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Unidade 1. Formas de organização do espaço e da sociedade
LEGENDA: Vista da cidade de São Paulo, no estado de São Paulo. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ruínas da cidade sumeriana de Uruk, no território do atual Iraque. Fotografia de 2021. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ruínas da antiga acrópole, na cidade de Atenas, na Grécia. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
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Boxe complementar:
Vamos conversar
- O que as imagens apresentadas têm em comum?
- Qual das imagens retrata construções mais antigas? Qual delas retrata construções mais recentes?
- O que chama mais a atenção em cada fotografia? Comente com os colegas e o professor.
Fim do complemento.
LEGENDA: Vista da cidade medieval de Carcassone, na França. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Panorama do centro histórico de Florença, na Itália, com destaque para a torre de Giotto. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
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Investigar o assunto
Tempo e sociedade
As formas de ocupação do espaço e de organização das sociedades mudaram muito ao longo do tempo. Para ordenar o estudo dessas transformações, alguns historiadores dividem a história humana em grandes períodos. O início e o término de cada período são definidos por acontecimentos considerados importantes.
- Pré-História: do surgimento dos seres humanos, há milhões de anos, à invenção da escrita, há cerca de 4 mil anos.
- Antiguidade: da invenção da escrita à queda do Império Romano do Ocidente, no ano de 476.
- Idade Média: da queda do Império Romano do Ocidente à queda do Império Romano do Oriente, em 1453.
- Idade Moderna: da queda do Império Romano do Oriente à Revolução Francesa, em 1789.
- Idade Contemporânea: da Revolução Francesa até atualmente.
No período anterior à criação da escrita, em momentos e locais distintos, alguns grupos humanos inventaram técnicas e utensílios que promoveram mudanças radicais no seu modo de vida. Com base nessas mudanças, a Pré-História costuma ser subdividida em dois períodos:
- Paleolítico – período histórico em que os seres humanos criaram os primeiros utensílios e ferramentas.
- Neolítico – período histórico em que os humanos desenvolveram técnicas para a fabricação de ferramentas e em que ocorreu a domesticação de plantas e animais.
Para responder
LEGENDA: Placa de argila com inscrições cuneiformes considerada o documento escrito mais antigo de que se tem conhecimento. FIM DA LEGENDA.
- O objeto retratado é representativo de um marco importante da história humana. Que marco é esse?
- Esse marco é utilizado para definir o início de qual grande período histórico?
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- O que grupos humanos inventaram nos períodos históricos anteriores à escrita?
- Veja os objetos abaixo e responda no caderno às questões a seguir.
LEGENDA: Ferramentas feitas de pedra lascada e de chifre de animal utilizadas no Paleolítico. FIM DA LEGENDA.
- Na sua opinião, para que serviam as ferramentas e os utensílios representados na imagem?
- O que o uso desses objetos pode indicar sobre o modo de vida dos grupos humanos que os criaram?
- Que técnicas e utensílios foram criados pelos grupos humanos no Período Paleolítico?
- Pesquise em livros e sites duas características importantes do modo de vida dos grupos humanos que viveram nos períodos históricos indicados a seguir. Registre as informações no caderno.
- No Período Paleolítico;
- no Período Neolítico.
- Em sala de aula, compartilhe com os colegas e o professor as hipóteses que levantou e as descobertas que fez sobre a invenção de instrumentos e o modo de vida dos grupos humanos nos períodos Paleolítico e Neolítico.
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Capítulo 1. Espaço e ocupação
O processo de sedentarização
A ocupação dos territórios e a fixação dos grupos humanos em determinados locais aconteceram lentamente ao longo da história. Povos nômades geralmente transitavam por regiões onde podiam garantir a própria sobrevivência, encontrar abrigo e proteção e ter ampla visão dos arredores. Procuravam, também, locais em que havia recursos abundantes para a alimentação. Áreas próximas a mares, lagos e rios, por exemplo, favoreciam a pesca, a caça e a coleta de frutos e vegetais.
Para os povos que começaram a desenvolver a agricultura e a permanecer em um mesmo lugar, novos critérios se tornaram importantes: os núcleos de povoamento deviam ficar próximos a rios, porque isso favorecia a obtenção de água, a irrigação das plantações e a criação de animais. Assim, historicamente, ao entrar em contato com diferentes condições ambientais, os grupos humanos acumularam diversos aprendizados.
As aldeias neolíticas
No Período Neolítico, que se estendeu, aproximadamente, de 12 mil até 6 mil anos atrás, muitos grupos humanos começaram a se estabelecer em um local fixo, motivados pela prática da agricultura e pela criação de animais, como cabras, bois, porcos, cavalos e aves.
A constituição de aldeias transformou a vida desses grupos em vários aspectos. Com o desenvolvimento da agricultura, foram criados instrumentos para facilitar o cultivo, como o arado, usado para preparar a terra para o plantio. Para estocar os alimentos, foram criados utensílios de cerâmica. Alguns grupos passaram a utilizar tecidos de lã e de linho no vestuário, e, para fabricar os tecidos, foram criados fusos e teares.
LEGENDA: Potes de cerâmica datados de cerca de 6 mil anos atrás. FIM DA LEGENDA.
No final desse período, outro ciclo se iniciou com o desenvolvimento do trabalho com metal, material mais resistente do que a pedra ou os ossos. Primeiro, foram fabricados instrumentos de cobre, estanho e bronze, que eram mais fáceis de manusear quando submetidos a altas temperaturas.
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Depois, com o uso de fornalhas, foi possível fazer instrumentos de ferro, material que precisa de temperaturas muito altas para atingir a fusão . Esse período, por volta de 5 mil anos atrás, ficou conhecido como Idade dos Metais.
LEGENDA: Artefatos do Período Neolítico: acima, ponta de lança feita de bronze; abaixo, pilão e pontas de machado e de martelo feitas de pedra. FIM DA LEGENDA.
Povos dos sambaquis
Há cerca de 6500 anos, a costa do território em que hoje está localizado o Brasil foi habitada por diferentes povos indígenas. Ainda hoje é possível encontrar vestígios desses povos, como os sambaquis, grandes montes que podem ser compostos de restos de conchas, moluscos, ossos humanos e de animais fossilizados , além de fragmentos de cerâmica e de outros objetos fabricados e utilizados por essas populações. Eles podem atingir até 30 metros de altura.
A palavra “sambaqui” é de origem tupi e significa “amontoado de conchas”. Esses montes podem fornecer muitas informações sobre o modo de vida, como a dieta alimentar, dos povos que ocupavam a costa brasileira há milhares de anos.
Estudiosos dizem que os sambaquis podiam ter diversas finalidades, como funerária, demarcação de território ou até mesmo depósito de restos de alimentos.
Os sambaquis são um exemplo de relação entre o ambiente e o desenvolvimento de núcleos populacionais que ocuparam a região.
LEGENDA: Sambaqui na Lagoa dos Patos, no município de Tavares, no estado do Rio Grande do Sul. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
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A sedentarização de pastores
Alguns grupos de pastores também se tornaram sedentários, estabelecendo-se em áreas que ofereciam abrigo e boas condições para o pastoreio. Um exemplo é dado pelos vestígios arqueológicos encontrados no norte da África, no território da atual Argélia, no sítio de Tassili n’Ajjer (denominação que, em uma das línguas faladas por povos tuaregues, significa “planalto do povo Ajjer”).
LEGENDA: Pintura rupestre datada de cerca de 7 mil anos atrás representando a atividade de pastores sedentários na região de Tassili n’Ajjer, na Argélia. FIM DA LEGENDA.
De acordo com os pesquisadores que estudaram tais vestígios, essa área passou a ser habitada por pastores sedentários há aproximadamente 10 mil anos. Nela, em elevações rochosas de difícil acesso, pesquisadores encontraram cerca de 15 mil pinturas e gravações de figuras humanas e animais. Para proteger esse valioso patrimônio da arte rupestre, o sítio foi declarado Parque Nacional em 1972 e classificado como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1982.
LEGENDA: Estruturas rochosas de Tassili n’Ajjer, na Argélia. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
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LEGENDA: Mulher com chifres correndo, pintura rupestre datada entre 8 mil e 6 mil anos atrás, encontrada em Tassili n’Ajjer. Acima, observa-se a pintura na pedra; abaixo, uma reprodução da pintura que permite visualizar melhor os detalhes. FIM DA LEGENDA.
Os vestígios deixados por antigas sociedades de pastores sedentários permitem supor que a mulher desempenhava uma função importante na manutenção do grupo e participava de diferentes atividades. Na pintura reproduzida acima, por exemplo, a mulher é representada como uma figura vigorosa, em postura que sugere destreza e rapidez de movimentos. Ao analisar os detalhes da obra, alguns estudiosos destacam que os chifres são um símbolo tradicionalmente associado à força e interpretam a nuvem de grãos que os rodeia como um símbolo do poder da mulher como geradora de vida e produtora de alimento.
- Por que o estudo dos sambaquis é importante para o conhecimento do passado?
- Na sua opinião, pode haver uma relação entre o processo de sedentarização e a mudança das funções desempenhadas pelas mulheres? Justifique sua opinião.
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Para ler e escrever melhor
O texto a seguir apresenta argumentos que mostram a importância do papel da mulher nas sociedades neolíticas.
Nessas sociedades, a fertilidade era um elemento simbólico fundamental associado à mulher, por ela exercer atividades ligadas à agricultura e ser, também, geradora de vida.
A mulher no Período Neolítico
As palavras ”lar” e ”mãe” estão, certamente, escritas em todas as fases da agricultura neolítica e não menos nos novos centros de aldeamento [...]. Era a mulher que manejava o bastão de cavar ou a enxada: era ela que cuidava dos jardins e foi ela que conseguiu essas obras-primas de seleção e cruzamento que transformaram espécies selvagens e rudes em variedades domésticas prolíficas e ricamente nutritivas; foi a mulher que fabricou os primeiros recipientes, tecendo cestas e dando forma aos primeiros vasos de barro.
Na forma, também, a aldeia é criação sua: não importa que outras funções pudesse ter, era a aldeia o ninho coletivo para cuidado e nutrição dos filhos [...]. A presença da mulher se fez sentir em todas as partes da aldeia: não menos em suas estruturas físicas, com seus lugares fechados para proteção [...].
Segurança, receptividade, proteção e nutrição – tais funções pertencem à mulher; e tomam expressão estrutural em todas as partes da aldeia, na casa e no forno. [...] A casa e a aldeia, e com o tempo a própria cidade, são obras da mulher.
Lewis Mumford. A cidade na História : suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1982. p. 19.
LEGENDA: Estatueta feita de barro há cerca de 7 mil anos, conhecida como Vênus de Pazardzik. A peça foi encontrada na Bulgária, em um local em que se desenvolveu, no Período Neolítico, um grande assentamento agrícola. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Recipientes do Período Neolítico feitos com fibras vegetais, encontrados na Caverna dos Morcegos, em Granada, na Espanha. FIM DA LEGENDA.
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Analise
- Extraia do texto exemplos de funções desempenhadas pela mulher:
- na produção agrícola;
- na casa.
- Qual é a importância das atividades apresentadas no texto para o desenvolvimento da vida urbana?
- Como a mulher é representada na estatueta de barro conhecida como Vênus de Pazardzik? Identifique os aspectos da obra que mais chamam a atenção.
- Que relações é possível estabelecer entre essa representação e as informações do texto?
- Na sociedade atual, você considera que a
mulher
desempenha funções importantes? Justifique sua resposta.
Organize
- Monte no
caderno
dois quadros como os dos modelos abaixo. Complete-os com base nas informações do texto e em seus conhecimentos.
Funções da mulher na sociedade neolítica
Quadro: equivalente textual a seguir.
Na atividade agrícola
Na casa
_____
_____
Funções da mulher na sociedade da qual você faz parte
Quadro: equivalente textual a seguir.
Nas atividades profissionais
Na casa
_____
_____
Escreva
- Elabore um pequeno texto expondo sua opinião acerca da importância da mulher na sociedade da qual você faz parte. Construa argumentos que fundamentem seu ponto de vista.
- Em sala de aula, apresente seu texto para os colegas e o professor.
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A Revolução Neolítica
O desenvolvimento da agricultura gerou uma série de mudanças na organização dos grupos humanos. Por isso, esse contexto do desenvolvimento do cultivo de alimentos e da domesticação de espécies animais e vegetais é chamado de Revolução Neolítica ou Revolução Agrícola .
Uma das primeiras consequências do desenvolvimento da agricultura foi o crescimento populacional, porque a maior oferta de alimentos possibilitou uma vida com menos riscos e mais recursos alimentares.
Muitos grupos passaram a se fixar em um mesmo local, formando aldeias, e as necessidades do cultivo da terra levaram à criação de novas formas de organizar a sociedade. Muitas vezes, aldeias tiveram de se juntar para proteger-se de ataques de outros grupos.
Grupos maiores favoreciam também a organização da produção de alimentos, pois dividiam entre si as atividades relacionadas à caça, à pesca, ao pastoreio ou ao cultivo da terra.
Essas mudanças acarretaram novas formas de organização política. Foram estabelecidas lideranças nos grupos, exercidas por pessoas específicas ou por alguns setores que se impunham sobre os demais, criando-se, assim, posições políticas e sociais definidas para cada membro do grupo.
LEGENDA: Pintura rupestre que retrata o trabalho agrícola. Sítio arqueológico localizado na Líbia. FIM DA LEGENDA.
- A atividade representada na imagem acima tem relação com a organização dos grupos humanos? Por quê?
- Escreva no caderno o que foi a Revolução Neolítica e quais foram as consequências desse processo.
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Novas formas de organização social e política
A agricultura possibilitou o aumento populacional, o que levou alguns grupos a se organizar em aldeias ou cidades. Nesses locais, a organização social era baseada em clãs, comandados pelos chefes de família, e a reunião de muitos clãs formava grandes tribos, chefiadas por um líder que detinha o poder político e religioso. Esse tipo de organização foi comum em cidades do Oriente Médio, como Ur, Uruk e Nippur, situadas na Mesopotâmia, na região do Crescente Fértil.
Em muitas dessas cidades, eram produzidos mais alimentos do que o necessário, gerando um excedente que era destinado ao comércio e ao sustento das pessoas que exerciam outras atividades, como os sacerdotes e os soldados.
Com essa configuração, pode-se dizer que estavam lançadas as bases para a constituição de um governo, pois existia uma organização social e política com distribuição de funções para cada grupo da sociedade. O trabalho e as funções eram distribuídos de acordo com a origem de cada indivíduo, e os líderes acumulavam obrigações religiosas e políticas. Esse tipo de organização surgiu da necessidade de distribuir as tarefas e acabou se consolidando como a estrutura social e política mais comum entre as sociedades desse período e outras que viriam a se estabelecer depois.
LEGENDA: Vista do sítio arqueológico de Nippur, antiga cidade da Mesopotâmia construída há cerca de 5 mil anos, na região que hoje corresponde ao Iraque. Fotografia de 2021. FIM DA LEGENDA.
Organização social e religiosidade
Em muitos locais, a organização política e social esteve ligada a fatores religiosos. Diversos núcleos urbanos se estabeleceram como centros cerimoniais e, em várias sociedades antigas, os poderes políticos e religiosos estavam ligados.
Os centros cerimoniais eram lugares em que se cultuavam figuras religiosas importantes para cada cultura e onde eram feitas oferendas às divindades para comemorar e agradecer a boa caça ou a fartura da colheita.
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Os centros religiosos que eram lugares de peregrinação recebiam muitas pessoas e se transformaram em cidades complexas, que podiam estar integradas a uma rede de comércio ou de estradas. Nessas cidades, também se desenvolveram funções administrativas e militares.
Assim, alguns centros cerimoniais originaram cidades que se organizavam de acordo com uma hierarquia social relacionada a fatores políticos e religiosos.
No continente americano, também havia cidades com essas características, como a cidade de Chavin de Huantar, no norte do Peru, que foi centro cultural e um importante local de peregrinação religiosa que se desenvolveu entre 3500 e 2500 anos atrás. Nessa cidade, havia edifícios públicos, templos e praças.
A influência da cultura de Chavin também se expandiu para as regiões onde atualmente se localizam o Equador e a Bolívia.
LEGENDA: Sítio arqueológico de Chavin de Huantar, situado nas proximidades de Lima, no Peru. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.
- Qual era a importância dos centros cerimoniais e religiosos para as sociedades antigas? Dê exemplos para fundamentar sua resposta.
- Leia o texto a seguir e, depois, faça o que se pede.
A Mesoamérica é a porção da América Central que abrigou as grandes civilizações indígenas dos maias, dos astecas e de seus antecessores, como os olmecas, e que atualmente abriga uma numerosa população indígena. A região corresponde ao centro-sul do México e aos territórios da Guatemala e do Belize.
Os olmecas foram os primeiros habitantes da Mesoamérica a erguer grandes edifícios com finalidades religiosas.
Os deuses olmecas são representados em imagens que associam aves fantásticas, jaguares, serpentes e seres humanos.
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A cultura olmeca é considerada a matriz de muitas outras civilizações que surgiram depois, e seus vestígios datam de cerca de 4 mil anos atrás. Ela prosperou em uma área que hoje corresponde aos estados de Veracruz e Tabasco, no sul do México, em torno de um núcleo de cidades como La Venta, San Lorenzo, Tres Zapotes e Laguna de los Cerros. A população dessas cidades dedicava-se à agricultura e ao comércio.
Supõe-se que, no período de maior esplendor dessa civilização, entre 2900 e 2400 anos atrás, La Venta era o principal centro olmeca. A cidade foi erguida em uma pequena ilha, em uma área pantanosa. As pedras disponíveis se encontravam a cerca de 60 km de distância do local, mas, ainda assim, existiam ali esculturas gigantescas feitas de pedra, como as monumentais cabeças. Foram encontrados também vestígios de pirâmides de túmulos circulares e de altares esculpidos em pedra.
Alguns pesquisadores supõem que as cabeças representavam os soberanos olmecas, mas outros afirmam tratar-se de representações de divindades. As duas interpretações apontam instâncias que, no mundo antigo, estavam relacionadas: poder e religião.
LEGENDA: Altar de pedra olmeco de cerca de 1800 a.C. a 1500 a.C. encontrado no Parque La Venta, em Tabasco, no México. Fotografia de meados do século XX. FIM DA LEGENDA.
- Com base no texto, identifique:
- evidências da religiosidade na civilização olmeca;
- características da organização do espaço e da sociedade.
- Em sala de aula, compartilhe com o professor e os colegas as informações levantadas.
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Registros de memória: cultura material
Os objetos do passado que foram preservados nos ajudam a compreender aspectos da vida cotidiana de vários povos. Objetos variados – como itens de vestuário e enfeites, recipientes de uso cotidiano ou religioso, construções públicas e moradias, instrumentos de caça ou festivos – podem fornecer informações sobre o modo de vida em outros tempos e espaços e fazem parte da memória de um povo.
Cultura material é o conjunto de objetos que dão significado à vida das pessoas em diferentes momentos da História, conferindo-lhes identidade .
LEGENDA: Adornos de ouro, prata e pedras preciosas, datados de cerca de 2600 a.C., encontrados em escavações em antigo cemitério da cidade de Ur, na Suméria, em área que hoje integra o território do Iraque. FIM DA LEGENDA.
Elementos simbólicos também fazem parte dos objetos que são legados pelos povos. Vejamos um exemplo: na cultura material dos antigos egípcios, existem muitas representações de gatos porque esses animais eram considerados sagrados, tendo alguns sido mumificados . Visto como uma divindade, o gato representava a fertilidade.
O fato de o gato fazer parte do cotidiano dos egípcios e, ao mesmo tempo, ser um símbolo religioso é um exemplo de que os elementos simbólicos também podem se relacionar com a vida concreta, ou seja, com as práticas do dia a dia das pessoas.
LEGENDA: Estátua egípcia representando uma gata amamentando os filhotes. Peça de bronze de cerca de 2500 anos atrás. FIM DA LEGENDA.
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- Explique o que é cultura material. Dê exemplos.
- Observe abaixo a figura de Quetzalcóatl, uma das principais divindades das culturas da Mesoamérica. Depois, responda à questão.
LEGENDA: Relevo em pedra representando Quetzalcóatl. Trata-se da “serpente emplumada”, figura que une elementos do céu e da terra. Há registros do culto a essa divindade de aproximadamente 2500 anos atrás. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
- Que elementos simbólicos estão representados na figura da divindade?
- Reúna-se em grupo com os colegas para realizar a atividade a seguir.
- Selecionem três objetos que vocês usam no dia a dia.
- Observem esses objetos com cuidado, como se fossem arqueólogos do futuro que os tivessem encontrado. Na observação, levem em consideração as seguintes questões: Quais seriam as funções desses objetos? Como eles eram usados? O que eles podem indicar a respeito do cotidiano dos povos que os produziram?
- Depois, elaborem no caderno um pequeno relatório indicando o que os pesquisadores do futuro poderiam descobrir sobre a sociedade que produziu esses objetos.
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Cotidiano e cultura: objetos da cultura material
As ações necessárias à vida cotidiana geram métodos próprios e técnicas, que são criadas para lidar com os desafios enfrentados pelas pessoas ao longo do tempo. Assim, as formas das construções arquitetônicas ou dos utensílios empregados em usos diversos, como cultivar alimentos, cozinhar ou se locomover, contêm as marcas de necessidades comuns e dos hábitos mais corriqueiros das populações.
Essas marcas das necessidades comuns que geram avanços são vistas, por exemplo, na cultura do povo fenício, que atingiu um grau muito alto de aprimoramento técnico na Antiguidade.
A Fenícia se situava em uma estreita faixa litorânea próxima ao mar Mediterrâneo, onde hoje se localizam o Líbano e parte da Síria. Os fenícios dedicavam-se ao comércio, especialmente ao marítimo.
LEGENDA: Árvore do cedro em área montanhosa do atual Líbano, próxima do território litorâneo ocupado pelos fenícios na Antiguidade. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
Na região em que estavam instalados, próxima ao mar, dedicar-se à navegação era fundamental, e os fenícios souberam aproveitar os recursos naturais das áreas montanhosas vizinhas a fim de obter madeira para a construção de embarcações.
A galé, embarcação que os fenícios utilizavam em suas viagens marítimas, era construída com uma madeira leve e resistente extraída do cedro, árvore abundante nas florestas próximas à Fenícia. A galé era impulsionada por velas e remos que os fenícios desenvolveram para aumentar a velocidade de navegação e, em caso de falta de vento, evitar que o barco permanecesse parado.
É possível considerar, assim, que as galés são parte da cultura material dos fenícios: representam uma tecnologia particular desenvolvida por eles e que sustentou seu desenvolvimento econômico.
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LEGENDA: Réplica de galé, embarcação utilizada pelos fenícios há cerca de 2700 anos. Modelo confeccionado em 1964. FIM DA LEGENDA.
- Dê um exemplo de objeto que pode ser considerado um legado cultural de um povo da Antiguidade.
- Indique alguns objetos de seu cotidiano que podem ser considerados exemplos de legados culturais. Justifique no caderno sua resposta.
- Observe as imagens, leia as legendas e responda no caderno às questões.
LEGENDA: Utensílios de cozinha feitos de ossos, de cerca de 8 mil anos atrás, encontrados em Çatal Hüyük, sítio arqueológico na atual Turquia. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Miniatura de casa feita de argila, de cerca de 3 mil anos atrás, construída na Mesopotâmia, na região da atual Síria. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Recipiente feito de cerâmica, de cerca de 2800 anos atrás, encontrado na Mesopotâmia, na região do atual Irã. FIM DA LEGENDA.
- De que são feitos os objetos retratados nas fotografias?
- Esses objetos são semelhantes aos que usamos no cotidiano hoje? Por quê?
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Registros da memória: a escrita
A escrita representa o resultado de um processo de desenvolvimento da comunicação e, entre os povos antigos, tinha uma importante função na vida religiosa e econômica, pois possibilitava o registro, por exemplo, dos rituais e da coleta de impostos.
As primeiras formas de escrita conhecidas foram criadas há cerca de 5500 anos. Alguns estudiosos consideravam esse fato muito relevante para a transformação das sociedades e para o conhecimento da história humana. Por isso, definiram o surgimento da escrita como o marco que separaria dois períodos distintos: a Pré-História e a História. Eles acreditavam que os registros escritos eram essenciais para conhecer a vida dos povos do passado. Hoje sabemos que eles são muito importantes, mas que não são o único recurso.
Diferentes tipos de escrita
Muitos povos antigos desenvolveram maneiras distintas de escrever. Os sumérios, na Mesopotâmia, foram os inventores da escrita cuneiforme, feita sobre argila com um objeto pontiagudo chamado cunha (de onde vem a palavra cuneiforme , que significa “em forma de cunha”).
Os egípcios inventaram a escrita hieroglífica ( hiero = sagrado e glifo = símbolo), uma escrita sagrada utilizada por escribas e sacerdotes, muito empregada em templos e túmulos.
O povo maia, que viveu na Mesoamérica entre os anos 250 e os anos 1000, também criou uma escrita por glifos, símbolos que representavam palavras, por isso sua escrita se chama pictoglífica ( picto = figura e glifo = símbolo).
LEGENDA: Detalhe de um conjunto de placas com inscrições maias de cerca de 3500 anos atrás. FIM DA LEGENDA.
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Diferentemente dos sumérios, dos egípcios e dos maias, os fenícios utilizavam um alfabeto composto de 22 letras, sem vogais, que podiam se unir para formar palavras. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto grego, que, por sua vez, deu origem ao alfabeto que utilizamos na língua portuguesa.
LEGENDA: Detalhe de inscrição em túmulo fenício datada de cerca de 3 mil anos atrás. FIM DA LEGENDA.
- Identifique no caderno o tipo de escrita desenvolvido pelos povos:
- sumérios.
- fenícios.
- Observe as imagens e responda no caderno à questão a seguir.
LEGENDA: Réplica de inscrição hieroglífica do Templo de Deir al-Bahari, na região de Luxor, no Egito, de cerca de 1458 a.C. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Peça com escrita pictoglífica maia, de cerca de 1200. FIM DA LEGENDA.
- Por que a escrita pode ser considerada importante para a cultura material de um povo? Explique.
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Capítulo 2. As primeiras cidades e civilizações
Os primeiros núcleos populacionais surgiram no Período Neolítico, quando alguns grupos humanos se tornaram sedentários e passaram a desenvolver a agricultura e a domesticar animais. A fixação desses grupos gerou grandes mudanças na forma de organização social.
Os espaços de moradia passaram a ser construídos próximo aos campos de cultivo. Além de proteger contra o frio e outros perigos, as construções serviam para armazenar alimentos para os períodos de escassez. Esse processo deu origem às primeiras aldeias. Elas eram autossuficientes, pois, além de cultivar o alimento que consumiam, as pessoas produziam as próprias vestimentas, ferramentas e outros utensílios.
Há cerca de 9 mil anos, na região de Anatólia, que corresponde ao atual território da Turquia, existiam núcleos habitados por milhares de pessoas, como Çatal Hüyük e Asikli Hüyük. Os moradores desses núcleos conciliavam as atividades de cultivo com a caça e a coleta de frutos e vegetais. O trabalho era feito em grupo, pois era preciso produzir e armazenar alimentos para todos. Apesar de partilharem alguns costumes, esses assentamentos tinham culturas diferentes.
LEGENDA: Escavações em Çatal Hüyük, assentamento do Período Neolítico de mais de 8 mil anos atrás. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Arqueólogos trabalham no sítio de Asikli Hüyük, na Turquia central. Os vestígios coletados indicam ter havido na área um grande assentamento de pastores-agricultores há cerca de 10 mil anos. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
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- O que favoreceu o surgimento das primeiras aldeias?
- Quais eram as funções das construções das primeiras aldeias?
- Quais eram as principais atividades realizadas nas primeiras aldeias?
- Junte-se a um colega e explorem detalhadamente a imagem abaixo. Depois, façam o que se pede.
LEGENDA: Concepção artística da aldeia de Çatal Hüyük baseada nos vestígios encontrados no sítio arqueológico. FIM DA LEGENDA.
- De acordo com a ilustração, o que é possível dizer acerca da organização da aldeia representada e do modo de vida de seus moradores? Observem:
- a disposição das moradias;
- o sistema de circulação dos moradores;
- os elementos naturais no entorno da aldeia;
- as atividades econômicas representadas.
- Registrem suas observações por escrito.
- Compartilhem com os colegas e o professor o registro que fizeram.
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A formação das cidades
Nas áreas correspondentes à Mesopotâmia e ao Egito, as condições geográficas favoreceram a agricultura e o desenvolvimento tecnológico. Por causa das cheias dos rios, as terras das margens eram férteis, e em seu entorno formaram-se as primeiras aldeias.
O desenvolvimento de técnicas para o controle e o aproveitamento das águas dos rios, como a construção de diques e canais para a irrigação, e o aperfeiçoamento de ferramentas fizeram com que a oferta de alimentos crescesse. Com isso, a população aumentou e nem todos os indivíduos precisavam trabalhar no campo. Muitas pessoas puderam então se dedicar a outras atividades, como a produção artesanal.
A especialização do trabalho e o aumento da oferta de alimentos geraram mais variedade de produtos que poderiam ser comercializados. Essa transição levou à criação de espaços destinados à produção artesanal e ao comércio separados do trabalho no campo.
Casas e oficinas começaram a ocupar espaços em torno de pequenas praças, onde ocorriam feiras, dando origem às cidades. Muitas delas eram protegidas por muros de tijolos que delimitavam sua área.
LEGENDA: Há 2600 anos, a cidade de Babilônia (localizada no atual Iraque) era protegida por grandes muralhas. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
Núcleos urbanos por todo o mundo
A formação de cidades no final do Período Neolítico ocorreu em diferentes locais do planeta. Na Mesopotâmia, por exemplo, há cerca de 6 mil anos, existiram grandes cidades, como Ur, Uruk e Eridu. Essas cidades foram fundadas pelo povo sumério e tinham características arquitetônicas comuns. Uruk foi a maior cidade do período. Ela era dividida em bairros religiosos, administrativos, residenciais e comerciais e tinha exército e um sistema de administração pública.
Na África, no vale do rio Nilo, também se constituíram diversas cidades caracterizadas pela especialização do trabalho e dos espaços urbanos, como Gizé, Mênfis e Tebas.
LEGENDA: Ruínas do templo de Karnak na antiga cidade de Tebas, que foi capital do Egito antigo entre 3550 e 3070 anos atrás. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
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Localize no mapa a seguir alguns dos mais antigos assentamentos e cidades do mundo.
FONTE: A aurora da humanidade. Rio de Janeiro: Time-Life: Abril Livros, 1993.
- Como ocorreu a formação das primeiras cidades?
- Qual é a relação entre o aumento da oferta de alimentos, o crescimento da população e a especialização do trabalho?
- Observe as imagens abaixo e responda à questão.
LEGENDA: Ruínas do sítio arqueológico de Teotihuacán, no México. Esse era o centro cerimonial da cidade asteca que foi construída há cerca de 2100 anos. Na imagem se vê, ao fundo, a Pirâmide da Lua. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ruínas do Templo Branco no sítio arqueológico de Uruk, no Iraque. Essa foi a maior cidade suméria há 5 mil anos, servindo de modelo para outras cidades da Mesopôtamia. Fotografia de 2010. FIM DA LEGENDA.
- Que semelhanças você observa entre as duas imagens? E diferenças?
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Para ler e escrever melhor
Os textos a seguir permitem comparar características de antigas cidades criadas por diferentes povos em momentos históricos distintos. A leitura ajudará a compreender as transformações que ocorreram na organização do espaço urbano.
Cidades antigas
Texto 1: Çatal Hüyük
Os estudos arqueológicos realizados em Çatal Hüyük, na atual Turquia, indicam que essa ocupação humana durou cerca de 1400 anos. A população da cidade era composta de cerca de 8 mil habitantes que praticavam a agricultura e a criação de animais, além de atividades artesanais e comerciais.
Praticamente não havia ruas na cidade. As casas eram semelhantes, construídas de tijolos de barro, muito próximas umas das outras. O acesso a elas era feito pelo teto, com o auxílio de escadas. A cobertura das casas constituía a área pública da cidade, onde circulavam pessoas e mercadorias.
Existiam santuários, mas não foram encontrados palácios nem edifícios públicos, o que indica que não havia uma hierarquia social.
LEGENDA: Representação do antigo assentamento de Çatal Hüyük. FIM DA LEGENDA.
Texto 2: Centros urbanos do Egito
Muitas cidades do Egito antigo se estabeleceram no vale do rio Nilo. Havia uma hierarquia econômica e social muito rígida que determinava o tipo de moradia: os trabalhadores construíam suas casas com materiais frágeis, como tijolos de barro e fibras vegetais, e elas se localizavam em vilas com ruas estreitas e muito próximas umas das outras; o faraó , os funcionários reais e os ricos viviam em lugares mais altos e em moradias de pedra perto dos centros de comércio e dos edifícios públicos. Existiam também templos, mastabas e palácios.
O espaço rural não estava separado do urbano porque os campos de cultivo e as moradias ficavam próximos às margens do rio Nilo. Boa parte da população trabalhava no campo, de onde vinham os alimentos e a matéria-prima necessários para a sobrevivência e a confecção de objetos.
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LEGENDA: Ruínas de Deir el-Medina, antiga aldeia de artesãos na região de Luxor, Egito. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Templo de Luxor, no Egito, construído entre 3390 e 3350 anos atrás. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
Analise
- Quais são as diferenças entre as cidades apresentadas nos textos?
- E quais são as semelhanças entre elas?
Organize
- Monte no
caderno
um quadro como o do
modelo
a seguir e complete-o com as características dos dois tipos de cidade abordados nos textos. Entre os elementos que você
deve
considerar estão: moradias, ruas, edifícios públicos, divisões sociais, acesso a alimentos, proximidade em relação ao campo, especialização dos espaços.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Çatal Hüyük
Cidades do Egito
_____
_____
_____
_____
Escreva
- Elabore um texto descrevendo a organização da cidade em que você vive. Se você não mora em um núcleo urbano, descreva a sede do município onde você vive. Você pode comparar o modo de organização de casas, prédios e espaços públicos desse local com o das cidades descritas nos textos.
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Expansão das cidades e organização social
Como vimos, diversas cidades surgiram na Mesopotâmia e na África há cerca de 6 mil anos. No decorrer do tempo, algumas delas expandiram seus domínios, conquistaram outros povos e se transformaram em grandes impérios, como o Babilônico e o Egípcio.
Na Mesopotâmia, inicialmente, cada cidade era gerida por um sacerdote, que governava o próprio templo. À medida que as tarefas administrativas ficaram mais complexas, os palácios passaram a ser o centro administrativo do governo, exercido por um rei.
A expansão territorial e o aumento populacional exigiram mudanças na administração do território e da vida em sociedade. Com uma oferta maior de produtos, o comércio entre os povos cresceu. Por isso, foram criados órgãos administrativos e jurídicos. Essa organização gerou novas profissões, pois era necessário defender o território, registrar o número de habitantes, calcular e cobrar impostos, construir prédios públicos, casas e diques, cultivar a terra, comercializar, aplicar as leis etc.
Havia diversos profissionais essenciais à vida em sociedade: agricultores, artesãos, tesoureiros, tecelões, pintores, pedreiros, criadores de animais, soldados, músicos e muitos outros.
LEGENDA: Espelho de cerca de 3 mil anos encontrado em Lahun, cidade planejada em que residiam sacerdotes e artesãos, na região de Faium, Egito. FIM DA LEGENDA.
A importância da escrita
As mudanças na organização social e política das cidades tornaram o registro das informações cada vez mais necessário: a arrecadação de impostos gerava muitos dados, pois era preciso controlar quem havia feito o pagamento, quem estava dispensado dessa obrigação e quem estava em dívida.
Para facilitar esse trabalho, os sumérios inventaram a escrita, que foi usada também para emitir decretos, definir fronteiras de territórios e fazer registros religiosos.
No Egito, o domínio da escrita era muito valorizado e restrito a poucas pessoas: os escribas. A importância desses funcionários pode ser dimensionada por meio da leitura da primeira imagem da página seguinte, representativa do trabalho em um celeiro. Nela, é possível identificar carregadores de sacos de grãos e, em um compartimento reservado, um grupo de pessoas cuidando das medições e quatro escribas fazendo o registro da contabilidade em rolos de papiro e tábuas de madeira.
LEGENDA: Placa de argila com inscrições mesopotâmicas de cerca de 5 mil anos atrás. FIM DA LEGENDA.
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LEGENDA: Modelo de celeiro de cerca de 4050 anos descoberto no túmulo de um alto funcionário da realeza egípcia. FIM DA LEGENDA.
- O crescimento das primeiras cidades provocou várias transformações. Quais foram elas?
- Observe as imagens abaixo e explique a importância das profissões retratadas para a vida nas cidades.
LEGENDA: Relevo de 4400 anos representando escribas. Sítio arqueológico de Sacara, próximo à antiga cidade de Mênfis, no Egito. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Colheita do trigo em pintura de cerca de 3400 anos. Região da antiga cidade de Tebas, no Egito. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Relevo de cerca de 3500 anos representando soldados egípcios. Região da antiga cidade de Tebas, no Egito. FIM DA LEGENDA.
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Política e religião
Algumas cidades antigas, mesmo quando situadas em áreas próximas, tinham formas de organização política, econômica e social muito diferentes.
As antigas cidades sumérias da Mesopotâmia, por exemplo, eram independentes, isto é, cada uma tinha o próprio sistema administrativo e jurídico. O controle político e religioso ficava nas mãos de um pequeno grupo social, enquanto a maior parte da população trabalhava nos campos e não participava das decisões políticas. Os sumérios eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses.
No Egito antigo, por sua vez, as cidades eram administradas por chefes locais pertencentes à elite. Mas não eram independentes e faziam parte de um grande império governado pelo faraó, que representava, ao mesmo tempo, o poder político e o religioso. As principais atividades econômicas eram a agricultura e a criação de animais. Camponeses, artesãos e pessoas escravizadas realizavam a maior parte do trabalho no campo e nas cidades.
Os egípcios, como os sumérios, eram politeístas, e sua sociedade também possuía uma hierarquia social rígida e desigual.
Tanto os egípcios como os sumérios exerceram grande influência cultural nas cidades com as quais realizavam trocas comerciais. Por meio desse contato, algumas cidades assimilaram costumes e aspectos da cultura egípcia e da cultura sumeriana, como a escrita e as artes.
LEGENDA: Detalhe de pintura mural na região de Luxor, no Egito. Na representação, datada de cerca de 3200 anos, homens e mulheres dividem diferentes tarefas no campo. FIM DA LEGENDA.
- Que características as sociedades suméria e egípcia tinham em comum? E em que se diferenciavam?
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- Observe a imagem a seguir, leia o texto e responda à questão.
LEGENDA: Zigurate da antiga cidade sumeriana de Ur, no atual Iraque. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
Os zigurates eram grandes templos em formato de pirâmide, com escadas que levavam ao topo. Eles eram construídos por súditos ou escravizados. Esse estilo arquitetônico foi encontrado em diferentes cidades dos antigos povos da Mesopotâmia.
- Como era a organização dos poderes político e religioso entre os sumérios? É possível relacionar a construção dos zigurates a esse contexto?
- Registre no
caderno
as letras correspondentes às afirmações corretas.
- As cidades egípcias se desenvolveram no entorno do rio Nilo.
- As cidades sumérias eram independentes, com sistemas administrativos próprios.
- O faraó representava apenas o poder político.
- No Egito, a maior parte do trabalho era realizada nas cidades.
- Com as trocas comerciais, muitas cidades foram influenciadas pelas culturas egípcia e suméria.
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Fontes históricas para conhecer as cidades antigas
A escrita desempenhou um papel fundamental na organização das sociedades antigas, pois, como vimos, possibilitou estabelecer leis, contratos comerciais e registros fiscais. Além disso, conhecimentos e técnicas foram transmitidos por meio da escrita. Assim, os documentos escritos são importantes fontes para o estudo das primeiras cidades.
Escrita e costumes: Mesopotâmia
Na Mesopotâmia, viveram vários povos, como os sumérios, os acádios, os assírios e os babilônios. Esses povos partilhavam alguns elementos culturais, mas tinham línguas e costumes diferentes.
Há cerca de 3800 anos, o rei babilônico Hamurábi conquistou vários territórios da Mesopotâmia. Com o intuito de unificar os costumes, ele organizou o Código de Hamurábi, um conjunto de leis que estabeleciam regras para a vida em família, as relações de trabalho e as trocas comerciais, entre outros. Esse documento é uma fonte importante para o estudo dessas sociedades antigas.
LEGENDA: Coluna de pedra com o registro do Código de Hamurábi. Na parte superior, Hamurábi foi representado recebendo o poder de Shamash, o deus Sol, divindade da justiça. FIM DA LEGENDA.
Escrita no Egito antigo
Os documentos deixados pelos escribas do Egito antigo também permitem investigar como era a administração pública e a vida daquela sociedade.
A primeira forma de escrita egípcia foi a hieroglífica, composta de símbolos que representavam ideias e valores. Apenas os faraós, os funcionários da realeza, os sacerdotes e os escribas sabiam escrever, sendo os escribas os encarregados dos registros oficiais.
Muitos documentos egípcios eram escritos em papiro, um tipo de folha feita de uma planta que era comum naquela região da África.
LEGENDA: Material de trabalho dos escribas, de cerca de 3300 anos, encontrado na região de Tebas, no Egito. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: O escriba sentado, peça egípcia de 53,7 cm de altura, de cerca de 4600 anos. FIM DA LEGENDA.
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- De que modo as fontes escritas podem auxiliar no estudo das sociedades antigas?
- Observe as imagens e identifique no caderno o tipo de fonte histórica que cada uma representa, de acordo com a legenda abaixo.
V – Fonte material visual
VE – Fonte material visual e escrita
LEGENDA: Estátua do faraó Ramsés II, que reinou no Egito há mais de 3 mil anos. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Afresco de cerca de 3 mil anos representando músicos egípcios. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Página do Livro dos mortos, produzido por escribas no Egito há cerca de 2250 anos. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Coluna de pedra de cerca de 2900 anos com a representação de Marduk, divindade protetora da civilização babilônica. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Pintura de mais de 3 mil anos representando a colheita de papiro no Egito. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Estatueta de Gudea, governante de Lagash, na Suméria, produzida há cerca de 4200 anos. FIM DA LEGENDA.
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Cidades e impérios da Mesopotâmia
A região da Mesopotâmia era muito fértil, e a proximidade com os rios favorecia o comércio fluvial. Como vimos, há milhares de anos, numerosos povos conviveram e disputaram espaço e poder nessa região. Eles também partilharam muitos costumes e hábitos.
Entre os primeiros povos que habitaram a região da Mesopotâmia estão os sumérios. Eles eram agricultores e organizaram-se em cidades autônomas, como Ur. A escrita cuneiforme e o sistema numérico criado pelos sumérios influenciaram vários outros povos que viveram na região.
LEGENDA: Parte do Estandarte de Ur, artefato sumério de cerca de 4500 anos, encontrado no Iraque. FIM DA LEGENDA.
Há cerca de 4200 anos, os acádios dominaram os sumérios e outros povos da região e formaram um império. As cidades deixaram de ser independentes e foram unificadas sob o comando de um rei.
LEGENDA: Comunicado real em escrita cuneiforme, peça suméria de cerca de 3500 anos encontrada na Síria. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Cabeça de bronze encontrada no Templo de Ishtar, no Iraque, datada do período inicial do Império Acádio. FIM DA LEGENDA.
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O Império Babilônico
Depois do domínio dos acádios, a Mesopotâmia foi invadida e dominada por outros povos, como os amoritas, os caldeus, os elamitas, os assírios e os medos. Há aproximadamente 3800 anos, a região foi conquistada pelos babilônios, que construíram um grandioso império, composto de várias cidades. Eles desenvolveram um sistema de calendário que indicava as melhores fases para a agricultura com base em um sistema astronômico.
Por volta de 2500 anos atrás, os persas, que tinham grandes redes comerciais e contato com diversos povos, dominaram a região.
LEGENDA: Representação de animal talhada há cerca de 2600 anos na parede da Porta de Ishtar, no Iraque. Fotografia de 2018. Essa figura pode ser observada em diversas construções babilônicas. FIM DA LEGENDA.
Intercâmbios culturais
A delimitação territorial e a distância entre as vilas e as cidades fizeram com que cada povo desenvolvesse modos diferentes de produzir, de administrar a vida pública e de se expressar. Mesmo estando próximos, os povos da Mesopotâmia e do Egito, por exemplo, não falavam a mesma língua e não tinham o mesmo sistema de escrita ou de crenças religiosas.
Entre os povos da Mesopotâmia havia também sistemas linguísticos diferentes. Muitas das línguas faladas, porém, tinham uma matriz comum que se transformou ao longo do tempo, de acordo com as particularidades de cada região.
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Uma cultura em comum
Na Mesopotâmia, existiram dois grandes grupos linguísticos, ou seja, grupos de línguas ligadas a uma língua em comum: o sumério e o acádio. O acádio foi adotado pelos assírios e pelos babilônios, mas sofreu transformações regionais.
O conjunto de variações linguísticas ligadas a regiões específicas é chamado dialeto. Com o passar do tempo, os dialetos podem constituir outras línguas. Foi o que aconteceu com os dialetos da Mesopotâmia.
O hebraico, o aramaico e o árabe são línguas derivadas do acádio e conhecidas como línguas semitas. Assim, os povos semitas são aqueles que têm em comum a mesma raiz linguística, originada na região mesopotâmica.
- Por que a região da Mesopotâmia era disputada por vários povos?
- Quais foram as principais transformações políticas que ocorreram na região da Mesopotâmia com o domínio dos acádios?
- Por que as línguas sofrem transformações?
- Quais são os povos semitas? Por que eles são chamados dessa maneira?
- Junte-se a alguns colegas para fazer uma pesquisa sobre os povos da atualidade cuja língua é de origem semita.
Sigam estes passos:
- Identifiquem esses povos e levantem informações sobre eles em livros e sites. Procurem saber se eles partilham algumas tradições e costumes, como:
- hábitos alimentares;
- datas festivas;
- rituais e celebrações;
- modos de se vestir.
- Selecionem algumas fotografias retratando esses costumes.
- Montem um cartaz com imagens e textos que sintetizem as descobertas que vocês fizeram.
- Apresentem o cartaz para os colegas e o professor, compartilhando com eles o resultado da pesquisa.
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Egito: o poder centralizado
Em muitas sociedades antigas, a desigualdade era o fundamento da organização social. Na passagem da vida comunitária nas aldeias para a organização dos núcleos urbanos, alguns grupos assumiram o controle do poder e das terras, excluindo a maioria da população das decisões políticas.
O Egito antigo é representativo desse tipo de organização social, caracterizado pela centralização política e pelas desigualdades. Todo o poder estava nas mãos do faraó, considerado um intermediário entre os deuses e o povo. Esse poder era hereditário, isto é, transmitido somente aos membros da mesma família.
Os funcionários reais, como sacerdotes, escribas e chefes militares, tinham posições privilegiadas. Já a maioria da população – artesãos, camponeses e escravizados, que realizavam a maior parte dos trabalhos – era excluída das decisões, pagava altos impostos e, muitas vezes, era forçada a trabalhar nas obras públicas sem receber pagamento.
Essas diferenças sociais se refletiam na organização das cidades: os reis e a nobreza viviam em palácios luxuosos, enquanto artesãos, camponeses e escravizados viviam em casas simples, feitas de barro e cobertas com folhas.
LEGENDA: Modelos de casas do Egito antigo datadas de cerca de 4 mil anos atrás. A desigualdade era visível na paisagem das cidades: a localização, o tamanho e os materiais das moradias variavam conforme a posição dos indivíduos na hierarquia social. FIM DA LEGENDA.
- Nas cidades antigas, todos tinham acesso às mesmas condições de vida? Justifique sua resposta.
- Como eram as condições de vida da maior parte da população no Egito antigo?
- Como era atribuído o poder ao faraó?
- Junte-se a um
colega
e respondam às seguintes questões:
- A desigualdade social se refletia na organização das cidades antigas e nas moradias. Isso ainda ocorre atualmente?
- Os bairros da cidade onde vocês vivem são divididos de acordo com o poder econômico dos moradores? É possível notar diferenças nos tipos de moradia?
- Que medidas poderiam ser tomadas para reduzir as desigualdades na cidade onde vocês vivem? Registrem no caderno as proposições que vocês elaborarem.
- Apresentem para os colegas e o professor as proposições que vocês elaboraram para reduzir as desigualdades nas cidades.
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Painel multicultural
Arte em pedra e barro
Esculturas talhadas em pedra ou moldadas em barro atravessaram milênios e chegaram aos nossos dias trazendo informações sobre antigas civilizações que floresceram em diferentes locais e épocas. Vamos conhecer algumas delas.
No vale do rio Indo, na Ásia, desenvolveu-se entre cerca de 4500 e 3700 anos atrás uma grande civilização formada por numerosos povoados e duas grandes cidades, Harapa e Mohenjo Daro. Os habitantes dessas cidades praticavam a agricultura, o artesanato e o comércio. Entre os vestígios que deixaram, estão esculturas de terracota e de pedra, como o torso talhado em calcário de uma figura que se supõe ter sido um rei-sacerdote.
LEGENDA: Torso do rei-sacerdote de Mohenjo Daro, confeccionado entre 4300 e 3750 anos atrás. FIM DA LEGENDA.
Entre as antigas culturas do continente africano, destaca-se a chamada cultura Nok, que floresceu na região da atual Nigéria entre 2500 e 1800 anos atrás. Essa cultura alcançou grande prosperidade por dominar a tecnologia da fundição de ferro. Alguns dos artefatos produzidos por essa cultura foram descobertos no século XX, em razão das escavações feitas por empresas de mineração na área dos antigos assentamentos. Entre eles, havia numerosas esculturas de terracota representando figuras humanas.
LEGENDA: Estatueta de terracota da cultura Nok, feita há aproximadamente 2500 anos. FIM DA LEGENDA.
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Ainda no Período Neolítico, estabeleceu-se no continente europeu um conjunto de assentamentos agrícolas, compreendendo muitas centenas de moradias, no qual se desenvolveu a chamada cultura Cucuteni. Tratava-se de uma cultura essencialmente agrícola que produziu artefatos de cerâmica muito peculiares, decorados com incisões e pinturas. O predomínio de figuras femininas entre as esculturas leva alguns estudiosos a supor que esses assentamentos tivessem uma organização social do tipo matriarcal.
LEGENDA: Conhecida como Vênus Cucuteni, essa estatueta foi encontrada no sítio arqueológico que se estende em áreas dos territórios atuais da Ucrânia e da Romênia.A peça foi confeccionada entre 7500 e 5700 anos atrás. FIM DA LEGENDA.
A civilização olmeca desenvolveu-se na Mesoamérica entre 3500 e 2400 anos atrás e teve influência marcante sobre os povos que posteriormente ocuparam a região, como os maias e os astecas. Entre os principais legados artísticos dessa civilização estão pequenas obras de jade e as monumentais cabeças esculpidas em pedra que foram desenterradas nos sítios arqueológicos de San Lorenzo e La Venta, duas de suas principais cidades.
LEGENDA: Escultura olmeca de pedra, em forma de cabeça humana, exposta no Museu Nacional de Antropologia da cidade do México, capital do México. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
- Entre as esculturas apresentadas, qual chamou mais sua atenção? Por quê?
- Na sua opinião, qual é a importância de preservar objetos como esses?
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O que você aprendeu
- Responda no caderno às questões abaixo sobre o processo de sedentarização dos grupos humanos.
- Quais são as diferenças entre o modo de vida nômade e o sedentário da Antiguidade?
- Que fatores naturais contribuíam para o processo de sedentarização dos grupos humanos?
- Quais foram as principais atividades estabelecidas pelas primeiras populações sedentárias? Como as tarefas eram divididas?
- Qual é a importância do processo de sedentarização para o desenvolvimento da humanidade?
- Observe as imagens. Depois, copie no caderno as informações a seguir, completando as lacunas com os termos corretos.
LEGENDA: Parte de vila de cerca de 5 mil anos, descoberta no sítio arqueológico de Skara Brae, na Escócia. Fotografia de 2014. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Pintura rupestre de bovinos do Período Neolítico, na região de Tadrat Acacus, na Líbia. Fotografia de 1985. FIM DA LEGENDA.
- Durante o _____, a construção de _____ e assentamentos favoreceu a _____ contra perigos e o armazenamento de _____.
- A _____ das espécies animais estimulou o desenvolvimento da agricultura e do _____, que favoreceram a produção de _____ e outros itens, como couros e tecidos.
- Que fatores influenciaram a formação das primeiras cidades? Justifique sua
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Avaliação formativa
- As imagens abaixo retratam o núcleo populacional de Çatal Hüyük, que fica na atual Turquia. Com base nas imagens e no que você aprendeu, responda no caderno às questões a seguir.
LEGENDA: Ruínas da cidade de Çatal Hüyük, Turquia, 2009. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ilustração da cidade de Çatal Hüyük, onde a entrada das casas ficava no teto. Região de Anatólia, Turquia. FIM DA LEGENDA.
- Como era a arquitetura desse núcleo de população?
- Compare a arquitetura desse local com a da cidade em que você vive. Quais são as permanências e as mudanças em relação ao espaço físico das cidades e à construção das casas?
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- Observe a fotografia abaixo e responda às questões no caderno.
LEGENDA: Escrita cuneiforme realizada em parede. FIM DA LEGENDA.
- Que povo inventou a escrita cuneiforme? Como ela é feita?
- Qual é a importância da difusão da escrita cuneiforme para a história?
- Copie no caderno as afirmações que estão incorretas, corrigindo-as.
- Nas cidades da Mesopotâmia, o centro administrativo do governo era exercido pelo povo.
- A expansão territorial e o aumento populacional nas cidades da Mesopotâmia estimulavam a maior oferta de produtos e o desenvolvimento do comércio entre os povos.
- A cidade de Uruk, localizada na Mesopotâmia, era dividida em bairros religiosos, administrativos, residenciais e comerciais, cuja segurança era realizada pelo exército.
- A agricultura e o desenvolvimento de técnicas para o controle e o aproveitamento das águas dos rios não são características dos povos que habitavam as cidades da Mesopotâmia.
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- Sobre a organização social e política da sociedade egípcia na Antiguidade, responda no caderno às questões a seguir.
- Por que podemos dizer que a sociedade egípcia antiga era desigual?
- Indique algumas características da organização política nas cidades egípcias da Antiguidade.
- Como era a divisão das tarefas de trabalho nas cidades egípcias da Antiguidade?
- Por que é possível afirmar que uma parcela da sociedade egípcia antiga não possuía cidadania?
- Leia o texto abaixo.
Por que os gatos eram sagrados para os egípcios?
[...] eles ajudaram os antigos egípcios a combater um de seus piores inimigos – os ratos que infestavam a região, destruindo as colheitas de grãos e cereais, além de espalharem doenças. Quando notaram que os gatos eram a solução para controlar a população de roedores, os egípcios começaram a tratar os bichanos como membros da família e passaram a encará-los como verdadeiras divindades. [...] Uma das deusas egípcias representadas com cabeça de gato era Bastet (também conhecida como Bast e Ubasti).
FONTE: Por que os gatos eram sagrados para os egípcios? Superinteressante, 4 jul. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/eax. Acesso em: 17 maio 2021.
LEGENDA: Estátua da deusa egípcia Bastet. FIM DA LEGENDA.
- No caderno, explique o que é cultura material, indicando o exemplo dado no enunciado.
- Com base no texto, explique qual era o papel da religião para os povos egípcios.