MP152

Comentários para o professor:

Introdução da Unidade 4

  1. Nesta unidade, os estudantes retomam temas de estudo relacionados às estrelas, ao planeta Terra e a outros corpos celestes, tendo como ponto de partida uma atividade de observação do movimento aparente de astros durante a noite, e o início do trabalho com a habilidade EF05CI10. A partir de registros como esse será abordado o conceito de movimento e referencial para que os estudantes possam compreender como o movimento aparente do Sol e das outras estrelas no céu está relacionado ao movimento de rotação da Terra, favorecendo também o trabalho com a habilidade EF05CI11.
  1. Será apresentado o movimento de translação da Terra e sua relação com as estações do ano. Os estudantes poderão compreender também por que ocorrem os anos bissextos. Serão consolidados e aprofundados os aspectos relacionados às fases da Lua e a seu movimento ao redor da Terra, tendo como base a observação e o registro das formas aparentes da Lua no céu, de acordo com a habilidade EF05CI12. Além disso, os estudantes poderão compreender o que são constelações, como diferenciá-las de asterismos e como é possível identificar constelações no céu utilizando mapas celestes.

    Para finalizar a unidade, os estudantes irão conhecer alguns instrumentos astronômicos e terão a oportunidade de construir dispositivos para observação a distância, reconhecendo a importância e os usos desses instrumentos. Essas noções propiciam trabalhar a habilidade EF05CI13.

    As habilidades trabalhadas nesta unidade contribuem para o desenvolvimento e o aprofundamento de conceitos relacionados aos movimentos cíclicos da Terra, favorecendo o estudo dos corpos celestes nos próximos anos. Auxiliam também no trabalho com conceitos relacionados às fases da Lua e no entendimento dos fenômenos de eclipse, favorecendo o estudo do Universo nos anos posteriores.

    As seções didáticas e as atividades de cada capítulo oportunizam o aprendizado e a avaliação de conteúdos procedimentais e atitudinais, na perspectiva da avaliação formativa, fundamentais para o desenvolvimento das competências e das habilidades associadas às Ciências da Natureza. Os estudantes conhecem conceitos científicos básicos e, com base em experiências cotidianas de observação do céu e dos fenômenos, sistematizam observações para identificá-los e para evidenciar as suas regularidades.

    Nas Atividades práticas, os estudantes vão desenvolver métodos e procedimentos próprios das Ciências da Natureza, como a atitude investigativa, a observação, o levantamento de dados, o registro de ideias e o estabelecimento de comparações. Eles iniciam a unidade investigando o movimento aparente de estrelas no céu noturno e dão continuidade a esse estudo aprendendo a usar mapas celestes na identificação de astros. Eles também irão realizar uma atividade prática de observação das fases da Lua, além de construir uma luneta para analisá-la em maior detalhe. Observar, formular hipóteses, diagnosticar e propor soluções são formas de colocar em prática aprendizados conceituais, procedimentais e atitudinais, que influenciam dimensões sociais e culturais. Na seção O mundo que queremos, por exemplo, os estudantes terão a oportunidade de conhecer algumas mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da Astronomia no Brasil e no mundo, refletindo também sobre preconceito de gênero. Além disso, há seções e atividades voltadas para leitura, compreensão e produção de textos de diferentes gêneros. A seção Para ler e escrever melhor explora o texto descritivo, apresentando formas de se orientar pelos astros, e estimula os estudantes a escreverem um texto semelhante.

    Muitas das atividades sugeridas ao longo da unidade propõem o trabalho em equipe, visando à ação cooperativa e respeitosa para a construção coletiva do conhecimento.

    Competências gerais favorecidas

  1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  1. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
  1. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
  1. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

MP153

Competências específicas favorecidas

  1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. Dessa forma, cada página propõe um novo desafio ao professor e aos estudantes.
  1. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  1. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.

    Sugestão de roteiro de aula

    De acordo com o conteúdo, as habilidades e os objetivos de aprendizagem que se pretende desenvolver nas seções, nos conteúdos apresentados e nas atividades, as possibilidades de dinâmicas em sala de aula variam e podem demandar uma organização individual, em duplas, em grupos ou coletiva. Além disso, elas requerem boas estratégias de gestão de tempo, de espaço e um planejamento prévio detalhado. Também é preciso estabelecer uma série de combinados que devem ser respeitados por todos, para garantir que os objetivos sejam alcançados. Dessa forma, cada página propõe um novo desafio ao professor e aos estudantes.

    Tendo em vista tais desafios, propomos alguns roteiros de aula que poderão servir de referência e contribuir com o trabalho do professor. Os roteiros de cada unidade estão planejados para o período de 8 semanas, mas devem ser adaptados em função do calendário escolar, das características da turma e dos recursos disponíveis.

    Tabela: Equivalente textual a seguir.

    Capítulo

    Aula

    Páginas

    Roteiro de aula

    1

    1

    124-125

    137

    Remediação da avaliação processual proposta na seção O que você aprendeu, referente à unidade anterior. Leitura e discussão da proposta de abertura. Orientações para a seção Atividade prática, de acordo com o tópico Como você vai fazer.

    2

    126-129

    Orientações para a seção Investigar o assunto, de acordo com o tópico Como você vai fazer. Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    3

    126-127

    130-132

    Leitura dialogada da seção Investigar o assunto com o compartilhamento e a discussão dos resultados, de acordo o tópico Para você responder. Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    2

    4

    133-134

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    5

    135-136

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala.

    3

    6

    138-140

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala. Sugestão de atividade (opcional).

    7

    141-143

    Leitura dialogada da seção Álbum de Ciências, com a leitura das imagens e comentário dos estudantes. Orientações para a tarefa de casa. Leitura dialogada da seção Atividade prática com a realização da Etapa 1 e orientações para o uso do mapa celeste, de acordo com a Etapa 2 do tópico Como você vai fazer. Sugestão de atividade (opcional).

    8

    141-143

    Conversa com a turma sobre a tarefa de casa. Discussão dos resultados da seção Atividade prática seguindo os itens do tópico Para você responder.

    9

    144-145

    Leitura dialogada do texto e da seção Para ler e escrever melhor com resolução das atividades e dos tópicos Analise, Organize e Escreva.

    4

    10

    146-147

    Leitura dialogada do texto e resolução de atividades em sala.

    11

    148-149

    Leitura dialogada da seção Atividade prática e montagem experimental, de acordo com o tópico Como você vai fazer. Orientações para a observação da Lua com o uso da luneta. Sugestão de atividade (opcional).

    12

    148-149

    Discussão e conversa final, seguindo os itens do tópico Para você responder.

    13

    150-151

    Leitura dialogada da seção O mundo que queremos, com a resolução e a discussão das atividades dos tópicos Compreenda a leitura e Vamos fazer.

    14

    152-153

    Realização da avaliação processual proposta na seção O que você aprendeu. Sugestão de atividade (opcional).

    15

    154-157

    Realização da avaliação de resultado, na perspectiva da avaliação formativa.

    16

    154-157

    Continuação e remediação da avaliação de resultado e conversa com a turma.

MP154

UNIDADE 4 – O céu à noite

Imagem: Fotografia. Uma estrada com rua de cor cinza, linha fina amarela ao centro. À frente, um carro de cor preta à frente, à esquerda e à direita, um estabelecimento arredondado de cor prata. Na parte superior, céu noturno de cor preta com centenas de estrelas brancas com o formato redondo. À esquerda, vegetação verde e à direita, fora da estrada, vegetação verde com locais com paredes cinzas na parte inferior e ao fundo, locais com paredes de cor bege e parte arredondada na ponta superior.  Fim da imagem.

LEGENDA: O observatório astronômico La Silla está situado próximo ao deserto do Atacama, no Chile. Livre de poluição luminosa, e a mais de 2.400 metros de altitude, está em uma região classificada como o céu noturno mais escuro do planeta, ideal para a observação dos astros. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da unidade

  • Compreender o que é referencial e movimento relativo.
  • Conhecer o movimento de rotação do planeta Terra e relacioná-lo ao movimento aparente do Sol e de outras estrelas.
  • Aprender sobre o movimento de translação da Terra e associá-lo à duração de um ano terrestre.
  • Reconhecer a relação entre o movimento de translação e as estações do ano.
  • Reconhecer que a Lua muda de aspecto a cada dia.
  • Associar o movimento da Lua ao redor da Terra às mudanças de fase da Lua.
  • Simular e observar a mudança de fases da Lua, concluindo sobre sua periodicidade.
  • Conhecer a importância histórica das constelações e seus usos por diversos povos.
  • Associar o movimento aparente das constelações aos movimentos da Terra.
  • Identificar algumas constelações que podem ser vistas no céu brasileiro.
  • Conhecer alguns aparatos usados para observação a distância.
  • Reconhecer a importância de instrumentos astronômicos e perceber usos sociais desses dispositivos.

    BNCC em foco:

    EF05CI10, EF05CI11, EF05CI12, EF05CI13

MP155

Boxe complementar:

Vamos conversar

  1. Que elementos você consegue reconhecer no céu retratado na imagem?
    PROFESSOR Respostas pessoais.
  1. Dentro do edifício na fotografia, existe um grande telescópio. Para que você acha que ele é usado?
  1. Você consegue enxergar algum desenho unindo os pontos luminosos observados no céu? Conte para seus colegas.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR
  1. imagem de abertura apresenta o céu noturno no deserto do Atacama, onde se localiza o observatório retratado. Por estar em uma altitude muito elevada, a luz dos astros sofre menos interferência da atmosfera e chega mais facilmente aos olhos do observador. Comente com os estudantes que é por esse motivo que a quantidade de estrelas que podem ser observadas na fotografia é tão grande. É por isso também que a maioria dos observatórios está em locais de altitude elevada.

    Comente que há muitos observatórios ao redor do mundo e alguns no Brasil. Eles são geralmente usados para pesquisas de Astronomia e Astrofísica, e muitos são abertos à visitação.

    Vamos conversar

  1. É possível ver estrelas, algumas constelações, a Via Láctea, planetas e nuvens.
  1. Os estudantes podem citar que o telescópio é usado para observar estrelas e outros corpos celestes e para estudar o Universo.
  1. A ideia é iniciar a sensibilização dos estudantes para o trabalho com constelações. Ao analisarem a imagem para procurar formar um desenho, os estudantes poderão perceber que há estrelas de cores e intensidades de brilho diferentes.

MP156

Investigar o assunto

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

Pontos luminosos no céu noturno

Aprender a observar com atenção o céu noturno nos permite perceber que algumas estrelas brilham mais do que outras. Podemos perceber também que alguns pontos parecem cintilar , enquanto outros parecem ter um brilho constante.

Além disso, você sabia que é possível relacionar o movimento aparente dos astros no céu com a época do ano e com o lugar do planeta em que estamos?

Imagem: Ícone: Desenho ou pintura. Fim da imagem.

O que você vai fazer

Observar o céu à noite em dois momentos e comparar o que você vê, por meio de registros.

Como você vai fazer

  1. Escolha uma noite sem nuvens e sem Lua para realizar esta atividade.
  1. É importante que o local escolhido para fazer a observação tenha pouca ou nenhuma iluminação, pois o brilho das lâmpadas atrapalha a visualização do céu. Você pode fazer em casa, se possível, ou pedir a um de seus responsáveis que o acompanhe até um local seguro de onde seja possível observar o céu.
Imagem: Fotografia. Na parte inferior, uma mulher de cabelos longos castanhos, blusa branca e bermuda preta e um homem de pele clara, cabelos castanhos, com camiseta bege, sentados em base de madeira, vistos de costas. Eles estão de frente para local com água. Em segundo plano, morros cobertos de cor verde. Na parte superior, céu azul com centenas de estrelas brancas, pequenas.  Fim da imagem.

LEGENDA: A escolha de um local com pouca iluminação facilita a observação dos pontos luminosos. Reserva Ecológica da Juatinga, no município de Paraty, Rio de Janeiro, em 2018. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Perceber as diferenças que podem ser observadas sem o auxílio de instrumentos nos astros visíveis no céu noturno.
  • Realizar observações e registros de um fenômeno.
  • Identificar mudanças que ocorrem na posição aparente dos astros no céu ao longo da noite.

    Essa investigação vai despertar o olhar dos estudantes para a riqueza de informações que o céu noturno oferece e permitirá o início do trabalho com a habilidade EF05CI10.

    Para desenhar o que enxergam, os estudantes precisarão olhar com atenção para o céu noturno, sem pressa. Só assim será possível reproduzir a posição aproximada das estrelas e, eventualmente, dos planetas. Com isso, eles podem perceber que nem todas as estrelas aparentam ter a mesma cor, por exemplo. Também podem perceber que o brilho delas não é igual: algumas são mais brilhantes que outras. Essas constatações são fundamentais para a compreensão do céu noturno.

    Pede-se que a observação seja feita em uma noite de Lua Nova, pois a luz refletida pela Lua pode prejudicar a observação das estrelas e dos planetas.

    A identificação de planetas exige um pouco de prática, mas é uma tarefa possível. O brilho deles parece fixo, ao contrário das estrelas, que piscam, ou seja, cintilam. Além disso, o movimento dos planetas não acompanha o movimento aparente das estrelas. A compreensão desses fenômenos extrapola o conteúdo que se pretende passar aos estudantes desta faixa etária. Por isso, procure se ater à constatação desses fatos, sem explicá-los detalhadamente.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI10, EF05CI11

    Sugestão de atividade: Formando constelações

    A fim de dar continuidade à atividade de observação e registro das estrelas, é possível abordar o conceito de constelações.

    Explique aos estudantes, resumidamente, o que são as constelações. Em seguida, peça que, usando a imagem que produziram a partir da observação dos astros, imaginem desenhos ligando os pontos. Essa atividade, de caráter lúdico, auxilia na compreensão sobre a origem das constelações.

    Após os estudantes terem criado suas constelações, peça que mostrem aos colegas. Caso algum elemento tenha sido recorrente na criação das constelações (por exemplo, muitos estudantes enxergaram a imagem de um cachorro), comente que temos a tendência de imaginar formas de elementos conhecidos do nosso cotidiano. Isso pode ser retomado quando forem estudadas as constelações indígenas, que retratam animais como a anta e a ema, presentes no cotidiano desses povos. Complemente a atividade pedindo a eles para criar nomes para suas constelações.

MP157

  1. Marque bem o lugar da observação de forma que você possa se posicionar nele para observar o céu novamente, exatamente do mesmo ponto.
  1. Leve seu caderno ou um bloco de anotações e separe dois espaços na folha que você vai usar para desenhar o céu. Anote a data da observação e a hora em que você começar a desenhar cada registro.
  1. Na primeira observação, olhe para o céu e veja os pontos luminosos. Procure referências na paisagem para desenhar os pontos na mesma posição em que eles aparecem no céu. Se alguns forem mais brilhantes, represente-os maiores que os outros. Se você encontrar algum ponto com brilho que aparente ser constante, desenhe-o com uma cor diferente.
Imagem: Fotografia. Folha de cor branca com texto na parte superior:  Data: 15 de agosto. Primeira observação Hora:  19h e 35 Na parte inferior, ilustração em preto de local com morros e na parte superior, céu com inúmeros pontos em preto, uns mais claros e outros mais escuros.   Fim da imagem.
  1. Para a segunda observação, repita o procedimento 90 minutos depois, exatamente do mesmo ponto que você havia observado e usando as mesmas referências da observação anterior. Anote o horário e faça o desenho de como está o céu no espaço correspondente.

Para você responder

  1. Quais diferenças você percebeu entre os pontos luminosos que observou?
    PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Os pontos com brilho que não cintila são planetas. Você conseguiu observar algum? Se sim, sabe qual planeta é?
    PROFESSOR Respostas pessoais.
  1. O que você poderia dizer sobre o movimento aparente das estrelas no céu? Todas se movem na mesma direção?
    PROFESSOR Resposta: Discuta com os estudantes o fato de as estrelas aparecerem no horizonte e seguirem juntas uma mesma trajetória aparente (sentido e direção) no céu.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Peça aos estudantes que desenhem algum ponto na superfície que servirá de referência para elaborarem a representação do céu. Explique que esse ponto deve estar fixo na superfície, como uma árvore, o telhado de uma casa, um prédio. Assim, eles já podem compreender a importância de um referencial quando se trata de direção e sentido de um movimento.
    • Atividade 1. Ao serem observadas da superfície terrestre, as estrelas podem variar em cor, tamanho e brilho. Os estudantes podem citar que algumas brilhavam mais, algumas cintilavam, algumas eram mais avermelhadas, outras eram azuladas etc.
    • Atividade 2. Comente que são cinco os planetas que podem ser observados sem o auxílio de instrumentos: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Para identificar planetas, é preciso prestar atenção ao brilho deles, que parece fixo, ao contrário do brilho das estrelas, que é cintilante.
    • Atividade 3. Espera-se que os estudantes consigam observar o movimento das estrelas no céu e que estabeleçam relações entre o movimento aparente das estrelas no céu noturno e o movimento aparente do Sol. Ao longo desta unidade, eles aprenderão a identificar algumas constelações e estrelas. Essa atividade fornece subsídios para o desenvolvimento das habilidades EF05CI10 e EF05CI11.

MP158

Capítulo 1 – Movimentos da Terra

Para perceber os movimentos da Terra e compreender outros fenômenos do mundo em que vivemos, é muito importante entender o conceito de referencial.

Movimento e referencial

A descrição de um movimento depende de um referencial escolhido pelo observador, ou seja, é preciso decidir em relação a que o movimento do objeto será observado.

Para compreender isso melhor, imagine um garoto dentro do ônibus com a mãe. Ele como observador vê a mãe parada, pois ela permanece ao seu lado na mesma posição, conforme o tempo passa. Agora, imagine que, quando o ônibus começa a andar, ele acena para o pai, que está parado na calçada. Para o pai como observador o garoto e a mãe estão em movimento, pois se deslocam com o passar do tempo.

Por esse motivo dizemos que o movimento é relativo, pois para um observador algo pode estar se movendo e para outro pode estar parado.

Imagem: Ilustração. Dentro de um ônibus, um menino moreno, com cabelos encaracolados castanhos, com camiseta amarela, com calça laranja, com a mão direita para frente perto da janela. À esquerda, uma mulher morena, cabelos castanhos até os ombros, com blusa de mangas curtas verde, com calça cinza, olhando para janela. Ao fundo, visto da janela, um homem em pé de pele morena, com cabelos encaracolados castanhos, com camisa de mangas compridas em rosa, com calça azul e sapatos cinzas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Para um passageiro, os demais passageiros estão parados, e as pessoas na rua estão em movimento. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. O homem de pele morena, de cabelos encaracolados castanhos, com camisa de mangas compridas rosa, com calça azul e sapatos cinzas, vistos de costas, com braço esquerdo para cima. Mais ao fundo, ônibus de cor laranja com detalhes em branco. Vê-se o motorista na frente de pele clara, cabelos castanho-escuros, a mulher de camiseta verde e menino de camiseta amarela e no banco de trás, mulher de pele clara, cabelos castanhos, com blusa lilás.  Fim da imagem.

LEGENDA: Para as pessoas na rua, o ônibus e as pessoas dentro dele estão em movimento. FIM DA LEGENDA.

  1. Copie as falas das personagens no caderno, completando-as com as expressões do quadro.

em movimento

paradas

Imagem: Ilustração. Em um local aberto, solo de cor bege-claro, menina morena com cabelos castanhos para trás, com camiseta amarelo, com bermuda azul, com sapatos cinzas e capacete de cor azul, sobre bicicleta vermelha com pneus cinzas. Ela diz:  Para mim, as flores da cesta estão _____. Mais ao fundo, local com vegetação verde e uma árvore vista parcialmente à direita e um menino. Ele tem pele morena, cabelos castanhos, com camiseta rosa, bermuda azul e sapatos amarelos, com o braço esquerda para frente. Ele diz:  Para mim, as flores da cesta estão _______.  Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Menina na bicicleta: paradas. Menino: em movimento
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Compreender o que é referencial e movimento relativo.
  • Conhecer o movimento de rotação do planeta Terra e relacioná-lo ao movimento aparente do Sol e de outras estrelas.
  • Aprender sobre o movimento de translação da Terra e associá-lo à duração de um ano terrestre.
  • Reconhecer a relação entre o movimento de translação e as estações do ano.

    A compreensão de que o movimento é relativo é fundamental para o entendimento do movimento aparente do Sol e das demais estrelas no céu noturno, causado pela rotação da Terra. Ao longo deste capítulo, serão desenvolvidos conceitos que ajudarão os estudantes a associarem o movimento do Sol e das demais estrelas ao movimento de rotação da Terra. Dessa forma, o capítulo promove o desenvolvimento da habilidade EF05CI11.

  • Atividade 1. Para compreender o significado de referencial, os estudantes precisam perceber que uma mesma situação pode ser entendida de diversas formas, de acordo com quem a interpreta. Para auxiliá-los nesse processo, será necessário usar exemplos concretos, como o proposto na atividade. Complemente pedindo a um estudante que caminhe pela sala de aula carregando um lápis em sua mão. Faça as seguintes perguntas: Esse estudante se movimenta em relação a vocês ou está parado e vocês estão se movimentando? E o lápis que ele carrega? Comente que, para o referencial do caminhante, os demais (que estão sentados) mudam de posição em relação a ele. Para ele, o lápis não muda de posição no decorrer do caminho. Já para os que estão sentados, ambos (estudante e lápis) se movem.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI11

    Para o estudante assistir

    ABC da Astronomia. TV Escola. Disponível em: http://fdnc.io/eRz. Acesso em: 30 jun. 2021.

    Essa série conta com 30 episódios curtos que tratam de diversos temas relacionados ao estudo dos astros. O episódio 19, sobre rotação, pode ser utilizado como recurso complementar ao conteúdo.

MP159

Movimento de rotação da Terra

A Terra não está parada no espaço. Um dos movimentos que ela faz é girar em torno de seu próprio eixo, como um pião; esse movimento é chamado de rotação.

O eixo de rotação da Terra é uma linha imaginária que passa por seu centro, atravessando o polo norte e o polo sul. A Terra demora aproximadamente 24 horas para completar uma volta em torno de seu eixo. Essa é a duração de um dia terrestre.

Imagem: ilustração. Esquema. O Sol não ilumina toda a Terra ao mesmo tempo. À esquerda, vista parcial de sol em tons de laranja e partes em amarelo. À direita, céu de cor preta, com esfera terrestre de cor azul-claro, com continentes em verde e partes em bege. Na ponta superior, haste fina em bege, com seta azul-claro para à esquerda, sentido anti-horário:  eixo de rotação. Na ponta superior da esfera: Polo norte. Na parte inferior, oceano à leste do continente da América do Sul: Na porção da Terra iluminada pelo Sol é dia. À direita, parte inferior, lado oeste do continente da américa do sul: Polo sul. Mais à direita, sul da África, texto: Na porção da Terra em que os raios do Sol não chegam é noite. Fim da imagem.

Observação: Representação esquemática da Terra, de seu eixo de rotação e do sentido de seu movimento. Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

A alternância entre dias e noites existe por causa do movimento de rotação da Terra. À medida que a Terra gira, a região que estava no escuro começa a receber luz do Sol: é o amanhecer. Nesse mesmo movimento, a porção que estava iluminada passa gradualmente para o escuro: é o anoitecer.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Uma pessoa que esteja em algum ponto da superfície terrestre pode observar o Sol no horizonte, quando amanhece. Ao longo do dia, ela avista o Sol cada vez mais alto no céu, encontrando-o no ponto mais alto por volta do meio-dia. Depois, o Sol passa a ser avistado cada vez mais baixo, até se pôr no horizonte oposto.
    • Em sua opinião, a posição do Sol interfere na temperatura do planeta?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. compreensão de fenômenos como a rotação e a translação exige um grau considerável de capacidade de abstração. Portanto, é interessante explorar diferentes formas de explicá-los, fazendo uso de simulações e modelos, sempre que possível. Para representar a rotação da Terra, por exemplo, pegue uma laranja para simular o planeta Terra. Espete um palito na parte referente à localização do Brasil, como em um globo terrestre. Acenda uma vela para representar o Sol. Tenha total atenção para manter os estudantes afastados dela ou, então, use uma lanterna. Se possível, escureça a sala de aula. Com a laranja em mãos, posicione-se em um local bem visível e que esteja de frente para a fonte de luz. Então, movimente a laranja em torno de si. Peça aos estudantes que observem a luminosidade na região onde está o palito e questione o que esse movimento representa.
    • Atividade 2. A temperatura da superfície da Terra é variável e pode ser regulada por vários fatores. Espera-se que os estudantes reconheçam que o ciclo diurno da temperatura também está associado à variação da posição do Sol. Comente que, após o pôr do Sol, em um dia sem nuvens e com pouco vento, a temperatura vai diminuindo, e a superfície terrestre vai resfriando e diminui ao longo da madrugada. Com o aquecimento solar, a temperatura volta a aumentar. Diga que ao meio-dia solar, o Sol atinge sua altura máxima no céu, e a superfície recebe a maior quantidade de energia solar; a temperatura máxima, porém, acontece algumas horas depois.

      Para você acessar

      Planetarium. Disponível em: http://fdnc.io/eRA. Acesso em: 30 jun. 2021.

      Nessa página, é possível acessar um planetário virtual e ver mapas celestes de acordo com a localidade, o dia e o horário desejado.

MP160

Movimentos aparentes

Como estamos na superfície do planeta, nós nos movimentamos com ele. Por isso, não conseguimos perceber seu movimento e temos a impressão de que a Terra está parada e que os outros astros estão passando sobre nós. A trajetória que o Sol descreve no céu ao longo do dia é denominada movimento aparente do Sol.

A Terra gira sempre no mesmo sentido. Assim, para nós que estamos na Terra, o Sol parece “nascer” na direção leste e “se pôr” na direção oeste.

O mesmo ocorre com os corpos celestes visíveis no céu noturno: conforme as horas passam, vemos a posição das estrelas deslocando-se na direção leste-oeste, sentido oeste.

  1. Olhando na direção leste-oeste, no município de Balsas, Maranhão, no dia 27 de julho de 2019, foi possível observar os corpos celestes representados nas imagens abaixo. Observe-as e responda às questões no caderno.
Imagem: Ilustração. 21 horas. Na parte superior, céu de cor azul-escuro com estrelas pequenas com formato de círculos: Alta Centauro; Beta Centauro; Mimosa; Rubidea; Estrela de Magalhães; Pálida. Na parte inferior, morros com árvores e na parte da esquerda:  duas casas de paredes claras e telhado triangular. À frente, vegetação rasteira.  Fim da imagem.

LEGENDA: 21 horas FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. 22 horas. O mesmo local descrito anteriormente, com as mesmas estrelas, posicionadas no alto, à direita.  Fim da imagem.

LEGENDA: 22 horas FIM DA LEGENDA.

Observação: Representação esquemática para fins didáticos. Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

  1. Quais diferenças no céu noturno você identificou com o passar do tempo?
    PROFESSOR Resposta: A posição das estrelas mudou.
  1. O que causa o movimento aparente das estrelas no céu? Explique como ele ocorre.
    PROFESSOR Resposta: A rotação da Terra. Esse movimento acontece porque a Terra gira em torno de seu próprio eixo. Como nós estamos nos movimentando junto com a Terra, as estrelas parecem estar se movimentando.
MANUAL DO PROFESSOR

Ainda em relação ao movimento de rotação da Terra, explique aos estudantes que as expressões “nascer do Sol” e “pôr do Sol” se referem ao movimento aparente desse astro no céu. Aparente, neste caso, significa “que parece ser mas não é”; portanto, o Sol parece que está em movimento, mas, na realidade, ele está sempre na mesma posição em relação ao Sistema Solar.

  • Atividade 3. O objetivo dessa atividade é que os estudantes associem o movimento aparente das estrelas e dos planetas no céu noturno ao movimento de rotação da Terra. Dessa forma, possibilita o desenvolvimento da habilidade EF05CI11.
  1. Relembre os estudantes sobre a direção do movimento: como eles estão olhando para a direção leste-oeste, essa é a direção onde as estrelas e os planetas nascem e se põem no horizonte. Com o passar das horas, esses astros deslocam-se no céu, da mesma forma que o Sol. Assim, espera-se que, ao compararem a posição das constelações no céu, usando elementos da imagem como referencial (como as montanhas e as casas), os estudantes notem que elas mudaram de posição.
  1. O movimento aparente é causado pela rotação da Terra e ocorre porque, de acordo com o nosso referencial, (que é a superfície do planeta em movimento) parecemos estar parados, enquanto o céu e as estrelas parecem se deslocar sobre nós.

    Comente com os estudantes que observar o movimento aparente do planeta Júpiter apenas por uma noite pode dar a impressão de que ele “percorre o mesmo caminho” no céu e mantém a sua distância “fixa” em relação às estrelas do céu. Porém, o movimento dos planetas segue uma trajetória diferente no céu: os planetas, ao longo do tempo, parecem se mover por entre as estrelas, que têm uma posição “fixa”. O nome planeta, de origem grega, significa “estrela errante”, ou seja, aquele que se move, mas não segue uma trajetória definida.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI11

    Sugestão de atividade: Visita a um planetário

    Diversos aspectos da Astronomia a tornam atraente para estudantes nessa faixa etária. Uma atividade que pode despertar interesse é a visita a um planetário. Para localizar o planetário mais próximo, é possível consultar o site da Associação Brasileira de Planetários (disponível em: http://fdnc.io/635; acesso em: 22 jun. 2021).

    Essa página se propõe a listar todos os planetários brasileiros e fornece algumas informações básicas sobre eles, como endereço, capacidade de público e formas de contato.

MP161

Movimento de translação da Terra

Além de girar em torno de seu próprio eixo, a Terra também gira ao redor do Sol. Esse movimento é chamado de translação.

A trajetória que um corpo, como a Terra, realiza ao redor de outro, como o Sol, é chamada de órbita. Para dar uma volta completa em torno do Sol, a Terra leva aproximadamente 365 dias e 6 horas, que é a duração de um ano terrestre.

Imagem: Fotografia. Céu em preto com sol ao centro de cor laranja incandescente, com partes em amarelo. Ao redor, uma linha fina contornando branca:  órbita da Terra, com esfera terrestre de cor azul à esquerda.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação esquemática do movimento de translação da Terra. Se a Terra e o Sol fossem vistos de cima, poderíamos perceber que a órbita da Terra ao redor do Sol é parecida com um círculo. FIM DA LEGENDA.

FONTE: Elaborada com base em: FARIA, R. P. (Org.). Fundamentos da Astronomia. 2. ed. Campinas: Papirus, 1985. p. 64.

Observação: Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

Para que o nosso calendário se mantenha sempre com 365 dias em um ano, a cada 4 anos, as horas adicionais totalizam 24 horas, o equivalente a um dia. Por isso, temos um ano bissexto : a cada 4 anos o mês de fevereiro tem 29 dias, e o ano fica com 366 dias no total.

  1. Sabendo que 2016 foi um ano bissexto, observe os anos indicados no quadro abaixo e escreva no caderno apenas os anos bissextos.

    2017

    2018

    2019

    2020

    2022

    2024

    2028

    2030

    2032

    2034

    PROFESSOR Respostas corretas: 2020, 2024, 2028, 2032.
    • Represente, no caderno, os cálculos que você fez para responder à questão.
      PROFESSOR Resposta: Espera-se que os estudantes mostrem cálculos de adição de 4 anos a partir de 2016.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Utilize novamente uma laranja para representar a Terra no movimento de translação, ampliando o trabalho com a habilidade EF05CI11. Finque um palito para representar a posição do Brasil. Faça uma marcação na laranja, representando a linha do Equador. Movimente a laranja ao redor da vela ou lanterna; chame a atenção dos estudantes para a inclinação do eixo da laranja em relação à sua trajetória em torno do objeto luminoso.
    • Atividade 4. Faça com os estudantes o cálculo da soma das horas adicionais na lousa, justificando o ano bissexto. Para explorar a interdisciplinaridade com Matemática, apresente aos estudantes os cálculos que determinam se o ano é bissexto:
    • deve ser múltiplo de 4;
    • não pode ser múltiplo de 100, exceto se for múltiplo de 400.

      Tendo apresentado essas regras, peça aos estudantes que determinem se são bissextos anos bem distantes do atual, como 1100, 1500, 3000 (não bissextos) e 1200, 1600, 4000 (bissextos).

      Domínio da linguagem

      Leitura de representação bidimensional. Representar o movimento de translação de forma bidimensional é um desafio considerável, e é preciso reconhecer que existem limitações quando se pretende ilustrar um fenômeno em que a tridimensionalidade é fundamental. Por essa razão, recomendamos que a leitura de representações apresentadas nesta página seja acompanhada de outros recursos, como vídeos ou simulações. Dessa forma, é possível desenvolver nos estudantes a capacidade de interpretação de representações mais abstratas.

MP162

As estações do ano

A Terra gira em um eixo levemente inclinado em relação à sua órbita. Por isso, na maior parte do tempo, a distribuição dos raios solares que incidem na Terra não é igual nos dois hemisférios.

Essa incidência de raios solares diferente nos hemisférios, causada pela inclinação da Terra, e o movimento de translação, resulta nas mudanças de temperatura e duração do dia percebidas nas diferentes estações do ano: outono, inverno, primavera e verão.

Observação: Representações esquemáticas da iluminação da Terra ao longo de um ano. Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

Imagem: Ilustração. Uma esfera terrestre à direita, uma pouca inclinada para à direita, em oceano azul, com continentes em bege e partes em verde. Na ponta superior, haste pequena na vertical, com flecha azul na horizontal. Na parte superior, norte da América do sul, América central: Hemisfério norte. Mais abaixo da América do Sul:  Linha do Equador na horizontal passando ao norte da América do sul. Abaixo:  Hemisfério sul. A luz solar está na região da América Central e América do sul.  Fim da imagem.

LEGENDA: Próximo ao mês de dezembro, o hemisfério sul fica mais exposto ao Sol e recebe mais luz, enquanto o hemisfério norte fica menos exposto ao Sol e recebe menos luz. Nesse período, é verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. A esfera terrestre à esquerda, na parte superior, Hemisfério norte, continente europeu e metade para cima do continente africano e a Oceania. Sobre a metade do continente africano: Linha do equador e mais abaixo, Hemisfério sul. A luz solar iluminando continente europeu, africano e Oceania. Fim da imagem.

LEGENDA: A primavera vem depois do inverno e antes do verão. Durante essa estação, a quantidade de luz do Sol que chega ao hemisfério norte aumenta com o passar dos dias. O outono vem depois do verão e antes do inverno. No outono, acontece o contrário, isto é, a quantidade de luz vai diminuindo. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. A esfera terrestre à esquerda, inclinada para à direita, luz solar iluminando parte mais superior do hemisfério norte, linha do equador na metade do continente africano e hemisfério sul para baixo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Em julho, o hemisfério norte fica mais exposto ao Sol, e o hemisfério sul recebe menos luz. É verão no hemisfério norte e inverno no hemisfério sul. FIM DA LEGENDA.

  1. As estações do ano sempre ocorrem em pares no planeta Terra: enquanto o hemisfério sul está em uma estação do ano, o hemisfério norte está em outra.
    • Copie o quadro abaixo no caderno, completando-o. Para isso, relacione as estações do ano que ocorrem ao mesmo tempo no planeta.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Hemisfério sul

Hemisfério norte

Primavera

PROFESSORResposta: Outono
PROFESSORResposta: Verão

Inverno

PROFESSORResposta: Outono

Primavera

Inverno

PROFESSORResposta: erão
MANUAL DO PROFESSOR

Pergunte aos estudantes se sabem por que no verão as temperaturas são mais elevadas do que no inverno. Dependendo das respostas, enfatize que as estações do ano não ocorrem porque a Terra está mais próxima ou mais distante do Sol. Esclareça que as estações do ano e a variação na duração do dia ao longo do ano se devem à inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Se o eixo da Terra fosse perfeitamente perpendicular ao plano de sua órbita, a quantidade de luz e calor que chegaria até os hemisférios sul e norte seria praticamente igual.

  • Atividade 5. Informe que é verão no hemisfério norte quando é inverno no hemisfério sul. Isso acontece porque, enquanto a Terra gira em torno do Sol, a inclinação do eixo de rotação não muda. Então, quando o polo norte está voltado para o Sol, o polo sul está voltado para o outro lado, não iluminado. E quando o polo sul está voltado para o Sol, é verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte. As estações se sucedem continuamente por causa da translação da Terra. Dessa forma, amplia-se o trabalho com a habilidade EF05CI11.

    BNCC em foco:

    EF05CI11

    Texto complementar

    Estações do ano

    Este fenômeno, geralmente explicado em livros tanto de ciências como de geografia do Ensino Fundamental, é fonte de muitas incompreensões e erros. O erro mais grave é explicá-lo como sendo devido às variações da distância da Terra ao Sol (no verão a Terra fica mais próxima do Sol e no inverno mais longe). [...]

    Outras explicações são incorretas e induzem a erros, como, por exemplo, a afirmativa de que “as estações do ano ocorrem devido à órbita elíptica da Terra”. Como a órbita à qual é feita a referência, geralmente, é exageradamente elíptica, fica a associação automática: verão/inverno = Terra mais/menos próxima do Sol. [...]

    Contudo, existem livros didáticos que esclarecem, corretamente, que as estações do ano não são devidas à maior/menor distância da Terra ao Sol, mas, infelizmente, “ilustram” estas explicações com desenhos nos quais a órbita da Terra é exageradamente excêntrica (“achatada”), o que induz à conclusão de que verão/ inverno estão relacionados com a menor/maior distância da Terra ao Sol. E como as figuras se fixam mais do que as palavras escritas, o aluno fica com a “explicação” errada.

    NOGUEIRA, S. Astronomia: Ensinos Fundamental e Médio. Coleção Explorando o Ensino: Fronteira Espacial, parte 1, volume 11. Brasília: MEC, 2009, p. 142-143.

MP163

Capítulo 2 – A Lua

A Lua é o satélite natural da Terra. Isso porque ela é um corpo celeste que orbita ao redor de um planeta. Ela também faz um movimento de rotação, girando em torno de seu próprio eixo.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Na sua opinião, a Lua tem sempre a mesma aparência no céu? Por quê?
    PROFESSOR Resposta pessoal.

    Conforme a Lua se desloca em sua órbita ao redor da Terra, ela pode ser vista da superfície de nosso planeta, tanto durante o dia quanto à noite. Ao fazer esse movimento, ela muda de posição em relação ao Sol, que é a fonte da luz que ela reflete. Por isso, a porção iluminada da Lua aparece para nós sob diferentes aspectos, chamados de fases da Lua.

    Apesar de a Lua aparentar mudar de aspecto um pouco a cada dia, são destacadas quatro fases principais, descritas abaixo.

Imagem: Ilustração. Em fundo preto, à esquerda, luz solar: ao centro, esfera redonda em azul à esquerda e à direita, em preto. Ao redor, entre flechas brancas quatro esferas pequenas com metade da esquerda em cinza-claro e à direita, cinza mais escuro. Ao redor, flechas laranjas para fases diferentes da lua. Em sentido anti-horário: Lua redonda com a metade para esquerda em preto e da metade para à direita em cinza, com manchas em cinza-escuro. Texto:  No Quarto Minguante, apenas uma parte da face da Lua que está voltada para a Terra fica iluminada. Lua redonda toda em preto. Texto:  Na Lua Nova, o Sol não ilumina a face da Lua voltada para a Terra. Por causa disso, não conseguimos enxergar a Lua nesse dia. Lua redonda com a metade para à esquerda de cor cinza-claro, com cinza-escuro e da metade para à direita, parte escura.  Texto:  O Quarto Crescente é parecido com o minguante. No entanto, é a outra parte da face da Lua que fica iluminada. Lua redonda de cor cinza-claro com partes em cinza-escuro. Texto:  Na Lua Cheia, toda a face da Lua que está voltada para a Terra fica iluminada.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação esquemática da órbita da Lua em torno da Terra e do sentido de seu movimento. FIM DA LEGENDA.

Observação: Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

O período entre duas fases iguais e consecutivas é chamado de lunação ; ele dura 29 dias, aproximadamente.

MANUAL DO PROFESSOR
  1. Objetivos do capítulo
    • Reconhecer que a Lua muda de aspecto a cada dia.
    • Associar o movimento da Lua ao redor da Terra às mudanças de fase da Lua.
    • Simular e observar a mudança de fases da Lua, concluindo sobre sua periodicidade.

      É comum a noção de que existem apenas quatro fases da Lua (Cheia, Quarto Minguante, Nova e Quarto Crescente). No entanto, essas são apenas as fases que possuem nomes para diferenciá-las; todos os outros aspectos com que a face da Lua se apresenta para um observador na Terra são também fases da Lua.

    • Atividade 1. Neste momento, não é esperado que os estudantes saibam responder corretamente à questão. O objetivo é que eles exponham suas concepções sobre o assunto, para que eventuais concepções alternativas sejam orientadas nas atividades que seguem, dando início ao trabalho com a habilidade EF05CI12.

      Diz-se que a Lua se encontra em rotação sincronizada com a Terra, isto é, o tempo que ela leva para completar uma rotação em torno de si é o mesmo que leva para completar sua órbita ao redor da Terra. Por causa disso, ela apresenta sempre a mesma face voltada para o nosso planeta. Se julgar conveniente, comente isso com os estudantes.

      O lado da Lua voltado para a Terra é chamado de face visível, enquanto o lado oposto é denominado face oculta. Diferentes culturas atribuíram significados distintos aos desenhos que podem ser observados na superfície lunar.

      BNCC em foco:

      EF05CI12

MP164

  1. Observe o calendário lunar do ano de 2020 e depois responda às questões no caderno.
Imagem: Ilustração. Calendário lunar: Legenda: Lua crescente:  lua com metade para à esquerda em branco. Lua cheia:  lua redonda em branco. Lua minguante: lua com metade para à direita em branco. Lua nova: lua redonda com contorno em branco. Janeiro:  3- crescente; 10-cheia e 17-minguante. Fevereiro: 1- Crescente; 9-cheia; 15-minguante; 23-nova. Março: 2-crescente; 9-cheia; 16-minguante; 24- nova. Abril: 1-crescente; 7-cheia; 14-minguante; 22-nova; 20-crescente.  Maio: 7-cheia, 14 – minguante, 22-nova, 30-crescente. Junho: 5- cheia, 13-minguante, 21-nova, 28-crescente. Julho: 5-cheia, 12-minguante, 20-nova, 27-crescente.  Agosto: 3-cheia, 11-minguante, 18-nova, 25-crescente.  Setembro: 2-cheia, 10-minguante, 17-nova, 23-crescente.  Outubro: 1-cheia, 9-minguante, 16-nova, 23-crescente, 31-cheia.  Novembro: 8-minguante, 15-nova, 22-crescente, 30-cheia.  Dezembro: 7-minguante, 14-nova, 21-crescente, 30-cheia.   Fim da imagem.
  1. Quantas fases da Lua ocorrem em um mês?
    PROFESSOR Resposta: Geralmente, ocorrem 4 fases. Em alguns meses, ocorrem 5.
  1. Quantos dias aproximadamente dura cada fase?
    PROFESSOR Resposta: Entre 7 e 8 dias.
  1. Quantos dias são necessários para que se repita a Lua Cheia?
    PROFESSOR Resposta: Entre 29 e 30 dias.

    d) Você acha que observar as fases da Lua é uma boa maneira de contar a passagem de um mês? Por quê?

    PROFESSOR Resposta pessoal.

Hora de acessar

  • Fases da Lua em 2019 – Hemisfério Sul. Nasa Goddard. Disponível em: http://fdnc.io/eRB. Acesso em: 18 fev. 2021. O vídeo produzido pela Nasa mostra as fases da Lua em intervalos de uma hora ao longo do ano de 2019, vista do hemisfério sul.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 2. Auxilie os estudantes na leitura do calendário. Explique que ele não mostra todos os dias do mês, como nos calendários que eles estão acostumados a consultar. O calendário lunar apresenta as datas em que a Lua aparece em uma das quatro fases mais conhecidas. Para validar a compreensão do calendário, peça aos estudantes que determinem em que período a Lua estará no dia do aniversário deles.

    Essa atividade é um bom exemplo para se trabalhar aspectos da habilidade EF05CI12 e habilidades relacionadas à competência específica 1, pois mostra que o conhecimento científico é cultural e histórico.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI12

    Sugestão de atividade: As fases da Lua em uma caixa de papelão

    Caso deseje complementar as explicações sobre as fases da Lua, sugerimos a atividade proposta no texto a seguir.

    A elaboração de materiais didáticos que permitam substituir o exercício da abstração pela visualização de um modelo concreto pode ser um auxiliar importante na aprendizagem. Além de facilitar a compreensão do assunto, a manipulação, pelo aluno, de modelos elaborados para tentar descrever o comportamento da natureza, estimula-o a envolver-se mais com o assunto e a portar-se de maneira mais ativa na construção de seu próprio conhecimento. Um dos materiais instrucionais mais utilizados para ensinar as fases da Lua e as estações do ano é a maquete do sistema solar; esse material, embora seja excelente para auxiliar na compreensão do fenômeno da perspectiva de um observador externo, não é completo, pois não permite reproduzir as fases como o observador na Terra as percebe.

    Neste trabalho propomos um experimento de construção muito simples e barato, imaginado para ser usado em complemento à maquete anteriormente citada, se disponível, com a finalidade específica de mostrar como as fases da Lua estão relacionadas à posição relativa entre a Terra, a Lua e o Sol.

    SARAIVA, M. F. O. et al. As fases da Lua numa caixa de papelão. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, n. 4, 2007, p. 9-26.

MP165

Compreendendo as fases da Lua

Para entender melhor como ocorrem as fases da Lua, acompanhe a situação a seguir.

Horácio e Selene querem simular o movimento da Lua em torno da Terra. Eles decidiram que Horácio vai representar o Sol e Selene, a Terra. Para representar a Lua, pegaram uma bola branca.

Imagem: Ilustração. À esquerda, Horácio, menino de pele morena, com cabelos escuros, com camiseta de cor azul-claro, bermuda em azul-escuro e sapatos em branco e marrom. Ele está com o corpo para à direita, com uma lanterna verde nas mãos para frente, por onde sai luz amarela refletindo para à frente. Mais à direita, Selene, menina sentada sobre banco marrom com estofado verde. Ela é vista de costas, com cabelos longos com franja, usando uniforme-escolar, de calça, com as mãos para cima, segurando bola branca nas mãos com sombra da metade para à direita. Detalhe à direita das mãos com esfera branca de frente, sem sombras. Texto: A- Horácio acendeu uma lanterna para simular a luz do Sol. Selene se sentou em um banquinho, de costas para ele, e ergueu a bola. Texto: B- Nessa situação, Selene vê a bola toda iluminada. Isso corresponde à Lua Cheia.  Fim da imagem.

LEGENDA: A. Horácio acendeu uma lanterna para simular a luz do Sol. Selene se sentou em um banquinho, de costas para ele, e ergueu a bola. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: B. Nessa situação, Selene vê a bola toda iluminada. Isso corresponde à Lua Cheia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. À esquerda, Horácio na mesma posição descrita anteriormente e à direita, Selene em pé, segurando bola branca, olhando para o alto. A luz da lanterna que Horácio segura, se reflete para à direita, com sombra da metade para à direita, sombra. Mais à direita, foco nas mãos a bola branca com sombra da metade para à esquerda e parte branca da metade para à direita.  Texto: C- Depois, Selene girou lentamente para a direita, até ficar de lado para Horácio. Texto: D- Agora, Selene vê que só a metade direita da bola fica iluminada. Essa situação corresponde ao Quarto Minguante.  Fim da imagem.

LEGENDA: C. Depois, Selene girou lentamente para a direita, até ficar de lado para Horácio. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: D. Agora, Selene vê que só a metade direita da bola fica iluminada. Essa situação corresponde ao Quarto Minguante. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR
  1. Ao explicar que as fases da Lua se devem ao seu movimento ao redor da Terra, essa sequência de ilustrações ajuda no desenvolvimento da habilidade EF05CI12 sobre a periodicidade das fases da Lua.

    As ilustrações esquemáticas sobre as fases da Lua mais tradicionais em livros didáticos – com o plano orbital da Lua visto em perspectiva oblíqua e a Lua aparecendo diversas vezes na mesma imagem – exigem do leitor uma capacidade de abstração elevada. Além disso, representar Sol, Terra e Lua em uma mesma imagem, respeitando as proporções de tamanho e de distância, é impraticável. Para evitar que os estudantes tenham dificuldade em compreender o conteúdo apresentado nas representações do sistema Sol-Terra-Lua, optou-se por ilustrar uma proposta simples de simulação das fases da Lua. Recomendamos que a atividade seja realizada com os estudantes para facilitar ainda mais a compreensão desse fenômeno.

    Nessa simulação, serão representados os aspectos da Lua do ponto de vista de um observador no hemisfério sul, onde está a maior parte do território brasileiro. Nesse hemisfério, enquanto está no período crescente, a Lua se assemelha à letra “C”. No período minguante, ela se assemelha à letra “D”.

MP166

Imagem: Ilustração. À esquerda, Horácio na mesma posição descrita anteriormente e à direita, Selene sentada para à esquerda, segurando no alto com as mãos a bola branca. A luz da lanterna passa sobre as mãos. Mais à direita, a bola sobre as mãos com sobra sobre ela, cobrindo-a por inteiro.  Texto: E- Selene girou mais um pouco para a direita, ficando de frente para Horácio. Texto: F- A lanterna ilumina só a parte da bola que Selene não consegue ver. Isso corresponde à Lua Nova.  Fim da imagem.

LEGENDA: E. Selene girou mais um pouco para a direita, ficando de frente para Horácio. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: F. A lanterna ilumina só a parte da bola que Selene não consegue ver. Isso corresponde à Lua Nova. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. À esquerda, Horácio na mesma posição descrita anteriormente e à direita, Selene, sentada sobre um banco, vista de costas, segurando no alto nas mãos bola branca, com a metade para à direita em sombra. Mais à direita, detalhe nas mãos com bola branca no alto, com metade para à esquerda clara e outra metade com sombra.  Fim da imagem.

LEGENDA: G. Girando mais um pouco para a direita, Selene ficou novamente de lado para Horácio. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: H. Só metade da bola aparece iluminada. Dessa vez, é a metade esquerda. Essa situação corresponde à Lua Crescente. FIM DA LEGENDA.

  1. Explique, com suas palavras, como ocorrem as fases da Lua.
    PROFESSOR Resposta: Espera-se que o estudante mencione a porção da face da Lua voltada para a Terra que está sendo iluminada pelo Sol. Conforme muda a posição do observador ou a posição da Lua, diferentes partes iluminadas ficam visíveis, formando as fases da Lua.
  1. Por que não é possível enxergar a Lua durante a fase Nova?
    PROFESSOR Resposta: Porque a face da Lua iluminada pelo Sol não está voltada para a Terra.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Seria possível avistar as fases da Lua se ela fosse um astro luminoso? Converse com um colega.
    PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Assegure-se de que os estudantes compreendam como o Sol, a Terra e a Lua são representados nessas ilustrações. A menina que faz o papel de Terra faz também o papel de um observador na superfície do planeta.

Deixe claro que o movimento da Lua ao redor da Terra não acompanha a rotação do planeta. O movimento de rotação da Terra leva aproximadamente 24 horas, enquanto a Lua leva cerca de 27 dias para completar uma órbita ao redor do planeta.

A bola que representa a Lua deve ser segurada acima da cabeça do estudante que faz o papel de Terra, para que ele não projete uma sombra sobre a bola. A projeção da sombra da Terra sobre a Lua determina os eclipses lunares.

  • Atividade 3. Espera-se que os estudantes consigam associar a mudança das fases da Lua ao movimento que ela executa ao redor da Terra, explicitando que a face que enxergamos está iluminada pelo Sol.
  • Atividade 4. Espera-se que, por meio desta atividade, os estudantes tenham compreendido, de maneira mais simples, que na fase da Lua Nova a face voltada para a Terra não se encontra iluminada pelo Sol, por isso não a vemos.
  • Atividade 5. Essa atividade permite enfatizar que a Lua é um astro iluminado, e não luminoso, como o Sol. Verifique se os estudantes perceberam que as fases correspondem às diferentes partes da Lua iluminadas pelo Sol, ou seja, se a Lua tivesse luz própria, não seria possível identificá-las.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI12

    Texto complementar

    Mais informações sobre a atividade prática

    A proposta aqui apresentada fundamenta-se na Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, por entender-se que a ocorrência periódica das fases da Lua já está incorporada à estrutura cognitiva dos estudantes, que se forma longo da sua vivência cotidiana, por meio de observações e de informações veiculadas nos materiais didáticos e meios de comunicação, e que esses elementos podem ser o ponto de partida para a promoção da aprendizagem significativa. [...] Com o objetivo de identificar os subsunçores presentes nas estruturas cognitivas dos estudantes [...], organizou-se um debate sobre a ocorrência das fases da Lua durante uma aula da disciplina de Geografia. Esse momento serviu como motivação para que os estudantes participassem da atividade proposta, na qual, primeiramente, foi oportunizado que discutissem oralmente seus conhecimentos prévios, de origem escolar ou não, sobre o fenômeno. [...] Para estabelecer a “ponte” entre os subsunçores manifestados pelos estudantes e as novas informações que seriam abordadas na atividade posterior, solicitou-se que efetuassem observações diárias da Lua. [...] Buscando estabelecer uma conexão entre as observações e o conhecimento a ser abordado, destinou-se na atividade um tempo para que os estudantes expressassem oralmente suas conclusões decorrentes das observações realizadas durante os trinta dias. [...] Para finalizar a atividade, com objetivo de constatar indícios da ocorrência da aprendizagem significativa e coletar dados para a pesquisa, solicitou-se que cada estudante escrevesse uma memória do encontro. Motivou-se para que nessa memória cada um expressasse livremente o que aprendeu no decorrer da atividade. [...]

    DARROZ, L. M. et al. Propiciando aprendizagem significativa para alunos do 6º ano do ensino fundamental: um estudo sobre as fases da Lua. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, n. 13, p. 31-40, 2012.

MP167

Atividade prática

Observação

Observar e registrar as fases da Lua

O que você vai fazer

Observar, registrar e analisar as fases da Lua por 60 noites seguidas.

Material

  1. A partir da data combinada com o professor, observe a Lua durante 60 noites seguidas.
  1. Para cada observação, use o recipiente ou a cola bastão como molde para fazer contornos circulares no caderno, que vão representar a Lua. Registre a data e pinte o círculo de acordo com a fase da Lua, usando lápis preto. Veja o exemplo abaixo.
  1. Se a Lua estiver aparente durante o dia, você pode fazer o registro nesse período.
  1. Se, por alguma razão, não for possível observar a Lua em alguma noite, anote a data mesmo assim e faça um X sobre o círculo.

    Para você responder

  1. Escolha um dos primeiros registros e compare-o com a fase da Lua depois de 7, 14, 21 e 29 dias. Existe alguma semelhança?
    PROFESSOR Resposta: A cada 7 dias, aproximadamente, a Lua muda de fase. Depois de 29 dias, as observações devem ser praticamente idênticas.
  1. Escolha outros dois registros e repita a atividade 1. O resultado foi parecido?
    PROFESSOR Resposta: Em todos os casos, a observação escolhida deve ser praticamente idêntica àquela feita 29 dias depois.
  1. Por que dizemos que o movimento da Lua ao redor da Terra é periódico, ou seja, que se repete em intervalos mais ou menos iguais?
    PROFESSOR Resposta: As fases da Lua se repetem em intervalos regulares. Como elas são determinadas pelo movimento da Lua ao redor da Terra, é possível concluir que é um movimento periódico.

Modelo de registro

Imagem: Fotografia. Sobre o céu de cor preta, com lua redonda de cor cinza, com parte fina à esquerda, clara e o resto para à direita, com sombra em preto.  Fim da imagem.

Observação.

Imagem: Ilustração. Uma lua com linha preta redonda, com parte inferior fina em branco e do resto para à direita, linhas de cor cinza na vertical de lápis colorido em cinza.  Fim da imagem.

Registro.

MANUAL DO PROFESSOR
  1. Objetivos da seção
    • Realizar uma atividade prática de observação de longa duração.
    • Registrar as mudanças de aspecto da Lua durante 60 dias e concluir sobre a periodicidade das fases da Lua.

      Esta atividade propõe aos estudantes observarem e registrarem as formas aparentes da Lua no céu durante dois meses, para então concluírem sobre a periodicidade das fases da Lua. Dessa forma, auxilia no desenvolvimento da habilidade EF05CI12.

      Por ser uma atividade de longa duração (2 meses), recomendamos que se inicie antes do estudo desta unidade, para que seja possível analisar os registros dos estudantes durante o estudo das fases da Lua. Caso não seja possível efetuar o registro em algum dos dias, a data deve ser anotada e deve-se fazer um X sobre o círculo correspondente.

      Oriente os estudantes sobre os procedimentos para realizarem os registros. Os círculos a serem feitos devem ter todos o mesmo tamanho, por isso é importante usar um recipiente (ou a cola bastão) como molde. Estabelecer um padrão vai facilitar a representação e a comparação entre as diferentes fases da Lua durante a análise dos resultados. Usando lápis preto, os estudantes devem pintar no círculo a área correspondente à área da Lua que não está iluminada.

    • Atividades 1, 2 e 3. Estimule os estudantes a constatarem a periodicidade do movimento (fases) da Lua a partir da análise de seus registros. Peça, por exemplo, que verifiquem se uma sequência de fases consecutivas se repete nas observações. Eles deverão perceber que esse tipo de repetição ocorre a cada 29 dias, aproximadamente. Comente que, embora a Lua leve cerca de 27 dias para completar uma órbita ao redor da Terra, o ciclo completo de fases da Lua leva cerca de 29 dias. Isso se deve ao movimento de translação da Terra.

MP168

Capítulo 3 – As constelações

Não é de hoje que as pessoas observam as estrelas e imaginam figuras formadas por elas, como em uma brincadeira de ligar pontos. Muitos povos já observavam o céu e criavam suas próprias figuras, chamadas constelações.

Ao observar o céu noturno, é possível perceber que as primeiras estrelas que surgem no horizonte ao anoitecer mudam com o passar dos meses. Assim, com base em cada constelação que surge no horizonte, no sentido leste, é possível identificar, por exemplo, a época do ano. Muitos povos antigos já relacionavam constelações com os períodos de caça, a época de plantar e a de colher, os períodos de cheias e os de secas, por exemplo.

Imagem: Ilustração. Local aberto com vegetação rasteira, algumas árvores à esquerda e à direita, com duas casas de paredes de madeira e telhado triangular. Na parte superior, céu em azul-escuro com estrelas pequenas, com linhas finas formando constelações. Ao centro, escorpião, linha fina com três pontas na vertical e linha fina com ponta inferior para cima. Na parte inferior, esfera em branco incandescente: Júpiter.  Fim da imagem.

LEGENDA: No hemisfério sul, a constelação que marca o inverno é a de Escorpião, que surge no horizonte ao anoitecer da segunda quinzena de junho. Projeção do céu visto do município de Campos do Jordão, São Paulo, em 20 de junho de 2018, às 17h51. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Mesmo local descrito anteriormente, com céu noturno em azul-escuro, constelações:  linhas finas ligadas em pontos brilhantes. Constelação de Órion, na horizontal, com uma linha na vertical e ponta na horizontal, na base, inferior, duas partes similares a trapézios. Na forma, três esferas brancas: Três Marias, na vertical entre os dois trapézios. À direita, outras constelações.  Fim da imagem.

LEGENDA: No verão, a constelação que surge no horizonte logo após o entardecer, na segunda quinzena de dezembro, é a de Órion. Projeção do céu visto do município de Campos do Jordão, São Paulo, em 20 de dezembro de 2018, às 19h51. FIM DA LEGENDA.

Observação: Representação esquemática para fins didáticos. Os elementos da imagem não estão na mesma proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Você já brincou de tentar formar figuras no céu ligando os pontos entre as estrelas? Você acha que qualquer figura que formarmos no céu pode ser considerada uma constelação?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Conhecer a importância histórica das constelações e seus usos por diversos povos.
  • Associar o movimento aparente das constelações aos movimentos da Terra.
  • Identificar algumas constelações que podem ser vistas no céu brasileiro.

    Comente com os estudantes que, da mesma forma que a rotação da Terra faz parecer que o Sol se move no céu, ela também faz parecer que as estrelas se movem no céu noturno, “nascendo” a leste e “se pondo” a oeste. A compreensão da sequência temporal representada por essas imagens favorece o desenvolvimento da habilidade EF05CI11.

  • Atividade 1. Estimule os estudantes a relatarem o que sabem sobre constelações. Apresente constelações mais conhecidas, como a do Cruzeiro do Sul e a de Órion, conhecida como “Três Marias”, desenhando-as na lousa. Comente que nem todo desenho formado no céu é uma constelação.

    As estrelas que fazem parte de uma mesma constelação geralmente estão muito distantes entre si. Para trabalhar a influência da perspectiva na observação de constelações, realize com os estudantes a atividade proposta no rodapé desta página.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI10, EF05CI11

    Sugestão de atividade: Diferentes pontos de vista

    Para o observador, pode parecer que todas as estrelas estão à mesma distância da Terra. Isso, na verdade, é uma questão de perspectiva. Para desenvolver esse conceito com os estudantes, realize a atividade proposta a seguir.

    Material: Duas canetas.

    Como fazer:

    Um estudante A deve ficar de frente para um estudante B, a cerca de 3 metros de distância. Um estudante C deve ficar de lado para o estudante B, também a 3 metros de distância, de modo que formem um triângulo.

    O estudante B deve segurar uma caneta em cada mão. Peça a ele que tente segurar as canetas de modo que elas pareçam estar uma atrás da outra para o estudante A. Isso feito, peça ao estudante C que relate como enxerga a posição das canetas. Para ele, deve parecer que as canetas estão lado a lado. Solicite ao estudante B que represente outras situações, variando a posição relativa das canetas e solicitando aos estudantes A e C que relatem o que observaram.

    Por fim, explique que situação semelhante ocorre com as constelações. As estrelas podem parecer próximas umas das outras por causa do nosso ponto de vista.

MP169

Agrupamentos de estrelas

Com o desenvolvimento e o aprimoramento dos instrumentos de observação, foi necessário criar um padrão para que os astrônomos do mundo inteiro pudessem identificar e estudar regiões específicas do céu.

Assim, em 1928, a União Astronômica Internacional definiu várias regiões do céu de acordo com o agrupamento aparente de estrelas. Em 1930, foram traçadas 88 regiões do céu, consideradas constelações oficiais, que facilitam o estudo e a troca de conhecimentos entre cientistas do mundo todo.

Ao observarmos essas constelações da Terra, temos a impressão de que as estrelas estão próximas umas das outras. Na verdade, as distâncias entre elas são enormes. Algumas estrelas estão mais perto de nós, outras estão muito mais longe.

Continuamos a criar figuras no céu, e às vezes essas figuras podem unir estrelas de constelações diferentes. Padrões aparentes de estrelas que geralmente são facilmente reconhecíveis são chamados asterismos.

  1. Leia o texto e responda no caderno.

Uma das constelações mais fáceis de visualizar no hemisfério sul é a de Órion. Dessa constelação, fazem parte as Três Marias. No hemisfério norte, muitos povos se baseavam no aparecimento dessa constelação no início da noite para demarcar o início do inverno. Nessa mesma época, Órion também pode ser vista do hemisfério sul, surgindo no horizonte logo no início da noite.

Imagem: Ilustração. Em céu noturno com centenas de estrelas, esferas brancas pequenas e de tamanho médio. Ao centro, constelação de Órion, na horizontal, com uma linha na vertical e ponta na horizontal, na base, inferior, duas partes similares a trapézios. Na forma, três esferas brancas:  Três Marias, na vertical entre os dois trapézios.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação de grupo de estrelas que fazem parte da constelação de Órion. As três estrelas que compõem o chamado Cinturão de Órion são popularmente conhecidas como Três Marias. Os fios foram ilustrados na imagem para destacar a figura da constelação, mas eles não podem ser vistos na realidade. FIM DA LEGENDA.

  1. No hemisfério norte, o surgimento da constelação de Órion caracteriza o início de qual estação do ano? E no hemisfério sul? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: A constelação indica o princípio do inverno no hemisfério norte, assim, no hemisfério sul, ela indica o verão.
  1. Identifique no texto uma constelação e um asterismo.
    PROFESSOR Resposta: Constelação: Órion. Asterismo: Três Marias.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Na linguagem cotidiana, dizemos que uma constelação é o desenho imaginário que pode ser formado pela união de determinadas estrelas. Na realidade, esses desenhos imaginários são chamados de asterismos. Na década de 1930, a União Astronômica Internacional definiu como constelação cada uma das 88 divisões geométricas oficiais da esfera celeste. Dessa forma, a constelação do Cruzeiro do Sul, por exemplo, conta com as cinco estrelas que tradicionalmente formam a constelação, além de todas as outras estrelas e corpos celestes que ocupam aquela região delimitada da esfera celeste. Veja na figura abaixo.

    Imagem: Ilustração. Forma quadrada enumerada. Linhas na vertical, na diagonal. Na parte superior:  14h, 13h, 12h, 11h. Na horizontal:  -50°, -60°, e mais abaixo, na horizontal, nas outras pontas de linhas na vertical:  16h, 15h, 14h, 13h, 12h, 11h, 10h, 9h. Ao centro, várias esferas pretas, umas pequenas e outras médias e grandes. Entre alguns, constelações. Na parte superior, forma com três lados, com a ponta maior à direita e hastes finas nas pontas: CENTAURUS. Mais ao fundo, duas hastes, uma na vertical e outra na horizontal:  CRUX. Mais na ponta inferior, forma de um trapézio e linha para cima, à direita: MUSCA. À direita, forma similar quadrado, com blusa fina na ponta esquerda e direita: CARINA, forma similar a trapézio com ponta fina.  Fim da imagem.

    Pela definição oficial, todos os astros que estão na região branca fazem parte da constelação do Cruzeiro do Sul.

    • Atividade 2. Favorece a compreensão de que as estações do ano são diferentes nos hemisférios norte e sul, e uma constelação que marca o inverno no hemisfério norte será visível no hemisfério sul durante o verão, de acordo com a habilidade EF05CI10. É importante comentar com os estudantes que nem todas as estrelas e constelações são vistas dos dois hemisférios. Esta atividade também trata dos asterismos. Se julgar pertinente, imprima a imagem de alguma constelação e solicite aos estudantes que criem desenhos conectando os pontos que representam as estrelas.

MP170

Povos indígenas e as constelações

Os povos indígenas brasileiros reconhecem diversas constelações no céu. Uma delas é a constelação do Homem Velho, cujo desenho alguns povos julgam se parecer com um idoso usando um galho como bengala. Ela surge no céu na segunda metade do mês de dezembro. Para os indígenas da Região Sul do Brasil, o surgimento dessa constelação marca o início do verão, a estação mais quente do ano. Para os indígenas da Região Norte, representa o início da estação chuvosa.

Outra constelação importante para vários povos indígenas brasileiros é a constelação da Ema. Ela surge na segunda metade do mês de junho e marca o início do inverno para os indígenas da Região Sul do país. Para os indígenas da Região Norte, ela marca o começo da estação seca, quando ocorrem poucas chuvas.

Imagem: Ilustração. Fundo de cor preta, com constelação com formato de uma ema, contornada por linha pontilhada e no corpo, esferas pequenas brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação esquemática da constelação da Ema. Os fios foram ilustrados na imagem para destacar a figura da constelação, mas eles não podem ser vistos na realidade. Cores fantasia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Fundo de cor preta, com centenas de estrelas pequenas brancas. Ao centro, linha branca com a ponta superior de formato triangular, haste na esquerda na vertical. Na parte inferior, linha na vertical similar à tronco do corpo de uma pessoa. Linha fina na horizontal similar a braços e na parte inferior, linhas finas similar a pernas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Representação esquemática da constelação do Homem Velho. Os fios foram ilustrados na imagem para destacar a figura da constelação, mas eles não podem ser vistos na realidade. Cores fantasia. FIM DA LEGENDA.

Os indígenas Tembé, da região da Amazônia, se referem a constelações com nomes de animais da floresta Amazônica e estabelecem duas estações do ano: a da seca e a da chuva.

Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, que correspondem à estação chuvosa na região da Amazônia, são visíveis nas primeiras horas da noite as constelações Queixo da Anta, Anta, Jabuti e Canoa. Nos meses de junho, julho e agosto as constelações Ema, Siriema e Beija-Flor marcam, no céu, o período de seca.

MANUAL DO PROFESSOR

O estudo de diversos aspectos da cultura indígena, como a Astronomia, deve ser feito para possibilitar discussões acerca da influência desses povos na construção do repertório cultural do Brasil. O ensino de Astronomia indígena para os estudantes do Ensino Fundamental também tem grande valor pedagógico, pois ele é baseado em elementos sensoriais, elementos da flora e da fauna nacional, valorizando os saberes tradicionais brasileiros, diferentemente da Astronomia baseada em elementos geométricos e muitas vezes abstratos.

Há muitos mitos criados com base na interpretação dos fenômenos astronômicos. Sugerimos um trabalho de pesquisa em grupos a respeito desses mitos. Os estudantes podem apresentar o resultado dessa pesquisa de diversas formas: cartaz, história em quadrinhos, telejornal, programa radiofônico, encenação teatral. Deixe-os livres para escolherem o formato da apresentação, de acordo com as habilidades de cada grupo.

Para você acessar

As constelações indígenas brasileiras. Disponível em: http://fdnc.io/3tt. Acesso em: 30 jun. 2021.

Artigo com informações sobre astronomia indígena.

Para você ler

BOFF, Leonardo; MIRANDA, Adriana. O casamento entre o céu e a terra : contos dos povos indígenas do Brasil. São Paulo: Mar de Ideias, 2014.

Esse livro apresenta mitos e contos que buscam resgatar a sabedoria tradicional indígena.

BNCC em foco na dupla de páginas:

EF05CI10, EF05CI11

Texto complementar

O gnômon indígena

Os indígenas observavam os movimentos aparentes do Sol para determinar, ao meio-dia solar, os pontos cardeais e as estações do ano utilizando o gnômon, que consiste em uma haste cravada verticalmente no solo, da qual se observa a sombra projetada pelo Sol, sobre um terreno horizontal. Ele é um dos mais simples e antigos instrumentos de Astronomia, sendo chamado de Kuaray Ra’anga, em guarani e Cuaracy Raangaba, em tupi antigo. Um tipo de gnômon indígena, que temos encontrado no Brasil, em diversos sítios arqueológicos, é constituído de uma rocha, pouco trabalhada artificialmente, com cerca de 1,50 metro de altura, aproximadamente em forma de tronco de pirâmide e talhada para os quatro pontos cardeais. Ele aponta verticalmente para o ponto mais alto do céu (chamado zênite), sendo que as suas faces maiores ficam voltadas para a linha norte-sul e as menores para a leste-oeste.

Em volta do gnômon indígena há rochas menores (seixos) que formam uma circunferência e três linhas orientadas para as direções dos pontos cardeais e do nascer e do pôr do Sol nos dias do início de cada estação do ano (solstícios e equinócios). Em geral, o zênite é o domínio do deus maior da etnia considerada; os pontos cardeais são os domínios dos quatro deuses que o auxiliaram na criação do mundo e de seus habitantes; os pontos colaterais são domínios das esposas desses deuses. Chamamos esse monumento de rochas, constituído pelo gnômon e pelos seixos, de Observatório Solar Indígena, devido à sua relação com os movimentos aparentes do Sol.

AFONSO, G. B. Astronomia indígena. Anais da 61 ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Manaus, 2009. Disponível em: http://fdnc.io/eRC. Acesso em: 30 jun. 2021.

MP171

ÁLBUM de Ciências

Bandeira do Brasil e as constelações

Na bandeira brasileira, estão representadas algumas estrelas e constelações que podemos ver no céu do nosso país. Essas estrelas estão dispostas de uma maneira bem específica, e correspondem à posição das estrelas no céu no dia 15 de novembro de 1889, às 8h30 da manhã, no Rio de Janeiro. Essa data foi escolhida por ter sido o dia da Proclamação da República do Brasil.

Contudo, a posição das estrelas na bandeira está invertida em relação ao que se observa da Terra. A disposição das estrelas na bandeira representa uma observação feita de fora do planeta, como se uma pessoa olhasse para o globo terrestre. Foram escolhidas 27 estrelas, cada uma representando um estado do Brasil, e o Distrito Federal.

Imagem: Ilustração. Bandeira do Brasil, fundo de cor verde e ao centro, um losango na horizontal de cor amarela, com círculo dentro azul-escuro, faixa branca na horizontal com letras em verde com a frase: ORDEM E PROGRESSO. Na parte superior, estrela A. Na parte inferior, vinte e seis estrelas. À esquerda, estrela B, mais abaixo, conjunto com cinco estrelas D, Ao centro acima, conjunto com duas estrelas C. À direita, conjunto com cinco estrelas F. Mais abaixo, uma estrela E e outra G. À direita, conjunto com três estrelas pequenas:  H e na ponta da direita, conjunto com oito estrelas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Estrelas e constelações representadas na bandeira brasileira. A: Virgem, B: Cão Menor, C: Hidra, D: Cão Maior, E: Carina, F: Cruzeiro do Sul, G: Oitante, H: Triângulo Austral, I: Escorpião. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Esfera redonda de cor azul-escuro, com faixa branca na horizontal com frase em verde: ORDEM E PROGRESSO.  Na parte superior, estrela branca n° 1.  Na parte inferior, vinte e seis estrelas. À esquerda, estrelas 2, 3, 5, 7, 6, 8, 9, 10. Ao centro, estrelas:  4, 11, 12, 15, 13, 14, 27. Mais à direita, estrelas:  26, 25, 24, 21, 20, 22, 23, 16, 17, 18, 19.   Fim da imagem.

1. Pará

2. Amazonas

3. Mato Grosso do Sul

4. Acre

5. Mato Grosso

6. Amapá

7. Rondônia

8. Roraima

9. Tocantins

10. Goiás

11. Bahia

12. Minas Gerais

13. Espírito Santo

14. São Paulo

  1. Rio de Janeiro
  1. Piauí
  1. Maranhão
  1. Ceará
  1. Rio Grande do Norte
  1. Paraíba
  1. Pernambuco
  1. Alagoas
  1. Sergipe
  1. Santa Catarina
  1. Rio Grande do Sul
  1. Paraná
  1. Distrito Federal

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

Com a ajuda de um adulto, identifique a estrela ou a constelação do estado onde você mora. Depois, procure saber em que posição ela se encontra no céu na data pesquisada e compartilhe com os colegas.

PROFESSOR Respostas variáveis.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Objetivos da seção
    • Reconhecer constelações na bandeira brasileira.
    • Compreender que um mapa celeste serviu de inspiração para a composição dos elementos da bandeira.

      Comente com os estudantes que, apesar de as constelações estarem representadas na bandeira, essa representação não pode ser considerada um mapa do céu, ou carta celeste. A posição das estrelas serviu apenas de inspiração para a composição.

    • Tarefa de casa. Há uma lista identificando qual estrela representa cada estado e o Distrito Federal. Peça aos estudantes que identifiquem a estrela que representa o estado em que vivem e depois solicite uma pesquisa em casa, com ajuda de um adulto, a respeito da estrela, da constelação à qual ela pertence e da posição em que ela se encontra no céu. A intenção é que os estudantes comecem a se familiarizar com representações do céu e percebam sua localização e movimento aparente, de acordo com as habilidades EF05CI10 e EF05CI11.

MP172

Atividade prática

Pesquisa

Identificando constelações

O mapa celeste é uma representação do céu noturno. Ele representa as estrelas e os planetas na posição em que eles aparecem no céu.

Objetivo

Usar um mapa celeste para identificar constelações no céu noturno.

Material

  1. Observe o exemplo a seguir.
Imagem: Ilustração. Esfera preta com indicações de sentidos em:  N, L, S e O. Ao redor, numeração em grau começando de 10°, com intervalos em 10° em 10° até 350°. Ao centro, linha azul na horizontal interligando as pontas de L e O. Ao centro, várias constelações, linhas vermelhas interligando pontos amarelos.  Na linha acima, seguintes constelações: Lagarto:  linhas pequenas com haste na parte inferior. Peixes:  linha na horizontal, ponta à direita pequena, e linha fina na ponta esquerda, na vertical. Delfim:  duas linhas pequenas na vertical. Águia:  linhas formando triângulo e ponta superior na vertical. Lira: linhas formando um pequeno retângulo. Hércules: linhas formando duas pernas para baixo, dois trapézios na parte superior e linhas na horizontal formando dois braços Planeta:  Marte Na parte inferior:   Aquário: linhas formando um pequeno trapézio e duas linhas na vertical. Capricórnio: linhas similares a forma de um corpo carneiro. Fênix: linhas similares a forma de um pássaro. Tucano: linhas similares a forma de pássaro, corpo triângulo e duas linhas finas. Pavão: linhas similares a forma de ave com cauda e cabeça na ponta da direita. Escorpião: linha na horizontal, com duas hastes na ponta. Lobo: linhas formando corpo de um lobo, com duas patas em linhas finas na vertical.  Planetas: Netuno, saturno, júpiter e Lua, passando em linha rosa na diagonal para à esquerda.   Fim da imagem.

LEGENDA: Mapa celeste para o município de Araxá, em Minas Gerais, no dia 10 de outubro de 2020, às 21 horas. FIM DA LEGENDA.

FONTE: Cartas celestes . Disponível em: http://fdnc.io/eRD. Acesso em: 17 fev. 2021.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivo da seção

  • Localizar algumas constelações no céu usando um mapa celeste.
  1. Nesta atividade, é trabalhada a habilidade EF05CI10, relativa à capacidade de identificar constelações no céu com o auxílio de recursos como o mapa celeste.

    Os mapas ou cartas celestes são representações do céu noturno que apresentam os astros e suas respectivas posições. Na internet é possível obter mapas celestes adequados para a sua localização e para a data e horário em que a atividade será conduzida. Dessa forma, explora-se a competência geral 5 e a competência específica 6.

    Para você acessar

    • Cartas celestes. Disponível em: http://fdnc.io/eRE. Acesso em: 30 jun. 2021.
    • Heavens above. Disponível em: http://fdnc.io/eRF. Acesso em: 30 jun. 2021.

      Nos dois sites é possível informar sua localização (nome da cidade ou coordenadas), a data e a hora em que será feita a observação. Se possível, o mapa gerado deve ser impresso, e as cópias devem ser distribuídas para os estudantes. Nesse momento, propomos apenas uma análise simplificada: os estudantes devem localizar a indicação dos pontos cardeais, localizar o centro do mapa (que corresponde ao zênite, o ponto mais alto no céu, exatamente acima do observador) e localizar algumas constelações, que estão nomeadas no exemplo apresentado.

      BNCC em foco na dupla de páginas:

      EF05CI10

      Sugestão de atividade: Usando aplicativos para localizar constelações

      A localização de constelações e corpos celestes no céu foi muito facilitada pelo avanço da tecnologia. Hoje em dia, praticamente qualquer modelo de smartphone conta com recursos suficientes para esse tipo de atividade, bastando apenas instalar um aplicativo com essa função. A seguir, apresentamos duas possibilidades gratuitas.

    • Carta Celeste é um dos aplicativos mais populares de Astronomia. Ele utiliza o acelerômetro, a bússola e o GPS do celular para obter e mostrar informações sobre a posição dos astros. Ao posicionar a tela do celular para uma região do céu, o aplicativo indica as constelações e os astros que podem ser vistos naquele momento. Conta com recursos educativos adicionais, como modelos tridimensionais do Sistema Solar. Está disponível para aparelhos com sistemas operacionais Android e iOS.
    • Sky Map está disponível somente para dispositivos com sistema operacional Android.

      Ao rodar o aplicativo, ele detecta a localização do aparelho, o horário atual e então apresenta na tela informações sobre o céu local.

      Se possível, proponha o uso de aplicativos como esses para os estudantes. Comente que esse é mais um exemplo de como a tecnologia impacta na Astronomia – no caso, levando às pessoas a possibilidade de observarem e identificarem diferentes astros.

MP173

  1. O mapa celeste indica a posição dos pontos cardeais por meio de letras: norte (N), leste (L), sul (S) e oeste (O). Identifique-os.
  1. A região do céu que fica logo acima de nossas cabeças corresponde ao centro do mapa celeste. Nesse exemplo, o observador deve ter encontrado as constelações de Aquário e Capricórnio no centro. Observe, no mapa celeste, os desenhos que essas estrelas formam.
  1. Entre os pontos cardeais oeste e sul do mapa celeste, localize a constelação de Escorpião.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Escolha uma constelação do mapa celeste. Em seguida, descreva a um colega a localização dessa constelação no mapa celeste e peça a ele que a identifique.

    Etapa 2: Identificar constelações

  1. Converse com os colegas e o professor sobre as constelações no mapa celeste que vocês vão usar e que poderão ser encontradas no céu noturno.
  1. Para identificar algumas constelações no céu noturno, mantenha-se afastado de fontes luminosas, ou seja, da luz de postes, de casas e de edifícios. Isso facilitará a observação de estrelas. A noite também deve estar sem Lua e livre de nuvens. Peça a um adulto que acompanhe essa observação.
  1. Com uma bússola, identifique os pontos cardeais.
  1. Em seguida, pegue o mapa celeste fornecido pelo professor. Posicione-o de acordo com os pontos cardeais que você identificou usando a bússola. Depois, procure identificar constelações próximas. Utilize essas estrelas como referencial para identificar as constelações mais distantes e aquelas que vocês combinaram de encontrar.
  1. Comece identificando as constelações indicadas no centro do mapa celeste, no alto do céu. Ao identificar uma constelação, circule-a no mapa.

    Para você responder

  1. O mapa celeste que o professor forneceu pode ser usado em qualquer época do ano? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: Não, porque o movimento de translação faz com que os astros visíveis à noite mudem ao longo do ano.
  1. O horário também influencia a leitura do mapa? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: Sim, pois as constelações realizam um movimento aparente no céu ao longo da noite, surgindo a leste e desaparecendo a oeste.
  1. Quais constelações presentes no mapa você conseguiu identificar?
    PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Faça uma pesquisa em livros e na internet para descobrir o período do ano em que essas constelações são visíveis no início da noite.
    PROFESSOR Resposta variável.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Ao analisar o mapa celeste apresentado como exemplo, é interessante levar uma bússola para a sala de aula e orientar os estudantes a fazerem uso dela em associação com o mapa.

    As constelações próximas ao zênite podem ser mais fáceis de localizar, pois para encontrá-las não é necessário localizar os pontos cardeais. No entanto, pode ser preciso girar o corpo para observar as constelações na mesma orientação em que aparecem no mapa.

    • Atividade 1 e 2. Essas questões têm por objetivo tornar o estudante consciente de que existem fatores, como o movimento de translação e o horário de observação, que influenciam na leitura do mapa.
    • Atividade 3. Caso os estudantes tenham dificuldade em usar o mapa celeste, proponha a atividade sugerida no rodapé das páginas MP172-MP173.
    • Atividade 4. O objetivo da atividade é que os estudantes compreendam que, para utilizar as constelações como marcadores de períodos do ano, não basta a presença da constelação no céu, mas o fato de ela estar na linha do horizonte no cair da noite. No hemisfério sul, a constelação de Escorpião marca o início do inverno; a de Órion, o início do verão.

MP174

Para ler e escrever melhor

Este texto descreve uma forma de se localizar observando as estrelas.

Aprenda a se orientar pelos astros

Para quem está no hemisfério norte do planeta, [...] pode ser muito fácil achar os pontos cardeais quando se tem o hábito de observar as estrelas. Basta encontrar no céu, durante a noite, uma estrela chamada Polar que nunca sai do lugar.

Essa estrela não nasce de um lado e nem se põe do outro, porque ela está bem na direção do eixo de rotação da Terra, sobre o polo norte. Por causa de sua posição, alguém que observe a estrela Polar tem a impressão de que todas as outras estrelas giram ao redor dela. [...]

Nós, que estamos no hemisfério sul, podemos usar como referência, à noite, a constelação do Cruzeiro do Sul. Ele é formado por um grupo de cinco estrelas, brilhantes o suficiente para serem vistas, mesmo da cidade, com as luzes acesas. [...]

Depois que você tiver encontrado o Cruzeiro do Sul, basta prolongar o braço maior da cruz quatro vezes e meia e traçar uma linha imaginária até o horizonte para encontrar o sul. Olhando de frente para o sul, atrás de você estará o norte, à direita o oeste, e à esquerda o leste.

FONTE: Aprenda a se orientar pelos astros! Fiocruz. Disponível em: http://fdnc.io/fpQ. Acesso em: 24 jun. 2022.

Imagem: Fotografia. Céu de cor azul-escuro, com centenas de pontos brilhantes em branco. Entre esses pontos, esferas um pouco maiores em azul. À esquerda, na parte inferior, esfera maior brilhante: Alta Centauro. Mais acima, outra esfera azul: Beta Centauro. Mais acima à direita, duas linhas finas, uma na vertical e outra na horizontal com esferas nas pontas:  Cruzeiro do Sul.  Fim da imagem.

LEGENDA: Uma dica para encontrar o Cruzeiro do Sul é encontrar, antes, duas estrelas bem brilhantes: Alfa Centauro e Beta Centauro. O Cruzeiro do Sul está próximo a elas. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Na parte inferior, local aberto com vegetação rasteira, com árvore à direita e à esquerda, um animal bovino. Na parte superior, linhas pequenas em azul com o formato arredondado. Mais acima, linhas finas, uma na horizontal e duas na diagonal, indicando: 4,5 vezes. Fim da imagem.

LEGENDA: Representação esquemática de como encontrar o ponto cardeal sul utilizando o Cruzeiro do Sul como referência. Não importa a posição da constelação no céu ao longo da noite: o método para encontrar o ponto cardeal é o mesmo. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Identificar a constelação do Cruzeiro do Sul no céu noturno.
  • Localizar os pontos cardeais com base na posição da constelação do Cruzeiro do Sul.
  • Escrever um texto descritivo com base em um modelo.

    Nesta seção, é trabalhada a habilidade EF05CI10, relativa à capacidade de identificar constelações no céu.

    Auxilie os estudantes na interpretação das imagens que acompanham o texto. Uma delas é uma fotografia do céu indicando o Cruzeiro do Sul e os dois “braços” que formam a constelação. Essa informação é importante, pois a localização do ponto cardeal Sul irá depender da identificação e do prolongamento do “braço” maior da cruz. Nessa fotografia, também estão as estrelas Alfa Centauro e Beta Centauro, duas estrelas de maior magnitude (brilho mais intenso) e mais fáceis de identificar no céu, que auxiliam na localização da constelação do Cruzeiro do Sul no céu noturno. A outra imagem apresenta a forma de localizar o ponto cardeal Sul de acordo com diferentes posições da constelação no céu ao longo da noite.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI10

    Texto complementar

    Os tupis-guaranis e a constelação Cruzeiro do Sul

    O Cruzeiro do Sul [...] é formado, em sua parte principal, por cinco estrelas [...]. Essas estrelas, pela ordem de brilho, são conhecidas, popularmente, como Magalhães, Mimosa, Rubídea, Pálida e Intrometida. Magalhães (a mais brilhante) e Rubídea (avermelhada) formam o braço maior da cruz; Mimosa e Pálida compõem o menor. A Intrometida (a mais apagada) não consta da representação dessa constelação pelos tupis-guaranis.

    O Cruzeiro do Sul está próximo do Polo Sul Celeste (PSC), prolongamento do eixo de rotação da Terra no nosso céu, parecendo girar em torno dele de leste para oeste, devido ao movimento de rotação da Terra de oeste para leste. Assim, dependendo do dia e da hora, a cruz pode estar de cabeça para baixo, deitada, inclinada ou em pé, sempre fazendo uma circunferência em torno do Polo Sul Celeste. A posição da constelação do Cruzeiro do Sul é utilizada pelos tupis-guaranis para determinar os pontos cardeais, o intervalo de tempo transcorrido durante a noite e as estações do ano. Olhando para o sul, às nossas costas temos o norte, à direita, o oeste, e à esquerda, o leste. Tendo em vista que o Cruzeiro do Sul efetua uma volta completa em cerca de 24 horas, o tempo gasto, por exemplo, para ir da posição deitada até a posição em pé é de seis horas. Assim, podemos determinar o intervalo de tempo transcorrido em uma noite observando duas posições do Cruzeiro do Sul. O início de cada estação do ano é determinado pelos tupis-guaranis considerando a posição da cruz ao anoitecer: no outono ela fica deitada do lado esquerdo do sul, isto é, para leste; no inverno, fica em pé apontando para o sul; na primavera, ela se encontra deitada para o lado oeste e no verão de cabeça para baixo, abaixo da linha do horizonte, sendo visível somente após a meia-noite.

    AFONSO, G. B. Mitos e estações no céu tupi-guarani. Scientific American Brasil, Edição Especial Etnoastronomia, 46 (2006). Disponível em: http://fdnc.io/eRH. Acesso em: 30 jun. 2021.

MP175

Analise

  1. Identifique, no texto, os corpos celestes que podem ser utilizados para indicar os pontos cardeais:
    • no hemisfério norte;
    • no hemisfério sul.
PROFESSOR Resposta: A estrela Polar no hemisfério norte e a constelação do Cruzeiro do Sul no hemisfério sul.

Organize

  1. Preencha o esquema a seguir:
Imagem: Esquema. Orientação pelas estrelas no céu noturno. Hemisfério norte. _____. Sempre está na direção norte. _____. Cruzeiro do Sul. _____. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Estrela Polar; Hemisfério sul; Prolongar o braço mais longo 4,5 vezes e traçar uma reta até o horizonte para encontrar a direção sul.

Escreva

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Observe o esquema abaixo.
Imagem: Esquema. Orientação no céu diurno. Hemisférios norte e sul. Sol. Leste e oeste. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Comente com os estudantes que a identificação do ponto cardeal sul não é simples nem extremamente precisa, mas serviu para orientar navegadores por muito tempo antes do surgimento de equipamentos de navegação mais precisos. Estimule os estudantes a tentarem, primeiro, identificar essa constelação no céu, depois tentarem localizar o ponto cardeal sul.
    • Atividade 1. Aproveite a atividade para verificar se os estudantes compreenderam as informações do texto e questione-os sobre a relevância das imagens para auxiliar nesse entendimento. Você pode pedir a eles que expliquem oralmente, a um colega, como identificar os pontos cardeais nos dois hemisférios, usando os corpos celestes mencionados no texto.
    • Atividade 2. Para criar um tom de desafio, peça aos estudantes que tentem preencher os espaços sem olhar o texto, para que verifiquem o que recordam da leitura. Depois, eles podem checar no texto as informações solicitadas. Faça um levantamento na lousa e conte quantos estudantes acertaram 1, 2 ou 3 questões sem procurar as informações no texto.
    • Atividade 3. Relembre-os de outras formas de localizar os pontos cardeais utilizando o Sol como indicador (por meio da localização do nascente e do poente ou com o uso de gnômon). Oriente os estudantes a usarem o texto principal como referência no processo de escrita do texto descritivo e mencione a possibilidade de acrescentarem representações esquemáticas. Eles também poderão pesquisar o assunto para complementar o texto com outras informações.

MP176

Capítulo 4 – Instrumentos de observação do céu

Os primeiros telescópios e lunetas foram desenvolvidos há mais de 400 anos. Eles permitiram observar com mais detalhes a Lua e alguns planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.

Com o passar do tempo, houve um grande avanço tecnológico dos instrumentos de observação e a Astronomia se desenvolveu rapidamente.

Hoje existem diversos modelos de telescópios potentes instalados em observatórios, viajando pelo espaço ou mesmo em residências particulares.

Alguns instrumentos astronômicos

Imagem: Fotografia. Um telescópio de madeira, com formato tubular na horizontal de cor marrom-claro e detalhe em marrom-escuro. Na parte inferior, base arredondada, sobre haste em parte inferior arredondada.  Fim da imagem.

LEGENDA: Esta é uma réplica do primeiro telescópio feito por Isaac Newton (1642-1727), em 1668. Essa réplica foi feita em 1924 e está exposta na Real Sociedade de Londres para o Melhoramento do Conhecimento Natural. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Na vertical, de cor marrom, com luneta na diagonal de cor marrom, com parte menor e outra maior de formato tubular. Na vertical, detalhes ornamentados antigos. Fundo de parede de cor azul-claro.  Fim da imagem.

Luneta usada pelo astrônomo Galileu Galilei, no século XVII. Museu da Ciência, em Florença, na Itália.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos do capítulo

  • Conhecer alguns aparatos usados para observação a distância.
  • Reconhecer a importância de instrumentos astronômicos e perceber usos sociais de dispositivos como esses.

    Ao longo do capítulo, são apresentados alguns instrumentos ópticos usados na Astronomia e, de maneira resumida, seus usos sociais. Com isso, objetiva-se contribuir com o desenvolvimento da habilidade EF05CI13, além de habilidades relacionadas à competência geral 1 e à competência específica 1.

    Inicie comentando que algumas das construções de pedra do sítio de Rego Grande, localizado no estado do Amapá, se alinham ao caminho do Sol em certas épocas do ano (ver texto do rodapé). Dessa forma, o observador pode saber em que época do ano está. Apresente imagens do Stonehenge, uma construção de pedra na Grã-Bretanha que também foi edificada há cerca de 5 000 anos com finalidades astronômicas. Peça a eles que indiquem as semelhanças e as diferenças entre essas construções e aproveite para explorar habilidades relacionadas à competência geral 1.

    Explique que os instrumentos astronômicos ajudam a fazer observações e registros mais precisos dos astros. Não serão desenvolvidas explicações sobre o funcionamento desses instrumentos, pois isso envolveria conceitos que ainda não são dominados pelos estudantes, como medição de ângulos e princípios de Óptica. Cada equipamento é acompanhado de uma sucinta abordagem histórica e explicação sobre sua utilidade. Dessa forma, espera-se que os estudantes percebam como o desenvolvimento tecnológico pode impactar na produção de conhecimento na Ciência.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI13

    Texto complementar

    As pedras do Sol

    No final do século XIX, o zoólogo suíço Emílio Goeldi fez uma expedição ao rio Cunani e encontrou grandes blocos de rocha que pareciam apontar para o céu em terras do atual norte do Amapá, uma área então em litígio entre o Brasil e a França. [...] Pouca cerâmica associada aos locais dos megálitos, como são chamadas as grandes estruturas de pedra arranjadas ou construídas por mãos humanas [...].

    É relativamente comum que sítios pré-históricos com megálitos exibam evidências de terem sido usados como lugares para observação de algum fenômeno astronômico. Essa é uma das funções que se atribuem comumente ao famoso círculo de pedras de Stonehenge, erigido há 4,5 mil anos no sul da Inglaterra. Seria o Rego Grande um Stonehenge amazônico? As evidências apoiam essa interpretação.

    Nos últimos anos os arqueólogos realizaram medições sistemáticas sempre na data de 21 ou 22 de dezembro, que marca o solstício de inverno (Calçoene está acima da linha do equador), e verificaram que um fino monólito parece estar alinhado com a trajetória do Sol ao longo desse dia. Ao nascer, o Sol está no topo da rocha e, com o passar das horas, vai descendo até morrer na base da rocha. “Nessa época do ano o solstício marca o início da temporada de chuvas na Amazônia”, comenta [o pesquisador] Saldanha. “Os índios deviam saber disso.” Dois outros blocos de granito, inclusive um com furo feito por mãos humanas, também ocupam posições aparentemente associadas ao movimento do astro nessa data. Como as pedras e blocos inclinados do Rego Grande exibem uma robusta fundação, feita também de pedras, os arqueólogos acreditam que a angulação do megálito foi pensada por seus idealizadores, e não seria fruto do desgaste natural sofrido pelos pedaços de granito do sítio.

    As pedras do Sol. Revista Fapesp , ed. 186, ago. 2011. Disponível em: http://fdnc.io/eRJ. Acesso: 30 jun. 2021.

MP177

Imagem: Fotografia. No alto, acima de céu azul-claro e com nuvens brancas, um telescópio na diagonal, forma tubular de tamanho médio, com a ponta à esquerda, com haste fina na vertical em preta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Telescópio espacial Hubble. O Hubble orbita a Terra a 569 km da superfície. Dessa altura, é possível ficar acima da atmosfera e ver mais claramente objetos no espaço. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Vista parcial de saturno, planeta redondo de cor bege-claro, com anéis ao redor de cor cinza. Sobre os anéis, à esquerda, uma sonda, objeto de cor amarela, pequeno, com parte redondo ao fundo em cinza-claro e uma haste fina na horizontal e linhas finas em branco. Mais ao fundo, céu em azul-escuro com centenas esferas em amarelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Reprodução artística da sonda Cassini-Huygens próxima ao planeta Saturno. FIM DA LEGENDA.

Os observatórios astronômicos, como o que está na abertura desta unidade, são locais equipados com instrumentos de observação e equipamentos tecnológicos, como computadores. Eles são destinados à pesquisa científica ou ao ensino e à divulgação na área da astronomia.

Normalmente, os observatórios astronômicos são construídos em locais mais altos e afastados dos grandes centros urbanos, pois assim se distanciam da poluição luminosa e ganham maior campo de visão do céu. Quando voltados à visitação pública, muitos são construídos em pontos mais próximos ou dentro das cidades.

  1. Responda às questões no caderno.
    1. Por que esses instrumentos são importantes para a Ciência?
      PROFESSOR Resposta: Porque por meio deles astrônomos descobrem planetas e outros corpos celestes.
    1. Pesquise para quais outras finalidades os telescópios podem ser utilizados.
      PROFESSOR Resposta: Há diversos exemplos, como para a educação, para o avistamento de animais e paisagens distantes, para a detecção precoce de obstáculos à navegação etc.
  1. Escreva no caderno um pequeno texto sobre o tema:

A tecnologia teve grande importância no desenvolvimento da Astronomia.

PROFESSOR Resposta variável.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Mencione que em 1990 foi lançado o primeiro telescópio espacial do mundo, o Hubble. Esse equipamento de alta tecnologia possibilitou enxergar muito mais longe e com mais nitidez do que os telescópios da época, instalados na superfície da Terra. Desde que foi lançado, ele já produziu milhares de imagens e ajudou pesquisadores a fazerem inúmeras descobertas sobre o Universo. Em 2016, o Brasil lançou, em parceria com a NASA, um telescópio para a observação do Sol.
    • Atividade 1. Espera-se que os estudantes reconheçam que, por meio desses instrumentos, é possível observar a movimentação dos corpos celestes, as constelações, os planetas etc. Depois, explore de que outras formas esses mesmos instrumentos podem ser usados, por exemplo na navegação, tendo em vista suas características.
    • Atividade 2. Incentive os estudantes a incluírem no texto instrumentos astronômicos estudados anteriormente, como o gnômon e o astrolábio. Retome esses instrumentos, caso necessário. Comente com eles também sobre o sextante, considerado um aperfeiçoamento do astrolábio e amplamente utilizado na navegação marítima. Ele permite determinar a altura dos astros no céu com mais precisão e rapidez. Também possibilita calcular a distância entre ele e algum ponto de referência, como uma montanha, por exemplo. O astrolábio e o sextante são usados para medir a altura de um astro no céu, isto é, o ângulo que ele forma em relação ao horizonte, do ponto de vista do observador. Esses instrumentos foram muito importantes para as Grandes Navegações, pois permitiam a determinação da posição dos navegantes.

MP178

Atividade prática

Construção de instrumento

Imagem: Fotografia. Uma luneta na horizontal de cor marrom à esquerda, em forma de tubo e à direita, outros dois tubos menores de cor prata.  Fim da imagem.

Construindo uma luneta

Usando lunetas, astrônomos fizeram muitas descobertas sobre o Universo. A Lua, por exemplo, é o astro mais relacionado à civilização desde os tempos remotos, apresentando uma grande importância cultural, científica e histórica. Esse astro foi objeto de estudo de astrônomos como Galileu Galilei que, aprimorando intrumentos de observação para uso científico, pôde observar e registrar mais detalhes da superfície lunar. Desde então, a Lua vem incentivando a Ciência moderna, em estudos feitos com sondas e missões espaciais.

Mas o que é possível enxergar na Lua com instrumentos como a luneta que não conseguimos ver a olho nu?

Nunca observe o Sol com a luneta. Isso pode danificar permanentemente sua visão.

O que você vai fazer

Construir uma luneta caseira e observar a Lua.

Material

  1. Forme dupla com um colega.
  1. Com a fita adesiva, fixem a lente menor em uma das extremidades do tubo de 4 cm de diâmetro.
  1. Na outra extremidade do tubo de 4 cm de diâmetro, colem a fita adesiva dupla face ao redor da borda e cubram a fita com a tira de carpete.

Boxe complementar:

Hora de acessar

  • Luneta. CienTec-USP. Disponível em: http://fdnc.io/eRK. Acesso em: 22 fev. 2021. No Passeio Virtual ao Parque CienTec (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade de São Paulo), você pode conhecer e interagir com atrações ligadas à natureza ou à tecnologia, como a Luneta Zeiss, um equipamento centenário e instalado no Parque desde os seus primórdios.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Construir uma luneta caseira.
  • Usar uma luneta caseira para observar a Lua.

    Esta atividade propõe a construção de um dispositivo para observação a distância, contribuindo para o desenvolvimento da habilidade EF05CI13.

    Existem diversos modelos possíveis de luneta caseira. Aqui, optou-se por um que oferece bons resultados de ampliação e que pode ser feito pelos próprios estudantes, com materiais de fácil acesso.

    Para que a estrutura da luneta fique firme, recomenda-se a utilização de uma fita adesiva com bom poder de fixação.

    A largura do papelão deve ter a medida de uma volta quase completa ao redor da lente. Deve sobrar apenas um vão que permita que o cabo da lupa deslize para frente e para trás, pois isso será necessário para determinar a distância ideal entre as duas lentes. Se necessário, oriente os estudantes nessa etapa.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI13

    Sugestão de atividade: Construção de uma luneta com tripé

    A luneta proposta nas páginas 148 e 149 é um modelo simples, que pode ser confeccionado pelos estudantes de maneira mais autônoma. Caso deseje construir um modelo mais robusto e elaborado, sugerimos o modelo que é proposto na página 193 do manual Astronomia: Ensino Fundamental e Médio, de Salvador Nogueira e João Batista Garcia Canalle, publicado pelo Ministério da Educação em 2009.

    O modelo proposto nesse manual é feito com lentes de óculos e tubos de PVC. Além disso, conta com um tripé feito de garrafa PET, o que estabiliza o equipamento e facilita a observação, reduzindo a trepidação que ocorre quando se segura a luneta somente com as mãos.

MP179

  1. Colem a fita adesiva dupla face pelo lado interno de uma das extremidades do tubo maior e coloquem uma tira de carpete.
  1. Passem o tubo menor por dentro do maior, de maneira que as extremidades da tira de carpete impeçam a saída do tubo menor.
Imagem: Ilustração. Mãos de uma pessoa de pele clara, segurando um tubo na horizontal à esquerda em marrom e à direita, tubo menor, colocando para dentro do maior, com flecha vermelha para à esquerda.  Fim da imagem.
Imagem: Ilustração. À direita, criança de cabelos curtos, loira, com olhos e brinco na orelha em azul-claro, com blusa de alças finas em vermelho. Ela segura nas mãos uma luneta marrom com as mãos, para o alto, observando-a com o olho direito e boca aberta. Ela está de frente para janela aberta em marrom-escuro, com cortina de cor roxo, por onde vê-se céu noturno com estrelas e lua amarela, com formato de C e muitos prédios aglomerados da cidade.  Fim da imagem.
  1. Com a fita adesiva, fixem a lente maior na outra extremidade do tubo de 5 cm de diâmetro.
  1. Em uma noite de luar, testem a luneta e observem a Lua. Caso a imagem esteja embaçada, ajustem o foco abrindo ou fechando sua luneta. Organizem os dias em que cada integrante da dupla vai levar a luneta para casa. Ele deve ficar responsável por cuidar da luneta para que outro colega possa usá-la depois.

    Para você responder

  1. Aponte sua luneta para um objeto próximo a você e ajuste o foco. A imagem que você vê através da luneta é igual ao objeto? Qual é a diferença?
    PROFESSOR Resposta: A imagem visualizada está invertida e de ponta-cabeça.
  1. Observe a Lua a olho nu e registre o que você vê. Em seguida, observe a Lua através de sua luneta e desenhe no caderno os detalhes que você consegue ver.

    • Comente com os colegas as principais diferenças entre as duas formas de observar a Lua.

    PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Em sua opinião, em que situações as lunetas e os telescópios podem ser utilizados?
    PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
  1. Com a luneta pronta, peça aos estudantes que façam algumas observações de objetos distantes e relatem o que observam. Reforce o aviso de que nunca se deve olhar diretamente para o Sol, muito menos com o uso de algum instrumento de ampliação de imagem.
    • Atividade 1. A imagem formada aparecerá invertida, o que pode causar estranhamento nos estudantes. Explique que, para observações astronômicas, isso não é um problema.
    • Atividade 2. Oriente os estudantes a aguardarem uma noite de Lua Cheia para realizar essas observações e identificar mais detalhes. Depois de terminarem o desenho, podem compará-lo com uma fotografia da Lua. Que detalhes identificados na fotografia eles conseguiram observar? Quais detalhes não foram observados? Como eles acham que podem aperfeiçoar a luneta para conseguir uma observação melhor?
    • Atividade 3. Lunetas e telescópios são importantes para astrônomos na observação de corpos celestes, para navegadores na observação de paisagens ou obstáculos distantes e não visíveis a olho nu. Esses instrumentos podem, ainda, ser utilizados para a observação de vida selvagem por admiradores e pesquisadores.

      Ao exercitar a curiosidade intelectual e recorrer a um modelo construído para realizar uma investigação, é possível desenvolver habilidades relacionadas à competência geral 2 e à competência específica 2.

      Mais informações sobre a Lua. O ambiente lunar é muito diferente do terrestre: não há água líquida na superfície da Lua, e a atmosfera possui poucos gases. Por isso, não há seres vivos. Em 1969, foi feito o primeiro pouso lunar por uma tripulação da NASA. Para isso, os astronautas precisaram usar roupas e equipamentos apropriados para poderem respirar e caminhar em solo lunar. A missão Apollo 11 foi a primeira a pousar na Lua, com os astronautas estadunidenses Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin.

      Acredita-se que a Lua tenha surgido de uma colisão de um asteroide com a Terra, ou seja, a Lua é composta de materiais da Terra. Se você costuma observar esse astro, já deve ter percebido que sua superfície não é uniforme, apresentando algumas “manchas”. Essas manchas são, na verdade, grandes crateras no solo lunar, provocadas pelo impacto de meteoros.

MP180

Imagem: Ícone: Formação cidadã. Fim da imagem.

Formação cidadã

O mundo que queremos

As mulheres na Astronomia

De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de 2016, em muitos países, os homens são maioria na profissão de cientista, seja em Biologia, Física, pesquisa Biomédica, Química, Matemática, Engenharia e Tecnologia, Medicina clínica e Terra e Espaço.

Em média, no mundo, apenas 28% dos pesquisadores são mulheres. O Brasil é uma das poucas exceções. Aqui, quase metade das pessoas que se dedicam às Ciências é mulher.

No entanto, em algumas áreas, a participação das mulheres ainda é reduzida. É o caso de Física e Astronomia, por exemplo. No Brasil, o número de homens nessas áreas é duas vezes maior que o de mulheres.

Algumas pessoas acreditam que as Ciências não são “coisa de mulher”. Por causa desse preconceito , muitas meninas são desestimuladas a estudar e praticar ciência. Felizmente, essa realidade está mudando. Para isso, são necessários estímulos para que as mulheres se interessem e se dediquem à pesquisa científica.

Veja as fotografias e conheça algumas das mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da Astronomia no Brasil e no mundo.

FONTE: Fonte dos dados: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. UNESCO Science Report: towards 2030. Paris, 2016.

Imagem: Fotografia em preto e branco. Mulher vista da cintura para cima, para à esquerda, de pele clara, cabelos escuros penteados para à esquerda, com blusa de mangas compridas. Ela tem sobrancelhas finas, nariz pequeno, olhando para frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cecilia Payne-Gaposchkin (1900-1979) descobriu do que são feitas as estrelas, em 1925. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma mulher em pé vista dos joelhos para cima, de pele escura, cabelos escuros, com blusa de mangas compridas em branco e saia escura. Ela usa um par de óculos no rosto, com prancheta nas mãos anotando. Ao fundo, local com paredes claras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mary Jackson (1921-2005) foi a primeira mulher negra a trabalhar como engenheira espacial na agência espacial norte-americana (Nasa). FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Atrás de um objeto na horizontal escuro, com mulher vista parcialmente, com rosto com cabelos curtos claros. Ela tem pele clara e sobrancelhas finas escuras, curvadas, com a mão direita sobre objeto à frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Yeda Veiga Ferraz Pereira (1925--2020) foi a primeira astrônoma profissional do Brasil. Trabalhou no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, na década de 1950. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Conhecer algumas mulheres que deram importantes contribuições para a Astronomia.
  • Discutir o preconceito contra a mulher e propor formas de combatê-lo.

    Leia o texto com os estudantes e questione-os sobre suas interpretações. Oriente a conversa por meio de perguntas como: Vocês já viram ou viveram alguma situação de preconceito contra a mulher? Como o preconceito pode prejudicar a vida de uma pessoa? Conhecem outras formas de preconceito? Por que vocês acham que existe preconceito? O que podemos fazer para combatê-lo?

    Explique aos estudantes o significado do termo empatia, que está relacionado à capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa para entender seu ponto de vista. Explique que essa é uma capacidade importante para o bom convívio com as pessoas.

    BNCC em foco na dupla de páginas:

    EF05CI13

    Domínio da linguagem

    Oralidade. Durante a conversa, estimule um ambiente de respeito em que todos possam expor suas opiniões e ideias. A capacidade de debater oralmente, formulando e expressando seus pensamentos de forma clara, deve ser desenvolvida sempre que possível, pois é importante para o pleno exercício da cidadania.

MP181

Imagem: Fotografia. Uma mulher vista do busto para cima, cabelos curtos longos, com franja na frente, com blusa de mangas até os cotovelos de cor azul-claro. Ela olha para frente e segura com a mão direita sobre um telescópio grande de cor preta. Ao fundo, vista parcial de cidade. Fim da imagem.

LEGENDA: A brasileira Beatriz Barbuy já foi vice-presidente da União Astronômica Internacional e é uma das principais especialistas no estudo das estrelas. FIM DA LEGENDA.

Compreenda a leitura

  1. Com base nas informações do texto, copie as frases a seguir no caderno, corrigindo aquelas que não estiverem corretas.
    • No Brasil, a maioria dos cientistas é mulher.
      PROFESSOR Resposta: No Brasil, quase metade das pessoas que se dedicam à pesquisa são mulheres.
    • Em muitos países, a maioria dos cientistas é homem.
    • Cerca de metade dos cientistas brasileiros são mulheres.
    • No Brasil, há mais homens do que mulheres pesquisando Astronomia.
    • Não são necessários estímulos para que as mulheres se interessem e permaneçam na pesquisa científica.
      PROFESSOR Resposta: É preciso estimular as mulheres para que se interessem e se dediquem à pesquisa científica.

Vamos fazer

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. O preconceito contra as mulheres ainda existe e precisa ser combatido. Converse com seus colegas sobre as seguintes questões:
    PROFESSOR Respostas pessoais.
    • Vocês acham que Ciência, ou outra área profissional, não é “coisa de mulher”? O que seria “coisa de mulher” na opinião de vocês?
    • Vocês já presenciaram alguma situação de preconceito contra a mulher? Como foi?
    • Como o preconceito pode reduzir a presença de mulheres na Astronomia?
    • O que pode ser feito para combater o preconceito contra a mulher?

      Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

    1. Em grupos, elaborem cartazes para expor as ideias que vocês debateram. Usem textos e imagens para deixar o cartaz bonito e informativo.
      • Exponham os cartazes em algum lugar da escola, sob orientação do professor.
        PROFESSOR Respostas pessoais.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 1. Complemente a atividade pedindo aos estudantes que escrevam novas frases no caderno, criando sentenças falsas e verdadeiras, e peçam aos colegas que, da mesma forma, identifiquem e corrijam aquelas que não estiverem corretas.
  • Atividade 2. É importante desconstruir a noção de que certas atividades devem ser realizadas apenas por homens, enquanto outras são atribuídas às mulheres. Comente que esse tipo de preconceito pode fazer uma pessoa abandonar seus sonhos, como uma menina que deixa de se dedicar à Astronomia ou um menino que reprime seu gosto por balé, por exemplo. Ouça as atitudes que os estudantes elencarem para combater o preconceito e faça os comentários que julgar necessários, sempre estimulando-os a encontrarem as próprias soluções.
  • Atividade 3. Se possível, exponha os cartazes em algum local da escola onde outras turmas possam vê-los. Dessa forma, o debate iniciado em sala de aula pode se expandir para outras turmas.

    O trabalho com essa seção valoriza a participação de mulheres nas Ciências, promovendo o respeito ao outro, com acolhimento à diversidade, sem preconceitos. Favorece, assim, o desenvolvimento de habilidades relacionadas à competência geral 9. Também é possível desenvolver a competência geral 1 e a competência específica 1 de Ciências da Natureza, ao valorizar os conhecimentos historicamente construídos por pesquisadoras, por meio de estudos, observações, registros, construção e uso de dispositivos, permeando a habilidade EF05CI13.

    Educação em valores

    Formação cidadã. Tomar consciência de injustiças que perduram em nossa sociedade e posicionar-se de maneira crítica perante elas são componentes importantes na formação cidadã dos estudantes. Ao longo das conversas propostas nessa atividade, deve ficar claro aos estudantes que uma sociedade mais justa e com menos preconceito é benéfica para todos, e todos somos responsáveis por atingir esse objetivo.

MP182

O que você aprendeu

Avaliação processual

  1. Observe as fotografias e responda às questões no caderno.
Imagem: Fotografia A. Brinquedo com trilhos de trem preta, com o formato arredondado, com um trem passando, com a ponta da frente para à esquerda, com vagões na parte inferior em azul, branco e verde-escuro. Ao centro, uma casa de paredes de cor bege, telhado triangular em azul-claro, com escada de cor laranja à esquerda e na parte superior, acima, varanda com grande em laranja.  Fim da imagem.

LEGENDA: Trenzinho de brinquedo. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia B. Um pião na vertical de cor marrom, com a parte superior grande e ponta inferior fina, em marrom-escuro. Ele roda em grande velocidade.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pião. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual desses objetos está realizando um movimento parecido com o de rotação da Terra? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: O pião, porque gira ao redor do próprio eixo.
  1. Qual desses objetos realiza um movimento parecido com o de translação da Terra? Por quê?
    PROFESSOR Resposta: O trenzinho, porque se move ao redor da casa.
  1. Qual dos movimentos da Terra, rotação ou translação, origina o dia e a noite?
    PROFESSOR Resposta: O movimento de rotação.
  1. Que fatores, associados ao movimento de translação da Terra, contribuem para originar as estações do ano?
    PROFESSOR Resposta: A forma aproximadamente esférica da Terra e a inclinação do seu eixo de rotação em relação ao plano da sua órbita.
  1. Em uma situação real, para uma pessoa dentro do trem, a casa estaria parada ou em movimento?
    PROFESSOR Resposta: Em movimento.
  1. O que aconteceria com a duração dos dias e das noites, se a rotação da Terra fosse mais lenta?
    PROFESSOR Resposta: Os dias e as noites seriam mais longos.
  1. Faça uma pesquisa na internet e procure responder às seguintes questões, no caderno:
    PROFESSOR Respostas variáveis.
    1. Fase da Lua no dia anterior, em sua cidade, ou no Brasil.
    1. Hora em que ela apareceu no horizonte.
    1. Hora em que ela deve se pôr, no horizonte oposto.
    1. Quanto tempo ela ficou visível no céu.
MANUAL DO PROFESSOR

Objetivos da seção

  • Retomar os conceitos estudados na unidade e o vocabulário aprendido.
  • Aplicar em situações novas os conhecimentos adquiridos.
  • Atividade 1. Essa atividade tem por objetivo verificar se os estudantes conseguiram compreender os conceitos de rotação e translação, tendo em vista a habilidade EF05CI11. Solicite a eles mais exemplos de analogias desses movimentos para verificar se de fato conseguiram compreender o conceito.
  • Atividade 2. Observe se os estudantes notam que, com um movimento de rotação mais lento, os dias e as noites seriam mais longos e esse ciclo teria mais de 24 horas. Por outro lado, caso fosse mais rápido, os dias e as noites seriam mais curtos, com um período inferior a 24 horas.
  • Atividade 3. Verifique se os estudantes localizam as informações solicitadas em cada item e ajude-os, caso necessário. Ao respondê-los, explore aspectos relacionados à habilidade EF05CI12.

    Para você acessar

    Planetários do Brasil. Associação Brasileira de Planetários. Disponível em: http://fdnc.io/eRL. Acesso em: 3 ago. 2021.

    Apresenta informações de todos os planetários do Brasil. Se possível, organize uma visita a um planetário da região.

    BNCC em foco:

    EF05CI11, EF05CI12

    Sugestão de atividade: Construção de um miniplanetário de baixo custo

    O artigo Miniplanetário: um projetor portátil de baixo custo , de Demetrius dos Santos Leão, propõe:

    [...] a construção de um material didático lúdico interativo, voltado para o ensino de Astronomia: um pequeno projetor de planetário, por isso mesmo denominado miniplanetário, montado com materiais de baixo custo. Seu princípio de funcionamento é bastante simples e a projeção que se pode obter com ele é de alta precisão.

    A Astronomia, ciência que estuda aos astros, carrega consigo inegável potencial didático. Embora haja muitas pesquisas na área, fruto de relatos de experiências escolares [...], o ensino de Astronomia ainda não alcançou sua devida posição no cenário educacional [...].

    Para o ensino de Astronomia, o material aqui apresentado é útil na abordagem de diversos temas, como: i) modelo do Sistema Solar (geocêntrico e heliocêntrico), ii) constelações, iii) Astronomia de posição, iv) estrelas e suas variedades, entre outros assuntos.

    LEÃO, D. S. Miniplanetário: um projetor portátil de baixo custo. Revista Física na Escola, volume 12, n. 2, 2011, p. 42 e 46.

MP183

  1. Observe as quatro principais fases da Lua na sequência em que as observamos, começando na Lua Nova.
Imagem: Fotografias. Quatro fases da lua. Fase 1: Uma lua redonda com sombra cobrindo grande parte, deixo luz fina à direita, com o formato de C invertido.  Fim da imagem.

LEGENDA: 1 FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fase 2: Uma lua redonda com pequena parte em sombra à direita e mais à esquerda, parte da lua em cinza-claro com manchas em cinza-escuro.  Fim da imagem.

LEGENDA: 2 FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fase 3: Uma lua redonda iluminada de cor cinza, com partes em cinza-escuro sobre ela. Fim da imagem.

LEGENDA: 3 FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fase 4: Lua redonda com a metade para à esquerda escura e na parte direita, parte em cinza-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: 4 FIM DA LEGENDA.

  1. Identifique e escreva o nome de cada uma das fases da Lua no seu caderno, na ordem em que estão apresentadas.
    PROFESSOR Resposta: Lua Nova, Lua Crescente, Lua Cheia e Lua Minguante.
  1. Como a Lua muda de fase?
    PROFESSOR Resposta: A região da Lua que está voltada para a Terra fica mais ou menos iluminada pelo Sol com o passar dos dias.
  1. Em que fase podemos enxergar a maior superfície possível da Lua?
    PROFESSOR Resposta: Na Lua Cheia.
  1. Leia a história a seguir e responda.

    Uma mulher e sua filha estão no quintal de casa, à noite, observando o céu. A mãe aponta para uma constelação e fala:

    — Olha, filha! A constelação do Cruzeiro do Sul!

    — Que legal! Vou mostrar para o vovô quando ele chegar!

    Três horas depois a menina volta para o quintal, trazendo seu avô pela mão, e diz:

    — Vem ver, vô, a constelação do Cruzeiro do Sul.

    A menina aponta para onde a constelação estava e fala:

    — Ué, ela estava ali! Onde ela foi parar?

    Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

    1. que você responderia à menina? Conte a um colega.
      PROFESSOR Resposta: A posição da constelação se alterou, indo no sentido oeste, por causa da rotação da Terra.
  1. Qual a importância de instrumentos astronômicos como os telescópios para a Astronomia?
    PROFESSOR Resposta: Eles nos fornecem muito mais informações do que poderíamos obter usando apenas nossos sentidos.
Imagem: Fotografia. Sobre local com grama verde, uma mulher à esquerda, com blusa branca, calça jeans, com o dedo indicador da mão esquerda apontando para o alto. À direita dela, uma menina deitada com o dedo indicador da mão direita para cima. No céu preto, com parte inferior em cinza. Na parte preta, estrelas, centenas de esferas brancas, pequenas, médias e algumas grandes.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR
  • Atividade 4. Retome com os estudantes as observações que fizeram das fases da Lua, caso eles tenham dificuldades em responder a essa questão. Comente que essas fases aparentes são apenas as que foram nomeadas, mas cada aparência da Lua no céu noturno pode ser considerada uma fase. Essa atividade contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05CI12.
  • Atividade 5. A atividade propicia verificar se os estudantes compreenderam que certas constelações podem ser identificadas no céu, ao longo do ano, e que elas “se movem” devido ao movimento de rotação da Terra, trabalhando com as habilidades EF05CI10 e EF05CI11.
  • Atividade 6. Questione os estudantes sobre quais informações podem-se obter com o telescópio, a fim de complementar a atividade e de verificar noções relacionadas à habilidade EF05CI13.

    BNCC em foco:

    EF05CI10, EF05CI11, EF05CI12, EF05CI13

MP184

Comentários para o professor:

Conclusão da Unidade 4

O processo de avaliação formativa dos estudantes pode incluir seminários ou atividades orais; rodas de conversa ou debates; relatórios ou produções individuais; trabalhos ou atividades em grupo; portfólios; autoavaliação; encenações e dramatizações; entre muitos outros instrumentos e estratégias.

Conceitos e habilidades desenvolvidos nesta unidade podem ser identificados por meio de uma planilha de avaliação da aprendizagem, como a que está apresentada a seguir. O professor poderá copiá-la, fazendo os ajustes de acordo com a sua prática pedagógica.

Ficha de acompanhamento da aprendizagem

Nome:

Ano/Turma:

Número:

Data:

Professor(a) :

Legenda:

S: Sim

N: Não

P: Parcialmente

Tabela: Equivalente textual à seguir.

Objetivo

Desempenho

Observação

Compreende o que é referencial e movimento relativo?

Conhece o movimento de rotação do planeta Terra e o relaciona ao movimento aparente do Sol e de outras estrelas?

Aprende sobre o movimento de translação da Terra e o associa à duração de um ano terrestre?

Reconhece a relação entre o movimento de translação e as estações do ano?

Reconhece que a Lua muda de aspecto a cada dia?

Associa o movimento da Lua ao redor da Terra às mudanças de fase da Lua?

Simula e observa a mudança de fases da Lua, concluindo sobre sua periodicidade?

Conhece a importância histórica das constelações e seus usos por diversos povos?

Associa o movimento aparente das constelações aos movimentos da Terra?

Identifica algumas constelações que podem ser vistas no céu brasileiro?

Conhece alguns aparatos usados para observação a distância?

Reconhece a importância de instrumentos astronômicos e percebe usos sociais desses dispositivos?

Realiza observações e registros de um fenômeno?

Identifica mudanças que ocorrem na posição aparente dos astros no céu ao longo da noite?

Registra as mudanças de aspecto da Lua durante 30 dias e identifica a periodicidade das fases da Lua?

Reconhece constelações na bandeira brasileira?

Localiza constelações no céu usando um mapa celeste?

Localiza os pontos cardeais com base na posição da constelação do Cruzeiro do Sul?

Apresenta noções de medidas e proporções?

Constrói e usa uma luneta caseira para observar a Lua?

Discute o preconceito contra a mulher e propõe formas de combatê-lo?

Produz texto descritivo com base em um modelo?

Continua

MP185

Continuação

Tabela: Equivalente textual à seguir.

Lê e compreende, com autonomia, textos instrucionais?

Adota os cuidados necessários ao realizar experimentos científicos?

Lê e compreende, com autonomia e fluência, textos curtos lidos silenciosamente ou em voz alta?

Infere informações implícitas nos textos lidos?

Expressa-se oralmente com clareza, preocupando-se em ser compreendido?

Escuta, com atenção, falas de professores e colegas?

Formula perguntas pertinentes ao tema, solicitando esclarecimentos sempre que necessário?

Relaciona texto com ilustrações e outros recursos gráficos?

Sugestão de ficha de autoavaliação do estudante

Fichas de autoavaliação, como a reproduzida a seguir, podem ser aplicadas ao final de cada unidade. O professor pode fazer os ajustes de acordo com as necessidades da turma.

Tabela: Equivalente textual à seguir.

Autoavaliação do estudante

Nome:

Marque um X em sua resposta para cada pergunta.

Sim

Mais ou menos

Não

1. Presto atenção nas aulas?

2. Pergunto ao professor quando não entendo?

3. Sou participativo?

4. Respeito meus colegas e procuro ajudá-los?

5. Sou educado?

6. Faço todas as atividades com capricho?

7. Trago o material escolar necessário e cuido bem dele?

8. Cuido dos materiais e do espaço físico da escola?

9. Gosto de trabalhar em grupo?

10. Respeito todos os meus colegas de turma, professores e funcionários?

11. Compreendo que o movimento de rotação da Terra é responsável pela sucessão dos dias e das noites?

12. Compreendo o que é movimento aparente dos astros no céu?

13. Sei descrever como a rotação da Terra está associada ao movimento aparente do Sol e das demais estrelas no céu?

14. Compreendo que as fases da Lua estão associadas ao movimento dela ao redor da Terra e a sua mudança de posição em relação ao Sol?

15. Compreendo que as formas aparentes da Lua que eu enxergo são as regiões iluminadas pelo Sol que é possível visualizar da Terra?

16. Compreendo que o surgimento de algumas constelações no céu noturno pode ser associado a determinados períodos do ano?