MP003
SUMÁRIO
Seção introdutória, p. MP004
Os componentes desta coleção, p. MP004
Livro do Estudante, p. MP004
Manual do Professor, p. MP004
A proposta didática desta coleção, p. MP004
Ciências Humanas: o ensino integrado de História e Geografia, p. MP004
Os objetivos do ensino de Ciências Humanas, p. MP006
O trabalho com as competências, p. MP007
O trabalho com as habilidades, p. MP009
Visão geral dos conteúdos, p. MP010
Princípios norteadores desta coleção, p. MP017
Os conteúdos temáticos, p. MP017
O domínio da linguagem: literacia e numeracia, p. MP017
A educação em valores e temas contemporâneos, p. MP018
A avaliação, p. MP019
A estrutura dos livros, p. MP020
Para começar, p. MP020
Abertura da unidade, p. MP021
Investigar o assunto, p. MP021
Desenvolvimento dos conteúdos e das atividades, p. MP021
Para ler e escrever melhor, p. MP021
O mundo que queremos, p. MP021
Vamos fazer, p. MP021
Painel multicultural, p. MP021
O que você aprendeu, p. MP021
Para terminar, p. MP021
Referências bibliográficas, p. MP022
Orientações específicas, p. MP025
Conheça a parte específica deste Manual, p. MP025
Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento e Habilidades trabalhados neste livro, p. MP027
Tema atual de relevância trabalhado neste livro, p. MP028
Unidade 1 – O planeta Terra, p. MP042
Unidade 2 – As paisagens da superfície terrestre, p. MP084
Unidade 3 – A paisagem na vida do campo, p. MP130
Unidade 4 – A paisagem e a vida na cidade, p. MP182
MP004
Comentários para o professor
SEÇÃO INTRODUTÓRIA
Os componentes desta coleção
Esta coleção oferece instrumentos com diferentes objetivos para o desenvolvimento das propostas pedagógicas. As estratégias de aula, guiadas por competências e habilidades, assim como a avaliação e o acompanhamento das aprendizagens dos estudantes, podem ser construídas por meio da mobilização dos conteúdos do Livro do Estudante, apoiados pelas orientações fornecidas no Manual do Professor.
Livro do Estudante
Formam a parte principal desta coleção os cinco volumes do Livro do Estudante, do 1º ao 5º ano. O conteúdo de cada volume é organizado em quatro unidades que compreendem um conjunto de capítulos, cuja proposta é detalhada no item “A estrutura dos livros” (páginas MP020 e MP021).
Manual do Professor
Este Manual do Professor foi elaborado com a finalidade de auxiliar o professor na utilização dos livros da coleção e na realização de propostas de trabalho complementares. O conteúdo está organizado em duas partes.
A primeira parte, a “Seção Introdutória” aqui apresentada, expõe a proposta da coleção para o ensino de Ciências Humanas, descreve os princípios norteadores da coleção, apresenta a estrutura dos livros e explicita a concepção de avaliação adotada.
A segunda parte deste Manual compreende as orientações específicas de trabalho relativo a cada página e seção do Livro do Estudante, com explicações de caráter prático referentes às atividades propostas, incluindo considerações pedagógicas a respeito de eventuais dificuldades que os estudantes possam apresentar durante a resolução e oferecendo alternativas para a consolidação do conhecimento dos temas contemplados.
A parte específica do Manual do Professor apresenta sugestões de abordagem e, em momentos estratégicos, atividades preparatórias para a realização dos conteúdos desenvolvidos ao longo do Livro do Estudante. O material também oferece sugestões de atividades complementares, jogos e brincadeiras, além de alternativas para ampliar, aprofundar, adaptar e promover variações nos conteúdos dispostos no Livro do Estudante.
Há, ainda, orientações relativas à literacia, indicação das habilidades correspondentes às propostas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) contempladas em cada parte do conteúdo e a proposição de avaliações e monitoramento da aprendizagem para os objetivos pedagógicos trabalhados, o que possibilita acompanhar os avanços e as conquistas dos estudantes.
A proposta didática desta coleção
Ciências Humanas: o ensino integrado de História e Geografia
Na área da educação, o debate sobre os conteúdos que compõem o currículo escolar, bem como a organização desses conhecimentos, são discussões que estão longe de serem novas. A especialização das áreas de conhecimento, assim como o diálogo e a interação entre elas, são aspectos que vêm sendo discutidos há muito tempo, em diferentes contextos socioculturais e político-econômicos.
No âmbito desse debate, no decorrer do século XX, surgiram diversas críticas relacionadas à fragmentação do conhecimento nas práticas escolares. A partir dos anos 1960, a necessidade de se promover maior inter-relação das disciplinas escolares tornou-se uma questão central em diferentes fóruns educacionais. Conceitos como interdisciplinaridade e transdisciplinaridade passaram a nortear iniciativas e diretrizes de renovação curricular nas diferentes etapas da vida escolar.
Conforme expressou o filósofo e educador Hilton Japiassu (1934-2015), nesse período as discussões sobre a especialização da produção científica do conhecimento e da diversificação das disciplinas apontavam, com preocupação, seus desdobramentos no campo da educação. A especialização excessiva poderia contribuir para a formação de indivíduos alienados em face dos problemas e desafios do seu tempo, desprovidos de capacidade crítica para atuar como cidadãos.
• Geografia e História: espaço e tempo
O espaço e o tempo, objetos por excelência da Geografia e da História, estiveram profundamente imbricados nas abordagens científicas desde as origens desses campos disciplinares. Até o século XVIII, as fronteiras entre os saberes tinham menos importância. Humanistas, inventores, artistas, naturalistas, cientistas, enciclopedistas, homens e mulheres de letras transitavam pelo mundo do conhecimento sem a preocupação de filiar-se a um campo específico, a uma especialidade.
MP005
O século XIX introduziu o princípio da segmentação e da legitimação de determinados campos do saber e das ciências. Ainda assim, Geografia e História seguiram caminhando lado a lado, formalmente integradas em diversas instâncias.
Em nosso país, o ano de 1838 viu nascer o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), destinado a dotar a jovem nação, recém-independente de Portugal, de pesquisas sobre seu passado, seu território, sua população. Os trabalhos em curso no IHGB serviram de base para organizar o currículo e dotar de manuais escolares o Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro, então capital do país. Na longeva trajetória dessa instituição de ensino, Geografia e História estiveram, por muito tempo, diretamente interligadas.
No Ensino Superior, o caminho não foi diferente. Os cursos de História e Geografia nasceram entrelaçados na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras que, na década de 1930, deu origem à Universidade de São Paulo. Somente em meados da década de 1950 foram desmembrados como cursos de História e Geografia, mas seguem ocupando o mesmo edifício. Em países estrangeiros, por muito tempo as universidades mantiveram integradas a formação em História e Geografia. O olhar especializado do pesquisador, talvez futuro professor, sobre o tempo desdobrava-se em um olhar especializado sobre o espaço.
Se, como campos de conhecimento, a Geografia e a História foram construindo fronteiras bem demarcadas ao longo dos séculos XX e XXI, movimentos teóricos no âmbito de cada um desses campos, bem como no campo da Educação, ensejaram reaproximações.
• Um caminho para a integração
A partir da década de 1990, é possível perceber uma ampliação das discussões no sentido de estabelecer grandes áreas de conhecimento nos currículos escolares da Educação Básica.
Nesse período, ocorreu um movimento de renovação pedagógica que esteve na base da adoção dos chamados temas transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais, buscando promover aproximação e entrelaçamentos das várias disciplinas escolares. Também nesse período, houve uma considerável ampliação dos trabalhos em Educação voltados à definição dos fundamentos teóricos da interdisciplinaridade e a identificação das possibilidades e dos desafios nos processos que procuravam dar corpo a ela. Diante das mudanças provocadas pelo processo de globalização, assim como das mudanças em curso nos paradigmas epistemológicos e científicos, parecia fazer mais sentido um currículo em que o conhecimento estivesse interligado, valorizando uma visão abrangente dos fenômenos, da cultura, da história e da sociedade.
Na documentação oficial, as propostas de renovação pedagógica ganharam expressão com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, em 1996, e da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1998.
Além de organizar o ensino brasileiro da Educação Infantil até o Ensino Superior, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação dispõe que “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” e que o ensino deve preparar tanto para a vida como para o trabalho.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, por sua vez, destacaram alguns temas para a prática escolar da Educação Básica que se relacionavam a problemáticas sociais e ambientais e abriram caminho para que o processo de aprendizagem envolvesse uma reflexão sobre valores. Esses temas são chamados temas transversais .
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, os temas transversais ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho e consumo são temas amplos que permitem uma diversidade de abordagens e abarcam questões em debate na sociedade e conteúdos relacionados à vida cotidiana do estudante. Esses temas permitem um envolvimento de diferentes áreas do conhecimento, sendo praticamente impossível trabalhá-los com a visão de apenas um componente curricular.
Um aspecto importante do trabalho com temas contemporâneos e próximos à realidade dos estudantes é a possibilidade de desenvolver reflexões sobre as diferentes realidades e modos de vida dos seres humanos. O exercício de comparação e reflexão, seguido da elaboração de explicações que considerem o contexto histórico, político, social e ambiental, possibilita aos estudantes a construção da capacidade de argumentação e o desenvolvimento do olhar crítico.
Pode-se concluir, assim, que as demandas por um ensino que promovesse a aproximação do indivíduo com o “mundo real” encontraram ressonância nos princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
• Ciências Humanas na BNCC
Nos anos 2010, remontando à Constituição de 1988, cujo artigo 210 previa a criação de uma Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental, um novo documento passou a ser gestado por órgãos do Governo Federal, envolvendo ampla discussão pública e a participação de diferentes entidades da sociedade civil. O texto final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nas seções dedicadas à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, foi formalmente aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologado pelo Ministério da Educação (MEC) em dezembro de 2017. Na Introdução do documento, destaca-se:
MP006
Boxe complementar:
PROFESSOR
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).
FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 7.
Fim do complemento.
Orientada por esses princípios, a BNCC persistiu na direção que vinha sendo apontada por documentos normativos anteriores, reafirmando a importância de se promover no país uma educação integral que favoreça o desenvolvimento de competências fundamentais e que situe as disciplinas escolares – os chamados componentes curriculares – no âmbito de áreas mais abrangentes do conhecimento.
Ao mesmo tempo, a BNCC incorporou outra ênfase dos documentos normativos sobre educação produzidos no Brasil na passagem do século XX ao XXI, qual seja, a da relevância de se promover a alfabetização e a “alfabetização científica” nos anos iniciais do Ensino Fundamental, em todas as áreas do conhecimento.
Em documentos oficiais, a abordagem da alfabetização foi um dos motivos para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, buscando promover a alfabetização também nas áreas do conhecimento, como contextos para a ampliação do processo de letramento.
Coadunando com essas abordagens, a BNCC contempla o diálogo permanente entre as concepções de espaço e tempo que renovam o olhar das narrativas históricas e das abordagens geográficas. Assim, Geografia e História conformam componentes curriculares específicos, mas integrados em uma mesma área de conhecimento – as Ciências Humanas.
Boxe complementar:
PROFESSOR
A área de Ciências Humanas contribui para que os alunos desenvolvam a cognição in situ, ou seja, sem prescindir da contextualização marcada pelas noções de tempo e espaço, conceitos fundamentais da área. Cognição e contexto são, assim, categorias elaboradas conjuntamente, em meio a circunstâncias históricas específicas, nas quais a diversidade humana deve ganhar especial destaque, com vistas ao acolhimento da diferença.
O raciocínio espaço-temporal baseia-se na ideia de que o ser humano produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em determinada circunstância histórica. A capacidade de identificação dessa circunstância impõe-se como condição para que o ser humano compreenda, interprete e avalie os significados das ações realizadas no passado ou no presente, o que o torna responsável tanto pelo saber produzido quanto pelo controle dos fenômenos naturais e históricos dos quais é agente. A abordagem das relações espaciais e o consequente desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal no ensino de Ciências Humanas devem favorecer a compreensão, pelos alunos, dos tempos sociais e da natureza e de suas relações com os espaços.
FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 353.
Fim do complemento.
Na perspectiva da BNCC, os componentes História e Geografia, da área de Ciências Humanas, prestam-se ao trabalho de exercício da crítica sistemática à ação humana, às relações sociais e de poder, favorecendo “uma melhor compreensão do mundo” e a possibilidade de uma “intervenção mais responsável” do indivíduo sobre o mundo. A História promove uma reflexão sobre os grupos humanos e as relações que estabelecem suas formas de organização e modos de vida em diferentes tempos e espaços. A Geografia possibilita a compreensão do espaço geográfico como a materialização dos tempos da vida social, uma construção resultante da relação entre a sociedade e a natureza.
Os objetivos do ensino de Ciências Humanas
O raciocínio geográfico e a atitude historiadora definem o percurso que se apresenta ao estudante no trabalho educacional proposto na coleção, partindo de perguntas que o levam a situar-se no tempo e no espaço biográficos e que se abrem aos poucos para planos mais amplos.
Em todos os livros que compõem a obra, os componentes Geografia e História não estão separados em blocos específicos, que o estudante deva enfocar alternadamente. Ao contrário, entrecruzam-se na abordagem dos temas estabelecidos para cada unidade e capítulo. O olhar vivo e interessado para si e para o mundo mobiliza indagações sobre o onde, por que, como e para que, suscitando processos de identificação, comparação, interpretação e reflexão que servem de base para a construção de categorias espaciais e temporais, para conceitos geográficos e históricos. Acreditamos ser esta a mais fértil integração, nos anos iniciais de formação do estudante, entre componentes curriculares que conformam uma única área do conhecimento. Os saberes e as competências específicos de cada um dos componentes vão se delineando progressivamente, sem sufocar a percepção e a experiência integradoras da criança em relação a si mesma e ao seu entorno.
MP007
Seguindo esse percurso, pretende-se possibilitar aos estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental:
- Conhecer conceitos científicos básicos com os quais poderá entender o ser humano e o ambiente.
- Reconhecer o ser humano como parte integrante e sujeito do processo de construção/reconstrução do ambiente, adquirindo maior consciência das alterações ambientais.
- Compreender o uso das tecnologias como meio para suprir necessidades humanas e desenvolver senso crítico para avaliar seus impactos.
- Compreender a realidade como resultado da interação entre sociedade e natureza, numa dimensão histórica e cultural.
- Apropriar-se de métodos de pesquisa e de produção de textos, aprendendo a observar, descrever, registrar, formular hipóteses, comparar, relacionar, analisar, diagnosticar e propor soluções, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.
- Reconhecer métodos e procedimentos próprios da elaboração do conhecimento científico, como a atitude investigativa, a observação, o levantamento de dados, o registro de ideias, a interpretação crítica das fontes e o estabelecimento de comparações.
- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade essencialmente humana.
- Conhecer e utilizar a linguagem cartográfica como instrumento de representação, leitura e interpretação do espaço.
- Reconhecer referenciais espaciais de orientação e localização.
- Reconhecer a posição relativa dos acontecimentos no tempo, assim como a simultaneidade, a antecedência, a sucessão e a ordenação de fatos relativos a um ponto de referência determinado.
- Compreender a construção do conceito de tempo histórico por meio das relações entre passado, presente e futuro.
- Reconhecer os grupos de convívio e a relação deles com diversos tempos e espaços.
- Compreender que os acontecimentos se desenvolvem em diferentes tempos históricos.
- Formular explicações para questões do presente e do passado a partir da compreensão dos processos históricos.
- Analisar diferentes documentos históricos compreendendo sua historicidade.
- Compreender os diversos registros escritos, sonoros e iconográficos como fontes de pesquisa e conhecimento histórico.
- Reconhecer o trabalho humano e a materialização de diferentes tempos no espaço.
- Perceber mudanças e permanências na própria realidade, estendendo essa perspectiva a outros modos de vida próximos ou distantes no tempo e no espaço.
- Reconhecer o modo de vida de variados grupos sociais por meio de suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais em diferentes tempos e espaços.
- Reconhecer, respeitar e valorizar o modo de vida e a cultura de diferentes grupos sociais.
- Reconhecer e respeitar a diversidade e as manifestações culturais dos povos como patrimônio
sociocultural
a ser preservado.
O trabalho com as competências
Nesta coleção, reafirma-se que os conteúdos temáticos e as atividades foram elaborados com o propósito de desenvolver as competências e as habilidades previstas na BNCC.
De acordo com a BNCC 1 , a noção de competência está relacionada com a “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.
São dez as competências gerais estipuladas na BNCC, inter-relacionadas e pertinentes a todos os componentes curriculares, que os estudantes deverão desenvolver para garantir, ao longo de sua trajetória escolar, uma formação humana integral que visa à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
A partir desses horizontes comuns à totalidade da educação escolar, a BNCC organiza o Ensino Fundamental em quatro diferentes áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas), favorecendo a articulação dos diferentes componentes curriculares. A cada uma dessas áreas correspondem competências específicas que devem ser desenvolvidas em consonância com as competências gerais.
No caso das Ciências Humanas, espera-se que os estudantes desenvolvam o conhecimento a partir da contextualização marcada pelas noções de espaço e tempo, conceitos fundamentais da área. De acordo com a BNCC, o conhecimento baseado nessas noções promove o raciocínio espaço-temporal, por meio do qual se entende que a sociedade produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em diferentes contextos históricos. A capacidade de identificar esses contextos é a condição para que o ser humano compreenda, interprete e avalie os significados das ações realizadas no passado e/ou no presente, o que o torna responsável tanto pelo saber produzido quanto pelo entendimento dos fenômenos naturais e históricos dos quais é parte.
Geografia e História, os dois componentes curriculares que integram a área de Ciências Humanas nos anos iniciais do Ensino Fundamental, compartilham competências que distinguem a área e, por outro lado, guardam competências específicas a serem desenvolvidas pelos estudantes ao longo dessa etapa de escolarização.
A seguir, apresentamos um quadro que indica quais são as Competências Gerais da Educação Básica, as Competências Específicas de Ciências Humanas e as Competências Específicas de História e de Geografia para o Ensino Fundamental, elencadas na BNCC.
Nota de rodapé: 1. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 8. Fim da nota.
MP008
Quadro: equivalente textual a seguir.
Competências Gerais da Educação Básica |
Competências Específicas de Ciências Humanas |
Competências Específicas de História |
Competências Específicas de Geografia |
---|---|---|---|
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. |
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. |
1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. |
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. |
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. |
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. |
2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica. |
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. |
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. |
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. |
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. |
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. |
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. |
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. |
4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. |
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. |
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. |
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. |
5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações. |
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. |
MP009
Quadro: equivalente textual a seguir.
Competências Gerais da Educação Básica |
Competências Específicas de Ciências Humanas |
Competências Específicas de História |
Competências Específicas de Geografia |
---|---|---|---|
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. |
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. |
6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica. |
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. |
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. |
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. |
7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais. |
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. |
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. |
|||
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. |
|||
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. |
O trabalho com as habilidades
Para garantir o desenvolvimento das competências gerais e específicas previstas na BNCC, os diferentes componentes curriculares apresentam um conjunto de objetos de conhecimento e habilidades .
Segundo a BNCC, os objetos de conhecimento “são entendidos como conteúdos, conceitos e processos”, enquanto as habilidades “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 28-29).
Apresentamos, nos quadros do tópico “Visão geral dos conteúdos”, a seguir, a relação das unidades temáticas, dos objetos de conhecimento e das habilidades previstos na BNCC para os componentes curriculares História e Geografia, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, trabalhados em cada Unidade do Livro do Estudante.
MP010
Visão geral dos conteúdos
Nesta coleção, os conteúdos distribuídos entre os volumes atendem às expectativas de desenvolvimento das competências gerais da Educação Básica, das competências específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental e das competências específicas de História e de Geografia para o Ensino Fundamental propostas pela BNCC. A articulação dessas competências ampara ainda, no âmbito da BNCC, a proposição de unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades, contemplados em perspectiva progressiva nos cinco volumes desta coleção.
Por meio dos materiais oferecidos pela coleção, os agentes de aprendizagem, em especial professores e estudantes, encontram o respaldo necessário para incorporar à dinâmica das aulas os temas pulsantes no mundo contemporâneo e as inquietações que envolvem os lugares de vivência e os circuitos sociais que compõem a comunidade escolar.
As unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades estabelecidos na BNCC para os anos iniciais do Ensino Fundamental, em História e Geografia, evidenciam a existência de conexões entre conteúdos com previsão de abordagem em anos diferentes por meio de recorrências, aprofundamentos e extrapolações. Desse modo, os cinco volumes do Livro do Estudante que compõem esta coleção favorecem a progressão da aprendizagem, propondo abordagens que conduzem ao desenvolvimento de novos objetos de conhecimento e novas habilidades para explorar os conteúdos abrangidos pelas unidades temáticas em cada ano letivo.
O quadro a seguir apresenta um panorama dos conteúdos abordados neste volume, associando-os às práticas pedagógicas e aos roteiros de aulas, que serão retomados nas orientações feitas nas “Orientações Específicas” deste Manual. O quadro também indica momentos sugeridos para a realização de etapas da avaliação das aprendizagens.
Quadro: equivalente textual a seguir.
3º ano |
||||
---|---|---|---|---|
1º bimestre – Unidade 1: O planeta Terra Total de aulas previstas: 40 |
||||
BNCC |
||||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
||
Formas de representação e pensamento espacial |
Representações cartográficas EF03GE07 |
EF03GE06 |
||
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Impactos das atividades humanas EF03GE11 |
EF03GE09 |
||
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
1 |
2 |
Para começar |
8-11 |
Sondagem do repertório de conhecimentos, das competências e habilidades já dominadas e de outros aspectos relativos ao processo de aprendizagem dos estudantes. |
1 |
2 |
Abertura da Unidade 1: O planeta Terra |
12-13 |
Reconhecimento do Sol, da Lua, das estrelas e dos planetas como astros ou corpos celestes. Identificação dos astros visíveis no céu aos períodos do dia (dia e/ou noite). |
2 |
2 |
Investigar o assunto: Os astros vistos da Terra |
14-15 |
Percepção das diferenças entre o céu visto de dia e o céu visto à noite. Identificação de astros visíveis de dia e à noite. Reconhecimento do Sol, da Lua e das estrelas. Representação do céu diurno e do céu noturno por meio de um desenho. |
2 |
2 |
Abertura do Capítulo 1: A observação do céu |
16-19 |
Compreensão das características dos componentes do Sistema Solar. |
3 |
2 |
|||
3 |
2 |
Diferentes maneiras de conhecer os astros |
19-21 |
Identificação de alguns equipamentos usados para observar o céu. |
4 |
2 |
Para ler e escrever melhor: O astrônomo |
22-23 |
Desenvolvimento das competências leitora e escritora por meio de texto descritivo e de organizador gráfico. |
MP011
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
4 |
1 |
Abertura do Capítulo 2: Conhecendo o planeta Terra |
24 |
Identificação de algumas características do planeta Terra e de alguns elementos que compõem a superfície terrestre. |
4 |
1 |
Os componentes naturais do planeta |
25 |
Compreensão das características das rochas, da formação do solo e da importância da atmosfera para a vida na Terra. |
5 |
2 |
As rochas |
26-27 |
Compreensão das características das rochas e da formação do solo. |
5 |
2 |
A água |
28-29 |
Compreensão de como se distribui a água no planeta Terra, identificando os continentes e os oceanos do planeta. |
6 |
2 |
O ar |
30-31 |
Percepção da importância da atmosfera para a vida na Terra. |
6 |
2 |
Os continentes e os oceanos |
32-33 |
Percepção da distribuição da água na Terra, identificando os continentes e os oceanos. |
7 |
2 |
O mundo que queremos: A água é um direito de todos |
34-35 |
Reconhecimento de que o acesso à água como um direito humano e de o acesso à água não é igualitário. |
7 |
1 |
Abertura do Capítulo 3: Representações do planeta Terra O globo terrestre |
36 |
Identificação das distintas formas de representação do planeta Terra. |
7 |
1 |
Vamos fazer: Globo terrestre |
37 |
Construção e manipulação de representação tridimensional do planeta Terra e identificação de suas características. |
8 |
1 |
Os mapas |
38 |
Reconhecimento da distintas formas de representação do planeta Terra. |
8 |
1 |
Os primeiros mapas |
39 |
Percepção da importância da história da cartografia. |
8 |
1 |
O planisfério de Ptolomeu |
40 |
Reconhecimento das primeiras contribuições para a elaboração de representações cartográficas. |
8 |
1 |
As viagens marítimas e os planisférios europeus |
41-42 |
Reconhecimento do papel das viagens marítimas para o aperfeiçoamento das representações cartográficas. |
9 |
1 |
|||
9 |
1 |
Os mapas na atualidade |
43 |
Compreensão dos modos de representação cartográfica na atualidade e de seus elementos constitutivos. |
9 |
2 |
Vamos fazer: Elaboração de um mapa |
44-45 |
Identificação dos elementos em uma imagem de satélite. |
10 |
2 |
Painel multicultural: O dia e a noite nas obras de arte |
46-47 |
Compreensão da arte como uma linguagem e um modo de registro de informações. |
10 |
2 |
O que você aprendeu |
48-51 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
Quadro: equivalente textual a seguir.
2º bimestre – Unidade 2: As paisagens da superfície terrestre Total de aulas previstas: 36 |
||
---|---|---|
BNCC |
||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município |
O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive |
EF03HI03 |
Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive |
EF03HI04 |
MP012
Quadro: equivalente textual a seguir.
BNCC |
||||
---|---|---|---|---|
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
|||
O sujeito e seu lugar no mundo |
A cidade e o campo: aproximações e diferenças |
EF03GE01 |
||
EF03GE03 |
||||
Conexões e escalas |
Paisagens naturais e antrópicas em transformação |
EF01GE04 |
||
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
11 |
2 |
Abertura da Unidade 2: As paisagens da superfície terrestre |
52-53 |
Compreensão do conceito de paisagem e dos elementos que a constituem. |
11 |
2 |
Investigar o assunto: Fotografia mental |
54-55 |
Percepção dos elementos que formam a paisagem e das maneiras de registrá-la. |
12 |
2 |
Abertura do Capítulo 1: A paisagem |
56-59 |
Reconhecimento dos elementos naturais e dos elementos culturais que constituem a paisagem. |
12 |
2 |
Vamos fazer: Planos da paisagem |
60-61 |
Identificação e distinção de alguns planos da paisagem. |
13 |
2 |
Abertura do Capítulo 2: As paisagens são transformadas A natureza transforma a paisagem |
62-63 |
Reconhecimento de que a paisagem está em constante transformação. Percepção de que a natureza transforma a paisagem. |
13 |
2 |
O ser humano transforma a paisagem |
64-65 |
Compreensão de que, por meio do trabalho, o ser humano altera a paisagem. |
14 |
2 |
Patrimônios naturais e culturais |
66-69 |
Reconhecimento da importância de preservar os patrimônios naturais e culturais brasileiros. |
14 |
2 |
Vamos fazer: Folhetos de divulgação do patrimônio natural e cultural |
70-71 |
Identificação dos patrimônios natural e cultural do lugar de vivência. |
15 |
2 |
Para ler e escrever melhor: Casa de José de Alencar |
72-73 |
Desenvolvimento da capacidade de ler, compreender, interpretar e produzir texto estruturado em sequência temporal. |
15 |
2 |
Abertura do Capítulo 3: Paisagens diferentes, modos de vida diferentes O modo de vida caiçara |
74-75 |
Identificação do modo de vida de alguns grupos sociais em diferentes paisagens. Compreensão do modo de vida caiçara e sua relação com o mar. |
16 |
2 |
O modo de vida ribeirinho |
76-77 |
Reconhecimento da importância do rio para o modo de vida ribeirinho. |
16 |
2 |
O modo de vida sertanejo |
78-79 |
Compreensão do modo de vida sertanejo e sua relação com a ausência de água. |
17 |
2 |
O modo de vida indígena |
80-83 |
Compreensão do modo de vida indígena e sua relação com a natureza. |
17 |
2 |
Vamos fazer: Chocalhos e sons |
84-85 |
Identificação de alguns instrumentos musicais dos povos indígenas. Percepção dos diferentes sons produzidos a partir da manipulação de diferentes materiais. |
18 |
2 |
O modo de vida quilombola |
86-87 |
Compreensão do modo de vida quilombola e sua história de resistência. |
18 |
2 |
O mundo que queremos: Viva a diversidade! |
88-89 |
Reconhecimento da diversidade física, social e cultural e estabelecimento de relações de alteridade. |
MP013
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
19 |
2 |
Painel multicultural: Festas e danças tradicionais do Brasil |
90-91 |
Valorização de diferentes culturas e modos de vida. Reconhecimento de que festas e danças tradicionais são manifestações culturais. |
19 |
2 |
O que você aprendeu |
92-95 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
Quadro: equivalente textual a seguir.
3o bimestre – Unidade 3: A paisagem e a vida no campo Total de aulas previstas: 36 |
||||
---|---|---|---|---|
BNCC |
||||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
||
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município |
O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive |
EF03HI01 |
||
Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive |
EF03HI04 |
|||
O lugar em que vive |
A produção dos marcos da memória: a cidade e o campo, aproximações e diferenças |
EF03HI08 |
||
A noção de espaço público e privado |
A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental |
EF03HI10 |
||
A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer |
EF03HI11 |
|||
Conexões e escalas |
Paisagens naturais e antrópicas em transformação |
EF03GE04 |
||
Mundo do trabalho |
Matéria-prima e indústria |
EF03GE05 |
||
Formas de representação e pensamento espacial |
Representações cartográficas |
EF03GE06 |
||
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Impactos das atividades humanas |
EF03GE09 |
||
EF03GE10 |
||||
EF03GE11 |
||||
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
20 |
1 |
Abertura da Unidade 3: A paisagem e a vida no campo |
96-97 |
Identificação de atividades de trabalho e modos de vida relacionados à paisagem do campo. |
20 |
2 |
Investigar o assunto: Horta suspensa |
98-99 |
Compreensão dos cuidados necessários para o desenvolvimento das plantas. |
20 |
1 |
Abertura do Capítulo 1: A atividade agrícola |
100-101 |
Reconhecimento de que os municípios, em geral, são formados por área urbana e área rural. |
21 |
1 |
Mapeando uma área rural |
102-103 |
Identificação dos elementos presentes na paisagem do campo. |
21 |
1 |
Plantar e colher |
104 |
Reconhecimento das atividades existentes e as relações de trabalho no campo. |
MP014
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
21 |
2 |
Como consumimos os produtos alimentícios do campo Consumo in natura Produtos agrícolas transformados em alimentos industrializados |
105-106 |
Reconhecimento de algumas condições favoráveis à prática da agricultura da importância do campo como produtor de alimentos. |
22 |
2 |
Condições favoráveis à agricultura |
107-109 |
Reconhecimento de algumas condições favoráveis à prática da agricultura da importância do campo como produtor de alimentos. |
22 |
2 |
Vamos fazer: Observação do solo |
110-111 |
Reconhecimento das diferentes características do solo. |
23 |
1 |
A reprodução das plantas |
112-113 |
Compreensão das etapas e dos modos de reprodução das plantas. |
23 |
1 |
Para ler e escrever melhor: O que a fábrica produz com o milho? |
114-115 |
Ampliação do domínio da leitura, da organização de informações e da escrita de textos expositivos. |
23 |
1 |
Abertura do Capítulo 2: A criação de animais |
116-117 |
Reconhecimento da pecuária como uma das formas de trabalho no campo. |
23 |
1 |
A pecuária e a ocupação do interior |
118-119 |
Compreensão do papel da pecuária na produção de matérias-primas e alimentos e na ocupação do interior do país. |
24 |
2 |
Os produtos da pecuária |
119-121 |
Compreensão do papel da pecuária na produção de matérias-primas e alimentos e na ocupação do interior do país. |
24 |
1 |
O mundo que queremos: Conservação ambiental no espaço rural |
122-123 |
Compreensão da importância de utilizar os recursos naturais de modo sustentável. |
24 |
1 |
Abertura do Capítulo 3: As atividades extrativistas |
124-125 |
Compreensão do conceito de extrativismo considerando seus três tipos: vegetal, animal e mineral. |
25 |
2 |
A exploração do pau-brasil |
126-127 |
Compreensão dos aspectos históricos e culturais da exploração do pau-brasil. |
25 |
2 |
A exploração de ouro e de diamante |
128-129 |
Compreensão dos aspectos históricos e culturais da exploração do ouro e dos diamantes no Brasil. |
26 |
1 |
O extrativismo sustentável |
130-131 |
Identificação das práticas do extrativismo sustentável. |
26 |
2 |
Abertura do Capítulo 4: Problemas ambientais no campo A extinção de plantas e animais |
132-133 |
Identificação dos principais problemas ambientais relacionados às atividades do campo. Percepção das ameaças a espécies vegetais e animais decorrentes de problemas ambientais. |
26 |
1 |
Vamos fazer: Os animais em extinção |
134 |
Identificação de alguns animais que estão em risco de extinção. |
27 |
1 |
A destruição do solo |
135-136 |
Compreensão da importância da preservação do solo. |
27 |
1 |
A contaminação da água |
137 |
Compreensão do papel da água nas atividades do campo e da importância da preservação desse recurso. |
27 |
2 |
Para ler e escrever melhor: Fertilizantes e agrotóxicos contaminam rios |
138-139 |
Desenvolvimento da capacidade de ler e compreender estruturado texto com estrutura de causa-consequência, bem como de analisar, selecionar e organizar informações contidas no texto. |
28 |
2 |
Painel multicultural: Frutas no Brasil |
140-141 |
Identificação de algumas frutas típicas de diferentes lugares do Brasil, bem como de seus usos. |
28 |
2 |
O que você aprendeu |
142-145 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
MP015
Quadro: equivalente textual a seguir.
4º bimestre – Unidade 4: A paisagem e a vida na cidade Total de aulas previstas: 40 |
||||
---|---|---|---|---|
BNCC |
||||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
||
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município |
O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive |
EF03HI01 |
||
EF03HI02 |
||||
EF03HI03 |
||||
O lugar em que vive |
A produção dos marcos da memória: os lugares de memória (ruas, praças, escolas, monumentos, museus etc.) |
EF03HI05 |
||
EF03HI06 |
||||
A produção dos marcos da memória: formação cultural da população |
EF03HI07 |
|||
A produção dos marcos da memória: a cidade e o campo, aproximações e diferenças |
EF03HI08 |
|||
A noção de espaço público e privado |
A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental |
EF03HI09 |
||
EF03HI10 |
||||
A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer |
EF03HI11 |
|||
EF03HI12 |
||||
O sujeito e seu lugar no mundo |
A cidade e o campo: aproximações e diferenças |
EF03GE01 |
||
EF03GE02 |
||||
Formas de representação e pensamento espacial |
Representações cartográficas |
EF03GE06 |
||
EF03GE07 |
||||
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Produção, circulação e consumo |
EF03GE08 |
||
Impactos das atividades humanas |
EF03GE09 |
|||
EF03GE11 |
||||
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
29 |
2 |
Abertura da Unidade 4: A paisagem e a vida na cidade |
146-147 |
Reconhecimento das características da paisagem de uma cidade, bem como de registros de memória presentes no lugar onde vive. |
29 |
2 |
Investigar o assunto: Registros de memória |
148-149 |
Compreensão do que são registros de memória e do papel deles na história de um lugar. Reconhecimento dos registros de memória presentes no lugar onde vive. |
30 |
2 |
Abertura do Capítulo 1: Conhecendo a cidade |
150-151 |
Reconhecimento do modo de vida na cidade, comparando-o com o do campo. |
30 |
1 |
Representações da área urbana |
152-153 |
Identificação das formas de representar os espaços que fazem parte da cidade. |
30 |
1 |
As cidades têm história |
154-155 |
Reconhecimento da importância do estudo das fontes históricas para compreender a cidade. |
31 |
2 |
Marcos históricos |
156-158 |
Compreensão do significado e do papel dos marcos históricos. |
31 |
1 |
Vamos fazer: O nome das ruas |
159 |
Associação do nome de ruas e de lugares com a história local. |
31 |
1 |
Abertura do Capítulo 2: Viver na cidade |
160 |
Identificação dos aspectos do modo de vida urbano. |
MP016
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
32 |
3 |
A diversidade das pessoas que vivem na cidade |
161-163 |
Reconhecimento da influência de diferentes grupos sociais na cultura, nas atividades econômicas e no espaço das cidades. |
32 |
1 |
Espaço público e espaço privado |
164 |
Identificação das diferenças entre espaços públicos de espaços privados. |
33 |
1 |
Mudanças no uso dos espaços |
165 |
Compreensão de que os espaços da cidade cumprem funções diferentes. |
33 |
1 |
O mundo que queremos: Diferentes olhares |
166-167 |
Reconhecimento dos diferentes pontos de vista sobre a cidade. |
33 |
1 |
Abertura do Capítulo 3: O trabalho na cidade O comércio e a prestação de serviços |
168-169 |
Reconhecimento de algumas atividades de trabalho realizadas na cidade. Compreensão dos conceitos de comércio e de prestação de serviços. |
33 |
1 |
Os serviços públicos |
169 |
Reconhecimento do papel e da importância dos serviços públicos. |
34 |
2 |
A indústria |
170-171 |
Compreensão da atividade industrial relacionando a ela a transformação de matérias-primas. Identificação das mudanças e das permanências na indústria ao longo do tempo. |
34 |
2 |
A mudança na fabricação de produtos |
172-173 |
Identificação das mudanças e das permanências na indústria ao longo do tempo. |
35 |
1 |
A indústria no passado |
174-175 |
Identificação da dinâmica do processo industrial no passado. |
35 |
2 |
Abertura do Capítulo 4: Os problemas ambientais na cidade O lixo |
176-177 |
Compreensão de que as atividades desenvolvidas nas cidades podem causar problemas ao ambiente. Reconhecimento do problema do excesso de lixo nas cidades e de atitudes cidadãs em relação ao descarte de lixo. |
35 |
1 |
A poluição do ar |
178-179 |
Compreensão de alguns problemas ambientais da cidade ligados à poluição do ar, bem como de possíveis soluções. |
36 |
1 |
Vamos fazer: Será que o ar da nossa cidade é poluído? |
180-181 |
Percepção da qualidade do ar no lugar onde vive. |
36 |
1 |
A poluição da água |
182-183 |
Reconhecimento de alguns problemas ambientais da cidade ligados à poluição da água. |
36 |
1 |
O rio Tietê no passado e no presente |
184-185 |
Compreensão dos usos de um rio no presente e no passado, identificando mudanças e permanências. |
36 |
1 |
A poluição sonora |
186-187 |
Reconhecimento de alguns problemas ambientais da cidade ligados à poluição sonora e de alguns cuidados necessários à manutenção da saúde auditiva. |
37 |
2 |
Para ler e escrever melhor: Abaixe o volume! |
188-189 |
Desenvolvimento da capacidade de ler, interpretar e produzir um texto baseado em exemplos. |
37 |
2 |
Painel multicultural: Áreas verdes na cidade |
190-191 |
Compreensão da importância das áreas verdes para a qualidade de vida na cidade. |
38 |
2 |
O que você aprendeu |
192-195 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
38 |
2 |
Para terminar |
196-199 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do ano letivo, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
MP017
Princípios norteadores desta coleção
Os conteúdos temáticos
Ao iniciar o Ensino Fundamental, o estudante têm vivências, saberes, interesses e curiosidades que devem ser valorizados e mobilizados. Esta coleção foi concebida tendo como ponto de partida o reconhecimento desse fato e o propósito de desenvolver uma abordagem integrada de História e Geografia por meio de conteúdos temáticos e de atividades capazes de contribuir para o desenvolvimento das competências e das habilidades previstas na BNCC.
As unidades temáticas da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental exploram situações que propiciam ao estudante levantar questões sobre si, as pessoas, o lugar onde vive e os objetos. O componente curricular História, por sua vez, dirige suas perguntas à relação das pessoas e objetos com o tempo, inicialmente também com o foco no “Eu” e, aos poucos, ampliando a escala para a percepção do “Outro” e do “Nós”.
A coleção traz um repertório de conteúdos apresentados de maneira clara e objetiva, de modo a estimular a reflexão a respeito de questões que envolvam a participação individual ou coletiva na sociedade. Dessa forma, o material didático auxilia o trabalho do professor na construção do diálogo entre a teoria e a prática na sala de aula.
Para isso, são propostas situações de aprendizagem que valorizam o conhecimento prévio do estudante e a interação com o objeto de estudo, incentivando a formulação e a organização de ideias, a expressão oral e escrita, com pleno uso da linguagem, formando cidadãos aptos à participação social efetiva.
O domínio da linguagem: literacia e numeracia
A elaboração desta coleção também foi guiada pelo entendimento de que o domínio da linguagem – leitura, escrita e oralidade – e do pensamento matemático – raciocínio lógico – constitui ferramenta de grande valia para a compreensão da realidade, além de facilitar a inserção do indivíduo na vida em sociedade.
Todos sabem da importância da literacia e da numeracia e do papel central da escola no ensino da literacia. A escola tem papel fundamental no processo de reversão das dificuldades e deficiências dos estudantes em leitura e escrita, já que se constitui como um espaço de interação de conhecimentos provenientes de diferentes áreas.
• Literacia
A importância da literacia e o papel central da escola em seu ensino são enfatizados nos Parâmetros Curriculares Nacionais:
Boxe complementar:
PROFESSOR
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística, são condições de possibilidade de plena participação social. Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, produzem cultura. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todos os alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania.
FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília, DF: MEC, 1998. p. 19.
Fim do complemento.
Reconhecendo a importância do papel da escola no ensino da língua como base para o desenvolvimento de cidadãos críticos e participativos, acreditamos que o professor, como organizador de situações de mediação entre o objeto de conhecimento e o estudante, tenha como princípio trabalhar a linguagem como uma atividade contínua, qualquer que seja a disciplina. Esse princípio orientou também a elaboração desta coleção didática.
A escola tem papel fundamental no processo de domínio da linguagem pelo estudante, já que se constitui como um espaço de interação de conhecimentos provenientes de diferentes áreas. Nesse sentido, Paulo Coimbra Guedes e Jane Mari de Souza afirmam que “ler e escrever são tarefas da escola, questões para todas as áreas, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação de um estudante”.
Assim, entendemos que o ensino integrado de História e Geografia pode contribuir para o domínio da linguagem nos eixos da leitura, da escrita e da oralidade. Acreditamos que a aprendizagem dos conteúdos próprios desses componentes curriculares é potencializada quando o estudante, ao desenvolver essas competências linguísticas, compreende melhor o que lê e o que ouve, mobiliza as habilidades necessárias para resolver as atividades propostas, reconhece e utiliza vocabulário específico, consegue descrever paisagens e fenômenos da sociedade ou da própria natureza, discute ou argumenta oralmente a respeito de um assunto, justifica este ou aquele posicionamento mediante um argumento, produz textos expositivos e instrucionais, escreve bilhetes etc., ao mesmo tempo que reflete sobre os assuntos e os comunica.
Dessa maneira, surge como ponto fundamental o trabalho com a literacia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. De acordo com a Política Nacional de Alfabetização (PNA), o aprendizado de leitura e escrita se dá aos poucos, sendo desenvolvido antes, durante e após a alfabetização. No 1º ano do Ensino Fundamental:
MP018
Boxe complementar:
PROFESSOR
[...] está a literacia básica, que inclui a aquisição das habilidades fundamentais para a alfabetização (literacia emergente), como o conhecimento de vocabulário e a consciência fonológica, bem como as habilidades adquiridas durante a alfabetização, isto é, a aquisição das habilidades de leitura (decodificação) e de escrita (codificação). No processo de aprendizagem, essas habilidades básicas devem ser consolidadas para que a criança possa acessar conhecimentos mais complexos.
[...] a literacia intermediária (do 2º ao 5º ano do ensino fundamental), abrange habilidades mais avançadas, como a fluência em leitura oral, que é necessária para a compreensão de textos.
[na literacia disciplinar] (do 6º ano ao ensino médio), está o nível [...] onde se encontram as habilidades de leitura aplicáveis a conteúdos específicos de disciplinas, como geografia, biologia e história.
FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília, DF: MEC, 2019. p. 21.
Fim do complemento.
É sob esse enfoque que esta coleção propõe atividades que visam explorar a literacia básica no 1º ano e, nos anos subsequentes, a literacia intermediária. O foco do estudo recai sobre três aspectos: a leitura, a escrita e a oralidade. Comentamos esses aspectos a seguir, procurando evidenciar de que forma os conteúdos apresentados poderão ser usados como objeto para reflexão sobre a literacia.
Para isso, foram focalizados três aspectos: leitura e compreensão; produção de escrita; oralidade e fluência em leitura oral.
Leitura e compreensão
Antecipar informações e acionar os conhecimentos que se tem sobre o assunto em pauta são capacidades leitoras importantes para a formação do leitor proficiente. Nesta coleção, esse aspecto é trabalhado não apenas com base em textos verbais, mas também na leitura de imagens. O objetivo é auxiliar o estudante a perceber que as diferentes linguagens (verbal e não verbal) se relacionam na construção do sentido global.
Também nesse sentido, os textos de apresentação dos conteúdos têm estrutura clara e linguagem concisa e acessível aos estudantes. As atividades são voltadas à compreensão e à reflexão sobre os conteúdos.
Produção de escrita
A proposta de produção textual parte da leitura e análise da estrutura de um texto, procedimentos estes que servirão de base para a escrita do estudante, tanto em relação à forma como ao conteúdo, geralmente relacionado com o tema da unidade. Esse trabalho ocorre especialmente na seção Para ler e escrever melhor , nos livros do 2º ao 5º ano.
Em outros momentos, além dessa seção, há atividades em que é solicitada a produção de palavras, frases e pequenos textos (ou suportes) de circulação social, como relato, lista, cartaz, resultado de pesquisa, entre outros.
Oralidade e fluência em leitura oral
O trabalho com a oralidade é favorecido especialmente na abertura das unidades, por meio de atividades de leitura de imagens e de ativação de conhecimentos prévios relacionados aos temas que serão abordados.
Há também situações diversas de comunicação oral em que o estudante faz relatos, desenvolve exposições e argumentações e realiza entrevistas, entre outros gêneros orais.
Nesse trabalho, objetiva-se auxiliar o estudante a perceber a importância da organização das ideias para a eficácia na comunicação e a defesa do seu ponto de vista, e também a adotar atitudes e procedimentos em momentos de interação, como o uso de linguagem adequada à situação de comunicação, a escuta atenta e o respeito à opinião dos colegas.
Assim, os estudantes partilham seus pontos de vista, organizam o pensamento e agregam informações novas ao seu repertório. Daí a importância de encorajá-los a trocar informações em um ambiente em que se estabeleça, como princípio básico, o respeito à diversidade de opiniões.
O trabalho com a linguagem nesta coleção, portanto, pretende promover maior reflexão, de forma que a aprendizagem dos conteúdos seja potencializada.
• Numeracia
É papel da escola e da família o ensino de Matemática, área do conhecimento essencial para a formação de cidadãos ativos e críticos. Acreditamos que as competências relativas à numeracia são inerentes ao estudo das relações espaço-temporais, campo no qual se integram os componentes curriculares das Ciências Humanas. A aquisição e a prática do pensamento matemático contribuem para o desvendamento desse campo, permitindo ao estudante compreender melhor o mundo em que vive, à medida que mobiliza habilidades necessárias para analisar e resolver problemas com o recurso, por exemplo, dos números, das operações matemáticas elementares, das noções de posicionamento e do próprio raciocínio lógico-matemático. Dessa maneira, o trabalho com a “literacia numérica” surge como ponto fundamental nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
É nesse enfoque que esta coleção propõe atividades que visam explorar o domínio do pensamento matemático, aproveitando algumas situações de ensino e aprendizagem e destacando para o professor algumas possibilidades de uso dos conteúdos apresentados como objeto para reflexão sobre a numeracia. Assim, o professor pode atuar como facilitador da conexão das Ciências Humanas com o pensamento matemático, potencializando o desenvolvimento das competências relativas às numeracia.
Na parte específica deste Manual, com os títulos Literacia e Ciências Humanas e Numeracia e Ciências Humanas, encontram-se orientações e sugestões didáticas para se trabalhar a literacia e a numeracia.
MP019
A educação em valores e temas contemporâneos
A educação escolar comprometida com a formação de cidadãos envolve a mobilização de conhecimentos que permitam desenvolver as capacidades necessárias para uma participação social efetiva, entre eles o domínio da língua e os conteúdos específicos de cada área ou componente curricular. Tais conhecimentos devem estar intrinsecamente ligados a um conjunto de valores éticos universais, que têm como princípio a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos e a corresponsabilidade social.
A educação em valores requer que os estudantes conheçam questões importantes para a vida em sociedade, que reflitam e se posicionem em relação a elas. Pressupõe reflexões sobre questões globais combinadas com ações locais: em casa, na sala de aula, na comunidade.
Nesta coleção, os valores são trabalhados de forma transversal e relacionados a fatos atuais de relevância nacional ou mundial divididos em quatro grandes temas:
- • Formação cidadã, que envolve a capacitação para participar da vida coletiva, incluindo temas variados: direitos da criança e do adolescente, respeito e valorização do idoso, educação em direitos humanos e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, vida familiar e social, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia, entre outros.
- • Meio ambiente, que envolve a valorização dos recursos naturais disponíveis e a sua utilização sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável, o respeito e a proteção à natureza, incluindo temas como educação ambiental e educação para o consumo.
- • Saúde, que engloba tanto aspectos de saúde individual quanto de saúde coletiva, educação alimentar e nutricional e processo de envelhecimento.
- • Pluralidade cultural, que envolve o conhecimento, o respeito e o interesse pelas diferenças culturais, na sociedade brasileira e no mundo.
-
• Educação financeira, que envolve reflexões principalmente sobre economia solidária e práticas comunitárias que visam ao desenvolvimento social, à geração de renda e à diminuição das desigualdades.
O trabalho com a educação em valores e com os temas contemporâneos perpassa todos os livros desta coleção. No Livro do Estudante, são indicadas por meio de ícones e, no Manual do Professor, as sugestões e orientações aparecem sob a rubrica Educação em valores e temas contemporâneos.
Associados aos valores, em todos os livros da coleção e especialmente na seção O mundo que queremos também encontramos temas atuais, que despertam reflexões importantes para compreender o mundo contemporâneo e formar posição crítica em relação às questões que mais despertam debates no Brasil e em outras partes do planeta.
Ainda que compreendam temas variados, vinculados a fatos atuais de relevância nacional ou mundial, podemos identificar um tema que se destaca em cada livro:
- 1º ano: Valorização das diferenças
- 2º ano: Os grupos de convivência, suas funções e suas regras
- 3º ano: Meio ambiente e tecnologia na cidade e no campo
- 4º ano: Identidade e diversidade cultural no Brasil
- 5º ano: Democracia e
conquista
de direitos
A avaliação
A avaliação, por meio das diferentes modalidades propostas, é entendida nesta coleção como parte de um processo de acompanhamento da evolução da aprendizagem do estudante e da turma, que fornece subsídios para a reorientação da prática pedagógica em busca dos objetivos de aprendizagem, em um processo diagnóstico, contínuo, integral e diversificado. Portanto, acreditamos que a avaliação deve ser capaz de fornecer ao professor parâmetros dos avanços e dificuldades do estudante e de evidenciar os ajustes necessários para o contínuo aprimoramento do trabalho docente de mediação do processo de ensino e aprendizagem.
Por essa perspectiva, a proposta se alinha aos princípios da avaliação formativa , que, sem negligenciar o produto do trabalho pedagógico, compreende também todo o percurso que leva até ele, permitindo averiguar a evolução do estudante ao longo do processo de aprendizagem, nos aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais. Ao propor com constância, no escopo da avaliação formativa, atividades diversificadas e não dissociadas das práticas de aprendizagens regulares, mobilizando competências e habilidades dentro e fora da sala de aula, incluindo as atividades para casa, o professor pode verificar como o estudante está aprendendo e quais conhecimentos e atitudes está adquirindo.
Cabe ressaltar que a avaliação formativa é um preceito legal, já existente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, e estabelece que a verificação do rendimento escolar deve ser “contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Ampliando os aspectos formais, temos que a avaliação no sistema educacional brasileiro, em decorrência de sua abrangência, acontece de modo interno e formativo – aplicado pela própria instituição escolar –, e externo e em larga escala, como a aplicada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), pela Prova Brasil e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para serem contínuas e cumulativas, as práticas avaliativas, no âmbito escolar, devem ser consideradas em vários momentos. No início do ano letivo, a avaliação se apresenta como um movimento inicial e diagnóstico em relação aos saberes dos estudantes. Por meio de estratégias diversificadas, o professor precisará saber: o que os estudantes pensam, quais são suas potencialidades, seus interesses, expectativas, dúvidas, bagagem cultural e educacional e referenciais de conhecimento.
MP020
Essa sondagem, no início da etapa, permite ao docente refletir sobre o plano elaborado, observando: a adequação da programação proposta; as possibilidades de sucesso das estratégias e recursos previstos; e o potencial para levar ao desenvolvimento dos conhecimentos, competências, habilidades e valores previstos, tendo em vista a realidade e características dos estudantes.
Nesta coleção, em cada volume, o professor terá a oportunidade de aproveitar a seção Para começar , antes do início da Unidade 1, para realizar uma avaliação diagnóstica . As atividades da seção Vamos conversar , propostas na abertura de cada unidade, também permitem verificar tanto os saberes prévios dos estudantes quanto os equívocos e preconceitos que se formaram em situações de aprendizagem anteriores.
Já as ações avaliativas, realizadas durante o processo, estão voltadas para detectar situações em que há necessidade de intervenção para tornar o trabalho docente mais eficiente e garantir o sucesso escolar do estudante. Nesses momentos, quais critérios poderão ser utilizados em relação ao trabalho docente? Para orientar essas decisões, apresentamos, a seguir, características consideradas essenciais no processo de avaliação formativa pelo sociólogo e pensador da educação de origem suíça, Philippe Perrenoud.
Boxe complementar:
PROFESSOR
A avaliação só inclui tarefas contextualizadas.
A avaliação refere-se a problemas complexos.
A avaliação deve contribuir para que os estudantes desenvolvam mais suas competências.
A avaliação exige a utilização funcional de conhecimentos disciplinares.
A tarefa e suas exigências devem ser conhecidas antes da situação de avaliação.
A avaliação exige uma certa forma de colaboração entre pares.
A correção leva em conta as estratégias cognitivas e metacognitivas utilizadas pelos alunos.
A correção só considera erros importantes na ótica da construção das competências.
A autoavaliação faz parte da avaliação.
FONTE: PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica. As competências para ensinar no século XXI : a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 26.
Fim do complemento.
Na proposta de ensino em que o estudante é considerado sujeito da aprendizagem e que contempla a avaliação formativa em seus princípios, amplia-se a possibilidade de o estudante compreender e refletir sobre seu próprio desempenho. Para que isso aconteça de maneira consistente, o professor cumpre um importante papel ao promover diálogos, comentários, observações e devolutivas constantes.
A autoavaliação é outro instrumento que pode ser utilizado pelo professor no processo geral da avaliação da aprendizagem dos estudantes. Ela permite aos estudantes conhecer o seu próprio processo de aprendizagem, reconhecendo avanços e dificuldades. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a participação do professor na autoavaliação dos estudantes é essencial, estimulando-os e considerando-os sujeitos críticos e ativos no processo de ensino e aprendizagem.
Além da proposta da avaliação diagnóstica por meio da seção Para começar e das diversas atividades dispostas ao longo do conteúdo do Livro do Estudante, que formam uma importante base para a realização do processo de acompanhamento do progresso dos estudantes, esta coleção também propõe a realização de momentos avaliativos no fechamento de etapas de aprendizagem, aqui consideradas como os períodos bimestrais. Para isso, o instrumento de avaliação processual colocado à disposição do professor é a seção O que você aprendeu, ao final de cada uma das quatro unidades que estruturam o Livro do Estudante, que fornece a oportunidade de apurar aspectos da evolução do processo pedagógico ao longo do bimestre.
Na etapa de finalização do ano letivo, após a Unidade 4 do Livro do Estudante, propomos a realização de uma avaliação de resultado . Essa avaliação é importante não apenas para verificar a evolução dos estudantes durante todo o percurso que se completa ao final do quarto bimestre e as condições com que seguem para o próximo ano, mas também para subsidiar os professores e os gestores escolares para a realização de eventuais ajustes nos projetos pedagógicos e nas estratégias didáticas.
É importante ressaltar que as propostas de avaliações diagnóstica, processuais e de resultado se complementam no processo de acompanhamento da aprendizagem e na perspectiva da avaliação formativa e, por isso, não devem ser consideradas isoladamente, tampouco devem ser reduzidas a meros instrumentos de aferição de notas sem resultar em um processo mais profundo de análise qualitativa do desempenho geral e individualizado dos estudantes e das práticas pedagógicas.
A estrutura dos livros
A organização dos Livros do Estudante desta coleção foi planejada de modo a facilitar o processo de ensino e aprendizagem para alcançar os objetivos propostos. Cada volume está organizado em quatro unidades, que poderão ser distribuídas ao longo dos quatro bimestres de trabalho escolar.
As unidades apresentam uma estrutura clara e sistemática, com pequenas variações de um volume para outro.
Para começar
Aplicada no início do ano letivo, antes da Unidade 1, a avaliação diagnóstica apresentada na seção Para começar tem o objetivo de identificar os conhecimentos prévios e o domínio de pré-requisitos para os conteúdos que serão trabalhados ao longo do ano. A avaliação diagnóstica também permite constituir parâmetros iniciais para o acompanhamento continuado dos estudantes por meio das atividades realizadas no decorrer dos bimestres e das avaliações processuais ao final deles.
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Abertura da unidade
As unidades iniciam-se com uma dupla de páginas com imagens que procuram estimular a imaginação e motivar o estudante a expressar e expandir seus conhecimentos prévios sobre os temas que serão tratados na unidade.
As questões propostas na seção Vamos conversar levam o estudante a fazer a leitura das imagens, resgatando e comparando ideias e conhecimentos anteriores. O objetivo é estabelecer conexões com a experiência e os interesses do estudante e com estratégias que provoquem e articulem o seu pensamento. Trata-se de conectar o que ele já sabe com o que vai aprender.
Investigar o assunto
A seção é composta de uma dupla de páginas e está inserida no início das unidades, logo após a abertura. Ela apresenta atividades de natureza prática, lúdica ou de pesquisa. De modo geral, são propostas questões relacionadas ao assunto da unidade para que o estudante busque respostas por meio de pesquisa, experimentação ou debate com outras pessoas. As questões apresentadas na seção orientam a execução, a interpretação e a conclusão da investigação realizada.
Durante a realização desse trabalho, o estudante pode elaborar uma hipótese inicial para a investigação do assunto da unidade e também gerar novas questões, que poderão ser reelaboradas.
Desenvolvimento dos conteúdos e das atividades
Após a abertura da unidade são apresentados os conteúdos, distribuídos em capítulos. Os capítulos trazem informações em textos expositivos e em linguagem adequada a cada faixa etária, de forma organizada, clara e objetiva. As informações, por sua vez, estão agrupadas em subtítulos, a fim de facilitar a leitura e a compreensão por parte dos estudantes. Ao longo dos livros, há uma preocupação em esclarecer e exemplificar o conteúdo específico por meio de imagens, como fotografias, ilustrações, esquemas, gráficos, que também oferecem informações complementares.
Para ler e escrever melhor
O trabalho com a literacia se dá especialmente nessa seção, voltada à leitura, compreensão e produção de textos. Em geral, os conteúdos de Ciências Humanas são abordados em textos expositivos, em narrativas e fontes históricas escritas, por isso a importância de ensinar o estudante a ler, compreender e produzir textos.
O mundo que queremos
O trabalho com a educação em valores e temas contemporâneos se dá especialmente na seção O mundo que queremos. A seção sempre se inicia com um texto que relaciona um conteúdo da unidade a uma questão de valores. Em seguida, são propostas atividades de leitura e compreensão do texto e de reflexão sobre questões nele apresentadas.
O trabalho com valores, nessa seção, permite problematizar e discutir questões do mundo atual – um mundo heterogêneo e complexo –, ampliando conhecimentos e desenvolvendo no estudante atitudes que possibilitem uma postura autônoma e crítica para o exercício da cidadania na vida individual e comunitária.
Vamos fazer
Nesta seção, são propostas atividades de caráter prático e lúdico que visam desenvolver a habilidade motora e exercitar a linguagem gráfica, plástica e verbal. É a seção na qual o estudante vai elaborar cartazes, criar livros, realizar experimentos, construir modelos, fazer pesquisas, muitas vezes em grupo, com o objetivo de estimular a organização e o planejamento do trabalho em equipe.
A seção é apresentada em diferentes pontos dos capítulos, sempre em situações que visam favorecer o desenvolvimento do assunto que está sendo tratado.
Painel multicultural
A seção aparece sempre ao final de cada unidade. Seu propósito fundamental é trabalhar com temas que retratem a diversidade social, cultural e ambiental no Brasil e em diferentes partes do mundo. Os temas apresentados nessa seção procuram refletir um pouco da riqueza sociocultural e natural do mundo, ampliando ou aprofundando conteúdos trabalhados na unidade.
De forma lúdica, essa seção possibilita também explorar novos conhecimentos e estimular atitudes de valorização da diversidade de povos e culturas.
O que você aprendeu
Nesta seção, por meio de atividades, os estudantes recordam os principais conceitos e noções estudados ao longo da unidade, organizando e sistematizando informações. Também aplicam o conhecimento adquirido a situações novas, explorando de diferentes maneiras o conhecimento aprendido. Esta coleção apresenta a seção O que você aprendeu como uma proposta de realização de avaliações processuais, ao fechamento de cada unidade, como parte do processo de acompanhamento contínuo das aprendizagens dos estudantes no bimestre, essencial para garantir o seu sucesso escolar.
Para terminar
A seção Para terminar , disposta após a Unidade 4 do Livro do Estudante, reúne um conjunto de atividades que corresponde ao conteúdo abordado no decorrer do ano letivo. A seção confere ao professor a possibilidade de realizar um momento avaliativo final, isto é, uma avaliação de resultado do processo de aprendizagem desenvolvido no curso dos quatro bimestres.
MP022
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa : iniciação cartográfica na escola. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2003.
O livro aborda a iniciação do estudante na linguagem cartográfica.
BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (org.). Ensino fundamental de nove anos : orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC, 2007.
Publicação sobre a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, com orientações para as práticas pedagógicas com crianças a partir de seis anos de idade.
BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: entre textos e imagens. In : BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula . São Paulo: Contexto, 1996.
Este artigo aborda o papel e a relevância das imagens como auxiliares e complementos dos textos nos livros didáticos de História.
BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Objetos de aprendizagem : introdução e fundamentos. Santo André: Editora da UFABC, 2014.
A autora investiga o uso de recursos tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular : educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018.
Documento que define o conjunto de aprendizagens essenciais ao longo da Educação Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica . Brasília, DF: MEC, 2013.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que sistematiza as orientações que regulam a Educação Básica no país.
BRASIL. Ministério da Educação. Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º, 3º anos) do Ensino Fundamental. Brasília, DF: MEC, 2012.
Apresenta os elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização do Ensino Fundamental.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais 1ª a 4ª séries. Brasília, DF: MEC, 1997.
Diretrizes para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais concernentes a cada componente curricular.
BRASIL. Ministério da Educação. PNA : Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília, DF: MEC, 2019.
Publicação oficial que institui a Política Nacional de Alfabetização no Brasil.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Estatuto da criança e do adolescente . 14ª ed. Brasília, DF: Edições Câmara, 2016.
O documento estabelece os fundamentos essenciais para a consolidação dos direitos das crianças e dos adolescentes.
CANDAU, Vera M. F. Direito à educação, diversidade e educação em direitos humanos. Educação e Sociedade , Campinas, v. 3, n. 120, 2012.
O artigo discute a articulação entre os campos da educação e dos direitos humanos.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (org.). Ensino de Geografia : práticas e textualizações no cotidiano. 3ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
O livro aborda práticas de ensino de Geografia.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (org.). Geografia em sala de aula : práticas e reflexões. 3ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS: Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre, 2001.
O livro reúne contribuições de diferentes geógrafos brasileiros sobre o ensino de Geografia.
CAVALCANTI, Lana de S. O ensino de Geografia na escola . São Paulo: Papirus, 2012.
O livro aborda a formação e a prática do professor de Geografia.
CHESNEAUX, Jean. Fazemos tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.
Livro que reúne debates sobre a produção do conhecimento histórico.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca : um mergulho no brincar. São Paulo: Aquariana, 2007.
O livro aborda a importância pedagógica das atividades lúdicas.
MP023
FERNANDES, Domingos. Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de Educação , v. 19, n. 2, p. 21-50, 2006. Disponível em: http://fdnc.io/eav. Acesso em: 11 maio 2021.
O artigo visa contribuir para a construção da teoria de avaliação formativa e orientar práticas em sala de aula.
GREGO, Sonia M. D. A avaliação formativa: ressignificando concepções e processos. In : UNESP; UNIVESP. Caderno de formação : formação de professores. São Paulo: Cultura Acadêmica, v. 3, p. 92-110, 2013.
O artigo faz um levantamento histórico sobre a avaliação formativa e traz reflexões sobre como essa avaliação pode ser aplicada em salas de aula brasileiras.
GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA, Jane Mari de. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. In : NEVES, Iara Conceição Bitencourt et al . (org.). Ler e escrever : compromisso de todas as áreas. 8ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
Livro sobre a leitura e a escrita como um trabalho integrado dos professores de todos os componentes curriculares.
HOBSBAWM, Eric. Sobre a História . São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Livro que reúne ensaios do autor sobre diferentes aspectos da história.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover : as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
Livro sobre avaliação mediadora e práticas de aprendizagem.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber . Rio de Janeiro: Imago, 1976.
Livro sobre a fragmentação do conhecimento e a importância da perspectiva interdisciplinar.
KRAEMER, Maria Luiza. Quando brincar é aprender... São Paulo: Loyola, 2007.
O livro apresenta sugestões de atividades lúdicas, criativas e educativas para o trabalho de professores na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola : reelaborando conceitos e criando a prática. 2ª ed. Salvador: Malabares Comunicações e Eventos, 2005.
O livro, voltado para educadores, faz um estudo crítico da avaliação da aprendizagem escolar.
MORAN, José. Metodologias ativas: alguns questionamentos. In : Educação Transformadora . Disponível em: http://fdnc.io/eau. Acesso em: 11 maio 2021.
O artigo faz um levantamento esclarecendo o termo e sistematizando o uso de tais metodologias em sala de aula.
OLIVEIRA, Sandra R. F. de. O tempo, a criança e o ensino de História. In : DE ROSSI, Vera. L. S.; ZAMBONI, Ernesta. Quanto tempo o tempo tem? Campinas: Alínea, 2003.
A autora do capítulo fez uma pesquisa empírica fundamentada na teoria de Jean Piaget para demonstrar que a criança não concebe o passado e o presente com a mesma sequência cronológica do adulto, explicando o passado a partir do presente.
PACHECO, José Augusto. Políticas de integração curricular . Porto: Porto Editora, 2000.
O livro problematiza o currículo escolar e discute práticas de integração do conhecimento.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Livro sobre a construção das competências na prática didática em sala de aula.
PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica. As competências para ensinar no século XXI : a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 26.
O livro descreve aspectos para a construção de uma educação construtiva e diferenciada trabalhando a melhora de toda a comunidade escolar.
PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. A representação de espaço na criança . Porto Alegre: Artmed, 1993.
O livro aborda a construção da representação espacial nas crianças, considerando as relações topológicas, projetivas e euclidianas.
PINSKY, Jaime (org.). O ensino de História e a criação do fato . 7ª ed. São Paulo: Contexto, 1997.
MP024
Neste livro, os autores ressaltam a importância da historicidade e do subjetivismo como ingredientes da interpretação do passado.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia . 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
O livro discute a construção da Geografia escolar e sua relação com os conhecimentos prévios dos estudantes e os conhecimentos acadêmicos dessa ciência.
REGO, Nelson et al . (org.). Um pouco do mundo cabe nas mãos : geografizando em educação o local e o global. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
O livro aborda a epistemologia e o ensino de Geografia.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências . São Paulo: Cortez, 2003.
O livro aborda criticamente a racionalidade científica baseada no positivismo.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado : fundamentos teóricos e metodológicos da Geografia. 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2008.
Livro sobre a ocupação do espaço geográfico, que desenvolve importantes conceitos e categorias analíticas desenvolvidos pelo autor.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão . 7ª ed. São Paulo: Edusp, 2007.
Livro sobre a questão da cidadania a partir da ciência geográfica.
SCHIMIDT, Maria A.; CAINELLI, Marlene. A construção das noções de tempo. In : SCHIMIDT, Maria A.; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
Este capítulo aborda os maiores desafios no ensino de História: levar o aluno à compreensão das múltiplas temporalidades coexistentes nas sociedades e à construção de relações entre presente e passado.
SILVA, Janssen Felipe. Avaliação do ensino e da aprendizagem numa perspectiva formativa reguladora. In : SILVA, Janssen Felipe; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas : em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2003.
O texto busca refletir sobre práticas avaliativas no cotidiano da escola e da sala de aula.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
O tema central deste livro é a relação entre pensamento e linguagem, apresentando de forma aprofundada uma teoria do desenvolvimento intelectual.
ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências . Porto Alegre: Artmed, 2010.
O livro aborda a educação integral e como o professor pode articular e avaliar diferentes competências.
MP025
- ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
CONHEÇA A PARTE ESPECÍFICA DESTE MANUAL
Introdução
O texto de Introdução da unidade traz, de forma sucinta, os conteúdos em destaque nos capítulos que a compõem, relacionados aos objetivos pedagógicos explicitados na sequência. Traz também a indicação das competências gerais e específicas trabalhadas.
Reprodução em miniatura do Livro do Estudante.
Objetivos pedagógicos da unidade
Em todas as aberturas são apresentados os objetivos gerais da unidade.
BNCC em foco na unidade
Indica quais são as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades da Base Nacional Comum Curricular trabalhados na unidade.
Orientações didáticas
Comentários e orientações para a abordagem do tema proposto, além de informações que auxiliem a explicação dos assuntos tratados.
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Objetivos pedagógicos
Apresenta as expectativas de aprendizagem em relação aos conteúdos e habilidades desenvolvidos no capítulo ou na seção.
Sugestões de respostas e orientações para a realização ou ampliação de algumas atividades propostas. Em geral, as respostas esperadas dos estudantes encontram-se na miniatura da página do Livro do Estudante.
Textos informativos e atividades complementares para explicar, aprofundar ou ampliar um conceito ou assunto.
MP027
UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES TRABALHADOS NESTE LIVRO
Unidade 1
Quadro: equivalente textual a seguir.
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
---|---|---|
Formas de representação e pensamento espacial |
Representações cartográficas |
(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas. |
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Impactos das atividades humanas |
(EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos. (EF03GE11) Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas. |
Unidade 2
Quadro: equivalente textual a seguir.
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
---|---|---|
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município |
O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive |
(EF03HI03) Identificar e comparar pontos de vista em relação a eventos significativos do local em que vive, aspectos relacionados a condições sociais e à presença de diferentes grupos sociais e culturais, com especial destaque para as culturas africanas, indígenas e de migrantes. |
Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive |
(EF03HI04) Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados. |
|
O sujeito e seu lugar no mundo |
A cidade e o campo: aproximações e diferenças |
(EF03GE01) Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo. (EF03GE03) Reconhecer os diferentes modos de vida de povos e comunidades tradicionais em distintos lugares. |
Conexões e escalas |
Paisagens naturais e antrópicas em transformação |
(EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares. |
Unidade 3
Quadro: equivalente textual a seguir.
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
---|---|---|
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município |
O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive |
(EF03HI01) Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc. |
Os patrimônios históricos e culturais da cidade e/ou do município em que vive |
(EF03HI04) Identificar os patrimônios históricos e culturais de sua cidade ou região e discutir as razões culturais, sociais e políticas para que assim sejam considerados. |
|
O lugar em que vive |
A produção dos marcos da memória: a cidade e o campo, aproximações e diferenças |
(EF03HI08) Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado. |
A noção de espaço público e privado |
A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental |
(EF03HI10) Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção. |
A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer |
(EF03HI11) Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos. |
|
Conexões e escalas |
Paisagens naturais e antrópicas em transformação |
(EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares. |
Mundo do trabalho |
Matéria-prima e indústria |
(EF03GE05) Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as atividades de trabalho em diferentes lugares. |
Formas de representação e pensamento espacial |
Representações cartográficas |
(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. |
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Impactos das atividades humanas |
(EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos. (EF03GE10) Identificar os cuidados necessários para utilização da água na agricultura e na geração de energia de modo a garantir a manutenção do provimento de água potável. (EF03GE11) Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas. |
Unidade 4
Quadro: equivalente textual a seguir.
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
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As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município |
O “Eu”, o “Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde vive |
(EF03HI01) Identificar os grupos populacionais que formam a cidade, o município e a região, as relações estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de grandes empresas etc. (EF03HI02) Selecionar, por meio da consulta de fontes de diferentes naturezas, e registrar acontecimentos ocorridos ao longo do tempo na cidade ou região em que vive. (EF03HI03) Identificar e comparar pontos de vista em relação a eventos significativos do local em que vive, aspectos relacionados a condições sociais e à presença de diferentes grupos sociais e culturais, com especial destaque para as culturas africanas, indígenas e de migrantes. |
O lugar em que vive |
A produção dos marcos da memória: os lugares de memória (ruas, praças, escolas, monumentos, museus etc.) |
(EF03HI05) Identificar os marcos históricos do lugar em que vive e compreender seus significados. (EF03HI06) Identificar os registros de memória na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha desses nomes. |
A produção dos marcos da memória: formação cultural da população |
(EF03HI07) Identificar semelhanças e diferenças existentes entre comunidades de sua cidade ou região, e descrever o papel dos diferentes grupos sociais que as formam. |
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A produção dos marcos da memória: a cidade e o campo, aproximações e diferenças |
(EF03HI08) Identificar modos de vida na cidade e no campo no presente, comparando-os com os do passado. |
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A noção de espaço público e privado |
A cidade, seus espaços públicos e privados e suas áreas de conservação ambiental |
(EF03HI09) Mapear os espaços públicos no lugar em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.) e identificar suas funções. (EF03HI10) Identificar as diferenças entre o espaço doméstico, os espaços públicos e as áreas de conservação ambiental, compreendendo a importância dessa distinção. |
A cidade e suas atividades: trabalho, cultura e lazer |
(EF03HI11) Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos. (EF03HI12) Comparar as relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e espaços, analisando mudanças e permanências. |
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O sujeito e seu lugar no mundo. |
A cidade e o campo: aproximações e diferenças |
(EF03GE01) Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo. (EF03GE02) Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens. |
Formas de representação e pensamento espacial |
Representações cartográficas |
(EF03GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica. (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas. |
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Produção, circulação e consumo |
(EF03GE08) Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reúso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno. |
Impactos das atividades humanas |
(EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com destaque para os usos da água em atividades cotidianas (alimentação, higiene, cultivo de plantas etc.), e discutir os problemas ambientais provocados por esses usos. (EF03GE11) Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas. |
MP028
TEMA ATUAL DE RELEVÂNCIA TRABALHADO NESTE LIVRO
Meio ambiente e tecnologia na cidade e no campo
Destinado aos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental, este livro tem como eixo temático a relação entre a sociedade e o meio ambiente no campo e na cidade, analisada por meio de sua expressão na paisagem. Ele foi elaborado de maneira que, ao longo da proposta pedagógica apresentada, o professor possa desenvolver em sala de aula o trabalho com um tema ligado a fatos atuais de relevância nacional ou mundial e que contribua com a construção do pensamento crítico dos estudantes e com a sua reflexão sobre as formas de atuação na sociedade e as práticas que possam favorecer a sustentabilidade da vida no planeta.
A educação ambiental está entre os temas contemporâneos destacados na Base Nacional Comum Curricular em suas proposições para a educação cidadã do estudante:
[...] cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da criança e do adolescente [...], educação para o trânsito [...], educação ambiental [...], educação alimentar e nutricional [...], processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso [...], educação em direitos humanos [...], educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena [...], bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural.
FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 19-20.
As prioridades educacionais destacadas na BNCC são consonantes com as preocupações de grande parte da sociedade. As intervenções humanas na natureza, potencializadas pelos recursos tecnológicos, têm gerado desequilíbrios ambientais e sociais que requerem ações educativas capazes de estruturar valores e práticas promotores de cidadania ambiental. Uma compreensão integrada dos múltiplos aspectos envolvidos nesses desequilíbrios é fundamental para reverter os processos desencadeadores da degradação das condições de vida, da destruição da natureza, das mudanças climáticas e da redução da biodiversidade nos níveis local e global.
Por meio do trabalho apresentado neste livro, pretende-se contribuir para a reflexão do estudante acerca desses processos e para a construção de uma postura crítica em relação a eles. A questão relevante trazida ao debate pelo eixo temático Meio ambiente e tecnologia na cidade e no campo está assim alinhada com o propósito de uma educação transformadora tanto na concepção pedagógica quanto nos assuntos tratados no livro, que articulam os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia em uma abordagem integrada em Ciências Humanas.
Esse tema é amplo e abarca questões conectadas à vida cotidiana do estudante. A abordagem das noções necessárias à percepção dessas conexões está distribuída entre as quatro unidades que compõem o livro, sempre ancorada em uma diversidade de atividades e de recursos textuais e visuais. Na Unidade 1, apresentam-se as características físico-naturais do planeta Terra, fornecendo aos estudantes as bases para o entendimento das dinâmicas responsáveis pelas contínuas transformações da superfície terrestre, seja por fatores naturais, seja por intervenções humanas. Na Unidade 2, trabalha-se o conceito de paisagem, possibilitando ao estudante perceber os distintos arranjos de elementos naturais e culturais que se observam na superfície terrestre, os quais propiciam dimensionar as intervenções humanas na natureza. A Unidade 3 aborda as paisagens do campo, o modo de vida no espaço rural e os impactos ambientais das atividades humanas nesse espaço. Por fim, na Unidade 4, em uma perspectiva comparativa com as paisagens rurais, relaciona-se o modo de vida urbano com as atividades econômicas predominantes nas cidades e examinam-se os impactos ambientais dos processos de urbanização e industrialização.