizar a criatividade e muitas cores para produzir seu novo calendário em uma cartolina.
      PROFESSOR Resposta: A dica para esta atividade é deixar as divisões prontas para que os estudantes possam colocar os nomes nos itens solicitados e depois colorir.
Imagem: Ilustração. Calendário com o formato arredondado, dividido em doze fatias correspondentes a cada mês: Janeiro: Milho. Uma planta na vertical de caule e folhas em verde, com milho amarelo. Na parte inferior, milho na horizontal em amarelo.  Fevereiro: Rio cheio. Na horizontal, rio com água de cor azul-claro com um peixe de cor amarela dentro, bordas à esquerda e à direita, em verde. Março: Abacaxi. Na parte inferior, solo em marrom com vegetação verde e na parte superior, abacaxi amarelo com folhas verdes na parte superior. Abril: Pescaria. Sobre uma grelha em fogueira, quatro peixes de cor laranja sendo grelhados.  Maio: Derrubada. Solo abaixo em marrom, uma árvore sendo cortada com machado perto. Junho: Tempo de gaivota. Na parte de baixo, rio de cor azul-claro e na parte superior, vegetação verde. No céu, uma gaivota de penas brancas, sobrevoando. Julho: Tracaja bota ovo. Na parte de baixo, rio azul-claro, areia com vários ovos brancos e mais acima, tartaruga grande com casco redondo. Agosto: Festa Kuairi. Na parte inferior, fogueira com toras de madeira e fogo em laranja e tons em amarelo. Acima, objeto com forma quadrada em rosa, com parte superior com penas amarelas. Setembro: Plantio de mandioca. Plantas com folhas verdes e na parte inferior, objeto com o formato arredondado em verde. Outubro: Pequi. Uma árvore de tronco de cor marrom, folhas verdes com pequi com fruta de cor amarela.  Novembro: Verão. Na parte inferior, solo de cor marrom, grama verde, e na parte superior, céu azul com sol de cor laranja, com olhos fechados, sorrindo. Dezembro: Melancia. Planta com caule verde, com quatro melancias e uma planta de flores amarelas.   Fim da imagem.

LEGENDA: Calendário indígena. Desenho feito por Thiayu Suyá. Instituto Socioambiental. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividades 1 e 2. Aproveite essas atividades para verificar se os estudantes relacionam os ciclos solar e lunar aos calendários maia e chinês, e se reconhecem outros ciclos, distinguindo-os. Observe se todos percebem que o número de dias correspondentes ao ciclo solar e o número de dias do ciclo lunar não se alteram, mas a forma de organizá-los e de construir calendários varia bastante entre as culturas. Para a realização da Etapa 1, verifique a necessidade de orientar os estudantes quanto às culturas que eles pesquisarão. Se julgar conveniente, apresente uma lista de países que utilizam calendários diferentes do gregoriano e peça aos estudantes que escolham um para pesquisar. Alguns desses países são: Japão, Coreia do Norte, Etiópia, Egito, Turquia e Arábia Saudita. Nesta etapa, é possível desenvolver as habilidades relacionadas à competência específica 1, já que os diversos tipos de calendário mostram que o conhecimento científico é cultural e histórico.

    A Etapa 2 tem o objetivo de trabalhar, de maneira lúdica, o conceito de divisão do tempo em calendários. Antes de solicitar aos estudantes que desenhem o calendário na cartolina, verifique se eles estabeleceram uma divisão de meses e semanas coerente. Essa atividade trabalha habilidades relacionadas à competência geral 3, pois o desenvolvimento do calendário exige uma prática de produção artístico-cultural.

  • Atividades 1 a 3. Estimule os estudantes no uso da criatividade. Questione-os sobre os motivos que os levaram a escolher os nomes dos meses.

MP166

Capítulo 4. Orientação no espaço e movimento

No dia a dia, temos a necessidade de nos orientar em diversas situações. Em muitas delas, precisamos saber onde estamos ou como podemos chegar aonde queremos ir.

Ao caminhar em uma rua, é possível nos localizarmos usando pontos de referência, ou seja, elementos que podem ser usados como guia para saber onde estamos, como edifícios, placas de trânsito, árvores etc.

  1. Observe a imagem, leia o texto e responda às questões no caderno.

    Elisa e Diego estão em férias e chegaram à rodoviária da cidade. Mas eles não sabem como chegar ao hotel Nina, onde ficarão hospedados.

Imagem: Ilustração. Vista geral de local, rua com faixa de pedestre em branco, à esquerda, placa em amarelo, com símbolo em preto de um pedestre passando para à esquerda. Depois da faixa de pedestre, Rodoviária, local com ônibus cinza e perto da faixa de pedestre, duas pessoas na calçada : Diego, homem moreno de cabelos e barba castanhos, com camiseta laranja, calça cinza e sapatos pretos, com mochila verde nas costas. Ao lado, Elisa, mulher de cabelos curtos ruivos, com camiseta branca, saia azul-claro e sapatos marrons. Ao fundo, à esquerda, local com paredes de cor bege : Padaria e mais ao fundo, outro estabelecimento de cor bege-claro com placa em laranja : Hotel Nina. Fim da imagem.
  1. Que orientações você daria para eles chegarem ao hotel Nina?
    PROFESSOR Resposta: Eles devem sair da rodoviária e virar à direita na rua e, depois, andar um quarteirão.
  1. Se eles forem a outro hotel, as indicações podem ser as mesmas? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: Não, pois a localização e os pontos de referência serão outros.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Elisa e Diego pediram ajuda para encontrar um monumento na cidade. Observe a imagem e leia a orientação dada pelo senhor.
    • Essa orientação está correta? Por quê?
      PROFESSOR Resposta: Depende da posição de cada personagem. Para o senhor, que está de costas para a rua, o monumento fica à direita. Para o casal, o monumento está à esquerda.
Imagem: Ilustração. À esquerda, calçada de cor cinza, com Diego e Elisa, de frente para um homem visto de costas. O Diego está com a mão direita sobre a cabeça e a Elisa à direita dele, com a mão direita para frente. O homem de pele clara, calvo, com cabelos castanhos, com camiseta verde, calça e sapatos marrons, fala para eles : SIGAM À DIREITA NA RUA DAS MARGARIDAS. Ao fundo, local com paredes de cor bege, com portas azuis grandes. À direita, outra rua, com outro estabelecimento de paredes de cor verde, duas portas em azul-claro, plástico tampa chuva de cor laranja e telhado de cor marrom. Na calçada, placa branca para à esquerda, com letras em preto : Rua das Margaridas. Em segundo plano, vegetações em verde, céu em azul-claro e nuvens brancas.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Localizar os pontos cardeais com base nas posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).
  • Conhecer alguns instrumentos de orientação espacial.

    Neste capítulo, os estudantes irão identificar os pontos cardeais utilizando como referência um gnômon e vão compará-los com os pontos cardeais indicados por uma bússola, a fim de discutir formas de localização e orientação, propiciando o desenvolvimento das habilidades EF04CI09 e EF04CI10.

    Pergunte aos estudantes como eles fazem para se orientar quando vão de um lugar a outro. Pergunte se essas mesmas técnicas poderiam ser usadas em um lugar novo, desconhecido para eles. Extrapole situações hipotéticas e questione-os, por exemplo, sobre como fariam para se orientar se fossem exploradores na natureza. Comente que antigamente não existiam tecnologias como GPS, e muitas formas de se localizar dependiam da observação de fenômenos cíclicos da natureza. Questione se eles imaginam que fenômenos seriam esses e identifique conhecimentos prévios relacionados ao tema.

  • Atividade 1. Converse com os estudantes sobre a necessidade de um referencial comum para dar ou seguir direções.
  • Atividade 2. Aproveite essa atividade para reforçar que a direção depende de um referencial. Diego ficou confuso porque a orientação dada tinha como referencial a posição do senhor, não a de Diego.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI09

    Sugestão de atividade: Localizando os pontos cardeais à noite

    No hemisfério sul, um método tradicional de identificar os pontos cardeais à noite é utilizando a constelação do Cruzeiro do Sul.

    Para isso, o primeiro passo é identificar essa constelação no céu. Ela é composta de cinco estrelas: as quatro mais brilhantes formam a cruz propriamente dita, enquanto a quinta estrela, menos brilhante, localiza-se próximo ao que seria o pé da cruz.

    O passo seguinte é prolongar o comprimento dessa estrela cerca de 4,5 vezes, a partir do pé da cruz. A partir desse ponto, imagine uma linha descendo até o horizonte. Aí estará o sul.

    Se você estiver próximo da Linha do Equador, verá que a prolongação da cruz em 4,5 vezes resultará em um ponto já muito próximo do horizonte. Mas um observador em um dos estados da Região Sul do Brasil encontrará esse mesmo ponto bem alto no céu. Por esse motivo, os habitantes da Região Sul devem tomar mais cuidado ao determinar o sul utilizando esse método, pois é mais fácil de errar.

MP167

Orientação utilizando o Sol

Você sabia que as palavras “nascer” e “pôr” são usadas porque os povos antigos acreditavam que a cada dia nascia um novo Sol e à tarde ele se punha abaixo do horizonte para morrer?

Hoje sabemos que isso não é verdade, pois o Sol “nasce” e “se põe” por causa do movimento de rotação do planeta Terra, responsável pela ocorrência dos dias e das noites. Mesmo assim, as expressões “nascer do Sol” e “pôr do Sol” ainda são muito utilizadas. Por isso, a região onde o Sol “nasce” recebe o nome de nascente; e a região onde ele “se põe” recebe o nome de poente.

Os pontos cardeais

Os pontos de referência variam de acordo com a localidade. Ao percorrer distâncias maiores, é preciso utilizar referências mais confiáveis. Os pontos cardeais são pontos de referência universais, ou seja, por meio deles é possível localizar qualquer lugar sobre a superfície do planeta Terra. São eles: leste (L), oeste (O), norte (N) e sul (S).

Podemos nos orientar conhecendo o norte e o sul, que apontam para as direções dos polos terrestres, e o leste e o oeste, que apontam para o lado do “nascer” e do “pôr” do Sol. O Sol aparece no lado leste e “se põe” no lado oeste.

Sol como referencial

Imagem: Ilustração. Esquema. Sol como referencial. Local aberto com grama verde. Um homem visto de costas, com cabelos castanhos, camiseta branca, com calça azul e sapatos em preto e branco. Em torno do corpo dele, setas amarelas. À frente, palavra : norte, à direita : leste, à esquerda: oeste e atrás : Sul. Em segundo plano, cidade com grama, árvores e rodovia que dá acesso à cidade com vários prédios aglomerados em tons de rosa-claro, de tamanhos diversos. Na parte superior, céu em amarelo com nuvens esparsas e sol à direita, redondo atrás de morros.  Fim da imagem.

LEGENDA: Em certos períodos do ano, ao abrir os braços com a mão direita apontando para o lado do nascente, ela indicará o lado leste. O oeste estará do lado oposto. À sua frente, estará o lado norte e às suas costas estará o lado sul. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Retome com os estudantes o que já foi discutido sobre o movimento aparente do Sol no céu em capítulos anteriores. Explique aos estudantes que o fato de o Sol nascer e se pôr sempre nas mesmas direções possibilitou a criação dos pontos cardeais.

Se possível, leve a turma para um ambiente externo na escola e peça aos estudantes que encontrem os pontos cardeais de acordo com o método apresentado na ilustração da página. Para isso, o ideal é que a atividade seja realizada no início da manhã (com o Sol ainda a leste) ou no final da tarde (com o Sol a oeste). Utilize uma bússola para comparar a indicação dos pontos cardeais obtidas pelos dois métodos.

MP168

Atividade prática

Experimento

Localizando os pontos cardeais

Além de identificar o lado onde o Sol “nasce”, há outras formas de identificar os pontos cardeais durante o dia.

O que você vai fazer

Encontrar os pontos cardeais utilizando o movimento aparente do Sol como referência.

Material

Imagem: Passo 1. Na vertical, haste fina em marrom : haste de madeira. Na ponta inferior, indica-se : 90°. À direita, régua com o formato de um triângulo, para à esquerda, para baixo : esquadro.  Fim da imagem.
  1. Inserir a haste no chão e utilizar o esquadro para conferir se ela está posicionada perpendicularmente ao solo (90°).
Imagem: Passo 2. A mesma haste descrita anteriormente, com sombra para frente : sombra da haste no período da manhã. Mais para frente : pedaço pequeno de madeira na vertical : estaca. Fim da imagem.
  1. Pela manhã, fincar uma estaca de madeira no solo. Ela deve ser posicionada na extremidade da sombra projetada pela haste.
Imagem: Passo 3. A mesma estrutura descrita anteriormente, com um barbante na horizontal preso à estaca à frente. Fim da imagem.
  1. Amarrar um pedaço de barbante à base da haste e esticá-lo até a estaca.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivo da seção

  • Identificar os pontos cardeais com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).

    Nessa atividade, os estudantes serão orientados a identificarem os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de um gnômon. Dessa maneira, é desenvolvida habilidade EF04CI09.

    Para realizar a atividade, é necessário encontrar um local na escola com boa incidência de luz solar. Também é preciso se programar para realizar as medições em duas etapas: uma na parte da manhã e outra na parte da tarde. Verifique a previsão do tempo para se assegurar de que o dia não ficará nublado, o que impedirá a realização das medições.

    A fixação da estaca no chão deve ser feita pelo professor. Se não houver esquadro disponível para verificar o alinhamento vertical da vareta, é possível utilizar como referência uma pedra ou um parafuso preso a uma linha. Segure a linha na extremidade oposta ao objeto, deixando-o pendurado. O peso do objeto fará com que a linha fique perpendicular ao chão.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI09

MP169

Imagem: Passo 4, 5, e 6. A mesma estrutura descrita anteriormente, com barbante preso da haste para uma estaca. À esquerda, outra estaca com linha pontilhada na horizontal : linha de giz. Entre a haste e a estaca : sombra no período da tarde, na parte inferior.  Fim da imagem.
  1. Prender o giz na ponta do barbante e traçar uma curva, como se fosse desenhar metade de um círculo, da esquerda para a direita, partindo da estaca. Caso o giz não marque o solo, vá polvilhando a farinha no trajeto do giz e, assim, marcando o arco traçado.
  1. No período da tarde, de hora em hora, verificar a posição da sombra da haste até o momento em que ela toque novamente o arco traçado por você. Marque esse ponto com outra estaca.
  1. Ligue os pontos onde se encontram as duas estacas. Depois, ligue-os à haste, formando assim um triângulo.
Imagem: Passo 7. A mesma estrutura descrita anteriormente. Na linha de giz, reta na vertical com a ponta superior : N e inferior : S. Ao redor da forma, um círculo grande.  Fim da imagem.
  1. A reta que une as estacas indica as direções leste e oeste. Ao traçar uma linha perpendicular a essa reta, a partir da posição da haste, temos a direção norte-sul. Assim, identifique os pontos cardeais leste, oeste, norte e sul nas extremidades dessas retas.

Para você responder

  1. Após a montagem, procure determinar a posição de alguns locais ao seu redor, como a posição das janelas de algumas salas de aula, do portão de entrada da escola, da rua etc., utilizando os pontos cardeais. Registre essa localização em seu caderno.
    PROFESSOR Resposta variável.
  1. Podemos afirmar que o lado norte é orientado para cima? Justifique sua resposta.
    PROFESSOR Resposta: Não, a expressão “para cima” se refere à direção vertical de um sistema de coordenadas, e o ponto cardeal norte está orientado com relação ao eixo horizontal, ou seja, com relação ao chão.
MANUAL DO PROFESSOR

Auxilie os estudantes a determinarem a reta que indica a direção norte-sul. Use uma régua para encontrar o ponto médio do segmento de reta que indica a direção leste-oeste. Para encontrar a direção norte-sul, esse ponto deve ser unido ao ponto onde a vareta está fixada.

  • Atividade 1. Estimule os estudantes a praticarem a orientação usando os pontos cardeais fazendo questões como: Aquela árvore está ao norte da escola? A entrada da escola fica voltada para qual direção? As janelas da sala de aula estão voltadas para que direção?
  • Atividade 2. Espera-se que os estudantes compreendam, após a apresentação do conteúdo e da execução da atividade prática, que a direção norte não é para “cima”, assim como a sul não é orientada para “baixo”. Os termos “cima” e “baixo” se referem à direção vertical de um sistema de coordenadas no caso dos pontos cardeais norte e sul, eles estão orientados com relação ao eixo horizontal, ou seja, com relação ao chão.

MP170

ÁLBUM de Ciências

Como os animais se orientam?

Você sabia que não são apenas os seres humanos que se guiam pela posição dos astros? Leia o texto a seguir.

É um espetáculo da natureza: todos os anos, durante o outono, milhares de borboletas da espécie Danaus plexippus [borboletas-monarca] saem dos Estados Unidos e do Canadá e voam em direção ao México, onde gostam de passar o inverno. [...]

Imagem: Fotografia. Vista de céu de cor amarela carregado de nuvens de cor cinza, o cobrindo. À esquerda, centenas de borboletas de cor laranja, com contornos em pretos, sobrevoando para à direita.  Fim da imagem.

LEGENDA: As borboletas-monarca, como são popularmente conhecidas, percorrem uma distância de mais de 3 mil quilômetros, durante vários meses, em busca de temperaturas mais amenas. Nenhuma outra espécie de inseto percorre distâncias tão longas. Estados Unidos, em 2020. FIM DA LEGENDA.

[…] “As borboletas-monarca guiam-se pelo Sol”, diz o biólogo e coautor da pesquisa Patrick Guerra, do Departamento de Neurobiologia da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. “Elas têm uma espécie de bússola solar e, de acordo com a posição do astro, sabem a direção que devem seguir”. [...]

[…] “Descobrimos que, além da bússola solar, esses insetos têm também um interessante sistema de orientação adicional, que é baseado no campo magnético da Terra”, afirma Patrick. “O campo magnético é uma força invisível, que acreditamos ser originada pelo movimento do metal derretido no interior da Terra”.

O movimento do metal cria correntes elétricas que geram um campo magnético ao redor de nosso planeta. E, quem diria, as borboletas-monarca – assim como alguns pássaros e tartarugas – usam esse campo energético para sua orientação geográfica. […]

Fonte: Borboletas viajantes. Ciências Hoje das Crianças. Disponível em: http://fdnc.io/eua. Acesso em: 22 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Vista de baixo para cima de uma ave de penas cinzas, com par de asas abertas, com parte debaixo da asa, em branco. Ela tem patas de cor laranja, penas no pescoço em roxo e partes em azul e bico cinza.  Fim da imagem.

LEGENDA: As aves também podem sentir o campo magnético da Terra, o que permite que muitas realizem migrações por dezenas de milhares de quilômetros. Os pombos-correios, por exemplo, percorrem grandes distâncias sem se perder, regressando depois ao ponto de partida. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivo da seção

  • Conhecer exemplos de animais que se orientam pela posição dos astros ou pelo campo magnético da Terra.

    Inicie a abordagem do texto comentando que há muitos anos os cientistas concordam sobre o fato de que muitos animais podem detectar o campo magnético da Terra, se guiar pela posição da Lua, do Sol ou até mesmo de estrelas, e assim encontrar o seu caminho. Os cientistas investigam, porém, quais estruturas desses animais seriam capazes de encontrar a direção do campo magnético da Terra, tal como ocorre com a agulha de uma bússola.

    Procure saber as razões pelas quais os animais se deslocam e por que precisam se orientar. Observe se eles mencionam os animais que realizam rotas migratórias, por exemplo. Verifique se todos conhecem o significado do termo migração e, em seguida, estabeleça relações entre o ato de locomover-se de uma região à outra e a busca que muitas espécies realizam por condições ambientais favoráveis, como clima ameno, alimentos em abundância e até reprodução, por exemplo. Proponha uma pesquisa para explorar a diversidade de animais migratórios e as diferentes formas como eles se orientam.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI10

MP171

A rosa dos ventos

A rosa dos ventos é uma figura presente em mapas e bússolas, tanto antigos como novos. Ela é utilizada atualmente para indicar os pontos cardeais principais – norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O) – e também para indicar os pontos colaterais – nordeste (NE), sudeste (SE), noroeste (NO) e sudoeste (SO). Os pontos colaterais tornam a localização mais precisa.

Imagem: Ilustração. Rosa dos ventos, em azul, com o formato redondo atrás e na frente, estrela de oito pontas, quatro maiores e outras menores, indicando direções no sentido anti-horário : N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Fim da imagem.

LEGENDA: Rosa dos ventos moderna indicando pontos cardeais e pontos colaterais. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a representação esquemática da rosa dos ventos acima e responda às questões no caderno.
    • Qual letra indica o lado onde o Sol “nasce”? E onde ele “se põe”?
      PROFESSOR Resposta: A letra “L” indica o lado onde o Sol “nasce”. A letra “ O” indica o lado onde o Sol “se põe”.
    1. Veja a imagem a seguir e, de acordo com a rosa dos ventos, responda no caderno.
Imagem: Ilustração. À esquerda, roda dos ventos em azul-claro, com direções : N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Quatro partes diferentes na horizontal, em todas as ruas têm passagem de pedestre : 1ª : Uma casa de paredes rosas, com telhados em marrom, com janela e à esquerda, porta. À direita, no outro lado da rua, um hospital de paredes brancas com janelas em azul-claro e cruz em vermelho na parte superior. 2ª: Uma casa de paredes verdes com telhado marrom. Uma rua e depois, um cinema de cor laranja; uma rua; uma casa de paredes lilás com telhados marrons; uma rua e local com grama verde, com local redondo em bege-claro com telhado marrom. 3ª : Um estabelecimento verde com janelas em azul; uma rua. Uma farmácia de paredes em azul-claro; uma rua, um restaurante em laranja, uma rua e Correio de paredes amarelas. 4ª: Uma casa de paredes em rosa com telhados em marrom; uma rua; casa de paredes em amarelo com telhado marrom; uma rua, casa de paredes de cor laranja com telhado marrom, uma rua e estabelecimento roxo com telhado marrom, de janelas azuis.   Fim da imagem.

Observação: Elementos da imagem não estão em proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

  1. O que há ao norte da praça?
    PROFESSOR Resposta: O hospital.
  1. O que há a oeste do restaurante?
    PROFESSOR Resposta: A farmácia.
  1. O que há a noroeste (NO) do restaurante?
    PROFESSOR Resposta: O cinema.

Boxe complementar:

Hora da leitura

  • O caminho do Sol no céu, de Vanessa Queiroz e colaboradores. Editora da Universidade Estadual de Londrina, 2012.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Inicie o tema informando que as primeiras rosas dos ventos indicavam a direção dos ventos predominantes no local. Assim, cada rosa dos ventos só podia ser usada na região em que foi criada. Os ventos tinham nomes geralmente relacionados a países ou locais próximos, como uma montanha ou o mar.

Observe se os estudantes reconhecem que, nas rosas dos ventos, convencionalmente, a direção leste é indicada pela letra E, em referência a “este”. Esse termo tem origem na palavra francesa est, que significa leste.

Comente que a utilização da rosa dos ventos associada à bússola foi introduzida pelo navegador italiano Flavio Gioja, em 1302. Ele utilizou o desenho de uma flor-de-lis para destacar a direção norte, em homenagem ao rei de Nápoles, Carlos de Anjou, descendente da coroa francesa e cujo brasão apresentava tal flor.

  • Atividade 3. Para trabalhar a leitura da rosa dos ventos, é interessante levar alguns mapas aos estudantes. Mapas bem feitos apresentam sempre uma indicação da direção cardeal, que pode se resumir a uma única seta apontando para o norte. A partir dessa indicação, é possível deduzir as demais direções.
  • Atividade 4. Essa atividade propõe a leitura de um mapa simplificado com foco na identificação dos pontos cardeais a partir da rosa dos ventos. Utilize-a para avaliar se os estudantes compreenderam o que são os pontos cardeais e como usá-los para se orientar. Essa atividade permite trabalhar aspectos da habilidade EF04CI10.

    Domínio da linguagem

    Leitura de imagens. A rosa dos ventos é um elemento que auxilia o leitor a relacionar uma imagem à realidade que ela representa. Dessa forma, compreender o significado da rosa dos ventos é fundamental para trabalhar com os estudantes a capacidade de leitura de mapas, habilidade que será desenvolvida e solicitada ao longo de toda a vida escolar.

MP172

Instrumentos de orientação

Durante muito tempo, os astros foram usados como referência para a orientação no planeta Terra. Com o tempo, surgiram instrumentos que também nos ajudam a determinar localizações. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles.

Bússola

Desenvolvida há mais de 2 mil anos, a bússola foi um dos primeiros instrumentos inventados para ajudar a determinar as direções. Ela facilitou a exploração marítima e possibilitou uma grande revolução no comércio mundial.

O funcionamento da bússola é baseado na utilização de ímãs, objetos capazes de atrair alguns metais. A bússola é composta de uma agulha de metal que funciona como um ímã e gira sobre um eixo apontando sempre para o norte.

A Terra funciona como um grande “ímã natural”, com um polo norte magnético e um polo sul magnético. Como os polos opostos de um ímã se atraem, a agulha da bússola é atraída pelo polo sul magnético da Terra.

O polo norte magnético tem quase a mesma direção que o sul geográfico, enquanto o polo magnético sul é alinhado, aproximadamente, com o norte geográfico.

A bússola é muito utilizada hoje em dia. Como exemplo, podemos mencionar seu uso na navegação marítima e aérea.

Astrolábio

Esse instrumento foi desenvolvido por gregos para calcular a posição dos astros com base em cálculos matemáticos. Com o tempo, ele se tornou um instrumento muito importante, pois permitia determinar as horas do dia, sendo posteriormente adaptado para a navegação.

O astrolábio era usado por marinheiros para determinar a localização no mar com base na distância do Sol ou de outras estrelas da linha do horizonte. Dessa forma, eles conseguiam calcular sua distância em relação à Linha do Equador.

Imagem: Fotografia. Uma bússola redonda de cor preta, pequena, com uma rosa dos ventos com direções : N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Ao centro, pontas finas e uma agulha na vertical na parte superior e inferior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Os pontos cardeais, nas bússolas, são geralmente representados pela sigla em inglês: N, norte; S, sul; W, oeste; E, leste. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um astrolábio, objeto de madeira com formato redondo, com círculo pequeno na ponta superior, com haste na vertical e na horizontal. Sobre essa forma, ferro na vertical, com ponta fina na parte superior e parte inferior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Astrolábio, instrumento desenvolvido por volta do ano 400 para medir a distância dos astros da linha do horizonte. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Comente com os estudantes que o eixo norte-sul magnético da Terra não coincide exatamente com o eixo de rotação da Terra. Por conta dessa diferença, o norte indicado pela bússola – e, consequentemente, as demais direções – não corresponde exatamente ao norte geográfico. Essa discrepância não chega a ser relevante em deslocamentos pequenos. No entanto, para deslocamentos maiores, tal diferença deve ser levada em conta.

Comente que, antes da disponibilização do GPS para uso civil, os navegadores precisavam fazer diversos cálculos a partir da direção indicada na bússola para corrigir o rumo das embarcações. Para obter a habilitação náutica de capitão, o pretendente passa por uma prova que avalia sua habilidade de navegação astronômica e com bússola. Apesar do advento e da popularização do GPS, esse conhecimento ainda é obrigatório, pois pode ser essencial em casos de emergência.

O astrolábio é um instrumento relativamente simples e que pode ser utilizado com a turma para analisar o movimento aparente de diversos astros no céu, exceto o Sol (pois não é seguro observá-lo diretamente). Caso julgue oportuno, proponha a construção de um astrolábio com a turma, veja a sugestão de atividade no rodapé destas páginas.

BNCC em foco na dupla de páginas:

EF04CI10

Sugestão de atividade: Construção de um astrolábio

Um astrolábio permite medir a altura dos astros no céu e foi muito utilizado por navegantes para determinar a posição (latitude e longitude). Para construir um modelo simplificado, serão necessários: transferidor semicircular, canudo ou tubo de caneta, linha de costura ou barbante fino (cerca de 20 cm), porca ou arruela de metal e fita adesiva.

Prenda uma extremidade da linha bem no centro da circunferência do transferidor com fita adesiva. Prenda o canudo na lateral reta do transferidor e, por fim, amarre a porca de metal na outra extremidade da linha.

O olho do observador deve ficar na extremidade do canudo próxima a 0°; a outra extremidade deve apontar para o astro cuja altura será determinada. Anote o ângulo pelo qual a linha passa e o subtraia de 90° para determinar a altura do astro. Por exemplo, se o astrolábio for apontado para uma estrela e a linha cruzar o transferidor em 30°, a altura do astro será 90° – 30° = 60°.

MP173

Sistema de Posicionamento Global

  1. O Sistema de Posicionamento Global (ou simplesmente GPS, sigla do nome em inglês) é um sistema de localização desenvolvido na década de 1960. Ele utiliza a informação de satélites que orbitam a Terra para localizar, com grande precisão, objetos e pessoas. Atualmente, é usado por aplicativos de mapas para indicar a localização do aparelho e traçar rotas, para acompanhar a trajetória de embarcações e aviões, entre outros usos.
Imagem: Ilustração 1. Na parte inferior, GPS, máquina de cor cinza, com botões de cor preta arredondada, com tela de cor bege-claro e linhas finas em vermelho, com partes circulares. Ao fundo, céu de cor azul-escuro com estrelas com formato redondo em branco e ao fundo, quatro satélites na horizontal de cor verde, com duas asas quadriculadas.  Fim da imagem.

LEGENDA: O GPS se conecta por meio de uma antena a quatro satélites que estão em órbita ao redor da Terra. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração 2. À esquerda, um satélite com haste na vertical ao centro e duas asas, com linhas que representam sinal para frente perto de aparelho GPS de cor cinza-escuro, com tela de cor bege-claro. Ao fundo, à direita, esfera terrestre em azul e continentes em verde. O céu é de cor azul-escuro com estrelas pequenas em branco.  Fim da imagem.

LEGENDA: O cálculo da distância desses quatro satélites em relação ao aparelho de GPS possibilita conhecer a localização exata do equipamento. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 3. Dentro de um carro, com mão direita de pele clara, roupa rosa, segurando celular preto com mapa na tela. Na parte superior, à esquerda, 1,8 Km e na parte inferior, 6,4 Km – 6m.  Fim da imagem.

LEGENDA: Então, essa informação é recebida pelo aparelho receptor. FIM DA LEGENDA.

A tecnologia GPS está presente em muitos modelos de relógios e celulares. Esse equipamento revolucionou a navegação, permitindo que as pessoas localizem com grande precisão qualquer lugar no planeta. Existem até dispositivos com GPS para serem colocados em coleiras de animais de estimação. Caso eles se percam, é possível localizá-los com maior facilidade.

MANUAL DO PROFESSOR

Se possível, mostre aos estudantes o funcionamento do GPS usando um celular com essa função. Aparelhos que possuem tal função costumam vir de fábrica com aplicativos de mapas em que a posição atual do aparelho é mostrada em tempo real. Leve a turma para um passeio ao redor da escola e use um desses aplicativos para acompanhar o deslocamento em tempo real. Avalie com os estudantes se o aplicativo apresenta uma rosa dos ventos ou uma indicação do norte. Essa atividade auxilia o desenvolvimento de noções espaciais e contribui com o desenvolvimento de aspectos da habilidade EF04CI10.

MP174

Atividade prática

Construção de modelo

Construindo uma bússola

A bússola é um aparelho que indica os pontos cardeais por meio de uma agulha magnética que aponta sempre para o norte.

O que você vai fazer

Construir uma bússola caseira e usá-la para identificar os pontos cardeais.

Material

• agulha

• ímã

folha de cortiça

• papel sulfite

• recipiente redondo, de plástico transparente, com cerca de 10 cm de diâmetro

• tesoura com pontas arredondadas

• lápis

• fita-crepe

• cola bastão

Como você vai fazer

  1. Coloque o recipiente sobre a folha de papel, utilizando-o como molde para traçar um círculo na folha.
Imagem: Ilustração. Uma menina negra, de cabelos pretos, curtos, com óculos redondos em roxo, com camiseta branca com gola azul. Ela está sentada de frente para mesa de cor marrom, com lápis amarelo na mão esquerda, contornando uma vasilha de cor azul-claro redondo, sobre folha branca. À direita, estojo de cor rosa-claro. Ao fundo, lousa vista parcialmente de cor verde, com contorno marrom.  Fim da imagem.

LEGENDA: Passo 1. FIM DA LEGENDA.

  1. Marque os pontos cardeais dentro do círculo. Em seguida, recorte-o.
Imagem: Ilustração. A mesma menina descrita anteriormente, com lápis amarelo na mão esquerda, sobre folha branca, com círculo preto e siglas de direções : N, O, S, L. Fim da imagem.

LEGENDA: Passo 2. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Construir uma bússola.
  • Identificar a localização dos pontos cardeais a partir de uma bússola.

    Oriente os estudantes a passarem o ímã pela agulha sempre na mesma direção, para que a imantação seja mais efetiva. Para comprovar que a agulha foi imantada, aproxime-a de objetos de metal ferromagnético e verifique se ocorre atração. Se ocorrer, é sinal de que a agulha foi imantada.

    Para obter uma boa imantação, o ímã não pode ser muito fraco. É possível obter ímãs relativamente fortes desmontando caixas de som ou rádios fora de uso. O ímã fica preso atrás da membrana que emite o som, centralizado.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF04CI10

MP175

  1. Usando a cola bastão, cole o círculo de papel no fundo do recipiente, do lado externo e com os pontos cardeais voltados para cima.
  1. Use a cola bastão como molde para fazer um círculo na folha de cortiça. A seguir, com a ajuda do professor, corte esse novo círculo.
  1. Com muito cuidado, passe o ímã sobre a agulha trinta vezes. Fazendo isso, a agulha ficará imantada, ou seja, ela se tornará um ímã durante algum tempo.
  1. Com a ajuda do professor, prenda a agulha na cortiça, usando a fita-crepe.
  1. Ponha um pouco de água no recipiente.
  1. Coloque a cortiça com a agulha sobre a água e a bússola estará pronta.
Imagem: Ilustração. A mesma menina descrita anteriormente e à direita, mulher de cabelos ruivos curtos com franja, com camiseta de cor azul-escuro, com as mãos sobre folha branca.  Fim da imagem.

LEGENDA: Passo 6. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Recipiente arredondado em azul-claro, com as direções dentro em preto : N, O, S, L. Ao centro, forma arredondada em marrom, com uma agulha fina cinza, na vertical.  Fim da imagem.

LEGENDA: Passo 8. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

Para você responder

  1. Posicione sua bússola ao lado da bússola de um colega e compare-as. Elas têm algo em comum?
    PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes percebam que ambas as agulhas estão alinhadas na mesma direção.
  1. Leve sua bússola para outro lugar da sala. Enquanto você se move, o que acontece com a agulha?
    PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes percebam que a agulha está alinhada sempre na mesma direção.
  1. Aproveite e compare o posicionamento dos pontos cardeais com o posicionamento que vocês encontraram na Atividade prática da página 138. Os resultados obtidos foram semelhantes?
    PROFESSOR Resposta pessoal. Espera-se que eles tenham identificado resultados semelhantes.
  1. Refaça a construção da bússola, sem executar o quinto passo. Quais são as diferenças entre os dois resultados?
    PROFESSOR Resposta: Na segunda tentativa, as agulhas dos estudantes ficarão posicionadas em diferentes direções e elas poderão variar ao longo de um deslocamento.
  1. Qual é a sua hipótese para as diferenças entre as duas construções de modelo?
    PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividades 1 e 2. A agulha deve permanecer alinhada com a direção norte-sul. O movimento do estudante ao andar pode agitar a água, o que faz com que a agulha perca o alinhamento magnético. Sugira aos estudantes que se movam com o maior cuidado possível, evitando perturbar a superfície da água. Caso a agulha perca o alinhamento, basta deixar a montagem sobre uma superfície estável, como uma mesa, até que a água fique parada novamente.
  • Atividade 3. É possível que eles notem que a direção norte-sul indicada por esses equipamentos não coincide exatamente. Explique que o gnômon permite localizar o norte geográfico, também chamado de “norte verdadeiro”, enquanto a bússola aponta para o norte magnético, que não se localiza exatamente no polo norte, embora esteja bem próximo. Essa comparação visa auxiliar no desenvolvimento da habilidade EF04CI10.
  • Atividade 4. As agulhas não imantadas apontam em diferentes direções.
  • Atividade 5. Espera-se que os estudantes percebam que as diferenças ocorrem por causa da magnetização da agulha. É interessante iniciar uma discussão com os estudantes sobre a hipótese de cada um e também discutir o comportamento da agulha em relação ao ímã. Isto é, a agulha é atraída magneticamente pelo ímã, da mesma maneira que a Terra atrai a agulha, quando ela está longe do ímã.

MP176

O que você aprendeu

  1. Por que a observação dos astros foi importante para a criação dos calendários?
PROFESSOR Resposta: Porque, por meio da observação dos astros, foi possível reconhecer alguns ciclos utilizados para marcar o tempo.
  1. Copie o quadro abaixo no caderno e complete-o com a duração de cada período, de acordo com o calendário gregoriano.

    Tabela: equivalente textual a seguir.

    Ano: _____ meses ou _____ dias.

    Semana: _____ dias.

    Mês: _____ , _____ , ou _____ dias.

    Dia: _____ horas.

    PROFESSOR Resposta: 12; 365; 7; 28; 29; 30; 31; 24, respectivamente
  1. Leia o texto e responda às questões no caderno.

    Localizando tamanduás-bandeira

    O tamanduá-bandeira é um animal “vulnerável” que, no estado de São Paulo, está ameaçado de extinção [...] em função da perda e alteração do seu habitat, atropelamentos, caça, queimada, conflitos com cães e uso de agrotóxicos. [...]

    Para fazer o monitoramento dos tamanduás-bandeira, [foi utilizado] o GPS (Global Positioning System) em oito animais por aproximadamente 91 dias. O aparelho possibilitou o controle em vida livre desses mamíferos, revelando o tamanho da área utilizada por eles; o compartilhamento do espaço geográfico; a forma como interagem; e as áreas preferencialmente usadas ou até mesmo [pouco utilizadas] pela espécie.

    FONTE: AGÊNCIA FAPESP. Tamanduá-bandeira em risco de extinção no Cerrado de São Paulo. 28 ago. 2017. Disponível em: http://fdnc.io/eud. Acesso em: 5 fev. 2021.

Imagem: Fotografia. Local com vegetação rasteira na vertical, com um tamanduá-bandeira com a cabeça à esquerda, de pelos em marrom e parte em marrom-escuro, focinho fino similar a um formato tubular, com cauda à direita, com pelos espalhados. Sobre ele, um tamanduá-filhote no dorso, com pelos de cor cinza. Em segundo plano, árvores com folhas verdes e na parte superior, céu em azul-claro. Texto : Comprimento do adulto: 2 m. Fim da imagem.

Comprimento do adulto: 2 m.

LEGENDA: Tamanduá-bandeira. Município de Barra do Garças, Mato Grosso, em 2017. FIM DA LEGENDA.

  1. De acordo com o texto, quais informações puderam ser obtidas pelo GPS?
    PROFESSOR Resposta: O tamanho da área utilizada pelos tamanduás-bandeira; o compartilhamento do espaço geográfico; a forma como interagem; e as áreas preferencialmente usadas ou até mesmo pouco utilizadas pela espécie.
  1. Explique, com suas palavras, por que a utilização do GPS pode ajudar a preservar os tamanduás-bandeira.
    PROFESSOR Resposta pessoal. O GPS determina a localização instantânea dos animais, o que permite que os pesquisadores identifiquem seus hábitos e possam elaborar estratégias de preservação desses animais.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Retomar os objetivos estudados na unidade e o vocabulário aprendido.
  • Avaliar o processo de aprendizagem em relação aos conteúdos abordados na unidade.
  • Atividade 1. Comente com os estudantes que há outras formas de marcar o tempo, como o período de hibernação de alguns animais, período de floração de certas plantas, períodos de chuva e estiagem etc.
  • Atividade 2. Reforce que o calendário gregoriano é o mais usado, mas existem outros tipos de calendário.
  • Atividade 3. Com essa atividade, é possível trabalhar as habilidades ligadas à competência específica 2 de compreensão de processos relativos ao mundo natural e à tecnologia, relacionando-os e exercitando a curiosidade de buscar respostas.
  1. Você pode sugerir aos estudantes que sublinhem no texto onde essas informações estão localizadas.
  1. O GPS determina a localização instantânea dos animais e identifica hábitos, permitindo que os pesquisadores possam elaborar estratégias de preservação desses animais.

    BNCC em foco:

    EF04CI11

    Para você assistir

    Kuarup: Parte I – Preparativos. TV Brasil. Disponível em:

    http://fdnc.io/eub. Acesso em: 19 jun. 2021.

    Kuarup: Parte II – Cerimônia. TV Brasil. Disponível em:

    http://fdnc.io/euc. Acesso em: 19 jun. 2021.

    Vídeos sobre a cerimônia do Kuarup produzidos pela TV Brasil.

MP177

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

4. Você acha que é possível se localizar utilizando a posição do Sol no céu como referência? De que forma?

PROFESSOR Resposta pessoal.

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

  1. Faça uma pesquisa e identifique a fase da Lua no dia de hoje. Represente-a em um calendário pessoal.
    PROFESSOR Resposta: Em cerca de 29 dias.
    • Em quanto tempo será possível observar essa fase novamente?
    1. Responda no seu caderno:
      1. O que é uma bússola?
        PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que a bússola é um instrumento de orientação que possui um ímã em forma de agulha que aponta sempre para o norte.
      1. Quais são os meios de transporte que mais utilizam a bússola?
        PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes respondam que os meios de transporte que mais utilizam a bússola são os aviões, barcos e navios.
  1. Observe a imagem abaixo, leia o texto e responda às questões no caderno.

    Américo Vespúcio (1454-1512) foi um navegador e geógrafo italiano. Fez grandes viagens de navio, atravessando oceanos.

    1. Considerando o ano em que Américo Vespúcio nasceu, quais equipamentos de navegação ele tinha à disposição para fazer as viagens de navio?
      PROFESSOR Resposta: Provavelmente ele dispunha de bússola e astrolábio.
    1. Por que não era possível usar um gnômon para determinar a direção dos pontos cardeais nessas viagens?
      PROFESSOR Resposta: Porque o gnômon depende de horas de observação, de um ponto fixo e de luz solar para determinar a direção leste-oeste.
    1. Além da direção, o que mais um astrolábio pode indicar?
      PROFESSOR Resposta: O astrolábio também pode indicar as horas.
    1. Atualmente, qual é o instrumento de navegação mais utilizado? Por quê?
      PROFESSOR Resposta: É o GPS, pois ele é mais preciso e fornece a localização instantaneamente.
Imagem: Pintura. À frente, um homem de pele clara, cabelos curtos grisalhos com capa e boina de cor vermelha, com blusa de mangas compridas em branco, com colete e bermuda em marrom, com espada cinza grande, perto da perna direita e sapatos em bege. Ele olha para à esquerda, segurando um utensílio de ferro na mão esquerda, com hastes finas na vertical e na outra mão, no alto, de cor cinza com linhas finas em amarelo. À esquerda, mesa de madeira bege, com utensílios espalhados : um globo de cor marrom, objetos de ferro, uma lamparina ao fundo em preto, com vela dentro com chama no alto e uma cruz de madeira, com cristo pendurado. Em segundo plano, morros com grama e árvores de folhas verdes. Na parte superior, céu em azul com um crucifixo amarelo e ao redor, estrelas em amarelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Américo Vespúcio usando um instrumento de navegação. Gravura em cobre colorizada. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 4. Proponha aos estudantes que expliquem suas respostas. É possível que alguns já conheçam a relação entre o movimento do Sol e os pontos cardeais; estimule esses estudantes a explicarem o que sabem para os colegas e avalie a explicação, fazendo as orientações necessárias.
  • Atividade 5. Peça aos estudantes que mostrem a fase da Lua de seu aniversário e procurem identificar fases correspondentes entre eles. Em seguida, estimule o cálculo de quantos ciclos lunares separam essas datas comemorativas, levando em consideração a duração do ciclo lunar. Essa atividade permitirá identificar e esclarecer dúvidas e equívocos, relacionados ao conteúdo.
  • Atividade 6. Retome com os estudantes a construção da bússola para verificar se eles compreenderam o que é e para que serve esse instrumento.
  • Atividade 7. Por meio dessa atividade, é possível desenvolver as habilidades EF04CI09 e EF04CI10, pois se relacionam ao uso de um gnômon e pela comparação entre instrumentos usados para localização (gnômon, astrolábio e GPS).

    BNCC em foco:

    EF04CI09, EF04CI10

MP178

Comentários para o professor:

Conclusão da Unidade 4

O processo de avaliação formativa dos estudantes pode incluir seminários ou atividades orais; rodas de conversa ou debates; relatórios ou produções individuais; trabalhos ou atividades em grupo; portfólios; autoavaliação; encenações e dramatizações; entre muitos outros instrumentos e estratégias.

Conceitos e habilidades desenvolvidos nesta unidade podem ser identificados por meio de uma planilha de avaliação da aprendizagem, como a que está apresentada a seguir. O professor poderá copiá-la, fazendo os ajustes necessários, de acordo com a sua prática pedagógica.

Ficha de acompanhamento da aprendizagem

Nome:

Ano/Turma:

Número:

Data:

Professor(a) :

Legenda:

S: Sim

N: Não

P: Parcialmente

Tabela: equivalente textual a seguir.

Objetivo

Desempenho

Observação

Identifica movimentos cíclicos dos astros no céu?

Percebe que os movimentos cíclicos dos astros podem ser utilizados para medir a passagem do tempo?

Reconhece que o desenvolvimento da Astronomia envolve muitas pesquisas e que ocorre há muito tempo?

Relaciona fenômenos cíclicos e a divisão do tempo em semanas, meses e anos?

Conhece o princípio de funcionamento de um relógio de Sol?

Reconhece a divisão do dia em horas?

Conhece a organização de um calendário gregoriano?

Conhece calendários utilizados em outras culturas?

Localiza os pontos cardeais com base nas posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon)?

Conhece alguns instrumentos de orientação espacial?

Observa e registra a trajetória do Sol no céu por meio de desenhos esquemáticos?

Apresenta noções de medidas e proporções?

Produz texto descritivo com base em um modelo?

Reconhece a importância dos calendários para celebrar datas comemorativas, em diferentes culturas?

Produz um calendário baseado em eventos astronômicos?

Identifica a localização dos pontos cardeais a partir da sombra de uma vara (gnômon)?

Identifica a localização dos pontos cardeais a partir de uma bússola?

Lê e compreende, com autonomia, textos instrucionais?

Adota os cuidados necessários ao realizar experimentos científicos?

Lê e compreende, com autonomia e fluência, textos curtos lidos silenciosamente ou em voz alta?

Continua

MP179

Continuação

Tabela: equivalente textual a seguir.

Objetivo

Desempenho

Observação

Infere informações implícitas nos textos lidos?

Expressa-se oralmente com clareza, preocupando-se em ser compreendido?

Escuta, com atenção, falas de professores e colegas?

Formula perguntas pertinentes ao tema e solicita esclarecimentos sempre que necessário?

Relaciona texto com ilustrações e outros recursos gráficos?

Sugestão de ficha de autoavaliação do estudante

Fichas de autoavaliação, como a reproduzida a seguir, podem ser aplicadas ao final de cada unidade. O professor pode fazer os ajustes de acordo com as necessidades da turma.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Autoavaliação do estudante

Nome:

Marque um X em sua resposta para cada pergunta.

Sim

Mais ou menos

Não

1. Presto atenção nas aulas?

2. Pergunto ao professor quando não entendo?

3. Sou participativo?

4. Respeito meus colegas e procuro ajudá-los?

5. Sou educado?

6. Faço todas as atividades com capricho?

7. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele?

8. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?

9. Gosto de trabalhar em grupo?

10. Respeito todos os meus colegas de turma, professores e funcionários?

11. Sei que o movimento cíclico da Lua em torno da Terra dura aproximadamente o período de um mês?

12. Entendo que o movimento cíclico da Terra ao redor do Sol corresponde ao período de um ano?

13. Sei que as estações do ano estão relacionadas à variação na intensidade de luz solar que cada região do planeta recebe durante a movimentação da Terra?

14. Identifico a direção dos pontos cardeais usando o “nascente” e o “poente” do Sol como referências?

15. Identifico a localização dos pontos cardeais usando um gnômon?

16. Compreendo as diferenças encontradas na indicação dos pontos cardeais usando os métodos de observação do Sol e bússola?