MP090

Unidade 2. O comércio e as rotas

Imagem: Fotografia. Vista do alto de local com rio longo com água de cor escura, com parte com terras entre as água e vegetação. Nas bordas, à esquerda e à direita, local com solo bege, vegetação rasteira com árvores de folhas verdes e poucas moradias. Fim da imagem.

LEGENDA: Rio Nilo, no Sudão do Sul. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. À frente, rio com água escura e ao fundo, construção antiga, grande com forma retangular, aberturas na vertical com partes na vertical. No alto, céu em azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ruínas de civilizações antigas na margem do rio Nilo, no Egito, em 2019. FIM DA LEGENDA.

Boxe complementar:

Vamos conversar

  1. Que elemento da natureza é comum nas quatro imagens?
    PROFESSOR Resposta: O rio Nilo.
  1. O rio Nilo foi muito importante no passado. Em sua opinião, ele ainda é importante no presente? Explique.
    PROFESSOR Resposta pessoal.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Introdução

Esta unidade tem como tema principal o comércio e as rotas, traçando um panorama sobre as primeiras trocas comerciais, o início do comércio e os resultados e as consequências desses marcos, em especial para o continente americano e o território que hoje corresponde ao Brasil.

A proposta explora como se deu a formação de cidades e civilizações e a importância dos rios para esse processo, além de abordar as chamadas Grandes Navegações, considerando a importância das rotas comerciais naquele contexto.

Em consonância com a BNCC nesta unidade são trabalhadas as Competências Gerais da Educação Básica 1 e 2; as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 2, 5 e 7; as Competências Específicas de História 2 e 5; e as Competências Específicas de Geografia 1 e 3.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para a abertura da Unidade 2 podem ser trabalhadas na semana 11.

Fim do complemento.

Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade

História

Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos; Circulação de pessoas, produtos e culturas.

Geografia

Mundo do trabalho; Formas de representação e pensamento espacial.

Objetos de conhecimento em foco na unidade

História

A ação das pessoas, grupos sociais e comunidades no tempo e no espaço: nomadismo, agricultura, escrita, navegações, indústria, entre outras; A invenção do comércio e a circulação de produtos; As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus impactos para a formação de cidades e as transformações do meio natural.

MP091

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com rio de água escura, à frente uma ponte grande por onde passa automóveis e mais ao fundo, outras duas pontes. À esquerda e à direita, prédios de tamanhos pequenos, médios e grandes. À direita, prédio grande de cor marrom, outro de cor marrom com antena no alto, fina. Mais ao lado, prédio branco e outro em azul, espelhado. No alto, céu em azul-claro com vista parcial de nuvem à esquerda, em branco.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cidade do Cairo, capital do Egito, nas margens do rio Nilo, em 2020. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com rio de água escura, com dois barcos pequenos de cor branca, com vela alta em branco. Ao fundo, vegetação de cor verde, árvores e vista parcial de estabelecimentos de paredes claras. No alto, céu azul-claro sem nuvens.  Fim da imagem.

LEGENDA: Barcos a vela no rio Nilo, no Egito, em 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Geografia

Produção, circulação e consumo; Sistema de orientação; Elementos constitutivos dos mapas.

Habilidades da BNCC em foco na unidade

EF04HI01, EF04HI02, EF04HI06, EF04HI07, EF04GE08, EF04GE09 e EF04GE10.

Objetivos pedagógicos da unidade

  • Compreender o surgimento do comércio.
  • Conhecer a história do surgimento da moeda.
  • Relacionar a atividade comercial à busca por rotas, à ampliação da ocupação do espaço e à interação de povos e culturas diferentes.
  • Reconhecer o desenvolvimento tecnológico gerado pela disputa por novas rotas comerciais.
  • Conhecer como se formaram as primeiras cidades e civilizações.
  • Associar o desenvolvimento de técnicas de produção agrícola, como sistema de irrigação, arado e roda, e a de produção de excedente de alimentos.
  • Reconhecer a importância dos rios para diversas civilizações do passado.
  • Conhecer algumas rotas marítimas de comércio do passado: fenícias e europeias.
  • Conhecer os usos dos metais na produção de objetos.
  • Conhecer aspectos das navegações europeias nos anos 1500 e 1600.

    Orientações didáticas

    Na abertura da unidade, as imagens têm como objetivo sensibilizar os estudantes para o tema que será desenvolvido.

    Atividade 1. Espera-se que os estudantes observem que as fotografias mostram o rio Nilo, cada uma delas em contexto diferente: cidades, áreas verdes, ruínas e embarcações.

    Atividade 2. Explore os conhecimentos prévios dos estudantes incentivando-os a trocar opiniões acerca da importância do rio Nilo na atualidade. Espera-se que observem que o Nilo desempenha função relevante como via de transporte e que em suas margens há importantes cidades, como o Cairo, e sítios arqueológicos.

    Trata-se de um importante rio africano que se relaciona diretamente com o desenvolvimento da agricultura no Egito.

MP092

Investigar o assunto

Imagem: Ícone referente à seção. Fim da imagem.

De onde vêm os alimentos que você consome?

Há mais de 6 mil anos, os grupos humanos que começaram a praticar a agricultura cultivavam apenas os alimentos necessários para o próprio sustento. A criação de animais também era feita apenas para garantir a sobrevivência do grupo, com a produção de alimentos, lã ou couro.

Imagem: Fotografia. Grãos de lentilhas, arredondados de cor bege. Fotografia. Um pedaço de carne de cor vermelha e partes em branco e osso à direita.  Fotografia. Grãos de trigo de cor bege.  Fim da imagem.

LEGENDA: Lentilha, carne e trigo eram alguns dos alimentos consumidos há cerca de 6 mil anos. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Em duas prateleiras brancas, vários produtos aglomerados com garrafa plástica, caixas e pote de vidro com azeitonas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Alimentos industrializados consumidos atualmente. FIM DA LEGENDA.

À medida que as técnicas agrícolas se aperfeiçoaram, a produção aumentou, resultando em mais alimentos do que o necessário para a subsistência. Esse excedente passou a ser trocado entre os diferentes grupos familiares, evitando o desperdício e aumentando a diversidade alimentar.

Hoje, podemos ir a feiras, mercearias ou supermercados e comprar o que necessitamos ou desejamos. Nesses locais, podem ser vendidos alimentos in natura, como o milho e a maçã, ou alimentos industrializados, como o cereal de milho e o suco de maçã.

É na indústria que os alimentos in natura são transformados para a produção de alimentos industrializados.

No rótulo das embalagens desses produtos há diversas informações, como dados nutricionais, datas de fabricação e de validade, além do local onde foram produzidos.

Que tal observar alguns rótulos desses alimentos para descobrir onde foram produzidos?

Material

Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.

Como fazer

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Selecione três embalagens de alimentos industrializados. Elas devem conter informações sobre o local onde os alimentos foram produzidos.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. No dia combinado com o professor, reúna-se com um colega e analisem as informações presentes nos rótulos das embalagens selecionadas. Identifiquem o nome do alimento e o local onde ele foi produzido.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo desta seção podem ser trabalhadas na semana 11.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Compreender a origem do comércio como desenvolvimento das trocas de produtos excedentes.
  • Analisar informações contidas em rótulos de alimentos industrializados.
  • Descobrir a procedência de alguns alimentos consumidos no cotidiano por meio da análise dos rótulos das embalagens.
  • Compreender o papel do transporte na distribuição de produtos industrializados.

    Orientações didáticas

    Pergunte aos estudantes se sabem onde são obtidos os objetos que possuem e os alimentos que consomem. Questione se eles ou os familiares produzem os próprios alimentos e objetos ou se conhecem alguém que o faça. Embora existam pessoas que consigam produzir alguns itens para o próprio consumo, como frutas e verduras, há produtos que precisam ser comprados. A dependência da indústria e do comércio é uma das características do modo de vida na sociedade da qual fazemos parte.

    Para a realização da atividade proposta, peça antecipadamente aos estudantes que, sob supervisão de um adulto, selecionem embalagens vazias e limpas de alimentos industrializados consumidos por eles.

    No dia da atividade, organize os estudantes em duplas e oriente-os a procurar pelas informações de localização da produção ou do envase nas embalagens que trouxeram para a sala de aula. Essas informações nem sempre estão facilmente visíveis, o que pode gerar confusão no momento de procurá-las.

    Do escambo ao surgimento da moeda

    Quando o homem se fixou à terra, passou a permutar o excedente que produzia, fazendo com que surgisse a primeira manifestação de comércio: o escambo, consistindo na troca direta de mercadorias [...]. Nessa troca, algumas mercadorias passaram a ser mais procuradas que outras, assumindo a função de moeda-mercadoria (sal, gado, pau-brasil, açúcar, cacau, tabaco e pano). [...] Com o descobrimento do metal, o homem passou a utilizá-lo na confecção de utensílios, tornando seu uso vantajoso e eleito como o principal padrão de valor monetário.

    FONTE: LIEDTKE, Alzira Maria. Introdução à matemática financeira. Portal Dia a Dia da Educação. Secretaria Estadual da Educação do Paraná. Disponível em: http://fdnc.io/fnA. Acesso em: 15 jun. 2021.

MP093

  1. No caderno, cada um deve montar um quadro como o do modelo a seguir, com 3 linhas, inserindo as informações sobre os alimentos industrializados selecionados. Escrevam o nome dos alimentos na primeira coluna e completem o quadro com as informações sobre o local de origem de cada um.
PROFESSOR Resposta pessoal.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Alimento industrializado

Local onde foi produzido

Brasil

Outro país

_____

_____

_____

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  1. Em seguida, identifiquem no mapa abaixo onde vocês vivem e o local de origem dos alimentos industrializados produzidos no Brasil.
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Ilustração. Mapa. Brasil: político. Rosa dos ventos com sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE Escala: 0 – 470km Norte: Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, Amapá, Tocantins. Centro-Oeste: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás Distrito Federal.  Nordeste: Maranhão, Rio grande do norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Piauí, Ceará.  Sudeste: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de janeiro, São Paulo. Sul: Paraná, Santa Catarina, Rio grande do sul.   Fim da imagem.

FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas geográfico escolar. 8ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: http://fdnc.io/2Mx. Acesso em: 12 abr. 2021.

PROFESSOR Respostas pessoais.

Para responder

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Quais foram os alimentos industrializados cujos rótulos vocês analisaram?
PROFESSOR Resposta pessoal.
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Algum alimento tem outro país como local de origem? Se tiver, qual é?
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Chame a atenção da turma para a variedade de tamanhos, de cores, de formatos e de materiais das embalagens. Informe-os de que existem profissionais especializados em desenvolver embalagens adequadas a cada tipo de produto. Esses profissionais levam em conta, além da estética, a resistência e o desempenho das embalagens quando transportadas e armazenadas, o custo, as normatizações necessárias, entre outros aspectos.

Com base nas informações das embalagens, os estudantes devem montar no caderno o quadro com a lista dos produtos e dos locais de origem de cada um.

Na atividade com o mapa, oriente os estudantes a verificar no quadro quais dos alimentos industrializados que consomem são produzidos no Brasil e a localizar o estado de origem de cada um deles. Se julgar interessante, providencie alguns atlas para que os estudantes tentem localizar com maior rigor o município de procedência dos produtos pesquisados.

Ressalte que nem sempre os produtos que consumimos têm origem no município ou estado onde moramos. É comum que os produtos sejam transportados de um local a outro do país para atender às necessidade dos consumidores.

Atividade 1. Verifique se os estudantes registraram adequadamente as informações de procedência dos produtos pesquisados.

Atividade 2. Explique aos estudantes que a indústria brasileira compra (importa) produtos de outros países e vende (exporta) produtos para outros países. Caso eles tenham utilizado na atividade embalagens de produtos procedentes do exterior, aproveite o momento para explorar as possíveis vias de circulação e os meios de transporte envolvidos na importação desses produtos. Se possível, disponibilize um planisfério ou um globo terrestre para os estudantes manipularem.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06 e EF04GE08, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.

Chocolate como dinheiro

Os astecas usavam chocolate como dinheiro, ou, mais precisamente, usavam sementes de cacau, geralmente chamados grãos. Com essas sementes de cacau, era possível comprar frutas e legumes como milho, tomates, pimentas, abóbora e amendoins. Joias de ouro, prata, jade e turquesa. Produtos manufaturados como sandálias, roupas, capas emplumadas, armaduras acolchoadas com algodão, armas, cerâmica e cestos. [...] De todas as formas de dinheiro asteca, o cacau demonstrou ser o mais comumente disponível e o mais fácil de usar. [...] Outros artigos de troca padronizados incluíam contas, conchas e sinos de cobre que eram comercializados até a região norte que atualmente é o estado do Arizona.

FONTE: WEATHERFORD, Jack. A história do dinheiro. São Paulo: Campus/Elsevier, 2005. p. 21-23.

MP094

Capítulo 1. As primeiras cidades e civilizações

O processo de sedentarização do ser humano a partir do desenvolvimento da agricultura e da criação de animais resultou em maior oferta de alimentos. Com isso, mais seres humanos conseguiram sobreviver, formando grupos cada vez maiores, que mais tarde vieram a dar origem às primeiras aldeias.

As primeiras aldeias

A princípio, os habitantes das aldeias participavam igualmente do cultivo, do plantio e da colheita de alimentos.

Com o crescimento das aldeias, a divisão do trabalho passou a ser diferente: alguns habitantes se dedicavam à agricultura; outros, à criação de animais; outros, ainda, à produção de objetos artesanais, como tecidos, cerâmica e utensílios feitos de rocha.

Imagem: Fotografia. Um prato fino marrom redondo com uma pedra da mesma cor acima, arredondada. Fim da imagem.

LEGENDA: Pilão de pedra utilizado para moer alimentos encontrado no Níger. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma pessoa agachada de frente para um tear estrutura de madeira na vertical com lã. Ela tem pele morena, cabelos pretos longos com parte amarrada no alto, com blusa regata em preto e amarelo, com calça longa bege-claro, com mão esquerdo sobre lã. Atrás dela, recipiente redondo, com dois elementos marrons dentro. Fim da imagem.

LEGENDA: Os tecidos eram produzidos a partir da lã dos animais. A lã era fiada para formar fios e depois, tecida em pequenos teares. FIM DA LEGENDA.

A fabricação de cerâmica, por exemplo, exigia um processo em etapas, muito utilizado ainda hoje.

Imagem: Ilustração. Mãos de uma pessoa de pele morena, colocando um tubo na horizontal de cor marrom-claro, formando estrutura redonda. À esquerda, folha branca com argila marrom e perto, três tubo na horizontal.  Ilustração. Mão de uma pessoa com haste fina na vertical de cor bege, fazendo bolinhas pequenas em cinza sobre um vaso arredondado e ponta superior, fina na vertical com a borda arredondada.  Ilustração. Local com pedras cinzas em formato redondo com vasos de cerâmica de cor marrom-claro, ao centro, com luz laranja, com galhos de cor marrom em cima.   Fim da imagem.

LEGENDA: Vasilhas, pratos, potes e outros objetos feitos de cerâmica eram usados para armazenar alimentos e líquidos ou para preparar as refeições. FIM DA LEGENDA.

Observação: Representação fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 62-64 podem ser trabalhadas na semana 12.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Compreender a origem do comércio como desenvolvimento das trocas de produtos excedentes.
  • Relacionar a atividade comercial ao processo de formação das primeiras cidades.
  • Caracterizar as grandes civilizações fluviais da Antiguidade.
  • Compreender o desenvolvimento das rotas comerciais como decorrência da ampliação do comércio.
  • Conhecer a importância do mar Mediterrâneo para o estabelecimento de rotas comerciais.
  • Reconhecer que as rotas comerciais promoveram a ocupação do espaço e a interação entre povos e culturas.

    Orientações didáticas

    Relembre aos estudantes que o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais transformou o modo de vida dos seres humanos. Os cuidados com as plantações e com os rebanhos obrigavam os grupos humanos, até então predominantemente nômades, a se fixarem em um local, criando condições para a formação de agrupamentos cada vez mais complexos.

    Ressalte que a alimentação foi, portanto, um fato fundamental para o desenvolvimento das aldeias e a constituição de cidades. A alimentação alterou-se com a substituição progressiva da coleta e da caça, como principais fontes de obtenção de alimentos, pelo cultivo de cereais e leguminosas e pela criação de animais.

    Destaque que o processo de sedentarização e o desenvolvimento da agricultura estão intimamente relacionados ao crescimento da população humana e ao desenvolvimento das cidades e das civilizações.

    Origens das aldeias

    No Crescente Fértil e na China, onde uma mudança semelhante se deu com relação ao arroz e ao painço, a agricultura começara.

    Isso talvez explique também porque as aldeias surgiram onde surgiram. Há mais biodiversidade nos morros e montanhas, porém as pessoas preferem viver no abrigo dos vales. É neles que encontraram lugares “na medida certa”, não muito expostos ao vento, mas perto o suficiente das plantas silvestres para que pudessem colher e tentar cultivar – do milho, feijão, abóbora, abacate e tomate das montanhas mexicanas às dezenas de gramíneas de favas das montanhas de Altas. Sem dúvida plantas eram trazidas e testadas com regularidade, e só as mais promissoras mantidas – as mais nutritivas, as mais resistentes [...].

MP095

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Explique como ocorreu o desenvolvimento das aldeias.
  1. Como o trabalho era dividido nas aldeias?
  1. Como eram produzidos os tecidos?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Qual era a utilidade da cerâmica?
  1. Observe o objeto mostrado nesta imagem. Na sua opinião, para que ele era utilizado?
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Fotografia. Um pote arredondado cinza-claro, com uma abertura na parte superior, em forma retangular na vertical. À esquerda, na ponta inferior, uma pequena forma retangular, similar a uma tampa do pote.  Fim da imagem.

LEGENDA: Pote de cerâmica encontrado em Israel. FIM DA LEGENDA.

À medida que aumentava o número de habitantes nas aldeias, maior era a necessidade de alimentos. Assim, foi preciso melhorar as técnicas de cultivo, ampliando as áreas plantadas, desenvolvendo métodos para controle de pragas e construindo sistemas de irrigação, entre outras ações.

A melhoria das técnicas de cultivo promoveu o aumento da produção de alimentos e, com isso, a produção de excedentes, ou seja, nem tudo o que era produzido era consumido e havia sobras.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe esta sequência de imagens e descreva o que ela representa.
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Ilustração 1. Vista do alto de local com solo de cor bege-claro, com moradias arredondadas de paredes em branco, com telhado de cor marrom-claro. À esquerda, um rio fino de água azul e uma ponta em cima, com porcos e um homem perto. Abaixo, outros quatro homens constroem uma moradia, fazendo o teto. Na parte inferior, local com dois bois brancos arando solo de cor marrom-claro e plantações de folhas verdes. Ao centro, uma pessoa perto de fogueira, outra alimentando galinhas e outra pessoa perto de potes com líquido amarelo. Na parte superior, outras pessoas perto de fogueira e cercado com vacas em branco e preto e à direita, cercado com galinhas e galos. Flecha para à direita de cor preta: Ilustração 2. Vista do alto de local com um rio longo de cor azul-claro na vertical, por onde há uma canoa com pessoa e outras, no rio. Ao centro, ponte por onde passa um boi branco e à frente de um homem. Na outra ponta, outros homens no rio, um com uma haste na mão direita. À direita, solo com vegetação de cor verde, com cercado de madeira com vacas em branco e preto e uma preta. Mais à direita, cercado de madeira com dezenas de porcos em rosa e vista parcial de moradia de paredes brancas com telhado marrom e uma pessoa perto, carregando algo nas mãos. Mais abaixo, local com pessoas trabalhando, potes com água, rio entre plantação de alimentos com folhas verdes, em seções. Mais à direita, moradias e cercado de madeira com vacas em branco e manchas em preto e uma preta. Na parte inferior, outras vegetações.   Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Para começar, e perdurar, o plantio de culturas e a domesticação ou o pastoreio de animais somavam-se às caçadas. Antílopes podiam ser obtidos quando migravam; veados e peixes eram trazidos para casa. [...]

Os moradores das aldeias se tornaram um pouco voltados para si próprios, distanciando-se das terras dos animais selvagens e dos grupos transeuntes de caçadores. [...] o ato de estabelecer-se produziu pessoas que podiam pagar com grão ou peles materiais de “luxo” como sal, pedras afiadas, conchas bonitas e ervas. Assim, bem no início, comerciantes já deviam carregar seus pacotes por trilhas recém-abertas.

FONTE: MARR, Andrew. Uma história do mundo. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015.

Explique que, à medida que os grupos humanos aumentavam, a organização social se tornava mais complexa. A divisão de tarefas foi um dos aspectos do aumento da complexidade das organizações sociais humanas.

Atividade 1. Espera-se que os estudantes observem que o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais gerou maior oferta de alimentos e permitiu o crescimento dos grupos humanos, o que deu origem às primeiras aldeias.

Atividade 2. A princípio, os habitantes das aldeias participavam igualmente do preparo do solo para o cultivo, do plantio e da colheita. Com o crescimento das aldeias, a divisão do trabalho passou a ser diferente: alguns habitantes se dedicavam à agricultura; outros, à criação de animais; e outros, ainda, à produção de objetos artesanais.

Atividade 3. Os tecidos eram produzidos a partir da lã dos animais. A lã era fiada para formar fios e depois tecida em pequenos teares.

Atividades 4 e 5. Os objetos feitos de cerâmica, como vasilhas, pratos e potes, eram usados para armazenar alimentos e líquidos ou para fazer as refeições. A imagem apresentada mostra um desses objetos.

Atividade 6. Promova a leitura coletiva das imagens. Espera-se que os estudantes concluam que o esquema representa o crescimento das aldeias, que gerou maior necessidade de alimentos (imagem 1) e, consequentemente, o desenvolvimento de técnicas agrícolas, como a irrigação, para produzir mais alimentos (imagem 2), o que acabou gerando excedentes. Saliente a importância do acesso aos rios no processo de desenvolvimento das primeiras aldeias e cidades, visto que suas águas eram responsáveis por irrigar e fertilizar as terras para cultivo agrícola, fornecer água para as necessidades humanas e servir como via de transporte de pessoas e produtos, favorecendo o contato entre diferentes aldeias.

Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04HI02.

MP096

Além dos sistemas de irrigação, outras invenções humanas promoveram o crescimento e o desenvolvimento das aldeias. Entre 6000 a.C. e 5000 a.C., por exemplo, foram criados o arado e a roda.

O arado consistia em uma peça de madeira puxada por animais que servia para preparar o solo para o plantio. Esse instrumento tornou o processo de plantio mais rápido, aumentando a produção de alimentos. Já a roda era empregada em carros puxados por animais, usados para transportar produtos e pessoas. Os carros favoreceram o contato entre aldeias distantes umas das outras.

Imagem: Fotografia. Uma base na horizontal de cor marrom, com duas vacas de cor branca com manchas pretas, com uma ferramenta entre as duas, haste fina na vertical e parte pequena onde há um homem com as mãos sobre essa parte. Ele tem pele escura, cabelos curtos pretos, com saiote bege, com haste fina na mão direita.  Fim da imagem.

LEGENDA: Miniatura representando uso do arado na agricultura por volta de 2000 a.C. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Objeto com dois animais quadrúpedes à esquerda com pelos de cor bege-claro, por onde há cordas ligadas às hastes finas de cor marrom, com uma roda grande redonda de cor bege.  Fim da imagem.

LEGENDA: Miniatura representando uso de carro puxado por animais para transporte por volta de 2000 a.C. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Qual foi a importância do desenvolvimento:
  1. do arado?
  1. da roda?

    O contato entre as aldeias, muitas vezes, ocorria em razão da troca de produtos. Por exemplo, uma aldeia que produzia trigo podia trocá-lo por utensílios de cerâmica ou peças de carne de outra aldeia. Esse processo deu origem a um tipo de comércio baseado em trocas, isto é, que não utilizava moeda.

    O comércio entre as aldeias também promoveu o crescimento delas e, com o passar do tempo, elas se transformaram em cidades e civilizações.

  1. Como eram feitas as primeiras trocas comerciais?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. O que essa atividade promoveu?
Imagem: Ícone: Atividade para casa. Fim da imagem.
  1. Pesquise em um dicionário o significado da palavra civilização. Depois, escreva-o no caderno.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 7. Pergunte aos estudantes se eles conhecem o arado e qual é a função desse equipamento. Incentive-os a trocar informações com os colegas e verifique os conhecimentos que têm do assunto. Explique que essa inovação tecnológica foi fundamental para a ampliação da produção agrícola e o consequente desenvolvimento das aldeias e cidades.

Acrescente que o desenvolvimento do arado e da roda foi um grande marco na história da humanidade, pois gerou mudanças significativas no modo de vida dos seres humanos, como o aumento da produtividade agrícola e o desenvolvimento do comércio, por permitir contato e trocas mais intensos entre os diferentes grupos humanos. Esses fatores foram fundamentais para o desenvolvimento das cidades.

Atividades 8 e 9. O comércio nas aldeias ocorria por meio da troca de produtos e não utilizava moeda. Essa atividade promoveu o crescimento das aldeias, que, com o passar do tempo, se transformaram em cidades e civilizações.

Atividade 10. Sugerimos que esta atividade seja realizada em casa por exigir pesquisa de determinadas informações. Oriente os estudantes a consultar dicionários. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação. Espera-se que os estudantes relacionem a palavra “civilização” a formas de organização mais complexas da sociedade e do poder. Entre os estudiosos de História, a conceituação varia de acordo com a abordagem teórica. Segundo o Dicionário Houaiss (2009): “conjunto de aspectos peculiares à vida intelectual, artística, moral e material de uma época, de uma região, de um país ou de uma sociedade”.

Tração animal

Os sistemas com alqueive e tração animal pesada são provenientes dos sistemas com alqueive e tração animal leve. Como esses últimos, eles se baseavam na associação da cerealicultura pluvial e da criação de animais: os cereais ocupavam as terras lavráveis em alternância com o alqueive para formar uma rotação de curta duração, enquanto o rebanho obtinha sua subsistência das pastagens naturais periféricas e desempenhava assim um papel capital nos trabalhos dos campos e na renovação da fertilidade das terras cerealíferas. Entretanto, o cultivo com tração animal pesada distingue-se nitidamente do cultivo com tração animal leve pelo uso, no primeiro caso, de meios de transporte e de trabalho do solo muito mais potentes: as carretas com rodas substituem o transporte no lombo de animal, e o arado charrua, ao contrário do arado escarificador, permitia realizar uma verdadeira lavração do solo.

MP097

Civilizações fluviais

As primeiras cidades se formaram próximas a rios. Os vales dos rios atraíam os grupos humanos porque as terras eram férteis para a prática da agricultura e havia oferta de água para as atividades cotidianas e a criação de animais.

O rio também era via de transporte para o deslocamento de pessoas e de mercadorias. Por meio dele, era possível se comunicar com outros povos, e isso facilitava a troca de informações e o comércio entre eles.

Nos vales dos rios Nilo, Tigre, Eufrates, Indo, Amarelo e Azul, diversos povos se organizaram e desenvolveram as primeiras civilizações conhecidas, entre 4000 a.C. e 2000 a.C. Por se desenvolverem próximo a rios, praticando atividades que dependiam deles, elas foram chamadas civilizações fluviais.

Observe o mapa a seguir sobre as primeiras cidades e civilizações.

Imagem: Ilustração. Mapa. Primeiras cidade e civilizações. Rosa dos ventos em pretos com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 600km Na ponta da direita, esfera terrestre com destaque leste da África e Ásia.  Legenda: Povos Laranja-escuro: Egípcios  Rosa: Mesopotâmicos Verde: Harapenses Laranja-claro: Chineses Pequena esfera preta: Cidades Egípcios: Egito, passando pelo Rio Nilo: cidades de Mênfis, Gizé, Sacara, Tebas, Assuã. Mesopotâmicos: Mesopotâmia, passando no rio Tigre e Eufrates: cidades de çatal Hûyûk, Ebla, Jerico, Mari, Kish, Niur, Ur, Eridu, Susa.  Harapenses: Entre Irã e Inda, para pelo rio Indo: cidades de Mundigak, Mehrgarh, Harapa, Mohenjo-Daro, Lothal. Chineses: Passando pelo rio Azul e rio Amarelo, cidades de: Pan-lou-cheng, Taxiun, Cheng-ziyai, Anyang, Tseng-tsou e Erlitou.   Fim da imagem.

FONTE: Time Life. A aurora da humanidade. Rio de Janeiro: Abril Livros, 1993.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Qual era a importância dos rios para o desenvolvimento das primeiras cidades?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Observe o mapa. Depois, monte no caderno um quadro como o do modelo a seguir, completando-o com as informações pedidas.

Quadro: equivalente textual a seguir.

Local

Rio

Povo

Egito

_____

PROFESSORResposta: Nilo.

_____

PROFESSORResposta: Egípcios.

Mesopotâmia

_____

PROFESSORResposta: Tigre e Eufrates.

_____

PROFESSORResposta: Mesopotâmicos.

Índia

_____

PROFESSORResposta: Indo.

_____

PROFESSORResposta: Harapenses.

China

_____

PROFESSORResposta: Amarelo (Hoang Ho).

_____

PROFESSORResposta: Chineses.
MANUAL DO PROFESSOR

Nas regiões temperadas frias, esses novos materiais permitem ampliar as práticas de cultivo e de criação até então limitadas, a saber, o uso do feno, da estabulação do gado durante a estação fria e o emprego da estrumação. O desenvolvimento dessas práticas deu origem a um novo ecossistema cultivado, que comportava mais campos para ceifa e terras cultiváveis lavráveis mais extensas, mais bem estrumadas, geralmente cultivadas em rotação trienal.

FONTE: MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do Neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora Unesp; Brasília: NEAD, 2010. p. 297.

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 65-67 podem ser trabalhadas na semana 12.

Fim do complemento.

Introduza o conceito de “civilização fluvial”, esclarecendo que ele se aplica a antigas sociedades que se desenvolveram às margens de rios, como a egípcia (rio Nilo), a mesopotâmica (rio Tigre e rio Eufrates), a harapense (rio Indo) e a chinesa (rio Amarelo).

Explore o mapa com os estudantes e oriente-os a localizar as civilizações mencionadas e os rios em torno dos quais elas se formaram. Se julgar conveniente, providencie um planisfério atual e incentive os estudantes a identificar os países que foram constituídos nas regiões onde as civilizações se formaram.

Atividade 11. Nessa atividade oral, espera-se que os estudantes mencionem que os vales dos rios ofereciam terras férteis para a prática da agricultura, forneciam água para as atividades cotidianas e a criação de animais e serviam de via de transporte para o deslocamento de pessoas e o transporte de mercadorias.

Atividade 12. Oriente os estudantes a consultar o mapa para preencher o quadro, identificando os respectivos elementos. Chame a atenção para a importância da legenda na leitura de um mapa.

Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI07 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.

MP098

A civilização mesopotâmica

A Mesopotâmia era uma faixa de terras que ficava entre os rios Tigre e Eufrates. Periodicamente, a água das chuvas aumentava o volume dos rios, que inundavam as áreas próximas, tornando o solo fértil para a agricultura.

A partir de cerca de 6000 a.C., diversos povos ocuparam essas terras, dando origem à chamada civilização mesopotâmica. Alguns desses povos foram os sumérios, os acádios, os babilônicos, os assírios e os persas .

Além da agricultura e da criação de animais, o comércio era uma das principais atividades econômicas dos povos mesopotâmicos. Havia um grupo de pessoas que se dedicava somente a essa atividade: os comerciantes.

Observe no mapa a seguir a área ocupada antigamente pela Mesopotâmia.

Imagem: Ilustração. Mapa. Mesopotâmia.  Na ponta superior à direita, esfera terrestre com destaque para área da África e Ásia.  Rosa dos ventos em preto com sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 310 Km Legenda:  Rosa: Mesopotâmia Verde-claro: Países atuais Países atuais: Arábia Saudita, Jordânia, Israel, Líbano, Síria, Oeste do Iraque, Turquia, Armênia, Azerbaijão, Irã e Kuwait. Ao centro do Iraque e leste da Síria: Mesopotâmia, passando no rio Eufrates e sul do rio Tigre.   Fim da imagem.

FONTE: FAE. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro, 1991. p. 83.

  1. Por que diversos povos se estabeleceram na Mesopotâmia a partir de 6000 a.C.?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Quais povos formaram a civilização mesopotâmica?
PROFESSOR Resposta: Os sumérios, os acádios, os babilônicos, os assírios e os persas.
  1. Quais eram as principais atividades econômicas dos povos mesopotâmicos?
PROFESSOR Resposta: Agricultura, criação de animais e comércio.
MANUAL DO PROFESSOR

A descrição das características geográficas da Mesopotâmia é importante para a compreensão da história das sociedades que ali se organizaram. Explore o mapa com os estudantes, identificando os territórios que compreendem a região na atualidade e os rios Tigre e Eufrates.

Atividade 13. Com base na leitura coletiva do texto e do mapa, os estudantes devem mencionar as características geográficas da região, destacando a importância do rio para os povos que ocuparam a Mesopotâmia: na agricultura, na criação de animais e no comércio.

Ressalte que atualmente não existe mais uma área denominada Mesopotâmia e que o mapa mescla informações geográficas do passado e do presente ao apresentar os países atuais.

Explique que os diversos povos que ocuparam a região da Mesopotâmia, como os sumérios, os acádios, os babilônicos, os assírios e os persas, nem sempre estabeleceram relações harmoniosas entre si. Os sumérios, por exemplo, foram militarmente conquistados pelos acádios.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04HI06.

Para você ler

A Mesopotâmia – Coleção Que história é esta?, de Marcelo Rede. Saraiva, 1997.

A obra explora o cotidiano dos povos da antiga Mesopotâmia

A história para os mesopotâmios

A estrutura básica da sociedade na Mesopotâmia permaneceu inalterada por 2.000 anos ou mais, mas, em diferentes épocas, dominaram os sumérios, os babilônios ou os assírios, e a ordem da sociedade era muito menos estática que no Egito. Enquanto neste o faraó simbolizava o triunfo de uma ordem divina inabalável sobre as forças do caos, na Mesopotâmia a monarquia representava a luta de uma ordem humana, com todas as suas ansiedades e fragilidades, para se integrar ao universo.

A despeito de seu interesse por essa ocorrência pretérita e da compilação de listas cronológicas de reis, acompanhadas de grandiloquentes exposições de seus feitos, os sumérios e seus sucessores não tinham verdadeira inclinação pela história. [...]

MP099

A localização e o relevo da Mesopotâmia possibilitavam os deslocamentos por terra, rio e mar.

Por terra, o transporte de produtos entre aldeias próximas podia ser feito por pessoas a pé carregando sacos nas costas. Para transportar produtos entre cidades próximas ou distantes, camelos, burros ou bois podiam servir de animais de carga. Alguns desses animais também eram usados para puxar carros feitos de madeira carregados de mercadorias.

Por rios e mares, as mercadorias podiam ser transportadas por embarcações. Os barcos usados no mar eram mais resistentes que os barcos de rios e costumavam dispor de velas, que são equipamentos que contribuem para impulsionar e controlar a direção da embarcação.

As várias possibilidades de deslocamento terrestre e marítimo favoreceram o desenvolvimento do comércio e, com o passar do tempo, a Mesopotâmia tornou-se um grande centro comercial, realizando trocas com diversas cidades.

  1. Quais eram as vias de deslocamento utilizadas pelos mesopotâmicos?
PROFESSOR Resposta: Terrestres, fluviais e marítimas.
  1. Os comerciantes mesopotâmicos deslocavam-se para cidades distantes usando diversos meios de transporte. No caderno, elabore uma legenda para cada imagem descrevendo a forma de deslocamento representada.
PROFESSOR Respostas pessoais.
Imagem: Ilustração 1. Um homem moreno com saia longa branca, descalço, carregando sobre as costas, com o corpo inclinado para à direita, uma base marrom com pedras cinzas em cima. Ilustração 2. Um homem atrás de um burro cinza, carregando um saco com pedras cinzas dentro. O homem tem pele morena, cabelos pretos, olhando para baixo. Ilustração 3. Dois bois brancos para à esquerda, com cordas finas que vão até as mãos de um homem que os conduz. Este tem pele morena, cabelos pretos e saiote branco. Sobre base com rodas grandes marrons, dois outros homens sentados, vistos de costas. Ilustração 4. Sobre oceano azul, um barco pequeno de cor marrom, com vela de cor branca, e dois homens dentro.   Fim da imagem.

Para organizar as atividades comerciais, os povos mesopotâmicos desenvolveram também um sistema de escrita, a chamada escrita cuneiforme.

Imagem: Fotografia. Uma placa de argila de cor marrom-claro, com forma quadrada com escrita feita por traços alguns na horizontal e outros na vertical.  Fim da imagem.

LEGENDA: Placa de argila feita por volta de 2400 a.C. com escrita cuneiforme. O desenvolvimento desse sistema de escrita é atribuído aos sumérios. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Qual foi a importância do comércio para o desenvolvimento da escrita?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

De modo semelhante, embora houvesse bibliotecas em templos e palácios para conservar registros do passado, não há indícios de qualquer interesse pela história, a não ser como guia para a ação no presente. Na verdade, a concepção geral do processo cósmico que tinham os antigos habitantes da Mesopotâmia excluía a possibilidade de que a história tivesse qualquer significado ou propósito mais profundos. A aparente falta de qualquer sentido em seu padrão repetitivo expressa-se na seguinte passagem da Epopeia de Gilamesh: “Não há permanência. Construímos uma casa para se manter para sempre, selamos um contrato para vigorar por todo o tempo? Irmãos dividem uma herança para guardá-la eternamente, o tempo da cheia dos rios perdura? (...) Desde os velhos tempos não há permanência.”

FONTE: WHITROW, G. J. O tempo na história: concepções de tempo da pré-história aos nossos dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. p. 42 e 44.

Explique que o relevo e a localização da Mesopotâmia favoreciam os deslocamentos por vias terrestres, fluviais e marítimas, por ser uma faixa de terras planas cortada pelos rios Tigre e Eufrates e próxima ao mar Mediterrâneo e ao golfo Pérsico. Essa localização facilitou as trocas comerciais com outros povos.

Não se sabe ao certo a origem dos sumérios e quando eles migraram para a Mesopotâmia. Mas, por volta de 3000 a.C., esse povo já estava estabelecido no sul da Mesopotâmia. Acredita-se que os sumérios tenham sido pioneiros na construção de canais e outras obras para a utilização das águas dos rios. Também são atribuídas a eles invenções importantes para o desenvolvimento da agricultura, como o arado e a roda.

Explique que, inicialmente, a escrita suméria era utilizada apenas em atividades contábeis: registros de pagamentos e recebimentos, controle de estoques e circulação de produtos, arrecadação de impostos etc. Com o tempo, ela foi aprimorada e passou a ser usada também na elaboração de contratos, declarações reais, cartas e poemas. Esse sistema de escrita recebeu o nome de cuneiforme, pois seus sinais tinham aspecto de um prego de cabeça larga, lembrando uma cunha, ao serem gravados na argila.

Atividade 17. Ao propor a atividade, se julgar necessário, chame a atenção dos estudantes para a associação entre os meios de transporte de pessoas e mercadorias e as diferentes vias utilizadas pelos comerciantes.

Atividade 18. Nessa atividade oral, espera-se que os estudantes observem que o desenvolvimento do comércio impulsionou a criação de um sistema de escrita para organizar as atividades comerciais.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04HI06.

MP100

A civilização chinesa

As primeiras aldeias chinesas desenvolveram-se às margens do rio Hoang-Ho, conhecido como rio Amarelo, dando origem à civilização chinesa por volta de 2000 a.C. Essas terras foram ocupadas porque tinham solo fértil, grande quantidade de minerais e áreas favoráveis à pastagem de animais.

Os chineses dedicavam-se à agricultura, principalmente ao cultivo do arroz, e desenvolviam atividades comerciais. Um dos principais produtos comerciados era a seda, tecido feito a partir do casulo da lagarta do bicho-da-seda.

O comércio da seda era realizado por um caminho que partia da região do rio Amarelo, atravessava uma vasta área do continente asiático e do Oriente Médio, incluindo a Mesopotâmia, e chegava ao continente europeu. No longo percurso, passava por diferentes cidades e postos comerciais. Esse caminho ficou conhecido como Rota da Seda.

Observe o mapa que mostra a Rota da Seda.

Imagem: Ilustração. Mapa. A rota da Seda. Na parte superior, à direita, planisfério terrestre com destaque para África e Ásia. Rosa dos ventos em preto com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 710 Km Legenda: Linha verde: Rota da Seda Esfera preta: Cidade Rota da Seda passando por Cidades da Arábia: cidades de Beirute, Taso, Mesopotâmia, Pérsia, Tauris(Tabiriz). Mais ao norte: Cidade de Constantinopla, Na Itália: Veneza e Roma. Na índia: Samarcanda, Kashgar e Kutcha, Turquestão: Karakorum. Na China: Hami, Su-Tchéu, Ningxia, Anyang, Chang’an.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Wang Tao. Explorando a China. São Paulo: Ática, 1996. p. 14.

  1. Por que os chineses ocuparam as margens do rio Amarelo?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Qual era o principal produto do comércio chinês?
PROFESSOR Resposta: A seda.
PROFESSOR Resposta: Com o casulo da lagarta do bicho-da-seda.
  1. Observe o mapa novamente e escreva no caderno de onde partia e até onde chegava a Rota da Seda.
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 68-71 podem ser trabalhadas na semana 13.

Fim do complemento.

O estudo da civilização chinesa é uma oportunidade de reforçar a relação entre o desenvolvimento das primeiras civilizações e os rios.

Esclareça que a extensão do território ocupado pela civilização chinesa variou ao longo do tempo. O núcleo central dessa civilização, onde surgiram as primeiras aldeias, era o vale do rio Hoang-Ho (Huang-He), conhecido como rio Amarelo, que se caracteriza pela presença de terras férteis e ricas em reservas minerais.

Explique que as comunidades que se fixaram ao longo do rio Amarelo planejavam sua vida de acordo com o calendário de inundações. Nas áreas que ficavam submersas pelas águas do rio por vários meses do ano, os camponeses cultivavam o arroz. Na parte mais elevada do vale, pouco irrigada, foram construídos terraços em forma de escadas, que se estendiam por longas curvas de nível. Nessas áreas, a água captada do rio era distribuída pelo terreno de cultivo e se infiltrava no solo, retendo os nutrientes.

Por volta de 2000 a.C., o vale do rio Amarelo já abrigava culturas importantes. Em suas aldeias, praticavam-se a agricultura e a criação de cães, porcos, bois, ovelhas e galinhas.

Informe que, ainda hoje, o arroz é cultivado nessa região, sendo um dos principais alimentos consumidos pelos chineses.

Atividade 19. Oriente os estudantes a retomar o texto para responder à questão. Eles devem observar que as terras em torno do rio Amarelo atraíram a ocupação humana por serem férteis, ricas em minerais e propícias à pastagem de animais.

Atividade 21. Com base na leitura do mapa, espera-se que os estudantes mencionem que a Rota da Seda partia da região do rio Amarelo e chegava ao continente europeu.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06 e EF04HI07.

A civilização chinesa

[...] Para estudiosos das principais universidades chinesas, sua civilização surgiu como um amontoado de cidades-estados no vale do Rio Amarelo [...].

Entre os indícios encontrados nos diversos pontos de escavação estão alguns que indicam a existência de atividades agrícolas datados de 6.000 a.C. e associados à cultura Peiligang, nome dado por arqueólogos para um grupo de comunidades do Neolítico encontrado nas margens do rio Yi-Luo na província de Henan, que teria vivido entre 7.000 e 5.000 a.C.

MP101

O rio Amarelo

O rio Amarelo é um dos rios mais importantes da China. Ele nasce no planalto do Tibete e deságua no mar Amarelo, na costa do oceano Pacífico.

O rio Amarelo recebe esse nome por causa da cor de suas águas, que ficam amareladas quando carregam grande quantidade de materiais.

Imagem: Ilustração. Mapa. Rio Amarelo.  Na ponta superior, à esquerda, planisfério com destaque para Ásia.  Rosa dos ventos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 600 km Território da China, com a parte noroeste: Planalto do Tibete. Do centro à leste: rio: Amarelo (Hoang-Ho) mais abaixo: Rio Azul (Yang-tsé-Kiang) e no sul: Rio Xun Jiang. Entre a China e Coreia do norte e do Sul o Mar amarelo.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 95.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Onde está localizada a nascente do rio Amarelo? E a foz?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.

Apesar de nascer em uma área elevada, o rio Amarelo percorre áreas de planície. A grande disponibilidade de água e a presença de solos ricos em nutrientes nessas planícies possibilitam que elas sejam utilizadas como áreas de pastagem para o gado e de cultivo de arroz.

Em algumas épocas do ano, o rio Amarelo recebe águas originadas do derretimento de neve e gelo das montanhas, causando inundações. Para controlar as inundações e conter o excesso de água, um sistema de barragens foi construído.

Imagem: Fotografia. Vista do alto de local com rio grande de cor verde com solo marrom à esquerda, rodovia longa de cor verde e mais à direita e na borda, rochas cinzas, local com solo marrom, algumas construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: O rio Amarelo é o segundo rio mais extenso da China, com cerca de 4845 quilômetros de comprimento. Fotografia de 2021. FIM DA LEGENDA.

  1. Como são as planícies do rio Amarelo? Para quais atividades elas são utilizadas?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A prática da agricultura causou o aumento da população e da habilidade de estocar e redistribuir colheitas, além de fazer com que artesãos e administradores continuassem se especializando. No final do Neolítico, o vale do Rio Amarelo começou a mudar no sentido de se tornar um centro cultural, já que foi lá que surgiram os primeiros vilarejos.

FONTE: COUTO, S. A extraordinária história da China. São Paulo: Universo dos Livros, 2008.

Comente com os estudantes que o rio Amarelo recebeu esse nome por causa da cor de suas águas, que são amareladas em razão da grande quantidade de materiais dissolvidos nelas. Se possível, providencie uma fotografia aérea que mostre o deságue do rio Amarelo no mar, para que os estudantes observem o contraste de suas águas amareladas com as águas do mar.

Explore o mapa para indicar a localização do rio Amarelo. Comente que ele é um dos maiores rios da China, nascendo no planalto do Tibete e desaguando no mar Amarelo, na costa do oceano Pacífico.

Leia o texto com os estudantes e comente que o rio atravessa regiões que sofrem com a falta de outras fontes de água doce, por exemplo, o deserto de Gobi. Retome a informação de que outras regiões sofrem com cheias inesperadas do rio, em decorrência do derretimento da neve do planalto do Tibete.

Atividade 22. Auxilie os estudantes a localizar a nascente e a foz do rio Amarelo no mapa.

Atividade 23. As planícies do rio Amarelo são ricas em nutrientes trazidos pelo curso de água durante as cheias. Esses nutrientes fertilizam o solo, que é aproveitado para a prática agrícola.

Ao abordar as atividades praticadas atualmente no vale do rio Amarelo, chame a atenção dos estudantes para o fato de que o cultivo do arroz e a criação de gado eram realizados pelos chineses, nessa mesma área, há mais de 4 mil anos. Perceber essa relação de continuidade entre as ações humanas no passado e no presente permite ao estudante desenvolver a noção de historicidade e favorece o trabalho com a habilidade da BNCC EF04HI01.

MP102

A civilização harapense

As áreas próximas ao rio Indo foram ocupadas por povos que formaram a civilização harapense. Por volta de 2500 a.C., grandes cidades, como Harapa e Mohenjo-Daro, já estavam formadas nesse local e tinham milhares de habitantes.

A agricultura era a base da economia dos harapenses. Eles cultivavam trigo, cevada, tâmara, damasco, ervilha, gergelim, melão, entre outros produtos. Os harapenses também foram os primeiros a cultivar algodão, que era usado para produzir tecidos.

Além da agricultura, os harapenses praticavam o comércio. Há fontes históricas que apresentam registros de trocas comerciais entre os harapenses e os mesopotâmicos. Esses povos trocavam entre si grãos, madeiras, animais, pedras, cerâmicas, joias, diversos tipos de especiarias, entre outros produtos. As trocas eram realizadas por meio de rotas terrestres e marítimas.

Imagem: Ilustração. Mapa. Área ocupada pela civilização harapense.  Na ponta superior, à direita, planisfério com destaque para Ásia.  Rosa dos ventos em preto: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Escala: 0 – 400km Legenda: Zona de influência da civilização harapense Esfera pequena preta: Cidades Zona de influência da civilização harapense no sul e ao centro do Irã, passando pelo rio Indo e noroeste de Índia nas cidades: Harapa, Mohenjo Daro, Lothal. No alto da Índia, rio: HIMALAIA.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Pierre Vidal-Naquet e Jacques Bertin. Atlas histórico: da pré-história aos nossos dias. Lisboa: Círculo de Leitores, 1990.

  1. Quais produtos agrícolas eram cultivados pelos harapenses?
PROFESSOR Resposta: Trigo, cevada, tâmara, damasco, ervilha, gergelim, melão e algodão, entre outros.
  1. Quais eram os principais produtos comerciados pelos harapenses com os mesopotâmicos?
PROFESSOR Resposta: Grãos, madeiras, animais, pedras, cerâmicas, joias e diversos tipos de especiaria, entre outros.
  1. Quais eram as rotas utilizadas pelos harapenses para o comércio?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta pessoal. Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Inicie o estudo da civilização harapense a partir da análise da sua localização no mapa. Chame a atenção dos estudantes para cidades importantes, como Harapa e Mohenjo-Daro, que já existiam há cerca de 4500 anos.

Promova a leitura coletiva do texto e destaque que, apesar de a base da economia dos harapenses ser a agricultura, eles também praticavam o comércio, inclusive com os mesopotâmicos. Oriente os estudantes a localizar a região da Mesopotâmia no mapa.

Comente que os harapenses foram os primeiros a cultivar algodão para a produção de tecidos. Em seguida, pergunte aos estudantes se eles conhecem e utilizam roupas e acessórios feitos de algodão e incentive-os a compartilhar informações com os colegas.

Destaque também que os harapenses desenvolveram diversas rotas de comércio, tanto terrestres quanto marítimas.

Atividade 26. Espera-se que os estudantes concluam que não havia rios ligando as áreas ocupadas por esses povos.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06, EF04HI07 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.

As cidades harapenses no vale do rio Indo

As primeiras cidades sul-asiáticas [...] apareceram no Vale do Indo, na área que hoje é o Paquistão. A cultura harapense do Vale do Indo floresceu entre aproximadamente 2300 e 1500 a.C.

A cultura harapense surgiu de uma rede de comunidades baseadas na pecuária e na prática limitada do cultivo de grãos [...].

Mohenjo-Daro, o local mais bem documentado, localizava-se na metade do Rio Indo, e Harappa ficava a 6.500 km ao nordeste de um rio tributário do Indo. A inundação anual do Vale do Indo, junto com técnicas simples de irrigação, tornou possível o estabelecimento de comunidades relativamente grandes na região no terceiro milênio a.C. As cidades harapenses eram parte de um sistema de comércio e economia local, ligando produtores rurais a centros urbanos com profissões especializadas.

MP103

O rio Indo

O rio Indo nasce na China, no conjunto de montanhas do Himalaia, e deságua no mar Arábico, que é uma porção do oceano Índico situada entre a península Arábica e a Índia. Até chegar à foz, esse rio passa por terras da Índia e do Paquistão.

Imagem: Ilustração. Mapa. Rio Indo. Na parte superior, à direita, planisfério terrestre com destaque para o sul da Ásia.  Rosa dos ventos em preto com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 460Km. Território da Índia, e ao noroeste, Paquistão.  No Índia, rios: Rio Narmada, Rio Godavari, Rio Krishna e Ao norte, Rio Ganges. No Paquistão, rio Indo.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 95.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Onde está localizada a nascente do rio Indo? E a foz?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Compare o mapa desta página com o mapa da página anterior. Quais são as semelhanças? E as diferenças?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.

As águas do rio Indo têm origem no derretimento de neve e gelo das montanhas que formam o Himalaia. Por isso, em algumas épocas do ano, o nível desse rio se eleva, provocando inundações.

Na planície do rio Indo, as obras destinadas a controlar as inundações e os canais de irrigação favorecem a agricultura, principalmente de cana-de-açúcar, trigo, arroz e algodão, além da pesca.

Imagem: Fotografia. Vista do alto de local com morros e montanhas de cor marrom e ao centro, rio com água de cor azul. Em segundo plano, montanhas e no alto, céu de cor azul com nuvens.  Fim da imagem.

LEGENDA: O rio Indo é o mais extenso do Paquistão, com cerca de 3180 quilômetros de comprimento. Rio Indo, no Paquistão, em 2018. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é a origem das águas do rio Indo?
PROFESSOR Resposta: O rio Indo nasce das águas de degelo da cordilheira do Himalaia, em território chinês.
MANUAL DO PROFESSOR

Elas também se tornaram centros de comércio à longa distância, estabelecendo contatos com o Golfo Pérsico e com a Mesopotâmia [...].

Pouco depois de 1750 a.C., a característica dessa civilização foi interrompida por uma série de enchentes e pela mudança do curso do rio, o que contribuiu para o esvaziamento de recursos.

Quando o Rio Indo alterou seu curso, o padrão de estratégias de irrigação foi alterado, destruindo os alimentos excedentes e a atividade comercial [...]. Outros povos, equipados com carroças, reivindicaram os resquícios da cultura harapense, trazendo seu modo de vida seminômade e suas ideias amplamente diferentes sobre alimentos, organização social e religião.

FONTE: GOUCHER, C.; WALTON, L. História mundial: jornadas do passado ao presente. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 72.

Ao iniciar o estudo do rio Indo, solicite aos estudantes que analisem o mapa disponível e localizem o rio, assim como os territórios da Índia, do Paquistão e da China.

Destaque que o rio Indo nasce das águas de degelo da cordilheira do Himalaia, em território chinês, passa pelo norte do território indiano, segue pelo território paquistanês e deságua no mar Arábico.

Comente que o rio Indo percorre cerca de 3000 km, carregando, desde a sua cabeceira, nas cordilheiras, diferentes sedimentos que são responsáveis pela existência de planícies férteis e agricultáveis, onde ocorreu o desenvolvimento da civilização harapense.

Comente que, assim como as áreas próximas do rio Amarelo, as áreas próximas do rio Indo sofrem com inundações intermitentes resultantes do degelo na região de sua cabeceira, no Himalaia.

Explique que atualmente é às margens do rio Indo e de seus afluentes que estão as maiores concentrações da população paquistanesa e os centros de geração de energia elétrica, de extração de gás natural e de atividade industrial.

Atividade 28. O mapa da página 71 tem como tema os principais rios que fluem pela península Indiana, destacando os territórios atuais da Índia e do Paquistão. O mapa da página 70 abrange uma área maior do continente asiático, representa alguns rios e destaca o território ocupado pela antiga civilização harapense.

Saliente que o trigo ainda é cultivado nas áreas próximas ao rio Indo. Se julgar conveniente, proponha uma pesquisa sobre quais produtos, além do trigo, são cultivados no local atualmente, comparando-os com os que eram cultivados no passado pelos harapenses, para identificar mudanças e permanências ao longo do tempo.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.

MP104

A civilização egípcia

A civilização egípcia começou a se desenvolver às margens do rio Nilo por volta de 3200 a.C.

Todos os anos, as águas do rio subiam e inundavam as terras ao seu redor, tornando o solo das margens úmido e fértil, ideal para a agricultura. Além das inundações naturais, os egípcios construíram diques e canais de irrigação para ampliar as áreas de cultivo.

Eles cultivavam principalmente trigo, cevada, ervilha, lentilha, linho e frutas. Outro produto cultivado era o papiro, planta com fibras que eram usadas como suporte para a escrita e o desenho e para produzir cestos, sandálias e embarcações. O papiro é um suporte de escrita antecessor do papel.

Outras atividades importantes para os egípcios eram a pesca e a criação de porcos, carneiros, bois, gansos e patos.

Imagem: Ilustração. Mapa. O rio Nilo na África atual.  Na ponta superior, à direita, planisfério com destaque na região entre a África e Ásia. Rosa dos ventos em preto: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Escala: 0 – 380 Km À esquerda, Egito, Sudão do Sul, Etiópia, Eritreia, Uganda por onde corre o Rio Nilo, passando por Cartum, Asmara e Adis Abeba e Juba.  Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Graça M. L. Ferreira. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 85.

  1. Qual era a importância do rio Nilo para a civilização egípcia?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Como os egípcios melhoraram o aproveitamento das águas do rio Nilo?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Quais produtos agrícolas cultivados pelos egípcios você conhece?
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Observe a imagem de um papiro egípcio. Em sua opinião, que atividades foram representadas nos desenhos?
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Fotografia. Folha de cor bege-claro, com ilustração acima de uma pessoa sobre uma canoa no rio de água de cor azul. A pessoa tem pele morena, cabelos pretos com vestes de cor branca, com os braços para cima e agachado com joelhos. Na parte inferior, outras duas pessoas idênticas, com os mesmos tipos de roupas e ao centro, um boi branco com partes em preto.  Fim da imagem.

LEGENDA: Folha feita de papiro usada para escrita e desenho, datada de cerca de 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 72-73 podem ser trabalhadas na semana 13.

Fim do complemento.

O Egito antigo integra as chamadas “civilizações fluviais” e seu desenvolvimento, ao longo de quase 4 mil anos, foi simultâneo ao da civilização mesopotâmica. Os achados de pesquisas arqueológicas realizadas no local foram largamente divulgados nos meios de comunicação desde as primeiras décadas do século XX, exercendo grande fascínio no público em geral, especialmente nas crianças. Os monumentais vestígios encontrados no nordeste da África, as valiosas obras de arte, as lendas como a “maldição do faraó”, os papiros, a escrita hieroglífica e a mumificação são alguns exemplos desses achados. Assim, aproveite o momento para explorar os conhecimentos prévios da turma acerca do tema e promova a troca de informações entre os estudantes antes de iniciar o estudo do conteúdo.

Atividades 30 e 31. Ao fazer a leitura do texto e do mapa com os estudantes, ressalte a importância do rio Nilo para o desenvolvimento da civilização egípcia e destaque o trabalho humano necessário para o aproveitamento de suas águas na agricultura por meio da construção de diques e canais de irrigação.

Atividade 32. Os estudantes devem identificar os produtos cultivados pelos egípcios para então verificar se eles os conhecem ou consomem no dia a dia.

Atividade 33. Espera-se que os estudantes observem que as atividades representadas são a navegação e a agricultura, inclusive com o uso do arado.

Informe aos estudantes que a folha de papiro era feita a partir do caule da planta, que era cortado em finas tiras que posteriormente eram molhadas, sobrepostas, cruzadas e prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que, depois, era enrolada. A escrita era feita paralelamente às fibras. O papiro começou a ser fabricado pelos egípcios por volta do ano 2500 a.C. Ele foi usado como suporte para a escrita pelos egípcios, por povos do Oriente Médio, como os hebreus e babilônios, e por todo o mundo greco-romano.

A linguagem e a literatura egípcia

Os egípcios desenvolveram um sistema de escrita hieroglífica em que muitos dos símbolos derivaram do seu meio ambiente africano. [...]

Os egípcios expressavam-se inicialmente por meio de ideogramas. Estes logo se formalizaram em símbolos representativos de elementos fonéticos que, posteriormente abreviados, poderiam ser considerados uma etapa da criação da escrita alfabética.

A descoberta do papiro, transmitido à Antiguidade clássica, certamente contribuiu – graças à leveza e flexibilidade desse material, e às dimensões quase ilimitadas que podiam ter os “rolos” de papiro – para a difusão de ideias e conhecimento.

MP105

O comércio egípcio

Os egípcios comerciavam com diversos povos da África, da Ásia e da Europa. A grande extensão do rio Nilo e a proximidade com o mar Mediterrâneo e com o mar Vermelho, usados como vias de transporte de produtos para o comércio, favoreciam o contato entre esses povos.

Os comerciantes egípcios trocavam produtos como trigo, lentilha, papiro e linho por cobre, incenso, pedras semipreciosas, como turquesa e lápis-lazúli, além de madeira para a construção de embarcações.

As embarcações também eram construídas usando papiro tanto no corpo do barco como nas velas.

Imagem: Fotografia. Uma folha de cor bege com ilustração de pessoas dentro de uma embarcação de cor amarelo-claro, com duas pessoas dentro, à direita, de pele morena e saiote em branco, com uma estrutura em marrom-escuro, com formato de arco quadrado. Na parte superior, perto das velas brancas, dois outros homens e no alto, outros dois de tamanhos menores. Todos são morenos, um com saiote branco e outros sem.  Fim da imagem.

LEGENDA: Folha de papiro com desenho de embarcação também feita de papiro datada de cerca de 500 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Com quais povos os egípcios realizavam trocas comerciais?
PROFESSOR Resposta: Diversos povos da África, da Ásia e da Europa.

• Que condições geográficas favoreciam esse comércio?

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Quais eram os produtos trocados pelos comerciantes egípcios?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe o uso do papiro no documento apresentado nesta página. Depois, responda às questões.
  1. O que a imagem mostra?
PROFESSOR Resposta: Uma embarcação egípcia feita de papiro.
  1. Como o papiro foi utilizado nesse caso?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

A extensa literatura da época faraônica cobre todos os aspectos da vida dos egípcios, desde as teorias religiosas até os textos literários, como narrativas, peças de teatro, poesia, diálogos e crítica. Essa literatura pode ser considerada um dos legados culturais mais importantes do antigo Egito. [...]

Pode-se admitir, finalmente, que determinados elementos da literatura egípcia tenham sobrevivido até nossos dias graças às maravilhosas narrativas da literatura árabe. Esta, com efeito, parece ter suas fontes na tradição oral egípcia. Assim, foi possível estabelecer um paralelo entre a história de “Ali Babá e os quarenta ladrões”, das “Mil e Uma Noites”, e um conto faraônico, “A captura de Joppe”, assim como entre “ Simbad, o marujo” e “O náufrago”, conto faraônico do Médio Império.

FONTE: MOKHTAR, Gamal. História geral da África II : África antiga. Brasília: Unesco, 2010. p. 145.

Atividade 34. Destaque a localização do rio Nilo no mapa, a extensão do seu curso, a relação com o mar Mediterrâneo, no qual deságua, e sua proximidade do mar Vermelho. Explique que tanto o Nilo como esses mares eram usados como vias de transporte de produtos para o comércio.

Atividade 35. Espera-se que os estudantes localizem no texto, especificamente no segundo parágrafo, as informações necessárias para a resposta, concluindo que eram trocados vários produtos, entre eles, trigo, lentilha, papiro e linho por cobre. As trocas também envolviam incenso, pedras semipreciosas e madeira.

Atividade 36. A imagem mostra uma embarcação egípcia feita de papiro.

Se julgar conveniente, providencie com antecedência imagens de algumas embarcações egípcias feitas de papiro para apresentar aos estudantes.

Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06 e EF04HI07.

Literacia e Ciências Humanas

Ao longo dos séculos, acontecimentos históricos foram representados e registrados na forma escrita e na forma iconográfica.

O exercício de análise de documentos históricos exige dos estudantes que compreendam textos e imagens. A leitura de documentos visuais capacita o estudante a compreender uma pintura histórica, identificando informações significativas. Ao desenvolverem tal habilidade, os estudantes também poderão fazer leituras significativas de imagens atuais, como as veiculadas em revistas, na televisão e em outros meios de comunicação.

MP106

O domínio das rotas do mar Mediterrâneo

O comércio marca a história da humanidade. Inicialmente, como vimos, as relações de troca ocorriam entre grupos que viviam próximos. Com o tempo, mercadores passaram a levar seus produtos, por mar ou por terra, para locais cada vez mais distantes.

Na região do mar Mediterrâneo, por exemplo, o comércio ocorreu de maneira intensa, envolvendo vários povos antigos, como fenícios, cartagineses, gregos, romanos, árabes e, mais tarde, italianos (venezianos e genoveses).

Em razão do crescimento do comércio, várias sociedades se desenvolveram e houve grande intercâmbio de línguas e culturas na região. Houve também muita disputa pelo controle das rotas marítimas e, em consequência, guerras e batalhas.

Os fenícios

Os fenícios ocuparam uma estreita faixa litorânea no mar Mediterrâneo por volta de 1500 a.C. A presença de altas montanhas na região e a ausência de grandes rios para irrigar as terras dificultavam a prática da agricultura pelos fenícios. O cultivo agrícola ficava limitado a uma estreita faixa de terra fértil.

As terras ocupadas pelos fenícios, porém, eram banhadas pelo mar Mediterrâneo, o que facilitava o contato com os povos da Ásia, da África e da Europa. Além disso, a vegetação dessas terras era rica em cedro, árvore que fornece madeira de excelente qualidade para a produção de embarcações.

Esses fatores favoreceram o domínio dos fenícios sobre a navegação marítima, fazendo do comércio e da pesca suas principais atividades econômicas. A navegação no mar Mediterrâneo possibilitou aos fenícios entrar em contato com diferentes povos e culturas.

Imagem: Fotografia. Um relevo em pedra de cor marrom, uma embarcação pequena com velas e mastro: haste fina na vertical. A embarcação está em alto mar com ondas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Relevo mostrando embarcação fenícia utilizada para o comércio marítimo, produzido por volta de 400 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais fatores dificultavam a prática da agricultura pelos fenícios?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Quais fatores favoreceram o domínio da navegação pelos fenícios?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 74-75 podem ser trabalhadas na semana 14.

Fim do complemento.

Antes de iniciar o estudo do tema, explore com os estudantes o mapa apresentado na página seguinte para que eles possam localizar a região ocupada pelos fenícios, suas áreas de expansão comercial e respectivos entrepostos.

Atividades 37 e 38. Leia o texto com os estudantes e ressalte as características geográficas da área ocupada pelos fenícios: trata-se de uma estreita faixa de terra litorânea com solos pouco férteis para a agricultura e a presença de altas montanhas. Explique que essas características influenciaram o modo de vida dos fenícios, que se voltaram para o mar para garantir sua sobrevivência, tanto por meio da pesca como por meio do comércio. Esse contexto favoreceu o desenvolvimento das técnicas de navegação e de fabricação de embarcações, o que foi facilitado pela presença de madeira de cedro na vegetação local.

Explore a imagem em relevo apresentada, salientando que as embarcações se tornaram símbolo do povo fenício. Explique que, diferentemente das civilizações antigas estudadas até o momento, cujo modo de vida estava estreitamente relacionado à dinâmica de grandes rios, os fenícios desenvolveram um modo de vida ligado ao mar. Por esse motivo, eles eram chamados de povos do mar.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06 e EF04HI07.

Os fenícios

Na Antiguidade, a civilização fenícia foi muito importante para o desenvolvimento do comércio e da tecnologia marítima. Os fenícios habitavam a região do atual Líbano e se organizavam em cidades-Estado, sendo as principais Sidon, Tiro e Biblos. Dedicavam-se ao comércio, inclusive marítimo, e, em decorrência disso, criaram uma rede de colônias comerciais, onde obtinham também matéria-prima. Entre as mercadorias mais exportadas estavam: vinho, azeite, madeira, tecidos, artesanato, perfumes e joias. Por meio de suas viagens, os fenícios divulgaram sua cultura e a de povos que conheciam em diferentes territórios, contribuindo assim para a disseminação e o desenvolvimento dos mais diversos saberes.

MP107

O comércio fenício

Graças à navegação, os fenícios estabeleceram rotas comerciais em todo o mar Mediterrâneo. Eles criaram entrepostos em diversos pontos do litoral mediterrâneo para promover suas atividades comerciais. Nesses entrepostos eram construídos depósitos para armazenar os produtos e portos que possibilitavam guardar e reparar as embarcações.

A atividade comercial impulsionou a criação de um sistema de escrita fenício para registrar as trocas comerciais. Esse sistema era baseado em um alfabeto fonético, isto é, para cada som da fala foi desenvolvido um símbolo. Com a expansão comercial, o alfabeto fenício tornou-se amplamente conhecido, e os 22 símbolos que o compunham deram origem às letras do alfabeto que utilizamos atualmente.

  1. Por que os fenícios estabeleciam entrepostos? Qual era sua função?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Observe o mapa a seguir. Depois, responda às questões.
Imagem: Ilustração. Mapa. Rotas comerciais fenícias.  Na ponta superior, à direita, planisfério com destaque para região entre Europa, África e Ásia, mar mediterrâneo e negro.  Rosa dos ventos em preto, com sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. Escala: 0 – 340 Legenda: Laranja: Área ocupada pelos fenícios Roxo: Área de expansão comercial fenícia Esfera preta: Entrepostos Flecha em vermelho: Rotas comerciais Um pote bege: Cerâmica Folhas verdes na vertical: Cerais Uma ferramenta preta: Peças de metal Uma garrafa transparente: Vidro Uma árvore: folhas verdes Grãos brancos: Sal  Tecido cinza: Tecidos Elefante cinza: Marfim Carrinho amarelo: Ouro Carrinho cinza: Prata Carrinho laranja: Cobre Três esferas cinzas: Chumbo Toras de árvore uma sobre a outra: Madeira Ao norte da África, oeste da Sicília, a Sardenha, Córsega, Baleares e Sul da Espanha: área de expansão comercial fenícia. Ao norte da África, dois elefantes e sal, perto de Cartago. No sul da Espanha: Cobre, ouro, cereais e prata.  Ao norte do Egito: ouro, papiro e cereais. A oeste da Mesopotâmia: área ocupada pelos fenícios. Cidades de: Ugarit, Arado, Biblos, Beritos (Beirute), Sidon, Tiro. Nesta região: cerâmica, madeira, vidro e tecidos. Leste do Chipre: área de expansão comercial fenícia. Sul da Irlanda: estanho e chumbo. Flechas vermelhas de rotas, saindo da mesopotâmia para: Chipre, Rodes, Egito, Creta, Sicília, Siracusa, Malta, Cartago, Sardenha, Córsega, Baleares, Malaca, Cádiz.   Fim da imagem.

FONTE: Elaborado com base em: Werner Hilgemann e Hermann Kinder. Atlas historique. Paris: Perrin, 1992.

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Qual era a principal via de transporte utilizada pelos fenícios para o comércio?
  1. Quais produtos havia na área ocupada pelos fenícios?
  1. Quais produtos havia no Egito?
  1. Qual é a relação do comércio fenício com o alfabeto que utilizamos atualmente?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 39. Espera-se que os estudantes observem que a grande extensão das rotas comerciais gerou a necessidade de estabelecer entrepostos ao longo dos caminhos percorridos, nos quais os fenícios construíam depósitos para armazenar os produtos e instalações para o reparo das embarcações.

Atividade 40. a) Os fenícios utilizavam o mar Mediterrâneo como via de transporte que viabilizava a expansão do comércio. b) Na área ocupada pelos fenícios eram encontrados produtos como madeira, cerâmica, tecido, vidro e peças de metal. c) No Egito havia ouro, papiro e cereais.

Com base na observação do mapa, chame também a atenção dos estudantes para as dimensões das áreas de expansão comercial fenícia, que eram mais extensas que as do território ocupado por eles.

Saliente que a expansão comercial fenícia favoreceu o desenvolvimento de um alfabeto para registro das informações comerciais, e que esse alfabeto está na origem do alfabeto que utilizamos atualmente para escrever. Essa informação favorece a percepção dos estudantes sobre a continuidade dos processos históricos que relacionam um passado longínquo (milhares de anos atrás) com o presente e a realidade cotidiana deles.

Atividade 41. A atividade comercial impulsionou a criação de um sistema de escrita fenício para registrar as trocas comerciais. Com a expansão da atividade econômica, o alfabeto fenício se tornou amplamente conhecido e os 22 símbolos que o compunham deram origem às letras do alfabeto que utilizamos atualmente. Explique aos estudantes que no alfabeto fenício cada símbolo corresponde a um som, como no nosso alfabeto. É o que chamamos alfabeto fonético.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI01, EF04HI06 e EF04HI07.

O alfabeto fonético dos fenícios

O alfabeto fenício é considerado o mais antigo alfabeto fonético da Antiguidade, ou seja, o ancestral de todos os alfabetos modernos, mesmo por não haver as vogais, que foram acrescentadas posteriormente pelos gregos. [...]

A escrita elaborada pelos fenícios dificilmente seria determinada com exatidão [...]; algumas placas de argila datam da época de 1900 a.C, ou do começo do primeiro milênio, entretanto, no século IX a.C., a Grécia adotou o alfabeto fenício, e possivelmente por influência por invasões dos etruscos no século VI a.C., a língua usada pelos etruscos tinha um alfabeto muito semelhante ao grego. O alfabeto latino ou romano surgiu por volta do século VIII a.C., segundo historiadores.

FONTE: ROCHA, Misael. Língua, linguagem e linguística. São Paulo: Baraúna, 2016.

MP108

O uso da moeda

As embarcações fenícias, chamadas galés, dispunham de velas e longos remos. Esse meio de transporte permitiu que os fenícios chegassem à África e à Europa, onde comercializavam seus produtos, e fundassem várias colônias.

Imagem: Fotografia. Embarcação na horizontal de cor verde, fina, com ponta fina à esquerda, parte inferior com dezenas de aberturas por onde há remos. Na parte superior, de dentro, cor vermelha. Ao centro, mastro, parte reta na vertical com vela de cor branca e hastes finas na diagonal.  Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de embarcação fenícia. FIM DA LEGENDA.

Os fenícios produziam tecidos, joias, perfumes e objetos de marfim, madeira e metal. Eles eram bons metalúrgicos, isto é, sabiam manipular o metal para produzir utensílios.

Entre os objetos de metal criados pelos fenícios estavam as moedas, que eram usadas no comércio. Elas costumavam ser feitas de metais valiosos, como ouro, prata e cobre, e tinham um valor fixo determinado por seu peso, o que facilitava as negociações comerciais.

Imagem: Fotografia. Moeda redonda em marrom-claro, com relevo de uma embarcação fina na horizontal em alto mar. Na parte superior, duas letras em relevo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Moeda fenícia produzida por volta de 300 a.C. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a imagem da moeda fenícia. Depois, responda no caderno às questões.
  1. Que elemento foi representado na moeda?
PROFESSOR Resposta: Uma embarcação.
  1. Em sua opinião, por que os fenícios representaram esse elemento na moeda?
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Quais são as semelhanças e as diferenças entre essa moeda e as que usamos atualmente?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 76-77 podem ser trabalhadas na semana 14.

Fim do complemento.

Peça aos estudantes que pensem em objetos de uso rotineiro na casa em que moram ou na escola. Quais deles são feitos principalmente com metais? Quais metais foram utilizados? Eles podem mencionar a geladeira, o fogão, os talheres, as tesouras, as chaves das portas, as torneiras, entre outros. Peça que escolham um objeto feito de metal presente na sala de aula, analisem as principais características dele e anotem-nas no caderno. Depois, estimule-os a conversar sobre as características dos objetos metálicos que analisaram.

Explique aos estudantes que as primeiras moedas eram cunhadas com uma mistura de ouro e prata, e a vantagem de usar as moedas é que elas tinham um valor fixo, de acordo com o peso, o que facilitava a negociação.

Explique que, como esses metais eram preciosos, o valor das moedas era proporcional ao valor do metal usado para fabricá-las.

Atividade 42. c) Como semelhanças, espera-se que os estudantes mencionem que ambas são feitas de metal e têm a mesma função: são usadas em trocas comerciais. E como diferenças: as moedas fenícias eram feitas de metais valiosos, como ouro, prata e cobre, e as atuais são feitas de níquel, que tem menor valor. Além disso, o valor das moedas atuais é expresso por um número e não equivale ao peso do material de que é feita.

As primeiras moedas oficiais do Brasil

A Casa da Moeda do Brasil (CM B) é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Fundada em 8 de março de 1694, acumula 326 anos de existência. Foi criada no Brasil Colônia pelos governantes portugueses para fabricar moedas com o ouro proveniente das minerações. Na época, a extração de ouro era muito expressiva no Brasil e o crescimento do comércio começava a causar um caos monetário devido à falta de um suprimento local de moedas.

MP109

  1. Diversos materiais já serviram como moeda no decorrer da história. Sobre esse assunto, leia o texto a seguir e depois responda às questões.

Por que inventaram o dinheiro?

O dinheiro foi criado para facilitar as trocas comerciais quando estas ficaram mais complexas. A princípio, as permutas eram baseadas na quantidade de tempo de trabalho gasto para produzir a mercadoria. [...]

Sabe-se que na China, mais de mil anos antes de Cristo, já se usavam conchas como moeda de troca. A partir daí, os materiais utilizados foram os mais diversos por todo o mundo, dos quais o exemplo mais conhecido é o sal [...].

[Há mais de 2 mil anos], já se tem notícias de moedas feitas em metal, como o ouro, a prata e o cobre. [...] O valor dependia da abundância ou da escassez de certo metal em cada região. [...]

[Centenas de anos depois,] os reis e governantes começaram a cunhar seus rostos nas moedas. [...] Nessa época, cada pessoa que fosse dona de certa quantidade de metal levava esse material até uma repartição para que fosse transformado em moeda com o rosto do rei.

O ouro, metal mais precioso, acabou virando referência de valor [...]. No século 19, ainda valia o ouro, mas as notas em papel já se tornavam mais populares. [...]

Na década de 1970, os Estados Unidos aboliram a referência ao padrão-ouro [...], e o papel-moeda passou a valer por si só. Depois, foi copiado pelos outros países, que passaram a usar o dólar como referência para o valor de suas moedas. [...]

Imagem: Fotografia. Uma placa de cor marrom-claro com contorno redondo dentro, feito por pequenas bolinhas e dentro, texto: ANNO BRASIL 1646.  Fim da imagem.

LEGENDA: O florim foi a primeira moeda cunhada no Brasil, em 1645, produzida em ouro por holandeses em Pernambuco. FIM DA LEGENDA.

Renata Costa. Por que inventaram o dinheiro? Nova Escola, set. 2009. Disponível em: http://fdnc.io/fnC. Acesso em: 11 mar. 2021.

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Quando foram produzidas as primeiras moedas de metal?
  1. Segundo o texto, quais materiais já foram utilizados como moeda?
MANUAL DO PROFESSOR

Um ano após a fundação, a cunhagem das primeiras moedas genuinamente brasileiras foi iniciada na cidade de Salvador, primeira sede da CMB, permitindo, assim, que fossem progressivamente substituídas as diversas moedas estrangeiras que aqui circulavam. Em 1695, foram cunhadas as primeiras moedas oficiais do Brasil, de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, em ouro, e de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis, em prata, que ficaram conhecidas como a “série das patacas”.

FONTE: CASA DA MOEDA DO BRASIL. História da CMB. Disponível em: http://fdnc.io/fnB. Acesso em: 14 jun. 2021.

Antes da leitura, pergunte aos estudantes qual é o título do texto e quais são as informações que ele fornece.

Em seguida, peça a eles que leiam o texto individualmente uma primeira vez e que, em seguida, repitam a leitura anotando os pontos nos quais tiveram maior dificuldade.

Atividade 43 a) e b). Esta é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação, além da produção escrita. Sugerimos que esses conhecimentos sejam trabalhados com a turma e individualmente, para que cada estudante se sinta apoiado em suas dificuldades e perceba que outros colegas possuem dificuldades semelhantes.

Explique que os objetos que usamos no cotidiano muitas vezes foram criados em épocas anteriores e passaram por modificações ao longo do tempo. Volte a mencionar que novas necessidades impulsionam mudanças nesses produtos, numa sucessão de eventos até chegar ao que conhecemos atualmente.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04HI06.

Literacia e Ciências Humanas

As atividades de leitura contribuem para a fluência dos estudantes e para o enriquecimento do vocabulário. Quanto mais leem, mais subsídios para escrever os estudantes adquirem. A leitura é importante não apenas pelo conhecimento de novas palavras e de sua grafia correta, mas também pela ampliação dos argumentos que serão utilizados nos textos que produzirão futuramente.

MP110

O mundo que queremos

Economia solidária: moeda social e bancos comunitários

Pode-se dizer que a Economia Solidária é um modo alternativo de lidar com as atividades econômicas de um determinado lugar. [...] Por exemplo, os trabalhadores são, ao mesmo tempo, donos do negócio, diferentemente da economia convencional, na qual há uma distinção entre esses dois grupos. [...]

As iniciativas podem ocorrer de diversas maneiras, sendo algumas delas por meio de associações, cooperativas, como as de coleta e reciclagem, ou grupos, tanto no campo quanto na cidade. [...].

Imagem: Fotografia. Uma parede de cor branca, com ilustração à esquerda em cinza-escuro com texto em branco: Banco união Sampaio. No alto, grade de ferro na vertical com lanças na parte superior, placa de cor bege-claro, com texto em vermelho: Casa da Mulher e da criança. Na parte inferior em azul-claro: União popular de mulheres de campo limpo e adjacências. Fundada em 08/03/1987. À esquerda, vista parcial de local com mesas e cadeiras.  Fim da imagem.

LEGENDA: Banco comunitário na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.

A moeda social é o meio que viabiliza a prática da Economia Solidária. Ela possui características específicas que a diferem da “moeda normal” [...].

[Elas] não são fabricadas pela Casa da Moeda, mas pelos Bancos Comunitários de Desenvolvimento (BCD). [...]

Outro diferencial é que os bancos comunitários podem emprestar valores em moeda social para os habitantes das comunidades que não possuem linhas de crédito em instituições bancárias tradicionais, logo os BCDs também funcionam como uma ferramenta de democratização de crédito, permitindo a ampliação de investimentos locais. [...]

Fatores como combate à exclusão, desigualdade, desemprego urbano e desocupação rural servem de motivação para impulsionar a iniciativa no cenário brasileiro e buscar uma melhor qualidade de vida para as classes mais vulneráveis. [...]

Dentre as 117 moedas alternativas existentes hoje no país, tem-se a Palma. Ela foi a primeira moeda social, criada pela própria comunidade do Conjunto Palmeiras, localizado no sul de Fortaleza, Ceará, em 1998. O objetivo era o desenvolvimento local, já que os moradores viam-se fazendo praticamente todas as compras fora do bairro, de forma que o dinheiro não se mantinha lá. [...]

Algumas outras moedas alternativas que circulam no Brasil são: a Mumbuca, na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro; a Bem, no Morro de São Benedito, no Espírito Santo; a Santana, na cidade de Santana do Acaraú, no Ceará; e a Ita, primeira moeda social da área rural, no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.

FONTE: Beatriz Rengel e Kimberly Studer. Economia solidária: a moeda social e o caso de Palmas. Politize!, 19 dez. 2018. Disponível em: http://fdnc.io/fnD. Acesso em: 25 jun. 2022.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para esta seção podem ser trabalhadas na semana 15.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Entender a importância dos bancos comunitários para o desenvolvimento local.
  • Conhecer a economia solidária e a moeda social.
  • Valorizar o trabalho coletivo no processo de desenvolvimento de toda a comunidade.

    Orientações didáticas

    É importante, antes de introduzir um tema, realizar a sondagem dos conhecimentos prévios dos estudantes. Essa sondagem pode possibilitar a eles o desenvolvimento de estratégias que atribuam mais sentido às novas informações. Para isso, antes de realizar a leitura do texto, pergunte aos estudantes se eles já foram a um banco e se sabem qual é a sua função e como ele funciona.

    Em seguida, leia o texto com eles e esclareça eventuais dúvidas que surgirem.

    Educação em valores e temas contemporâneos

    Trabalhar com temas que estimulam a reflexão sobre a busca pelo bem-estar social contribui para o desenvolvimento de uma formação cidadã plena e consciente. É importante que os estudantes compreendam que é possível obter desenvolvimento econômico com atitudes que visem ao bem-estar coletivo, como aquelas praticadas pelos bancos comunitários que fomentam a economia local.

    O que é um banco comunitário

    Bancos comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais, tendo por base os princípios da economia solidária. Seu objetivo é promover o desenvolvimento de territórios de baixa renda, através do fomento à criação de redes locais de produção e consumo. Baseia-se no apoio às iniciativas da economia popular e solidária em seus diversos âmbitos, como: de pequenos empreendimentos produtivos, de prestação de serviços, de apoio à comercialização e o vasto campo das pequenas economias populares.

MP111

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. De acordo com o texto, o que são bancos comunitários?
  1. Como o banco comunitário pode ajudar a desenvolver uma comunidade?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe as fotografias abaixo e responda às questões a seguir.
Imagem: Fotografia. Vista de baixo para cima de parede de cor marrom com detalhes em azul-escuro. Na parte inferior, texto em branco: Essa é nossa! Na parte superior, ilustração em branco à esquerda, escrito Um Palma. À direita, um celular em azul-escuro, com o logo tipo e-dinheiro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Banco Comunitário Palmas, criado pela comunidade do Conjunto Palmeiras, na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, em 2021. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Uma pessoa de pele morena, segurando notas de papel colorido em rosa, roxo, laranja, azul-claro e verde-claro com número 2. À esquerda, logotipo escrito: União Sampaio.  Fim da imagem.

LEGENDA: Moeda social do Banco Comunitário União Sampaio, criado pelos moradores do bairro, na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, em 2018. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Onde estão situados os bancos comunitários retratados?
  1. A qual comunidade cada um dos bancos pertence?
  1. Quais são os valores da moeda representada na fotografia?
  1. Para quais finalidades os membros das comunidades podem utilizar essa moeda?

    Vamos fazer

    Além das moedas sociais e dos bancos comunitários, outra maneira de desenvolver a economia solidária em uma comunidade é a realização de feiras de trocas.

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.
  1. Em grupo, sigam as etapas listadas:
    • Com os colegas de grupo, pesquisem se existem feiras de trocas no local onde vocês vivem. Caso existam, procurem saber como essas feiras funcionam e como podem participar delas ou ajudar a divulgá-las.
    • Caso contrário, vocês podem organizar uma feira de trocas na escola.
    • Os participantes da feira podem trocar itens como livros, roupas, materiais escolares ou brinquedos que estejam em boas condições. Podem ser trocados também serviços como aulas de música, dança, cuidados com um animal etc.
MANUAL DO PROFESSOR

Principais características

A própria comunidade decide criar o banco, tornando-se sua gestora e proprietária;

Atua sempre com duas linhas de crédito: uma em reais e outra em moeda social circulante local;

Suas linhas de crédito estimulam a criação de uma rede local de produção e consumo, promovendo o desenvolvimento endógeno do território; [...]

Atua em territórios caracterizados pelo alto grau de exclusão e desigualdade social;

Volta-se para um público caracterizado pelo alto grau de vulnerabilidade social [...].

FONTE: INSTITUTO BANCO PALMAS. O que é um banco comunitário. Disponível em: http://fdnc.io/fnE. Acesso em: 14 jun. 2021.

Atividades 1, 2 e 3. Após a leitura, pergunte aos estudantes que melhorias um banco comunitário poderia promover no bairro em que vivem, como o incentivo ao comércio local.

Pergunte aos estudantes se seus familiares trabalham próximo do lugar onde residem ou se levam muito tempo no percurso até o trabalho. Explique que o fomento da economia local poderia aumentar a oferta de emprego no bairro, descentralizando as atividades comerciais que se concentram em certos locais da cidade. Isso, consequentemente, melhoraria a qualidade de vida dos moradores da comunidade.

Explore as imagens com os estudantes e incentive-os a trocar ideias sobre as questões propostas.

Atividade 4. Auxilie os estudantes a pesquisar as feiras de troca que existem na comunidade em que vivem. Caso não existam feiras desse tipo, oriente-os a organizar uma feira de trocas na escola. Eles podem definir a data e o horário do evento e confeccionar convites para distribuir para toda a comunidade escolar. Seja o mediador do processo e ajude-os no planejamento.

MP112

Capítulo 2. O comércio europeu

Até o século XV, o comércio marítimo entre Europa e Ásia era feito apenas pelo mar Mediterrâneo. Por ali, mercadores traziam produtos que eram vendidos por toda a Europa, como tecidos de seda, tapeçarias, pedras preciosas, porcelanas e especiarias. Esses produtos vinham da região que os europeus chamavam, na época, de Índias, que incluía territórios que hoje correspondem ao Japão, à China, à Índia e à Indonésia.

As especiarias, como cravo, canela, noz-moscada, baunilha, gengibre e pimenta, são produtos usados para temperar e conservar alimentos e na fabricação de remédios e perfumes. Elas eram caras no mercado europeu. Um dos motivos dos altos preços era a dificuldade de obtê-las em locais distantes e pouco acessíveis.

O comércio das especiarias e de artigos de luxo garantia altos lucros. Os mercadores árabes e italianos das cidades de Gênova e Veneza controlavam esse comércio, pois eles dominavam as rotas marítimas do mar Mediterrâneo. Isso excluía os negociantes portugueses e espanhóis desse lucrativo comércio.

Imagem: Fotografia. Finas hastes de baunilha de cor marrom-escuro. Fim da imagem.

LEGENDA: Baunilha. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Gengibre, com formato arredondado de cor bege-claro, com pontas arredondadas menores. Fim da imagem.

LEGENDA: Gengibre. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Hastes enroladas de canelas de cor marrom-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Canela-da-índia. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Cinco noz-moscada, com o formato arredondado de cor bege-claro. À frente, uma cortada com gomos finos dentro. Fim da imagem.

LEGENDA: Noz-moscada. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Cravo-da-índia, de formatos arredondados de cor marrom-escuro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cravo-da-índia. FIM DA LEGENDA.

  1. Quais eram os principais produtos que chegavam à Europa pelas rotas comerciais do mar Mediterrâneo?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Por que os comerciantes portugueses e espanhóis estavam excluídos do comércio de especiarias nos anos 1400?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 80-81 podem ser trabalhadas na semana 15.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos do capítulo

  • Compreender o processo de desenvolvimento do comércio europeu.
  • Reconhecer a importância das rotas marítimas para a expansão do comércio europeu.
  • Conhecer as melhorias tecnológicas relacionadas à expansão das navegações comerciais.
  • Adquirir noções de localização espacial utilizando as direções cardeais e as colaterais.

    Orientações didáticas

    Inicie o trabalho com o conteúdo do capítulo analisando com os estudantes as imagens dos principais produtos que chegavam à Europa pelas rotas comerciais do mar Mediterrâneo, como baunilha, gengibre, canela-da-índia, noz-moscada e cravo-da-índia.

    Explique que, quando chegavam à Europa, os produtos vindos da África e do Oriente tinham preços elevados em razão da distância e das dificuldades da viagem por essa rota. Assim, os comerciantes que participavam do comércio de especiarias obtinham altos lucros. Na tentativa de obter mais lucros, portugueses e espanhóis desejavam adquirir as mercadorias diretamente dos locais produtores, sem intermediários. Por isso, eles se dedicaram a buscar novas rotas marítimas para a África e o Oriente sem passar pelo Mediterrâneo.

    Atividade 1. Com base nas informações do texto, os estudantes devem mencionar que os mercadores transportavam pelo mar Mediterrâneo produtos trazidos da Ásia, como tecidos de seda, tapeçarias, pedras preciosas, porcelanas e especiarias.

    Atividade 2. Espera-se que os estudantes observem que os comerciantes portugueses e espanhóis estavam excluídos do comércio de especiarias porque estas eram trazidas da África e das Índias pelas rotas comerciais do mar Mediterrâneo, que eram controladas pelos comerciantes italianos e árabes.

    As especiarias

    Entre as vias de abastecimento do continente europeu no século XIV, as mais lucrativas são as que levavam ao extremo Mediterrâneo oriental, onde as rotas das caravanas da Arábia, da Pérsia, da Mesopotâmia e do Extremo Oriente tinham sua escala terminal. Por meio delas os povos europeus se abasteciam de produtos tropicais e semitropicais e de outras mercadorias de grande valor comercial.

    [...] Não eram apenas especiarias, tão famosas e das quais os europeus se revelaram sempre ávidos, como pimenta (-do-reino), o cravo, a canela, a noz-moscada, o cominho, o anis, o gengibre, o cardamomo, o açafrão, a cubeba, o funcho-da-índia. Esses produtos não eram apenas necessários para o preparo de vários alimentos, mas de certo modo indispensáveis para a conservação de muitos deles, como a carne, cujo processo de conservação à base de sal e da pimenta perdura até hoje.

MP113

A busca pelas Índias

No final dos anos 1400, navegadores a serviço de governantes e comerciantes europeus, em especial portugueses e espanhóis, iniciaram viagens marítimas na tentativa de encontrar rotas para chegar às Índias sem passar pelo mar Mediterrâneo. Assim, poderiam fazer parte do comércio de especiarias sem depender exclusivamente de árabes e italianos.

A estratégia dos portugueses era contornar o continente africano pelo oceano Atlântico para ter acesso a esse lucrativo negócio. Já os governantes espanhóis investiram nos navegadores que contavam com a possibilidade de alcançar as Índias seguindo pelo oceano Atlântico sempre em direção ao ocidente.

Navegadores portugueses e espanhóis realizaram diversas rotas para chegar às Índias nos anos 1400 e 1500. Em geral, as viagens eram longas e algumas duravam anos.

Observe no mapa a seguir algumas dessas rotas.

Imagem: Ilustração. Mapa. Navegações portuguesas e espanholas (anos 1400 e 1500). Rosa dos ventos em preto com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Escala: 0 – 2605km Legenda: Rotas seguidas pelos navegadores: Linha em verde: Bartolomeu Dias (1487-1488) Linha pontilhada em verde: Cristóvão Colombo (primeira viagem 1492-1493) Linha em azul: Vasco da Gama (1497-1498) Linha pontilhada em rosa: Américo Vespúcio (1499-1502) Linha em laranja: Pedro Álvares Cabral (1500) Linha pontilhada em marrom: Fernão de Magalhães (1519-1521)   Bartolomeu Dias (1487-1488): De Portugal para Cabo da Boa esperança. Cristóvão Colombo (primeira viagem 1492-1493): De Portugal para ilhas da América Central Vasco da Gama (1497-1498): De Portugal para África, e para Índia. Américo Vespúcio (1499-1502): De Portugal para norte da América Central e para Porto Seguro no Brasil. Pedro Álvares Cabral (1500): De Portugal para Porto Seguro no Brasil e depois para Índia: Calicute.  Fernão de Magalhães (1519-1521): De Portugal para América do Sul passando por Estreito de Magalhães e outra de Portugal para África para Ásia: Molucas.   Fim da imagem.

Fontes: Atlas histórico. São Paulo: Britannica, 1997. p. 88; John R. Hale. Idade das explorações. Rio de Janeiro: José Olympio, 1981. p. 54.

  1. Qual era o objetivo das viagens realizadas pelos navegadores europeus?
    • Qual foi a estratégia utilizada por eles para isso?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Observe o mapa e responda às questões.
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Quais navegadores chegaram às Índias?
  1. Quanto tempo durou a maioria das viagens representadas?
MANUAL DO PROFESSOR

Importavam-se também drogas preciosas utilizadas na medicina e na tinturaria, como a cânfora, o ruibarbo, o sumagre, a cochonilha, o índigo, o aloés, o sene, o pau-da-china. Não se podem esquecer outras mercadorias igualmente preciosas como o ferro, o chumbo, o estanho, os tecidos de ouro e de prata, as sedas, os algodões, o açúcar, o chá, o café, madeiras tintoriais e de construção naval, laca, verniz, âmbar, marfim, pérolas, porcelanas, algodão em fibra, perfumes, tapetes, vinhos e até frutas secas ou frescas como tâmaras, passas, ameixas, bergamota e limão. Ainda que diversos, os gêneros e os objetos fabricados procedentes das regiões orientais alcançavam grande valor comercial; contudo, entre todos, as especiarias constituíam o ramo mais importante e lucrativo do comércio do Oriente.

PROFESSOR FONTE: CANABRAVA, Alice Piffer. História econômica: estudos e pesquisas. São Paulo: Hucitec: Editora Unesp: ABPHE, 2005. p. 37-38.

Atividade 3. Explore com os estudantes o mapa das navegações portuguesas e espanholas. Leia a legenda com os estudantes e incentive-os a acompanhar a rota de cada navegador: Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Cristóvão Colombo, Fernão de Magalhães, Américo Vespúcio.

Informe que o período entre 1450 e 1750 foi marcado por uma grande expansão da economia europeia. As expedições marítimas portuguesas e espanholas inauguraram esse período. Visando encontrar uma rota para as Índias que não passasse pelo mar Mediterrâneo, os navegadores buscavam descobrir uma maneira de alcançar o continente asiático através do oceano Atlântico.

Atividade 4. Se julgar necessário, organize na lousa as expedições marítimas destacadas na legenda e analise com os estudantes as regiões por elas alcançadas.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06, EF04HI07 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.

A abordagem desse assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Identidade e diversidade cultural no Brasil. É uma ocasião para discutir como a diversidade cultural é estabelecida a partir das trocas entre as tradições e os costumes dos múltiplos povos que participaram da formação da identidade nacional.

MP114

Para ler e escrever melhor

O texto a seguir descreve o que são e para que servem as especiarias.

As especiarias e seus usos

As especiarias são partes de plantas que podem ser usadas para temperar e dar sabor e aroma aos alimentos.

No passado, o cultivo das especiarias era restrito a alguns lugares do mundo, como Índia e China. Por esse motivo, elas tinham alto valor e eram consideradas produtos de luxo.

Com a expansão do comércio, as especiarias tornaram-se conhecidas em todo o mundo, passando a fazer parte dos costumes de diferentes culturas. Atualmente, elas são usadas em preparações culinárias, como matéria-prima na indústria de perfumes e com fins medicinais e terapêuticos.

Imagem: Ilustração. Especiarias: três carambolas de cor marrom, folhas e esferas pequenas verdes, dois pedaços de gengibre de cor bege-claro, dois pedaços de inhames, outro pedaço de gengibre, hastes de canelas em marrom tubular, outras carambolas, folhas verdes, uma jarra transparente em verde-claro, dois limões, uma flor de pétalas azuis e dois pedaços de inhames marrom.  Fim da imagem.

Observação: Representações fora de proporção. Cores fantasia. Fim da observação.

Analise

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. O que são especiarias? Como elas são utilizadas?
  1. Por que as especiarias eram consideradas produtos de luxo no passado?
  1. Observe esta imagem e reflita: Entre os elementos representados, quais serviriam para fundamentar a resposta que você deu à questão anterior?
Imagem: Ilustração. Solo de cor bege por onde passam camelos à frente de cor cinza, com dezenas de homens atrás, com roupas em vermelho e verde. Mais à direita, homens sobre cavalos de cor azul e marrom, com vestes de cor vermelha e verde e gorros em azul. Na parte inferior, castelos pequenos de paredes em bege e partes em vermelho.  Fim da imagem.

LEGENDA: Ilustração do Atlas Catalão (cerca de 1375) representando caravana de mercadores a caminho da China. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para esta seção podem ser trabalhadas na semana 16.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Conhecer algumas especiarias e reconhecer sua importância econômica e cultural no passado e no presente.
  • Relacionar o comércio de especiarias às trocas culturais entre países.
  • Conhecer as especiarias usadas nos alimentos.
  • Identificar de quais partes das plantas têm origem as especiarias.

    Orientações didáticas

    O trabalho proposto nesta seção é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação, além da produção escrita. Sugerimos que esses conhecimentos sejam trabalhados com a turma e individualmente, para que cada estudante se sinta apoiado em suas dificuldades e perceba que outros colegas possuem dificuldades semelhantes.

    Atividades 1, 2 e 3. Explique que especiarias são partes de plantas usadas para temperar, dar sabor e aromatizar alimentos. Peça aos estudantes que citem as especiarias que conhecem e de que maneira elas são usadas.

    Chame atenção para o fato de que a palavra “especiaria” tem a mesma origem da palavra “especial”, pois no passado eram produtos caros e raros.

    Ressalte que, além de temperar os alimentos, as especiarias podem ser usadas como conservantes; esse é o caso do sal, que é utilizado para conservar carnes e peixes, e do cravo, que tem ação bactericida, por exemplo.

    Alimentos que mudaram a história

    Pimenta-do-reino, noz moscada, cravo, canela. Quem diria que essas especiarias, hoje tão facilmente encontradas em qualquer mercado, já foram responsáveis por uma verdadeira revolução?

    Há seis séculos, essas especiarias eram utilizadas para dar sabor e conservar alimentos e também na Medicina. Raras, eram vendidas a preço de ouro e, para consegui-las, grandes expedições eram realizadas – o que acabou mudando o mapa do mundo [...]

    A pimenta-do-reino, originária da Índia, era uma das especiarias mais procuradas. Era utilizada para temperar e conservar as carnes. O açafrão era usado para o mesmo fim. Canela, cravo-da-índia, noz-moscada e gengibre serviam para dar mais sabor aos alimentos.

MP115

  1. Relacione cada especiaria a seguir a uma das partes das plantas destacadas no quadro abaixo. Faça seus registros no caderno.

botão de flor – pedaço de caule folha – fruto

Imagem: Fotografia 1. Hastes de canelas de cor marrom com formatos arredondados na horizontal. Fim da imagem.

LEGENDA: Canela. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Pedaço do caule.
Imagem: Fotografia 2. Três pimentas de cor vermelha com na parte superior em verde. Fim da imagem.

LEGENDA: Pimenta. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Fruto.
Imagem: Fotografia 3. Cravo-da-índia, com haste fina em marrom-escuro e na parte superior, esfera na parte superior.  Fim da imagem.

LEGENDA: Cravo-da-índia. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Botão de flor.
Imagem: Fotografia 4. Três folhas verde, na horizontal com haste fina de cor amarela.  Fim da imagem.

LEGENDA: Louro. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Resposta: Folha.

Organize

  1. Releia o texto da página anterior e faça no caderno uma síntese das informações, na ordem em que são apresentadas.
PROFESSOR Resposta pessoal.

Escreva

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Reúna-se com um colega e sigam estes passos:
  1. Pesquisem em livros, revistas ou sites a receita de um prato que tenha uma especiaria como ingrediente.
  1. Em uma folha de papel à parte, façam uma pequena descrição dessa especiaria e dos usos dela no passado e no presente.
  1. Abaixo da descrição da especiaria, copiem a receita que pesquisaram.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Em sala de aula, leiam a receita para os colegas e o professor, destacando a especiaria utilizada como ingrediente.
  1. Com a ajuda do professor, organizem todas as receitas em um livro de receitas da turma. O livro poderá ser compartilhado com toda a comunidade escolar.
Imagem: Ilustração. Duas crianças sentadas de joelhos sobre solo com pedras de cor lilás. À esquerda, menino de pele clara, com cabelos ruivos, com blusa de mangas compridas em verde, calça azul e sapatos verdes. Ele segura nas mãos, uma folha branca onde está escrita: Noz-moscada. Na mão esquerda, com uma cola vermelha. Na ponta, vaso quadrado amarelo escrito: Folhas, de onde há plantas de cor verde. À direita, uma menina de pele negra, cabelos castanhos com chuquinha, com blusa de mangas até cotovelo de cor verde, com vestido em rosa e sapatos vermelhos. Ela escreve sobre folha branca, com o título: Receita. Na ponta da direita, folhas brancas com lápis coloridos em laranja e azul. Ao fundo, plantas com folhas em verde. No alto, céu azul-claro.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Além de temperar os pratos, havia a crença de que as especiarias tinham propriedades medicinais: a canela era considerada um tônico estomacal, o cravo era utilizado como antisséptico bucal e a noz-moscada para casos de digestão lenta, reumatismo e gota. [...]

“O comércio de especiarias tem uma importância histórica imensa, pois além dos produtos, os viajantes traziam um pouco da história, da cultura e dos costumes desses povos. E, da mesma forma, levava-se um pouco do continente europeu para esses lugares.” [...]

FONTE: BUENO, Chris. Alimentos que mudaram a história. Revista Pré-Univesp, São Paulo, n. 49, ago. 2015.

Atividade 5. Oriente os estudantes a reler o texto, identificando os pontos abordados para que possam escrever uma síntese do assunto.

Atividade 6. Oriente os estudantes a trabalhar em duplas na execução da pesquisa de uma receita com especiarias. Cumprida essa etapa, auxilie a turma a organizar o livro de receitas e a apresentá-lo para a comunidade escolar. Incentive os estudantes a preparar pelo menos uma das receitas selecionadas. Lembre-os de que devem pedir ajuda a um adulto. É importante que os estudantes tenham contato prático com o uso de algumas especiarias.

MP116

Embarcações e equipamentos

As caravelas

A utilização das caravelas foi fundamental para a exploração do oceano Atlântico pelos europeus nos anos 1400 e 1500.

Essas embarcações leves e ágeis não tinham remos e eram movidas pela ação dos ventos que atingiam suas velas. Elas podiam chegar próximo da terra firme sem risco de encalhar. Por esse motivo, eram ideais para as navegações marítimas que tinham o objetivo de chegar a novas terras.

Observe na imagem a seguir algumas características da caravela.

Imagem: Ilustração. Uma grande caravela de cor marrom, para à direita, com três hastes, com vela de cor bege-claro, com duas cruzes de cor vermelha. Sobre dois mastros, uma bandeira azul e outra em vermelho. Detalhes para os elementos da embarcação: à esquerda: Vela triangular, no meio: mastro, Abaixo: popa, fundo da embarcação e na ponta da frente: proa, com parte pequena e alta. Ao centro, convés e abaixo, contorno do barco: leme.  Fim da imagem.

FONTE: Viagens de descobrimento: 1400-1500. Rio de Janeiro: Abril Livros, 1994. p. 18-19.

Outras embarcações utilizadas nas viagens marítimas europeias eram as naus e as fragatas. Elas eram maiores, mais resistentes e tinham maior capacidade de transporte de cargas. Essas embarcações eram mais utilizadas no transporte de produtos para o comércio.

  1. Monte no caderno um quadro como o do modelo a seguir, completando-o com as características de cada tipo de embarcação.

    Quadro: equivalente textual a seguir.

Embarcação

Características

Uso

Caravela

_____

_____

Nau e fragata

_____

_____

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 84-85 podem ser trabalhadas na semana 16.

Fim do complemento.

Analise com os estudantes a ilustração da caravela. Destaque todos os elementos que a compõem, como leme, convés, popa, vela triangular, mastro, vela quadrada e proa. Ressalte que as caravelas eram leves, ágeis e podiam chegar próximo da terra firme sem risco de encalhar, por isso eram ideais para as navegações marítimas com o objetivo de explorar novas terras.

Explique que as caravelas tinham dois tipos de velas: as triangulares, que permitiam fazer manobras com facilidade, e as quadradas, que impulsionavam a embarcação pela força dos ventos, aumentando sua velocidade. Essas embarcações foram utilizadas pelos primeiros navegadores europeus. Com o tempo, as viagens se tornaram mais longas e perigosas, e a caravela foi sendo substituída por outros tipos de embarcação mais resistentes, como a nau e a fragata. Havia algumas desvantagens no uso da caravela, como a necessidade de ter muitos homens para controlar as velas e a falta de proteção no convés para os marinheiros e os mantimentos.

Pergunte aos estudantes se eles conhecem algum tipo de barco e se já tiveram a experiência de navegar no mar. Incentive a troca de experiências entre eles.

Atividade 5. A atividade possibilita aos estudantes organizar as informações apresentadas no texto e compará-las, contribuindo para consolidar os conhecimentos referentes à tecnologia desenvolvida pelos navegadores europeus durante os anos 1400 e 1500.

Instrumentos de navegação

Em suas jornadas marítimas, os navegadores da Europa e do mundo centro-oriental antigos eram guiados somente pelas estrelas. Durante o século XI, marinheiros árabes, que há muito exploravam o Oceano Índico, depararam-se com chineses que levavam consigo um instrumento de navegação – a bússola. Desde o século I d.C., os chineses vinham usando uma pedra-ímã (um pedaço de óxido de ferro magnético) para encontrar o Norte. Sua primeira bússola era simplesmente uma lasca de ferro liso magnetizado por uma pedra-ímã, que flutuava sobre um pedaço de palha em uma tigela de água [...].

O uso da bússola espalhou-se rapidamente pelo norte da África árabe e pela Europa ocidental durante os séculos XI e XII.

MP117

Os instrumentos de localização

Para navegar pelo oceano Atlântico, era necessário utilizar instrumentos de navegação que orientassem a direção para chegar às Índias.

A bússola, um instrumento de localização inventado na China, foi aperfeiçoado pelos navegadores europeus. Ela tem uma agulha que indica aproximadamente a direção norte-sul geográfica.

O astrolábio também foi aperfeiçoado e utilizado pelos europeus na navegação. Ele era usado para determinar a posição dos astros no céu e, assim, calcular a localização das embarcações.

Outros instrumentos utilizados nas viagens marítimas eram os mapas e as cartas náuticas, um tipo de mapa que representa o relevo, as correntes e outras características de áreas do mar. À medida que conheciam mais as rotas marítimas, os navegadores contribuíam para o aprimoramento dos mapas e cartas, fornecendo novos dados para os cartógrafos.

Imagem: Fotografia. Uma bússola com o formato arredondado ao centro, com rosa dos ventos. Na parte superior, base na vertical de cor branca, com ilustração ornadas em marrom e verde. Da parte de baixo para cima, na diagonal, com tampa na vertical. Fim da imagem.

LEGENDA: Bússola dos anos 1400. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia. Um astrolábio redondo de cor bege, com linhas finas, com o formato redondo à esquerda. Na parte superior, esfera pequena. Ao centro, com linhas finas ornadas. Fim da imagem.

LEGENDA: Modelo de astrolábio criado por Elias von Lennep, em 1690. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Por que os instrumentos de navegação eram necessários?
  1. Quais eram os instrumentos utilizados pelos navegadores europeus?
    • Qual era a função da bússola e do astrolábio?
    1. Como as viagens marítimas dos europeus contribuíram para o aprimoramento de alguns instrumentos de navegação, como os mapas e as cartas náuticas?
MANUAL DO PROFESSOR

A bússola foi gradualmente aperfeiçoada, assumindo a forma de uma agulha magnetizada girando sobre um eixo, e mais tarde colocada sob um cartão circular com marcações de direção [...].

O primeiro instrumento para determinar a altitude (ângulo de elevação acima do horizonte) de corpos celestes foi um aparelho árabe, o astrolábio. Do século XII em diante os marinheiros usaram pequenos astrolábios a fim de determinar a altitude do sol do meio-dia e também para descobrir sua latitude (distância norte ou sul do Equador). O explorador português do século XVI, Fernão Magalhães, levou consigo 24 astrolábios em sua primeira viagem ao redor do mundo, e todos os navios da esquadra espanhola possuíam vários – no entanto, restam somente 66 exemplares autenticados em museus ou coleções. Muitos são datados de 1600 a 1640.

FONTE: MALLALIEU, H. História ilustrada das antiguidades. São Paulo: Nobel, 1999. p. 274-275.

Atividade 6. Explore com os estudantes as imagens dos instrumentos de orientação que auxiliaram os europeus nas navegações. Explique que esses instrumentos se baseavam na posição dos astros no céu e dos pontos cardeais.

Atividade 7. Reforce que a observação do Sol e de outras estrelas foi um dos principais métodos utilizados pelos viajantes no passado para se localizarem e se orientarem na superfície terrestre. O astrolábio, por exemplo, se baseava na posição dos astros para determinar a localização das embarcações no mar e a bússola indicava a direção norte-sul, auxiliando a determinar a direção a ser seguida.

Atividade 8. Esclareça que, à medida que eram desenvolvidas técnicas de navegação, desenvolviam-se também os instrumentos, os mapas e as cartas utilizados.

Explique que a necessidade de se localizar sempre motivou a humanidade a desenvolver tecnologias, como é o caso do Sistema de Posicionamento Global (GPS), criado no século XX.

MP118

Orientação pelo Sol

Você sabe como se orientar para chegar a diferentes lugares? Podemos nos orientar, por exemplo, observando o movimento aparente do Sol no céu ao longo do dia.

Para isso, tomamos como base onde o Sol “nasce” e onde “se põe”. Ele sempre “nasce” do mesmo lado no horizonte pela manhã: esse é o lado leste. No fim da tarde, o Sol “se põe” do lado oposto: esse é o lado oeste.

Assim, o Sol pode ser utilizado como um referencial para nos orientarmos.

Se abrir os braços com a mão direita apontando para o lado onde o Sol “nasce”, você estará indicando a direção leste-oeste; a mão esquerda indica o sentido oeste, e a direita indica o sentido leste. À sua frente, estará o norte e, às suas costas, estará o sul.

  1. Observe o esquema a seguir e, depois, responda no caderno às questões.
Imagem: Ilustração. À esquerda, areia de cor bege, com quatro flechas vermelhas e uma menina ao centro, vista de costas, com os braços abertos. Ela tem pele clara, cabelos curtos castanhos com franja, blusa verde com mangas curtas em amarelo, saia rosa e sapatos vermelhos. À direita, mar de cor azul-claro. Em volta das cestas: Norte, Oeste, Sul e Leste, em sentido anti-horário. Em segundo plano, à esquerda, vegetação em verde e prédios de cor cinza-claro e céu em amarelo e à direita, sol redondo com nuvens brancas. Fim da imagem.

Observação: Representação fora de proporção. Fim da observação.

  1. Em qual direção “nasce” o Sol?
PROFESSOR Resposta: Leste.
  1. Em qual direção “se põe” o Sol?
PROFESSOR Resposta: Oeste.
  1. De acordo com o esquema anterior, em qual direção estão as ilhas? E os prédios?
PROFESSOR Resposta: As ilhas estão a leste e os prédios ao norte.

Norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O) são chamados pontos cardeais.

Entre os pontos cardeais estão os pontos colaterais: nordeste (NE), sudeste (SE), sudoeste (SO) e noroeste (NO).

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 86-87 podem ser trabalhadas na semana 17.

Fim do complemento.

Destaque que o movimento do Sol é aparente. A Terra é que está em movimento: a rotação do planeta faz com que o Sol “apareça” em um lado e “desapareça” em outro. A percepção do movimento aparente do Sol permite determinar as direções cardeais leste e oeste e, com base nessas, as direções norte e sul.

Ao utilizar o corpo para determinar as direções cardeais, é preciso observar o lado onde o Sol “aparece”, pela manhã, ou o lado onde ele “desaparece”, no fim da tarde, evitando que os estudantes concluam que o leste está sempre à direita e desconsiderem a trajetória aparente do Sol.

Atividade 9. Para resolver a atividade é necessário que os estudantes projetem adequadamente o lado direito do corpo deles em relação ao lado direito do corpo da personagem. Peça que observem a orientação da parte da frente e da parte de trás da personagem com a finalidade de identificar o lado direito e o lado esquerdo do corpo dela. A capacidade de projeção dos estudantes é um fator fundamental para resolver a atividade.

Numeracia e Geografia

É importante que os estudantes percebam que a determinação das direções depende do ponto de referência, ou referencial, que está sendo considerado. Ressalte as noções de lateralidade: esquerda, direita, em cima, embaixo, atrás, em frente. Podem ser utilizados exemplos do cotidiano: a posição da carteira ou outros objetos da própria sala de aula, a frente da escola ou da própria casa etc.

Peça aos estudantes que, em suas casas, observem o “movimento” do Sol ao longo de um dia e que depois representem em forma de desenho o “caminho” que o Sol fez no céu durante o período. Eles podem indicar no desenho as direções cardeais.

Orientando-se pelo Sol

A orientação a partir dos pontos cardeais pode parecer muito abstrata para os estudantes. Destaque que o leste não é apenas o “lugar onde o Sol nasce”, assim como o oeste não é apenas “o lugar onde o Sol se põe”. O leste e o oeste “são os pontos de entrada da Terra na luz e/ou na sombra do lugar onde o sujeito se encontra, sendo observáveis pela presença do Sol ou pela sua ausência. No entanto, o leste e o oeste não são pontos. São antes o sentido que se pode tomar indo na direção do surgimento da luz ou da sombra considerando o sentido do movimento de rotação da Terra, que se faz de oeste para leste”. (ALMEIDA, Rosângela D. de; PASSINI, Elza Y. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2002. p. 42.)

MP119

Os pontos cardeais e os pontos colaterais podem ser representados em uma rosa dos ventos, que indica direções de orientação e localização, como se observa a seguir.

Imagem: Ilustração. Uma estrela com quatro pontos, de cor amarela e partes em laranja. Em sentido anti-horário: N, O, S, L. Fim da imagem.

LEGENDA: Rosa dos ventos com os pontos cardeais. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração. Uma estrela na frente de quatro pontos em amarelo e laranja com os sentidos descritos anteriormente e atrás, outra estrela com quatro pontas. Ao redor, sentidos anti-horário: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE.  Fim da imagem.

LEGENDA: Rosa dos ventos com os pontos cardeais e os pontos colaterais. FIM DA LEGENDA.

  1. Observe a imagem a seguir. Depois, responda no caderno às questões tomando como base os pontos cardeais e os pontos colaterais.
Imagem: Ilustração. Vista do alto de local com ruas de cor cinza com faixas de pedestres e quadras. À frente, quadrada com um mercado de paredes brancas, telhado azul e placa verde. Ao fundo, vegetação rasteira verde e bússola ao centro em amarelo, rosa dos ventos em azul com os sentidos: N, NO, O, SO, S, SE, L, NE. À esquerda, quadra com prédio de cor rosa, com placa amarela: Sorvetes. À direita, estabelecimento laranja com placa marrom: Padaria. Ao fundo, à esquerda, quadra com prédio e casas de paredes rosas: Casa de Mariana, ao centro, estabelecimento de paredes em azul: Escola. Mais à direita, hospital de paredes de cor rosa.  Fim da imagem.

Observação: Representação fora de proporção. Fim da observação.

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Partindo da praça, qual direção deve ser seguida para chegar à escola?
  1. Partindo da praça, qual direção deve ser seguida para chegar ao mercado?
  1. Partindo da praça, qual direção deve ser seguida para chegar à padaria?
  1. Em relação à praça, em qual direção fica a casa da Mariana?
  1. Em relação à praça, em qual direção fica o hospital?
MANUAL DO PROFESSOR

Comente que a rosa dos ventos indica direções de orientação e localização. É muito comum que na rosa dos ventos os pontos cardeais e colaterais apareçam identificados por suas siglas. Explique aos estudantes que os pontos cardeais norte, sul, leste e oeste podem ser representados respectivamente por N, S, L e O, e que os pontos colaterais nordeste, sudeste, sudoeste e noroeste podem ser representados por NE, SE, SO e NO.

Reafirme que as palavras “oriental”, “ocidental”, “meridional” e “setentrional” são outras maneiras de se referir às direções leste, oeste, sul e norte.

Atividade 10. É possível treinar o referencial de posicionamento com esta atividade. Chame a atenção dos estudantes para a posição que Mariana ocupa no mapa, de frente para o sul, de costas para o norte, com o leste à esquerda e o oeste à direita dela.

Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04GE09.

Atividade complementar: Fazer uma rosa dos ventos

Proponha aos estudantes que confeccionem uma rosa dos ventos. Para isso, providencie para cada um deles a reprodução de um modelo de rosa dos ventos em tamanho ampliado em branco e sem a indicação das direções. Os estudantes devem colorir a rosa dos ventos e escrever o nome dos pontos cardeais e colaterais. Em seguida, incentive-os a utilizá-la para identificar as posições de alguns elementos no entorno da escola. Pergunte, por exemplo: “O que há a leste da escola? O que há ao norte da escola?”. Para isso, será preciso definir o leste observando a direção em que o Sol “nasce” pela manhã ou “se põe” ao entardecer em relação à escola, ou usar uma bússola para identificar a direção norte.

MP120

Vamos fazer

Um gnômon

O gnômon é um antigo instrumento que possibilita a observação do movimento aparente do Sol no céu. Ele é formado por uma vareta fixada verticalmente em um suporte. A observação da variação da sombra da vareta permite acompanhar a posição do Sol no céu ao longo do dia.

Nesta atividade, você vai usar esse instrumento para identificar os pontos cardeais.

Material

  • Placa quadrada de isopor de 30 centímetros
  • Vareta de madeira ou tubo de plástico de 15 centímetros
  • Barbante do mesmo comprimento da vareta, 15 centímetros
  • Caneta
  • Fita adesiva

    Como fazer

  1. Esta atividade deve ser feita em um dia ensolarado. Amarre o barbante em uma das pontas da vareta, deixando um espaço para espetá-la na placa de isopor.
  1. Espete a vareta verticalmente na placa de isopor. Esse será seu gnômon.
Imagem: Ilustração. Sobre uma placa de cor cinza-claro, com uma vareta de cor bege ao centro. Abaixo, um barbante pequeno.  Fim da imagem.
  1. Escolha um lugar plano, onde a luz solar incida durante a manhã e a tarde. Leve o gnômon até o local e prenda-o no chão com a fita adesiva.
  1. De manhã, marque com a caneta a ponta da sombra que se formou a partir da vareta.
Imagem: Ilustração. Sobre a placa, a vareta na vertical espetada e sombra dela, para à esquerda de cor cinza.  Fim da imagem.
  1. Estique o barbante da base da vareta até a marcação da ponta da sombra e deslize-o da esquerda para a direita, desenhando um arco na placa de isopor com a caneta.
Imagem: Ilustração. Mão de uma pessoa de pele clara, com uma canetinha lilás na mão, traçando da sombra da vareta até o barbante à direita, fazendo um meio círculo.  Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para esta seção podem ser trabalhadas na semana 17.

Fim do complemento.

Objetivos pedagógicos da seção

  • Construir e utilizar um gnômon para determinar os pontos cardeais.
  • Comparar o funcionamento do gnômon com o da bússola, destacando as diferenças entre esses dois instrumentos de orientação.

    Orientações didáticas

    Retome o conteúdo sobre instrumentos de orientação. Converse com os estudantes sobre a determinação dos pontos cardeais usando uma bússola. Esclareça que a direção norte-sul apontada pela bússola não corresponde exatamente aos polos norte e sul geográficos.

    Explique que existem outras formas de determinar os pontos cardeais. Uma delas é utilizando um gnômon, um antigo instrumento que permite observar o movimento aparente do Sol no céu. A observação da variação da sombra da vareta do gnômon permite indicar a posição do Sol no céu ao longo do dia.

    É importante que a atividade seja realizada em um dia ensolarado, pois as marcações dependem do tamanho da sombra projetada pela vareta.

    Reforce a importância de fazer as marcações conforme as orientações e de fazer o traçado das linhas e a marcação dos pontos cardeais corretamente.

    Nesta seção são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF04GE09.

    O que significa alfabetização cartográfica?

    Processo de aquisição da linguagem cartográfica, para que os sujeitos desta aquisição a utilizem como meio de se instrumentalizar para desvendar o mundo.

    Diz respeito a um processo metodológico que considera o sujeito da aprendizagem em coordenação com o objetivo da aprendizagem.

MP121

  1. Depois do meio-dia, observe o gnômon e o movimento da sombra. Fique atento ao momento em que a sombra tocar em algum ponto do arco desenhado. Marque esse ponto.
  1. Faça uma linha ligando os dois pontos que você marcou; essa é a direção leste-oeste e representa o movimento aparente do Sol no céu.
Imagem: Ilustração. A vareta ao centro, entre sombra e cordão, meio círculo. À esquerda: sombra da manhã e à direita: sombra da tarde.  Fim da imagem.
  1. Depois, trace uma linha vertical partindo da base da vareta e cruzando a direção leste-oeste. Essa linha representa a direção norte-sul.
  1. Marque os pontos cardeais seguindo as orientações: o primeiro ponto marcado indica a direção oeste; o segundo ponto indica a direção leste; a extremidade da linha vertical que cruza a direção leste-oeste indica o sentido sul; a extremidade oposta indica o sentido norte.
Imagem: Ilustração. A vareta ao centro, a sombra, o barbante, com a linha lilás fazendo um círculo. À esquerda, sombra da manhã e à direita, sombra da tarde. Ao centro, linha na vertical: S e N e na horizontal: O e L.  Fim da imagem.

Para responder

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Qual eixo corresponde ao movimento aparente do Sol no céu?
  1. Qual ponto cardeal corresponde ao lado em que o Sol “nasce”? E ao lado em que o Sol “se põe”?
  1. Imagine que você está na posição da vareta, apontando o braço direito para o leste e o braço esquerdo para o oeste. Qual ponto cardeal está à sua frente? E qual está atrás de você?
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Assim como o gnômon, a bússola é usada para indicar os pontos cardeais. Ela possui uma agulha que aponta para a direção norte.
    • Quais são as diferenças entre esses dois instrumentos?
    • Em sua opinião, qual dos dois instrumentos é o mais preciso?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Qual é esse objeto?

Ultimamente venho me perguntando se ao delimitar o objeto desta alfabetização como linguagem cartográfica, não estaríamos simplificando a questão. Pois nessa delimitação estaríamos separando a linguagem de seu significado mais amplo, o acesso para a leitura do mundo.

Naturalmente, a linguagem cartográfica é o objeto imediato em questão. É “entrando” nela que o sujeito passa a construir a sua habilidade de decodificar e estabelecer relações [significante - significado]. Sem esse passo “estruturante” todo o caminho para a leitura significativa do espaço geográfico utilizando os mapas não será possível.

No entanto, é preciso ir além desse passo inicial de “entrar” no mapa, construindo significados para signos cartográficos. É preciso que essa construção permita ao sujeito utilizar a leitura de mapas para ressignificar a espacialidade dos fenômenos observados: análise crítica e propositiva.

Quando o sujeito observa o espaço geográfico real e percebe a rua, as construções, o córrego, a circulação das pessoas [...].

FONTE: PASSINI, E. O que significa alfabetização cartográfica? In: PASSINI, Almeida; MARTINELLI, M. A cartografia para crianças: alfabetização, educação ou iniciação cartográfica. Boletim de Geografia 17. Universidade Estadual de Maringá, 1999. p. 125-126.

Verifique se os pontos cardeais indicados pelos estudantes apontam direções parecidas. Eventuais diferenças podem acontecer se as hastes estiverem tortas, se a circunferência não estiver perfeita ou, ainda, se a linha meridiana não ficou perpendicular. Se preciso, auxilie os estudantes na correção das linhas.

Atividade 4. Espera-se que os estudantes reconheçam que o gnômon funciona a partir do movimento aparente do Sol no céu, diferentemente do funcionamento da bússola, que possui uma agulha que aponta para a direção norte (magnético) da Terra. Além disso, os estudantes podem mencionar que no gnômon identifica-se a direção leste-oeste, enquanto a bússola indica a direção norte-sul.

O estudo da orientação e da identificação de pontos cardeais utilizando o gnômon e a comparação com outros instrumentos de orientação, como a bússola, favorecem o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF04GE09, do componente curricular Geografia.

MP122

As navegações espanholas

As viagens marítimas espanholas em direção às Índias tiveram início no final dos anos 1400, quando o governo espanhol decidiu financiar uma expedição comandada pelo navegador italiano Cristóvão Colombo. Ele era um estudioso da cartografia e planejou uma rota em direção ao oeste para alcançar as Índias, e não ao leste, como faziam os portugueses ao contornar a África.

No entanto, durante a viagem, Colombo encontrou terras no percurso da rota planejada. Essas terras faziam parte de um continente mais tarde nomeado de América, que ainda era desconhecido pelos europeus na época.

Acreditando estar nas Índias, Cristóvão Colombo chamou de “índios” os habitantes dessas terras. Depois dessa primeira expedição, ele fez três outras viagens à América. No entanto, as riquezas desejadas pelos espanhóis, como o ouro, não foram encontradas nessas viagens.

Imagem: Pintura. À esquerda, oceano com ondas de cor azul-claro. Mais ao fundo, caravelas de madeiras com velas de tecido branco. À direita, solo com grama de cor verde, com dezenas de pessoas morenas, sem roupa, com tapa-sexo, segurando nas mãos objetos dourados. À esquerda, de frente para eles, três homens brancos, vestidos com roupas longas, blusa de mangas compridas. Um deles tem cabelos loiros, chapéu cinza, blusa vermelha, colete e saiote em marrom, com lança fina na vertical na mão esquerda e outros dois com capacete na cabeça, colete verde, blusa marrom e saiote colorido em azul e vermelho. Em segundo plano, três homens ficando uma cruz de madeira grande, no solo. No alto, céu azul com nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Theodore de Bry. Chegada de Colombo à América, 1596. Gravura. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual foi a rota planejada por Cristóvão Colombo para alcançar as Índias?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Observe a gravura de Theodore de Bry e, depois, responda às questões.
    1. O que os indígenas estão oferecendo a Cristóvão Colombo?
PROFESSOR Resposta: Objetos de ouro.
  1. Na sua opinião, por que esse detalhe foi representado?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 90-91 podem ser trabalhadas na semana 18.

Fim do complemento.

Atividade 11. Oriente os estudantes a voltar a consultar o mapa da página 81 desta unidade para observar as rotas realizadas por Cristóvão Colombo.

Relembre à turma que o termo “Índias” era usado pelos europeus para designar as terras que hoje fazem parte da China, da Índia, da Indonésia e do Japão, e que esse termo era empregado porque eles não conheciam profundamente essas regiões. Por consequência, ao chegar à América e acreditar ter alcançado as Índias, os europeus chamaram os habitantes do continente americano de índios.

Explore com os estudantes a obra de Theodore de Bry e chame a atenção deles para os detalhes representados, como as vestimentas dos europeus e dos indígenas, a presença das embarcações ao fundo e a instalação de uma cruz. Esclareça que a cruz representa os objetivos religiosos das viagens, que visavam, além da exploração econômica, difundir a religião católica entre os povos encontrados fora da Europa.

Atividade 12. Com base na leitura da gravura, os estudantes devem identificar os objetos de ouro sendo entregues pelos indígenas, levantando hipóteses sobre essa representação. Acolha as respostas dos estudantes, mas orientando-os a observar que se trata de uma representação de como os europeus enxergavam os povos e as riquezas locais, com o objetivo de explorar economicamente a região.

A abordagem desse assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Identidade e diversidade cultural no Brasil. É uma ocasião para discutir como a diversidade cultural é estabelecida a partir das trocas entre as tradições e os costumes dos múltiplos povos que participaram da formação da identidade nacional.

Fatores que impulsionaram as navegações transoceânicas

Até o século XV pouco se sabia dos oceanos e da geografia da Terra. As informações que os europeus possuíam eram imprecisas e povoadas de lendas e histórias religiosas [...].

[...] Contudo, não era apenas o medo que os europeus tinham do oceano que os impedia de viajar por ele; havia também o problema de que eles não possuíam instrumentos de navegação nem embarcações que lhes dessem maior segurança para se afastar do litoral.

Apesar do medo que o oceano provocava e das dificuldades técnicas de se viajar por ele, nos fins do século XV, os europeus conseguiram desvendar seus mistérios, movidos por questões econômicas, políticas, religiosas e até mesmo pelo fascínio que ele despertava.

MP123

A partir de 1501, Américo Vespúcio, outro navegador italiano, realizou algumas expedições contornando a costa da América. Ao observar a existência de grande extensão de terras ao sul, ele concluiu que não se tratava da Ásia, mas de um novo continente que bloqueava o caminho para as Índias pelo oeste.

Em 1507, o cartógrafo alemão Martin Waldseemüller, em conjunto com outros estudiosos, criou um planisfério com base nas descrições feitas pelo navegador Américo Vespúcio e em conhecimentos de cartografia disponíveis na época. Observe o planisfério a seguir.

Imagem: Pintura. Em uma moldura na horizontal de cor bege. Ao centro, formato arredondado em bege, com os continentes: um à esquerda fino na parte superior e inferior: as Américas.  Texto: É a primeira vez que o continente americano é representado separado da Ásia e aparece o nome América em um mapa. Ao centro, continente africano, Europa e Ásia. Na parte inferior, Oceania.  Texto: É o primeiro mapa a apresentar o hemisfério ocidental semelhante à forma como o conhecemos atualmente. Na parte superior, Ilustração de um senhor de roupa laranja, com folhas brancas nas mãos. Texto: Retrato do astrônomo grego Ptolomeu, considerado um dos maiores estudiosos do assunto da Antiguidade À direita, um homem de pele morena, lenço sobre a cabeça e roupas longas em verde-claro. Texto: Retrato do navegador Américo Vespúcio, cujas descrições geográficas contribuíram para a representação do continente americano no mapa.  Fim da imagem.

LEGENDA: Planisfério colorizado de Martin Waldseemüller, 1507. FIM DA LEGENDA.

  1. Por que o planisfério de Waldseemüller é um marco para a história da cartografia? Que novidades ele apresenta?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Em sua opinião, por que a América é apresentada com menos detalhes que os demais continentes?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

O que permitiu as grandes viagens marítimas, nesse período, foram o desenvolvimento dos instrumentos de navegação, a criação de embarcações mais resistentes e modernas, os incentivos e investimentos financeiros e também a disposição dos navegadores para viajar. Instrumentos, como a ampulheta, a balestinha, o astrolábio, a bússola, o quadrante etc., há muito tempo conhecidos no Oriente, foram, nesse período, bastante divulgados entre os europeus e aperfeiçoados por eles.

FONTE: SOUZA, Wanessa. As grandes navegações e o descobrimento do Brasil. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Disponível em: http://fdnc.io/fnF. Acesso em: 15 jun. 2021.

Explique que o nome América pode ter sido atribuído ao continente americano por sugestão do cosmógrafo Martin Waldseemüller, com base em uma carta escrita por Américo Vespúcio relatando sua viagem marítima na qual afirmou que, ao contrário do que presumira Cristóvão Colombo, a porção de terras a que os europeus chegaram em 1492 não era extensão da Índia, mas outro continente, um Novo Mundo. Assim, na sua Cosmographiae introductio (1507), Martin Waldseemüller sugeriu que o Novo Mundo fosse denominado América.

Após a leitura do texto, peça aos estudantes que comparem a expedição de Cristóvão Colombo à realizada por Pedro Álvares Cabral. Pergunte: “Quais eram os objetivos de cada expedição? Qual era o local de origem de cada uma delas? Em que ano elas foram realizadas? Qual foi o destino? Qual foi a primeira atitude dos viajantes ao desembarcar nas terras do continente americano?”.

Atividade 13. Os estudantes devem observar que o planisfério de Waldseemüller foi o primeiro a apresentar o continente americano separado do asiático e o primeiro em que consta a palavra América.

Atividade 14. Espera-se que os estudantes compreendam que o continente americano não era totalmente conhecido na época, o que se refletiu na forma como ele foi representado no mapa.

Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06, EF04HI07 e EF04GE10, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares de História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.

MP124

As navegações portuguesas

Nos anos 1400, vários navegadores a serviço dos governantes portugueses buscaram uma rota que levasse às Índias contornando o continente africano, mas não tiveram sucesso em ultrapassar o chamado Cabo das Tormentas, no sul da África. No entanto, entre 1487 e 1488, o português Bartolomeu Dias partiu de Portugal e conseguiu ultrapassar o Cabo das Tormentas, que passou, então, a ser chamado de Cabo da Boa Esperança.

Dez anos depois, Vasco da Gama realizou a mesma rota marítima e alcançou as Índias, região fornecedora de gengibre, canela e pimenta-do-reino, entre outras especiarias.

Imagem: Pintura. Vista da cintura para cima de um senhor de barba e bigode branco, com um gorro pequeno de cor preta sobre a cabeça, sobrancelhas e lábios finos, olhando para à esquerda. Ele usa casaco de mangas compridas de cor vinho, com uma cruz dourada pendurada no pescoço. Ele segura na mão direita uma folha bege-claro com escritas de cor preta.  Fim da imagem.

LEGENDA: Artista desconhecido. Retrato de Vasco da Gama, cerca de 1524. Óleo sobre tela. FIM DA LEGENDA.

A viagem de Vasco da Gama estabeleceu a rota marítima entre Portugal e as Índias. As viagens por esse caminho passaram a ser realizadas com frequência, fazendo de Portugal um grande centro de comércio de especiarias na Europa nos anos 1500.

Reveja o percurso desse navegadores no mapa da página 81.

  1. Qual foi a importância da viagem marítima de Bartolomeu Dias?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Quais especiarias eram fornecidas pelas Índias?
PROFESSOR Resposta: Gengibre, canela e pimenta-do-reino, entre outras especiarias.
  1. Qual foi a importância da viagem de Vasco da Gama às Índias em 1497?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.

A chegada dos portugueses ao Brasil

Em 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral comandou uma expedição marítima em direção às Índias com o objetivo de fixar entrepostos comerciais e garantir o acesso ao comércio de especiarias.

Entretanto, ao chegar ao noroeste da África, a expedição desviou da rota original e acabou chegando a terras que, depois, constituiriam o território do Brasil.

Diversos pesquisadores afirmam que o desvio não foi um acidente, mas uma decisão de Cabral, que estaria à procura das terras mencionadas por outros navegadores em relatos de viagem pelo oceano Atlântico e que ainda não eram conhecidas pelos portugueses.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 92-93 podem ser trabalhadas na semana 18.

Fim do complemento.

Atividades 15 e 17. Retome o mapa da página 81 e explore com os estudantes os percursos realizados por Bartolomeu Dias e Vasco da Gama. Oriente-os a identificar no mapa o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África, e saliente que, antes de ser ultrapassado pelos navegadores, ele era chamado de Cabo das Tormentas.

Relembre aos estudantes a importância das especiarias no mercado europeu e que encontrar rotas alternativas para ter acesso a elas na Ásia sem passar pelo mar Mediterrâneo foi uma das principais motivações das viagens espanholas e portuguesas.

Leia o texto com os estudantes e oriente-os a responder às questões propostas baseando-se nas informações fornecidas.

Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF04HI06 e EF04HI07.

A abordagem desse assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Identidade e diversidade cultural no Brasil. É uma ocasião para discutir como a diversidade cultural é estabelecida a partir das trocas entre as tradições e os costumes dos múltiplos povos que participaram da formação da identidade nacional.

Para você ler

Medo e vitória nos mares : perigos reais e imaginários nas navegações, de Janaína Amado e Luiz Carlos Figueiredo. Editora Atual, 2013.

O livro explora os receios e desafios relacionados à navegação de águas desconhecidas.

Para o estudante ler

Terra à vista, descobrimento ou invasão?, de Benedito Prezia. Moderna, 2013.

A obra trata da chegada dos portugueses que integraram a expedição de Pedro Álvares Cabral às terras que dariam origem ao Brasil.

Por que a frota de Cabral rumou para o oeste?

[...] O afastamento para o oeste, hoje sabemos, foi intencional, pois, desde as viagens de Diogo de Teive ao norte da África, em cerca de 1452, sabia-se da existência de terras a noroeste dos Açores e da Madeira.

Desbrava-se, então, uma região do Atlântico de difícil navegação que incluía o Mar dos Sargaços – região mítica que corresponderia a áreas não muito distantes do atual Caribe. Uma carta veneziana de 1421 representou, por sua vez, um conjunto de ilhas Atlânticas, ao sul e ao norte das Canárias – Antilia, Satanases e Saya, Imana e Brazil –, que passaram a figurar em outros mapas cada vez mais a ocidente da Europa. Datada de 1474, a célebre carta de Toscanelli, endereçada ao príncipe D. João, ou a algum membro de sua futura Corte, o incentivava a buscar um caminho para as Índias em viagem transatlântica, tomando rumo ocidental e baseando-se na existência de algumas das ilhas acima mencionadas.

MP125

  1. Qual era o objetivo da expedição marítima de Pedro Álvares Cabral?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Leia a seguir um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha, funcionário do governo de Portugal que integrou a expedição de Pedro Álvares Cabral, informando sobre o encontro das terras que seriam chamadas de Brasil.

    Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz. [...]

    Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...].

    Pero Vaz de Caminha. A carta de Pero Vaz de Caminha, cerca de 1500. Disponível em: http://fdnc.io/23m. Acesso em: 25 mar. 2021.

    1. Que nome as terras encontradas receberam?
PROFESSOR Resposta: Terra da Vera Cruz.
  1. O que os portugueses procuravam nessas terras?
PROFESSOR Resposta: Ouro, prata, ferro e outros metais.
  1. Quais meios você costuma utilizar para se comunicar por escrito com pessoas que estão distantes?
PROFESSOR Resposta pessoal.
  1. Observe a imagem a seguir e depois responda no caderno às questões.
Imagem: Pintura. Dentro de uma embarcação de cor marrom com dezenas de homens, muitos deles apontando para frente. À esquerda, homem de casaco de mangas compridas de cor marrom, com vestes por dentro de cor branca, com cabelos longos e barba escuros, com chapéu na mão esquerda e a outra apontando para frente. Atrás dele, um senhor de pele clara, cabelos e barba grisalhos e casaco marrom. Mais perto dele, homem de pele clara, e cabelos e bigode preto, com chapéu de cor verde-claro, com colete de cor bege. À direita, um homem com vestes religiosas de cor marrom, barba escura, agachado e segurando na mão esquerda uma cruz. Mais à direita, outros homens na embarcação, uns puxando cordão e outros de costas. Em segundo plano, oceano de cor azul, com embarcações de madeira e velas brancas com cruz vermelha. No alto, céu de cor bege.  Fim da imagem.

LEGENDA: Aurélio de Figueiredo. Descobrimento do Brasil, 1899. Óleo sobre tela, 52,3 cm × 71,3 cm. FIM DA LEGENDA.

PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Qual é o acontecimento representado na imagem?
  1. O acontecimento representado na pintura ocorreu em que ano?
  1. O artista produziu a pintura no mesmo ano do acontecimento representado? Explique.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Na sua opinião, como o artista conseguiu reconstituir a cena?
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

A região, aparentemente desconhecida pelos portugueses, era, tudo indica, conhecida de marinheiros franceses, como o negociante e marinheiro Jean Cousin, provável visitante da embocadura do Amazonas em 1488, assim como dos espanhóis, Diogo de Lepe e Alonso de Hojeda, que teriam passado por trechos da costa norte brasileira antes de 1500.

Tendo em vista a pressa de se retornar a Calicute, é de se estranhar que a frota de Cabral pudesse perder tempo “explorando” zonas desconhecidas e já chanceladas, há seis anos, pelo Tratado de Tordesilhas. Tomar posse das terras demarcadas devia fazer parte dos planos da expedição. Por que outra razão uma das treze embarcações, a conduzida por Gaspar de Lemos, teria voltado a Lisboa, anunciando a “descoberta”, quando os olhos da cristandade ocidental estavam bem abertos sobre a primeira expedição a abrir oficialmente a Carreira das Índias?

FONTE: DEL PRIORE, Mary; VENANCIO, Renato. Breve história do Brasil. São Paulo: Planeta, 2010. p. 17.

Atividade 18. Na abordagem da chegada dos portugueses às terras que atualmente pertencem ao Brasil, pergunte aos estudantes se sabem quais eram os objetivos da expedição e quem a comandava. Explique que oficialmente, ao sair de Portugal, Pedro Álvares Cabral estava no comando de uma expedição marítima cujo principal objetivo era chegar às Índias e fixar entrepostos comerciais para garantir o comércio de especiarias.

Comente que as terras brasileiras tiveram outros nomes, como Terra da Vera Cruz, antes de serem chamadas de Brasil.

Atividade 19. A leitura e a interpretação do texto favorecem, assim como a produção escrita, a consolidação de conhecimentos de alfabetização e literacia por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação. A atividade promove ainda a fluência em leitura oral e o desenvolvimento de vocabulário. Aproveite a questão levantada no item c da atividade para promover uma reflexão sobre as transformações ocorridas nos meios de comunicação ao longo do tempo, considerando os meios usados no passado e no presente. É provável que os estudantes mencionem e-mails e mensagens de texto como meios para comunicação escrita a distância atualmente, com o uso de aparelhos digitais. Acrescente que, antes do desenvolvimento da internet, era mais comum a comunicação escrita a distância ser feita por carta. Essa reflexão, que será ampliada em outras temáticas deste volume, contribui para o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF04HI08.

Atividade 20. a) A imagem representa a chegada da expedição de Pedro Álvares Cabral às terras que dariam origem ao Brasil.

MP126

Painel multicultural

A cultura portuguesa pelo mundo

A colonização portuguesa marcou a história não só do Brasil, mas também de países de outros continentes, como Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor-Leste, Guiné Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe.

Vamos conhecer um pouco desses países e da influência que a cultura portuguesa exerceu sobre eles.

Angola é um país localizado no continente africano, na costa do oceano Atlântico. Ele foi colônia de Portugal e tornou-se independente em 1975.

A influência da cultura portuguesa em Angola pode ser notada na culinária, como o costume de preparar bacalhau, e na arquitetura, como a fortaleza de São Miguel, que fica na cidade de Luanda.

Imagem: Fotografia. Uma fortaleza de paredes de cor bege-claro, com pequena torre à esquerda e ao centro, uma bandeira hasteada de cor vermelha e preta. No alto, céu azul-claro.  Fim da imagem.

LEGENDA: Fortaleza de São Miguel, em Luanda, capital de Angola. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.

Cabo Verde é um país africano que também foi colônia de Portugal e conquistou sua independência em 1975.

Esse país é formado por dez ilhas que se localizam no oceano Atlântico.

No centro histórico da capital, Praia, é possível notar a influência portuguesa na arquitetura.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com muro de cor amarela, com flores de pétalas de cor roxa e à esquerda, calçada com luminária de rua em cinza-escuro e luz em amarelo. Mais ao fundo, um casarão de paredes de cor azul-claro e detalhes em branco nas janelas e nas colunas. No alto, céu em azul-claro. Fim da imagem.
  1. LEGENDA: Centro histórico em Praia, capital de Cabo Verde, em 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Roteiro de aulas

As duas aulas previstas para esta seção podem ser trabalhadas na semana 19.

Fim do complemento.

Objetivo pedagógico da seção

  • Reconhecer traços da cultura portuguesa em países colonizados, como Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor-Leste.

    Orientações didáticas

    Inicie o trabalho sobre a presença da cultura portuguesa ao redor do mundo perguntando aos estudantes o que eles conhecem dessa cultura. Incentive-os a conversar sobre o assunto e anote as informações na lousa.

    Explique que, a partir das navegações, Portugal estabeleceu colônias na África, na Ásia e na América, e que manteve um prolongado domínio em alguns territórios dos três continentes. Nesses territórios, como é o caso do que deu origem ao Brasil, as culturas locais receberam forte influência da cultura portuguesa ou se mesclaram com ela.

    Peça aos estudantes que observem as imagens e identifiquem elementos comuns presentes na arquitetura dos locais retratados.

    Se possível, utilize um planisfério para localizar os países e as cidades apresentados na seção. Destaque os continentes europeu, americano, africano e asiático e os países Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor-Leste.

    Pergunte aos estudantes se eles já conheciam Timor-Leste e o que sabem sobre o país. Anote as informações na lousa. Observe que o Timor é o único país asiático representado nas imagens; os demais são africanos.

    A abordagem desse assunto está relacionada ao tema de relevância deste volume – Identidade e diversidade cultural no Brasil. É uma ocasião para discutir como a diversidade cultural é estabelecida a partir das trocas entre as tradições e os costumes dos múltiplos povos que participaram da formação da identidade nacional.

    Cultura portuguesa na América e na África

    [...] a ocupação portuguesa, na África, se iniciou na segunda década do século XV (1415), com a conquista da cidade de Ceuta, no Marrocos, e se finalizou na segunda metade do século XX, com a independência dos cinco países africanos colonizados pelos portugueses.

    Durante esses cinco séculos de ocupação portuguesa na África, a cultura do colonizador se misturou, ainda que timidamente, com a do colonizado, malgrado os esforços dos europeus em impor a cultura dominante. [...] é inegável que a cultura secular e ágrafa desses povos permaneceu e se difundiu por outros territórios ocupados pela nação lusa, como o Brasil, por exemplo, que recebeu um grande número de escravos provenientes da África, especialmente do Congo, da Guiné e de Angola (grupo étnico banto) e da Nigéria, Daomé e Costa do Marfim (grupo étnico sudanês). [...]

MP127

Moçambique, outro país da África, está situado na costa do oceano Índico. Também foi colônia de Portugal e se tornou independente em 1975. A influência portuguesa pode ser observada na arquitetura da cidade de Maputo, como exemplifica a estação de trem Caminho de Ferro.

Imagem: Fotografia. Vista geral de local com vegetação verde-clara na entrada, com uma árvore à esquerda com folhas verdes e à direita, árvore vista parcialmente. Ao fundo, uma construção de paredes brancas, detalhes em verde, com entrada arredondada, dois andares e na parte superior, um relógio redondo em branco e cúpula cinza. No alto, céu nublado nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Estação Caminho de Ferro, em Maputo, capital de Moçambique, em 2018. FIM DA LEGENDA.

Timor-Leste é um país asiático localizado na ilha do Timor.

O país também foi colônia de Portugal e, após muitos conflitos, em 2002 obteve o reconhecimento de sua independência.

A influência portuguesa pode ser observada em diversas construções, como no Palácio do Governo, na cidade de Dili.

Imagem: Fotografia. Uma rua de cor cinza, com uma parte arredondada com vegetação verde, árvores de folhas verdes e em segundo plano, um casarão grande com dois andares, paredes de cor branca, com torre ao centro, com cruz na parte superior. À frente, local com arcos de cor branca. No alto, céu de cor azul-claro e nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Palácio do Governo em Dili, capital do Timor-Leste. Fotografia de 2015. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
  1. Você já ouviu falar de algum desses países? Se sim, quais?
PROFESSOR Respostas pessoais.
Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.
  1. Reúna-se com um colega e pesquisem em livros ou sites a língua oficial desses países. Registre as informações no caderno.
PROFESSOR Resposta pessoal.
Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.
MANUAL DO PROFESSOR

Contemporaneamente, os laços culturais que aproximam a cultura brasileira da África lusófona são inúmeros e passam, entre outras coisas, pela música, pelas crenças religiosas, pela culinária e pela literatura que se expressa em português.

FONTE: AMORIM, Claudia; PALADINO, Mariana. Cultura e literatura africana e indígena. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2012.

Atividades 1 e 2. Incentive os estudantes a conversar sobre o que eles sabem dos países africanos e asiático estudados. Dê um tempo para que todos possam se expressar. Depois, oriente a turma a formar duplas para o trabalho proposto. Verifique a possibilidade, caso a escola ofereça, de levar os estudantes à biblioteca ou à sala de informática para fazerem as pesquisas.

Conclusão

Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes. Sugerimos que você identifique os pontos que foram desenvolvidos e aqueles que ainda estão em desenvolvimento ou que não foram suficientemente trabalhados para que possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens.

Considere a produção dos estudantes, a participação e as intervenções deles em discussões e atividades em sala de aula.

A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma, e identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades, contribuindo para que se sintam seguros para continuar aprendendo.

MP128

O que você aprendeu

  1. Os eventos dos quadros abaixo trazem informações sobre as primeiras trocas comerciais e o uso de moedas ao longo do tempo. Contudo, eles estão embaralhados. Reescreva-os no caderno em ordem cronológica, ou seja, na sequência temporal correta.

    O valor de um produto, como um alimento, pôde ser determinado de acordo com o tempo necessário para sua produção.

PROFESSOR Resposta: 4.

O papel-moeda passou a ser muito utilizado durante o século XIX.

PROFESSOR Resposta: 6.

Há mais de 6 mil anos, as trocas eram diretas, e os produtos trocados tinham o mesmo valor.

PROFESSOR Resposta: 1.

Há mais de 2 mil anos, moedas feitas de metais já eram utilizadas.

PROFESSOR Resposta: 3.

Em 1645, foram cunhadas as primeiras moedas no Brasil: os florins holandeses.

PROFESSOR Resposta: 5.

Há mais de 3 mil anos, alguns grupos começaram a utilizar objetos como conchas para realizar trocas comerciais.

PROFESSOR Resposta: 2.
  1. Descubra as respostas para as adivinhas a seguir e as escreva no caderno.

    O que é, o que é?

    Nome das embarcações fenícias usadas no comércio pelo Mediterrâneo.

PROFESSOR Resposta: Galés.

O que é, o que é?

Atividade humana com base na troca de produtos.

PROFESSOR Resposta: Comércio baseado em trocas.

O que é, o que é?

Nome do mar localizado entre o sul da Europa, o norte da África e o oeste da Ásia.

PROFESSOR Resposta: Mar Mediterrâneo.
  1. As primeiras civilizações tiveram que inventar coisas que hoje consideramos muito simples. Essas invenções foram muito importantes para a sobrevivência e o desenvolvimento dos seres humanos. Sobre esse tema, responda no caderno às questões a seguir.
PROFESSOR Respostas pessoais.
  1. Cite duas invenções importantes para as primeiras civilizações.
  1. Alguma das invenções que você mencionou ainda é usada hoje em dia? Qual? Para quê?
MANUAL DO PROFESSOR

Orientações didáticas

Inserida em uma proposta de acompanhamento continuado da progressão das aprendizagens dos estudantes, esta seção oferece a oportunidade de realização de um momento avaliativo do processo pedagógico que foi desenvolvido ao longo do bimestre, previsto para ser concluído no fechamento desta unidade. A seção pode oferecer parâmetros importantes para apurar se os objetivos pedagógicos e as habilidades propostos na unidade foram alcançados pelos estudantes e para verificar a necessidade de possíveis ajustes nas estratégias didáticas.

Atividade 1. O estudante deve compreender o surgimento do comércio e a história do surgimento da moeda reconhecendo a sua importância no comércio. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04HI02, EF04HI06 e EF04GE08.

Atividade 2. O estudante deve compreender o surgimento do comércio e refletir sobre como o comércio motivou a busca por rotas comerciais e a ocupação do espaço, contribuindo para a interação de povos e culturas diferentes. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04HI06 e EF04HI07.

Atividade 3. Espera-se que o estudante identifique com facilidade algumas das primeiras invenções dos seres humanos e considere o quanto elas facilitaram a vida das pessoas. É importante que ele estabeleça uma relação entre passado e presente por meio da conexão entre esses objetos. a) A roda, o arado e os primeiros sistemas de irrigação podem ser citados como algumas invenções importantes para as primeiras civilizações. b) Dentre as invenções ainda utilizadas, o estudante pode citar: a roda, utilizada em muitos objetos até hoje, por exemplo em meios de transporte; o arado, a base das atuais máquinas de colheita no campo; e os sistemas atuais de irrigação, inspirados nos sistemas antigos. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04HI01 e EF04HI02.

MP129

Avaliação processual

  1. Associe, no caderno, os tipos de comércio listados nos quadros a cada uma das imagens a seguir.
PROFESSOR Resposta: 1 – comércio marítimo; 2 – comércio terrestre; 3 – comércio virtual; 4 – comércio terrestre.

comércio virtual - comércio marítimo - comércio terrestre

Imagem: Gravura 1. Um navio de cor marrom com hastes finas na vertical, com velas de cor branca e pessoas dentro, em alto mar de cor bege, com peixes nadando, alguns grandes. Mais à direita, uma embarcação pequena de cor marrom com velas brancas. Ao fundo, sol redondo amarelo.  Fim da imagem.

LEGENDA: Caravela, gravura de Theodore de Bry, 1592. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ilustração 2. Solo de cor bege por onde passam camelos à frente de cor cinza, com dezenas de homens atrás, com roupas em vermelho e verde. Mais à direita, homens sobre cavalos de cor azul e marrom, com vestes de cor vermelha e verde e gorros em azul. Na parte inferior, castelos pequenos de paredes em bege e partes em vermelho.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe da caravana de Marco Polo (mercador veneziano) a caminho de Catai, nome pelo qual era conhecida a China. Atlas Catalão, 1375. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Fotografia 3. Vista do alto, sobre mesa de madeira de cor marrom, com um notebook de cor cinza, com teclado de cor preta. A pessoa vista parcial de pele clara, segurando um cartão de cor rosa-escuro. À direita, um prato de cor branca com maçãs e um copo branco.  Fim da imagem.

LEGENDA: Compra de produtos pela internet em 2016. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Gravura 4. Local com solo arenoso de cor bege-claro, com homens morenos, com vestes longas brancas. À esquerda, um homem em pé, de frente para cabras, perto delas, um homem visto de lado, com um chapéu grande bege com detalhes em vermelho. À direita, um homem negro sobre um animal quadrúpede marrom, carregando carga. Mais ao fundo, um camelo com carga em cima coberto com tecido em verde e vermelho e mais ao fundo, outros animais e homens sobre eles. No alto, céu de cor azul com nuvens brancas.  Fim da imagem.

LEGENDA: Detalhe de caravana na Argélia, na África, em gravura de 1903. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 4. O estudante deve compreender o surgimento do comércio e refletir sobre como o comércio motivou a busca por rotas comerciais e a ocupação do espaço, contribuindo para a interação de povos e culturas diferentes. Espera-se que o estudante faça as devidas correlações:

imagem 1 – comércio marítimo; imagem 2 – comércio terrestre; imagem 3 – comércio virtual; imagem 4: – comércio terrestre. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04HI07.

MP130

  1. O texto a seguir foi escrito por um indígena. Ele discorre sobre os nomes dados pelos portugueses aos lugares que encontraram na América.

Antes de os portugueses chegarem, cada lugar de nossa terra tinha um nome.

Os rios já tinham nome.

As lagoas já tinham nome.

Mas logo os portugueses trocaram os nomes de tudo.

O lugar onde eles encostaram as caravelas eles chamaram de Porto Seguro.

O primeiro morro que eles enxergaram eles chamaram de Monte Pascoal.

Os Tupinikim já tinham dado nome para esses lugares.

Os portugueses mudaram o nome da terra.

Mas não mudaram só o nome da terra.

Os portugueses roubaram a terra também.

Imagem: Ilustração. À frente, local com água de cor azul-claro e ao fundo, solo de cor marrom, com árvores de cor verde e um morro na vertical em azul. No alto, nuvens de cor bege. Fim da imagem.

Eunice Dias de Paula; Luiz Gouveia de Paula; Elizabeth Amarante. História dos povos indígenas: 500 anos de luta no Brasil. Petrópolis: Vozes; Brasília, DF: Cimi, 1993. p. 89.

  1. De acordo com o texto, antes de os portugueses chegarem às terras que formaram o Brasil, que povo indígena já tinha dado nome à terra, aos rios e às lagoas?
PROFESSOR Resposta: Os Tupinikim.
  1. Qual foi o nome dado pelos portugueses ao lugar onde eles atracaram as caravelas? E ao primeiro monte que avistaram?
PROFESSOR Resposta: Terra de Vera Cruz. Monte Pascoal.
  1. Em que ano isso ocorreu?
PROFESSOR Resposta: 1500.
  1. Por que os portugueses iniciaram as expedições marítimas nesse período?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Faça uma reflexão sobre as possíveis intervenções no território após a ocupação pelos portugueses, considerando o acontecimento do ponto de vista indígena. Registre suas anotações no caderno.
PROFESSOR Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 5. Os estudantes devem refletir sobre como o comércio motivou a busca por rotas comerciais e a ocupação do espaço, contribuindo para a interação de povos e culturas diferentes, além de reconhecer o desenvolvimento tecnológico gerado pela disputa por novas rotas comerciais. Se necessário, leia o texto com os estudantes e enfatize que ele foi escrito por um indígena. Comente que, ao dar nomes aos lugares, os indígenas passavam a ideia de que a terra era deles. Os portugueses, ao mudarem os nomes, manifestavam a intenção de se apropriar daquelas mesmas terras. d) O início das expedições portuguesas coincide com o período de expansão do comércio europeu, que estimulou a busca por novas rotas para a Ásia. O período também foi marcado pelo desenvolvimento de tecnologias relacionadas à navegação e à orientação espacial. e) É esperado que o estudante retome conhecimentos construídos ao longo desta unidade e elabore um pequeno texto sobre as intensas intervenções (e transformações) ocorridas no território que hoje compreende o Brasil após a chegada dos portugueses, considerando elementos como desmatamento e exploração de recursos naturais, introdução de novas formas de trabalho, tentativa de apagamento da memória indígena, entre outros. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04HI06.

MP131

  1. Leia o texto e observe o mapa a seguir. Depois, responda às questões.

Os mapas produzidos antigamente, no período da expansão das rotas do comércio, são bastante diferentes dos mapas produzidos atualmente. Antigamente, os mapas eram, muitas vezes, feitos à mão e repletos de ilustrações dos elementos presentes no local representado. Alguns mapas traziam monstros marinhos e seres fantásticos, que ilustravam a crença nos perigos dos mares e dos lugares desconhecidos.

Um exemplo é o mapa do continente americano produzido pelo europeu Joducus Hondius, em 1606. Ele foi considerado um dos mapas mais importantes na época pela quantidade de informações que traz e também pela sua beleza. No mapa, há ilustrações de animais ou monstros marinhos, indígenas e embarcações europeias, além de representações da forma como os europeus viam o modo de vida dos nativos.

Imagem: Ilustração. Um mapa na horizontal de cor bege, com o título na parte superior: América e abaixo, América do norte com parte em bege, mais abaixo, América Central e mais abaixo, América do Sul, com parte verde à noroeste e marrom à leste. No oceano, embarcações antigas de cor marrom. Mais à esquerda, homens e mulheres de pele morena, alguns agachados.  Fim da imagem.

LEGENDA: Mapa da América produzido por Joducus Hondius em 1606. FIM DA LEGENDA.

  1. Qual é o assunto tratado no texto?
PROFESSOR Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.
  1. Quem produziu o mapa? Em que ano?
PROFESSOR Resposta: Joducus Hondius; em 1606.
  1. Atualmente, os mapas apresentam a rosa dos ventos, que auxilia na orientação e na localização espacial. Desenhe no caderno a rosa dos ventos abaixo, indicando os pontos laterais e os pontos colaterais. Elabore também uma legenda com o nome de cada ponto.
Imagem: Ilustração. Rosa dos ventos de cor amarelo e laranja. À frente, estrela com quatro pontas e atrás, outras quatro pontas, totalizando oito pontas. Fim da imagem.
PROFESSOR Resposta: Em sentido horário, as siglas são: N, NE, L, SE, S, SO, O, NO. LEGENDA: N – Norte; NE – Nordeste; L – Leste; SE – Sudeste; S – Sul; SO – Sudoeste; O – Oeste; NO – Noroeste.
MANUAL DO PROFESSOR

Atividade 6. O estudante deve identificar que o texto aborda os mapas produzidos e utilizados no período da expansão das rotas comerciais europeias e reconhecer os elementos presentes no mapa e a autoria (Joducus Hondius), comparando-o aos mapas da atualidade e relacionando-o às Grandes Navegações e à expansão do comércio. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF04HI06 e EF04GE10.

Atividade 7. Espera-se que o estudante tenha adquirido a habilidade de se orientar no espaço, inclusive utilizando instrumentos, como a rosa dos ventos. Em sentido horário, as siglas são: N / NE / L / SE / S / SO / O / NO. LEGENDA: N – Norte; NE – Nordeste; L – Leste; SE – Sudeste; S – Sul; SO – Sudoeste; O – Oeste; NO – Noroeste. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF04GE09.

MP132

Comentários para o professor:

GRADE DE CORREÇÃO

Quadro: equivalente textual a seguir.

Questão

Habilidades avaliadas

Nota/ conceito

1

(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

(EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

(EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.

(EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias-primas), circulação e consumo de diferentes produtos.

2

(EF04HI07) Identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

3

(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.

(EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, criação da indústria etc.).

4

(EF04HI07) Identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para a dinâmica da vida comercial.

5

(EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.

6

(EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.

(EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e semelhanças.

7

( EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas.

MP133

Sugestão de questões de autoavaliação

Como parte do processo de avaliação dos estudantes e das próprias estratégias de ensino-aprendizagem, sugerimos a realização de mais um momento de autoavaliação. A escuta de conversas informais dos estudantes e outras possibilidades de consulta são muito bem-vindas por ajudar o professor a compreender o olhar da turma sobre a rotina escolar, percebendo eventuais angústias e expectativas, além de reforçar o vínculo de confiança entre professor e estudantes.

A aplicação de questionários para prospectar a apropriação dos conteúdos trabalhados e a relação dos estudantes com o conhecimento e com as práticas de estudo também pode contribuir para a realização da autoavaliação. Para isso, sugerimos algumas questões:

Quadro: equivalente textual a seguir.

AUTOAVALIAÇÃO DO ESTUDANTE

MARQUE UM X EM SUA RESPOSTA

SIM

MAIS OU MENOS

NÃO

1. Consegui compreender tudo o que foi ensinado?

2. Resolvi todas as atividades encaminhadas para casa?

3. Solucionei todas as questões da avaliação processual sem dificuldades?

4. Adquiri conhecimentos que considero importantes?

5. Gostei de estudar e quero continuar aprendendo sobre os temas do bimestre?