MP003
Sumário
Seção introdutória, p. MP004
Os componentes desta coleção, p. MP004
Livro do Estudante, p. MP004
Manual do Professor, p. MP004
A proposta didática desta coleção, p. MP004
Ciências Humanas: o ensino integrado de História e Geografia, p. MP004
Os objetivos do ensino de Ciências Humanas, p. MP006
O trabalho com as competências, p. MP007
O trabalho com as habilidades, p. MP009
Visão geral dos conteúdos, p. MP010
Princípios norteadores desta coleção, p. MP017
Os conteúdos temáticos, p. MP017
O domínio da linguagem: literacia e numeracia, p. MP017
A educação em valores e temas contemporâneos, p. MP018
A avaliação, p. MP019
A estrutura dos livros, p. MP020
Para começar, p. MP020
Abertura da unidade, p. MP021
Investigar o assunto, p. MP021
Desenvolvimento dos conteúdos e das atividades, p. MP021
Para ler e escrever melhor, p. MP021
O mundo que queremos, p. MP021
Vamos fazer, p. MP021
Painel multicultural, p. MP021
O que você aprendeu, p. MP021
Para terminar, p. MP021
Referências bibliográficas, p. MP022
Orientações específicas, p. MP025
Conheça a parte específica deste Manual, p. MP025
Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento e Habilidades trabalhados neste livro, p. MP027
Tema atual de relevância trabalhado neste livro, p. MP028
Unidade 1 – Os seres humanos e a natureza, p. MP042
Unidade 2 – O comércio e as rotas, p. MP090
Unidade 3 – O território brasileiro, p. MP134
Unidade 4 – A cultura e a identidade brasileiras, p. MP184
MP004
Comentários para o professor
SEÇÃO INTRODUTÓRIA
Os componentes desta coleção
Esta coleção oferece instrumentos com diferentes objetivos para o desenvolvimento das propostas pedagógicas. As estratégias de aula, guiadas por competências e habilidades, assim como a avaliação e o acompanhamento das aprendizagens dos estudantes, podem ser construídas por meio da mobilização dos conteúdos do Livro do Estudante, apoiados pelas orientações fornecidas no Manual do Professor.
Livro do Estudante
Formam a parte principal desta coleção os cinco volumes do Livro do Estudante, do 1º ao 5º ano. O conteúdo de cada volume é organizado em quatro unidades que compreendem um conjunto de capítulos, cuja proposta é detalhada no item “A estrutura dos livros” (páginas MP020 e MP021).
Manual do Professor
Este Manual do Professor foi elaborado com a finalidade de auxiliar o professor na utilização dos livros da coleção e na realização de propostas de trabalho complementares. O conteúdo está organizado em duas partes.
A primeira parte, a “Seção Introdutória” aqui apresentada, expõe a proposta da coleção para o ensino de Ciências Humanas, descreve os princípios norteadores da coleção, apresenta a estrutura dos livros e explicita a concepção de avaliação adotada.
A segunda parte deste Manual compreende as orientações específicas de trabalho relativo a cada página e seção do Livro do Estudante, com explicações de caráter prático referentes às atividades propostas, incluindo considerações pedagógicas a respeito de eventuais dificuldades que os estudantes possam apresentar durante a resolução e oferecendo alternativas para a consolidação do conhecimento dos temas contemplados.
A parte específica do Manual do Professor apresenta sugestões de abordagem e, em momentos estratégicos, atividades preparatórias para a realização dos conteúdos desenvolvidos ao longo do Livro do Estudante. O material também oferece sugestões de atividades complementares, jogos e brincadeiras, além de alternativas para ampliar, aprofundar, adaptar e promover variações nos conteúdos dispostos no Livro do Estudante.
Há, ainda, orientações relativas à literacia, indicação das habilidades correspondentes às propostas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) contempladas em cada parte do conteúdo e a proposição de avaliações e monitoramento da aprendizagem para os objetivos pedagógicos trabalhados, o que possibilita acompanhar os avanços e as conquistas dos estudantes.
A proposta didática desta coleção
Ciências Humanas: o ensino integrado de História e Geografia
Na área da educação, o debate sobre os conteúdos que compõem o currículo escolar, bem como a organização desses conhecimentos, são discussões que estão longe de serem novas. A especialização das áreas de conhecimento, assim como o diálogo e a interação entre elas, são aspectos que vêm sendo discutidos há muito tempo, em diferentes contextos socioculturais e político-econômicos.
No âmbito desse debate, no decorrer do século XX, surgiram diversas críticas relacionadas à fragmentação do conhecimento nas práticas escolares. A partir dos anos 1960, a necessidade de se promover maior inter-relação das disciplinas escolares tornou-se uma questão central em diferentes fóruns educacionais. Conceitos como interdisciplinaridade e transdisciplinaridade passaram a nortear iniciativas e diretrizes de renovação curricular nas diferentes etapas da vida escolar.
Conforme expressou o filósofo e educador Hilton Japiassu (1934-2015), nesse período as discussões sobre a especialização da produção científica do conhecimento e da diversificação das disciplinas apontavam, com preocupação, seus desdobramentos no campo da educação. A especialização excessiva poderia contribuir para a formação de indivíduos alienados em face dos problemas e desafios do seu tempo, desprovidos de capacidade crítica para atuar como cidadãos.
• Geografia e História: espaço e tempo
O espaço e o tempo, objetos por excelência da Geografia e da História, estiveram profundamente imbricados nas abordagens científicas desde as origens desses campos disciplinares. Até o século XVIII, as fronteiras entre os saberes tinham menos importância. Humanistas, inventores, artistas, naturalistas, cientistas, enciclopedistas, homens e mulheres de letras transitavam pelo mundo do conhecimento sem a preocupação de filiar-se a um campo específico, a uma especialidade. O século XIX introduziu o princípio da segmentação e da legitimação de determinados campos do saber e das ciências. Ainda assim, Geografia e História seguiram caminhando lado a lado, formalmente integradas em diversas instâncias.
MP005
Em nosso país, o ano de 1838 viu nascer o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), destinado a dotar a jovem nação, recém-independente de Portugal, de pesquisas sobre seu passado, seu território, sua população. Os trabalhos em curso no IHGB serviram de base para organizar o currículo e dotar de manuais escolares o Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro, então capital do país. Na longeva trajetória dessa instituição de ensino, Geografia e História estiveram, por muito tempo, diretamente interligadas.
No Ensino Superior, o caminho não foi diferente. Os cursos de História e Geografia nasceram entrelaçados na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras que, na década de 1930, deu origem à Universidade de São Paulo. Somente em meados da década de 1950 foram desmembrados como cursos de História e Geografia, mas seguem ocupando o mesmo edifício. Em países estrangeiros, por muito tempo as universidades mantiveram integradas a formação em História e Geografia. O olhar especializado do pesquisador, talvez futuro professor, sobre o tempo desdobrava-se em um olhar especializado sobre o espaço.
Se, como campos de conhecimento, a Geografia e a História foram construindo fronteiras bem demarcadas ao longo dos séculos XX e XXI, movimentos teóricos no âmbito de cada um desses campos, bem como no campo da Educação, ensejaram reaproximações.
• Um caminho para a integração
A partir da década de 1990, é possível perceber uma ampliação das discussões no sentido de estabelecer grandes áreas de conhecimento nos currículos escolares da Educação Básica.
Nesse período, ocorreu um movimento de renovação pedagógica que esteve na base da adoção dos chamados temas transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais, buscando promover aproximação e entrelaçamentos das várias disciplinas escolares. Também nesse período, houve uma considerável ampliação dos trabalhos em Educação voltados à definição dos fundamentos teóricos da interdisciplinaridade e a identificação das possibilidades e dos desafios nos processos que procuravam dar corpo a ela. Diante das mudanças provocadas pelo processo de globalização, assim como das mudanças em curso nos paradigmas epistemológicos e científicos, parecia fazer mais sentido um currículo em que o conhecimento estivesse interligado, valorizando uma visão abrangente dos fenômenos, da cultura, da história e da sociedade.
Na documentação oficial, as propostas de renovação pedagógica ganharam expressão com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, em 1996, e da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1998.
Além de organizar o ensino brasileiro da Educação Infantil até o Ensino Superior, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação dispõe que “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” e que o ensino deve preparar tanto para a vida como para o trabalho.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, por sua vez, destacaram alguns temas para a prática escolar da Educação Básica que se relacionavam a problemáticas sociais e ambientais e abriram caminho para que o processo de aprendizagem envolvesse uma reflexão sobre valores. Esses temas são chamados temas transversais.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, os temas transversais ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho e consumo são temas amplos que permitem uma diversidade de abordagens e abarcam questões em debate na sociedade e conteúdos relacionados à vida cotidiana do estudante. Esses temas permitem um envolvimento de diferentes áreas do conhecimento, sendo praticamente impossível trabalhá-los com a visão de apenas um componente curricular.
Um aspecto importante do trabalho com temas contemporâneos e próximos à realidade dos estudantes é a possibilidade de desenvolver reflexões sobre as diferentes realidades e modos de vida dos seres humanos. O exercício de comparação e reflexão, seguido da elaboração de explicações que considerem o contexto histórico, político, social e ambiental, possibilita aos estudantes a construção da capacidade de argumentação e o desenvolvimento do olhar crítico.
Pode-se concluir, assim, que as demandas por um ensino que promovesse a aproximação do indivíduo com o “mundo real” encontraram ressonância nos princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
• Ciências Humanas na BNCC
Nos anos 2010, remontando à Constituição de 1988, cujo artigo 210 previa a criação de uma Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental, um novo documento passou a ser gestado por órgãos do Governo Federal, envolvendo ampla discussão pública e a participação de diferentes entidades da sociedade civil. O texto final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nas seções dedicadas à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, foi formalmente aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologado pelo Ministério da Educação (MEC) em dezembro de 2017. Na Introdução do documento, destaca-se:
MP006
Boxe complementar:
PROFESSOR
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 7.
Fim do complemento.
Orientada por esses princípios, a BNCC persistiu na direção que vinha sendo apontada por documentos normativos anteriores, reafirmando a importância de se promover no país uma educação integral que favoreça o desenvolvimento de competências fundamentais e que situe as disciplinas escolares – os chamados componentes curriculares – no âmbito de áreas mais abrangentes do conhecimento.
Ao mesmo tempo, a BNCC incorporou outra ênfase dos documentos normativos sobre educação produzidos no Brasil na passagem do século XX ao XXI, qual seja, a da relevância de se promover a alfabetização e a “alfabetização científica” nos anos iniciais do Ensino Fundamental, em todas as áreas do conhecimento.
Em documentos oficiais, a abordagem da alfabetização foi um dos motivos para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, buscando promover a alfabetização também nas áreas do conhecimento, como contextos para a ampliação do processo de letramento.
Coadunando com essas abordagens, a BNCC contempla o diálogo permanente entre as concepções de espaço e tempo que renovam o olhar das narrativas históricas e das abordagens geográficas. Assim, Geografia e História conformam componentes curriculares específicos, mas integrados em uma mesma área de conhecimento – as Ciências Humanas.
Boxe complementar:
PROFESSOR
A área de Ciências Humanas contribui para que os alunos desenvolvam a cognição in situ, ou seja, sem prescindir da contextualização marcada pelas noções de tempo e espaço, conceitos fundamentais da área. Cognição e contexto são, assim, categorias elaboradas conjuntamente, em meio a circunstâncias históricas específicas, nas quais a diversidade humana deve ganhar especial destaque, com vistas ao acolhimento da diferença.
O raciocínio espaço-temporal baseia-se na ideia de que o ser humano produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em determinada circunstância histórica. A capacidade de identificação dessa circunstância impõe-se como condição para que o ser humano compreenda, interprete e avalie os significados das ações realizadas no passado ou no presente, o que o torna responsável tanto pelo saber produzido quanto pelo controle dos fenômenos naturais e históricos dos quais é agente. A abordagem das relações espaciais e o consequente desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal no ensino de Ciências Humanas devem favorecer a compreensão, pelos alunos, dos tempos sociais e da natureza e de suas relações com os espaços.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 353.
Fim do complemento.
Na perspectiva da BNCC, os componentes História e Geografia, da área de Ciências Humanas, prestam-se ao trabalho de exercício da crítica sistemática à ação humana, às relações sociais e de poder, favorecendo “uma melhor compreensão do mundo” e a possibilidade de uma “intervenção mais responsável” do indivíduo sobre o mundo. A História promove uma reflexão sobre os grupos humanos e as relações que estabelecem suas formas de organização e modos de vida em diferentes tempos e espaços. A Geografia possibilita a compreensão do espaço geográfico como a materialização dos tempos da vida social, uma construção resultante da relação entre a sociedade e a natureza.
Os objetivos do ensino de Ciências Humanas
O raciocínio geográfico e a atitude historiadora definem o percurso que se apresenta ao estudante no trabalho educacional proposto na coleção, partindo de perguntas que o levam a situar-se no tempo e no espaço biográficos e que se abrem aos poucos para planos mais amplos.
Em todos os livros que compõem a obra, os componentes Geografia e História não estão separados em blocos específicos, que o estudante deva enfocar alternadamente. Ao contrário, entrecruzam-se na abordagem dos temas estabelecidos para cada unidade e capítulo. O olhar vivo e interessado para si e para o mundo mobiliza indagações sobre o onde, por que, como e para que, suscitando processos de identificação, comparação, interpretação e reflexão que servem de base para a construção de categorias espaciais e temporais, para conceitos geográficos e históricos. Acreditamos ser esta a mais fértil integração, nos anos iniciais de formação do estudante, entre componentes curriculares que conformam uma única área do conhecimento. Os saberes e as competências específicos de cada um dos componentes vão se delineando progressivamente, sem sufocar a percepção e a experiência integradoras da criança em relação a si mesma e ao seu entorno.
MP007
Seguindo esse percurso, pretende-se possibilitar aos estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental:
- Conhecer conceitos científicos básicos com os quais poderá entender o ser humano e o ambiente.
- Reconhecer o ser humano como parte integrante e sujeito do processo de construção/reconstrução do ambiente, adquirindo maior consciência das alterações ambientais.
- Compreender o uso das tecnologias como meio para suprir necessidades humanas e desenvolver senso crítico para avaliar seus impactos.
- Compreender a realidade como resultado da interação entre sociedade e natureza, numa dimensão histórica e cultural.
- Apropriar-se de métodos de pesquisa e de produção de textos, aprendendo a observar, descrever, registrar, formular hipóteses, comparar, relacionar, analisar, diagnosticar e propor soluções, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.
- Reconhecer métodos e procedimentos próprios da elaboração do conhecimento científico, como a atitude investigativa, a observação, o levantamento de dados, o registro de ideias, a interpretação crítica das fontes e o estabelecimento de comparações.
- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade essencialmente humana.
- Conhecer e utilizar a linguagem cartográfica como instrumento de representação, leitura e interpretação do espaço.
- Reconhecer referenciais espaciais de orientação e localização.
- Reconhecer a posição relativa dos acontecimentos no tempo, assim como a simultaneidade, a antecedência, a sucessão e a ordenação de fatos relativos a um ponto de referência determinado.
- Compreender a construção do conceito de tempo histórico por meio das relações entre passado, presente e futuro.
- Reconhecer os grupos de convívio e a relação deles com diversos tempos e espaços.
- Compreender que os acontecimentos se desenvolvem em diferentes tempos históricos.
- Formular explicações para questões do presente e do passado a partir da compreensão dos processos históricos.
- Analisar diferentes documentos históricos compreendendo sua historicidade.
- Compreender os diversos registros escritos, sonoros e iconográficos como fontes de pesquisa e conhecimento histórico.
- Reconhecer o trabalho humano e a materialização de diferentes tempos no espaço.
- Perceber mudanças e permanências na própria realidade, estendendo essa perspectiva a outros modos de vida próximos ou distantes no tempo e no espaço.
- Reconhecer o modo de vida de variados grupos sociais por meio de suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais em diferentes tempos e espaços.
- Reconhecer, respeitar e valorizar o modo de vida e a cultura de diferentes grupos sociais.
- Reconhecer e respeitar a diversidade e as manifestações culturais dos povos como patrimônio
sociocultural
a ser preservado.
O trabalho com as competências
Nesta coleção, reafirma-se que os conteúdos temáticos e as atividades foram elaborados com o propósito de desenvolver as competências e as habilidades previstas na BNCC.
De acordo com a BNCC 1 , a noção de competência está relacionada com a “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.
São dez as competências gerais estipuladas na BNCC, inter-relacionadas e pertinentes a todos os componentes curriculares, que os estudantes deverão desenvolver para garantir, ao longo de sua trajetória escolar, uma formação humana integral que visa à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
A partir desses horizontes comuns à totalidade da educação escolar, a BNCC organiza o Ensino Fundamental em quatro diferentes áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas), favorecendo a articulação dos diferentes componentes curriculares. A cada uma dessas áreas correspondem competências específicas que devem ser desenvolvidas em consonância com as competências gerais.
No caso das Ciências Humanas, espera-se que os estudantes desenvolvam o conhecimento a partir da contextualização marcada pelas noções de espaço e tempo, conceitos fundamentais da área. De acordo com a BNCC, o conhecimento baseado nessas noções promove o raciocínio espaço-temporal, por meio do qual se entende que a sociedade produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em diferentes contextos históricos. A capacidade de identificar esses contextos é a condição para que o ser humano compreenda, interprete e avalie os significados das ações realizadas no passado e/ou no presente, o que o torna responsável tanto pelo saber produzido quanto pelo entendimento dos fenômenos naturais e históricos dos quais é parte.
Geografia e História, os dois componentes curriculares que integram a área de Ciências Humanas nos anos iniciais do Ensino Fundamental, compartilham competências que distinguem a área e, por outro lado, guardam competências específicas a serem desenvolvidas pelos estudantes ao longo dessa etapa de escolarização.
A seguir, apresentamos um quadro que indica quais são as Competências Gerais da Educação Básica, as Competências Específicas de Ciências Humanas e as Competências Específicas de História e de Geografia para o Ensino Fundamental, elencadas na BNCC.
Nota de rodapé: 1. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 8. Fim da nota.
MP008
Quadro: equivalente textual a seguir.
Competências Gerais da Educação Básica |
Competências Específicas de Ciências Humanas |
Competências Específicas de História |
Competências Específicas de Geografia |
---|---|---|---|
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. |
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. |
1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. |
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. |
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. |
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. |
2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica. |
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. |
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. |
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. |
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. |
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. |
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. |
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. |
4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. |
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. |
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. |
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. |
5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações. |
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. |
MP009
Quadro: equivalente textual a seguir.
Competências Gerais da Educação Básica |
Competências Específicas de Ciências Humanas |
Competências Específicas de História |
Competências Específicas de Geografia |
---|---|---|---|
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. |
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. |
6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica. |
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. |
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. |
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. |
7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais. |
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. |
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. |
|||
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. |
|||
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. |
O trabalho com as habilidades
Para garantir o desenvolvimento das competências gerais e específicas previstas na BNCC, os diferentes componentes curriculares apresentam um conjunto de objetos de conhecimento e habilidades.
Segundo a BNCC, os objetos de conhecimento “são entendidos como conteúdos, conceitos e processos”, enquanto as habilidades “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 28-29).
Apresentamos, nos quadros do tópico “Visão geral dos conteúdos”, a seguir, a relação das unidades temáticas, dos objetos de conhecimento e das habilidades previstos na BNCC para os componentes curriculares História e Geografia, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, trabalhados em cada Unidade do Livro do Estudante.
MP010
Visão geral dos conteúdos
Nesta coleção, os conteúdos distribuídos entre os volumes atendem às expectativas de desenvolvimento das competências gerais da Educação Básica, das competências específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental e das competências específicas de História e de Geografia para o Ensino Fundamental propostas pela BNCC. A articulação dessas competências ampara ainda, no âmbito da BNCC, a proposição de unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades, contemplados em perspectiva progressiva nos cinco volumes desta coleção.
Por meio dos materiais oferecidos pela coleção, os agentes de aprendizagem, em especial professores e estudantes, encontram o respaldo necessário para incorporar à dinâmica das aulas os temas pulsantes no mundo contemporâneo e as inquietações que envolvem os lugares de vivência e os circuitos sociais que compõem a comunidade escolar.
As unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades estabelecidos na BNCC para os anos iniciais do Ensino Fundamental, em História e Geografia, evidenciam a existência de conexões entre conteúdos com previsão de abordagem em anos diferentes por meio de recorrências, aprofundamentos e extrapolações. Desse modo, os cinco volumes do Livro do Estudante que compõem esta coleção favorecem a progressão da aprendizagem, propondo abordagens que conduzem ao desenvolvimento de novos objetos de conhecimento e novas habilidades para explorar os conteúdos abrangidos pelas unidades temáticas em cada ano letivo.
O quadro a seguir apresenta um panorama dos conteúdos abordados neste volume, associando-os às práticas pedagógicas e aos roteiros de aulas, que serão retomados nas orientações feitas nas “Orientações Específicas” deste Manual. O quadro também indica momentos sugeridos para a realização de etapas da avaliação das aprendizagens.
Quadro: equivalente textual a seguir.
4 º ano |
||||
---|---|---|---|---|
1º bimestre – Unidade 1: Os seres humanos e a natureza Total de aulas previstas: 40 |
||||
BNCC |
||||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
||
Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos |
A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras |
EF04HI01 |
||
EF04HI02 |
||||
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A circulação de pessoas e as transformações no meio natural |
EF04HI04 |
||
Formas de representação e pensamento espacial |
Elementos constitutivos dos mapas |
EF04GE10 |
||
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Conservação e degradação da natureza |
EF04GE11 |
||
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
1 |
2 |
Para começar |
8-11 |
Sondagem do repertório de conhecimentos, das competências e habilidades já dominadas e de outros aspectos relativos ao processo de aprendizagem dos estudantes. |
1 |
2 |
Abertura da Unidade 1: Os seres humanos e a natureza |
12-13 |
Identificação das relações que os seres humanos estabelecem entre si e com a natureza por meio dos antigos vestígios das atividades humanas no território brasileiro. |
2 |
2 |
Investigar o assunto: As intervenções humanas na natureza |
14-15 |
Valorização das políticas de preservação dos sítios arqueológicos. |
2 |
2 |
Abertura do Capítulo 1: A natureza no Brasil O relevo |
16-18 |
Identificação dos aspectos naturais do território brasileiro e as modificações no relevo, na vegetação e nos rios resultantes das intervenções humanas. |
MP011
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
3 |
1 |
A ocupação do espaço e a modificação do relevo |
19 |
Compreensão das principais características do relevo brasileiro. |
3 |
1 |
A vegetação |
20 |
Compreensão das principais características das formações vegetais brasileiras. |
3 |
2 |
A devastação da vegetação brasileira |
21-23 |
Reconhecimento da devastação como um processo iniciado com a colonização do território brasileiro. |
4 |
1 |
Os rios e as regiões hidrográficas |
24 |
Reconhecimento das relações entre os tipos de rios com as formas de relevo, considerando as possibilidades de aproveitamento econômico desses rios. |
4 |
1 |
Os rios brasileiros |
25 |
Identificação das características dos rios brasileiros. |
4 |
1 |
Os rios de planície e os rios de planalto |
26 |
Compreensão das diferenças entre os rios de acordo com a forma de relevo em que se localizam. |
4 |
1 |
A divisão hidrográfica brasileira |
27 |
Identificação das principais características das regiões hidrográficas brasileiras. |
5 |
2 |
O mundo que queremos: Água e saúde |
28-29 |
Compreensão de que a água pode transmitir doenças graves. Valorização da importância da prevenção de doenças relacionada à água. |
5 |
2 |
Abertura do Capítulo 2: Os vestígios das atividades humanas |
30-31 |
Compreensão de que os vestígios deixados pelos seres humanos podem revelar informações sobre sua história. |
6 |
2 |
Fontes históricas |
32-35 |
Identificação de alguns tipos de fonte histórica e de procedimentos de análise deles. |
6 |
2 |
Para ler e escrever melhor: Fontes materiais e imateriais |
36-37 |
Desenvolvimento da capacidade de ler, interpretar e produzir um texto expositivo sobre classificação de fontes históricas. |
7 |
2 |
O desenvolvimento dos seres humanos |
38-39 |
Identificação de alguns aspectos do processo do desenvolvimento dos seres humanos ao longo de milhões de anos. |
7 |
2 |
O povoamento do continente americano |
40-41 |
Compreensão de alguns aspectos do povoamento do continente americano. |
8 |
2 |
A pintura rupestre |
42-43 |
Reconhecimento das pinturas rupestres como vestígios milenares da atividade humana. |
8 |
1 |
O controle do fogo |
44 |
Compreensão da relação entre o processo de sedentarização e o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais pelos seres humanos. |
8 |
1 |
A agricultura e a sedentarização |
45 |
Compreensão da relação entre o processo de sedentarização e o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais pelos seres humanos. |
9 |
2 |
O início da agricultura e da pecuária |
46-49 |
Percepção dos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais pelos seres humanos. |
9 |
1 |
O planejamento da agricultura |
50 |
Reconhecimento da contribuição da observação dos fenômenos cíclicos da natureza, como as fases da Lua e os movimentos da Terra, para a agricultura. |
9 |
1 |
O calendário |
51 |
Associação entre o processo de marcação da passagem do tempo e da elaboração de calendários e a observação do movimento dos astros no céu. |
10 |
2 |
Painel multicultural: Museus pelo mundo |
52-53 |
Identificação de alguns museus de história natural do Brasil e do mundo. Reconhecimento da importância dos museus como instituições de ensino e pesquisa. |
10 |
2 |
O que você aprendeu |
54-57 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
MP012
Quadro: equivalente textual a seguir.
2 o bimestre – Unidade 2: O comércio e as rotas Total de aulas previstas: 36 |
|||
---|---|---|---|
BNCC |
|||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
|
Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos |
A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras |
EF04HI01 |
|
EF04HI02 |
|||
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A invenção do comércio e a circulação de produtos |
EF04HI06 |
|
As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus impactos para a formação de cidades e as transformações do meio natural |
EF04HI07 |
||
Mundo do trabalho |
Produção, circulação e consumo |
EF04GE08 |
|
Formas de representação e pensamento espacia |
Sistema de orientação |
EF04GE09 |
|
Elementos constitutivos dos mapas |
EF04GE10 |
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
11 |
2 |
Abertura da Unidade 2: O comércio e as rotas |
58-59 |
Compreensão da origem do comércio como desenvolvimento das trocas de produtos excedentes. |
11 |
2 |
Investigar o assunto: De onde vêm os alimentos que você consome? |
60-61 |
Reconhecimento de informações contidas em rótulos de alimentos industrializados, bem como da procedência de alguns alimentos consumidos no cotidiano por meio desses rótulos. |
12 |
2 |
Abertura do Capítulo 1: As primeiras cidades e civilizações As primeiras aldeias |
62-64 |
Compreensão do processo de desenvolvimento das primeiras aldeias para a formação de cidades e civilizações. |
12 |
1 |
Civilizações fluviais |
65 |
Compreensão das características das grandes civilizações fluviais da Antiguidade. |
12 |
1 |
A civilização mesopotâmica |
66-67 |
Reconhecimento da importância dos rios para diversas civilizações do passado: mesopotâmica. |
13 |
1 |
A civilização chinesa O rio Amarelo |
68-69 |
Reconhecimento da importância dos rios para diversas civilizações do passado: chinesa. |
13 |
1 |
A civilização harapense O rio Indo |
70-71 |
Reconhecimento da importância dos rios para diversas civilizações do passado: harapense. |
13 |
2 |
A civilização egípcia O comércio egípcio |
72-73 |
Reconhecimento da importância dos rios para diversas civilizações do passado: egípcia. |
14 |
2 |
O domínio das rotas do mar Mediterrâneo Os fenícios O comércio fenício |
74-75 |
Compreensão da importância do mar Mediterrâneo para o estabelecimento de rotas comerciais e de como estas promoveram a ocupação do espaço e a interação entre povos e culturas. Reconhecimento de algumas rotas marítimas de comércio do passado: fenícios e europeus. |
14 |
2 |
O uso da moeda |
76-77 |
Compreensão da história do surgimento da moeda e de sua importância no comércio. |
15 |
2 |
O mundo que queremos: Economia solidária: moeda social e bancos comunitários |
78-79 |
Compreensão da importância da economia solidária e da moeda social, bem como dos bancos comunitários, para o desenvolvimento local. Valorização do trabalho coletivo no processo de desenvolvimento de toda a comunidade. |
15 |
1 |
Abertura do Capítulo 2: O comércio europeu |
80 |
Compreensão do desenvolvimento do comércio europeu a partir da ampliação das rotas marítimas. |
MP013
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
15 |
1 |
A busca pelas Índias |
81 |
Compreensão dos aspectos das navegações europeias nos anos 1500 e 1600. |
16 |
2 |
Para ler e escrever melhor: As especiarias e seus usos |
82-83 |
Identificação de algumas especiarias, de sua origem e de sua importância econômica e cultural no passado e no presente, relacionando o comércio delas às trocas culturais entre países. |
16 |
2 |
Embarcações e equipamentos As caravelas Instrumentos de localização |
84-85 |
Compreensão da importância dos avanços tecnológicos dos instrumentos de navegação para a expansão marítima e a disputa por novas rotas comerciais. |
17 |
2 |
Orientação pelo Sol |
86-87 |
Percepção do movimento aparente do Sol na determinação das direções cardeais leste e oeste e, com base nessas, das direções norte e sul. |
17 |
2 |
Vamos fazer: Um gnômon |
88-89 |
Compreensão da utilização de gnômon para determinar os pontos cardeais, comparando o funcionamento desse instrumento com o da bússola. |
18 |
2 |
As navegações espanholas |
90-91 |
Percepção das contribuições das navegações espanholas para o desenvolvimento de sociedades pelo mundo. |
18 |
2 |
As navegações portuguesas |
92-93 |
Percepção das contribuições das navegações portuguesas para o desenvolvimento de sociedades pelo mundo. |
19 |
2 |
Painel multicultural: A cultura portuguesa pelo mundo |
94-95 |
Reconhecimento dos traços da cultura portuguesa em países colonizados, como Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor Leste. |
19 |
2 |
O que você aprendeu |
96-99 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
Quadro: equivalente textual a seguir.
3 o bimestre – Unidade 3: O território brasileiro Total de aulas previstas: 36 |
||||
---|---|---|---|---|
BNCC |
||||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
||
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A circulação de pessoas e as transformações no meio natural |
EF04HI05 |
||
A invenção do comércio e a circulação de produtos |
EF04HI06 |
|||
As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus impactos para a formação de cidades e as transformações do meio natural |
EF04HI07 |
|||
O sujeito e seu lugar no mundo |
Instâncias do poder público e canais de participação social |
EF04GE03 |
||
Conexões e escalas |
Relação campo e cidade |
EF04GE04 |
||
Unidades político-administrativas do Brasil |
EF04GE05 |
|||
Territórios étnico-culturais |
EF04GE06 |
|||
Mundo do trabalho |
Trabalho no campo e na cidade |
EF04GE07 |
||
Formas de representação e pensamento espacial |
Elementos constitutivos dos mapas |
EF04GE10 |
||
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
20 |
2 |
Abertura da Unidade 3: O território brasileiro |
100-101 |
Compreensão da regionalização do Brasil. |
MP014
Quadro: Equivalente textual à seguir
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
20 |
1 |
Investigar o assunto: O município em foco |
102-103 |
Identificação de alguns dados referentes ao município em que vive. |
20 |
1 |
Abertura do Capítulo 1: A formação do território brasileiro Localização do Brasil |
104 |
Reconhecimento dos oceanos e continentes do planeta Terra. |
21 |
1 |
Paralelos e meridianos facilitam a localização |
105 |
Reconhecimento do Brasil nos hemisférios. |
21 |
1 |
O Brasil no continente americano O Brasil é um país sul-americano |
106-107 |
Compreensão de que o Brasil é um país da América do Sul e que esta é uma subdivisão da América. |
21 |
1 |
A extensão territorial do Brasil |
108 |
Compreensão da extensão territorial do Brasil. |
21 |
1 |
O Tratado de Tordesilhas |
109 |
Reconhecimento dos limites territoriais entre Portugal e Espanha estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas. |
22 |
1 |
A colonização do Brasil As capitanias hereditárias |
110 |
Percepção da dinâmica da organização do território brasileiro ao longo do tempo, entendendo o seu processo de formação. Compreensão do processo de ocupação colonial do território português na América e o contexto da criação das capitanias hereditárias. |
22 |
1 |
Os primeiros contatos entre indígenas e portugueses |
111-112 |
Reconhecimento dos principais aspectos da colonização do Brasil. |
22 |
1 |
O contato entre indígenas e franceses |
113 |
Caracterização das relações entre indígenas e franceses. |
22 |
1 |
A mão de obra indígena Redução da população e do território indígena |
114-115 |
Caracterização das relações entre indígenas e portugueses. Reconhecimento das formas de resistência à escravização de indígenas. |
23 |
2 |
Para ler e escrever melhor: A violência contra os indígenas |
116-117 |
Identificação de contextos de violência contra os povos indígenas na história do Brasil, reconhecendo alguns dos direitos fundamentais desses povos na atualidade. |
23 |
1 |
O tráfico de africanos Os africanos no Brasil |
118-119 |
Compreensão do contexto do tráfico de africanos para o Brasil. Reconhecimento das formas de resistência à escravização de africanos. |
23 |
1 |
Os produtos da colônia A indústria açucareira Os holandeses e a produção de açúcar |
120-121 |
Compreensão das relações entre a expansão das fronteiras e as atividades econômicas desenvolvidas na colônia: a indústria açucareira. |
24 |
1 |
A mineração Os tropeiros e o abastecimento das minas |
122-123 |
Compreensão das relações entre a expansão das fronteiras e as atividades econômicas desenvolvidas na colônia: a mineração. |
24 |
2 |
A expansão para o interior Entradas e bandeiras |
124-126 |
Compreensão de aspectos da expansão territorial , da interiorização do Brasil – as entradas, as bandeiras e as monções – e das dinâmicas da constituição da sociedade colonial. |
24 |
1 |
As monções |
127 |
Compreensão de aspectos da expansão territorial e da interiorização do Brasil por meio das monções. |
25 |
2 |
Abertura do Capítulo 2: A organização do território brasileiro As unidades federativas |
128-129 |
Identificação da atual divisão política do Brasil e suas unidades federativas. |
25 |
1 |
A divisão regional do Brasil |
130 |
Identificação da dinâmica da organização do espaço brasileiro ao longo do tempo. |
25 |
1 |
Características das grandes regiões brasileiras |
131 |
Compreensão dos critérios de regionalização no Brasil. |
26 |
2 |
Para ler e escrever melhor: As divisões regionais do Brasil |
132-133 |
Desenvolvimento da capacidade de ler e compreender estruturado texto expositivo com estrutura de sequência temporal, bem como de analisar, selecionar e organizar informações contidas no texto e em mapas separando-as em um organizador gráfico (quadro). |
MP015
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
26 |
2 |
O município A relação entre o campo e a cidade |
134-135 |
Compreensão das características e das inter-relações dos espaços urbano e rural no município. |
27 |
1 |
Quem administra o município |
136-137 |
Reconhecimento de quem administra o município e como ele é escolhido. Valorização da participação da população nas questões municipais. |
27 |
2 |
Vamos fazer: Eleição na sala de aula |
138-139 |
Compreensão das características do processo eleitoral. |
27 |
1 |
Territórios indígenas e quilombolas As Terras Indígenas |
140 |
Compreensão da cultura e da identidade dos povos indígenas e das comunidades quilombolas. Reconhecimento dos territórios indígenas como direitos desses povos. |
28 |
1 |
As comunidades quilombolas |
141 |
Reconhecimento das comunidades quilombolas como direitos desses povos. |
28 |
1 |
Painel multicultural: Pontos turísticos no Brasil |
142-143 |
Identificação de alguns dos pontos turísticos brasileiros, bem como do local de vivência, reconhecendo a importância da preservação cultural patrimonial. |
28 |
2 |
O que você aprendeu |
144-147 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
Quadro: equivalente textual a seguir.
Quadro: equivalente textual a seguir.
4º bimestre – Unidade 4: A cultura e a identidade brasileiras Total de aulas previstas: 40 |
||||
---|---|---|---|---|
BNCC |
||||
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
||
Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos |
O passado e o presente: a noção de permanência e as lentas transformações sociais e culturais |
EF04HI03 |
||
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A circulação de pessoas e as transformações no meio natural |
EF04HI05 |
||
O mundo da tecnologia: a integração de pessoas e as exclusões sociais e culturais |
EF04HI08 |
|||
As questões históricas relativas às migrações |
O surgimento da espécie humana no continente africano e sua expansão pelo mundo |
EF04HI09 |
||
Os processos migratórios para a formação do Brasil: os grupos indígenas, a presença portuguesa e a diáspora forçada dos africanos Os processos migratórios do final do século XIX e início do século XX no Brasil As dinâmicas internas de migração no Brasil a partir dos anos 1960 |
EF04HI10 |
|||
EF04HI11 |
||||
O sujeito e seu lugar no mundo |
Território e diversidade cultural |
EF04GE01 |
||
Processos migratórios no Brasil |
EF04GE02 |
|||
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
29 |
2 |
Abertura da Unidade 4: A cultura e a identidade brasileiras |
148-149 |
Reconhecimento da importância dos diferentes povos para a formação da sociedade brasileira. |
MP016
Quadro: equivalente textual a seguir.
Cronograma |
Conteúdos |
Páginas |
Práticas pedagógicas |
|
---|---|---|---|---|
Semanas |
Aulas previstas |
|||
29 |
2 |
Investigar o assunto: Histórias de imigrantes |
150-151 |
Compreensão dos conceitos de emigração, imigração e migração. |
30 |
2 |
Abertura do Capítulo 1: A formação da população brasileira |
152-153 |
Identificação das matrizes étnico-culturais de formação do Brasil. Reconhecimento da heterogeneidade dos povos europeus, indígenas e africanos. |
30 |
2 |
A imigração no Brasil |
154-157 |
Compreensão de que a população brasileira foi formada por fluxos migratórios. |
31 |
2 |
|||
31 |
2 |
Para ler e escrever melhor: As colônias de imigrantes |
158-159 |
Desenvolvimento da capacidade de ler, compreender e interpretar textos variados para a produção de texto comparativo. |
32 |
1 |
A produção de café e a industrialização |
160 |
Identificação dos fluxos de imigração europeia nos anos 1800 e 1900 e sua posterior migração para as cidades. |
32 |
3 |
O crescimento das cidades A especialização dos espaços urbanos |
161-163 |
Compreensão dos aspectos do êxodo rural e sua relação com o crescimento das cidades. |
33 |
2 |
As migrações internas |
164-165 |
Compreensão dos aspectos das migrações internas na formação das populações locais. |
33 |
2 |
Abertura do Capítulo 2: Diversidade cultural brasileira |
166-167 |
Reconhecimento da diversidade da identidade brasileira. |
34 |
1 |
As características da cultura nacional |
168 |
Compreensão da relação entre a formação da cultura brasileira e os fluxos migratórios. |
34 |
1 |
As línguas do Brasil |
169-170 |
Identificação da origem e da função das diferentes línguas faladas no Brasil colonial e do processo de consolidação do português como língua nacional do Brasil. |
34 |
2 |
A música brasileira |
171-173 |
Percepção das características e das influências de diversas culturas na formação da cultura musical brasileira. |
35 |
1 |
|||
35 |
2 |
As festas populares |
174-175 |
Reconhecimento da relação entre algumas práticas, saberes e costumes brasileiros e suas origens étnico-culturais. |
35 |
1 |
Culinária brasileira |
176-179 |
Compreensão da contribuição das diversas culturas para a alimentação e a culinária brasileiras. |
36 |
2 |
|||
36 |
2 |
Para ler e escrever melhor: A história da pizza |
180-181 |
Desenvolvimento da capacidade de ler, compreender, interpretar e produzir texto estruturado em sequência temporal. |
37 |
2 |
Diversidade e identidade |
182-183 |
Valorização da cultura brasileira, compreendendo que ela está em constante transformação. |
37 |
2 |
Painel multicultural: Cidades de imigrantes |
184-185 |
Compreensão dos aspectos da formação, da cultura e da arquitetura de alguns municípios de colonização de imigrantes no Brasil. Reconhecimento do valor turístico de municípios brasileiros colonizados por imigrantes. |
38 |
2 |
O que você aprendeu |
186-187 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
38 |
2 |
Para terminar |
188-191 |
Averiguação da evolução do processo de aprendizagem dos estudantes ao longo do ano letivo, considerando os progressos individuais em relação ao domínio dos conteúdos, à aquisição de competências e habilidades e à superação de dificuldades. |
MP017
Princípios norteadores desta coleção
Os conteúdos temáticos
Ao iniciar o Ensino Fundamental, o estudante têm vivências, saberes, interesses e curiosidades que devem ser valorizados e mobilizados. Esta coleção foi concebida tendo como ponto de partida o reconhecimento desse fato e o propósito de desenvolver uma abordagem integrada de História e Geografia por meio de conteúdos temáticos e de atividades capazes de contribuir para o desenvolvimento das competências e das habilidades previstas na BNCC.
As unidades temáticas da Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental exploram situações que propiciam ao estudante levantar questões sobre si, as pessoas, o lugar onde vive e os objetos. O componente curricular História, por sua vez, dirige suas perguntas à relação das pessoas e objetos com o tempo, inicialmente também com o foco no “Eu” e, aos poucos, ampliando a escala para a percepção do “Outro” e do “Nós”.
A coleção traz um repertório de conteúdos apresentados de maneira clara e objetiva, de modo a estimular a reflexão a respeito de questões que envolvam a participação individual ou coletiva na sociedade. Dessa forma, o material didático auxilia o trabalho do professor na construção do diálogo entre a teoria e a prática na sala de aula.
Para isso, são propostas situações de aprendizagem que valorizam o conhecimento prévio do estudante e a interação com o objeto de estudo, incentivando a formulação e a organização de ideias, a expressão oral e escrita, com pleno uso da linguagem, formando cidadãos aptos à participação social efetiva.
O domínio da linguagem: literacia e numeracia
A elaboração desta coleção também foi guiada pelo entendimento de que o domínio da linguagem – leitura, escrita e oralidade – e do pensamento matemático – raciocínio lógico – constitui ferramenta de grande valia para a compreensão da realidade, além de facilitar a inserção do indivíduo na vida em sociedade.
Todos sabem da importância da literacia e da numeracia e do papel central da escola no ensino da literacia. A escola tem papel fundamental no processo de reversão das dificuldades e deficiências dos estudantes em leitura e escrita, já que se constitui como um espaço de interação de conhecimentos provenientes de diferentes áreas.
• Literacia
A importância da literacia e o papel central da escola em seu ensino são enfatizados nos Parâmetros Curriculares Nacionais:
Boxe complementar:
PROFESSOR
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística, são condições de possibilidade de plena participação social. Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, produzem cultura. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todos os alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília, DF: MEC, 1998. p. 19.
Fim do complemento.
Reconhecendo a importância do papel da escola no ensino da língua como base para o desenvolvimento de cidadãos críticos e participativos, acreditamos que o professor, como organizador de situações de mediação entre o objeto de conhecimento e o estudante, tenha como princípio trabalhar a linguagem como uma atividade contínua, qualquer que seja a disciplina. Esse princípio orientou também a elaboração desta coleção didática.
A escola tem papel fundamental no processo de domínio da linguagem pelo estudante, já que se constitui como um espaço de interação de conhecimentos provenientes de diferentes áreas. Nesse sentido, Paulo Coimbra Guedes e Jane Mari de Souza afirmam que “ler e escrever são tarefas da escola, questões para todas as áreas, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação de um estudante”.
Assim, entendemos que o ensino integrado de História e Geografia pode contribuir para o domínio da linguagem nos eixos da leitura, da escrita e da oralidade. Acreditamos que a aprendizagem dos conteúdos próprios desses componentes curriculares é potencializada quando o estudante, ao desenvolver essas competências linguísticas, compreende melhor o que lê e o que ouve, mobiliza as habilidades necessárias para resolver as atividades propostas, reconhece e utiliza vocabulário específico, consegue descrever paisagens e fenômenos da sociedade ou da própria natureza, discute ou argumenta oralmente a respeito de um assunto, justifica este ou aquele posicionamento mediante um argumento, produz textos expositivos e instrucionais, escreve bilhetes etc., ao mesmo tempo que reflete sobre os assuntos e os comunica.
Dessa maneira, surge como ponto fundamental o trabalho com a literacia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. De acordo com a Política Nacional de Alfabetização (PNA), o aprendizado de leitura e escrita se dá aos poucos, sendo desenvolvido antes, durante e após a alfabetização. No 1º ano do Ensino Fundamental:
MP018
Boxe complementar:
PROFESSOR
[...] está a literacia básica, que inclui a aquisição das habilidades fundamentais para a alfabetização (literacia emergente), como o conhecimento de vocabulário e a consciência fonológica, bem como as habilidades adquiridas durante a alfabetização, isto é, a aquisição das habilidades de leitura (decodificação) e de escrita (codificação). No processo de aprendizagem, essas habilidades básicas devem ser consolidadas para que a criança possa acessar conhecimentos mais complexos.
[...] a literacia intermediária (do 2º ao 5º ano do ensino fundamental), abrange habilidades mais avançadas, como a fluência em leitura oral, que é necessária para a compreensão de textos.
[na literacia disciplinar] (do 6º ano ao ensino médio), está o nível [...] onde se encontram as habilidades de leitura aplicáveis a conteúdos específicos de disciplinas, como geografia, biologia e história.
BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília, DF: MEC, 2019. p. 21.
Fim do complemento.
É sob esse enfoque que esta coleção propõe atividades que visam explorar a literacia básica no 1º ano e, nos anos subsequentes, a literacia intermediária. O foco do estudo recai sobre três aspectos: a leitura, a escrita e a oralidade. Comentamos esses aspectos a seguir, procurando evidenciar de que forma os conteúdos apresentados poderão ser usados como objeto para reflexão sobre a literacia.
Para isso, foram focalizados três aspectos: leitura e compreensão; produção de escrita; oralidade e fluência em leitura oral.
Leitura e compreensão
Antecipar informações e acionar os conhecimentos que se tem sobre o assunto em pauta são capacidades leitoras importantes para a formação do leitor proficiente. Nesta coleção, esse aspecto é trabalhado não apenas com base em textos verbais, mas também na leitura de imagens. O objetivo é auxiliar o estudante a perceber que as diferentes linguagens (verbal e não verbal) se relacionam na construção do sentido global.
Também nesse sentido, os textos de apresentação dos conteúdos têm estrutura clara e linguagem concisa e acessível aos estudantes. As atividades são voltadas à compreensão e à reflexão sobre os conteúdos.
Produção de escrita
A proposta de produção textual parte da leitura e análise da estrutura de um texto, procedimentos estes que servirão de base para a escrita do estudante, tanto em relação à forma como ao conteúdo, geralmente relacionado com o tema da unidade. Esse trabalho ocorre especialmente na seção Para ler e escrever melhor, nos livros do 2º ao 5º ano.
Em outros momentos, além dessa seção, há atividades em que é solicitada a produção de palavras, frases e pequenos textos (ou suportes) de circulação social, como relato, lista, cartaz, resultado de pesquisa, entre outros.
Oralidade e fluência em leitura oral
O trabalho com a oralidade é favorecido especialmente na abertura das unidades, por meio de atividades de leitura de imagens e de ativação de conhecimentos prévios relacionados aos temas que serão abordados.
Há também situações diversas de comunicação oral em que o estudante faz relatos, desenvolve exposições e argumentações e realiza entrevistas, entre outros gêneros orais.
Nesse trabalho, objetiva-se auxiliar o estudante a perceber a importância da organização das ideias para a eficácia na comunicação e a defesa do seu ponto de vista, e também a adotar atitudes e procedimentos em momentos de interação, como o uso de linguagem adequada à situação de comunicação, a escuta atenta e o respeito à opinião dos colegas.
Assim, os estudantes partilham seus pontos de vista, organizam o pensamento e agregam informações novas ao seu repertório. Daí a importância de encorajá-los a trocar informações em um ambiente em que se estabeleça, como princípio básico, o respeito à diversidade de opiniões.
O trabalho com a linguagem nesta coleção, portanto, pretende promover maior reflexão, de forma que a aprendizagem dos conteúdos seja potencializada.
• Numeracia
É papel da escola e da família o ensino de Matemática, área do conhecimento essencial para a formação de cidadãos ativos e críticos. Acreditamos que as competências relativas à numeracia são inerentes ao estudo das relações espaço-temporais, campo no qual se integram os componentes curriculares das Ciências Humanas. A aquisição e a prática do pensamento matemático contribuem para o desvendamento desse campo, permitindo ao estudante compreender melhor o mundo em que vive, à medida que mobiliza habilidades necessárias para analisar e resolver problemas com o recurso, por exemplo, dos números, das operações matemáticas elementares, das noções de posicionamento e do próprio raciocínio lógico-matemático. Dessa maneira, o trabalho com a “literacia numérica” surge como ponto fundamental nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
É nesse enfoque que esta coleção propõe atividades que visam explorar o domínio do pensamento matemático, aproveitando algumas situações de ensino e aprendizagem e destacando para o professor algumas possibilidades de uso dos conteúdos apresentados como objeto para reflexão sobre a numeracia. Assim, o professor pode atuar como facilitador da conexão das Ciências Humanas com o pensamento matemático, potencializando o desenvolvimento das competências relativas às numeracia.
Na parte específica deste Manual, com os títulos Literacia e Ciências Humanas e Numeracia e Ciências Humanas, encontram-se orientações e sugestões didáticas para se trabalhar a literacia e a numeracia.
A educação em valores e temas contemporâneos
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A educação escolar comprometida com a formação de cidadãos envolve a mobilização de conhecimentos que permitam desenvolver as capacidades necessárias para uma participação social efetiva, entre eles o domínio da língua e os conteúdos específicos de cada área ou componente curricular. Tais conhecimentos devem estar intrinsecamente ligados a um conjunto de valores éticos universais, que têm como princípio a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos e a corresponsabilidade social.
A educação em valores requer que os estudantes conheçam questões importantes para a vida em sociedade, que reflitam e se posicionem em relação a elas. Pressupõe reflexões sobre questões globais combinadas com ações locais: em casa, na sala de aula, na comunidade.
Nesta coleção, os valores são trabalhados de forma transversal e relacionados a fatos atuais de relevância nacional ou mundial divididos em quatro grandes temas:
- Formação cidadã, que envolve a capacitação para participar da vida coletiva, incluindo temas variados: direitos da criança e do adolescente, respeito e valorização do idoso, educação em direitos humanos e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, vida familiar e social, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia, entre outros.
- Meio ambiente, que envolve a valorização dos recursos naturais disponíveis e a sua utilização sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável, o respeito e a proteção à natureza, incluindo temas como educação ambiental e educação para o consumo.
- Saúde, que engloba tanto aspectos de saúde individual quanto de saúde coletiva, educação alimentar e nutricional e processo de envelhecimento.
- Pluralidade cultural, que envolve o conhecimento, o respeito e o interesse pelas diferenças culturais, na sociedade brasileira e no mundo.
-
Educação financeira, que envolve reflexões principalmente sobre economia solidária e práticas comunitárias que visam ao desenvolvimento social, à geração de renda e à diminuição das desigualdades.
O trabalho com a educação em valores e com os temas contemporâneos perpassa todos os livros desta coleção. No Livro do Estudante, são indicadas por meio de ícones e, no Manual do Professor, as sugestões e orientações aparecem sob a rubrica Educação em valores e temas contemporâneos.
Associados aos valores, em todos os livros da coleção e especialmente na seção O mundo que queremos também encontramos temas atuais, que despertam reflexões importantes para compreender o mundo contemporâneo e formar posição crítica em relação às questões que mais despertam debates no Brasil e em outras partes do planeta.
Ainda que compreendam temas variados, vinculados a fatos atuais de relevância nacional ou mundial, podemos identificar um tema que se destaca em cada livro:
- 1º ano: Valorização das diferenças
- 2º ano: Os grupos de convivência, suas funções e suas regras
- 3º ano: Meio ambiente e tecnologia na cidade e no campo
- 4º ano: Identidade e diversidade cultural no Brasil
- 5º ano: Democracia e
conquista
de direitos
A avaliação
A avaliação, por meio das diferentes modalidades propostas, é entendida nesta coleção como parte de um processo de acompanhamento da evolução da aprendizagem do estudante e da turma, que fornece subsídios para a reorientação da prática pedagógica em busca dos objetivos de aprendizagem, em um processo diagnóstico, contínuo, integral e diversificado. Portanto, acreditamos que a avaliação deve ser capaz de fornecer ao professor parâmetros dos avanços e dificuldades do estudante e de evidenciar os ajustes necessários para o contínuo aprimoramento do trabalho docente de mediação do processo de ensino e aprendizagem.
Por essa perspectiva, a proposta se alinha aos princípios da avaliação formativa, que, sem negligenciar o produto do trabalho pedagógico, compreende também todo o percurso que leva até ele, permitindo averiguar a evolução do estudante ao longo do processo de aprendizagem, nos aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais. Ao propor com constância, no escopo da avaliação formativa, atividades diversificadas e não dissociadas das práticas de aprendizagens regulares, mobilizando competências e habilidades dentro e fora da sala de aula, incluindo as atividades para casa, o professor pode verificar como o estudante está aprendendo e quais conhecimentos e atitudes está adquirindo.
Cabe ressaltar que a avaliação formativa é um preceito legal, já existente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, e estabelece que a verificação do rendimento escolar deve ser “contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Ampliando os aspectos formais, temos que a avaliação no sistema educacional brasileiro, em decorrência de sua abrangência, acontece de modo interno e formativo – aplicado pela própria instituição escolar –, e externo e em larga escala, como a aplicada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), pela Prova Brasil e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para serem contínuas e cumulativas, as práticas avaliativas, no âmbito escolar, devem ser consideradas em vários momentos. No início do ano letivo, a avaliação se apresenta como um movimento inicial e diagnóstico em relação aos saberes dos estudantes. Por meio de estratégias diversificadas, o professor precisará saber: o que os estudantes pensam, quais são suas potencialidades, seus interesses, expectativas, dúvidas, bagagem cultural e educacional e referenciais de conhecimento.
MP020
Essa sondagem, no início da etapa, permite ao docente refletir sobre o plano elaborado, observando: a adequação da programação proposta; as possibilidades de sucesso das estratégias e recursos previstos; e o potencial para levar ao desenvolvimento dos conhecimentos, competências, habilidades e valores previstos, tendo em vista a realidade e características dos estudantes.
Nesta coleção, em cada volume, o professor terá a oportunidade de aproveitar a seção Para começar, antes do início da Unidade 1, para realizar uma avaliação diagnóstica. As atividades da seção Vamos conversar, propostas na abertura de cada unidade, também permitem verificar tanto os saberes prévios dos estudantes quanto os equívocos e preconceitos que se formaram em situações de aprendizagem anteriores.
Já as ações avaliativas, realizadas durante o processo, estão voltadas para detectar situações em que há necessidade de intervenção para tornar o trabalho docente mais eficiente e garantir o sucesso escolar do estudante. Nesses momentos, quais critérios poderão ser utilizados em relação ao trabalho docente? Para orientar essas decisões, apresentamos, a seguir, características consideradas essenciais no processo de avaliação formativa pelo sociólogo e pensador da educação de origem suíça, Philippe Perrenoud.
Boxe complementar:
PROFESSOR
A avaliação só inclui tarefas contextualizadas.
A avaliação refere-se a problemas complexos.
A avaliação deve contribuir para que os estudantes desenvolvam mais suas competências.
A avaliação exige a utilização funcional de conhecimentos disciplinares.
A tarefa e suas exigências devem ser conhecidas antes da situação de avaliação.
A avaliação exige uma certa forma de colaboração entre pares.
A correção leva em conta as estratégias cognitivas e metacognitivas utilizadas pelos alunos.
A correção só considera erros importantes na ótica da construção das competências.
A autoavaliação faz parte da avaliação.
FONTE: PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 26.
Fim do complemento.
Na proposta de ensino em que o estudante é considerado sujeito da aprendizagem e que contempla a avaliação formativa em seus princípios, amplia-se a possibilidade de o estudante compreender e refletir sobre seu próprio desempenho. Para que isso aconteça de maneira consistente, o professor cumpre um importante papel ao promover diálogos, comentários, observações e devolutivas constantes.
A autoavaliação é outro instrumento que pode ser utilizado pelo professor no processo geral da avaliação da aprendizagem dos estudantes. Ela permite aos estudantes conhecer o seu próprio processo de aprendizagem, reconhecendo avanços e dificuldades. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a participação do professor na autoavaliação dos estudantes é essencial, estimulando-os e considerando-os sujeitos críticos e ativos no processo de ensino e aprendizagem.
Além da proposta da avaliação diagnóstica por meio da seção Para começar e das diversas atividades dispostas ao longo do conteúdo do Livro do Estudante, que formam uma importante base para a realização do processo de acompanhamento do progresso dos estudantes, esta coleção também propõe a realização de momentos avaliativos no fechamento de etapas de aprendizagem, aqui consideradas como os períodos bimestrais. Para isso, o instrumento de avaliação processual colocado à disposição do professor é a seção O que você aprendeu, ao final de cada uma das quatro unidades que estruturam o Livro do Estudante, que fornece a oportunidade de apurar aspectos da evolução do processo pedagógico ao longo do bimestre.
Na etapa de finalização do ano letivo, após a Unidade 4 do Livro do Estudante, propomos a realização de uma avaliação de resultado. Essa avaliação é importante não apenas para verificar a evolução dos estudantes durante todo o percurso que se completa ao final do quarto bimestre e as condições com que seguem para o próximo ano, mas também para subsidiar os professores e os gestores escolares para a realização de eventuais ajustes nos projetos pedagógicos e nas estratégias didáticas.
É importante ressaltar que as propostas de avaliações diagnóstica, processuais e de resultado se complementam no processo de acompanhamento da aprendizagem e na perspectiva da avaliação formativa e, por isso, não devem ser consideradas isoladamente, tampouco devem ser reduzidas a meros instrumentos de aferição de notas sem resultar em um processo mais profundo de análise qualitativa do desempenho geral e individualizado dos estudantes e das práticas pedagógicas.
A estrutura dos livros
A organização dos Livros do Estudante desta coleção foi planejada de modo a facilitar o processo de ensino e aprendizagem para alcançar os objetivos propostos. Cada volume está organizado em quatro unidades, que poderão ser distribuídas ao longo dos quatro bimestres de trabalho escolar.
As unidades apresentam uma estrutura clara e sistemática, com pequenas variações de um volume para outro.
Para começar
Aplicada no início do ano letivo, antes da Unidade 1, a avaliação diagnóstica apresentada na seção Para começar tem o objetivo de identificar os conhecimentos prévios e o domínio de pré-requisitos para os conteúdos que serão trabalhados ao longo do ano. A avaliação diagnóstica também permite constituir parâmetros iniciais para o acompanhamento continuado dos estudantes por meio das atividades realizadas no decorrer dos bimestres e das avaliações processuais ao final deles.
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Abertura da unidade
As unidades iniciam-se com uma dupla de páginas com imagens que procuram estimular a imaginação e motivar o estudante a expressar e expandir seus conhecimentos prévios sobre os temas que serão tratados na unidade.
As questões propostas na seção Vamos conversar levam o estudante a fazer a leitura das imagens, resgatando e comparando ideias e conhecimentos anteriores. O objetivo é estabelecer conexões com a experiência e os interesses do estudante e com estratégias que provoquem e articulem o seu pensamento. Trata-se de conectar o que ele já sabe com o que vai aprender.
Investigar o assunto
A seção é composta de uma dupla de páginas e está inserida no início das unidades, logo após a abertura. Ela apresenta atividades de natureza prática, lúdica ou de pesquisa. De modo geral, são propostas questões relacionadas ao assunto da unidade para que o estudante busque respostas por meio de pesquisa, experimentação ou debate com outras pessoas. As questões apresentadas na seção orientam a execução, a interpretação e a conclusão da investigação realizada.
Durante a realização desse trabalho, o estudante pode elaborar uma hipótese inicial para a investigação do assunto da unidade e também gerar novas questões, que poderão ser reelaboradas.
Desenvolvimento dos conteúdos e das atividades
Após a abertura da unidade são apresentados os conteúdos, distribuídos em capítulos. Os capítulos trazem informações em textos expositivos e em linguagem adequada a cada faixa etária, de forma organizada, clara e objetiva. As informações, por sua vez, estão agrupadas em subtítulos, a fim de facilitar a leitura e a compreensão por parte dos estudantes. Ao longo dos livros, há uma preocupação em esclarecer e exemplificar o conteúdo específico por meio de imagens, como fotografias, ilustrações, esquemas, gráficos, que também oferecem informações complementares.
Para ler e escrever melhor
O trabalho com a literacia se dá especialmente nessa seção, voltada à leitura, compreensão e produção de textos. Em geral, os conteúdos de Ciências Humanas são abordados em textos expositivos, em narrativas e fontes históricas escritas, por isso a importância de ensinar o estudante a ler, compreender e produzir textos.
O mundo que queremos
O trabalho com a educação em valores e temas contemporâneos se dá especialmente na seção O mundo que queremos. A seção sempre se inicia com um texto que relaciona um conteúdo da unidade a uma questão de valores. Em seguida, são propostas atividades de leitura e compreensão do texto e de reflexão sobre questões nele apresentadas.
O trabalho com valores, nessa seção, permite problematizar e discutir questões do mundo atual – um mundo heterogêneo e complexo –, ampliando conhecimentos e desenvolvendo no estudante atitudes que possibilitem uma postura autônoma e crítica para o exercício da cidadania na vida individual e comunitária.
Vamos fazer
Nesta seção, são propostas atividades de caráter prático e lúdico que visam desenvolver a habilidade motora e exercitar a linguagem gráfica, plástica e verbal. É a seção na qual o estudante vai elaborar cartazes, criar livros, realizar experimentos, construir modelos, fazer pesquisas, muitas vezes em grupo, com o objetivo de estimular a organização e o planejamento do trabalho em equipe.
A seção é apresentada em diferentes pontos dos capítulos, sempre em situações que visam favorecer o desenvolvimento do assunto que está sendo tratado.
Painel multicultural
A seção aparece sempre ao final de cada unidade. Seu propósito fundamental é trabalhar com temas que retratem a diversidade social, cultural e ambiental no Brasil e em diferentes partes do mundo. Os temas apresentados nessa seção procuram refletir um pouco da riqueza sociocultural e natural do mundo, ampliando ou aprofundando conteúdos trabalhados na unidade.
De forma lúdica, essa seção possibilita também explorar novos conhecimentos e estimular atitudes de valorização da diversidade de povos e culturas.
O que você aprendeu
Nesta seção, por meio de atividades, os estudantes recordam os principais conceitos e noções estudados ao longo da unidade, organizando e sistematizando informações. Também aplicam o conhecimento adquirido a situações novas, explorando de diferentes maneiras o conhecimento aprendido. Esta coleção apresenta a seção O que você aprendeu como uma proposta de realização de avaliações processuais, ao fechamento de cada unidade, como parte do processo de acompanhamento contínuo das aprendizagens dos estudantes no bimestre, essencial para garantir o seu sucesso escolar.
Para terminar
A seção Para terminar, disposta após a Unidade 4 do Livro do Estudante, reúne um conjunto de atividades que corresponde ao conteúdo abordado no decorrer do ano letivo. A seção confere ao professor a possibilidade de realizar um momento avaliativo final, isto é, uma avaliação de resultado do processo de aprendizagem desenvolvido no curso dos quatro bimestres.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2003.
O livro aborda a iniciação do estudante na linguagem cartográfica.
BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (org.). Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC, 2007.
Publicação sobre a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, com orientações para as práticas pedagógicas com crianças a partir de seis anos de idade.
BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: entre textos e imagens. In: BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1996.
Este artigo aborda o papel e a relevância das imagens como auxiliares e complementos dos textos nos livros didáticos de História.
BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Objetos de aprendizagem: introdução e fundamentos. Santo André: Editora da UFABC, 2014.
A autora investiga o uso de recursos tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018.
Documento que define o conjunto de aprendizagens essenciais ao longo da Educação Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC, 2013.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que sistematiza as orientações que regulam a Educação Básica no país.
BRASIL. Ministério da Educação. Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º, 3º anos) do Ensino Fundamental. Brasília, DF: MEC, 2012.
Apresenta os elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização do Ensino Fundamental.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais 1ª a 4ª séries. Brasília, DF: MEC, 1997.
Diretrizes para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais concernentes a cada componente curricular.
BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília, DF: MEC, 2019.
Publicação oficial que institui a Política Nacional de Alfabetização no Brasil.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Estatuto da criança e do adolescente. 14ª ed. Brasília, DF: Edições Câmara, 2016.
O documento estabelece os fundamentos essenciais para a consolidação dos direitos das crianças e dos adolescentes.
CANDAU, Vera M. F. Direito à educação, diversidade e educação em direitos humanos. Educação e Sociedade, Campinas, v. 3, n. 120, 2012.
O artigo discute a articulação entre os campos da educação e dos direitos humanos.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (org.). Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 3ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
O livro aborda práticas de ensino de Geografia.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 3ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS: Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre, 2001.
O livro reúne contribuições de diferentes geógrafos brasileiros sobre o ensino de Geografia.
CAVALCANTI, Lana de S. O ensino de Geografia na escola. São Paulo: Papirus, 2012.
O livro aborda a formação e a prática do professor de Geografia.
CHESNEAUX, Jean. Fazemos tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.
Livro que reúne debates sobre a produção do conhecimento histórico.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo: Aquariana, 2007.
O livro aborda a importância pedagógica das atividades lúdicas.
MP023
FERNANDES, Domingos. Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de Educação, v. 19, n. 2, p. 21-50, 2006. Disponível em: http://fdnc.io/eav. Acesso em: 11 maio 2021.
O artigo visa contribuir para a construção da teoria de avaliação formativa e orientar práticas em sala de aula.
GREGO, Sonia M. D. A avaliação formativa: ressignificando concepções e processos. In: UNESP; UNIVESP. Caderno de formação: formação de professores. São Paulo: Cultura Acadêmica, v. 3, p. 92-110, 2013.
O artigo faz um levantamento histórico sobre a avaliação formativa e traz reflexões sobre como essa avaliação pode ser aplicada em salas de aula brasileiras.
GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA, Jane Mari de. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. In: NEVES, Iara Conceição Bitencourt et al. (org.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 8ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
Livro sobre a leitura e a escrita como um trabalho integrado dos professores de todos os componentes curriculares.
HOBSBAWM, Eric. Sobre a História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Livro que reúne ensaios do autor sobre diferentes aspectos da história.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
Livro sobre avaliação mediadora e práticas de aprendizagem.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
Livro sobre a fragmentação do conhecimento e a importância da perspectiva interdisciplinar.
KRAEMER, Maria Luiza. Quando brincar é aprender... São Paulo: Loyola, 2007.
O livro apresenta sugestões de atividades lúdicas, criativas e educativas para o trabalho de professores na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e criando a prática. 2ª ed. Salvador: Malabares Comunicações e Eventos, 2005.
O livro, voltado para educadores, faz um estudo crítico da avaliação da aprendizagem escolar.
MORAN, José. Metodologias ativas: alguns questionamentos. In: Educação Transformadora. Disponível em: http://fdnc.io/eau. Acesso em: 11 maio 2021.
O artigo faz um levantamento esclarecendo o termo e sistematizando o uso de tais metodologias em sala de aula.
OLIVEIRA, Sandra R. F. de. O tempo, a criança e o ensino de História. In: DE ROSSI, Vera. L. S.; ZAMBONI, Ernesta. Quanto tempo o tempo tem? Campinas: Alínea, 2003.
A autora do capítulo fez uma pesquisa empírica fundamentada na teoria de Jean Piaget para demonstrar que a criança não concebe o passado e o presente com a mesma sequência cronológica do adulto, explicando o passado a partir do presente.
PACHECO, José Augusto. Políticas de integração curricular. Porto: Porto Editora, 2000.
O livro problematiza o currículo escolar e discute práticas de integração do conhecimento.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Livro sobre a construção das competências na prática didática em sala de aula.
PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica. As competências para ensinar no século XXI : a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 26.
O livro descreve aspectos para a construção de uma educação construtiva e diferenciada trabalhando a melhora de toda a comunidade escolar.
PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. A representação de espaço na criança. Porto Alegre: Artmed, 1993.
O livro aborda a construção da representação espacial nas crianças, considerando as relações topológicas, projetivas e euclidianas.
PINSKY, Jaime (org.). O ensino de História e a criação do fato. 7ª ed. São Paulo: Contexto, 1997.
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Neste livro, os autores ressaltam a importância da historicidade e do subjetivismo como ingredientes da interpretação do passado.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
O livro discute a construção da Geografia escolar e sua relação com os conhecimentos prévios dos estudantes e os conhecimentos acadêmicos dessa ciência.
REGO, Nelson et al. (org.). Um pouco do mundo cabe nas mãos: geografizando em educação o local e o global. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
O livro aborda a epistemologia e o ensino de Geografia.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2003.
O livro aborda criticamente a racionalidade científica baseada no positivismo.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da Geografia. 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2008.
Livro sobre a ocupação do espaço geográfico, que desenvolve importantes conceitos e categorias analíticas desenvolvidos pelo autor.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7ª ed. São Paulo: Edusp, 2007.
Livro sobre a questão da cidadania a partir da ciência geográfica.
SCHIMIDT, Maria A.; CAINELLI, Marlene. A construção das noções de tempo. In: SCHIMIDT, Maria A.; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
Este capítulo aborda os maiores desafios no ensino de História: levar o aluno à compreensão das múltiplas temporalidades coexistentes nas sociedades e à construção de relações entre presente e passado.
SILVA, Janssen Felipe. Avaliação do ensino e da aprendizagem numa perspectiva formativa reguladora. In: SILVA, Janssen Felipe; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas: em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2003.
O texto busca refletir sobre práticas avaliativas no cotidiano da escola e da sala de aula.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
O tema central deste livro é a relação entre pensamento e linguagem, apresentando de forma aprofundada uma teoria do desenvolvimento intelectual.
ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.
O livro aborda a educação integral e como o professor pode articular e avaliar diferentes competências.
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Comentários para o professor
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
CONHEÇA A PARTE ESPECÍFICA DESTE MANUAL
Introdução
O texto de Introdução da unidade traz, de forma sucinta, os conteúdos em destaque nos capítulos que a compõem, relacionados aos objetivos pedagógicos explicitados na sequência. Traz também a indicação das competências gerais e específicas trabalhadas.
Reprodução em miniatura do Livro do Estudante.
Objetivos pedagógicos da unidade
Em todas as aberturas são apresentados os objetivos gerais da unidade.
BNCC em foco na unidade
Indica quais são as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades da Base Nacional Comum Curricular trabalhados na unidade.
Orientações didáticas
Comentários e orientações para a abordagem do tema proposto, além de informações que auxiliem a explicação dos assuntos tratados.
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Objetivos pedagógicos
Apresenta as expectativas de aprendizagem em relação aos conteúdos e habilidades desenvolvidos no capítulo ou na seção.
Sugestões de respostas e orientações para a realização ou ampliação de algumas atividades propostas. Em geral, as respostas esperadas dos estudantes encontram-se na miniatura da página do Livro do Estudante.
Textos informativos e atividades complementares para explicar, aprofundar ou ampliar um conceito ou assunto.
MP027
UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES TRABALHADOS NESTE LIVRO
Unidade 1
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
---|---|---|
Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos |
A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras |
(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo. (EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.). |
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A circulação de pessoas e as transformações no meio natural |
(EF04HI04) Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas. |
Formas de representação e pensamento espacial |
Elementos constitutivos dos mapas |
(EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. |
Natureza, ambientes e qualidade de vida |
Conservação e degradação da natureza |
(EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas. |
Unidade 2
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
---|---|---|
Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos |
A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras |
(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo. (EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.). |
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A invenção do comércio e a circulação de produtos |
(EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização. |
As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus impactos para a formação de cidades e as transformações do meio natural |
(EF04HI07) Identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial. |
|
Mundo do trabalho |
Produção, circulação e consumo |
(EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos. |
Formas de representação e pensamento espacial |
Sistema de orientação |
(EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas. |
Elementos constitutivos dos mapas |
(EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. |
Unidade 3
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
---|---|---|
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A circulação de pessoas e as transformações no meio natural |
(EF04HI05) Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções. |
A invenção do comércio e a circulação de produtos |
(EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização. |
|
As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus impactos para a formação de cidades e as transformações do meio natural |
(EF04HI07) Identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial. |
|
O sujeito e seu lugar no mundo |
Instâncias do poder público e canais de participação social |
(EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos órgãos do poder público municipal e canais de participação social na gestão do Município, incluindo a Câmara de Vereadores e Conselhos Municipais. |
Conexões e escalas |
Relação campo e cidade |
(EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. |
Unidades político-administrativas do Brasil |
(EF04GE05) Distinguir unidades político-administrativas oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação e grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando seus lugares de vivência. |
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Territórios étnico-culturais |
(EF04GE06) Identificar e descrever territórios étnico-culturais existentes no Brasil, tais como terras indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos, reconhecendo a legitimidade da demarcação desses territórios. |
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Mundo do trabalho |
Trabalho no campo e na cidade |
(EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. |
Formas de representação e pensamento espacial |
Elementos constitutivos dos mapas |
(EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. |
Unidade 4
Unidades temáticas |
Objetos de conhecimento |
Habilidades |
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Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos |
O passado e o presente: a noção de permanência e as lentas transformações sociais e culturais |
(EF04HI03) Identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente. |
Circulação de pessoas, produtos e culturas |
A circulação de pessoas e as transformações no meio natural |
(EF04HI05) Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções. |
O mundo da tecnologia: a integração de pessoas e as exclusões sociais e culturais |
(EF04HI08) Identificar as transformações ocorridas nos meios de comunicação (cultura oral, imprensa, rádio, televisão, cinema, internet e demais tecnologias digitais de informação e comunicação) e discutir seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais. |
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As questões históricas relativas às migrações |
O surgimento da espécie humana no continente africano e sua expansão pelo mundo |
(EF04HI09) Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino. |
Os processos migratórios para a formação do Brasil: os grupos indígenas, a presença portuguesa e a diáspora forçada dos africanos Os processos migratórios do final do século XIX e início do século XX no Brasil As dinâmicas internas de migração no Brasil a partir dos anos 1960 |
(EF04HI10) Analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira. |
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(EF04HI11) Analisar, na sociedade em que vive, a existência ou não de mudanças associadas à migração (interna e internacional). |
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O sujeito e seu lugar no mundo |
Território e diversidade cultural |
(EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do país, latino-americanas, europeias, asiáticas etc.), valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira. |
Processos migratórios no Brasil |
(EF04GE02) Descrever processos migratórios e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira. |
MP028
TEMA ATUAL DE RELEVÂNCIA TRABALHADO NESTE LIVRO
Identidade e diversidade cultural no Brasil
Este livro foi elaborado de maneira que, ao longo da proposta pedagógica apresentada, o professor possa desenvolver em sala de aula o trabalho com um tema ligado a fatos atuais de relevância nacional ou mundial que contribua para a construção do pensamento crítico dos estudantes e para a sua reflexão sobre as formas de atuação na sociedade, sobre as expectativas que eles têm em relação ao futuro e sobre as possíveis práticas para tornar a sociedade mais justa, ética, democrática e inclusiva.
Dessa forma, o Livro do Estudante destinado ao 4º ano do Ensino Fundamental tem em destaque o tema “Identidade e diversidade cultural no Brasil”. Trata-se de um tema de relevância, dentre os conteúdos previstos na BNCC, que delineia tanto a proposta pedagógica quanto os assuntos abordados no livro a partir da articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia em uma abordagem integrada em Ciências Humanas.
Conforme destaca a BNCC:
O ensino de Geografia e História, ao estimular os alunos a desenvolver uma melhor compreensão do mundo, não só favorece o desenvolvimento autônomo de cada indivíduo, como também os torna aptos a uma invenção mais responsável no mundo em que vivem.
As Ciências Humanas devem, assim, estimular uma formação ética, elemento fundamental para a formação das novas gerações, auxiliando os alunos a construir um sentido de responsabilidade para valorizar: os direitos humanos; o respeito ao ambiente e à própria coletividade; o fortalecimento de valores sociais, tais como a solidariedade, a participação e o protagonismo voltados para o bem comum; e, sobretudo, a preocupação com as desigualdades sociais.
Cabe, ainda, às Ciências Humanas cultivar a formação de alunos intelectualmente autônomos, com capacidade de articular categorias de pensamento histórico e geográfico em face de seu próprio tempo, percebendo as experiências humanas e refletindo sobre elas, com base na diversidade de pontos de vista.
FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: 2018. p. 353-354.
Para abordar o tema de relevância “Identidade e diversidade cultural no Brasil”, este volume evidencia a formação do território e da população brasileira decorrente de um processo composto de mudanças e permanências que estão em constante movimento e não pode ser dado como encerrado, finito em si mesmo: “Estamos sempre em um processo de formação cultural” (HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediação culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 44). No decorrer do 4º ano, é importante que os estudantes compreendam que a noção de identidade está relacionada à noção de cultura e, consequentemente, de diversidade e de diferença.
Assim, os estudantes podem reconhecer que a diversidade cultural é estabelecida a partir das trocas entre as tradições e os costumes dos múltiplos povos que participaram da formação da identidade nacional. Já eram muito diversos entre si os povos que habitavam o território que constituiria o Brasil quando os colonizadores europeus começaram a ocupá-lo. Também eram diversos os povos trazidos escravizados do continente africano para servir de mão de obra na empresa colonial. A esses povos, que são as matrizes da sociedade e da cultura brasileira, juntaram-se muitos outros, provenientes de diferentes partes do mundo, que trouxeram e continuam trazendo para o Brasil a influência de suas culturas.
Contudo, os estudantes devem compreender também que a construção da sociedade brasileira foi marcada por relações desiguais de poder, o que se reflete na realidade atual. O primeiro século da colonização da América portuguesa assinala o início dos conflitos com os povos originários e da opressão dos povos africanos trazidos à força para o território colonial. Sobre esse assunto, a BNCC pontua:
Convém destacar as temáticas voltadas para a diversidade cultural e para as múltiplas configurações identitárias, destacando-se as abordagens relacionadas à história dos povos indígenas originários e africanos. Ressalta-se, também, na formação da sociedade brasileira, a presença de diferentes povos e culturas, suas contradições sociais e culturais e suas articulações com outros povos e sociedades.
A inclusão [de temas] como a história da África e das culturas afro-brasileira e indígena, deve ultrapassar a dimensão puramente retórica e permitir que se defenda o estudo dessas populações como artífices da própria história do Brasil.
A relevância da história desses grupos humanos reside na possibilidade de os estudantes compreenderem o papel das alteridades presentes na sociedade brasileira, comprometerem-se com elas e, ainda, perceberem que existem outros referenciais de produção, circulação e transmissão de conhecimentos, que podem se entrecruzar com aqueles considerados consagrados nos espaços formais de produção de saber.
FONTE: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: 2018. p. 401.
Este livro trata, portanto, da questão da identidade em uma proposta que o estudante possa não só reconhecer a si mesmo, mas também o contexto em que está inserido, as pessoas que dele fazem parte e o processos que nele culminaram. O desenvolvimento dessas questões é fundamental para a construção de uma sociedade plural, que respeita as diferenças, pois a identidade e a diversidade cultural no Brasil estão intimamente relacionadas ao deslocamento de populações ao longo do tempo, o que contribui para intensas trocas entre povos e para o intercâmbio de tradições. Nesse sentido, esse tema de relevância – e seus possíveis desdobramentos – relaciona-se com questões urgentes da atualidade, considerando a escola um ambiente de encontros da diversidade característica do mundo contemporâneo, em que as diferenças precisam ser reconhecidas e valorizadas.