MP042
Unidade 1. Os seres humanos e a natureza
LEGENDA: 1. Parque Nacional Serra da Capivara, no município de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí, em 2018. FIM DA LEGENDA.
Boxe complementar:
Vamos conversar
-
O que as imagens mostram?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
- Que vestígio da existência de seres humanos aparece na imagem 3 ?
-
Esse vestígio representa uma relação do ser humano com a natureza.
Em sua opinião, que relação é essa?
PROFESSOR
Resposta pessoal.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução
Os temas desenvolvidos nesta unidade articulam-se em torno das relações dos seres humanos com a natureza em uma escala temporal ampla, que abarca desde os usos atuais dos recursos naturais do território brasileiro até processos longínquos, como as transformações ocorridas na passagem do modo de vida nômade para o sedentário.
No Capítulo 1, são apresentadas as características do relevo, da vegetação e dos rios brasileiros, discutindo-se as modificações na natureza resultantes das intervenções humanas e, particularmente, o processo de devastação iniciado com a colonização do território. No Capítulo 2, examinam-se os vestígios arqueológicos das atividades humanas no território brasileiro e sua importância como fonte histórica. Focalizam-se também alguns aspectos do desenvolvimento dos agrupamentos humanos ao longo de milhares de anos, os fatores que contribuíram para sua fixação e os deslocamentos que resultaram no povoamento do território americano.
Em consonância com a BNCC, nesta unidade são trabalhadas as Competências Gerais da Educação Básica 1, 2 e 3; a Competência Específica de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 3; as Competências Específicas de História 2, 3, 5 e 6 e as Competências Específicas de Geografia 1 e 4.
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a abertura da Unidade 1 podem ser trabalhadas na semana 1.
Fim do complemento.
Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade
História
Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos; Circulação de pessoas, produtos e culturas.
Geografia
Formas de representação e pensamento espacial; Natureza, ambientes e qualidade de vida.
Objetos de conhecimento em foco na unidade
História
A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras; A circulação de pessoas e as transformações no meio natural.
MP043
LEGENDA: 2. Nos sítios arqueológicos, os pesquisadores procuram vestígios da existência de seres humanos no passado. Arqueólogos trabalhando em sítio arqueológico no Parque Nacional Serra da Capivara, em 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: 3. As pinturas e os desenhos feitos em rochas são vestígios da existência de seres humanos. Pinturas em rocha em sítio arqueológico no Parque Nacional Serra da Capivara. Fotografia de 2018.FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Geografia
Elementos constitutivos dos mapas; Conservação e degradação da natureza.
Habilidades da BNCC em foco na unidade
EF04HI01, EF04HI02, EF04HI04, EF04GE10 e EF04GE11.
Objetivos pedagógicos da unidade
- Identificar as relações que os seres humanos estabelecem entre si e com a natureza.
- Conhecer antigos vestígios das atividades humanas no território brasileiro.
- Conhecer aspectos naturais do território brasileiro e as modificações no relevo, na vegetação e nos rios resultantes das intervenções humanas.
- Conhecer tipos de fonte histórica.
- Conhecer alguns aspectos da origem e desenvolvimento da espécie humana.
- Conhecer percursos dos grupos humanos do continente africano para os demais continentes.
- Relacionar o processo de sedentarização à prática da agricultura e da pecuária.
-
Compreender como são construídos os calendários.
Orientações didáticas
Comente com os estudantes que o Parque Nacional Serra da Capivara concentra centenas de vestígios arqueológicos das atividades humanas datados de milhares de anos e que o estudo desses vestígios pode revelar parte da história da trajetória humana no continente americano.
Atividade 1. Explore com os estudantes as características da paisagem do Parque Nacional Serra da Capivara, como a presença de elevações rochosas, de vales e de uma vegetação característica (relacionada à Caating a) .
Atividade 2. Comente que as pinturas feitas em rochas são chamadas pinturas rupestres.
Atividade 3. A imagem representa a caça de um animal pelo ser humano. Portanto, espera-se que os estudantes identifiquem uma relação alimentar.
O conteúdo apresentado contribui para o desenvolvimento das habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02 .
MP044
Investigar o assunto
As intervenções humanas na natureza
No Parque Nacional Serra da Capivara, no município de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí, estão localizados alguns dos mais antigos vestígios da presença de seres humanos no território que hoje é o Brasil. Entre esses vestígios, existem numerosos desenhos e pinturas feitos nas formações rochosas da região. Os profissionais que estudam esses vestígios são os arqueólogos. Eles buscam saber, entre outras coisas, como eram a fauna e a flora do local em tempos passados, como os grupos humanos se relacionavam com a natureza e que mudanças ocorreram no ambiente ao longo do tempo.
-
Observe as fotografias a seguir e responda à questão:
- Qual é a relação entre as duas imagens?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.LEGENDA: Vista de formação rochosa do Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Detalhe de pintura rupestre em sítio arqueológico no Parque Nacional Serra da Capivara. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.
Nesta atividade, você e os colegas vão trabalhar em pequenos grupos para verificar o que os estudos realizados no Parque Nacional Serra da Capivara revelam sobre as relações dos seres humanos com o ambiente.
Material
- Caderno
- Folhas de papel à parte
- Lápis preto
-
Lápis de cor
Como fazer
Reúna-se com dois colegas e façam a leitura do texto da próxima página. Esse texto foi escrito pela arqueóloga Niède Guidon, coordenadora das pesquisas desenvolvidas no município de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí, e responsável pela criação do Parque Nacional Serra da Capivara.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para esta seção podem ser trabalhadas na semana 2.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Reconhecer que os vestígios deixados pelos seres humanos podem revelar suas relações com a natureza.
-
Valorizar as políticas de preservação dos sítios arqueológicos.
Orientações didáticas
Retome com os estudantes a questão dos vestígios históricos e das pesquisas desenvolvidas por arqueólogos. Explique a eles que as terras que hoje chamamos de Brasil já eram ocupadas há milhares de anos e que muitos de seus antigos habitantes deixaram vestígios como pinturas rupestres, restos de fogueiras, depósitos de alimentos, urnas funerárias etc.
Atividade 1. Na análise das duas imagens, é importante que os estudantes observem a relação entre o ambiente (formações rochosas) e os vestígios de atividade humana (pintura rupestre).
Oriente os estudantes a formar pequenos grupos para fazer a leitura do texto da arqueóloga Niède Guidon. Informe que essa arqueóloga é a pesquisadora responsável pela criação do Museu do Homem Americano no Parque Nacional Serra da Capivara.
Concluída a leitura do texto, esclareça eventuais dúvidas de compreensão e forneça aos estudantes as informações que julgar necessárias. Você pode aproveitar o momento para comentar, por exemplo, que os desafios de uma pesquisa arqueológica não estão só no trabalho de campo. Além das dificuldades técnicas relativas às escavações e aos estudos dos vestígios encontrados, os arqueólogos enfrentam questões de reconhecimento da importância dos sítios e de sua preservação, e de obtenção de financiamento e permissões para desenvolver suas pesquisas.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02 .
Educação em valores e temas contemporâneos
Os sítios arqueológicos são bens do patrimônio histórico material e devem ser preservados e valorizados. Os sítios de arqueologia pré-histórica, em particular, trazem informações sobre o modo de vida dos habitantes do continente americano de milhares de anos atrás. Eles nos ajudam a ver a vida humana de uma perspectiva mais ampla, constituindo um precioso legado histórico-cultural.
MP045
O Parque Nacional Serra da Capivara
Nosso interesse inicial eram a arte rupestre, pinturas e gravuras. Logo na primeira missão de 1973, descobrimos 55 sítios, a maior parte com pinturas. Alguns eram aldeias em cujo solo abundavam cacos de cerâmica e objetos de pedra lascada e polida. [...]
[...] Em junho de 1979, era criado o Parque Nacional Serra da Capivara. [...]
[...] Sobre as paredes dos abrigos do Parque Nacional existe uma densa quantidade de pinturas rupestres realizadas durante milênios. As representações animais são muito diversificadas, sendo possível reconhecer espécies inexistentes hoje na região e outras totalmente extintas, como camelídeos e preguiças-gigantes. Existem também reproduções de capivaras, veados-galheiros, caranguejos, jacarés e certas espécies de peixes, hoje desaparecidas na área, extremamente árida para poder abrigá-las. [...]
[...] De uma região verde, opulenta, habitada por um povo feliz e rico porque não passava fome e tinha tempo para criar uma civilização que nada deve a similares de todo o mundo, passamos a ser uma área em vias de desertificação, com a fauna e a flora exauridas [...].
FONTE: Niède Guidon. Arqueologia da região do Parque Nacional Serra da Capivara – Sudeste do Piauí. ComCiência, 2003. Disponível em: http://fdnc.io/fns. Acesso em: 5 mar. 2021.
Para responder
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre as atividades desta página nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.-
Respondam às questões no
caderno de acordo
com o texto.
- Que tipos de vestígio da presença humana foram encontrados nos sítios arqueológicos de São Raimundo Nonato?
- Que figuras de animais os pesquisadores encontraram nas paredes dos abrigos do Parque Nacional Serra da Capivara?
- Que animais hoje extintos foram representados nas paredes das cavernas?
-
Em uma folha de papel
à parte, façam um desenho com o seguinte título:
“A relação dos antigos habitantes do Parque Nacional Serra da Capivara com a natureza”.
- Mostrem a criação de vocês para os demais grupos e analisem coletivamente as semelhanças e as diferenças entre os desenhos elaborados.
PROFESSOR
Respostas pessoais.-
Com a orientação do professor, discutam:
- Que fatores teriam causado os prejuízos ambientais na região de São Raimundo Nonato descritos por Niède Guidon no trecho “passamos a ser uma área em vias de desertificação, com a fauna e a flora exauridas”?
- Por que é importante manter e preservar as pinturas rupestres no Parque Nacional Serra da Capivara?
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2 . a) De acordo com o texto, os primeiros vestígios da presença humana encontrados nos sítios arqueológicos de São Raimundo Nonato foram pinturas rupestres, cacos de cerâmica e objetos de pedra lascada e polida. b) Nas paredes dos abrigos havia representações de camelídeos, preguiças-gigantes, capivaras, veados-galheiros, caranguejos, jacarés e peixes. c) Entre as figuras de animais já extintos estão espécies de camelídeos e preguiças-gigantes. Se julgar conveniente, apresenta aos estudantes imagens de animais da megafauna com os quais os seres humanos do passado conviveram no território correspondente ao do Brasil.
Atividade 4. No debate em sala de aula, é possível que os estudantes mencionem a destruição da cobertura vegetal e o comprometimento dos cursos de água como fatores que tornam a área vulnerável à desertificação. Enfatize a importância da preservação do acervo ecológico e do acervo cultural do Parque Nacional Serra da Capivara, pois fontes históricas de milhares de anos podem, muitas vezes, perder-se por falta de cuidado ou de informação.
Literacia e Ciências Humanas
As discussões orais propostas nas atividades trabalhadas no decorrer do livro dão condições para que os estudantes levantem hipóteses sobre o assunto abordado adiante e antecipem conceitos que serão aprofundados.
Favorecer o desenvolvimento dos estudantes em situações de comunicação pública deve ser estimulado ao longo do Ensino Básico e é um dos objetivos desse tipo de atividade.
É uma oportunidade para exercitar a capacidade de se colocar em público e justificar o posicionamento diante dos colegas. Valorize a participação dos estudantes e organize a turma de modo que todos se expressem, argumentem e ouçam os demais, evitando repetições e/ou falas sobrepostas.
Pinturas rupestres no Brasil
Além da Amazônia e do Nordeste, há grafismos pré-históricos nas regiões Sul e Centro-Oeste, como atestam pinturas e gravuras encontradas, por exemplo, em Serranópolis e Caiapônia (Goiás) e em São Pedro do Sul (Rio Grande do Sul). [...] Apesar da abundância de grafismos, só há duas ou três décadas o país passou a olhar com mais carinho e rigor científico os traços primordiais deixados pelos seus mais remotos antepassados. Em território nacional, a maior concentração conhecida dessa antiga manifestação cultural encontra-se no interior do Parque Nacional Serra da Capivara, considerado Patrimônio Mundial pela Unesco (órgão das Nações Unidas dedicado à cultura) desde 1991. Estima-se que haja cerca de 60 mil figuras pintadas (ou gravadas) no parque.
FONTE: PIVETTA, Marcos. Pré-história ilustrada. Pesquisa Fapesp , n. 105, nov. 2004. p. 82. Disponível em: http://fdnc.io/fnr. Acesso em: 30 jun. 2021.
MP046
Capítulo 1. A natureza no Brasil
Ao ocupar um espaço e adaptá-lo às suas necessidades, os seres humanos modificam os elementos da natureza que compõem esse espaço, como o relevo, a vegetação e os rios. Neste capítulo, vamos examinar as características desses elementos no território brasileiro e como eles são afetados pelas ações humanas.
O relevo
Você já deve ter percebido que a superfície terrestre não é plana nem uniforme. Ela apresenta formas variadas, que são chamadas de relevo.
- Observe a imagem e responda às questões.
LEGENDA: Município de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.
- Como são as formas da superfície terrestre mostradas na imagem?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Como são as formas da superfície terrestre do lugar onde você vive? Descreva-as.
PROFESSOR
Resposta pessoal.A formação do relevo resulta dos processos que ocorrem tanto no interior quanto na superfície da Terra.
Entre os processos internos que formam o relevo, destacam-se os terremotos e as erupções vulcânicas, que podem causar rachaduras na superfície terrestre e deslocamento de grandes blocos de rocha.
Entre os processos que ocorrem na superfície terrestre, destacam-se a erosão e a deposição.
A erosão é o processo de desgaste e separação de materiais que compõem as rochas da superfície terrestre. Esse processo é causado pela variação de temperatura e pela ação da água e do vento nas rochas.
Os materiais originados da erosão são transportados pela água e pelo vento e acumulam-se em outros pontos da superfície terrestre. O processo de acúmulo desses materiais é chamado deposição .
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As quatro aulas previstas para o conteúdo das páginas 16-19 podem ser trabalhadas nas semanas 2 e 3.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Entender que o conjunto de formas da superfície terrestre compõe o relevo.
- Identificar alguns agentes naturais modificadores do relevo.
- Compreender a ação humana como agente transformador do relevo.
- Conhecer as principais características do relevo brasileiro.
- Conhecer as principais formações vegetais brasileiras.
- Compreender a devastação como um processo iniciado com a colonização do território brasileiro.
- Conhecer as principais características da hidrografia do Brasil.
- Relacionar os tipos de rios com as formas de relevo, considerando as possibilidades de aproveitamento econômico desses rios.
-
Conhecer as regiões hidrográficas brasileiras.
Orientações didáticas
Atividade 1. Incentive os estudantes a identificar as áreas altas e baixas e a descrever as formas na superfície terrestre presentes no lugar onde vivem.
Trabalhe o significado de “erosão” e “deposição” conjuntamente, pois são processos naturais relacionados entre si, explicando que podem acontecer de forma lenta ou rápida em decorrência das variações de temperatura e da ação da água e do vento nas rochas.
Destaque que as interferências humanas na natureza atuam na modificação do relevo. O desmatamento, por exemplo, é um dos principais causadores da erosão, pois as raízes das plantas “seguram” o solo e impedem que ele se desgaste.
As formas do relevo
[...] A superfície da Terra caracteriza-se por elevações e depressões que constituem o relevo terrestre, cujas macroformas são descritas por denominações convencionais como depressões, planícies, planaltos e montanhas [...].
Depressões: são terrenos situados abaixo do nível do mar (depressões absolutas: como o mar Morto) ou abaixo do nível altimétrico das regiões adjacentes (depressões relativas: a depressão periférica paulista, por exemplo), que podem ter diferentes origens e formas.
Planícies: são terrenos baixos e planos, formados por acumulação de material, que podem ser de origem aluvial ou fluvial, marinha, lacustre, glacial, eólica.
MP047
- Observe o esquema e responda às questões no caderno.
Observação: Representação fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.
- Que letra indica o processo de desgaste e separação dos materiais que compõem as rochas?
PROFESSOR
Resposta: Letra A.- Que letra indica o processo de acúmulo desses materiais em outro ponto da superfície?
PROFESSOR
Resposta: Letra B.- Identifique o nome dos processos representados pelas letras A e B .
PROFESSOR
Resposta: Letra A: erosão; letra B: deposição.As principais formas de relevo
As principais formas de relevo na superfície terrestre são as montanhas, os planaltos, as planícies e as depressões .
LEGENDAS: As montanhas são as maiores elevações da superfície
terrestre.
Os planaltos são superfícies irregulares, nas quais a
erosão é maior que a
deposição de materiais.
As planícies são superfícies planas nas
quais a deposição de materiais é maior que a erosão. Em geral,
localizam-se ao longo de rios e do litoral.
As depressões são
áreas mais baixas que as áreas vizinhas ou que o nível do
mar. FIM DAS LEGENDAS.
Observação: Representação fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR
Planaltos: são terrenos altos, variando de planos (chapadas) a ondulados (colinas, morrotes e morros). Os planaltos típicos são sedimentares ou basálticos, mas existem os de estrutura dobrada (superfícies aplainadas, soerguidas e pouco reentalhadas).
Montanhas: são terrenos altos e fortemente ondulados [...].
FONTE: FLORENZANO, Teresa G. Introdução à geomorfologia. In: FLORENZANO, Teresa G. (org.). Geomorfologia : conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. p. 12-13.
Atividade 2 . a) Espera-se que os estudantes observem que a porção da imagem assinalada pela letra A é representativa do desgaste das rochas e do solo relacionado à ação da água, da diferença de temperaturas e do vento. b) A porção da imagem assinalada com a letra B representa a deposição das partículas de rocha e solo em áreas mais baixas. c) O processo de desgaste e transporte de partículas de rochas e do solo de um local para outro é chamado erosão; o processo de acúmulo de sedimentos e partículas erodidas das rochas e do solo é chamado deposição.
Essa questão permite verificar se os estudantes compreenderam a dinâmica de desgaste e transporte de materiais que relaciona os dois processos apresentados. Se julgar necessário, retome a explicação e esclareça as dúvidas da turma.
O entendimento dessa dinâmica tornará mais proveitosa a leitura do perfil representativo das principais formas de relevo da superfície terrestre.
Promova a leitura compartilhada do esquema das principais formas de relevo. Peça aos estudantes que leiam o texto e esclareça as possíveis dúvidas.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04GE11 .
Para você ler
Introdução à Geomorfologia , de Fillipe Tamiozzo Pereira Torres e outros. Cengage Learning, 2013.
Uma apresentação didática dos conceitos referentes às dinâmicas do relevo.
MP048
- Escreva no caderno o nome da forma de relevo correspondente a cada uma das descrições abaixo.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Superfície plana onde predomina a deposição.
- Área mais baixa que as áreas vizinhas.
- Maior elevação da superfície terrestre.
-
Superfície irregular onde predomina a erosão.
As formas predominantes do relevo brasileiro são os planaltos, as planícies e as depressões. Os planaltos ocupam extensas áreas e podem apresentar serras. As depressões ocupam, também, extensas áreas do território brasileiro. Já as planícies ocupam áreas menores, ao longo de rios e do litoral brasileiro.
FONTE: Elaborado com base em: Jurandyr L. S. Ross. Os fundamentos da Geografia da natureza. In: Jurandyr L. S. Ross (org.). Geografia do Brasil. 6ª ed. São Paulo: Edusp, 2005. p. 53.
- Com base na leitura do mapa, responda no caderno:
- Que formas de relevo predominam no território brasileiro?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre as atividades a) e b) nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Em que partes do Brasil predominam as planícies?
- Que formas de relevo predominam no lugar onde você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3. Espera-se que os estudantes identifiquem corretamente o nome da forma de relevo correspondente a cada uma das descrições (planície, depressão, montanha e planalto).
Explique aos estudantes que uma das características principais do relevo brasileiro é a ausência de grandes altitudes. Para exemplificar, apresente os seguintes dados: as montanhas mais altas do mundo estão situadas na Ásia, na Cordilheira do Himalaia, acima dos 8000 metros de altitude; no Brasil, o ponto mais alto do território é o Pico da Neblina, no estado do Amazonas, que tem cerca de 3000 metros de altitude.
Relembre à turma que altitude é a distância vertical medida entre um ponto da superfície da Terra e o nível do mar, considerado o nível zero.
Destaque que há variadas classificações do relevo e que o mapa apresentado traz uma classificação elaborada com base em imagens de radar. Oriente os estudantes na leitura desse mapa, formulando questões que possam auxiliá-los a compreender as informações representadas, por exemplo: “Que formas de relevo estão identificadas na legenda? Que cor representa as planícies? E as depressões? E os planaltos?”.
Atividade 4 . b) Com base na leitura do mapa, espera-se que os estudantes observem que as planícies estão situadas nas áreas litorâneas e ao redor das margens de grandes rios de planície, como o Amazonas. Pode ser interessante providenciar um mapa hidrográfico do Brasil para facilitar a associação entre o relevo e os rios. c) Oriente os estudantes a localizar, no mapa, a unidade federativa na qual se situa o lugar onde vivem. Em seguida, eles devem observar a legenda do mapa para identificar as formas de relevo predominantes.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04GE10 e EF04GE11 .
Para você ler
Ecogeografia do Brasil : subsídios para planejamento ambiental, de Jurandyr L. S. Ross. Oficina de Textos, 2006.
Uma análise das relações do relevo com os espaços agroambientais e agroecológicos do território brasileiro.
MP049
A ocupação do espaço e a modificação do relevo
Ao ocupar o espaço, as pessoas modificam o relevo para atender às suas necessidades e ao seu modo de vida.
Com o crescimento das cidades, terrenos íngremes são aplainados para a construção de moradias e vias de circulação.
Para construir túneis e estradas em áreas de serra, por exemplo, geralmente são cortados trechos das encostas.
LEGENDA: Túneis na Rodovia Carvalho Pinto, no estado de São Paulo. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.
Áreas íngremes ou montanhosas são alteradas para a prática da agricultura. Nessas áreas é comum a construção de degraus, que facilitam a preparação da terra, o cultivo e a colheita.
As atividades de mineração também alteram o relevo. Geralmente, para extrair os minérios, é preciso escavar grandes áreas, deixando buracos e alterando a paisagem do local.
- Observe a fotografia, leia o texto e responda às questões a seguir.
LEGENDA: Deslizamento de terra no município de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, em 2020. FIM DA LEGENDA.
Os deslizamentos são fenômenos naturais. No entanto, a ação humana pode contribuir para que os deslizamentos aconteçam com mais frequência.
Quando há a ocupação das encostas de morros e serras, a vegetação é retirada para a construção das moradias. Isso deixa o solo desprotegido e exposto à erosão provocada pela água das chuvas e pelo vento. Se a encosta for íngreme, podem acontecer deslizamentos, como o mostrado na fotografia acima.
- Por que a ocupação das encostas de morros contribui para a ocorrência dos deslizamentos de terra?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Em sua opinião, de que modo a vegetação protege o solo?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Peça aos estudantes que observem as fotografias com atenção e formule a seguinte questão: “Quais ações humanas alteram o relevo?”. Estimule a troca de ideias e, em seguida, faça a leitura compartilhada do texto.
Retome as fotografias apresentadas e identifique pontualmente as alterações realizadas no relevo. É importante que os estudantes compreendam que as pessoas modificam o relevo de acordo com suas necessidades. Explique que a ocupação de encostas muitas vezes é a alternativa que resta aos segmentos menos favorecidos da população, constituindo uma evidência da desigualdade de acesso ao direito de moradia.
Comente que os deslizamentos ocorrem principalmente na época de chuvas, quando o solo desprotegido fica saturado pela água, reduzindo a estabilidade da encosta.
Atividade 5 . a) Os estudantes devem observar que o solo fica desprotegido e exposto à erosão quando a vegetação é retirada para a construção das moradias. Se a encosta for íngreme, podem ocorrer deslizamentos, principalmente na época de chuvas. b) Incentive os estudantes a levantar hipóteses acerca da relação entre a vegetação e a proteção do solo. É possível que eles observem que a copa das árvores reduz os impactos produzidos pela água da chuva ao cair no solo e que as raízes das plantas “seguram” a terra, contribuindo para que o solo encharcado não seja levado pela água da chuva.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04GE11 .
MP050
A vegetação
O conjunto de plantas de um lugar é chamado vegetação. Ela é um dos elementos que compõem a paisagem.
No Brasil, a vegetação apresenta muita diversidade. As principais formações vegetais no país são a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Cerrado, a Mata dos Pinhais e os Campos.
- Floresta Amazônica : formada por matas densas, com árvores de grande porte e bem próximas umas das outras.
- Mata Atlântica: formada por árvores de grande porte, samambaias, bromélias e orquídeas.
LEGENDA: Mata Atlântica no município de Cananeia, no estado de São Paulo. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
- Caatinga: formada predominantemente por plantas adaptadas a ambientes quentes e secos, como os cactos.
LEGENDA: Caatinga no município de Olho d’Água do Casado, no estado de Alagoas. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
- Cerrado: formado por plantas rasteiras, arbustos e árvores retorcidas que aparecem dispersas no ambiente.
LEGENDA: Cerrado no município de Alto Paraíso de Goiás, no estado de Goiás. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
- Mata dos Pinhais: também conhecida como Mata das Araucárias, é formada basicamente por pinheiros.
- Campos: formados principalmente por plantas rasteiras.
- Quais são as principais formações vegetais do Brasil?
PROFESSOR
Resposta: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Mata dos Pinhais e Campos.-
Identifique o tipo de vegetação ao qual a descrição de cada item a
seguir se refere.
- Vegetação formada por árvores de grande porte que ficam próximas umas das outras.
PROFESSOR
Resposta: Floresta Amazônica.- Vegetação formada por plantas adaptadas a ambientes quentes e secos.
PROFESSOR
Resposta: Caatinga.- Vegetação formada principalmente por plantas rasteiras.
PROFESSOR
Resposta: Cerrado.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As quatro aulas previstas para o conteúdo das páginas 20-23 podem ser trabalhadas nas semanas 3 e 4.
Fim do complemento.
Ao iniciar o estudo da vegetação, comente com os estudantes que, assim como o relevo, a vegetação é um dos componentes do ambiente.
Comente que a diversidade de formações vegetais relaciona-se com as condições climáticas, a disponibilidade de água e os tipos de relevo e de solo do ambiente.
Aproveite para comentar que, no caso brasileiro, a grande diversidade vegetal também se relaciona à extensão territorial do país.
Reforce o trabalho de leitura de imagens destacando as características de cada formação vegetal, suas semelhanças e diferenças.
Faça a leitura compartilhada do texto que caracteriza as principais paisagens vegetais. Pergunte aos estudantes se eles conhecem as formações vegetais retratadas, se já visitaram locais onde puderam observá-las. Estimule-os a compartilhar os conhecimentos que têm do assunto.
Se possível, providencie outras imagens das diferentes formações vegetais existentes no Brasil.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04GE11 .
Para você ler e acessar
Domínios de natureza no Brasil : potencialidades paisagísticas, de Aziz Nacib Ab’Sáber. Ateliê Editorial, 2003.
Uma análise integrada das caraterísticas de relevo, solo, vegetação e condições climático-hidrológicas das paisagens brasileiras.
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Disponível em: http://fdnc.io/48. Acesso em: 11 jun. 2021.
Os biomas
O bioma Amazônia abrange uma área de 4,2 milhões de km 2 (49,3% do território nacional). É formado principalmente por florestas densas e abertas, porém abriga uma diversidade de outros ecossistemas, como florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas [...].
O Cerrado é o segundo maior bioma do país. Ocupa principalmente a região mais central do Brasil e atinge cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados (24% do território). O Cerrado é uma das savanas de maior biodiversidade do planeta e com grande concentração de espécies endêmicas. [...]
O bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados envolvem uma área de 1,1 milhão de km 2 (13% do território brasileiro). Contudo, em virtude de séculos de destruição ambiental, a área florestal da Mata Atlântica foi reduzida a apenas cerca de 218 mil km 2, altamente fragmentados. [...]
MP051
A devastação da vegetação brasileira
Desde o início da colonização, as formações vegetais do Brasil vêm sendo alteradas pela ação humana.
O Cerrado e a Mata Atlântica são as formações vegetais mais alteradas. Essas formações vegetais estão bastante devastadas.
Originalmente, o Cerrado se estendia por quase toda a porção central do Brasil. Hoje, ocupa apenas parte da região Centro-Oeste, ocorrendo também em trechos do Sudeste, do Nordeste e do Norte do Brasil.
A expansão de atividades agropecuárias, a mineração e a extração de madeira vêm provocando a contaminação dos rios e o esgotamento dos solos do Cerrado, além de ameaçar de extinção várias espécies da fauna e da flora.
As queimadas, bastante comuns no Cerrado, também degradam o solo e ameaçam os animais e as plantas.
Podem ocorrer queimadas naturais causadas pela queda de raios no início da estação chuvosa, mas, na maioria das vezes, elas são provocadas pela ação humana, com a finalidade de limpar o terreno para as atividades agropecuárias.
LEGENDA: Queimada em área de Cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no município de Alto Paraíso de Goiás, no estado de Goiás, em 2020. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
A Caatinga é o bioma exclusivamente brasileiro. Localizada na região nordeste do país, ocupa área de aproximadamente 845.000 km 2, o que representa cerca de 10% do território nacional e se estende por grande parte da região Nordeste e Norte de Minas Gerais. [...]
O Pampa, […], ocorre no estado do Rio Grande do Sul e se estende pelo Uruguai e Argentina. A vegetação dominante é de gramíneas entremeadas por florestas mesófilas, florestas subtropicais (especialmente floresta com araucária) e florestas estacionais. [...]
FONTE: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO – Sistema Nacional de Informações Florestais. Florestas nos biomas brasileiros. Disponível em: http://fdnc.io/fnt. Acesso em: 27 jul. 2021.
Comente com os estudantes que a devastação das formações vegetais brasileiras foi um processo iniciado com a colonização do país. A primeira formação atingida foi a Mata Atlântica.
A devastação do Cerrado é relativamente recente e está relacionada à expansão das áreas destinadas à agricultura de grãos e às pastagens. Um dos motivos do empobrecimento do Cerrado está relacionado às extensas áreas voltadas para a agricultura comercial com plantios homogêneos e uso intensivo de agrotóxicos, à pecuária extensiva, ao uso do fogo e às práticas inadequadas de captação e uso da água. Somam-se a isso alguns casos de expansão de infraestruturas sem a adoção de medidas efetivas de mitigação dos impactos e de competências socioambientais, como a construção de hidrelétricas, rodovias etc.
A queimada, em específico, por ser um método barato, tem sido utilizada para abrir áreas destinadas à pecuária e à agricultura. Essa prática pode causar danos à floresta e à população. Quando as queimadas acontecem em áreas próximas à floresta e em períodos de seca, o fogo pode incendiar a floresta, degenerando o ecossistema. Ressalte com os estudantes que, no caso das comunidades tradicionais, as queimadas são feitas de maneira controlada no manejo dos cultivos.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04GE11, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.
MP052
Boxe complementar:
Hora da Leitura
-
Nina no Cerrado, de
Nina Nazario, editora Oficina de Textos.
Cordel que conta a história do Cerrado brasileiro, apresentando a fauna, os frutos e a paisagem típicos desse bioma.
Fim do complemento.
A maior parte da Mata Atlântica não existe mais, pois foi devastada com a ocupação do território brasileiro.
Essa devastação iniciou-se com a exploração do pau-brasil pelos colonizadores portugueses, cerca de 500 anos atrás. Depois, boa parte da Mata Atlântica deu lugar aos cultivos de cana-de-açúcar e de café.
Em decorrência da ocupação urbana e da expansão de áreas agrícolas, restam pouquíssimas áreas de Mata Atlântica em sua forma original.
Atualmente, os remanescentes da Mata Atlântica são preservados por lei. As unidades de conservação são criadas pelo governo em espaços com características naturais relevantes e têm a função de preservar a natureza.
LEGENDA: Johann Moritz Rugendas. Desmatamento de uma floresta, cerca de 1835. Litografia, 21,8 cm × 28,7 cm. A derrubada da Mata Atlântica para o cultivo de café, na atual região Sudeste do Brasil, foi retratada em diversas obras. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Promova a leitura coletiva da imagem apresentada, destacando as ações humanas retratadas na cena.
Comente que as diferentes atividades desenvolvidas no território brasileiro desde a chegada dos portugueses (extrativismo vegetal e mineral, intensificação dos cultivos, adensamento populacional etc.) expuseram as formações vegetais do país à exploração intensa em diferentes momentos da História. Destaque que a devastação da Mata Atlântica foi promovida inicialmente pela exploração econômica do pau-brasil e, depois, pela implantação das culturas de cana-de-açúcar e de café.
Esclareça que a devastação mais recente das formações vegetais brasileiras está relacionada principalmente com o avanço das fronteiras agrícolas, ou seja, com o aumento das áreas destinadas à criação de gado e às monoculturas.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04GE11, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.
Para você ler e acessar
A ferro e fogo : a história e a devastação da mata atlântica brasileira, de Warren Dean. Companhia das Letras, 1996.
Uma visão do Brasil articulada a cinco séculos de destruição de uma floresta.
SOS Mata Atlântica. Disponível em: http://fdnc.io/4Hw. Acesso em: 11 jun. 2021.
A diversidade de formações vegetais no Brasil
O Brasil é um país de grandes extensões territoriais. São 8,5 milhões de km 2 submetidos a uma mistura de condições climáticas [...] que permite o desenvolvimento de uma grande diversidade de ambientes.
As formações vegetais que ocupam maior extensão territorial são as florestas. Há uma grande variedade dessas formações na bacia amazônica, na região costeira, no sul do país e nas regiões subtropicais. Mesmo os cerrados e as caatingas possuem dentro de sua área de domínio formações florestais que acompanham as drenagens. [...]
Além das grandes extensões de florestas, o Brasil apresenta dois grandes domínios de formações vegetais abertas e semiabertas: as caatingas e os cerrados. No mapa do Brasil, esses dois domínios formam uma diagonal de climas mais secos que percorre o país do Nordeste ao Pantanal mato-grossense, passando pelo Brasil Central.
MP053
LEGENDA: Turistas caminham na Estrada da Cascatinha, no Parque Nacional da Tijuca, no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 2018. Esse parque é uma unidade de conservação criada em 1961. FIM DA LEGENDA.
- Observe os mapas que mostram a vegetação original e a atual do Brasil.
FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 121.
- Quais foram as formações vegetais mais devastadas pela ação humana no território brasileiro?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Por que ocorreu essa devastação?
- Que tipos de vegetação cobriam, originalmente, o lugar onde você vive? E atualmente?
- A devastação da vegetação no lugar onde você vive foi intensa? Como você explica isso?
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Em sua opinião, o que pode ser feito para preservar a vegetação que ainda resta?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
A origem do mosaico botânico brasileiro é resultado da expansão e retração das florestas, cerrados e caatingas provocadas pela alternância de climas úmidos e secos nas regiões tropicais, durante os períodos glaciais do Quaternário. As florestas tropicais e outras formações abertas já existiam desde o início da era Pleistocênica e não foram destruídas por geleiras, como aconteceu com as formações vegetais do hemisfério norte. No hemisfério sul as glaciações modificaram a distribuição da umidade, provocando desintegração de grandes espaços contínuos de floresta favorecendo a expansão da vegetação de clima mais seco e estacional. Por essa razão os biogeógrafos admitem que a grande riqueza de espécies que ocorrem na vegetação brasileira é uma herança pretérita do período Quaternário. [...]
FONTE: CONTI, José Bueno; FURLAN, Sueli Angelo. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: ROSS, Jurandyr L. S. (org.). Geografia do Brasil. 5ª ed. São Paulo: Edusp. p. 155-156.
Ao explorar com os estudantes a paisagem do Parque Nacional da Tijuca, destaque que a urbanização intensa da faixa litorânea também contribuiu para o processo de devastação da Mata Atlântica.
Promova a leitura coletiva dos mapas destacando seus principais elementos: título, legenda, escala e fonte. Ressalte que no mapa da vegetação original do Brasil está representada a área de abrangência da vegetação antes da colonização.
Atividade 8. Estimule os estudantes a estabelecer comparações entre os mapas. Ajude-os a perceber a dimensão do desmatamento considerando as formações vegetais originais e as áreas devastadas pela ação humana representadas nos mapas. Oriente-os também a observar as formações vegetais remanescentes do território brasileiro. Para auxiliar os estudantes nas questões referentes à vegetação local, peça que localizem no mapa a unidade da federação na qual se situa o lugar onde vivem. Depois, oriente-os a observar a legenda para verificar quais eram as formações vegetais originais e a devastação que sofreram. Por fim, incentive os estudantes a trocar informações sobre as condições da vegetação no lugar onde vivem e a formular opinião sobre as ações necessárias para preservar a vegetação que ainda resta.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04GE10 e EF04GE11 .
MP054
Os rios e as regiões hidrográficas
O rio é um curso natural de água. Ele pode se originar de fontes subterrâneas, da água das chuvas e do derretimento de neve e de geleiras.
Desde seu ponto de origem, isto é, desde sua nascente, o rio percorre um caminho até chegar à sua foz, que é o local onde ele deságua. A foz de um rio pode ser o oceano, um lago ou outro rio. No caminho, o rio pode receber água de outros rios, que são chamados afluentes. O rio principal é aquele que deságua no mar.
LEGENDA: Foz do rio Queimado no oceano Atlântico, no município de Prado, no estado da Bahia. Fotografia de 2021. FIM DA LEGENDA.
Observação: Representação fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.
- O que é a nascente de um rio? E a foz?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As quatro aulas previstas para o conteúdo das páginas 24-27 podem ser trabalhadas nas semanas 4 e 5.
Fim do complemento.
Antes de promover a leitura do texto e das imagens da página, instigue os estudantes a levantar hipóteses sobre o que seriam nascente, foz e afluente. Registre na lousa as concepções que apresentarem.
Faça então a leitura do texto, da fotografia e da representação esquemática das partes do rio.
Peça aos estudantes que verifiquem se as hipóteses que levantaram estavam corretas e, se for o caso, que apontem as correções necessárias. Essa sequência ajuda a mobilizar a atenção e os conhecimentos dos estudantes em relação ao tema introduzido.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04GE11 .
A rede fluvial brasileira
As águas superficiais constituem parte da riqueza dos recursos hídricos de um país. No caso brasileiro, país de extensão continental, a rede fluvial é importante recurso natural, contando em seu território com a maior bacia fluvial do mundo em extensão e em volume de água. A riqueza dos recursos hídricos deve-se à distribuição da pluviosidade no território nacional, onde registram-se valores elevados, superiores a 1.500 mm anuais e em 1/3 da área total esse valor atinge mais de 2.000 mm. Apenas uma parte do país, situada a Nordeste, recebe menos de 1.000 mm anuais e até em algumas regiões menos de 500 mm anuais de precipitação.
MP055
Os rios brasileiros
A maioria dos rios brasileiros nunca seca, ou seja, seu fluxo de água é contínuo. Esse tipo de rio é chamado perene ou permanente.
- secas.
O Brasil tem uma diversidade muito grande de paisagens que apresentam rios permanentes e temporários. Veja estes exemplos:
LEGENDA: Rio Jaú, no município de Novo Airão, no estado do Amazonas. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Rio temporário no período da seca, no município de Cabroró, no estado de Pernambuco, em 2018. FIM DA LEGENDA.
- Pesquise em livros ou em sites se há rios perenes no lugar onde você vive. Caso haja, cite o nome de um.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Pesquise também se no lugar onde você vive há algum rio temporário. Caso haja, cite o nome dele.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Os principais rios brasileiros precedem de três grandes centros dispersores de água: planalto das Guianas, cordilheira dos Andes e planalto brasileiro. As demais redes de drenagem têm sua origem no planalto brasileiro.
FONTE: CUNHA, Sandra Baptista da. Bacias hidrográficas. In: CUNHA, Sandra B.; GUERRA, Antônio J. T. (org.). Geomorfologia do Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. p. 229.
Ao trabalhar os conceitos de rio permanente e rio temporário, procure estabelecer relações entre clima e hidrografia, pois o regime dos rios, com os períodos de cheia e vazante, é influenciado pelo clima. É uma boa oportunidade de destacar a integração dos elementos naturais.
Atividades 10 e 11. Sugerimos que essas atividades sejam realizadas em casa por exigirem pesquisa de informações. Oriente os estudantes a consultar fontes na internet que sejam confiáveis. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação.
Em sala de aula, peça aos estudantes que compartilhem os dados obtidos. Verifique a pertinência das informações apresentadas. Se necessário, leve fotografias dos rios da região e ajude a turma na identificação do nome e da categoria de cada um.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04GE11 .
MP056
Os rios de planície e os rios de planalto
Há rios que correm em terrenos mais planos, não apresentando desníveis em seu curso. Esses rios são chamados rios de planície e podem ser utilizados para navegação, pesca e atividades de lazer.
LEGENDA: Rio Tocantins, no município de Filadélfia, no estado do Tocantins. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
Há rios que atravessam terrenos irregulares e apresentam desníveis em seu curso, formando quedas-d’água (cachoeiras). Esses rios são chamados rios de planalto. Neles podem ser construídas barragens para reter a água, formando represas ou lagos. A água represada é utilizada para a geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas.
LEGENDA: Rio Sacre, no município de Campo Novo de Parecis, no estado de Mato Grosso. Fotografia de 2021. FIM DA LEGENDA.
- No lugar onde você vive há rios parecidos com os mostrados nas fotografias? Se sim, é parecido com qual deles?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Que prejuízos a construção de barragens e de reservatórios pode causar ao ambiente e às pessoas? Converse com os colegas e o professor sobre o assunto.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.Boxe complementar:
Hora da Leitura
-
Saia dessa, Mano Pira!, de Yêda Marquez, editora RHJ.
Misturando fantasia e realidade, o livro conta a história de um pirarucu em tempo de seca no rio Araguaia.
-
O segredo do rio, de
Miguel Sousa Tavares, editora Companhia das Letrinhas.
Uma história de amizade entre um menino e um peixe, que fala da necessidade de proteger a natureza.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Retome com os estudantes as características das formas de relevo de modo que possam perceber como elas influenciam o curso dos rios. Reafirme que as áreas de planície apresentam terrenos regulares com poucos desníveis e, por isso, os rios de planície são propícios à navegação e ao lazer. Já as áreas de planalto apresentam terrenos irregulares com grandes desníveis, o que forma quedas-d’água propícias à instalação de hidrelétricas para a geração de energia.
Ao comentar o aproveitamento dos rios nas áreas de planície e de planalto, relembre aos estudantes que as águas dos rios também são comumente destinadas às práticas agrícolas, industriais e de abastecimento das cidades.
Atividades 12 e 13. As atividades orais propostas possibilitam a troca de informações sobre os usos dos rios locais considerando também as características do relevo da região, e propiciam discutir os possíveis benefícios e prejuízos resultantes da construção de barragens e de reservatórios. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos conhecimentos de literacia e de alfabetização, promovendo a fluência em leitura oral e o desenvolvimento de vocabulário.
Educação em valores e temas contemporâneos
É fundamental sensibilizar os estudantes em relação à importância da água em nosso cotidiano, contribuindo para que desenvolvam atitudes mais conscientes. Promova conversas sobre maneiras de conservar a água e evitar o desperdício nos hábitos diários.
Atividade complementar: Os rios da minha região
Solicite aos estudantes que, em casa, pesquisem e selecionem imagens sobre as diferentes formas de utilização dos rios no local onde vivem, para compartilhá-las em sala de aula. Oriente os estudantes a consultar fontes na internet que sejam confiáveis. Atividades feitas em casa possibilitam a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela.
MP057
A divisão hidrográfica brasileira
O conjunto de terras banhadas por um rio principal e seus afluentes é chamado bacia hidrográfica.
No Brasil, as bacias hidrográficas estão agrupadas em regiões hidrográficas. Região hidrográfica é uma porção do território brasileiro que compreende uma ou mais bacias hidrográficas.
Fontes: Agência Nacional de Águas. Disponível em: http://fdnc.io/fnu. Acesso em: 25 jun. 2022; IBGE. Rios do Brasil. Disponível em: http://fdnc.io/fnv. Acesso em: 6 mar. 2021.
-
Observe o mapa anterior e responda no
caderno à
questão:
- Qual é a maior região hidrográfica brasileira?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Em sala de aula, organize a turma em grupos e solicite que, com o material selecionado, componham cartazes demonstrando a utilização dos rios em diferentes categorias, como lazer, navegação e geração de energia. Deixe à disposição dos grupos cartolinas, cola, tesoura de pontas arredondadas e canetas para a confecção dos cartazes.
Oriente-os a criar títulos para os cartazes e legendas para as fotografias, indicando local, data e outras informações que julguem pertinentes. Essa atividade opcional favorece a percepção da importância dos rios locais e motiva os estudantes a avaliar ações que contribuam para preservá-los.
Por ser a primeira vez que o mapa das regiões hidrográficas do Brasil é apresentado aos estudantes, recomenda-se fazer a leitura coletiva dos elementos nele representados. Para orientar a leitura, formule algumas questões, por exemplo: “Quais cores foram utilizadas para representar cada região? A região hidrográfica Amazônica abrange quais estados?”. Para facilitar, deixe à disposição dos estudantes um mapa da divisão político-administrativa do Brasil.
A conceituação de região hidrográfica estabelecida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos está explicitada na Resolução n. 32, de 15 de outubro de 2003. De acordo com esse documento, considera-se região hidrográfica “o espaço territorial brasileiro compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos.” (BRASIL. Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Resolução n. 32, de 15 de outubro de 2003. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 dez. 2003. Seção 1, p. 142.).
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04GE10 e EF04GE11 .
Para você ler
O estudo das bacias hidrográficas : uma estratégia para a educação ambiental, de Dietrich Schiel; Sérgio Mascarenhas; Nora Valeiras; Silvia A. M. dos Santos (org.). Rima, 2003.
A bacia hidrográfica como objeto de estudo na educação ambiental.
MP058
O mundo que queremos
Água e saúde
Você já deve saber que o consumo de água contaminada ou o contato com ela pode causar doenças graves.
Mas você sabia que o armazenamento inadequado da água, mesmo que seja água limpa, também pode causar doenças?
A dengue é uma dessas doenças. Ela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em locais onde há água acumulada, principalmente água limpa.
Por isso, é importante evitar que a água se acumule em locais de nossa casa, da escola e de outros ambientes que frequentamos.
Veja o que pode ser feito.
LEGENDA: Preencher com areia pratos de vasos de plantas. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Manter tampados poços, tambores, galões e caixas-d’água. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Guardar latas, baldes, garrafas e outros frascos com a boca virada para baixo e ao abrigo da chuva. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo desta seção podem ser trabalhadas na semana 5.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Compreender que a água pode transmitir doenças graves.
- Conhecer formas de prevenção à proliferação do mosquito-da-dengue.
- Assumir atitudes de combate ao mosquito-da-dengue.
-
Elaborar cartazes informativos sobre os cuidados para evitar a
proliferação do mosquito.
Orientações didáticas
O tema desta seção pode ser trabalhado conjuntamente com alguns temas abordados na área de Ciências. É importante que os estudantes tenham conhecimentos sobre saúde e transmissão de doenças, aspecto que está relacionado à Competência Específica de Geografia 7 .
Faça a leitura compartilhada do texto.
Explique que a dengue é uma doença causada por um vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O mosquito pica uma pessoa contaminada com o vírus e, depois de 10 a 14 dias, passa a transportá-lo em seu organismo, tornando-se capaz de transmiti-lo para outras pessoas.
Comente com os estudantes que a língua utilizada nos nomes científicos é o latim e que eles devem ser destacados em itálico ou sublinhados. A primeira letra do primeiro termo (nome do gênero) deve ser maiúscula e a do segundo (epíteto específico), minúscula. Essa nomenclatura é universal e, portanto, usada e compreendida no mundo todo. Aedes aegypti é o nome científico do mosquito conhecido popularmente como mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado.
Atividade complementar: Pesquisando as doenças transmitidas por água contaminada
Os estudantes podem pesquisar doenças como amebíase, cólera, leptospirose, gastroenterite, febre tifoide, giardíase, esquistossomose, hepatite tipo A, entre outras, recolhendo informações como modo de transmissão, sintomas e maneiras de evitá-las.
A atividade de pesquisa poderá ser realizada em casa ou na escola, individualmente ou em grupo. Se a atividade for realizada individualmente em casa, proponha a comparação dos resultados obtidos, uma vez que haverá variação das fontes de pesquisa.
MP059
LEGENDA: Guardar pneus em locais protegidos da chuva. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- A água, uma substância necessária à vida, pode causar doenças. Explique essa afirmação.
- Qual é o agente transmissor da dengue?
- Onde se desenvolve esse agente transmissor?
-
Por que devemos evitar o acúmulo de água nos ambientes?
Vamos fazer
Você viu que adotar alguns cuidados no dia a dia ajuda a combater o mosquito transmissor da dengue. Que tal divulgar esses cuidados para outros colegas da escola?
- Siga as etapas listadas e bom trabalho!
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Reúna-se com alguns colegas e listem os cuidados que as pessoas devem ter para não deixar água acumulada. Vocês podem utilizar os exemplos mostrados nesta página e na anterior e acrescentar outros.
- Depois, escrevam cada um desses cuidados em uma cartolina diferente. Procurem utilizar frases que chamem a atenção das pessoas.
- Ilustrem os cartazes de acordo com as frases.
- Deem um título ao trabalho.
- Espalhem os cartazes pela escola.
MANUAL DO PROFESSOR
Antes de pedir a pesquisa, explique que a água contaminada pode causar várias doenças, desde uma simples dor de barriga até cólera, que pode levar à morte. Comente que muitas pessoas no Brasil contraem doenças pelo contato com água contaminada, e que isso se deve principalmente à falta de saneamento básico, que ainda é um problema comum em todo o Brasil. Mesmo nas cidades maiores e mais industrializadas, há poucas estações de tratamento de água e as contaminações são frequentes. Nos locais onde há investimento em saneamento básico, a incidência de doenças e internações hospitalares é menor, assim como a mortalidade infantil.
Atividade 1. É importante que os estudantes apontem que a água poluída, contaminada ou sem tratamento adequado é imprópria para o consumo. Comente que a água poluída ou contaminada contém agentes causadores de doenças (bactérias, vírus e outros microrganismos) e, por isso, pode causar várias doenças.
Atividades 2 a 4. Com base no texto, os estudantes devem indicar que o agente transmissor da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em locais onde há água acumulada. Por essa razão é importante não deixar no ambiente recipientes onde a água se acumule.
Atividade 5. Forneça aos estudantes informações gerais sobre a atividade proposta e as etapas que devem seguir. Explique que o objetivo final da atividade é a realização de uma campanha pelo controle da dengue. Para isso, os grupos deverão coletar, organizar e divulgar informações que orientem as pessoas a combater o mosquito transmissor da dengue.
Oriente os estudantes a não copiar os textos pesquisados, mas elaborar sínteses utilizando as próprias palavras.
Literacia e Ciências Humanas
Esclareça à turma que a finalidade de uma campanha é convencer alguém a adotar determinado comportamento. Para isso, é preciso que os cartazes tragam imagens e informações que causem impacto nos leitores. Um título chamativo e intrigante também é fundamental.
Lembre aos estudantes que a linguagem utilizada deve ser adequada ao público-alvo da campanha, ou seja, estudantes da escola. Considerando esse dado, o ideal é que usem informações ou imagens que estejam relacionadas ao universo jovem.
Oriente a produção dos cartazes, que devem ter: frases curtas, letras grandes para permitir leitura a certa distância e imagens que se relacionem com o texto e chamem a atenção do leitor.
MP060
Capítulo 2. Os vestígios das atividades humanas
Os profissionais que se dedicam a investigar e a interpretar os fatos ocorridos ao longo do tempo são chamados historiadores. Os estudos desenvolvidos por esses profissionais nos ajudam a refletir sobre o passado e o presente com base nas mudanças e permanências que identificamos na sociedade.
Vestígios da presença humana, por exemplo, são importantes ferramentas de trabalho para os historiadores. Para analisar esses vestígios, eles podem se apoiar nos estudos de outros profissionais, como os arqueólogos.
Como vimos no início da unidade, os arqueólogos desenvolvem investigações em sítios arqueológicos e interpretam os vestígios que encontram, como instrumentos feitos de ossos e pedras, vasos de cerâmica, cestos, restos de fogueiras, adornos etc.
Ao analisar pinturas feitas nas paredes de cavernas, restos de fogueiras, instrumentos feitos de rochas, restos de alimentos em utensílios de cerâmica e ossadas de pessoas e de animais, por exemplo, é possível descobrir como os seres humanos que viveram há milhares de anos se relacionavam com o ambiente, se alimentavam, se abrigavam, se deslocavam por diferentes lugares, entre outras informações.
LEGENDA: Arqueólogos trabalhando em escavação na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2018. Esse sítio arqueológico guarda vestígios de escravizados. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Que vestígios os seres humanos podem deixar por onde passam?
- O que é possível descobrir por meio do estudo desses vestígios?
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 30-31 podem ser trabalhadas na semana 6.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Compreender que os vestígios deixados pelos seres humanos podem revelar informações sobre sua história.
- Conhecer alguns tipos de fonte histórica.
- Conhecer e aplicar procedimentos de análise de fontes históricas.
- Conhecer alguns aspectos do processo do desenvolvimento dos seres humanos ao longo de milhões de anos.
- Conhecer alguns aspectos do povoamento do continente americano.
- Reconhecer as pinturas rupestres como vestígios milenares da atividade humana.
- Compreender a relação entre o processo de sedentarização e o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais pelos seres humanos.
-
Associar a elaboração dos calendários à observação dos fenômenos
cíclicos da natureza, como as fases da Lua e os movimentos da
Terra.
Orientações didáticas
Acompanhe os estudantes na exploração do conteúdo da página e esclareça as eventuais dúvidas.
Atividade 1. Proponha aos estudantes o compartilhamento das respostas registradas no caderno. Entre os vestígios deixados pelos seres humanos, eles podem citar pinturas feitas nas paredes de cavernas, restos de fogueiras, instrumentos de osso e de pedra, utensílios de cerâmica, ossadas humanas e de animais. Espera-se que eles mencionem que o estudo desses vestígios permite descobrir como os seres humanos viviam há milhares de anos, como se relacionavam com o ambiente, alimentavam-se, abrigavam-se e se deslocavam por diferentes lugares, entre outras informações.
Agricultores e sedentários
[...] estudos arqueológicos têm colocado à prova a visão tradicional sobre os povos indígenas do tronco linguístico Jê que habitaram entre o sul de São Paulo e o norte do Rio Grande do Sul na primeira metade do milênio passado. Escavações [...] feitas em sítios do planalto de Santa Catarina indicam que esses grupos, dos quais descendem os índios das atuais etnias Kaingang e Laklãnõ/Xokleng, eram mais do que caçadores-coletores que levavam uma vida nômade, sem local de moradia fixa e hierarquia social definida. Eles também praticavam a agricultura e podiam viver por longos períodos em casas subterrâneas, provavelmente para se proteger do frio da região. [...]
Outro sítio das terras altas catarinenses que reforça a hipótese de que os proto-Jê não eram nômades e não viviam apenas da caça e da pesca é Bonin, no município de Urubici, perto de Lages, hoje um dos lugares mais frios do Brasil.
MP061
No estado de Santa Catarina, por exemplo, arqueólogos encontraram restos de alimentos em potes de cerâmica em locais habitados há cerca de 700 anos por povos indígenas do grupo proto-Jê . Ao estudar esses vestígios, eles descobriram que esses povos eram agricultores e cultivavam mandioca, feijão, milho, abóbora e, possivelmente, cará.
LEGENDA: Fragmentos de pote de cerâmica de 700 anos atrás encontrados nas escavações realizadas no município de Urubici, no estado de Santa Catarina. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- O que os arqueólogos descobriram sobre os povos indígenas proto-Jê ao estudar restos de alimentos encontrados em potes de cerâmica?
Outros exemplos de vestígios que podem ser estudados por arqueólogos são restos de fogueiras. Esses vestígios podem indicar que os seres humanos que viveram no passado usavam o fogo para se aquecer, cozinhar alimentos e espantar animais. Pontas de lança e outros instrumentos feitos de rochas revelam a forma como caçavam e pescavam e o seu grau de desenvolvimento técnico. A utilização de cerâmica revela que tinham conhecimentos sobre o cozimento do barro.
-
No caderno, faça um quadro como o do
modelo a seguir e
complete-o com a possível interpretação de cada vestígio deixado
pelos seres humanos.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Vestígio |
Interpretação |
---|---|
Restos de fogueira |
_____ |
Pontas de lança e outros instrumentos feitos de rochas |
_____ |
Cerâmica |
_____ |
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Nessa localidade, foi encontrada uma aldeia com 23 casas semissubterrâneas espalhadas por uma área de 3 hectares, na parte superior da planície da várzea do rio Canoas. Em um estudo publicado em junho de 2015 [os autores] relatam, pela primeira vez, a identificação de vestígios do consumo de mandioca, feijão e talvez inhame em um sítio proto-Jê, além dos tradicionais milho e abóbora. [...]. Segundo as datações realizadas pelos pesquisadores, o sítio foi ocupado entre 1300 e 1440 d.C. “Essas descobertas indicam que os proto-Jê do Sul tinham uma economia de subsistência diversificada e, além de caçar, pescar e coletar, produziam sua própria comida mais de um século antes da chegada dos europeus”, comenta Corteletti.
FONTE: PIVETTA, Marcos. Agricultores e sedentários. Pesquisa Fapesp . São Paulo, ed. 252, fev. 2017, p. 78-83.
Incentive os estudantes a relacionar os diferentes tipos de vestígio às informações que eles podem revelar sobre as atividades humanas.
Explique que, além dos arqueólogos, profissionais como os biólogos, os químicos e os paleontólogos são fundamentais para o estudo dos vestígios arqueológicos. Se julgar conveniente, selecione e apresente para os estudantes reportagens sobre achados arqueológicos no Brasil e explore os procedimentos realizados por profissionais das diferentes áreas do conhecimento para decifrar as informações relacionadas às descobertas, como a datação.
Comente que o trabalho de pesquisa e investigação do passado envolve uma constante busca por vestígios. Para a arqueologia, os restos de uma fogueira, instrumentos feitos de rochas e pedaços de cerâmicas são considerados fontes importantes de informação sobre o passado.
Atividade 2. Espera-se que os estudantes mencionem que, por meio dos vestígios deixados pelos proto-Jê, os arqueólogos descobriram que esses povos eram agricultores e se alimentavam de mandioca, feijão, milho, abóbora e, possivelmente, cará.
Atividade 3. Peça aos estudantes que releiam o texto antes de fazer a atividade. Incentive-os a buscar as respostas coletivamente e a trocar ideias antes de preencher o quadro. Espera-se que eles façam as seguintes considerações sobre os grupos humanos que deixaram os vestígios listados: os restos de fogueira indicam que usavam o fogo para se aquecer, cozinhar alimentos e espantar animais; os utensílios de rocha revelam a forma como caçavam e pescavam e seu grau de desenvolvimento técnico; a cerâmica indica que tinham conhecimentos sobre o cozimento do barro.
MP062
Fontes históricas
Todas as produções dos seres humanos, desde uma pedra lascada até um celular, são fontes históricas, isto é, vestígios que permitem ao historiador conhecer a trajetória das sociedades ao longo do tempo.
Por meio da análise dessas marcas, o historiador pode descobrir como as sociedades se organizavam e quais eram os hábitos alimentares, os costumes religiosos, as formas de se divertir e as maneiras de se vestir das populações de um período. O estudo e a comparação das fontes também ajudam a entender as transformações que ocorreram na escrita, na arte ou no modo de produzir.
As fontes históricas podem ser classificadas em:
• Fontes materiais : referem-se aos objetos produzidos por uma sociedade, como pedras talhadas, utensílios domésticos, brinquedos, documentos escritos, construções etc.
• Fontes imateriais: são fontes que não têm um suporte físico, mas fazem parte da memória das pessoas e podem ser transmitidas de geração em geração, como músicas, lendas, tradições e costumes.
LEGENDA: Réplica de um calendário produzido pelos astecas, povo que viveu entre os anos 1300 e 1600, na região onde hoje se localiza o México. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Grupo folclórico na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As quatro aulas previstas para o conteúdo das páginas 32-35 podem ser trabalhadas nas semanas 6 e 7.
Fim do complemento.
Leve para a sala de aula objetos antigos, preferencialmente livros e documentos, e inicie a aula comentando cada um dos itens.
Explique aos estudantes que esses objetos foram produzidos ou utilizados em determinada época e, portanto, podem nos trazer informações sobre o passado.
Chame a atenção dos estudantes para a imagem do calendário asteca. Explique que os arqueólogos buscam vestígios de povos antigos para obter informações sobre eles. Explore em seguida a cena da apresentação de um grupo folclórico para explicar a diferença entre fonte material e fonte imaterial.
Reforce também a importância das fontes escritas e diga-lhes que tudo o que registram agora poderá ser usado no futuro, por exemplo, por um historiador que esteja estudando um aspecto da Educação em 2022.
Chame a atenção dos estudantes para programas de TV que abordam a memória da própria produção e explique que, para fazer esses programas, os canais de TV empregam vários historiadores especialistas no assunto.
Uma das melhores maneiras de falar sobre fontes orais é pedir a todos que cantem “Ciranda, cirandinha” e perguntar se aprenderam ouvindo de outras pessoas ou lendo em um livro e estudando a partitura.
Atividade complementar: Brincando de arqueologia
Selecione algumas peças de barro ou cerâmica que estejam para ser descartadas. Elas podem estar quebradas, desde que seus pedaços não sejam cortantes ou perigosos para o manuseio. Enterre as peças em uma parte ajardinada da escola e chame a turma para escavar e encontrá-las. Os estudantes devem escavar com cuidado, para não danificar as peças, e anotar em uma lista cada peça encontrada. Se possível, eles devem tirar fotografias. Após a atividade, explique a eles que o trabalho do arqueólogo exige muito cuidado para não danificar as peças encontradas nas escavações. Além disso, é necessário um trabalho meticuloso de anotação e classificação das observações realizadas.
MP063
É possível também fazer outro tipo de classificação das fontes históricas:
- Fontes escritas: são documentos escritos, como cartas, livros, certidões de nascimento, diários, escrituras e relatos de viagens.
- Fontes visuais: são imagens e representações produzidas por uma sociedade, como pinturas rupestres, obras de arte, filmes e fotografias.
- Fontes orais: são as produções sonoras, como músicas, cantigas, lendas, discos, entrevistas gravadas e depoimentos.
LEGENDA: Manuscrito asteca feito nos anos 1500, em papel. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Pintura rupestre datada de mais de 20 mil anos, no Parque Nacional Serra da Capivara, no município de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Johannes Vermeer. Moça com brinco de pérola, 1665. Óleo sobre tela, 44,5 cm × 39 cm. FIM DA LEGENDA.
- Explique o que são fontes históricas e por que elas são importantes para o historiador.
PROFESSOR
Resposta: São todos os vestígios deixados pelos seres humanos ao longo do tempo. Elas são importantes porque ajudam a conhecer o modo de vida das sociedades de diferentes épocas.MANUAL DO PROFESSOR
Oriente os estudantes na exploração das informações textuais e visuais. Com base nos elementos apresentados, eles poderão executar com autonomia a atividade proposta.
Atividade 4. Se julgar produtivo, proponha aos estudantes o compartilhamento das respostas. Espera-se que eles mencionem que fontes históricas são todos os vestígios deixados pelos seres humanos ao longo do tempo, e que elas são importantes porque ajudam a conhecer o modo de vida das sociedades de diferentes épocas.
Após a realização da atividade, sugira um desafio: em que categoria se situam os materiais audiovisuais? Explique aos estudantes que a tipologia apresentada é uma forma de classificação, mas algumas fontes podem combinar características de mais de um tipo.
A atividade sobre o uso e a importância de fontes históricas, aliada a uma reflexão sobre a produção do conhecimento histórico, contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF04HI01 .
O uso de documentos no ensino de História
É claro que existem documentos históricos inacessíveis ao aluno do primeiro e segundo ciclos do Ensino Fundamental. Há documentos escritos em outras línguas, em português arcaico ou simplesmente com um vocabulário e sintaxe além das possibilidades de compreensão da maioria dos alunos da Educação Básica. Mas há também documentos cuja leitura é mais fácil, além de outras formas de vestígios do passado, como imagens ou relatos orais. Além disso, há também a possibilidade de simplificar, para fins didáticos, um texto mais complexo. O que não se justifica é privar os alunos do contato com o documento, pois este é essencial para que se possa pensar historicamente.
FONTE: MOREIRA, Cláudia Regina Silveira; VASCONCELOS, José Antonio. Didática e avaliação no ensino de História. Curitiba: IBPEX, 2007. p. 52.
MP064
- Observe as fontes históricas a seguir e classifique-as utilizando as palavras do quadro.
escrita – visual
LEGENDA: Fotografia de mulher, de Marc Ferrez, no estado da Bahia, em 1885. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta: Visual.LEGENDA: Carta de Santos Dumont a Antonio Prado, escrita em 1926. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Resposta: Escrita.- Com a ajuda de familiares, pesquise exemplos de fontes escritas, orais e visuais que se relacionem com a história de sua família. Depois, responda no caderno às questões.
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Que fontes você pesquisou?
- De que tipo elas são?
- O que elas revelam sobre a história de sua família?
MANUAL DO PROFESSOR
Se necessário, retome a tipologia de fontes históricas apresentada na página anterior. Verifique se está claro que as fontes visuais também são chamadas fontes iconográficas.
Atividade 5. Peça aos estudantes que observem as imagens com atenção e que as descrevam oralmente antes de classificá-las.
Atividade 6. Leia o enunciado da atividade com os estudantes e esclareça eventuais dúvidas sobre o encaminhamento do trabalho. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, promovendo a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela.
Explique aos estudantes que a proposta de pesquisar e interpretar fontes relacionadas à história da família é uma oportunidade de praticar e entender os procedimentos utilizados na construção do conhecimento histórico.
Ressalte que qualquer produção humana no tempo e no espaço pode ser considerada fonte histórica.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04HI01 .
Literacia e Ciências Humanas
O trabalho desenvolvido nestas páginas proporciona aos estudantes a reflexão sobre a importância das fontes históricas para conhecer o passado. Por meio das atividades propostas, é possível exercitar a interpretação de fontes históricas.
Os museus são bons para pensar, sentir e agir
Os museus estão entre os locais que nos proporcionam a mais elevada ideia do homem, diz André Malraux. Eles são janelas, portas e portais; elos poéticos entre a memória e o esquecimento, entre o eu e o outro; elos políticos entre o sim e o não, entre o indivíduo e a sociedade. Tudo o que é humano tem espaço nos museus. Eles são bons para exercitar pensamentos, tocar afetos, estimular ações, inspirações e intuições. Como tecnologias ou ferramentas que articulam múltiplas temporalidades em diferentes cenários socioculturais, como territórios que propiciam experiências de estranhamento e familiarização, como entes que devoram e ressignificam o sentido das coisas, os museus operam com memórias e patrimônios e fazem parte das necessidades básicas dos seres humanos. Por este caminho, pode-se compreender que em todo e qualquer museu está presente o gênio humano, a indelével marca da humanidade.
MP065
As construções, as máquinas, os móveis e outros objetos utilizados no dia a dia são fontes históricas que fazem parte da cultura material de uma sociedade.
A cultura material pode revelar informações sobre o passado, como quem foram as pessoas que criaram e usaram os objetos investigados e quais eram os gostos, as preferências, os hábitos e o nível de desenvolvimento tecnológico delas.
Para estudar uma fonte de cultura material, como um objeto, é preciso fazer algumas perguntas sobre ela. Por exemplo, pense na cadeira em que você está sentado: De que material ela é feita? Por que ela foi feita desse material? Ela é confortável? Ela é diferente de outras cadeiras? Em que época ela foi feita? Ela foi fabricada artesanalmente ou industrialmente?
Além de fazer perguntas e tentar encontrar possíveis respostas, é necessário investigar fontes complementares, como livros, fotografias, documentos escritos e entrevistas, para verificar as hipóteses levantadas sobre a fonte de cultura material.
- Observe os objetos a seguir e faça o que se pede.
LEGENDA: Objeto exposto no Museu Paraense Emílio Goeldi, no município de Belém, no estado do Pará. Comprimento: 66 centímetros. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Objeto exposto no Museu da Casa Brasileira, na cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo. Comprimento: 110 centímetros. FIM DA LEGENDA.
- Com base nos conhecimentos que você tem e no levantamento de hipóteses, responda no caderno às questões a seguir.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- De que materiais cada objeto foi feito? Por que eles têm esse formato?
- Em que época cada um foi feito? Para que cada um era usado?
- Eles têm o mesmo uso atualmente?
- Agora, pesquise informações sobre cada objeto em outras fontes, como os sites dos museus onde as peças estão expostas. Resgistre as informações no caderno.
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Em sala de aula, converse com os colegas e o professor sobre as descobertas que fez.
MANUAL DO PROFESSOR
Entre os mais diferentes grupos culturais e sociais há uma nítida necessidade e uma notável vontade de memória, de patrimônio e de museu. Esse fenômeno social não é uma exclusividade do mundo contemporâneo, ainda que no mundo contemporâneo ele tenha grande visibilidade.
A essas necessidades e vontades não corresponde automaticamente a garantia dos direitos à memória, ao patrimônio e ao museu. O exercício desses direitos de cidadania precisa ser conquistado, afirmado e reafirmado cotidianamente.
FONTE: CHAGAS, Mário de Souza; STORINO, Claudia M. P. Os museus são bons para pensar, sentir e agir. Musas: Revista Brasileira de Museus e Museologia. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Departamento de Museus e Centros Culturais, n. 3, 2007. p. 6.
Explique aos estudantes que as fontes que têm suporte físico, como papel e madeira, são classificadas como objetos da cultura material. As fotografias, os documentos escritos e os objetos se enquadram nessa categoria.
Instigue os estudantes a imaginar que um historiador do futuro estudará sua cadeira escolar como fonte histórica e a pensar no que esse historiador poderia descobrir sobre a vida deles ao analisar esse objeto. Promova um momento de troca de ideias em que os estudantes possam expressar com liberdade o que imaginaram.
Atividade 7. Acompanhe os estudantes na observação dos objetos apresentados e peça que respondam no caderno às questões propostas. Sugerimos que o item b seja feito em casa por exigir pesquisa de determinadas informações. Oriente os estudantes a consultar fontes na internet que sejam confiáveis.
Em sala de aula, avalie as hipóteses levantadas pelos estudantes e confronte-as com os dados pesquisados.
O primeiro objeto é um banco zoomorfo (com formato de animal) de madeira feito nos anos 1960 pelo povo indígena Palikur, que vive no estado do Amapá. Explique que os bancos zoomorfos são de confecção e uso exclusivo dos pajés Palikur em sessões de cura e nas festas em homenagem aos espíritos benfazejos. O segundo objeto é uma batedeira de manteiga, que pode ser interpretada como um utensílio doméstico porque, no passado, principalmente no campo, as pessoas tinham menos acesso aos produtos industrializados e costumavam preparar manteiga em casa. Acrescente que essas peças mudaram de uso e significado ao longo do tempo, pois agora fazem parte do acervo de um museu; portanto, não são mais usadas como banco ou batedeira de manteiga.
MP066
Para ler e escrever melhor
O texto a seguir classifica as fontes históricas em materiais e imateriais.
Fontes materiais e imateriais
As fontes históricas podem ser classificadas em materiais e imateriais .
A cerâmica marajoara é um exemplo de fonte histórica material . Ela era produzida entre os anos 400 e 1400 pelos povos indígenas que habitavam a atual Ilha de Marajó, no estado do Pará. As diversas pesquisas arqueológicas desenvolvidas na região são responsáveis por encontrar esses vestígios.
A cerâmica marajoara é considerada uma fonte material porque possui um suporte físico, ou seja, pode ser observada e tocada.
O frevo é um exemplo de fonte histórica imaterial . Ele começou a ser praticado nos anos 1700, no atual estado de Pernambuco, principalmente nos municípios de Recife e Olinda, por trabalhadores negros que dançavam ao som de marchas de carnaval e músicas improvisadas. Até hoje é muito presente nas festas e no carnaval da região, que atrai turistas de vários lugares.
O frevo é considerado uma fonte imaterial porque não tem um suporte físico, mas faz parte da memória e dos costumes das pessoas.
Analise
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Como as fontes históricas podem ser classificadas?
- Qual é a diferença entre as fontes históricas materiais e as fontes históricas imateriais?
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo desta seção podem ser trabalhadas na semana 7.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Ler um texto expositivo sobre classificação de fontes históricas.
- Diferenciar fontes históricas materiais de imateriais.
-
Produzir um texto de classificação com base em um modelo.
Orientações didáticas
O trabalho proposto nesta seção é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação, além da produção escrita.
Observe que as ilustrações da página representam peças de cerâmica de arte indígena marajoara e uma dançarina de frevo como exemplos de fonte histórica material e fonte história imaterial, respectivamente. Se julgar conveniente, explore objetos presentes na sala de aula como fontes históricas do presente.
Oriente os estudantes a ler individualmente o texto e a responder às atividades 1 e 2 no caderno. Isso facilitará a organização das informações de acordo com o modelo proposto na página abaixo.
Nesta seção são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04HI01 .
A abordagem deste assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Identidade e diversidade cultural no Brasil. É uma ocasião para discutir como a diversidade cultural é estabelecida a partir das trocas entre as tradições e os costumes dos múltiplos povos que participaram da formação da identidade nacional.
Frevo como fonte histórica
Seriam manifestações culturais como o frevo e o samba de roda do Recôncavo Baiano, fontes para o ensino de História? Como, então, dar ao registro destes patrimônios um tratamento que permita utilizá-los como fontes?
O patrimônio imaterial consagrado é basicamente uma escolha, feita por alguém, de algum lugar com determinado objetivo. A partir destas simples constatações, já percebemos uma grande semelhança destes patrimônios com os documentos históricos. Além disso, o patrimônio imaterial consagrado parte da identificação e descrição de determinados saberes, lugares, celebrações e formas de expressão, o que permite a utilização de um material concreto para ser problematizado em sala de aula. [...]
MP067
Organize
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Faça no caderno um quadro como o do modelo abaixo e preencha-o com as informações apresentadas no texto anterior sobre a cerâmica marajoara e o frevo. Identifique o tipo de fonte histórica de cada um e descreva quando, onde e por quem foi criado.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Tipo de fonte |
Quando, onde e por quem foi criado |
|
---|---|---|
Cerâmica marajoara |
_____ |
_____ |
Frevo |
_____ |
_____ |
Escreva
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Agora é sua vez de produzir um texto classificando duas fontes históricas. Siga o modelo anterior e use as informações do quadro a seguir.
-
Em sala de aula, leia o seu texto para os colegas e o professor.
Conversem sobre as semelhanças e as diferenças entre os textos.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Tipo de fonte
Quando, onde e por quem foi criado
Carta do achamento do Brasil
Material
Foi escrita por Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal em 1500. A carta contém informações sobre as riquezas das terras que se tornariam o Brasil.
Capoeira
Imaterial
Era praticada pelos africanos escravizados no Brasil desde os anos 1600. Trata-se de uma manifestação cultural que envolve canto, toque de instrumentos musicais, dança, golpes de luta, símbolos e rituais de herança africana.
MANUAL DO PROFESSOR
O frevo, patrimônio imaterial brasileiro registrado em 2007, é apresentado no site do IPHAN, como uma forma de expressão musical, coreográfica e poética densamente enraizada em Recife e Olinda, no estado de Pernambuco. Surgido no final do século 19, em um momento de transição e efervescência social, o frevo pode ser visto como expressão das classes populares na configuração dos espaços públicos e das relações sociais nessas cidades.
É válido observar que a história do frevo está registrada na memória coletiva do povo pernambucano, nos modos como essas pessoas povoam a vida sociocultural do Recife, sua forma de organização; participação da população na festa, no cotidiano, nas intenções políticas e sentidos por elas atribuídos. [...]
FONTE: TRINDADE, Rhuan Targino Zaleski; SCHWENGBER, Jacson; SILVA, Diego Scherer da. Fontes históricas, patrimônio imaterial e ensino de história. Aedos, n. 11, v. 4, set. 2012.
Explique aos estudantes que os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas e ao modo de ser das pessoas. Desta forma, podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais. Na lista de bens imateriais brasileiros estão a festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a feira de Caruaru, o frevo, a capoeira, o modo artesanal de fazer queijo de Minas e as matrizes do samba no Rio de Janeiro.
Atividade 4. Leia com os estudantes as informações do quadro. Explique que essas são as informações que deverão utilizar para produzir o texto de classificação de acordo com o modelo. Sugerimos que a atividade seja realizada em casa, promovendo a integração e o diálogo do estudante com um familiar, além do compartilhamento de experiências e conhecimentos construídos fora da escola, para que dessa forma ganhem significado dentro dela. A leitura oral do texto pode ser realizada na escola e depois em casa, possibilitando um momento de literacia familiar.
Ao final da atividade, promova o compartilhamento das produções dos estudantes.
Para o estudante ler
O mundo muda... se a gente ajuda!, de Flávia Savary. FTD, 2014.
Ao defender a preservação da a memória da cidade, um garoto de 10 anos descobre que pode promover mudanças no lugar onde vive.
MP068
O desenvolvimento dos seres humanos
Diversos estudos científicos demonstram que os seres humanos se desenvolveram por meio de um processo que durou cerca de 7 milhões de anos.
No decorrer desse processo surgiram seres com algumas características semelhantes às dos seres humanos atuais, chamados hominídeos .
Uma das principais características dos hominídeos é o fato de serem bípedes, isto é, andarem sobre duas pernas. Evidências arqueológicas indicam que provavelmente os primeiros bípedes surgiram há cerca de 4,5 milhões de anos.
LEGENDA: Esculturas representando um casal de hominídeos que teria vivido na África, há cerca de 3,6 milhões de anos, expostas no Museu de História Natural de Nova York, nos Estados Unidos. Fotografia de 2008. FIM DA LEGENDA.
Com o passar do tempo, os hominídeos desenvolveram outras características, como a capacidade de fazer e usar utensílios e de se expressar por meio das linguagens oral e gráfica (desenhos).
- De acordo com estudos científicos, quanto tempo levou o processo por meio do qual os seres humanos se desenvolveram?
PROFESSOR
Resposta: 7 milhões de anos.- Qual é uma das principais características dos hominídeos?
PROFESSOR
Resposta: Serem bípedes, isto é, andarem sobre duas pernas.- Há quanto tempo surgiu essa característica?
PROFESSOR
Resposta: Há cerca de 4,5 milhões de anos.- Que outras características os hominídeos desenvolveram com o passar do tempo?
PROFESSOR
Resposta: Capacidade de fazer e usar utensílios e de se expressar por meio das linguagens oral e gráfica (desenhos).Um dos vestígios arqueológicos mais antigos de um hominídeo conhecido data de 6 a 7 milhões de anos. Trata-se de um crânio encontrado em 2001, em Chade, um país da África. Esse crânio recebeu o nome de Toumaï e pertenceu a um indivíduo de um grupo de hominídeos. Essa e outras evidências arqueológicas sugerem que a África foi o local onde se desenvolveram as espécies que deram origem ao ser humano atual.
LEGENDA: Crânio Toumaï . FIM DA LEGENDA.
- De acordo com as pesquisas arqueológicas, onde surgiu o ser humano?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 38-39 podem ser trabalhadas na semana 8.
Fim do complemento.
Explique à turma que os estudos sobre o surgimento e desenvolvimento dos seres humanos são esparsos, espalhados pelo mundo, e as informações que geram estão em constante atualização. A elaboração de teorias nesse campo do conhecimento baseia-se em estudos genéticos que consideram ligações entres os vestígios arqueológicos já encontrados, especialmente ossadas. Novos achados arqueológicos podem reconfigurar as teorias estabelecidas até o momento.
Acrescente, ainda, que existem diversas correntes de estudos paleontológicos e arqueológicos sobre o surgimento dos seres humanos e que essas correntes interpretam de formas distintas achados como ossadas, artefatos, restos de fogueiras e pinturas rupestres. O conteúdo apresentado, portanto, se baseia nas teorias mais gerais e aceitas pela maioria dos pesquisadores do mundo.
Explique que o desenvolvimento dos seres humanos não ocorreu de maneira linear, isto é, uma espécie deu origem diretamente à outra em uma sequência contínua. Por meio dos vestígios, sabe-se que esse desenvolvimento ocorreu de maneira ramificada, como em uma árvore em que os diversos galhos representam linhagens genéticas.
Acompanhe os estudantes na leitura do texto e esclareça as dúvidas que surgirem. Com base no texto, eles poderão responder às questões das atividades 8 e 9 .
Atividade 10. Incentive a troca de informações sobre o surgimento dos hominídeos no continente africano e estimule os estudantes a levantar hipóteses acerca da posterior migração de grupos humanos para outras partes do globo.
Para fins didáticos, neste livro o termo “hominídeo” se refere aos ancestrais dos seres humanos. Considera-se que os seres humanos se desenvolveram a partir do momento em que aparece a espécie Homo sapiens, há cerca de 200 mil anos.
A evolução humana
Alguns marcadores são característicos de nossa humanidade, como, por exemplo, o andar bípede, a capacidade de produzir linguagem, a comunicação precisa com outros indivíduos de nossa espécie e o desenvolvimento da expressão simbólica. Portanto, devemos procurar no passado indícios da origem de tais características, assim como explicar o que fixou essas inovações.
Podemos dizer que a história da linhagem que levou ao aparecimento da nossa espécie remonta a aproximadamente 7 a 6 milhões de anos, no fim do período geológico conhecido como Mioceno.
Data dessa época um fóssil encontrado no deserto do Chade, no continente africano, pertencente a uma espécie de primata cujas características anatômicas do crânio (com 350 cm 3), como a posição do forame magno, indicam já possuir postura bípede, ou seja, essa espécie já era capaz de se locomover em terra sobre as duas pernas. [...]
MP069
Os seres humanos fazem parte de um grupo de classificação dos seres vivos chamado Homo . Observe no quadro a seguir algumas espécies pertencentes a esse grupo e as características de cada uma delas.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Espécie |
Onde viveu |
Período |
Habilidades |
---|---|---|---|
Homo habilis |
África |
2,2 milhões a 1,4 milhão de anos atrás |
Fabricava instrumentos simples de rochas, com os quais caçava pequenos animais. |
Homo erectus |
África e Ásia |
1,9 milhão a 143 mil anos atrás |
Fabricava instrumentos mais elaborados, como machados de mão, e caçava grandes animais. Foi a primeira espécie a usar o fogo. |
Homo neanderthalensis |
Ásia e Europa |
400 mil a 40 mil anos atrás |
Foi a primeira espécie a usar vestimentas e a desenvolver linguagem. Alimentava-se por meio da caça de grandes animais. |
Homo sapiens * |
Todos os continentes |
200 mil anos até o presente |
Foi capaz de se adaptar a condições ambientais extremas, construiu instrumentos sofisticados e desenvolveu expressões artísticas. |
Nota de rodapé: *. Apenas essa espécie do gênero Homo sobreviveu, dando origem ao ser humano atual. Fim da nota.
FONTE: Linha do tempo interativa da evolução humana. Smithsonian. Museu Nacional de História Natural. Disponível em: http://fdnc.io/fnx. Acesso em: 13 mar. 2021.
- Com base nas informações do quadro, de qual dessas espécies você faz parte? Por quê?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.Já sabemos que os seres humanos pertencem à mesma espécie, chamada Homo sapiens. São ancestrais dessa espécie o Homo erectus e o Homo habilis, que povoaram a Terra partindo da região central do continente africano.
Assim, podemos dizer que fazemos parte de um grupo que surgiu no continente africano há cerca de 200 mil anos e de lá se espalhou pela África, Europa, Ásia, Oceania e América.
LEGENDA: Molde de crânio da espécie Homo erectus descoberto no Quênia, no continente africano, em 1984, com aproximadamente 1,6 milhão de anos. FIM DA LEGENDA.
- Na sua opinião, como os seres humanos alcançaram o continente que hoje chamamos América?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Os primeiros bípedes evoluíram e deram origem aos australopitecíneos. Até o momento são conhecidas no registro fóssil nove espécies desse grupo. As características anatômicas dessas espécies, no entanto, variam entre formas robustas e formas gráceis, embora a capacidade craniana, se comparada à dos humanos modernos, ainda é bastante reduzida, sendo mais próxima à capacidade craniana dos chimpanzés. [...]
É provável que essas espécies tenham evoluído em linhagens distintas, sendo que uma delas tenha levado ao surgimento do gênero Homo, do qual nós humanos modernos fazemos parte.
FONTE: MUSEU VIRTUAL DA EVOLUÇÃO HUMANA. Instituto de Biociências da Evolução Humana. Sinopse . Disponível em: http://fdnc.io/fnw. Acesso em:13 jun. 2021.
Espera-se que os estudantes compreendam que a aquisição de habilidades possibilitou aos hominídeos o domínio cada vez maior sobre a natureza. Isso permitiu o desenvolvimento de formas cognitivas como as linguagens gráfica e verbal. Saliente, portanto, que há mudanças, no sentido de aquisição de habilidades psicomotoras, entre as diversas espécies que deram origem aos seres humanos.
Explore com a turma o quadro que apresenta as características de algumas espécies pertencentes ao gênero Homo .
Ressalte que, como o desenvolvimento das espécies do gênero Homo não ocorreu de forma linear ou sequencial, algumas espécies existiram ao mesmo tempo e conviveram. Exemplifique esse fato por meio das datações apresentadas no quadro. Aproveite para esclarecer que evolução, nesses estudos, não significa melhora ou aperfeiçoamento, mas sim mudanças, transformações.
Explique que gênero e espécie são categorias de classificação dos seres vivos e que os seres humanos atuais fazem parte do gênero Homo e da espécie Homo sapiens .
Atividade 11. Espera-se que os estudantes identifiquem a produção de artefatos e a expressão por meio de linguagem como habilidades características da espécie Homo sapiens. É possível que eles já saibam que fazem parte da espécie Homo sapiens. Nesse caso, pergunte qual foi a fonte dessa informação.
Atividade 12. Incentive os estudantes a levantar hipóteses e a trocar ideias sobre o tema, mobilizando-os para o trabalho que será desenvolvido a seguir.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04HI02 .
MP070
O povoamento do continente americano
Pesquisadores ainda não encontraram evidências de que os seres humanos que povoaram a América tenham nascido e se desenvolvido no continente. Por isso, supõe-se que esses habitantes tenham vindo de outras partes do mundo.
Há alguns anos, a teoria mais aceita sobre o povoamento propunha que, há cerca de 12 mil anos, os seres humanos teriam chegado ao continente vindos da Ásia, provavelmente perseguindo grandes animais de caça. Eles teriam feito a travessia pelo Estreito de Bering, que liga os oceanos Pacífico e Glacial Ártico, entre a Ásia e a América. Congelado, o Estreito de Bering teria servido de passagem para o continente americano.
Essa teoria baseou-se nos vestígios arqueológicos, como pontas de lança feitas de rochas da chamada cultura Clovis, encontrados no Novo México, nos Estados Unidos, cuja datação também é de cerca de 12 mil anos. Ela foi reforçada pelas características físicas dos povos indígenas que habitam o continente americano até hoje, que se assemelham às características físicas dos povos asiáticos.
O mapa a seguir representa a vinda desses seres humanos à América de acordo com essa teoria.
FONTE: Elaborado com base em: Georges Duby. Atlas histórico mundial . Barcelona: Larousse, 2010. p. 14-15.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Considerando a teoria que acabamos de examinar, responda:
- De onde teriam vindo os primeiros habitantes da América?
- Há quanto tempo eles teriam chegado ao continente?
- Em que se baseou essa teoria?
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As três aulas previstas para o conteúdo das páginas 40-44 podem ser trabalhadas nas semanas 8 e 9.
Fim do complemento.
Reforce que os pesquisadores acreditam que o ser humano teve origem na África porque os vestígios mais antigos de ancestrais foram encontrados nesse continente.
Acrescente ainda que há cerca de 1,8 milhão de anos os hominídeos começaram a sair da África e alcançar terras de outros continentes por meio de rotas terrestres e, possivelmente, marítimas.
Faça a leitura do mapa com os estudantes. As informações nele contidas representam a teoria clássica de povoamento da América por meio do Estreito de Bering. Segundo outras teorias, no entanto, o povoamento do continente americano pode ter ocorrido por rotas marítimas: utilizando embarcações, grupos humanos teriam partido da Ásia em direção à Oceania, alcançado a Polinésia e, posteriormente, o continente americano via Oceano Pacífico.
Atividade 13. As questões propostas referem-se à teoria Clóvis, exposta no texto e representada no mapa.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 , EF04HI02 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.
Luzia e o povoamento da América
Boa parte dos arqueólogos norte-americanos costuma dizer que Luzia é uma aberração. Uma exceção, e não a regra entre os primeiros habitantes das Américas, os chamados paleoíndios, normalmente descritos como mongoloides, com traços orientais, semelhantes aos asiáticos e aos indígenas de hoje. Luzia é o nome dado ao crânio de uma jovem que viveu (e morreu) há cerca de 11 mil anos na região de Lagoa Santa, nos arredores de Belo Horizonte, rica em sítios pré-históricos. A polêmica ossada mineira choca os tradicionalistas por não apresentar características cranianas compatíveis com populações mongoloides. Suas feições lembram as dos atuais aborígines australianos e negros africanos.
MP071
Nos últimos anos, as teorias sobre o povoamento da América estão sendo revistas. Vestígios arqueológicos mais antigos que os da cultura Clovis foram encontrados em diversos pontos do continente. Eles sugerem que a presença humana pode ser anterior a 12 mil anos. Esses vestígios ainda indicam que os seres humanos podem ter chegado à América não somente por terra, mas também por mar. O fóssil de Luzia, por exemplo, encontrado no município de Lagoa Santa, no estado de Minas Gerais, apresenta características físicas parecidas com as dos africanos e dos australianos. Essa evidência arqueológica apontaria a existência de outras formas de povoamento do continente americano.
LEGENDA: Reconstituição facial de Luzia, fóssil humano de aproximadamente 11 mil anos. FIM DA LEGENDA.
- Leia o texto a seguir e, depois, responda às questões.
Povoamento das Américas
Novas evidências arqueológicas estão reescrevendo a história do povoamento das Américas.
[...]
Um dos estudos, com participação de três pesquisadores da USP, descreve uma série de descobertas feitas na Caverna Chiquihuite, a quase 3 mil metros de altitude, numa região árida e remota do norte do México. Soterradas pelo tempo no chão da caverna, os cientistas encontraram quase 2 mil ferramentas de pedra, além de ossos de animais e restos de carvão, pólen e plantas. A datação dos artefatos e dos sedimentos nos quais eles foram encontrados indica que seres humanos já estavam presentes no local entre 31 mil e 33 mil anos atrás.
[...]
A teoria predominante até agora era de que os primeiros viajantes do continente asiático só teriam atravessado a Beríngia a partir de 15 mil anos atrás [...]
Esses primeiros migrantes desenvolveram ferramentas de pedra lascada características da chamada “cultura Clóvis”, que aparecem amplamente nos registros arqueológicos da América do Norte a partir de 13 mil anos atrás. Por isso essa data era tida como referência para o povoamento em massa do continente [...].
[...]
O estudo da Caverna Chiquihuite, porém, propõe uma nova cronologia [...]. Afinal, se o homem entrou na América do Norte 30 mil anos atrás, é perfeitamente factível, também, que ele tenha chegado à América do Sul 10 mil ou 15 mil anos depois.
FONTE: Herton Escobar. Povoamento das Américas. Jornal da USP , 23. jul. 2020. Disponível em: http://fdnc.io/fny. Acesso em: 11 abr. 2021.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- As informações contidas no texto contribuem para o questionamento da teoria do povoamento do continente americano baseada na cultura Clovis? Quais são as evidências apresentadas?
- De acordo com as novas descobertas arqueológicas, quando os seres humanos entraram nas Américas?
MANUAL DO PROFESSOR
Essa discrepância levou os pesquisadores Walter Neves, do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da Universidade de São Paulo (USP), e Hector Pucciarelli, da Universidade de La Plata, Argentina, a proporem ainda no final da década de 1980 uma teoria alternativa para explicar a colonização das Américas. Segundo Neves e Pucciarelli, há pelo menos 12 mil anos teriam posto pé no Novo Mundo as primeiras levas de indivíduos semelhantes a Luzia, vindas da Ásia. Os mongoloides, também oriundos da Ásia, dos quais descendem todas as tribos indígenas ainda hoje encontradas entre a Patagônia e o Alasca, só teriam atingido o continente algum tempo depois. Ambas as populações utilizaram a mesma via de entrada para as Américas, o estreito de Bering.
FONTE: PIVETTA, Marcos. O novo mundo. Pesquisa Fapesp , n. 107, jan. 2005. p. 44.
Comente com a turma que o fóssil Luzia, encontrado no município de Lagoa Santa, no estado de Minas Gerais, é apontado como uma das evidências arqueológicas da existência de outras formas de povoamento do continente americano. Esse fóssil tem cerca de 11 mil anos e apresenta características físicas parecidas com as dos africanos e australianos.
Os vestígios encontrados na Serra da Capivara também seriam evidências de outras formas de povoamento da América. Segundo a pesquisadora Niède Guidon, esses vestígios indicam que havia atividade humana na região há 50 mil anos, o que reconfiguraria as teorias a respeito do povoamento do continente americano. No entanto, tais evidências ainda não foram amplamente aceitas pelos pesquisadores da área no mundo.
Além dessas, outras evidências anteriores a 12 mil anos foram encontradas em diversos locais do continente americano, o que corrobora a necessidade de revisão das teorias estabelecidas até o momento. O texto apresentado na atividade 14 aborda algumas dessas evidências.
Não é necessário que os estudantes desta faixa etária se apropriem de tais controvérsias científicas e elas não devem ser o centro da discussão. O importante é que compreendam que os estudos sobre a origem do ser humano e, também, sobre o povoamento da América, estão em constante construção, havendo diferentes teorias explicativas sobre os temas.
Atividade 14 . a) Espera-se que os estudantes observem que as informações apresentadas contribuem para o questionamento da teoria baseada na cultura Clóvis. De acordo com o texto, a datação de artefatos descobertos na Caverna Chiquihuite, no norte do México, indica que seres humanos já estavam presentes no local entre 31 mil e 33 mil anos atrás. b) As novas descobertas apontam que grupos humanos podem ter chegado ao continente americano há pelo menos 30 mil anos.
MP072
A pintura rupestre
Entre os numerosos vestígios da presença humana na América em datas anteriores à da cultura Clovis estão as pinturas rupestres. Elas são assim denominadas por serem representações feitas em rochas ou em superfícies, como teto e parede, de cavernas.
As pinturas rupestres podem ser fonte de informações sobre a maneira como os seres humanos se relacionavam entre si e com a natureza, bem como sobre o modo de vida, o cotidiano e as cerimônias dessas populações. É possível ainda investigar as técnicas de que dispunham.
As tintas utilizadas na pintura, por exemplo, eram feitas de materiais de origem mineral, como terra e pedras. Esses materiais eram amassados e misturados com água para produzir as cores vermelha, preta e cinza. Para pintar, os seres humanos utilizavam dedos, galhos, gravetos, penas ou chumaços de pelos de animais. A maioria das pinturas apresenta figuras humanas e animais em diferentes atividades.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Por que esse tipo de arte recebe o nome de rupestre?
- Como eram feitas as tintas para as pinturas rupestres?
- Observe a seguir a imagem de uma pintura rupestre. Depois, responda às questões.
LEGENDA: Pintura rupestre de cerca de 15 mil anos na caverna de Lascaux, na França. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
- O que está representado na imagem?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Em sua opinião, por que os hominídeos representaram isso?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Ao iniciar o estudo das pinturas rupestres, converse com a turma a respeito da importância das diferentes expressões artísticas ao longo da história dos seres humanos.
Peça aos estudantes que retomem o quadro da página 39, que apresenta algumas espécies do gênero Homo, e oriente-os a localizar no tempo a aquisição da habilidade de expressar-se por meio de linguagem gráfica pelos hominídeos.
Atividades 15 e 16. Oriente os estudantes a elaborar as respostas com base nas informações do texto.
Atividade 17. Inicie a atividade analisando a imagem com os estudantes e peça que identifiquem o que foi representado na cena retratada. Eles podem mencionar que foram representados animais de caça. Esclareça que os pesquisadores identificaram touros, bisões, cavalos, auroques (ancestrais das vacas atuais), veados, cabritos-monteses, mamutes, felinos, uma rena, um urso e um rinoceronte. Incentive os estudantes a levantar hipóteses sobre o porquê de os hominídeos terem feito essa representação.
Se julgar conveniente, faça cópias do texto “O que é arte rupestre?”, apresentado no rodapé destas páginas, e trabalhe sua leitura e interpretação com a turma.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02 .
O que é arte rupestre?
Em linhas gerais, a denominação arte rupestre (do latim rupes, rochedo) define qualquer conjunto de elementos gráficos pintados ou gravados sobre suportes rochosos fixos – em geral abrigos, grutas, lajedos, paredões e afloramentos – deixados por populações pretéritas, constituídas de grupos de caçadores-coletores, horticultores, agricultores ou pastores.
Considera-se que as representações gráficas rupestres constituem uma utilização particular do ambiente, por parte de um indivíduo ou grupo, já que elas expressam diferentes aspectos das representações mentais de certas sociedades, no passado. Assim sendo, os grafismos (conjuntos de signos visuais) testemunham sobre um modo singular de perceber e apreender a natureza, o território e os próprios grupos humanos.
MP073
Atualmente, cerca de 400 mil sítios arqueológicos com pinturas rupestres foram encontrados em diversos lugares do mundo. A África concentra a maior quantidade de pinturas e gravuras desse tipo.
No Brasil, pinturas rupestres podem ser vistas em várias unidades de conservação criadas para proteger sítios arqueológicos, como o Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, e o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais. Nos sítios arqueológicos do Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí, a arte rupestre é abundante.
LEGENDA: Pinturas rupestres no Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
- Leia o texto a seguir e, depois, responda no caderno às questões.
Os vestígios dos primeiros homens das Américas
Com uma área total de 130 mil hectares, a Serra da Capivara abriga mais de 900 sítios arqueológicos, 500 deles com pinturas rupestres.
Trata-se de um verdadeiro museu a céu aberto. São mais de 30 mil pinturas que revelam o cotidiano daqueles que podem ser considerados os primeiros brasileiros. As imagens mostram cenas de caça, de dança e de diferentes animais, entre tantos outros símbolos ainda não inteiramente decifrados.
[...]
Já foram descobertos esqueletos humanos datados em 10 mil anos e fósseis de animais há muito tempo extintos, como tigres-de-dentes-de-sabre, preguiças-gigantes e mastodontes, além de cerâmicas e artefatos de uso cotidiano de nossos antepassados.
Por conta das descobertas feitas ali, foi possível traçar novas rotas para a ocupação humana das Américas.
FONTE: Roberta Jansen. A arqueóloga que batalha para preservar os vestígios dos primeiros homens das Américas. BBC Brasil, 12 mar. 2016. Disponível em: http://fdnc.io/fnz. Acesso em: 6 mar. 2021.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Que vestígios arqueológicos foram encontrados na Serra da Capivara?
- O que as descobertas feitas na Serra da Capivara possibilitaram?
- Você já observou uma pintura rupestre de perto? Caso sim, conte para os colegas e o professor onde ela estava e o que representava.
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Embora não se possa conhecer o verdadeiro conteúdo significativo desses signos, nem sequer as motivações e circunstâncias reais em que eles foram realizados, o fato de serem expostos ao olhar e de terem a condição de permanentes, leva a pensar que se trata de um tipo de expressão gráfica de ideias que deveriam ser transmitidas e interpretadas por alguns grupos de indivíduos.
Neste sentido, a arte rupestre apresenta a intencionalidade como traço diferenciador, em relação aos outros vestígios arqueológicos. Fica claro o propósito deliberado de deixar mensagens, por parte de um indivíduo ou grupo, para que outros as pudessem decodificar.
FONTE: MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA. Universidade Federal da Bahia. Conhecendo a arte rupestre. Salvador, 2006. p. 3-4.
Reveja com a turma a imagem da abertura da unidade e pergunte aos estudantes do que eles se lembram a respeito do Parque Nacional Serra da Capivara.
Atividade 18. O texto retoma algumas informações apresentadas sobre o povoamento do continente americano. Leia-o com a turma e depois oriente os estudantes a responder às questões no caderno. Espera-se que eles observem que as descobertas arqueológicas feitas na Serra da Capivara contribuíram para a construção de novas hipóteses acerca da ocupação do continente americano pelos seres humanos. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação, além da produção escrita. Sugerimos que esses conhecimentos sejam trabalhados com a turma e individualmente, para que cada estudante se sinta apoiado em suas dificuldades e perceba que outros colegas possuem dificuldades semelhantes.
Atividade 19. Caso nenhum estudante tenha visto uma pintura rupestre de perto, pergunte se já viram documentários, revistas ou livros sobre o tema e estimule uma conversa a esse respeito. Se julgar interessante, peça previamente aos estudantes que pesquisem e tragam para a sala de aula imagens de pinturas rupestres de sítios arqueológicos de diferentes locais do território brasileiro, em especial dos que estão citados no texto.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02 .
Para você ler
A arte rupestre no Brasil, de Madu Gaspar. Zahar, 2003.
Um breve panorama histórico do estudo da arte rupestre, apresentando as interpretações dos grafismos encontrados nos principais sítios arqueológicos do Brasil.
MP074
O controle do fogo
Há cerca de 1 milhão de anos, os hominídeos descobriram como produzir fogo. Até então, eles usavam o fogo que se formava no ambiente naturalmente. Por exemplo, quando um raio atingia uma árvore e dava início a um incêndio, eles aproveitavam as chamas para fazer fogueiras, mas, caso elas se apagassem, eles não conseguiam produzir mais fogo.
No entanto, em algum momento os hominídeos perceberam que, ao esfregar rochas umas nas outras, era possível produzir faíscas e, a partir delas, fogo. Com essa descoberta, eles passaram a produzir e controlar o fogo, deixando de depender da natureza para isso. Com o fogo, eles podiam se aquecer, cozinhar alimentos e espantar animais.
LEGENDA: Incêndio causado em árvore por raio nas montanhas dos Cárpatos, que se estendem da Europa Central ao Leste Europeu, em 2016. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Wilhelm Kranz. Seres humanos em uma caverna, 1853. Litografia colorida. Observando a natureza, os seres humanos perceberam que materiais secos, como galhos e folhas, pegavam fogo facilmente ao serem atingidos por raios ou brasas de vulcão. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Como os hominídeos tinham acesso ao fogo antes de descobrir como produzi-lo?
- Como os hominídeos perceberam que podiam produzir fogo? O que essa descoberta significou?
- Com a descoberta do fogo, os hominídeos deixaram de consumir apenas alimentos crus, passando a cozinhar alguns deles. Que transformações você consegue perceber nos alimentos quando estão cozidos?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Antes de ler o texto com os estudantes, pergunte a eles se já observaram uma fogueira. É possível que já tenham visto fogueiras, até mesmo no ambiente escolar, pois são usuais em comemorações tradicionais brasileiras, como as festas juninas. Questione os estudantes sobre os resíduos deixados pela fogueira após o fogo ser apagado. Comente que em algumas situações esses resíduos podem ser preservados ao longo do tempo e seu estudo pode informar a respeito das atividades humanas de milhares de anos atrás.
Converse com os estudantes sobre os usos que fazemos do fogo atualmente. Reforce que, assim como no passado, atualmente utilizamos o fogo para cozinhar alimentos e nos aquecer de diversas formas. Explique que depois de aprenderem a produzir o fogo, com o passar do tempo, os seres humanos descobriram diversos usos para o aquecimento gerado pelo fogo, como a queima do barro para a produção de cerâmica e o processamento de metais e de vidro.
Atividades 20 e 21. Oriente os estudantes a elaborar as respostas com base nas informações do texto.
Atividade 22. Espera-se que os estudantes mencionem as transformações causadas nos alimentos quando submetidos ao aquecimento, como a mudança de textura, de cor e de sabor.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 , EF04HI02 e EF04GE11, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humana.
A transição para o sedentarismo
A base da agricultura, e, portanto, de todo o desenvolvimento histórico das sociedades humanas, foi o capim. [...]
Como exatamente se deu a transição, não é fácil dizer. Ajuda a saber que na Palestina e em torno dela existia, perto de 10000 a.C., uma população já sedentária em considerável medida [...]. Mais ainda, uma das maneiras pelas quais essa população assegurava sua sobrevivência era a colheita de sementes de capins silvestres, como nos é revelado pelo instrumental que ela deixou atrás de si – foices, pilões, covas para armazenamento forradas de argila, e assim por diante.
FONTE: COOK, Michek. Uma breve história do homem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005. p. 36-37.
MP075
A agricultura e a sedentarização
Os primeiros grupos humanos eram nômades, isto é, não tinham habitação fixa e mudavam constantemente de lugar. Como abrigo, utilizavam cavernas ou faziam tendas com peles de animais. Nas paredes de algumas cavernas foram encontradas pinturas rupestres com a representação de cenas do cotidiano desses grupos.
Para se alimentar, eles dependiam da caça, da pesca e da coleta de partes de plantas, como frutos e raízes. Por isso, precisavam estar sempre se deslocando em busca de locais que favorecessem a obtenção de alimentos.
Após determinado tempo, ao observar que sementes de frutos caídas no solo germinavam e davam origem a novas plantas que serviam para a alimentação, eles perceberam que podiam plantar e produzir o próprio alimento. Essa descoberta deu origem à agricultura, há cerca de 12 mil anos.
Mas, para colher os frutos daquilo que plantavam, era preciso esperar que a planta crescesse e se desenvolvesse. Com isso, teve início o processo de sedentarização dos seres humanos, isto é, eles começaram a se estabelecer e a se fixar no local onde realizavam as plantações.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Segundo o texto que você acabou de ler, o que significa ser nômade?
- Como os seres humanos puderam desenvolver a agricultura? Quando isso aconteceu?
- Observe a linha do tempo a seguir. Ela localiza alguns marcos fundamentais do desenvolvimento dos seres humanos.
• Agora, escreva no caderno uma legenda para cada um dos marcos destacados.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- De acordo com o texto, o que foi o processo de sedentarização?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Agricultura e cerâmica
[...] das grandes inovações culturais, a manipulação do solo foi dentre todas a mais revolucionária.
Ela traz, de uma só vez, a modelagem do barro e a agricultura. [...]
As motivações ao fabrico de peças e ao cultivo de espécies vegetais, entretanto, não foram as mesmas. Os artigos cerâmicos devem sua provável origem às manifestações artística, mística e religiosa [...]. Já a agricultura articulou-se pelo alargamento das possibilidades exploratórias por recursos alimentares.
FONTE: FELTRAN-BARBIERI, Rafael. Outro lado da fronteira agrícola: breve história sobre a origem e declínio da agricultura autóctone no cerrado. Ambiente & Sociedade. Campinas, v. XIII, n. 2, jul.-dez. 2010. p. 331.
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As três aulas previstas para o conteúdo das páginas 45-50 podem ser trabalhadas na semana 9.
Fim do complemento.
Inicie a leitura do texto com os estudantes e verifique se ficou claro para eles que o nomadismo é o modo de vida dos povos que se deslocam constantemente de um lugar para outro. Geralmente são povos caçadores-coletores, em busca dos locais com melhor oferta de alimentos, ou pastores que se mudam para encontrar novas pastagens para o gado.
Explique que a maioria dos grupos nômades do passado tornou-se sedentária com o desenvolvimento da agricultura. No entanto, ainda hoje existem grupos nômades, como os tuaregues ou beduínos que vivem na porção norte do continente africano.
Atividades 23 e 24. Oriente os estudantes a responder às questões com base nas informações do texto e nas discussões em sala de aula.
Atividades 25 e 26. As atividades propostas requerem dos estudantes a mobilização dos conhecimentos apreendidos até o momento sobre o desenvolvimento dos seres humanos e as habilidades adquiridas ao longo desse processo. Caso eles demonstrem dificuldade para elaborar as legendas e responder à questão, retome os conteúdos apresentados na unidade sobre o tema.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar nas habilidades da BNCC EF04HI02 e EF04HI04 .
MP076
O início da agricultura e da pecuária
Vestígios arqueológicos indicam que a prática da agricultura e o processo de sedentarização ocorreram em locais com facilidade de obter água, o que favorecia a produção de alimentos.
Uma região que atendia a esse requisito era o chamado Crescente Fértil, que se estendia do rio Nilo, no Egito, até as margens do rio Tigre e do rio Eufrates, onde atualmente é o Iraque.
No Crescente Fértil, a disponibilidade de água e os solos ricos em nutrientes favoreceram o cultivo agrícola, principalmente de trigo e sorgo. Nessa região, importantes civilizações se desenvolveram, como a egípcia.
No entanto, muitos grupos humanos mantiveram a caça e a coleta. Mais tarde, há cerca de 9 mil anos, eles começaram a domesticar animais, como ovelhas, porcos, cabras e bois.
FONTE: Pierre Vidal-Naquet e Jacques Bertin. Atlas histórico: da Pré-história aos nossos dias. Lisboa: Círculo de Leitores, 1990. p. 39.
- Com base nas informações do mapa e do texto, responda às questões.
- Qual é a principal característica da região chamada Crescente Fértil?
PROFESSOR
Resposta: A disponibilidade de água e os solos ricos em nutrientes.- Que rios banham essa região?
PROFESSOR
Resposta: Os rios Nilo, Tigre e Eufrates.- Explore as imagens a seguir e responda às questões.
LEGENDA: Pintura egípcia feita há cerca de 4 mil anos. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Pintura egípcia feita há cerca de 4 mil anos. FIM DA LEGENDA.
- Quais são as atividades representadas nas imagens?
PROFESSOR
Resposta: Agricultura, na imagem 1, e pecuária, na imagem 2.- Que produto está sendo cultivado? E que tipo de animal está sendo criado?
PROFESSOR
Resposta: O trigo. Bois.MANUAL DO PROFESSOR
Faça a leitura do mapa do Crescente Fértil com os estudantes e oriente-os a localizar o rio Nilo, no Egito, e o rio Tigre e o rio Eufrates, que ficam na região do atual Iraque.
Explique aos estudantes que a agricultura era praticada às margens de grandes rios, pois, por meio do movimento cíclico das cheias e das vazantes, o solo se tornava úmido e fértil, ideal para o plantio. Assim, o cultivo era feito logo após o recuo das águas dos rios que inundavam as áreas de várzea e enriqueciam os solos pelo acúmulo de sedimentos.
Reafirme que, com o desenvolvimento da agricultura, os grupos humanos, que antes se deslocavam constantemente em busca de plantas para a coleta e de animais para a caça, passaram a se fixar nos locais onde realizavam o plantio, pois era preciso esperar o crescimento das plantas até a colheita.
Com o passar do tempo, os alimentos foram sendo selecionados entre as espécies selvagens e, assim, surgiram as primeiras plantas domesticadas, entre as quais se destacam alguns grãos, como o trigo, a cevada, o milho e o arroz.
Atividade 28. Se julgar necessário, faça a leitura das imagens com os estudantes e ajude-os a identificar o cultivo de trigo, representado na imagem 1, e a criação de bois, representada na imagem 2.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI04 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.
A revolução neolítica
Há aproximadamente 12.000 anos antes de nossa Era começa a se desenvolver um novo processo de fabricação de instrumentos, o polimento da pedra. Essa novidade inaugura o último período da Pré-história, o neolítico.
Este se prolongará até o aparecimento da escrita e da metalurgia. Além dos machados e enxadas que podem fabricar-se pelo polimento de todos os tipos de pedras duras e passíveis de serem afiadas várias vezes, essa época é marcada por outras inovações revolucionárias, como a construção de moradias duráveis, a cerâmica de argila cozida e os primeiros desenvolvimentos da agricultura e da criação.
Entre 10.000 e 5.000 anos antes de nossa Era, algumas dessas sociedades neolíticas tinham, com efeito, começado a semear plantas e manter animais em cativeiro, com vistas a multiplicá-los e utilizar-se de seus produtos.
MP077
Com a prática da agricultura e da pecuária, os seres humanos aperfeiçoaram os instrumentos utilizados no dia a dia, que inicialmente eram feitos de rochas.
A princípio, os instrumentos eram produzidos batendo uma rocha contra a outra para criar extremidades cortantes. Assim se produziam pontas para as flechas, lanças usadas para caçar e lâminas, que serviam de facas.
LEGENDA: 1. Batendo uma rocha contra a outra, produzia-se uma
extremidade cortante.
2. Depois, a extremidade cortante era
afiada com um pedaço de osso. FIM DA LEGENDA.
FONTE: Elaborado com base em: Enciclopédia do estudante: história geral. São Paulo: Moderna, 2008. p. 21.
Com o decorrer do tempo, os instrumentos passaram a ser produzidos de rochas polidas, como os moinhos manuais, usados para moer grãos, e de metal, como as enxadas e as foices, usadas para arar a terra e ceifar a colheita.
LEGENDA: Instrumentos utilizados na agricultura há cerca de 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.
- De que materiais eram feitos os primeiros instrumentos? Como eles eram produzidos?
PROFESSOR
Resposta: Eram feitos de rochas, batendo uma rocha contra a outra para criar extremidades cortantes.- Em sua opinião, a enxada, a foice e o moinho manual ainda são instrumentos utilizados atualmente?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Esses instrumentos se parecem com os utilizados pelos seres humanos no passado? Quais são as semelhanças? E as diferenças?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Nessa mesma época, após algum tempo, essas plantas e esses animais especialmente escolhidos e explorados foram domesticados e, dessa forma, essas sociedades de predadores se transformaram por si mesmas, paulatinamente, em sociedades de cultivadores. Desde então, essas sociedades introduziram e desenvolveram espécies domesticadas na maior parte dos ecossistemas do planeta, transformando-os, então, por seu trabalho, em ecossistemas cultivados, artificializados, cada vez mais distintos dos ecossistemas naturais originais. Essa passagem da predação à agricultura, ou seja, a revolução agrícola neolítica, foi sem dúvida, [...] a primeira revolução que transformou a economia humana [...].
FONTE: MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora Unesp; Brasília, DF: NEAD, 2010. p. 69-70.
Explique aos estudantes que tanto o desenvolvimento da agricultura como a confecção de ferramentas e utensílios significaram adaptações dos seres humanos ao ambiente em que viviam. Além disso, esses processos representam a aquisição de habilidades cognitivas, sendo parte do desenvolvimento dos seres humanos no sentido biológico e também no sentido cultural, isto é, enquanto seres que desenvolveram formas sociais de sobrevivência.
Atividade 30. Ao identificarem a permanência do uso e as mudanças e permanências na forma dos objetos analisados ao longo do tempo, os estudantes podem perceber a relação de continuidade entre as ações humanas no passado e no presente.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02 .
MP078
Ao longo do tempo, os grupos humanos foram ocupando vários lugares do mundo, onde cultivavam plantas e criavam animais.
Contudo, a adoção dessas atividades agropecuárias não aconteceu ao mesmo tempo em todas as regiões do planeta, ou seja, esse processo se deu de maneira diferente entre os grupos humanos ao redor do mundo e também em períodos distintos.
Enquanto alguns grupos passaram a praticar tanto a agricultura quanto a pecuária, outros passaram a adotar a agricultura muito tempo depois.
Além disso, mesmo plantando alguns produtos, vários grupos mantiveram a caça e a pesca como atividades centrais.
Verifique no mapa a seguir onde tiveram início alguns cultivos agrícolas e a criação de determinados animais. Observe a legenda, os vegetais e os animais representados.
Fontes: Geoffrey Barraclough. Atlas da história do mundo. São Paulo: Times/Folha de S.Paulo, 1995. p. 38-39; Colin Refrew e Paul Bahn. Arqueologia . Madri: Akal, 1993. p. 152.
- Responda no caderno às questões a seguir.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- O que o mapa mostra?
- Que cultivos agrícolas foram representados no mapa?
- Que animais foram representados no mapa?
MANUAL DO PROFESSOR
Promova a leitura coletiva do texto e do mapa. Se julgar conveniente, providencie com antecedência um mapa político do mundo e incentive os estudantes a localizar os países atuais cujos territórios correspondem a áreas onde tiveram início os cultivos agrícolas e a criação dos animais representados. Essa estratégia favorece a consolidação do aprendizado por parte dos estudantes, além de ser uma oportunidade para manipular e comparar diferentes tipos de mapa.
Também pode ser útil disponibilizar um dicionário aos estudantes para consultarem os nomes de animais e vegetais que desconheçam.
Relembre-os de que o domínio do cultivo agrícola e da criação de animais pela humanidade não aconteceu ao mesmo tempo nas diferentes regiões do mundo. Porém, é possível encontrar galinhas (de origem asiática) e batatas (de origem americana) em todo o mundo.
Para ampliar a exploração do tema, pergunte aos estudantes quais dos alimentos representados no mapa eles costumam consumir e peça que façam uma lista deles no caderno. Depois, peça que indiquem o local de origem de cultivo ou criação de cada alimento que listaram. Essa estratégia permite aproximar o conteúdo estudado da realidade dos estudantes, tornando o aprendizado mais significativo. Além disso, consolida a noção de historicidade, pois possibilita aos estudantes perceber a relação de continuidade entre as ações humanas no passado e no presente.
Atividade 31. Como o mapa foi explorado coletivamente, espera-se que os estudantes possam responder às questões com autonomia, consultando as informações representadas quando necessário.
A domesticação das plantas
A domesticação das plantas [...] pode ser considerada como um dos processos mais importantes relacionados com a história dos seres humanos no planeta, por ter permitido ao homem a possibilidade de selecionar e, posteriormente, cultivar espécies para o seu próprio consumo. Sendo assim, a domesticação das espécies foi decisiva na mudança do comportamento humano e, dessa forma, pode ser considerada um pré-requisito para o surgimento das civilizações. [...]
A coleta das espécies, de maneira geral, não era realizada de qualquer maneira, e sim seguindo alguns critérios, tais como facilidade de coleta (sementes que apresentavam tamanhos maiores, mais grãos por espiga e inflorescência mais compacta) e de transporte (facilidade de debulha, considerando a disponibilidade para o estoque).
MP079
- De acordo com o mapa da página anterior, identifique no quadro a seguir e liste no caderno os alimentos cujo cultivo se iniciou no continente americano.
- Você costuma consumir alguns desses alimentos? Quais?
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Em que continente teve início o cultivo de arroz? E o do inhame?
PROFESSOR
Resposta: Arroz: Ásia. Inhame: África.- Em que continente os porcos e as galinhas começaram a ser criados? E os bois?
PROFESSOR
Resposta: Porcos e galinhas: Ásia. Bois: Europa.- Leia o texto e observe a imagem.
As lhamas são mamíferos que se alimentam de gramíneas e de outras plantas. Elas têm pelos grossos e longos, que podem ser brancos, pretos ou marrons.
Esses animais vivem em locais altos e com baixas temperaturas. São típicos do continente americano e são encontrados principalmente na Bolívia, no Peru e no Chile.
LEGENDA: Lhama pastando em montanha na Bolívia. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.
- Pesquise em livros ou em sites a finalidade da criação de lhamas. Procure descobrir quais são os produtos obtidos dessa criação e para que eles são utilizados. Registre as informações no caderno.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Em sala de aula, converse com os colegas e o professor sobre o que você descobriu.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Provavelmente, a coleta intensa de espécies, seguida por um manejo elementar, pode ter resultado na modificação de algumas populações, sugerindo, dessa forma, que a domesticação tenha precedido o cultivo. É importante destacar que os termos domesticação e cultivo não são sinônimos, já que a domesticação envolve mudança na resposta genética, transformando formas silvestres em domesticadas, enquanto o cultivo relaciona-se intimamente com a atividade humana de plantio e colheita, tanto na forma silvestre quanto na domesticada [...].
Existem diversos fatores que tentam explicar o que levou os caçadores-coletores a mudar o seu estilo de vida e, definitivamente, dar início à domesticação das espécies. Entre eles, estão as mudanças climáticas ocorridas no final do período Pleistoceno [2,6 milhões a 11,7 mil de anos atrás] [...].
FONTE: BARBIERI, Rosa Lía; STUMPF, Elisabeth R. Tempel. Origem e evolução de plantas cultivadas . Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. p. 39.
Atividades 32 , 33 e 34. Essas atividades favorecem o domínio da linguagem cartográfica na medida em que requerem dos estudantes interpretar o título e a legenda e associar as informações representadas no mapa.
Atividade 35. As lhamas são criadas com diferentes finalidades, como fornecer carne para alimentação, transporte de pequenas cargas e extração de lã para a produção de roupas.
Sugerimos que essa atividade seja realizada em casa por exigir pesquisa sobre determinadas informações. Oriente os estudantes a consultar fontes na internet que sejam confiáveis. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 , EF04HI04 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.
Para o estudante ler
Histórias da Pré-história, de Alberto Moravia. Editora 34, 2014.
Uma coletânea de histórias divertidas que estimulam o leitor a imaginar como o mundo poderia ser na Pré-história.
MP080
O planejamento da agricultura
A prática da agricultura requer o planejamento da época do plantio e da colheita. Para isso, a observação dos ritmos da natureza e dos astros, como a Lua e o Sol, foi muito importante.
Ainda hoje, marcamos a passagem do tempo, instituímos celebrações e organizamos atividades cotidianas com base na observação dos fenômenos naturais.
- Observe as imagens e depois responda no caderno às questões.
Observação: Representações fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.
- A quais períodos correspondem as sequências de imagens A , B e C ?
PROFESSOR
Resposta: A: dia; B: fases da Lua; C: estações do ano.- Como você chegou a essa conclusão?
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Incentive os estudantes a relatar suas observações da trajetória do Sol e da aparência da Lua no céu. Procure estimular a discussão e a curiosidade sobre o tema, instigando-os a pensar nas explicações desses fenômenos com base nos conhecimentos apreendidos anteriormente.
Informe que as diferentes aparências da Lua no céu correspondem à sua localização em relação ao planeta Terra e em relação ao Sol. Acrescente que isso ocorre porque a Lua gira em torno da Terra, e a Terra gira em torno de si mesma e do Sol.
Relembre aos estudantes as narrativas indígenas que tratam do surgimento do dia e da noite, como a dos indígenas Karajá, segundo a qual a noite ficava presa dentro de um coco de tucumã, guardado no fundo de um rio pela Boiúna, a Grande Serpente. Proponha que pesquisem outras lendas sobre o tema. É importante que eles conheçam as explicações dadas aos fenômenos naturais por diferentes culturas, além das explicações científicas.
Motive os estudantes a pensar na relação entre os fenômenos da natureza e a percepção que temos da passagem do tempo.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI04 .
O calendário gregoriano
O calendário que utilizamos hoje está baseado no calendário romano introduzido por Rômulo, fundador de Roma, por volta de 750 a.C. Aqui, o ano tinha dez meses de 30 ou 31 dias perfazendo um total de 304 dias. [...] Pouco depois, Numa, sucessor de Rômulo, introduziu dois novos meses [...]. Os meses passaram então a ter 29 ou 31 dias, exceto fevereiro com 28, definindo um ano com 355 dias.
A defasagem de dez dias em relação aos 365 dias do ano das estações obrigava à introdução de um 13º mês a cada três anos.
[...] Júlio César em 46 a.C. definiu que os meses teriam 30 ou 31 dias, exceto fevereiro com 28 dias nos anos normais. A cada 4 anos teríamos um ano bissexto com 366 dias quando então fevereiro teria 29 dias. Assim, a média sobre quatro anos dá um ano de 365,25 dias, muito próximo da duração do ano das estações.
MP081
O calendário
Por meio da observação do movimento dos astros no céu, diversos povos desenvolveram calendários para facilitar a marcação da passagem do tempo. O calendário que utilizamos em nossa cultura é baseado tanto no movimento que a Terra faz em torno do Sol e em torno de si mesma quanto no movimento da Lua em torno da Terra.
A Terra demora cerca de 365 dias para completar uma volta em torno do Sol, e com base nisso foi definida a duração de um ano. A duração de um mês foi definida com base no período que a Lua demora para realizar uma volta em torno da Terra: aproximadamente 30 dias. Isso ocorre cerca de 12 vezes durante um ano, o que definiu o número de meses de um ano. A duração de uma semana, 7 dias, foi definida com base na duração aproximada de cada aparência da Lua no céu. E a duração de um dia foi definida com base no tempo que a Terra demora para dar uma volta em torno de 24 horas.
- Como foi definida a duração dos dias, dos meses e dos anos no calendário que utilizamos?
PROFESSOR
Resposta: Pela observação do movimento que a Terra faz em torno do Sol e em torno de si mesma e no movimento da Lua em torno da Terra.-
Qual é a duração média de cada um dos seguintes períodos nesse
calendário?
- Ano
PROFESSOR
Resposta: 365 dias.- Mês
PROFESSOR
Resposta: 30 dias.- Semana
PROFESSOR
Resposta: 7 dias.- Dia
PROFESSOR
Resposta: 24 horas.Por volta de 6 mil anos atrás, os egípcios já haviam desenvolvido um calendário parecido com o que usamos atualmente. O calendário egípcio tinha 360 dias por ano e era dividido em três períodos que orientavam as etapas da agricultura: a enchente do rio Nilo, a semeadura e a colheita.
LEGENDA: Fragmento de um calendário egípcio feito em um mural há aproximadamente 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.
- Como era o calendário egípcio desenvolvido há cerca de 6 mil anos?
PROFESSOR
Resposta: Ele tinha 360 dias por ano e era dividido em três períodos que orientavam as etapas da agricultura: a enchente do rio Nilo, a semeadura e a colheita.MANUAL DO PROFESSOR
Essa é a origem do calendário que usamos até hoje. Trata-se de um calendário solar e apenas algumas festas religiosas são definidas com base na Lua. Calendários com base na Lua ainda são usados por alguns povos como os judeus e muçulmanos, por exemplo.
Para impedir uma defasagem ainda que pequena entre o calendário Juliano e as festas religiosas, o Papa Gregório XIII introduziu em 1582 uma nova correção a partir da qual nem todos os anos divisíveis por quatro seriam bissextos assegurando assim, a cada 400 anos, um ano médio de 365,2425 dias.
Este é o calendário que usamos atualmente.
FONTE: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas. Calendário. Disponível em: http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/component/content/article/1-latest-news/81-calen.html . Acesso em: 13 jun. 2021.
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 51 pode ser trabalhada na semana 10.
Fim do complemento.
Explique aos estudantes que o calendário que usamos é baseado nos movimentos dos astros, como o Sol, a Lua e a própria Terra, que marcam a duração dos dias, das semanas e dos meses e anos.
Atividade 39. Nesta atividade oral, incentive os estudantes a comparar os calendários egípcio e gregoriano e a trocar informações. Eles devem observar que o calendário do Egito antigo era parecido com o gregoriano, tinha 360 dias por ano, divididos em três períodos que orientavam as etapas da agricultura.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI04 .
Para você ler
A história do calendário, de Hernâni Donato. Melhoramentos, 1993.
Uma apresentação descritiva dos relógios e calendários criados por diferentes povos ao longo da história.
MP082
Painel multicultural
Museus pelo mundo
Os museus são espaços onde podemos aprender sobre arte, cultura e história dos mais diversos povos. Em alguns museus também podemos aprender sobre temas ligados às ciências, à tecnologia e à natureza. Por isso, há diversos tipos de museu.
Os museus registrados nas fotografias a seguir, por exemplo, apresentam exposições sobre a história do desenvolvimento do ser humano ao longo do tempo.
Além de apresentarem exposições, os museus são espaços de conservação e de pesquisa desenvolvida por estudiosos de várias áreas do conhecimento, como historiadores e arqueólogos.
O Museu Nacional está localizado na cidade do Rio de Janeiro e foi fundado em 1818.
O acervo de história natural e antropologia desse museu era considerado um dos mais importantes do mundo. Em 2018, o museu foi atingido por um incêndio que destruiu grande parte do acervo e teve de passar por obras de reconstrução.
LEGENDA: Interior do Museu Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, em 2018. FIM DA LEGENDA.
O Museu do Homem Americano foi criado em 1986, no município de São Raimundo Nonato, no Piauí, para guardar os vestígios arqueológicos encontrados no Parque Nacional Serra da Capivara.
O acervo do museu é formado por objetos feitos pelos seres humanos há milhares de anos.
LEGENDA: Sala de projeções do Museu do Homem Americano, no município de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo desta seção pode ser trabalhada na semana 10.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Conhecer alguns museus de história natural do Brasil e do mundo.
-
Reconhecer a importância dos museus como instituições de ensino e
pesquisa.
Orientações didáticas
Ao trabalhar o conteúdo desta seção, pode ser interessante levar um planisfério para a sala de aula e propor aos estudantes que localizem no mapa cada um dos museus apresentados.
Pergunte aos estudantes se eles já visitaram algum museu que apresente objetos referentes ao desenvolvimento do ser humano ao longo do tempo. Incentive o compartilhamento das experiências. Em seguida, instigue a turma a levantar hipóteses sobre as finalidades desse tipo de espaço.
Faça a leitura coletiva dos textos e das imagens. Peça aos estudantes que prestem atenção em informações como a data de fundação e a localização de cada museu, bem como os tipos de objeto expostos.
Nesta seção são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02 .
A abordagem desse assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Identidade e diversidade cultural no Brasil. É uma ocasião para discutir como a diversidade cultural é estabelecida a partir das trocas entre as tradições e os costumes dos múltiplos povos que participaram da formação da identidade nacional.
Educação em valores e temas contemporâneos
Visitar museus e outras instituições culturais e educacionais é uma prática que deve ser incentivada desde os primeiros anos de escolarização. O reconhecimento dessas instituições como locais de salvaguarda, de pesquisa e de divulgação de conhecimentos deve ser estimulado nos estudantes. Além disso, a visita a um museu pode ser uma boa opção de convívio e de lazer com a família.
MP083
O Museu Americano de História Natural, localizado em Nova Iorque, nos Estados Unidos, foi fundado em 1869. Esse museu é reconhecido por sua coleção de fósseis e outros objetos da história humana.
O acervo do museu é composto de exemplares de animais e de plantas, réplicas do universo, esculturas, vasos, máscaras, entre outros objetos de diversas partes do mundo.
LEGENDA: Interior do Museu Americano de História Natural, nos Estados Unidos, em 2020. FIM DA LEGENDA.
O Museu Centro de Origens, localizado em Joanesburgo, na África do Sul, foi fundado em 2006. Esse museu dedica-se a explorar a história do desenvolvimento dos seres humanos no continente africano.
O acervo do museu é composto de instrumentos de rochas, artefatos e arte rupestre feitos pelos seres humanos há milhares de anos.
LEGENDA: Interior do Museu Centro de Origens, na África do Sul, em 2015. FIM DA LEGENDA.
- O que os museus apresentados nas imagens têm em comum?
PROFESSOR
Resposta: Todos têm acervos que tratam da história dos seres humanos no mundo.- De que forma é possível aprender com os museus?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Se possível, organize uma visita a um museu com os estudantes. Caso contrário, há a alternativa das visitas virtuais. Diversos museus nacionais e internacionais permitem visitas virtuais para conhecimento do acervo.
Atividade 2. Espera-se que os estudantes mencionem que nos museus é possível aprender sobre a história da humanidade e vários outros temas por meio da observação dos objetos expostos e de materiais informativos.
Conclusão
Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes. Sugerimos que você identifique os pontos que foram desenvolvidos, aqueles que ainda estão em desenvolvimento ou que não foram suficientemente trabalhados para que possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens.
Considere a produção dos estudantes, a participação e as intervenções deles em discussões e atividades em sala de aula.
A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma, e identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades, contribuindo para que se sintam seguros para continuar aprendendo.
MP084
O que você aprendeu
- Observe o mapa a seguir e responda às questões no caderno.
FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Quais são as formações vegetais brasileiras representadas no mapa?
- Quais formações vegetais predominam no lugar em que você vive?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- De acordo com o mapa, as formações vegetais brasileiras continuam preservadas, como mostra o mapa? Explique.
- Que recurso visual é utilizado pelo mapa para representar as informações?
PROFESSOR
Resposta: Cores e legenda.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a avaliação processual da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 10.
Fim do complemento.
Orientações didáticas
Inserida em uma proposta de acompanhamento continuado da progressão das aprendizagens dos estudantes, esta seção oferece a oportunidade de realização de um momento avaliativo do processo pedagógico que foi desenvolvido ao longo do bimestre, previsto para ser concluído no fechamento desta unidade. A seção pode oferecer parâmetros importantes para apurar se os objetivos pedagógicos e as habilidades propostos na unidade foram alcançados pelos estudantes e para verificar a necessidade de possíveis ajustes nas estratégias didáticas.
Antes de orientar os estudantes a iniciar as atividades de avaliação, sugerimos relembrar com a turma os conteúdos da Unidade 1, retomando as atividades realizadas, bem como as discussões, conversas e intervenções em sala de aula. Pergunte aos estudantes o que aprenderam e o que mais gostaram de estudar, realizar e por quê. Se necessário, faça novas intervenções conforme a necessidade de cada um.
Atividade 1. O estudante deve compreender as formações vegetais brasileiras como componentes do ambiente, identificando, com base na leitura do mapa e da legenda, quais formações vegetais são predominantes no lugar onde vive. O estudante deve considerar também que grande parte das formações vegetais brasileiras foi degradada para dar lugar a áreas de pastagens, áreas agrícolas e cidades. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04GE10 e EF04GE11 .
MP085
Avaliação processual
-
Copie no
caderno as frases
a seguir e complete as lacunas com as palavras corretas, dispostas
no quadro abaixo.
montanhas – relevo – erosão - deposição
- O _____ é o conjunto de formas que compõem a superfície terrestre.
PROFESSOR
Resposta: relevo- A _____ é um processo natural de transformação do relevo que consiste no desgaste e na separação dos materiais que compõem as rochas.
PROFESSOR
Resposta: erosão- A _____ é um processo natural de transformação do relevo que consiste no acúmulo de materiais retirados de outro ponto da superfície terrestre.
PROFESSOR
Resposta: deposição- As _____ são as maiores elevações da superfície terrestre.
PROFESSOR
Resposta: montanhas- Diferencie rios de planalto de rios de planície citando um exemplo de atividade que pode ser desenvolvida em cada um deles.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.-
Copie no
caderno a
alternativa correta sobre os vestígios das atividades humanas.
- Apesar de existirem vestígios dos seres humanos que viveram há milhares de anos, é impossível associar esses materiais ao estudo de sua história.
- Infelizmente, os seres humanos que viveram há milhares de anos não deixaram nenhum tipo de vestígio, o que dificulta o estudo da história da humanidade.
- Por meio do estudo de vestígios, como restos de fogueira e de cerâmica, pinturas rupestres e utensílios feitos de rochas, é possível descobrir como os seres humanos que viveram há milhares de anos se relacionavam com o meio ambiente.
- Os vestígios pouco auxiliam no estudo da história dos seres humanos que viveram há milhares de anos, pois estão enterrados e quebrados.
PROFESSOR
Resposta correta: c.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2. Espera-se que o estudante defina o conceito de relevo considerando alguns de seus processos de transformação e algumas de suas principais formas, além de identificá-lo como componente do ambiente. Caso os estudantes apresentem dificuldade para responder à atividade, retome os conteúdos sobre o assunto. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04GE11 .
Atividade 3. O estudante deve identificar os rios como componentes do ambiente, considerando suas características. Rios de planalto são aqueles que atravessam terrenos irregulares e, por isso, apresentam desníveis em seu curso. Os rios de planalto podem ser aproveitados para a construção de reservatórios e para a obtenção de energia elétrica. Rios de planície são aqueles que correm em terrenos mais planos e, por isso, não apresentam desníveis em seu curso. Os rios de planície podem ser aproveitados para a navegação, a pesca e o lazer. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04GE11 .
Atividade 4. O estudante deve reconhecer que os vestígios produzidos e deixados pelos seres humanos que viveram há milhares de anos são objetos de estudo que permitem acompanhar e descobrir a história da humanidade. Caso considere pertinente, retome o conteúdo sobre a importância histórica dos vestígios das atividades humanas. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04HI02 .
MP086
- Qual é a principal diferença entre o modo de vida nômade e o sedentário? Responda à questão no caderno.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Por que a sedentarização levou ao aumento da expectativa de vida dos grupos humanos na Pré-História? Leia as alternativas abaixo e copie a correta no caderno.
- Isso ocorreu porque a sedentarização está associada ao desenvolvimento da agricultura e à maior abundância de alimentos.
- Porque o cultivo de alimentos não exigia que os grupos humanos permanecessem durante muito tempo no mesmo local, e assim a expectativa de vida desses grupos aumentou.
- Com a sedentarização, os grupos humanos deixaram de ter abundância de alimentos, pois não puderam mais desenvolver a agricultura.
PROFESSOR
Resposta correta: a.-
O que é, o que é? Nesta
atividade, as respostas das adivinhas aparecem nos quadrinhos logo
abaixo, mas estão embaralhadas. Leia com atenção os textos das
adivinhas e, com base em seus conhecimentos, encontre e registre no
caderno as
respostas corretas para cada uma delas.
- Indica que os grupos humanos trabalhavam a rocha para produzir instrumentos de caça.
PROFESSOR
Resposta: II. Pontas de lança- Indica que, provavelmente, os grupos humanos usavam fogo para aquecer, cozinhar e espantar outros animais.
PROFESSOR
Resposta: III. Restos de fogueira- Indica que esses grupos humanos possuíam conhecimentos sobre o cozimento do barro.
PROFESSOR
Resposta: I. CerâmicaI. Cerâmica – II. Pontas de lança – III. Restos de fogueira
- Sobre o povoamento do continente americano, responda às questões no caderno.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Há quanto tempo e de onde possivelmente vieram os primeiros hominídeos que povoaram o atual continente americano?
- Em que fatos se baseia essa teoria?
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 5. É esperado que o estudante indique no modo de vida nômade que os grupos humanos não se fixavam em um mesmo local e exerciam majoritariamente as atividades de coleta e caça. Já o modo de vida sedentário se caracteriza especialmente pela fixação de grupos humanos em um mesmo local. O estudante deve ser capaz de associar fenômenos correlatos ao sedentarismo: desenvolvimento da agricultura, sedentarização, domesticação de animais, aumento da população e formação das primeiras vilas e cidades. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02 .
Atividade 6. O estudante deve identificar que, a partir do desenvolvimento da agricultura, os seres humanos passaram a usufruir de maior oferta de alimentos, o que aumentou a expectativa de vida. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04HI02 e EF04HI04 .
Atividade 7. Espera-se que o estudante associe alguns vestígios das atividades humanas do passado com algumas práticas e domínios técnicos desses grupos, como a caça, a capacidade de construir instrumentos de pedra e barro e o domínio do fogo. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04HI02 e EF04HI04 .
Atividade 8. Os primeiros hominídeos a povoar o atual continente americano possivelmente chegaram há cerca de 12 mil anos, vindos da Ásia. Essa teoria foi baseada na semelhança entre as características físicas dos povos indígenas que habitam o continente americano e as dos asiáticos e nos vestígios arqueológicos da chamada cultura Clovis. Caso os estudantes apresentem dificuldade para mobilizar os conhecimentos necessários para responder à questão, retome o conteúdo que trabalha o povoamento do continente americano. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04HI01 .
MP087
- Observe as imagens e responda às questões a seguir no caderno.
LEGENDA: Crianças brincando com um jogo semelhante ao de bolinhas de gude, no qual se utilizavam pedras em forma de ovo de Páscoa. Londres, Inglaterra, 1940. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Cópia de carta escrita por Joaquim Nabuco no Rio de Janeiro, em 1881. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Detalhe de entalhe da lápide de um casal egípcio de cerca de 4 mil anos atrás. FIM DA LEGENDA.
- Que tipo de fonte histórica é retratada na imagem 1 ?
PROFESSOR
Resposta: Visual.- Quem são as pessoas representadas na imagem 1? O que elas estão fazendo?
PROFESSOR
Resposta: São meninos. Parecem estar em uma escola, pois usam um tipo de uniforme. Estão jogando com pedras.- O que mudou da época mostrada na imagem 1 para os dias de hoje? E o que permaneceu?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Que tipo de fonte histórica é retratada na imagem 2 ?
PROFESSOR
Resposta: Escrita.- Leia as informações da legenda da imagem 2 e identifique quem escreveu a carta.
PROFESSOR
Resposta: Duque de Caxias.- Que tipo de fonte histórica é retratada na imagem 3 ?
PROFESSOR
Resposta: Visual.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 9. a) Fonte 1: fonte histórica visual. b) São meninos. Eles parecem estar em uma escola, porque todos usam um tipo de uniforme. Estão jogando com pedras. c) Mudança: o estilo dos calçados e das roupas das crianças. Permanências: o uso de uniforme na escola e a realização de brincadeiras entre crianças. d) Fonte 2: fonte histórica escrita. e) A carta foi escrita por Joaquim Nabuco em 1881. f) Fonte 3: fonte histórica visual. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04HI01 .
MP088
Comentários para o professor:
GRADE DE CORREÇÃO
Quadro: equivalente textual a seguir.
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/ conceito |
---|---|---|
1 |
(EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças. (EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas. |
|
2 |
(EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas. |
|
3 |
(EF04GE11) Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na conservação ou degradação dessas áreas. |
|
4 |
(EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.). |
|
5 |
(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo. (EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.). |
|
6 |
(EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.). (EF04HI04) Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas. |
|
7 |
(EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.). |
|
8 |
(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo. |
|
9 |
(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo. |
MP089
Sugestão de questões de autoavaliação
Como parte do processo de avaliação dos estudantes e das próprias estratégias de ensino-aprendizagem, sugerimos a realização de mais um momento de autoavaliação. A escuta de conversas informais dos estudantes e outras possibilidades de consulta são muito bem-vindas por ajudar o professor a compreender o olhar da turma sobre a rotina escolar, percebendo eventuais angústias e expectativas, além de reforçar o vínculo de confiança entre professor e estudantes.
A aplicação de questionários para prospectar a apropriação dos conteúdos trabalhados e a relação dos estudantes com o conhecimento e com as práticas de estudo também pode contribuir para a realização da autoavaliação. Para isso, sugerimos algumas questões:
Quadro: equivalente textual a seguir.
AUTOAVALIAÇÃO DO ESTUDANTE |
|||
---|---|---|---|
MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA |
SIM |
MAIS OU MENOS |
NÃO |
1. Consegui compreender tudo o que foi ensinado? |
|||
2. Resolvi todas as atividades encaminhadas para casa? |
|||
3. Solucionei todas as questões da avaliação processual sem dificuldades? |
|||
4. Adquiri conhecimentos que considero importantes? |
|||
5. Gostei de estudar e quero continuar aprendendo sobre os temas do bimestre? |