Unidade 1. O planeta Terra

Introdução

Nesta unidade, são introduzidas noções básicas para o entendimento da diversidade de ambientes, paisagens e modos de vida no planeta Terra. Essa diversidade será objeto de estudo ao longo de todo o volume destinado aos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental.

O ponto de partida, no Capítulo 1, adota uma perspectiva astronômica, como estratégia para evidenciar a importância do Sol para a existência da vida na Terra. Em seguida, no Capítulo 2, são examinados os componentes naturais do planeta, as dinâmicas entre eles e os fatores que podem afetá-los, incluindo-se aqui as intervenções humanas. Por fim, no Capítulo 3, exploram-se as formas de representação do planeta Terra, com o objetivo de familiarizar o estudante com a linguagem cartográfica.

Em consonância com a BNCC, nesta unidade são trabalhadas as Competências Gerais da Educação Básica 2, 3 e 4; as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 2 e 7; a Competência Específica de História 2; e as Competências Específicas de Geografia 1 e 4.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos da abertura da Unidade 1 podem ser trabalhadas na semana 1.

Fim do complemento.

Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade

Geografia

Formas de representação e pensamento espacial; Natureza, ambientes e qualidade de vida.

Objetos de conhecimento em foco na unidade

Geografia

Representações cartográficas; Impactos das atividades humanas.

Habilidades da BNCC em foco na unidade

EF01GE06, EF01GE07, EF01GE09 e EF01GE11.

Objetivos pedagógicos da unidade

• Reconhecer o Sol, a Lua, as estrelas e os planetas como astros ou corpos celestes.
• Relacionar os astros visíveis no céu aos períodos do dia (dia e/ou noite).
• Conhecer telescópios e outros equipamentos usados para observar o céu.
• Conhecer uma lenda indígena sobre o surgimento do dia e da noite.
• Identificar características do planeta Terra.
• Relacionar os usos dos recursos do planeta aos impactos ambientais.
• Conhecer formas de representar a Terra considerando o uso da tecnologia.
• Compreender a historicidade das representações da Terra.

  Orientações didáticas

  Estimule os estudantes a manifestar os conhecimentos sobre a alternância do dia e da noite e como ela se reflete no cotidiano das pessoas.

  Atividade 1. Os estudantes devem observar que os astros representados são o planeta Terra, o Sol e as estrelas.

  Atividade 2. As figuras humanas estão representadas no planeta Terra. Cabe incentivar os estudantes a associar as atividades humanas à claridade e à escuridão. Pergunte: O que vocês fazem depois que anoitece? Qual refeição vocês fazem logo depois que acordam? Essa conversa permite aos estudantes relacionar ações cotidianas à passagem do tempo.

  Atividade 3. Na cena diurna, a luz do Sol ilumina o planeta Terra. Na cena noturna, a iluminação se deve a luzes artificiais. Comente que, em lugares onde há pouca iluminação artificial, a luz refletida pela Lua pode ajudar na iluminação. Aproveite o momento para acrescentar que a Lua não emite luz, apenas reflete a luz emitida pelo Sol.

  O dia e a noite

  O homem e todos os animais do planeta percebem o dia e a noite. O comportamento dos seres vivos se altera de acordo com a presença ou ausência de luz solar, mas saber como ocorrem os dias e as noites foi uma descoberta bastante demorada. [...]

  Se observarmos atentamente o céu, a sensação que temos é que tudo gira ao nosso redor enquanto estamos parados e por causa disso pensava-se que a Terra estava no centro do universo. [...] o fato de a Terra girar e não o céu só foi confirmado com o aparecimento da luneta. [...] [seu uso levou] os astrônomos a concluir que a Terra era apenas um planeta como os outros e não o centro do universo. Assim ficou entendido que o dia e a noite ocorrem porque a Terra gira ao redor de um eixo imaginário como se fosse um pião [...].

  FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Aula: Ciências. Portal do Professor. Disponível em: http://fdnc.io/fn5. Acesso em: 27 maio 2021.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos da seção Investigar o assunto podem ser trabalhadas na semana 2.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

• Perceber diferenças entre o céu visto de dia e o céu visto à noite.
• Identificar astros visíveis de dia e à noite.
• Reconhecer o Sol, a Lua e as estrelas.
• Representar o céu diurno e o céu noturno por meio de um desenho.

  Orientações didáticas

  Em geral, parte da atividade proposta deve ser realizada em casa, promovendo a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela.

  Oriente os estudantes a fazer a observação do céu noturno em um dia sem nuvens, pois o céu nublado dificulta a observação das estrelas e de outros astros. Explique que os detalhes do céu noturno serão mais bem observados se eles estiverem em um lugar sem iluminação artificial: apagar as luzes de sua moradia antes da observação pode ser uma alternativa.

  Sobre a observação do céu diurno, oriente os estudantes a não olhar diretamente para o Sol e a não utilizar binóculos, lunetas ou câmeras.

  Separe os desenhos que representam o que os estudantes observaram à noite dos desenhos que representam o que eles observaram de manhã ou à tarde. Se achar conveniente, pendure-os em um cordão na sala de aula usando prendedores de roupas para facilitar a comparação entre eles. Explore as semelhanças e as diferenças das representações.

  Importância da Astronomia nas séries iniciais do Ensino Fundamental

  O interesse das crianças acerca do céu e do Universo é marcante, principalmente nas séries iniciais, momento em que as perguntas e curiosidades estão afloradas, trazendo uma maior oportunidade para os professores iniciarem uma ciência altamente motivadora, utilizando a Astronomia como fio condutor deste processo. [...]

  A importância da Astronomia é justificada por vários motivos, pois, desde os primórdios das civilizações, a humanidade estuda e observa o céu e os fenômenos naturais, indagando sobre o Universo e suas origens. [...]

Porém, trabalhar os conteúdos de Astronomia não é o mesmo que trabalhar com plantas ou animais, pois estes são objetos que podem ser tocados, sentidos e os outros são conteúdos que tratam de objetos distantes, mas que também fazem parte do mundo e da realidade das crianças, por isso, faz-se necessário o uso de modelos válidos para a abordagem do tema.

FONTE: FERREIRA, Gabriellen Thaila Alves; OLIVEIRA, Keiliane Almeida de; OLIVEIRA, Letícia Maria de. Importância da Astronomia nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Extendere, v. 2, n. 2, p. 8-159, jul.-dez. 2014.

Atividade 4. Espera-se que os estudantes tenham representado o Sol, no registro da observação do céu durante o dia, e a Lua e algumas estrelas, no registro da observação noturna. Assim, os desenhos terão em comum a representação desses astros. As diferenças entre as representações possivelmente estarão relacionadas a elementos da paisagem, à posição dos astros, à presença de animais etc.

Atividade 5. Essa questão visa incentivar os estudantes a formular hipóteses e trocar opiniões. Se necessário, esclareça que o Sol é uma estrela visível durante o dia, e que as demais estrelas não são visíveis no período diurno por causa da luminosidade do Sol.

A atividade de observação do céu, identificação dos astros visíveis em cada período do dia e registro por meio de desenhos favorece o desenvolvimento da Competência Específica de Geografia 1 e contribui para o trabalho com a habilidade da BNCC EF01GE06.

Literacia e Ciências Humanas

As discussões orais propostas nas atividades trabalhadas no decorrer do livro dão condições para que os estudantes levantem hipóteses sobre o assunto abordado adiante e antecipem conceitos que serão aprofundados.

Favorecer o desenvolvimento dos estudantes em situações de comunicação pública deve ser estimulado ao longo do Ensino Básico e é um dos objetivos desse tipo de atividade.

É uma oportunidade para exercitar a capacidade de se colocar em público e justificar o posicionamento diante dos colegas. Valorize a participação dos estudantes e organize a turma de modo que todos se expressem, argumentem e ouçam os demais, evitando repetições e/ou falas sobrepostas.

Para o estudante ler

Meu primeiro livro: espaço, de Emily Bone. Usborne Edições, 2017.

Informações acessíveis e curiosidades sobre o Universo, os astros do sistema solar, a exploração do espaço e os astronautas.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As 4 aulas previstas para as páginas 16-19 podem ser trabalhadas nas semanas 2 e 3.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

• Compreender que o Sol é uma estrela.
• Reconhecer que o Sol, a Terra e a Lua são astros ou corpos celestes.
• Identificar os astros que emitem luz e os que refletem a luz emitida por outros.
• Reconhecer a Lua como o satélite natural da Terra.
• Conhecer alguns equipamentos usados para observar o céu.
• Conhecer uma narrativa indígena sobre a criação do dia e da noite.

  Orientações didáticas

  Explique aos estudantes que o Sol é a estrela mais próxima da Terra, por isso parece ser maior que as outras estrelas, que estão mais distantes. Como toda estrela, o Sol emite grande quantidade de energia em forma de luz e calor.

  Atividade 1. Espera-se que os estudantes observem que o nascer do Sol é o surgimento desse astro em um ponto do horizonte pela manhã, e o pôr do Sol é seu desaparecimento no lado oposto, à tarde.

  Explique à turma que o brilho que observamos nas estrelas varia de acordo com a intensidade da luz que cada uma emite e com a distância que estão da Terra. Assim, as estrelas mais brilhantes que observamos podem ter um brilho intrínseco maior que as demais ou podem estar mais próximas da Terra. A atividade 2 poderá contribuir para esclarecer essa relação.

  Os temas da Astronomia no cotidiano

  [...] [A] educação em astronomia justifica-se pelo fato de esta ciência participar de nossas vidas de modo intenso e inexorável: o suceder dos dias e das noites, a divisão do tempo em horas, minutos e segundos, o calendário com o ano de 365 dias, seus meses e semanas, as estações do ano, as marés, as auroras solares, e até mesmo a vida em nosso planeta – sustentada pela energia que recebemos do Sol –, são exemplos de temas ligados à astronomia.

[...] Esta ciência está profundamente enraizada na história, possui aplicações práticas para o dia a dia, contribui para a evolução de outras ciências, tais como a física e a química, revela um universo que promove curiosidade, admiração, imaginação, desenvolvendo o senso de exploração e descoberta, envolve os estudantes com o método científico atraindo-se assim para se interessar por ciências. [...]

FONTE: LANGHI, Rodolfo; NARDI, Roberto. Educação em astronomia: repensando a formação de professores. São Paulo: Escrituras Editora, 2012. p. 108-109.

Atividade 2. a) Júlio acha os faróis do carro da frente maiores e mais brilhantes porque o carro está mais próximo dele; b) Auxilie os estudantes a transpor o raciocínio desenvolvido no primeiro item da atividade associando as posições de Júlio, do carro mais próximo e do carro mais distante às posições da Terra, do Sol e das outras estrelas, respectivamente. Assim como Júlio percebe o brilho mais intenso dos faróis do carro mais próximo, percebemos o brilho do Sol mais intensamente que o brilho das outras estrelas. Ou seja, como o Sol é a estrela que está mais próxima da Terra, parece maior e mais brilhante do que as outras estrelas, que estão mais distantes.

Atividade 4. Durante a atividade oral proposta, é possível explorar não só os períodos em que a Lua é vista, mas também as diferentes aparências que ela pode ter no céu. Incentive a troca de informações entre os estudantes e, depois, oriente-os a fazer o desenho solicitado na próxima página.

O conteúdo apresentado favorece o desenvolvimento das Competências Específicas de Geografia 1 e 4 além de introduzir o estudo do ambiente físico natural da Terra, que fundamenta o trabalho com a habilidade da BNCC EF03GE11.

Saliente que a aparência da Lua varia no céu. Se achar conveniente, apresente imagens da Lua no céu com diferentes aparências. O foco desta atividade não é a explicação dessas variações, cujo entendimento requer uma capacidade de abstração e noções da óptica que os estudantes dessa faixa etária ainda estão desenvolvendo. O objetivo é a percepção das variações na aparência da Lua e, se o professor julgar pertinente, o caráter cíclico dessas variações e o uso delas como referências de tempo.

Atividade 5. Lembre aos estudantes que, algumas vezes, é possível observar a Lua no céu logo que amanhece ou um pouco antes do anoitecer. A visualização desse astro, no entanto, é sempre melhor durante a noite. Reforce que isso ocorre porque, durante o dia, a luz emitida pelo Sol ofusca o brilho da Lua e das outras estrelas.

Esclareça aos estudantes que nem todos os pontos luminosos que vemos no céu são estrelas. Alguns podem ser planetas ou cometas, por exemplo. É difícil, porém, diferenciar esses astros a olho nu.

Saliente que, em alguns dias, é possível visualizar o planeta Vênus sem o auxílio de instrumentos. Explique que isso ocorre porque Vênus é um dos planetas mais próximos do Sol e da Terra e, assim, podemos perceber a luz refletida por ele com maior intensidade que a dos outros planetas.

Atividade 6. Espera-se que os estudantes afirmem que esses astros refletem a luz emitida pelo Sol.

Reforce que os planetas, como a Terra e Júpiter, e os satélites, como a Lua, não emitem luz, apenas refletem a luz solar.

Telescópio, uma revolução na investigação do Universo

É muito difícil dizer quando o estudo da Astronomia realmente começou.. [...]

A Astronomia pode ser encontrada entre os babilônios (há 4.000 anos), que talvez tenham sido os primeiros a tentar sistematizar a observação dos astros, fazendo suas anotações em pequenas tábuas de barro, nas quais registraram sistematicamente os planetas visíveis a olho nu, o Sol, a Lua e as primeiras definições de constelações, que usamos até hoje. [...]

Com Galileu Galilei, em 1609, teve início a grande revolução que mudou completamente nossa forma de, literalmente, enxergar o Universo: o aparecimento do telescópio, instrumento composto basicamente de um tubo com lentes em suas extremidades que permite ampliar a capacidade de enxergar longe.

Antes os objetos no céu só podiam ser vistos até onde a sensibilidade dos olhos permitia. Galileu, ao utilizar seu pequeno telescópio, conseguiu ver muito mais além, identificando crateras lunares, descobrindo as manchas solares e os quatro principais satélites de Júpiter, conhecidos como satélites galileanos, em sua homenagem.

De lá até hoje foram inventados muitos instrumentos e, consequentemente, surgiram vários métodos de observação. Foram construídos telescópios cada vez maiores e com o advento da era espacial foram lançados telescópios orbitando a Terra com as mais diferentes finalidades.

FONTE: JALLES, Cíntia; SILVEIRA, Maura Imazio; NADER, Rundsthen Vasques de. Olhai pro céu, olhai pro chão. Astronomia e Arqueologia. Arqueoastronomia: o que é isso? Rio de Janeiro: Museu de Astronomia e Ciências Afins, 2013. p. 16-18.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 19-21 podem ser trabalhadas na semana 3.

Fim do complemento.

Atividade 7. Por meio dessa atividade, pretende-se sensibilizar os estudantes para o desenvolvimento do tópico que aborda diferentes posturas humanas em relação aos fenômenos da natureza, entre as quais a expressão artística das impressões que eles causam e a busca por explicá-los.

Incentive os estudantes a levantar hipóteses sobre os motivos que levaram ao desenvolvimento de instrumentos para observar o céu, como os telescópios e as lunetas. Por meio da troca de ideias, é possível que eles concluam que poucos astros podem ser observados a olho nu, pois a maioria está muito distante da Terra, e que a curiosidade humana em conhecer melhor o céu levou à construção de instrumentos para observá-lo.

Explique que alguns desses instrumentos permitem ver corpos celestes muito distantes e outros apenas os mais próximos da Terra. Se achar conveniente, apresente à turma algumas imagens de planetas feitas por equipamentos como os telescópios e explore as características dos astros retratados, como formato, coloração e aspecto da superfície. Essa estratégia é útil para tornar o estudo do conteúdo mais palpável para as crianças e aguçar sua curiosidade sobre o tema. Além disso, possibilita introduzir alguns elementos que serão abordados na sequência desta unidade a respeito das características da Terra.

Explique que o Hubble é um telescópio acoplado a um satélite artificial que foi lançado no espaço em 1990 e, desde então, capta e envia à Terra imagens do Universo.

Esse conteúdo dá continuidade ao desenvolvimento das Competências Específicas de Geografia 1 e 4, e introduz o estudo do ambiente físico natural da Terra, que fundamenta o trabalho com a habilidade da BNCC EF03GE11.

Saliente que em numerosas sociedades o conhecimento dos astros é fundamentado em saberes milenares que são passados de geração em geração. Esses saberes, via de regra, são transmitidos oralmente das pessoas mais velhas para as mais novas, na forma de narrativas que costumamos chamar de lendas. No Brasil, as narrativas criadas por povos tradicionais para explicar os fenômenos da natureza compõem um rico patrimônio cultural.

Ressalte que o texto apresentado é o registro escrito de uma narrativa transmitida oralmente há várias gerações pelos Karajá. Informe que as aldeias desse povo situam-se às margens do rio Araguaia, nos estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso. Embora mantenham contato com a sociedade não indígena, os Karajá preservam muitos elementos da cultura tradicional do seu povo: a língua; a confecção de artesanatos, como bonecas de cerâmica, cestaria e esculturas de madeira; as pinturas corporais, com os característicos dois círculos na face; e a tradição oral, expressa na transmissão e renovação de antigos saberes por meio da contação de histórias.

Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação, além da fluência oral e produção escrita.

Atividade 8. Espera-se que os estudantes mencionem que essas narrativas são transmitidas oralmente: as pessoas mais velhas da comunidade as contam para as mais novas.

Atividade 9. Promova a leitura coletiva do texto e, se julgar conveniente, para facilitar a compreensão dos estudantes, anote na lousa o nome das personagens e as principais ações de cada uma.

Literacia e Ciências Humanas

[...] É importante pensar no processo de transcrição das histórias indígenas pela escrita. Nesse processo, deixa-se de fora a dinâmica do processo performativo da narrativa oral, ou seja, deixa-se de mencionar as técnicas do narrador para garantir a atenção do público, como as mudanças de entonação, o uso de repetições e a expressão corporal.

[...]

Ainda assim, algumas características da oralidade se mantêm, como a condensação dos enredos, a informalidade, a coloquialidade da linguagem e o uso de expressões que marcam o início e o fim das histórias.

O fato é que os mitos e lendas indígenas, outrora transmitidos oralmente, são hoje recriados/recontados pelos autores indígenas em obras escritas, dando-lhes uma dimensão estética e conferindo-lhes caráter literário, na medida em que são escritos, editados e publicados em forma de livro, para serem lidos tanto por um público indígena, quanto por um público “branco”, mesmo que seja em menor escala. [...]

Os autores indígenas conseguem com esse trabalho manter viva a memória social, tornando-a presente num lugar e num tempo do qual ela está distante.

FONTE: NAVARRO, Marco Aurélio. Daniel Munduruku: o índio-autor na Aldeia-Global. São Paulo, 2014. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. p. 78-79.

Explique que, nos últimos anos, muitas das narrativas que os povos tradicionais costumam transmitir oralmente têm sido registradas por escrito por pesquisadores e por indígenas que dominam a língua portuguesa. Ainda que, dessa forma, essas narrativas percam algumas de suas características originais, como a dramatização e as variações poéticas feitas pelos distintos narradores ao contá-las oralmente, registrá-las por escrito evita que se percam com o passar do tempo, contribuindo para a preservação do patrimônio cultural indígena na sociedade brasileira.

Espera-se que os estudantes façam as seguintes menções nas respostas dadas aos itens da atividade 9: a) No princípio do mundo, existia apenas o Sol no céu. Com isso, os animais não conseguiam dormir. b) A noite vivia prisioneira dentro de um coco de tucumã, guardado no mais fundo dos rios pela grande serpente Boiuna. c) Quando Aruanã abriu o coco, tudo se transformou em noite e a natureza mergulhou na mais profunda escuridão. d) Das trevas, Tuilá criou o dia e noite: de um lado haveria o Sol luminoso e, do outro, a Lua e as estrelas.

O trabalho desenvolvido nestas páginas fundamenta o trabalho com a habilidade da BNCC EF03GE11.

Educação em valores e temas contemporâneos

Os diferentes modos de interpretar e compreender o mundo se somam em uma rica narrativa da humanidade. No Brasil essas narrativas se compõem de maneira tão diversa quanto a diversidade observada na formação étnica e cultural do país. É importante incentivar os estudantes a expressar suas próprias leituras de mundo de forma a valorizar as diferenças e construir o respeito à diversidade.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos da seção Para ler e escrever melho r podem ser trabalhadas na semana 4.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

• Reconhecer as características de um texto descritivo.
• Conhecer a profissão do astrônomo.
• Registrar as informações contidas no texto em um organizador gráfico.
• Escrever um texto descritivo com base em um modelo.

  Orientações didáticas

  O trabalho proposto nesta seção é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação, além da produção escrita. Sugerimos que esses conhecimentos sejam trabalhados com a turma e individualmente, para que cada estudante se sinta apoiado em suas dificuldades e que perceba que outros colegas também possuem dificuldades semelhantes.

  Comente que um texto descritivo visa fornecer informações sobre as características de um objeto, uma pessoa ou um lugar, por exemplo. Saliente que o texto sobre o astrônomo descreve as atividades que esse profissional realiza em seu trabalho.

  Comente que os centros de pesquisa em Astronomia têm telescópios com grande capacidade de aumento, que permitem a observação dos astros mais distantes da Terra.

  Nesta seção são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF01GE06 e EF01GE11.

  A observação no ensino das Ciências

  Visando a um aprendizado prático de conteúdos em astronomia, os PCN salientam a necessidade de atividades práticas e visitas preparadas a observatórios, planetários, associações de astrônomos amadores, museus de astronomia e de astronáutica. Este aspecto confere à astronomia mais este diferencial: o seu ensino pode ser apoiado por meio do grande potencial existente nos estabelecimentos localizados em todo o território nacional, tornando-a diferente da maioria dos outros conteúdos de disciplinas escolares [...].

  Refletindo sobre a natureza da astronomia, essencialmente observacional, os PCN contemplam, ainda, a importância das observações no ensino de Ciências, pois observar não significa apenas ver, e sim buscar ver melhor, encontrar detalhes do objeto observado.

Há duas maneiras de se fazer uma observação. A primeira é o contato direto com os objetos de estudo, e a segunda, é mediante recursos técnicos ou seus produtos. São os casos de observações feitas por meio de microscópio, telescópio, fotos, filmes ou gravuras. [...] O uso de telescópios na educação em Ciências pode habilitar o professor a incorporar uma experiência astronômica real, por meio da observação direta de corpos celestes fascinantes, tais como nebulosas, estrelas, duplas, aglomerados, galáxias, planetas, cometas, crateras e montanhas da Lua etc.

FONTE: LANGHI, Rodolfo; NARDI, Roberto. Educação em astronomia: repensando a formação de professores. São Paulo: Escrituras Editora, 2012. p. 158-159.

Atividade 3. Auxilie os estudantes a selecionar as informações no texto para preencher o organizador gráfico. Explore com eles a estrutura do organizador gráfico, tentando relacioná-lo à estrutura do texto. Nesse caso, foi utilizado um diagrama que tem relação com os três aspectos usados para descrever a profissão do astrônomo: o que ele estuda, os equipamentos que utiliza e as informações que analisa. Pergunte aos estudantes quais são as diferenças entre apresentar informações em um texto e em um organizador gráfico. Mencione a importância dos esquemas para resumir, organizar, representar e, até mesmo, entender as informações dispostas em um texto.

Atividade 4. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, promovendo a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela.

Oriente os estudantes a produzir um texto descritivo sobre as atividades do astronauta com base nas informações contidas no esquema fornecido. Destaque que esse esquema foi estruturado de acordo com o modelo de organizador gráfico utilizado para as informações referentes às atividades do astrônomo. Ao final, avalie se a forma dos textos produzidos pelos estudantes é compatível com a do modelo.

Explique aos estudantes que a Astronomia, assim como as demais ciências, é dinâmica, pois a cada dia novas descobertas podem ser feitas, de modo que o trabalho dos astrônomos e astronautas é fundamental para que o conhecimento do Universo seja ampliado.

Atividade complementar

Faça uma visita com a turma a um centro de pesquisa astronômica, observatório ou planetário que permita a observação do céu pelos estudantes com o uso de equipamentos. Essa experiência pode despertar ainda mais a curiosidade deles e enriquecer sua aprendizagem sobre Astronomia.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 24 pode ser trabalhada na semana 4.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

• Conhecer algumas características da Terra.
• Conhecer alguns elementos que compõem a superfície terrestre.
• Identificar características das rochas.
• Compreender como se forma o solo.
• Perceber como se distribui a água no planeta Terra.
• Identificar os continentes e os oceanos do planeta.
• Conhecer a importância da atmosfera para a vida na Terra.

  Orientações didáticas

  Explore os conhecimentos prévios dos estudantes acerca da posição da Terra no sistema solar. Saliente que a Terra é um planeta que gira em torno do Sol e que o desenvolvimento da vida no planeta depende da luz e do calor emitidos por essa estrela.

  Atividade 1. Oriente os estudantes a observar a imagem da Terra e auxilie-os a identificar as partes sólidas (continentes), líquidas (oceanos) e gasosas (atmosfera). Solicite que observem e descrevam a imagem, explorando oralmente os conhecimentos que têm sobre as características do planeta.

  Atividade 2. Nessa atividade oral, espera-se que os estudantes concluam que a cor predominante da Terra vista do espaço é azul pelo fato de a maior parte de sua superfície ser coberta por água.

  É importante que os estudantes compreendam que a Terra possui uma forma arredondada, porém não é uma esfera perfeita porque apresenta certo achatamento nas regiões polares. A atividade 3 possibilita verificar se essa característica do planeta foi compreendida.

  A forma da Terra

  Quando questionada sobre a forma do nosso planeta, uma pessoa qualquer dirá hoje, provavelmente, que é a de uma esfera. Nos livros de História apresenta-se a visão que nem sempre foi tão simples responder a esta pergunta sem provocar controvérsia. Houve em várias épocas um convencimento, pelo menos por vários autores, que a Terra tinha um formato plano [...].

  Porém, é muito claro que, contrariamente à visão popular, a forma esférica da Terra era conhecida pelo menos desde os gregos 300 anos da Era Cristã. Um dos mais famosos nomes da Astronomia grega, Eratóstenes de Alexandria, conseguiu medir o raio da Terra com uma precisão muito grande observando simplesmente a sombra de uma vara vertical (denominada gnômon) [ ..].

Outras evidências eram também corretamente interpretadas indicando a forma esférica da Terra, por exemplo, a sombra da Lua durante os eclipses. [...]

Além de desenvolvimentos históricos que não são de nosso interesse direto, podemos afirmar que, para os sentidos humanos, a Terra parece efetivamente um plano. A evidência de Eratóstenes, por exemplo, não é tão direta quanto a observação de um horizonte reto, que bem poderia pertencer a um plano. [...]

Com os avanços tecnológicos do século 20 houve a possibilidade de conferir diretamente a forma exata da Terra, com medidas precisas das suas dimensões e do achatamento nos polos (o qual é bastante pequeno, de fato quase imperceptível!) em imagens de satélites e das missões Apollo.

FONTE: HORVATH, J. E. O ABCD da Astronomia e Astrofísica. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2008. p. 21-24.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 25 pode ser trabalhada na semana 4.

Fim do complemento.

Explore a ilustração incentivando os estudantes a identificar os elementos naturais do planeta mencionados (as rochas, a água e o ar) e a associá-los às partes sólida, líquida e gasosa da Terra.

Atividade 4. Oriente os estudantes a completar as frases com base nas informações do texto.

A abordagem deste assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Meio ambiente e tecnologia na cidade e no campo. É uma ocasião para apresentar os elementos essenciais para a existência da vida na Terra e entender a importância de preservá-los.

O estudo das características físicas do planeta Terra por meio de fotografia, ilustrações e esquemas favorece o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE06.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 26-27 podem ser trabalhadas na semana 5.

Fim do complemento.

Explique aos estudantes que a Terra é uma esfera rochosa com superfície irregular, isto é, alguns pontos elevados e outros baixos. Os pontos mais altos da Terra formam os montes, as montanhas e os picos, e os pontos mais baixos, em geral, estão submersos no oceano. Destaque que na parte sólida da superfície do planeta as rochas se apresentam de diferentes formas. Na paisagem retratada, por exemplo, elas podem ser vistas como blocos que se elevam da superfície e como pequenos fragmentos que constituem a areia.

Incentive os estudantes a descrever locais onde tenham observado a presença de rochas. Permita que se expressem com liberdade para que explorem a associação entre as paisagens e a presença de rochas na superfície terrestre.

Pergunte aos estudantes se conhecem alguns objetos feitos de rocha e peça que deem exemplos. Eles podem mencionar revestimentos de pisos e paredes, pedras de pias de cozinha e banheiro, entre outros.

Atividade 5. Nessa atividade oral, oriente os estudantes a analisar as imagens e incentive a troca de ideias. Eles devem observar que, na imagem da esquerda, as rochas figuram na forma de blocos e na forma de areia; na imagem da direita, as paredes da casa são feitas de rochas.

Explique que as rochas se formam naturalmente no ambiente a partir da associação de diversos minerais e, por isso, elas têm composição e características variadas que em alguns casos podem ser percebidas visualmente.

A crosta terrestre

A crosta é a porção externa da Terra, a mais delgada de suas camadas e a que conhecemos melhor. [...]

Sua espessura é variável, sendo maior onde há grandes montanhas e menor nas fossas oceânicas. Sob os oceanos, a crosta costuma ter cerca de 7 km de espessura; sob os continentes, ela chega a 40 km em média. As espessuras extremas estão em 5 e 70 quilômetros.

Está dividida em crosta continental e crosta oceânica, com composições diversas e espessuras diferentes. [...]

FONTE: BRANCO, Pércio de Moraes. Estrutura Interna da Terra. Serviço Geológico do Brasil, 4 maio 2015. Disponível em: http://fdnc.io/fn6. Acesso em: 28 maio 2021.

Atividade 6. a) Espera-se que os estudantes observem que a ardósia e a pedra-sabão apresentam características distintas porque são compostas de minerais diferentes. b) A pedra-sabão não poderia ser usada no revestimento de pisos porque ela é macia e se desgastaria com facilidade.

Ao introduzir a conceituação de solo, destaque que ele se origina da transformação das rochas e que recobre a maior parte da superfície sólida do planeta, mesmo no fundo dos mares.

O processo de formação do solo está relacionado à ação de fenômenos naturais como a chuva, as ondas do mar, o vento e as mudanças de temperatura sobre as rochas ao longo do tempo.

Atividade 7. Leia com os estudantes as descrições e o esquema que apresentam o processo de formação do solo e auxilie-os a compreender que as intempéries, como a chuva e o vento, desgastam e fragmentam as rochas, o que abre espaço para o acúmulo de restos de seres vivos, pequenos fragmentos de rochas, ar e água, formando o solo. No solo, desenvolvem-se plantas e outros seres vivos. Nesse processo, plantas e animais desempenham papel muito importante, pois, ao realizar suas funções vitais, mantêm o solo arejado e eliminam substâncias que aceleram a degradação das rochas.

Explorar as características das rochas e a formação do solo fornece informações sobre o ambiente físico natural necessárias para o trabalho com a habilidade da BNCC EF03GE11

Rochas

Uma rocha é um agregado sólido de minerais que ocorre naturalmente. Algumas rochas, como o mármore branco, são compostas por apenas um mineral, nesse caso, a calcita. [...]. Em um agregado, os minerais são unidos de maneira a manter suas características naturais. O que determina a aparência física de uma rocha? Elas variam na cor, no tamanho dos seus cristais ou grãos e nos tipos de minerais que as compõem. [...]

A mineralogia e a textura, bem como outras propriedades, ajudam a determinar o aspecto de uma rocha. A mineralogia é a proporção relativa dos minerais constituintes de uma rocha. [...] A textura é o termo que indica os tamanhos e as formas dos cristais e o modo como estão unidos.

FONTE: PRESS, F. et al. Para entender a Terra. São Paulo: Bookman, 2006. p. 103.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 28-29 podem ser trabalhadas na semana 5.

Fim do complemento.

Explique aos estudantes que cerca de 70% da superfície da Terra é coberta de água; contudo, a maior parte dessa água é salgada e está nos oceanos. De toda a água doce disponível, a maior parte está retida nas calotas polares e geleiras. O restante da água doce está disponível em rios, lagos e aquíferos.

Esclareça que as águas subterrâneas são provenientes de fontes naturais ou da água da chuva que penetra no solo e se deposita entre rochas. Essas águas são, muitas vezes, de difícil acesso.

A abordagem deste assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Meio ambiente e tecnologia na cidade e no campo. É uma ocasião para apresentar um elemento essencial para a existência da vida na Terra e entender a importância de preservá-lo.

Esse conteúdo favorece o desenvolvimento das habilidades da BNCC EF03GE07 e EF03GE09.

Atividade complementar

Se julgar conveniente, comente com a turma que a poluição do solo pode contaminar a água de rios, lagos e aquíferos. É possível propor aos estudantes uma pesquisa sobre as fontes de poluição e seus efeitos sobre a água e os seres vivos.

Por que a água do mar é salgada?

A resposta não poderia ser mais simples: porque existem muitos sais dissolvidos nela. [...] Para entender como esses sais chegam até o mar, é preciso conhecer um processo chamado intemperismo. Ele é responsável pela decomposição das rochas e funciona assim: quando a água da chuva chega ao solo, ela traz substâncias dissolvidas e também arrastadas durante sua passagem pela atmosfera. Já na terra, à medida que passa através das rochas, essa água continua dissolvendo materiais. No final, a água que bebemos é a mesma que já lavou a crosta terrestre. Por isso, a “água doce” também contém sais dissolvidos. Só não sentimos o gosto porque, em geral, a quantidade de sal é muito baixa. No final de todo esse caminho, é justamente essa água, “não tão doce”, que chega até os oceanos, através dos rios, que, por sua vez, são formados pela água da chuva.

FONTE: LANA, Paulo da Cunha. Por que a água do mar é salgada? Ciência Hoje das Crianças, n. 161, set. 2005, p. 28.

Explique aos estudantes que os estados físicos da água estão relacionados à temperatura. Assim, em lugares muito frios, como nas regiões dos polos da Terra, ela se encontra em estado sólido, isto é, em forma de gelo.

Atividade 10. Se necessário, explore a imagem coletivamente com os estudantes, contribuindo para evidenciar que a água pode ser encontrada nos três estados físicos em um mesmo ambiente.

Atividade 11. Incentive uma conversa sobre a potabilidade da água. Reforce que nem toda água doce que se encontra na natureza é apropriada para o consumo humano. Comente que muitas vezes a água que é distribuída nas moradias e escolas passa por um processo de tratamento para se tornar adequada ao consumo humano.

O conteúdo apresentado favorece o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE09.

Atividade complementar

Se achar conveniente, providencie alguns cubos de gelo, um copo com água e um espelho e leve-os para a sala de aula para explorar com os estudantes os estados físicos da água: sólido, líquido e gasoso. Demonstre a relação dos estados físicos da água com a temperatura apresentando como o gelo derrete em temperatura ambiente, sem refrigeração. Para demonstrar a presença do vapor de água no ar, que é invisível, peça a um estudante que solte o ar pela boca próximo à superfície do espelho. Explique que o vapor de água presente no ar, e que entra e sai dos nossos pulmões pela respiração, forma gotinhas ao entrar em contato com a superfície fria do espelho, embaçando-o, e essa é uma forma de verificar sua presença no ar.

Educação em valores e temas contemporâneos

A água é um recurso natural essencial para a vida na Terra. Embora ela seja abundante em nosso planeta, como água doce é encontrada em pequena quantidade. Procure deixar claro para os estudantes que a distribuição de água doce não é homogênea no planeta e que nem toda água doce é própria para o consumo humano. Explore o assunto perguntando o que sabem sobre os problemas enfrentados pelas pessoas que vivem em regiões onde há dificuldade de acesso à água. Comente que a escassez de água dificulta a sobrevivência dos seres vivos, o cultivo de alimentos e a produção industrial.

Discutir a importância de uma prática de consumo responsável de água é um modo de fomentar o pensamento crítico e as práticas cidadãs nos estudantes.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 30-31 podem ser trabalhadas na semana 6.

Fim do complemento.

Pergunte aos estudantes em que situações eles percebem a existência do ar. Eles podem dizer, por exemplo, que percebem a existência do ar quando sentem o vento, quando enchem uma bexiga (balão) ou respiram.

Promova então a leitura do texto e das imagens referentes à atmosfera da Terra. Explique que essa camada de gases absorve parte dos raios solares e reflete outra, mantendo a temperatura do planeta adequada para o desenvolvimento de seres vivos.

Destaque que a quantidade de gás oxigênio varia de acordo com a altitude em que estamos no planeta Terra, isto é, quanto maior a altitude, menor a quantidade de gás oxigênio disponível. Para facilitar a compreensão dos estudantes acerca do conceito de ar rarefeito, explique que próximo da superfície as minúsculas partes da matéria que forma o ar estão próximas umas das outras, mas, à medida que aumenta a altitude, essas partes ficam mais afastadas. Assim, as minúsculas partes do gás oxigênio que compõem a atmosfera também estão mais afastadas umas das outras e, com isso, é mais difícil obtê-las para a respiração.

Atividade 12. A atmosfera desempenha um papel essencial para a vida na Terra porque filtra parte dos raios solares que atingem o planeta e contribui para manter a temperatura da Terra. Com base em seus conhecimentos prévios, os estudantes podem mencionar que, sem a presença da atmosfera, não haveria ar para os seres vivos respirarem.

Atividade 13. O astronauta precisa de roupas e equipamentos especiais que lhe forneçam gás oxigênio para respiração porque no espaço não existe ar. A roupa também mantém a temperatura do seu corpo e o protege dos raios solares.

Composição do ar

O ar é uma mistura de diversos gases. Os dois mais abundantes são o nitrogênio e o oxigênio. Calcula-se que mais ou menos 78% do ar sejam compostos de nitrogênio (cerca de 4/5 do total), enquanto o oxigênio está presente em 21% (cerca de 1/5). Assim sendo, 99% do ar são compostos de nitrogênio e oxigênio.

Outros gases também fazem parte da composição do ar, embora em quantidades menores: trata-se dos chamados gases nobres, que são o argônio, o neônio, o hélio, o radônio, o criptônio e o xenônio. Existe ainda uma pequena porcentagem de gás carbônico. Além disso, o ar apresenta vapor de água, em quantidade que varia bastante conforme o local, a temperatura e as condições do clima. Misturados ao ar, encontram-se também poeira em suspensão e poluentes diversos. [...]

A presença de oxigênio (O 2) no ar é fundamental para os seres vivos. O oxigênio é o gás que utilizamos para respirar. Além disso, ele precisa estar presente para que as queimas possam ocorrer. Podemos separar o oxigênio do ar através de métodos especiais. [...]

O oxigênio puro tem muitas utilidades. É empregado nos hospitais, em pessoas que apresentam dificuldades respiratórias. É usado, em certas ocasiões, nos aviões, nos submarinos e também por mergulhadores.

FONTE: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Instituto de Química. Programa de Ensino de Ciências. Composição do ar. Disponível em: http://fdnc.io/5YQ. Acesso em: 28 maio 2021.

Explique aos estudantes que o ar é composto de vários tipos de gases. O gás oxigênio presente no ar é essencial para a maioria dos seres vivos e o gás carbônico é fundamental para os seres que realizam a fotossíntese. O gás nitrogênio também é muito importante. O elemento nitrogênio está presente em grandes quantidades no corpo dos seres vivos. Ele é incorporado no organismo de animais por meio da alimentação. Já as plantas, por meio de suas raízes, incorporam o nitrogênio transformado por bactérias existentes no solo.

Atividade 14. Os estudantes devem assinalar como falsas e corrigir as afirmações b e c. b) O gás mais abundante no ar é o gás nitrogênio. c) Correções possíveis: O gás oxigênio é essencial para a respiração da maioria dos seres vivos; O gás carbônico é fundamental para as plantas produzirem seu alimento.

Atividade 15. Espera-se que os estudantes expliquem que, como o ar quente tende a subir, o ar próximo à lareira vai aquecer o ambiente e subir. Já o ar frio tende a descer e, assim, o ar resfriado do ar-condicionado vai descer; colocando o aparelho no alto, o efeito dele é otimizado.

O estudo dos componentes físicos naturais do planeta contribuem para o trabalho com a habilidade da BNCC EF03GE09, do componente curricular Geografia. A leitura dos esquemas apresentados nestas páginas e do gráfico favorece o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE07.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 32-33 podem ser trabalhadas na semana 6.

Fim do complemento.

Comente que o planeta Terra apresenta algumas áreas mais elevadas que formam os continentes e as ilhas, também chamadas terras emersas.

Se possível, leve para a sala de aula um globo terrestre e explore-o com os estudantes para que possam visualizar a posição dos continentes (terras emersas) e dos oceanos no planeta Terra.

A manipulação do globo terrestre pelos estudantes pode ser útil para que compreendam melhor a relação entre terras emersas e oceanos e localizem os continentes nessa representação.

Aproveite o momento para apontar a localização do Brasil no globo e aproximar o conhecimento da realidade dos estudantes.

Atividade 16. b) Explique aos estudantes que a Antártida não é dividida em países, pois o Tratado da Antártida, assinado por diversos países, define que as terras de região somente sejam utilizadas para atividades pacíficas, como pesquisas científicas.

As atividades com o globo terrestre contribuem para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE07.

Atividade complementar

Para sedimentar o trabalho apresentado nesta página, você pode propor uma atividade coletiva, utilizando o globo terrestre e explorando o nome dos oceanos. Para tanto, indique os continentes alternadamente e pergunte por qual ou quais oceanos cada um é banhado. Oriente os estudantes a manipular o globo para chegar às respostas.

O Tratado da Antártica

O Tratado da Antártica foi assinado em Washington, em 1o de dezembro de 1959. A partir desse Acordo, os países que desenvolvem atividades na Antártica se comprometem a dialogar sobre o uso do continente, com o propósito de preservá-lo e de não permitir que se torne objeto de discórdia internacional.

[...] O Tratado da Antártica:

a) estipula que a Antártica só pode ser utilizada para propósitos pacíficos, proibindo atividades militares, como o estabelecimento de bases militares ou testes de armamento;

b) garante a liberdade para a continuidade da pesquisa científica [...].

Atualmente, o Tratado da Antártica conta com 53 países signatários e prevê, ainda, a adesão de qualquer país membro das Nações Unidas. Dos países signatários, 29 são considerados membros consultivos, [...] e 24 são considerados membros não consultivos, aqueles que são convidados a participar das reuniões sem, no entanto, tomar parte no processo de tomada de decisões sobre o futuro da Antártica. Cabe ressaltar que o Brasil figura entre os membros consultivos.

Desde 23 de junho de 1961, data em que passou a vigorar, o Tratado da Antártica tem sido reconhecido como um dos mais bem-sucedidos acordos internacionais, pois as divergências quanto às reivindicações territoriais foram superadas e o regime de não militarização tem alcançado sucesso.

FONTE: MARINHA DO BRASIL. Tratado da Antártica e Protocolo de Madri. Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. Secretaria da Comissão. Brasília: SECIRM, 2016. p. 3-4.

Atividade 17. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, promovendo a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela.

Em sala de aula, ao iniciar o trabalho com o planisfério, explore a imagem com os estudantes destacando os elementos básicos constituintes do mapa, como o título, a legenda, a fonte, a escala e a orientação indicada pela representação dos pontos cardeais. Destaque especialmente a legenda, salientando que sua leitura é fundamental para a interpretação de mapas.

A atividade de leitura e interpretação de um planisfério e a identificação dos elementos constituintes desse tipo de representação favorecem o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE07.

Para você ler

Um globo em suas mãos : práticas para a sala de aula, de Neiva Otero Schäffer e outros. Editora: Penso, 2011.

Sugestões de atividades e brincadeiras para o uso didático do globo terrestre.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos da seção O mundo que queremos podem ser trabalhadas na semana 7.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

• Reconhecer o acesso à água como um direito humano.
• Compreender que o acesso à água não é igualitário.
• Avaliar e propor soluções para os problemas de acesso à água no local em que vive.

  Orientações didáticas

  Pergunte aos estudantes em quais situações eles utilizam água e, se achar conveniente, faça uma lista na lousa com as atividades mencionadas. Pergunte também se eles já passaram por momentos em que houve falta de água e incentive-os a relatar sua experiência para os colegas. Estimule uma reflexão acerca da importância da água para a vida das pessoas. É importante que os estudantes comecem a refinar o olhar para o problema, compreendendo que há situações em que a água é vital (para ingestão pessoal, preparo de alimentos, higiene, entre outras) e que, quando essa água não está disponível, a vida das pessoas é prejudicada.

  Explique à turma que, em geral, a água que é distribuída para moradias, escolas e outros estabelecimentos é captada em rios, lagos ou represas e passa por tratamento para filtragem e purificação antes de chegar ao consumidor. É possível que alguns estudantes estejam familiarizados com outros métodos de captação de água para o consumo, como cisternas e poços. Nesse caso, incentive-os a relatar como isso é feito em seu dia a dia.

  Peça aos estudantes que citem exemplos de comportamentos para evitar o desperdício de água e incentive-os a refletir sobre a questão, explorando as atitudes possíveis de serem adotadas no dia a dia em relação ao uso desse recurso.

  Numeracia e Ciências Humanas

  O contato com tipos de representação como o gráfico e a respectiva análise dos dados contribuem para a prática da numeracia contextualizada ao assunto estudado.

  As respostas dos estudantes sobre as situações em que eles utilizam água também podem ser organizadas na lousa em forma de tabela e/ou de gráfico de colunas. É outra oportunidade para a prática da numeracia.

Caso os estudantes perguntem se é possível aproveitar a água do mar para o consumo, esclareça que existem tecnologias para dessalinização (retirada do sal) da água do mar, mas que esse processo tem um custo alto e a água resultante pode não ser potável, sendo aproveitada somente para outros fins, como a agricultura.

A abordagem deste assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Meio ambiente e tecnologia na cidade e no campo. É uma ocasião para discutir a capacidade humana de interferir no ambiente, potencializada pelos recursos tecnológicos, e os limites impostos pela necessidade de sustentabilidade ambiental, tendo como foco um elemento indispensável à vida.

Atividade 1. Espera-se que os estudantes observem que o acesso à água é desigual. Em diversos locais não há água suficiente para atender às necessidades das pessoas ou ela não é apropriada para o consumo. Além disso, muitas pessoas no mundo não têm acesso à água diretamente na torneira.

Atividade 2. Explore as imagens com os estudantes e depois oriente-os a relacionar as situações retratadas aos direitos listados no quadro da página anterior. a) Corresponde ao item 1 do quadro de direito à água, pois retrata uma situação de insuficiência de água para o uso pessoal e doméstico; b) Corresponde ao item 3, pois retrata uma situação em que a água estava contaminada.

Atividade 3. Chame a atenção dos estudantes para o fato de que tanto os governantes quanto os cidadãos comuns têm responsabilidades sobre o cuidado com a água, tais como não desperdiçar e não poluir rios e lagos. Oriente-os a utilizar as informações contidas no quadro sobre direito à água para fundamentar os argumentos escritos na carta ou no e-mail e auxilie-os na redação.

O trabalho proposto nesta seção contribui para o desenvolvimento da Competência Específica de Ciências Humanas 3; das Competências Específicas de Geografia 1 e 7; e da habilidade da BNCC EF03GE09.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 36 pode ser trabalhada na semana 7.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

• Explorar formas distintas de representação do planeta Terra.
• Conhecer alguns detalhes da história da cartografia.
• Reconhecer e elaborar legendas em representações cartográficas.

  Orientações didáticas

  Explique o sentido da palavra “representação” como um desenho ou um modelo elaborado com base na realidade. Os mapas e globos terrestres são representações da superfície do planeta Terra.

  Atividade 1. b) Espera-se que os estudantes observem que não é possível ver o continente americano e o continente asiático ao mesmo tempo, pois o globo terrestre tem forma esférica e esses continentes estão em lados opostos do planeta. Para ver cada um deles é preciso girar o globo.

  Vantagens e desvantagens no uso do globo

  […] Falando inicialmente das desvantagens, podemos dizer que a principal delas está relacionada com a limitação imposta pela escala. Devido ao fato de ser construído em terceira dimensão, é comum a confecção de globos em escalas pequenas. Os globos mais usados em sala de aula, em geral, estão em escalas pequenas, como 1 : 42.000.000, onde, normalmente, não se podem observar detalhes significativos de parte alguma do planeta [...].

  [...] Alguns ainda alegam como desvantagem do globo o fato de se poder observar nele apenas a metade do planeta de cada vez.

[...] O globo é o único documento cartográfico em que não aparecem distorções de áreas, distâncias e direções, ou seja, num globo, é possível medir com relativa precisão as distâncias entre lugares, as suas áreas e a visualização de suas formas de maneira bem próxima da realidade. […]

FONTE: ARAÚJO, Paulo; CARVALHO, Edilson. O globo terrestre e seu uso no Ensino de Geografia. In: CARVALHO, Edilson Alves de; ARAÚJO, Paulo César de. Leituras cartográficas e interpretações estatísticas II . Natal: EDUFRN, 2009.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da seção Vamos fazer pode ser trabalhada na semana 7.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

• Montar uma representação tridimensional do planeta Terra.
• Manipular uma representação tridimensional do planeta Terra e identificar suas características.

  Orientações didáticas

  Seguindo os passos indicados, espera-se que os estudantes possam desenvolver a atividade com autonomia. Forneça a eles as orientações gerais e procure ajudá-los na manipulação da tesoura e da cola para a montagem do globo, cuidando para que não rasguem ou amassem o modelo. Explique a eles que a aba 1A deve ser colocada na aba 2A, e assim por diante.

  Se julgar conveniente, providencie palitos de madeira e oriente os estudantes a montar o globo em torno do palito por meio da colagem das extremidades. Essa montagem facilitará a manipulação do globo posteriormente.

  A atividade de montagem do globo contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE06.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 38 pode ser trabalhada na semana 8.

Fim do complemento.

Comente que um mapa pode representar diferentes partes da superfície terrestre ou todo o planeta. Os mapas que representam toda a superfície do planeta recebem o nome de planisférios.

Se possível, proponha aos estudantes manipular um globo terrestre e um planisfério para que identifiquem as semelhanças e diferenças entre esses dois tipos de representação. Ao compará-los, os estudantes devem observar que ambos representam a superfície terrestre e diferenciam oceanos e continentes por meio de cores. Ressalte que o planisfério é uma representação bidimensional feita em uma superfície plana, enquanto o globo é uma representação tridimensional.

Atividade 2. Espera-se que os estudantes afirmem que, no planisfério, é possível ver toda a superfície terrestre representada ao mesmo tempo. A forma esférica do globo não permite observar toda a superfície terrestre ao mesmo tempo.

Atividade 3. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, promovendo a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela.

O roteiro de viagem poderá ser elaborado pelos estudantes em casa e depois discutido em classe. Se julgar interessante ampliar a atividade, incentive-os a indicar os meios de transporte que seriam necessários para executar o roteiro de viagem que criaram, considerando os trajetos terrestres, marítimos e aéreos.

O mapa de Abauntz

A peça lítica descoberta em 1993 na gruta de Abauntz, em Navarra, na Espanha, tem uma profusão de traços gravados que, no conjunto, parecem corresponder a um mapa da zona em que foi encontrada. Datações por radiocarbono de material forneceram idades entre 13500 e 11750 antes do presente.

Segundo os investigadores que descobriram e, durante vários anos, estudaram esta peça lítica, são nela identificáveis muitos elementos topográficos e da fauna da área ao redor da gruta. Numa das faces, como parte mais estruturante do desenho, existem alguns agrupamentos de linhas onduladas que sugerem ser a representação de um rio. Nessa face, estão também representados dois cervos (um de perfil e outro de frente), bem como um conjunto de cabras alinhadas, outra cabra de perfil, e outro conjunto de cornos.

Aceitando que se trata realmente de um rio, talvez o de mais antiga identificação até agora na arte paleolítica, o conjunto do desenho pode corresponder a uma representação do terreno circundante à gruta de Abauntz, localizada num desfiladeiro, entre dois penhascos, com um rio que corre entre eles.

FONTE: ALVEIRINHO DIAS, João Manuel. Mundividências projectadas: o início das representações do espaço geográfico. Portugal: Faro, 2015. p. 27-28.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 39 pode ser trabalhada na semana 8.

Fim do complemento.

Comente com os estudantes que diferentes formas de representar lugares e trajetos foram desenvolvidas pelos seres humanos para organizar e registrar as informações acerca do espaço conhecido.

Ao fazer a leitura do texto e da imagem com a turma, ressalte que os suportes usados para a produção dos primeiros mapas eram paredes de cavernas, placas de argila e de madeira e peles de animais.

Explique que esses mapas foram elaborados com base em informações visuais e, por isso, representam o espaço de vivência das pessoas, como povoados, cursos de água, montanhas e estradas.

Atividade 5. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, promovendo a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela. A leitura oral do texto pode ser realizada na escola e depois em casa, possibilitando um momento de literacia familiar. a) Os estudantes devem observar que, em escavações no sítio arqueológico da Turquia, foi encontrado um mapa datado de 8 mil anos atrás. b) O mapa estava desenhado em rochas e representava as moradias de um povoado e um vulcão.

O conteúdo apresentado contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE06.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 40 pode ser trabalhada na semana 8.

Fim do complemento.

Para introduzir o estudo dos planisférios reproduzidos nestas páginas, reforce que, com o passar do tempo e o desenvolvimento das tecnologias, os mapas se tornaram cada vez mais precisos.

Esclareça que Ptolomeu foi um estudioso de origem grega reconhecido pelos trabalhos que desenvolveu há cerca de 1900 anos em matemática, astrologia, astronomia, geografia e cartografia. Ele escreveu diversas obras, incluindo Geografia, nas quais descrevia suas teorias sobre as dimensões da Terra, sua localização no espaço em relação ao Sol e as distâncias entre as terras emersas. Com base em seus estudos, vários cartógrafos produziram mapas e planisférios ao longo do tempo, como o apresentado nesta página.

Atividade 7. Os estudantes devem observar que na réplica do planisfério de Ptolomeu foram representados o mar Mediterrâneo, o litoral da Europa e parte da Ásia e da África.

Para você ler

História da Cartografia e Cartografia Sistemática, de José Flávio Morais Castro. Editora PUC Minas, 2018.

Um panorama da Cartografia e do contexto de suas aplicações em diversas áreas, especialmente em geoprocessamento e estudos do meio ambiente.

Uma história do mundo em doze mapas, de Jerry Brotton. Editora Zahar, 2012.

Mapas selecionados como marcos da Cartografia e da história mundial são analisados nessa obra como expressão da época em que foram produzidos.

O trabalho de Ptolomeu

Os mapas encontrados em guias, jornais, revistas, livros didáticos e atlas resultam de uma história de estudos teóricos de informação e técnica. A cartografia moderna, apoiada no crescente avanço tecnológico, tem produzido mapas cada vez mais precisos. Entretanto, não foi sempre assim. Os conhecimentos cartográficos foram construídos ao longo de séculos, desde, pelo menos, a Antiguidade Clássica [...].

O mapa-múndi mais completo da Antiguidade foi feito por Ptolomeu. Em sua obra Geografia, composta por oito volumes, ele tratou das técnicas de construção e projeções e de globos, construiu um planisfério e 26 mapas mais detalhados.

Nessa obra, relacionou os nomes de oito mil lugares, com as respectivas latitudes e longitudes, o que constituiu uma inovação, uma vez que, em outras obras da época, essas medidas eram citadas em separado. Seu trabalho chegou até nós através de cópias, sendo as mais antigas dos séculos XII e XIII. Durante a Idade Média a obra de Ptolomeu praticamente desapareceu da Europa, mas os árabes a copiaram e estudaram – foi a partir dessas cópias que, por volta do século XIV, a Europa retomou a obra de Ptolomeu.

FONTE: ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. 5ª ed. São Paulo: Contexto, 2009. p. 13-14.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos das páginas 41-42 podem ser trabalhadas nas semanas 8 e 9.

Fim do complemento.

Oriente os estudantes a comparar o planisfério da página 38 com o planisfério de Ptolomeu e o de Cantino. Peça que observem a data de produção de cada mapa e que atentem para os detalhes das reproduções, como a proporção entre as terras emersas, os continentes representados e as distorções que apresentam no formato. Essa estratégia é importante para que percebam a evolução na precisão das informações ao longo do tempo. Esclareça que um dos motivos dessa evolução foi o desenvolvimento de tecnologias na produção de mapas.

Saliente que a criação de instrumentos de navegação mais precisos também contribuiu para o aperfeiçoamento dos mapas, pois os oceanos e continentes tornaram-se cada vez mais conhecidos por meio das navegações marítimas realizadas pelos europeus entre os anos 1400 e 1600. A partir dessas viagens, o continente americano, por exemplo, se tornou conhecido e passou a fazer parte dos mapas.

O conteúdo apresentado contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE06.

Explore o mapa com os estudantes e motive-os a compará-lo com os mapas estudados anteriormente para verificar as semelhanças e as diferenças entre eles.

Explique que Mercator foi um geógrafo, matemático e cartógrafo, cujos estudos foram muito importantes para o desenvolvimento da cartografia e das navegações. Nas representações que elaborou, as projeções eram bastante fiéis às formas e às proporções da superfície terrestre.

Atividade 11. Na comparação do planisfério de Ortelius, Typus Orbis Terrarum, com os planisférios atuais, espera-se que os estudantes observem que há similaridade no formato dos continentes. Há, porém, distorções nas dimensões. Explique que os mapas embasados nos estudos de Mercator, como o planisfério de Ortelius, são bem próximos das representações atuais, mas apresentam distorções: as áreas das terras mais distantes da linha do Equador aparecem muito maiores do que realmente são.

Legenda

Corresponde à explicação dos símbolos existentes nos mapas. A legenda permite a leitura e interpretação do mapa.

Inicialmente a criança representa a legenda explicando símbolos reais; a tendência é representar o que se vê e como se vê, ou seja, valorizar os elementos do espaço vivido. Posteriormente ela vai substituindo as representações até chegar a abstrações mais complexas.

A legenda apresentada na forma de símbolos permite a leitura do mapa. O processo de decodificação possibilita a busca dos significados.

Os alunos gostam de decifrar (ler) símbolos com linguagens próprias, aparentam ter uma certa magia quando dominam significados criados por eles mesmos. Por isso, a legenda de um mapa terá um significado mais significativo se o próprio aluno já passou pela experiência de construir legendas com simbologia própria.

[...]

A atividade de fazer com que os alunos criem símbolos que substituam a casa por uma nova significância, por exemplo, por um círculo ou uma estrela, está operando o raciocínio para se chegar a uma certa abstração, encaminhando-a para o estágio das operações formais.

FONTE: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. Brincar e cartografar com os diferentes mundos geográficos: a alfabetização espacial. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2016.

Boxe complementar:

Roteiro de aula

A aula prevista para os conteúdos da página 43 pode ser trabalhada na semana 9.

Fim do complemento.

Oriente os estudantes a identificar na imagem de satélite alguns elementos, como a área verde, a área urbana, a área de praia e o oceano.

Explique que a imagem de satélite e o mapa apresentam o mesmo lugar: parte do município do Rio de Janeiro. Observar as imagens e compará-las possibilita aos estudantes compreender a transposição da realidade para a linguagem cartográfica, isto é, quais são os recursos do mapa para representar um local real.

Reafirme que título e legenda são elementos fundamentais na construção de mapas.

Atividade 13. Espera-se que os estudantes percebam que nem todos os elementos que aparecem na imagem de satélite foram representados no mapa. Essa seleção das informações a serem representadas faz parte do princípio de generalização dos mapas.

A sequência de atividades envolvendo planisférios, globos e imagens de satélite contribui para o desenvolvimento das habilidades da BNCC EF03GE06 e EF03GE07.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos da seção Vamos fazer podem ser trabalhadas na semana 9.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

• Identificar elementos em uma imagem de satélite.
• Criar um mapa a partir de uma imagem de satélite.

  Orientações didáticas

  Antes de iniciar as atividades, solicite aos estudantes que observem atentamente a imagem de satélite da página ao lado e descrevam o que ela mostra.

  Comente que existem diversos tipos de mapas e que cada um representa informações selecionadas sobre um local. É importante deixar claro que, para produzir um mapa, é necessário fazer generalizações, desconsiderando alguns elementos presentes na realidade. A atividade proposta poderá contribuir para o entendimento desse processo.

  Nas etapas da elaboração do mapa está incluída a criação de uma legenda. Compreender a lógica da legenda é um exercício de abstração que exige a observação e a categorização de elementos da realidade, transpondo-o em símbolos. Auxilie os estudantes a realizar esse procedimento.

  O ensino de Geografia e a utilização de imagens de satélite

  [...] ao pretender o estudo dos lugares, suas paisagens e território, a Geografia tem buscado trabalhos interdisciplinares, lançando mão de outras fontes de informação. Desse modo, a possibilidade de gerar conhecimento e consciência crítica a partir do uso escolar do Sensoriamento Remoto vem evidenciando a contribuição da ciência e da tecnologia espacial para o desenvolvimento da função da escola de formar cidadãos preparados para participações sociais consistentes e construtivas.

O avanço no uso de tecnologias na educação nos níveis básicos de ensino vem sendo cada vez mais incentivado, e nesse contexto o Sensoriamento Remoto se mostra com grande potencial, apesar de suas técnicas ainda permanecerem pouco disseminadas. O uso de imagens de satélite tem conquistado espaço nos livros didáticos, Atlas e outras publicações direcionadas a esse segmento e também na mídia eletrônica [...]. Neste sentido, o ensino de Geografia tem recebido expressivas contribuições com a utilização de novos materiais e procedimentos originados de tecnologias como o Sensoriamento Remoto.

FONTE: CARDOSO, Eduardo; MOTA, Patrícia. O ensino de Geografia e a utilização de imagens de satélite. Boletim gaúcho de Geografia, Porto Alegre, n. 33, dez. 2007. p. 294.

Oriente os estudantes a ler a legenda da imagem de satélite, que indica a localização e o ano em que ela foi produzida, antes de compor o título do mapa. Se julgar conveniente, pesquise informações textuais e visuais sobre o município de Farroupilha e apresente-as aos estudantes para que tenham mais subsídios para criar o título do mapa.

Esboçar um mapa a partir de uma imagem de satélite, elaborar uma legenda e compor um título são atividades que contribuem para o desenvolvimento das habilidades da BNCC EF03GE06 e EF03GE07.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para os conteúdos da seção Painel multicultural podem ser trabalhadas na semana 10.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

• Conhecer algumas obras de arte que representam o dia e a noite.
• Compreender a arte como uma linguagem e um modo de registro de informações.

  Orientações didáticas

  Convide os estudantes a observar as obras de arte apresentadas nesta seção. Estimule-os a descrever o que observam em cada obra, comparando-as e relacionando-as ao conteúdo estudado. Esse tipo de estratégia favorece a fruição da expressão artística pelos estudantes.

  É possível chamar a atenção da turma, por exemplo, para o modo como o pintor Van Gogh utilizou as tintas e pinceladas para criar a impressão de movimento, o que confere um aspecto de realidade à cena representada na obra O semeador. Já a artista Tilly Willis compôs sua pintura utilizando formas geométricas bastante marcadas e cores fortes, de modo que sua obra se distancia mais da representação da realidade e pode ser considerada abstrata.

  É importante explorar a linguagem artística com as crianças sempre que possível. O contato com a arte permite amadurecer a formação do gosto, estimular a inteligência e contribuir para a formação da personalidade.

  Além da fruição, é fundamental propor momentos de criação artística aos estudantes, pois, ao criar, desenvolvem-se a percepção, a imaginação, a observação e o raciocínio.

  Durante o processo de criação também é possível contatar as próprias emoções, organizar os pensamentos, os sentimentos e as sensações, além de desenvolver hábitos de trabalho que contribuirão para sua formação intelectual e seu equilíbrio emocional.

  Ciência e Arte

  Do século XIX até os nossos dias, a Ciência e a Arte se consolidaram como dois “Campos” independentes, cada um com as suas especificidades, lógicas internas, divisões, formações discursivas, relações de poder e hierarquias próprias. [...]

  Para aproximarmos ciência e arte, torna-se então necessário conhecermos cada Campo e, a partir daí, buscarmos outra dimensão do pensamento que possa identificar os pontos divergentes, encontrar pontos convergentes, trazer à tona o que está por trás de cada discurso, método ou teoria, de modo a conhecer melhor cada um dos dois campos para saber como entendê-los e articulá-los. [...]

Para conciliarmos, ou pelo menos, criar canais de diálogo entre a arte e a ciência, torna-se necessário recorrermos a outro modo de produção de conhecimento que permita analisar cada campo e perceber quais são as barreiras que impedem esse diálogo. Para nós, a filosofia é a forma de conhecimento que pode promover a reflexão mais profunda e a análise mais precisa desses dois campos, com eles e a partir deles. Enquanto ciência e arte reforçam suas características e linguagens próprias, a filosofia pergunta qual é a significação do que está sendo proposto por cada campo; que motivações estão presentes em cada estrutura de pensamento; qual formação discursiva está sendo produzida; qual é o sentido, o significado, a utilidade, o valor, a intenção e a finalidade do que está sendo pensado, dito e feito.

FONTE: FERREIRA, Francisco Romão. Ciência e arte: investigações sobre identidades, diferenças e diálogos. Educação e Pesquisa, v. 36, n. 1, p. 261-280, jan./abr. 2010.

Se possível, apresente aos estudantes algumas informações sobre os autores das obras apresentadas. Você pode mencionar, por exemplo, que eles são de lugares diferentes: Vincent van Gogh era holandês; Tilly Willis cresceu na Inglaterra; Tarsila do Amaral era brasileira e Paul Klee, suíço. Apesar de viver e produzir em lugares diferentes, todos os artistas representaram elementos comuns. Se julgar interessante, proponha aos estudantes pesquisar e trazer para a classe informações sobre a vida e a obra dos artistas elencados nesta seção.

Pergunte aos estudantes se eles conhecem outros artistas que retratam o dia e a noite, dessa mesma forma ou de maneiras diferentes.

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes. Sugerimos que você identifique os pontos que foram desenvolvidos, aqueles que ainda estão em desenvolvimento ou que não foram suficientemente trabalhados para que possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens.

Considere a produção dos estudantes, a participação e as intervenções deles em discussões e atividades em sala de aula. A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma, e de identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades, contribuindo para que se sintam seguros a continuar aprendendo.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a avaliação processual da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 10.

Fim do complemento.

Orientações didáticas

Inserida em uma proposta de acompanhamento continuado da progressão das aprendizagens dos estudantes, esta seção oferece a oportunidade de realização de um momento avaliativo do processo pedagógico que foi desenvolvido ao longo do bimestre, previsto para ser concluído no fechamento desta unidade. A seção pode oferecer parâmetros importantes para apurar se os objetivos pedagógicos e as habilidades propostos na unidade foram alcançados pelos estudantes e para verificar a necessidade de possíveis ajustes nas estratégias didáticas.

Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, sugerimos relembrar com a turma os conteúdos da Unidade 1, retomando as atividades realizadas, bem como as discussões, conversas e intervenções em sala de aula. Pergunte aos estudantes o que aprenderam e do que mais gostaram de estudar e por quê. Se necessário, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um.

Atividade 1. O estudante deve completar os textos com as palavras dos quadros reconhecendo características dos astros e da Terra. Avalie o entendimento sobre os aspectos do céu durante o dia e durante a noite, além de retomar características dos astros. Esta atividade permite a mobilização da habilidade da BNCC EF03GE06.

Atividade 2. Verifique se os estudantes reconhecem quais são os astros que emitem luz e quais são os astros que a refletem. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF03GE06.

Estratégias de avaliação formativa

1. Clarificar e compartilhar as intenções e os critérios para o sucesso na aprendizagem;
2. Coordenar discussões efetivas em sala de aula e outras tarefas de aprendizagem que estimulem o surgimento de evidências da compreensão dos estudantes;
3. Providenciar feedback que leve o aprendiz a progredir na aprendizagem;
4. Envolver os estudantes para que atuem como recursos de aprendizagem para outros estudantes;
5. Envolver os estudantes como autores de sua própria aprendizagem.

   FONTE: GREGO, Sonia Maria Duarte. A avaliação formativa: ressignificando concepções e processos. Avaliação educacional e escolar. Unesp. Disponível em: http://fdnc.io/fiR. Acesso em: 28 abr. 2021

Atividade 3. As respostas devem estar baseadas no conteúdo apresentado na unidade. a) O menino utiliza um telescópio para observar o céu. b) Com esses equipamentos é possível observar astros como estrelas, planetas e satélites. c) Outro equipamento para observação do céu é a luneta. Avalie se os estudantes atribuem o uso desses equipamentos à possibilidade que eles oferecem de observação dos astros com mais detalhes. Verifique se destacam que astros como a Lua, algumas estrelas e, dependendo da época do ano, o planeta Vênus podem ser observados no céu a olho nu. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF03GE06.

Atividade 4. Utilize a atividade para analisar o conhecimento dos estudantes em relação à questão da água, seus usos e cuidados. Se julgar pertinente, peça que leiam cada frase em voz alta, identificando se é verdadeira ou falsa e justificando sua resposta. Esta atividade permite a mobilização de aspectos da habilidade da BNCC EF02GE09.

Para você ler

Avaliação formativa : práticas inovadoras, de Benigna Maria de Freitas Villas Boas. Editora Papirus, 2019.

O livro traz uma série de textos sobre avaliação formativa e práticas que podem ser usadas por professores para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem, como a revisão por pares, o processo comunicacional de avaliação, o diálogo com crianças, entre outras.

Atividade 5. Ao analisar a fotografia, espera-se que o estudante possa identificar a presença de chaminés emitindo gases que colaboram para a poluição do ar. Além das informações contidas na fotografia, as alternativas apresentadas estimulam o estudante a utilizar o conhecimento a respeito das características da camada atmosférica, tais como a composição e a concentração do ar nas diferentes altitudes. A atividade também permite avaliar o conhecimento do estudante a respeito das diferenças das atividades econômicas urbanas e rurais e os impactos ambientais provocados por elas. Esta atividade contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF02GE11.

Atividade 6. Se os estudantes apresentarem dificuldades em identificar as características referentes a cada mapa, solicite que façam novamente a leitura sobre o assunto na unidade, que trabalha os mapas e apresenta imagens. Para facilitar a identificação dos mapas e a evolução das representações cartográficas da Terra, você pode elaborar uma linha do tempo no quadro e acrescentar as informações conforme são apresentadas nessas páginas. Dessa forma, os estudantes podem visualizar as informações de outro modo, o que pode ajudá-los na compreensão. Esta atividade contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF03GE06.

Atividade 7. a) Respostas variáveis. As respostas podem variar de acordo com as cores escolhidas pelos estudantes. Verifique se eles pintaram cada continente de uma cor diferente e usaram a mesma lógica para completar a legenda. Também avalie se colocaram os nomes corretos em cada continente. Caso eles sintam dificuldade em fazer a atividade, leia novamente com eles e aguarde que realizem cada etapa (pintar os continentes, nomear os continentes no mapa, pintar a legenda e completar o nome dos continentes na legenda). b) Caso os estudantes apresentem dificuldades tanto na identificação dos continentes e oceanos quanto na interpretação dos trechos, mostre um mapa a eles reproduzindo cada trecho da atividade, auxiliando a turma na interpretação visual desses trechos e na identificação dos continentes e oceanos. Espera-se que os estudantes preencham o quadro com o nome dos continentes e oceanos especificados a seguir: trecho 1 – América, África/Atlântico; trecho 2 – África, Oceania/Índico; trecho 3 – Oceania, Antártida/Índico; trecho 4 – Antártida, América/Atlântico, Pacífico; trecho 5 – América, Europa/Atlântico. Esta atividade propicia o desenvolvimento de aspectos das habilidades da BNCC EF03GE06 e EF03GE07.