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Unidade 2. O comércio e as rotas

Imagem: Fotografia. Vista do alto de local com rio longo com água de cor escura, com parte com terras entre as água e vegetação. Nas bordas, à esquerda e à direita, local com solo bege, vegetação rasteira com árvores de folhas verdes e poucas moradias. Fim da imagem.

LEGENDA: Rio Nilo, no Sudão do Sul. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. À frente, rio com água escura e ao fundo, construção antiga, grande com forma retangular, aberturas na vertical com partes na vertical. No alto, céu em azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas de civilizações antigas na margem do rio Nilo, no Egito, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Vamos conversar

  1. Que elemento da natureza é comum nas quatro imagens?
  1. O rio Nilo foi muito importante no passado. Em sua opinião, ele ainda é importante no presente? Explique.

Fim do complemento.

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Imagem: Fotografia. Vista geral de local com rio de água escura, à frente uma ponte grande por onde passa automóveis e mais ao fundo, outras duas pontes. À esquerda e à direita, prédios de tamanhos pequenos, médios e grandes. À direita, prédio grande de cor marrom, outro de cor marrom com antena no alto, fina. Mais ao lado, prédio branco e outro em azul, espelhado. No alto, céu em azul-claro com vista parcial de nuvem à esquerda, em branco.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cidade do Cairo, capital do Egito, nas margens do rio Nilo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com rio de água escura, com dois barcos pequenos de cor branca, com vela alta em branco. Ao fundo, vegetação de cor verde, árvores e vista parcial de estabelecimentos de paredes claras. No alto, céu azul-claro sem nuvens.  Fim da imagem.

LEGENDA: Barcos a vela no rio Nilo, no Egito, em 2019. FIM DA LEGENDA.

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Investigar o assunto

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

De onde vêm os alimentos que você consome?

Há mais de 6 mil anos, os grupos humanos que começaram a praticar a agricultura cultivavam apenas os alimentos necessários para o próprio sustento. A criação de animais também era feita apenas para garantir a sobrevivência do grupo, com a produção de alimentos, lã ou couro.

Imagem: Fotografia. Grãos de lentilhas, arredondados de cor bege. Fotografia. Um pedaço de carne de cor vermelha e partes em branco e osso à direita.  Fotografia. Grãos de trigo de cor bege.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lentilha, carne e trigo eram alguns dos alimentos consumidos há cerca de 6 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Em duas prateleiras brancas, vários produtos aglomerados com garrafa plástica, caixas e pote de vidro com azeitonas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Alimentos industrializados consumidos atualmente. FIM DA LEGENDA.

À medida que as técnicas agrícolas se aperfeiçoaram, a produção aumentou, resultando em mais alimentos do que o necessário para a subsistência. Esse excedente passou a ser trocado entre os diferentes grupos familiares, evitando o desperdício e aumentando a diversidade alimentar.

Hoje, podemos ir a feiras, mercearias ou supermercados e comprar o que necessitamos ou desejamos. Nesses locais, podem ser vendidos alimentos in natura, como o milho e a maçã, ou alimentos industrializados, como o cereal de milho e o suco de maçã.

É na indústria que os alimentos in natura são transformados para a produção de alimentos industrializados.

No rótulo das embalagens desses produtos há diversas informações, como dados nutricionais, datas de fabricação e de validade, além do local onde foram produzidos.

Que tal observar alguns rótulos desses alimentos para descobrir onde foram produzidos?

Material

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

Como fazer

  1. Selecione três embalagens de alimentos industrializados. Elas devem conter informações sobre o local onde os alimentos foram produzidos.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. No dia combinado com o professor, reúna-se com um colega e analisem as informações presentes nos rótulos das embalagens selecionadas. Identifiquem o nome do alimento e o local onde ele foi produzido.

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  1. No caderno, cada um deve montar um quadro como o do modelo a seguir, com 3 linhas, inserindo as informações sobre os alimentos industrializados selecionados. Escrevam o nome dos alimentos na primeira coluna e completem o quadro com as informações sobre o local de origem de cada um.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Alimento industrializado

Local onde foi produzido

Brasil

Outro país

_____

_____

_____

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Em seguida, identifiquem no mapa abaixo onde vocês vivem e o local de origem dos alimentos industrializados produzidos no Brasil.
Imagem: Ilustração. Mapa. Brasil: político. Rosa dos ventos com sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE Escala: 0 – 470km Norte: Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, Amapá, Tocantins. Centro-Oeste: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás Distrito Federal.  Nordeste: Maranhão, Rio grande do norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Piauí, Ceará.  Sudeste: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de janeiro, São Paulo. Sul: Paraná, Santa Catarina, Rio grande do sul.   Fim da imagem.

FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas geográfico escolar. 8ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: http://fdnc.io/2Mx. Acesso em: 12 abr. 2021.

Para responder

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Quais foram os alimentos industrializados cujos rótulos vocês analisaram?
  1. Algum alimento tem outro país como local de origem? Se tiver, qual é?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

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Capítulo 1. As primeiras cidades e civilizações

O processo de sedentarização do ser humano a partir do desenvolvimento da agricultura e da criação de animais resultou em maior oferta de alimentos. Com isso, mais seres humanos conseguiram sobreviver, formando grupos cada vez maiores, que mais tarde vieram a dar origem às primeiras aldeias.

As primeiras aldeias

A princípio, os habitantes das aldeias participavam igualmente do cultivo, do plantio e da colheita de alimentos.

Com o crescimento das aldeias, a divisão do trabalho passou a ser diferente: alguns habitantes se dedicavam à agricultura; outros, à criação de animais; outros, ainda, à produção de objetos artesanais, como tecidos, cerâmica e utensílios feitos de rocha.

Imagem: Fotografia. Um prato fino marrom redondo com uma pedra da mesma cor acima, arredondada. Fim da imagem.

LEGENDA: Pilão de pedra utilizado para moer alimentos encontrado no Níger. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma pessoa agachada de frente para um tear estrutura de madeira na vertical com lã. Ela tem pele morena, cabelos pretos longos com parte amarrada no alto, com blusa regata em preto e amarelo, com calça longa bege-claro, com mão esquerdo sobre lã. Atrás dela, recipiente redondo, com dois elementos marrons dentro. Fim da imagem.

LEGENDA: Os tecidos eram produzidos a partir da lã dos animais. A lã era fiada para formar fios e depois, tecida em pequenos teares. FIM DA LEGENDA.

A fabricação de cerâmica, por exemplo, exigia um processo em etapas, muito utilizado ainda hoje.

Imagem: Ilustração. Mãos de uma pessoa de pele morena, colocando um tubo na horizontal de cor marrom-claro, formando estrutura redonda. À esquerda, folha branca com argila marrom e perto, três tubo na horizontal.  Ilustração. Mão de uma pessoa com haste fina na vertical de cor bege, fazendo bolinhas pequenas em cinza sobre um vaso arredondado e ponta superior, fina na vertical com a borda arredondada.  Ilustração. Local com pedras cinzas em formato redondo com vasos de cerâmica de cor marrom-claro, ao centro, com luz laranja, com galhos de cor marrom em cima.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vasilhas, pratos, potes e outros objetos feitos de cerâmica eram usados para armazenar alimentos e líquidos ou para preparar as refeições. FIM DA LEGENDA.

Observação: Representação fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

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  1. Explique como ocorreu o desenvolvimento das aldeias.
  1. Como o trabalho era dividido nas aldeias?
  1. Como eram produzidos os tecidos?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Qual era a utilidade da cerâmica?
  1. Observe o objeto mostrado nesta imagem. Na sua opinião, para que ele era utilizado?
Imagem: Fotografia. Um pote arredondado cinza-claro, com uma abertura na parte superior, em forma retangular na vertical. À esquerda, na ponta inferior, uma pequena forma retangular, similar a uma tampa do pote.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pote de cerâmica encontrado em Israel. FIM DA LEGENDA.

À medida que aumentava o número de habitantes nas aldeias, maior era a necessidade de alimentos. Assim, foi preciso melhorar as técnicas de cultivo, ampliando as áreas plantadas, desenvolvendo métodos para controle de pragas e construindo sistemas de irrigação, entre outras ações.

A melhoria das técnicas de cultivo promoveu o aumento da produção de alimentos e, com isso, a produção de excedentes, ou seja, nem tudo o que era produzido era consumido e havia sobras.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe esta sequência de imagens e descreva o que ela representa.
Imagem: Ilustração 1. Vista do alto de local com solo de cor bege-claro, com moradias arredondadas de paredes em branco, com telhado de cor marrom-claro. À esquerda, um rio fino de água azul e uma ponta em cima, com porcos e um homem perto. Abaixo, outros quatro homens constroem uma moradia, fazendo o teto. Na parte inferior, local com dois bois brancos arando solo de cor marrom-claro e plantações de folhas verdes. Ao centro, uma pessoa perto de fogueira, outra alimentando galinhas e outra pessoa perto de potes com líquido amarelo. Na parte superior, outras pessoas perto de fogueira e cercado com vacas em branco e preto e à direita, cercado com galinhas e galos. Flecha para à direita de cor preta: Ilustração 2. Vista do alto de local com um rio longo de cor azul-claro na vertical, por onde há uma canoa com pessoa e outras, no rio. Ao centro, ponte por onde passa um boi branco e à frente de um homem. Na outra ponta, outros homens no rio, um com uma haste na mão direita. À direita, solo com vegetação de cor verde, com cercado de madeira com vacas em branco e preto e uma preta. Mais à direita, cercado de madeira com dezenas de porcos em rosa e vista parcial de moradia de paredes brancas com telhado marrom e uma pessoa perto, carregando algo nas mãos. Mais abaixo, local com pessoas trabalhando, potes com água, rio entre plantação de alimentos com folhas verdes, em seções. Mais à direita, moradias e cercado de madeira com vacas em branco e manchas em preto e uma preta. Na parte inferior, outras vegetações.   Fim da imagem.

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Além dos sistemas de irrigação, outras invenções humanas promoveram o crescimento e o desenvolvimento das aldeias. Entre 6000 a.C. e 5000 a.C., por exemplo, foram criados o arado e a roda.

O arado consistia em uma peça de madeira puxada por animais que servia para preparar o solo para o plantio. Esse instrumento tornou o processo de plantio mais rápido, aumentando a produção de alimentos. Já a roda era empregada em carros puxados por animais, usados para transportar produtos e pessoas. Os carros favoreceram o contato entre aldeias distantes umas das outras.

Imagem: Fotografia. Uma base na horizontal de cor marrom, com duas vacas de cor branca com manchas pretas, com uma ferramenta entre as duas, haste fina na vertical e parte pequena onde há um homem com as mãos sobre essa parte. Ele tem pele escura, cabelos curtos pretos, com saiote bege, com haste fina na mão direita.  Fim da imagem.

LEGENDA: Miniatura representando uso do arado na agricultura por volta de 2000 a.C. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Objeto com dois animais quadrúpedes à esquerda com pelos de cor bege-claro, por onde há cordas ligadas às hastes finas de cor marrom, com uma roda grande redonda de cor bege.  Fim da imagem.

LEGENDA: Miniatura representando uso de carro puxado por animais para transporte por volta de 2000 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual foi a importância do desenvolvimento:
  1. do arado?
  1. da roda?

    O contato entre as aldeias, muitas vezes, ocorria em razão da troca de produtos. Por exemplo, uma aldeia que produzia trigo podia trocá-lo por utensílios de cerâmica ou peças de carne de outra aldeia. Esse processo deu origem a um tipo de comércio baseado em trocas, isto é, que não utilizava moeda.

    O comércio entre as aldeias também promoveu o crescimento delas e, com o passar do tempo, elas se transformaram em cidades e civilizações.

  1. Como eram feitas as primeiras trocas comerciais?
  1. O que essa atividade promoveu?
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Pesquise em um dicionário o significado da palavra civilização. Depois, escreva-o no caderno.

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Civilizações fluviais

As primeiras cidades se formaram próximas a rios. Os vales dos rios atraíam os grupos humanos porque as terras eram férteis para a prática da agricultura e havia oferta de água para as atividades cotidianas e a criação de animais.

O rio também era via de transporte para o deslocamento de pessoas e de mercadorias. Por meio dele, era possível se comunicar com outros povos, e isso facilitava a troca de informações e o comércio entre eles.

Nos vales dos rios Nilo, Tigre, Eufrates, Indo, Amarelo e Azul, diversos povos se organizaram e desenvolveram as primeiras civilizações conhecidas, entre 4000 a.C. e 2000 a.C. Por se desenvolverem próximo a rios, praticando atividades que dependiam deles, elas foram chamadas civilizações fluviais.

Observe o mapa a seguir sobre as primeiras cidades e civilizações.

Imagem: Ilustração. Mapa. Primeiras cidade e civilizações. Rosa dos ventos em pretos com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 600km Na ponta da direita, esfera terrestre com destaque leste da África e Ásia.  Legenda: Povos Laranja-escuro: Egípcios  Rosa: Mesopotâmicos Verde: Harapenses Laranja-claro: Chineses Pequena esfera preta: Cidades Egípcios: Egito, passando pelo Rio Nilo: cidades de Mênfis, Gizé, Sacara, Tebas, Assuã. Mesopotâmicos: Mesopotâmia, passando no rio Tigre e Eufrates: cidades de çatal Hûyûk, Ebla, Jerico, Mari, Kish, Niur, Ur, Eridu, Susa.  Harapenses: Entre Irã e Inda, para pelo rio Indo: cidades de Mundigak, Mehrgarh, Harapa, Mohenjo-Daro, Lothal. Chineses: Passando pelo rio Azul e rio Amarelo, cidades de: Pan-lou-cheng, Taxiun, Cheng-ziyai, Anyang, Tseng-tsou e Erlitou.   Fim da imagem.

FONTE: Time Life. A aurora da humanidade. Rio de Janeiro: Abril Livros, 1993.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Qual era a importância dos rios para o desenvolvimento das primeiras cidades?
  1. Observe o mapa. Depois, monte no caderno um quadro como o do modelo a seguir, completando-o com as informações pedidas.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Local

Rio

Povo

Egito

_____

_____

Mesopotâmia

_____

_____

Índia

_____

_____

China

_____

_____

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A civilização mesopotâmica

A Mesopotâmia era uma faixa de terras que ficava entre os rios Tigre e Eufrates. Periodicamente, a água das chuvas aumentava o volume dos rios, que inundavam as áreas próximas, tornando o solo fértil para a agricultura.

A partir de cerca de 6000 a.C., diversos povos ocuparam essas terras, dando origem à chamada civilização mesopotâmica. Alguns desses povos foram os sumérios, os acádios, os babilônicos, os assírios e os persas .

Além da agricultura e da criação de animais, o comércio era uma das principais atividades econômicas dos povos mesopotâmicos. Havia um grupo de pessoas que se dedicava somente a essa atividade: os comerciantes.

Observe no mapa a seguir a área ocupada antigamente pela Mesopotâmia.

Imagem: Ilustração. Mapa. Mesopotâmia.  Na ponta superior à direita, esfera terrestre com destaque para área da África e Ásia.  Rosa dos ventos em preto com sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 310 Km Legenda:  Rosa: Mesopotâmia Verde-claro: Países atuais Países atuais: Arábia Saudita, Jordânia, Israel, Líbano, Síria, Oeste do Iraque, Turquia, Armênia, Azerbaijão, Irã e Kuwait. Ao centro do Iraque e leste da Síria: Mesopotâmia, passando no rio Eufrates e sul do rio Tigre.   Fim da imagem.

FONTE: FAE. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro, 1991. p. 83.

  1. Por que diversos povos se estabeleceram na Mesopotâmia a partir de 6000 a.C.?
  1. Quais povos formaram a civilização mesopotâmica?
  1. Quais eram as principais atividades econômicas dos povos mesopotâmicos?

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A localização e o relevo da Mesopotâmia possibilitavam os deslocamentos por terra, rio e mar.

Por terra, o transporte de produtos entre aldeias próximas podia ser feito por pessoas a pé carregando sacos nas costas. Para transportar produtos entre cidades próximas ou distantes, camelos, burros ou bois podiam servir de animais de carga. Alguns desses animais também eram usados para puxar carros feitos de madeira carregados de mercadorias.

Por rios e mares, as mercadorias podiam ser transportadas por embarcações. Os barcos usados no mar eram mais resistentes que os barcos de rios e costumavam dispor de velas, que são equipamentos que contribuem para impulsionar e controlar a direção da embarcação.

As várias possibilidades de deslocamento terrestre e marítimo favoreceram o desenvolvimento do comércio e, com o passar do tempo, a Mesopotâmia tornou-se um grande centro comercial, realizando trocas com diversas cidades.

  1. Quais eram as vias de deslocamento utilizadas pelos mesopotâmicos?
  1. Os comerciantes mesopotâmicos deslocavam-se para cidades distantes usando diversos meios de transporte. No caderno, elabore uma legenda para cada imagem descrevendo a forma de deslocamento representada.
Imagem: Ilustração 1. Um homem moreno com saia longa branca, descalço, carregando sobre as costas, com o corpo inclinado para à direita, uma base marrom com pedras cinzas em cima. Ilustração 2. Um homem atrás de um burro cinza, carregando um saco com pedras cinzas dentro. O homem tem pele morena, cabelos pretos, olhando para baixo. Ilustração 3. Dois bois brancos para à esquerda, com cordas finas que vão até as mãos de um homem que os conduz. Este tem pele morena, cabelos pretos e saiote branco. Sobre base com rodas grandes marrons, dois outros homens sentados, vistos de costas. Ilustração 4. Sobre oceano azul, um barco pequeno de cor marrom, com vela de cor branca, e dois homens dentro.   Fim da imagem.

Para organizar as atividades comerciais, os povos mesopotâmicos desenvolveram também um sistema de escrita, a chamada escrita cuneiforme.

Imagem: Fotografia. Uma placa de argila de cor marrom-claro, com forma quadrada com escrita feita por traços alguns na horizontal e outros na vertical.  Fim da imagem.

LEGENDA: Placa de argila feita por volta de 2400 a.C. com escrita cuneiforme. O desenvolvimento desse sistema de escrita é atribuído aos sumérios. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Qual foi a importância do comércio para o desenvolvimento da escrita?

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A civilização chinesa

As primeiras aldeias chinesas desenvolveram-se às margens do rio Hoang-Ho, conhecido como rio Amarelo, dando origem à civilização chinesa por volta de 2000 a.C. Essas terras foram ocupadas porque tinham solo fértil, grande quantidade de minerais e áreas favoráveis à pastagem de animais.

Os chineses dedicavam-se à agricultura, principalmente ao cultivo do arroz, e desenvolviam atividades comerciais. Um dos principais produtos comerciados era a seda, tecido feito a partir do casulo da lagarta do bicho-da-seda.

O comércio da seda era realizado por um caminho que partia da região do rio Amarelo, atravessava uma vasta área do continente asiático e do Oriente Médio, incluindo a Mesopotâmia, e chegava ao continente europeu. No longo percurso, passava por diferentes cidades e postos comerciais. Esse caminho ficou conhecido como Rota da Seda.

Observe o mapa que mostra a Rota da Seda.

Imagem: Ilustração. Mapa. A rota da Seda. Na parte superior, à direita, planisfério terrestre com destaque para África e Ásia. Rosa dos ventos em preto com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 710 Km Legenda: Linha verde: Rota da Seda Esfera preta: Cidade Rota da Seda passando por Cidades da Arábia: cidades de Beirute, Taso, Mesopotâmia, Pérsia, Tauris(Tabiriz). Mais ao norte: Cidade de Constantinopla, Na Itália: Veneza e Roma. Na índia: Samarcanda, Kashgar e Kutcha, Turquestão: Karakorum. Na China: Hami, Su-Tchéu, Ningxia, Anyang, Chang’an.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Wang Tao. Explorando a China. São Paulo: Ática, 1996. p. 14.

  1. Por que os chineses ocuparam as margens do rio Amarelo?
  1. Qual era o principal produto do comércio chinês?
  1. Observe o mapa novamente e escreva no caderno de onde partia e até onde chegava a Rota da Seda.

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O rio Amarelo

O rio Amarelo é um dos rios mais importantes da China. Ele nasce no planalto do Tibete e deságua no mar Amarelo, na costa do oceano Pacífico.

O rio Amarelo recebe esse nome por causa da cor de suas águas, que ficam amareladas quando carregam grande quantidade de materiais.

Imagem: Ilustração. Mapa. Rio Amarelo.  Na ponta superior, à esquerda, planisfério com destaque para Ásia.  Rosa dos ventos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 600 km Território da China, com a parte noroeste: Planalto do Tibete. Do centro à leste: rio: Amarelo (Hoang-Ho) mais abaixo: Rio Azul (Yang-tsé-Kiang) e no sul: Rio Xun Jiang. Entre a China e Coreia do norte e do Sul o Mar amarelo.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 95.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Onde está localizada a nascente do rio Amarelo? E a foz?

Apesar de nascer em uma área elevada, o rio Amarelo percorre áreas de planície. A grande disponibilidade de água e a presença de solos ricos em nutrientes nessas planícies possibilitam que elas sejam utilizadas como áreas de pastagem para o gado e de cultivo de arroz.

Em algumas épocas do ano, o rio Amarelo recebe águas originadas do derretimento de neve e gelo das montanhas, causando inundações. Para controlar as inundações e conter o excesso de água, um sistema de barragens foi construído.

Imagem: Fotografia. Vista do alto de local com rio grande de cor verde com solo marrom à esquerda, rodovia longa de cor verde e mais à direita e na borda, rochas cinzas, local com solo marrom, algumas construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: O rio Amarelo é o segundo rio mais extenso da China, com cerca de 4845 quilômetros de comprimento. Fotografia de 2021. FIM DA LEGENDA.

  1. Como são as planícies do rio Amarelo? Para quais atividades elas são utilizadas?

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A civilização harapense

As áreas próximas ao rio Indo foram ocupadas por povos que formaram a civilização harapense. Por volta de 2500 a.C., grandes cidades, como Harapa e Mohenjo-Daro, já estavam formadas nesse local e tinham milhares de habitantes.

A agricultura era a base da economia dos harapenses. Eles cultivavam trigo, cevada, tâmara, damasco, ervilha, gergelim, melão, entre outros produtos. Os harapenses também foram os primeiros a cultivar algodão, que era usado para produzir tecidos.

Além da agricultura, os harapenses praticavam o comércio. Há fontes históricas que apresentam registros de trocas comerciais entre os harapenses e os mesopotâmicos. Esses povos trocavam entre si grãos, madeiras, animais, pedras, cerâmicas, joias, diversos tipos de especiarias, entre outros produtos. As trocas eram realizadas por meio de rotas terrestres e marítimas.

Imagem: Ilustração. Mapa. Área ocupada pela civilização harapense.  Na ponta superior, à direita, planisfério com destaque para Ásia.  Rosa dos ventos em preto: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Escala: 0 – 400km Legenda: Zona de influência da civilização harapense Esfera pequena preta: Cidades Zona de influência da civilização harapense no sul e ao centro do Irã, passando pelo rio Indo e noroeste de Índia nas cidades: Harapa, Mohenjo Daro, Lothal. No alto da Índia, rio: HIMALAIA.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Pierre Vidal-Naquet e Jacques Bertin. Atlas histórico: da pré-história aos nossos dias. Lisboa: Círculo de Leitores, 1990.

  1. Quais produtos agrícolas eram cultivados pelos harapenses?
  1. Quais eram os principais produtos comerciados pelos harapenses com os mesopotâmicos?
  1. Quais eram as rotas utilizadas pelos harapenses para o comércio?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

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O rio Indo

O rio Indo nasce na China, no conjunto de montanhas do Himalaia, e deságua no mar Arábico, que é uma porção do oceano Índico situada entre a península Arábica e a Índia. Até chegar à foz, esse rio passa por terras da Índia e do Paquistão.

Imagem: Ilustração. Mapa. Rio Indo. Na parte superior, à direita, planisfério terrestre com destaque para o sul da Ásia.  Rosa dos ventos em preto com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 460Km. Território da Índia, e ao noroeste, Paquistão.  No Índia, rios: Rio Narmada, Rio Godavari, Rio Krishna e Ao norte, Rio Ganges. No Paquistão, rio Indo.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 95.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Onde está localizada a nascente do rio Indo? E a foz?
  1. Compare o mapa desta página com o mapa da página anterior. Quais são as semelhanças? E as diferenças?

As águas do rio Indo têm origem no derretimento de neve e gelo das montanhas que formam o Himalaia. Por isso, em algumas épocas do ano, o nível desse rio se eleva, provocando inundações.

Na planície do rio Indo, as obras destinadas a controlar as inundações e os canais de irrigação favorecem a agricultura, principalmente de cana-de-açúcar, trigo, arroz e algodão, além da pesca.

Imagem: Fotografia. Vista do alto de local com morros e montanhas de cor marrom e ao centro, rio com água de cor azul. Em segundo plano, montanhas e no alto, céu de cor azul com nuvens.  Fim da imagem.

LEGENDA: O rio Indo é o mais extenso do Paquistão, com cerca de 3180 quilômetros de comprimento. Rio Indo, no Paquistão, em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a origem das águas do rio Indo?

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A civilização egípcia

A civilização egípcia começou a se desenvolver às margens do rio Nilo por volta de 3200 a.C.

Todos os anos, as águas do rio subiam e inundavam as terras ao seu redor, tornando o solo das margens úmido e fértil, ideal para a agricultura. Além das inundações naturais, os egípcios construíram diques e canais de irrigação para ampliar as áreas de cultivo.

Eles cultivavam principalmente trigo, cevada, ervilha, lentilha, linho e frutas. Outro produto cultivado era o papiro, planta com fibras que eram usadas como suporte para a escrita e o desenho e para produzir cestos, sandálias e embarcações. O papiro é um suporte de escrita antecessor do papel.

Outras atividades importantes para os egípcios eram a pesca e a criação de porcos, carneiros, bois, gansos e patos.

Imagem: Ilustração. Mapa. O rio Nilo na África atual.  Na ponta superior, à direita, planisfério com destaque na região entre a África e Ásia. Rosa dos ventos em preto: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Escala: 0 – 380 Km À esquerda, Egito, Sudão do Sul, Etiópia, Eritreia, Uganda por onde corre o Rio Nilo, passando por Cartum, Asmara e Adis Abeba e Juba.  Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 85.

  1. Qual era a importância do rio Nilo para a civilização egípcia?
  1. Como os egípcios melhoraram o aproveitamento das águas do rio Nilo?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Quais produtos agrícolas cultivados pelos egípcios você conhece?
  1. Observe a imagem de um papiro egípcio. Em sua opinião, que atividades foram representadas nos desenhos?
Imagem: Fotografia. Folha de cor bege-claro, com ilustração acima de uma pessoa sobre uma canoa no rio de água de cor azul. A pessoa tem pele morena, cabelos pretos com vestes de cor branca, com os braços para cima e agachado com joelhos. Na parte inferior, outras duas pessoas idênticas, com os mesmos tipos de roupas e ao centro, um boi branco com partes em preto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Folha feita de papiro usada para escrita e desenho, datada de cerca de 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

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O comércio egípcio

Os egípcios comerciavam com diversos povos da África, da Ásia e da Europa. A grande extensão do rio Nilo e a proximidade com o mar Mediterrâneo e com o mar Vermelho, usados como vias de transporte de produtos para o comércio, favoreciam o contato entre esses povos.

Os comerciantes egípcios trocavam produtos como trigo, lentilha, papiro e linho por cobre, incenso, pedras semipreciosas, como turquesa e lápis-lazúli, além de madeira para a construção de embarcações.

As embarcações também eram construídas usando papiro tanto no corpo do barco como nas velas.

Imagem: Fotografia. Uma folha de cor bege com ilustração de pessoas dentro de uma embarcação de cor amarelo-claro, com duas pessoas dentro, à direita, de pele morena e saiote em branco, com uma estrutura em marrom-escuro, com formato de arco quadrado. Na parte superior, perto das velas brancas, dois outros homens e no alto, outros dois de tamanhos menores. Todos são morenos, um com saiote branco e outros sem.  Fim da imagem.

LEGENDA: Folha de papiro com desenho de embarcação também feita de papiro datada de cerca de 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Com quais povos os egípcios realizavam trocas comerciais?

• Que condições geográficas favoreciam esse comércio?

  1. Quais eram os produtos trocados pelos comerciantes egípcios?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe o uso do papiro no documento apresentado nesta página. Depois, responda às questões.
  1. O que a imagem mostra?
  1. Como o papiro foi utilizado nesse caso?

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O domínio das rotas do mar Mediterrâneo

O comércio marca a história da humanidade. Inicialmente, como vimos, as relações de troca ocorriam entre grupos que viviam próximos. Com o tempo, mercadores passaram a levar seus produtos, por mar ou por terra, para locais cada vez mais distantes.

Na região do mar Mediterrâneo, por exemplo, o comércio ocorreu de maneira intensa, envolvendo vários povos antigos, como fenícios, cartagineses, gregos, romanos, árabes e, mais tarde, italianos (venezianos e genoveses).

Em razão do crescimento do comércio, várias sociedades se desenvolveram e houve grande intercâmbio de línguas e culturas na região. Houve também muita disputa pelo controle das rotas marítimas e, em consequência, guerras e batalhas.

Os fenícios

Os fenícios ocuparam uma estreita faixa litorânea no mar Mediterrâneo por volta de 1500 a.C. A presença de altas montanhas na região e a ausência de grandes rios para irrigar as terras dificultavam a prática da agricultura pelos fenícios. O cultivo agrícola ficava limitado a uma estreita faixa de terra fértil.

As terras ocupadas pelos fenícios, porém, eram banhadas pelo mar Mediterrâneo, o que facilitava o contato com os povos da Ásia, da África e da Europa. Além disso, a vegetação dessas terras era rica em cedro, árvore que fornece madeira de excelente qualidade para a produção de embarcações.

Esses fatores favoreceram o domínio dos fenícios sobre a navegação marítima, fazendo do comércio e da pesca suas principais atividades econômicas. A navegação no mar Mediterrâneo possibilitou aos fenícios entrar em contato com diferentes povos e culturas.

Imagem: Fotografia. Um relevo em pedra de cor marrom, uma embarcação pequena com velas e mastro: haste fina na vertical. A embarcação está em alto mar com ondas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo mostrando embarcação fenícia utilizada para o comércio marítimo, produzido por volta de 400 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais fatores dificultavam a prática da agricultura pelos fenícios?
  1. Quais fatores favoreceram o domínio da navegação pelos fenícios?

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O comércio fenício

Graças à navegação, os fenícios estabeleceram rotas comerciais em todo o mar Mediterrâneo. Eles criaram entrepostos em diversos pontos do litoral mediterrâneo para promover suas atividades comerciais. Nesses entrepostos eram construídos depósitos para armazenar os produtos e portos que possibilitavam guardar e reparar as embarcações.

A atividade comercial impulsionou a criação de um sistema de escrita fenício para registrar as trocas comerciais. Esse sistema era baseado em um alfabeto fonético, isto é, para cada som da fala foi desenvolvido um símbolo. Com a expansão comercial, o alfabeto fenício tornou-se amplamente conhecido, e os 22 símbolos que o compunham deram origem às letras do alfabeto que utilizamos atualmente.

  1. Por que os fenícios estabeleciam entrepostos? Qual era sua função?
  1. Observe o mapa a seguir. Depois, responda às questões.
Imagem: Ilustração. Mapa. Rotas comerciais fenícias.  Na ponta superior, à direita, planisfério com destaque para região entre Europa, África e Ásia, mar mediterrâneo e negro.  Rosa dos ventos em preto, com sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 340 Legenda: Laranja: Área ocupada pelos fenícios Roxo: Área de expansão comercial fenícia Esfera preta: Entrepostos Flecha em vermelho: Rotas comerciais Um pote bege: Cerâmica Folhas verdes na vertical: Cerais Uma ferramenta preta: Peças de metal Uma garrafa transparente: Vidro Uma árvore: folhas verdes Grãos brancos: Sal  Tecido cinza: Tecidos Elefante cinza: Marfim Carrinho amarelo: Ouro Carrinho cinza: Prata Carrinho laranja: Cobre Três esferas cinzas: Chumbo Toras de árvore uma sobre a outra: Madeira Ao norte da África, oeste da Sicília, a Sardenha, Córsega, Baleares e Sul da Espanha: área de expansão comercial fenícia. Ao norte da África, dois elefantes e sal, perto de Cartago. No sul da Espanha: Cobre, ouro, cereais e prata.  Ao norte do Egito: ouro, papiro e cereais. A oeste da Mesopotâmia: área ocupada pelos fenícios. Cidades de: Ugarit, Arado, Biblos, Beritos (Beirute), Sidon, Tiro. Nesta região: cerâmica, madeira, vidro e tecidos. Leste do Chipre: área de expansão comercial fenícia. Sul da Irlanda: estanho e chumbo. Flechas vermelhas de rotas, saindo da mesopotâmia para: Chipre, Rodes, Egito, Creta, Sicília, Siracusa, Malta, Cartago, Sardenha, Córsega, Baleares, Malaca, Cádiz.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Werner Hilgemann e Hermann Kinder. Atlas historique. Paris: Perrin, 1992.

  1. Qual era a principal via de transporte utilizada pelos fenícios para o comércio?
  1. Quais produtos havia na área ocupada pelos fenícios?
  1. Quais produtos havia no Egito?
  1. Qual é a relação do comércio fenício com o alfabeto que utilizamos atualmente?

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O uso da moeda

As embarcações fenícias, chamadas galés, dispunham de velas e longos remos. Esse meio de transporte permitiu que os fenícios chegassem à África e à Europa, onde comercializavam seus produtos, e fundassem várias colônias.

Imagem: Fotografia. Embarcação na horizontal de cor verde, fina, com ponta fina à esquerda, parte inferior com dezenas de aberturas por onde há remos. Na parte superior, de dentro, cor vermelha. Ao centro, mastro, parte reta na vertical com vela de cor branca e hastes finas na diagonal.  Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de embarcação fenícia. FIM DA LEGENDA.

Os fenícios produziam tecidos, joias, perfumes e objetos de marfim, madeira e metal. Eles eram bons metalúrgicos, isto é, sabiam manipular o metal para produzir utensílios.

Entre os objetos de metal criados pelos fenícios estavam as moedas, que eram usadas no comércio. Elas costumavam ser feitas de metais valiosos, como ouro, prata e cobre, e tinham um valor fixo determinado por seu peso, o que facilitava as negociações comerciais.

Imagem: Fotografia. Moeda redonda em marrom-claro, com relevo de uma embarcação fina na horizontal em alto mar. Na parte superior, duas letras em relevo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Moeda fenícia produzida por volta de 300 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a imagem da moeda fenícia. Depois, responda no caderno às questões.
  1. Que elemento foi representado na moeda?
  1. Em sua opinião, por que os fenícios representaram esse elemento na moeda?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Quais são as semelhanças e as diferenças entre essa moeda e as que usamos atualmente?

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  1. Diversos materiais já serviram como moeda no decorrer da história. Sobre esse assunto, leia o texto a seguir e depois responda às questões.

Por que inventaram o dinheiro?

O dinheiro foi criado para facilitar as trocas comerciais quando estas ficaram mais complexas. A princípio, as permutas eram baseadas na quantidade de tempo de trabalho gasto para produzir a mercadoria. [...]

Sabe-se que na China, mais de mil anos antes de Cristo, já se usavam conchas como moeda de troca. A partir daí, os materiais utilizados foram os mais diversos por todo o mundo, dos quais o exemplo mais conhecido é o sal [...].

[Há mais de 2 mil anos], já se tem notícias de moedas feitas em metal, como o ouro, a prata e o cobre. [...] O valor dependia da abundância ou da escassez de certo metal em cada região. [...]

[Centenas de anos depois,] os reis e governantes começaram a cunhar seus rostos nas moedas. [...] Nessa época, cada pessoa que fosse dona de certa quantidade de metal levava esse material até uma repartição para que fosse transformado em moeda com o rosto do rei.

O ouro, metal mais precioso, acabou virando referência de valor [...]. No século 19, ainda valia o ouro, mas as notas em papel já se tornavam mais populares. [...]

Na década de 1970, os Estados Unidos aboliram a referência ao padrão-ouro [...], e o papel-moeda passou a valer por si só. Depois, foi copiado pelos outros países, que passaram a usar o dólar como referência para o valor de suas moedas. [...]

Imagem: Fotografia. Uma placa de cor marrom-claro com contorno redondo dentro, feito por pequenas bolinhas e dentro, texto: ANNO BRASIL 1646.  Fim da imagem.

LEGENDA: O florim foi a primeira moeda cunhada no Brasil, em 1645, produzida em ouro por holandeses em Pernambuco. FIM DA LEGENDA.

Renata Costa. Por que inventaram o dinheiro? Nova Escola, set. 2009. Disponível em: http://fdnc.io/fnC. Acesso em: 11 mar. 2021.

  1. Quando foram produzidas as primeiras moedas de metal?
  1. Segundo o texto, quais materiais já foram utilizados como moeda?

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O mundo que queremos

Economia solidária: moeda social e bancos comunitários

Pode-se dizer que a Economia Solidária é um modo alternativo de lidar com as atividades econômicas de um determinado lugar. [...] Por exemplo, os trabalhadores são, ao mesmo tempo, donos do negócio, diferentemente da economia convencional, na qual há uma distinção entre esses dois grupos. [...]

As iniciativas podem ocorrer de diversas maneiras, sendo algumas delas por meio de associações, cooperativas, como as de coleta e reciclagem, ou grupos, tanto no campo quanto na cidade. [...].

Imagem: Fotografia. Uma parede de cor branca, com ilustração à esquerda em cinza-escuro com texto em branco: Banco união Sampaio. No alto, grade de ferro na vertical com lanças na parte superior, placa de cor bege-claro, com texto em vermelho: Casa da Mulher e da criança. Na parte inferior em azul-claro: União popular de mulheres de campo limpo e adjacências. Fundada em 08/03/1987. À esquerda, vista parcial de local com mesas e cadeiras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Banco comunitário na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.

A moeda social é o meio que viabiliza a prática da Economia Solidária. Ela possui características específicas que a diferem da “moeda normal” [...].

[Elas] não são fabricadas pela Casa da Moeda, mas pelos Bancos Comunitários de Desenvolvimento (BCD). [...]

Outro diferencial é que os bancos comunitários podem emprestar valores em moeda social para os habitantes das comunidades que não possuem linhas de crédito em instituições bancárias tradicionais, logo os BCDs também funcionam como uma ferramenta de democratização de crédito, permitindo a ampliação de investimentos locais. [...]

Fatores como combate à exclusão, desigualdade, desemprego urbano e desocupação rural servem de motivação para impulsionar a iniciativa no cenário brasileiro e buscar uma melhor qualidade de vida para as classes mais vulneráveis. [...]

Dentre as 117 moedas alternativas existentes hoje no país, tem-se a Palma. Ela foi a primeira moeda social, criada pela própria comunidade do Conjunto Palmeiras, localizado no sul de Fortaleza, Ceará, em 1998. O objetivo era o desenvolvimento local, já que os moradores viam-se fazendo praticamente todas as compras fora do bairro, de forma que o dinheiro não se mantinha lá. [...]

Algumas outras moedas alternativas que circulam no Brasil são: a Mumbuca, na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro; a Bem, no Morro de São Benedito, no Espírito Santo; a Santana, na cidade de Santana do Acaraú, no Ceará; e a Ita, primeira moeda social da área rural, no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.

FONTE: Beatriz Rengel e Kimberly Studer. Economia solidária: a moeda social e o caso de Palmas. Politize!, 19 dez. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fnD. Acesso em: 25 jun. 2022.

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  1. De acordo com o texto, o que são bancos comunitários?
  1. Como o banco comunitário pode ajudar a desenvolver uma comunidade?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe as fotografias abaixo e responda às questões a seguir.
Imagem: Fotografia. Vista de baixo para cima de parede de cor marrom com detalhes em azul-escuro. Na parte inferior, texto em branco: Essa é nossa! Na parte superior, ilustração em branco à esquerda, escrito Um Palma. À direita, um celular em azul-escuro, com o logo tipo e-dinheiro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Banco Comunitário Palmas, criado pela comunidade do Conjunto Palmeiras, na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, em 2021. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma pessoa de pele morena, segurando notas de papel colorido em rosa, roxo, laranja, azul-claro e verde-claro com número 2. À esquerda, logotipo escrito: União Sampaio.  Fim da imagem.

LEGENDA: Moeda social do Banco Comunitário União Sampaio, criado pelos moradores do bairro, na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Onde estão situados os bancos comunitários retratados?
  1. A qual comunidade cada um dos bancos pertence?
  1. Quais são os valores da moeda representada na fotografia?
  1. Para quais finalidades os membros das comunidades podem utilizar essa moeda?

    Vamos fazer

    Além das moedas sociais e dos bancos comunitários, outra maneira de desenvolver a economia solidária em uma comunidade é a realização de feiras de trocas.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Em grupo, sigam as etapas listadas:
    • Com os colegas de grupo, pesquisem se existem feiras de trocas no local onde vocês vivem. Caso existam, procurem saber como essas feiras funcionam e como podem participar delas ou ajudar a divulgá-las.
    • Caso contrário, vocês podem organizar uma feira de trocas na escola.
    • Os participantes da feira podem trocar itens como livros, roupas, materiais escolares ou brinquedos que estejam em boas condições. Podem ser trocados também serviços como aulas de música, dança, cuidados com um animal etc.

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Capítulo 2. O comércio europeu

Até o século XV, o comércio marítimo entre Europa e Ásia era feito apenas pelo mar Mediterrâneo. Por ali, mercadores traziam produtos que eram vendidos por toda a Europa, como tecidos de seda, tapeçarias, pedras preciosas, porcelanas e especiarias. Esses produtos vinham da região que os europeus chamavam, na época, de Índias, que incluía territórios que hoje correspondem ao Japão, à China, à Índia e à Indonésia.

As especiarias, como cravo, canela, noz-moscada, baunilha, gengibre e pimenta, são produtos usados para temperar e conservar alimentos e na fabricação de remédios e perfumes. Elas eram caras no mercado europeu. Um dos motivos dos altos preços era a dificuldade de obtê-las em locais distantes e pouco acessíveis.

O comércio das especiarias e de artigos de luxo garantia altos lucros. Os mercadores árabes e italianos das cidades de Gênova e Veneza controlavam esse comércio, pois eles dominavam as rotas marítimas do mar Mediterrâneo. Isso excluía os negociantes portugueses e espanhóis desse lucrativo comércio.

Imagem: Fotografia. Finas hastes de baunilha de cor marrom-escuro. Fim da imagem.

LEGENDA: Baunilha. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Gengibre, com formato arredondado de cor bege-claro, com pontas arredondadas menores. Fim da imagem.

LEGENDA: Gengibre. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Hastes enroladas de canelas de cor marrom-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Canela-da-índia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Cinco noz-moscada, com o formato arredondado de cor bege-claro. À frente, uma cortada com gomos finos dentro. Fim da imagem.

LEGENDA: Noz-moscada. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Cravo-da-índia, de formatos arredondados de cor marrom-escuro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cravo-da-índia. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais eram os principais produtos que chegavam à Europa pelas rotas comerciais do mar Mediterrâneo?
  1. Por que os comerciantes portugueses e espanhóis estavam excluídos do comércio de especiarias nos anos 1400?

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A busca pelas Índias

No final dos anos 1400, navegadores a serviço de governantes e comerciantes europeus, em especial portugueses e espanhóis, iniciaram viagens marítimas na tentativa de encontrar rotas para chegar às Índias sem passar pelo mar Mediterrâneo. Assim, poderiam fazer parte do comércio de especiarias sem depender exclusivamente de árabes e italianos.

A estratégia dos portugueses era contornar o continente africano pelo oceano Atlântico para ter acesso a esse lucrativo negócio. Já os governantes espanhóis investiram nos navegadores que contavam com a possibilidade de alcançar as Índias seguindo pelo oceano Atlântico sempre em direção ao ocidente.

Navegadores portugueses e espanhóis realizaram diversas rotas para chegar às Índias nos anos 1400 e 1500. Em geral, as viagens eram longas e algumas duravam anos.

Observe no mapa a seguir algumas dessas rotas.

Imagem: Ilustração. Mapa. Navegações portuguesas e espanholas (anos 1400 e 1500). Rosa dos ventos em preto com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Escala: 0 – 2605km Legenda: Rotas seguidas pelos navegadores: Linha em verde: Bartolomeu Dias (1487-1488) Linha pontilhada em verde: Cristóvão Colombo (primeira viagem 1492-1493) Linha em azul: Vasco da Gama (1497-1498) Linha pontilhada em rosa: Américo Vespúcio (1499-1502) Linha em laranja: Pedro Álvares Cabral (1500) Linha pontilhada em marrom: Fernão de Magalhães (1519-1521)   Bartolomeu Dias (1487-1488): De Portugal para Cabo da Boa esperança. Cristóvão Colombo (primeira viagem 1492-1493): De Portugal para ilhas da América Central Vasco da Gama (1497-1498): De Portugal para África, e para Índia. Américo Vespúcio (1499-1502): De Portugal para norte da América Central e para Porto Seguro no Brasil. Pedro Álvares Cabral (1500): De Portugal para Porto Seguro no Brasil e depois para Índia: Calicute.  Fernão de Magalhães (1519-1521): De Portugal para América do Sul passando por Estreito de Magalhães e outra de Portugal para África para Ásia: Molucas.   Fim da imagem.

Fontes: Atlas histórico. São Paulo: Britannica, 1997. p. 88; John R. Hale. Idade das explorações. Rio de Janeiro: José Olympio, 1981. p. 54.

  1. Qual era o objetivo das viagens realizadas pelos navegadores europeus?
    • Qual foi a estratégia utilizada por eles para isso?
  1. Observe o mapa e responda às questões.
  1. Quais navegadores chegaram às Índias?
  1. Quanto tempo durou a maioria das viagens representadas?

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Para ler e escrever melhor

O texto a seguir descreve o que são e para que servem as especiarias.

As especiarias e seus usos

As especiarias são partes de plantas que podem ser usadas para temperar e dar sabor e aroma aos alimentos.

No passado, o cultivo das especiarias era restrito a alguns lugares do mundo, como Índia e China. Por esse motivo, elas tinham alto valor e eram consideradas produtos de luxo.

Com a expansão do comércio, as especiarias tornaram-se conhecidas em todo o mundo, passando a fazer parte dos costumes de diferentes culturas. Atualmente, elas são usadas em preparações culinárias, como matéria-prima na indústria de perfumes e com fins medicinais e terapêuticos.

Imagem: Ilustração. Especiarias: três carambolas de cor marrom, folhas e esferas pequenas verdes, dois pedaços de gengibre de cor bege-claro, dois pedaços de inhames, outro pedaço de gengibre, hastes de canelas em marrom tubular, outras carambolas, folhas verdes, uma jarra transparente em verde-claro, dois limões, uma flor de pétalas azuis e dois pedaços de inhames marrom.  Fim da imagem.

Observação: Representações fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

Analise

  1. O que são especiarias? Como elas são utilizadas?
  1. Por que as especiarias eram consideradas produtos de luxo no passado?
  1. Observe esta imagem e reflita: Entre os elementos representados, quais serviriam para fundamentar a resposta que você deu à questão anterior?
Imagem: Ilustração. Solo de cor bege por onde passam camelos à frente de cor cinza, com dezenas de homens atrás, com roupas em vermelho e verde. Mais à direita, homens sobre cavalos de cor azul e marrom, com vestes de cor vermelha e verde e gorros em azul. Na parte inferior, castelos pequenos de paredes em bege e partes em vermelho.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração do Atlas Catalão (cerca de 1375) representando caravana de mercadores a caminho da China. FIM DA LEGENDA.

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  1. Relacione cada especiaria a seguir a uma das partes das plantas destacadas no quadro abaixo. Faça seus registros no caderno.

botão de flor – pedaço de caule folha – fruto

Imagem: Fotografia 1. Hastes de canelas de cor marrom com formatos arredondados na horizontal. Fim da imagem.

LEGENDA: Canela. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 2. Três pimentas de cor vermelha com na parte superior em verde. Fim da imagem.

LEGENDA: Pimenta. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 3. Cravo-da-índia, com haste fina em marrom-escuro e na parte superior, esfera na parte superior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cravo-da-índia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 4. Três folhas verde, na horizontal com haste fina de cor amarela.  Fim da imagem.

LEGENDA: Louro. FIM DA LEGENDA.

Organize

  1. Releia o texto da página anterior e faça no caderno uma síntese das informações, na ordem em que são apresentadas.

Escreva

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Reúna-se com um colega e sigam estes passos:
  1. Pesquisem em livros, revistas ou sites a receita de um prato que tenha uma especiaria como ingrediente.
  1. Em uma folha de papel à parte, façam uma pequena descrição dessa especiaria e dos usos dela no passado e no presente.
  1. Abaixo da descrição da especiaria, copiem a receita que pesquisaram.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Em sala de aula, leiam a receita para os colegas e o professor, destacando a especiaria utilizada como ingrediente.
  1. Com a ajuda do professor, organizem todas as receitas em um livro de receitas da turma. O livro poderá ser compartilhado com toda a comunidade escolar.
Imagem: Ilustração. Duas crianças sentadas de joelhos sobre solo com pedras de cor lilás. À esquerda, menino de pele clara, com cabelos ruivos, com blusa de mangas compridas em verde, calça azul e sapatos verdes. Ele segura nas mãos, uma folha branca onde está escrita: Noz-moscada. Na mão esquerda, com uma cola vermelha. Na ponta, vaso quadrado amarelo escrito: Folhas, de onde há plantas de cor verde. À direita, uma menina de pele negra, cabelos castanhos com chuquinha, com blusa de mangas até cotovelo de cor verde, com vestido em rosa e sapatos vermelhos. Ela escreve sobre folha branca, com o título: Receita. Na ponta da direita, folhas brancas com lápis coloridos em laranja e azul. Ao fundo, plantas com folhas em verde. No alto, céu azul-claro.  Fim da imagem.

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Embarcações e equipamentos

As caravelas

A utilização das caravelas foi fundamental para a exploração do oceano Atlântico pelos europeus nos anos 1400 e 1500.

Essas embarcações leves e ágeis não tinham remos e eram movidas pela ação dos ventos que atingiam suas velas. Elas podiam chegar próximo da terra firme sem risco de encalhar. Por esse motivo, eram ideais para as navegações marítimas que tinham o objetivo de chegar a novas terras.

Observe na imagem a seguir algumas características da caravela.

Imagem: Ilustração. Uma grande caravela de cor marrom, para à direita, com três hastes, com vela de cor bege-claro, com duas cruzes de cor vermelha. Sobre dois mastros, uma bandeira azul e outra em vermelho. Detalhes para os elementos da embarcação: à esquerda: Vela triangular, no meio: mastro, Abaixo: popa, fundo da embarcação e na ponta da frente: proa, com parte pequena e alta. Ao centro, convés e abaixo, contorno do barco: leme.  Fim da imagem.

FONTE: Viagens de descobrimento: 1400-1500. Rio de Janeiro: Abril Livros, 1994. p. 18-19.

Outras embarcações utilizadas nas viagens marítimas europeias eram as naus e as fragatas. Elas eram maiores, mais resistentes e tinham maior capacidade de transporte de cargas. Essas embarcações eram mais utilizadas no transporte de produtos para o comércio.

  1. Monte no caderno um quadro como o do modelo a seguir, completando-o com as características de cada tipo de embarcação.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

Embarcação

Características

Uso

Caravela

_____

_____

Nau e fragata

_____

_____

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Os instrumentos de localização

Para navegar pelo oceano Atlântico, era necessário utilizar instrumentos de navegação que orientassem a direção para chegar às Índias.

A bússola, um instrumento de localização inventado na China, foi aperfeiçoado pelos navegadores europeus. Ela tem uma agulha que indica aproximadamente a direção norte-sul geográfica.

O astrolábio também foi aperfeiçoado e utilizado pelos europeus na navegação. Ele era usado para determinar a posição dos astros no céu e, assim, calcular a localização das embarcações.

Outros instrumentos utilizados nas viagens marítimas eram os mapas e as cartas náuticas, um tipo de mapa que representa o relevo, as correntes e outras características de áreas do mar. À medida que conheciam mais as rotas marítimas, os navegadores contribuíam para o aprimoramento dos mapas e cartas, fornecendo novos dados para os cartógrafos.

Imagem: Fotografia. Uma bússola com o formato arredondado ao centro, com rosa dos ventos. Na parte superior, base na vertical de cor branca, com ilustração ornadas em marrom e verde. Da parte de baixo para cima, na diagonal, com tampa na vertical. Fim da imagem.

LEGENDA: Bússola dos anos 1400. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um astrolábio redondo de cor bege, com linhas finas, com o formato redondo à esquerda. Na parte superior, esfera pequena. Ao centro, com linhas finas ornadas. Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de astrolábio criado por Elias von Lennep, em 1690. FIM DA LEGENDA.

  1. Por que os instrumentos de navegação eram necessários?
  1. Quais eram os instrumentos utilizados pelos navegadores europeus?
    • Qual era a função da bússola e do astrolábio?
    1. Como as viagens marítimas dos europeus contribuíram para o aprimoramento de alguns instrumentos de navegação, como os mapas e as cartas náuticas?

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Orientação pelo Sol

Você sabe como se orientar para chegar a diferentes lugares? Podemos nos orientar, por exemplo, observando o movimento aparente do Sol no céu ao longo do dia.

Para isso, tomamos como base onde o Sol “nasce” e onde “se põe”. Ele sempre “nasce” do mesmo lado no horizonte pela manhã: esse é o lado leste. No fim da tarde, o Sol “se põe” do lado oposto: esse é o lado oeste.

Assim, o Sol pode ser utilizado como um referencial para nos orientarmos.

Se abrir os braços com a mão direita apontando para o lado onde o Sol “nasce”, você estará indicando a direção leste-oeste; a mão esquerda indica o sentido oeste, e a direita indica o sentido leste. À sua frente, estará o norte e, às suas costas, estará o sul.

  1. Observe o esquema a seguir e, depois, responda no caderno às questões.
Imagem: Ilustração. À esquerda, areia de cor bege, com quatro flechas vermelhas e uma menina ao centro, vista de costas, com os braços abertos. Ela tem pele clara, cabelos curtos castanhos com franja, blusa verde com mangas curtas em amarelo, saia rosa e sapatos vermelhos. À direita, mar de cor azul-claro. Em volta das cestas: Norte, Oeste, Sul e Leste, em sentido anti-horário. Em segundo plano, à esquerda, vegetação em verde e prédios de cor cinza-claro e céu em amarelo e à direita, sol redondo com nuvens brancas. Fim da imagem.

Observação: Representação fora de proporção. Fim da observação.

  1. Em qual direção “nasce” o Sol?
  1. Em qual direção “se põe” o Sol?
  1. De acordo com o esquema anterior, em qual direção estão as ilhas? E os prédios?

Norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O) são chamados pontos cardeais.

Entre os pontos cardeais estão os pontos colaterais: nordeste (NE), sudeste (SE), sudoeste (SO) e noroeste (NO).

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Os pontos cardeais e os pontos colaterais podem ser representados em uma rosa dos ventos, que indica direções de orientação e localização, como se observa a seguir.

Imagem: Ilustração. Uma estrela com quatro pontos, de cor amarela e partes em laranja. Em sentido anti-horário: N, O, S, L. Fim da imagem.

LEGENDA: Rosa dos ventos com os pontos cardeais. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma estrela na frente de quatro pontos em amarelo e laranja com os sentidos descritos anteriormente e atrás, outra estrela com quatro pontas. Ao redor, sentidos anti-horário: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rosa dos ventos com os pontos cardeais e os pontos colaterais. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a imagem a seguir. Depois, responda no caderno às questões tomando como base os pontos cardeais e os pontos colaterais.
Imagem: Ilustração. Vista do alto de local com ruas de cor cinza com faixas de pedestres e quadras. À frente, quadrada com um mercado de paredes brancas, telhado azul e placa verde. Ao fundo, vegetação rasteira verde e bússola ao centro em amarelo, rosa dos ventos em azul com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. À esquerda, quadra com prédio de cor rosa, com placa amarela: Sorvetes. À direita, estabelecimento laranja com placa marrom: Padaria. Ao fundo, à esquerda, quadra com prédio e casas de paredes rosas: Casa de Mariana, ao centro, estabelecimento de paredes em azul: Escola. Mais à direita, hospital de paredes de cor rosa.  Fim da imagem.

Observação: Representação fora de proporção. Fim da observação.

  1. Partindo da praça, qual direção deve ser seguida para chegar à escola?
  1. Partindo da praça, qual direção deve ser seguida para chegar ao mercado?
  1. Partindo da praça, qual direção deve ser seguida para chegar à padaria?
  1. Em relação à praça, em qual direção fica a casa da Mariana?
  1. Em relação à praça, em qual direção fica o hospital?

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Vamos fazer

Um gnômon

O gnômon é um antigo instrumento que possibilita a observação do movimento aparente do Sol no céu. Ele é formado por uma vareta fixada verticalmente em um suporte. A observação da variação da sombra da vareta permite acompanhar a posição do Sol no céu ao longo do dia.

Nesta atividade, você vai usar esse instrumento para identificar os pontos cardeais.

Material

  • Placa quadrada de isopor de 30 centímetros
  • Vareta de madeira ou tubo de plástico de 15 centímetros
  • Barbante do mesmo comprimento da vareta, 15 centímetros
  • Caneta
  • Fita adesiva

    Como fazer

  1. Esta atividade deve ser feita em um dia ensolarado. Amarre o barbante em uma das pontas da vareta, deixando um espaço para espetá-la na placa de isopor.
  1. Espete a vareta verticalmente na placa de isopor. Esse será seu gnômon.
Imagem: Ilustração. Sobre uma placa de cor cinza-claro, com uma vareta de cor bege ao centro. Abaixo, um barbante pequeno.  Fim da imagem.
  1. Escolha um lugar plano, onde a luz solar incida durante a manhã e a tarde. Leve o gnômon até o local e prenda-o no chão com a fita adesiva.
  1. De manhã, marque com a caneta a ponta da sombra que se formou a partir da vareta.
Imagem: Ilustração. Sobre a placa, a vareta na vertical espetada e sombra dela, para à esquerda de cor cinza.  Fim da imagem.
  1. Estique o barbante da base da vareta até a marcação da ponta da sombra e deslize-o da esquerda para a direita, desenhando um arco na placa de isopor com a caneta.
Imagem: Ilustração. Mão de uma pessoa de pele clara, com uma canetinha lilás na mão, traçando da sombra da vareta até o barbante à direita, fazendo um meio círculo.  Fim da imagem.

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  1. Depois do meio-dia, observe o gnômon e o movimento da sombra. Fique atento ao momento em que a sombra tocar em algum ponto do arco desenhado. Marque esse ponto.
  1. Faça uma linha ligando os dois pontos que você marcou; essa é a direção leste-oeste e representa o movimento aparente do Sol no céu.
Imagem: Ilustração. A vareta ao centro, entre sombra e cordão, meio círculo. À esquerda: sombra da manhã e à direita: sombra da tarde.  Fim da imagem.
  1. Depois, trace uma linha vertical partindo da base da vareta e cruzando a direção leste-oeste. Essa linha representa a direção norte-sul.
  1. Marque os pontos cardeais seguindo as orientações: o primeiro ponto marcado indica a direção oeste; o segundo ponto indica a direção leste; a extremidade da linha vertical que cruza a direção leste-oeste indica o sentido sul; a extremidade oposta indica o sentido norte.
Imagem: Ilustração. A vareta ao centro, a sombra, o barbante, com a linha lilás fazendo um círculo. À esquerda, sombra da manhã e à direita, sombra da tarde. Ao centro, linha na vertical: S e N e na horizontal: O e L.  Fim da imagem.

Para responder

  1. Qual eixo corresponde ao movimento aparente do Sol no céu?
  1. Qual ponto cardeal corresponde ao lado em que o Sol “nasce”? E ao lado em que o Sol “se põe”?
  1. Imagine que você está na posição da vareta, apontando o braço direito para o leste e o braço esquerdo para o oeste. Qual ponto cardeal está à sua frente? E qual está atrás de você?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Assim como o gnômon, a bússola é usada para indicar os pontos cardeais. Ela possui uma agulha que aponta para a direção norte.
    • Quais são as diferenças entre esses dois instrumentos?
    • Em sua opinião, qual dos dois instrumentos é o mais preciso?

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As navegações espanholas

As viagens marítimas espanholas em direção às Índias tiveram início no final dos anos 1400, quando o governo espanhol decidiu financiar uma expedição comandada pelo navegador italiano Cristóvão Colombo. Ele era um estudioso da cartografia e planejou uma rota em direção ao oeste para alcançar as Índias, e não ao leste, como faziam os portugueses ao contornar a África.

No entanto, durante a viagem, Colombo encontrou terras no percurso da rota planejada. Essas terras faziam parte de um continente mais tarde nomeado de América, que ainda era desconhecido pelos europeus na época.

Acreditando estar nas Índias, Cristóvão Colombo chamou de “índios” os habitantes dessas terras. Depois dessa primeira expedição, ele fez três outras viagens à América. No entanto, as riquezas desejadas pelos espanhóis, como o ouro, não foram encontradas nessas viagens.

Imagem: Pintura. À esquerda, oceano com ondas de cor azul-claro. Mais ao fundo, caravelas de madeiras com velas de tecido branco. À direita, solo com grama de cor verde, com dezenas de pessoas morenas, sem roupa, com tapa-sexo, segurando nas mãos objetos dourados. À esquerda, de frente para eles, três homens brancos, vestidos com roupas longas, blusa de mangas compridas. Um deles tem cabelos loiros, chapéu cinza, blusa vermelha, colete e saiote em marrom, com lança fina na vertical na mão esquerda e outros dois com capacete na cabeça, colete verde, blusa marrom e saiote colorido em azul e vermelho. Em segundo plano, três homens ficando uma cruz de madeira grande, no solo. No alto, céu azul com nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Theodore de Bry. Chegada de Colombo à América, 1596. Gravura. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual foi a rota planejada por Cristóvão Colombo para alcançar as Índias?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe a gravura de Theodore de Bry e, depois, responda às questões.
    1. O que os indígenas estão oferecendo a Cristóvão Colombo?
  1. Na sua opinião, por que esse detalhe foi representado?

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A partir de 1501, Américo Vespúcio, outro navegador italiano, realizou algumas expedições contornando a costa da América. Ao observar a existência de grande extensão de terras ao sul, ele concluiu que não se tratava da Ásia, mas de um novo continente que bloqueava o caminho para as Índias pelo oeste.

Em 1507, o cartógrafo alemão Martin Waldseemüller, em conjunto com outros estudiosos, criou um planisfério com base nas descrições feitas pelo navegador Américo Vespúcio e em conhecimentos de cartografia disponíveis na época. Observe o planisfério a seguir.

Imagem: Pintura. Em uma moldura na horizontal de cor bege. Ao centro, formato arredondado em bege, com os continentes: um à esquerda fino na parte superior e inferior: as Américas.  Texto: É a primeira vez que o continente americano é representado separado da Ásia e aparece o nome América em um mapa. Ao centro, continente africano, Europa e Ásia. Na parte inferior, Oceania.  Texto: É o primeiro mapa a apresentar o hemisfério ocidental semelhante à forma como o conhecemos atualmente. Na parte superior, Ilustração de um senhor de roupa laranja, com folhas brancas nas mãos. Texto: Retrato do astrônomo grego Ptolomeu, considerado um dos maiores estudiosos do assunto da Antiguidade À direita, um homem de pele morena, lenço sobre a cabeça e roupas longas em verde-claro. Texto: Retrato do navegador Américo Vespúcio, cujas descrições geográficas contribuíram para a representação do continente americano no mapa.  Fim da imagem.

LEGENDA: Planisfério colorizado de Martin Waldseemüller, 1507. FIM DA LEGENDA.

  1. Por que o planisfério de Waldseemüller é um marco para a história da cartografia? Que novidades ele apresenta?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Em sua opinião, por que a América é apresentada com menos detalhes que os demais continentes?

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As navegações portuguesas

Nos anos 1400, vários navegadores a serviço dos governantes portugueses buscaram uma rota que levasse às Índias contornando o continente africano, mas não tiveram sucesso em ultrapassar o chamado Cabo das Tormentas, no sul da África. No entanto, entre 1487 e 1488, o português Bartolomeu Dias partiu de Portugal e conseguiu ultrapassar o Cabo das Tormentas, que passou, então, a ser chamado de Cabo da Boa Esperança.

Dez anos depois, Vasco da Gama realizou a mesma rota marítima e alcançou as Índias, região fornecedora de gengibre, canela e pimenta-do-reino, entre outras especiarias.

Imagem: Pintura. Vista da cintura para cima de um senhor de barba e bigode branco, com um gorro pequeno de cor preta sobre a cabeça, sobrancelhas e lábios finos, olhando para à esquerda. Ele usa casaco de mangas compridas de cor vinho, com uma cruz dourada pendurada no pescoço. Ele segura na mão direita uma folha bege-claro com escritas de cor preta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Artista desconhecido. Retrato de Vasco da Gama, cerca de 1524. Óleo sobre tela. FIM DA LEGENDA.

A viagem de Vasco da Gama estabeleceu a rota marítima entre Portugal e as Índias. As viagens por esse caminho passaram a ser realizadas com frequência, fazendo de Portugal um grande centro de comércio de especiarias na Europa nos anos 1500.

Reveja o percurso desse navegadores no mapa da página 81.

  1. Qual foi a importância da viagem marítima de Bartolomeu Dias?
  1. Quais especiarias eram fornecidas pelas Índias?
  1. Qual foi a importância da viagem de Vasco da Gama às Índias em 1497?

A chegada dos portugueses ao Brasil

Em 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral comandou uma expedição marítima em direção às Índias com o objetivo de fixar entrepostos comerciais e garantir o acesso ao comércio de especiarias.

Entretanto, ao chegar ao noroeste da África, a expedição desviou da rota original e acabou chegando a terras que, depois, constituiriam o território do Brasil.

Diversos pesquisadores afirmam que o desvio não foi um acidente, mas uma decisão de Cabral, que estaria à procura das terras mencionadas por outros navegadores em relatos de viagem pelo oceano Atlântico e que ainda não eram conhecidas pelos portugueses.

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  1. Qual era o objetivo da expedição marítima de Pedro Álvares Cabral?
  1. Leia a seguir um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha, funcionário do governo de Portugal que integrou a expedição de Pedro Álvares Cabral, informando sobre o encontro das terras que seriam chamadas de Brasil.

    Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz. [...]

    Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...].

    Pero Vaz de Caminha. A carta de Pero Vaz de Caminha, cerca de 1500. Disponível em: http://fdnc.io/23m. Acesso em: 25 mar. 2021.

    1. Que nome as terras encontradas receberam?
  1. O que os portugueses procuravam nessas terras?
  1. Quais meios você costuma utilizar para se comunicar por escrito com pessoas que estão distantes?
  1. Observe a imagem a seguir e depois responda no caderno às questões.
Imagem: Pintura. Dentro de uma embarcação de cor marrom com dezenas de homens, muitos deles apontando para frente. À esquerda, homem de casaco de mangas compridas de cor marrom, com vestes por dentro de cor branca, com cabelos longos e barba escuros, com chapéu na mão esquerda e a outra apontando para frente. Atrás dele, um senhor de pele clara, cabelos e barba grisalhos e casaco marrom. Mais perto dele, homem de pele clara, e cabelos e bigode preto, com chapéu de cor verde-claro, com colete de cor bege. À direita, um homem com vestes religiosas de cor marrom, barba escura, agachado e segurando na mão esquerda uma cruz. Mais à direita, outros homens na embarcação, uns puxando cordão e outros de costas. Em segundo plano, oceano de cor azul, com embarcações de madeira e velas brancas com cruz vermelha. No alto, céu de cor bege.  Fim da imagem.

LEGENDA: Aurélio de Figueiredo. Descobrimento do Brasil, 1899. Óleo sobre tela, 52,3 cm × 71,3 cm. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é o acontecimento representado na imagem?
  1. O acontecimento representado na pintura ocorreu em que ano?
  1. O artista produziu a pintura no mesmo ano do acontecimento representado? Explique.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Na sua opinião, como o artista conseguiu reconstituir a cena?

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Painel multicultural

A cultura portuguesa pelo mundo

A colonização portuguesa marcou a história não só do Brasil, mas também de países de outros continentes, como Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor-Leste, Guiné Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe.

Vamos conhecer um pouco desses países e da influência que a cultura portuguesa exerceu sobre eles.

Angola é um país localizado no continente africano, na costa do oceano Atlântico. Ele foi colônia de Portugal e tornou-se independente em 1975.

A influência da cultura portuguesa em Angola pode ser notada na culinária, como o costume de preparar bacalhau, e na arquitetura, como a fortaleza de São Miguel, que fica na cidade de Luanda.

Imagem: Fotografia. Uma fortaleza de paredes de cor bege-claro, com pequena torre à esquerda e ao centro, uma bandeira hasteada de cor vermelha e preta. No alto, céu azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fortaleza de São Miguel, em Luanda, capital de Angola. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.

Cabo Verde é um país africano que também foi colônia de Portugal e conquistou sua independência em 1975.

Esse país é formado por dez ilhas que se localizam no oceano Atlântico.

No centro histórico da capital, Praia, é possível notar a influência portuguesa na arquitetura.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com muro de cor amarela, com flores de pétalas de cor roxa e à esquerda, calçada com luminária de rua em cinza-escuro e luz em amarelo. Mais ao fundo, um casarão de paredes de cor azul-claro e detalhes em branco nas janelas e nas colunas. No alto, céu em azul-claro. Fim da imagem.
  1. LEGENDA: Centro histórico em Praia, capital de Cabo Verde, em 2019. FIM DA LEGENDA.

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Moçambique, outro país da África, está situado na costa do oceano Índico. Também foi colônia de Portugal e se tornou independente em 1975. A influência portuguesa pode ser observada na arquitetura da cidade de Maputo, como exemplifica a estação de trem Caminho de Ferro.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com vegetação verde-clara na entrada, com uma árvore à esquerda com folhas verdes e à direita, árvore vista parcialmente. Ao fundo, uma construção de paredes brancas, detalhes em verde, com entrada arredondada, dois andares e na parte superior, um relógio redondo em branco e cúpula cinza. No alto, céu nublado nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Estação Caminho de Ferro, em Maputo, capital de Moçambique, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Timor-Leste é um país asiático localizado na ilha do Timor.

O país também foi colônia de Portugal e, após muitos conflitos, em 2002 obteve o reconhecimento de sua independência.

A influência portuguesa pode ser observada em diversas construções, como no Palácio do Governo, na cidade de Dili.

Imagem: Fotografia. Uma rua de cor cinza, com uma parte arredondada com vegetação verde, árvores de folhas verdes e em segundo plano, um casarão grande com dois andares, paredes de cor branca, com torre ao centro, com cruz na parte superior. À frente, local com arcos de cor branca. No alto, céu de cor azul-claro e nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Palácio do Governo em Dili, capital do Timor-Leste. Fotografia de 2015. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Você já ouviu falar de algum desses países? Se sim, quais?
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Reúna-se com um colega e pesquisem em livros ou sites a língua oficial desses países. Registre as informações no caderno.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

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O que você aprendeu

  1. Os eventos dos quadros abaixo trazem informações sobre as primeiras trocas comerciais e o uso de moedas ao longo do tempo. Contudo, eles estão embaralhados. Reescreva-os no caderno em ordem cronológica, ou seja, na sequência temporal correta.

    O valor de um produto, como um alimento, pôde ser determinado de acordo com o tempo necessário para sua produção.

O papel-moeda passou a ser muito utilizado durante o século XIX.

Há mais de 6 mil anos, as trocas eram diretas, e os produtos trocados tinham o mesmo valor.

Há mais de 2 mil anos, moedas feitas de metais já eram utilizadas.

Em 1645, foram cunhadas as primeiras moedas no Brasil: os florins holandeses.

Há mais de 3 mil anos, alguns grupos começaram a utilizar objetos como conchas para realizar trocas comerciais.

  1. Descubra as respostas para as adivinhas a seguir e as escreva no caderno.

    O que é, o que é?

    Nome das embarcações fenícias usadas no comércio pelo Mediterrâneo.

O que é, o que é?

Atividade humana com base na troca de produtos.

O que é, o que é?

Nome do mar localizado entre o sul da Europa, o norte da África e o oeste da Ásia.

  1. As primeiras civilizações tiveram que inventar coisas que hoje consideramos muito simples. Essas invenções foram muito importantes para a sobrevivência e o desenvolvimento dos seres humanos. Sobre esse tema, responda no caderno às questões a seguir.
  1. Cite duas invenções importantes para as primeiras civilizações.
  1. Alguma das invenções que você mencionou ainda é usada hoje em dia? Qual? Para quê?

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Avaliação processual

  1. Associe, no caderno, os tipos de comércio listados nos quadros a cada uma das imagens a seguir.

comércio virtual - comércio marítimo - comércio terrestre

Imagem: Gravura 1. Um navio de cor marrom com hastes finas na vertical, com velas de cor branca e pessoas dentro, em alto mar de cor bege, com peixes nadando, alguns grandes. Mais à direita, uma embarcação pequena de cor marrom com velas brancas. Ao fundo, sol redondo amarelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Caravela, gravura de Theodore de Bry, 1592. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração 2. Solo de cor bege por onde passam camelos à frente de cor cinza, com dezenas de homens atrás, com roupas em vermelho e verde. Mais à direita, homens sobre cavalos de cor azul e marrom, com vestes de cor vermelha e verde e gorros em azul. Na parte inferior, castelos pequenos de paredes em bege e partes em vermelho.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe da caravana de Marco Polo (mercador veneziano) a caminho de Catai, nome pelo qual era conhecida a China. Atlas Catalão, 1375. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 3. Vista do alto, sobre mesa de madeira de cor marrom, com um notebook de cor cinza, com teclado de cor preta. A pessoa vista parcial de pele clara, segurando um cartão de cor rosa-escuro. À direita, um prato de cor branca com maçãs e um copo branco.  Fim da imagem.

LEGENDA: Compra de produtos pela internet em 2016. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Gravura 4. Local com solo arenoso de cor bege-claro, com homens morenos, com vestes longas brancas. À esquerda, um homem em pé, de frente para cabras, perto delas, um homem visto de lado, com um chapéu grande bege com detalhes em vermelho. À direita, um homem negro sobre um animal quadrúpede marrom, carregando carga. Mais ao fundo, um camelo com carga em cima coberto com tecido em verde e vermelho e mais ao fundo, outros animais e homens sobre eles. No alto, céu de cor azul com nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de caravana na Argélia, na África, em gravura de 1903. FIM DA LEGENDA.

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  1. O texto a seguir foi escrito por um indígena. Ele discorre sobre os nomes dados pelos portugueses aos lugares que encontraram na América.

Antes de os portugueses chegarem, cada lugar de nossa terra tinha um nome.

Os rios já tinham nome.

As lagoas já tinham nome.

Mas logo os portugueses trocaram os nomes de tudo.

O lugar onde eles encostaram as caravelas eles chamaram de Porto Seguro.

O primeiro morro que eles enxergaram eles chamaram de Monte Pascoal.

Os Tupinikim já tinham dado nome para esses lugares.

Os portugueses mudaram o nome da terra.

Mas não mudaram só o nome da terra.

Os portugueses roubaram a terra também.

Imagem: Ilustração. À frente, local com água de cor azul-claro e ao fundo, solo de cor marrom, com árvores de cor verde e um morro na vertical em azul. No alto, nuvens de cor bege. Fim da imagem.

Eunice Dias de Paula; Luiz Gouveia de Paula; Elizabeth Amarante. História dos povos indígenas: 500 anos de luta no Brasil. Petrópolis: Vozes; Brasília, DF: Cimi, 1993. p. 89.

  1. De acordo com o texto, antes de os portugueses chegarem às terras que formaram o Brasil, que povo indígena já tinha dado nome à terra, aos rios e às lagoas?
  1. Qual foi o nome dado pelos portugueses ao lugar onde eles atracaram as caravelas? E ao primeiro monte que avistaram?
  1. Em que ano isso ocorreu?
  1. Por que os portugueses iniciaram as expedições marítimas nesse período?
  1. Faça uma reflexão sobre as possíveis intervenções no território após a ocupação pelos portugueses, considerando o acontecimento do ponto de vista indígena. Registre suas anotações no caderno.

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  1. Leia o texto e observe o mapa a seguir. Depois, responda às questões.

Os mapas produzidos antigamente, no período da expansão das rotas do comércio, são bastante diferentes dos mapas produzidos atualmente. Antigamente, os mapas eram, muitas vezes, feitos à mão e repletos de ilustrações dos elementos presentes no local representado. Alguns mapas traziam monstros marinhos e seres fantásticos, que ilustravam a crença nos perigos dos mares e dos lugares desconhecidos.

Um exemplo é o mapa do continente americano produzido pelo europeu Joducus Hondius, em 1606. Ele foi considerado um dos mapas mais importantes na época pela quantidade de informações que traz e também pela sua beleza. No mapa, há ilustrações de animais ou monstros marinhos, indígenas e embarcações europeias, além de representações da forma como os europeus viam o modo de vida dos nativos.

Imagem: Ilustração. Um mapa na horizontal de cor bege, com o título na parte superior: América e abaixo, América do norte com parte em bege, mais abaixo, América Central e mais abaixo, América do Sul, com parte verde à noroeste e marrom à leste. No oceano, embarcações antigas de cor marrom. Mais à esquerda, homens e mulheres de pele morena, alguns agachados.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mapa da América produzido por Joducus Hondius em 1606. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é o assunto tratado no texto?
  1. Quem produziu o mapa? Em que ano?
  1. Atualmente, os mapas apresentam a rosa dos ventos, que auxilia na orientação e na localização espacial. Desenhe no caderno a rosa dos ventos abaixo, indicando os pontos laterais e os pontos colaterais. Elabore também uma legenda com o nome de cada ponto.
Imagem: Ilustração. Rosa dos ventos de cor amarelo e laranja. À frente, estrela com quatro pontas e atrás, outras quatro pontas, totalizando oito pontas. Fim da imagem.