MP085
Sugestão de questões de autoavaliação
Como parte do processo de avaliação dos estudantes e das próprias estratégias de ensino-aprendizagem, sugerimos a realização de mais um momento de autoavaliação.
A oitiva dos estudantes em conversas não formalizadas e outras possibilidades de consulta são muito bem-vindas por ajudar o professor a compreender o olhar da turma sobre a rotina escolar, percebendo eventuais angústias e as expectativas, além de reforçar o vínculo de confiança entre professor e estudantes.
A aplicação de questionários para prospectar a apropriação dos conteúdos trabalhados e a relação dos estudantes com o conhecimento e com as práticas de estudo também pode contribuir para a realização da autoavaliação. Para isso, sugerimos algumas questões:
- Consegui compreender tudo o que foi ensinado?
- Resolvi todas as atividades encaminhadas para casa?
- Solucionei todas as questões da avaliação processual sem dificuldades?
- Adquiri conhecimentos que considero importantes?
- Gostei de estudar e quero continuar aprendendo sobre os temas do bimestre?
MP086
Unidade 2. Cultura e patrimônio
LEGENDA: Acrópole de Atenas, na Grécia, construída há mais de 2400 anos. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Anfiteatro de Taormina, na Sicília, Itália, construído há mais de 2000 anos por colonos de origem grega. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Anfiteatro de Epidauro, em Epidauro, na Grécia, construído há 2400 anos. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução
Esta unidade procura identificar e contextualizar a religiosidade entre as civilizações antigas e sua importância social e política, além de discutir os principais aspectos do cotidiano dos povos antigos, destacando a organização urbana, as atividades econômicas, culturais e cotidianas, e aprofundar discussões sobre os conceitos de patrimônio material e imaterial. A unidade aprofunda ainda discussões sobre os diferentes tipos de fonte histórica, assim como o trabalho de diversos profissionais no processo de pesquisa e escrita de estudos históricos.
Na abordagem desses temas, ressalta-se a importância do legado material e imaterial da cultura greco-romano na sociedade da qual o estudante faz parte.
Em consonância com a BNCC, nesta unidade são trabalhadas as Competências Gerais da Educação Básica 1 e 3; as Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental 3 e 6; as Competências Específicas de História 1 e 5; e as Competências Específicas de Geografia 1 e 2 .
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo da abertura da Unidade 2 podem ser trabalhadas na semana 11.
Fim do complemento.
Unidades temáticas da BNCC em foco na unidade
História
Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social; Registros da história: linguagens e culturas.
Geografia
O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas.
Objetos de conhecimento em foco na unidade
História
O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados; As formas de organização social e política: a noção de Estado; O papel das religiões e da cultura para a formação dos povos antigos; Cidadania, diversidade cultural e respeito às diferenças sociais, culturais e históricas; As tradições orais e a valorização da memória; O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias; Os patrimônios materiais e imateriais da humanidade.
MP087
LEGENDA: Anfiteatro do Parque da Devesa, na cidade de Vila Nova de Famalicão, em Portugal, inaugurado em 2012. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Anfiteatro de Ponta Negra, na cidade de Manaus, no estado do Amazonas, no Brasil, construído no final dos anos 1990. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
Boxe complementar:
Vamos conversar
- Observe a fotografia da acrópole de Atenas. Em sua opinião, é importante preservar essas construções? Por quê?
- Agora, observe os locais retratados nas outras imagens. O que eles têm em comum? Quais são as principais diferenças entre eles?
- Qual é a relação entre as imagens que você examinou e o título desta unidade?
Fim do complemento.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Geografia
Diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais; Território, redes e urbanização.
Habilidades da BNCC em foco na unidade
EF05HI01, EF05HI02, EF05HI03, EF05HI04, EF05HI05, EF05HI07, EF05HI10, EF05GE02, EF05GE03.
Objetivos pedagógicos da unidade
- Conhecer aspectos da formação das civilizações grega e romana.
- Reconhecer mecanismos de organização do poder político e compreender a ideia de Estado.
- Relacionar o exercício da cidadania com a noção de democracia.
- Reconhecer aspectos da cultura greco-romana na cultura ocidental atual.
- Reconhecer ações de cidadania no dia a dia.
- Distinguir os patrimônios material e imaterial no legado da Antiguidade clássica.
-
Conhecer alguns Patrimônios Culturais da Humanidade.
Orientações didáticas
Promova a leitura coletiva das imagens de abertura e pergunte aos estudantes se conhecem algumas das construções retratadas.
Chame a atenção dos estudantes para o local e a data indicados na legenda de cada fotografia. É importante que eles observem a diversidade temporal e espacial contemplada na composição das imagens.
Atividade 1. Espera-se que os estudantes percebam que as gerações têm o direito de conhecer o passado e preservar as construções antigas, pois é uma maneira de conhecer a cultura de povos antigos.
Atividade 2. As imagens retratam construções com aspectos semelhantes, mas produzidas em períodos e em locais diferentes.
Atividade 3. As construções retratadas são bens do patrimônio cultural de diferentes povos e épocas. Essa é a relação com o título da unidade.
O trabalho proposto na abertura desta unidade favorece o desenvolvimento das habilidades da BNCC EF05HI01 e EF05HI10 .
MP088
Investigar o assunto
Palavras de origens latina e grega
As línguas sofrem muitas transformações ao longo do tempo. A língua portuguesa, por exemplo, é resultado da transformação do latim vulgar e do galego. O latim vulgar era falado pelos romanos há milhares de anos na região da atual Itália, e o galego, na província da Galícia, região que atualmente faz parte da Espanha.
Muitas palavras que usamos no dia a dia são formadas por elementos de origem latina e grega, em razão do contato que os romanos tiveram com os gregos no passado.
Veja alguns exemplos nos quadros a seguir.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Elemento |
Significado |
---|---|
pre |
anterior |
tri |
três |
rino |
nariz |
biblio |
livro |
Quadro: equivalente textual a seguir.
Elemento |
Significado |
---|---|
geo |
terra |
zoo |
animal |
logia |
estudo |
bio |
vida |
Agora, você vai investigar outras palavras que utiliza no seu dia a dia que têm elementos de origens latina e grega.
Material
- Dicionário que apresente a etimologia das palavras.
- 1 folha de papel sulfite.
Como fazer
- Pense em algumas palavras que você acha que têm elementos de origem latina ou grega e anote-as na folha de papel sulfite. Você pode se basear nos exemplos apresentados acima e procurar outros.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo da seção Investigar o assunto podem ser trabalhadas na semana 11.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Relacionar a língua portuguesa a legados de antigas civilizações.
- Compreender que as línguas se formam a partir de transformações de outras línguas.
- Identificar palavras de origem latina e grega utilizadas no dia a dia.
-
Explorar a etimologia de algumas palavras por meio do uso de um
dicionário.
Orientações didáticas
Os elementos que formam as palavras e têm origem latina ou grega são denominados radicais, prefixos e sufixos, mas os estudantes terão contato com essa nomenclatura apenas nos anos finais do Ensino Fundamental. Por ora, eles precisam compreender apenas que elementos com origem em diferentes línguas compõem as palavras usadas na língua portuguesa.
Providencie com antecedência um dicionário que apresente a etimologia das palavras para que os estudantes possam realizar a atividade.
Auxilie-os a identificar palavras usadas no dia a dia que apresentem elementos de origem latina e grega. Os exemplos mencionados no texto formam algumas palavras, como: preconceito, trigêmeos, rinoceronte, biblioteca, geografia, zoológico e biólogo.
O conteúdo desta seção favorece o desenvolvimento da habilidade da BNCC EF05HI01 .
Origens da língua portuguesa
A língua portuguesa formou-se como língua específica, na Europa, pela diferenciação que o latim sofreu na Península Ibérica durante o processo de contatos entre povos e línguas que se deram a partir da chegada dos romanos no século II a.C. [...]. Na Península Ibérica o latim entrou em contato com línguas já ali existentes. Depois houve o contato do latim já transformado com as línguas germânicas, no período de presença desses povos na península (de 409 a 711 d.C.). Em seguida, com a invasão muçulmana (árabes e berberes), esse latim modificado e já em processo de divisão entra em contato com o árabe.
MP089
- Em seguida, escolha cinco palavras dentre as que você anotou e consulte o dicionário para verificar a origem e o significado de cada uma delas. Registre essas informações na folha de papel sulfite.
-
Monte no
caderno um quadro
com três colunas, como o do
modelo abaixo, e
cinco linhas. Na
coluna da esquerda,
registre as palavras que você pesquisou, numerando-as de 1 a 5.
Depois, complete o quadro com as informações que levantou.
Quadro: equivalente textual a seguir.
Palavra
Origem
Significado
_____
_____
_____
_____
_____
_____
4. Ao final, compartilhe o resultado da sua pesquisa com os colegas e o professor.
Para responder
- Você descobriu alguma palavra nova? Qual? O que ela significa?
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Compare seu quadro com o de um colega. Vocês pesquisaram alguma palavra igual? Qual? O que ela significa?
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Algum colega pesquisou uma palavra que chamou a sua atenção? Que palavra foi essa?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Na primeira fase do processo de reconquista da Península Ibérica pelos cristãos, que tinham resistido no norte, os romances (latim modificado por anos de contato com outros povos e línguas) tomaram uma feição específica no oeste da península, formando o galego-português e em seguida o português. [...]
Essa nova língua, depois de um longo período de mudanças [...] é transportada para o Brasil, assim como para outros continentes, no momento das grandes navegações do final do século XV e do século XVI.
FONTE: GUIMARÃES, Eduardo. A língua portuguesa no Brasil. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 57, n. 2, abr./jun. 2005.
Oriente os estudantes a preencher a ficha com as palavras selecionadas, sua origem e seus significados, destacando os elementos de origem grega e latina (radicais, prefixos e sufixos) que as compõem.
A atividade permite a compreensão dos estudantes acerca da formação da língua falada por eles a partir de seus aspectos históricos e contribui para enriquecer seu léxico.
MP090
Capítulo 1. O mundo grego
A civilização grega desenvolveu-se na região da atual Grécia no período entre 2000 a.C. e 500 a.C. a partir de diversas sociedades estabelecidas no local.
A Grécia antiga não correspondia a um território unificado, dirigido por um governo central, mas era formada por várias cidades, com organização social, política e econômica própria. Contudo, os gregos compartilhavam uma língua, as mesmas crenças religiosas e diversos valores culturais.
As cidades independentes que constituíam a Grécia antiga espalhavam-se por uma grande região chamada de Hélade pelos gregos. No máximo de sua extensão, aproximadamente entre os anos 700 a.C. e 500 a.C., essa região abrangia áreas continentais e insulares banhadas pelos mares Mediterrâneo, Jônico e Egeu.
- Observe os mapas a seguir e, depois, responda às questões.
FONTE: Atlas histórico . São Paulo: Encyclopaedia Britannica, 1977. p. 165.
FONTE: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2019. p. 89.
- Por quais mares era banhada a Grécia antiga?
PROFESSOR
Resposta: Mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo.- A região da Grécia antiga corresponde à região ocupada pela atual Grécia? Explique.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentário sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Que cidades estão nomeadas na representação da Grécia antiga?
PROFESSOR
Resposta: Troia, Atenas, Esparta, Rodes, Cnossos, Mália e Faístos.- Que cidades e ilhas estão nomeadas nas duas representações da Grécia?
PROFESSOR
Resposta: Cidades: Atenas e Rodes. Ilha: Creta.- Qual é a capital da Grécia atual?
PROFESSOR
Resposta: Atenas.MANUAL DO PROFESSOR
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 58 pode ser trabalhada na semana 12.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Compreender a relação entre a ocupação do espaço por diferentes povos e a formação da civilização grega antiga.
- Compreender o conceito de cidade-Estado.
- Compreender o conceito de cidadania e relacioná-la com a democracia ateniense.
-
Identificar ações de cidadania realizadas no cotidiano.
Orientações didáticas
Explore o mapa da Grécia antiga com os estudantes, orientando-os a ler a legenda e identificar as regiões representadas. Essas regiões serão mencionadas em diversos momentos ao longo da unidade.
Reafirme que a Grécia antiga não era um Estado unificado com poder centralizado, mas um conjunto de cidades independentes com traços culturais comuns, como a língua e a religião. Comente que esse conjunto era denominado Hélade pelos gregos antigos.
Atividade 1. As perguntas que orientam a comparação das duas imagem possibilitam ao estudante constatar as diferenças entre a configuração do território grego no passado e no presente. b) Espera-se que os estudantes observem que a Grécia atual não ocupa a região continental da Turquia nem da atual Itália, mas ocupa uma área maior na área continental da Europa.
A abordagem da formação sociopolítica da Grécia antiga está relacionada ao tema de relevância deste volume – Democracia e conquista de direitos. É uma ocasião para destacar as transformações sociais ao longo do tempo, a constituição do poder estatal, a participação da sociedade nesse processo e as concepções de democracia e de cidadania no mundo grego e no mundo atual.
MP091
O processo de formação
Por volta de 2500 a.C., povos conhecidos como indo -europeus, como os aqueus, os dórios, os eólios e os jônios, começaram a ocupar o sul da região dos Bálcãs, a península do Peloponeso e as ilhas do mar Egeu. Esses povos deram origem ao povo grego.
A influência cretense
Entre 2000 a.C. e 1400 a.C., desenvolveu-se na ilha de Creta um grande polo cultural. Nesse período, a civilização cretense (ou minoica) dominou o comércio marítimo no mar Mediterrâneo e, por meio dessa atividade econômica, estendeu sua influência até a Grécia continental.
O palácio de Cnossos, na ilha de Creta, era o centro da vida econômica, política e religiosa da civilização minoica. Nele, vivia o rei, que governava com o auxílio de funcionários e da nobreza.
A religião cretense tinha como base o culto à Grande-Mãe, deusa da fertilidade, considerada a mãe de todos os seres vivos.
LEGENDA: Escultura cretense de cerca de 1600 a.C. representando a Grande-Mãe. FIM DA LEGENDA.
- Que povos deram origem ao povo grego?
PROFESSOR
Resposta: Os povos conhecidos como indo-europeus, como os aqueus, os dórios, os eólios e os jônios, deram origem ao povo grego.- Que regiões esses povos ocuparam?
PROFESSOR
Resposta: O sul da região dos Bálcãs, a Península do Peloponeso e as ilhas do mar Egeu.- De que forma os cretenses estenderam sua influência até a Grécia continental?
PROFESSOR
Resposta: Por meio da atividade comercial marítima.PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre a atividade 5 nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Observe a imagem a seguir e, depois, responda às questões.
LEGENDA: Sala do trono do palácio de Cnossos, centro cultural de Creta, datado de cerca de 1500 a.C. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
- O que a imagem mostra?
- Qual era a importância desse local para a civilização cretense?
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 59 pode ser trabalhada na semana 12.
Fim do complemento.
Ressalte que a formação da civilização grega é resultado da dinâmica de diversos povos, com suas respectivas culturas, que ocuparam a região que ficou estabelecida como Grécia antiga.
Explique que a região sul dos Bálcãs corresponde aproximadamente à Grécia continental. Oriente os estudantes a identificar essa região, a península do Peloponeso e o mar Egeu no mapa.
Destaque que na ilha de Creta desenvolveu-se uma rica civilização, chamada de cretense ou minoica, cuja influência no território grego continuou mesmo após o domínio dos aqueus, fundadores da cidade de Micenas, que são considerados os primeiros gregos.
Atividade 5. Espera-se que os estudantes respondam às questões com base nos elementos retratados e nas informações da legenda. a) A imagem mostra a sala do trono do Palácio Cnossos, em Creta, na Grécia. b) O palácio era o centro da vida política em Creta. Nele vivia o rei, que governava com auxílio de funcionários e da nobreza.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI01, EF05HI02, EF05GE03 e EF05GE09, promovendo, em especial, a articulação entre os conteúdos dos componentes curriculares História e Geografia e a abordagem integrada em Ciências Humanas.
MP092
Os micênicos
Por volta de 1450 a.C., a civilização cretense entrou em declínio. Os pesquisadores acreditam que desastres ambientais tenham fragilizado essa civilização, facilitando a invasão da ilha pelos aqueus. Os aqueus buscavam terras férteis, que eram raras na Grécia.
Com o passar do tempo, os aqueus estenderam seu domínio para outras regiões da Grécia antiga.
Uma das principais cidades fundadas pelos aqueus foi Micenas , na península do Peloponeso, por volta de 1500 a.C., dando origem à civilização micênica .
A sociedade micênica era governada por um rei e uma elite dedicada a guerras que viviam em palácios. Ao redor desses palácios, desenvolveram-se espaços urbanos cercados por muralhas, onde viviam os artesãos. Fora dos limites da muralha, havia aldeias habitadas por camponeses, que se encarregavam dos trabalhos agrícolas. Nessas áreas, também viviam escravos capturados nas guerras pelos micênicos. Eles desempenhavam diversas funções nos palácios.
LEGENDA: Ruínas da cidade de Micenas, na Grécia. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
Por razões ainda desconhecidas pelos pesquisadores, a civilização micênica foi destruída por volta do ano 1200 a.C. Nessa mesma época, outros povos indo-europeus chegaram à região: os jônios e os eólios se estabeleceram na Grécia continental, e os dórios se fixaram na península do Peloponeso e na ilha de Creta.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Como ocorreu a formação da civilização micênica?
- Descreva como eram organizados os espaços das cidades da civilização micênica.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 60 pode ser trabalhada na semana 12.
Fim do complemento.
Explique aos estudantes que os aqueus viviam na Península do Peloponeso e eram povos conquistadores, e que, ao invadir Creta, adotaram diversos elementos culturais da civilização cretense, como a escrita, as artes visuais e a arquitetura.
Atividade 6. Espera-se que os estudantes mencionem que, com o declínio da civilização cretense, os aqueus ocuparam a ilha de Creta e, mais tarde, fundaram a cidade de Micenas, dando origem à civilização micênica.
Atividade 7. Com base no texto, os estudantes devem mencionar que, na sociedade micênica, o rei e a elite viviam em palácios. Ao redor dos palácios desenvolveram-se espaços urbanos cercados por muralhas, onde viviam os artesãos. Fora dos limites da muralha, havia as aldeias camponesas, que viviam da produção agrícola.
A abordagem das formas de organização espacial e social dos povos antigos está relacionada ao tema de relevância deste volume – Democracia e conquista de direitos. É uma ocasião para discutir a hierarquização da sociedade e a constituição e o funcionamento dos núcleos de poder.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI01 e EF05HI02 .
O espaço da pólis
Uma parte significativa dos habitantes de uma pólis vivia na ásty, o centro cívico, onde estavam localizados os edifícios públicos, os templos das divindades políades – as protetoras daquela pólis –, a ágora – o espaço aberto onde os cidadãos se reuniam para debater os assuntos da pólis e também ficavam as oficinas dos artesãos. Os habitantes da ásty eram, em geral, os grandes proprietários de terras que dispunham de escravos para trabalhar em suas propriedades, localizadas na khóra, mas também os artesãos e os comerciantes. [...]
A ásty dispunha também de teatros, ginásios e edifícios de caráter político, como o eclesiatério e o buleutério, onde se reuniam os conselhos políticos como a eclésia e a bulê. Os pequenos proprietários rurais que moravam na khóra para lá se dirigiam nos dias festivos.
MP093
As cidades-Estados
A partir de 800 a.C., o crescimento da população estimulou as trocas comerciais e o aparecimento de várias cidades, isoladas umas das outras. Chamadas de pólis pelos gregos, cada uma delas era um centro político independente. Por isso, também são conhecidas como cidades-Estados . Elas tinham governo próprio, exército, moeda e leis.
O centro político da pólis era a acrópole , que costumava ser construída no local mais alto da cidade, onde ficavam os templos e o palácio dos governantes.
LEGENDA: Ruínas da acrópole na vila de Lindos, em Rodes, na Grécia. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
A ágora era a praça onde as pessoas se reuniam para discutir as questões que afetavam a vida da pólis e para realizar trocas comerciais.
LEGENDA: Ruínas da ágora de Atenas, na Grécia. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
As áreas de cultivo agrícola e os bosques ficavam fora das muralhas, mas também faziam parte da pólis.
No período entre 800 a.C. e 600 a.C., apenas os nobres, que eram os proprietários das terras mais férteis, tinham direito de participar do governo e de ocupar cargos administrativos. Esse grupo reduzido de pessoas era chamado de aristocracia e elegia um rei, que governava com o auxílio dos nobres. Esse tipo de pólis é denominado pólis aristocrática .
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- O que era a pólis?
-
Qual era a função da:
- acrópole?
- ágora?
- Por que a pólis aristocrática recebia esse nome?
PROFESSOR
Resposta: Porque era governada por um grupo de nobres.MANUAL DO PROFESSOR
Na khóra viviam os agricultores, os pastores e criadores de ovelhas, cabras e os caçadores. Também lá havia santuários, pequenas capelas e, nas fronteiras, grandes templos. Nestes centros de culto ocorriam também as festas religiosas, os sacrifícios e a prática cotidiana da religião.
FONTE: HIRATA, Elaine Farias Veloso. Pólis: viver em uma cidade grega antiga. São Paulo: Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (Labeca), Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo: Fapesp, 2016. p. 13.
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 61 pode ser trabalhada na semana 12.
Fim do complemento.
Explique que as cidades-Estados eram núcleos urbanos independentes, com território reduzido, em que a área urbana e a rural formavam uma unidade. Em geral, nas cidades-Estados havia a acrópole, parte alta e fortificada que tinha as funções de proteger a cidade e ser seu centro religioso. Na ágora, se localizavam os edifícios públicos, o mercado e a praça, e os cidadãos se reuniam para discutir as questões políticas da cidade.
Durante os séculos VIII a VI a.C., ocorreu um movimento de expansão grega que resultou na multiplicação de cidades-Estados, com estruturas semelhantes, por todo o mundo mediterrâneo, atingindo o litoral do mar Negro. Nelas foram mantidas a língua, a religião e demais tradições das primeiras cidades gregas.
Atividade 8. Com base no texto, os estudantes devem mencionar que a pólis era a cidade-Estado grega, um centro político independente, que tinha governo, exército, moeda e leis próprios.
Atividade 9. a) A acrópole era o centro político da pólis, onde ficavam os templos e o palácio dos governantes. b) A ágora era a praça onde as pessoas se reuniam para discutir as questões políticas da pólis e realizar trocas comerciais.
Atividade 10. Porque era governada por um grupo de nobres.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI01 e EF05HI02 .
MP094
Atenas
Atenas foi uma das principais pólis do mundo grego e estava localizada na Grécia continental. Inicialmente, era governada pela aristocracia, mas, em 594 a.C., uma reforma política e social empreendida pelo legislador Sólon deu início a importantes mudanças no sistema de governo.
Na época, Atenas passava por uma grave crise econômica e era palco de conflitos sociais. Para enfrentar essa situação, Sólon estabeleceu leis para abolir a escravidão por dívidas e limitar os poderes dos aristocratas, criando a Eclésia .
LEGENDA: Representação de uma Eclésia grega na Antiguidade. FIM DA LEGENDA.
A Eclésia era uma assembleia popular da qual os homens livres, filhos de pai e mãe atenienses e com mais de 18 anos de idade, podiam participar para discutir as questões da vida cotidiana na pólis. Ela funcionava em conjunto com a Bulê , um conselho composto de quatrocentas pessoas que definia os temas que seriam discutidos e votados na assembleia .
A partir de então, desenvolveu-se uma forma de governo que permitia a participação de todos os cidadãos nas decisões políticas e administrativas da pólis.
Os cidadãos podiam discutir os problemas da cidade e votar, mas apenas os mais ricos podiam ser eleitos governantes. No entanto, sendo a principal instância de participação política, a Eclésia tornou-se a base das instituições democráticas atenienses.
LEGENDA: Sólon, legislador grego que viveu em Atenas entre 640 a.C. e 558 a.C. Ele fazia parte da aristocracia ateniense. A escultura feita de mármore data do século IV a.C. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Que medidas tomadas por Sólon permitiram a participação dos atenienses no governo da cidade?
- O que era a Eclésia? Quem podia participar dela?
- As medidas tomadas por Sólon permitiram, de fato, a participação de todos os atenienses no governo? Explique.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 62-63 podem ser trabalhadas na semana 13.
Fim do complemento.
Atividades 11, 12 e 13. Explique aos estudantes que a cidade-Estado de Atenas passou por diferentes formas de governo: aristocracia, oligarquia, tirania e democracia. Mas esses regimes tinham sentidos bastante diferentes dos atuais. A democracia ateniense começou a se desenvolver a partir do século VI a.C.
Ressalte que as medidas tomadas por Sólon ao restringir o poder político da aristocracia e criar a Eclésia permitiram a participação das camadas mais pobres da sociedade ateniense nas decisões políticas e estabeleceram as bases para o desenvolvimento da democracia que se consolidou com as reformas legislativas de Clístenes.
De acordo com as reformas de Sólon, todos os cidadãos podiam participar da Eclésia, uma assembleia onde se decidiam, por voto, os assuntos mais importantes da cidade. Porém, o direito à cidadania era restrito aos homens livres maiores de 18 anos, filhos de pai e mãe atenienses. Com isso, os escravizados e os estrangeiros estavam excluídos da cidadania. As mulheres, apesar de serem consideradas cidadãs, não possuíam direitos políticos. Provavelmente apenas um décimo da população de Atenas se encaixava na condição de cidadã.
A abordagem das transformações sociopolíticas na cidade-Estado de Atenas está relacionada ao tema de relevância deste volume – Democracia e conquista de direitos.
Política na pólis
A pólis inaugura [...] uma forma de viver junto que prioriza a cidadania, ou seja, o cuidado e a valorização da vida em comum. Se levarmos em conta a pólis como elemento balizador, a história dos gregos pode ser dividida, grosso modo, em dois grandes momentos nomeados, por alguns autores, como a época da “Grécia dos Palácios” (aproximadamente entre os séculos XVI e XIII a.C.) e a da “Grécia das Cidades” (a partir do século VIII a.C. até o domínio romano).
A passagem de um modo de vida em que os palácios atuavam como centro político e gestor das atividades produtivas para uma forma política e econômica mais descentralizada se faz lentamente a partir da desintegração do sistema palacial, ocorrida por volta de 1200 a.C. [...].
MP095
Entre 509 a.C. e 507 a.C., Clístenes, outro aristocrata, eliminou a divisão da sociedade ateniense baseada na riqueza e estabeleceu a igualdade entre os cidadãos perante a lei, dando início à democracia em Atenas.
A palavra grega “democracia” significa “poder ( kratos ) do povo ( demos )”. Democracia é, portanto, um regime político em que todos os cidadãos podem discutir e decidir as questões que dizem respeito à vida de sua cidade, de seu estado ou de seu país.
Na democracia ateniense, porém, eram considerados cidadãos apenas os homens maiores de 18 anos, filhos de mãe e pai atenienses. As mulheres, os estrangeiros e os escravos não tinham direito à cidadania . Assim, apenas um grupo pequeno de pessoas tinha o direito de opinar e decidir sobre os rumos da pólis.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre as atividades 14 e 15 nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Leia a tirinha a seguir sobre a democracia ateniense e responda às questões.
- O que é dito pelo personagem grego no primeiro quadrinho?
PROFESSOR
Resposta: Todos têm direito ao voto!- Essa fala corresponde à realidade vivida pelos atenienses na política? Como isso é retratado na tirinha? Explique.
- Pesquise informações sobre a democracia no Brasil atualmente e compare suas características com as da democracia ateniense. Registre suas observações no caderno.
- Em sala de aula, discuta com os colegas e o professor as semelhanças e as diferenças entre a democracia no Brasil e a democracia ateniense.
MANUAL DO PROFESSOR
A pólis, então, constitui-se em uma inovação fundamental na história do Mediterrâneo antigo. Contrapondo-se aos padrões vigentes até então nas culturas mediterrânicas e médio-orientais, a criação helênica introduz a cidadania, o componente original que mais tarde daria origem à formas mais democráticas de poder político, inéditas até então. Embora as funções governamentais estivessem frequentemente reservadas a um grupo menor de indivíduos, a diferença fundamental era a presença de uma comunidade cidadã, ou seja, imbuída da responsabilidade pelos assuntos políticos, econômicos e sociais de sua pólis.
FONTE: HIRATA, Elaine Farias Veloso. Pólis: viver em uma cidade grega antiga. São Paulo: Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (Labeca), Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo: Fapesp, 2016. p. 13.
Atividade 14. Após as reformas políticas implementadas por Sólon e Clístenes, em Atenas eram considerados cidadãos os membros da aristocracia (eupátridas), os camponeses ( georgói) e os artesãos (demiurgói), isto é, independentemente de sua origem social, todos os homens livres e nascidos na pólis ateniense eram considerados cidadãos. Eram excluídos do direito à cidadania os estrangeiros (metecos), os escravos e as mulheres.
Atividade 15. Converse com os estudantes sobre as características da democracia na Antiguidade e no mundo contemporâneo, estabelecendo as diferenças entre a democracia direta e a democracia representativa. Esclareça que no Brasil vivemos em uma democracia representativa, isto é, o exercício do poder político pela população é feito de forma indireta, por meio de representantes eleitos.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI02, EF05HI04 e EF05HI05.
Educação em valores e temas contemporâneos
A democracia no Brasil, como em muitos outros países, apresenta inúmeros problemas, como a falta de representatividade política de grande parte dos candidatos eleitos.
Muitas pessoas criticam a conduta dos políticos brasileiros, mas fogem à responsabilidade de pesquisar sua biografia e propostas políticas antes da eleição e de acompanhar a sua atuação nas instituições públicas depois de eleitos.
Assim, é importante que os estudantes reconheçam que o desenvolvimento da democracia, em qualquer sociedade, depende da participação ativa dos cidadãos na vida política, monitorando a atuação de seus representantes nas instituições do Poder Legislativo e do Poder Executivo.
MP096
Vamos fazer -
Ações de cidadania
Você já deve ter ouvido falar na palavra “cidadania”. Mas você sabe o que ela significa? Quem é cidadão?
A palavra “cidadania” refere-se à condição da pessoa que vive em uma comunidade politicamente organizada e aos direitos e deveres dessa pessoa.
Mas, como vimos anteriormente, a concepção de cidadania sofreu muitas transformações ao longo do tempo. Nas cidades antigas, nem todas as pessoas tinham os mesmos direitos ou podiam participar da vida política. Um exemplo é a Grécia antiga, onde era considerada cidadã apenas uma parte da sociedade: homens gregos, livres, nascidos na cidade e maiores de 18 anos.
No decorrer da história, houve muita luta e resistência para que os direitos dos cidadãos fossem estendidos a todas as pessoas. Atualmente, todos aqueles que vivem em sociedade são considerados cidadãos e devem exercer a cidadania. A cidadania envolve a participação popular nas decisões políticas e está associada ao respeito aos direitos humanos, ou seja, aos direitos considerados essenciais a todas as pessoas, sem distinção, como o direito à vida, à liberdade e à educação.
Exercer a cidadania significa agir em favor do interesse coletivo, isto é, de todos aqueles que vivem na cidade. Cada um de nós pode praticar a cidadania em pequenos gestos no dia a dia.
- Observe a ilustração. O que as pessoas estão fazendo? Em sua opinião, essa pode ser considerada uma ação de cidadania? Por quê?
Boxe complementar:
Hora da leitura
-
A Grécia antiga, de
Stewart Ross, editora Companhia das Letrinhas, 2011.
O livro traz, de maneira leve, muitas ilustrações e informações sobre a vida na Grécia antiga.
Fim do complemento.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo da seção Investigar o assunto podem ser trabalhadas na semana 13.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Reconhecer as ações feitas em benefício da coletividade como exercício da cidadania.
- Investigar ações de cidadania realizadas pelas pessoas no local onde vive por meio de uma entrevista.
-
Refletir sobre ações de cidadania que realiza no dia a dia.
Orientações didáticas
Auxilie os estudantes a perceber que as práticas que envolvem o interesse coletivo e favorecem o bom convívio entre as pessoas podem ser consideradas práticas de cidadania.
Explore a ilustração com a turma. Espera-se que os estudantes reconheçam que na imagem apresentada um grupo de pessoas está realizando um mutirão de limpeza da praia. Enfatize que esse tipo de iniciativa é considerada uma ação de cidadania na medida em que beneficia o conjunto das pessoas que utiliza a praia, além de favorecer a preservação do meio ambiente como um todo ao evitar que o lixo chegue ao mar e prejudique as pessoas e os animais.
Nesta seção são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI04 e EF05HI05 .
Literacia e Ciências Humanas
A palavra “cidadania” tem origem na palavra em latim civitas, que significa cidade.
Juridicamente, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado. Em um conceito mais amplo, cidadania quer dizer a qualidade de ser cidadão e, consequentemente, sujeito de direitos e deveres.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 define os direitos e os deveres dos cidadãos. Assim, os cidadãos têm o dever de zelar pelo bem público e de participar, por meio do voto ou de outros meios, formais e informais, do acompanhamento e fiscalização da atuação do Estado para a garantia de seus direitos, como acesso a moradia, educação, saúde, liberdade de expressão.
MP097
Agora, você vai investigar as ações de cidadania praticadas na comunidade onde vive.
Como fazer
- Reúna-se com um colega que more próximo a você.
- Selecionem alguns vizinhos que aceitem ser entrevistados sobre as ações de cidadania que praticam no dia a dia.
- Solicitem a um familiar que os acompanhe durante a entrevista.
-
Sigam o roteiro de perguntas apresentado a seguir e anotem as
respostas no caderno. Lembrem-se de anotar o nome de cada
entrevistado.
- Você economiza água no seu dia a dia? Como?
- Você economiza energia elétrica no seu dia a dia? Como?
- Você separa o lixo reciclável para a coleta seletiva?
- Você colabora para manter a limpeza das áreas públicas do local onde vive? Como?
- Você preserva as áreas verdes do local onde vive? Como?
- Há outras ações de cidadania que você pratica no seu dia a dia? Quais?
- Ao final, leve o resultado das entrevistas para a sala de aula e compartilhe-o com os colegas e o professor.
Para responder
- Quantas pessoas você e seu colega entrevistaram?
PROFESSOR
Resposta pessoal.- As pessoas entrevistadas costumam praticar ações de cidadania no dia a dia? Alguma ação chamou a sua atenção? Qual?
PROFESSOR
Respostas pessoais.- Quais ações de cidadania você e sua família praticam no dia a dia? Por que elas são importantes?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Os agentes estatais, como cidadãos investidos de funções públicas, têm o dever de atuar com base nos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade, prestando contas de todos os seus atos aos cidadãos que representam.
Mas o conceito de cidadania vai além da relação entre indivíduo e Estado, pois ser cidadão significa também tomar parte da vida em sociedade, atuando ativamente na resolução dos problemas da comunidade. Assim, colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar sempre que possível para promovê-lo é dever de todo cidadão responsável.
A cidadania deve ser entendida, portanto, como um processo contínuo de construção coletiva de uma sociedade mais justa e solidária.
Oriente os estudantes sobre a pesquisa, que deve contar com a participação de um adulto para acompanhá-los durante a realização da entrevista.
Combine com a turma um dia para o compartilhamento dos resultados da pesquisa. Nesse momento, será interessante fazer coletivamente uma tabulação das respostas dadas pelos estudantes às questões propostas na atividade oral.
Atividade complementar
Proponha aos estudantes uma pesquisa em veículos de comunicação sobre ações de cidadania realizadas pelas pessoas no local onde vivem. Oriente-os a buscar em revistas, jornais ou na internet reportagens que tratem do tema e depois compartilhá-las em sala de aula com o restante da turma. Essa estratégia amplia o repertório dos estudantes sobre o conceito de cidadania e permite que se familiarizem com ações necessárias ao bem-estar coletivo, incentivando também sua prática cidadã.
Para você ler
Como exercer sua cidadania, de Equipe BEĨ. BEĨ, 2010.
Informações sobre os direitos e os deveres dos cidadãos e as ferramentas básicas para exercê-los no dia a dia.
MP098
Capítulo 2. Legados da Antiguidade
Ao analisar palavras que usamos no dia a dia, podemos reconhecer elementos das línguas faladas por gregos e romanos que viveram há milhares de anos. A herança das civilizações criadas por esses povos está presente não só na língua que falamos, mas também nas concepções que temos da arte, da filosofia e do direito, por exemplo, como veremos a seguir.
A cultura grega
Da civilização grega antiga, herdamos muitos elementos culturais que fazem parte do nosso dia a dia, como a democracia, as artes, a arquitetura, a filosofia, a matemática e a astronomia.
A cultura grega teve muita importância porque foi resultado do contato entre os gregos e diferentes povos que viveram na África e no Oriente Médio na Antiguidade. Os gregos tiveram contato, por exemplo, com os egípcios, reconhecidos por seus complexos conhecimentos técnicos, e com os fenícios, que criaram o alfabeto que deu origem ao alfabeto que usamos atualmente.
Os Jogos Olímpicos também são uma herança cultural grega. Eles foram criados por volta do ano 776 a.C. e eram realizados na cidade grega de Olímpia, com a intenção de promover a amizade e a integração entre os povos da região. Os jogos envolviam as cidades-Estados da Hélade em várias competições de atletismo.
LEGENDA: Jogos Olímpicos representados em vaso grego datado de cerca de 530 a.C. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Jogos Olímpicos realizados no município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, em 2016. FIM DA LEGENDA.
- Cite alguns exemplos de elementos culturais de origem grega que fazem parte do nosso dia a dia.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Em grupo, façam uma pesquisa sobre as modalidades esportivas que faziam parte dos Jogos Olímpicos na Grécia antiga e sobre as modalidades que fazem parte deles no presente. Selecionem algumas informações e imagens e produzam um cartaz sobre o assunto para apresentar ao restante da turma.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentário sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 66 pode ser trabalhada na semana 14.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Conhecer aspectos da cultura grega antiga e reconhecer suas heranças no presente.
- Conhecer a formação da civilização romana antiga, considerando aspectos da cultura e da cidadania.
- Relacionar o conceito de cidadania à conquista de direitos pelos povos.
-
Compreender o conceito de Patrimônio da Humanidade.
Orientações didáticas
Promova a leitura coletiva do texto, procurando destacar as conexões entre a produção cultural da Grécia antiga e a cultura contemporânea, de modo que os estudantes possam perceber a continuidade nos processos históricos.
Aproveite o momento para esclarecer que as criações da cultura grega antiga, quando revisitadas na atualidade, adquirem outros significados, expressando a visão que a contemporaneidade cria sobre elas.
Atividade 1. Se julgar conveniente, proponha aos estudantes que façam uma lista de elementos da cultura grega que eles podem identificar em sua vida cotidiana, como: personagens da mitologia em filmes, a arte e a arquitetura gregas e os Jogos Olímpicos.
A abordagem dos legados da Antiguidade greco-romana está relacionada ao tema de relevância deste volume – Democracia e conquista de direitos.
Os jogos e as guerras
Os Jogos Olímpicos na Antiguidade eram realizados de quatro em quatro anos na cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus. Eles duravam vários dias e reuniam atletas de diversas cidades gregas. Ao longo da competição, eram disputadas provas de corrida, salto, arremesso de disco, luta e arremesso de dardo, entre outras. Ao fim das provas, os vencedores recebiam coroas feitas de folhas de louro. Os jogos eram tão importantes que as guerras eram suspensas para que os gregos pudessem competir ou assistir às competições. A ideia de que as competições esportivas eram mais importantes do que as guerras inspirou a criação dos Jogos Olímpicos modernos.
MP099
A religião
Como diversos povos da Antiguidade, os gregos eram politeístas , isto é, tinham uma religião baseada na crença em vários deuses. A divindade mais importante para os gregos era Zeus, deus dos céus, das nuvens e das montanhas. Eles acreditavam que as divindades habitavam o Monte Olimpo e personificavam as forças da natureza, mas tinham a aparência, as qualidades e os defeitos humanos.
Para os gregos, os deuses eram capazes de intervir na vida humana, podendo até gerar filhos com os humanos. Da união entre um deus e uma pessoa, nasciam os heróis, como Aquiles, Teseu, Odisseu e Héracles, que eram poderosos como os deuses, mas mortais como os humanos.
Diferentemente de outros povos da Antiguidade, os gregos não acreditavam que os deuses fossem os criadores do Universo. Para eles, o Universo sempre existiu e dele se originaram os titãs (gigantes), filhos de Urano (o céu) e de Gaia (a Terra), e os deuses.
Segundo a mitologia grega, os deuses surgiram após a morte do titã Cronos, pai das divindades do Olimpo. A entidade Destino teria determinado que Cronos, deus do tempo, filho de Urano e de Gaia, seria destruído por um de seus filhos. Sabendo disso, Cronos devorava os próprios filhos assim que nasciam. Um dia, no entanto, a esposa de Cronos, Reia, decidiu salvar um deles, chamado Zeus, e o escondeu do marido.
Zeus acabou cumprindo a profecia de Destino e matou o pai. Depois, retirou do estômago de Cronos os irmãos que haviam sido devorados, permitindo a existência dos outros deuses. Com isso, Zeus passou a reinar no mundo ao lado de seus irmãos.
LEGENDA: Relevo representando Reia entregando a Cronos uma pedra no lugar de Zeus, datado do século II. FIM DA LEGENDA.
- Como era a religião grega?
- Como eram os deuses?
PROFESSOR
Resposta: Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Para eles, os deuses habitavam o Monte Olimpo, personificavam forças da natureza e tinham características humanas.- Reescreva o mito do surgimento de Zeus e dos outros deuses a partir de Cronos e Reia. Depois, leia seu texto para os colegas e o professor. Você pode ilustrar a narrativa de acordo com a sua imaginação.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 67 pode ser trabalhada na semana 14.
Fim do complemento.
Informe aos estudantes que a religião dos antigos gregos era politeísta e não se baseava em um livro sagrado, como nas religiões monoteístas, provavelmente conhecidas por eles. Os cultos eram realizados em altares, do lado de fora dos templos e santuários, onde se ofereciam aos deuses frutas e animais na esperança de obter proteção para a família e a propriedade. Diferentes festividades se relacionavam à agricultura e aos deuses; entre elas estavam os Jogos Olímpicos, que eram celebrados em homenagem ao deus Zeus.
Embora não tivessem direitos políticos, as mulheres gregas participavam da vida pública por meio da religião. Além de atuarem como sacerdotisas em diversos templos, elas tomavam parte em cerca de 40 cultos públicos. Um dos mais importantes era a Tesmofória, ritual exclusivamente feminino realizado em diversas poleis gregas em homenagem a Deméter, deusa da fertilidade.
Na Grécia antiga a vivência da religião por meio de seus mitos e ritos apresentava um importante aspecto cívico e público. A religião tinha um papel social e fazia parte das atividades de cidadania do grego.
Atividade 3. Nesta atividade oral, espera-se que os estudantes mencionem que os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Para eles, os deuses habitavam o Monte Olimpo, personificavam forças da natureza e tinham características humanas.
Atividade 4. Oriente os estudantes a utilizar as informações disponibilizadas para elaborar o texto. A leitura e a interpretação do texto, assim como a produção escrita, favorecem a consolidação de conhecimentos de alfabetização e literacia por meio da localização e da retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação. A atividade promove ainda a fluência em leitura oral e o desenvolvimento de vocabulário.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI03.
MP100
A arte
Os artistas da Grécia antiga produziam obras de forte impacto visual: pintores faziam grandes murais em locais públicos; ceramistas representavam heróis e cenas míticas em vasos; arquitetos construíam templos que podiam ser admirados a quilômetros de distância; e escultores representavam deuses e guerreiros com riqueza de detalhes e muito movimento.
A poesia também era uma importante forma de expressão artística para os gregos. Antes de a escrita se popularizar, eles faziam poemas que eram declamados em público ou em reuniões particulares e podiam ser acompanhados de música instrumental, canto e dança. Os principais temas da poesia grega eram os mitos sobre os deuses, que também apareciam na arquitetura, na escultura e na pintura.
Uma das principais expressões da arte grega era o teatro , que teve suas origens nas festas realizadas em homenagem a Dionísio, o deus do vinho. Essas festividades incluíam danças, músicas e poemas. Delas, originaram-se os dois gêneros clássicos do teatro grego: a tragédia e a comédia . A tragédia abordava a vida de personagens com moral exemplar e tinha o objetivo de orientar a conduta das pessoas. A comédia abordava a vida de personagens comuns e questões do cotidiano e era apresentada para divertir.
LEGENDA: As apresentações de teatro eram feitas principalmente ao ar livre, nos anfiteatros, que tinham capacidade para milhares de pessoas. Ruínas do Teatro de Argos, antiga cidade grega situada na Argólida, na península do Peloponeso. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Quais eram as principais características da arte grega? Cite exemplos.
- Você já foi ao teatro? A que peça você assistiu? Converse com os colegas e o professor sobre sua experiência.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 68-69 podem ser trabalhadas na semana 14.
Fim do complemento.
Pergunte aos estudantes se eles conhecem exemplos de criações da Grécia antiga que permanecem no nosso cotidiano. Além da filosofia, os gregos contribuíram para o desenvolvimento da medicina, da matemática, da astronomia e da história. Nas artes, desenvolveram a arquitetura e a escultura, além de uma refinada cerâmica. O teatro e a poesia também são expressões importantes da arte grega. Na dramaturgia contemporânea, no cinema e até nas novelas de televisão observa-se a herança do teatro grego e de grandes narrativas, como a Ilíada e a Odisseia, ainda que indiretamente.
Os poemas de Homero são considerados fontes importantes para o estudo da história grega. Acredita-se que a Ilíada e a Odisseia tenham sido escritas no século VIII a.C., na época da formação da pólis. Apesar das dúvidas sobre a autoria dos poemas, as duas obras apresentam a transcrição de tradições míticas transmitidas oralmente por várias gerações. Além disso, elas descrevem minuciosamente os costumes da sociedade do período, e sua estrutura narrativa lançou as bases das tradições da literatura ocidental.
Atividade 5. Com base no texto, os estudantes devem mencionar que a arte grega era monumental: pintores faziam grandes murais em locais públicos; ceramistas representavam heróis e cenas míticas em vasos; arquitetos construíam templos para ser admirados a quilômetros de distância; e escultores representavam deuses e guerreiros com riqueza de detalhes e muito movimento.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI03 e EF05HI10 .
A arte grega
Na Grécia, o desenvolvimento da arte coincidiu com as realizações alcançadas em outras áreas. Assim, como a filosofia e a política, a arte grega também aplicou a razão à experiência humana e efetuou a transição de uma visão de mundo mítico-religiosa a um percebido como ordenado e racional. Os temas religiosos e sobrenaturais aos poucos deram lugar a temas humanos e seculares. A arte clássica [479 a.C. a 323 a.C.] era figurativa – ou seja, buscava imitar a realidade, representar de maneira realista o mundo objetivo, tal como este se apresentava ao olho humano.
[...] Contudo, embora a arte grega fosse realista e naturalista, era também idealista, aspirando a uma representação cada vez mais refinada e perfeita, retratando a essência e a forma de um objeto com mais exatidão do que ele na verdade apresentava.
MP101
A arquitetura grega foi preservada em parte e pode ser observada nas ruínas de antigos templos construídos em homenagem aos deuses. Nos templos, havia esculturas das divindades e eram realizados rituais de oferendas. Entre os principais templos da Grécia antiga estão o Partenon e o Erecteion, construídos entre 500 a.C. e 400 a.C. na acrópole de Atenas.
As esculturas gregas eram feitas principalmente de bronze e de mármore. Muitas dessas esculturas tinham como tema o corpo humano, sobretudo o masculino.
Poucas esculturas gregas chegaram aos dias de hoje, e muitas estão danificadas. As peças que conhecemos atualmente são cópias feitas pelos romanos.
As pinturas em vasos de cerâmica são praticamente os únicos testemunhos da pintura grega que foram preservados até hoje.
LEGENDA: A arquitetura grega se destaca por suas grandes colunas. Com a mesma função de sustentação, em algumas edificações foram usadas cariátides, que são esculturas de figuras femininas. Templo de Erecteion, construído entre 421 a.C. e 406 a.C. na acrópole de Atenas, na Grécia. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Discóbolo, cópia romana da obra produzida pelo escultor grego Míron por volta de 455 a.C. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Pintura feita em vaso de cerâmica grego do século V a.C. FIM DA LEGENDA.
- Você já observou no seu dia a dia objetos ou construções que tenham características da arte grega? Converse com os colegas e o professor sobre isso.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Assim, uma estátua grega não se assemelhava a nenhuma pessoa especificamente, revelando em vez disso uma forma humana perfeita, sem rugas, verrugas, cicatrizes ou outras imperfeições.
Em sua representação exata dos objetos e ao sustentar que existiam normas de beleza que a mente humana podia descobrir, o artista grego utilizava uma abordagem coerente com a nova visão da ciência. O templo grego, por exemplo, é uma unidade organizada, que obedece às leis naturais de equilíbrio e harmonia; a escultura clássica captura as leis básicas que governam a vida em movimento. Tal arte, fundamentada na razão, conduz a atenção da mente para os contornos bem definidos do mundo externo e também para a própria mente, trazendo os seres humanos para o centro de um mundo inteligível e tornando-se senhores de si mesmos.
FONTE: PERRY, Marvin. Civilização ocidental : uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 69-70.
Comente com os estudantes que as artes visuais desempenhavam um papel de muita relevância no mundo grego. Imagens esculpidas ou pintadas em vasos cerâmicos, muros, frontões de templos e moedas configuravam um sistema de comunicação, na medida em que divulgavam mitos e valores cívicos e descreviam atividades cotidianas. A escrita era de domínio de poucos; por isso, as imagens tinham papel fundamental na veiculação de ideias. As representações figuradas divulgavam valores como a importância dos rituais religiosos para a união dos grupos sociais da pólis, o papel dos guerreiros na manutenção da integridade da cidade e o papel das mulheres no cuidado do lar e em rituais religiosos. Nas moedas, por exemplo, eram gravadas imagens das divindades que protegiam a cidade e das atividades econômicas da pólis. Nos frontões dos templos eram gravadas cenas mitológicas que remetiam à história da cidade.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI03 .
MP102
A filosofia
A filosofia é um legado cultural dos gregos antigos especialmente importante, porque as questões, as reflexões e os procedimentos desenvolvidos por eles nesse campo do saber têm impacto nas formas de investigar o mundo até hoje.
Ao lado de tantos outros filósofos da Grécia antiga, Platão, que viveu há 2400 anos, compôs ideias e reflexões sobre a vida e o mundo por meio da filosofia. Na obra A república , apresentou uma reflexão sobre formas de conhecer a verdade e sobre as questões que impedem percebê-la. Para isso, utilizou uma alegoria conhecida como alegoria da caverna.
Imagine pessoas que vivem presas em uma caverna e estão de costas para o mundo externo. Elas acompanham o que se passa do lado de fora apenas pelas sombras que se projetam na parede ao fundo da caverna onde vivem. Todo contato com a realidade se dá somente pelas sombras. Mas como seria se algumas dessas pessoas saíssem para o mundo exterior? O que se passaria com elas? Como reagiriam as pessoas que permaneceram na caverna ao ouvir as histórias das que voltassem? O que tem maior valor: o conhecimento da realidade ou a representação dela, que é marcada por convenções sociais? Para Platão, a filosofia – palavra de origem grega que quer dizer amor ( phílos ) à sabedoria ( sophi a) – seria o meio de sair dessa caverna.
LEGENDA: Busto de Platão, filósofo grego que viveu entre 428 a.C. e 347 a.C. FIM DA LEGENDA.
Por meio do pensamento filosófico, os sábios da Grécia antiga procuraram compreender o mundo e a natureza sem recorrer aos deuses e aos mitos. Apesar disso, a filosofia e a religiosidade conviveram por muito tempo na Grécia antiga.
- As imagens a seguir fazem parte de uma história em quadrinhos inspirada na alegoria da caverna. Observe-as e depois faça o que se pede.
LEGENDA: Tiras extraídas da história em quadrinhos As sombras da vida , publicada por Mauricio de Sousa em 1981. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo das páginas 70-71 pode ser trabalhada na semana 15.
Fim do complemento.
Retome com os estudantes as discussões sobre a noção de legado cultural para introduzir o assunto proposto nesta dupla de páginas. Aqui, o tema em evidência é a filosofia elaborada na Antiguidade e suas reverberações no tempo presente.
Inicie o estudo do pensamento de Platão com base nas informações presentes no texto. Se considerar válido, apresente a eles uma pequena biografia do filósofo, abordando o período em que ele viveu na Grécia antiga e como isso contribuiu para a elaboração de suas visões do mundo e da política.
É importante ressaltar que o pensamento filosófico foi desenvolvido concomitantemente à vigência da religiosidade entre os gregos antigos. Essa reflexão permite compreender a complexidade das temporalidades e da experiência humana, em que convivem estruturas que a princípio podem parecer contraditórias, como o desenvolvimento do conhecimento científico e a permanência do pensamento mágico.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI03 .
A filosofia e a pólis
Os filósofos da Grécia antiga buscavam explicações racionais para os fenômenos relacionados à natureza, à sociedade e aos indivíduos. Esse aspecto se revela na concepção da pólis grega, que era governada pela comunidade de cidadãos, e não por representantes das divindades, como era comum na concepção de governo de outras sociedades antigas do Oriente. Três dos principais filósofos gregos, Sócrates (470-399 a.C.), Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.), que viveram em Atenas, nos séculos V e IV a.C., elaboraram as ideias que até hoje fazem parte do pensamento ocidental.
MP103
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Explique:
- a relação entre o título da história em quadrinhos e a alegoria da caverna;
- a relação entre as imagens e a alegoria da caverna.
-
Reúna-se com alguns colegas e, com base na alegoria da caverna,
reflitam:
É melhor correr os riscos de conhecer o mundo exterior ou mais vale conhecer somente as sombras desse mundo?
-
Com a orientação do professor, participe de um debate sobre essa
questão.
O cotidiano
A cultura de uma sociedade se expressa não só nas crenças, nos valores, nas tradições, nas normas e nas instituições, mas também em vários aspectos da vida cotidiana, como a organização do espaço doméstico, a divisão das tarefas do dia a dia, o papel desempenhado por homens e mulheres e a educação das crianças. São esses aspectos que vamos examinar a seguir.
Vida doméstica na Grécia antiga
Na Grécia antiga, a maioria das casas tinha espaços comuns, como um pátio interno, depósitos e dormitórios. Existiam também divisões entre os espaços destinados aos homens e às mulheres. O local designado às atividades dos homens se chamava andron, e o local reservado às mulheres era o gineceu. No andron, os homens reuniam-se para conversar, cantar e ouvir música. No gineceu, as mulheres faziam atividades como a tecelagem e a preparação de farinhas.
As mulheres não tinham acesso à educação ou à atividade política; aquelas que participavam da vida pública o faziam por meio da religião, como sacerdotisas.
LEGENDA: Representação de mulher e de homem em cerâmica grega produzida há cerca de 2500 anos. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo das páginas 71-72 pode ser trabalhada na semana 15.
Fim do complemento.
Atividade 8. Auxilie os estudantes a compreender a metáfora do conhecimento e da representação de mundo elaborada por Platão no mito da caverna. É importante, nesse momento, ressaltar a valorização da razão para alcançar uma vida plena, isto é, o usufruto das possibilidades do mundo.
Converse com os estudantes sobre o lugar das mulheres nas sociedades antigas. Enquanto em algumas sociedades as mulheres tinham mais abertura à vida pública, em outras havia um veto à sua presença. Considere tratar das diferenças entre as mulheres de Atenas e as de Esparta na Grécia antiga: enquanto em uma delas as mulheres ocupavam o espaço doméstico e tinham pouca autonomia, na outra, em razão de o Estado ser voltado à prática da guerra pelos homens, às mulheres cabia a realização de diversas atividades sociais.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI03 .
MP104
- Quais são as semelhanças e as diferenças entre a vida doméstica na Grécia antiga e na sociedade da qual você faz parte? Em sua resposta, considere os seguintes aspectos:
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- divisão do espaço das moradias;
- atividades dos homens e atividades das mulheres.
- Em sua opinião, por que as mulheres na Grécia antiga não tinham acesso à educação e à vida política? Fundamente sua opinião com elementos do texto “Vida doméstica na Grécia antiga”.
PROFESSOR
Resposta pessoal.Meninas e meninos em Esparta e em Atenas
Em Esparta, cidade da Grécia antiga, a concepção de infância estava ligada às obrigações cívicas. As crianças iam para a escola aos 7 anos. Os meninos deixavam a casa dos pais para receber uma educação voltada para a guerra. O treinamento era muito difícil e eles só voltavam para casa quando ingressavam na vida adulta. As meninas recebiam, desde a infância, um rigoroso treinamento físico e psicológico porque se esperava que elas se tornassem as mães dos guerreiros que no futuro serviriam a Esparta.
Em Atenas, os meninos de famílias mais ricas recebiam educação formal. Eles aprendiam a ler, a escrever, a recitar poemas e até a cantar ou tocar um instrumento musical. As meninas, por sua vez, eram educadas para a vida doméstica e para a maternidade. Elas aprendiam a fiar, a tecer e a cozinhar e brincavam com bonecas.
LEGENDA: Representação de professores e estudantes em vaso grego de cerca de 2500 anos. FIM DA LEGENDA.
- Com base nas informações do texto acima, responda:
- Por que, em Esparta, as meninas recebiam treinamento físico e psicológico?
PROFESSOR
Resposta: Porque se esperava que, com esse treinamento, elas se tornariam mães dos futuros guerreiros de Esparta.- Converse com os colegas sobre as principais diferenças entre o cotidiano das crianças na Grécia antiga e o cotidiano de vocês.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentário sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 9. Espera-se que, com base no texto lido, os estudantes façam comparações entre a divisão do espaço das moradias na Grécia antiga e a sua moradia, e entre as atividades de homens e mulheres naquela sociedade e na sociedade atual, de acordo com sua vivência.
O tema da infância nas sociedades antigas pode gerar interesse particular entre os estudantes, que poderão pensar em como seria a vida em outros locais e épocas. Estimule a imaginação dos estudantes e favoreça a curiosidade pelo estudo histórico.
Comente com os estudantes que a ideia de infância e de proteção ao desenvolvimento das crianças que temos hoje é recente, surgida há cerca de 200 anos. Antes disso, era comum que as crianças fossem vistas como pequenos adultos, sendo vestidas e exercendo atividades como tais.
Atividade 12. Esta atividade possibilita uma discussão sobre o trabalho infantil hoje em dia. Auxilie os estudantes a extrapolar a resposta sobre a experiência pessoal deles comparada à situação das crianças na Grécia antiga. Comente que ainda hoje há muitas crianças que trabalham no Brasil, grande parte delas sem receber remuneração, principalmente no campo. É importante que os estudantes compreendam a importância do cumprimento de leis de proteção à infância e da abolição do trabalho infantil.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI01 e EF05HI03 .
Para você ler
A educação da criança na Idade Antiga e Média, de Leila Pessoa da Costa e Rubiana Brasilio Santa Bárbara.
Disponível em: http://fdnc.io/cWc. Acesso em: 8 jun. 2021.
O artigo apresenta muitas informações sobre a educação de crianças ao longo da Antiguidade e da Idade Média.
As mulheres atenienses e espartanas
As diferenças políticas e econômicas entre as cidades de Atenas e Esparta incitam os estudiosos a acentuar a dessemelhança no sistema educacional feminino. Assim, as mulheres atenienses são educadas para a vida doméstica, instruídas a cuidar dos escravos, zelar pelos filhos, tecer, fiar e participar dos festivais religiosos. Diversamente, as mulheres espartanas encontram-se distantes. O objetivo desse afastamento da vida familiar era aproximá-los das necessidades políticas da cidade. As espartanas dedicam-se à prática de exercícios físicos ao lado dos homens, circulam livremente pela cidade-estado, estimulam por intermédio de diálogos a coragem masculina e, principalmente, fornecem novos cidadãos através da procriação.
MP105
Para ler e escrever melhor
O texto que você lerá apresenta uma descrição da sociedade na antiga cidade grega de Atenas.
Atenas
A cidade-Estado de Atenas localizava-se na Grécia continental. Sua população era de origem micênica.
A presença de terras pouco férteis para a atividade agrícola fez com que os atenienses se dedicassem ao comércio no mar Mediterrâneo.
A sociedade ateniense era dividida em cidadãos, homens livres maiores de 18 anos, filhos de pai e mãe atenienses, que podiam adquirir terras e participar da vida política; metecos, estrangeiros que se dedicavam ao comércio e ao artesanato e podiam participar dos eventos religiosos, mas não podiam adquirir terras nem atuar na vida política; e escravos, prisioneiros de guerra ou filhos de escravos, que não tinham direitos políticos, econômicos nem militares e trabalhavam na agricultura, nas tarefas domésticas, na mineração ou no artesanato.
LEGENDA: Representação de Platão com seus pupilos em mosaico de cerca de 100 a.C. encontrado em Pompeia. Para o filósofo, a sociedade deveria assegurar educação para todos. FIM DA LEGENDA.
Em Atenas, as famílias decidiam como educar os filhos. Os meninos das famílias mais ricas começavam a estudar por volta dos 7 anos de idade e tinham aulas de gramática e música, além de aprender a declamar poemas. Aos 15 anos, os rapazes iam para os ginásios, onde praticavam atividades físicas e tinham aulas de leitura, escrita, cálculo, poesia e música. Também estudavam política e filosofia, preparando-se para atuar na vida pública.
Já as meninas geralmente não aprendiam a ler nem a escrever, pois eram preparadas para o casamento e para as atividades domésticas, como fiar, tecer e cozinhar.
Analise
- Que fator contribuiu para que os atenienses se dedicassem ao comércio marítimo?
PROFESSOR
Resposta: A presença de terras pouco férteis para a atividade agrícola fez com que os atenienses se dedicassem ao comércio no mar Mediterrâneo.- Como era dividida a sociedade ateniense?
PROFESSOR
Resposta: A sociedade ateniense era dividida em cidadãos, metecos e escravos.- Como era a educação das crianças em Atenas?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Inventores da história política, os gregos não se preocuparam em relatar a vida social da cidade-estado, dificultando ao historiador a compreensão de sua vida privada. Portanto, as informações privilegiam o espaço público por ser um lugar delimitado pelos homens em detrimento do espaço privado adstrito às mulheres. Dessa forma, a história das mulheres na Antiguidade depara-se com a limitação das informações que também carregam o filtro discriminatório do olhar masculino. As imagens construídas em torno das mulheres ateniense e espartana provavelmente refletem o imaginário masculino em relação à constituição política da cidade-estado.
FONTE: SILVA, Maria Aparecida de Oliveira. Plutarco e a participação feminina em Esparta. Revista Sæculum, João Pessoa, n. 12, jan./jun. 2005. p. 13-14.
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo da seção Para ler e escrever melhor podem ser trabalhadas na semana 15.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Ler um texto de descrição sobre a sociedade ateniense.
- Comparar informações sobre a sociedade ateniense e a espartana.
-
Escrever um texto de descrição sobre a sociedade espartana com
base no
modelo apresentado.
Orientações didáticas
Antes de iniciar a leitura do texto sobre Atenas, incentive os estudantes a refletir sobre a educação na sociedade em que vivem. Pergunte quais são as características do ensino na cidade em que vivem e na escola em que estudam. Oriente-os, principalmente, a refletir sobre o objetivo da educação atualmente, que é basicamente o de formar pessoas aptas a exercer uma profissão e agir na sociedade como cidadãs. Ao fim da atividade proposta na seção, incentive os estudantes a comparar a educação ateniense e a espartana no passado com a educação atual no Brasil, estabelecendo semelhanças e diferenças.
Atividade 1. Com base na análise do texto, os estudantes devem mencionar que a presença de terras pouco férteis para a atividade agrícola fez com que os atenienses se dedicassem ao comércio no mar Mediterrâneo.
Atividade 2. A sociedade ateniense era dividida em cidadãos, metecos e escravos.
Atividade 3. Os meninos das famílias mais ricas começavam a estudar por volta dos 7 anos de idade e tinham aulas de gramática e música, além de aprender a declamar poemas. Aos 15 anos, os rapazes iam para os ginásios, onde praticavam atividades físicas e tinham aulas de leitura, escrita, cálculo, poesia e música. Também estudavam política e filosofia, preparando-se para atuar na vida pública. As meninas geralmente não aprendiam a ler e escrever, pois eram preparadas para o casamento e para as atividades domésticas, como fiar, tecer e cozinhar.
MP106
Organize
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Monte no caderno um quadro como o do modelo a seguir e complete-o com as informações referentes a cada item.
Características da cidade-Estado de Atenas
Quadro: equivalente textual a seguir.
Localização |
_____ |
Origem da população |
_____ |
Atividade econômica |
_____ |
Organização da sociedade |
_____ |
Educação |
_____ |
Escreva
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.-
Esparta foi outra importante cidade-Estado grega. Ela tinha
características bastante distintas das de Atenas. No quadro a seguir
são apresentadas algumas dessas características. Com base nelas,
escreva um texto de descrição, tendo como
modelo o texto
sobre Atenas do início desta seção. Não se esqueça de dar um título
para o seu texto.
Localização: Lacônia, na península do Peloponeso.
Origem da população: dória; os dórios invadiram a região e transformaram os habitantes locais em servos, que ficaram conhecidos como hilotas.
Atividade econômica: agricultura e guerras.
Organização da sociedade: dividida entre esparciatas, os únicos considerados cidadãos, que eram proprietários das melhores terras e se dedicavam à atividade militar (eram guerreiros) e à política; periecos, homens livres que se dedicavam à agricultura e ao comércio e não tinham direitos políticos; e hilotas, que formavam a população mais numerosa de Esparta e pertenciam ao Estado, devendo trabalhar nas terras dos esparciatas, e não tinham direitos.
Educação: era pública e obrigatória para os meninos das famílias ricas, que saíam de casa aos 7 anos e iam viver em quartéis, onde permaneciam até cerca de 30 anos em treinamento para se tornarem guerreiros leais à pólis. As meninas também passavam por treinamento físico e psicológico e se preparavam para ser mães e esposas de guerreiros.
LEGENDA: Escultura espartana feita de bronze representando menina praticando esportes, datada do século VI a.C. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Comente com os estudantes que a sociedade ateniense e a espartana tinham algumas semelhanças entre si, como o fato de serem hierarquizadas: havia uma camada social dominante (cidadãos em Atenas, esparciatas em Esparta), uma camada intermediária de homens livres (metecos em Atenas, periecos em Esparta) e uma camada inferior (escravos em Atenas, hilotas em Esparta). Em ambas, a propriedade da terra significava distinção social, sendo o comércio e o trabalho manual atividades dos grupos sociais inferiores. Entre as diferenças, pode-se destacar, por exemplo, o fato de que, em Atenas, todo homem livre e filho de pais atenienses era considerado cidadão, mesmo sendo pobre; já em Esparta, a cidadania era exclusividade dos proprietários de terras. Além disso, o cidadão ateniense era formado para as atividades intelectuais e políticas, enquanto os cidadãos espartanos eram formados para a guerra. Os hilotas não eram considerados uma propriedade, como o era o escravo ateniense, mas estavam presos à terra.
Atividade 5. Verifique se os estudantes compreenderam as informações presentes no texto e comentadas em classe para que possam fazer a descrição solicitada. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e comentada em classe e de interpretação e relação de ideias e informação, além da produção escrita. Sugerimos que esses conhecimentos sejam trabalhados com a turma e individualmente, para que cada estudante se sinta apoiado em suas dificuldades e perceba que outros colegas apresentam dificuldades semelhantes.
Nesta seção são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI01 e EF05HI03 .
MP107
A cultura romana
De acordo com pesquisas arqueológicas, a partir de 1200 a.C. povos originários da Europa e da Ásia migraram para a península Itálica, onde se estabeleceram, formando aldeias. Entre esses povos estavam os itálicos, os gregos e os etruscos. No período aproximado de 800 a.C. a 750 a.C., essas aldeias teriam crescido e se fundido, dando origem à cidade de Roma.
Os etruscos provavelmente migraram pelo mar da Ásia Menor até a península Itálica, onde entraram em contato com povos itálicos e gregos e fundaram várias cidades-Estados a partir de 600 a.C.
Os etruscos foram os responsáveis por introduzir a cultura do comércio pelo Mediterrâneo e promover grande crescimento comercial e urbano em Roma. Nesse período, foram construídos canais de irrigação e uma grande muralha em torno da cidade, por exemplo.
FONTE: KINDER, Hermann; HERGT, Manfred; HILGEMANN, Werner. Atlas histórico mundial : de los orígenes a nuestros días. 22ª ed. Madri: Akal, 2007. p. 74.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Como ocorreu a formação de Roma?
-
Como os etruscos chegaram a Roma?
-
Quais foram as consequências disso?
A cultura romana formou-se, assim, a partir de conhecimentos, costumes e valores de diversos povos. Por exemplo, a religião tradicional romana, de influência etrusca, era politeísta e baseava-se no culto aos antepassados e aos deuses da cidade, mas também incorporou deuses e cultos de origens grega e oriental. Os gregos fundaram colônias na península Itálica e na Sicília entre 750 a.C. e 550 a.C., mantendo prolongado contato com os romanos. Diversos dos seus deuses têm correspondentes na cultura romana.
A arquitetura romana envolveu a construção de estradas, pontes, represas e aquedutos, além de construções ornamentais, como arcos de triunfo, obeliscos, passeios e jardins.
O latim, língua falada em Roma, difundiu-se pelo mundo, misturando-se a diversos idiomas, e, mais tarde, deu origem às línguas neolatinas, como o espanhol, o italiano, o português, o francês, o catalão e o romeno.
-
Quais foram as consequências disso?
- Faça uma pesquisa sobre dois deuses gregos e seus correspondentes na cultura romana. Depois, elabore um texto descrevendo as semelhanças e as diferenças entre eles.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Em sala de aula, apresente o texto que você elaborou aos colegas e ao professor.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 75 pode ser trabalhada na semana 16.
Fim do complemento.
Leia com os estudantes as informações textuais e visuais referentes à origem da cidade de Roma. Com base nessas informações, eles poderão responder no caderno às questões propostas.
Atividade 13. A partir do século XII a.C., povos originários da Europa e da Ásia, como os itálicos, os gregos e os etruscos, migraram para a península Itálica, onde se estabeleceram formando aldeias. Por volta do século VIII a.C., essas aldeias teriam crescido e se fundido, dando origem à cidade de Roma.
Atividade 14. Os etruscos provavelmente fizeram um percurso pelo mar da Ásia Menor até a península Itálica, tendo entrado em contato com povos itálicos e gregos e fundado várias cidades-Estados a partir do século VI a.C. Atribui-se assim aos etruscos a introdução da prática do comércio pelo Mediterrâneo e a promoção do crescimento comercial e urbano em Roma.
Atividade 15. Sugerimos que esta atividade seja realizada em casa por exigir pesquisa sobre determinadas informações. Oriente os estudantes a consultar fontes na internet que sejam confiáveis. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia e a alfabetização por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação.
O conteúdo desta página favorece o trabalho com a habilidade da BNCC EF05HI01 .
MP108
Direito de cidadania em Roma
A história da Roma antiga é geralmente dividida em três períodos, estabelecidos com base nos regimes políticos. O período monárquico começa com a fundação de Roma, em 753 a.C., e termina em 509 a.C., quando o último rei de Roma é retirado do poder. O período republicano inicia-se em 509 a.C. e termina em 27 a.C., quando Roma passa a ser governada por um imperador. O período imperial estende-se de 27 a.C. a 476 d.C., quando Roma é tomada por guerreiros germânicos e o imperador romano do ocidente é deposto. Esse evento costuma ser tomado como marco divisório da passagem da Antiguidade para a Idade Média.
No decorrer dessa história, o direito de cidadania em Roma ampliou-se progressivamente. Na concepção romana, a cidadania era uma condição política que definia os direitos que a pessoa tinha ou podia exercer. Como a sociedade era desigual e a população dividia-se em várias categorias, a atribuição desses direitos também era desigual. Durante a monarquia, a cidadania era concedida apenas aos aristocratas. Durante a república, foi estabelecida a Lei das Doze Tábuas (450 a.C.), que reconheceu a participação de outras camadas da população que vivia em Roma. E, durante o império no ocidente, foi promulgado o Édito de Caracala, no ano 212, que concedeu cidadania a todos os habitantes das terras sob o domínio de Roma, desde que fossem livres, isto é, não escravos.
Os cidadãos tinham direito de participar da vida política, adquirir propriedades, participar dos cultos religiosos públicos, ser eleitos para cargos administrativos e políticos e votar nas assembleias.
LEGENDA: O fórum era um dos locais mais importantes da vida pública em Roma. Nele, havia edifícios destinados ao comércio, aos cultos religiosos e às atividades da administração pública. Ruínas do fórum na cidade de Roma, na Itália. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Explique como foi o processo de ampliação do direito de cidadania ao longo da história romana.
- Quais eram os direitos concedidos aos cidadãos romanos?
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 76 pode ser trabalhada na semana 16.
Fim do complemento.
Ao fazer a leitura do texto com os estudantes, destaque que parte da história de Roma pode ser vista como a luta pelos direitos sociais e pela cidadania. Os aristocratas, grandes proprietários rurais, mantinham o monopólio dos cargos públicos e mesmo dos religiosos. Eram, assim, os únicos cidadãos de pleno direito. O restante da população romana era formada por subalternos excluídos da cidadania, mas que pouco a pouco foram adquirindo direitos.
Atividade 16. Com base nas informações do texto e comentários em classe, os estudantes poderão explicar que a concessão da cidadania aos romanos foi progressiva ao longo de sua história. Durante a monarquia, a cidadania era concedida apenas aos aristocratas. Durante a república, foi estabelecida a Lei das Doze Tábuas (450 a.C.), que reconheceu maior participação a outras camadas da população que vivia em Roma. Durante o império no ocidente, foi promulgado o Édito de Caracala, no ano de 212, que concedeu a cidadania a todos os habitantes das terras sob o domínio de Roma, desde que fossem livres, isto é, não escravos.
Atividade 17. Os cidadãos tinham os direitos de participar da vida política, adquirir propriedades, se casar, participar dos cultos religiosos públicos, ser eleitos magistrados e votar nas assembleias.
A abordagem desse conteúdo está relacionada ao tema de relevância deste volume – Democracia e conquista de direitos. É uma ocasião para destacar a participação das diferentes camadas da sociedade na conquista de direitos e a concepção de cidadania na Roma antiga e no mundo atual.
O conteúdo desta página favorece o trabalho com as habilidades da BNCC EF05HI02 e EF05HI05 .
MP109
Capítulo 3. História e memória: o patrimônio cultural
A arte, a arquitetura, a literatura, a religião, as tradições orais, a dança e a forma de se alimentar são alguns dos elementos que compõem o patrimônio cultural de um povo. A preservação desse patrimônio ajuda a conservar a história e a memória das diferentes sociedades e a entender suas transformações ao longo da história.
Bens materiais e bens imateriais
Herdamos dos povos antigos um rico patrimônio cultural, que inclui bens materiais e imateriais. Esse patrimônio traz marcas do passado e colabora para formar a cultura do presente.
Entre os exemplos de bens culturais imateriais que herdamos de povos antigos, podemos destacar as concepções filosóficas e políticas que estão na base de instituições fundamentais da sociedade da qual fazemos parte. A ideia de democracia presente no Ocidente tem sua origem na democracia ateniense, que se baseava na noção de cidadania e tinha como principal característica permitir a uma pessoa participar das decisões políticas da pólis. O fundamento do sistema de direito de muitos países do Ocidente, entre eles o Brasil, vem do complexo de leis romanas que regulamentavam os atos dos cidadãos e dos estrangeiros na Roma antiga.
Como exemplos de bens que fazem parte do patrimônio material e que são legados culturais, podemos apontar as obras arquitetônicas. Vamos nos deter em uma delas: o Partenon, templo dedicado à deusa Atena e construído há 2500 anos.
LEGENDA: Partenon, templo construído em Atenas, na Grécia, entre cerca de 447 a.C. e 438 a.C. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 77-78 podem ser trabalhadas na semana 16.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos do capítulo
- Distinguir os bens culturais materiais e imateriais legados por povos antigos.
- Valorizar os bens culturais como registros de memória.
- Identificar os intercâmbios culturais expressos em bens do patrimônio.
- Associar os documentos históricos a suas origens e funções.
- Reconhecer os marcos de memória como construções sociais.
- Identificar a contribuição da história oral na construção do conhecimento histórico.
-
Relacionar o conhecimento histórico ao
contexto de
sua construção.
Orientações didáticas
Retome com os estudantes alguns exemplos de bens culturais imateriais destacados na unidade, como as concepções filosóficas e políticas gregas e romanas, que estão na origem das noções de democracia e cidadania presentes na sociedade da qual fazemos parte. Como bens culturais materiais, podem ser lembradas as produções gregas nas artes visuais, como a escultura e a arquitetura.
Com base nesses exemplos, destaque a importância dos bens culturais como registros de memória.
Explore com os estudantes as imagens do Partenon e da Casa Branca, chamando a atenção deles para as informações contidas nas legendas (local e data). Incentive-os a fazer comparações entre as duas edificações, identificando as semelhanças e as diferenças.
MP110
A forma de construção das colunas foi especialmente desenvolvida pelos antigos gregos e serviu de inspiração para a arquitetura ao longo da história. Colunas como as das edificações gregas foram recriadas em projetos contemporâneos, para mostrar imponência e grandiosidade, como pode ser visto na construção da Casa Branca (1800), sede do Poder Executivo nos Estados Unidos.
LEGENDA: Casa Branca, sede do Poder Executivo nos Estados Unidos, construída em Washington entre 1792 e 1800. Fotografia de 2019. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Observe a imagem a seguir.
LEGENDA: Diferentes tipos de coluna criados na Grécia antiga e utilizados em projetos arquitetônicos e decorativos contemporâneos. FIM DA LEGENDA.
- Faça uma pesquisa sobre os tipos de coluna mais comuns na Grécia antiga e descreva cada um deles. Registre a informação no caderno.
- Por que as colunas criadas pelos antigos gregos são consideradas um legado cultural? Justifique sua resposta no caderno.
- Em sala de aula, compartilhe com o professor e os colegas as informações levantadas.
MANUAL DO PROFESSOR
É importante que os estudantes compreendam que a estética das colunas gregas, como apontado na página, é relativa aos valores da sociedade grega e ao que era considerado belo no período de sua construção. A reprodução das colunas em outros tempos históricos por povos diversos pode ser interpretada como uma referência aos clássicos e uma permanência de estilo e valores no imaginário dos seres humanos ao longo dos séculos. Destaque que, no imaginário ocidental, a grandiosidade das obras gregas está associada a ideias de superioridade e de poder.
Atividade 1. Sugerimos que essa atividade seja realizada em casa por exigir pesquisa sobre determinadas informações. Oriente os estudantes a consultar fontes na internet que sejam confiáveis. Essa é uma ótima oportunidade para desenvolver com os estudantes a consolidação dos processos que envolvem a literacia por meio da localização e retirada de informação explícita no texto e de interpretação e relação de ideias e informação.
a) Os tipos de coluna mais comuns na Grécia são: dóricas (mais simples, sem base e com estátuas de deuses e heróis no topo), jônicas (mais detalhadas; base semelhante a uma pilha de anéis e espirais em linhas curvas na parte de cima); e coríntias (mais exuberantes na decoração, têm representações de folhas na parte de cima). b) As colunas criadas pelos antigos gregos são consideradas um legado cultural porque seus padrões continuaram influenciando as construções de diferentes povos ao longo do tempo.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI07 e EF05HI10 .
MP111
Ruínas como patrimônio
As ruínas da Antiguidade, com partes de construções que sobreviveram ao tempo, são consideradas bens materiais. Algumas dessas construções ficaram preservadas por motivos diversos. No ano 76, o vulcão Vesúvio entrou em erupção e soterrou as cidades de Pompeia, Herculano e Estábia. Do total de 20 mil habitantes de Pompeia, cerca de 2 mil foram mortos. As cidades foram cobertas por cinzas e depósitos vulcânicos que atingiram seis a sete metros de altura.
No final do século XVI, as cidades soterradas foram descobertas. Afirma-se que as escavações feitas ali na primeira metade do século XVIII marcam o início da arqueologia moderna.
LEGENDA: Ruínas de Pompeia, cidade que estava soterrada após a erupção do Vesúvio, na Itália. Fotografia de 2020. FIM DA LEGENDA.
Patrimônio material e intercâmbios culturais
O estudo dos patrimônios culturais nos ajuda a entender como os povos se relacionavam entre si e como uma cultura pode ter influenciado outra. É o caso dos fenícios, por exemplo. Há mais de 3 mil anos eles estabeleceram relações com vários povos vizinhos por meio do comércio marítimo na região do mar Mediterrâneo. Apesar de terem um sistema de escrita próprio, sua arte e sua arquitetura apresentam vários aspectos da cultura dos egípcios, com os quais realizavam trocas comerciais.
Muitas construções da Antiguidade consideradas bens do patrimônio material reúnem tradições de diferentes tempos e origens. Nas terras próximas ao rio Nilo, em Meroe, as pirâmides que guardam as tumbas dos governantes do reino de Kush têm estruturas e elementos decorativos que remetem a outras culturas antigas, como as do Egito, da Grécia e de Roma.
Há cerca de 2300 anos, Meroe era a capital do reino de Kush e tornou-se um grande entreposto de produtos vindos de vários pontos da África, do Mediterrâneo e do Oriente. Os legados das artes e da tecnologia meroíta refletem esses intercâmbios e essas marcas do tempo.
LEGENDA: Pirâmides do cemitério de Meroe, no atual Sudão, em fotografia de 2013. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 79-80 podem ser trabalhadas na semana 17.
Fim do complemento.
Destaca-se nesta página a importância da preservação das ruínas como bens materiais que contribuem para revelar aspectos do modo de vida, da história e dos intercâmbios culturais entre povos diversos.
Ao apresentar aos estudantes o conteúdo sobre patrimônios materiais da humanidade, considere propor inicialmente a análise das imagens presentes na página, orientando a leitura do texto e das legendas para a identificação do período em que essas construções foram erguidas e dos povos que as fizeram. Em seguida, peça-lhes que reflitam sobre o porquê de essas estruturas serem consideradas patrimônios da humanidade e sobre a importância desse título.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI07 e EF05HI10 .
MP112
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- O que a descoberta das cidades soterradas pelas cinzas do Vesúvio representou para a ciência?
- Faça uma pesquisa sobre a cidade de Pompeia, após a erupção do Vesúvio, e escreva um resumo de suas descobertas.
-
Por que as pirâmides de Meroe são representativas dos intercâmbios
culturais e comerciais da Antiguidade?
Patrimônios da Humanidade
Patrimônio da Humanidade é um elemento material ou imaterial considerado de fundamental importância e relevância. Pode ser uma paisagem ou componentes da paisagem, monumentos e construções, manifestações culturais ou saberes próprios de determinadas comunidades.
Conforme a classificação adotada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o patrimônio pode ser cultural, natural ou misto. O patrimônio cultural é composto de monumentos e grupos de edifícios ou sítios que tenham valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico. O patrimônio natural corresponde a formações físicas, biológicas e geológicas excepcionais, hábitats de espécies animais e vegetais ameaçadas e áreas que tenham valor científico, de conservação ou estético. O patrimônio misto envolve elementos culturais e naturais.
O reconhecimento oficial de um elemento como Patrimônio da Humanidade é feito pela Unesco visando garantir sua conservação, preservação e segurança ao longo do tempo.
A Unesco mantém uma Lista do Patrimônio Mundial, que é atualizada anualmente. Periodicamente, os países interessados solicitam à Unesco o pedido de reconhecimento como patrimônio mundial dos elementos que consideram importantes para a humanidade. Assim, com o passar do tempo, novos patrimônios vão sendo reconhecidos e outros patrimônios deixam de existir, como o sítio arqueológico de Hatra, cidade construída há mais de 2300 anos, no atual Iraque, que foi destruída em 2015 durante conflitos.
LEGENDA: Destaque do Pão de Açúcar em cartão-postal do Rio de Janeiro, primeira cidade do mundo a ser declarada Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural. O título foi concedido pela Unesco em 2012. FIM DA LEGENDA.
- Que elementos podem ser reconhecidos como Patrimônio da Humanidade? Que instituição os reconhece?
PROFESSOR
Resposta: Podem ser elementos da paisagem, como monumentos e construções, manifestações culturais ou saberes próprios de determinadas comunidades, reconhecidos pela Unesco.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2. Espera-se que os estudantes observem que a descoberta das cidades soterradas pelo Vesúvio representou um desenvolvimento muito grande nos estudos arqueológicos, sendo considerada um marco da Arqueologia moderna.
Atividade 3. Os estudantes poderão atentar para o fato de que os habitantes da cidade foram surpreendidos pela erupção do vulcão e que, por isso, os corpos petrificados mantêm os sinais de seus movimentos.
Atividade 4. Meroe foi um importante entreposto comercial que reunia rotas comerciais de vários pontos da África. Os legados das artes e da tecnologia meroíta refletem esses intercâmbios e essas marcas do tempo.
Reafirme que configuram patrimônio as formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Esses patrimônios são classificados em culturais, naturais e mistos.
Atividade 5. Os estudantes podem mencionar elementos como monumentos e construções, paisagens, manifestações culturais ou saberes próprios de determinadas comunidades, reconhecidos pela Unesco. Ressalte que os elementos são registrados visando garantir sua conservação, preservação e segurança ao longo do tempo.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI07 e EF05HI10 .
Patrimônio Mundial Cultural e Natural
De acordo com a Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, elaborada na Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris (França), em 1972, e ratificada pelo Decreto Nº 80.978, de 12 de dezembro de 1977. O patrimônio cultural é composto por monumentos, conjuntos de construções e sítios arqueológicos, de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas.
A Convenção definiu, também, que o patrimônio natural é formado por monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas, formações geológicas e fisiográficas, além de sítios naturais. Nele a proteção ao ambiente, do patrimônio arqueológico, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais são objeto de atenção especial.
MP113
O estudo e a escrita da História
Os bens culturais legados por sociedades de diferentes épocas e locais são importantes fontes para o estudo da História. Por meio de pesquisas, os historiadores analisam e interpretam essas fontes para descobrir informações que contribuam para o entendimento do passado e do presente.
Documentos históricos
As fontes históricas são classificadas como materiais ou imateriais, mas existem outras formas de considerá-las. Por exemplo, as leis e os tratados que foram criados por governantes e que orientaram regimes políticos são chamados documentos oficiais porque apresentam as informações do ponto de vista de quem estava no poder no momento de sua produção.
Mas existem também documentos não oficiais , que são assim considerados porque expressam pontos de vista de pessoas que não estavam necessariamente no poder. Os jornais, as esculturas, as pinturas, as construções arquitetônicas, a música, o cinema, as cartas, as fotografias de família, os mapas e os livros de gêneros diversos, incluindo a literatura, podem se apresentar como documentos não oficiais.
LEGENDA: Tratado de Tordesilhas, assinado entre os governantes de Portugal e da Espanha em 1494: documento oficial. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Fotografias e cartas pessoais: documentos não oficiais. FIM DA LEGENDA.
- Explique o que são documentos oficiais e documentos não oficiais. Dê exemplos.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Nesse sentido, a Lista de Patrimônio Mundial reside na conformação de um patrimônio comum, partilhado entre todos os países. Sua constituição é o resultado de um processo onde os países signatários da Convenção indicam bens culturais e naturais a serem avaliados. Tais sugestões contemplam a chamada Lista Indicativa, que é um inventário usado como instrumento de planejamento para preparação de candidaturas. As informações sobre cada candidatura são avaliadas por organismos técnicos consultivos, segundo a natureza do bem em questão, e a aprovação final é feita anualmente pelo Comitê do Patrimônio Mundial, integrado por representantes de 21 países.
FONTE: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Patrimônio Mundial Cultural e Natural. Disponível em: http://fdnc.io/2gu. Acesso em: 16 jul. 2021.
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 81-82 podem ser trabalhadas na semana 17.
Fim do complemento.
Para proceder com a discussão sobre documentos históricos proposta no texto, considere retomar as discussões sobre fontes históricas com os estudantes. Pergunte à turma o que são fontes e qual é sua importância no trabalho do historiador para a interpretação do passado. Em seguida, aborde os diferentes tipos de fonte e como eles podem ser utilizados para o estudo de determinados assuntos. Nesse momento, pode ser interessante pedir aos estudantes que deem exemplos de fontes e o que pode ser estudado com base nelas.
Atividade 6. Espera-se que os estudantes mencionem que documentos oficiais são aqueles que apresentam o ponto de vista de quem esteve no poder no momento em que foram produzidos. Os tratados, as leis, os registros administrativos, as certidões e os inventários são exemplos. Já os documentos não oficiais expressam pontos de vista de pessoas que não estavam necessariamente no poder. Diários, livros, jornais, panfletos, fotografias de família, filmes e vestígios arqueológicos são exemplos. É importante que os estudantes percebam que essa classificação diz respeito a quem produziu o documento, e não ao fato de a fonte ser material ou imaterial.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI09 .
MP114
Estudos e técnicas
Historiadores e arqueólogos utilizam fontes diversas para estudar sinais do passado e suas relações com o presente. Eles buscam pistas de outros tempos e, ao encontrá-las, procuram relacioná-las com diversos campos de conhecimento.
Para fazer suas pesquisas, esses profissionais consultam arquivos e bibliotecas . Se a pesquisa é feita em jornais e revistas, o historiador pode frequentar uma hemeroteca, local em que esses materiais são arquivados. Nos arquivos, os pesquisadores consultam fundos documentais, que reúnem coleções de documentos que têm uma origem comum. É preciso também aprender a interpretar imagens, pois os documentos muitas vezes são fotografias ou obras de arte. A essa habilidade chama-se leitura iconográfica . As fontes pesquisadas também podem ser manuscritas (feitas à mão) ou impressas .
Os arqueólogos precisam lançar mão de conhecimentos técnicos bastante complexos para investigar o passado por meio de objetos encontrados nos sítios arqueológicos. O terreno desses locais que foram ocupados por antepassados humanos é cercado e escavado; apenas a equipe de arqueólogos pode ter acesso a eles para que nada seja danificado; os objetos são cuidadosamente separados e analisados e tem-se o cuidado de procurar fragmentos de peças eventualmente quebradas.
Os arqueólogos também estudam sítios arqueológicos nas cidades e até no fundo do mar (Arqueologia subaquática). Esses profissionais são acionados antes da realização de grandes obras públicas, como construção de metrôs, pontes e viadutos.
LEGENDA: Fragmentos de peças de cerâmica de mais de 2 mil anos encontrados na área de um antigo assentamento romano na Inglaterra. Fotografia de 2017. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Quais são as semelhanças e as diferenças entre o trabalho dos pesquisadores da área de História e o trabalho dos pesquisadores da área de Arqueologia?
MANUAL DO PROFESSOR
Ao abordar a questão da leitura iconográfica com os estudantes, pode ser interessante explicar que a fotografia é a técnica de criar imagens por meio da exposição de um material que reage à luz. No passado, as fotografias dependiam do filme fotográfico, que depois era revelado. Atualmente, as fotografias podem ser feitas em formato digital, sem filme. Diante disso, pergunte aos estudantes se a conservação e a catalogação de fotografias, alguns dos trabalhos necessários no trato de fontes históricas, são iguais tanto no presente como no passado. Pergunte também se as técnicas e os métodos de estudo das fotografias do passado e do presente são os mesmos.
Converse com os estudantes sobre os campos do conhecimento citados – a Arqueologia e a História –, explicando os objetos de interesse de cada um e sua importância no conhecimento das sociedades no passado e no presente. Pode ser interessante chamar a atenção deles para a necessidade de trabalho em conjunto dos profissionais dessas áreas.
Atividade 7. Os estudantes podem indicar que historiadores e arqueólogos são investigadores que estudam pistas do passado e suas relações com o presente. Os arqueólogos, porém, utilizam conhecimentos específicos de outras áreas, como Química e Biologia, e estudam os vestígios físicos das sociedades.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI09 .
MP115
Marcos de memória
O termo memória pode ter diferentes significados tanto no senso comum como na conceituação das distintas áreas do conhecimento.
Em geral, no dia a dia, usamos esse termo com o sentido equivalente ao de lembrança. Caso perguntem a você “Onde passou as últimas férias?”, depois de pensar, você vai encontrar a informação em sua memória.
Existe também outro significado para memória, que diz respeito a valores, costumes e saberes que herdamos culturalmente. Esses elementos, de cuja criação não participamos, foram transmitidos de geração em geração, constituindo uma memória coletiva. No cotidiano, observamos várias expressões dessa memória: uma forma de fazer uma receita culinária aprendida com parentes; um tipo de bordado que as famílias de certa região praticam; hábitos de cura por meio do uso de chás ou da medicina natural…
Também podemos dizer que existe uma memória que é construída para fins determinados. Por exemplo: se algum grupo político fez questão de esconder determinados fatos da população, aqueles que se sentiram prejudicados podem se mobilizar para reivindicar a memória histórica coletiva que se tentou apagar. É o caso da elaboração de livros que reúnem depoimentos de pessoas que sofrem perseguições políticas e se empenham em preservar a memória da história que viveram.
Pode acontecer também de um grupo político querer valorizar sua proposta de governo, recorrendo ao passado e destacando figuras ou momentos significativos – por exemplo, heróis, grandes batalhas – que possam ressaltar o projeto. Trata-se, nesse caso, da tentativa de construção de uma memória histórica usando o passado para alcançar um objetivo. Esse tipo de memória está muito relacionado às homenagens e às comemorações.
LEGENDA: Capa do livro Valentes, de Aryane Cararo, Duda Porto de Souza e Rafaela Villela, publicado em 2020. A obra traz a história de pessoas de outros países que se refugiaram no Brasil. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Placa de sinalização de rua com o nome de um ex-presidente do Brasil, que governou o país de 1934 a 1945 e de 1951 a 1954. Cidade de Indaiatuba, no estado de São Paulo. Fotografia de 2018. FIM DA LEGENDA.
- Registre uma lembrança pessoal que compõe a sua memória individual.
PROFESSOR
Resposta pessoal.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo das páginas 83-84 podem ser trabalhadas na semana 18.
Fim do complemento.
Converse com os estudantes acerca do termo “memória”, discutindo suas diferentes dimensões e usos. Pode-se iniciar a abordagem perguntando a eles o que entendem por memória individual e memória coletiva, diferenciando aquilo que é registrado pela experiência do indivíduo e aquilo que faz parte da experiência da comunidade.
Se considerar válido, discuta também as relações entre memória e esquecimento, isto é, aquilo que alguém ou um grupo decide lembrar e o que se deixa esquecer, selecionando, assim, os episódios com os quais prefere tratar seu discurso histórico.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI07 .
MP116
- Observe a imagem, leia a legenda e responda à questão.
LEGENDA: Griot fotografado no Senegal nos anos 1950. Na tradição de alguns grupos africanos, as mulheres e os homens que desempenham a função de griot transmitem os saberes, os valores, as práticas culturais e as tradições de seu povo por meio da narração de histórias passadas de geração em geração. FIM DA LEGENDA.
- Que tipo de memória é constituída e transmitida pelos griots ?
PROFESSOR
Resposta: Os saberes, os valores, as práticas culturais e as tradições de seu povo.- Como a memória pode se relacionar a uma forma de protesto e a uma comemoração?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.A história oral
Por meio de pesquisas de variados tipos, pode-se estudar como grupos oprimidos lutaram e lutam para fazer valer suas vozes e ser incluídos socialmente e lembrados historicamente. Estudos desse tipo valorizam os movimentos e as lutas pela preservação da memória coletiva. Também é possível pesquisar como os grupos que estão no poder implementaram seus projetos utilizando o passado para construir uma memória que valorizasse o seu grupo. Nos dois casos, o historiador lida com fontes que busca em arquivos, bibliotecas e hemerotecas.
Há um terceiro tipo de memória que também integra o campo de estudo e escrita da História: a memória das pessoas vivas, que é acionada por meio de entrevistas, em uma vertente que se chama história oral.
Os estudiosos que atuam nessa vertente realizam entrevistas com uma rede de pessoas que vivenciaram determinado momento que está sendo pesquisado. As entrevistas depois são transcritas (transformadas em texto) e editadas, para que possam ser lidas e analisadas. Muitas vezes, o que é narrado em uma entrevista se repete em outra, com algumas mudanças. Isso quer dizer que, apesar de os dados narrados constituírem as memórias individuais, também fazem parte de uma dimensão coletiva.
LEGENDA: Integrantes de projeto de história oral em trabalho de campo, em 2019. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 9. Trata-se de uma dimensão da memória que diz respeito a valores, conhecimentos e práticas herdados culturalmente. Não vivíamos quando esses elementos foram criados, mas os herdamos por meio da memória coletiva.
Atividade 10. Espera-se que os estudantes observem que a questão remete aos usos da memória para fins políticos. O primeiro caso pode ocorrer, por exemplo, quando um governo tenta apagar a memória para não deixar transparecer seus próprios atos, geralmente marcados por opressão e violência. Os grupos que são oprimidos então se rebelam para preservar a sua memória. A dimensão de comemoração ou celebração geralmente se manifesta quando um grupo que está no poder pretende valorizar seu projeto ou sua plataforma política. Então, escolhe uma personagem ou um momento significativo do passado, ao qual atribui valor positivo, e associa o seu projeto a esses exemplos selecionados da história.
Converse com os estudantes sobre a história oral, campo da historiografia que valoriza a oralidade como fonte. É importante ressaltar que o trabalho com entrevistas é complexo, envolvendo desde uma pesquisa anterior sobre o assunto para elaborar adequadamente as perguntas e direcionar um roteiro eficiente para os objetivos da pesquisa até a transcrição dos relatos obtidos, com a devida precisão técnica, passando pela escolha das fontes e sua “autoridade” diante do grupo evidenciado na pesquisa.
Muitas vezes as pesquisas são feitas com base em mais de uma entrevista, o que permite identificar padrões e confirmar dados.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar as habilidades da BNCC EF05HI07 e EF05HI09 .
MP117
A História é filha de seu tempo?
Independentemente do método empregado para pesquisar a memória por meio da história, é importante saber que os temas e as abordagens escolhidos nas pesquisas revelam muito sobre o presente. Como o historiador é uma figura que vive o seu tempo, ele reflete as ansiedades e as projeções do presente, e isso faz com que suas escolhas de assuntos e perspectivas sejam inspiradas nas questões que o atingem. Assim, com a prática, quando lemos livros de antigos historiadores, é possível perceber alguns motivos que levaram aqueles pesquisadores a escrever daquela maneira.
Isso mostra que o conhecimento histórico não é único. Ele muda com o tempo e de acordo com as leituras que os historiadores fazem do passado histórico. A forma peculiar de entendimento e registro de cada geração de historiadores mostra que as marcas do tempo ficam também no modo como o conhecimento histórico é construído. A análise de como a história foi escrita em determinado tempo é chamada Historiografia .
Nas origens da historiografia, dois estudiosos gregos se destacaram: Heródoto, que viveu de 484 a.C. a 425 a.C., e Tucídides, que viveu de 460 a.C. a 396 a.C. Para Heródoto, o papel da História era evitar o esquecimento do que devia ser lembrado. Ele é considerado o “pai da História” por ter sido o primeiro a tentar desvendar de modo objetivo as relações entre os eventos históricos. A Tucídides atribui-se outro pioneirismo: o de estabelecer a dissociação entre a vontade dos deuses e o sentido da história, definindo uma base racional e metodológica para a pesquisa histórica.
LEGENDA: Escultura retratando Heródoto, à esquerda, e Tucídides, à direita. Feita de mármore no século IV a.C. FIM DA LEGENDA.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- O que é a história oral?
- O que é Historiografia?
- Junte-se a um colega e selecionem um aspecto da história de sua comunidade que vocês gostariam de estudar. Analisem os meios que poderiam utilizar para pesquisar esse aspecto.
- Apresentem para a turma as ideias que levantaram. Com base no que for discutido com os colegas e o professor, elaborem e ponham em prática um projeto de pesquisa.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aula
A aula prevista para o conteúdo da página 85 pode ser trabalhada na semana 18.
Fim do complemento.
Auxilie os estudantes a compreender o que é historiografia e a diferenciar esse conceito de História. Considere simplificar a explicação para torná-la acessível à faixa etária, conduzindo os estudantes a entender que o conhecimento da história é construído com base em questões levantadas pelos historiadores no tempo presente, de acordo com seus interesses; a historiografia, por sua vez, é a maneira como os historiadores escrevem sobre a história, isto é, como a interpretam e constroem narrativas.
Atividade 11. Forma de pesquisa na área de História que lança mão de entrevistas de uma rede de pessoas para acionar narrativas e informações sobre determinado tema que está sendo estudado pelo pesquisador.
Atividade 12. É a análise de como a história foi escrita em determinado tempo. As marcas do tempo ficam também no modo como o conhecimento histórico é construído.
Atividade 13. Esta atividade permite a consolidação de conhecimentos a respeito do conceito de história oral.
Nesta página são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI07 .
MP118
Painel multicultural
Patrimônios Culturais Imateriais da Humanidade
Os Patrimônios Culturais Imateriais são as heranças culturais dos povos, isto é, as expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo conservam e transmitem de geração em geração.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconhece diversos desses patrimônios pelo mundo. Agora, você vai conhecer alguns deles.
A Shital pati é a arte tradicional de tecelagem de fibras da planta conhecida como murta para a fabricação de tapetes artesanais em Bangladesh, país da Ásia. Esses objetos são utilizados pelas pessoas como decoração, colchas ou tapetes de oração. Homens e mulheres participam da coleta e do processamento da murta.
A arte Shital pati foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2017.
LEGENDA: Confecção de tapete com a técnica conhecida como Shital pati em Dhaka, Bangladesh, em 2017. FIM DA LEGENDA.
Oruro é uma cidade da atual Bolívia que era considerada um lugar sagrado para os povos que ocupam a região há milhares de anos. Nela, eram realizadas festas religiosas em homenagem a deuses. Ao longo do tempo, essas festas se transformaram no Carnaval de Oruro.
Essa festa é feita todos os anos e dura seis dias. Os participantes dançam coreografias usando máscaras e roupas de tecidos coloridos e bordados.
O Carnaval de Oruro foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2001.
LEGENDA: Carnaval na cidade de Oruro, na Bolívia, em 2018. FIM DA LEGENDA.
MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para o conteúdo da seção Painel multicultural podem ser trabalhadas na semana 19.
Fim do complemento.
Objetivos pedagógicos da seção
- Consolidar a compreensão sobre a definição de Patrimônio Imaterial.
-
Conhecer alguns Patrimônios Culturais Imateriais da Humanidade.
Orientações didáticas
Auxilie os estudantes na leitura das imagens e dos textos, enfatizando a origem de cada manifestação cultural e o sentido que ela adquire em cada cultura, isto é, seu significado e sua importância para determinado povo.
É importante que os estudantes compreendam que o estabelecimento dessas manifestações culturais como patrimônios visa garantir que esses bens culturais não se percam com o passar do tempo. Os estudantes devem compreender também que muitas vezes o pedido de registro desses elementos como patrimônio é feito por iniciativa das comunidades envolvidas na sua execução e preservação.
Nestas páginas são abordados aspectos que permitem trabalhar a habilidade da BNCC EF05HI10.
MP119
O fado é um estilo musical português que, geralmente, é cantado por uma só pessoa, o fadista, acompanhado pelo som de um violão e uma guitarra portuguesa.
Em geral, as letras das canções tratam de temas melancólicos, como a saudade, o amor e as dificuldades da vida, ou de temas alegres, como os acontecimentos engraçados do cotidiano.
O fado foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2011.
LEGENDA: Apresentação de fado em Madri, na Espanha, em 2020. FIM DA LEGENDA.
O balafon é um xilofone, instrumento musical feito com teclas de madeira ou bambu. Ele possui de 11 a 22 teclas de diferentes tamanhos e produz sons por meio da batida das hastes de madeira e borracha nas suas teclas.
O instrumento é um símbolo de identidade para as comunidades senufo que vivem nos países africanos de Burkina Faso, Mali e Costa do Marfim, onde é conhecido como ncegele .
O balafon costuma ser tocado em festas e funerais e é aprendido pelos músicos ainda na infância.
O modo de tocar balafon foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2012.
LEGENDA: Músico tocando balafon em Colônia, na Alemanha, em 2017. FIM DA LEGENDA.
- Você já observou alguma das manifestações culturais apresentadas? Converse com os colegas e o professor sobre sua experiência.
PROFESSOR
Resposta pessoal.- Você gostaria de participar de alguma delas? De qual? Por quê?
PROFESSOR
Respostas pessoais.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade complementar.
Se julgar conveniente, proponha aos estudantes que pesquisem patrimônios imateriais brasileiros e componham cartazes com o resultado de sua pesquisa. Atualmente as seguintes manifestações culturais são registradas como patrimônios imateriais no Brasil: Cachoeira de Jaguaretê, lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papuri (2007), Jongos no Sudeste (2007), Ofício das Baianas do Acarajé (2007), Modo de Fazer Viola de Cocho (2009), Samba de Roda do Recôncavo Baiano (2006), Círio de Nossa Senhora de Nazaré (2006), Arte Kusiwa dos povos indígenas Wajãpi do Amapá (2008), Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (2006), Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira (2014), Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas (2014), Renda Irlandesa de Divina Pastora (2014), Matrizes do Samba no Rio de Janeiro (2014), Frevo (2016). Oriente-os a explorar o processo de registro desses patrimônios, que é conduzido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e as pessoas das comunidades que solicitam o registro e participam do processo.
Conclusão
Na perspectiva da avaliação formativa, esse é um momento propício para a verificação das aprendizagens construídas ao longo do bimestre e do trabalho com a unidade. É interessante observar se todos os objetivos pedagógicos propostos foram plenamente atingidos pelos estudantes.
Sugerimos que você identifique os pontos que foram desenvolvidos, aqueles que ainda estão em desenvolvimento e os que não foram suficientemente trabalhados para que possa intervir a fim de consolidar as aprendizagens.
Considere a produção dos estudantes, a participação e as intervenções deles em discussões e atividades em sala de aula. A avaliação que propomos a seguir será um dos instrumentos para você acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e da turma, e de identificar seus avanços, suas dificuldades e potencialidades, contribuindo para que se sintam seguros a continuar aprendendo.
MP120
O que você aprendeu
-
Leia o texto a seguir, que trata de aspectos da Grécia antiga, e
observe as imagens. Depois, faça as atividades propostas.
Em cada pólis vigorava uma liberdade total na definição de regras para o viver junto, ou seja, a forma de poder político, as instituições, a estrutura da sociedade e até as práticas religiosas. Os deuses são os mesmos, mas cada cidade escolhia a sua divindade protetora e estabelecia os calendários religiosos específicos.
[...]
A independência das pólis e a consequente inexistência de um poder central não levou a uma fragmentação pois [...] havia a uni-las o idioma, a religião e a arte. A existência em praticamente todas as pólis de um espaço comunitário, a ágora [...] ponto central da cidade e espaço de reunião dos cidadãos, indica um propósito claro de estimular a participação deste grupo nos assuntos cívicos. O conceito de cidadania vai assim sendo consolidado, também de forma diferenciada, no conjunto das cidades gregas antigas.
Elaine Farias Veloso Hirata. Pólis : viver em uma cidade grega antiga. São Paulo: Laboratório de Estudos sobre a Cidade Antiga (Labeca), Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, Fapesp, 2016. p. 8.
LEGENDA: Templo de Hefesto em Atenas, na Grécia, em 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ruínas do Templo de Apolo Epicuro em Bassas, na Grécia, em 2019. FIM DA LEGENDA.
- Segundo o texto, as pólis gregas eram independentes umas das outras. Contudo, elas compartilhavam alguns elementos culturais em comum. Que elementos eram esses?
PROFESSOR
Resposta: Idioma, religião e arte.- Identifique um elemento comum nas cidades antigas da Grécia relacionado ao espaço das cidades.
PROFESSOR
Resposta: A ágora.MANUAL DO PROFESSOR
Boxe complementar:
Roteiro de aulas
As duas aulas previstas para a avaliação processual da seção O que você aprendeu podem ser trabalhadas na semana 19.
Fim do complemento.
Orientações didáticas
Inserida em uma proposta de acompanhamento continuado da progressão das aprendizagens dos estudantes, esta seção oferece a oportunidade de realização de um momento avaliativo do processo pedagógico que foi desenvolvido ao longo do bimestre. Pode oferecer parâmetros importantes para apurar se os objetivos pedagógicos e as habilidades propostos na unidade foram alcançados pelos estudantes e para verificar a necessidade de possíveis ajustes nas estratégias didáticas.
Atividade 1 . a) Segundo o texto, elementos culturais, como idioma, religião e arte, eram compartilhados por praticamente todas as pólis gregas. b) Em praticamente todas as pólis havia um espaço comunitário, a ágora. Segundo o texto, a ágora localizava-se em um ponto central da cidade e constituía um espaço de reunião dos cidadãos, indicando um propósito de estimular a participação desse grupo nos assuntos cívicos. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF05HI01 , EF05HI02 e EF05HI03 .
MP121
Avaliação formativa
-
Leia o texto a seguir e responda às questões.
O que é ser cidadão?
Cidadania não é uma definição estanque , mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil [...], não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue) , mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam. [...] Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.
A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Independência dos Estados Unidos [...] e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio [...] baseado nos deveres dos súditos , e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliassem o conceito e a prática de cidadania [...]. Nesse sentido pode-se afirmar que, na sua acepção mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.
Jaime Pinsky. In : Carla Bassanezi Pinsky; Jaime Pinsky (org.). História da cidadania . São Paulo: Contexto, 2013. p. 9-10.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre estas atividades nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Segundo o texto, a definição de cidadania manteve-se a mesma? Explique.
- No Brasil durante o século XIX e início do século XX, o direito ao voto estendia-se a todas as pessoas? Pesquise.
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 2 . a) A concepção de cidadania passou por transformações ao longo da história. Os critérios para ser considerado cidadão e os direitos relacionados a esta condição também se transformaram. b) Não. As pessoas que não tinham terras, os analfabetos, as mulheres, os clérigos e alguns soldados não eram considerados cidadãos. Durante a monarquia existia também um critério de renda: era preciso comprovar determinado rendimento para ser considerado cidadão e ter direito ao voto. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF05HI04 e EF05HI05 .
MP122
- Responda às questões a respeito da civilização romana.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.- Indique a língua falada na Roma antiga e os idiomas que foram originados pela difusão dela no mundo. Em seguida, cite uma palavra que tenha origem nessa língua.
- Além da língua, que outros aspectos podem ser identificados como característicos da civilização romana?
- Observe a fotografia e responda às questões abaixo.
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.LEGENDA: A acrópole de Atenas, localizada na Grécia, foi reconhecida como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1987. FIM DA LEGENDA.
- Atenas e Esparta foram importantes cidades-Estados do mundo grego. Construa um quadro e indique as principais características e a função de cada uma delas.
- A acrópole de Atenas pode ser considerada um patrimônio material e imaterial? Justifique sua resposta.
- Que mudanças ocorreram na acrópole de Atenas ao longo do tempo?
- Por que a acrópole de Atenas é considerada um marco de memória para a humanidade?
MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 3 . a) Latim, que se misturou a diversos idiomas dando origem ao espanhol, ao italiano, ao português, ao francês, ao catalão e ao romeno. Podem ser citadas diversas palavras, como “perdoar”, “areia” e “lucro”. b) A cultura romana foi formada a partir de conhecimentos, costumes e valores de diversos povos. A religião tradicional romana, por exemplo, baseava-se no culto aos antepassados e era politeísta, cujos deuses eram de origem grega, etrusca e oriental. A arquitetura romana é outra característica com a construção de estradas, pontes, aquedutos etc. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF05HI03, EF05HI05 e EF05GE02.
Atividade 4 . a) Sobre Atenas, o estudante pode citar: localizada na Grécia continental; população de origem micênica; comércio amplamente realizado no mar Mediterrâneo; sociedade dividida em cidadãos, metecos e escravos; educação; e tarefas diferenciadas entre homens e mulheres. Sobre Esparta: localizada na Lacônia, na península do Peloponeso; população de origem dória; agricultura e guerras como principais atividades desenvolvidas; sociedade dividida em esparciatas, periecos e hilotas; educação pública e obrigatória para os meninos das famílias ricas e as meninas passavam por treinamento físico e psicológico e se preparavam para ser mães e esposas de guerreiros. b) A Acrópole de Atenas é considerada um patrimônio material e possui grande valor arquitetônico. c) A Acrópole de Atenas sofreu diversas transformações, pois foi se deteriorando ao longo do tempo em razão da falta de manutenção e da ação dos fatores climáticos. O entorno da Acrópole de Atenas se tornou densamente urbanizado e o local perdeu sua função política e deu lugar para o turismo e para a preservação da memória da civilização grega da Antiguidade. d) A Acrópole era o centro político de Atenas e é considerada um marco de memória para a humanidade, pois foi o berço da democracia. Esta atividade mobiliza aspectos das habilidades da BNCC EF05HI07, EF05HI10 e EF05GE03.
MP123
- Leia o texto abaixo e observe as imagens. Depois, com base em seus conhecimentos e nos conteúdos estudados ao longo desta unidade, responda ao que se pede.
Os museus de hoje quase sempre mostram exemplos da antiga cerâmica grega. Se você olhar com atenção, verá que ela é feita de uma excelente argila vermelha, muito lisa, pintada com desenhos dramáticos ou cenas vívidas. Sabemos sobre a cerâmica grega porque muita coisa chegou a nossos dias. Mas havia outros artesãos gregos – joalheiros, trabalhadores em metal, tecelões, escultores, carpinteiros – que também produziam artigos de alta qualidade e objetos mais simples, para o uso diário.
Fiona MacDonald. Como seria sua vida na Grécia antiga? São Paulo: Scipione, 2012. p. 7.
LEGENDA: Pintura grega no interior de uma xícara de cerca de 550 a.C. a 510 a.C. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Jarro grego produzido entre 510 a.C. e 500 a.C. FIM DA LEGENDA.
- Que profissões estão representadas nas cerâmicas desta página?
PROFESSOR
Resposta: À esquerda, um ferreiro. À direita, um pescador.- De acordo com o texto, museus de hoje nos mostram exemplares importantes da antiga cerâmica grega. Que tipo de fonte histórica são as cerâmicas?
PROFESSOR
Resposta: Fontes históricas materiais.- Por que preservar essas fontes é importante?
PROFESSOR
Atenção professor: Ver comentários sobre esta atividade nas orientações específicas deste Manual do Professor. Fim da observação.MANUAL DO PROFESSOR
Atividade 5 . a) Na primeira imagem, à esquerda, podemos observar a representação de um ferreiro trabalhando. Na segunda imagem, à direita, é possível observar a representação de um peixe sendo segurado por um dos homens retratados. Desse modo, possivelmente a imagem representa o trabalho de um pescador. b) É esperado que o estudante diga que as cerâmicas são fontes históricas materiais. c) É esperado que o estudante mobilize conhecimentos adquiridos ao longo desta unidade e ao longo das unidades anteriores. Preservar fontes históricas materiais, como peças de cerâmica, fósseis, construções, livros e outros vestígios, é algo muito importante, não só para conhecermos a história e o desenvolvimento de povos que não deixaram produções escritas, como também para podermos compreender aspectos do cotidiano, do desenvolvimento artístico e tecnológico de sociedades de todos os tipos. Esta atividade mobiliza aspectos da habilidade da BNCC EF05HI03 .
MP124
Comentários para o professor:
GRADE DE CORREÇÃO
Quadro: equivalente textual a seguir.
Questão |
Habilidades avaliadas |
Nota/ conceito |
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1 |
(EF05HI01) Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado. (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social. (EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos. |
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2 |
(EF05HI04) Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos. (EF05HI05) Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica. |
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3 |
(EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos. (EF05HI05) Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica. (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. |
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4 |
(EF05HI07) Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos marcos de memória e discutir a presença e/ou a ausência de diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação desses marcos de memória. (EF05HI10) Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade e analisar mudanças e permanências desses patrimônios ao longo do tempo. (EF05GE03) Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento. |
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5 |
(EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos. |
MP125
Sugestão de questões de autoavaliação
Como parte do processo de avaliação dos estudantes e das próprias estratégias de ensino-aprendizagem, sugerimos a realização de mais um momento de autoavaliação.
A oitiva dos estudantes em conversas não formalizadas e outras possibilidades de consulta são muito bem-vindas por ajudar o professor a compreender o olhar da turma sobre a rotina escolar, percebendo eventuais angústias e as expectativas, além de reforçar o vínculo de confiança entre professor e estudantes.
A aplicação de questionários para prospectar a apropriação dos conteúdos trabalhados e a relação dos estudantes com o conhecimento e com as práticas de estudo também pode contribuir para a realização da autoavaliação. Para isso, sugerimos algumas questões:
- Consegui compreender tudo o que foi ensinado?
- Resolvi todas as atividades encaminhadas para casa?
- Solucionei todas as questões da avaliação processual sem dificuldades?
- Adquiri conhecimentos que considero importantes?
- Gostei de estudar e quero continuar aprendendo sobre os temas do bimestre?